Bateria de Exercícios - Figuras de Linguagem
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MARCELO ALVES
CAMPOS DE QUEIRS, B. Sobre ler, escrever e outros dilogos. Belo Horizonte: Autntica, 2012.
Fragmento.
O enunciador estabelece uma relao de semelhana entre ler e viajar. Isso est mais
evidente na metfora
Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, descarnado, como uma ave
pernalta de grande porte. Sendo assim to descomunal, podia ser desajeitado: no era, dava
sempre a impresso de uma grande e ponderada figura. No jogava as pernas para os lados
nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os joelhos em reto.
Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado
de couro trabalhado e prata, a ento sim era a grande, imponente figura, que enchia as
vistas. Parecia um daqueles cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmeirim,
quando iam para a guerra armados cavaleiros.
(A) um recurso expressivo para ilustrar sua aparncia e sua presena fsica.
(B) uma figura de retrica sem grande significado descritivo.
(C) uma imagem visual de seu temperamento amvel, mas perigoso.
(D) uma imagem que busca representar sua impressionante beleza.
(E) um modo de chamar ateno para o ambiente rstico em que vivia.
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No trecho o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, a linguagem figurada
explorada para afirmar que o goleiro Castilho quase sofreu um gol. Na passagem, ao se
retratar a bola como um couro inquieto, pode-se dizer que ocorre a uma figura conhecida
como
(A) sinestesia
(B) catacrese
(C) comparao
(D) prosopopeia
(E) hiprbole
Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao
seu silncio espesso.
Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos
arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento,
de agonia sincopada.
QUESTO 05
Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde as empresas concorrem para
posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabea dos consumidores, a sndrome
do Gillette pode ser decisiva para a perpetuao de um produto. isso que preocupa a
concorrncia do iPad, tablet da Apple.
(A) metfora, por haver uma comparao subentendida e cristalizada entre a marca e o
produto.
(B) hiprbole, por haver exagero dos consumidores na associao do produto com a marca.
(C) catacrese, por haver um emprstimo lingustico na referncia marca do produto famoso.
(D) metonmia, por haver substituio do produto pela marca, numa relao de
contiguidade.
(E) perfrase, por haver a designao de um objeto atravs de seus atributos ou de um fato
que o celebrizou.
A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas
guas lustrais do confessionrio e do jejum.
A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes
acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos.
AGOSTINI, A.; CAMPOS, A. de; REIS, A. M. dos. Cabrio, 10 mar. 1867. Fragmento adaptado.
Glossrio:
cambuquira: iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como
acompanhamento de assados.
Na expresso dentes acatlicos (na passagem "fica reduzida aos pouqussimos dentes
acatlicos da populao"), a palavra dentes empregada em lugar de pessoas, segundo
uma relao semntica de
QUESTO 07
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para
fins de interao e de informao. Tal posicionamento expresso, de forma argumentativa,
por meio de uma atitude
O enunciador considera o canavial um paradoxo, conforme indica o ttulo O nada que . Esse
carter paradoxal, no poema, pode ser identificado porque
Nem sempre ia naquele passo vagaroso e rgido. Tambm se descompunha em acionados, era
muita vez rpido e lpido nos movimentos, to natural nesta como naquela maneira.
Outrossim, ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo, a tal
ponto as bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, todo o mundo pareciam
rir nele. Nos lances graves, gravssimo.
Em as bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, destaca-se como recurso
expressivo a seguinte figura de linguagem:
(A) metfora
(B) eufemismo
(C) prosopopeia
(D) gradao
(E) sinestesia
QUESTO 12 Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O n
virou m. Mas essa
perna a mais era um membro fantasma, um ganho que revelava uma perda.
(A) anttese
(B) metfora
(C) hiprbole
(D) eufemismo
(A) Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma.
(B) Guerra: gente que se mata por um pedao de terra ou de paz.
(C) Me: me entende e depois vai dormir.
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(D) Paz: quando a pessoa se perdoa.
Em seu livro Pernas pro ar, Eduardo Galeano recorda que, na era vitoriana, era proibido
mencionar calas na presena de uma jovem. Hoje em dia, diz ele, no cai bem utilizar
certas expresses perante a opinio pblica: O capitalismo exibe o nome artstico de
economia de mercado; imperialismo se chama globalizao; suas vtimas se chamam pases
em via de desenvolvimento; oportunismo se chama pragmatismo; despedir sem indenizao
nem explicao se chama flexibilizao laboral etc.
Eufemismo a arte de dizer uma coisa e acreditar que o pblico escuta ou l outra. um
jeitinho de escamotear significados. De tentar encobrir verdades e realidades.
Posso admitir que perteno terceira idade, embora esteja na cara: sou velho. Ora, poderia
dizer que sou seminovo! Como carros em revendedoras de veculos. Todos velhos! Mas o
adjetivo seminovo os torna mais vendveis.
Coitadas das palavras! Elas so distorcidas para que a realidade, escamoteada, permanea
como est. No conseguem, contudo, escapar da luta de classes: pobre ladro, rico
corrupto. Pobre viciado, rico dependente qumico.
Em sua origem grega, o termo eufemismo significa palavra de bom agouro ou palavra
que deseja o bem. Como figura de linguagem, indica um recurso que suaviza alguma ideia
ou expresso mais chocante. Na crnica, o autor enfatiza o aspecto negativo dos eufemismos,
que serviriam para distorcer a realidade. De acordo com o autor, o eufemismo camufla a
desigualdade social no seguinte exemplo:
QUESTO 15 Hoje, ns somos escravos das horas, dessas senhoras inexorveis que no
cedem nunca
Neste fragmento, o autor emprega uma figura de linguagem para expressar o embate entre o
homem e o tempo. Essa figura de linguagem conhecida como:
(A) ironia
(B) hiprbole
(C) eufemismo
(D) personificao
QUESTO 16 Pois assim como Amarildo aquele que desapareceu das vistas, e no faz
muito tempo, Cludia aquela que subitamente salta vista, e ambos soam, queira-se ou
no, como o verso e o reverso do mesmo. Neste trecho, para aproximar dois casos
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recentemente noticiados na imprensa, o autor emprega um recurso de linguagem
denominado:
(A) anttese
(B) negao
(C) metonmia
(D) personificao
CANO DO VER
(A) anfora
(B) metfora
(C) sinonmia
(D) hiprbole
(A) enftico
(B) antittico
(C) metafrico
(D) metonmico
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QUESTO 19 - No dilogo das personagens da tira, h mais de uma ocorrncia de paradoxo,
ou seja, uma combinao de termos ou expresses que se contradizem. O melhor exemplo de
paradoxo presente na fala de Joana :
QUESTO 20 No cinema, s quem fala so os atores do filme. Ns calamos para que eles
possam falar.Nossa vida cala para que outra fale. O trecho acima usa uma figura de
linguagem chamada de:
(A) metfora
(B) hiprbole
(C) eufemismo
(D) metonmia