Higiene Do Trabalho - Riscos Fisicos No Ambiente de Trabalho - FINAL
Higiene Do Trabalho - Riscos Fisicos No Ambiente de Trabalho - FINAL
Higiene Do Trabalho - Riscos Fisicos No Ambiente de Trabalho - FINAL
no Ambiente de Trabalho
Braslia-DF.
Elaborao
Produo
Apresentao.................................................................................................................................. 4
Introduo.................................................................................................................................... 7
Unidade I
LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO........................................................................................ 9
CAPTULO 1
Perigo, risco e fator de risco.......................................................................................... 14
CAPTULO 2
A prtica de Higiene do Trabalho..................................................................................... 15
Unidade II
ACSTICA............................................................................................................................................ 23
CAPTULO 1
Acstica............................................................................................................................... 23
Unidade Iii
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES.............................................................................................. 70
CAPTULO 1
Termologia.......................................................................................................................... 70
CAPTULO 2
Vibraes............................................................................................................................. 94
Unidade IV
PRESSES ANORMAIS E RADIAES................................................................................................... 134
CAPTULO 1
Presses anormais............................................................................................................ 134
CAPTULO 2
Radiaes ionizantes........................................................................................................ 141
Referncias................................................................................................................................. 159
Apresentao
Caro aluno
Conselho Editorial
4
organizao do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrio dos cones utilizados na organizao dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocao
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou aps algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questes inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faa uma pausa e reflita
sobre o contedo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocnio. importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experincias e seus sentimentos. As
reflexes so o ponto de partida para a construo de suas concluses.
Praticando
5
Ateno
Saiba mais
Sintetizando
Exerccio de fixao
Atividades que buscam reforar a assimilao e fixao dos perodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relao a aprendizagem de seu mdulo (no
h registro de meno).
Avaliao Final
6
Introduo
Bem-vindo(a) disciplina Higiene do Trabalho HT. Este o nosso Caderno de Estudos
e Pesquisa, material bsico aos conhecimentos exigidos da Engenharia de Segurana do
Trabalho EST. Esta disciplina, em razo do programa, foi dividida em trs tomos:
Higiene do Trabalho I (HT-I), Higiene do Trabalho II (HT-II) e Higiene do Trabalho
III (HT-III).
A HT-I, por ser a primeira, introduz a matria no contexto da EST, para na sequencia
discutir de forma minuciosa fenmenos fsicos e seus desdobramentos para sade do
trabalhador. A HT-II aborda os fatores de riscos qumicos, definies bsicas, gesto
do meio ambiente do trabalho, estratgias de amostragem, limites de tolerncia e
interveno ambiental. A HT-III aborda os fatores de riscos biolgicos, bem como
princpios de ventilao industrial e seus desdobramentos para sade do trabalhador.
Objetivos
Abordar criticamente a insero da higiene do trabalho.
7
8
LINHAS GERAIS SOBRE Unidade I
HIGIENE DO TRABALHO
1 OLIVEIRA, Sebastio Geraldo. Indenizaes por Acidente do Trabalho ou Doena Ocupacional.Editora LTr
2005, p.350.
9
unidAdE i LinHAS gErAiS SoBrE HigiEnE do trABALHo
fonte: Apresentao do Desembargador Sebastio Geraldo de Oliveira TRT 3 Regio Sobre Poltica Nacional sobre
Segurana e Sade no Trabalho no 1 seminrio de preveno de acidentes do trabalho TST. Braslia 20 out. 2011.
Para a higiene industrial: proteger a sade dos trabalhadores no deve ser subestimado.
Mesmo quando se puder diagnosticar e tratar a doena do trabalho/profissional, deve-se
garantir que no ocorrer no futuro, se a exposio no cessar. Por meio do controle
dos riscos sade pode quebrar o ciclo vicioso que ilustrado abaixo:
10
LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO UNIDADE I
As medidas preventivas devem comear bem antes de qualquer dano revelado para
sade, mas principalmente antes da exposio. O ambiente de trabalho deve ser objeto
de acompanhamento continuado de forma a detectar, eliminar e controlar fatores de
risco perigosos e fatores para que no sejam prejudiciais.
11
UNIDADE I LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO
5. avaliar os resultados;
12
LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO UNIDADE I
Fonte: Autor.
13
CAPTULO 1
Perigo, risco e fator de risco
Fonte: Autor.
Para efeito deste curso essas palavras so sinnimas porque a literatura bem diversa
quanto a essa nomeclatura, porm bom que se distinga de pronto tais diferenas.
14
CAPTULO 2
A prtica de Higiene do Trabalho
15
UNIDADE I LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO
Fonte: Ministrio da Sade do Brasil. Organizao Pan-Americana da Sade no Brasil. Doenas relacionadas ao trabalho:
manual de procedimentos para os servios de sade / Ministrio da Sade do Brasil, Organizao Pan-Americana da Sade
no Brasil; organizado por Elizabeth Costa Dias; colaboradores Idelberto Muniz Almeida et al Braslia: Ministrio da Sade do
Brasil, 2001, pp.28-29.
O escopo da Higiente do Trabalho diz respeito aos trs primeiros: fsico, qumico e
biolgico.
importante notar que nenhuma avaliao de risco um fim em si mesmo, mas deve
ser entendido como parte de um processo muito mais amplo que comea no momento
da prospesco amabiental (descoberta de fatores de risco em particular, capaz de
danos sade) at a fase final de controle. A avaliao de riscos facilita a preveno de
riscos, mas em nenhum caso a substitui.
Avaliao da exposio
O objetivo da avaliao da exposio determinar a frequncia, magnitude e durao
da exposio dos trabalhadores a um fator de risco. Legislaes nacionais foram
elaboradas para definir os valores segundo os quais a avaliao produziria efeitos fiscais,
previdencirios, sanitrios, penais, trabalhista (normas da RFB, INSS, Ministrio da
Previdncia, Ministrio da Sade e Ministrio do Trabalho e Fundacentro), bem como
internacional, por exemplo, o padro EN 689, elaborado pelo Comit Europen de
Normalizao (Comit Europeu de Normalizao, CEN 1994).
17
UNIDADE I LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO
avaliado restritamente inalao. Em tais casos deve ser apreciado o total de exposio,
e uma ferramenta muito til para este o controle biolgico (monitoramento de exames
mdicos peridicos).
acompanhamento, controle/fiscalizao;
Uma das razes principais para determinar se h uma exposio a um fator de risco
perigoso no ambiente de trabalho decidir se alguma interveno necessria. Muitas
vezes, mas no sempre, consiste em comprovar com base em uma norma, salvo se houve
ou no ultrapassagem de um limite de exposio ocupacional LEO.
Determinando o pior caso de exposio pode ser suficiente para alcanar este objetivo.
Se a exposio esperada se apresenta longe dos valores LEO, a exatido e preciso
dessas avaliaes quantitativas podem ser menores do que aquelas situaes prximas
a esses limites.
Na verdade, quando os perigos so evidentes, pode ser mais conveniente comear por
investir em controles ambientais para ento efetuar avaliaes mais precisas, s depois
de introduz-los. Avaliaes de acompanhamento so necessrios em muitas ocasies,
especialmente quando h necessidade de instalar ou melhorar medidas de controle ou,
ainda, quando se preveem mudanas nos processos ou materiais usados.
Sempre que se realiza uma avaliao em relao a um estudo epidemiolgico para obter
dados quantitativos entre a exposio e os efeitos sobre sade, as caractersticas de
exposio devem ser descritas em um elevado grau de exatido. Neste caso, devem se
caracterizar adequadamente todos os nveis de exposio, j que no seria suficiente,
por exemplo, caracterizar apenas a exposio para o pior caso. Seria ideal, embora
difcil, na prtica, que em todos os momentos houvesse registros precisos e exatos de
18
LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO UNIDADE I
Deve ser aclarado que a avaliao de risco tem sido usada para se referir a dois tipos de
avaliaes:
Avaliao da natureza e magnitude de risco ligado exposio de
substncias,substncias qumicas e outros fatores de risco na avaliao
geral (ambiental);
Risco para um trabalhador em particular ou um grupo particular de
trabalhadores de um local de trabalho especfico.
19
UNIDADE I LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO
Quando a exposio excede esses limites, deve-se tomar medidas corretivas imediatas,
que por meio de melhoria das medidas de controle existentes, quer pela introduo de
novos controles.
20
LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO UNIDADE I
Medies de controle
As medies so destinadas a investigar a presena de fatores de risco e parmetros
de exposio no ambiente de trabalho podem ser extremamente teis para planejar e
projetar medidas de controle e mtodos trabalho. Os objetivos dessas medidas so:
Este mtodo uma excelente ferramenta para comparar a eficcia sobre medidas de
controle diversas, tais como ventilao e mtodos de trabalho, o que contribui para
melhoria do projeto. As medies so necessrias para avaliar a eficincia das medidas de
controle. Neste caso, coletam-se amostras ambientais da fonte ou rea, separadamente
ou com as amostras pessoais para avaliar a exposio dos trabalhadores.
