Rodolfo Gracioli - Temas de Redação

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DICAS TEMAS DE REDAO - FCC


Prof. Rodolfo Gracioli

1- Em temas gerais, preciso que produza um texto distante do senso comum. Vises muito genricas,
argumentos pouco fundamentados, tendem a promover um decrscimo da nota. Lembre-se: o nvel dos
candidatos cada vez maior. Por isso, a cobrana tambm se eleva.

2- No utilize o juridiqus para tema geral de redao. Muitos candidatos, pela proximidade com o mundo
do Direito, acabam transcrevendo trechos precisos da Constituio, por exemplo. Tal fenmeno pouco
proveitoso, visto que a leitura se torna pouco atraente e o texto tende a cair na mera exposio de informaes
/ conceitos.

3- Utilize um vocabulrio refinado. Isso no quer dizer que voc deve inserir palavras que no tenha o domnio
do significado. O que pode acontecer uma maior clareza e objetividade das ideias a partir do momento que voc
altera alguns trechos, utilizando expresses de impacto e relevncia para o tema.

4- No use clichs! Se distancie de frases prontos ou ditos populares. O examinador pode entender tal utilizao
como falta de originalidade. Obviamente que no falamos de um ineditismo mirabolante, mas possvel
aprofundar-se em uma temtica sem trabalhar com clichs.

5- Use a tcnica do brainstorming tempestade de ideias. Trata-se de um elemento que soma bastante
produo de texto. Ao se deparar com o tema e antes de se desesperar pelo grau de complexidade que a banca
tenha oferecido a uma discusso que parea tola, gere ideias com relao ao tema. um momento ntimo e
invasivo. Olhe para dentro do seu repertrio intelectual e destaque (como rascunho, rabisco), o que domina sobre
o assunto (esse o diferencial do aluno que se prepara para o TEMA da redao e no apenas para a estrutura.
Tenho exemplo de alunos que j sentem dificuldade em escolher os melhores argumentos o que fantstico
e expansivo). Depois, de modo mais organizado, olhe para os aspectos levantados e aprofunde aqueles que voc
ter mais facilidade para escrever ou que domina de maneira completa. Pronto! Nasce ai um trajeto de um texto
rico em contedo.

6- Lembre-se que a banca examinadora tende a apresentar uma problemtica em sua prova. Uma questo que
se relaciona com o coletivo ou algo mais individualista, no importa! O que vale agir com humildade
intelectual. Ao destacar causas, consequncias ou propostas de interveno, deixe o examinador entender que
seu apontamento se concretiza como uma das possibilidades / estratgias / alternativas. Muitos candidatos
partem de maneira arrogante, com produes raciais e extremistas, que acabam por se limitar.

7- No tente esgotar o tema. Lembre-se que voc precisa produzir um bom texto, com ideias bem alocadas e
amarradas, destacando o seu senso crtico. No tente equacionar de maneira mgica grandes desafios da filosofia,
antropologia ou cincia poltica deixe para se aprofundar de tal forma em momentos posteriores.

8- Ao selecionar sua base argumentativa, pense quais os aspectos acarretariam em impacto maior para o leitor.
Dessa forma, voc conseguir edificar de maneira hierrquica, os pontos mais relevantes do tema. importante
esse olhar apurado pois voc tende a otimizar sua produo.

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9- No idealize a produo de texto, no se distancie por completo da realidade (a menos que o tema sugira
uma reflexo com relao fico do contemporneo). O texto precisa apresentar uma coerncia na disposio
de ideias. Assim sendo, idealizaes desestabilizam o rigor terico e prejudicam a quantificao de um texto.

10- Esteja preparado para a FCC! Ela tende a destacar temas de ordem abstrata, subjetiva e filosfica. Dessa
forma, faa um treino pesado com esse tipo de treino. No fique escrevendo sobre temas simplistas que
encontramos na rede. Parta para materiais especficos que os autores j realizaram um mapeamento prvio.
Durante os estudos, simule da forma como ser no dia da prova.

