Apostila Libras Estelio
Apostila Libras Estelio
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LNGUA BRASILEIRA
DE SINAIS
LIBRAS
C.D.D. - 371.3
A responsabilidade pelo contedo e imagens desta obra dos autores. O contedo desta obra foi licenciado
temporria e gratuitamente para utilizao no mbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil, atravs
da UFPI. O leitor se compromete a utilizar o contedo desta obra para aprendizado pessoal, sendo que a
reproduo e distribuio ficaro limitadas ao mbito interno dos cursos. A citao desta obra em trabalhos
acadmicos e/ou profissionais poder ser feita com indicao da fonte. A cpia deste obra sem autorizao
expressa ou com intuito de lucro constitui crime contra a propriedade intelectual, com sanses previstas no
Cdigo Penal.
A presente obra tem como foco a incluso de pessoas com
necessidades educacionais especiais auditivas, ou seja, o sujeito com
surdez, tendo em vista a existncia de leis vigentes e pertinentes que
asseguram a sua incluso aos rgos pblicos.
A educao faz parte desse rgo por ser fundamental na
construo do sujeito emprico e epistmico,o que espera por sua vez
a busca e o preparo para receber tais pessoas. Neste aspecto surge
a necessidade do ensino e aprendizado da Lngua Brasileira de Sinais-
LIBRAS, como instrumento no s de incluso mas principalmente de
comunicao e de interao, que os tornem profissionais capazes de
dialogar com a pessoa com necessidades educativas especiais(o surdo),
favorecendo a formao de sua identidade, o contato com outra pessoa e
com o mundo. A estimativa de surdos no Brasil de dois milhes segundo
dados fornecidos pelo ministrio da educao especial, h pessoas
surdas em todo territrio brasileiro.
O surdo antes de tudo um ser que possui necessidades como
qualquer pessoa ouvinte, com os mesmos direitos e deveres (inclusive
de ser entendido e de se comunicar) no seu espao familiar, educacional
como na sociedade em geral. Este livro, estrutura-se em 4 unidades
a constar: a primeira se prope conhecer e identificar o deficiente
auditivo; a segunda unidade aborda os aspectos histricos e filosficos
da conscientizao da educao do surdo, apresentando o direito ao
processo de comunicao e a lngua de sinais - LIBRAS; a terceiro
unidade construindo a comunicao em LIBRAS; a quarta unidade
aprimorando o uso de sinais.
A elaborao deste trabalho constou de intensa pesquisa
bibliogrfica (em livros, revistas, peridicos e outros) e na internet que
abordam a temtica da deficincia auditiva, sua incluso e a comunicao
em LIBRAS, alm das experincias do autor que h oito anos vivencia e
trabalha com a temtica da lngua brasileira de sinais.
UNIDADE 1
09 CONHECENDO E IDENTIFICANDO O DEFICIENTE AUDITIVO
Nomenclatura usada na rea da surdez 11
O que deficincia auditiva 13
Deficincia auditiva quanto ao tipo 15
Deficincia auditiva quanto ao grau 18
A pessoa surda e sua comunicao 20
UNIDADE 2
25 ASPECTOS HISTRICOS E FILOSFICOS DA EDUCAO DO SURDO
Histria da educao dos surdos 27
Filosofias educacionais pertinentes a educao do surdo 29
UNIDADE 3
59 CONSTRUINDO A COMUNICAO EM LIBRAS
Lngua brasileira de sinais libras 61
Soletrao 66
Nmeros 69
UNIDADE 4
81 APRIMORANDO O USO DE SINAIS
Parmetros principais ou maiores 86
ANEXO 1
ANEXO 2
ANEXO 3
UNIDADE 01
Conhecendo e Identificando
o Deficiente Auditivo
OBJETIVOS:
Conhecer quem o deficiente auditivo
Identificar as perdas auditivas
Conhecer as principais causas da perda auditiva
Entender sobre modalidade de comunicao do surdo
NOMENCLATURA USADA NA
REA DA SURDEZ
Surda?
Deficiente auditivo?
Pessoa com deficincia auditiva?
Portadora de deficincia auditiva?
Pessoa portadora de deficincia auditiva?
Portadora de surdez?
Pessoa portadora de surdez?
Deficincia fsica
Deficincia intelectual
Deficincia auditiva
Deficincia visual
Deficincia mltipla
12 UNIDADE 01
Deficincia fsica
Deficincia intelectual
Surdez
Cegueira
Deficincia mltipla
14 UNIDADE 01
As relaes interpessoais so consideradas cruciais para a
manuteno da autoimagem e dos papis sociais. A deficincia auditiva
afeta negativamente as interaes sociais, inclusive as familiares,
provocando na pessoa com deficincia, frustraes, irritao e
sentimentos de inferioridade. Nesse mesmo sentido, o choque causado
pela perda de audio adquirida no tem implicaes somente para a
pessoa, mas tambm para o cnjuge ou parceiro.
As aes direcionadas para lidar com a estigmatizao e o
comportamento da populao, diante das pessoas com deficincia
auditiva, podem evitar que elas se sintam inferiorizadas, ansiosas e
deprimidas. Os deficientes auditivos e suas famlias, ao enfrentarem
as perdas, as tenses na comunicao e as dificuldades interpessoais,
devem ser impreterivelmente assistidos por um trabalho de reabilitao.
