Revista Toxicologia

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EDITORIAL

A Associao Brasileira dos Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica e Toxicologistas


Clnicos - ABRACIT, atravs do Centro de Informaes Antiveneno da Bahia CIAVE, realizar em
Salvador-Bahia, de 10 a 12 de setembro de 2014, no Fiesta Bahia Hotel, o V CONGRESSO BRA-
SILEIRO DE TOXICOLOGIA CLNICA, 2 SIMPSIO BRASILEIRO DE TOXICOLOGIA
ANALTICA e o I FRUM BRASILEIROeIII FRUM BAIANO SOBRE SUICDIO.

O programa est abrangente, com convidados nacionais e internacionais, sendo apresentado


sob a forma de cursos pr-congresso, oficinas, conferncias, mesas-redondas, painis, sesso de dis-
cusso de casos prticos em Toxicologia Clnica e sesso de apresentao dos trabalhos cientficos
na forma de psteres e oral. Os psteres ficaro expostos durante todo o evento e as apresentaes
concorrero ao prmio de melhor trabalho do Congresso.

Sob o temaAs intoxicaes no mbito da ateno sade, o evento proporcionar a opor-


tunidade de apresentao e discusso dos mais diversos temas relacionados Toxicologia Clnica, To-
xicologia Analtica e Clnica do Suicdio no Brasil. Desta forma, permitir a reflexo e a formulao
de propostas para o desenvolvimento e fortalecimento das polticas pblicas referentes Toxicologia,
ao funcionamento dos Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica CIAT e ao Sistema nico
de Sade SUS, com nfase naquelas que visam a ateno integral sade das populaes expostas
aos mais diversos riscos txicos.

Por fim, agradecemos o importante apoio das Instituies para a realizao deste Congresso e a
participao dos profissionais e estudantes das diversas reas do conhecimento, oriundos de todas as
regies do pas, principalmente aqueles que atuam nos 32 Centros associados ABRACIT.

Desejamos a todos um timo congresso!

Daniel Santos Rebouas Palmira Cupo


Presidente da ABRACIT Diretora Cientfica da ABRACIT
DIRETORIA DA ABRACIT (2013 2014)

Daniel Santos Rebouas (CIAVE/SESAB - Salvador/BA) - Presidente


Marlene Zannin(CIT - Florianpolis/SC) - Vice-presidente
Maria Lucineide Porto Amorim (CEATOX - Recife/PE) - Secretria
Ieda Ana Costa Corra (CIT - Florianpolis/SC) - Tesoureira
Palmira Cupo (CCI - Ribeiro Preto/SP) - Diretor Cientfico
Fbio Bucaretchi (CCI - Campinas/SP) - Conselho Consultivo
Sony de Freitas Itho (TOXCEN - Vitria/ES) - Conselho Consultivo
Alberto Nicolella (CIT - Porto Alegre/RS) - Conselho Consultivo
Conceio Aparecida Turini (CIT - Londrina/PR) - Conselho Fiscal
Carlos Augusto Mello da Silva (CIAT - Porto Alegre/RS) - Conselho Fiscal
Edna Maria Mello Hernandez (CCI - So Paulo/SP) - Conselho Fiscal

COMISSO ORGANIZADORA
Alberto Nicolella (CIT - Porto Alegre/RS)
Cntia Mesquita Correia (CIAVE/SESAB - Salvador/BA)
Daniel Santos Rebouas (CIAVE/SESAB - Salvador/BA)
Eduardo Mello De Capitani (CCI/FCM/UNICAMP - Campinas/SP)
Fbio Bucaretchi (CCI/FCM/UNICAMP - Campinas/SP)
Ieda Ana Costa Corra (CIT - Florianpolis/SC)
Jos Antnio Menezes Filho (FFAR/UFBA - Salvador/BA) -Presidente
Jucelino Nery da Conceio Filho (CIAVE/SESAB - Salvador/BA)
Mara Cerqueira de Oliveira (CIAVE/SESAB - Salvador/BA)
Maria Lucineide Porto Amorim (CEATOX - Recife/PE)
Marlene Zannin (CIT - Florianpolis/SC)
Palmira Cupo (CCI - Ribeiro Preto/SP)
Rafael Lanaro (CCI/FCM/UNICAMP - Campinas/SP)
Sonia Helena Jesus dos Santos Picano (CIAVE/SESAB - Salvador/BA)
Soraya Carneiro Carvalho Rigo (CIAVE/SESAB - Salvador/BA)

COMISSO CIENTFICA
Adriana Mello Barotto (CIT Florianpolis/SC)
Alberto Nicolella (CIT Porto Alegre/RS)
Carlos Augusto Mello da Silva (CIT Porto Alegre/RS)
Daniel Santos Rebouas (CIAVE/SESAB Salvador/BA)
Dlio Campolina (SERVITOX/FHEMIG Belo Horizonte/MG)
Eduardo Mello De Capitani, (CCI/FCM/UNICAMP Campinas/SP)
Fbio Bucaretchi (CCI/FCM/UNICAMP Campinas/SP)
Francisco Oscar de Siqueira Frana (FCM/USP So Paulo/SP)
Herling Gregorio Aguilar Alonzo (UNICAMP Campinas/SP)
Jos Antnio Menezes Filho (FFAR/UFBA Salvador/BA)
Jos Luiz da Costa (SPTCSo Paulo/SP)
Jucelino Nery da Conceio Filho (CIAVE/SESAB Salvador/BA)
Maria das Graas Rodrigues Barbosa (CIAVE/SESAB Salvador/BA)
Maria Lucineide Porto Amorim (CEATOX Recife/PE)
Marlene Zannin (CIT Florianpolis/SC)
Palmira Cupo (CCI Ribeiro Preto/SP) Presidente
Rafael Lanaro (CCI/FCM/UNICAMP Campinas/SP)
Sony de Freitas Itho (TOXEN Vitria/ES)
Soraya Carneiro Carvalho Rigo (CIAVE /SESAB Salvador/BA)
Sueli Moreira Mello (CCI/FCM/UNICAMP Campinas/SP)
Tas Freire Galvo (CIT Manaus/AM)
Yumie Murakami (SESA/SVS/CEST - Curitiba/PR)

Assessores da Comisso Cientfica para Reviso dos Trabalhos


Andrea Amoras - UNB
Carla Gomes - CIT/SC
Cinthia Kunze Rodrigues - CIT/SC
Cludia Regina Santos - UFSC
Danielle Bibas Legat Albino - CIT/SC
Edna Maria Niero - CIT/SC
Eliane Dallegrave - UFCSPA
Heloisa Pacheco Ferreira - EESC/UFRJ
Ivan Ricardo Zimmermann - MS
Luiza Gutz - UCMES/SC
Marcus Tolentino Silva - UFMA
Margaret Grando - CIT/SC
Maria Augusta Drago Ferreira - UFAL
Maria da Graa Boucinha Marques - CIT/RS
Mariangela Pimentel Pincelli - UFSC
Marisete Canello Resener - CIT/SC
Pablo Moritz - CIT/SC
Sayonara Fook - CIAT/CG/PB
Silvia Evilin Hering - CCI/USP/Ribeiro Preto
Taciana Mara da Silva Seemann - CIT/SC
Viviane Cristina Sebben - CIT/RS

COMISSES LOCAIS
Secretaria Executiva
Aline Souza de Oliveira
Edilcia de Souza Salomo
Maria do Socorro Lopes Carneiro
Neide Maria Bandeira Fernandes
Renata Parish Vieira Maciel
Sonia Helena Jesus dos Santos Picano -Coordenadora

Comisso Cientfica
Andr Carvalho Carib de Arajo Pinho
Cintia Mesquita Correia
Edilcia de Souza Salomo
Jucelino Nery da Conceio Filho -Coordenador
Maira Cerqueira de Oliveira
Sonia Helena Jesus dos Santos Picano

Comisso de Divulgao
Carlos Augusto dos Santos Meneses
Fabio Rodrigues Barbosa
George David Gomes Santos
Soraya Carneiro Carvalho Rigo -Coordenadora
Comisso Cultural
Anglica Ribeiro da Silva
Ccero Leite Magalhes
Daniel Santos Rebouas -Coordenador
Fabio Rodrigues Barbosa

Comisso de Captao de Recursos


Andr Carvalho Carib de Arajo Pinho
Edilcia de Souza Salomo
Jucelino Nery da Conceio Filho
Mara Cerqueira de Oliveira -Coordenadora

Comisso Estudantil
Cintia Mesquita Correia Coordenadora
Quzia Souza de Santana Lima
Barbara Silva Gomes
Diego Sales de Argollo
Franco Leone Pereira Silva
Grasiely Pinheiro Santos
Lidiane Souza Portugal
Manoel Joaquim Burgos de Paula Rodrigues de Miranda
Taynara Ferreira Mendes
Ueslaine da Silva Pereira
Diretorias da Associao Brasileira de Centros de Informao e Assistncia
Toxicolgica e Toxicologistas Clnicos ABRACIT
2001 2003 Presidente: Carlos Augusto Mello da Silva
Vice-presidente: Andra A. Magalhes
Secretria: Sony de Freitas Itho
Tesoureira: Margaret Grando
Diretor Cientfico: Luiz Querino Caldas
2004 2005 Presidente: Sony de Freitas Itho
Vice-presidente: Dlio Campolina
Secretrio: Amrico Ernesto de Oliveira Junior
Tesoureira: Margaret Grando
Diretora Cientfica: Marlene Zannin
2006 2007 Presidente: Sony de Freitas Itho
Vice-presidente: Conceio Turini
Secretria: Rita de Cssia B. L. Higa
Tesoureira: Margaret Grando
Diretora Cientfica: Darcila Alves do Amaral
2008 2010 Presidente: Marlene Zannin
Vice-presidente: Alberto Nicolella
Secretria: Tas Freire Galvo
Tesoureiro: Amrico Ernesto de Oliveira Junior
Diretor Cientfico: Fbio Bucaretchi
2011 2012 Presidente: Fbio Bucaretchi
Vice-presidente: Tas Freire Galvo
Secretria: Yumie Murakami
Tesoureiro: Edna Maria Miello Hernandes
Diretor Cientfico: Eduardo Mello De Capitani
2013 2014 Presidente:Daniel Santos
Vice-presidente: Marlene Zannin
Secretria: Maria Lucineide Porto Amorim
Tesoureira: Ieda Ana Costa Corra
Diretora Cientfica: Palmira Cupo

Congressos Brasileiros de Toxicologia Clnica e Eventos promovidos pela


Associao Brasileira de Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica e
Toxicologistas Clnicos ABRACIT
ANO EVENTO LOCAL
2001 I Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica, com a fundao da ABRACIT Porto Alegre-RS
2005 Seminrio Nacional de Toxicologia Baseada em Evidncias Florianpolis-SC
2007 II Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica Vitria-ES
2009 Reunio Tcnica sobre Sistemas de Registro de Dados nos CIATs Florianpolis-SC
2010 III Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica Florianpolis-SC
2011 II Seminrio Nacional de Toxicologia Baseada em Evidncias Florianpolis-SC
2011 I Frum Nacional de Avaliao da Ateno Toxicolgica no SUS Braslia-DF
2012 IV Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica / 1 Simpsio Brasileiro de Toxicologia guas de Lindia-SP
Analtica
2014 V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica / 2 Simpsio Brasileiro de Toxicologia Salvador-BA
Analtica/ I Frum BrasileiroeIII Frum Baiano Sobre Suicdio
III Frum Nacional dos Centros
de Informao e Assistncia Toxicolgica
08 e 09 de setembro de 2014

Antecedendo ao V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica, a Associao Brasileira de Centros de Informao


e Assistncia Toxicolgica e Toxicologistas Clnicos ABRACIT promove no mesmo local, Centro de Convenes do
Fiesta Bahia Hotel em Salvador Bahia, o III Frum Nacional dos Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica,
com o tema Ateno Sade no SUS - Da Gesto Assistncia Integral Sade.

O Evento ocorrernos dias08 e 09 de Setembro de 2014 e dele participam todos os diretores, coordenadores de
Centros ou seus representantes.

Tem como objetivo principal compartilhar informaes para avanar na integrao e estruturao da Assistncia
Toxicolgica no mbito do SUS.

Associam-se ao objetivo central os seguintes objetivos especficos:

Analisar a insero dos servios dos CIATs na ateno sade no territrio onde esto localizados.
Fazer uma reflexo sobre as caractersticas imprescindveis e papel dos CIATs na atualidade, frente disponi-
bilidade e compartilhamento da informao em sade;
Discutir a cooperao entre os CIATs e o Programa do Telessade nos Estados;
Elaborar uma proposta de capacitao em Toxicologia Clnica para os profissionais das redes de ateno
sade;
- Discutir encaminhamentos para a disponibilizao de antdotos para Assistncia Toxicolgica nas Redes de
Ateno s Urgncias e Emergncias;
- Propiciar a oportunidade de debate e reflexo com os gestores e profissionais sobre insero/fortalecimento
da assistncia e a vigilncia das intoxicaes agudas e crnicas;
- Discutir e encaminhar uma proposta de colaborao entre aos CIMs e CIATs visando o fortalecimento do
SUS.
As atividades do III Frum Nacional de Avaliao da Ateno Toxicolgica no SUS so propostas com o intuito
de garantir a participao ativa e direta dos inscritos na construo dos debates, tomadas de decises e apontamentos de aes
concretas a serem encaminhadas.
PROGRAMAO

III Frum Nacional dos Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica CIATs


Tema principal: Ateno Sade no SUS - da gesto assistncia integral sade.
8 e 9 de setembro de 2014 - Salvador/BA

V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica, 2 Simpsio Brasileiro de Toxicologia


Analtica, I Frum Brasileiro e III Frum Baiano sobre Suicdio
10 a 12 de setembro de 2014 - Salvador/BA

Horrio Descrio
Segunda-Feira, 08/09/2014
Abertura dos Trabalhos - Daniel Santos Rebouas, Presidente da ABRACIT e Diretor do
CIAVE/Bahia
Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica: uma anlise da atuao do Centro na ateno
sade do seu territrio
14h s 20h Pontos norteadores:
- anlise da insero dos servios dos Centros na ateno sade no territrio;
- reflexo sobre as caractersticas imprescindveis e papel dos Centros na atualidade, frente
disponibilidade e compartilhamento da informao em sade;
- cooperao entre os Centros e o Programa do Telessade nos Estados.
- capacitao em Toxicologia para os profissionais das redes de ateno sade
Tera-Feira, 09/09/2014
Tema principal: Ateno Sade no SUS - da gesto assistncia integral sade.
Objetivo: compartilhar informao para avanar na integrao e estruturao da Assistncia To-
xicolgica
08h s 10h
Painel 1
- A construo e a gesto do Sistema nico de Sade - MS; CONAS; CONASEMS
- Redes prioritrias de Ateno Sade - DAB/SAS/MS
- Desafios da Ateno Bsica: da resolubilidade integralidade da ateno - DAB/SAS/MS
- O Programa do Telessade: articulaes intra e intersetoriais - DAB/SAS/MS e ou SGTES
10h s 10h30 Caf
Continuao: Ateno Sade no SUS - da gesto assistncia integral em sade.
Painel 2
- A Rede de Ateno s Urgncias e Emergncias - GUE/DAE/SAS/MS
- Desafios da Vigilncia em Sade para a integrao com a ateno sade - Marcus Quito -
10h30 s 12h30
SVS/MS
- Educao permanente e formao profissional no SUS - SGTES/MS
- Desafios da Assistncia Farmacutica na disponibilidade de antdotos para o pas. DAF/SC-
TIE/MS.
Base de dados (Toxbase, Saber faz bem )
Banco de dados (DATATOX com a plataforma de extrao de dados pronto) .
14h s 17h30
Encaminhamentos
Documento final.
17h30 s 19h30 Assembleia geral da ABRACIT - Eleio da nova Diretoria e Conselho Fiscal
SNTESE DO PROGRAMA CIENTFICO
Dia 10 de Setembro de 2014 4 Feira
Atividades Pr-Congresso

Cursos
Anlises toxicolgicas de drogas de abuso
Toxinologia Clnica: acidentes por animais peonhentos de importncia mdica
Intoxicaes por exposio crnica a agrotxicos e ateno sade
Toxicologia baseada em evidncias

Frum
I Frum Brasileiro e III Frum Baiano Sobre Suicdio

Abertura oficial do V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica

Homenagens

Dia 11 de Setembro de 2014 5 Feira


Congresso

Conferncias
Os centros de Informao e assistncia toxicolgica e a rede de ateno sade
Toxicology and pharmacology of new synthetic drugs
Utility of nomograms in Toxicology: the examples of paracetamol, paraquat and Qt interval
Nefrotoxicidade nos acidentes por animais peonhentos: mecanismos moleculares, celulares e
patognese clnica, diagnstico e tratamento

Mesas Redondas
A Classificao de Risco na Rede de Ateno Sade
A Ateno Sade e o Suicdio
Anlises Toxicolgicas no Atendimento de Urgncia
Intoxicaes graves por medicamentos
Exposies humanas ao chumbo

Discusso de Casos
Prtica em Toxicologia Clnica

Palestra
Investigation of K2 spice and bath salts using LC-MS/MS

Temas Livres
Visita aos psteres

Painel
Toxicologia veterinria
Dia 12 de Setembro de 2014 6 Feira
Congresso

Temas Livres
Apresentao oral dos temas livres selecionados
Premiao do melhor trabalho do V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clnica
Visita aos psteres
Premiao dos trs melhores psteres apresentados

Conferncias
Condutas no atendimento de mulas body packers clinical management
O panorama global dos envenenamentos por serpentes peonhentas
O suicdio e sua preveno
Intoxicaes agudas por neonicotinides e amitraz

Mesas Redondas
Antdotos: uso e disponibilidade
Exposio crnica a agrotxicos
Banco de produtos registrados e banco de registro de intoxicaes nos centros de informao
toxicolgica
Soros antipeonhentos e reaes de hipersensibilidade imediatas
Temas em Toxinologia
A assistncia toxicolgica nos desastres qumicos
Toxicologia, sade e ambientes
Envenenamentos graves por animais peonhentos

Painel
Uso de drogas de adio em profissionais de sade
PROGRAMAO DAS ATIVIDADES PR-CONGRESSO
CURSO 1
ANLISES TOXICOLGICAS DE DROGAS DE ABUSO
Local: Sala Orqudea II

Quarta-feira, 10/09/2014

HORRIO ATIVIDADES

8h 8h30 Recepo / Inscries e Entrega de Materiais

8h30 9h20 Tcnicas para Anlises de Drogas em Amostras Biolgicas


Palestrante: Jos Luiz da Costa SPTC-So Paulo/SP

9h20 10h10 Anlises Toxicolgicas de Drogas de Abuso na Urgncia


Palestrante: Rafael Lanaro UNICAMP-Campinas/SP

10h10 10h30 Intervalo

10h30 11h30 Screening for Synthetic Cannabinoids and Cathinones in Biological Fluids
Palestrante: Marilyn Huestis NIDA-Baltimore/USA

11h30 12h30 Colquio

12h30 14h Almoo

14h00 14h50 O Uso de Dry Blood Spot para Deteco de Drogas


Palestrante: Jos Luiz da Costa SPTC-So Paulo/SP

14h50 15h40 Novas Tcnicas de Preparo de Amostras Biolgicas


Palestrante: Eduardo Costa de Figueiredo UNIFAL-Alfenas/MG

15h40 16h Intervalo

16h 17h Date Rape Drugs


Palestrante: Maurcio Yonamine USP-So Paulo/SP

17h 17h30 Colquio/Avaliao

17h30 Encerramento - Jucelino Nery da Conceio Filho CIAVE-Salvador/BA

Organizao:
Jucelino Nery da Conceio Filho CIAVE-Salvador/BA e Rafael Lanaro UNICAMP-Campinas/SP
CURSO 2
TOXINOLOGIA CLNICA: ACIDENTES POR ANIMAIS
PEONHENTOS DE IMPORTNCIA MDICA
Local: Sala Tulipa

Quarta-feira, 10/09/2014

HORRIO ATIVIDADES

8h 8h30 Recepo / Inscries e Entrega de Materiais

Abertura e apresentao
8h30 8h45
Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP

1. Epidemiologia e Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peonhentos


Palestrante: Flvio Santos Dourado Programa de Controle de Animais Peonhentos
8h45 10h10 UTVZ/SVS/MS-Braslia/DF
2. Identificao dos Principais Animais de Importncia Mdica
Palestrante: Tnia Kobler Brazil UFBA-Salvador/BA

10h10 10h30 Intervalo

1. A Histria do Ofidismo no Brasil


Palestrante: Joo Luiz Costa Cardozo Instituto Butantan-So Paulo/SP
2. Acidente por Serpentes
10h30 12h30
Palestrante: Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP
3. Acidentes Ofdicos na Regio Amaznica
Palestrante: Pasesa Pascoala Quispe Torres FMUSP-So Paulo/SP

12h30 14h Almoo

1. Acidentes por Escorpies


Palestrante: Dlio Campolina SERVITOX-Belo Horizonte/MG
14h 15h40
2. Acidente por Aranhas
Palestrante: Fbio Bucarectchi CCI-Campinas/SP

15h40 16h Intervalo

1. Acidentes por Animais Aquticos


Palestrante: Pedro Pereira de Oliveira Pardal UFPA-Belm/PA
2. Acidente por Outros Animais
16h 17h30
Palestrante: Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP
3. Soroterapia Antiveneno
Palestrante: Adebal Andrade Filho SERVITOX-Belo Horizonte/MG

Encerramento
17h30
Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP

Organizao:
Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP e Palmira Cupo CCI-Ribeiro Preto/SP
CURSO 3
INTOXICAO POR EXPOSIO CRNICA A AGROTXICOS
E ATENO SADE
Local: Sala Petnia

Quarta-feira, 10/09/2014

HORRIO ATIVIDADES

8h 8h30 Recepo / Inscries e Entrega de Materiais

8h30 9h10 Abertura e apresentao: Herling Alonzo UNICAMP/SP

9h10 10h10 Agrotxicos: Problema de Sade no Brasil


Palestrante: Herling Alonzo UNICAMP/SP

10h10 10h30 Intervalo

10h30 11h30 Danos Sade de Expostos a Agrotxicos Estudos Populacionais


Palestrante: Neice Xavier Faria UFMT

11h30 12h30 Debate

12h30 14h Almoo

14h 15h40 Intoxicaes Crnicas por Agrotxicos


Palestrante: Heloisa Pacheco Ferreira-UFRJ

15h40 16h Intervalo

16h 16h30 Protocolo de Avaliao das Intoxicaes Crnicas do Paran - Elaborao e implantao
Palestrantes: Heloisa Pacheco Ferreira UFRJ e Yumie Murakami SESA/PR

16h30 17h15 Protocolo de Avaliao das Intoxicaes Crnicas do Paran - A aplicao em trabalhadores da
fumicultura de Rio Azul-PR
Palestrante: Elver Moronte UFPR

17h15 17h30 Avaliao e Encerramento: Herling Alonzo UNICAMP/SP

Participantes e Mediadores:
1. Elver Moronte - NESC/UFPR
2. Heloisa Pacheco Ferreira Ambulatrio de Toxicologia Clnica, Ambiental e Ocupacional/IESC - UFRJ
3. Neice Xavier Faria SMS/Bento Gonalves/RS
4. Yumie Murakami SESA/SVS/CEST

Organizao:
Herling Gregorio Aguilar Alonzo UNICAMP/SP
CURSO 4
TOXICOLOGIA BASEADA EM EVIDNCIAS
Local: Sala Lrio

Quarta-feira, 10/09/2014

HORRIO ATIVIDADES

8h 8h30 Recepo / Inscries e Entrega de Materiais

8h30 8h50 Abertura e apresentao dos tutores e participantes

8h50 10h10 Tipos e Nveis de Evidncia (Delineamentos Epidemiolgicos) e sua Aplicao na Toxicologia

10h10 10h30 Intervalo

10h30 12h30 Elaborao da Pergunta de Pesquisa - PICO e Identificao dos Termos de Busca (prtica)

12h30 14h Almoo

14h 15h40 Localizao da Evidncia (prtica)

15h40 16h Intervalo

16h 17h30 Avaliao Crtica de Artigo de Toxicologia (prtica)

17h30 h Encerramento

Tutores:
1. Ivan Ricardo Zimmermann - Analista Tcnico de Polticas Sociais no Departamento de Gesto e Incorporao
de Tecnologias em Sade do Ministrio da Sade (DGITS/SCTIE/MS)
2. Marcus Tolentino Silva - Professor de Epidemiologia Clnica da Faculdade de Medicina, Universidade Federal
do Amazonas.
3. Tas Freire Galvo - Farmacutica do Hospital Universitrio Getlio Vargas, Universidade Federal do Amazonas
I FRUM BRASILEIRO E III FRUM BAIANO SOBRE SUICDIO
Local: Salo ris DEF

Quarta-feira, 10/09/2014

HORRIO ATIVIDADES

8h 8h30 Recepo / Inscries e Entrega de Materiais

8h30 9h Abertura e apresentao: Soraya Carvalho NEPS/CIAVE-Salvador/BA

9h 10h10 Panorama do Suicdio no Brasil e no Mundo Diretrizes e Estratgias do Plano Nacional


de Preveno do Suicdio no Brasil
Carlos Felipe Almeida DOliveira Coord. REBRAPS e Membro ASULAC
Coordenao: Soraya Carvalho - NEPS/CIAVE

10h10 10h30 Intervalo

10h30 11h40 Suicdio na Ateno Bsica


1. Configurao da Poltica de Assistncia do Suicdio na Rede de Ateno
Ana Elisa Bastos Figueiredo CLAVES/ENSP/FIOCRUZ Rio de Janeiro-RJ
2. A Insero da Poltica de Preveno do Suicdio na Ateno Bsica
Alan ndio Serrano Coord. Grupo Rede de Ateno Psicossocial - UNIVALI/SC
Coordenao: Mara Oliveira - NEPS/CIAVE

11h40 12h30 O Suicdio e sua Preveno


Jos Manoel Bertolote SUPRE-MISS-OMS UNESP So Paulo
Coordenao: Andr Carib - NEPS/CIAVE

12h30 14h Almoo

14h 14h50 Suicdio: Famlia e Sociedade


1. Impactos do Suicdio na Famlia
Ana Maria Ferraro Psicanalista Projeto ComViver - Rio de Janeiro/RJ
2. Suicdio e Dependncia Qumica
Esdras Cabus CETAD e EBMSP - Salvador/BA
Coordenao: Nara Rangel NEPS/CIAVE

14h50 15h40h Suicdio e Doena Mental


Palestrante: Neury Jos Botega UNICAMP-Campinas/SP
Coordenao: Cntia Mesquita NEPS/CIAVE

15h40 16h Intervalo

16h 17h15h A Experincia do NEPS na Ateno e Preveno do Suicdio


1. Especificidades ticas e Tcnicas na Clnica Psicanaltica do Suicdio
Soraya Carvalho Psicanalista - NEPS/CIAVE
2. Clnica Psiquitrica do Suicdio
Andr Carib Psiquiatra - HUPES - EBMSP - NEPS/CIAVE
3. Terapia Ocupacional na Clnica do Suicdio
Mara Oliveira Terapeuta Ocupacional - NEPS/CIAVE
4. Tentativas de Suicdio: Vivencia de Violncia na Infncia e Adolescncia
Cntia Mesquita Enfermeira - EBMSP - NEPS/CIAVE
Coordenao: Thas Costa NEPS/CIAVE

17h15 17h30 Avaliao e Encerramento - Soraya Carvalho NEPS/CIAVE

Organizao:
Soraya Carvalho e Equipe do Ncleo de Estudos e Preveno do Suicdio NEPS do Centro de Informaes Antive-
neno da Bahia CIAVE/SESAB - Salvador/BA
PROGRAMAO GERAL
QUARTA-FEIRA, 10/09/2014

CURSOS PR-CONGRESSO - FRUM SOBRE SUICDIO ABERTURA OFICIAL

HORRIO ATIVIDADE
Local

8h INSCRIES E ENTREGA DE MATERIAIS


Recepo

8h30 17h30 I FRUM BRASILEIRO E III FRUM BAIANO SOBRE SUICDIO


Salo ris DEF

CURSO 1 Anlises Toxicolgicas de Drogas de Abuso


Sala Orqudea II

CURSO 2 Toxinologia Clnica: Acidentes por Animais Peonhentos de Importncia


Mdica
Sala Tulipa

CURSO 3 Intoxicaes por Exposio Crnica a Agrotxicos e Ateno Sade


Sala Petnia

CURSO 4 Toxicologia Baseada em Evidncias


Sala Lrio

17h30 APRESENTAES ARTSTICAS E CULTURAIS


rea de Exposies

18h ABERTURA OFICIAL DO V CONGRESSO BRASILEIRO DE TOXICOLOGIA


CLNICA
- Mesa de Abertura
- Homenagens Especiais
- Apresentaes Artsticas e Culturais
Salo ris DEF
QUINTA-FEIRA, 11/09/2014
MANH
HORRIO ATIVIDADE DESCRIO
Local
7h30 8h30 Recepo INSCRIES E ENTREGA DE MATERIAIS
8h30 9h20 Conferncia OS CENTROS DE INFORMAO E ASSISTNCIA
Nacional 1 TOXICOLGICA E A REDE DE ATENO SADE
RIS DEF Representante do Ministrio da Sade
Coordenao: Daniel Rebouas ABRACIT e CIAVE-Salvador/BA
9h20 9h40 rea de Exposies - Caf e Visita aos Psteres
9h40 10h30 Conferncia TOXICOLOGY AND PHARMACOLOGY OF NEW SYNTHETIC
Internacional 1 DRUGS
RIS DEF Marilyn Huestis NIDA-Baltimore/USA
Coordenao: Jos Luiz Costa SPTC-So Paulo/SP
10h30 11h40 Mesa A CLASSIFICAO DE RISCO NA REDE DE ATENO
Redonda 1 SADE
RIS DEF 1. Protocolos de Classificao de Risco na Ateno Sade
Adriana Mafra Hospital Odilon Behrems-Belo Horizonte/MG
2. Classificao de Risco para as Intoxicaes e os Acidentes por
Animais Peonhentos
Adriana Mello Barotto CIT-Florianpolis/SC
3. Experincia do Atendimento Pr-Hospitalar
Saulo Peconick Ventura SERVITOX-Belo Horizonte/MG
Coordenao: Dlio Campolina SERVITOX- Belo Horizonte/MG
Mesa A ATENO SADE E O SUICDIO
Redonda 2 1. O Suicdio e as Intoxicaes
Ltus EF Carlos Felipe DOliveira MS-Rio de Janeiro/RJ
2. O Suicdio na Ateno Bsica
Alan Indio Serrano SES-Florianpolis/SC
3. A Importncia da Capacitao na Preveno do Suicdio
Soraya Carvalho CIAVE-Salvador/BA
Coordenao: Andr Carib CIAVE-Salvador/BA
Mesa ANLISES TOXICOLGICAS NO ATENDIMENTO DE
Redonda 3 URGNCIA
Orqudea II 1. Imunoensaios: Vantagens e Desvantagens
Maurcio Yonamine USP-So Paulo/SP
2. Sistemas Automatizados de Preparo de Amostras para Anlises
Toxicolgicas
Eduardo Costa de Figueiredo UNIFAL-Alfenas/MG
3. Avanos nas Tcnicas Analticas Ultra-Rpidas
Jos Luiz da Costa SPTC-So Paulo/SP
Coordenao: Rafael Lanaro CCI-Campinas/SP
11h40 12h30 Conferncia UTILITY OF NOMOGRAMS IN TOXICOLOGY: THE EXAMPLES
Internacional 2 OF PARACETAMOL, PARAQUAT AND QT INTERVAL
RIS DEF Bruno Mgarbane Hpital Lariboisire-Paris/FRANCE
Coordenao: Eduardo Mello De Capitani CCI-Campinas/SP
12h30 14h Almoo
QUINTA-FEIRA, 11/09/2014
TARDE
HORRIO ATIVIDADE DESCRIO
Local
14h 14h50 Conferncia NEFROTOXICIDADE NOS ACIDENTES POR ANIMAIS
Nacional 2 PEONHENTOS
RIS DEF Mecanismos moleculares, celulares e patognese: Clnica, diagnstico e
tratamento
Emmanuel Burdmann USP-So Paulo/SP
Coordenao: Carlos Augusto Mello da Silva CIT-Porto Alegre/RS
14h50 16h20 Discusso PRTICA EM TOXICOLOGIA CLNICA
de Casos Apresentao 1: Sandra Mrcia da SilvaCIT-Braslia/DF
RIS DEF Apresentao 2: Hemerson Iury F. Magalhes CIAT-Joo Pessoa/PB
Apresentao 3: Fbio Bucaretchi CCI-Campinas/SP
DEBATEDORES:
A. Gustavo Mustafa Tanajura CIAVE-Salvador/BA
B. Adebal de Andrade Filho SERVITOX-Belo Horizonte/MG
C. Sony Itho TOXCEN-Vitria/ES
Coordenao: Maria Lucineide Porto CEATOX-Recife-PE
Palestra 1 INVESTIGATION OF K2 SPICE AND BATH SALTS USING LC-MS/
Orqudea II MS
Viviane Nascimento, Field Application Service AB SCIEX
16h20 16h50 rea de Exposies - Caf e Visita aos Psteres
16h50 18h Mesa INTOXICAES GRAVES POR MEDICAMENTOS
Redonda 4 1. Toxicology of New Atypical Antipsychotics Medications
RIS DEF Bruno Mgarbane Hpital Lariboisire-Paris/FRANCE
2. Clinical Management of Severe Calcium Beta Blockers Intoxication
Lewis Nelson New York University/USA
3. Antidepressivos Tricclicos: Clnica e Tratamento das Intoxicaes
Adebal de Andrade Filho SERVITOX-Belo Horizonte/MG
Coordenao: Adriana Barotto CIT-Florianpolis/SC
Mesa EXPOSIES HUMANAS AO CHUMBO
Redonda 5 1. Intoxicao por Chumbo no Brasil
LOTUS EF Thais Arajo Cavendish - CGVAM/SVS/MS-Braslia/DF
2. Intoxicao por Chumbo na Bahia
Ely da Silva Mascarenhaas DIVAST-Salvador/BA
3. Aspectos Clnicos das Intoxicaes por Chumbo
Eduardo Mello De Capitani CCI-Campinas/SP
4. Diagnstico Laboratorial nas Intoxicaes por Metais
Jos Antonio Menezes Filho FFAR/UFBA-Salvador/BA
Coordenao: Jucelino Nery da Conceio Filho CIAVE-Salvador/BA
Painel 1 TOXICOLOGIA VETERINRIA
ORQUDEA II 1. A Importncia da Atuao do Mdico Veterinrio nos Centros de
Informao e Assistncia Toxicolgica
Maria das Graas Rodrigues Barbosa CIAVE-Salvador/BA
2. Atendimento Clnico Veterinrio nas Principais Intoxicaes
Michiko Sakate UNESP-Botucatu/SP
Coordenao: Joo Vieira Neto Salvador/BA
18h 20h rea de Exposies Atividades Artsticas e Culturais
SEXTA-FEIRA, 12/09/2014
MANH
HORRIO ATIVIDADE DESCRIO
Local
8h 9h10 Apresentaes TRS TRABALHOS SELECIONADOS AO PRMIO DE
Orais MELHOR DO CONGRESSO
RIS DEF Banca examinadora: a definir
Coordenao: Palmira Cupo CCI-Ribeiro Preto/SP
9h10 9h40 Conferncia CONDUTAS NO ATENDIMENTO DE MULAS BODY
Internacional 3 PACKERS CLINICAL MANAGEMENT
RIS DEF Lewis Nelson New York University/USA
Coordenao: Patrcia Drumond Ciruffo SERVITOX-Belo Horizonte/
MG
9h40 10h Premiao 1 MELHOR TRABALHO DO V CONGRESSO BRASILEIRO DE
RIS DEF TOXICOLOGIA CLNICA
Coordenao: Palmira Cupo CCI-Ribeiro Preto/SP
10h 10h30 rea de Exposies - Caf e Visita aos Psteres
10h30 11h20 Conferncia O PANORAMA GLOBAL DOS ENVENENAMENTOS POR
Internacional 4 SERPENTES PEONHENTAS
RIS DEF Jos Mara Gutirrez Universidad de Costa Rica/COSTA RICA
Coordenao: Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP
Conferncia O SUICDIO E SUA PREVENO
Nacional 3 Jos Manoel Bertolote UNESP-Botucatu/SP
LOTUS EF Coordenao: Soraya Carvalho CIAVE-Salvador/BA
Conferncia INTOXICAES AGUDAS POR NEONICOTINIDES E
Nacional 4 AMITRAZ
ORQUDEA II Carlos Augusto Mello da Silva CIT-Porto Alegre/RS
Coordenao: Yasnaia Barbosa Figueiredo CIAVE-Salvador/BA
11h20 12h30 Mesa ANTDOTOS: USO E DISPONIBILIDADE
Redonda 6 1. Use of Antidotes in Poisoning
RIS DEF Lewis Nelson New York University/USA
2. Methylene Blue: Old and New Indications
Bruno Mgarbane Hpital Lariboisire-Paris/FRANCE
3. Disponibilidade de Antdotos no Brasil
Luiz Henrique Costa DAF/MS-Braslia/DF
Coordenao: Tas Galvo UFAM-Manaus/AM
Mesa EXPOSIO CRNICA A AGROTXICOS
Redonda 7 1. Aspectos Clnicos na Exposio a Agrotxicos
LOTUS EF Helosa Pacheco Ferreira UFRJ-Rio de Janeiro/RJ
2. Monitoramento de Praguicidas: Preparo de Amostras e Novas
Estratgias Analticas
Eduardo Costa de Figueiredo UNIFAL-Alfenas/MG
3. Vigilncia Epidemiolgica das Populaes Expostas a Agrotxicos
Mirella Dias Almeida SVS/MS-Braslia/DF
Coordenao: Herling Alonzo UNICAMP-Campinas/SP
12h30 14h Almoo
SEXTA-FEIRA, 12/09/2014
TARDE
HORRIO ATIVIDADE DESCRIO
Local
14h 15h10 Mesa BANCO DE PRODUTOS REGISTRADOS E BANCO DE
Redonda 8 REGISTRO DE INTOXICAES NOS CENTROS DE
RIS DEF INFORMAO TOXICOLGICA
1. NPDS - Sistema Nacional de Registro de Exposies da AAPCC
Alvin C. Bronstein Rocky Mountain Poison Center-Denver-
Colorado/USA
2. DATATOX Sistema Brasileiro de Dados de Intoxicaes da
ABRACIT
ABRACIT
3. Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria e os Centros de Informao
Toxicolgica: Desafios
Silvia Cazenave SUTOX/ANVISA-Braslia/DF
Coordenao: Eduardo Mello De Capitani CCI-Campinas/SP
Mesa SOROS ANTIPEONHENTOS E REAES DE
Redonda 9 HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATAS
LOTUS EF 1. Tipos de Soros Antiveneno e Perspectivas de Aperfeioamento na Produo
Jos Mara Gutirrez Universidad de Costa Rica/COSTA RICA
2. Reaes de Hipersensibilidade Imediatas: A Pr-Medicao Est Indicada?
Maria Anita Costa Spindola Bez Batti, Edelton Flvio Morato e Jane
da Silva NARTAD-Florianpolis/SC
Coordenao: Fbio Bucaretchi CCI-Campinas/SP
Mesa TEMAS EM TOXINOLOGIA
Redonda 10 1. Acidentes por Tityus obscurus
ORQUDEA II Pasesa Pascoala Quispe Torres FMUSP-So Paulo/SP
2. Intoxicao por Plantas
Pedro Pereira de Oliveira Pardal UFPA-Belm/PA
Coordenao: Joo Luiz Costa Cardoso So Paulo/SP
SEXTA-FEIRA, 12/09/2014
TARDE
HORRIO ATIVIDADE DESCRIO
Local
15h10 16h20 Mesa A ASSISTNCIA TOXICOLGICA NOS DESASTRES QUMICOS
Redonda 11 1. Toxic Gases in Urban Fires
RIS DEF Bruno Mgarbane Hpital Lariboisire-Paris/FRANCE
2. Acidentes por Produtos Qumicos
Cludio Azoubel COFIC-Camaari/BA
3. Atendimento a Mltiplas Vtimas QBRN
Osvaldo Bastos SAMU-Salvador/BA
Coordenao: Carli Ventura CIAVE-Salvador/BA
Mesa TOXICOLOGIA, SADE E AMBIENTES
Redonda 12 1. Ecotoxicologia
LOTUS EF Fausto Azevedo Intertox-So Paulo/SP
2. Toxicologia Computacional eIn Silico - Uso de Modelos e Bases de
Dados em Toxicologia
Carlos Eduardo Matos dos Santos Intertox-So Paulo/SP
3. Toxicologia e Sade do Trabalhador
Letcia Nobre DIVAST/SESAB-Salvador/BA
Coordenao: Osvaldo Aurlio M. de Santana CIAVE-Salvador/BA
Mesa ENVENENAMENTOS GRAVES POR ANIMAIS PEONHENTOS
Redonda 13 1. Desfecho Letal nos Acidentes Botrpico e Crotlico
ORQUDEA II Francisco Oscar Siqueira Frana FMUSP-So Paulo/SP
2. Escorpionismo Grave
Palmira Cupo CCI-Ribeiro Preto/SP
3. Acidentes por Micrurus
Fbio Bucaretchi CCI-Campinas/SP
Coordenao: Daisy Schwab Rodrigues CIAVE-Salvador/BA
16h20 16h40 rea de Exposies - Caf e Visita aos Psteres
16h40 17h50 Painel 2 USO DE DROGAS DE ADIO EM PROFISSIONAIS DE SADE
RIS DEF 1. Uso de Psicoativos entre Profissionais de Sade: Implicaes ticas e
Abordagens Possveis
George Gusmo CETAD-Salvador/BA
2. Substncias Psicoativas na Atualidade
Dartiu Xavier da Silveira USP-So Paulo/SP
Coordenao: Luiz Alberto Tavares CETAD-Salvador/BA
17h50 18h30 Premiao 2 - PREMIAO DOS TRS MELHORES PSTERES
Encerramento APRESENTADOS
RIS DEF - CERIMNIA DE ENCERRAMENTO
Coordenao: Palmira Cupo CCI-Ribeiro Preto/SP
18h30 19h rea de Exposies - Confraternizao
EXPOSIO DE PSTERES

Todos os psteres ficaro expostos durante os dias 11 e 12/09, distribudos de acordo com as
reas abaixo descritas. Devero ser afixados no dia 11, entre 08h00 e 09h00, e removidos no dia 12,
entre 17h00 e 18h30min.

