Introdução À Gramática Da LIBRAS
Introdução À Gramática Da LIBRAS
Introdução À Gramática Da LIBRAS
OL!
O mesmo ocorre com o verbo OLHAR que pode sofrer alterao em um ou mais de seus
parmetros e, ento, denotar aspecto durativo.
No segundo sinal para olhar, a configurao de mo e o ponto de articulao mudam de
G1 para 5 e dos olhos para o nariz. Com isso temos a formao de uma outra palavra com
valor aspectual durativo.
O verbo VIAJAR com valor aspectual pontual abaixo poderia ser utilizado em sentenas
como PAULO VIAJAR BRASLIA ONTEM, enquanto que o sinal verbal com valor iterativo
apareceria em sentenas do tipo PAULO VIAJAR- MUITAS-VEZES. O aspecto iterativo
refere-se a ao ou evento que se d repetidas vezes.
interessente notar, que uma linha do tempo constituda a partir das coordenadas:
passado (atrs)- presente (no plano do corpo)- futuro (na frente), pode ser observada
tambm em lnguas orais como o portugus e o ingls como mencionado no incio desse
curso. Uma estruturao completamente diferente do tempo foi observada por ns na
Lngua de Sinais Urubu-Kaapor, lngua de sinais da comunidade indgena Urubu habitante
da Floresta Amaznica, onde o tempo futuro para cima e o presente no torso do usurio
dessa lngua. O passado no parece ser marcado.
Isso levou-nos a considerar que as lnguas Portuguesa e LIBRAS no so to distintas
assim naquilo que no depende de restries decorrentes da modalidade visual-espacial,
veiculando,assim, uma viso de mundo muito similar, pelo menos nos aspectos
semnticos at o momento estudados por ns.
As diferenas que vimos apontando ultimamente na estruturao gramatical e lexical da
LIBRAS e do portugus parecem no apontar tanto para diferenas culturais mas so sim
devidas ao fato de a primeira usar o espao e de a segunda utilizar o meio acstico, para
estruturar os significados lexicais e gramaticais.
1. 2. 5. Quantificao e Intensidade
A quantificao obtida em LIBRAS atravs do uso de quantificadores como MUITO, mas
incorporar a quantificao, prescindindo, pois, o uso desse tipo de palavras. Assim,
podemos observar nos exemplos com o verbo OLHAR acima que o olhar pontual
realizado com apenas um dedo estendido enquanto que os outros dois sinais so
realizados com as mos abertas, ou seja, com os dedos estendidos. Dessa forma, esse
tipo de alterao do parmentro Configurao de Mo iconicamente representa uma maior
intensidade na ao (FICAR-OLHANDO-LONGAMENTE) ou um maior nmero de
referentes sujeitos (TODOS-FICAR-OLHANDO). Essa mudana de configurao de mos,
aumentando-se o nmero de dedos estendidos para significar uma quantidade maior pode
ser ilustrado pelos sinais UMA-VEZ, DUAS-VEZES, TRS-VEZES.
Como se pode observar, os mecanismos espaciais utilizados pela LIBRAS para obter
significados e efeitos de sentido distinguem-se daqueles utilizados pela Lngua
Portuguesa. Nesta, as formas ou marcas so muito mais arbitrrias e se apresentam em
forma de segmentos sequencialmente acrescentados ao item ou palavra modificada. Em
LIBRAS, ocorre com muita frequncia uma mudana interna, isto , uma alterao no
interior da prpria palavra.
1. 2. 6. Classificadores
Como algumas lnguas orais e como vrias lnguas de sinais, a LIBRAS possui
classificadores, um tipo de morfema gramatical que afixado a um morfema lexical ou
sinal para mencionar a classe a que pertence o referente desse sinal, para descrev-lo
quanto forma e tamanho, ou para descrever a maneira como esse referente segurado
ou se comporta na ao verbal.
Os classificadores em lnguas orais como o japons e o navajo so sufixos dos numerais e
dos verbos, respectivamente.
Em LIBRAS, como dificilmente se pode falar em prefxo e em sufxo porque os morfemas
ou outros componentes dos sinais se juntam ao radical simultaneamente, preferimos dizer
que os classificadores so afixos incorporados ao radical verbal ou nominal. Assim, nos
exemplos abaixo, pode-se observar o classificador V e V, que respectivamente, referem-se
maneira como uma pessoa anda e como um animal anda.