Partindo do princpio de que possvel entender a famlia a
partir da anlise dos contedos que passam atravs das geraes, e
do pressuposto de que o diagnstico da deficincia auditiva provoca
modificaes significativas no sujeito e na sua famlia, podem-se
confirmar a importncia de desenvolver um estudo que faa a relao
entre estas duas questes, famlia e deficincia auditiva. A repetio
dessa deficincia em diferentes geraes familiares pode ocasionar
transformaes nos contedos intergeracionais e no significado que o
sujeito atribui prpria deficincia.
16 UNIDADE 01
Causas da Deficincia auditiva neurossensorial
18 UNIDADE 01
distante no ouvida. Em geral, essa pessoa considerada como
desatenta, solicitando frequentemente a repetio daquilo que lhe falam.
Essa perda auditiva no impede a aquisio normal da linguagem, mas
poder ser a causa de algum problema articulatrio ou dificuldade na
leitura e/ou escrita.
20 UNIDADE 01
do lar um benefcio, e que essa aquisio contribui para o aprendizado
da lngua oral como segunda lngua para surdo (APOEMA, 2005, p. 24,
25).
Os estudos com indivduos surdos demonstram que a lngua de
sinais apresenta organizao neural semelhante lngua oral, ou seja,
que ela se organiza no crebro da mesma maneira que as lnguas faladas.
A lngua de sinais apresenta um perodo crtico precoce para sua
aquisio, considerando-se que a forma de comunicao natural aquela
para a qual o sujeito est mais bem preparado, levando-se em conta a
noo de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisio na
tenra idade.
Comportamentos recomendados ao instrutor, em eventos com
deficiente auditivos.
Segundo Acorde (2005, p, 25, 26), algumas estratgias so
importantes para a convivncia com pessoas surdas. o que segue
abaixo.
22 UNIDADE 01
O estudo acerca da deficincia auditiva nos mostra uma clara
relao entre as causas das doenas que ocasionam a deficincia e as
condies scio-econmicas dos envolvidos. Sabedores que a linguagem
tem por funes intercmbio social e pensamento generalizante fcil
perceber que a dificuldade em utilizar o cdigo lingustico vigente acarreta
profundas consequncias para o sujeito surdo. necessrio atentar para
a importncia de se trabalhar a lngua brasileira de sinais na escola,
qualificando professores e estimulando os alunos na prtica inclusiva.
importante identificar o quanto antes a perda auditiva na criana
ou se a mesma sofre de alguma outra deficincia. Para isso devemos
observar, identificar e encaminhar a criana para um tratamento que venha
intervir de forma precoce, para que a perda auditiva no seja comprometida
completamente, pais ou pessoas responsveis devem cedo investigar e
ir em busca de recursos no processo de aquisio da linguagem. Que
aqueles que trabalham com crianas ainda na etapa pr-escolar tenham
capacidade de diagnosticar as dificuldades encontradas na criana e
identificar se esta sofre de alguma deficincia auditiva.
Assim, ns, pais, mestres e responsveis, ao notar algum tipo
de deficincia em nossas crianas, devemos procurar o mais rpido que
pudermos um profissional (pediatra, fonoaudilogo, e outros) para que o
mesmo possa diagnosticar e encaminh-la para um tratamento especfico,
pois quanto mais cedo se identificar uma deficincia mais rpido se poder
intervir.
24 UNIDADE 01
UNIDADE 2
Aspectos Histricos e
Filosficos da Educao do Surdo
OBJETIVOS:
Conhecer os antecedentes histricos da lngua brasileira de sinais-LIBRAS
Entender sobre os aspectos legais e vigente da LIBRAS.
HISTRIA DA EDUCAO DOS
SURDOS
28 UNIDADE 02
linguagem de sinais, alfabeto manual, escrita, fala e leitura labial. Este
sistema ficou conhecido como mtodo francs.
Na Alemanha, ainda no ano de 1818, surgiu Samuel Heinicke que
orientava uma educao voltada para o oralismo e para o mtodo francs.
A Filosofia Oralista Heineckiana (1723 -1790) na Alemanha, atribuiu um
grande valor a fala dos EUA. Os grandes educadores conhecidos por
conta de uma inovao no sistema educacional especial, principalmente
no rompimento de paradigma foram Edward Miller Gaallaudet (1837-
1917). Considerado o maior representante manualista e Alexander Graha
Bell (1847-1922) foi o inventor do telefone, e do audimetro e do mtodo
oralista.
Filosofia oralista
30 UNIDADE 02
mesma funcionalidade para os surdos, como a fala tem para os ouvintes.
Segundo ele, a maneira das pessoas se comunicarem (a lngua)
determinada pela comunidade onde elas esto inseridas. Diante da
necessidade de novas reflexes sobre as formas mais apropriadas de
viabilizar um ensino de qualidade com metodologias utilizadas em sala
de aula, que enfoquem no apenas os procedimentos adotados, mas
realize uma anlise crtica sobre as vantagens e desvantagens existentes
com cada mtodo, tendo em vista as particularidades inerentes surdez.
A comunicao total apresenta aspectos positivos e negativos.
Por um lado, ela ampliou a viso do surdo e de surdez, deslocando a
problemtica do surdo na necessidade da oralizao e ajuda o processo
em prol da utilizao de cdigos espao-viso-manuais. Por outro lado,
no valorizando suficientemente a lngua de sinais e a cultura surda,
propicia o surgimento de diversos cdigos diferentes da lngua de sinais
que no podem ser utilizados em substituio a uma lngua, como a lngua
de sinais no processo de aquisio da linguagem e desenvolvimento
cognitivo da criana surda.
A comunicao total acredita que o bimodalismo pode minimizar
o bloqueio de comunicao que geralmente a criana surda vivencia,
evitando consequncias para o seu desenvolvimento e possibilitando aos
pais ocuparem seus papis de principais interlocutores de seus filhos.