N DE ORDEM DOS
REA
RESUMOS

EMERGNCIAS / CUIDADOS INTENSIVOS EM TOXICOLOGIA 01 a 17

EPIDEMIOLOGIA 18 a 61

TOXICOLOGIA AMBIENTAL 62 a 70

TOXICOLOGIA ANALTICA 71 a 84

TOXICOLOGIA CLNICA 85 a 149

TOXICOLOGIA EXPERIMENTAL 150 a 159

TOXICOLOGIA FORENSE 160

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL 161 a 170

TOXICOLOGIA PSICOSSOCIAL 171 a 186

TOXICOLOGIA VETERINRIA 187 a 190

OUTRAS REAS 191 a 206


HOMENAGEM PBLICA

A Associao Brasileira de Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica e Toxicologistas


Clnicos (ABRACIT) presta homenagem pblica a eminentes profissionais da sade que contribu-
ram para o desenvolvimento da Toxicologia Clnica no pas. A homenagem um reconhecimento
pelos anos de trabalho com dedicao assistncia, ao ensino, pesquisa, criao e consolidao
de servios na rea da Toxicologia Clnica, contribuindo para a formao de uma nova gerao de
profissionais interessados na atuao e estudo das cincias toxicolgicas.
No dia 10 de setembro de 2014, em sesso plenria durante o V Congresso Brasileiro de Toxi-
cologia Clnica, na cidade de Salvador, na Bahia, a Direo da ABRACIT, representando os Centros
de Informao e Assistncia Toxicolgica e todos os profissionais que atuam na rea de Toxicologia
Clnica far a entrega simblica de um Certificado de Reconhecimento Publico a trs colegas que
marcaram sua trajetria profissional pela coerncia, tica, compromisso pblico, desenvolvimento
cientfico e defesa dos Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica no Brasil.

Dra. Daisy Schwab Rodrigues


Enfermeira sanitarista, ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox).
Atuou com dedicao e competncia frente do CIAVE por 29 anos. Teve participao importante na
implementao do Programa de Controle de Ofidismo no Brasil no final da dcada de 80. Contribuiu
com publicaes em peridicos cientficos e em captulos de livros, aulas em cursos e em congressos
a nvel nacional e internacional. Teve papel fundamental na formao de profissionais das diversas
reas da sade, dignificando todo o percurso da sua vida profissional.
Dr. Eustquio Linhares Borges
Farmacutico-bioqumico, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox) e ex-
vice-presidente do Conselho Regional de Farmcia do Estado da Bahia. Natural de Juiz de Fora (MG),
tornou-se Mestre em Toxicologia pela Universidade de So Paulo (USP). Foi professor adjunto de
Toxicologia da Faculdade de Farmcia da Universidade Federal da Bahia e coordenador dos cursos
de Sade do Centro Universitrio da Bahia. Teve papel relevante na criao do Centro de Informaes
Antiveneno da Bahia (Ciave), bem como na formao de profissionais nessa rea no Estado.

Dr. Joo Luiz Costa Cardoso


Mdico, ex-diretor do Hospital Vital Brazil do Instituto Butantan, So Paulo-SP, por mais de
dez anos. Foi o primeiro vice-presidente da Sociedade Brasileira de Toxinologia (1990-1992). Teve
papel fundamental na idealizao e implementao do Programa de Controle de Ofidismo no Brasil
no final da dcada de 80, atual Programa de Controle de Acidentes por Animais Peonhentos do Mi-
nistrio da Sade. Nos seus 40 anos de trabalho formou, incentivou e apoiou centenas de profissionais
no estudo dos acidentes por animais peonhentos, contribuindo ainda com captulos de livros, aulas
em cursos e diversas participaes em congressos, assim como com publicaes em revistas mdicas
nacionais e internacionais.
SUMRIO

EMERGNCIAS/CUIDADOS INTENSIVOS EM TOXICOLOGIA.........................................53


1 ACIDENTES ESCORPINICOS EM CRIANAS ATENDIDAS EM UM HOSPITAL
PBLICO NA BAHIA............................................................................................................................................55

2 ACIDENTES POR ARANHAS EM CRIANAS RELATO DE SRIE DE CASOS........................................55

3 DISPONIBILIDADE DE ANTDOTOS PARA O TRATAMENTO DE PACIENTES


INTOXICADOS NAS UNIDADES DE EMERGNCIA DO MUNICPIO DE CAMPINAS-SP........................56

4 EVENTOS TOXICOLGICOS POR PRODUTOS DOMISSANITRIOS: PERFIL


EPIDEMIOLGICO E EVOLUO CLNICA...................................................................................................56

5 EVOLUO CLNICA DE CRIANAS VTIMAS DE INTOXICAES AGUDAS POR


MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL PBLICO NA BAHIA.........................................................................57

6 EVOLUO DE CRIANAS VTIMAS DE ACIDENTES OFDICOS ATENDIDAS EM


UM HOSPITAL PBLICO NA BAHIA.................................................................................................................57

7 IMPLANTAO DO NCLEO DE ESTUDO E PREVENO DO SUICDIO EM UM


HOSPITAL PBLICO DO MUNICPIO DE FEIRA DE SANTANA- BAHIA....................................................58

8 INTERVENO BREVE EM USURIOS DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS


ATENDIDOS EM UNIDADES DE EMERGNCIA.............................................................................................58

9 INTOXICAO GRAVE POR METANOL APS INGESTO DE CACHAA VIRGEM........................... 59

10 INTOXICAO POR CLORETO DE POTSSIO NO AMBIENTE DE TRABALHO:


RELATO DE CASO FATAL...................................................................................................................................59

11 INTOXICACIN AGUDA POR ANS DE CAMPO (Ocimum selloi). A PROPSITO DE UN CASO............. 60

12 MANIFESTAES CLNICAS DE INTOXICAES EXGENAS AGUDAS EM


CRIANAS ATENDIDAS NA UNIDADE DE EMERGNCIA DE UM HOSPITAL PBLICO DA BAHIA... 60

13 MORTE ACIDENTAL POR INTOXICAO POR METANOL CONTIDO EM


PRODUTO DOMISSANITRIO LEGALMENTE COMERCIALIZADO..........................................................61

14 BITOS E USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM PACIENTES QUE


SOFRERAM TRAUMA ATENDIDOS EM UNIDADE DE EMERGNCIA REFERENCIADA........................62

15 POLTICA DE ANTDOTOS NA ATENO SADE NO ESTADO DE SANTA


CATARINA: RELATO DE SUA CONSTRUO ................................................................................................62

16 RELATO DE CASO DE ACIDENTE OFDICO CAUSADO POR COBRA Clelia sp.........................................63

17 VERIFICAO DO CONHECIMENTO SOBRE ESCORPIONISMO DE RESIDENTES


DE UM BAIRRO POPULAR DE JOO PESSOA................................................................................................63
EPIDEMIOLOGIA...........................................................................................................................65
18 ACIDENTE OFDICO: ANLISE DO PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS CASOS
NOTIFICADOS NO BRASIL COM NFASE NA BAHIA, 2007 A 2012............................................................67

19 ACIDENTES COM ANIMAIS PEONHENTOS RELACIONADOS AO TRABALHO


NO RIO GRANDE DO SUL, 2013........................................................................................................................ 67

20 ACIDENTES COM ARANHAS NO ESTADO DE GOIS NO PERODO DE 2007 A 2011............................. 68

21 ACIDENTES ELAPDICOS NO ESTADO DE GOIS (2007 2011)................................................................68

22 ACIDENTES POR ABELHAS OCORRIDOS NO ESTADO DA PARABA.......................................................69

23 ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS EM IDOSOS ATENDIDOS PELO


CENTRO DE INFORMAES TOXICOLGICAS DE BELM.......................................................................69

24 ANLISE DA QUALIDADE DAS INFORMAES SOBRE ACIDENTES


ESCORPINICOS NO ESTADO DA PARABA, DE 2007 A 2012.....................................................................70

25 ANLISE RETROSPECTIVA DE INTOXICAO EM IDOSOS NO MUNICPIO DE


JOO PESSOA NO PERODO DE JANEIRO DE 2012 A MAIO DE 2014........................................................70

26 AS INTOXICAES POR AGROTXICOS NO ESTADO DA BAHIA: UMA ANLISE


ATRAVS DA REAVALIAO DOS DADOS DO SINAN................................................................................71

27 ATENDIMENTOS POR EXPOSIO A DROGAS DE ABUSO EM UMA UNIDADE DE


EMERGNCIA MUNICIPAL: EXPLICITANDO A DEMANDA NO SUS.........................................................71

28 AVALIAO DAS INTERNAES POR INTOXICAES POR AGROTXICOS NO


RIO GRANDE DO SUL NO PERODO DE 2009 A 2013.....................................................................................72

29 CASOS GRAVES DE INTOXICACIN POR PARAQUAT FACTORES QUE INCIDEN


EN LA EVOLUCIN............................................................................................................................................ 72

30 DESCRIO DOS EVENTOS TXICOS CAUSADOS POR SANEANTES


DOMISSANITRIOS NOTIFICADOS EM UM CENTRO DE ASSISTNCIA
TOXICOLGICA EM FORTALEZA, CEAR.....................................................................................................73

31 EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAES POR PLANTAS NOTIFICADAS PELO


CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA DE PERNAMBUCO (CEATOX-PE) DE 1992 A 2009..........73

32 EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES OFDICOS DO ESTADO DO PIAU, NORDESTE


DO BRASIL (2007-2012).......................................................................................................................................74

33 EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS NO RIO GRANDE DO NORTE....74

34 EPIDEMIOLOGY OF BEE STINGS IN CAMPINA GRANDE, PARABA STATE,


NORTHEASTERN BRAZ......................................................................................................................................75

35 ESCORPIONISMO NO ESTADO DA PARABA: ASPECTOS EPIDEMIOLGICOS E


CLNICOS NO BINIO 2012-2013.......................................................................................................................75

36 ESCORPIONISMO NO ESTADO DO PIAU, NORDESTE DO BRASIL (2007-2012)......................................76

37 ESTUDO COMPARATIVO DAS TENTATIVAS DE SUICDIO EM ADOLESCENTES


POR AGROTXICOS AGRCOLAS EM 2008 E 2013........................................................................................ 76
38 ESTUDO COMPARATIVO DO PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS CASOS DE
INTOXICAO/EXPOSIO POR CHUMBINHO NOS ANOS DE 2008 E 2013....................................... 77

39 ESTUDO DE ACIDENTES POR PLANTAS TXICAS REGISTRADOS NO SINAN


NET NO ESTADO DA PARABA..........................................................................................................................77

40 FREQUNCIA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS OCORRIDOS NA


BAHIA, 2007 A 2012..............................................................................................................................................78

41 NDICE DE INTOXICAES POR PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERPICOS........................................ 78

42 INGESTO DE CUSTICOS POR CRIANAS: PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS


LTIMOS 5 ANOS NO DF....................................................................................................................................79

43 INTOXICAO POR CHUMBINHO NO NOROESTE DO PARAN..............................................................79

44 INTOXICAES EM IDOSOS ATENDIDOS PELO CENTRO DE INFORMAES


TOXICOLGICAS DE BELM............................................................................................................................80

45 INTOXICAES EM MENORES DE DEZ ANOS: AVALIAO DE UMA DCADA (2004-2013)..............80

46 INTOXICAES POR AGROTXICOS: REGISTROS DE UM CENTRO DE


ASSISTNCIA TOXICOLGICA DO PARAN.................................................................................................81

47 INTOXICAES POR PSICOTRPICOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO.................................................81

48 O ESCORPIONISMO NA MICRORREGIO DE GOINIA, GOIS (2007-2011)...........................................82

49 O ESCORPIONISMO NO ESTADO DE GOIS (2007 2011)...........................................................................82

50 PERFIL DAS INTERNAES PEDITRICAS EM UM HOSPITAL PBLICO


DECORRENTES DE INTOXICAO AGUDA..................................................................................................83

51 PERFIL DAS TENTATIVAS DE SUICDIO ATENDIDAS PELO CENTRO DE


INFORMAES TOXICOLGICAS DO AMAZONAS NO PERODO DE 2007-2012...................................83

52 PERFIL DE NOTIFICAES DE INTOXICAO EXGENA EM UMA REGIO DO


MUNCIPIO DE SO PAULO............................................................................................................................... 84

53 PERFIL EPIDEMIOLGICO DAS INTOXICAES POR PRODUTOS QUMICOS


INDUSTRIAIS NOTIFICADAS NO CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA DE
JOO PESSOA, PARABA.................................................................................................................................... 84

54 PERFIL EPIDEMIOLGICO DAS INTOXICAES POR RATICIDAS NO CENTRO


DE CONTROLE DE ENVENENAMENTOS........................................................................................................85

55 PREVALNCIA DE AGENTES TXICOS POR DISTRITOS SANITRIOS EM


CRIANAS ATENDIDAS EM UM HOSPITAL PBLICO EM SALVADOR-BAHIA......................................85

56 REGISTRO DE SUICDIOS EM HOMENS EM UM CENTRO DE REFERNCIA E


ASSISTNCIA TOXICOLGICA: SRIE DE CASOS DE 1998 A 2011 ...........................................................86

57 TENTATIVAS DE SUICDIO POR INTOXICAO EM UM HOSPITAL DO INTERIOR


DO ESTADO DE SO PAULO: OCORRNCIAS POUCO NOTIFICADAS..................................................... 86

58 TENTATIVAS DE SUICDIO POR SUBSTNCIAS TXICAS: O CASO DA REGIO


METROPOLITANA DO RECIFE..........................................................................................................................87
59 TENTATIVAS DE SUICDIO POR TOXICANTES: DESCRIO DOS CASOS
NOTIFICADOS EM UM CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA EM FORTALEZA, CEAR.........87

60 TENTATIVAS DE SUICDIO REGISTRADAS EM UM CENTRO DE INFORMAES


E ASSISTNCIA TOXICOLGICA: ANLISE DO PERODO DE 1998 A 2011..............................................88

61 TENTATIVAS DE SUICDIOS POR INTOXICAES EM ADOLESCENTES JOVENS:


PERFIL EPIDEMIOLGICO E EVOLUO CLNICA.....................................................................................88

TOXICOLOGIA AMBIENTAL......................................................................................................89
62 ALUMINUM AND HIGH-FAT DIET INDUCED CHANGES IN NTPDASE AND
5-NUCLEOTIDASE ACTIVITY AND GENE EXPRESSION IN RAT BRAIN................................................. 91

63 AVALIAO DA EXPOSIO AMBIENTAL AO MANGANS POR MARCADORES


N INVASIVOS E EFEITOS NEUROPSICOLGICOS EM ADULTOS............................................................ 91

64 CAPINA QUMICA UM PROBLEMA DE SADE PBLICA............................................................................92

65 CONSUME OF HIGH FAT DIET INDUCED CHANGES IN


ACETYLCHOLINESTERASE ACTIVITY IN CENTRAL NERVOUS SYSTEM AND
PERIPHERAL TISSUE OF RATS.......................................................................................................................... 92

66 EXPOSIO AO MERCRIO E ESTRESSE OXIDATIVO ATRAVS DA


INGESTO DE PESCADO EM DUAS POPULAES DE DIFERENTES REGIES
GEOGRAFICAS DA AMAZNIA PARAENSE...................................................................................................93

67 HIGH FAT DIETS INCREASE THE ALUMINUM TOXICITY IN LYMPHOCYTES OF YOUNG RATS....... 93

68 INTOXICAO HUMANA POR AGROTXICOS NO BRASIL: ESTUDO


BIBLIOMTRICO DOS CASOS PUBLICADOS DE 2004 A 2013.....................................................................94

69 NVEIS DE METAIS PESADOS EM ATUM ENLATADO COMERCIALIZADO NA


CIDADE DE SALVADOR, BAHIA.......................................................................................................................94

70 PERFIL OXIDATIVO E ANTIOXIDATIVO DE UMA COMUNIDADE EXPOSTA AO


MERCURIO, ATRAVS DA INGESTO DE PEIXES, ZONA MARITIMA, ESTADO DO PAR..................95

TOXICOLOGIA ANALTICA........................................................................................................97
71 ANLISE DE BENZOILECGONINA EM AMOSTRAS DE URINA POST MORTEM POR CLAE-DAD .....99

72 AVALIAO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM CAMINHONEIROS


QUE TRAFEGAM PELA BR153 ..........................................................................................................................99

73 DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA ANALTICA PARA DETERMINAO


QUANTITATIVA DE ISONIAZIDA EM PLASMA POR CROMATOGRAFIA LQUIDA
DE ALTA EFICINCIA........................................................................................................................................100

74 DETERMINAO DAS CONCENTRAES DE MERCRIO TOTAL EM CABELO


POR ESPECTROMETRIA DE ABSORO ATMICA POR GERAO DE VAPOR A FRIO.....................100
75 ESTUDO DO DICLOFENACO SDICO COMO POSSVEL INTERFERENTE NA
ANLISE DE 11-NOR-CARBOXI-9-TETRAHIDROCANABINOL EM URINA POR
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA DE ALTA EFICINCIA.......................................................101

76 ESTUDO DO PERFIL CINTICO DO PROTTIPO DE FRMACO


ANTINEOPLSICO LQFM018 EM MODELOS EXPERIMENTAIS POR LC-MS/MS..................................101

77 EXTRAO E IDENTIFICAO DE BENZOILECGONINA EM URINA DE


INDIVDUOS VITIMADOS POR ARMAS DE FOGO NA CIDADE DE JOO PESSOA .............................102

78 EXTRAO ONLINE MOLECULARMENTE IMPRESSA DE BETA-


BLOQUEADORES EM URINA E ANLISE POR LC-MS/MS........................................................................102

79 MONITORIZAO BIOLGICA DE MANGANS UTILIZANDO


ESPECTROMETRIA DE ABSORO ATMICA: VALIDAO DE MTODO..........................................103

80 OCORRNCIA DE AFLATOXINAS EM AMENDOIM E CASTANHAS


PROVENIENTES DO NORDESTE DO BRASIL...............................................................................................103

81 OTIMIZAO DA ANLISE CROMATOGRFICA DA SINVASTATINA EM PLASMA


HUMANO: APLICAO EM FARMACOCINTICA......................................................................................104

82 OTIMIZAO DO MTODO PARA ANLISE DE ETIGLICURONIDEO E


ETIL SULFATO POR CROMATOGRAFIA LQUIDA DE ALTA EFICINCIA EM
AMOSTRAS DE SANGUE, URINA E HUMOR VTREO................................................................................104

83 PREVALNCIA DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM CANDIDATOS


INGRESSANTES EM FORA POLICIAL ATRAVS DA ANLISE EM CABELO OU PELO..................... 105

84 VALIDAO DE METODOLOGIA ANALTICA PARA DETERMINAO


QUANTITATIVA DE PARACETAMOL EM PLASMA POR ESPECTROFOTOMETRIA...............................105

TOXICOLOGIA CLNICA...........................................................................................................107
85 ACCIDENTES POR RAYAS DE RO EN URUGUAY: ENFOQUE CLNICO-EPIDEMIOLGICO. ...........109

86 ACIDENTE COM ARRAIA DE GUA DOCE: RELATO DE CASO............................................................... 109

87 ACIDENTE COM PEIXE-ESCORPIO (Scorpaena spp): RELATO DE CASO.............................................. 110

88 ACIDENTE ELAPDICO COM EVOLUO ATPICA: UM ESTUDO DE CASO........................................ 111

89 ACIDENTE HIPXICO AGUDO COM RISCO DE MORTE EM MANUTENO DE


POO DE VISITA DE ESGOTO SANITRIO: A PROPSITO DE UM CASO CLNICO............................. 111

90 ACIDENTE POR SERPENTE DO GNERO LACHESIS: RELATO DE CASO.............................................. 112

91 ALTERAES DE SISTEMAS NERVOSO CENTRAL E PERIFRICO POR CH DE


NOZ MOSCADA (Myristica fragans Houtt., Myristicaceae).............................................................................. 112

92 ANALISE DOS CASOS DE INTOXICAO POR DOMISSANITRIOS NO ESTADO


DA PARABA NO ANO DE 2013........................................................................................................................ 113

93 ANLISE RETROSPECTIVA DOS CASOS SUSPEITOS DE INTOXICAO


ALCOLICA - ATENDIMENTOS EM UM CENTRO DE INFORMAO E
ASSISTNCIA TOXICOLGICA....................................................................................................................... 113
94 ASPECTOS BOTNICOS E CLNICOS DAS INTOXICAES OCASIONADAS POR
PLANTAS DAS FAMLIAS ARACEAE, EUPHORBIACEAE E SOLANACEAE NO
ESTADO DE PERNAMBUCO............................................................................................................................. 114

95 AVALIAO DAS INTOXICAES CAUSADAS, EM CRIANAS, POR


MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM INFECES RESPIRATRIAS AGUDAS,
NOTIFICADAS NO CEATOX/JP........................................................................................................................ 114

96 AVALIAO DO USO DA EMULSO LIPDICA COMO ANTDOTO NO


TRATAMENTO DAS INTOXICAES CAUSADAS POR ANESTSICOS LOCAIS E
OUTROS FRMACOS LIPOFLICOS: REVISO DA LITERATURA............................................................ 115

97 CARACTERSTICAS DOS ACIDENTES CUSTICOS EM CRIANAS DE 0-10 ANOS


CASUSTICA DE UM CENTRO DE REFERNCIA...................................................................................... 116

98 COMPLICAES DE UM ACIDENTE CROTLICO: RELATO DE CASO.................................................. 116

99 CUIDANDO ALM DOS ASPECTOS TOXICOLGICOS............................................................................... 117

100 DERMATITE DE CONTATO E EXANTEMA ALRGICO CASTANHA DE


CAJU E SEU LEO (Anacardium occidentale L.) EM PACIENTE PREVIAMENTE
SENSIBILIZADO POR Toxicodendron spp. RELATO DE CASO..................................................................... 117

101 DESAFOS DEL TRATAMIENTO QUELANTE EN 2 NIOS CON EXPOSICIN


AMBIENTAL A PLOMO...................................................................................................................................... 118

102 DIAGNSTICO DIFERENCIAL EM SUPOSTO ACIDENTE POR LOXOSCELES: RELATO DE CASO.... 118

103 DOR TORCICA EM DROGADIO: SRIE DE CASOS............................................................................. 119

104 EFEITOS DO CONTATO DRMICO COM Synadenium grantii HOOK. F.


(EUPHORBIACEAE): RELATO DE CASO........................................................................................................ 119

105 EFEITOS TXICOS APS INGESTO DE Tradescantia spathacea (SW.)


(COMMELINACEAE) POR CO ADULTO......................................................................................................120

106 ERRO TERAPUTICO POR INGESTO DE DAPSONA: RELATO DE CASO.............................................120

107 ERUCISMO LONMICO COM QUATRO DIAS DE EVOLUO E PRESENA DE


GENGIVORRAGIA IMPORTANTE....................................................................................................................121

108 ESTUDO DOS POSSVEIS EFEITOS MUTAGNICO DO HIV E DE ESQUEMAS


ANTIRRETROVIRAIS CONTENDO ZIDOVUDINA.......................................................................................121

109 EVOLUO CLNICA DE INTOXICAO GRAVE POR INGESTO DE FOSFETO


DE ALUMNIO: RELATO DE CASO.................................................................................................................122

110 EXPOSICIN A COCANA EN NIOS.............................................................................................................122

111 HIPERAMILASEMIA EM TENTATIVA DE SUICDIO POR INGESTO DE


MLTIPLOS FRMACOS: QUAL PODE SER O RESPONSVEL?..............................................................123

112 IMPORTNCIA DO EXAME FSICO NO DIAGNSTICO DO ACIDENTE


BOTRPICO: RELATO DE CASO.....................................................................................................................124

113 INALAO QUASE FATAL DE VAPORES DE CIDO CIANDRICO EM PROCESSO


DE TRATAMENTO DE RESDUOS DE GALVANOPLASTIA DE BIJUTERIAS...........................................124
114 INTOXICAO AGUDA OCUPACIONAL PELO INSETICIDA AGRCOLA CLORANTRANILIPROLE.. 125

115 INTOXICAO CAUSADA POR FITOTERPICO A BASE DE Argemone mexicana L.


(CARDO-SANTO)................................................................................................................................................ 125

116 INTOXICAO EXGENA: CASOS REGISTRADOS EM CERES-GO .......................................................126

117 INTOXICAO FATAL POR DICLORVS: UM RELATO DE CASO............................................................126

118 INTOXICAO GRAVE POR CIANETO APS INGESTO ACIDENTAL EM JOALHERIA ....................127

119 INTOXICAO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS NOTIFICADOS AO CIT-BELM/PA...........................127

120 INTOXICAO POR COGUMELO Amanita muscaris (HOOK) ADQUIRIDO ATRAVS DA INTERNET.128

121 INTOXICAO POR MANDIOCA BRAVA......................................................................................................128

122 INTOXICAO POR SEMENTES DE Plukenetia volubilis L.: RELATO DE CASO.....................................129

123 INTOXICACION AGUDA CON OXIDO DE PLOMO (LITARGIRIO): A PROPSITO


DE UN CASO CLNICO......................................................................................................................................129

124 INTOXICACIN AGUDA SUICIDA LETAL POR COLCHICINA. ANLISIS DE


NIVELES ELEVADOS TARDOS EN SANGRE POSTMORTEM. .................................................................130

125 INTOXICACIN CON CLORURO FRRICO: EVOLUCIN FATAL.............................................................130

126 INTOXICACIN POR Amanita lilloi .................................................................................................................131

127 INTOXICACIN POR IMIDAZLICOS EN PEDIATRA. EXPERIENCIA DEL


CENTRO DE INFORMACIN Y ASESORAMIENTO TOXICOLGICO EN NIOS Y
ADOLESCENTES. INTOXICACIN AGUDA POR NAFAZOLINA A PROPSITO DE
TRES CASOS CLNICOS. ..................................................................................................................................131

128 INTOXICAES POR HERBICIDA GLIFOSATO NA REGIO NOROESTE DO PARAN.......................132

129 INTOXICAES POR RATICIDAS EM CRIANAS ATENDIDAS EM UMA


UNIDADE DE EMERGNCIA: PERFIL EPIDEMIOLGICO E EVOLUO CLNICA.............................133

130 LOXOSCELISMO CUTNEO GRAVE EVOLUO FAVORVEL APS


TRATAMENTO PRECOCE E ACOMPANHAMENTO RIGOROSO................................................................133

131 BITO EM PACIENTE DIABTICA E HIPERTENSA APS CONSUMO DE


CARAMBOLA (Averrhoa carambola): RELATO DE CASO.............................................................................134

132 PERFIL DAS NOTIFICAES POR EXPOSIO A DROGAS DE ABUSO E OUTROS


AGENTES REGISTRADAS POR UM CIAT, BRASIL......................................................................................134

133 QUEIMADURAS E ALTERAES DE DEGLUTIO E MIOFUNCIONAIS


DECORRENTES DE INGESTA DE SODA CAUSTICA.................................................................................... 135

134 RECADAS E TURNING POINT DA DEPNCIA QUMICA: RELATO DE CASO......................................135

135 REINCIDNCIA DE TENTATIVA DE SUICDIO COM PARAQUAT: RELATO DE CASO..........................136

136 RELATO DE CASO CLNICO ACIDENTE BOTRPICO COM PICADA TRIPLA EM


MESMO PACIENTE.............................................................................................................................................136
137 RELATO DE CASO DE ACIDENTE POR MLTIPLAS PICADAS DE ABELHAS
AFRICANIZADAS, Apis mellifera. ....................................................................................................................137

138 SNDROME NEUROLPTICA MALIGNA ASSOCIADA AO USO AGUDO DE


HALOPERIDOL: RELATO DE CASO................................................................................................................137

139 SNDROME SIMPATICOMIMTICA PRODUZIDA PELA INGESTO DE


SUPLEMENTO ALIMENTAR (LIPO 6 BLACK) DISPONVEL NA INTERNET: UM ALERTA...................138

140 SUICDIOS POR AGROTXICOS NO DISTRITO FEDERAL........................................................................138

141 SUSPEITA DE INTOXICAO AGUDA POR GS CLORO EM LABORATRIO CLNICO..................... 139

142 TENTATIVA DE SUICDIO EM CRIANAS E ADOLESCENTES POR INGESTO DE SUBSTNCIAS .139

143 TENTATIVAS DE SUICDIO E SUICIDIO EM CRIANAS: REGISTROS DE UM


CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA................................................................................................140

144 TENTATIVAS DE SUICDIO E SUICDIO EM UM MUNICPIO DO NOROESTE DO


PARAN, BRASIL...............................................................................................................................................140

145 TENTATIVAS DE SUICDIO POR INTOXICAES EXGENAS: UM PROBLEMA


DE SADE PBLICA. .......................................................................................................................................141

146 THERAPEUTIC MONITORING OF IMATINIB MESYLATE IN PATIENTS WITH


CHRONIC MYELOID LEUKEMIA BY HPLC-PDA.........................................................................................141

147 TRAUMA DE MOTO E USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS: DETECO


DO USO, REALIZAO DE INTERVENO BREVE E SEGUIMENTO DE
TRATAMENTO DE USURIOS ATENDIDOS EM SALA DE EMERGNCIA.............................................. 142

148 USO DE EMULSO LIPDICA EM INTOXICAO POR AMITRIPTILINA: RELATO DE CASO............142

149 VIOLNCIA CONTRA GRUPO DE CRIANAS UTILIZANDO RATICIDAS: RELATO


DE SRIE DE CASOS......................................................................................................................................... 143

TOXICOLOGIA EXPERIMENTAL............................................................................................145
150 A ATIVIDADE DA ADENOSINA DESAMINASE AUMENTA NA INTOXICAO
AGUDA POR ETANOL........................................................................................................................................147

151 ALTERAES HISTOPATOLGICAS DE CLULAS RENAIS DE MACACOS


PREGO, Cebus apella (LINNAEUS 1758) APS EXPOSIO CRNICA A BAIXAS
DOSES DE METILMERCRIO.......................................................................................................................... 147

152 AVALIAO DA FERTILIDADE DE CAMUNDONGOS SWISS MACHOS


INTOXICADOS COM O AGROTXICO METAMIDOFS.............................................................................148

153 AVALIAO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO DOS FRUTOS DE Genipa


americana L. (RUBIACEAE) EM CAMUNDONGOS SWISS..........................................................................148

154 AVALIAO DAS ALTERAES HEMATOLGICAS PROVOCADAS PELO


EXTRATO DOS FRUTOS DA Genipa americana EM CAMUNDONGOS SWISS.........................................149

155 AVALIAO DO COMPORTAMENTO SEXUAL DE CAMUNDONGOS MACHOS


INTOXICADOS COM METAMIDOFS ...........................................................................................................149
156 EFEITOS DO TRATAMENTO COM METAMIDOFS SOBRE O PESO DE RGOS
DE CAMUNDONGOS SWISS MACHOS..........................................................................................................150

157 EFFECTS OF CHRONIC INTOXICATION WITH ALUMINUM CITRATE IN A MODEL


OF INDUCED ALVEOLAR BONE LOSS IN RATS..........................................................................................150

158 ESTUDO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO DAS FOLHAS DE Kalanchoe


brasiliensis (CRASSULACEAE) EM CAMUNDONGOS SWISS.....................................................................151

159 ESTUDO IN SILICO DOS EFEITOS COLATERAIS DE FRMACOS


ANTIDEPRESSIVOS ANTAGONISTAS SOBRE RECEPTORES HISTAMNICOS (H1)..............................151

TOXICOLOGIA FORENSE.........................................................................................................153
160 UTILIZAO DO ETIL GLICURONDEO E ETIL SULFATO, METABLITOS
DO ETANOL, COMO POTENCIAIS MARCADORES ENTRE A INGESTO E A
PRODUO POSTMORTEM NAS PERCIAS MDICO LEGAIS ................................................................155

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL...............................................................................................157
161 ANLISE DAS CARACTERSTICAS DA PRODUO CIENTFICA NA REA DE
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL.......................................................................................................................159

162 COPPER EXPOSURE AMONG VINEYARD WORKERS DUE TO PESTICIDE USE....................................159

163 DETERMINAO DE FORMALDEDO EM ALISANTES DE CABELOS.................................................... 160

164 ESTUDO DE RISCOS OCUPACIONAIS EM TRABALHADORES DO SETOR METALRGICO...............160

165 ESTUDO RETROSPECTIVO DAS INTOXICAES CAUSADAS POR RATICIDAS


NO ESTADO DA PARABA................................................................................................................................161

166 EVALUACIN DE LA COLINESTERASA PLASMTICA EN TRABAJADORES DE


CULTIVOS HORTCOLAS PROTEGIDOS........................................................................................................161

167 EXPOSIES TXICAS OCUPACIONAIS ATENDIDAS NO CCI NO PERODO DE 2008 A 2011............ 162

168 FREQUNCIA DE MICRONCLEOS EM CLULAS BINUCLEADAS DE


TRABALHADORES DE CURTUME EXPOSTOS A SUBSTNCIAS QUMICAS
COMPLEXAS CONTENDO CROMO III...........................................................................................................162

169 MENSURAO DE NVEIS DE CROMO NA URINA EM TRABALHADORES DE


CURTUME EXPOSTOS A SUBSTNCIAS QUMICAS NO ESTADO DO PIAU........................................ 163

170 O AGROTXICO BENZOATO DE EMAMECTINA E A SADE DOS TRABALHADORES.......................163

TOXICOLOGIA PSICOSSOCIAL...............................................................................................165
171 ACOMPANHAMENTO DE USURIOS/AS DE UM CAPS AD NO CENTRO
HISTRICO DE SALVADOR: EXPERINCIA DO PET REDES DE ATENO PSICOSSOCIAL.............. 167
172 AVALIAO DA NECESSIDADE DE INTERVENO EM RELAO AO USO
DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM ESTUDANTES DA REA DE SADE EM
INSTITUIO DE ENSINO SUPERIOR ATRAVS DA APLICAO DE QUESTIONRIO......................167

173 AVALIAO DA SATISFAO DE USURIOS DE UM CENTRO DE ASSISTNCIA


TOXICOLGICA.................................................................................................................................................168

174 DETECO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM USURIO DE SPA


ATENDIDOS EM SALA DE EMERGNCIA .................................................................................................... 168

175 DETECO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS E REALIZAO DE


INTERVENO BREVE EM USURIOS DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS
ATENDIDOS EM SALA DE EMERGNCIA EM DECORRNCIA DE TRAUMA........................................169

176 DIFICULDADE DE ENCAMINHAMENTO DE CRIANAS E ADOLESCENTES EM


CASOS DE TENTATIVA DE SUICDIO PARA ATENDIMENTO PSICOLGICO E
PSIQUITRICO NO SUS: RELATO DE CASO................................................................................................. 169

177 PERFIL EPIDEMIOLGICO DAS INTOXICAES POR TENTATIVAS DE SUICDIO


EM C. GRANDE E REGIO...............................................................................................................................170

178 PERFIL FARMACOTERAPUTICO E INTERAES MEDICAMENTOSAS EM


PACIENTES EM TRATAMENTO EM UM CENTRO DE ATENO PSICOSSOCIAL
LCOOL E DROGAS- CAPS AD....................................................................................................................... 170

179 RELATO DE CASO: DETECO DE COCANA EM URINA DE CRIANA: NEGLIGNCIA? ............... 171

180 RELATO DE EXPERINCIA EM UM CAPSAD: DIFICULDADES NO CUIDADO DE


CRIANAS E ADOLESCENTES EM SITUAO DE RUA............................................................................171

181 TENTATIVA DE SUICDIO NA ADOLESCNCIA: PRINCIPAL AGENTE TXICO E


FORMAS DE PREVENO...............................................................................................................................172

182 TENTATIVA DE SUICDIO NA INFNCIA E ADOLESCNCIA - ASPECTOS


PSICOLGICOS OBSERVADOS EM UM ESTUDO TRANSVERSAL...........................................................172

183 TENTATIVAS DE SUICDIO EM MULHERES E A RELAO COM FATORES DE


RISCO SOCIOECONMICOS. RIO GRANDE DO SUL, 2005 A 2013............................................................173

184 TENTATIVAS DE SUICDIO POR AGENTES TXICOS EM IDOSOS..........................................................173

185 TENTATIVAS DE SUICDIO: PERFIL SOCIODEMOGRAFICO E


COMPORTAMENTAL DE PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIO DE
PSICOLOGIA DO CCI DE SO PAULO............................................................................................................ 174

186 VISITA DOMICILIAR POR TENTATIVA DE SUICDIO: UM RELATO DE CASO.......................................174

TOXICOLOGIA VETERINRIA................................................................................................177
187 ANLISE DA CONTAMINAO POR AGROQUMICOS EM LEITE E GUA DE
PROPRIEDADES LEITEIRAS DA REGIO CENTRO OCIDENTAL PARANAENSE.................................. 179

188 MICOTOXICOSES EM VACAS LEITEIRAS, PERDA NA EFICINCIA PRODUTIVA:


SRIE DE CASOS................................................................................................................................................ 179
189 BITO EM CO PROVOCADO PELA INGESTO DE LRIO AFRICANO OU LRIO
DO NILO (Agapanthus sp.): RELATO DE CASO..............................................................................................180

190 VIVNCIA DE UM ALUNO DE MEDICINA VETERINRIA EM UM CENTRO DE


INFORMAES TOXICOLGICAS E A TOXICOLOGIA VETERINRIA COMO
CAMPO DE ATUAO PROFISSIONAL.......................................................................................................... 180

OUTRAS REAS...........................................................................................................................183
191 A IMPORTNCIA DA CAPACITAO DOS PROFISSIONAIS DA SADE NA
ABORDAGEM AO PACIENTE SUICIDA..........................................................................................................185

192 ANLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS SISTEMAS DE INFORMAO TOXICOLGICA....................185

193 ATENDIMENTO INICIAL AO QUEIMADO QUMICO: FORMAO ACADMICA E


CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM...........................................................................186

194 COMPREENDENDO O IMPACTO DA PERDA POR SUICDIO: RELATO DE CASOS................................186

195 CONTRIBUIES DA PSICANLISE NA CLNICA DO SUICDIO.............................................................187

196 ESTUDO BIBLIOMTRICO DE PERIDICOS NACIONAIS SOBRE INTOXICAES EM CRIANAS.187

197 INTOXICAO INFANTIL NO ESTADO DO PAR NO ANO DE 2013........................................................ 188

198 INTOXICAO MEDICAMENTOSA, A CASUSTICA DE MOTIVAES SUICIDAS..............................188

199 INTOXICAES PEDITRICAS NO INTENCIONAIS POR DOMISSANITRIOS:


SUBSDIO PARA IMPLEMENTAO DE MEDIDAS PREVENTIVAS......................................................... 189

200 LEVANTAMENTO DE PLANTAS TXICAS EM SHOPPING CENTERS DO


MUNICPIO DE SALVADOR BAHIA.............................................................................................................189

201 O AGENTE COMUNITRIO DE SADE - ELO ENTRE O CIT E A COMUNIDADE..................................190

202 O CENTRO DE INFORMAO TOXICOLGICA E SUA INTEGRAO COM A ATENO BSICA...190

203 PERCEPES DOS ADOLESCENTES ACERCA DE SUAS TENTATIVAS DE SUICDIO..........................191

204 PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS ATENDIMENTOS DE CENTRO DE CONTROLE DE


ENVENENAMENTOS DE 1996 A 2013.............................................................................................................191

205 POTENCIALIDADE DE UM EVENTO SENTINELA PARA VIGILNCIA


EPIDEMIOLGICA DO ABUSO DE DROGAS................................................................................................192

206 REESTRUTURAO DO CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA DO RIO


GRANDE DO NORTE: NOVAS PERSPECTIVAS............................................................................................. 192

INDICADOS AO PRMIO DE MELHOR TRABALHO DO CONGRESSO........................193


72 AVALIAO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM CAMINHONEIROS
QUE TRAFEGAM PELA BR153.........................................................................................................................195
15 POLTICA DE ANTDOTOS NA ATENO SADE NO ESTADO DE SANTA
CATARINA: RELATO DE SUA CONSTRUO...............................................................................................195

172 TENTATIVAS DE SUICDIO EM MULHERES E A RELAO COM FATORES DE


RISCO SOCIOECONMICOS. RIO GRANDE DO SUL, 2005 A 2013............................................................196

NDICE DE AUTORES POR PGINA.......................................................................................197


RESUMOS DO CONGRESSO
EMERGNCIAS/CUIDADOS
INTENSIVOS EM TOXICOLOGIA
55

1 ACIDENTES ESCORPINICOS EM CRIANAS ATENDIDAS EM UM HOSPITAL


PBLICO NA BAHIA
Alfa Barata1, Larissa Abreu2, Lala Macedo2, Everton Malheiro1, Jssica Medina1, Jucelino Nery da Conceio
Filho3, Marta Menezes2, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 2) Centro Antiveneno da Bahia

Introduo: Os acidentes escorpinicos um problema comum de sade pblica, particularmente em crianas, tanto pela
sua freqncia, como pela gravidade dos casos. No Brasil, em 2012, ocorreram 63.619 casos, sendo 19,8% em crianas
at 14 anos. Objetivo: Descrever a evoluo clnica de acidentes escorpinicos em crianas atendidas em um hospital
pblico. Mtodos: Estudo descritivo, retrospectivo, em crianas de 0 a 14 anos, atendidas em um hospital pblico na
Bahia, no perodo de 2008 a 2010. Analisadas as variveis sociodemogrficas, espcies de escorpies e a evoluo clnica.
Anlise dos dados realizada com o programa SPSS 21.0. Resultados: Neste estudo, foram registrados 27 acidentes e em
17 casos foram identificadas a espcie, dentre estas, o T. stigmurus (47%), T. serrulatus (23,5%) e T. brasilae (17,6%).
Cerca de 64,3% dos acidentes ocorreram em Salvador, dos quais 50% no distrito Barra/Rio Vermelho. A mdia de idade
foi 6,7 anos e no houve predomnio por sexo. A maioria dos acidentes ocorreu na residncia (68%) e a mdia de tempo
para o atendimento foi de 4 horas. O local do corpo mais acometido foi a mo (50%). Manifestaes clnicas locais
ocorreram em 89% dos casos: dor (86%), parestesia (22%) e edema (18%). As principais manifestaes sistmicas foram
sudorese e taquicardia (14,3%), vmitos e sonolncia (11%), alm de nuseas, sialorreia e agitao. Os envenenamentos
foram leves em 75% e moderados em 21% dos casos. Um paciente evoluiu para insuficincia cardaca e choque, no
ocorrendo bito. A mdia de observao na emergncia foi de 7,3 horas e administrado soro antiescorpinico em 28,6%
dos casos, sendo 62% em menores de quatro anos. Alteraes laboratoriais como leucocitose, aumento de CK/CKMB
ocorreram no caso grave complicado com choque cardiognico. Concluso: Neste estudo, destaca-se o predomnio de
um distrito da regio metropolitana de Salvador e da espcie T. stigmurus. O local do corpo mais acometido foi a mo,
predominando manifestaes clnicas locais e casos de leve gravidade. Apesar das manifestaes sistmicas terem sido
menos freqentes, estes acidentes so potencialmente graves, como ocorreu em um caso com disfuno cardiovascular e
choque. Estudos como este podem sinalizar para adoo de medidas preventivas adequadas.