21
UNIDADE I LINHAS GERAIS SOBRE HIGIENE DO TRABALHO
Com esse apanhado possvel agora enveredar ao tema central: Fatores de Riscos
Fsicos.
22
ACSTICA Unidade II
CAPTULO 1
Acstica
Som sensao percebida pelo crebro devido chegada de uma onda sonora
no ouvido. Por definio, o som uma variao da presso atmosfrica capaz de
sensibilizar nossos ouvidos.
23
UNIDADE II ACSTICA
Presso sonora variao dinmica na presso atmosfrica que pode ser detectada
pelo ouvido humano, expressa em Pascal Pa (N/m2).
Fonte: Autor.
24
ACSTICA UNIDADE II
Corpo elstico ao cessar o efeito de uma deformao ele recupera a forma original,
caso isso no acontea, ele ser um corpo plstico.
Na Fsica, comumente ouvimos falar de ondas, mais popularmente, ouvimos falar das
ondas sonoras. O que no sabemos que diferente das ondas do mar, na fsica, onda
um conjunto de oscilaes que no transportam matria e sim energia, ou seja, dada
certa oscilao ao passo que ela se repete, formamos uma onda, que transporta somente
energia e no matria. As ondas podem ser classificadas quanto a sua natureza, quanto
a sua forma e quanto direo de propagao. Quanto natureza, existem dois tipos de
ondas. Mecnica ou Eletromagntica:
Ainda sobre a classificao das ondas pode-se dizer quanto direo da propagao:
Unidimensional, Bidimensional ou Tridimensional:
Quando uma fonte sonora (lmina, corda, membrana etc.) colocada para vibrar, ela
provoca em toda sua volta, no meio que a envolve (normalmente o ar), ondas mecnicas
longitudinais, que, por meio de sucessivas compresses e rarefaes das partculas
desse meio, viajam em todas as direes (meio tridimensional), formando, assim, uma
onda sonora2.
26
ACSTICA UNIDADE II
Fonte: Autor.
Como curiosidade, acesse ao site3 e brinque de estimular ondas com extremidade livre,
fixa e infinita, bem como ajustando o amortecedor.
Fonte: Autor.
27
UNIDADE II ACSTICA
transportada pela onda que decai do prximo (forte) ao afastado da fonte (fraco).
Som mais forte tem maior amplitude e mais fraco, menor amplitude.
Popularmente, o boto do volume que define a intensidade: o indivduo aumenta o
volume do rdio ao girar o boto no sentido do mximo.
Figura 11. Disposio grfica de dois sinais sonoros forte (alta amplitude) e fraco (baixa amplitude).
Fonte: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/fourier>.
)
m2)
28
ACSTICA UNIDADE II
Figura 12. As intensidades so inversamente proporcionais aos quadrados das distncias fonte.
I= I=
Fonte: Autor.
Assim, o ouvido humano pode perceber normalmente sons cuja intensidade varie de
10-12W/m2 a 102W/m2 ou 2.10-5Pa a 2.102Pa. Os rangers (intervalos de mximo e
mnimo) flutuam em 1014W/m2 e 107Pa. Como esse intervalo audvel muito grande
e considerando a funo logartmica como a que mais se aproxima da curva de
audibilidade humana, convencionou-se utilizar a escala logartmica para express-lo.
Assim, nasceu o Bell6 , em homenagem ao fsico inventor do telefone.
Em termos gerais, pode-se afirmar que os sons so produzidos por vibrao. Qualquer
que seja a fonte emissora, entretanto, para ser percebida, ela precisa de um meio de
propagao e de um meio receptor. O meio de propagao o ar, enquanto o receptor
o ouvido humano. Dentre as vrias definies de rudo tem-se que, rudo o som
na ocasio imprpria em lugar imprprio (SING, APUD BARROS, 1993), e para
(SAPPINTON, APUD BARROS, 1993) rudo o som indesejvel.
Os fenmenos audveis pelo homem so vibraes transmitidas via area ou slida cuja
frequncia se situa entre 20 e 20000 Hz e cuja intensidade mnima corresponde a uma
presso de 2 10-5 Pa ou potncia de 10-16W / cm2 .
6 Alexander Graham Bell (Edimburgo, 3 de maro de 1847 Nova Esccia, 2 de agosto de 1922) foi um cientista, inventor e
fundador da companhia telefnica Bell. Embora, historicamente, Bell tenha sido considerado como o inventor do telefone, o
italiano Antonio Meucci foi reconhecido como o seu verdadeiro inventor, em 11 de junho de 2002, pelo Congresso dos Estados
Unidos, pela Resoluo n. 269. Meucci vendeu o prottipo do aparelho a Bell nos anos 1870.
29
UNIDADE II ACSTICA
A grandeza fsica detectada pelo ouvido humano como sensao auditiva a presso
sonora. A faixa de presso sonora percebida pelo ouvido humano grande, variando
de 2 10-5 Pa a 20Pa. Como a percepo do ouvido logartmica a avaliao do rudo
feita pelo nvel de presso sonora medido em decibel (dB). Para a faixa de presso
sonora de 2 10-5 Pa a 20Pa os nveis de presso sonora correspondem ao intervalo
de 0 a 140 dB. Seguem alguns tipos de rudos percebidos e os valores de nvel de
presso sonora correspondentes.
30
ACSTICA UNIDADE II
Os nveis de 90 a 180
decibis so extremamente
perigosos no caso de
exposio constante, e a
faixa de maior sensibilidade
do ouvido humano est
compreendida entre
1.000 Hz e 4.000 Hz.
Figura 15. Impresso subjetiva percebida para diferentes faixas de nvel de presso sonora.
31
UNIDADE II ACSTICA
Fonte: Autor.
Aplica-se o submltiplo deci ao nvel sonoro NS (dB = B) por conta do melhor ajuste
da escala. Assim, tem-se a seguinte formulao:
32
ACStiCA unidAdE ii
fonte: Autor.
Altura
A altura do som est relacionada com sua frequncia, ou seja, a altura (tom) a qualidade
do som que permite ao ouvido distinguir um som grave, de baixa frequncia, de um
som agudo, de alta frequncia.
33
UNIDADE II ACSTICA
ser comparados, em relao s suas alturas, define-se entre eles o intervalo acstico
(IA) pela expresso:
fa frequncia do som A; fb frequncia do som B.
Timbre
O timbre uma qualidade sonora que permite distinguir dois sons de mesma altura
(mesma frequncia) e mesma intensidade (volume), emitidos por instrumentos
diferentes que toquem a mesma nota musical ou acorde.
Figura 20. Timbre ondas de mesma frequncia e amplitudes com sensaes distintas.
Assim, distingue-se a mesma nota musical emitida por um violo ou por um piano, pois
o timbre difere nos dois instrumentos e fornece sensaes sonoras diversas, devido s
diferentes composies de harmnicos gerados por instrumento.
Todo e qualquer fenmeno ondulatrio longitudinal, seja ele peridico ou no, pode
ser decomposto em um nmero de unidades deste tipo. A onda peridica senoidal
34
ACSTICA UNIDADE II
Figura 21. A onda peridica senoidal derivada do movimento circular (fase, amplitude e perodo da onda).
Desta senoide podem-se dizer muitas coisas: que ela se repete em um perodo T (em
segundos, normalmente); que ela tem uma amplitude de deslocamento A, que varia
de 0 at + ou ; e que, quando se propaga no espao, ela tem um comprimento de
onda () que a medida de espao entre dois momentos idnticos da onda (metros).
Lembre-se de que, em se tratando de onda sonora, ela dever propagar-se pelo meio,
em uma velocidade constante. Dizer que esta onda se repete em um perodo T de
tempo a mesma coisa, em um raciocnio inverso, que dizer que h uma frequncia
de acontecimentos ou repeties em um perodo de tempo. Pode-se dizer que essa
frequncia de acontecimentos de uma vez por perodo, o que nos traz a definio de
outra quantidade importante para o estudo de ondas: a frequncia que o inverso do
perodo, f = 1 /T. A frequncia geralmente medida em 1/segundos (s-1) e, no caso
especfico de ondas peridicas como senoide, em ciclos por segundo, que a definio
da medida chamada Hertz (Hz). A frequncia f (ou o perodo) e o comprimento de onda
relacionam-se por meio da velocidade de propagao V, pelo produto V = f..
A ltima quantidade que deve ser definida quanto s senoides a fase, que determina
a posio inicial de uma onda ou a posio do comeo do movimento. Ela medida em
graus ou em radianos, por ser relacionada com o ngulo inicial do movimento. Nos
35
UNIDADE II ACSTICA
exemplos acima, a fase zero graus, pois o ngulo inicial do movimento, medido do
centro da circunferncia, zero. Podemos, ento, observar estas quantidades de uma
forma grfica.