A comunicao total acredita que cabe famlia decidir que forma de
educao seu filho ter.
A soluo encontrada pela comunicao total para transmitir a
linguagem s crianas surdas de forma contextualizada, fugindo ao ensino
formal de lngua, foi a criao de cdigos visuais que acompanham a fala
do adulto ouvinte, possibilitando uma melhor compreenso pela criana.
Esses cdigos podem ser uma lngua artificial, o portugus sinalizado,
os sinais que representam fonemas (Cued Speech), letras (alfabeto
manual) ou ainda espontneos, que no caracterizam uma lngua. Assim,
a comunicao total pretende garantir uma relao dialgica entre a
criana surda, sua famlia, o ouvinte e a sociedade em geral.
32 UNIDADE 02
de sinais seja respeitado. Juntamente com Laurence Clerc e sob
influncia de Abb de Charles Michel de LEpe, Gallaudet nunca aceitou
a imposio do congresso de Milo e no concordou com as mudanas
para a metodologia oral. Em 1892, fundada a primeira escola oralista
e no final do sculo era notrio a bifurcao na educao de surdos: o
oralismo puro de um lado e os mtodos combinados do outro.
34 UNIDADE 02
Aos 22 de abril de 2002, A LIBRAS torna-se uma lngua oficializada
pelo Congresso Nacional de uso contnuo da comunidade surda do Brasil
conforme lei 10.436/02,que dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais
LIBRAS e d outras providncias:
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
Art. 1o reconhecida como meio legal de
comunicao e expresso a Lngua Brasileira de
Sinais - Libras e outros recursos de expresso a ela
associados.
Pargrafo nico. Entende-se como Lngua
Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicao
e expresso, em que o sistema lingustico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical prpria,
constituem um sistema lingstico de transmisso de
idias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas
surdas do Brasil.
Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder
pblico em geral e empresas concessionrias de
servios pblicos, formas institucionalizadas de apoiar
o uso e difuso da Lngua Brasileira de Sinais - Libras
como meio de comunicao objetiva e de utilizao
corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3o As instituies pblicas e empresas
concessionrias de servios pblicos de assistncia
sade devem garantir atendimento e tratamento
adequado aos portadores de deficincia auditiva, de
acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4o O sistema educacional federal e os
sistemas educacionais estaduais, municipais e do
Distrito Federal devem garantir a incluso nos cursos
de formao de Educao Especial, de Fonoaudiologia
e de Magistrio, em seus nveis mdio e superior, do
ensino da Lngua Brasileira de Sinais - Libras, como
parte integrante dos Parmetros Curriculares Nacionais
- PCNs, conforme legislao vigente.
Pargrafo nico. A Lngua Brasileira de Sinais
- Libras no poder substituir a modalidade escrita da
36 UNIDADE 02
DECRETO N5.626 de Dezembro de 2005.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que
lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em
vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no
art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,
DECRETA:
CAPTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de
24 de abril de 2002,e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de
dezembro de 2000.
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa
surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e
interage com o mundo por meio de experincias visuais,
manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Lngua
Brasileira de Sinais - Libras.
Pargrafo nico. Considera-se deficincia auditiva a
perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequncias de
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
CAPTULO II
DA INCLUSO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR
Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina
curricular obrigatria nos cursos de formao de professores
para o exerccio do magistrio, em nvel mdio e superior,
e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituies de ensino,
pblicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos
sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios.
1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes
reas do conhecimento, o curso normal de nvel mdio, o
curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de
Educao Especial so considerados cursos de formao de
professores e profissionais da educao para o exerccio do
magistrio.
2o A Libras constituir-se- em disciplina curricular
CAPTULO III
DA FORMAO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO
INSTRUTOR DE LIBRAS
Art. 4o A formao de docentes para o ensino de Libras
nas sries finais do ensino fundamental, no ensino mdio e na
educao superior deve ser realizada em nvel superior, em
curso de graduao de licenciatura plena em Letras: Libras ou
em Letras: Libras/Lngua Portuguesa como segunda lngua.
Pargrafo nico. As pessoas surdas tero prioridade
nos cursos de formao previstos no caput.
Art. 5o A formao de docentes para o ensino de
Libras na educao infantil e nos anos iniciais do ensino
fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou
curso normal superior, em que Libras e Lngua Portuguesa
escrita tenham constitudo lnguas de instruo, viabilizando
a formao bilngue.
1o Admite-se como formao mnima de docentes para
o ensino de Libras na educao infantil e nos anos iniciais
do ensino fundamental, a formao ofertada em nvel mdio
na modalidade normal, que viabilizar a formao bilngue,
referida no caput.
2o As pessoas surdas tero prioridade nos cursos de
formao previstos no caput.
Art. 6o A formao de instrutor de Libras, em nvel mdio,
deve ser realizada por meio de:
I - cursos de educao profissional;
II - cursos de formao continuada promovidos por
instituies de ensino superior; e
III - cursos de formao continuada promovidos por
instituies credenciadas por secretarias de educao.
1o A formao do instrutor de Libras pode ser realizada
tambm por organizaes da sociedade civil representativa da
comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado
por pelo menos uma das instituies referidas nos incisos II e
38 UNIDADE 02
III.
2o As pessoas surdas tero prioridade nos cursos de
formao previstos no caput.