2 ACIDENTES POR ARANHAS EM CRIANAS RELATO DE SRIE DE CASOS


Larissa Abreu1, Lala Macedo1, Leila Carneiro1, Pedro Camargo1, Jssica Medina2, Daniel Rebouas3, Marta Me-
nezes1, Dilton Mendona2
1) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 2) Hospital Geral Roberto Santos 3) Centro Antiveneno da Bahia

Introduo: Acidentes por aranha o terceiro mais frequente dentre os acidentes por animais peonhentos registrados
no SINAN. No Brasil, em 2012, de 25133 casos, 15,6% ocorreram em crianas at 14 anos. As espcies de aranhas que
possuem relevncia mdica pertencem aos gneros Photoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e Latrodectus
(viva negra). Este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiolgico, ressaltando as principais manifestaes
clnicas e a evoluo de uma srie de casos de aranesmo. Relato de srie de casos: Treze crianas foram atendidas
devido a acidente por aranhas, no perodo de 2008 a 2010, em um hospital pblico na Bahia. Houve discreto predomnio
do sexo masculino (54%) e a mdia de idade foi de sete anos. Em trs casos foram identificados o gnero Latrodectus e um
caso o Loxosceles. Cerca de 69% das ocorrncias foram na residncia, acometendo principalmente as seguintes regies
do corpo: mo (30%) e perna (23%). A mediana de tempo decorrido entre o acidente e o atendimento foi de 4 horas. As
manifestaes clnicas locais ocorreram em 90% dos casos, como dor, edema, eritema, hiperemia e bolhas. As principais
manifestaes sistmicas foram parestesia, astenia, cefaleia, febre, sudorese, prurido e tontura. Os exames laboratoriais
foram realizados em 23% dos casos. A intoxicao leve foi relatada em 84,6% dos casos e todos evoluram para cura.
Um caso necessitou de internamento por complicao infecciosa local e outro usou soro antiaracndeo. A durao do
internamento foi de trs dias e a mdia da observao na emergncia foi de 4,2 horas. Concluso: Apesar do nmero
pequeno desta srie de casos, observou-se discreta prevalncia do sexo masculino e predomnio de manifestaes locais.
Nos gneros identificados de importncia mdica, houve predomnio do Lactrodectus, que mais freqente na Bahia. Na
grande maioria foram envenenamentos leves, no ocorrendo casos graves e sem bito. A maioria das ocorrncias foi na
residncia e acometimento em extremidades do corpo. Estudos clnico-epidemiolgicos so necessrios para identificao
dos principais gneros de cada regio para que medidas de diagnstico precoce e tratamento dos casos graves possam ser
estabelecidos.
56

3 DISPONIBILIDADE DE ANTDOTOS PARA O TRATAMENTO DE PACIENTES


INTOXICADOS NAS UNIDADES DE EMERGNCIA DO MUNICPIO DE CAMPINAS-
SP
Luciane CR Fernandes, Eduardo Mello De Capitani, Mara M Branco Pimenta, Carla Fernanda Borrasca-Fernan-
des, Camila C Prado, Fbio Bucaretchi
Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas, Faculdade de Cincias Mdicas, UNICAMP, Campinas-SP

Introduo: A carncia de adequada e pronta disponibilidade de antdotos um problema mundial, com consequncias
potencialmente desastrosas. Objetivo: Avaliar a disponibilidade de antdotos empregados no tratamento das intoxicaes
nos servios de emergncia pblicos e privados da cidade de Campinas, considerando o estoque de pelo menos um
tratamento completo por antdoto por servio, para um adulto com peso estimado de 70 kg. Mtodos: Um questionrio
estruturado foi encaminhado aos responsveis por farmcias de servios de emergncia de Campinas-SP, pblicos e
privados, que compuseram a amostra. A disponibilidade, quantidade estocada, local de estoque, e tempo de acesso na
sala de emergncia (imediata ou dentro de uma hora) a 31 antdotos em 33 apresentaes farmacuticas foi pesquisada.
A seleo dos antdotos se baseou em recomendaes de estoque contidas em diretrizes internacionais publicadas at o
final de 2009. No foram includos na anlise soros antiveneno de animais peonhentos. Resultados: Os questionrios
foram completados por 14 de 17 servios de emergncia operantes poca, sendo 7 pblicos e 7 privados. Nenhuma
unidade de emergncia dispunha de todos os 31 antdotos selecionados, e nenhuma dispunha de anticorpos antidigoxina,
de fisostigmina, de fomepizole, de hidroxicobalamina ou de pralidoxima. Oito servios contavam com estoque adequado
de N-acetilcistena, porm em apresentaes pouco apropriadas para uso como antdotos (ex: soluo injetvel 3 mg/
mL para uso IV; envelopes de 100 mg, 200 mg ou 600 mg para uso VO ou por tubagem nasogstrica). Apenas sete
apresentaes estavam estocadas em todas as unidades avaliadas (atropina, bicarbonato de sdio a 8,4%, diazepam,
fitonadiona, flumazenil, glicose a 50% e gluconato de clcio a 10%), seguidas de 13/14 unidades onde tambm havia
estoque de carvo ativado e naloxona. Apenas uma unidade de emergncia, pblica e de referncia regional no tratamento
de intoxicaes, contava com um estoque prximo ao delineado, com 25 antdotos e 27 apresentaes farmacuticas,
porm sem estoque de anticorpos antidigoxina, fisostigmina, fomepizole, hidroxicobalamina, glucagon e pralidoxima.
Concluses: O estoque de antdotos nos servios de emergncia na cidade de Campinas insuficiente e mal dimensionado,
colocando em risco o tratamento de pacientes intoxicados.

4 EVENTOS TOXICOLGICOS POR PRODUTOS DOMISSANITRIOS: PERFIL


EPIDEMIOLGICO E EVOLUO CLNICA.
Everton Malheiro1, Alfa Barata1, Reginara Souza1, Jos Domingos Gonalves1, Jssica Medina1, Jucelino Nery da
Conceio Filho2, Marta Menezes3, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Centro Antiveneno da Bahia 3) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica

Introduo: As intoxicaes por produtos domissanitrios so eventos comuns na infncia. No Brasil, em 2011, dos
casos registrados pelo SINITOX, os domissanitrios representaram a 2 causa dentre os agentes txicos com 6551 casos,
correspondendo a 58,2% em crianas de 0 a 14 anos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiolgico e evoluo clnica
de crianas vtimas de intoxicaes agudas por produtos domissanitrios. Mtodos: Estudo descritivo, retrospectivo de
intoxicaes agudas por domissanitrios em crianas de 0 a 14 anos atendidas em um hospital pblico na Bahia, no perodo
de 2008 a 2010. Analisadas as variveis sociodemogrficas e clnicas. Para anlise dos dados foi utilizado o programa
SPSS 21.0. Resultados: Das 42 crianas, 64,3% foram do sexo masculino, com mdia de idade de 2,3 anos e 97,6% dos
acidentes ocorreram na residncia. Dentre os grupos, o mais freqente foi alvejantes/branqueadores (46,2%), seguido por
desincrustantes (12,8%). A mdia de tempo entre o acidente e atendimento foi de 2,3 horas e a via oral representou 97,6%.
Predominaram as manifestaes digestivas (69%), principalmente no grupo de alvejantes/branqueadores, como vmitos
(64,3%) e dor abdominal (14,3%), alm de hiperemia local (11,9%), sialorreia (7,1%), dor local (4,8%) e sonolncia
(4,8%). O envenenamento foi leve em 88%, houve relato de cura em 95,2% dos pacientes e 4,8% dos casos necessitaram
de internamento. A mdia de tempo no hospital foi de 4 horas em observao e 1,3 dias no internamento. Trs casos com
histria de exposio a corrosivos realizaram endoscopia digestiva com exames normais. Concluses: O predomnio de
manifestaes digestivas tem relao com intoxicao pelo principal grupo de produtos (alvejantes/branqueadores) que
causa irritao e corroso em mucosa. A maioria dos casos foi de intoxicao leve com atendimento precoce e desfecho
favorvel. A observao que a mdia de idade foi abaixo de trs anos, fase de desenvolvimento de risco s exposies
txicas, que a principal via foi oral e o local mais freqente foi a residncia, sinalizam para a necessidade de medidas de
preveno como o acondicionamento seguro dos produtos no ambiente domstico, associado fiscalizao do comrcio
clandestino e aes educativas para os cuidadores visando diminuir os riscos sade da criana.
57

5 EVOLUO CLNICA DE CRIANAS VTIMAS DE INTOXICAES AGUDAS


POR MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL PBLICO NA BAHIA
Leila Carneiro1, Pedro Camargo1, Felipe Passos1, Larissa Abreu1, Lala Macedo1, Jucelino Nery da Conceio
Filho2, Marcos Almeida1, Dilton Mendona3
1) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 2) Centro Antiveneno da Bahia 3) Hospital Geral Roberto Santos

Introduo: Os medicamentos esto entre os agentes txicos mais prevalentes de intoxicaes agudas em crianas na
maioria dos pases, constituindo-se em importante causa de morbidade na infncia. Objetivo: Descrever a evoluo
clnica de crianas atendidas por intoxicaes agudas relacionadas a medicamentos. Mtodos: Estudo retrospectivo,
descritivo, em crianas de 0 a 14 anos, atendidas na emergncia de um hospital pblico na Bahia, vtimas de intoxicaes
por medicamentos, no perodo de 2008 a 2010. Foram analisadas variveis sociodemogrficas e de evoluo clnica. Para
anlise dos dados foi utilizado o programa SPSS 21.0. Resultados: Dos 106 pacientes, 54,7% foram do sexo feminino e a
idade mdia foi de 5,1 anos. A mediana do tempo entre o acidente e o atendimento foi de 5,5 horas. A via de intoxicao
predominante foi oral (89,3%), sendo 67,6% acidental e 9,5% tentativas de suicdio. A classe medicamentosa mais
observada foi neurolpticos (19,8%), principalmente o haloperidol; seguida de anticonvulsivantes/benzodiazepnicos
(13,2%), predominando clonazepan e carbamazepina; e associao medicamentosa (10,7%). As principais manifestaes
clnicas foram as neuropsquicas (71,9%) como sonolncia, agitao e hipertonia; seguidas das digestivas (33,9%),
principalmente vmitos; e manifestaes clnicas gerais (25,6%). Ficaram em observao clnica 79,2% dos pacientes e
20,8% foram internados, sendo 16% em enfermaria e 1,9% em UTI. Anlise toxicolgica foi realizada em 16% dos casos
Dos 106 pacientes atendidos 9,9% apresentaram complicaes, predominado crises convulsivas (3,3%). A intoxicao
foi leve em 60,3%. A cura ocorreu em 88,7%, houve 1 bito e 9,4% a cura no foi confirmada. O tempo de internamento
mdio foi de 3,8 dias e de observao clnica de 7,8 horas. Concluses: Este trabalho encontrou resultados semelhantes
literatura, com predomnio no sexo feminino e idade mdia em inferior a seis anos, faixa etria de maior exposio e risco
de intoxicaes por medicamentos. Os neurolpticos e anticonvulsivantes/benzodiazepnicos que predominaram neste
estudo, tm correlao com maior freqncia de manifestaes neuropsquicas e complicaes como crises convulsivas.
O atendimento precoce e a ocorrncia maior de envenenamento leve contriburam para o bom prognstico da maioria dos
pacientes. Medidas de segurana na comercializao e educativas para cuidadores devem ser institudas, visando reduzir
o risco potencial deste tipo de intoxicao.

6 EVOLUO DE CRIANAS VTIMAS DE ACIDENTES OFDICOS ATENDIDAS


EM UM HOSPITAL PBLICO NA BAHIA.
Reginara Souza1, Jssica Medina1, Felipe Passos2, Jos Domingos Gonalves1, Everton Malheiro1, Jucelino Nery
da Conceio Filho3, Marcos Almeida2, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 3) Centro Antiveneno da Bahia

Introduo: Os acidentes ofdicos representam importante problema de sade pblica nos pases tropicais. Na Amrica
do Sul, o Brasil o pas com o maior nmero de acidentes, ocorrendo aproximadamente, 28.000 casos por ano. Em 2012,
cerca de 17% ocorreram em crianas entre 0 e 14 anos. Objetivo: Descrever a evoluo clnica de acidentes ofdicos
em crianas atendidas em um hospital pblico. Mtodos: Estudo descritivo, retrospectivo, de acidentes ofdicos, em
crianas de 0 a 14 anos, atendidas em um hospital pblico na Bahia, no perodo de 2008 a 2010. Analisadas as variveis
sociodemogrficas e de evoluo clnica. Anlise dos dados realizada com o programa SPSS 21.0. Resultados: Dos 43
pacientes, 37,2% foram procedentes de cidades do interior do estado, 81,4 % do sexo masculino e mdia de idade de 8,8
anos. Cerca de 62,8% dos acidentes foram por serpentes peonhentas, prevalecendo dentre estas, o acidente botrpico
(59,3%), seguido por crotlico (22,2%) e elapdico (11,1%). A mdia de tempo entre acidente e atendimento foi de 4 horas
e 95,3% no receberam prvio atendimento. Dentre as manifestaes clnicas predominaram as locais (96,3%) como
edema, dor, eritema, equimose e parestesia; seguidas das sistmicas como sonolncia, vmitos, ptose palpebral, viso
turva, febre, mialgia e hipoatividade. Cerca de 86% realizaram exames laboratoriais. Quanto gravidade, 39,5% foram
leves, 46,5% moderados e 4,7% graves. As principais complicaes foram celulite/abscesso em 25,6%, todas encontradas
em acidentes botrpicos e um acidente crotlico evoluiu com insuficincia renal e respiratria. Cerca de 42,2% dos
pacientes foram internados, com permanncia mdia de 5,6 dias. A mdia de tempo na emergncia foi de 6,4 horas. Todos
os pacientes evoluram para cura. Concluso: A maioria dos acidentes foi causada pelo gnero Bothrops, entretanto em
um percentual menor que o descrito em outros estudos. A alta frequncia de manifestaes clnicas e complicaes locais
deve-se maior prevalncia deste gnero. O nmero reduzido de complicaes graves, assim como a ausncia de bitos,
pode tambm refletir a melhoria do acesso ao tratamento e do uso de soro especfico precoce, uma vez que o tempo
decorrido entre o acidente e o atendimento condicionante para o prognstico.
58

7 IMPLANTAO DO NCLEO DE ESTUDO E PREVENO DO SUICDIO EM UM


HOSPITAL PBLICO DO MUNICPIO DE FEIRA DE SANTANA- BAHIA
Dailma Ferreira Carneiro, Paula Rbia Oliveira do Vale Alves
Faculdade de Tecnologia e Cincias

Introduo: Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), mais de um milho de suicdios so contabilizados
anualmente. Para cada caso, estima-se de 15 a 25 tentativas. O suicdio j a terceira causa de morte entre as pessoas com
idade de 15 a 44 anos. Por isso, esse projeto prope a implantao de Ncleo de Estudo e Preveno de Suicdio (NEPS)
a partir da necessidade de se trabalhar em rede intersetoriais de servios articulados entre si. Objetivo: Elaborar uma
proposta para implantao do Ncleo de Estudo e Preveno de Suicdio (NEPS) em um Hospital Geral do Municpio
de Feira de Santana, assim como fazer um levantamento sobre os Ncleos de Estudos e Preveno de Suicdio existente
no Estado da Bahia; descrever os benefcios dos ncleos j em atuao; construir estratgias de enfrentamento e suporte
social para as vtimas e familiares com tentativa de suicdio e descrever as atividades que sero desenvolvidas pelo NEPS.
Metodologia: Esta pesquisa buscou, atravs do estudo descritivo e bibliogrfico, contribuir com outras investigaes
que tratem sobre pessoas vtimas de tentativa de suicdio no intuito de fortalecer as redes de ateno sade mental do
municpio de Feira de Santana. Os nmeros que representam as tentativas de suicdio so crescentes e preocupantes.
A Secretaria Municipal de Sade de Feira de Santana, em 2012, registrou 87 tentativas de suicdio. Em 2013, entre os
meses de janeiro a novembro, foram 57 casos. Concluso: O suicdio, pela frequncia com que ocorre, um problema
de sade pblica. Sua preveno, em princpio, tem a ver com a identificao precoce e o correto encaminhamento de
casos de transtornos mentais cuja implicao mais grave risco de suicdio. Contudo, os servios de sade no tm aes
preventivas, somente h cincia do fato quando os casos so notificados. Assim, o presente artigo props a implantao
de um Ncleo de Estudo e Preveno de Suicdio (NEPS) em um Hospital Geral Pblico de Feira de Santana. Espera-se
que a implantao do NEPS atue como uma estratgia fundamental de apoio a pacientes que tentaram o suicdio e seus
familiares a fim de que novos casos sejam evitados.

8 INTERVENO BREVE EM USURIOS DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS


ATENDIDOS EM UNIDADES DE EMERGNCIA
Caroline Eugeni, Karina Diniz Oliveira, Gustavo Pereira Fraga, Eduardo Capitani, Rafael lanaro, Fbio Bucaret-
chi, Emilio Carlos Elias Baracat, Renata Cruz Soares de Azevedo
1) Universidade Estadual de Campinas 2) Universidade Estadual de Campinas 3) Universidade Estadual de Cam-
pinas 4) Universidade Estadual de Campinas 5) Universidade Estadual de Campinas 6) Universidade Estadual de
Campinas 7) Universidade Estadual de Campinas

Introduo: Associao entre consumo de drogas (lcitas e ilcitas) e traumatismos muito frequente nas unidades de
emergncia. Porm, o uso de substancias psicoativas (SPA) permanece subdiagnosticado limitando possibilidades de
intervenes, que poderiam prevenir internaes repetidas e melhorar o prognstico dos pacientes.Interveno breve (IB)
uma tcnica que visa motivar a pessoa ao tratamento, diminuio ou interrupo do uso de SPA. A OMS tem investido
nessa tcnica na formao de profissionais da sade generalistas e das equipes de sade da famlia.Este trabalho apresenta
parte do projeto intitulado: Identificao, interveno breve e seguimento de traumatizados usurios substancias
psicoativas admitidos em hospital universitrio, inserido no Programa de Educao pelo Trabalho - PET Sade, parte do
PRO SADE 2012-2014. Objetivo: Detectar por avaliao clnica e anlise laboratorial taxas de uso de lcool, cocana
e crack entre traumatizados, encaminhar casos de uso abusivo ou dependncia para seguimento a servios especializados
e verificar evoluo em 4 e 7 meses. Metodologia: Avaliados pacientes atendidos pela disciplina Cirurgia por trauma,
realizado exame laboratorial de deteco de lcool em sangue e THC e cocana em urina, aps consentimento livre e
esclarecido. Realizou-se IB em todos que referiram uso problemtico ou dependncia de SPA e/ou tiveram deteco por
anlise laboratorial. Aps 4 meses, realizou-se seguimento via telefone para avaliar padro de uso de SPA ps trauma.
O projeto foi aprovado pelo Comit de tica Pesquisa da Faculdade Cincias Mdicas da Unicamp conforme parecer
185108. Resultados: Avaliou-se 453 pacientes traumatizados. Destes, 38 (8,4%) evoluram a bito. Dentre os restantes,
contatou-se (via telefone) 325 (78,3%), 91 perdas (21,9%). 175 (54% dos contatados) declararam usar SPA ps-trauma.
A IB com encaminhamento a servio especializado em dependncia qumica foi realizado em 139. Destes, 17 (12,2%)
aderiram ao tratamento, 62 pessoas (19,3% das 325 entrevistadas) declararam ter interrompido ou diminudo uso de SPA
aps trauma. Concluso: IB pode ser uma ferramenta importante nas prticas de rotina da ateno a sade em unidades
de emergncia, com baixo custo e fcil incorporao aos atendimentos. Na internao por trauma associado, usurios de
SPA ficam receptivos a rever o padro de uso e a buscar tratamento.
59

9 INTOXICAO GRAVE POR METANOL APS INGESTO DE CACHAA


VIRGEM
Patrcia Drumond Ciruffo, Juliana S. C. B. Almeida, Camila M. Madureira, Lassa L. Timochenco, Daniel G.
Lacerda
1) CIAT-BH/ Hospital Joo XXIII 2) Hospital Joo XXIII/FHEMIG

Introduo: A cachaa a segunda bebida mais consumida no Brasil e deriva-se da degradao da cana de acar.
Sua produo artesanal gera trs fraes: cabea, corpo e cauda. Na cabea encontra-se maior concentrao de metanol
gerado a partir da pectina, um polissacardeo presente na cana de acar, e dessa maneira essa frao da cachaa no deve
ser consumida. O metanol um lquido incolor com caractersticas difceis de diferenciao do etanol, sua toxicidade
se deve principalmente ao metablito cido frmico, que gera acidose grave. A cachaa que ainda possui essa frao
denominada popularmente de cachaa virgem. Intoxicaes geralmente ocorrem por ingesto acidental dessa frao
de cachaa.Relato de caso: Paciente de 35 anos, sexo feminino, admitida em Hospital de Pronto Atendimento no dia
31/10/2013aps libao alcolica. admisso, a paciente estava alcoolizada, e queixava-se de dor abdominal com nuseas
e vmitos, seguida por um perodo de latncia dos sintomas. Em algumas horas paciente evoluiu com rebaixamento do
nvel de conscincia, respirao do tipo Kusmaul com esforo respiratrio e foi submetida intubao orotraqueal.
Exames de urgncia demonstraram acidose metablica grave com anion gap elevado e aumento importante de enzimas
pancreticas sugerindo pancreatite crnica agudizada. Recebeu bicarbonato de sdio endovenoso e foi transferida para
unidade de terapia intensiva (UTI). Evoluiu com instabilidade hemodinmica, necessitando de aminas vasoativas. Aps
melhora do nvel de conscincia paciente relatou ser etilista crnica e ter ingerido cachaa virgem. Recebeu alta da
UTI aps 10 dias de internao sem sequelas. Discusso: A dificuldade encontrada nesse caso foi o desconhecimento da
equipe sobre a ingesto de metanol, o que impediu o tratamento especfico. A partir do momento em que foi aventado o
diagnstico houve uma busca na histria da paciente por indcios de consumo de metanol e a descoberta de ingesto de
aguardente virgem ou cabea da cachaa reforou a suspeita. Infelizmente o tratamento especfico no foi empregado
devido a demora de diagnstico e a presena de pancreatite crnica agudizada da paciente. A evoluo favorvel foi
atribuda ao suporte intensivo precoce agilidade da equipe em reverter acidose grave.

10 INTOXICAO POR CLORETO DE POTSSIO NO AMBIENTE DE TRABALHO:


RELATO DE CASO FATAL
Cleiton Jos Santana, William Campos Meschial, Anai Adrio Hungaro, Lis Ousaki, Lucia Margarete dos Reis,
Magda Lcia Flix de Oliveira
Todos Autores: Centro de Controle de Intoxicaes do Hospital Universitrio Regional de Maring - PR - CCI/
HUM e Programa de Ps Graduao Mestrado em Enfermagem da Universidade Estadual de Maring

Introduo: Queimaduras qumicas representam de 1 a 4% das queimaduras, com percentual aproximado de 36% de
letalidade, e o ambiente de trabalho constitui um importante cenrio para ocorrncia de casos. Objetivo: Descrever
um caso de acidente de trabalho fatal de intoxicao por cloreto de potssio (KCl) 60%. Materiais e Mtodos: Estudo
descritivo e documental, na modalidade estudo de caso, com dados do pronturio hospitalar e da ficha epidemiolgica
de Ocorrncia Toxicolgica do Centro de Assistncia Toxicolgica, de um trabalhador atendido em um hospital ensino
da regio Noroeste do Paran, analisados a partir de reviso de literatura. O estudo foi realizado mediante autorizao
da instituio. Resultados e Discusso: Homem, 20 anos, admitido no Pronto Socorro, aps acidente de trabalho com
soterramento por 14min em granulado de cloreto de potssio 60%; entubado, com ventilao por presso, Escala de
Coma de Glasgow 03, anisocrico, midritico, pupilas no reagentes, imediatamente o caso foi notificado ao Centro
de Informao e Assistncia Toxicolgica. Apresentando aproximadamente 75% de superfcie corporal queimada, com
formao de vesculas e manchas arroxeadas hematoma smile, queimadura em regio ocular e sangramento de mucosas.
Foi realizada ampla descontaminao cutnea, instaladas drogas vasoativas e sedao contnua. Transferido para Unidade
de Terapia Intensiva, evoluiu com hipotermia e hipotenso, distenso abdominal e diurese ausente. bito aps 10h da
admisso em UTI, com o registro de soterramento por KCl 60%, ps parada cardiorrespiratria 15 minutos de RCP,
hiperpotassemia, insuficincia renal, rabdomilise. A exposio drmica ao KCl em concentraes elevadas provocou
queimadura qumica e necrose isqumica, por isquemia vascular; e a absoro sistmica resultou em hipercalemia grave,
com alteraes nos sistemas cardiovascular, neurolgico e gastrointestinal. Nos casos de exposio drmica/ocular
essencial a remoo do agente, para evitar a progresso da queimadura, e considerar a absoro sistmica. No h antdoto
para o potssio, sendo crucial o tratamento agressivo da hipercalemia. Concluso: O desfecho clnico desfavorvel foi
decorrente da extensa queimadura qumica, mas tambm da absoro sistmica do produto por contaminao de mucosas
e ingesto acidental.
60

11 INTOXICACIN AGUDA POR ANS DE CAMPO (Ocimum selloi). A PROPSITO DE


UN CASO.
Marianoel Valdez, Andrs Vigna, Antonio Pascale, Mario Moraes, Amalia Laborde
Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgico. Departamento de Toxicologa. Hospital de Clnicas. Fa-
cultad de Medicina. UdelaR. Departamento de Neonatologa. Centro Hospitalario Pereira Rossell. Facultad de
Medicina. UdelaR. Montevideo, Uruguay.

Introduccin: El uso de plantas medicinales se reconoce desde la antigedad. Existe evidencia de efectos txicos por
exposicin a hierbas medicinales. Un escenario de particular riesgo es hacer preparaciones caseras o preparar infusiones
con cantidades imprecisas. Se reportan cuadros graves de neurotoxicidad en lactantes, constituyendo una poblacin
especialmente vulnerable. Objetivos: Presentar el primer caso reportado en Uruguay de una intoxicacin aguda grave
por ingesta de una infusin de Ans de Campo (Ocimum Selloi) utilizado con fines medicinales. Relato de caso: Neonato
de 6 das, con antecedentes de hemangioma plano facial izquierdo. Presenta cese de la respiracin durante higiene
corporal, prdida de conocimiento, hipersialorrea e hipotona generalizada de 2 minutos de duracin. Es trasladado a
centro asistencial destacndose del examen al ingreso hiporreactividad, hipotona, bradicardia e hipotermia. Ingres a
Terapia Intensiva constatndose elevacin de enzimas hepticas y bradicardia sinusal. El relevo infeccioso fue negativo y
la valoracin metablica fue normal. Electroencefalograma y ecocardiograma normales. Resonancia Nuclear Magntica
de crneo con angiografa sin alteraciones. Familiar refiri la administracin de una infusin de Anis de Campo desde
el da previo, en tres oportunidades. El tratamiento consisti en sostn de funciones vitales. Buena evolucin con mejora
de frecuencia cardaca en las primeras 24 horas y examen neurolgico normal a las 48 horas del ingreso. Discusin:
Este cuadro de filiacin neurolgica es una forma de presentacin frecuente en casos de neurotoxicidad por plantas en
lactantes. El antecedente epidemiolgico sumado a la relacin cronolgica entre exposicin a Ocimum Selloi y aparicin
del cuadro orientaron a etiologa txica, descartadas otras causas neurolgicas, cardiovasculares e infeccioso-metablicas.
Ocimum Selloi es una hierba utilizada como condimento y con fines cosmticos y medicinales. Estudios experimentales
muestran que exposiciones a altas dosis de sus principios activos causan efectos neurolgicos similares a los de este caso.
Se destacan Anetol y Estragol que se encuentran en plantas de reconocida neurotoxicidad (Illicium verum), y podran
explicar la toxicidad heptica. Dosis administrada, exposicin repetida y la inmadurez de los sistemas fisiolgicos del
neonato constituyen factores determinantes para esta intoxicacin. Importa advertir a las familias del riesgo de administrar
hierbas medicinales en nios pequeos.
Referencias:
Bakkali F, Averbeck S, Averbeck D, Idaomar M. Biological eects of essential oils A review. Food and Chemical
Toxicology 2008; 46: 446475.
Padilha de Paula J, Gomes-Carneiro MR, Paumgartten FJR. Chemical composition, toxicity and mosquito repellency of
Ocimum selloi oil. Journal of Ethnopharmacology 2003; 88: 253260.
Pronczuk J, Laborde A, Fernndez S. Plantas silvestres y de cultivo. Manejo y prevencin. Intoxicaciones accidentales.
Consumo apropiado. Ed. Universidad de la Repblica, 2007. Montevideo.
Silva Alves KS, Ferreira Da Silva FW, Peixoto Neves D, Viana Cardoso KV, Moreira Junior L, Oquendo MB et al.
Estragole blocks neuronal excitability by direct inhibition of Na+ channels. Braz J Med Biol Res 2013 Dec 2;46(12):1056-
1063.

12 MANIFESTAES CLNICAS DE INTOXICAES EXGENAS AGUDAS EM


CRIANAS ATENDIDAS NA UNIDADE DE EMERGNCIA DE UM HOSPITAL
PBLICO DA BAHIA.
Alfa Barata1, Leila Carneiro2, Pedro Camargo2, Felipe Passos2, Reginara Souza1, Daniel Rebouas3, Marta Mene-
zes2, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 2) Centro Antiveneno da Bahia

Intoxicaes exgenas agudas na infncia so potencialmente graves e as manifestaes clnicas variam de acordo com o
agente txico. As crianas menores de seis anos so particularmente vulnerveis a intoxicaes acidentais, principalmente
por medicamentos. Objetivo: Descrever as principais manifestaes clnicas de crianas atendidas em uma unidade de
emergncia por intoxicaes agudas. Mtodos: Estudo retrospectivo e descritivo, em crianas de 0 a 14 anos, atendidas
em um hospital pblico na Bahia, no perodo de 2008 a 2010. Analisadas as variveis sociodemogrficas e clnicas.
Anlise dos dados feita com o programa SPSS 21.0. Resultados: Dos 324 pacientes, a mdia de idade foi de 5,7 anos,
com leve predomnio do sexo masculino (52,5%). A via de intoxicao principal foi oral (58,6%). Dentre o grupo de
agentes txicos, o mais frequente foi medicamentos (32,1%), seguido por animais peonhentos e domissanitrios. As
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principais manifestaes clnicas foram: locais (43,8%), como dor (27,2%), edema (22,2%) e eritema (12%), seguidos
das manifestaes neuropsquicas (38,9%), principalmente sonolncia (20%), agitao (6,2%) e hipertonia 4,9%)
e de manifestaes digestivas (37%) como vmitos (31,8%) e dor abdominal (8,6%). Manifestaes respiratrias
foram observadas em 7,1% sendo as principais dispneia (3,1%), roncos (2,8%) e taquipneia (2,2%). Manifestaes
cardiovasculares foram evidenciadas em 6,8%, sendo a principal taquicardia (4,3%) e manifestaes genitourinrios
foram observadas em 0,3% dos pacientes. Houve predomnio de envenenamento leve (75,3%). Em relao evoluo
clnica, a cura ocorreu em 92,6%. Concluses: Houve leve predomnio no sexo masculino e idade inferior a seis anos, onde
ocorre maior exposio e risco s intoxicaes, principalmente a medicamentosa, sendo o agente txico mais evidenciado
no estudo. As manifestaes clnicas mais observadas foram as locais, como dor, edema e eritema devido ao grande
nmero de acidentes por animais peonhentos, seguidas das manifestaes neuropsquicas decorrentes das intoxicaes
por medicamentos e raticidas. A maioria dos casos foi de envenenamento leve, que contribuiu para um bom prognstico
de cura. Porm, devido ao curso clnico potencialmente grave de intoxicaes exgenas em crianas, h necessidade de
conhecimento das principais manifestaes clnicas, mesmo nos casos onde no exista histria de acidente txico, para
identificao precoce e adoo de medidas teraputicas adequadas.

13 MORTE ACIDENTAL POR INTOXICAO POR METANOL CONTIDO EM


PRODUTO DOMISSANITRIO LEGALMENTE COMERCIALIZADO
Eduardo Mello De Capitani, Mara M Branco Pimenta, Carla Fernanda Borrasca-Fernandes, Paula C Soubhia,
Rafael Lanaro, Fbio Bucaretchi
Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas, Faculdade de Cincias Mdicas, UNICAMP

Introduo: Intoxicaes agudas por metanol so pouco frequentes no Brasil. As formas mais comuns de exposio so a
acidental (por ingesto de bebidas adulteradas), ou tentativas de suicdio em situaes peculiares onde a vtima tem acesso
ao metanol por conhecimento especfico. Relatamos caso de morte acidental por ingesto inadvertida de metanol contido
em produto domissanitrio. Relato do caso: Mdico de cidade prxima solicitou auxlio ao CIAT no diagnstico de
provvel intoxicao por metanol em mulher de 56a que dera entrada com histria de ingesto de cerca de 500 mL de etanol
de uso domissanitrio 14h antes. Tinha antecedente de alcoolismo crnico importante com comportamento compulsivo
com relao ingesto de qualquer produto contendo lcool. Fora trazida pelo SAMU, em depresso respiratria grave,
sendo entubada e ventilada mecanicamente. Apresentava-se pouco responsiva a estmulos e com acidose metablica
refratria a correo, o que suscitou a hiptese de intoxicao por metanol, apesar da histria de ingesto apenas de
etanol. Orientado quanto conduo geral do caso, e envio urgente de amostras de sangue e urina para dosagem de etanol,
metanol e cido frmico por CG. Os resultados mostraram metanol indetectvel no sangue e presente na urina, e altas
concentraes de cido frmico (710mg/L), confirmando a ingesto do produto em momento bem anterior coleta. O
frasco do produto foi enviado para anlise. A paciente evoluiu a bito no 6 dia. No rtulo do frasco enviado constavam
os dizeres Absoluto lcool Etlico hidratado. O lcool que facilita o seu dia a dia. 92,8 Uso Geral Neutro INPM, com
nome, registro, e endereo da fbrica. A anlise de amostra do contedo, por CG, mostrou tratar-se de mistura de metanol
(70%) e etanol (30%). O caso foi notificado VISA regional para providncias. Discusso/concluso: Trata-se de caso de
morte por ingesto inadvertida de metanol contido em produto domissanitrio, oficialmente comercializado como etanol
a 92,8%, apontando para a existncia desse tipo de fraude no mercado de domissanitrios, e alertando para a necessidade
de maior controle e fiscalizao de rotina nesse setor. O diagnstico tardio da intoxicao dificultou o manejo teraputico
adequado, o que favoreceu o desfecho letal.
62

14 BITOS E USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM PACIENTES QUE SOFRERAM


TRAUMA ATENDIDOS EM UNIDADE DE EMERGNCIA REFERENCIADA
Vitoria Carneiro Gimenes, Karina Diniz Oliveira, Gustavo Pereira Fraga, Eduardo Capitani, Fbio Bucaretchi,
Rafael Lanaro, Emilio Carlos Elias Baracat, Renata Cruz Soares de Azevedo
1) Universidade Estadual de Campinas 2) Universidade Estadual de Campinas 3) Universidade Estadual de Cam-
pinas 4) Universidade Estadual de Campinas 5) Universidade Estadual de Campinas 6) Universidade Estadual de
Campinas 7) Universidade Estadual de Campina

Introduo: A doena trauma um problema de sade pblica no Brasil, representando a terceira causa bito na
populao geral do pas de acordo com dados do DATASUS. H alta prevalncia de consumo de drogas em pacientes
admitidos em Unidades de Emergncia por trauma, todavia a comorbidade subdiagnosticada, limitando intervenes
que possibilitariam a preveno de internaes repetidas e melhora do prognstico dos pacientes. Objetivo: Detectar em
pacientes traumatizados as taxas de uso de lcool, cocana, crack e maconha por avaliao clnica e anlise laboratorial
e determinar a mortalidade associada ao uso de cada substncia. Metodologia: Avaliar pacientes atendidos pela cirurgia
em decorrncia de trauma, realizar exame laboratorial de deteco de lcool em sangue e THC, crack e cocana em
urina. Alcoolemia detectada em amostras de sangue realizada por cromatografia gasosa com deteco por ionizao de
chamas pela tcnica headspace, triagem para cocana e THC em urina foram realizadas pela tcnica imunocromatografia
e o crack foi identificado com base nos metablitos anidroecgonina e anidroecgonina metil ster. Resultados: Dos 453
sujeitos, foram analisadas amostras de 437 sujeitos. O total de bitos relacionado ao trauma foi de 38 pessoas, sendo
que houve uma morte por causa no relacionada. Foram 6 mortes associadas ao uso de lcool (15,8%), 3 ao uso de THC
(7,9%), 7 ao uso de cocana (18,4%), 5 ao uso de crack (13,2%). Dos 38 bitos, 15 tiveram amostras positivas para
qualquer substncia (39,5%). Concluso: A associao entre o consumo de drogas e traumatismos muito frequente nas
Unidades de Emergncia, sendo que quase 40% dos bitos por trauma estavam associados ao uso de qualquer substncia.
Desse modo, essencial que haja inquirio e diagnstico de uso de substncias psicoativas para realizao de aes
preventivas, evitando traumas recorrentes por uso abusivo de drogas.

15 POLTICA DE ANTDOTOS NA ATENO SADE NO ESTADO DE SANTA


CATARINA: RELATO DE SUA CONSTRUO
Margaret Grando, Marisete C Resener, Danielle Bibas Legat Albino, Helen Bunn, Lia Coimbra Quaresma, Csar
Augusto Koczaguin, Ramon Tartari, Paulo C Brentano Jr, Clcio A Espezim, Marlene Bonow Oliveira, Marlene
Zannin
1) Secretaria de Estado da Sade de Santa Catarina, 2) Universidade Federal de Santa Catarina.

Introduo: A integralidade da ateno sade do paciente intoxicado passa pelo acesso aos medicamentos especficos
e antdotos disponveis. Objetivo: Apresentar o processo de construo da Poltica de Antdotos na Ateno Sade em
Santa Catarina. Resultados: No Estado de Santa Catarina a Poltica de Antdotos comeou a ser debatida no mbito da
Secretaria Estadual de Sade, nas oficinas de planejamento dos Planos Estaduais de Sade (PES) realizadas em 2003,
2007 e 2011. As Programaes de Aes de Sade (PAS) subsequentes aos PES/SC pontuaram como aes necessrias a
estruturao de uma poltica de antdotos para o estado e o estabelecimento de um fluxo de disponibilidade de antdotos.
Trazendo como eixos norteadores esses instrumentos do PlanejaSUS e a reestruturao da rede de Urgncia e Emergncia
no Estado, a equipe tcnica do CIT/SC elaborou uma justificativa para a construo da poltica, incluindo listas de antdotos
que devem estar disponveis nos servios, de acordo com o tempo resposta. Esses documentos foram encaminhados
oficialmente para as Superintendncias de Planejamento e Gesto e de Servios Especializados e Regulao, que
constituram um Grupo de Trabalho com as reas de Assistncia Farmacutica, Urgncia e Emergncia, Polticas de
Sade/Planejamento, Vigilncia em Sade, Servios Especializados e Regulao, Logstica e a Comisso de Farmcia e
Teraputica, sob a coordenao do CIT/SC. O Grupo se reuniu e trabalhou por alguns meses na construo de uma proposta
de consenso, que foi enviada Cmara Tcnica de Gesto da Comisso Intergestores Bipartite (CIB). Aps a discusso
na Cmara Tcnica foram feitos ajustes em relao definio das responsabilidades quanto ao suprimento de antdotos,
logstica de fluxo, e a proposta final foi encaminhada a reunio geral da CIB para pactuao e deliberao. A Deliberao
CIB n 233 de 22 de maio de 2014 encontra-se disponvel em: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_
docman&task=cat_view&gid=1011&Itemid=128&limitstart=50. A aquisio dos antdotos de responsabilidade SES/
SC est em processo licitatrio e s capacitaes dos profissionais da gesto e da assistncia esto programadas na
forma presencial e a distncia (webconferncias) para o 2 semestre de 2014. Concluso: O processo proporcionou um
aprendizado de construo coletiva das co-responsabilidades perante o atendimento do paciente intoxicado.
63

16 RELATO DE CASO DE ACIDENTE OFDICO CAUSADO POR COBRA Clelia sp.


Mayara Thayn Magalhes Alcntara, Iardja Stfane Lopes, Priscila Barbosa de Sousa, Carlos Tiago Moura
1) Universidade Federal do Cear, 2) Universidade Federal do Cear, 3) Universidade Federal do Cear, 4) Centro
de Assistncia Toxicolgica (Ceatox/IJF)

Introduo: Os Colubrdeos constituem a maior famlia de ofdios. Algumas espcies do gnero Philodryas sp. e Clelia
sp. conhecidas popularmente por cobra-cip ou cobra-verde (Philodryas sp.) e muurana ou cobra-preta (Clelia sp.),
respectivamente, so ofifagas, predam naturalmente serpentes peonhentas. Tm interesse mdico, pois h relatos de
quadro clnico de envenenamento. Pouco se conhece sobre ao dos venenos de Colubrdeos. Na maioria dos casos,
as mordeduras apresentam um quadro leve, com edema e dor discretos, sem manifestaes sistmicas. Casos mais
graves, relacionam-se com mordedura prolongada ou repetida. Pode ocorrer edema local importante, equimose e dor. O
tratamento sintomtico e de suporte: analgsicos, antiinflamatrios e cuidados locais rotineiros.Relato de Caso:R.T.S,
22 anos, sexo masculino, proveniente de municpio na zona rural, picado por cobra no peonhenta deu entrada no
hospital cerca de 12 horas aps a picada com quadro de acentuado edema em membro superior esquerdo (MSE), dor
local, rubor e marcas de mordeduras evidentes em diferentes pontos do (MSE). O paciente levou consigo o animal, que
foi identificado como sendo do gnero Clelia sp. Relatou que durante o acidente estava alcoolizado e se encontrava
no banheiro de sua residncia, tendo sido mordido diversas vezes pela cobra.Realizou-se exame clnico e avaliao
laboratorial, contendo dosagem de ureia, creatinina, CPK e coagulograma. O paciente necessitou de internao hospitalar
para acompanhamento. Devido a magnitude do edema, foi necessria a realizao de fasciotomia de mo, brao e
antebrao. Ao longo desse perodo, tinha bom estado geral, porm, devido infeco que se instalou na ferida operatria
iniciou-se antibioticoterapia. Durante internao o paciente teve significativa involuo do edema, apresentou alguns
picos febris. Houve melhora do estado geral e do edema no brao, porm, a mo permaneceu edemaciada. Foi solicitada
reavaliao do cirurgio vascular. O edema da mo passou a diminuir por volta do 19 dia de internao hospitalar. Houve
necessidade de realizao de enxerto. Aps 28 dias de internao, na ausncia de queixas clnicas, o paciente recebeu alta
hospitalar.Concluso:Apesar de no serem consideradas peonhentas, as cobras pertencentes famlia dos Colubrdeos
causam danos significativos ao ser humano, logo, otratamento especfico precoce nesse tipo de acidente ofdico relatado,
essencial para que se tenha um prognstico favorvel.