Um avio a jato pode produzir uma energia acstica de 100 kW e isso somente uma
porcentagem da energia total produzida pelo seu motor. Para concorrer com essa
extensa faixa de atuao, uma escala de nvel logartmico novamente utilizada, com a
potncia de referncia escolhida para ser compatvel com aquele desenvolvimento do
nvel de presso sonora. O nvel de energia sonora dado por:
(8)
36
ACSTICA UNIDADE II
Para o ouvido humano, sons de frequncias diferentes soam com intensidade de nveis
sonoros diferentes. Em instrumentos de medio de som ajustados percepo, isso
ocorre de forma linear. Portanto, o nvel uma indicao fsica da amplitude, ao passo
que a audibilidade uma indicao subjetiva, variando de um indivduo para outro.
Figura 22. nvel de energia sonora (NES) e nvel de presso sonora (NPS) versus distncia da fonte.
Figura 23. nvel de energia sonora (NES) e nvel de presso sonora (NPS) versus distncia da fonte.
37
UNIDADE II ACSTICA
Tem-se, ento, NPS = [NES 20 log r 11], e pode-se calcular o nvel de presso sonora
que chega at os ouvidos do receptor conhecendo-se o nvel de energia sonora da fonte
e a distncia (r) entre o receptor e a fonte. Assim, para as respectivas distncias de 25
m, 50 m, 100 m, 200 m e um valor para uma distncia bem mais elevada, como, por
exemplo, 12.800 m, tm-se:
Figura 24. Tabela com os NPS para NES a respectivas distncias da fonte.
Fonte: Autor.
Exemplo. Uma pequena fonte, cujo nvel de potncia sonora L W Qual o nvel de
110 dB, est pendurada livremente ao ar livre. Qual o nvel de presso sonora a 20 m
da fonte?
38
ACSTICA UNIDADE II
Exemplo. O nvel de presso sonora medido a cinco ps de uma fonte sonora de radiao
98 dB. Qual presso sonora a 20 ps ao longo da mesma linha radial?
dB = 10 log( ) para I = 2 I0 dB = 10 log( )dB = 3,010 . O aumento
de 3, ou seja, cada aumento/reduo da intensidade em um fator 2/1, tem-se
uma adio ou subtrao de 3dB.
39
UNIDADE II ACSTICA
O timbre uma qualidade sonora que permite distinguir dois sons de mesma
altura (mesma frequncia) e mesma intensidade, emitidos por instrumentos
diferentes e que toquem a mesma nota musical ou acorde.
40
ACSTICA UNIDADE II
Altura do som est relacionada com sua frequncia, ou seja, a altura (tom) a
qualidade do som que permite ao ouvido distinguir um som grave, de baixa
frequncia, de um som agudo, de alta frequncia.
41
UNIDADE II ACSTICA
Figura 25. Curvas isofnicas NPS (dB) x frequncia (Hz) no linearidade nas curvas isoaudveis a 1 kHz fon (ou phon).
Note-se, ento, que o ouvido apresenta-se bastante insensvel a sons graves e sensibilidade
mxima entre os 3.500 e os 4.000 Hz, perto da primeira zona de ressonncia que ocorre
no ouvido externo. A segunda zona de ressonncia ocorre perto dos 13 kHz.
7 Em 1933, dois pesquisadores, Fletcher e Munson, mediram a sensibilidade do ouvido humano a diferentes frequncias puras
(senoidais) e estabeleceram a relao entre frequncias, amplitudes e volume percebido. Essas curvas mostraram o quo alto
um som deve ser em termos de medida de amplitude de presso para ter o mesmo volume de um som de 1 kHz. Essas curvas
mostraram o quanto varia a sensibilidade do ouvido ao longo do espectro de nossa audio. Essa referncia de audibilidade a 1
kHz foi denominada de fon.
42
ACSTICA UNIDADE II
absolutas da frequncia, mas sim a uma razo entre a zona de frequncias do som
que se est a ouvir e da mudana efetuada. As curvas isofnicas mostram algumas
caractersticas de nossa audio que so importantes:
Por isso, o relativo balano entre as diferentes regies de frequncias, grave, mdio e
agudo alterado sempre que se varia o nvel de amplitude dos sons. Isso percebido
no dia a dia, quando ouvimos uma gravao e abaixamos o volume do aparelho de som,
resultando na supresso de parte dos agudos e dos graves, e com isso ficamos com um
som carregado de mdios, sem muito brilho ou expresso.
8 Cuidado. O dB compensado funciona como uma avaliao subjetiva ou do risco ao homem; o dB (linear) uma avaliao
objetiva do rudo no ambiente e importante para se conhecer uma fonte de rudo. Em outras palavras, dB(A) no expresso
fsica da fonte sonora, mas subjetiva de como percebida pelo ser humano. S h uma exceo, segundo a qual dB(A) igual a
dB: para 1 kHz (fon), por definio.
44
ACSTICA UNIDADE II
Figura 29. O valor eficaz uma mdia quadrtica (root mean square RMS).
Para se avaliar um sinal acstico (vibratrio), que vale inclusive para o captulo de
vibraes, devem ser conhecidas algumas medidas:
46
ACSTICA UNIDADE II
No quadro seguinte, a legenda: (1) indica o valor RMS, (2) indica o nvel mdio, (3)
indica o valor de pico a pico e (4) indica o valor de pico. A relao entre (4) e (1) define
o fator de crista.
Os valores mdios, que indicam apenas a mdia da exposio sem qualquer relao
com a realidade do movimento, so usados quando se quer levar em conta um valor
da quantidade fsica da amplitude em um determinado tempo.
O valor da raiz mdia quadrtica (RMS) ou valor eficaz, que a raiz quadrada
dos valores quadrados mdios dos movimentos, a mais importante medida da
amplitude, porque mostra a mdia da energia contida no movimento vibratrio.
Portanto, mostra o potencial destrutivo da vibrao.
Avaliao ambiental
Como determinar de nvel de rudo de fonte em presena de rudo de fundo?9. Uma
maneira de se realizar tal determinao seria desativar as demais fontes, ou seja,
eliminar todo o rudo de fundo e fazer a medio apenas da fonte de interesse. Assim,
pode ser utilizado o conceito da subtrao de dB, por meio da qual se determina o
nvel da fonte a partir do conhecimento do decrscimo global advindo da desativao
da fonte de interesse. So utilizadas as terminologias e o grfico abaixo. Contudo, tal
procedimento nem sempre simples ou vivel, na prtica.
47
UNIDADE II ACSTICA
Ls = (Ls+n) -L = 60-1 = 59 dB. Nota: ao se desligar a fonte, o rudo total se altera pouco,
ou seja, ela (Ls) pouco importante; ao contrrio, se ao desligar a fonte, o rudo total cai
muito, sinal que a fonte (Ls) determinante no rudo total (naquele ponto de medio).
Figura 31. baco para dedues de rudo em dB (Ls+n = rudo total (fonte e fundo) e Ln = rudo de fundo.
Outro mtodo popular e fcil de usar, porm menos acurado, para combinao de
nveis de decibis, utiliza o grfico apresentado a seguir. Assim, como exemplo, o nvel
de rudo de um ventilador centrfugo pequeno de 75 dB. O nvel de um ventilador
maior adjacente de 81 dB. Qual o nvel combinado? A diferena entre os dois nveis:
81 dB - 75 dB = 6 dB. De acordo com grfico abaixo na abscissa 6, a curva corresponde
ordenada de 1 dB. Adicione 1 dB ao mais alto dos dois nveis: 81 dB + 1 dB = 82 dB.
Perceba que quando as duas mquinas tiverem intensidades iguais, a diferena igual
a zero, o que determina a soma de 3 dB. Essa mais uma prova que a fator de dobra 3
dB e que portanto a NR 15 (Anexo 1 ) est errada ao dobrar a cada 5 dB.
48
ACSTICA UNIDADE II
Leq significa Nvel Equivalente (Equivalent Level) e representa o nvel mdio de rudo
durante um determinado perodo de tempo, utilizando-se o incremento de duplicao de
dose 3. A regra do princpio da equivalncia para avaliao de rudo considera que toda
vez que a energia acstica em um determinado ambiente dobra, h um aumento de trs
decibis no nvel de rudo. Por este motivo, quando se usa a sigla Leq, subentende-se que
a avaliao foi realizada utilizando-se o Incremento de Duplicao de Dose 3. Caso seja
utilizado outro valor de incremento, no poderemos chamar o resultado de Leq.
Lavg significa Nvel Mdio (Average Level) e representa a mdia do nvel de rudo durante
um determinado perodo de tempo, utilizando-se qualquer incremento de duplicao
de dose, com exceo do 3. O anexo 1 da NR-15 no especifica qual o incremento
de duplicao de dose utilizado para o clculo dos limites de tolerncia estabelecidos,
porm, aps a anlise da tabela, verifica-se que toda vez que h um aumento de 5
decibis em determinado nvel, o tempo de exposio cai pela metade, concluindo-se
49
UNIDADE II ACSTICA
O Anexo 1 da NR-15 deve ser empregada apenas para fins de apurao: pagar ou
no adicional de insalubridade. Para tudo mais (INSS, RFB, Controle Ambiental,
Preveno enfim) deve-se usar a NHO 01 da Fundacentro. Isso porque, alm de errada
matematicamente (a dobra de 3dB e no 5dB como a NR15 dispe), a NR 15 no se
presta preveno por conta de seu carter poltico, definido pelo tripartismo, ou seja a
preocupao quanto sair do bolso do patro e no a integridade do trabalhador. Para
fins de preveno adota-se a NHO 01, inclusive por fora de norma fiscal no tocante ao
Financiamento da Aposentadoria Especial FAE12.