Art. 7o Nos prximos dez anos, a partir da publicao
deste Decreto, caso no haja docente com ttulo de ps-
graduao ou de graduao em Libras para o ensino dessa
disciplina em cursos de educao superior, ela poder ser
ministrada por profissionais que apresentem pelo menos um
dos seguintes perfis:
I - professor de Libras, usurio dessa lngua com curso
de ps-graduao ou com formao superior e certificado de
proficincia em Libras, obtido por meio de exame promovido
pelo Ministrio da Educao;
II - instrutor de Libras, usurio dessa lngua com
formao de nvel mdio e com certificado obtido por meio de
exame de proficincia em Libras, promovido pelo Ministrio
da Educao;
III - professor ouvinte bilngue: Libras - Lngua
Portuguesa, com ps-graduao ou formao superior e
com certificado obtido por meio de exame de proficincia em
Libras, promovido pelo Ministrio da Educao.
1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas
surdas tero prioridade para ministrar a disciplina de Libras.
2o A partir de um ano da publicao deste Decreto, os
sistemas e as instituies de ensino da educao bsica e as
de educao superior devem incluir o professor de Libras em
seu quadro do magistrio.
Art. 8o O exame de proficincia em Libras, referido no
art. 7o, deve avaliar a fluncia no uso, o conhecimento e a
competncia para o ensino dessa lngua.
1o O exame de proficincia em Libras deve ser
promovido, anualmente, pelo Ministrio da Educao e
instituies de educao superior por ele credenciadas para
essa finalidade.
2o A certificao de proficincia em Libras habilitar o
instrutor ou o professor para a funo docente.
3o O exame de proficincia em Libras deve ser
realizado por banca examinadora de amplo conhecimento
em Libras, constituda por docentes surdos e linguistas de
40 UNIDADE 02
interpretao, a partir de um ano da publicao deste Decreto.
Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Lngua
Portuguesa, como segunda lngua para pessoas surdas, deve
ser includo como disciplina curricular nos cursos de formao
de professores para a educao infantil e para os anos iniciais
do ensino fundamental, de nvel mdio e superior, bem como
nos cursos de licenciatura em Letras com habilitao em
Lngua Portuguesa.
Pargrafo nico. O tema sobre a modalidade escrita
da lngua portuguesa para surdos deve ser includo como
contedo nos cursos de Fonoaudiologia.
CAPTULO IV
DO USO E DA DIFUSO DA LIBRAS E DA LNGUA
PORTUGUESA PARA O ACESSO DAS PESSOAS SURDAS
EDUCAO
Art. 14. As instituies federais de ensino devem garantir,
obrigatoriamente, s pessoas surdas acesso comunicao,
informao e educao nos processos seletivos, nas
atividades e nos contedos curriculares desenvolvidos em
todos os nveis, etapas e modalidades de educao, desde a
educao infantil at superior.
1o Para garantir o atendimento educacional
especializado e o acesso previsto no caput, as instituies
federais de ensino devem:
I - promover cursos de formao de professores para:
a) o ensino e uso da Libras;
b) a traduo e interpretao de Libras - Lngua
Portuguesa; e
c) o ensino da Lngua Portuguesa, como segunda lngua
para pessoas surdas;
II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educao infantil,
o ensino da Libras e tambm da Lngua Portuguesa, como
segunda lngua para alunos surdos;
III - prover as escolas com:
a) professor de Libras ou instrutor de Libras;
b) tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa;
c) professor para o ensino de Lngua Portuguesa como
segunda lngua para pessoas surdas; e
42 UNIDADE 02
II - reas de conhecimento, como disciplinas curriculares,
nos anos finais do ensino fundamental, no ensino mdio e na
educao superior.
Art. 16. A modalidade oral da Lngua Portuguesa, na
educao bsica, deve ser ofertada aos alunos surdos ou com
deficincia auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da
escolarizao, por meio de aes integradas entre as reas
da sade e da educao, resguardado o direito de opo da
famlia ou do prprio aluno por essa modalidade.
Pargrafo nico. A definio de espao para o
desenvolvimento da modalidade oral da Lngua Portuguesa
e a definio dos profissionais de Fonoaudiologia para
atuao com alunos da educao bsica so de competncia
dos rgos que possuam estas atribuies nas unidades
federadas.
CAPTULO V
DA FORMAO DO TRADUTOR E INTRPRETE DE LIBRAS
- LNGUA PORTUGUESA
Art. 17. A formao do tradutor e intrprete de Libras
- Lngua Portuguesa deve efetivar-se por meio de curso
superior de Traduo e Interpretao, com habilitao em
Libras - Lngua Portuguesa.
Art. 18. Nos prximos dez anos, a partir da publicao
deste Decreto, a formao de tradutor e intrprete de Libras
- Lngua Portuguesa, em nvel mdio, deve ser realizada por
meio de:
I - cursos de educao profissional;
II - cursos de extenso universitria; e
III - cursos de formao continuada promovidos por
instituies de ensino superior e instituies credenciadas por
secretarias de educao.
Pargrafo nico. A formao de tradutor e intrprete de
Libras pode ser realizada por organizaes da sociedade civil
representativas da comunidade surda, desde que o certificado
seja convalidado por uma das instituies referidas no inciso
III.
Art. 19. Nos prximos dez anos, a partir da publicao
44 UNIDADE 02
de Libras - Lngua Portuguesa, para viabilizar o acesso
comunicao, informao e educao de alunos surdos.
1o O profissional a que se refere o caput atuar:
I - nos processos seletivos para cursos na instituio de
ensino;
II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos
aos conhecimentos e contedos curriculares, em todas as
atividades didtico-pedaggicas; e
III - no apoio acessibilidade aos servios e s atividades-
fim da instituio de ensino.