Olhando de modo geral para essas dicas, j possvel alinhar um corpo esqueltico da postura frente aos
contedos. Sendo assim, vamos aos contedos! Desde que iniciei os trabalhos com os temas, notei um destaque
importante que promoviam uma convergncia: grande parte dos temas permitem a aplicao de conceitos
genricos. Dessa forma, edifico em meus projetos o Glossrio Tribunais ou Dicionrio Filosfico. uma
espcie de arquivo de conceitos que podem ser aplicados em diferentes situaes:

11- Alienao: Etimologicamente vem do latim alienare, alienus, que significa que pertence a um outro. Sob
determinado aspecto alienar tornar alheio. H vrios sentidos para o conceito de alienao. Juridicamente,
significa a perda do usufruto ou posse de um bem ou direito pela venda, hipoteca, etc. Em relao ao sentido de
algum que alienado mental, estamos nos referindo s pessoas com deficincia metal. No sentido da prtica
religiosa alienao, significa fanatismo. No sentido social amplo quer dizer algum que no consegue fazer uma
leitura crtica e reflexiva da realidade e facilmente manipulado (a) seja por religies, ou por propagandas, etc
para uma proposta de redao, esse seria o alcance de maior representatividade para analisar situaes do
cotidiano, a produo da cultura, o mundo do trabalho, etc.
Nesse sentido, existe a permissibilidade para que um texto se aproprie do conceito para falar de moda, esttica,
poltica, sociedade, cultura, etc. Trata-se de um processo cada vez mais corriqueiro das pessoas, a alienao por
conta do ritmo de vida e do descompromisso que se tem com a notcia, por exemplo.
Trata-se de um conceito que pode ser aplicado se a discusso permear a relao trabalhista. Por conta do sistema
Capitalista que imprime um ritmo avassalador, o processo de alienao torna-se uma ferramenta.

12- Aculturao: refere-se ao encontro de duas culturas diferentes e, segundo afirmaes mais tradicionais, a
sobreposio de uma cultura sobre a outra, o que tende a ser desgastante para a cultura dominada e tende a
trazer prejuzos. Historicamente, a aculturao moderna tornou-se evidente a partir da colonizao nas Amricas,
frica e Oceania, quando padres civilizatrios passaram a ser impressos para tais populaes dominadas.
Nesse ambiente de aldeia global, o choque cultural torna-se corriqueiro e, por isso, a reflexo sobre cultura se faz
to necessria.

13- Demagogia: O discurso demagogo entendido como algo distante da realidade. Trata-se de uma forma de
convencimento sem o real compromisso com que se discursa. De tal forma, notamos a presena de postura
demagoga, de maneira vertiginosa, na esfera poltica. Entretanto, outros espaos tomados por discursos do
politicamente correto tambm se solidificam a partir de uma teoria supostamente afinco com as paixes
daqueles que recebem a mensagem. Trata-se de uma possibilidade abismal entre teoria e prtica.

14- Diversidade: Um dos conceitos mais genricos para as produes de texto o de diversidade. Inclusive, a
diversidade de um contexto acaba por ser o pretexto para uma parcela da sociedade disseminar o dio, a
intolerncia e propagar a violncia. Por isso, compreender a dimenso da diversidade para alm dos contextos
simplistas de grande valia para a articulao crtica, j que podemos falar de diversidade cultural, poltica, social
ou cultural, por exemplo.

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15- Egocentrismo: Em uma cultura que pressiona os indivduos cada vez mais a competirem entre si, o olhar para o
eu acaba por se tornar o grande referencial. Dessa forma, a prtica egocntrica ganha espao e sufoca o
entendimento coletivo e a construo a partir das necessidades do outro. Soma-se a este elemento o peso do
narcisismo no contexto contemporneo. Vivemos em uma era do egocentrismo, onde a imagem, o status e a
condio individual tendem a prevalecer. A sociedade imediatista a mesma que no consegue lidar com a
frustrao, o fracasso ou a derrota isso porque se autoflagela.

16- Etnocentrismo: o contato entre culturas produz o que a antropologia denomina etnocentrismo. O olhar para o
diferente/ outro a partir de uma perspectiva negativa, visto que o reconhecimento como certo, normal e
correto a prpria identidade cultural, pode resultar em aes discriminatrias e que afastam as pessoas. Por
isso, a superao de uma prtica preconceituosa, discriminatria e intolerante estaria na proximidade deste
contato, promovendo um olhar crtico e no necessariamente persuasivo ou hierrquico (sobre qual melhor ou
pior). justamente o juzo de valor estabelecido a partir de um mtodo comparativo que fragiliza as relaes
sociais e deteriora a sociedade como um todo.

17- Alteridade: a percepo do diferente, faz com que voc identifique melhor sua identidade, sendo essa
percepo fundamental para a definio de nossa identidade. A prtica da alteridade contribui para a
desnaturalizao atitudes, crenas, ideias fortes que parecem naturais. Por isso, o indivduo se coloca na posio
do outro, entendendo que essa relao de coexistncia substancial. Evidencia-se o fato de que a sociedade
pratica cada vez menos a alteridade, por isso, tantos conflitos assolam o ordenamento geopoltico.