12 OLIVEIRA-ALBUQUERQUE, PR. Do Extico ao Esotrico: uma sistematizao da sade do trabalhador. 1. ed. So Paulo,
Editora LTr, 2011.
50
ACSTICA UNIDADE II
O TLV uma mdia que permite flutuaes em torno dela, desde que no final da
jornada de trabalho o valor mdio tenha sido mantido. O TLV TWA (Time Weight
Average) a intensidade mdia ponderada pelo tempo de exposio para a jornada
de 8h/dia, 40h/semana, qual praticamente todos os trabalhadores podem se expor,
repetidamente, sem apresentar efeitos nocivos. Representa a mdia ponderada do nvel
de presso sonora para uma jornada de 8 horas. importante salientar que o TWA s
pode ser utilizado se o tempo de medio for exatamente 8 horas. Leq, Lavg ou TWA?
Cuidado, pois nem sempre eles so sinnimos.
Qual a diferena entre Lavg e TWA? Lavg o nvel mdio de som durante o tempo de
execuo de sua amostra. Se voc executou a medio por 30 minutos, Lavg o nvel
mdio de som durante esse perodo. O TWA assume sempre um tempo de execuo de
8 horas. Qual a diferena entre Leq e o Lavg? Lavg utiliza q = 5; Leq, q = 3.
51
UNIDADE II ACSTICA
q 1 pt
TWA = og dt
Log2 T p
Onde: TWA = rudo mdio ponderado no tempo; p(t) = presso em cada instante t; T
= tempo total da medio; Po = presso referncia (2 x 10-5 Pa) e q = fator de dose ou
dobra. Perceba que quando q=3, a frmula se reduz a:
TWA = dt TWA = dt
Esta ltima formula exatamente a definio de Nvel Equivalente Neq da NHO 01.
Tem-se, portanto que, para q=3, TWA = Neq, assim entendido o nvel mdio baseado
na equivalncia de energia, onde: Neq = nvel de presso sonora equivalente referente
ao intervalo de ntegrao (T = t2 t1); p(t) = presso sonora instantnea e p0 = presso
sonora de referncia, igual a 20 Pa.Um caso parte dessa formulao, o Brasil via NR
15 em 1977 (Anexo 1), que adotou para fins de adicional de insalubridade o q=5, :
D
T
T
Com D (%), dose em percentual; T (min) = tempo da medio em minutos. Observe que
o fator q est aplicado, que resulta a constante 16,61 ( = = 16,61).
Assim, para situao cheia com T = 8h (480 min) e D = 100%, tem-se: TWA = 80 +
16,61 x log [9,6 x (100/480)] TWA = 80 + 16,61 x log 2 TWA = 85 dB(A). Para T =
4h e D = 100% = 80 + 16,61 x log [9,6 x (100/240)] TWA = 80 + 16,61 x log 4
TWA = 90 dB(A). Para T = 1h e D = 100% TWA = 80 + 16,61 x log [9,6 x (100/60)]
TWA = 80 + 16,61 x log 16 TWA = 100 dB(A). Para T = 7min e D = 100% TWA
= 80 + 16,61 x log 137,28 = 80 + 35,5 TWA = 115 dB(A).
52
ACSTICA UNIDADE II
O Leq nada mais que o TWA constante no tempo cuja rea seja igual quela da
dose. A rea nesse caso seria um retngulo com altura (Leq), vezes a base o tempo
(8h). Dose e Leq exprimem o mesmo fenmeno e quantificam as mesmas grandezas
(presso e tempo).
Figura 33. Grfico para apurao de dose (i) pela rea sob a curva de integral da funo TWA das presses
instantneas em funo do tempo e pelo (ii) Leq em rea retangular.
8
Leq = 16,61 x log( ) + 85
53
UNIDADE II ACSTICA
8
Leq = 16,61 x log ( ) + 85
8
1
1 1 dt
T
1
10 x 10 x 10 x10 51
45
8
Leq = 10 x log( ) + 85
Assim, o Leq para a dose de rudo = 200% (% lido no audiodosmetro dividido por 100),
8
medido durante 8 horas, com q = 3 dado por: Leq = 10 x log ( ) 8 = 88 () .
8 8
Para dose de rudo = 400%, tem-se Leq = 10 x log ( 8 = 1 ( . Assim por diante.
8
Dessa forma, montou a Tabela da NHO 01. Esse Leq basicamente o NE da NHO 01. Neste
momento do curso importante que o leitor pesquise a NHO 01 da Fundacentropara
melhor apropriar-se, todavia adiantam-se alguns cometrios que ajudaro na aplicao
do conhecimento. Verifique a figura abaixo.
54
ACSTICA UNIDADE II
55
UNIDADE II ACSTICA
Tomando 85 dB(A) como referencia com 480 min, tem-se uma progresso linear
razo de 3dB. Ou seja, a cada reduo metade do tempo, permite-se um incremento
de 3dB na intensidade. Assim, para Nvel de Rudo dB(A) 85 Mxima Exposio
Diria Permissvel 480 min; 88 240min; 91 120min; 94 60min; 97 30min;
100 15min; 103 7,5min; 106 3,75min; 109 1,87min; 112 0,93min e 115
0,46min. A partir deste ponto risco grave e iminente.
480
NE = 10 x log x + 85 [dB]
100
D= x 100 x 2 [%]
480
Seguinte expresso:
NEN = NE + 10 log [dB]
100
57
UNIDADE II ACSTICA
Fica claro mais uma vez que o disparate entre o correto (NHO 01) e o politicamente
imposto (NR 15 Anexo 1), pois para mesmo nvel sonoro h duas duraes mximas
de exposio. Por exemplo, para 95 dB(A) o mximo 47,62 min, porm a NR 15 eleva
para 120 mim. Em termo de dose, derruba de 1.000 % para apenas 400%.
circuito de ponderao - A;
58
ACSTICA UNIDADE II
59
UNIDADE II ACSTICA
Dose de rudo diria apenas um limite de tolerncia (legal); dose diria no pode
ultrapassar os nveis de ao definidos pelo Programa de Prevenao de Riscos
Ambientais PPRA, seja qual for o tamanho da jornada; a dose de rudo proporcional
ao tempo: sob as mesmas condies de exposio, o dobro do tempo significa o dobro
da dose; quanto mais alto o nvel de certo rudo e quanto maior o tempo de exposio
a esse nvel, maior sua importncia na dose diria; deve-se reduzir os tempos de
exposio aos nveis mais elevados para assegurar boas redues nas doses dirias;
toda exposio desnecessria ao rudo deve ser evitada.
Deve ser ressaltado que, em casos de avaliao de doses em tempos inferiores aos da
jornada, o valor da dose pode ser obtido por meio de extrapolao linear simples (regra
de trs), como no exemplo: tempo de avaliao = 6h30; dose obtida = 87%. Ento, para
se obter a dose para jornada de 8 horas, faz-se 6,5/87 = 8,0/Dj Dj= 107%. Todavia,
essa extrapolao pressupe que a amostra feita foi representativa.
Na verdade, nunca existiro somente trs ou quatro situaes acsticas, de forma que,
com somente trs ou quatro fraes, ser possvel encontrar a dose. O que se observar
uma exposio a nveis de rudo que oscilam muito rapidamente, com difcil obteno
de dados relativos a tempos de exposio e nveis de rudo.
14 Cuidado: EPI no presta. O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu dia 4/12/2014 julgamento do Recurso Extraordinrio
com Agravo (ARE) 664335, com repercusso geral reconhecida, e fixou duas teses que devero ser aplicadas em todo Pas
que discutem os efeitos da utilizao de Equipamento de Proteo Individual (EPI) sobre o direito aposentadoria especial.
1 Tese: O direito aposentadoria Especial pressupe a efetiva exposio do trabalhador a agente nocivo sua sade, de
modo que, se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade no haver respaldo constitucional aposentadoria
especial.
2 Tese: Na hiptese de exposio do trabalhador a rudo acima dos limites legais de tolerncia, a declarao do empregador,
no mbito do Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP, nos sentido da eficcia do Equipamento de Proteo Individual
EPI, no descaracteriza o tempo especial para aposentadoria. Juizados Especiais Federais Turma de Uniformizao
das decises das turmas recursais dos Juizados Especiais Federais Smula no 9: Aposentadoria especial. Equipamento
de proteo individual. O uso de equipamento de proteo individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de
exposio a rudo, no descaracteriza o tempo de servio especial prestado.