2o As instituies privadas e as pblicas dos sistemas
de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal
buscaro implementar as medidas referidas neste artigo como
meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficincia
auditiva o acesso comunicao, informao e educao.
CAPTULO VI
DA GARANTIA DO DIREITO EDUCAO DAS PESSOAS
SURDAS OU COM DEFICINCIA AUDITIVA
Art. 22. As instituies federais de ensino responsveis
pela educao bsica devem garantir a incluso de alunos
surdos ou com deficincia auditiva, por meio da organizao
de:
I - escolas e classes de educao bilngue, abertas a
alunos surdos e ouvintes, com professores bilngues, na
educao infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
II - escolas bilnges ou escolas comuns da rede
regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para
os anos finais do ensino fundamental, ensino mdio ou
educao profissional, com docentes das diferentes reas do
conhecimento, cientes da singularidade lingustica dos alunos
surdos, bem como com a presena de tradutores e intrpretes
de Libras - Lngua Portuguesa.
1o So denominadas escolas ou classes de educao
bilngue aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da
Lngua Portuguesa sejam lnguas de instruo utilizadas no
desenvolvimento de todo o processo educativo.
2o Os alunos tm o direito escolarizao em um turno
diferenciado ao do atendimento educacional especializado
para o desenvolvimento de complementao curricular, com
CAPTULO VII
DA GARANTIA DO DIREITO SADE DAS PESSOAS
SURDAS OU COM DEFICINCIA AUDITIVA
Art. 25. A partir de um ano da publicao deste Decreto,
o Sistema nico de Sade - SUS e as empresas que detm
concesso ou permisso de servios pblicos de assistncia
sade, na perspectiva da incluso plena das pessoas surdas
ou com deficincia auditiva em todas as esferas da vida social,
devem garantir prioritariamente aos alunos matriculados nas
46 UNIDADE 02
redes de ensino da educao bsica, a ateno integral sua
sade, nos diversos nveis de complexidade e especialidades
mdicas, efetivando:
I - aes de preveno e desenvolvimento de programas
de sade auditiva;
II - tratamento clnico e atendimento especializado,
respeitando as especificidades de cada caso;
III - realizao de diagnstico, atendimento precoce e do
encaminhamento para a rea de educao;
IV - seleo, adaptao e fornecimento de prtese
auditiva ou aparelho de amplificao sonora, quando indicado;
V - acompanhamento mdico e fonoaudiolgico e terapia
fonoaudiolgica;
VI - atendimento em reabilitao por equipe
multiprofissional;
VII - atendimento fonoaudiolgico s crianas,
adolescentes e jovens matriculados na educao bsica, por
meio de aes integradas com a rea da educao, de acordo
com as necessidades teraputicas do aluno;
VIII - orientaes famlia sobre as implicaes da
surdez e sobre a importncia para a criana com perda
auditiva ter, desde seu nascimento, acesso Libras e
Lngua Portuguesa;
IX - atendimento s pessoas surdas ou com deficincia
auditiva na rede de servios do SUS e das empresas que
detm concesso ou permisso de servios pblicos de
assistncia sade, por profissionais capacitados para o uso
de Libras ou para sua traduo e interpretao; e
X - apoio capacitao e formao de profissionais da
rede de servios do SUS para o uso de Libras e sua traduo
e interpretao.
1o O disposto neste artigo deve ser garantido tambm
para os alunos surdos ou com deficincia auditiva no
usurios da Libras.
2o O Poder Pblico, os rgos da administrao
pblica estadual, municipal, do Distrito Federal e as empresas
privadas que detm autorizao, concesso ou permisso
de servios pblicos de assistncia sade buscaro
implementar as medidas referidas no art. 3o da Lei no 10.436,
CAPTULO VIII
DO PAPEL DO PODER PBLICO E DAS EMPRESAS QUE
DETM CONCESSO OU PERMISSO DE SERVIOS
PBLICOS, NO APOIO AO USO E DIFUSO DA LIBRAS
Art. 26. A partir de um ano da publicao deste Decreto,
o Poder Pblico, as empresas concessionrias de servios
pblicos e os rgos da administrao pblica federal, direta
e indireta devem garantir s pessoas surdas o tratamento
diferenciado, por meio do uso e difuso de Libras e da traduo
e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, realizados por
servidores e empregados capacitados para essa funo, bem
como o acesso s tecnologias de informao, conforme prev
o Decreto no 5.296, de 2004.
1o As instituies de que trata o caput devem dispor
de, pelo menos, cinco por cento de servidores, funcionrios
e empregados capacitados para o uso e interpretao da
Libras.
2o O Poder Pblico, os rgos da administrao
pblica estadual, municipal e do Distrito Federal, e as
empresas privadas que detm concesso ou permisso de
servios pblicos buscaro implementar as medidas referidas
neste artigo como meio de assegurar s pessoas surdas ou
com deficincia auditiva o tratamento diferenciado, previsto
no caput.
Art. 27. No mbito da administrao pblica federal,
direta e indireta, bem como das empresas que detm
concesso e permisso de servios pblicos federais, os
servios prestados por servidores e empregados capacitados
para utilizar a Libras e realizar a traduo e interpretao
de Libras - Lngua Portuguesa esto sujeitos a padres de
controle de atendimento e a avaliao da satisfao do usurio
dos servios pblicos, sob a coordenao da Secretaria de
Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto,
48 UNIDADE 02
em conformidade com o Decreto no 3.507, de 13 de junho de
2000.
Pargrafo nico. Caber administrao pblica no
mbito estadual, municipal e do Distrito Federal disciplinar, em
regulamento prprio, os padres de controle do atendimento
e avaliao da satisfao do usurio dos servios pblicos,
referido no caput.