O classificador em ANDAR (para pessoa) pode ser utilizado tambm com outros
significados como duas pessoas passeando ou um casal de namorados (no caso das
pontas dos dedos estarem voltadas para cima), uma pessoa em p (pontas dos dedos
para baixo), etc. Este classificador representado pela configurao de mos em V.
1. 2. 7. Incorporao de Argumento
As lnguas orais e de sinais apresentam vrios casos de incorporao de argumento ou
complemento. Por exemplo, em portugus, podemos citar o verbo engavetar que, em uma
anlise sinttico-semntica, poderia ser decomposto em um verbo bsico do tipo colocar e
em um complemento desse verbo que seria um locativo na gaveta. Assim, podemos dizer
eu coloquei os livros na gaveta ou eu engavetei os livros. O constituinte na gaveta, um
locativo, argumento ou complemento de colocar, foi incorporado a este verbo e em
decorrncia disso temos a outra forma verbal engavetar que prescinde do locativo como
complemento porque j carrega esta informao em seu prprio item lexical. Temos, pois,
uma forma lexical derivada de outra mais bsica, porm, desta vez no pelo processo de
derivao por afixao nem por composio, como discutido acima, mas sim pelo que se
chama de incorporao de argumento.
Em LIBRAS, o processo de incorporao de argumento muito frequente e visvel devido
s caractersticas espaciais e icnicas dos sinais. Os trs verbos abaixo ilustram esse tipo
de incorporao. O primeiro, o verbo BEBER/TOMAR pode ser usado sem incorporao
em sentenas do tipo:
BEBER CERVEJA (= eu bebi cerveja)
Porm, se o objeto direto do verbo for, por exemplo, caf ou ch, o verbo incorporar este
argumento e teremos formas verbais diferentes, como demonstram as ilustraes a seguir:
O mesmo processo de incorporao pode ser tambm observado no sinal que deriva do
sinal verbal COMER, ao qual se incorpora o objeto direto MA.
fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/35/35_003.HTM
As lnguas de sinais tem caractersticas prprias e por isso vem sendo utilizado mais o
vdeo para sua reproduo distncia. Existem sistemas de convenes para escrev-las,
mas como geralmente eles exigem um perodo de estudo para serem aprendidos, neste
livro, estamos utilizando um "Sistema de notao em palavras".
Este sistema, que vem sendo adotado por pesquisadores de lnguas de sinais em outros
pases e aqui no Brasil, tem este nome porque as palavras de uma lngua oral-auditiva so
utilizadas para representar aproximadamente os sinais.
Assim, a LIBRAS ser representada a partir das seguintes convenes:
1. Os sinais da LIBRAS, para efeito de simplificao, sero representados por itens
lexicais da Lngua Portuguesa (LP) em letras maisculas. Exemplos: CASA, ESTUDAR,
CRIANA, etc;
2. um sinal, que traduzido por duas ou mais palavras em lngua portuguesa, ser
representado pelas palavras correspondentes separadas por hfen. Exemplos: CORTAR-
COM-FACA, QUERER-NO "no querer", MEIO-DIA, AINDA-NO, etc;
3. um sinal composto, formado por dois ou mais sinais, que ser representado por duas ou
mais palavras, mas com a idia de uma nica coisa, sero separados pelo smbolo ^ .
Exemplos: CAVALO^LISTRA zebra;
4. a datilologia ( alfabeto manual), que usada para expressar nome de pessoas, de
localidades e outras palavras que no possuem um sinal, est representada pela palavra
separada, letra por letra por hfen. Exemplos:
J-O--O, A-N-E-S-T-E-S-I-A;
5. o sinal soletrado, ou seja, uma palavra da lngua portuguesa que, por emprstimo ,
passou a pertencer LIBRAS por ser expressa pelo alfabeto manual com uma
incorporao de movimento prprio desta lngua, est sendo representado pela datilologia
do sinal em itlico. Exemplos: R-S reais, A-C-H-O, QUM quem, N-U-N-C-A, etc;
6. na LIBRAS no h desinncias para gneros (masculino e feminino) e nmero (plural), o
sinal, representado por palavra da lngua portuguesa que possui estas marcas, est
terminado com o smbolo @ para reforar a idia de ausncia e no haver confuso.