60
ACSTICA UNIDADE II
16
T min =
2
= 2
8
T x 2
= 100
960
Assim para 12h de trabalho, tem-se:
L= 82 dB(A) . H aqui uma
situao muito comum de agresso ao trabalhador sem sequer haver pagamento do
adicional, para tudo mais constante: basta fazer hora-extra para o 85 dB(A) se tornar
intolervel. Eis a prova!
Outra forma projetar os resultados para preencher a tabela da NR 15. Ento, com q=5,
para Lavg de 83 db(A), tem-se: T min = = 10; para 80 dB(A) 16h , assim em
diante, conforme abaixo:
Para Lavg de 95 dB(A), tem uma D = 4 (400%).
61
UNIDADE II ACSTICA
[...]
[...]
62
ACSTICA UNIDADE II
(...)
(...)
63
UNIDADE II ACSTICA
64
ACSTICA UNIDADE II
Aplicaes
Exemplo. Na anlise da exposio ao rudo de um trabalhador no exerccio de suas
funes, identificou-se um ciclo de exposio que em mdia apresentou durao de 7
minutos e 50 segundos. O perodo de medio foi adotado visando cobrir 15 ciclos de
exposio completos, de modo a garantir boa representatividade, perfazendo um total
de 117 minutos e 30 segundos (7050 segundos). As leituras foram tomadas a intervalos
de 10 segundos (At = l0s). Dessa forma, foram feitas 705 leituras, cobrindo o intervalo
total de 7050 s, conforme a seguir.
65
UNIDADE II ACSTICA
g. Discusso.
66
ACSTICA UNIDADE II
d. Lavg pela NR15 Lavg = 80+16,61 log (0,16 CD/TM). Sendo,: TM = tempo
de amostragem (horas decimais) e CD = contagem da dose (porcentagem).
Lavg = 80+ 16,61. Log (0,16. 53/8) Lavg = 71,36 dB(A).
67
UNIDADE II ACSTICA
Rudo de impacto
A determinao da exposio ao rudo de impacto ou impulsivo deve ser feita por meio
de medidor de nvel de presso sonora operando em Linear e circuito de resposta
para medio de nvel de pico. Neste critrio o limite de exposio diria ao rudo de
impacto determinado pela expresso a seguir:
Np n Np n Np n
120 10000 127 1995 134 398
121 7943 128 1584 135 316
122 6309 129 1258 136 251
123 5011 130 1000 137 199
124 3981 131 794 138 158
125 3162 132 630 139 125
126 2511 133 501 140 100
68
ACSTICA UNIDADE II
69
TEMPERATURAS Unidade Iii
ANORMAIS E VIBRAES
CAPTULO 1
Termologia
Em uma operao com forno metalrgico, verifica-se que o operador gasta 3 minutos
carregando o forno, aguarda 4 minutos para que a carga atinja a temperatura esperada
e, em seguida, gasta outros 3 minutos para descarregar o forno. Durante o tempo em
que aguarda a elevao da temperatura da carga (4 minutos), o operador do forno fica
fazendo anotaes, sentado mesa que est afastada do forno.
Fonte: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM049/Aula%201.pdf>.
Em uma operao de colheita manual de cana de acar no nordeste brasileiro, verifica-se que
o trabalhador faz uma jornada de 7h s 11h30 e de 13h30 s 16h30.
Fonte:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Cana-de-a%C3%A7%C3%BAcar>.
Essas so situaes que conduziro nosso curso. O que voc acha? H impactos sade
do trabalhador? Quais medidas prevencionistas devero ser adotadas? Quais so os
LTs e o que acontece se forem ultrapassados?
70
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Equilbrio trmico
O organismo ganha ou perde calor para o meio ambiente segundo a equao do equilbrio
trmico:
MCRE=S
M Calor produzido pelo metabolismo, Sendo, um calor sempre ganho (+)
C Calor ganho ou perdido por conduo/conveco (+/-)
R Calor ganho ou perdido por radiao (+/-)
E Calor sempre perdido por evaporao (-)
S Sobrecarga trmica ou calor acumulado no organismo (resultado)
Fonte: Autor.
71
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Evaporao
Ebulio
Calefao
Sublimao
Fonte: <http://www.infoescola.com/fisica/>.
Fonte: <http://www.infoescola.com/fisica/>.
Fonte: <http://www.infoescola.com/fisica/maquina-termica/>.
O mecanismo da evaporao pode ser o nico meio de perda de calor para o ambiente
na indstria. Porm, a quantidade de gua que j est no ar um limitante para a
evaporao do suor, ou seja, quando a umidade relativa do ambiente de 100%, no
possvel evaporar o suor, e a situao pode ficar crtica. medida que ocorre a sobrecarga
trmica, o organismo dispara certos mecanismos para manter a temperatura interna
constante, Sendo, os principais a vasodilatao perifrica e a sudorese.
calor do ncleo do corpo para a periferia. Como a rede de vasos aumenta, pode haver
queda de presso (hidrulica aplicada).
Fonte: <http://www.infoescola.com/anatomia-humana/tato/>.
Fonte: <http://www.infoescola.com/anatomia-humana/tato/>.
74
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Os sinais externos do golpe de calor so: pele quente, seca e arroxeada. A temperatura
interna sobe a 40,5C ou mais, podendo atingir 42C a 45C no caso de convulses
ou coma. O golpe de calor frequentemente fatal e, no caso de sobrevivncia, podem
ocorrer sequelas devido aos danos causados ao crebro, rins e outros rgos.
Exausto pelo calor: a sncope pelo calor resulta da tenso excessiva do sistema
circulatrio, com perda de presso e sintomas como enjo, palidez, pele coberta pelo
suor e dores de cabea. Quando a temperatura corprea tende a subir, o organismo
sofre uma vasodilatao perifrica, na tentativa de aumentar a quantidade de sangue
nas reas de troca. Com isso, h uma diminuio de fluxo sanguneo nos rgos
vitais, podendo ocorrer uma deficincia de oxignio nessas reas, o que compromete
particularmente o crebro e o corao.
Essa situao pode ser agravada quando h a necessidade de um fluxo maior de sangue
nos msculos devido ao trabalho fsico intenso. A recuperao rpida e ocorre
naturalmente se o trabalhador deitar-se durante a crise ou sentar-se com a cabea
baixa. A recuperao total complementada por repouso em ambiente frio.
Prostrao trmica pelo decrscimo do teor salino: se o sal ingerido for insuficiente
para compensar as perdas por sudorese, podemos sofrer uma prostrao trmica. As
75
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
A aclimatao iniciada aps quatro a seis dias e tende a ser satisfatria aps uma
a duas semanas. o mdico que deve avaliar se a aclimatao est satisfatria. O
afastamento do trabalho por vrios dias pode fazer com que o trabalhador perca parte
da aclimatao; aps trs semanas a perda ser praticamente total.
76
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
regulao. Por exemplo, os msculos esquelticos tremem para produzir calor quando
a temperatura corporal muito baixa; gerao de calor pelo metabolismo de gordura.
O suor arrefece o corpo por evaporao.
Fonte: <http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/ET_03.asp>.
Para manter o corpo em equilbrio trmico, a quantidade de calor ganha pelo organismo
deve ser contrabalanceada pela quantidade de calor perdida para o meio ambiente. As
trocas trmicas entre o corpo e o meio ambiente podem ser relacionadas por meio da
seguinte expresso matemtica: M C R - E = S.
Entre os inmeros fatores que influem nas trocas trmicas, 5 principais devem ser
considerados na quantificao da sobrecarga trmica:
temperatura do ar;
velocidade do ar;
calor radiante;
tipo de atividade(metabolismo).
77
unidAdE iii tEMPErAturAS AnorMAiS E ViBrAES
78
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Metabolismo, por meio da atividade fsica da tarefa Quanto mais intensa for
atividade fsica exercida pelo indivduo, tanto maior ser o calor produzido
pelo metabolismo. Para indivduos que trabalham em ambientes quentes, o calor
decorrente da atividade fsica constituir parte do calor total ganho pelo organismo
e, portanto, deve ser considerado na quantificao da sobrecarga trmica.
Avaliao do calor
Na avaliao do calor, devem-se levar em considerao todos os 5 parmetros, Sendo,
necessrio quantific-los e consider-los de forma adequada. D operao algbrica
decorrem resultados finais que expressam as condies reais de exposio. Combinando
esses cinco fatores adequadamente, determinam-se os ndices de conforto trmico e de
sobrecarga trmica para cada local de trabalho.
Fonte: Autor.
Existem diversos ndices que correlacionam as variveis que influem nas trocas entre o
indivduo e o meio e, dessa forma, permitem quantificar a severidade da exposio ao
calor. Entre esses ndices os mais conhecidos so:
TE temperatura efetiva;
Fonte: Autor.