CAPTULO IX
DAS DISPOSIES FINAIS
Art. 28. Os rgos da administrao pblica federal,
direta e indireta, devem incluir em seus oramentos anuais e
plurianuais dotaes destinadas a viabilizar aes previstas
neste Decreto, prioritariamente as relativas formao,
capacitao e qualificao de professores, servidores e
empregados para o uso e difuso da Libras e realizao
da traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, a
partir de um ano da publicao deste Decreto.
Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municpios,
no mbito de suas competncias, definiro os instrumentos
para a efetiva implantao e o controle do uso e difuso
de Libras e de sua traduo e interpretao, referidos nos
dispositivos deste Decreto.
Art. 30. Os rgos da administrao pblica estadual,
municipal e do Distrito Federal, direta e indireta, viabilizaro
as aes previstas neste Decreto com dotaes especficas
em seus oramentos anuais e plurianuais, prioritariamente
as relativas formao, capacitao e qualificao de
professores, servidores e empregados para o uso e difuso
da Libras e realizao da traduo e interpretao de Libras
- Lngua Portuguesa, a partir de um ano da publicao deste
Decreto.
Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicao.
Braslia, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independncia
e 117o da Repblica.
LUIZ INCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad. (http://www.planalto.gov.br.)
O direito a comunicao
50 UNIDADE 02
O objetivo do ensino e aprendizagem da LIBRAS dar s
pessoas instrumentos que os tornem capazes de dialogar, favorecendo
a formao da identidade do sujeito surdo e o contato com outra pessoa.
Por meio do dilogo, o surdo descobre o significado das palavras. Os
surdos so pessoas bem normais e capazes de exercer qualquer funo
na sociedade que no requeira certa habilidade auditiva. Sua limitao
resume apenas a um bloqueio na recepo de determinados imputs orais
e auditivos dentre eles o lingustico.
O intrprete de libras
52 UNIDADE 02
os profissionais envolvidos com as pessoas surdas centraram seus
esforos no estudo e debate sobre procedimentos que privilegiassem ou
no a linguagem gestual. Essa preocupao est sempre relacionada a
duas consideraes: a de que a grande parte dos professores de surdos
so ouvintes e o meio social e cultural onde os surdos esto inseridos
tambm de ouvintes.
Luria (1987), colaborador de Vygotsky, destaca um conceito muito
importante: a palavra no somente um meio de substituio das coisas,
ela no serve apenas para dar nome aos objetos. Ele afirma mais: a
palavra a clula do pensamento, uma das dificuldades do surdo
justamente a conceituao; seu lxico subdesenvolvido e com isso, sua
aprendizagem prejudicada.
Falar em aprendizagem sem levar em considerao o
desenvolvimento lingustico comprometer esse processo pois nosso
pensar tecido por linguagem, alimentado principalmente por ela e
desenvolve-se por meio dela.
Para Incluir pessoas com deficincia auditiva, em escolas,
essencial a utilizao de metodologias e tcnicas voltadas para o
desenvolvimento do sujeito surdo. Algumas delas merecem destaque:
o treinamento auditivo: estimulao auditiva para
reconhecimento e discriminao de rudos, sons ambientais e
sons da fala;
o desenvolvimento da fala: exerccio para a mobilidade
e tonicidade dos rgos envolvidos na fonao (lbios,
mandbula, lngua, etc.) e exerccio de respirao e relaxamento
- chamado tambm de mecnica da fala;
a leitura labial treina para identificao da palavra falada
mediante a decodificao dos movimentos orais do emissor;
aprendizagem em LIBRAS e intrprete de lngua de sinais.
Para Incluir o surdo, no sistema educacional, pertinente estudar
uma educao escolar que nos reporte aos limites e possibilidades dos
mesmos, buscando sempre novos caminhos e intervenes educacionais
constantes.
Na metade do sculo XVI,o monge beneditino espanhol, Ponce
de Leon, em seu monastrio, numa escola para crianas ricas surdas
alcanou xito como professor,utilizando a escrita, a repetio de palavras
faladas e a indicao de objetos.Infelizmente,ele no se preocupou em
treinar outros professores e no manteve nenhum registro escrito de seus
mtodos de ensino. Depois dele outro espanhol,o educador Juan Pablo
54 UNIDADE 02
educao que garantissem a sua validade.
A partir da, surgiu William Stokoe professor da universidade de
Gallaudet (Gallaudet Universty/ EUA) que em sua pesquisa sobre a
lngua de sinais chegou ao seguinte ponto de vista: tanto no nvel de sua
estruturao interna como de sua gramtica, a lngua de sinais possua
valor lingustico semelhante s lnguas orais e cumpria as mesmas
funes,com possibilidade de expresso em qualquer nvel de abstrao.
A partir desta viso, os surdos do mundo inteiro passaram a lutar
pelos seus direitos e pelo reconhecimento da lngua de sinais como
uma lngua. Em outubro de 1993, os surdos brasileiros se reuniram na
FENEIS ( Federao Nacional de Educao e Integrao do Surdo), para
votar e eleger o nome da lngua de sinais, e escolheram a LIBRAS, que
significa Lngua Brasileira de Sinais, uma lngua natural da comunidade
surda usada no Brasil, com sua estrutura gramatical prpria utilizada
na comunicao de pessoas com deficincia auditiva. Composta no
somente pelo alfabeto manual ou palavras soltas, mas tambm feita de
sinais com significados que dentro de um contexto pode traduzir toda e
qualquer situao. No INES, ( Instituto Nacional de Educao do Surdo)
a LIBRAS passou a ser disciplina desde o inicio do ano 2001.