18- Efmero: Trata-se de um importante termo para as provas de redao e grande parte dos temas. Atualmente, a
sociedade tem como marca maior o processo de efemeridade, ou seja, a rapidez das relaes. Tudo se torna muito
rpido e flexvel, ao ponto de que tal pode apresentar problemas por exemplo, quando o foco se volta para o
ser humano e seus relacionamentos. Uma das importantes contribuies para o entendimento desse contexto
(chamado de Modernidade Lquida), do socilogo polons Zygmunt Bauman.

19- Estratificao: Trata-se de um conceito que pode ser aplicado em discusses de cunho social. Uma das marcas da
realidade brasileira, muito bem representada por fotos da desigualdade, a questo da estratificao, ou seja, a
sociedade fragmentada em diferentes condies econmico-sociais. Dessa forma, muitos problemas se acentuam
a partir da estratificao, como a questo da sade, educao, segurana, moradia, transporte, etc.

20- Indstria Cultural: Atualmente, a sociedade passa por uma intensa banalizao e massificao da produo
cultural (pensando essa no carter mais abrangente). Cada vez mais, nota-se um pressuposto mercadolgico no
quesito cultura, o que acaba por dilacerar o sentido e a funo social da arte e das demais representaes
artsticas. A produo de um material homogeneizado e sem contedo mais alargado e complexo emerge como
uma demanda da prpria sociedade, afastada com a interao crtica de maior peso. O peso das tecnologias de
informao e comunicao grande nessa revoluo cultural, fato que garante a proliferao de contedos
banalizados.

21- Hierarquizao: Uma das formas de escalonar diferentes discusses da vida cotidiana a hierarquizao das
relaes sociais. Para tudo possvel criar um parmetro e selecionar critrios, a fim de sobrepor um hbito,
cultura, gesto ou ideologia ao outro. Esse o discurso que toma como partido a possibilidade de comparao
entre diferentes aspectos.

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22- Narcisismo: No contexto contemporneo, o comportamento da sociedade diz muito sobre


problemas enfrentados pelos indivduos (desde a esfera individual, at o aspecto coletivo de maior
abrangncia). Nesse leque, o culto ao eu se torna mecanismo corriqueiro e, muitas vezes, a origem de prticas
exacerbadas de colocar adiante de qualquer situao o orgulho prprio. No de hoje que as bancas
examinadoras gostam da apropriao dessas questes para falar de esttica, redes sociais, novos
comportamentos, etc. Ainda que a psicanlise reconhea as potencialidades benficas do narcisismo, para uma
anlise mais geral, pensar no apreo ao eu de maneira demasiada tende a tornar possvel o surgimento de
desafios (ainda no equacionados).

23- Modernidade Lquida: o conceito de maior impacto para as ltimas provas. A expresso ganha
aplicabilidade em vultuosas discusses acerca da sociedade como um todo, ou ainda das individualidades que
tanto desafiam a harmonia coletiva. De autoria do socilogo polons Zygmunt Bauman, o termo se apropria de
um diagnstico da sociedade contempornea, marcada pela fluidez das relaes, laos afetivo-sentimentais
superficiais e uma efemeridade dos gestos e situaes. De longe, discutir a questo dos gestos humanos no
contexto atual passa pelo entendimento e aplicao do conceito.

24- Retrica: De fato, a capacidade de arguio oral da sociedade tem ido de mal a pior. No toa que
muitos discursos simplistas e carentes acabam conseguindo o manuseio do eleitor / cidado, visto que o domnio
das habilidades necessrias se v distante da realidade. Na prtica, trata-se de um conceito com submerso
intensa no mbito poltico do pas, com garantias maiores de programas de marketing poltico que extrapolam
a figura de indivduos, em sua maioria, distantes da realidade nacional (destaque para as campanhas de
candidatos intitulados no polticos, no Brasil e no mundo). Vale lembrar que o estilo de vida, a falta de tempo
para aes simples e a interao tecnolgica promovem um afastamento das relaes interpessoais no campo
fsico, onde o contato essencial. Assim sendo, como efeito maior, temos pouco dilogo, habilidade oral e,
quando estes ocorrem, nem sempre atendem s expectativas da crtica em geral.

25- Relativismo: Um dos grandes tpicos abordados pelas provas de redao diz respeito ao contexto
cultural. Dessa forma, compreender cada trao cultural de um espao global marcado pelas diferenas exige um
olhar para o contexto analisado. Essa a faceta do relativismo, a ateno para o contexto de determinada
cultura, a fim de se distanciar de vises preconceituosas e que motive o dio e a intolerncia. Ainda assim,
poucas vezes os indivduos constroem seus posicionamentos a partir de uma anlise contextual. Geralmente, o
processo crtico parte de achismos, senso comum e informaes suprfluas e errneas.