O esquema mostra quais os fatores que cada ndice considera. IST, IBUTG, TGU
consideram os cinco principais fatores que influenciam as condies de exposio ao
calor e, portanto, so denominados ndices de sobrecarga trmica. A legislao brasileira
estabelece que a exposio ao calor deve ser avaliada pelo ndice De Bulbo mido Ou
Termmetro De Globo IBUTG que consiste em um ndice de sobrecarga trmica,
definido por uma equao matemtica que correlaciona alguns parmetros medidos no
ambiente de trabalho. A equao, para o clculo do ndice, varia em funo da presena,
ou no, de carga solar no momento da medio, conforme apresentado a seguir:
Instrumentao
So necessrios medidores (sensores) que sejam capazes de mensurar os parmetros
acima, pois vimos que eles se relacionam com as trocas trmicas que influem na sobrecarga
trmica do trabalhador. Os sensores que veremos no ndice que nos interessa IBUTG, so:
Termmetro de bulbo seco Tbs um termmetro comum, cujo bulbo fica em contato
com o ar. Tem-se, dele, portanto, a temperatura do ar. Note que podem ser utilizados
outros sensores similares aos termmetros de bulbo, como os termopares.
80
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Termmetro de bulbo mido natural Tbn um termmetro cujo bulbo recoberto por
um pavio hidrfilo, o qual tem sua extremidade imersa em gua destilada. Outros arranjos
de sensores, pavios e reservatrios so possveis, desde que se preserve uma boa aerao
do bulbo e pelo menos 25 mm de pavio livre de qualquer obstculo, a partir do incio da
parte sensvel do termmetro. A evaporao da gua destilada presente no pavio refrigera
o bulbo e depende da temperatura do ar; da velocidade do ar e da umidade relativa do
ar. A temperatura do Tbn ser sempre menor ou igual temperatura do termmetro
bulbo seco. Ser igual quando a umidade relativa do ar for de 100%, pois o ar saturado
no admite mais evaporao de gua. Sem evaporao, no h reduo da temperatura.
Temperaturas Tbn e Tbs diferentes, implica umidade relativa do ar menor que 100%.
81
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
O IBUTG representa a carga ambiental como ndice composto dos trs instrumentos
de campo, enquanto o metabolismo dado em kcal/h em funo da atividade do
trabalhador. Leva em considerao o tipo de atividade desenvolvida (leve, moderada
e pesada), que pode ser avaliada por classe ou por tarefa (quantificando a tarefa em
kcal/h). A determinao dos tipos de atividade por classes ou a quantificao de calor
metablico so dadas pelos quadros do Anexo 3 da NR-15.
82
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
83
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Fonte: Autor.
84
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Fonte: Autor.
Soluo: neste caso, para fins de aplicao do ndice, denomina-se local de trabalho
o local onde permanece o trabalhador quando carrega e descarrega o forno e local de
descanso o local onde o operador do forno permanece sentado, fazendo anotaes.
Fonte: Autor.
85
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Fonte: Autor.
86
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Fonte: Autor.
87
unidAdE iii tEMPErAturAS AnorMAiS E ViBrAES
fonte: Autor.
Concluso: como no h 230 kcal/h na tabela, arredonda-se para 250 kcal/h (situao
conservadora sob a perspectiva do trabalhador), cujo IBUTG mximo 28,5C. O
ambiente, porm, oferece uma carga ambiental (IBUTG encontrado) de 27,9C, aqum
do mximo permitido (limite de tolerncia no excedido) Conclui-se que o ciclo
de trabalho observado na empresa compatvel com a atividade fsica do trabalhador
e com as condies trmicas do ambiente analisado.
88
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Fundamentos legais
Pelo art. 253 da CLT, tem-se pausa de 20 minutos em jornadas que submetem o
trabalhador ao frio depois de 1h40 de trabalho.
89
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Fonte: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/clima.pdf>.
Clima tropical est presente em extensas reas do Planalto Central e das Regies
Nordeste e Sudeste, alm do trecho norte da Amaznia, correspondente ao estado de
Roraima. As temperaturas mdias excedem os 20C.
90
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Clima tropical de altitude predomina nas reas elevadas (entre 800 m e 1.000
m) do Planalto Atlntico do Sudeste, estendendo-se pelo norte do Paran e sul do Mato
Grosso do Sul. Apresenta temperaturas mdias entre 18C e 22C.
Clima tropical atlntico caracterstico da faixa litornea que vai do Rio Grande
do Norte ao Paran. As temperaturas variam entre 18C e 26C.
Fonte: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/clima.pdf>.
91
unidAdE iii tEMPErAturAS AnorMAiS E ViBrAES
fonte:< ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/clima.pdf>.
fonte: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/clima.pdf>.
92
tEMPErAturAS AnorMAiS E ViBrAES unidAdE iii
fonte: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/clima.pdf>.
93
CAPTULO 2
Vibraes
At poucos anos atrs, avaliao de vibrao no corpo humano era pouco realizada,
visto que, normalmente, quando se est num ambiente com vibraes elevadas, o nvel
de presso sonora bastante elevado. A avaliao da atividade por meio da dosimetria
de rudo j caracterizava a atividade como insalubre.
Fonte:< http://www.feiradeciencias.com.br/sala10/10_T01.asp>.
94
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando no segue
movimento determinado algum, como no sacolejar de um carro andando em uma
estrada de terra (Iida). Um corpo dito em vibrao quando descreve um movimento
oscilatrio em torno de um ponto de referncia. O nmero de vezes de um ciclo completo
de um movimento durante o perodo de um segundo chamado de frequncia e
medido em Hertz [Hz].
Fonte: <http://www.feiradeciencias.com.br/sala10/10_T02.asp.>.
No entanto, esse corpo poder estar sujeito a foras externas, que podem entrar em
contato com ele, obrigando-o a vibrar. As vibraes assim obtidas so chamadas de
vibraes foradas. Se chamarmos a frequncia da vibrao externa a um corpo de
frequncia de excitao, haver o fenmeno de ressonncia quando a mesma , frequncia
externa se igualar frequncia natural, a do corpo, resultando em um crescente aumento
95
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
<https://www.youtube.com/watch?v=TSiJf5wzlhA&list=PLaRPWQshCUc0qy2lz
yu05L_ruEbVKjSkY&index=3>.
96
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
97
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
98
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Fonte: <http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/Multimidia/Imagens/Ondas-mecanicas >.
Figura 54. Esquema cinemtico das vibraes a partir das proporcionalidades da fora.
Fonte: <http://www.brasilescola.com/fisica/segunda-lei-newton.htm>.
99
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
A maioria dos testes foi feita com as pessoas sentadas ou em p. Estes resultados foram
usados na criao da norma ISO 2631, que estabelece critrios para vibrao sobre o
corpo humano na faixa de frequncia de 1 a 80 Hz.
101
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
A norma ISO 5349 avalia e mede o risco da exposio de vibrao sobre a mo,
cobrindo uma faixa de frequncia de 8 Hz a 1 kHz. Mediante as curvas de exposio
para bandas de 1/3 de oitava, podem encontrar os limites de nveis de vibrao na mo
quando esta est presa a uma ferramenta. Muito dos dados usados advm de curvas
obtidas em experimentos onde se usavam uma excitao vibratria utilizando sinais
senoidais ou de banda estreita de frequncia. Estes dados podem ser provisoriamente
aplicados a outros tipos de experimentos que utilizem uma excitao vibratria
no senoidal ou em situaes em que o tipo de sinal no pode ser determinado
com exatido.
102
tEMPErAturAS AnorMAiS E ViBrAES unidAdE iii
figura 56. Disposio das frequncias nas quais ocorrem perturbaes fisiolgicas no organismo.
103
unidAdE iii tEMPErAturAS AnorMAiS E ViBrAES
104
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Fonte: <http://www.brasilescola.com/fisica/ressonancia.htm>.
Figura 58. Curvas de ponderao em frequncia para vibrao transmitida ao corpo inteiro Wd e Wk.
105
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Wk para o eixo z
Wd para os eixos x e y
fx = 1,4
fy = 1,4
fz = 1,0
106
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Possui ampla banda de frequncia com boa linearidade em todas as faixas. relativamente
robusto e de confiana, de modo que suas caractersticas se mantm estveis por muito
tempo.
A maioria dos fabricantes tem uma ampla linha de acelermetros, o que primeira
vista at dificulta a escolha certa. Porm, um pequeno grupo de tipos de aplicao
geral atende quase totalidade dos casos. Apresentam-se com tomadas localizadas
no topo ou lateralmente, Sendo, sua sensibilidade de 1 a 10 mV. Outros tipos especiais
so destinados a: medio simultnea em trs planos perpendiculares entre si; altas
temperaturas; nveis muito baixos de vibrao; choques de alto nvel; calibrao de
outros acelermetros por comparao, e para o monitoramento de mquinas industriais.