A lngua de sinais (LIBRAS) no universal. Em cada pas
ela diferente, no existe uma traduo especifica da palavra. Trata-
se na verdade de uma combinao de smbolos e expresses faciais.
A linguagem uma expresso da cultura. Mesmo sendo baseada em
sinais, gestos ou sons,ela pode variar de pas para pas, de regio para
regio. Do mesmo modo que pessoas que moram no norte ou no sul,
que falam palavras e sotaques diferenciados, pode haver variaes de
sinais tambm.
Para muitas pessoas a lngua de sinais bonita e fascinante, o
que uma verdade. Para os surdos, a lngua de sinais, digo a LIBRAS,
representa o modo de viver suas relaes e interaes sociais, com a
famlia, com os amigos e com o mundo.
Na prxima unidade estudaremos: LIBRAS - A Construo de uma
Lngua.
1 Coluna
2 Coluna
56 UNIDADE 02
( )Publicou o primeiro livro de linguagem de sinais,contendo o alfabeto
manual.
( )Trouxe a linguagem de sinais para o Brasil.
( )Aprendeu Espanhol para ler alguns registros deixados em lngua de
sinais.
( )Fundou a primeira escola para surdos em Paris .
( )Assumiu a escola e aperfeioou o mtodo.
( )Maior divulgador da lngua de sinais.
Filme:Gestos de amor
Sinopse:Me no aceita a condio de seu filho surdo. Como no
aceita mand-lo para uma escola especial, a tia ajuda a integr-lo em
grupo de surdo, ensinando-lhe a linguagem de sinais.
58 UNIDADE 02
UNIDADE 3
Construindo a Comunicao
em Libras
OBJETIVOS:
Entender a anatomia das mos
Conhecer as formas genunas
Domnio da prtica com alfabeto em LIBRAS e nmeros
Compreender as formas de saudao utilizada na LIBRAS.
LNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS LIBRAS
62 UNIDADE 03
manual criado por L Epe empregava duas mos, porm era utilizada
para ensinar nomes ou termos abstratos. Os demais nomes eram
utilizados os sinais da lngua de sinais. Ex: o soldado era expressado por
sinais de apresentar a arma; o gato por seus bigodes, etc.
O nosso alfabeto manual de origem francesa e foi difundido por
todo o Brasil pelos prprios alunos do INES.
A lngua de sinais usada no Brasil, recebeu muita influncia dos
sinais da Frana e dos Estados Unidos. O alfabeto brasileiro de sinais
constituem em configuraes de mos e essas foram tiradas das formas
genunas.
Formas genunas
64 UNIDADE 03
ALFABETOS INTERNACIONAIS
Cada pas tem seu prprio alfabeto.
SOLETRAO
Soletrao ritimica
66 UNIDADE 03
Dicas quanto ao uso do alfabeto manual.
Observao:
68 UNIDADE 03
NMEROS
Variao Numrica
Algumas
expresses faciais
70 UNIDADE 03
As expresses faciais transmitem as emoes, os sentimentos
e importante conversa com o surdo usando as expresses faciais e
estabelecendo contato com os olhos. O olhar a base das experincias
visuais.
Na conversao com o surdo, o uso das expresses faciais, DICA IMPORTANTE
torna-se essencial; a princpio, poder ser difcil o ouvinte fazer uso das
expresses faciais, por motivo da falta da vivncia com os surdos. Assim possvel fazer uso de
como o alfabeto requer treino, neste aspecto importante tambm fazer um espelho para fazer
uso de exerccio de relaxamento. diversas fisionomias
(caretas), tal
exerccio ajuda muito
Sugestes de exerccios para relaxamento: na construo das
expresses faciais.
Exerccio Manual - o exerccio feito com os movimentos dos
membros superiores para o relaxamento das mos e dos braos, esses
exerccios auxiliam na flexibilidade dos mesmos.
IMPORTANTE!
Configurao de mos
72 UNIDADE 03
Vamos exemplificar:
Sinais configurados nos sinais que representam o alfabeto:
Em A Em B Em C
Gritar
Inteligente Conitgo
Banheiro Juiz
Certo
Oi Ana
Seu nome? meu
Dia
Conhece-la
descupa
Prazer
Quanto tempo
Obrigado
Um abrao Boa noite
74 UNIDADE 03
Tarde
Thau
76 UNIDADE 03
02- Transcreva para o portugus a mensagem abaixo encontrada em
datilologia.a
04 Na LIBRAS consideramos :
a)( )I,II,III,
b)( )III,VI,V
c)( )II,VI,III
d)( )IV,V,III
e)( )I,II,IV,V.VI
f)( ) Todas esto corretas
78 UNIDADE 03
Questes para debates.
80 UNIDADE 03
UNIDADE 04
OBJETIVOS:
Capacidade de entender a formao de um sinal e classes de sinais contextualizados.
Ter domnio da prtica da utilizao de sinais.
Conhecer a estrutura gramatical da LIBRAS.
Construo de frases em LIBRAS
Introduo ao vocabulrio de sinais.
CONSTRUO DE UM SINAL
Sinais simples
Nada
Sinais compostos
Me
menino Irmo Pai
Sinais faciais
Exemplo: Ladro
Ato Sexual
Sinais icnicos
Observao.
84 UNIDADE 04
sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas
atravs de seus prprios sinais, convencionalmente (FERREIRA BRITO,
1993).