17 VERIFICAO DO CONHECIMENTO SOBRE ESCORPIONISMO DE RESIDENTES


DE UM BAIRRO POPULAR DE JOO PESSOA
Raul Jos da Silva, Alana Vieira Lordo, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
1) Universidade Federal da Paraba 2) Universidade Federal da Paraba 3) Universidade Federal da Paraba

Objetivo: Avaliar o conhecimento da populao de um bairro do municpio de Joo Pessoa, localizado no distrito sanitrio
I, sobre o conhecimento dos acidentes por escorpio, com o objetivo de propor aos gestores de sade a implantao de
um programa de preveno e promoo sobre o escorpionismo. Mtodos: Estudo descritivo, onde se utilizou a aplicao
de um questionrio com perguntas objetivas e subjetivas sobre o conhecimento da populao com relao aos acidentes
escorpinicos. A amostra foi composta de 92 pessoas. As variveis analisadas foram: nvel de conhecimentos referentes a
condutas de primeiros socorros, conhecimento da incidncia dos acidentes por escorpio na cidade, conhecimento sobre
o grau de toxicidade de espcies, conhecimento sobre a existncia do Centro de Assistncia Toxicolgica, avaliao sobre
campanhas educativas por parte de rgos responsveis. Resultados:Sobre o conhecimento dos primeiros socorros
para as vtimas de acidentes por escorpio, 67,0% consideraram insuficientes seus conhecimentos e apenas 1,1% dos
entrevistados respondeu que indicaria o uso de compressa morna. Com relao ao conhecimento sobre a prevalncia de
acidente por escorpio, 9,0% relatou saber que existe elevada prevalncia deste tipo de acidente e, 15,0% foram vtimas
dos mesmos. Sobre o conhecimento das espcies responsveis por estes acidentes, apenas 17,0% dos entrevistados
reconheceram, dentre trs espcies apresentadas em fotos, a que apresenta maior percentual txico. Um percentual de
73,0% dos entrevistados no soube para onde deveria ligar a fim de obter informaes de como proceder com as vitimas
de acidentes por escorpio. Alm disso, 89,0% das pessoas examinadas consideram insuficientes as campanhas educativas
referentes a acidentes com peonhentos. Concluso: A anlise dos questionrios permitiu verificar que grande parte da
populao consultada mostrou desconhecimento sobre medidas preventivas e de promoo do escorpionismo. Observou-
se, tambm, que a populao anseia por polticas pblicas que venham diminuir a prevalncia de acidentes por escorpio
no municpio de Joo Pessoa.
EPIDEMIOLOGIA
67

18 ACIDENTE OFDICO: ANLISE DO PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS CASOS


NOTIFICADOS NO BRASIL COM NFASE NA BAHIA, 2007 A 2012.
Fernanda Nassiff Neves Carneiro, Nadirlene Pereira Gomes, Cntia Mesquita Correia, Edilcia de Souza Salomo,
Rosana Maria de Oliveira Silva, Kamylla Santos da Cunha
1) Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia: autores um, dois, cinco e seis, 2) Centro de Informa-
es Antiveneno da Bahia: autores trs e quatro.

Trata-se de um estudo descritivo e documental, com abordagem quantitativa, no qual foram analisadas informaes do
banco de dados do Sistema de Informaes de Agravos de Notificao (SINAN) relacionadas a acidentes com animais
peonhentos no Brasil e na Bahia, com o objetivo de traar o perfil epidemiolgico dos acidentes ofdicos notificados no
Brasil, com nfase no estado da Bahia nos anos de 2007 a 2012. Nesse perodo ocorreram 729.978 casos de acidentes
com animais peonhentos no Brasil, sendo 74.571 destes notificados pela Bahia. Os acidentes com serpentes (24%)
representaram a segunda causa de acidentes com animais peonhentos, ficando atrs apenas dos acidentes causados
por escorpies (41%). Para os que envolveram serpentes, o gnero Bothrops esteve presente em 74% das notificaes,
responsvel pelo maior percentual dos casos. Houve predominncia de ocorrncia em homens (74,61%) e na faixa etria
de 20 a 59 anos (62%). A raa negra apresentou o maior percentual de notificaes, com 71,82% dos casos; enquanto que
a escolaridade teve o registro de ignorada em 95,10%. O estudo revela ainda que o tempo entre a picada e o atendimento
esteve na janela de at 6 horas (78%), com a classificao de prognstico leve ou moderado em 84,53% dos casos,
evoluindo para a cura em 84,68% das notificaes. O perfil aponta para a necessidade de orientao da populao, bem
como para a capacitao de profissionais de sade responsveis pelo primeiro atendimento s vtimas, no sentido de
reduzir o nmero de casos.

19 ACIDENTES COM ANIMAIS PEONHENTOS RELACIONADOS AO TRABALHO


NO RIO GRANDE DO SUL, 2013
Luciana Nussbaumer, Virgnia Dapper
Secretaria da Sade do RS

Os acidentes por animais peonhentos constituem um problema de sade pblica, tanto pelo nmero de atendimentos que
geram quanto pela morbimortalidade que determinam quando no so tratados de maneira conveniente. A anlise destes
acidentes fundamental para o planejamento das aes de sade do trabalhador do campo no SUS. Este estudo analisou
os acidentes com animais peonhentos relacionados ao trabalho registrados no SINAN/MS (Sistema de Informao de
Agravos de Notificao/Ministrio da Sade), no Rio Grande do Sul, em 2013. Foram analisadas as variveis: sexo,
faixa etria, ocupao, manifestaes locais/sistmicas, tipo de acidente, zona (urbana/ rural), desfecho. Em 2013 foram
notificados no SINAN 4551 acidentes por animais peonhentos, sendo que 983 (21,59%) foram notificados como
relacionados ao trabalho. Destes relacionados ao trabalho a maioria (44,45%) acometeram trabalhadores entre 40 e 59
anos, porm 28 casos (2,84%) ocorreram em menores de 18 anos, 71,41% acometeram homens e 79,04% ocorreram na
zona rural, sendo 38,35% com ocupaes relacionadas a atividades agropecurias. A maioria dos acidentes relacionados
ao trabalho foram com aranhas (50,45%), seguidos de serpentes (31,73%) e de abelhas (9,76%). Quanto presena de
manifestaes, 96,03% apresentaram manifestaes locais e 11,29% sistmicas. Quanto ao desfecho 2 casos (0,20%)
resultaram em bito. Os acidentes ocorreram principalmente no perodo de temperaturas mais elevadas: de janeiro a
abril 514 casos e de novembro a dezembro 179 casos, totalizando 70,49% dos casos. Considerando que muitos dos
acidentes com animais peonhentos no tem sua relao com o trabalho identificada na notificao, apesar de ocorrerem
na zona rural e com ocupao compatvel com o trabalho rural, necessria a qualificao destes sistemas de informaes
disponveis e melhoria na investigao dos casos, para o adequado planejamento e otimizao das aes de vigilncia em
sade.
68

20 ACIDENTES COM ARANHAS NO ESTADO DE GOIS NO PERODO DE 2007 A


2011
Ana Flvia de Paula Guerra, Anita de Moura Pessoa, Flvia Cruz dos Reis, Nelson Jorge da Silva Jr
1,2,3,4) Pontificia Universidade Catlica de Gois

Objetivos: Descrever os aspectos clnico-epidemiolgicos dos acidentes com aranhas reportados no Centro de Informaes
Toxicofarmacolgicas (CIT) na capital. Mtodos: Por meio de instrumento elaborado pelos autores, os dados foram
coletados diretamente das fichas de investigao aos agravos de notificao arquivados no CIT. Para a representao
dos casos de acordo com a populao e distribuio por microrregio, os dados foram obtidos atravs do IBGE e de
imagens de satlite Landsat. Resultados e Discusso: Em Gois o aranesmo responsvel por 15,91% dos acidentes
com artrpodes peonhentos. A faixa etria mais acometida foi de 20 e 39 anos com diferena de apenas 15% do sexo
masculino para o feminino. A regio da picada prevaleceu no p e no artelho. A dor foi o sintoma prevalente, podendo estar
associado a edema, hiperemia e parestesia que, juntamente com sintomas vagais, determinam a gravidade do acidente.
Em 177 pacientes foi administrado soro antiaracndico, com um total de 752 ampolas utilizadas e uma mdia de quatro
ampolas por paciente, dentre esses, 88 pacientes foram classificados como leve. Em dois pacientes foram administrados
soro antiescorpinico e antibotrpico. Dos casos informados 89,37% evoluram para cura. Infelizmente os dados no
indicam o agente causal. Concluso: Existe uma forte relao do aranesmo com a domiciliao desses acidentes, que se
torna evidente com o nmero de registros com mulheres. A classificao de gravidade se mostrou confusa, resultando no
uso desnecessrio de ampolas de soro.

21 ACIDENTES ELAPDICOS NO ESTADO DE GOIS (2007 2011)


Anita de Moura Pessoa, Fabiana Gomes de Castro, Gabriela Braz Leite, Nelson Jorge da Silva Jr
1,2,3,4) Pontificia Universidade Catlica de Gois

Objetivos: Descrio dos aspectos clnico-epidemiolgicos dos acidentes elapdicos reportados nas fichas de notificao
do Centro de Informaes Toxicofarmacolgicas de Gois (CIT) e atendidos no Hospital de Doenas Tropicais de Goinia
Dr. Anuar Auad (HDT). Mtodos: Foram utilizados os dados eletrnicos do Sistema de Informao de Agravos de
Notificao (SINAN), as fichas de notificao do Centro de Informaes Toxicofarmacolgicas de Gois e pronturios
do Hospital de Doenas Tropicais Dr. Anuar Auad, para a anlise retrospectiva dos acidentes. Resultados: De acordo com
o SINAN, houve 35 acidentes elapdicos no estado, porem apenas 24 foram reportados ao CIT. Foram avaliados tambm
trs pronturios mdicos do HDT para melhor caracterizao dos acidentes. Os acidentes (N=24) no demonstraram
correlao alguma com a sazonalidade ou distribuio geogrfica. A faixa etria entre 20 e 49 anos responde por 87,5%
dos casos, e 75% foram atendidos entre zero e trs horas. Dentre o total de casos, nove (37,5%) foram classificados como
leves, trs (12,5%) moderados, 11 (45,83%) graves e um (4,17%) no classificado. A sintomatologia local prevalente
foi dor e a associao de dor com edema e eritema. J a sistmica s foi relatada em cinco casos graves, com quadros
miotxicos e neurotxicos. O soro foi usado em todos os casos, num total de 196 ampolas de soro antielapdico, mais duas
de soro antibotrpico e duas de soro anticrotlico, com uma mdia de 8,33 ampolas/paciente. Nos pronturios do HDT,
os trs casos apresentaram reao alrgica ao soro. Em sete (29,16%) casos (fichas do CIT) foram solicitados exames de
tempo de coagulao, e nos trs casos clnicos exames mais completos, onde, em dois casos constataram-se variaes nos
nveis de CPK, coerentes com a ao miotxica do envenenamento elapdico. Em somente dois casos foi relatado o agente
causal como cobra coral e em um caso clnico a aluso a Micrurus frontalis. Todos os casos tiveram boa evoluo, sem
bitos. Concluso: Os resultados suportam a necessidade da reavaliao da sintomatologia, classificao dos acidentes,
e tratamento do acidentado.
69

22 ACIDENTES POR ABELHAS OCORRIDOS NO ESTADO DA PARABA


Nunes, APL1; Bastos, KX1; Monteiro, LS1; Cartaxo, JLS1; Fernandes, LTB; Costa, LC3; Santos Jnior, AF4; Ma-
galhes, HIF5;
1
Acadmico(a) de Farmcia CEATOX/CCS/UFPB; 2Acadmica de Enfermagem CEATOX/CCS/UFPB; 3Farma-
cutico CEATOX/CCS/UFPB; 4Docente de Farmacologia do Depto. de Cincias da Vida-UNEB; 5Docente de
Toxicologia do Depto.de Cincias Farmacuticas-UFPB;

As abelhas africanizadas (Apis mellifera), uma espcie hibridizada, ocorrem no Brasil desde a dcada de 1950. Tais
insetos, se caracterizam por serem bastante agressivos e essa caracterstica tm contribudo para o aumentado no nmero
de intoxicaes, especialmente na zona rural da Paraba, induzindo manifestaes clnicas distintas, dependendo da
sensibilidade da vtima ao veneno e do nmero de picadas. O objetivo do estudo, foi caracterizar o perfil epidemiolgico
dos acidentes humanos provocados por abelhas africanizadas, comuns em ocorrncias no Estado da Paraba. O estudo foi
descritivo de carter transversal e retrospectivo com abordagem quantitativa. Os dados utilizados foram obtidos por meio
de consulta a base de dados do DATASUS, sendo recortados os referentes ao perodo de 2010 a 2012. Posteriormente, os
mesmos foram tabulados e analisados pelo software SPSS 21. A amostra foi constituda por pacientes com faixa etria de
0 a 90 anos, conforme as notificaes registradas. Com base no exposto, vale salientar que, em um total de 232 acidentes
com abelhas notificados no perodo, o ano de 2011 apresentou um maior registro de casos (39,7%) com 3% de bitos, os
quais representaram um aumento de 100% de mortes quando comparados aos outros anos estudados. A maior incidncia
de acidentes foi nos meses quentes do ano, (vero no hemisfrio Sul), com 42,7% de casos. Adultos jovens (20 e 39 anos)
representaram 44,3% da faixa etria mais acometida. O tempo de atendimento em 44% das vtimas ocorreu no intervalo
de 0-3 horas. O maior nmero de registros de acidentes ocorreu no Agreste paraibano com aproximadamente 50% dos
casos. Cabe destacar a presena de um Centro de Assistncia Toxicolgica na Regio do agreste, possibilitou um maior
nmero do registro de casos. Nesse embasamento, entende-se que a abordagem dos dados no presente estudo favorecem
o conhecimento sobre a extenso de acidentes chegados aos hospitais municipais, levando ao questionamento sobre
formas de aprimorar o monitoramento dos registros de acidentes por esses insetos e servindo tambm como instrumento
na aplicao de medidas preventivas e profilticas.

23 ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS EM IDOSOS ATENDIDOS PELO


CENTRO DE INFORMAES TOXICOLGICAS DE BELM
Jos dos Reis Vieira Netto, Isaas Dias de Oliveira, Paulo Igor Teixeira Silva, Jorge Antonio Aguiar de Sousa, Pe-
dro Pereira de Oliveira Pardal, Maria Apolnia da Costa Gadelha, Elke Maria Nogueira de Abreu
1) UFPA e CIT/BELM 2) UFPA e CIT/BELM 3) UFPA e CIT/BELM 4) UFPA e CIT/BELM 5) UFPA e CIT/
BELM 6) UFPA e CIT/BELM 7) SESPA

Objetivos: Estudar o perfil dos acidentes por animais peonhentos e venenosos envolvendo idosos atendidos pelo Centro
de Informaes Toxicolgicas de Belm, no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2013. Mtodos: Foi realizado um
estudo retrospectivo, transversal e descritivo. Os dados foram obtidos atravs do banco de dados do Centro de Informaes
Toxicolgicas de Belm (CIT/PA), analisados e processados atravs do programa Epi Info 3.5.4. Foram excludos deste
estudo os dados provenientes de buscas ativas. Resultados: No perodo do estudo foram atendidos 158 casos, de todos os
eventos atendidos pelo servio, envolvendo idosos, destes, 66 (41,77%) foram de acidentes por animais peonhentos. As
vtimas, em sua maioria se encontram na faixa de 66 a 70 anos (40,91%), quanto ao gnero foi encontrado uma igualdade
(50% para ambos os sexos). Os acidentes ofdicos foram responsveis por 28,78% dos envenenamentos, destes, 89,5%
foram causados pelo gnero Bothrops, seguidos pelos acidentes aracndeos (16,66%), escorpinicos (12,12%), ictismos
(4,54%) e os causados por outros animais peonhentos como cabas, abelhas e outros artrpodes (37,87%). O maior nmero
de casos foram registrados na cidade de Belm (51,51%) e a maioria dos acidentes ocorreram na zona urbana (72,72%).
Os acidentes foram classificados como leves (62,12%), sendo o segmento do corpo mais atingido o membro inferior
(42,42%). Todos os casos evoluram para a cura. Concluso: Foi possvel concluir que h um predomnio dos acidentes
causados por insetos e outros artrpodes, no entanto no se pode ignorar a grande incidncia dos acidentes ofdicos, tendo
em vista a grande importncia clnica dos mesmos. O conhecimento de que a maior parte dos acidentes ocorreu em reas
urbanas permite um melhor planejamento de aes de saneamento e urbansticas, visando a minimizao destes nmeros
e propiciar uma melhor qualidade de vida, no apenas aos idosos, mas a toda populao.
70

24 ANLISE DA QUALIDADE DAS INFORMAES SOBRE ACIDENTES


ESCORPINICOS NO ESTADO DA PARABA, DE 2007 A 2012
James Linneker da Silva Cartaxo, Lays Maria Alves Dias, Leiliane Teixeira Bento Fernandes, Adrielly Lunia
Alves de Souza, Bruno Coelho Cavalcanti, Rony Anderson Rezende Costa, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
1) Acadmico de Farmcia/UFPB, 2) Acadmica de Farmcia/UFPB, 3) Acadmica de Enfermagem/UFPB, 4)
Acadmica de Enfermagem/UFPB, 5) Bilogo do Departamento de Farmacologia/UFC, 6) Perito Qumico-Legal/
IPC - Paraba, 7) Professor de Toxicologia/UFPB

A importncia dos acidentes por animais peonhentos para a sade pblica pode ser expressa pelos mais de 100
mil acidentes e quase 200 bitos registrados por ano, decorrentes dos diferentes tipos de envenenamento. Destes, o
escorpionismo vem adquirindo magnitude crescente e superando em nmeros absolutos os casos de ofidismo. Acredita-
se que, esse aumento seja decorrente de atividades antropognicas como: desmatamento, ocupao desordenada em
rea urbana, alterao de ecossistema, o que causa uma quebra na cadeia alimentar, acabando tambm com os locais
de abrigo desses invertebrados, fazendo com que procurem alimento e abrigo em residncias, terrenos baldios e reas
em construo. Dessa forma, o estudo teve como objetivo avaliar a qualidade dos dados dos acidentes escorpinicos
registrados no Estado da Paraba, Brasil, nos anos de 2007 a 2012. Trata-se de um estudo descritivo de dados secundrios,
com abordagem quantitativa, incluindo variveis especficas da Ficha de Notificao com uso do Tabwin e planilha do
Excel para anlise dos dados. Esses dados foram obtidos por meio do Sistema de Informaes em Sade do DATASUS.
Em relao ao nmero de notificaes, a Paraba ocupa a 8 posio no ranking de Estados que mais notificaram esse tipo
de acidente, com 9357 casos. Quanto a gravidade do acidente, foram notificados 8867 casos leves, 189 moderados e 11
graves. No tocante evoluo clnica, 377 casos foram registrados como branco/ignorado, 8 bitos foram relacionados
casos leves e 1 bito caso grave. Conclumos que h uma necessidade imperiosa de melhorar a qualidade dos dados
no SINAN, pois, durante a pesquisa, pde-se observar incoerncias em relao classificao e evoluo clnica dos
casos, alm de demasiados dados preenchidos como brancos ou ignorados. Observou-se tambm que as notificaes se
concentram nos municpios que possuem os centros de assistncia toxicolgica, onde a prevalncia dos casos registrados
ocorreram no prprio municpio de notificao. Portanto, para que haja uma melhoria na qualidade da informao bem
como o eficiente controle epidemiolgico desses agravos, faz-se necessrio a existncia de centros especializados no
atendimento e preveno dos acidentes por animais peonhentos nas demais regies do Estado da Paraba.

25 ANLISE RETROSPECTIVA DE INTOXICAO EM IDOSOS NO MUNICPIO DE


JOO PESSOA NO PERODO DE JANEIRO DE 2012 A MAIO DE 2014
Josymara Trajano de Farias, Richard Morrinson Couras de Carvalho, Sirliel Mamede Veloso, Leonardo Saldanha
de S, Stephane Flaviane de Oliveira Bezerra, Joyce Veloso Alves da Cruz, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
Universidade Federal da Paraba

Introduo: H alguns anos tem-se observado a elevao no tempo de sobrevida da populao brasileira, resultando em
consequente aumento da populao idosa. Todavia, a senilidade uma poca em que geralmente ocorre maior propenso
a doenas, acarretando maior utilizao de medicamentos. Os idosos so mais susceptveis a tais doenas devido a
alteraes metablicas nos seus organismos, bem como a teraputica clinica, sendo esta responsvel, na maioria das
vezes por quadros de intoxicao medicamentosa; porm existem outros meios que podem causar intoxicaes nestes
pacientes, mesmo no tendo grande expresso so de grande relevncia, podendo causar bitos. Objetivo: Analisar o tipo
de intoxicao causada em pacientes acima de 60 anos, usurios do sistema nico de sade (SUS). Metodologia: Trata-se
de um levantamento de dados, atravs dos casos notificados pelo sistema de notificaes (SINAN), no municpio de Joo
Pessoa-Paraba, no perodo de Janeiro de 2012 a Maio de 2014, no intuito de analisar os casos de intoxicao em pacientes
idosos, usurios do SUS. Resultado e Discusso: No perodo analisado foram notificados 117 casos de intoxicaes em
idosos, dentre os quais: 48,71% foram por medicamentos; 13,67% por alimentos; 9,40% por drogas de abuso; 4,27%
por produtos qumicos; 4,27% por produtos de uso domstico; 3,41% por raticidas; 3,41% por cosmticos; 0,85% por
agrotxicos; 0,85% por planta toxica; e 7,69% outros. Verificamos assim, que a intoxicao por medicamentos, utilizada
geralmente na teraputica das doenas que ocasiona a populao analisada expressiva, representando cerca de quase
50% dos casos. Acredita-se que isto ocorra devido a utilizao inadequada do produto relacionado dose, frequncia da
dose e tempo de utilizao do medicamento, podendo ser tambm pelo uso concomitante com outras drogas. Concluso:
Sendo os medicamentos, uma das principais causas de intoxicaes entre os idosos, torna-se relevante sua racionalizao,
evitar os agravos advindos da polifarmcia, da prescrio errnea e da iatrogenia medicamentosa sem dvidas o
caminho a seguir para diminuio no quadro de intoxicaes, onde a ateno mdico-farmacutico-familiar dever se
fazer presentes, envolvendo tambm a conscientizao de toda a sociedade brasileira a respeito dos cuidados com o idoso.
71

26 AS INTOXICAES POR AGROTXICOS NO ESTADO DA BAHIA: UMA ANLISE


ATRAVS DA REAVALIAO DOS DADOS DO SINAN
Jucelino Nery da Conceio Filho, Edilcia de Souza Salomo, Aline Souza de Oliveira
Centro de Informaes Antiveneno da Bahia (Ciave-BA)

No cenrio mundial, o Brasil um dos lderes em consumo de agrotxicos, respondendo por 86% destes produtos na
Amrica Latina, sendo que a Bahia o estado do Nordeste que maisos utiliza. O uso dos agrotxicos constitui um
problema que tem merecido ateno, pois muitos casos de intoxicao so frequentemente relatados em Centros de
Informao e Assistncia Toxicolgica no pas. As aes em sade pblica nessa rea se baseiam, principalmente, em
dois sistemas: o Sistema de Informaes de Agravos de Notificao (SINAN) e o Sistema Nacional de Informaes
Txico-Farmacolgicas (SINITOX). O presente estudo tem como objetivo caracterizar os casos envolvendo agrotxicos
notificados atravs do SINAN no estado da Bahia. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, a partir
de dados secundrios, no qual foram analisados os registros de intoxicaes exgenas ocorridas no perodo de janeiro
de 2012 a dezembro de 2013, tendo como fonte de dados a base estadual do SINAN atualizada at a data de 03/06/2014.
Notificou-se atravs desse sistema de informao a ocorrncia de 594 casos de intoxicaes por agrotxicos, equivalente
a 8,4% de todas as notificaes de intoxicaes exgenas na Bahia, sendo: 419 (70,5%) de uso agrcola; 120 (20,2%) de
uso domstico e 55 (9,3%) de uso em sade pblica. Verificou-se a existncia de casos com erro de classificao (grupo)
do agente e 21 casos duplicados (3,5%). Ao se corrigir o grupo do agente txico e se eliminar as duplicidades, o nmero
de casos de intoxicao por agrotxicos aumentou em 74,2%, passando para 1.035 casos (14,7% de todos os agentes),
sendo que os agrotxicos de uso agrcola corresponderam a 86,8%, os de uso domstico a 8,0% e os de uso em sade
pblica a 5,2%. Verificou-se, ainda, que no havia uniformidade na classificao do chumbinho. A maioria (55,6%) dos
casos de intoxicao por agrotxicos ocorreu na zona urbana. A ocorrncia das intoxicaes por agrotxicos na Bahia
bastante relevante e verifica-se a necessidade de melhorar a qualidade das informaes registradas no SINAN para que
as aes planejadas pelos setores de sade pblica possam se basear em dados fidedignos e, consequentemente, possam
ser mais efetivas.

27 ATENDIMENTOS POR EXPOSIO A DROGAS DE ABUSO EM UMA UNIDADE


DE EMERGNCIA MUNICIPAL: EXPLICITANDO A DEMANDA NO SUS
Lucas Coraa Germano, Herling Gregorio Aguilar Alonzo
1) Universidade Estadual de Campinas. 2) Universidade Estadual de Campinas

Introduo: A reduo da mortalidade pelo uso de drogas de abuso objeto de iniciativas globais de controle e preveno.
No mundo, calcula-se que do uso do lcool decorrem cerca de 2.5 milhes de mortes ao ano e entre 102.000 e 247.000
mortes em 2011 por drogas ilcitas - 1,3% da mortalidade total dos adultos. Alm disso, devem ser considerados os impactos
sociais, econmicos e de carga de doenas. O lcool a causa de 60 agravos na sade e componente da causa em outras
200 doenas. Objetivo: Descrever os casos de exposio a drogas licitas e ilcitas atendidos na unidade de emergncia
de um hospital do interior do estado de So Paulo. Metodologia: Estudo descritivo-retrospectivo dos atendimentos por
exposio a drogas, ocorridos em 2012, na unidade de emergncia de um hospital pblico de um municpio de 68.537
habitantes. Foram coletados dados gerais sobre paciente, exposio, atendimento e desfecho. Resultados: Do total de
95.923 atendimentos, 1.851 (1,9%) eram de exposio a drogas de abuso. Destes, 81,3% eram homens com idade entre
um e 84 anos e mediana de 40, e 18,7% mulheres entre oito e 85 anos e mediana de 35. O lcool foi mais freqente, 65,8%
dos casos (84,1% homens e 15,9% mulheres), seguido de mltiplas drogas com 19,3% (88,0% homens), tabaco 6,8%,
cocana 4,8%, crack 2,5%, maconha 0,6%, lana-perfume e ecstasy com 0,2%. Foram adotadas medidas de suporte em
64,1%, predominando o uso de medicamentos em 62,2% dos casos. Foram referenciados 4,1% para a ateno bsica/
CAPS e 30,8% solicitaram internao para tratamento de dependncia qumica, entretanto no foi possvel saber se foi
viabilizado. Ocorreu intoxicao crnica em 50,7%, seguida da aguda-sobre-crnica (23,5%), aguda (21,0%), sndrome de
abstinncia (3,0%), e outros (1,8%). Foram registrados sete bitos e no houve consulta a CIATs. Concluses: Predomina
o atendimento de homens, por exposio crnica, principalmente por lcool e associao de mltiplas drogas, com pouca
continuidade do tratamento e sem suporte de CIATs no manejo. H necessidade de implementar a ateno integral sade
dos expostos, em especial populao masculina, alm de se compreender o mecanismo de contato com CIATs.
72

28 AVALIAO DAS INTERNAES POR INTOXICAES POR AGROTXICOS NO


RIO GRANDE DO SUL NO PERODO DE 2009 A 2013
Virgnia Dapper, Luciana Nussbaumer
Centro Estadual de Vigilncia em Sade/ Secretaria da Sade RS

No Brasil, os agrotxicos foram primeiramente utilizados em programas de sade pblica, passando a ser utilizados mais
intensivamente na agricultura a partir da dcada de 60. Em 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto
de maior mercado mundial de agrotxicos. Este processo de utilizao crescente e indiscriminada de agrotxicos vem
contaminando o ambiente e comprometendo diretamente a sade da populao. Publicaes da Organizao Internacional
do Trabalho estimam que, entre trabalhadores de pases em desenvolvimento, os agrotxicos causam anualmente 70 mil
intoxicaes agudas e crnicas que evoluem para bito, e pelo menos 7 milhes de doenas agudas e crnicas no-fatais.
O despreparo das equipes de sade para o diagnstico e falta de biomarcadores especficos so alguns dos fatores que
influem na subnotificao. Assim, este estudo buscou analisar o perfil das internaes por intoxicaes por agrotxicos no
Rio Grande do Sul, no perodo de 2009 a 2013, atravs de informaes constantes no Sistema de Informaes Hospitalares
(SIH). Para identificar as intoxicaes por agrotxicos no SIH, foram usados os cdigos CID-10: X48 (Envenenamento
acidental por exposio a pesticidas), X68 (Auto-intoxicao por exposio intencional a pesticidas), X87 (Agresso
por pesticidas) e Y18 (Envenenamento por exposio a pesticidas, de inteno no determinada). Foram avaliadas as
variveis sexo, faixa etria, causa, dias de permanncia e ocorrncia de bitos. No SIH, foram registradas nos anos de
2009 a 2013, 236 internaes por pesticidas, sendo que 66,94% apresentaram como causa envenenamento acidental por
exposio a pesticidas e 64,8% foram de pessoas do sexo masculino. A faixa etria de 20 a 29 anos apresentou maior
nmero de internaes (16,52%), e 27,54% das internaes ocorreram em menores de 15 anos. A mdia de dias de
internao por pesticidas foi de trs dias. Trs casos evoluram para bito. Assim, apesar das limitaes do SIH, notria
a necessidade de anlises e divulgaes peridicas das informaes para que o setor sade possa qualificar as aes tanto
de enfrentamento do problema como de melhoria do prprio processo de diagnstico e notificao dos casos.

29 CASOS GRAVES DE INTOXICACIN POR PARAQUAT FACTORES QUE INCIDEN


EN LA EVOLUCIN
Gabriela Peredo, Sergio Machado, Silvana Couto, Sandra Vieira, Carlos Ortega, Dario Pose, Amalia Laborde
1) Departamento de Toxicologa de la Facultad de Medicina Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgi-
co (CIAT) 2) Departamento de Mtodos Cuantitativos de la Facultad de Medicina UdelaR - Montevideo Uruguay

Paraquat es un herbicida utilizado globalmente que se caracteriza por causar intoxicaciones agudas de altamortalidad.
Se han propuesto diversos esquemas teraputicos y hasta el momento no hay consenso sobre el tratamiento efectivo
de esta intoxicacin. Existen reportes de series de casos donde se identifican diferentes factores como predictores de
supervivencia y/o de gravedad en la intoxicacin con Paraquat.Este trabajo analiza en forma descriptiva-retrospectiva,
factores que pudieron haber incidido en el pronstico vital de 7 casos que ingirieron Paraquat, seleccionados de acuerdo
a los siguientes criterios: clasificados como graves de acuerdo al Phone Tox Score inicial, a los que se indic rescate
digestivo, hemodilisis, N-acetylcistena, Metilprednisolona y Ciclofosfamida. Se definen variables: edad, sexo, sntomas
clnicos, tiempos de latencia de la consulta, del rescate digestivo, comienzo de sntomas, inicio de la hemodilisis y del
tratamiento farmacolgico. Se ingresan en base de datos EpiInfo versin 7, se obtienen frecuencias, se busca asociacin
estadstica de las variables estudiadas con la evolucin (supervivencia o muerte). Los 7 casos, ingirieron una dosis entre
30 y 100 mililitros, 4 de ellos varones. Solamente un caso consult antes de las 2 horas y todos iniciaron los sntomas en
la primera hora con vmitos. En 4 casos se realiz rescate digestivo. Se hemodializan 6 pacientes y reciben tratamiento
farmacolgico 5 de ellos. Evolucionan con toque multisistmico 4 pacientes y 3 fallecen entre el primer y noveno da.
Tomando la media de edad (46 aos), se observa que los 3 casos por debajo de esta, sobreviven. De los 4 pacientes por
encima de esta media, 3 fallecen. El anlisis de la evolucin (supervivencia o muerte) no mostr asociacin significativa
con ninguna de las variables estudiadas para el nmero de los casos, con un nivel de significacin de 0.05. Varios autores
plantean que la edad, la precocidad del tratamiento, el nmero de sistemas afectados, son factores predictores de evolucin,
aunque existe una diversidad de conclusiones en cuanto a la efectividad del tratamiento farmacolgico. Se hace necesario
realizar investigaciones con mayor casustica lo que podra ser obtenido en la regin con estudios multicntricos.
73

30 DESCRIO DOS EVENTOS TXICOS CAUSADOS POR SANEANTES


DOMISSANITRIOS NOTIFICADOS EM UM CENTRO DE ASSISTNCIA
TOXICOLGICA EM FORTALEZA, CEAR
Samanda Lima Oliveira, Rachel Rabay Nogueira, Anderson Moreira Alves, Ana Paula Soares Gondim, Polianna
Lemos Moura Moreira Albuquerque, Carlos Tiago Martins Moura, Maria Augusta Drago Ferreira
1) Universidade Federal do Cear - UFC 2) Centro de Assistncia Toxicolgica do Instituto Dr. Jos Frota - CEA-
TOX/IJF

Saneantes domissanitrios so produtos qumicos destinados higienizao, desinfeco ou desinfestao domiciliar


e podem ser divididos em: sabes e detergentes, agentes de limpeza, desinfetantes e praguicidas para o uso em domicilio,
inseticidas, raticidas e repelentes. O presente estudo objetivou analisar as exposies e/ou intoxicaes humanas por saneantes
domissanitrios notificadas em um Centro de Assistncia Toxicolgica em Fortaleza, Cear, no perodo de 2010 a 2012.
Tratou-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir das fichas de notificao e
atendimento utilizadas pelo servio. Para a anlise estatstica foi utilizado o EpiInfoTM verso for Windows 3.5.1. Os saneantes
domissanitrios foram responsveis por 613 (6,97%) do total de 8799 eventos notificados no referido perodo. Com relao
ao sexo, 50,3% dos casos ocorreu com o sexo masculino e 49,7% com o feminino. A idade mdia foi de 24 anos, variando
entre um ms a 92 anos de idade. Observou-se que crianas entre um e cinco anos contriburam com parcela importante dos
casos (22,5%). A maioria dos casos ocorreu em ambiente domiciliar (90,7%), com indivduos residentes em Fortaleza (72,7%)
e por via oral (84,5%). A principal circunstncia relatada foi tentativa de suicdio (49,1%), seguida por acidente individual
(48%). Dentre os saneantes domissanitrios envolvidos nas notificaes, os inseticidas (40,5%) foram os principais agentes,
seguidos pelos raticidas (23,8%), desinfetantes (18,5%), agentes de limpeza (10%), sabes e detergentes (4,8%) e repelentes
(2,2%). Envenenamento leve foi considerado em 44,8% dos casos e envenenamento no excludo em 24%. Em 55 (9%)
casos houve o uso concomitante de diferentes agentes txicos, incluindo os saneantes domissanitrios. O uso simultneo de
diferentes saneantes domissanitrios foi relatado em 35 destes casos e a mistura de gua sanitria (hipoclorito de sdio) com
cido muritico (cido clordrico) foi a mais relatada. Quanto ao desfecho dos casos, 65,1% evoluram para a cura, enquanto
que 2,4% para o bito. Os resultados obtidos mostram que os saneantes domissanitrios so causa importante de exposio e/
ou intoxicao, oferecendo risco populao, principalmente s crianas. Assim, torna-se necessria a elaborao de medidas
preventivas, com a finalidade de evitar a ocorrncia de eventos txicos causados por esses agentes.

31 EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAES POR PLANTAS NOTIFICADAS PELO


CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA DE PERNAMBUCO (CEATOX-PE)
DE 1992 A 2009.
Solma Lucia Souto Maior de Araujo Baltar1, Eryvelton de Souza Franco2, Ademria Aparecida de Souza1, Maria
Lucineide Porto Amorim3, Rita de Cssia A. Pereira4; Maria Bernadete de Sousa Maia2
1) Universidade Federal de Alagoas 2) Universidade Federal de Pernambuco 3) Centro de Assistncia Toxicolgi-
ca de Pernambuco 4) Instituto Agronmico de Pernambuco

No Estado de Pernambuco os atendimentos mdicos emergenciais associados a espcies vegetais txicas so um grave
problema de sade pblica. Este estudo objetivou, caracterizar os aspectos epidemiolgicos e clnicos das intoxicaes
humanas ocasionadas por plantas no Estado de Pernambuco. um estudo de abordagem transversal e descritiva a partir
de notificaes obtidas no Centro de Assistncia Toxicolgica de Pernambuco (CEATOX) no perodo de 1992 a 2009.
Foram analisados 214 pronturios de diagnstico dos quais as variveis investigadas foram: agente txico, sazonalidade,
sexo, faixa etria, zona de ocorrncia, local do acidente, via de exposio, circunstncia, tipo de atendimento, durao da
exposio e evoluo clnica. Verificou-se que as intoxicaes predominaram no sexo feminino (52,34%) na faixa etria
de 1 a 4 anos (42,52%) e a maioria ocorreu nos meses de fevereiro, agosto e outubro. A rea urbana foi o local onde as
intoxicaes apresentaram-se mais frequentes (74,30%) sendo os acidentes individuais predominantes, ocorridos nas
residncias (74,30%) atravs da ingesto do agente txico, por via oral (85%). A famlia Euphorbiaceae foi responsvel
por (40,67%) das intoxicaes, seguida das famlias Araceae (11,68%) e Solanaceae com (11,22%). Os pacientes (52,34%)
foram atendidos na unidade hospitalar e o tempo de exposio ao agente txico variou de 6 a 9 horas. A gravidade dos
casos em sua maioria evoluiu para melhora de sade (29,90%) e apenas dois pacientes (0,94%) foram a bito, sendo
um por tentativa de suicdio e outro por tentativa de aborto. A realizao desse estudo possibilitou caracterizar o perfil
epidemiolgico dos pacientes intoxicados por espcies vegetais atendidos no CEATOX e identificar as famlias botnicas
prevalentes associadas s intoxicaes. Atravs da sistematizao e divulgao destes dados espera-se contribuir de forma
a reduzir os acidentes e alertar os profissionais de sade da importncia das plantas como fator de risco de intoxicao,
possibilitando o estabelecimento de polticas pblicas de preveno e promoo de sade para o pblico em geral.
74

32 EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES OFDICOS DO ESTADO DO PIAU, NORDESTE


DO BRASIL (2007-2012)
Ana Clara da Rocha Sousa, Nayana da Rocha Oliveira, Renner de Souza Leite
Universidade Federal de Campina Grande, Cuit-PB

Objetivo: O perfil clnico-epidemiolgico dos acidentes por serpentes na regio nordeste do Brasil ainda no est
conclusivamente determinado. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo descrever as caractersticas
epidemiolgicas e clnicas de acidentes ofdicos registrados entre 2007 e 2012, no estado do Piau, nordeste do Brasil.
Mtodos: Os dados clnico-epidemiolgicos foram coletados na Secretria de Sade do estado do Piau, utilizando o banco
de dados do Sistema de Informao de Agravos e de Notificaes do Ministrio da Sade. Resultados: Foi notificado um
total de 1.601 casos de acidentes por serpentes peonhentas. O ano de 2011 teve o maior registro de acidentes (21,7%).
Dos casos avaliados a maioria dos acometidos do gnero masculino (78,76%), com idade entre 30 e 39 anos; grau de
escolaridade de 1 a 4 srie (25,92%); e a zona rural registra (83,32%) o maior ndice de acidentes. As circunstncias dos
acidentes mostraram que a maioria (36,91%) dos agravos ocorreu durante atividade relacionada ao trabalho. Com relao
ocupao, constatou-se que a maioria dos acidentes ocorreu em agricultores (29,85%). Quanto sazonalidade, o ms
de abril teve a maior incidncia (12,17%). A maioria dos acidentados (79,4%) relatou dor no local da picada, sendo o p
a regio anatmica mais acometida (43,66%). Em 81,3% dos casos houve administrao do soro antiofdico. De acordo
com a avaliao clnica dos casos (39,5%) foi considerados leves, (28,8%) moderado e grave (4,7%). O gnero da serpente
que mais causou acidente foi o Bothrops (49,6%). A maior porcentagem dos acidentados (63,1%) procurou o sistema
pblico de sade em um perodo de 1 a 3 horas aps o acidente e houve registro de 18 bitos (1,1%) no perodo estudado.
Concluso: Nossos resultados concordam com o perfil epidemiolgico nacional dos acidentes ofdicos, atingindo com
maior freqncia indivduos adultos do gnero masculino com baixo grau de escolaridade, na faixa etria produtiva de 30
a 39 anos, sendo estes trabalhadores da zona rural, atingindo majoritariamente os membros inferiores, e a maior incidncia
de acidentes atribuda ao gnero Bothrops.