Os sistemas mecnicos costumam ter a maior parte de sua energia vibratria continua
em uma faixa de frequncia relativamente estreita que vai de 10 Hz a 1000 Hz, porm
107
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
108
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Sintomas Frequncia Hz
Sensao geral de desconforto 4-9
Sintomas na cabea 13-20
Maxilar 6-8
Influncia na linguagem 13-20
Garganta 12-19
Dor no peito 5-7
Dor abdominal 4-10
Desejo de urinar 10-18
Aumento do tnus muscular 13-20
Influncia nos movimentos respiratrios 4-8
Contraes musculares 4-9
109
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Fonte: Autor.
Figura 63. Esquema para pagamento FAE de 6% sobre remunerao RFB e 25 anos de contribuio.
Fonte: Autor.
110
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Acesse: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>.
ANEXO No 8: VIBRAO
Sumrio:
1. Objetivos
Caracteriza-se a condio insalubre caso seja superado o limite de exposio ocupacional diria a
VMB correspondente a um valor de acelerao resultante de exposio normalizada (aren)
2
de cinco m/s .
Caracteriza-se a condio insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposio
ocupacional diria a VCI:
2
a. valor da acelerao resultante de exposio normalizada (aren) de 1,1 m/s ;
1,75
b. valor da dose de vibrao resultante (VDVR) de 21,0 m/s .
Figura 65. Configurao legal para Vibraoes NHO como norma mandatria.
Fonte: Autor.
111
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Normalmente executada uma srie composta pela repetio de oito vezes a Tarefa
A, Sendo, que o tempo mdio de durao de cada Tarefa A de cinco minutos. Na
sequncia, o operador permanece parado, por um tempo mdio de seis minutos, com
a p carregadeira desligada e, em seguida, executa uma srie composta pela repetio
de seis vezes a Tarefa B, Sendo, que o tempo mdio de durao de cada Tarefa B de
sete minutos. Desta forma, no perodo da manh, o operador repete trs vezes o ciclo
composto por uma srie de Tarefas A, mais um tempo de parada e mais uma srie de
Tarefas B.
Nas 4h24 do perodo da tarde, ele opera o britador (Tarefa C), em p, posicionado
sobre uma plataforma acoplada a ele. Nesta atividade, o operador cumpre uma rotina
alternada na qual permanece na plataforma por quarenta e seis minutos, condio na
qual fica exposto vibrao, ficando vinte minutos fora desta enquanto realiza outras
tarefas sem contato com o agente. Desta forma, no perodo da tarde, o operador
repete quatro vezes o ciclo composto pelas atividades executadas sobre a plataforma e
fora dela.
112
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Destaca-se que cada uma das componentes de exposio ser representada por um
valor de acelerao resultante da exposio parcial (arep ), conforme:
Sendo:
Essas duas entradas possveis no gabarito passa no passa, que define se a situao
vibratria resultante tolervel ou no; se paga ou no adicional de insalubridade ao
trabalhador; se recolhe ou no FAE de 6% sobre remunerao RFB; e, finalmente se o
trabalhador ter ou no aposentadoria precoce de 25 anos.
113
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
A condio fica caracterizada quando o fator de crista (FC) for superior a nove (FC > 9)
que o mdulo da razo entre o mximo valor de pico de aj(t) e o valor de amj,
ambas ponderadas em frequncia. Por conduta preventiva VDV mais um critrio de
julgamento da exposio, devendo ser determinado em todos os casos. Isso porque na
prtica essa especificidade (descobrir se h picos de FC>9) baixa acurcia.
114
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Sendo, que aj(t) corresponde aos valores ax(t), ay(t) ou az(t), em m/s2, segundo os eixos
ortogonais x, y e z, respectivamente, e t2 t1 ao intervalo de medio. Acelerao
mdia resultante (amr), que pode ser obtido diretamente em um medidor integrador
utilizando-se um acelermetro triaxial, corresponde raiz quadrada da soma dos
quadrados das aceleraes mdias, medidas segundo os trs eixos ortogonais x, y e
z, definida pela expresso que segue:
115
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
[m/s1,75] .
Curiosidade - 2. Quando h picos, com fator de crista (FC) for superior a nove
(FC > 9) essa funo em forma de bacia no consegue abarcar os pontos
protuberantes, motivo pelo qual se aplica a mesma tcnica para eliminar os
pontos negativos, todavia elevando quarta potencia. Para isso se eleva-se
ao quadrado, faz-se o somatrio (dai se usar a integral) e finalmente se extrai a
raiz quarta. Por isso a funo associada do tipo quadrtica de segunda ordem
[f(x)=x4], em forma de taa.
116
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Sendo, VDVjik = valor de dose de vibrao relativa ksima amostra selecionada dentre
as repeties da componente de exposio i ; s = nmero de amostras da componente
de exposio i que foram mensuradas.
117
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
1 Passo. Para isso, deve-se comear pelos valores de amrik e VDVjik da primeira
componente (Tarefa A), para 14 amostras, que resulta em arep1 = 0,92 m/s2 para os trs
eixos, conforme apresentado respectivamente a seguir.
118
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
119
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Cada medio cobriu o tempo total de durao da componente, sendo que os valores de
amrik e VDVjik obtidos esto apresentados respectivamente nas tabelas.
120
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
121
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
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TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
123
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
124
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Medidas preventivas
As medidas preventivas so aes que visam a minimizar probabilidade de que as
exposies vibrao causem prejuzos ao trabalhador exposto e evitar que o limite de
125
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Medidas corretivas
As medidas de carter corretivo descritas neste subitem no excluem outras medidas que
possam ser consideradas necessrias ou recomendveis em funo das particularidades
de cada situao.
127
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
128
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
O acelermetro deve ser montado no ponto (ou prximo) que a energia transmitida
s mos. Se a mo est em contato com a superfcie vibrante, o transdutor pode ser
montado diretamente nessa estrutura; se existir material resiliente entre a mo e a
estrutura, permitida a utilizao de uma adaptao para a montagem do transdutor.
A vibrao deve ser medida nos trs eixos ortogonais. Qualquer anlise efetuada deve
ter por base o maior valor obtido em relao a esses eixos. A magnitude da vibrao deve
ser expressa pela acelerao ou em decibis. Devem ser usados transdutores pequenos
e leves.
Figura 68 Curva de ponderao em frequncia para vibrao transmitida a mos e braos - Wh.
A avaliao da exposio VMB bem mais simples que a VCI, pois como as inercias,
massas e frequncias de ressonncias dos braos e mos so bem menores, no h
necessidade de calcular VDVR, apenas AREN. Outro facilitador no ponderao em
1,4 do eixo, pois todos tem o mesmo peso.
129
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Usa-se o h para indicar mo (hand), bem como o w para o peso (weight), assim se
distingue da vibrao de corpo inteiro.
130
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
Os valores obtidos da avaliao devem ser plotados no grfico acima, pelo eixo das
abscissas at alcanar a reta do 10 percentil e rebatidos para o eixo das ordenadas,
obtendo-se a estimativa em anos para o aparecimento dos dedos brancos. Os estudos
sugerem que os sintomas das vibraes de mos e braos so raros em indivduos
expostos a 1m/s <A(8) < 2m/s e sem registro para A(8) < 1m/s.
Aplicao prtica
Em uma avaliao, foram obtidos os seguintes valores para duas situaes de vibrao
de mo-brao:
131
UNIDADE III TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES
Concluso: Considerando a resultante dos trs eixos (situao 1), que a mais crtica,
conforme tabela acima, a acelerao equivalente normalizada A(8) ou aren ficou em 8,19
m/s2 (zona proibida). Deve-se pagar RFB a alquota de 6% devido ao Financiamento da
Aposentadoria Especial FAE, bem como ao trabalhador o adicional de insalubridade
de 20% sobre o salrio mnimo.
132
TEMPERATURAS ANORMAIS E VIBRAES UNIDADE III
1,88, 1,88,19, ,.
Calcule e responda
f. Justifique a resposta.
133
PRESSES ANORMAIS E Unidade IV
RADIAES
CAPTULO 1
Presses anormais
A unidade no SI para medir a presso o Pascal (Pa). A presso exercida pela atmosfera
ao nvel do mar corresponde a aproximadamente 101.325 Pa (presso normal) e
esse valor normalmente associado a uma unidade chamada atmosfera padro
(smbolo atm).
PSI (pound per square inch), libra por polegada quadrada, a unidade de presso
no sistema ingls/americano: 1 psi = 0,07 bar; 1 bar = 14,5 psi.
134
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Para trabalhos sob condies de baixa presso, em grandes altitudes, como no caso
dos aeronautas, medida que se ganha altura sobre o nvel do mar, a presso total do
ar ambiental e a concentrao de oxignio vo diminuindo gradualmente. O efeito
um menor aporte de oxignio aos tecidos do corpo humano (hipxia), e o organismo,
em resposta, adota medidas compensatrias de adaptao fisiolgica (aclimatao),
especialmente o aumento da frequncia respiratria.
medida que aumenta a presso, como a hemoglobina est j saturada, uma quantidade
significativa de oxignio no consumida e entra em soluo fsica no plasma sanguneo.