Exemplos: AMIG@ amiga(s) e amigo(s) , FRI@ fria(s) e frio(s), MUIT@ muita(s) e
muito(s), TOD@, toda(s) e todo(s), EL@ ela(s), ele(s), ME@ minha(s) e meu(s) etc;
7. Os traos no-manuais: expresses facial e corporal, que so feitos simultaneamente
com um sinal, esto representados acima do sinal ao qual est acrescentando alguma
idia, que pode ser em relao ao:
a) tipo de frase ou advrbio de modo: interrogativa ou... i ... negativa ou ... neg ... etc
Para simplificao, sero utilizados, para a representao de frases nas formas
exclamativas e interrogativas, os sinais de pontuao utilizados na escrita das lnguas
orais-auditivas, ou seja: !, ? e ?!
b) advrbio de modo ou um intensificador: muito rapidamente exp.f "espantado" etc;
interrogativa exclamativo muito
Exemplos: NOME ADMIRAR LONGE
8. os verbos que possuem concordncia de gnero (pessoa, coisa, animal), atravs de
classificadores, esto representados tipo de classificador em subescrito.
Exemplos: pessoaANDAR, veculoANDAR,
coisa-arredondadaCOLOCAR, etc;
9. os verbos que possuem concordncia de lugar ou nmero-pessoal, atravs do
movimento direcionado, esto representados pela palavra correspondente com uma letra
em subscrito que indicar:
a) a varivel para o lugar: i = ponto prximo 1a pessoa,
j = ponto prximo 2a pessoa,
e k' = pontos prximos 3a pessoas,
e = esquerda,
d = direita;
b) as pessoas gramaticais: 1s, 2s, 3s = 1a, 2a e 3a pessoas do singular;
1d, 2d, 3d = 1a, 2a e 3a pessoas do dual;
a a a
1p, 2p, 3p = 1 , 2 e 3 pessoas do plural;
Exemplos: 1s DAR2S "eu dou para "voc",
2sPERGUNTAR3P "voc pergunta para eles/elas",
kdANDARk,e "andar da direita (d) para esquerda (e).
10. s vezes h uma marca de plural pela repetio do sinal. Esta marca ser
representada por uma cruz no lado direto acima do sinal que est sendo repetido:
Exemplo: GAROTA +
11. quando um sinal, que geralmente feito somente com uma das mos, ou dois sinais
esto sendo feitos pelas duas mos simultaneamente, sero representados um abaixo do
outro com indicao das mos: direita (md) e esquerda (me).
Exemplos: IGUAL (md) PESSO@-MUIT@ANDAR (me)
` IGUAL (me) PESSOAEM-P (md)
Estas convenes vem sendo utilizadas para poder representar, linearmente, uma lngua
espao-visual, que tridimensional. Felipe (1988, 1991,1993,1994,1995,1996)
fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/37/37_003.HTM
Os livros sobre as gramticas das lnguas geralmente trazem uma parte sobre os
processos de formao de palavras.
Na LIBRAS, os sinais so formados a partir da: configurao de mos, movimento,
orientao e ponto de articulao, estes parmetros j foram mencionados na Introduo
deste livro.
Estes quatro parmetros podem ser comparados a pedacinhos de um sinal porque s
vezes eles tm significados e, atravs de alteraes em suas combinaes, eles formam
os sinais. Portanto:
a) a configurao de mos, pode ser um marcador de gnero (animado: pessoa e
animais / inanimado: coisas). Exemplo:
PESSOA CL:Gk CARRO CL5k, kVECULOCOLIDIRk
O carro bateu em uma pessoa;
b) o ponto de articulao pode ser uma marca de concordncia verbal com o advrbio de
lugar. Exemplo:
MESAi COPO objeto-arredondado-COLOCARi
eu coloco o copo na mesa;
c) o movimento pode ser uma raiz. Exemplos:
IR, VIR, BRINCAR.
A alterao na freqncia do movimento, pode ser uma marca de aspecto temporal:
TRABALHAR-CONTINUAMENTE; de modo: FALAR-DEMASIADAMENTE, ou um
intensificador: TRABALHAR-MUITO;
d) a orientao pode ser uma concordncia nmero-pessoal. Exemplos:
1sPERGUNTAR2s eu pergunto a voc
2sPERGUNTAR1s voc me pergunta;
ou um advrbio de tempo. Exemplos: ANO e ANO-PASSADO.