Sinais arbitrrios
Rpido
Conversa
Perdou Pessoa
Sinais geomtricos
Mesa
Geladeira
Telefone
Assim como toda lngua possui sua gramtica, a LIBRAS tem sua
estrutura gramatical prpria, organizada a partir de alguns elementos
que passaremos a chamar de parmetros. Ferreira Brito, (1990), divide
a estrutura gramatical da LIBRAS em duas partes: parmetros principais
ou maiores, parmetros secundrios ou menores.
Configurao da mo (CM)
Ponto de articulao (PA)
Movimento(M)
1. Configurao da mo (CM)
Exemplo: figuras
Branco Ontem
86 UNIDADE 04
3. Movimento(M)
Homem
Galinha
Direcionalidade do movimento
Tipos de movimentos
Alto
Macarro
Ontem
c) Movimento circular
Idiota
Brincar Bicicleta
d) Movimento semicircular
Surdo Sapo
Coragem
e) Movimento sinuoso
88 UNIDADE 04
f) Movimento angular
Eletrico Dificil
Raio
90 UNIDADE 04
Forma negativa: a negao pode ser feita atravs de trs
processos:
a)Com acrscimo do sinal NO frase afirmativa.
Exemplo:
EU OUVI NO
Formas exclamativa/interrogativa
Exemplo:
VOC QUER CASAR?
LEMBRANDO
As lnguas de sinais utilizam as expresses faciais e corporais
para estabelecer os tipos de frases, com as entonaes na lngua
portuguesa, por isso para perceber se uma frase em LIBRAS est nas
formas afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou at mesmo
imperativa deve estar atento as expresses faciais e corporais.
92 UNIDADE 04
Observamos que para estabelecer comunicao com o surdo
fazendo uso da lngua brasileira de sinais-LIBRAS e necessrio por
parte do estudante de LIBRAS, a aprendizagem constante dos sinais,
reproduzidos pelos surdos. Comunicar-se em LIBRAS ter a capacidade
de entender os sinais desde sua formao e contextualizao at sua
estruturao gramatical. vlido lembrar a existncia de sinais simples,
compostos bem como a sua uno no processo de comunicao.
pertinente lembrar o uso das expresses faciais e corporais como
componentes idiomticos da LIBRAS. O aluno estudante de LIBRAS
precisa enriquecer seu vocabulrio de sinais, evidenciando que seja
sempre contextualizados.
a)________________________________________________
b)________________________________________________
a) FORMA EXCLAMATIVA
b) FORMA AFIRMATIVA
c) FORMA NEGATIVA
94 UNIDADE 04
Atividade especial (obrigatria)
Construo do portflio
1 Objetivos:
2-Orientao
Uma capa
Introduo /ou apresentao (pessoal)
O alfabeto
Os nmeros
Uma folha para cada letra do alfabeto que deve aparecer em portugus
em LIBRAS. Esta folha deve conter vrios sinais que comeam com
aquela letra, com o sinal e a traduo do mesmo.
Uma concluso (pessoal)
Referncias bibliogrficas
PORTIFOLIO EM LIBRAS
(Times 14, negrito, maisculo, centralizado): (Times 12, negrito, centralizado)
96 UNIDADE 04
3.2 Folha de rosto - anverso (EXEMPLO)
ALUNO
(Times 12, negrito, maisculo, centralizado)
PORTIFOLIO EM LIBRAS
(Times 14, negrito, maisculo, centralizado): (Times 12, negrito, centralizado)
ARESENTAO
98 UNIDADE 04
3.4. Alfabeto e nmeros
100 UNIDADE 04
3.6 - Concluso
102 UNIDADE 04
Questes para debates
Filme: Black
Sinopse: um filme indiano de 2005 falado em hindi e ingls indiano.
Dirigido por Sanjay Leela Bhansali. Gira em torno de uma garota cega e
surda, e seu relacionamento com o professor, que mais tarde, desenvolve
a doena de Alzheimer. O enredo de Black parcialmente baseado na
histria verdadeira da vida de Helen Keller. O filme comea com Michelle
McNally (Rani Mukerji), uma mulher cega e surda, a visitar seu ex-professor
Debraj Sahai (Amitabh Bachchan), que agora tem o mal de Alzheimer, em
um hospital. O filme se passa ento em flashbacks do passado e de sua
infncia. Michelle uma garota que perdeu a viso e a audio alguns
meses depois do nascimento e passa a viver em um mundo negro onde est
isolada na escurido de sua prpria existncia, presa por sua incapacidade
de ver, ouvir e se expressar. Ela cresce cada vez mais frustrada com esse
mundo sua volta, tornando-se uma violenta e incontrolvel criana. Seus
pais, Paul e Catherine, apenas vivem para "tentar control-la, at que um
dia a luz brilhe no fim do tnel.
104 UNIDADE 04
http://www.deficiente.com.br
http://www.ines.org.br/libras
http://www.dicionariolibras.com.br
http://www.senai.br/psai
http://www.lsbvideo.com.br
http://www.feneis.com.br
http://www.acessobrasil.com.br
http://www.pastoraldsurdos.blogspot.com
http://www.avape.org.br
http://www.diariotils.blogspot.com
http://www.planalto.gov.br
http://www.educacaoonline.pro.br
106 UNIDADE 04
Alegre: Mediao, 1999.
Vocabulrio em lngua
brasileira de sinais-LIBRAS
Correr
ANEXO 2
A B CDE F
G HI J K L
MN O P Q R
S T U V WX
Y Z
Ditado de letras: Pinte as letras do alfabeto manual conforme o
professor for apresentando o alfabeto:
Escreva abaixo do alfabeto manual as letras correspondetes do
alfabeto.
ANEXO 3