Se essa exposio se prolonga, pode produzir, em longo prazo, uma intoxicao pelo
oxignio. Os seres humanos, na superfcie terrestre, podem respirar 100% de oxignio
de forma contnua durante 24-36 horas sem risco algum.
Fonte: <infraestruturaurbana.pini.com.br>.
135
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
Fonte:< www.tecnologiadoconcreto.com.br>.
Fonte: <www.tecnologiadoconcreto.com.br>.
136
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Ao executar tubules do qual o solo esteja abaixo do nvel dgua, torna-se invivel o
processo de esgotamento (bombeamento), pois existe o risco de desmoronamento das
paredes do fuste e/ou base. Nesse caso, so utilizados tubules pneumticos, tambm
conhecidos como a ar comprimido. O dimensionamento do tubulo anlogo ao tubulo
a cu aberto, com exceo do fuste que deve prever um dimetro mnimo de 70 cm no
interior da sua camisa de concreto, esta com espessura mnima de 15 cm. O resultado
o fuste com dimetro mnimo de 100 cm.
A camisa de concreto sempre armada e a NBR 6122 recomenda que toda a armadura
longitudinal seja colocada, preferencialmente, nela. A concretagem do tubulo deve ser
processada imediatamente aps a concluso (no mximo 24 horas, conforme NBR 6122),
e o concreto deve ser autoadensvel (abatimento em torno de 15 cm) para propiciar o
preenchimento adequado sem a necessidade de adensamento. O lanamento deve ser
feito por meio do cachimbo de concretagem.
137
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
Aplicao prtica
Problema: se um trabalhador permaneceu durante 1h15 presso de 2,2 kgf/cm2,
como proceder descompresso?
138
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
139
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
15 As operaes de mergulho no so tratadas neste curso, dada a alta especificidade e o baixo alcance no universo laboral
brasileiro, ficando, porm, ao aluno, caso necessite se posicionar quanto a este tipo de exposio, a indicao procedimental
asseverada no Anexo 6 da NR-15.
140
CAPTULO 2
Radiaes ionizantes
Por muito tempo, pensou-se que o tomo, na forma acima definida, seria a menor
poro da matria e teria uma estrutura compacta. Atualmente, sabemos que o tomo
constitudo por partculas menores (subatmicas), distribudas em uma forma
semelhante do sistema solar. Existe um ncleo, que fica concentrada a massa do tomo,
equivalente ao Sol, e minsculas partculas que giram em seu redor, denominadas
eltrons, correspondentes aos planetas. Os eltrons so partculas de carga negativa e
massa muito pequena. O tomo possui tambm, como o sistema solar, grandes espaos
vazios, que podem ser atravessados por partculas menores que ele
Fonte: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-energia-nuclear/energia-nuclear-9.php>.
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
142
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
143
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
quase s urnio-235, pode ocorrer uma reao em cadeia muito rpida, de difcil
controle, mesmo para uma quantidade relativamente pequena de urnio, passando a
constituir-se em uma exploso: a bomba atmica.
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
Histrico
a humanidade no conhecia sua existncia nem seu poder de dano at os ltimos anos
do sculo XIX, embora fizessem parte do meio ambiente.
Mais tarde, mostrou que essas radiaes apresentavam caractersticas semelhantes s dos
raios X, isto , atravessavam materiais opacos, causavam fluorescncia e impressionavam
chapas fotogrficas. As pesquisas e as descobertas sucederam-se. O casal Pierre e Marie
Curie foi responsvel pela descoberta e isolamento dos elementos qumicos naturalmente
radioativos o polnio e o rdio. As ideias a respeito da constituio da matria e
dos tomos foram sendo elucidadas pelos estudos e experimentos que se seguiram s
descobertas da radioatividade e das interaes das radiaes com a matria.
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
Em 1928, foi estabelecida uma comisso de peritos em proteo radiolgica para sugerir
limites de dose e outros procedimentos de trabalho seguro com radiaes ionizantes.
Essa comisso, a International Commission on Radiological Protection (ICRP), ainda
continua como um rgo cientfico que elabora recomendaes sobre a utilizao segura
de materiais radioativos e de radiaes ionizantes. Posteriormente, outros grupos foram
criados com o objetivo de aprofundar os estudos neste campo.
146
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Definies
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
147
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
Propriedades das radiaes ionizantes Sob o ponto de vista dos sentidos humanos, as
radiaes ionizantes so: invisveis, inodoras, inaudveis, inspidas e indolores. Para se
ter uma ideia da velocidade delas, alguns valores so mostrados a seguir
148
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
149
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
Radiao alfa uma radiao constituda de dois prtons e dois nutrons, carga
2+ e com bastante energia cintica, emitida por ncleos instveis de elevada massa
atmica. As intensidades e as energias das radiaes alfa emitidas por um nucldeo,
servem para identific-lo em uma amostra. Muitos radionucldeos naturais, como
urnio, trio, bismuto, radnio, emitem vrias radiaes alfa em suas transies
nucleares. As radiaes alfa tm um poder de penetrao muito reduzido e uma alta
taxa de ionizao. Para exposies externas, so inofensivas, pois no conseguem
atravessar as primeiras camadas epiteliais. Porm, quando os radionucldeos so
ingeridos ou inalados, por mecanismos de contaminao natural ou acidental, as
radiaes alfa, quando em grande quantidade, podem causar danos significativos
na mucosa que protege os sistemas respiratrio e gastrointestinal e nas clulas dos
tecidos adjacentes.
Nutrons (n) Os nutrons podem ser produzidos por vrios dispositivos, como
reatores nucleares, aceleradores de partculas, providos de alvos especiais e por
fontes de nutrons. Neles, so induzidas reaes nucleares por meio de feixes de
radiao, por radioistopos ou por fisso. Os nutrons so muito penetrantes devido
a sua grande massa e ausncia de carga eltrica. Podem, inclusive, ser capturados
por ncleos do material-alvo, tornando-os radioativos.
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
150
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
A transformao de uma molcula especfica (gua, protena, acar, DNA, RNA etc.)
pela ao das radiaes leva a consequncias que devem ser analisadas em funo do
papel biolgico desempenhado pela molcula atingida. O efeito desta transformao
deve ser acompanhado nas clulas, visto serem estas as unidades morfolgicas e
fisiolgicas dos seres vivos. Da mesma maneira, a gerao de novas entidades qumicas
no sistema tambm deve ser analisada considerando seu impacto na clula irradiada.
152
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
153
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
154
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Para trabalhadores:
155
UNIDADE IV PRESSES ANORMAIS E RADIAES
De resto, ao que interessa neste captulo: h incidncia de FAE por uma ou por outra
via, pois o rol de atividades estabelecido no anexo da NR-16 (qualitativa) mais amplo
que aquele estabelecido no Anexo IV do RPS, e, como visto no 2.0.0 desse Anexo IV
(Decreto no 3.048/1999), o rol de atividades exemplificativo, podendo ser inseridas
outras atividades, como por exemplo aquelas da NR-16.
AGENTES FSICOS
2.0.0 25 ANOS
Exposio acima dos limites de tolerncia especificados ou s atividades descritas.
RADIAES IONIZANTES
a)extrao e beneficiamento de minerais radioativos;
b)atividades em mineraes com exposio ao radnio;
c)realizao de manuteno e superviso em unidades de extrao, tratamento e beneficiamento de minerais
radioativos com exposio s radiaes ionizantes;
2.0.3 25 ANOS
d)operaes com reatores nucleares ou com fontes radioativas;
e)trabalhos realizados com exposio aos raios alfa, beta, gama e X, aos nutrons e s substncias radioativas para
fins industriais, teraputicos e diagnsticos;
f) fabricao e manipulao de produtos radioativos;
g)pesquisas e estudos com radiaes ionizantes em laboratrios.
Fonte: Anexo IV do RPS, e, como visto no 2.0.0 desse Anexo IV (Decreto n o 3.048/1999).
Raios X Fundacentro - NHO-05 rea controlada = 0,4 mSv/ semana Quantitativa levantamento
radiomtrico realizado por
profissional habilitado (Supervisor de
Emprego: empresas que fazem uso de equipamentos radioproteo)
rea livre = 0,02 mSv/semana
emissores de raios-X para fins de diagnstico.
Quantitativa levantamento
Ver Quadro explicativo do Anexo IV radiomtrico realizado por
Diretrizes Bsicas de Radioproteo
do RPS no item IV.6 profissional habilitado (Supervisor de
radioproteo)
Emprego: empresas, pessoas fsicas ou jurdicas que usam,
manipulam, possuam, armazenam, transportem, ou dispem
de fontes radioativas.
Fonte: Autor.
20 Art. 58 da Lei no 8.213/1991: A relao dos agentes nocivos qumicos, fsicos e biolgicos ou associao de agentes prejudiciais
sade ou integridade fsica considerados para fins de concesso da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior ser
definida pelo Poder Executivo.
156
PRESSES ANORMAIS E RADIAES UNIDADE IV
Fonte: <www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf>.
157
Para (no) Finalizar
158
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