Fazendo uma paralelo destes parmetros que, s vezes, como foi mostrado, podem ter um
significado, com alguns fonemas da lngua portuguesa, que podem tambm ter um
significado, teremos:
(1) os artigos definidos: a e o. Exemplos: a menina, o menino;
(2) , as desinncias de gnero e plural. Exemplos: menina, casas.
Na LIBRAS, portanto, os processos de formao de palavras podem ocorrem atravs de:
1. Modificaes por adio raiz: uma raiz pode ser modificada atravs da adio de
afixos. Por exemplo, a incorporao da negao um processo de modificao por adio
raiz porque,
como sufixo, ela se incorpora em alguns verbo: a raiz, que possui um determinado
movimento em um primeiro momento, finaliza-se com um movimento contrrio, que
caracteriza a negao incorporada; como nos verbos: QUERER / QUERER-NO;
GOSTAR / GOSTAR-NO2;
como infixo, ela se incorpora simultaneamente `a raiz atravs do movimento ou
expresso corporal: TER / TER-NO; PODER / PODER-NO.
A negao, alm de poder ocorrer atravs destes processos morfolgicos, pode tambm
ocorrer sintaticamente porque, atravs dos advrbios NO E NADA, pode-se construir
uma frase negativa, como no exemplo: EU INGLS SABER NO, ENTENDER NADA
eu no sei ingls, no entendo nada.
H, ainda, a incorporao do intensificador: muito ou de advrbios de modo, que alteram,
tambm, o movimento da raiz.
2. Modificao interna da raiz: uma raiz pode ser modificada por trs tipos de acrscimo:
a) o da flexo que, atravs da direcionalidade, marca as pessoas do discurso, fazendo
com que a raiz se inverta ou at adquira uma forma em arco3 ;
b) o acrscimo do aspecto verbal que, atravs de mudanas na freqncia do movimento
da raiz marcam os aspectos durativo, contnuo, etc;
c) o acrscimo de um marcador de concordncia de gnero que, atravs de
configuraes de mos (classificadores), especifica a coisa: objeto plano
vertical/horizontal, redondo, etc
3. Processos de derivao Zero: na LIBRAS, como a lngua inglesa, h muitos verbos
denominais ou substantivos verbais que so invariveis e somente no contexto pode-se
perceber se esto sendo utilizados com a funo de verbos ou de nome. Exemplos: AVIO
/ IR-DE-AVIO; CADEIRA / SENTAR; FERRO / PASSAR-COM-FERRO; PORTA / ABRIR-
PORTA; BRINCADEIRA / BRINCAR; TESOURA / CORTAR-COM-TESOURA; BICICLETA /
ANDAR-DE-BICICLETA; CARRO / DIRIGIR-CARRO; VIDA / VIVER, etc.
Alguns destes pares, quando possuem uma marca de concordncia com o objeto,
apresentam uma estrutura OiVi , como o verbo CORTAR-COM-TESOURA; ou apresentam
uma diferena em relao ao parmetro movimento, como os verbos IR-DE-AVIO, que
apresenta um movimento mais alongado, em relao ao substantivo AVIO, e PASSAR-
COM-FERRO, que apresenta um movimento mais repetido e alongado, em oposio ao
movimento repetido e retido para o nome FERRO.
4. Processos de composio: neste processo de formao de palavra duas ou mais
razes se combinam e do origem a uma outra forma, um outro sinal. Exemplos:
CAVALO^LISTRA-PELO-CORPO zebra ; MULHER^BEIJO-NA-MO me
CASA^ESTUDAR escola; CASAR^SEPARAR divorciar; COMER^MEIO-DIA almoo;
etc.
Pode-se concluir do exposto que, independentemente da modalidade de lngua, as
categorias gramaticais e os processos de formao de palavras de uma determinada
lngua apontaro para a sua classificao enquanto lngua de um determinado tipo, a partir
de seus processos mais produtivos.
fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/37/37_004.HTM
Na LIBRAS h 2 sinais diferentes para a idia dia: um sinal relacionado a dia do ms,
que a datilologia D-I-A, e o sinal DIA (durao), (que tem a configurao de mo em d,
batendo na testa no lado direito) Exemplos:
(34) D-I-A AMANH?