33 EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS NO RIO


GRANDE DO NORTE
Amauri Cassiano de Brito, Josimeire Josino de Oliveira
Secretaria da Sade Pblica do Estado do Rio Grande do Norte

Acidentes que envolvem animais que possuem glndulas de veneno com capacidade de inocul-lo, onde no Estado
do Rio Grande do Norte se destaca o acidente por escorpies, sendo este a maioria dos registros de casos ocorrendo
nas grandes reas urbanas, seguidos pelas abelhas e posteriormente, serpentes, que ocorrem nas regies rurais ou nas
periferias das cidades. Esse trabalho objetiva descrever os indicadores epidemiolgicos referentes aos Acidentes por
Animais Peonhentos ocorridos no Estado entre os anos de 2011 a 2013. Realizou-se um estudo descritivo das notificaes
de acidentes por animais peonhentos registrados no Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN) nos
ltimos trs anos. Para as anlises utilizou-se o tabwin32, juntamente com os dados contabilizados no SIM (Sistema de
Informaes sobre Mortalidade) atravs de medidas de frequncias e propores. Observou-se a incompatibilidade de
dados entre os nmeros de bitos entre SINAN e SIM sugerindo duplicidades de informaes e/ou subnotificaes, visto
que no h concordncia entre ambos (2011 - SINAN 08 bitos/SIM 04 bitos; 2012 SINAN 05 bitos/SIM 01 bito).
De acordo com o estudo, analisou-se um total de 13.664 casos registrados no trinio, sendo 32,96% em 2011, 32,05% em
2012 e 34,35% em 2013, destacando-se o escorpionismo, tendo uma morbidade de 1,39 indivduos da populao Estadual,
apenas para o ltimo ano, fazendo deste acidente os maiores nmeros (2.916 em 2011, 3.111 em 2012 e 3.397 em 2013)
e as maiores ocorrncias em reas urbanas. Outro aspecto observvel nmero de agresses por abelhas, tornando-
se o segundo caso, em nmeros, no Estado (440 em 2011, 287, em 2012 e 339 em 2913) e os acidentes ofdicos no
apresentam uma sazonalidade marcante; entre as serpentes, o acidente botrpico o de maior incidncia, tendo registrado,
no ltimo ano 76 casos. Este estudo pode servir como um alerta para as autoridades em sade Estadual a intensificarem
suas aes na preveno desse agravo, em dois pontos principais: 1. monitoramento da proliferao do Tityus stigmurus,
espcie predominantes na regio; 2. capacitao de profissionais de sade para o atendimento, diagnstico e tratamento
dos acidentados.
75

34 EPIDEMIOLOGY OF BEE STINGS IN CAMPINA GRANDE, PARABA STATE,


NORTHEASTERN BRAZ
Renner de Souza Leite, Jos Franscidavid Barbosa Belmino, Sanny da Silva Furtado
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universi-
dade Federal de Campina Grande (UFCG)

In Latin America, bee stings are considered a public health problem due to the high incidence and clinical severity of such
cases. African honeybees (Apis mellifera scutellata), characterized by their aggressive nature and high honey production,
were introduced in Brazil in 1956. In the following year, there was an accidental release of some queens of this species,
resulting in the hybridization or africanization of European bees (Apis mellifera mellifera and Apis mellifera ligustica)
and uncontrolled breeding of the Africanized species in the Brazilian environment. The frequency of serious and/or fatal
injuries caused by such bees has increased since then. According to the Brazilian Health Ministry, an expressive increase
in the number of bee sting cases have been observed in the last ten years. In 2011, approximately 9,447 cases were
registered in Brazil. Bee stings appear to be more frequent in urban areas and affect more frequently male individuals
aged between 20 and 49 years, who are predominantly stung on the head and torso. This study aims to investigate the
clinical-epidemiological characteristics of bee stings recorded between 2007 and 2012 in the city of Campina Grande,
Paraba State, Northeastern Brazil. Data were collected from the database of the Injury Notification Information System
of the Brazilian Ministry of Health. A total of 459 bee sting cases were retrospectively analyzed. The average annual
incidence was 19 cases per 100,000 inhabitants. Cases were distributed in all months of the year, with higher prevalence
in September and February. Most victims were men aged between 20 and 29 years. The highest incidence of cases was
recorded in urban areas. Victims were stung mainly on the head and torso and received medical assistance predominantly
1 to 3 hours after being stung. The most frequent clinical manifestations were pain, edema and itching. Most cases were
classified as mild, and three deaths were reported. The high incidence of envenomations provoked by bees in Campina
Grande suggests that it may be an important risk area for accidents. Since several medical records lacked information,
clinical-epidemiological profile of bee sting cases in the studied region could not be accurately determined.

35 ESCORPIONISMO NO ESTADO DA PARABA: ASPECTOS EPIDEMIOLGICOS E


CLNICOS NO BINIO 2012-2013
Lvia Maria Costa e Sousa, John Kennedy Vieira Pinto Junior, Vinicius Arajo Targino de Sousa
Universidade Federal da Paraba

O escorpionismo um importante problema de sade pblica, em razo de seu potencial de induzir quadros clnicos graves.
Tal problema tem crescido de forma mais significativa, principalmente em regies de clima quente, como no Nordeste,
nos meses em que ocorre aumento da temperatura e da pluviosidade. O freqente aparecimento desses animais em reas
urbanas pode estar associado presena de reas verdes, rede hidrogrfica, rede de esgotos e habitaes deficientes
em infraestrutura. As principais manifestaes clnicas do escorpionismo so: dor, edema, eritema, parestesia, cefaleia,
vmitos e sudorese, em graus variveis de intensidade. Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar aspectos
epidemiolgicos e clnicos do envenenamento por escorpies (Tytius stigmurus), no Estado da Paraba, no perodo de
2012 a 2013. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, utilizando-se dados obtidos das fichas de registro de
intoxicao mediante notificao disponibilizadas pelo Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN Net)
no site do DATASUS. Considerando as notificaes registradas pelo SINAN Net, no binio 2012 2013, constatou-se um
total de 5.418 casos registrados nos 10 municpios avaliados, sendo Joo Pessoa o municpio com maior registro (3.167
ou 58,45%). Grande parte das ocorrncias apresentou sintomatologia de intensidade leve (5.091 ou 93,96%), sendo a
dor a manifestao predominante (5.030 casos em relao ao valor total). Levando em conta as manifestaes sistmicas
(moderadas e graves), 167 pacientes as apresentaram ao passo em que apenas 116 receberam soroterapia. Do tempo
decorrido entre a picada e o atendimento, 4.280 (79,00%) pacientes foram atendidos no intervalo entre 1 6 horas. A zona
de ocorrncia com maior prevalncia foi a urbana (4.900 ou 90,43% dos do total de casos). Assim, o crescente aumento
dos acidentes escorpinicos deve-se em parte, ao constante crescimento urbano, a falta de saneamento em algumas reas
e ao acmulo de lixo, os quais facilitam ocorrncia de acidentes. Desta forma, imprescindvel a implantao de polticas
educacionais adequadas somadas a um saneamento bsico qualificado na busca pela reduo na ocorrncia desses casos
e consequente melhoria na qualidade de vida da populao em geral.
76

36 ESCORPIONISMO NO ESTADO DO PIAU, NORDESTE DO BRASIL (2007-2012)


Nayana da Rocha Oliveira, Ana Clara da Rocha Sousa, Rafaella Moreno Barros, Renner de Souza Leite
Universidade Federal de Campina Grande

INTRODUO: Os acidentes por escorpio tm sido considerados um problema de sade pblica em pases tropicais
e subtropicais devido alta incidncia e potencialidade do veneno de algumas espcies em induzir quadros clnicos
graves, s vezes fatais. No Brasil, a regio nordeste tem registrado a maior incidncia de envenenamento por escorpies.
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiolgico dos acidentes causados por escorpies no estado do Piau, nordeste do
Brasil. Mtodos: Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de envenenamento por escorpies no estado do Piau,
nordeste do Brasil, registrados entre o perodo de 2007 a 2012. Os dados epidemiolgicos foram coletados no banco de
dados do Sistema de Informao de Agravos e de Notificaes do Ministrio da Sade. Resultados: Foram notificados
3387 casos no estado do Piau entre 2007 a 2012, com mdia de 564,5 casos por ano. A maior incidncia de casos foi
registrada em indivduos do gnero masculino (54%), com idade entre 30 e 39 anos (16,7%) e grau de escolaridade de 1
a 4 srie (23,76%). A maioria dos casos no esto relacionados com atividades laborais (66%). Os membros superiores
foram os mais atingidos (47,6%), sendo a mo a parte mais acometida (25,3%). As vtimas foram atendidas no sistema
de sade, em sua maioria, entre 1 e 3 horas aps o acidente (35,6%). Foi realizada soroterapia em 34,7% casos. Quanto
sazonalidade, o ms de julho registrou a maior incidncia, com 11,31% dos casos. A zona rural apresenta-se com o maior
nmero de casos (67,3%). A maioria dos casos foi classificada como leve (66,3%) e 89% evoluram para a cura. Foram
registrados 6 bitos. Concluso: Os resultados obtidos evidenciaram um perfil epidemiolgico envolvendo indivduos do
gnero masculino com baixo grau de escolaridade, na faixa etria de 30 a 39 anos, sendo os membros superiores os mais
acometidos, prevalncia de acidentes na zona rural, acometendo em sua maioria agricultores.

37 ESTUDO COMPARATIVO DAS TENTATIVAS DE SUICDIO EM ADOLESCENTES


POR AGROTXICOS AGRCOLAS EM 2008 E 2013
Rinara Anglica de Andrade Machado, Sony de Freitas Itho; Joanina Bicalho Valle; Guilhermina Vieira Laranja;
Thays Bisi Timoteo; Hellen Dutra Passos
Centro de Atendimento Toxicolgico do Espirito Santo (Toxcen-ES), Vitria, Espirito Santo, Brasil

Introduo: A adolescncia, que compreende cerca de quase 20% da populao total, marcada por inmeros conflitos
comportamentais e modificaes biolgicas que, por vezes, podem levar ao suicdio. Uma das ferramentas dessa
circunstncia, considerando sua alta morbimortalidade, o uso de agrotxicos agrcolas. Objetivo: Analisar o perfil das
intoxicaes com agrotxicos agrcolas, por tentativa de suicdio, entre adolescentes, comparando um intervalo de seis
anos. Metodologia: Estudo comparativo, retrospectivo dos casos de tentativas de suicdio na faixa etria entre 10-19 anos
notificados no Centro de Atendimento Toxicolgico e SINAN (Sistema de Notificao de Agravos e Notificao) em
2008 e 2013. Resultados: Em 2008 ocorreram 560 casos de intoxicao/exposio com agrotxicos agrcolas sendo 299
(53,4%) por tentativa de suicdio. Dentre os 60 casos (20,1%) na faixa etria estudada, houve predomnio do sexo feminino.
A faixa de 10-14 anos compreendeu 13,3%(8 casos). Neste estudo o principal agente utilizado foi o chumbinho, inclusive
responsvel por dois bitos (15-19 anos). Em 2013 foram 1404 casos notificados com essa categoria de agrotxicos
sendo 590 (42,0%) por tentativa de suicdio. O perodo da adolescncia totalizou 16,4% (97 casos), predominando o
sexo feminino. De 10-14 anos houve 24 (24,7%) registros. O chumbinho foi o agrotxico mais utilizado e responsvel
pelo nico bito (15-19 anos). Concluso: De 2008 para 2013 nota-se um aumento no nmero de casos por tentativa de
suicdio com agrotxicos, mas houve uma reduo (3,7%) na adolescncia (10-19 anos) proporcionalmente quantidade
de casos verificados em 2008. Entretanto, observa-se ainda um aumento do nmero de casos entre 10-14 anos. Dentre as
causas do aumento do percentual na faixa mais jovem talvez as mudanas de valores e desestrutura familiar sejam fatores
condicionantes. A predominncia do sexo feminino mostra a maior vulnerabilidade deste sexo nesta faixa etria. Apesar
da proibio da comercializao do aldicarb desde novembro de 2012, o chumbinho foi o agente predominante sendo a
maior causa de bito. De acordo com a Organizao Mundial da Sade (OMS) a troca de informaes sobre suicdio pode
prevenir 90% das mortes, portanto, necessria a implantao de uma de rede de preveno e ateno ao suicida.
77

38 ESTUDO COMPARATIVO DO PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS CASOS DE


INTOXICAO/EXPOSIO POR CHUMBINHO NOS ANOS DE 2008 E 2013.
Sony de Freitas Itho, Lyvia Barbosa Alves, Mariana Santos Reis, Mariana Reis Liparizi, Nathalia de Freitas Bar-
celos Itho
1) Escola Superior de Cincias da Santa Casa de Misericrdia de Vitria/Esprito Santo - Brasil (EMESCAM)
2) EMESCAM 3) EMESCAM 4)Centro de Atendimento Toxicolgico do Esprito Santo - Brasil (TOXCEN) 5)
TOXCEN

Introduo: Ochumbinho na grande maioria contm aldicarbe, um carbamato inibidor da acetilcolinesterase. Seu
mal-uso importante causa de morbimortalidade principalmente nas tentativas de suicdio. A Anvisa alude que 60% das
intoxicaes/exposies/ano por chumbinho refere ao aldicarbe. Em 2012 proibiu-se a produo/comercializao/uso de
qualquer agrotxico a base deste, embora existam outros granulados com vrios ingredientes ativos no mercado. Objetivos:
Traar e analisar comparativamente o perfil epidemiolgico dos casos de intoxicao/exposio por chumbinho no
Estado. Mtodos: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo e comparativo, atravs dos dados do SINAN e do Centro
de Atendimento Toxicolgico em 2008 e 2013. Avaliou-se: o nmero de casos de intoxicao/exposio global/ano e
exclusivamente por chumbinho, faixa etria/sexo, circunstncia do acidente, associao com outras substncias e nmero
de bitos. Anlises laboratoriais foram indisponveis. O diagnstico foi clnico de sndrome colinrgica e/ou grnulos na
lavagem gstrica. Resultados: Em 2008, o total por chumbinho foi 243/2,0% do total de casos, sendo 70,0%/30,0% por
intoxicao e exposio respectivamente. Predominou a faixa de 20-29 anos (27,6%) com 140/57,7% mulheres notificadas.
As circunstncias foram: tentativa de suicdio (191/78,6%), acidente individual (34/14%) e outras/ignoradas (18/7,4%). O
uso isolado de chumbinho correspondeu a 85,6% dos casos e 14,4% das associaes, onde o medicamento predominou
(7,4%). Dos 25 pacientes graves (Poisoning Severity Score-PSS), houve nove bitos (3,7%). Em 2013, o chumbinho foi
responsvel por 297/1,5%. Ocorreram 74,0% intoxicaes e 26,0% exposies. Predominou a faixa de 20-29 anos (22,6%)
com 65,3% no sexo feminino. As circunstncias envolvidas foram: tentativas de suicdio (231/77,8%), acidente individual
(52/17,5%) e outras/ignoradas (14/4,7%). De 7,4% de associaes, 4,0% foram por drogas de abuso. Dos 24 pacientes graves,
cinco foram a bito (1,7%). Discusso/Concluso: No perfil epidemiolgico, predominaram os adultos jovens femininos. A
tentativa de suicdio manteve-se como a circunstncia mais envolvida com um aumento percentual dos acidentes individuais.
Ressalta-se uma diminuio das associaes com predomnio das drogas abusivas em 2013. Aumentaram as exposies e os
casos leves associados reduo da gravidade das intoxicaes que, para melhor contextualizao, necessita identificao da
composio do chumbinho e peculiaridades no atendimento pr-hospitalar/hospitalar que podem ser os responsveis pela
diminuio percentual da letalidade no decorrer desses anos.

39 ESTUDO DE ACIDENTES POR PLANTAS TXICAS REGISTRADOS NO SINAN


NET NO ESTADO DA PARABA
Bastos, K.X.1; Nunes, A.P.L.1; Cartaxo, J.L.S.1; Magalhes, H.I.F.2
1
Graduando em Farmcia UFPB. Plantonista do CEATOX/HULW/UFPB; 2Farmacutico-Bioqumico do CEA-
TOX/HULW/UFPB. Prof. Adjunto de Toxicologia do Depto. de Cincias Farmacuticas-UFPB

Introduo: O estudo das plantas cresce anualmente no Brasil. Assim so descobertas as medicinais, mas tambm as txicas.
Os princpios ativos, presentes nas plantas txicas so: alcalides, glicosdeos cardioativos, glicosdeos cianognicos, os
taninos, as saponinas, o oxalato de clcio, as toxialbuminas, todos provocando sintomas semelhantes em animais ou em
humanos. Objetivo: Estudo comparativo entre o nmero de notificaes registradas no Sistema de Informao de Agravos
de Notificaes Sinan Net no estado da Paraba e os demais estados brasileiros, de acidentes por plantas txicas no
perodo de 2010 a 2012. Mtodos: Estudo descritivo e retrospectivo. Foram realizadas buscas das notificaes registradas
no Sinan Net de acidentes por plantas txicas no perodo de janeiro de 2010 a dezembro de 2012 com pacientes de 0 a 64
anos. Resultados: Atravs das buscas, foram encontrados um total de 19 acidentes com plantas txicas no estado da paraba
durante o trinio. Tanto no ano de 2010 quanto de 2011 foi registrado apenas 1 caso, respectivamente. O maior nmero de
notificaes foi 2012 (17casos), se comparado aos demais estados, que mostraram 1640 notificaes, um nmero muito
baixo. O estado de Minas Gerais apresentou o maior nmero de casos (17%) e o Par o menor (0,37%). importante destacar
que esses acidentes foram os registrados no sistema, mas pode ter acontecido outros que no chegaram ao conhecimento da
equipe, sugerindo que h um grande nmero de subnotificaes, pois a Paraba apresenta uma grande diversidade de plantas
txicas. Concluso: Os dados do presente estudo fornecem uma pequena extenso dos acidentes chegados aos hospitais de
Campina Grande e Joo Pessoa, levando ao questionamento sobre quais teriam sido os fatores que favoreceram os acidentes
e o porqu de no haver registro em hospitais de outras cidades do estado. Dessa forma o monitoramento dos registros de
acidentes por essas plantas poder servir como instrumento na aplicao de medidas profilticas.
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40 FREQUNCIA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS OCORRIDOS NA


BAHIA, 2007 A 2012
Quzia Souza de Santana Lima, Snia Helena Jesus dos Santos Picano, Aina Sheila Ribeiro Carvalho, Diego
Sales de Argollo
Centro Antiveneno da Bahia

Animais peonhentos so aqueles capazes de produzir e inocular substncias txicas, sendo responsveis por acidentes
que podem evoluir ao bito. No Brasil, os acidentes por animais peonhentos constituem um grave problema de sade
pblica. O presente estudo tem como objetivo descrever as notificaes de acidentes por animais peonhentos ocorridos
na Bahia, entre 2007 e 2012, registradas no Sistema de Informaes de Agravos de Notificao (SINAN). Foi realizada
reviso de literatura e consultas a artigos cientficos atravs da BIREME e SciELO. Os dados do SINAN foram coletados
no TabNet/DATASUS. As variveis foram: macrorregio de ocorrncia, tipo de agente, sexo, faixa etria, classificao
final e evoluo do caso. O processamento dos dados foi realizado atravs de anlise descritiva e utilizao do Microsoft
Office Excel 2007. Foram notificados ao SINAN 74.338 acidentes por animais peonhentos ocorridos na Bahia no
perodo de 2007 a 2012, equivalente a mdia de 12.390 acidentes/ano. O coeficiente de incidncia teve uma variao
entre 0,65 (2007) e 0,93 (2012) /1000 habitantes. Foram registrados acidentes nos 417 municpios do estado, sendo que as
macrorregies mais atingidas foram a Sudoeste e a Oeste, com incidncia de 2,30 e 1,30/1000 habitantes, respectivamente.
O sexo masculino foi o mais atingido (55,97%) e a faixa etria de 20-59 anos (57,22% masculino e 54,32% feminino). A
maioria dos acidentes notificados foi por escorpio com 49.701 (66,86%), seguidos por serpentes com 17.258 (23,22%).
Quando estratificado por macrorregio, a Centro-leste, Oeste e Sudoeste seguiram este padro. As demais, Centro-Norte,
Extremo Sul, Leste, Norte e Sul apresentaram as serpentes como principais agentes e a Nordeste apresentou registros
apenas de escorpionismo. A classificao final revelou que 72,28% das notificaes foram leves seguidas por 18,52%
moderadas. Com relao evoluo, observou-se que 90,05% dos casos evoluram para cura, porm, 296 bitos foram
notificados, correspondendo letalidade geral de 0,38%, com maiores coeficientes nos acidentes por abelhas (0,68%),
serpentes (0,63%), escorpies (0,29%) e aranhas (0,28%). Os dados encontrados no perodo sugerem que a Bahia reflete a
mdia geral de acidentes registrada no Brasil. Quanto ao agente causador percebe-se uma heterogeneidade nas diferentes
macrorregies, provavelmente decorrente das diversas condies regionais e geogrficas.

41 NDICE DE INTOXICAES POR PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERPICOS


Adrielle Maria Mendes Severo, Adriene Mendes Severo, Daiane Farias Silva, Richard Morrinson Couras de Car-
valho, Josymara Trajano de Farias, Juliana Gregrio Ramalho Carvalho, Hemerson Iuri Ferreira Magalhes
Universidade Federal da Paraba Universidade Federal de Campina Grande

Introduo: As plantas medicinais possuem princpios ativos, que dependendo da situao ou do uso indiscriminado
pode causar srios problemas, como intoxicaes. Os sinais e sintomas da intoxicao dependero da natureza e
quantidade de substncia absorvida e da via de introduo. Assim sendo, o estudo da medicina popular vem ganhando
espao e ateno devido quantidade de informaes e esclarecimentos que essa cincia apresenta. No Brasil existe
uma grande diversidade de plantas medicinais, conhecer os agentes qumicos resultar em melhor efeito e baixo risco
de intoxicao. Objetivos: Qualificar os principais agentes qumicos que causam intoxicaes; verificar a incidncia de
casos de intoxicaes por plantas medicinais e fitoterpicos. Metodologia: Para obteno dos ndices de intoxicaes
utilizamos levantamento a partir de dados bibliogrficos entre os anos de 2010 a 2013. Resultado e Discusso: Atravs de
pesquisas bibliogrficas os agentes qumicos presentes em algumas plantas medicinais e que relacionam-se com quadros
de intoxicaes so os alcalides, cardiotnicos, glicosdios cianogenticos e protenas txicas. De acordo com o banco de
dados de Farmacovigilncia da ANVISA, no perodo proposto, foram notificados 165 casos de eventos adversos com uso
de fitoterpicos e plantas medicinais. Destes, 54% das notificaes foram por profissionais de sade, 30% por usurios
e 15% das notificaes no foi informada a origem. Dentre os profissionais de sade, 60% foi referente a notificaes
oriundas de farmacuticos. As notificaes da ANVISA so avaliadas de acordo com a gravidade, sendo que destas,
19,8% foram consideradas graves. Concluso: A anlise dos dados mostraram que, os profissionais de sade precisam
ser habilitados para interrogar os pacientes sobre o uso adequado de plantas medicinais e fitoterpicos, necessitando de
treinamento e orientao, no tocante a notificao de tais reaes ao Sistema Nacional de Farmacovigilncia. importante
que os usurios busquem recomendaes, quanto ao manejo correto com profissionais da sade, procurando atendimento
correto diante de qualquer suspeita de reao adversa. Portanto, a conscientizao da populao quanto ao uso correto da
prtica integrativa de suma importncia para sade coletiva e para a preveno de intoxicaes com elementos que em
um primeiro momento no oferecem nenhum problema.
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42 INGESTO DE CUSTICOS POR CRIANAS: PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS


LTIMOS 5 ANOS NO DF
Larissa Rezende, Joseney Santos, Andra Amoras
1) Centro de Informaes Toxicolgicas - DF, 2) Universidade de Braslia

Introduo / Objetivo: A ingesto de custicos um dos acidentes mais comuns entre crianas, com altos nmeros de
notificaes em Centros de Informaes Toxicolgicas de todo o pas. Tendo em vista que, para minimizar a ocorrncia
desses acidentes, primariamente necessrio o conhecimento das circunstncias em que eles ocorrem, o objetivo desse
estudo traar um perfil epidemiolgico desses acidentes por crianas do Distrito Federal nos ltimos 5 anos. Mtodos:
Estudo retrospectivo dos casos notificados ao Centro de Informaes Toxicolgicas do Distrito Federal entre os anos de
2009 e 2013, considerando variveis como idade, sexo, circunstncia do acidente e tipo de custico ingerido. Resultados:
Os acidentes ocorreram predominantemente na faixa etria de 1 a 3 anos (83,7%), e entre crianas do sexo masculino
(57,1%). Todos os casos foram relatados como acidentais, e a substncia mais ingerida foi a gua Sanitria (38,1%),
seguida pela Soda Custica (13,4%), as Amnias (10,7%) e os derivados de Formol (8,8%). Concluso: O perfil
epidemiolgico da ingesto de custicos por crianas no Distrito Federal est em consonncia com o padro estabelecido
em outras localidades. Ademais, a incidncia desses acidentes s pode ser diminuda a partir de estratgias de preveno,
que incluam programas de educao e conscientizao pblica, alm de normas estritas para a produo das embalagens
dos principais custicos comercializados.

43 INTOXICAO POR CHUMBINHO NO NOROESTE DO PARAN


1) Suellen Moura Rocha, 2) Anai Adario Hungaro, 3) Beatriz Ferreira Martins, 4) Jessica Adrielle Teixeira Santos,
5) William Campo Meschial, 6) Magda Lcia Flix de Oliveira
1), 2) e 4) Universidade Estadual de Maring, 3) Universidade Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto

Introduo: Um grupo de produtos clandestinos de importncia sanitria em nosso pas popularmente conhecido como
Chumbinho, irregularmente utilizado como domissanitrio e raticida, devido crena de sua alta eficcia, potente letalidade
e modo de ao rpido no combate aos roedores. Desde a metade da dcada de 1990, a intoxicao por Chumbinho
considerada importante causa de morbidade e mortalidade no Brasil e seu uso vem se popularizando como agente suicida,
de homicdios e de acidentes qumicos, devido ao fcil acesso e baixo custo, expondo a populao a riscos de intoxicaes
graves e muitas vezes fatais, e elevando a taxa de mortalidade dentre todos os produtos notificados pelos centros de
informao e assistncia toxicolgica CIAT. Objetivo: Analisar o perfil casos de intoxicao pelo produto Chumbinho,
utilizado clandestinamente como raticida. Materiais e Mtodo: Anlise retrospectiva de fichas de epidemiolgicas de
ocorrncias notificadas a um centro de assistncia toxicolgica da regio Noroeste do Paran, no perodo de 2006 a 2011.
Resultados: Foram analisadas 74 notificaes, com mdia anual de 12,3 5,1 casos e 50% dos registros no terceiro
binio. A maioria das intoxicaes ocorreu em adultos do sexo masculino (56,7%), na faixa etria entre 15 e 49 anos
(72,9%), e a tentativa de suicdio foi a circunstncia mais frequente - 66 (89,2%). Os casos de intoxicao por Chumbinho
aumentaram gradualmente nos anos estudados, acometeram pessoas em idade economicamente ativa, e constatou-se alta
gravidade clnica: 33 (44,5%) intoxicados necessitaram de internao e aconteceram quatro bitos (2,7%). Concluso:
Embora a casustica do presente estudo seja pequena, seus resultados e a anlise de diversas publicaes apontam que o
Chumbinho um produto amplamente utilizado como raticida, e devido ao seu alto poder toxicante vem sendo utilizado
como arma, seja para suicdio e tentativas de homicdio, e crianas vm sendo envenenadas acidentalmente. Diante desse
emergente problema de sade pblica, conclui-se pela necessidade de maior fiscalizao sanitria e apreenso do produto
na regio.
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44 INTOXICAES EM IDOSOS ATENDIDOS PELO CENTRO DE INFORMAES


TOXICOLGICAS DE BELM.
Jos dos Reis Vieira Netto, Isaas Dias de Oliveira, Paulo Igor Teixeira Silva, Jorge Antonio Aguiar de Sousa, Pe-
dro Pereira de Oliveira Pardal, Maria Apolnia da Costa Gadelha, Elke Maria Nogueira de Abreu
1) UFPA e CIT/Belm 2) UFPA e CIT/Belm 3) UFPA e CIT/Belm 4) UFPA e CIT/Belm 5) UFPA e CIT/Belm
6) UFPA e CIT/Belm 7) SESPA

Objetivos: Analisar o perfil epidemiolgico das intoxicaes em idosos atendidos pelo Centro de Informaes Toxicolgicas
de Belm, no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2013. Mtodo: Foi realizado um estudo retrospectivo, transversal
e descritivo. Os dados foram obtidos atravs do banco de dados do Centro de Informaes Toxicolgicas de Belm (CIT/
Belm), analisados e processados atravs do programa Epi Info 3.5.4. Foram excludos deste estudo os dados provenientes
de buscas ativas e referentes a envenamentos por animais peonhentos. Resultados: No perodo foram atendidos 156
casos envolvendo idosos, destes, 39,1% (61 casos) so referentes intoxicao por produtos qumicos (medicamentos,
produtos qumicos industriais, agrotxicos, metais entre outros.). Observou-se uma maior incidncia em idosos do gnero
masculino (70,5%). O municpio com maior nmero de casos foi Belm, com 47,5% das intoxicaes. A faixa etria mais
acometida foi entre os 60 e 65 anos, correspondendo 44,3% dos atendimentos. Quanto aos agentes txicos, 41% foram
medicamentos, 22,9% agrotxicos, 11,5% domissanitrios, 11,5% produtos qumicos industriais e 13,1% outras classes
(metais, alimentos, etc). 57,4% das circunstncias foram acidentais, enquanto que 14,7% envolveram tentativas de suicdio
e 11,5% uso teraputico. Durante esse perodo foi registrado apenas um bito (1,6%) que foi causado por agrotxico
(chumbinho) em uma tentativa de suicdio. Concluso: Conclui-se que h altos ndices de intoxicaes acidentais, em sua
grande maioria causada por medicamentos e que atravs da anlise destes dados possvel desenvolver aes preventivas
voltadas para os idosos, afim de que esses nmeros venham a ser reduzidos.

45 INTOXICAES EM MENORES DE DEZ ANOS: AVALIAO DE UMA DCADA


(2004-2013)
Lvia Helena Freitas da Silva, Cirene Lesniowski Delgobo, Vivian Karla Brognoli Franco, Margaret Grando,
Adriana Mello Barotto, Ronald Ferreira dos Santos, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC

Introduo: As crianas possuem caractersticas que as tornam vulnerveis aos acidentes assim como s intoxicaes.
Destacam-se a imaturidade fsica e mental, a inexperincia, a incapacidade para prever situaes de perigo, a grande
curiosidade, a tendncia para imitar comportamentos e as particularidades orgnicas prprias da idade. Dessa forma, as
crianas representam uma das faixas etrias mais acometidas pelas intoxicaes, o que gera parte das ocorrncias nas
emergncias peditricas. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiolgico das intoxicaes em crianas abaixo de dez anos
registradas em um Centro de Informaes Toxicolgicas. Mtodo: Estudo descritivo tipo srie de casos em crianas com
idade abaixo de dez anos, no perodo de janeiro de 2004 dezembro de 2013. Resultados: No perodo avaliado foram
registrados 20.482 casos, correspondentes a 26,4% do total de intoxicaes nestes dez anos. A maioria ocorreu na faixa
etria de 1 a 4 anos (72%) com predomnio do gnero masculino (53,6%). O maior nmero de intoxicaes ocorreu nas
residncias (83,7%) e em zona urbana (90,2%). Em relao s circunstncias, a forma acidental foi a mais freqente
(92,7%), seguida pelos erros de administrao (4,8%) e uso indevido (0,8 %). Foram classificados como leves 84,8%,
moderados 5,1% e graves 1,1% dos casos. As classes de agentes mais envolvidas foram os medicamentos (32,8%), os
animais peonhentos (16,8%) e os produtos domissanitrios (16,1%). Os psicotrpicos e os analgsicos foram os grupos
de medicamentos mais prevalentes. O hipoclorito de sdio foi o princpio ativo mais envolvido nos casos e o paracetamol
o mais prevalente nos caso graves. Foram internados 11% dos casos. Evoluram para cura 98,7% e a bito 0,06% das
ocorrncias. Ao total ocorreram 12 casos de bitos que representaram 5,5% dos casos graves. Concluses: Substncias
frequentemente presentes nas residncias, como o hipoclorito de sdio e o paracetamol, apresentaram as maiores taxas
de envolvimento nas intoxicaes infantis estudadas. Esses resultados demonstram a necessidade de medidas preventivas
relativas apresentao do produto, ao armazenamento e s embalagens no s pelo aspecto de proteo classe peditrica,
mas tambm pela economia que pode ser obtida a partir da diminuio desse tipo de ocorrncia.
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46 INTOXICAES POR AGROTXICOS: REGISTROS DE UM CENTRO DE


ASSISTNCIA TOXICOLGICA DO PARAN
1) Suellen Moura Rocha, 2) Anai Adario Hungaro, 3) Beatriz Ferreira Martins, 4) Michele Cristina Santos, 5)
Laiane Mucio Correia, 6) Magda Lcia Flix de Oliveira
1), 2), 3), 4), 5) e 6) Universidade Estadual de Maring

Introduo: Apesar de considerado evento de notificao compulsria, a insuficincia de dados confiveis sobre as
intoxicaes por agrotxicos reconhecida no sistema de sade brasileiro. Na construo de um sistema de informao para
vigilncia das populaes expostas aos agrotxicos, relevante o protagonismo da rede nacional de centros de informao
toxicolgica. Objetivo: Caracterizar intoxicaes por agrotxicos reportadas a um centro de assistncia toxicolgica
do Paran, em um perodo de nove anos. Mtodo: Estudo descritivo e exploratrio, com anlise retrospectiva de fichas
epidemiolgicas de Ocorrncia Toxicolgica (OT). A populao foi representada por 1240 indivduos com diagnstico
mdico de intoxicao aguda ou crnica por agrotxicos no perodo de janeiro de 2003 a dezembro de 2011. Foram
verificados sexo e idade das vtimas; classificao do agrotxico; circunstncia e gravidade da intoxicao; e desfecho
dos casos. Os dados foram tabulados em planilha no Software Excel 2007 e analisados por estatstica descritiva simples.
Resultados: Aconteceu a mdia de 138 intoxicados/ano, predominando no sexo masculino, com 827 casos (67%), e na
faixa etria entre 20 59 anos, com 854 casos (68%), mas aconteceram casos na faixa etria de zero a 10 anos (151 -
12%) e acima de 60 anos (73 - 6%). A tentativa de suicdio apareceu como principal circunstncia e o principal grupo
de agrotxicos foram os inseticidas inibidores das colinesterases (519 42%). A utilizao de leitos de terapia intensiva
em 116 (9, 2%) casos demonstra a gravidade dos casos, porm a maioria obteve a cura no momento da alta hospitalar. O
desfecho de 19 casos (16%) foi o bito. Concluso: O perfil das intoxicaes por agrotxicos no perodo estudado, teve
predomnio de notificaes no sexo masculino e idade produtiva; destaque para as profisses que envolvem o trabalho
agrcola; presena de trabalho infantil e do idoso; inseticidas de uso agrcola, com alta incidncia de intoxicao por
inibidores das colinesterases, foram agentes da maioria das intoxicaes; maioria dos casos notificados em unidades
hospitalares; maior percentual de intoxicaes e bitos na circunstncia intencional; maior proporo de cura, porm as
elevadas taxas de internao em terapia intensiva e de letalidade indica gravidade dos casos.

47 INTOXICAES POR PSICOTRPICOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO


Pedro de Lima Santana Neto1, Sofia Vidal Campos Pires1, Paloma Porto Amorim1, Rodrigo Patriota Pires & Ma-
rlia Teixeira de Siqueira
1) Centro de Assistncia Toxicolgica de Pernambuco - Secretaria Estadual de Sade Praa Oswaldo Cruz S/N,
Boa Vista Recife PE; 2) Faculdade de Cincias Mdicas Universidade de Pernambuco. Rua Arnbio Mar-
ques, 310, Santo Amaro. Recife PE

Introduo: o Ministrio da Sade do Brasil identifica que mais de um quarto das intoxicaes ocorridas no pas
so decorrentes de medicaes. A Poltica Nacional de Medicamentos enfatiza que a farmacovigilncia realizar a
identificao e avaliao dos efeitos, agudos ou crnicos, do risco do uso dos tratamentos farmacolgicos no conjunto
da populao ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos especficos. Objetivo: descrever o perfil dos casos de
intoxicao por medicamentos psicotrpicos em Pernambuco no perodo de 2011 a 2013. Mtodos: estudo observacional
e descritivo dos casos confirmados por intoxicao exgena por medicamentos psicotrpicos atendidos e registrados
pelo Centro de Assistncia Toxicolgica de Pernambuco (Ceatox PE). As variveis consideradas foram: ano, faixa
etria, sexo, circunstncia e municpio de residncia. Os dados foram processados e analisados no Microsoft Excel 2007.
Resultados: foram identificados 958 casos de intoxicao por psicotrpicos no Estado. Houve um incremento de 47%
de notificaes no trinio, passando de 256 em 2011 a 376 em 2013. As intoxicaes acidentais predominaram na faixa
etria de 1 a 9 anos (87,8%) e as intencionais concentraram-se a partir de 10 anos (98,6%). As mulheres foram mais
atingidas (65,1%). Houve notificaes em 52% dos municpios pernambucanos, sendo que as cidades que compem
a regio metropolitana foram responsveis por 80,0% dos registros. Concluses: o aumento do nmero de casos no
perodo analisado reafirma a relevncia dos medicamentos psicotrpicos e tambm reflete a consolidao da assistncia
prestados pelo Ceatox-PE, que teve suas atividades implementadas em 2011. fundamental a identificao dos grupos
populacionais vulnerveis s intoxicaes por medicamentos psicotrpicos para traduzir as recomendaes de polticas
nacionais em programas e aes adaptados s realidades locais. Este agravo, pela alta morbidade e custo ao sistema de
sade, deve ser inserido na agenda de discusses em sade coletiva e toxicologia.
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48 O ESCORPIONISMO NA MICRORREGIO DE GOINIA, GOIS (2007-2011)


Patrcia de Moraes Silva, Layane Marques de Souza, Wanessa Masson Moura, Anita de Moura Pessoa, Nelson
Jorge da Silva Jr
1,2,3,4, 5) Pontificia Universidade Catlica de Gois

Objetivos: Esse estudo descreve o perfil do escorpionismo na regio metropolitana de Goinia, entre 2007 e 2011.
Mtodos: Foram utilizados os dados do Sistema de Informao de Agravos de Notificao; fichas de notificao do Centro
de Informaes Toxicofarmacolgicas de Gois e pronturios mdicos do Hospital de Doenas Tropicais de Goinia
Dr. Anuar Auad. Os dados sobre a expanso urbana foram obtidos atravs do IBGE e de imagens de satlite Landsat.
Resultados: A microrregio de Goinia correspondeu a 36,50% dos acidentes com escorpies registrados no estado
de Gois. No h uma sazonalidade definida, haja vista, que os acidentes ocorreram em todo o ano. Foram quase que
uniformemente distribudos entre os sexos e dentro da faixa etria entre 20 e 49 anos. A regio da picada prevaleceu em
mos e ps, com uma ocorrncia importante no tronco e pelve. Quanto sintomatologia local, prevaleceram a dor, podendo
estar associada a edema, hiperemia e parestesia. Dentre as manifestaes sistmicas mais frequentes, foram relatados os
sintomas vagais que juntamente com possveis complicaes, determinam a gravidade do acidente. Em 83,14% dos casos
no foi realizado a soroterapia, sendo tratados com a administrao de medicao de suporte e bloqueio anestsico. Para
os pacientes que necessitaram de soroterapia, foi utilizado um total de 586 ampolas de soro antiescorpinico, com uma
mdia de quatro ampolas por paciente. Informaes importantes como exames laboratoriais complementares, reaes e
tratamento das reaes soroterapia, medicao pr-soro e bloqueio anestsico foram detalhadas entre os pronturios
mdicos. Nenhum bito foi registrado. A rea urbana da grande Goinia (municpios de Aparecida de Goinia, Goinia,
Senador Canedo e Trindade) em 1996 representava 90,94% do total entre os 17 municpios e em 2011, 88,37%, explicado
pelo crescimento de municpios vizinhos. Concluso: A descrio dos casos sugere uma forte correlao do escorpionismo
com a expanso urbana e a domiciliao dos acidentes, diante do elevado nmero de casos com mulheres e crianas.