26- Sincretismo: trata-se da fuso de diferentes doutrinas formando uma nova (seja no aspecto religioso,
filosfico ou cultural). Por isso, trata-se de uma relao de comunicao entre as mais variadas culturas
(processo intensificado pelo vasto intercmbio de informaes que a sociedade vivencia na atualidade). Sendo
assim, quando as culturas passam a se relacionar de maneira mais direta, nota-se um desenrolar de
adaptaes, o que promove a incorporao de novos traos para as mesmas. O conceito de sincretismo pode
aparecer, em nova roupagem, como multiculturalismo.

27- Socializao: A relao entre os indivduos acaba por ser importante de maneira espontnea para
qualquer tema de ordem social. Dessa forma, a compreenso das instituies sociais que promovem a interao
do mesmo com regras essencial para o desenvolvimento de uma reflexo concreta. Ao se tratar a questo da
socializao, logo nota-se a preocupao em definir os mecanismos e espaos onde as crianas so inseridas
socialmente. A famlia, responsvel pela socializao primria, tem enfrentado dificuldades com relao ao
cumprimento de sua postura. A escola, espao de socializao secundria, a mesma coisa vrios so os dficits

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que j questionam o papel dessas instituies na vida dos jovens da gerao X, Y ou Z. Alm disso, outra aflio
contempornea a questo das TICs Tecnologias de Informao e Comunicao influenciando o processo
de socializao.

28- Utopia: Um conceito que norteia diferentes anlises. A construo utpica parte da ideia de uma
civilizao, espao e territorialidade, ideal, imaginria e fantstica. A etimologia j sustenta o conceito lugar
que no existe, ou seja, um espao onde a iluso prevalece. Entretanto, para a questo potica/filosfica, a
iluso seria fora essencial para manter os indivduos acesos. Ainda assim, a crtica se faz a partir da
impossibilidade de construir uma sociedade perfeita, ainda mais no atual estgio, com tamanha disparidade
econmico, social, poltica e cultural. Utopia foi um pas imaginrio, criao de Thomas Morus, escritor ingls
(1480-1535), onde um governo, organizado da melhor maneira, proporciona timas condies de vida a um
povo equilibrado e feliz.

29- Empoderamento: A palavra empoderamento descrita em dicionrios da lngua portuguesa como


Aurlio e Houaiss. De acordo com eles, o termo conceitua o ato ou efeito de promover conscientizao e tomada
de poder de influncia de uma pessoa ou grupo social, geralmente para realizar mudanas de ordem social,
poltica, econmica e cultural no contexto que lhe afeta. A ideia dar a algum ou a um grupo o poder de deciso
em vez de tutel-lo. O movimento feminista negro, por exemplo, trabalha para empoderar mulheres negras,
promovendo conscientizao, por meio de educao comunitria, palestras e produo de contedo. O objetivo
dar instrumentos necessrios para que esse grupo reivindique polticas pblicas que beneficiem ou diminuam
suas dificuldades especficas.

30- Sexismo: O sexismo o termo que se refere discriminaes sexuais e conjuntos de idias ou aes
que privilegiam um indivduo de determinado sexo (gnero ou orientao sexual). Embora seja uma palavra que
serve para designar uma forma mais abrangente de discriminao sexual este termo constantemente
confundido com machismo e por ser mais abrangente, mais fcil identificar situaes sexistas.

Certamente, voc j ter uma bagagem para discorrer sobre temticas variadas. Vamos a alguns
comandos?

31- Midiatizao das tragdias e a indignao seletiva


32- Os limites do improvvel no contexto contemporneo
33- A desvalorizao da arte no contexto da banalizao e massificao cultural
34- Espetacularizao da realidade no cenrio da crise de idolatria
35- A influncia da publicidade no fenmeno do consumismo contemporneo
36- O imediatismo da sociedade moderna e a dificuldade em lidar com as frustraes
37- A busca pela assimilao de esteretipos no contexto da ditadura da beleza e da sociedade
narcisista
38- A segregao scio espacial no contexto da gourmetizao e camarotizao da sociedade
39- Evidncias solidrias no contexto da modernidade lquida
40- O circo no contexto contemporneo e a mercantilizao do lazer

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41- A busca pelo ineditismo e originalidade no contexto atual


42- Significado da velhice na contemporaneidade
43- Politizao por meio dos espaos virtuais
44- A homem responsvel pela superao de sua menoridade
45- Intolerncia cclica no contexto da violncia simblica

Estou disposio para auxili-los. Contem comigo! Bons estudos!

Link do livro:

https://www.editorajuspodivm.com.br/colecao-tribunais-e-mpu-temas-de-redacao-para-
tribunais-2017-3a-edicao-revista-ampliada-e-atualizada

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