AMANH D-I-A 17
(35) VIAJAR RECIFE NIBUS EU CANSAD@ DIA-2
Eu estou cansada porque viajei 2 dias de nibus para o Recife
Os numerais de 1 a 4 podem ser incorporados aos sinais DIA (durao), SEMA-NA, MS e
ANO e VEZ, exemplos:
(36) DIA-1, DIAS-2;
(37) SEMANA-1, SEMANA-2, SEMANA-3, SEMANA-4;
(38) MS-1, MS-2, MS-3;
(39) ANO-1, AN0-2, ANO-3;
(40) VEZ-1, VEZ-2, VEZ-3, MUIT@-VEZES
A partir do numeral 5, no h mais incorporao e a construo utilizada formada pelo
sinal seguido do numeral segue. Esta construo tambm pode ser usada para os
numerais inferiores a 5, que permitem a incorporao mencionada acima, exemplos:
(41) DIA 4, DIA 20, SEMANA 8, ANO 6
Aos sinais DIA (durao) e SEMANA podem ser incorporadas a freqncia ou durao
atravs de um movimento prolongado ou repetido. Exemplos:
(42) TODOS-OS-DIAS - movimento repetido;
(43) DIA-INTEIRO o dia todo - movimento alongado;
(44) TOD@-SEMANA 2-FEIRA todas as segundas - mov. alongado,
TOD@-SEMANA 4 a-FEIRA todas as quartas
5.4. Numeral na LIBRAS
As lnguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando utilizados
como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou ms, horas e
valores monetrios. Isso tambm acontece na LIBRAS.
Nesta lngua agramatical, ou seja, errado a utilizao de uma nica configurao das
mos para determinados numerais que tm configuraes especficas que dependem do
contexto, por exemplo: o numeral cardinal 1 diferente da quantidade 1, como em LIVRO
1, que diferente de PRIMEIRO-LUGAR, que diferente de PRIMEIRO-ANDAR, que
diferente de PRIMEIRO-GRAU, que diferente de MS-1.
Os numerais cardinais, as quantidades, e idade a partir do nmero 11 so idnticos. Os
nmeros 22, 33, 44 e 77 sempre so articulados com a mo apontando para a frente do
emissor.
Os numerais ordinais do PRIMEIRO at o NONO tm a mesma forma dos cardinais, mas
aqueles possuem movimentos enquanto estes no possuem. Os ordinais do PRIMEIRO
at o QUARTO tm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do QUINTO at o
NONO tm movimentos para os lados. A partir do numeral DEZ, no h mais diferena
entre os cardinais e ordinais.
5.4.1. Utilizao dos numerais para valores monetrios, pesos e medidas
Em LIBRAS para se representar os valores monetrios de um at nove reais, usa-se o
sinal do numeral correspondente ao valor, incorporando a este o sinal VRGULA. Por isso
o numeral para valor monetrio ter pequenos movimentos rotativos. Pode ser usado
tambm para estes valores acima os sinais dos numerais correspondentes seguido do
sinais soletrados R-L real ou R-S reais.
Para valores de um mil at nove mil tambm h a incorporao do sinal VRGULA, mas
aqui o movimento desta incorporao mais alongando do que os valores anteriores (de 1
at nove reais). Pode ser usado tambm para estes valores acima os sinais dos numerais
corres-pondente seguido de PONTO.
Para valores de um milho para cima, usa-se tambm a incorporao do sinal VRGULA
com o numeral correspondente, mas aqui o movimento rotativo mais alongado do que
em mil. Pode-se notar uma gradao tanto na expresso facial como neste movimento da
vrgula incorporada que ficam maiores e mais acentuados : de 1 a 9 < de 1.000 a 9.000 <
de 1.000.000 a 9.000.000.
Quando o valor centavo, o sinal VRGULA vem depois do sinal ZERO, mas na maioria
das vezes no precisa usar o sinal ZERO para centavo porque o contexto pode esclarecer
e os valores para centavos ficam iguais aos numerais cardinais.
fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/37/37_005.HTM
fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/37/37_006.HTM
7. APNDICE
SISTEMA DE TRANSCRIO SIMPLIFICADO
FIGURA - VERBOS COM INCORPORAO DE NEGAO
FIGURA - VERBOS COM CONCORDNCIA NMERO/PESSOAL
SISTEMA DE TRANSCRIO SIMPLIFICADO
fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/37/APENDICE37.HTM