49 O ESCORPIONISMO NO ESTADO DE GOIS (2007 2011)


Wanessa Masson Moura, Layane Marques de Souza, Patrcia de Moraes Silva, Anita de Moura Pessoa, Nelson
Jorge da Silva Jr
1,2,3,4, 5) Pontificia Universidade Catlica de Gois

Objetivos: Descrever o perfil do escorpionismo no estado de Gois entre 2007 e 2011 e seus aspectos clnico-
epidemiolgicos. Mtodos: Os dados foram obtidos atravs base eletrnica do Sistema de Informao de Agravos de
Notificao; e a partir da coleta diretamente nas fichas de notificao do Centro de Informaes Toxicofarmacolgicas de
Gois. Resultados: Foi analisado um total de 1.095 casos de acidentes com escorpies para o estado. A regio da picada
prevaleceu o dedo (no especificado se da mo ou p) responsvel por 25,33% das ocorrncias, seguido do p e mo com
21,61% e 17,03% respectivamente. O intervalo entre zero e uma hora prevaleceu entre os casos 47,43%). Em 72,63% os
acidentes foram classificados com leves. A dor o sintoma prevalente, quase sempre acompanhando de edema. Quanto
s manifestaes sistmicas, sintomas vagais como diarreia, vmitos e nuseas, foram relatados por 36% dos pacientes.
Tempo de coagulao foi o exame realizado na maioria dos casos, cujo, 83,46% tiveram seus resultados normais. Infeco
secundria, edema agudo de pulmo e insuficincia respiratria so as complicaes de alguns casos. A maioria dos casos
no requereu soroterapia (57,63%), somente o uso de medicao de suporte e bloqueio anestsico. Para o tratamento
com soroterapia, utilizaram 3.166 ampolas de soro incluindo antiescorpinico, antiaracndico e antibotrpico, com uma
mdia de 2,7 ampolas por paciente. De acordo com o Sistema de Informao de Agravos de Notificao houve 11 bitos
em Gois, porem nas fichas analisadas do Centro de Informaes Toxicofarmacolgicas de Gois para esse trabalho,
no houve o registro de bitos. A taxa de incidncia dos acidentes escorpinicos para o estado de Gois foi de 57,71
acidentes/100.000 habitantes. Dentre as notificaes, em somente 28 (0,93%) foram indicadas o agente causal, sendo:
um (3,57%) escorpio amarelo; um (3,57%) Bothriurus; dois (7,14%) Tityus bahiensis; e 24 (85,71%) Tityus serrulatus.
Concluso: Mesmo que a maioria dos casos tenha sido classificada como leve, houve um uso exagerado de ampolas de
soro.
83

50 PERFIL DAS INTERNAES PEDITRICAS EM UM HOSPITAL PBLICO


DECORRENTES DE INTOXICAO AGUDA.
Leila Carneiro1, Pedro Camargo1, Everton Malheiro2, Reginara Souza2, Jos Domingos Gonalves2, Jucelino Nery
da Conceio Filho3, Marta Menezes1, Dilton Mendona2.
1) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 2) Hospital Geral Roberto Santos 3) Centro Antiveneno da Bahia

Introduo: Os acidentes por intoxicao so um problema de sade pblica, particularmente na infncia e desempenham
importante papel devido alta frequncia, custos de tratamento e possibilidade de seqelas. Objetivo: Descrever o
perfil epidemiolgico e clnico de internaes por intoxicao aguda. Mtodos: Estudo descritivo e retrospectivo das
internaes por intoxicao exgena aguda, em crianas de 0 a 14 anos, em um hospital pblico, no perodo de 2008
a 2010. Analisadas variveis sociodemogrficas e clnicas. Anlise dos dados realizada com o programa SPSS 21.0.
Resultados: Dos 54 pacientes internados, 68,5% foram do sexo masculino, predominando o acidente individual (77,8%)
e tentativa de suicdio (11,1%). As vias de intoxicao mais frequentes foram oral (51,9%) e mordedura/picada (38,9%).
Os agentes txicos mais prevalentes em menores de 1 ano foram raticidas e medicamentos. Nas faixas etrias de 1 a 4 anos
e de 5 a 9 anos, predominaram medicamentos e animais peonhentos. Entre 10 e 14 anos, animais peonhentos e raticidas.
No grupo de medicamentos, predominaram as manifestaes neuropsquicas (89,5%), principalmente sonolncia,
convulses, hipertonia e a principal complicao foi crise convulsiva (15,8%). No grupo de animais peonhentos,
houve predomnio de manifestaes locais (95,5%) como edema e dor; manifestaes gerais febre, mialgia, cefaleia e a
complicao mais frequente foi infeco local (31,8%). Nos casos de raticidas, predominaram as manifestaes digestivas
(88,9%) como vmitos e diarreia; manifestaes neuropsquicas (77,8%) como miose, sialorreia, vertigem, viso turva
e as complicaes foram insuficincia respiratria (22,2%) e pneumonia (22,2%). A maioria dos internamentos foi em
enfermaria (77,8%). O envenenamento foi leve em 16,7%, moderado em 61,1% e grave em 20,4%. Foi observado cura
em 90,7% dos casos e em 7,5% a cura no foi confirmada. No houve bitos. A mdia do internamento foi de quatro dias.
Concluso: Os agentes mais prevalentes encontrados correlacionam com outros estudos dentre as causas de internamento
por intoxicaes agudas na infncia, assim como as manifestaes clnicas e complicaes encontradas por grupo de
agente. Apesar da menor freqncia de complicaes graves, estas precisam ser valorizadas, pois as intoxicaes agudas
representam um agravo potencialmente evitvel. Portanto, embora as intoxicaes tenham baixa letalidade, so de alta
morbidade e apresentam um custo elevado para sade pblica.

51 PERFIL DAS TENTATIVAS DE SUICDIO ATENDIDAS PELO CENTRO DE


INFORMAES TOXICOLGICAS DO AMAZONAS NO PERODO DE 2007-2012
Elias Gomes Souza Neto, Marjorie Arajo Monteiro, Joquebede Nery Chaves Monteiro, Amanda Mamed de Gus-
mo Lobo, Alexandre Targino da Soledade
Centro de Informaes Toxicolgicas do Amazonas. Hospital Universitrio Getlio Vargas

Objetivo: Traar o perfil das tentativas de suicdio atendidas pelo Centro de Informaes Toxicolgicas do Amazonas (CIT-
AM) no perodo de 2007-2012. Mtodos: Trata-se de um estudo descritivo analtico, onde foram observadas as frequncias
das tentativas de suicdio atendidas pelo CIT-AM, compreendido entre os anos de 2007 e 2012. Os dados sobre tentativa de
suicdio foram obtidos nas planilhas em Excel geradas a partir das fichas de atendimento do CIT-AM. As variveis foram
analisadas por meio do software R. Resultados: De 4204 atendimentos, 582 (13,8%) foram tentativas de suicdio. O estado
do Amazonas foi responsvel por 88,7% dos casos, os demais foram referentes a outros estados, tendo 92,1% ocorridos
em reas urbanas. Das solicitaes registradas, 534 (91,8%) foram feitas por profissionais e acadmicos de sade enquanto
49 (8,3%) foram feitas por leigos. Quanto ao horrio em que os atendimentos ocorreram, os perodos vespertino e noturno
agregam a maioria dos casos, uma vez que, aproximadamente 70% deles aconteceram no perodo de 13 a 22 horas. As demais
ocorrncias foram distribudas entre as madrugadas e as manhs (23 a 12 horas). Dentre as 582 tentativas de suicdio, as
mulheres so maioria, com um nmero de ocorrncias de 372 (63,9%), o que representa aproximadamente o dobro de casos
em relao aos homens. A faixa etria prevalente de 19 a 30 anos com 226 (38,8%) atendimentos, o segundo grupo foi de
13 a 18 anos com 156 (26,8%) ocorrncias. Os grupos de substncias txicas envolvidas em tentativas de suicdio foram:
medicamentos (40,9%), agrotxicos agrcolas (21%), domissanitrios (10,5%), raticidas (9,9%), agrotxicos domsticos
(6,8%), produtos qumicos industriais (3,3 %), cosmticos (2,1%), drogas de abuso 1,4%, produtos veterinrios (1,4%),
plantas (0,4%), outros (0,6%), desconhecido (1,6%). Quanto gravidade dos efeitos, 76% das ocorrncias foram de leves a
moderadas. Da totalidade de casos, 91,6 % evoluram para cura e apenas nove casos (1,5%) evoluram a bito. Concluso:
As tentativas de suicdio formam um importante grupo de causas atendidas pelo CIT-AM, com perfil bem definido, uma vez
que, os casos ocorrem principalmente nos perodos da tarde e noite, tendo mulheres jovens como principal grupo, em reas
urbanas e tendo os medicamentos como principal agente intoxicante.
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52 PERFIL DE NOTIFICAES DE INTOXICAO EXGENA EM UMA REGIO DO


MUNCIPIO DE SO PAULO
Daniel de Sousa Filho, Alba Bianco de Freitas, Katia Chrsitina Werner, Satyko Sato Yoshikawa
1) Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein 2) Prefeitura de So Paulo

Objetivos: Desde janeiro de 2011, as notificaes exgenas so agravos de notificao compulsria. Em 2013, foram
realizadas 6106 notificaes no municpio de So Paulo. Na Superviso de Vigilncia em Sade (SUVIS) do Campo
Limpo, responsvel pela vigilncia em sade de cerca de 600.000 pessoas dos cerca de 11 milhes de habitantes do
municpio, h diversas comunidades, em que o uso, abuso e/ou intoxicaes por substncias psicoativas frequente.
Acredita-se que haja uma importante subnotificao das intoxicaes exgenas nessa regio. Assim, o objetivo deste
trabalho iniciar a anlise das notificaes de intoxicaes exgenas desta regio e compar-las com as do municpio.
A partir dessa anlise, realizaremos treinamento e sensibilizao dos profissionais para identificao das sndromes
txicas, bem como preenchimento da ficha de notificao. Mtodo: Procederemos a anlise das fichas de notificao
pelo SINAN (Sistema de Informao de Agravos de Notificao) da regio sob responsabilidade da SUVIS Campo
Limpo. Alm disso, realizaremos a comparao dos dados obtidos com os do municpio de So Paulo. Resultados: Das
6106 notificaes realizadas no municpio de So Paulo no ano de 2013, 49 foram notificaes da SUVIS Campo Limpo.
Destas 24 ocorreram em sujeitos do sexo masculino. Diferentemente dos dados do municpio, em que a maior parte das
notificaes ocorreram na faixa etria dos 20 aos 34 anos, encontramos distribuies mais homogneas entre as faixas
etrias. Os principais agentes txicos foram os medicamentos e as drogas de abuso, dados semelhante aos encontrados
nas notificaes do municpio. Um dado discrepante e bastante preocupante o nmero de bitos: das notificaes
da SUVIS Campo Limpo, 10% (5 casos) foram a bito, ao passo que no municpio 113 casos foram a bito (1,8%).
Concluses: Ressalta-se o nmero reduzido de notificaes em uma regio em que h vrias comunidades em grande
vulnerabilidade social. Ademais, o alto nmero de bitos e outros agravos remeter-nos-ia possivelmente a notificaes de
intoxicaes exgenas mais frequentemente em casos graves. Dessa forma, a partir desse trabalho, aes de sensibilizao
e treinamento dos diversos profissionais de sade da regio poder ser implementada, assim como sensibilizao dos
mesmos para a notificao das intoxicaes exgenas.

53 PERFIL EPIDEMIOLGICO DAS INTOXICAES POR PRODUTOS QUMICOS


INDUSTRIAIS NOTIFICADAS NO CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA
DE JOO PESSOA, PARABA.
Rayssa Pala Pereira Cardoso, Natlia Fontana, Giovanna Carvalho Martins, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
1) Universidade Federal da Paraba 2) Universidade Federal da Paraba 3) Universidade Federal da Paraba 4)
Universidade Federal da Paraba

O presente trabalho tem como objetivo descrever as caractersticas demogrficas relacionadas s intoxicaes por produtos
qumicos industriais notificados no ano de 2013. Trata-se de um estudo retrospectivo com abordagem quantitativa.
Os dados foram obtidos atravs das Fichas de Notificao do SINITOX (Sistema Nacional de Informaes Txico-
Farmacolgicas). As variveis coletadas foram: gnero, faixa etria, zona de residncia do paciente, local do acidente, via
de exposio, causa da intoxicao e quem procurou o auxlio do Centro. Foram registrados 45 casos de intoxicao por
produtos qumicos industriais, de um total de 197 ocorrncias de intoxicaes durante o ano de 2013. Observou-se que,
o gnero masculino foi o de maior incidncia, com 53%. A faixa etria entre 1-4 anos foi a mais prevalente com um total
de 44%, assim como a grande maioria dos pacientes notificados residia na zona urbana, representando 96% dos casos.
Em relao ao local dos acidentes, 85% dos casos ocorreram na residncia, 11% no ambiente de trabalho, 2% no trajeto
para o trabalho e 2% no foi informado.A via de exposio de maior incidncia foi oral com 80% dos casos, em segundo
por via respiratria com 9%, via oral e cutnea com 7%, via cutnea com 2% e via ocular com 2% dos casos. A causa da
intoxicao mais incidente foi por acidente individual com 78% dos casos, em seguida permaneceu a tentativa de suicdio
com 18%, acidente ocupacional com 2% e violncia/homicdio com 2% das notificaes. Os profissionais da sade foram
os que mais solicitaram o servio, com 69%, bem como os parentes das vtimas com 15%, o prprio paciente com 7%,
no informado com 7% e outros com 2%. Diante do exposto, foi possvel averiguar que, as intoxicaes por produtos
qumicos industriais representam 23%, ocupando o 2 lugar das intoxicaes notificadas neste Centro. Foram encontradas
dificuldades durante a coleta de dados, pois verifica-se que no existe o preenchimento de algumas informaes nas fichas
de notificaes, faltando aspectos importantes para anlise dos dados.
85

54 PERFIL EPIDEMIOLGICO DAS INTOXICAES POR RATICIDAS NO CENTRO


DE CONTROLE DE ENVENENAMENTOS
Maysa Yoko Murai, Daniel Emilio Dalledone Siqueira, Ariadne de Castro, Marlene Entres, Patricia Yokoo, Ma-
riani Gonalves de Oliveira, Daniele Massuqueto de Moraes Yoshitomi, Tania Portella, Carlos Roberto Naufel Jr
Faculdade Evanglica do Paran, Centro de Controle de Envenenamentos de Curitiba, Secretaria de Sade de
Curitiba

Introduo: Os roedores podem ocasionar muitos problemas financeiros e de sade ao homem. Um raticida ideal
aquele eficaz na eliminao dos ratos, sem efeitos indesejveis aos humanos. Entre os raticidas, os anticoagulantes
so legalizados e tem menor toxicidade. Outros raticidas no legalizados, como anticolinestersicos, podem causar
envenenamento grave. Objetivo: O estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiolgico das intoxicaes por
raticidas atendidas no Centro de Controle de Envenenamentos de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Mtodo: Estudo
epidemiolgico transversal, descritivo e retrospectivo das intoxicaes por raticidas atendidas no Centro de Controle de
Envenenamentos neste perodo. As variveis abordadas foram: idade e gnero, princpio ativo do raticida, circunstncia
e gravidade do caso, conduta e evoluo. Os dados coletados foram avaliados estatisticamente por anlise descritiva com
clculo de porcentagem. Resultados: Dentre os 398 casos notificados de intoxicao por raticidas, a faixa etria mais
acometida foi de adultos (53,5%), seguida de crianas (25,8%) e neste grupo, 96,1% foram acidentais. As intoxicaes
intencionais somaram 66,5% do total de casos, sendo a causa mais prevalente em ambos os sexos. O anticolinestersico
foi o intoxicante mais frequente (50,2%); seguido do cumarnico (43,5%). Dos anticolinestersicos: 69,5% dos casos
tiveram sintomas e em 70,5% foi feita a lavagem gstrica; 46% foram casos leves, 25,5% moderados e 28,5% graves, com
4% de bitos. Nos cumarnicos, 100% dos casos foram leves. Apenas 21,9% tiveram sintomas, porm a lavagem gstrica
foi realizada em 45% e todos evoluram para cura. Concluso: A intoxicao com raticidas no legalizados tem grande
importncia mdica pela alta frequncia e gravidade e a incidncia de bitos poderia ser reduzida instituindo-se uma
atropinizao adequada. Intoxicaes leves com cumarnicos tm evoluo benigna e por isso contra indicada a lavagem
gstrica. Essas intoxicaes acidentais nas crianas poderiam ser evitadas com o maior cuidado dos pais. As intoxicaes
nas outras faixas etrias foram graves, intencionais e com raticidas no legalizados. Medidas de toxicovigilncia so
fundamentais para preveno destas intoxicaes.

55 PREVALNCIA DE AGENTES TXICOS POR DISTRITOS SANITRIOS EM


CRIANAS ATENDIDAS EM UM HOSPITAL PBLICO EM SALVADOR-BAHIA.
Lala Macedo1, Larissa Abreu1, Leila Carneiro1, Pedro Camargo1, Felipe Passos1, Edilcia Salomo2, Daniel Re-
bouas3, Dilton Mendona3.
1) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 2) Centro Antiveneno da Bahia 3) Hospital Geral Roberto Santos

Introduo: Os acidentes por causas externas representam um dos principais problemas de sade pblica no mundo.
Dentre estes, as intoxicaes agudas so responsveis por alta taxa de morbidade, especialmente na faixa etria peditrica.
Objetivo: Descrever a prevalncia de agentes txicos por distritos sanitrios em crianas atendidas em um hospital pblico
na Bahia. Mtodos: Estudo descritivo, retrospectivo, em crianas de 0 a 14 anos, atendidas em um hospital pblico, no
perodo de 2008 a 2010. Analisadas as variveis sociodemogrficas e os tipos de agentes txicos prevalentes nos doze
distritos de Salvador-Bahia. Anlise dos dados realizada com o programa SPSS 21.0. Resultados: Dos 340 casos, 84,4%
foram procedentes de Salvador. A mdia de idade foi de 5,7 anos. O local mais comum de ocorrncia dos acidentes foi
o domiclio (73,8%) e a principal via de intoxicao foi oral (57,1%), seguida por mordedura/picada (36,5%). Dentre
os distritos, houve predomnio do Cabula/Beiru com 37,6%; seguido por Itapu (8,2%); So Caetano/Valria (7,9%);
Cajazeiras (6,8%); Brotas (5,3%); Barra/Rio Vermelho (5,0%); Subrbio Ferrovirio (3,8%); Liberdade (2,9%); Boca do
Rio (2,4%); Pau da Lima (1,8%); Centro Histrico (1,2%) e Itapagipe (0,9%). Na maioria dos distritos, houve predomnio
de intoxicaes por medicamentos, com mdia de 33,2%. Intoxicaes por domissanitrios foram mais freqentes nos
distritos de Cabula/Beiru e Itapu. A frequncia maior de acidentes por animais peonhentos ocorreu nos distritos de
Cabula/Beiru, Barra/Rio Vermelho e Cajazeiras. Houve prevalncia de intoxicaes por raticidas nos distritos de Cabula/
Beiru, So Caetano/Valria e Cajazeiras. A maioria das intoxicaes foi leve (< 1 ano: 57,1%; 1-4 anos: 76,6%; 5-9 anos:
62,2%; 10-14 anos: 65,5%). A mdia de Intoxicaes graves por faixa etria foi de 2,8%. Concluso: O predomnio de
intoxicaes por medicamentos, na maioria dos distritos, correlaciona-se com outros estudos que apontam este grupo
de agente como um dos mais prevalentes em intoxicaes agudas. A maior freqncia do distrito Cabula/Beiru pode ser
em decorrncia da localizao prximo unidade hospitalar e por ser o distrito de maior populao. O mapeamento por
distritos das intoxicaes agudas, com identificao dos agentes txicos mais prevalentes, pode colaborar na adoo de
medidas preventivas especficas por rea.
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56 REGISTRO DE SUICDIOS EM HOMENS EM UM CENTRO DE REFERNCIA E


ASSISTNCIA TOXICOLGICA: SRIE DE CASOS DE 1998 A 2011
Aline de Oliveira Costa, Herling Gregorio Aguilar Alonzo, Adriana Safioti de Toledo, Eduardo Mello de Capitani,
Fabio Bucaretchi
1) Departamento de Sade Coletiva, FCM/UNICAMP 2) Departamento de Sade Coletiva, FCM/UNICAMP 3)
CCI-Campinas, FCM/UNICAMP 4) CCI-Campinas, FCM/UNICAMP 5) CCI-Campinas, FCM/UNICAMP

Introduo: Nos ltimos anos, a sade masculina vem sendo abordada em diferentes estudos. Isto decorre do
reconhecimento de que os agravos nesse grupo constituem problemas de sade pblica, como destacado pela Poltica
Nacional de Ateno Integral Sade do Homem, publicada pelo Ministrio da Sade em 2008. Entre os bitos por causas
externas, o suicdio a terceira maior causa de morte nos homens. Embora as tentativas de suicdio envolvendo substncias
txicas sejam mais prevalentes em mulheres, os bitos so mais frequentes nos homens. Objetivo: Descrever uma srie
de casos de bitos por suicdio decorrentes de intoxicaes, atendidos por um CIAT de referncia regional. Metodologia:
Estudo descritivo, retrospectivo, dos casos de suicdio por intoxicao, atendidos em um centro de referncia toxicolgico,
no perodo de janeiro de 1998 a dezembro de 2011. Os dados utilizados foram obtidos em banco de dados disponibilizado
pelo centro de referncia e analisados atravs do software Epi Info 7.1.3.10. Resultados: Nos 14 anos de estudo foram
registrados 12.795 casos de tentativa de suicdio por agentes txicos e 203 bitos. Destes, 129 (63,6%) ocorreram em
homens. A mediana de idade foi de 37 anos (intervalo interquartil [IIQ] 30-77). Em 77,5% dos casos foi identificado
apenas um grupo txico, sendo os principais, os agrotxicos (57%), os raticidas (15%) e os medicamentos (14%). Em
7,8% dos casos, os bitos envolveram dois grupos txicos, e as bebidas alcolicas foram a associao mais prevalente
(40%). Em 14,7% dos casos, foram identificadas associaes entre trs ou mais grupos, sendo os medicamentos (78,9%)
o grupo principal. De forma geral os principais agentes txicos identificados foram os anticonvulsivantes (23,3%;
benzodiazepnicos: n=4, carbamazepina: n=4); os carbamatos (20,9%), ora classificados como agrotxicos (n=11), ora
como raticidas (n=16); os agrotxicos organoclorados (17,1%); os herbicidas (17,1%; paraquat: n=17, glifosato: n=5) e os
medicamentos antidepressivos (8,6%; tricclicos: n=5). A hospitalizao foi registrada em 74,5% dos casos, com mediana
de 4 dias de internao (IIQ: 2-82). Concluso: A caracterizao destes bitos permite compreender a casustica dos
suicdios por intoxicao em homens e servem de direcionamento nas aes de toxicovigilncia, com objetivo de reduzir
os ndices de mortalidade nesta populao.

57 TENTATIVAS DE SUICDIO POR INTOXICAO EM UM HOSPITAL DO INTERIOR


DO ESTADO DE SO PAULO: OCORRNCIAS POUCO NOTIFICADAS
Lucas Coraa Germano, Herling Gregorio Aguilar Alonzo
1) Universidade Estadual de Campinas. 2) Universidade Estadual de Campinas

Introduo: O suicdio uma das principais causas de morte entre adultos jovens no mundo, somente em 2010
ocorreram 883.700 mil mortes.Entre as formas, a intoxicao um dos mtodos mais utilizados e conhecer o perfil
destas ocorrncias fornece subsdios para a atuao no cuidado sade. Objetivo: Descrever as tentativas de suicdio
por intoxicao atendidas na unidade de emergncia de um hospital pblico de um municpio do interior do estado de
So Paulo. Metodologia: Estudo descritivo-retrospectivo das tentativas de suicdio registradas entre um de janeiro e 31
de dezembro de 2012 na emergncia do hospital de um municpio com 68.537 habitantes. Dentre todos os atendimentos
foram revisados os registros das tentativas de suicdio envolvendo substncias qumicas, e coletados dados do paciente,
sobre a exposio, o atendimento e desfecho. Resultados: No perodo ocorreram 95.923 atendimentos, sendo 74 (0,07%)
casos de tentativas de suicdio com substncias qumicas. Destes, 33,8% eram homens com idade entre 14 a 64 anos
e mediana de 25, e 66,2% mulheres entre 13 e 64 anos e mediana de 29. Predominou a via oral (98,6%) e houve um
caso por via parenteral. Os toxicantes foram: medicamentos (82,4%), raticidas (4,1%), domissanitrios (4,1%), produtos
veterinrios (1,4%), qumicos industriais (1,4%) e ignorado (5,4%). Em 40,5% dos casos havia mais de um toxicante
envolvido, destes, 73,3% medicamentos e 26,6% eram drogas de abuso. Em 62,2% foram relatadas manifestaes clnicas
sendo adotadas medidas de suporte geral em 79,7% dos casos. Do total 72,9% receberam medicamentos e em 48,6% feita
a descontaminao. No ocorreram bitos. Em dois casos houve contato com CIAT. Concluses: O predomnio entre
mulheres jovens, por exposio a medicamentos e numa proporo maior que dos dados disponibilizados em sistema
nacional sugere ateno diferenciada ao grupo. A ausncia de casos por agrotxicos agrcolas pode estar associada
disponibilidade do produto populao assistida. Na quase totalidade dos casos no houve auxlio de CIATs no manejo
das intoxicaes, possivelmente por desconhecimento do servio ou baixa gravidade dos casos, porm, outros estudos
so necessrios para esclarecimento.
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58 TENTATIVAS DE SUICDIO POR SUBSTNCIAS TXICAS: O CASO DA REGIO


METROPOLITANA DO RECIFE
Brbara Marcela Beringuel, Marlia Teixeira de Siqueira
Residncia Multiprofissional em Sade Coletiva da Faculdade de Cincias Mdicas da Universidade de Pernam-
buco; Faculdade de Cincias Mdicas da Universidade de Pernambuco e Centro de Assistncia Toxicolgica da
Secretaria de Sade de Pernambuco

Introduo: em todo o mundo, o registro documentado de vidas perdidas por suicdio, est em torno de 900.000/ano, porm,
a estimativa de tentativas de suicdio cerca de 9 a 35 milhes de casos/ano. Estima-se que o nmero de tentativas de suicdio
supere em 10 vezes o nmero dessa violncia auto infligida1. Objetivo: caracterizar as tentativas de suicdio por intoxicao
na Regio Metropolitana do Recife (RMR), no perodo de 2007 a 2011. Mtodos: trata-se de um estudo descritivo seccional.
A populao do estudo compreendeu os pacientes registrados no Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN)
como casos confirmados de intoxicao em circunstncia de tentativa de suicdio, com dez anos e mais, residentes na RMR. As
variveis analisadas foram quanti e qualitativas. Os municpios foram estratificados segundo critrio populacional em metrpole,
grande, mdio e pequeno porte. Para processamento e anlise dos dados foram adotados os programas Epi Info, verso 3.5, e
Microsoft Excel 2010. Foram calculadas as frequncias absoluta e relativa, como a prevalncia e o coeficiente de mortalidade.
Para anlise estatstica foi realizado o teste qui-quadrado e anlise de resduos. Considerou-se o nvel de significncia de 0,05.
Resultados: foram registrados 3.348 casos de intoxicao por tentativa de suicdio em residentes na RMR no perodo analisado.
A prevalncia das tentativas de suicdio mostrou-se diferenciada entre os estratos populacionais dos municpios, tendo os de
mdio e pequeno portes apresentado incremento. A anlise dos dados evidenciou a predominncia do sexo feminino (66,9%,
p= 0,007), de jovens entre 20 a 29 anos (31,8%, p= 0,027), de baixa escolaridade (59,2%), de cor parda (94,4%, p= 0,032) e
na condio de empregados (69,4%). Observou-se que 56,2% dos casos utilizaram medicamentos, 89,1% foram atendidos em
hospitais e 94,0% evoluram para a cura. Concluso: os achados contribuem para uma melhor compreenso da problemtica
e podem auxiliar nas decises e aes do poder pblico, vislumbrando medidas de preveno, promoo e proteo sade.
Referncias:
Botega N, Bertolote JM, Hetem LA, et al. Preveno do suicdio. Deb Psiquiatr Hoje 2010; 2(1): 10-20. Disponvel em
http://www.abp.org.br/medicos/publicacoes/debates/PSQDebates_7_Janeiro_Fevereiro_light.pdf [Acessado em 10 de
janeiro de 2013].

59 TENTATIVAS DE SUICDIO POR TOXICANTES: DESCRIO DOS CASOS


NOTIFICADOS EM UM CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA EM
FORTALEZA, CEAR
Joo Gabriel Barbosa Lima, Rayra Aguiar Campos Lima, Rachel Rabay Nogueira, Polianna Lemos Moura
Moreira Albuquerque, Ana Paula Soares Gondim, Paulo Srgio Dourado Arrais, Maria Augusta Drago Ferreira
1) Universidade Federal do Cear - UFC 2) Centro de Assistncia Toxicolgica do Instituto Dr. Jos Frota - CEA-
TOX/IJF

A tentativa de suicdio um importante problema mundial de sade pblica e as substncias qumicas, medicamentos,
praguicidas, saneantes domissanitrios e outras, podem ser utilizadas para essa finalidade. O objetivo desse estudo foi
descrever os casos de tentativa de suicdio por exposio a diferentes agentes txicos, associados ou no, notificados por
um Centro de Assistncia Toxicolgica, em Fortaleza/CE, no perodo de janeiro a dezembro de 2013. Tratou-se de um
estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir de fichas de notificao e de atendimento
utilizadas pelo servio. Para anlise estatstica foi utilizado o EpiInfo verso for Windows 3.5.2. As tentativas de suicdio,
pelo uso de agentes txicos, foram relatadas em 414 (11,2%) das 3.707 notificaes realizadas no perodo de estudo. No
houve diferena significante com relao ao sexo, as mulheres estiveram envolvidas em 56,2% dos casos, sendo que 10
(4,3%) eram gestantes, e os homens, em 43,8%. A menor idade notificada foi 12 anos e a maior, 84 anos; a mdia de idade
foi de 39 anos. A maioria dos eventos ocorreu em ambiente domiciliar (94,9%) e com indivduos residentes em Fortaleza
(67,3%). Entre outras, as ocupaes mais relatadas foram estudante (20,1%), dona de casa (16,6%), desempregado (11%),
agricultor (7,2%) e domstica/diarista (4,7%). Dentre outros, os agentes txicos mais utilizados foram praguicidas (42,8%),
medicamentos (39,4%) e saneantes domissanitrios (3,6%). Em 54 casos (13%), houve a combinao de diferentes agentes
txicos, tais como: praguicida e droga de abuso (42,9%), medicamento e praguicida (25%) e medicamento e droga de abuso
(23,2%). Os pacientes, em 46,5%, evoluram para cura, 48,8% no tiveram cura confirmada e 4,1% evoluram para bito. A
maioria (93,8%) dos bitos foi provocada por praguicidas, principalmente o inseticida carbamato, Aldicarb. Ao caracterizar
estes eventos e identificar os agentes txicos envolvidos, este estudo fornece uma ferramenta importante de auxlio aos
profissionais e gestores de sade, tendo em vista o direcionamento de polticas pblicas de preveno ao suicdio.
88

60 TENTATIVAS DE SUICDIO REGISTRADAS EM UM CENTRO DE INFORMAES


E ASSISTNCIA TOXICOLGICA: ANLISE DO PERODO DE 1998 A 2011
Aline de Oliveira Costa, Herling Gregorio Aguilar Alonzo, Adriana Safioti de Toledo, Eduardo Mello de Capitani,
Fabio Bucaretchi
1) Departamento de Sade Coletiva, FCM/UNICAMP 2) Departamento de Sade Coletiva, FCM/UNICAMP 3)
CCI-Campinas, FCM/UNICAMP 4) CCI-Campinas, FCM/UNICAMP 5) CCI-Campinas, FCM/UNICAMP

Introduo: A utilizao de diferentes substncias qumicas tem aumentado nas ltimas dcadas. Em consequncia a
esse aumento observa-se que, nos sistemas de registros do pas, so crescentes os casos em que substncias txicas
so utilizadas na tentativa de suicdio. Objetivo: Descrever a srie histrica dos casos de tentativa de suicdio por
agentes txicos atendidos por um CIAT de referncia regional. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, dos
casos de exposio txica e intoxicao classificados como tentativa de suicdio, atendidos por um centro de referncia
toxicolgico, no perodo de janeiro de 1998 a dezembro de 2011. Os dados utilizados foram obtidos em banco de dados
disponibilizado pelo CIAT e analisados atravs de software Epi Info verso 6.0.4 e 7.1.3.10. O projeto foi aprovado pelo
Comit de tica em Pesquisa da Instituio sob parecer n 515.290/2013. Resultados: Nos 14 anos de estudo foram
registrados 12.795 casos de tentativa de suicdio por agentes txicos. Destes, 63,9% ocorreram em mulheres e 35,8%
em homens. A faixa etria predominante, com significncia estatstica (p<0.05), entre as mulheres foi a de 15 a 19 anos
(19,4%) e, entre os homens, a de 30 a 34 anos (14,1%). Em relao aos grupos txicos identificados, os mais frequentes
foram os medicamentos (=41,9%, =69,4%), raticidas (= 20,3%, =11,5%) e, agrotxicos (=23,8%, =10,04%),
sendo que as diferenas so estatisticamente significantes (p<0.05). Os bitos foram identificados em 1,6% dos casos,
destes, 64,4% ocorreram no sexo masculino. Os principais agentes responsveis pelos bitos foram os agrotxicos
(40,9%), seguido pelos medicamentos (30%). Concluso: Demonstrou-se que houve um predomnio de exposies e
intoxicaes por tentativa de suicdio em mulheres, adolescentes e jovens. Em ambos os sexos, identificou-se o uso dos
mesmos grupos de agentes txicos, variando no percentual de prevalncia. Embora a maioria dos casos tenha ocorrido
no sexo feminino, observou-se maior prevalncia de bitos no sexo masculino. Tais informaes permitem identificar
o perfil epidemiolgico dos casos de tentativa de suicdio na linha do tempo, e servem de direcionamento nas aes de
toxicovigilncia, principalmente entre os adolescentes e adultos jovens.

61 TENTATIVAS DE SUICDIOS POR INTOXICAES EM ADOLESCENTES JOVENS:


PERFIL EPIDEMIOLGICO E EVOLUO CLNICA
Reginara Souza1, Jos Domingos Gonalves1, Alfa Barata1, Jssica Medina1, Edilcia Salomo2, Jucelino Nery da
Conceio Filho2, Marcos Almeida3, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Centro Antiveneno da Bahia 3) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica

Introduo: O suicdio um problema de sade pblica mundial e seu crescimento tambm observado no Brasil, com taxas
de 1,1 suicdios para cada 100.000 crianas e adolescentes. Tem ocorrido aumento nas regies norte/nordeste e crescimento
de 68,4% na Bahia nos ltimos 10 anos. O uso de agentes txicos a forma mais utilizada por adolescentes. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiolgico e a evoluo clnica de adolescentes atendidos em uma unidade de emergncia com
tentativas de suicdios por intoxicao. Mtodos: Estudo descritivo e retrospectivo de tentativas de suicdio em adolescentes
de 10 a 14 anos, atendidos em unidade de emergncia, no perodo de 2008 a 2010. Analisadas as variveis sociodemogrficas
e de evoluo clnica. Para anlise dos dados foi utilizado o programa SPSS 21.0. Resultados: Dos dezenove adolescentes,
57,9% tinham 14 anos, destes 84,2% foram do sexo feminino. Em 89,5% dos casos foi a primeira tentativa de suicdio, mas
observou-se recorrncia em dois casos. Nenhum deles realizava acompanhamento psicolgico ou psiquitrico. Noventa por
cento das ocorrncias foram na residncia e em 100% dos casos a via de intoxicao foi oral. A mediana de tempo entre o
acidente e o atendimento foi de 3 horas. Cerca de 58% das ocorrncias foi por medicamentos, predominando anticonvulsivantes
e neurolpticos, seguidos por raticidas (31,6%). No quadro clnico predominaram manifestaes neuropsquicas (73,7%),
como sonolncia, miose, fasciculaes, hipoatividade, torpor, tremor e vertigem; seguidas por digestivas (63,2%) como
vmitos e dor abdominal. Exames laboratoriais foram realizados em 42,1% dos casos. Cerca de 31,6% necessitaram de
internamento e 84,2% evoluram para a cura. O envenenamento foi leve em 57,9% e moderado em 36,8%. A mdia de tempo
no hospital foi de 10 horas em observao e 1,6 dias no internamento. Concluses: A maior freqncia de manifestaes
neuropsquicas tem correlao com a predominncia dos principais grupos de agentes txicos. A maioria dos casos foi de
intoxicaes leves/moderadas com atendimento precoce, no ocorrendo bitos. Observa-se que as tentativas de suicdio,
tambm so uma realidade em adolescentes jovens, necessitando de medidas preventivas e educativas, identificao precoce
e teraputica adequada nas unidades de emergncia, alm de acompanhamento especializado.
TOXICOLOGIA AMBIENTAL
91

62 ALUMINUM AND HIGH-FAT DIET INDUCED CHANGES IN NTPDASE AND


5-NUCLEOTIDASE ACTIVITY AND GENE EXPRESSION IN RAT BRAIN
Kaizer, R.R.; Bortoli, P.M.; Gutierres, J.M.; Schetinger, M.R.C.; Kist, L.; Bogo, M.R.; Bonan, C.D.
1) Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul IFRS Campus Serto, Serto, RS,
Brasil autor 1 e 2; 2) Programa de Ps-Graduao em Cincias Biolgicas: Bioqumica Toxicolgica, CCNE,
Universidade Federal de Santa Maria, S

Aluminum is recognized as a neurotoxic agent and has been related to Alzheimers disease (AD). High fat diets increase
the fibrollogenesis, characteristic of AD. In fact, the cholesterol from diets is recognized to elicit the aluminum toxicity;
this event can be related with the alterations of fluidity of the biological membranes. The present study evaluates the
effect of long-term exposure to Al plus high fat diets, on NTPDase and 5-nucleotidase activities and gene expression
in cerebral cortex and hippocampus of brain rats. The rats received three different diets, such commercial (regular) diet,
high fat saturated diet and high fat unsaturated diet ad libitum. The rats were treated by gavage with AlCl3 50 mg/kg/
day and with different diets for three months and were divided into twelve groups (n=5): (1) control; (2) citrate; (3) Al/
citrate; (4) Al; (5) high fat saturated diet (HFSD); (6) HFSD/citrate; (7) HFSD plus Al/citrate; (8) HFSD/Al; (9) high fat
monounsatured diet (HFMD); (10) HFMD/citrate; (11) HFMD plus Al/citrate; (12) HFMD/Al. The enzymes activities in
synaptosomes from cortex and hippocampus were enhanced in groups treated with Al or Al plus diets, when compared
to the control (p<0.05). The ATP hydrolysis in CO and HC was increased to 119% and 134% (4), 161.7% and 209% (8),
150% and 233% (12), respectively, when compared to the control. The ADP hydrolysis in CO and HC were increased
to 76.9% and 54.7% (4), 177% and 117.5% (8), 147% and 128.6% (12), respectively, when compared to the control.
The 5-nucleotidase activity in both, CO and HC synaptosomes fractions, present an enhanced of 55% and 297% (4),
160.2% and 359% (8), 241% and 392% (12), respectively, all in comparison to the control. RT-PCR revealed alterations
in transcription of ecto-NTPDase 1, 2 and 3 and the 5-nucleotidase, in both hipocampus and cerebral crtex of brain rats
treated with Al and high fat diets. In fact, the results indicate the ability of Al plus high fat diets to elicit the purinergic
signaling. These results indicate that NTPDase members and 5-nucleotidase might contribute to a tight regulation of
nucleotides hydrolysis in purinergic system.

63 AVALIAO DA EXPOSIO AMBIENTAL AO MANGANS POR MARCADORES


N INVASIVOS E EFEITOS NEUROPSICOLGICOS EM ADULTOS
Gustavo Freitas de Sousa Viana, Chrissie F. Carvalho, Lorena S. Nunes, Neander Abreu, Jos A. Menezes-Filho
Universidade Federal da Bahia

Introduo: O Mangans (Mn) um elemento essencial, mas em excesso potencialmente neurotxico. A avaliao da
exposio ao Mn tem sido feita atravs de biomarcadores de exposio; todavia, no h um consenso do biomarcador ideal
para se avaliar os efeitos neuropsicolgicos desencadeados pela exposio crnica a esta substncia. Objetivo: O presente
trabalho tem como objetivo avaliar a associao entre efeitos neuropsicolgicos em adultos expostos ambientalmente ao
Mn e os nveis endgenos deste metal mensurados atravs de quatro biomarcadores no invasivos de exposio. Mtodos:
Foram includas 89 pessoas residentes em duas comunidades (Cotegipe e Santa Luzia) localizadas nas proximidades de
uma indstria metalrgica. Os nveis de Mn em cabelo (MnC), cabelo axilar (MnAx), unha (MnUn) e saliva (MnSal)
foram determinados por espectrometria de absoro atmica e utilizados como biomarcadores de exposio. Como
medida de avaliao de comprometimento neuropsicolgico, uma bateria de testes neuropsicolgicos foi empregada
para avaliar o desempenho em funes motoras, executivas, cognitivas, ateno e memria da populao de estudo.
Resultados: Os nveis de MnC, MnAx, MnUn e MnSal (mdia desvio padro), independente da comunidade, foram
9,29,4 g/g, 22,221,0 g/g, 6,44,1 g/g e 6,310,4 g/L, respectivamente. Diferenas estatsticas significativas foram
observadas entre os nveis de MnC, MnAx e MnUn de acordo as comunidades (Santa Luzia > Cotegipe). Anlise de
correlao de Spearman entre os biomarcadores demonstrou uma moderada correlao linear positiva entre os nveis de
MnC e MnUn (rho=0,473; p<0,001) e entre MnAx e MnSal (rho=0,547; p<0,05). Fortes correlaes lineares positivas
foram observadas entre MnC e MnAx (rho=0,703; p<0,01) e entre MnAx e MnUn (rho=0,792; p<0,001). Anlise de
regresso linear multivariada demonstrou, independente do sexo, escolaridade e localidade de residncia, uma associao
inversa entre o log MnC e QI (= 4,763 [IC95% 9,171 a 0,355]) e entre o log MnUn e memria operacional visual
(= 3,333 [IC95% 6,148 a 0,519]). Associao direta foi observada entre o log MnUn e o tempo de execuo da tarefa
que avalia a flexibilidade cognitiva (= 56,293 [IC95% 2,405 a 110,182]). Concluso: Esses resultados demonstram que
a exposio excessiva ao Mn tem comprometido algumas funes neuropsicolgicas dos adultos dessas comunidades.
92

64 CAPINA QUMICA UM PROBLEMA DE SADE PBLICA


Eliane Gandolfi
Centro de Vigilncia Sanitria, SES-SP

Introduo: Os agrotxicos, grupo amplo e diversificado de substncias qumicas, que tiveram sua finalidade voltada
a combater pragas, outros vegetais e doenas de interesse da agricultura visando a produtividade, tem tido seu uso
estendido ao meio urbano de forma banalizada. Dentre estes usos, a capina qumica vem se estendendo como mata mato
s cidades, de forma indiscriminada, no fiscalizada. Fez parte da estratgia metodolgica do Programa Toxicovigilncia
do Agrotxico-PTA a caracterizao das situaes de exposio no meio rural e urbano atravs do Diagnstico de
Situaes de Exposio aos Agrotxicos. Apresenta-se os dados parciais e especficos relativos capina qumica, prtica
indevida e ilegal. Objetivo: conhecer a existncia e condies da realizao da capina qumica nos municpios. Mtodo:
questes sobre capina qumica compuseram os instrumentos do Diagnstico, municipal e regional, onde foi questionada
a realizao desta atividade e suas condies por municpio. Os dados foram levantados pelas VISAs municipais aps
participarem do Curso Bsico do PTA, e pactuarem no Plano de Ao de Vigilncia Sanitria. Os instrumentos preenchidos
foram encaminhados pelos municpios s regionais e coordenao do PTA onde foram organizados e consolidados. As
informaes obtidas foram discutidas pelo conjunto dos servios participantes do PTA regionalmente. Foi elaborado
Guia de atuao da VISA. Resultado: participam do programa 20 regies, 71,4% do total das regies do estado, 90%
elaboraram diagnsticos totalizando 454 municpios, e destes 68% responderam que realizam capina qumica, 26%
que no, e 16% no obteve esta informao. Dos que realizam 98% utilizam glifosato, e alguns usam tambm outros
herbicidas, adquiridos por licitao ou no, de empresas comerciais de agrotxicos de uso agrcola. Vrios outros dados
demonstram a banalizao desta atividade ilegal. Concluso: observou-se situao de desconhecimento, de ilegalidade, e
de uso indiscriminado de agrotxicos nesta atividade realizada amplamente pelos municpios. Os agrotxicos envolvidos
no tem amparo legal para uso no meio urbano e a Anvisa/MS emitiu nota tcnica em 2010. Diante da exposio a
agrotxicos de muncipes, trabalhadores, meio ambiente, fauna e flora, a capina qumica foi priorizada no programa,
foram definidas estratgias de ao e elaborado Guia operacional para para atuao das VISA.

65 CONSUME OFHIGH FATDIETINDUCED CHANGES INACETYLCHOLINESTERASE


ACTIVITY IN CENTRAL NERVOUS SYSTEM AND PERIPHERAL TISSUE OF RATS
Diego Tessaro, Rosilene Rodrigues Kaizer Perin, Vera Maria Morsch, Maria Rosa Chitolina Schetinger, Jessi
Martins Gutierres, Roslia Maria Spanevello.
1) IFRS Campus Serto-RS; 2) IFRS Campus Serto-RS, 3) Universidade Federal de Santa Maria-RS 4) Universi-
dade Federal de Santa Maria-RS 5) Universidade Federal de Santa Maria-RS; 6) Universidade Federal de Pelotas,
Campus Capo do Leo-RS.

Acetylcholinesterase (AChE) is recognized as regulatory enzyme, which hydrolyses the neurotransmitter acetylcholine,
in choline and acetate in several tissues such as brain, muscles and erythrocytes. Its known that the AChE activity can be
modulated for exogenous factors, such as diets. In fact, the AChE is found in surface of several blood cells, thus diets rich
in saturated and unsaturated fat which can alter the fluidity of membrane lipids. Currently, the occidental society consumes
diets rich in fat and sugar which contribute with the cognitive decline in aging. The present study evaluated the effect of
long-term consume of high fat saturated and unsaturated diets on AChE activity in erythrocytes, as a peripheral tissue;
and synaptosomes from cerebral cortex of young rats. The newly weaned rat pups were submitted to long-term exposure,
three months, to the different diet high saturated and unsaturated fat, alone or conjugated. The animals were treated with
five different diets: (1) the control group consumed Laboratory chow (Supra-RS, Brazil); (2) diet standard group; (3) diet
high in saturated fat group; (4) diet high in saturated/unsaturated fat group and (5) diet high in unsaturated group. The
results showed a decrease of 24% of the AChE activity in groups that consume diet rich in saturated fat in synaptosomes
of cerebral cortex, in comparison to the control group. A similar result was found in peripheral tissue, the AChE activity
in erythrocytes of rats that consumes high fat saturated diet present a decrease of 39.2%, when compared to the control
group. The animals treated with high fat saturated/unsaturated the AChE was decreased 20% and 24% in synaptosomes
and erythrocytes, all in comparison to the control group, respectively. Concluso: The cholesterol present in the high fat
saturated diet can alters the fluidity of biological membrane, consequently affecting the enzymes bound-membranes.
Thus the diets altering AChE activity and modulating the cholinergic system. Additionally, these results indicate that the
peripheral and central markers of AChE showed a similar behavior, thus we can suggest that the measurement of ACHE
activity in erythrocytes could be an indicator of the status of cholinergic function in central nervous system.
93

66 EXPOSIO AO MERCRIO E ESTRESSE OXIDATIVO ATRAVS DA INGESTO


DE PESCADO EM DUAS POPULAES DE DIFERENTES REGIES GEOGRAFICAS
DA AMAZNIA PARAENSE
Claudia Simone Oliveira Amaro, Marcia Cristina Freitas da Silva, Aline Barreto S, Abner Ariel Lima da Silva,
Paulo Thiago dos Santos Moraes, Dario Rodrigues Junior, Maria da Conceio N. Pinheiro1
1) Ncleo de Medicina Tropical da UFPA, Belm-Par 2)Ncleo de Medicina Tropical da UFPA, Belm-Par

Introduo:O mercrio considerado um poluente ambiental que pode induzir organismos expostos ao estresse oxidativo,
como a peroxidao lipdica e depleo de protenas antioxidantes essenciais incluindo a glutationa. Objetivo: O objetivo
deste estudo, foi avaliar os nveis de Hg-T, estresse oxidativo e defesas antioxidantes em populaes consumidoras de
pescado de duas diferentes regies geogrficas do estado do Par, em 2013. Mtodos: As comunidades selecionadas para
o estudo foram: Samama e Barreiras, ambas localizadas no estado do Par. Participaram 51 residentes de Samama,
e 52 de Barreiras, de ambos os sexos, entre 13 e 55 anos de idade. Foram coletadas amostras de cabelo e sangue
durante as visitas as comunidades para anlise de Hg-T e bioqumica oxidativa e antioxidatva. A dosagem de glutationa
oxidadada(GSSG) e glutationa reduzida(GSH)foi realizada em campo. Para a quantificao da capacidade antioxidante
total(TEAC) e malondialdeido(MDA), as amostras foram analisadas no laboratrio de estresse oxidativo do Ncleo de
Medicina Tropical da UFPA. As anlises de Hg-T foram realizadas no laboratrio de toxicologia humana e ambiental do
NMT/UFPA. Resultados: A mediana de Hg-T em Samama foi 0,9 g/g. Barreiras 4.6 g/g e mximo de 15,7 g/g de Hg-
T, diferindo estatisticamente entre as comunidades p<0,0001. Quanto a frequncia da ingesto de peixe, os nveis de Hg-T
se mostraram diferentes estatisticamente entre as comunidades nas categorias a partir de > 2 refeies semanais, p<0,001.
A relao entre a GSSG/GSH foi maior em Barreiras, 10, Samama 0,5. Barreiras apresentou nveis de TEAC de 0,6
mm/L e Samama 0,4 mm/L, p<0,0001. Na dosagem de MDA, Barreiras 1.4 ml/MDA e Samama 1.6 ml/MDA, no foi
observada diferena estatstica, p>0,09. Somente a comunidade de Barreiras apresentou fraca correlao negativa entre os
nveis de Hg-T e GSH, r: -0,13 p=0,03. Concluso: Conclui-se, que a populao de Samama apresentou os mais baixos
nveis de mercrio j estudados, incluindo-a como uma rea controle. No entanto, a exposio atravs da alimentao
em Barreiras, ainda continua, justificando os nveis basais de GSH, e consequente menor proteo antioxidativa. Estes
achados indicam a necessidade da introduo de alimentos que contenham glutationa e outros antioxidantes na sua dieta,
como medida de modulao do sistema antioxidativo em Barreiras.

67 HIGH FAT DIETS INCREASE THE ALUMINUM TOXICITY IN LYMPHOCYTES OF


YOUNG RATS
Lurian Fenske, Rosilene Perin, Vanessa Ecla de Oliveira, Daniela Brolo, Vera Maria Morsch, Maria Rosa Chito-
lina Schetinger.
1) IFRS- Cmpus Serto, 2) IFRS- Cmpus Serto, 3) IFRS- Cmpus Serto; 4) Universidade Federal de Santa
Maria-RS, 5) Universidade Federal de Santa Maria-RS, 6) Universidade Federal de Santa Maria-RS

Introduction: Aluminum adjuvants are commonly used in vaccines for human and veterinary use, because of its safety,
low cost and increased immune response. The consumption of a diet rich in fat can contribute to the structural change
of the membrane composition and adversely affect the activities of membrane bound enzymes, enzymes NTPDase and
5-nucleotidase. The objective of the study was to evaluate the effects of long-term exposure to Al addition to diets
high in fats, in NTPDase and 5-nucleotidase activity in lymphocytes obtained from mesenteric lymph nodes of mice.
Materials and methods: the animals were subjected to three different diets, such as: commercial, high content of saturated
and unsaturated fat diets. In addition, rats were orally treated with AlCl3 50 mg / kg daily for three months and divided
into twelve groups: (1) control; (2) citrate; (3) Al / citrate; (4) Al; (5) saturated fat diet; (6) saturated fat diet / citrate; (7)
saturated fat diet more Al / citrate; (8) Diet high in saturated fat / Al; (9) monounsaturated fat diet; (10) monounsaturated fat
diet / citrate; (11) monounsaturated diet, more fat Al / citrate; (12) monounsaturated fat diet / Al. Results: rats receiving Al
/ Al and citrate only, showed an increase of 80% and 93% in the hydrolysis of ATP, when compared with the control group.
The hydrolysis of ATP into groups (7), (8), (11) and (12), increased by 75%, 94%, 91% and 191%, respectively, compared
to all control group. ADP hydrolysis was increased in groups (3) and (4), 150% and 162% compared with the control
group, respectively. Treatment conjugate between Al plus diet increased the hydrolysis of ADP in 165% Lymphocytes
group (7), 152% of group (8) 145% (11)% and 197.5 in the group (12), respectively all groups compared with the
control group. AMP hydrolysis in lymphocytes showed an increase of 67.5% and 94.5% in group (3) and (4) respectively.
Conclusion: these results indicate the ability to more Al-rich fat diets for inducing immune function, increased adenosine
levels, a product of ATP hydrolysis, which is a potent anti-inflammatory molecule.
94

68 INTOXICAO HUMANA POR AGROTXICOS NO BRASIL: ESTUDO


BIBLIOMTRICO DOS CASOS PUBLICADOS DE 2004 A 2013.
Cntia Mesquita Correia, Bruna Barbosa Cerqueira, Luana Brbara Oliveira Nascimento
1) Centro de Informaes Antiveneno da Bahia - autor 1. 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica - autores
2e3

Introduo: Dados do Sistema Nacional de Informaes Txico-Farmacolgicas assinalam que as trs maiores
letalidades ocasionadas por intoxicaes correspondem aos agrotxicos de uso agrcola, com 3,7% dos casos, seguido por
raticidas e drogas de abuso, ambos com 1,6% dos envenenamentos, o que requer maior orientao e monitoramento por
esses agravos. Objetivo: Caracterizar as publicaes de intoxicao humana por agrotxicos no Brasil, de 2004 a 2013.
Metodologia: Trata-se de um Estudo Bibliomtrico, que integrou os seguintes critrios de incluso: textos disponveis na
ntegra por meio virtual; de idioma portugus; publicados de 2004 a 2013; pesquisas de todas as categorias. Utilizaram-
se artigos indexados nas bases de dados LILACS e SciELO por meio de levantamento realizado na Biblioteca Virtual de
Sade com a associao dos descritores Intoxicao e Pesticidas, Intoxicao e Praguicidas, Intoxicao e Agrotxicos.
Os dados foram sistematizados com auxlio do programa Microsoft Excel 2010. Resultados: Aps a aplicao dos
critrios de incluso foram selecionados 20 artigos. As publicaes concentraram-se em peridicos de qualis A2, B1
e B2 com 85% (n= 17) dos estudos, sendo classificados por reas de avaliao nos cursos de Medicina, Enfermagem,
Sade Coletiva, Farmcia, Odontologia e Biodiversidade, conforme busca realizada atravs do Sistema Integrado da
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES). A abordagem quantitativa esteve presente em
95% (n=19) dos estudos; com apenas 1 (5%) pesquisa qualitativa. As Regies Sul e Sudeste lideraram com 50% e 25%
das publicaes, respectivamente, sendo estas, em sua maioria, realizadas por profissionais com titulao de doutorado;
Os agrotxicos apontados nos estudos apresentaram uma classificao quanto ao organismo alvo, com 90% (n=19) das
citaes para os inseticidas; 70% (n=14) para fungicidas e herbicidas, com 7 estudos para cada um; raticidas 20% (n=4)
e formicidas com 10% (n=2). Concluses: O estudo revela uma produo cientfica significativa sobre a intoxicao
humana por agrotxicos no Brasil, entretanto se considerarmos o elevado consumo de agrotxicos associado crescente
preocupao com o meio ambiente, estima-se como um assunto pouco abordado, refletindo na necessidade de maior
nmero de estudos e discusses sobre a temtica.

69 NVEIS DE METAIS PESADOS EM ATUM ENLATADO COMERCIALIZADO NA


CIDADE DE SALVADOR, BAHIA
Cecilia Freitas da Silva Araujo, Thiago Santos Porcino, Amanda Santos Vaz Ribeiro, Luana Santos Boaventura,
Sergio Soares do Prado Oliveira, Jos Antnio Menezes Filho
Laboratrio de Toxicologia, Faculdade de Farmcia, UFBA

O consumo de frutos do mar, geralmente representa um fator de proteo a diversas doenas, contudo a ingesto de
espcies de pescado no final da cadeia alimentar pode constituir um risco de aporte excessivo de contaminantes ambientais
que tendem a bioacumular e biomagnificar no organismo, a exemplo do atum (Thunnus spp). Neste trabalho apresentamos
resultados das anlises de metais trao como cromo (Cr), cdmio (Cd), chumbo (Pb) e mercrio (Hg) que foram analisados
em conservas de atum light ralado obtidas a partir de trs marcas amplamente comercializadas na cidade de Salvador,
Bahia. Os nveis de Hg total foram determinados por espectrometria de absoro atmica (EAA) com gerao de vapor
frio, enquanto os nveis de Cr, Cd e Pb foram determinados por EAA em forno de grafite, aps mineralizao em sistema
aberto com cido ntrico concentrado e perxido de hidrognio a quente. As anlises foram realizadas em triplicata.
Vrias amostras foram fortificadas com quantidades conhecidas dos metais para fins de controle de qualidade. Amostras
de referncia tecido de ostra NIST 1566b, foram analisadas concomitantemente. As recuperaes dos metais variaram de
93,6% a 97,0 %. As concentraes dos metais variaram de 0,08 a 0,88 mg.kg-1 para o Cr; de 0,02 a 0,09 mg.kg-1 para o
Cd; de 0,09 a 0,60 mg.kg-1 para o Hg, e de 0,01 a 0,22 mg.kg-1 para o Pb. Os resultados deste estudo indicam que o atum
enlatado light comercializado em Salvador tem concentraes abaixo dos nveis estabelecidos pela legislao brasileira
(RDC N 42, de 29/08/2013 - ANVISA/MS) que so admissveis para os metais txicos (Cd, Hg e Pb). Contudo, os nveis
de Cr, que embora seja um elemento essencial, mas ao ser ingerido em excesso pode provocar efeitos adversos, indicam
que duas marcas ultrapassaram os limites estabelecidos pela ingesto diria aceitvel (IDA), considerando a ingesto
de uma poro contida em uma lata de atum. Esses resultados demonstram que existe risco de contaminao do atum
enlatado, com respeito s concentraes de cromo. Assim sendo, os nveis de metais trao em atum enlatado devem ser
analisados de forma abrangente e periodicamente para proteger a sade do consumidor.
95

70 PERFIL OXIDATIVO E ANTIOXIDATIVO DE UMA COMUNIDADE EXPOSTA AO


MERCURIO, ATRAVS DA INGESTO DE PEIXES, ZONA MARITIMA, ESTADO
DO PAR
Claudia Simone Oliveira Amaro, Marcia Cristina Freitas da Silva, Aline Barreto S, Abner Ariel da Silva Lima,
Gleyce de Fatima Silva Santos, Maria da Conceio N. Pinheiro
1) Ncleo de Medicina Tropical da UFPA, Belm-Par 2) Ncleo de Medicina Tropical da UFPA, Belm-Par

Introduo: So poucos os estudos que avaliem a exposio ao mercrio na zona martima paraense. Objetivos: Este
estudo se props a quantificar os nveis de mercrio total em tecido capilar de acordo com a frequncia de ingesto
de pescado e sua associao com os nveis de glutationa reduzida (GSH), capacidade antioxidante total(TEAC),
malondialdeido (MDA), glutationa oxidada(GSSG), e a relao GSSG/GSH em amostras sanguneas. Mtodos: Estudo
transversal, observacional realizado na comunidade de Caratateua, no municpio de Bragana, zona martima do estado do
Par. Foram includos 96 moradores de ambos os sexos entre 13 e 55 anos, residente h mais de um ano na comunidade.
As informaes demogrficas e amostras biolgicas foram obtidas durante a visita em 2013. As anlises de mercrio
foram realizadas no laboratrio de Toxicologia Humana e Ambiental do Ncleo de Medicina Tropical da UFPA, pelo
Mercury Analyzer SP3d. As analises bioqumicas foram parte realizadas em campo (GSH e GSSG) e as demais (TEAC e
MDA) no laboratrio do estresse oxidativo atravs da espectrofotometria. Resultados: Os resultados demonstraram que
11,2 % da populao apresentou nveis de Hg-T acima do valor de referncia de 6 g/g, segundo a Organizao Mundial
de Sade. A mediana obtida foi 1,9 g/g Hg-T, a dosagem mxima alcanou 20,7 g/g. A maior mdia de concentrao
de Hg-T foi no grupo que consumia peixe entre 2 a 4 vezes semanais, 5,1 g/g, no diferindo estatisticamente dos
demais grupos, < 2 refeies, 3,5 g/g e > que 4 refeies, 3,2 g/g, p>0,8. Os nveis mdios de GSSG foram de 2,2
g/ml, GSH de 2,0 g/ml, a relao entre GSSG/GSH 1,1, TEAC 0,6 mm/L e MDA 3,0 ml/MDA. No foi observada
associao entre os marcadores antioxidantes e oxidantes e nveis de Hg-T, segundo correlao linear de Pearson, p>0,05.
Concluso: Conclui-se, que mais de 10% da populao estudada demonstrou nveis considerados importantes, indicando
uma possvel exposio ao Hg atravs da alimentao. Embora, os nveis de mercrio atuais no mostrarem associao
com o estresse oxidativo, os nveis de MDA revelam-se similares aos de outras comunidades expostas e consideradas
impactadas modernamente na Amaznia.
TOXICOLOGIA ANALTICA
99

71 ANLISE DE BENZOILECGONINA EM AMOSTRAS DE URINA POST MORTEM


POR CLAE-DAD
Santos, RAS; Magalhes, HIF; Dos Santos, SG; Leite, JJ; Costa, RAR; Barbosa, TP
1) Acadmica de CEATOX/CCS/UFPB 2) Farmacutico UFPB 3) Perito Qumico Legal IPC/Paraba 4) Docente
de Toxicologia CEATOX/DCF/CCS/UFPB

A cocana um alcaloide extrado das folhas da espcie Erythroxylum coca. Seu principal metablito, a benzoillecgonina
(BE), pode ser encontrada na urina de usurios da substncia. O objetivo do trabalho foi desenvolver e avaliar uma
metodologia para anlise de BE via cromatografia lquida de alta eficincia com detector de arranjo de fotodiodos
(CLAE-DAD) nas urinas de vtimas de homicdios na cidade de Joo Pessoa. O mtodo foi inicialmente validado por
contaminao de padro de referncia em 03 amostras de urina como controle de qualidade, sendo testadas a seletividade,
o limite de deteco e a repetibilidade. Aps validao, 285 amostras de urinas coletadas no ano de 2012 foram cedidas
para estudo pelo Instituto de Polcia Cientifica da Paraba e analisadas para avaliao do mtodo. O mtodo completo
consistiu de pr-anlise por imunoensaio, extrao lquido-lquido e anlise via CLAE-DAD. Na anlise cromatogrfica
foi utilizada um fluxo de 1 mL/min de fase mvel em modo isocrtico com pH de 2,3, composta por tampo fosfato:
acetonitrila na proporo de 63:37 (v/v) sobre coluna C18 (25 cm x 4.6 mm id x 5 m) e pr-coluna C18 com temperatura
controlada a 30 oC. O detector de arranjo de fotodiodos foi ajustado para 231 nm e para escanear a faixa de 195 a 350
nm durante corrida de 10 minutos. Foi feita injeo automtica de 10 L aps dissoluo dos extratos na fase mvel. Na
validao, para seletividade, os picos com tempo de reteno em 3,4 atribudos a BEC tiveram os espectros de UV/Vis
entre 195 e 350 nm conferidos em confronto com banco de dados, bem como a pureza do pico obtida foi a 0,80 e a
resoluo dos picos citados foram calculadas. O limite de deteco obtido foi de 1 g/mL e para repetibilidade, a variao
admitida do tempo de reteno do padro foi inferior a 2%. Os resultados mostraram que a metodologia desenvolvida
e validada pde ser utilizada na anlise da substncia benzoilecgonina nas 285 amostras de urina post mortem utilizadas
no estudo.

72 AVALIAO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM CAMINHONEIROS


QUE TRAFEGAM PELA BR153
Carla Danielle Dias Costa, Diogo Sousa Rodrigues, Vania Rodriguez, Srgio Henrique Nascente, Luiz Carlos da
Cunha, Keila Alcntara.
1) Ncleo de Estudos e Pesquisas Txico-Farmacolgicas / NEPET / Faculdade de Farmcia da Universidade
Federal de Gois (UFG) 2) Faculdade de Farmcia da Universidade Federal de Gois

Introduo: O Brasil possui uma frota de aproximadamente 2,3 milhes de caminhes e uma populao de mais de
700.000 caminhoneiros, os quais esto expostos a longas jornadas de trabalho, violncia e acidentes. Por esses motivos,
os caminhoneiros apresentam problemas relacionados s condies de sade, trabalho e estilo de vida, alm de grande
vulnerabilidade s prticas de risco, como uso de drogas lcitas e ilcitas Objetivo: O presente estudo visou realizar
triagem quanto a presena de substncias psicoativas de uso lcito como lcool e benzodiazepnicos, e de uso ilcito
- anfetaminas e derivados, ecstasy, cocana e derivados, maconha, opiides - em amostras de urina de caminhoneiros,
por imunocromatografia, e classificar o padro de uso das mesmas, assim como os procedimentos de interveno ou
encaminhamento por meio do questionrio ASSIST. Materiais e Mtodos: A presente anlise corresponde a um estudo de
coorte com 501 caminhoneiros voluntrios que trafegam pela BR153. As entrevistas e as amostras urina foram obtidas em
um Posto de Combustvel situado na BR 153, km 515. As amostras de urina foram analisadas pelo kit de imunoensaio da
marca ABON. Resultados: A triagem de substncias psicotrpicas por imunocromatografia resultou em 2,6% amostras
positivas para o grupo das anfetaminas; 6,18% para cocana; 3,19% para maconha e 0,59% para benzodiazepnicos. Todos
os voluntrios foram do sexo masculino com idade de 37DP anos. Ao se consolidar a pontuao obtida no questionrio
ASSIST, obteve-se uma indicao de interveno breve (4-26 pontos) para o consumo de lcool, tabaco e cocana. Os
caminhoneiros alegaram que faziam uso das substncias com finalidade de reduzir o sono, aumentar o rendimento e a
produtividade no trabalho. A confirmao da positividade para drogas de abuso ser realizada, posteriormente, por GC-
MS. Concluso: Apesar de intensificao legal para controle e diminuio do abuso de substncias psicoativas por parte
dos caminhoneiros, ainda existe uma prevalncia significativa (aproximadamente 9%) dos mesmos que fazem uso de
anfetaminas e cocana. Neste sentido, fazem-se necessrias intervenes, visto que j de consenso que o uso de lcool
e outras drogas psicoativas podem prejudicar o ato de dirigir, aumentando assim o risco da ocorrncia de acidentes de
trnsito.
100

73 DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA ANALTICA PARA DETERMINAO


QUANTITATIVA DE ISONIAZIDA EM PLASMA POR CROMATOGRAFIA LQUIDA
DE ALTA EFICINCIA
Renan Rolim Moreira Camara, Lvia Apolnio de Freitas Guimares, Mayara Thayn Magalhes Alcntara, Janete
Eliza de S Soares, Teresa Maria de Jesus Ponte Carvalho
1) Universidade Federal do Cear (UFC) 2) Universidade Federal do Cear 3) Universidade Federal do Cear 4)
Universidade Federal do Cear

Introduo: A tuberculose constitui um problema de sade global, acomete milhes de pessoas a cada ano, classificando-se
como a segunda principal causa de morte por doenas infecciosas em todo o mundo. A estratgia de tratamento para a tuberculose
baseia-se em regimes estandardizados de quimioterapia de curta durao, com os frmacos rifampicina, isoniazida etambutol e
pirazinamida. A Monitorizao Teraputica de extrema importncia para avaliar a efetividade do tratamento e evitar resistncia
e recidivas da doena. Objetivo: Desenvolver mtodo para anlise quantitativa da Isoniazida por Cromatografia Lquida de Alta
Eficincia (CLAE), em plasma humano, para posterior validao. Metodologia: Aps pesquisa bibliogrfica das metodologias
j existentes para anlise de isoniazida em plasma, foram testados os parmetros necessrios para construo da metodologia
analtica. Equipamento utilizado: CLAE com auto-injetor, acoplado a detector UV-diiodo, coluna C18, fase reversa (250 x
4,6 mm; 5 m). Os comprimentos de onda de 238, 254, 264 nm foram testados, assim como diferentes fases mveis, sempre
buscando melhor separao da Isoniazida e do Padro Interno. A extrao dos frmacos do plasma foi feita por procedimento
lquido-lquido e no tratamento da amostra foram testados agentes desproteinizantes e a necessidade de utilizao de clean-
up. Para a validao, a seletividade, foi determinada para garantir a viabilidade do procedimento desenvolvido. Resultados:
Aps os testes, a fase mvel selecionada foi tampo acetato de amnio 0,05 M e acetonitrila (96:4, v/v), fluxo 1 mL/min,
modo isocrtico, com melhor deteco em 264 nm e o padro interno: nicotinamida. Na desproteinizao, foi utilizado o cido
tricloroactico em acetonitrila e a etapa de clean-up com diclorometano. Verificou-se melhor deteco quando era adicionado o
tampo acetato de amnio 0,5 M pH 8,4 fase aquosa desproteinizada, antes da injeo. Nos testes de seletividade em relao
aos frmacos que compem o tratamento da tuberculose, foi obtida separao adequada. Foi possvel uma diminuio do volume
da amostra de plasma para 200 L. Concluso: o mtodo foi considerado adequado para quantificao aps modificaes da
literatura, principalmente em relao ao clean-up, mostrando boa seletividade a compostos endgenos da matriz. Contudo,
ainda necessria a realizao de validao analtica.

74 DETERMINAO DAS CONCENTRAES DE MERCRIO TOTAL EM CABELO


POR ESPECTROMETRIA DE ABSORO ATMICA POR GERAO DE VAPOR
A FRIO.
Lorena Silva Nunes, Gustavo F. de S. Viana, Juliana L. G. Rodrigues, Ceclia Arajo, Srgio de O. Prado e Jos
Antonio Menezes Filho
Laboratrio de Toxicologia, Faculdade de Farmcia, Universidade Federal da Bahia.

Introduo: O mercrio ocorre naturalmente no meio ambiente, existindo nas formas metlica, inorgnica e orgnica.
O mercrio na forma natural surge da degradao da crosta terrestre a partir de erupes vulcnicas. J as fontes
antropognicas no Brasil so provenientes principalmente dos garimpos de ouro. O mercrio consiste em uma potente
neurotoxina de significante importncia ecolgica e na sade pblica. Objetivo: Determinar os nveis de mercrio total
(HgT) em amostras de cabelo por espectrometria de absoro atmica por gerao de vapor a frio. Mtodos: Amostras de
cabelo foram submetidas digesto cida a quente com posterior adio de KMnO4 para a oxidao de todo o mercrio
presente na amostra para a forma Hg2+. A fim de consumir todo o excesso de KMnO4, soluo de NH2OH.HCl foi
acrescida. Amostras fortificadas foram analisadas quanto recuperao do HgT no espectrmetro Varian 55B acoplado
ao Gerador de Vapor frio VGA77. A preciso por reprodutibilidade foi testada por meio de anlise da mesma amostra por
dez vezes e clculo do coeficiente de variao das medidas de concentrao. A exatido do mtodo foi garantida por meio
da anlise de material de referncia certificado cabelo humano IAEA-085. Resultados: O mtodo apresentou exatido
de 93% e coeficiente de variao intra-ensaio de 13%. O limite de deteco foi de 1,0 g/L e o de quantificao, 2,0
g/L. O mtodo foi aplicado para avaliar a exposio ao Hg via dieta em duas comunidades do entorno da Baa de Aratu,
Simes Filho, Bahia. As medianas do HgT nos residentes de Cotegipe foi de 2,77 g/g (0,51 a 9,67 g/g), nos de Santa
Luzia foi de 0,49 g/g (0,12 a 3,37 g/g). Supe-se que sejam consumidos pescados dessa baa. Foi observada diferena
significativa entre as mdias dos nveis de Hg em cabelo de acordo com gnero e idade: homens e indivduos com mais
de 35 anos apresentaram nveis mais elevados do metal. Concluso: O mtodo descrito para anlise de mercrio total
em cabelo por espectrometria de absoro atmica apresenta boa preciso e recuperao, podendo ser utilizado para
monitorar os nveis de mercrio de populaes expostas ocupacional e ambientalmente.
101

75 ESTUDO DO DICLOFENACO SDICO COMO POSSVEL INTERFERENTE NA


ANLISE DE 11-NOR-CARBOXI-9-TETRAHIDROCANABINOL EM URINA POR
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA DE ALTA EFICINCIA
Patrick Rodrigues Ribeiro, Renata Loureiro Vianna, Evandro Levis Postal, Viviane Cristina Sebben
Centro de Informao Toxicolgica do Rio Grande do Sul / FEPPS

Introduo: o nmero crescente de usurios de maconha aliado ao volume de amostras de urina recebidas para pesquisa
do metablito da maconha 11-nor-carboxi-9-Tetrahidrocanabinol (THC) nos laboratrios de toxicologia constituem
uma preocupao com possveis adulterantes. Objetivo: demonstrar que o uso concomitante da Cannabis sativa com
diclofenaco sdico pode gerar resultados falso negativos para pesquisa do THC em urina, utilizando a metodologia
de High Performance Thin-Layer Chromatography (HPTLC). Mtodo: as urinas selecionadas foram analisadas por
testes de triagem como imunocromatografia e imunofluorescncia, as que apresentaram resultados positivos para o THC
foram submetidas ao mtodo proposto por Meatherall e Garriott, 1988, usando-se placas de HPTLC, nas quais aplicou-se
padres de diclofenaco sdico e do metablito 4-hidroxidiclofenaco, apresentando sensibilidade de 15ng/mL para o THC.
Resultado: foram analisadas 37 urinas e divididas em dois grupos: 1 (n=16): em 3 obteve-se resultado negativo para o
THC em testes de triagem. Em 12, obteve-se resultado positivo para THC em testes de triagem e negativo por HPTLC,
com evidncia da presena do 4-hidroxidiclofenaco nas placas, por comparao ao padro, e nos controles de custdia.
Em uma amostra obteve-se resultado positivo para THC em testes de triagem e positivo por HPTLC, com evidncia da
presena do 4-hidroxidiclofenaco nas placas e nos controles de custdia. 2 (n=21): em 19 obteve-se resultado positivo
para THC em testes de triagem e negativo por HPTLC, com evidncia da presena do 4-hidroxidiclofenaco apesar de
no constar no controle de custdia o uso do diclofenaco sdico. Em 2, obteve-se resultado positivo para THC em testes
de triagem e positivo em teste de HPTLC, com evidncia da presena do 4-hidroxidiclofenaco, apesar de no constar
no controle de custdia o uso do diclofenaco sdico. Concluso: Segundo literatura, esta metodologia considerada
especfica para a anlise de THC, sendo de escolha para confirmao dos resultados positivos encontrados na triagem.
Porm, observamos que o uso concomitante do diclofenaco sdico com a Cannabis sativa gera resultados falso negativos,
devendo ser investigada a causa desta interferncia. Este projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa em Seres
Humanos da ULBRA: nmero 26685614.4.0000.5349.

76 ESTUDO DO PERFILCINTICO DO PROTTIPO DE FRMACOANTINEOPLSICO


LQFM018 EM MODELOS EXPERIMENTAIS POR LC-MS/MS
Andryne Rego Rodrigues, Caroline Rego Rodrigues, Iury Zoghaib, Alarisse Zoghaib, Sandro Antnio Gomes,
Luiz Carlos da Cunha
Universidade Federal de Gois

Introduo: O LQFM018 um composto obtido por simplificao molecular a partir de compostos antitumorais
denominados nutlins, inibidores da interao MDM2-p53, e demonstrou atividade antineoplsica in vitro (citotoxicidade
contra a linhagem celular K-562 com IC50 = 0,07652 mM). Objetivo: Desenvolver o estudo do perfil farmacocintico do
composto LQFM018. Mtodos: Empregou-se mtodo analtico em LC-MS/MS validado em colaborao com o Instituto
de Cincias Farmacuticas ICF. Os parmetros analticos utilizados em LC-MS/MS foram: coluna ACE C18 (100 mm
4,6 mm, tamanho de partcula 5 m), fase mvel tampo 2 mM acetato de amnio com cido frmico 0,025% e metanol
(50%:50% v/v), fluxo de 1,2 mL/min, temperatura da coluna de 40C, padro interno domperidona, extrao lquido-
lquido com ter metil-terc-butil (MTBE) e volume de injeo de 3,0 L. O LQFM018 foi administrado a 3 ratas Wistar
em dose de 100 mg/kg, i.p. Aps a administrao, foram coletadas amostras de 0,5 mL de sangue, por canulao da veia
jugular esquerda, com seringa heparinizada, nos intervalos de tempo de 1 a 9 h. As amostras sanguneas foram identificadas
e centrifugadas para obteno do plasma, que foi congelado a -20C at o momento da anlise. Resultados: O mtodo
apresentou linearidade de 10 a 15000 ng/mL (r = 0,9997). A preciso intracorrida variou de 0,6% a 5,5% e a intercorrida
de 1,8% a 6,7%. A exatido encontrada foi de 99,0% a 107,0% e a recuperao mdia dos controles foi de 74,1% 4,9%.
Os tempos de reteno obtidos foram de 3,16 min para o LQFM018 e 1,81 min para a domperidona (PI). A validao
bioanaltica encontrou-se dentro dos limites estabelecidos pela RDC n 27/2012. Os parmetros farmacocinticos (mdia
DPR) foram: Kel = 0,32 0,19 h-1; t1/2 = 2,89 2,0 h; ClT/F = 22,01 13,5 mL/min/kg; Vd/F = 5,48 3,6 L/kg.
Concluses: O LQFM018 apresentou baixo valor de t1/2, elevado Vd e elevado valor de CLT, permitindo entender que o
prottipo estudado demonstrou um bom perfil de distribuio tecidual e/ou foi extensivamente eliminado.
102

77 EXTRAO E IDENTIFICAO DE BENZOILECGONINA EM URINA DE


INDIVDUOS VITIMADOS POR ARMAS DE FOGO NA CIDADE DE JOO PESSOA
Santos, RAS; Leite, JJ; Costa, RAR; Barbosa, TP; Magalhes, HIF
1) Acadmica de CEATOX/CCS/UFPB 2) Farmacutico UFPB 3) Perito Qumico Legal IPC/Paraba 4) Docente
de Toxicologia CEATOX/DCF/CCS/UFPB

A cocana uma droga extrada a partir da espcie Erythroxylum coca, Inicialmente utilizada com a finalidade de aliviar
os sintomas decorrentes das grandes altitudes da regio andina na Amrica do Sul. A cocana intensifica os efeitos
dopaminrgicos, bloqueando os canais de sdio e inibindo os potencias de ao dos nervos perifricos. A tolerncia
a droga devido ao uso continuo, levando o indivduo a doses maiores e frequentes. O seu principal metablito, a
Benzoillecgonina (BE), pode ser encontrada na urina de vtimas por armas de fogo. O objetivo do trabalho foi avaliar
uma metodologia para extrao e identificao da BE, baseada na Cromatografia Lquida de Alta Eficincia (CLAE) para
confirmao da presena do metablito na urina de indivduo morto por armas de fogo, correlacionando o bito violento
com o possvel uso de cocana, tanto na forma de cloridrato (p cristalina) como na forma de base livre (crack). O resultado
mostrou que a metodologia utilizada apresentou foi eficiente para identificao e confirmao. No ensaio identificao e
confirmao por CLAE utilizou-se a fase mvel na proporo de 63:37 (v/v) de tampo fosfato: acetonitrila em um pH
de 2,3 possibilitou um sinal de pico em um tempo de reteno de 3,467 min em todas as amostras contaminadas. O sinal
espectrofotomtrico otimizado foi obtido em um comprimento de onda de 224 nm. Obteve-se tambm em um intervalo
de 195 a 350 nm pureza de pico para a amostra de 1 g/mL de 0,8661, a de 5 g/mL foi de 0,9183, para as concentraes
de 10, 20, 40 e 80 g/mL, as purezas dos picos foram de 0,9178; 0,8882; 0,8471 e 0,8048 respectivamente. As amostras
de urina foram todas pr-analisadas pelo imunoensaio e tomadas como resultado negativo para presena de BE, sendo
cedidas para estudo pelo Instituto de Polcia Cientifica IPC-PB do municpio de Joo Pessoa-PB.

78 EXTRAO ONLINE MOLECULARMENTE IMPRESSA DE BETA-


BLOQUEADORES EM URINA E ANLISE POR LC-MS/MS
Mariane Gonalves Santos, Eduardo Costa de Figueiredo
Laboratrio de Anlises de Toxicantes e Frmacos - LATF, Faculdade de Cincias Farmacuticas, Unifal-MG

O uso de beta-bloqueadores proibido pelo comit olmpico porque estes melhoram o desempenho dos atletas em alguns
esportes. Para tornar as anlises dessas substncias mais dinmicas e eficientes, a utilizao de adsorventes seletivos,
como os polmeros molecularmente impressos, aliados cromatografia e espectrometria de massas, vem sendo
adotada com sucesso. Assim, apresentamos um novo mtodo para extrair, identificar e quantificar beta-bloqueadores em
amostras de urina humana, usando a extrao online empregando RAMIP em um sistema de column switching acoplado
espectrometria de massas. Um RAMIP para oxprenolol foi sintetizado pelo mtodo de precipitao, utilizando-se cido
metacrlico como monmero funcional. As partculas obtidas foram lavadas e o tamanho padronizado. Em seguida, o
polmero foi empacotado em uma pr-coluna de HPLC. O material foi usado como sorvente para a extrao simultnea de
oxprenolol, atenolol, propranolol, nadolol, pindolol e metoprolol em amostras de urina. As transies MRM e as energias
de coliso foram otimizadas para cada analito. As temperaturas do forno, heat block e interface utilizadas foram 40oC,
400oC e 250oC, respectivamente. Os fluxos empregados para o gs de nebulizao e o gs e secagem foram 1,5 mL min-
1
e de 15 mL min-1, respectivamente. As fases mveis utilizadas foram: tampo formiato de amnio pH de 5,0 em uma
concentrao de 10 mmol L-1 (carregamento e recondicionamento) e uma mistura de soluo de cido frmico 1,0% (v/v)
e metanol (70:30 v/v) (eluio e lavagem), ambas na vazo de 0,4 mL min-1. O volume de amostra utilizado foi de 100 L.
Vazo, fluido carregador da amostra (natureza, pH e fora inica), tempo de carregamento, tempo de viragem da vlvula
de 6 vias, pH da amostra, volume da amostra, eluente, tempo de eluio, lavagem e recondicionamento foram otimizados.
Aps este processo, o ganho obtido, em termos de sinal analtico, foi de: ATE - 884%, MET - 534%, LAB - 234%, PROP -
235%, NAD - 818%, PIN - 535% e 406% OXP. Cada anlise, incluindo extrao, separao, identificao e quantificao
leva 13,55 minutos. O mtodo foi validado segundo as normas da ANVISA e apresentou baixo LOD, ampla faixa linear,
preciso e exatido adequadas.
103

79
MONITORIZAO BIOLGICA DE MANGANS UTILIZANDO
ESPECTROMETRIA DE ABSORO ATMICA: VALIDAO DE MTODO.
Ana Caroline Hillesheim da Cruz, Alcbia Helena de Azevedo Maia
Universidade Federal de Santa Catarina

Introduo: O mangans (Mn) um elemento essencial para o organismo. A exposio ocorre principalmente pelas
vias inalatria, atravs de partculas dispersas no ar, ou oral, pela ingesto de gua e/ou alimentos. Concentraes muito
baixas ou muito altas de Mn podem desencadear alteraes. O manganismo um exemplo, sndrome caracterizada pela
deteriorao da funo neurolgica, devido intoxicao pelo Mn, que em estgio avanado semelhante doena de
Parkinson. Assim, considera-se importante a validao de metodologias analticas visando a monitorizao biolgica deste
metal. Objetivo: Validar um mtodo para determinao da concentrao de Mn em sangue atravs da Espectrometria de
Absoro Atmica (EAA). Mtodos: O mtodo selecionado utilizou EAA com forno de grafite e foi proposto por Olmedo
e colaboradores (2010), que aps algumas modificaes foi otimizado e validado atravs de diferentes ensaios analticos.
A preciso (intradia e interdia) foi determinada com seis diferentes nveis de concentrao do analito e cinco replicatas por
nvel. A recuperao foi realizada em pool de sangue fortificado com trs concentraes conhecidas de Mn. A linearidade
foi obtida com seis nveis de concentraes, repetida em seis dias. Os limites de deteco (LD) e quantificao (LQ)
foram determinados pelo mtodo matemtico. Na seletividade comparou-se a curva de calibrao em gua com a curva
de calibrao em sangue. O protocolo envolvendo amostra biolgica foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa
com Seres Humanos sob o nmero 293/06. A anlise dos dados foi realizada atravs do programa GraphPad Prism.
Resultados: Os LD e LQ alcanados foram, respectivamente, 0,12 e 0,40g/L. O mtodo foi linear com r de 0,9986 e
CVs inferiores a 10%. O CVs da preciso intra e interdia ficaram inferiores a 10% na menor concentrao e inferiores
a 5% nos demais nveis. O percentual de recuperao ficou entre 90-110%. A razo entre os coeficientes angulares das
curvas em gua e em sangue foi de 0,97, demonstrando que a matriz no gerou efeito significativo na anlise do Mn.
Concluso: O mtodo validado mostrou-se seguro e confivel, apto de ser aplicado como ferramenta na monitorizao
sangunea e no diagnstico de deficincias e intoxicaes causadas por este metal.

80 OCORRNCIA DE AFLATOXINAS EM AMENDOIM E CASTANHAS


PROVENIENTES DO NORDESTE DO BRASIL
Clcia Mayara Santana Alves1, Wandson Rodrigues Sousa2, Sally Cristina Moutinho Monteiro2, Karla Frida Torres
Flister2, Jos Antonio Braga Neto2, Marcio Olivio Figueredo Vargas4, Camila Guimares Polisel4
1,2,3) Universidade Federal do Maranho-UFMA, So Lus-MA; 4) Universidade Federal do Mato Grosso do
Sul-UFMS, Campo Grande-MS

Introduo: Dentre as micotoxinas, as aflatoxinas (B1, B2, G1, G2 e M1) representam a principal classe. So produtos
do metabolismo secundrio dos fungos Aspergillus parasiticus e Aspergillus flavus, sendo comumente encontradas
em produtos lcteos, frutas, cereais, oleaginosas, principalmente as castanhas, milho e amendoim. A aflatoxina B1
tem alta afinidade pelo fgado, onde nesse rgo ocorre a formao dos seus metablitos txicos, permitindo assim
a manifestao dos efeitos txicos agudos ou crnicos como a sua comprovada ao carcinognica pela Agncia de
Pesquisa Internacional do Cncer. Objetivo: Identificar a ocorrncia de aflatoxina B1 em castanhas do Brasil, castanhas
de caju e amendoins. Mtodos: Trs amostras de 1kg de castanha do Brasil, castanha de caju e amendoim foram
coletadas em So Lus/ MA, durante o perodo de maio a junho de 2014. As amostras foram processadas1 e a aflatoxina
B1 foi detectada por comparao visual da fluorescncia aps separao em cromatografia camada delgada (CCD). O
estudo foi conduzido no Laboratrio de Anlises Toxicolgicas / UFMA com parceria do Laboratrio de Tecnologia de
Alimento/UFMS. Resultados: A aflatoxina B1 foi detectada na amostra de amendoim torrado, representando 33,33%
dos produtos analisados. A ocorrncia de aflatoxinas em amendoim pode ser explicada pelo fato dos fungos Aspergillus
flavus e Aspergillus parasiticus utilizarem o solo como seu reservatrio, tornando esses gros mais suscetveis por serem
subterrneos. Outros fatores importantes so a umidade, temperatura e condies de armazenamento. Concluso: Embora
a positividade das amostras analisadas tenha sido baixa, importante ressaltar que a presena das mesmas no deve ser
descartada, uma que vez que a CCD possui certo limite de deteco para estas micotoxinas. Portanto, o monitoramento
da presena micotoxinas em produtos alimentares essencial para a adoo de procedimentos tecnolgicos para reduzir a
contaminao dos alimentos, visto que formao de carcinoma hepatocelular, ocorre mesmo quando estas micotoxinas
so ingeridas em quantidades muito baixas. Referncia:1 Instituto Adolfo Lutz. Mtodos qumicos e fsicos para anlise
de alimentos. 4 ed. So Paulo, 2008.
104

81 OTIMIZAO DA ANLISE CROMATOGRFICA DA SINVASTATINA EM PLASMA


HUMANO: APLICAO EM FARMACOCINTICA
Gleisson Pereira de Jesus, Ana Leonor Pardo Campos Godoy, Jos Antnio Menezes Filho, Juliana Rodrigues
Universidade Federal da Bahia

Introduo: Relatos sobre alteraes comportamentais de pessoas expostas cronicamente ao mangans tm sido bastante
observados1. Estudos experimentais mostram os efeitos do Mn na modulao de citocinas pr-inflamatrias, xido ntrico
e produo de clulas da glia cortical, supondo alterar tambm a atividade do CYP3. A sinvastatina (SV) um pr-
frmaco, metabolizada pelo CYP3A4, utilizado como antilipmico4. Objetivo: O trabalho tem como objetivo otimizar e
validar o mtodo cromatogrfico acoplado ao detector ultravioleta (UV), para anlises farmacocinticas da sinvastatina.
Mtodo: Aps assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as 24 voluntrias, previamentes genotipadas
como metablizadoras extensivas para o CYP3A4 sero divididas em 2 grupos: 12 voluntrias expostas ao mangans (via
anlise de cabelo) e 12 no expostas. Sero adminstrados 40mg dose nica e oral de sinvastatina e o sangue ser coletado
0-10hs aps a administrao. A avaliao do plasma ser dada em HPLC-UV. O presente trabalho foi submetido ao
Comit de tica via Plataforma Brasil. Resultados: A melhor coluna obtida para essa anlise foi a C18, com fase mvel
tampo fosfato de potssio (0,025M) pH 4,5 e acetonitrila (60:40, v/v). A lovastatina apresentou mesmo comprimento de
onda que a sinvastatina e ser utilizada como padro interno. A corrida cromatogrfica ocorreu com tempos de reteno
de 5,62 e 7,36 minutos, o que mostra uma corrida rpida. Esta informao importante porque ainda ser acrescido
nesta corrida o metabltio ativo da sinvastatina, a -hidroxicida-sinvastatina. Est sendo feita a busca pela extrao
do frmaco e padro interno lquido-lquido e em fase slida, do plasma que tenha maior recuperao. Concluso: O
mtodo tem apresentado robusto, preciso e exato para o proposto trabalho.
Referncias:
1
MEYER-BARON, M., SCHAPER, M., KNAPP, G., et al. The neurobehavioral impact of manganese: Results and
challenges obtained by a meta-analysis of individual participant data. NeuroToxicology., 2013, 36: 19.
2
CHEN, C.J., OU, Y.C., LIN, S.Y., LIAO, et al. Manganese modulates pro-inflammatory gene expression in activated
glia. Neurochemistry International., 2006, 49: 6271.
3
CORSINI A., BELLOSTA S., BAETTA R., et al., New insights into the pharmacodynamic and pharmacokinetic
properties of statins. Pharmacol. Ther. 1999, 84: 413428.

82 OTIMIZAO DO MTODO PARA ANLISE DE ETIGLICURONIDEO E


ETIL SULFATO POR CROMATOGRAFIA LQUIDA DE ALTA EFICINCIA EM
AMOSTRAS DE SANGUE, URINA E HUMOR VTREO.
Karla Ribeiro de Lima Cardoso, Silvia Falco de Oliveira, Paula Fernades de Aguiar, Carlos Alberto da Silva Riehl
1) Departamento de Qumica Analtica-Instituto de Qumica Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2) Instituto
Mdico Legal Afrnio Peixoto, Rio de Janeiro.

Introduo/Objetivo: Aps ser ingerido, uma parte do etanol metabolizada e eliminada na forma de etil glicurondeo
(EtG) e Etil sulfato (EtS), sendo necessrio conhecer mais sobre a distribuio desses metablitos para que possam ser
utilizados para a determinao do consumo de etanol, aumentando a janela de tempo no qual o mesmo poder ser detectado.
O trabalho apresenta a otimizao e a validao da anlise de EtG e EtS por cromatografia lquida de alta eficincia com
detector de espectrometria de massa e ionizao por eletronebulizao (CLEM-ESI), em amostras de sangue, humor
vtreo e urina. Material e Mtodo: A coluna cromatogrfica escolhida, baseada nas informaes obtidas na literatura, foi
a Hypercarb; amostras de humor vtreo e urina isentas de etanol, EtS e EtG, adicionadas das concentraes 0,05; 0,50;
1,00; 25,00; 50,00 mg/L de EtS e EtG e padres internos Etilsulfato sdio deuterado (EtSD5) e Etil-b-D-glucurondio
deuterado (EtGD5), na concentrao de 1mg/L. Resultados e Discusso: Foi determinado que as melhores condies
cromatogrficas: para a fase mvel; A=gua 0,1% de cido frmico, 2mM de formiato de amnio; B=Acetonitrila. O
fluxo empregado foi de 0,4 mL/min. A recuperao mdia foi de 94,653,88%, o coeficiente de variao obtido foi de
5,15 e 1,50% para concentraes de 0,50 e 25,00 mg/L respectivamente (preciso intra-ensaio). A anlise realizada
em 15 minutos. Os limites de deteco e quantificao so de: 0,024 mg/L e 0,040 mg/L respectivamente para os dois
compostos. EtG e EtS no so produtos de fermentao in vivo, possvel detect-los em fluidos biolgicos aps uma
nica exposio, mesmo que em baixa dose, por um longo perodo de tempo aps o etanol j ter sido eliminado do
organismo. Concluso: O mtodo proposto demonstrou resultados aplicveis nas amostras de sangue, humor vtreo e
urina. A utilizao dos metablitos como marcadores de consumo recente de etanol de interesse em vrias situaes no
mbito da Toxicologia Forense.
105

83 PREVALNCIA DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM CANDIDATOS


INGRESSANTES EM FORA POLICIAL ATRAVS DA ANLISE EM CABELO OU
PELO
Amlia Cristina Modzinski, Cssia Barbosa Facini1, Srgio Henrique Nascente Costa1,2, Luiz Carlos da Cunha2,
Vania Rodrguez1,2
1) Pontifcia Universidade Catlica de Gois, 2) Ncleo de Estudos e Pesquisas Frmaco-Toxicolgicas/NEPET
da Faculdade de Farmcia da Universidade Federal de Gois

Introduo: O uso de substncias psicoativas pelas foras policiais totalmente incompatvel com as atividades
desenvolvidas pelos mesmos, portanto desejvel verificar se indivduos ingressantes fazem uso das mesmas. Objetivo:
O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento sobre o uso de substncias psicoativas em candidatos ingressantes
em Fora Policial atravs da anlise em cabelo ou pelo. Materiais e Mtodos: O trabalho contou com 3.092 candidatos
a ingresso na Policia Militar. As amostras foram coletadas no perodo de junho a agosto de 2013 num Hospital da Policia
Militar. A triagem das amostras foi realizada por radioimunoanlise (RIA) e a confirmao por cromatografia lquida
e gasosa acoplada espectrometria de massas de acordo com a droga ou seu respectivo metablito detectado por RIA.
Resultados e Discusso: Das amostras coletadas 87,7% (n=2.712) corresponderam a candidatos do sexo masculino e
12,3% (n=380) do sexo feminino. Com relao aos resultados obtidos por RIA 98,7% (n= 3.052) foram negativas e 1,3%
(n=40) positivas para alguma das drogas analisadas. Dentre as substncias psicoativas encontradas nas amostras positivas
por triagem, a cocana foi droga mais encontrada 51,5 (n=21), seguida pelos opiceos 40% (n=16), maconha 5% (n=2)
e associao cocana e maconha 2,5% (n=1). Nas anlises confirmatrias por LC-MS ou GC-MS mostraram que os nveis
encontrados de cocana e de seu metablito benzoilecgonina (BE), esto na faixa de 6,9 - 37,3 e de 0,7 - 1,9 ng/10 mg em
cabelo e 5,5 - 44,4 e 0,3 - 2,5 ng/10 mg em pelos, respectivamente. Os resultados dos nveis encontrados do Carboxy-THC
esto na faixa de 9,2 - 10,7 ng/10 mg em cabelo e 2,3ng/10 mg em pelos. O opiceo encontrado nas amostras foi a codena
numa faixa de concentrao de 2,1 a 11,5 mg/10 mg de pelo. Nas amostras positivas para cocana, alm do metablito BE,
tambm foi confirmada a presena de cocaetileno em quase 80% das amostras positivas para cocana. Concluso: Dos
quase 3000 candidatos a ingresso na Polcia Militar menos do 2% fazem uso de substncias psicoativas principalmente
cocana, cujo uso geralmente associado ao etanol.

84 VALIDAO DE METODOLOGIA ANALTICA PARA DETERMINAO


QUANTITATIVA DE PARACETAMOL EM PLASMA POR ESPECTROFOTOMETRIA
Lvia Apolnio de Freitas Guimares, Priscila Barbosa de Sousa, Janete Eliza de S Soares, Teresa Maria de Jesus
Ponte Carvalho
Universidade Federal do Cear

Introduo: Os analgsicos representam agentes importantes como provocadores de intoxicaes. Dentre estes,
o paracetamol (acetaminofen) que tem seu uso frequente, por ser de fcil acesso e de venda livre. As intoxicaes,
devido formao de um metablito txico, podem levar a uma insuficncia heptica, alm de danos ao sistema de
coagulao e nefrotoxicidade. Logo, a determinao quantitativa de paracetamol, agregada aos sintomas clnicos
essenciais iro contribuir para a conduo do caso, confirmando o diagnstico de intoxicao, mas tambm avaliando
o risco de hepatotoxicidade. Objetivo: Validao de mtodo analtico para a quantificao srica de paracetamol por
espectrofotometria estabelecendo-se parmetros: linearidade, limites de quantificao, curva de calibrao, preciso e
exatido e recuperao. Metodologia: Aps desproteinizao do plasma com o cido tricloroactico (TCA), o paracetamol
contido no extrato foi tratado com nitrito de sdio, para formao do 2,4-nitro-4-acetaminofenol, que assumiu colorao
amarela em meio alcalino, o qual foi lido em 430 nm. A validao seguiu os critrios da Agncia Nacional de Vigilncia
(ANVISA). Para construo da curva de calibrao, a 500 L de plasma foi acrescentado 50 L de solues padro de
paracetamol (0,2; 0,5; 1; 1,5; 2 e 3 mg/mL), obtendo-se concentraes plasmticas de 20, 50, 100, 150, 200 e 300 g/
mL. Foi adicionado 5 mL de TCA 3% para desproteinizao, retirando-se 2 mL do sobrenadante e adicionando-se 0,5 mL
de nitrito de sdio 0,07 M e 100 L de NaOH 8M para formao do complexo e leitura 430 nm. As amostras-controle
utilizadas para determinao da preciso e exatido foram 50, 150 e 250 g/mL de plasma, para as concentraes baixa,
mdia e alta, respectivamente. Resultados: O mtodo se mostrou linear (20 a 300 g/mL), com limite de quantificao
de 20 mg/L, mostrando-se tambm preciso e exato e apresentando boa recuperao. Concluso: O mtodo desenvolvido
demonstrou possuir todos os parmetros necessrios para ser utilizado na quantificao de paracetamol em amostras de
plasma ou soro humano para anlise de emergncia. Alm disso, uma tcnica simples, de rpida execuo e baixo custo.
TOXICOLOGIA CLNICA
109

85 ACCIDENTES POR RAYAS DE RO EN URUGUAY: ENFOQUE CLNICO-


EPIDEMIOLGICO.
Sergio Andrs Machado, Antonio Pascale
Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgico. Departamento de Toxicologa. Hospital de Clnicas. Facul-
tad de Medicina. UdelaR. Montevideo, Uruguay.

Introduccin: Las rayas de ro habitan en los sistemas fluviales que desembocan en el Ocano Atlntico. En Uruguay se
han reportado accidentes cuando el ser humano comparte su hbitat. Conocer la epidemiologa y su forma de presentacin
clnica puede contribuir al diagnstico y evitar complicaciones. Objetivos: Comunicar la experiencia del Centro de
Informacin y Asesoramiento Toxicolgico (CIAT) en consultas por accidentes por rayas de ro en un perodo de 16
aos y presentar 2 casos clnicos. Mtodos: Estudio retrospectivo observacional de las consultas por accidentes por
rayas de ro realizadas al CIAT del 1 de enero del 1998 al 31 marzo del 2014. Se incluyeron aquellos pacientes en los
cuales el diagnstico clnico fue accidente por raya. Revisin de 2 casos clnicos ocurridos en el ao 2014. Resultados:
El CIAT registr 48 casos, con edades entre 11 y 62 aos, promedio 36 aos, relacion mujer/hombre de 1:2. La totalidad
de los accidentes ocurrieron entre noviembre y marzo, con un 79 % entre diciembre y febrero. Se reportaron 25 casos
en fin de semana. La mayora de los accidentes ocurrieron en la tarde (n=32). Predominaron accidentes en costas del
Ro de la Plata (n=31). La latencia entre exposicin y consulta fue de menos de 2 horas en 24 casos. Las circunstancias
de exposicin fueron recreacin en el ro (n=41) y pesca (n=7). En 33 casos no se identific el agente. La lesin se
topografi con mayor frecuencia en el miembro inferior (n=38), particularmente en dorso de pie (n=22). El dolor siempre
estuvo presente. Erosiones y equmosis/sangrado fueron manifestaciones predominantes (n=37). En los dos casos clnicos
revisados, el diagnstico se efectu por las circunstancias de exposicin y la clnica local. En uno de ellos no se reconoci
al animal. Ambos presentaron una lcera de difcil cicatrizacin. Conclusiones: Los accidentes por rayas en Uruguay
tienen un carcter estacional derivado de las actividades recreativas en el ro. Es frecuente la dificultad en identificar el
agente agresor. Las circunstancias en las cuales ocurre el accidente y las manifestaciones clnicas locales contribuyen al
diagnstico, y permiten un adecuado seguimiento con el fin de minimizar las complicaciones.
Referencias:
Clark RF, Girard RH, Rao D, Ly BT, Davis DP. Stingray Envenomation: a retrospective review of clinical presentation
and treatment in 119 cases. Jemermed 2007;33:33-37.
Diaz JH. The Epidemiology, Evaluation, and Management of Stingray Injuries. J La State Med Soc 2007;159: 198-203.
Haddad V Jr, Netoa DG, Netoc JB, Marques FP, Barbaro KC. Freshwater stingrays: study of epidemiologic, clinic and
therapeutic aspects based on 84 envenomings in humans and some enzymatic activities of the venom. Toxicon 2004; 43:
287294.
Gutierrez J, Guerra B, Guerra GB . Envenenamiento por rayas de agua dulce. RFM 2004; 27:2.
Junior HV, Cardoso JL, Neto DG. Injuries by marine and freshwater stingrays: history, clinical aspects of the envenomations
and current status of a neglected problem in Brazil. J. Venom. Anim. Toxins inclu. Trop. Dis. 2011; 19: 1-11.
Piola JC. Accidentes por rayas en Rosario 1990-1999. Servicio de Toxicologa del Sanatorio de nios (serial online)
2000 Jun. Disponible en: http://www.sertox.com.ar/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=254 [consultado
el 16/06/2014]

86 ACIDENTE COM ARRAIA DE GUA DOCE: RELATO DE CASO


Kamilla Manduca do Prado, Elo Muehlbauer, Telma Libna Rodrigues Borburema, Taciana Mara da Silva See-
mann, Marisete Canello Resener, Ieda Ana Costa Correa, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: Os envenenamentos por arraias de gua doce so geralmente, mais graves e apresentam maior porcentagem
de necrose que os causados por arraias marinhas. As arraias possuem de um a trs ferres afiados contendo glndulas de
veneno ao longo das bordas. Os acidentes geralmente acontecem quando as pessoas pisam no dorso do animal. Relato
do caso: Paciente masculino, 37 anos, sofreu ferroada por arraia em p direito, em um rio do Mato Grosso. Procurou
atendimento hospitalar logo aps o acidente, onde foi avaliado e liberado. No dia seguinte procurou hospital, com dor
forte, hiperemia local e febre. Foi realizado antissepsia e prescrito antibioticoterapia via oral. Aps trs dias, evoluiu
com edema at tero mdio da perna, eritema, necrose tecidual, secreo purulenta que drenava espontaneamente. Foi
iniciada antibioticoterapia endovenosa. Aps 10 dias, a leso evoluiu com aumento da necrose e lcera central. Manteve
antibioticoterapia via oral. Iniciou uso de colagenase 16 dias aps o acidente. Trinta dias aps o acidente apresentava
uma boa cicatrizao da leso. Discusso/concluso: Os acidentes por arraias provocam intensa ao inflamatria
110

local, dor forte, eritema e edema, caractersticas da primeira fase do envenenamento. Evolui lentamente, com necrose
central, causando flacidez do tecido e formao de uma lcera profunda. Nos acidentes, alm da ao do veneno, o ferro
causa uma lacerao que pode levar infeco secundria. No h um antiveneno especfico. O tratamento objetiva o
alvio da dor, a degradao do veneno e a preveno da infeco secundria. Inicialmente fazer imerso em gua morna
para alvio da dor, pois a toxina termolbil, e realizar limpeza local com explorao do ferimento para retirada de
fragmentos. No ferro das espcies de gua doce existe um maior nmero de clulas secretoras de protena, distribudos
por toda a epiderme, enquanto nas espcies marinhas, estas clulas secretoras esto apenas ao redor ou dentro dos sulcos
ventrolaterais do ferro, estas diferenas poderiam influenciar nos envenenamentos por arraias de gua doce. Poucos
servios de sade sabem que os ferres das arraias tm veneno ou reconhecem esses animais como peonhentos. Portanto,
so importantes os relatos de casos para abordagem correta dos acidentes.

87 ACIDENTE COM PEIXE-ESCORPIO (Scorpaena spp): RELATO DE CASO


Karina Ilheu da Silva, Telma Libna Rodrigus Borburema, Synthia Campos, Jos Fernando Sens Jr., Cinthia Kunze
Rodrigues, Taciana Mara da Silva Seemann, Ieda Ana Costa Correa, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: O peixe-escorpio pertence famlia Scorpaenidae, habita mares brasileiros causando acidentes muito
dolorosos por vezes acompanhados de taquicardia, febre e hipotenso arterial. So considerados os peixes mais venenosos
das guas brasileiras, apesar disso, no h registros de bito. Relato do caso: Paciente de 34 anos, masculino, com histria
de acidente com peixe-escorpio em 1 quirodctilo direito enquanto pescava. Procurou atendimento mdico duas horas
aps o acidente. Apresentava dor intensa, equimose, ferida sangrante e edema local. Ausncia de manifestaes sistmicas.
O peixe foi identificado pelo CIT local como peixe-escorpio (Scorpaena spp). Foi realizada limpeza do ferimento,
compressa quente local e analgesia IV. Permaneceu durante oito horas em observao evoluiu com melhora significativa
da dor. Recebeu alta hospitalar com prescrio de antibioticoterapia e corticoterapia. A dor cessou completamente aps 24
horas do contato, o edema local persistiu por dois dias. Posteriormente apresentou remisso total do quadro. Discusso/
Concluso: O peixe-escorpio apresenta espinhos dorsais onde ficam localizadas as glndulas produtoras de veneno,
que, ao serem comprimidas, inoculam o veneno. O mesmo composto por toxinas termolbeis, proticas, de alto peso
molecular, que induzem cardiotoxicidade e neurotoxicidade. A dor severa o principal sintoma, mas o envenenamento
pode cursar com parestesia, edema, equimose local, adenopatia em raiz de membro afetado, sudorese, diarria, vmitos,
palidez, desconforto respiratrio e taquicardia. Mais raramente podem ocorrer alteraes cardacas como extra-sstoles,
fibrilao ventricular, alm de insuficincia respiratria. A dor compromete todo o membro e um rash escarlatiniforme ou
morbiliforme pode se manifestar em 24h. O tratamento consiste em medidas sintomticas, controle da dor com medicao
sistmica ou bloqueio anestsico local e imerso em gua morna (45C) por cerca de 40 minutos, alm de antissepsia local
e antibioticoterapia em casos de infeco secundria. Devido capacidade de mimetismo do peixe, colorao semelhante
de pedras do seu habitat e imobilidade no fundo do mar, o mesmo facilmente confundido com pedras, por esse motivo,
os acidentes com esses animais so mais freqentes em mergulhadores e pescadores, como no caso relatado.
111

88 ACIDENTE ELAPDICO COM EVOLUO ATPICA: UM ESTUDO DE CASO


Alana Vieira Lordo, Raul Jos da Silva, Luiz Carlos Costa, Magda Mara Barcia Vital Duarte, Joo Bosco de Me-
deiros, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
Universidade Federal da Paraba, Hospital Universitrio Lauro Wanderley, Centro de Assistncia Toxicolgica
(Todos)

Introduo:No Brasil, as corais verdadeiras representam 0,5% dos acidentes por serpentes, caracterizando acidente raro.
O veneno de corais o mais txico quando comparado s outras serpentes devido composio qumica atua por bloqueio
neuromuscular, devido a competio com a acetilcolina pelos receptores nicotnicos.Descrio do Caso:O presente
relato ocorre em um ambiente de Assistncia Toxicolgica especializada, local destinado ao suporte no atendimento
a pacientes vitimados por acidentes com cobras, aranhas e escorpies. Criana, 3 anos, oriunda do interior nordestino,
foi picada no p esquerdo, chegou apresentando dor +/+++ e eritema no local. A vtima recebeu atendimento inicial
na sua cidade, que no dispunha de suporte bsico de vida, seguiu ento para esse centro. Ao chegar ao servio aps 2
horas e 45 minutos decorrido do acidente, apresentou discreta letargia com progresso proximal e episdio de mese.
Caracterizou-se o caso como acidente elapdico. Confirmou-se, pelo mdico do planto, tratar-se de uma picada ofdica
pela evidncia dos pontos de inoculao localizado no membro e identificada a espcie como Micrurus ibiboboca, pelo
bilogo taxonomista do servio, onde o animal apresentou 41 cm de comprimento. A teraputica inicial foi Ranitidina e
Hidrocortisona endovenoso, 30 minutos antes do Soro Anti-elapdico (SAE). Com teste alergnico negativo para SAE,
foram administradas 4 ampolas do soro diludas em 250 mL de soluo fisiolgica, e manuteno dos sinais vitais.
A vtima evoluiu estvel sem manifestaes locais e/ou sistmicas, sem queixas, recebendo alta sem alguma sequela,
aps 24 horas. Discusso:A toxina elapdica difere da peonha da maioria das serpentes, levando a vtima a bito por
insuficincia respiratria nas primeiras horas, principalmente em crianas. Nesse caso, a criana evoluiu de forma atpica,
visto que no apresentou sintomatologia inicial como descrita na literatura. A terapia antiveneno preconiza o uso de 10
ampolas de Soro Antielapdico em qualquer situao, porm, no presente caso, foram administradas apenas 4 ampolas do
soro, contudo, a resposta da vtima foi positiva ao tratamento, o que tambm pode sugerir um caso de bote seco desferido
pela serpente. H que se considerar que todo acidente elapdico caracterizado como grave, sendo requisitada assistncia
imediata.

89 ACIDENTE HIPXICO AGUDO COM RISCO DE MORTE EM MANUTENO


DE POO DE VISITA DE ESGOTO SANITRIO: A PROPSITO DE UM CASO
CLNICO.
Juliana Perptuo de Souza (1), Jssica da Silva Cunha (1), Carla Fernanda Borrasca-Fernandes (1), Adriana Car-
neiro Russo (2), Eduardo Mello De Capitani (1)
(1) Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas, Faculdade de Cincias Mdicas, UNICAMP, (2) Mdica
Residente de Clnica Mdica, Departamento de Clnica Mdica, Faculdade de Cincias Mdicas, UNICAMP

Introduo: Perda de conscincia, coma e morte por hipxia podem ocorrer em situaes envolvendo gases asfixiantes
simples e qumicos em ambientes de trabalho. Relatamos um caso de hipxia causado por provvel formao de atmosfera
hipxica em ambiente estreito e fechado, com motor a gasolina em funcionamento. Relato do caso: Homem, hgido, 27a,
permaneceu cerca de 2 horas no fundo de poo de visita de esgoto sanitrio (PV) exaurindo gua acumulada com auxlio
de bomba a gasolina locada dentro do poo, em plataforma a cerca de 4m acima do fundo. A ligao entre a plataforma e o
fundo feita por boca de 50cm, e a ligao com o ambiente externo, 4m acima, por outra boca de 60cm. Aps esse tempo,
apresentou fortes tremores, miastenia, embaamento da viso, diminuio da acuidade auditiva, perda da conscincia,
hipotermia e queda da prpria altura. O servio de urgncia chegou 30min aps levando-o ao nosso servio por transporte
areo aps entubao orotraqueal, com hiptese de possvel intoxicao por monxido de carbono. Foi tratado apenas
com mscara de O2, recuperou a conscincia e foi extubado 6hs depois, sem sequelas neurolgicas. Rx de trax sem
alteraes. Dosagem de COHb no foi realizada. Discusso/Concluso: A conformao fsica e as dimenses do poo
e das bocas de passagem, associadas situao de locao do motor a gasolina, e a localizao do paciente durante o
trabalho, nos induz a interpretar o acidente como causado pela formao de atmosfera com baixa concentrao de O2 pelo
consumo gradual do oxignio do ar ambiente do PV pela combusto da gasolina, sem a renovao desse ar em funo
do fluxo ascendente de gases de exausto do motor atravs das estreitas bocas de inspeo nos dois nveis do PV. O CO,
sendo mais leve que o ar, provavelmente ascendeu com os outros gases de combusto, prevenindo o seu contato com o
paciente. A possvel presena de H2S foi descartada, pois o PV ainda estava em construo, sem esgoto em seu interior.
O presente caso alerta para a possibilidade de acidentes hipxicos graves em tais situaes, bastante corriqueiras, nos
processos de inspeo e manuteno de PVs.
112

90 ACIDENTE POR SERPENTE DO GNERO LACHESIS: RELATO DE CASO


Iardja Stfane Lopes, Mayara Thayn Magalhes Alcntara, Priscila Barbosa de Sousa, Carlos Tiago Martins
Moura
1) Universidade Federal do Cear 2) Universidade Federal do Cear 3) Universidade Federal do Cear 4) Centro
de Assistncia Toxicolgica/IJF

Objetivo: relatar acidente ofdico causado por serpente do gnero Lachesis, assistido por um Centro de Assistncia
Toxicolgica, em janeiro de 2014. Relato do Caso: Paciente E.S.M., masculino, 23 anos, procedente de municpio na
regio metropolitana, foi admitido no servio s 06:15h do dia 09/01/2014, relatando ter sido vtima de acidente ofdico
causado por serpente de grande porte, havia 1 hora. A picada ocorreu em MSE, quando caava na regio metropolitana,
onde h resqucio de Mata Atlntica, habitat principal do gnero Lachesis. admisso, o paciente encontrava-se consciente,
orientado, cooperativo, apresentando hemorragia gengival e edema pronunciado no local da picada. Havia uma grande
distncia entre as duas perfuraes geradas pelo aparelho inoculador do animal, permitindo, assim, diferenciar do acidente
botrpico. Relatava ainda nuseas, vmitos e dor abdominal. Paciente evoluiu com suspeita de Sndrome Compartimental.
Solicitaram-se exames laboratoriais, que apresentaram TAP e TPTA incoagulveis. Realizou-se tratamento especfico
com 20 ampolas de Soro antibotrpico-laqutico 15 minutos aps pr-medicao. Novos exames foram realizados aps
tratamento especifico, mostrando TAP/INR: 13,5s/1,18; TPTA: 26s. No dia seguinte, foi administrada vitamina K, e
descartada a necessidade de fasciotomia, aps avaliao do cirurgio vascular. Paciente ainda queixava-se de dor local,
onde o edema seguia involuindo. No segundo dia de internao, o paciente seguia em bom estado geral, sem queixas, e,
aps reavaliao da equipe mdica, recebeu alta com importante involuo do edema. Discusso: os acidentes laquticos
no Brasil so raros e as serpentes do gnero distribuem-se na regio amaznica e nas reas de Mata Atlntica. A toxina
apresenta atividade proteoltica, coagulante e neurotxica. As manifestaes iniciam-se com edema, bolhas e necrose no
local da picada, podendo haver complicaes como sndrome compartimental, abscessos e necrose. Alteraes sistmicas
comuns incluem distrbios de coagulao, com prolongamento de TAP e TPTA, e alteraes neurotxicas. Para o
acompanhamento do paciente so importantes alguns exames laboratoriais: coagulograma, hemograma, ionograma,
provas de funo renal e gasometrial arterial. O tratamento baseado na gravidade do acidente (moderado ou grave),
com administrao do soro antilaqutico na dose de 10 a 20 ampolas. O prognstico bom nos casos de precocidade do
tratamento especfico, como ocorrido nesse caso.

91 ALTERAES DE SISTEMAS NERVOSO CENTRAL E PERIFRICO POR CH DE


NOZ MOSCADA (Myristica fragans Houtt., Myristicaceae)
Eduardo Mello De Capitani, Maira Migliari Branco Pimenta, Marina Sider, Carla Fernanda Borrasca-Fernandes
Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas, Faculdade de Cincias Mdicas da UNICAMP

Introduo: A noz moscada fruto da Myristica fragans Houtt. (Myristicaceae) originria da sia. O primeiro caso de
intoxicao data de 1516. Efeitos em SNC foram relatados pela primeira vez por Purkinje, no sculo 19. Tem sido usada
na medicina folclrica h vrios sculos para inmeras e variadas doenas. Devido aos efeitos centrais, usada como
droga de abuso, com inmeros relatos de intoxicaes agudas, crnicas e morte. Relato do caso: Mulher, 28 anos, hgida,
apresentou sintomas de sonolncia excessiva, mal estar, fraqueza muscular com dificuldade de deambulao, associados
taquicardia, cerca de 12 horas aps ter ingerido quantidade indefinida de ch de noz moscada. A ingesto ocorrera
noite, sem sintomas imediatos, tendo dormido normalmente e acordado de manh com os sintomas referidos. Exames
laboratoriais sem alteraes. Negava alucinaes ou qualquer alterao mental, alm da sonolncia excessiva apesar da
noite bem dormida. Obtivera acesso a informaes sobre o ch de noz moscada na internet, preconizado como energizante,
com receita de infuso de meia noz para um litro de gua. Por iniciativa prpria usou 07 (sete) nozes para o mesmo volume.
Discusso/Concluso: O principal ingrediente psicoativo da noz moscada a miristicina, estruturalmente similar a
compostos alucingenos como a mescalina, sugerindo sua ao agonista junto a receptores de serotonina. Parece tambm
inibir a MAO, alm de tambm ser biotransformada em um derivado anfetamnico. O efeito energtico atribudo ao ch
estaria relacionado a efeitos de alerta produzido por cerca de 400mg aps 1 a 2 horas da ingesto. Os efeitos neurolgicos
centrais e perifricos tipicamente ocorrem aps 3 a 6 horas da ingesto de 5 a 15 g de noz moda (1 a 3 nozes). Incluem
taquicardia, hipertenso, vermelhido cutnea, boca seca, excitao, alucinaes, delrios, ansiedade, semelhante a um
quadro anticolinrgico, exceto pela ausncia de midrase. O contedo do ch preparado neste caso teria cerca de 42 a 49g.
A dose de uso recreacional da noz varia de 5 a 30g. O presente caso alerta para a possibilidade desse tipo de ocorrncia,
tendo em vista a divulgao regular do uso da noz moscada como medicamento em meios de comunicao leigos
113

92 ANALISE DOS CASOS DE INTOXICAO POR DOMISSANITRIOS NO ESTADO


DA PARABA NO ANO DE 2013
Keliane Santos de Menezes, Priscilla Meireles Brito, Arat Oliveira Cortez Costa, Bruno Vidal Macedo, James
Lineker Cartaxo, Ewerton da Costa Ferreira, Damio Pergentino de Sousa, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
UFPB

Introduo: Saneantes so substncias ou preparaes destinadas higienizao, desinfeco ou desinfestao


domiciliar. Os domissanitrios tem tornando um produto com crescente risco a sade da populao, visto que nem sempre
so armazenados de forma correta. Outro agravante a comercializao destes produtos em embalagens clandestinas,
inadequadas, e que muitas vezes acaba se tornando um atrativo a curiosidade das crianas, alm de garantir a fcil
acessibilidade para o uso indevido do produto por pessoas que tentam de alguma forma o suicdio. Objetivo: Realizar
um levantamento de dados referentes ao nmero de casos de suicdio por domissanitrios no estado da Paraba ano
de 2013 e fazer estudo sobre as causas e formas de evitar tais situaes. Mtodo: A pesquisa foi realizada atravs de
uma anlise quantitativa, retrospectiva das notificaes registradas no Sistema de Informao de Agravos de Notificao
- Sinan net, no ano de 2013. A anlise dos dados foi realizada com ajuda do IBM SPSS Statistics 21. Resultados:
No ano de 2013 foi notificado 85 casos de intoxicao por domissanintrios no estado da Paraba. Destes, os maiores
nmeros de casos correspondem a casos acidentais, com 52 notificaes (61,18%), seguido por casos de suicdio, com
21 registrados (24,70%). A maior parte das intoxicaes por domissanitrios ocorreram por via digestiva, com 68 casos,
o que corresponde a 80% dos casos, seguidos por via cutnea (8,3%) e os demais classificados como Branco com 2
casos, ignorada e outra, cada uma com 1 caso. Apesar dos domissanitrios apresentarem um aspecto inofensivo, podem
desencadear srios danos sade se no houver o devido cuidado com sua utilizao e armazenamento. Concluso: A
partir dos dados apresentados e ao crescente ndice de casos de intoxicao acidental por domissanitrios, principalmente
na rea urbana, faz-se necessrio um trabalho de conscientizao da populao em conjunto com profissionais da sade,
alm de chamar ateno aos cuidados especiais em relao no tocante ao armazenamento e comercializao clandestina
em embalagens recicladas.

93 ANLISE RETROSPECTIVA DOS CASOS SUSPEITOS DE INTOXICAO


ALCOLICA - ATENDIMENTOS EM UM CENTRO DE INFORMAO E
ASSISTNCIA TOXICOLGICA
Natlia Gomes Monteiro, Sonia Aparecida Dantas Barcia, Edna Maria Mielo Hernandez, Ligia Veras Gimenez
Fruchtengarten, Carolina Dizioli Rodrigues de Oliveira
Centro de Controle de Intoxicaes de So Paulo

Introduo: O consumo de lcool um dos hbitos sociais mais antigos e disseminados pela populao e tem seu
consumo admitido e muitas vezes incentivado. O lcool pode ocasionar diversos efeitos txicos ao organismo decorrentes
do consumo agudo e crnico, causando desequilbrio ao sistema nervoso central. Alm desses problemas, h ainda,
a possvel presena de metanol como contaminante de alguns tipos de bebidas e responsvel por inmeros casos de
intoxicao que necessitam de tratamento especifico e oportuno evitando a evoluo para casos graves e fatais. Assim,
no ano de 2013, foi realizada uma sensibilizao para equipe clinica quanto necessidade da realizao da anlise
toxicolgica para detectar precocemente a presena de metanol no sangue e propiciar o tratamento adequado e oportuno.
Objetivo: Evidenciar a necessidade da realizao de alcoolemia em todos pacientes graves com suspeita de intoxicao
alcolica e verificar o incremento dessas solicitaes, pela equipe clinica, nos anos de 2012 e 2013. Mtodos: Estudo
descritivo das solicitaes de alcoolemia realizadas por cromatografia gasosa de pacientes com suspeita de intoxicao
alcolica atendidos nos anos de estudo e anlise dos resultados laboratoriais obtidos. Resultados: No ano de 2012 foram
atendidos 972 casos suspeitos de intoxicao alcolica com indicao de alcoolemia, dos quais foram solicitadas 61
(6%) anlises, e destas 7 (11%) apresentaram nvel txico de metanol. Em de 2013, houveram 515 casos com indicao
de realizao de alcoolemia, sendo solicitadas 84 (16%) anlises e 3 (4%) com presena de metanol em nvel txico.
Concluso: O incremento observado de 10% nas solicitaes da anlise toxicolgica e a deteco de metanol em 11%
das amostras evidenciam a importncia da realizao de alcoolemia para todos pacientes que apresentarem suspeita de
intoxicao alcolica. O trabalho de conscientizao da equipe clnica pode promover benefcios ao tratamento, devido
a possibilidade de interveno imediata antes do estabelecimento da acidose metablica impedindo o agravamento do
quadro.
114

94 ASPECTOS BOTNICOS E CLNICOS DAS INTOXICAES OCASIONADAS POR


PLANTAS DAS FAMLIAS ARACEAE, EUPHORBIACEAE E SOLANACEAE NO
ESTADO DE PERNAMBUCO.
Solma Lucia Souto Maior de Araujo Baltar1, Eryvelton de Souza Franco2, Ademria Aparecida de Souza1, Maria
Lucineide Porto Amorim3, Rita de Cssia A. Pereira4; Maria Bernadete de Sousa Maia2
1) Universidade Federal de Alagoas 2) Universidade Federal de Pernambuco 3) Centro de Assistncia Toxicolgi-
ca de Pernambuco 4) Instituto Agronmico de Pernambuco

O contato, manuseio ou ingesto de algumas plantas pode causar intoxicao pela ao de seus compostos bioativos.
Objetivou-se investigar os aspectos botnicos e clnicos das intoxicaes humanas provocadas por espcies das famlias
Araceae, Euphorbiaceae e Solanaceae atravs do estudo fitoqumico; conhecer as partes da planta utilizada e os sintomas
clnicos decorrentes do efeito txico dos compostos bioativos. um estudo transversal, descritivo, quantitativo, e foi
aprovado pelo Comit de tica. Os dados foram coletados no Centro de Assistncia Toxicolgica de Pernambuco no
perodo de 1992 a 2009. Foram investigadas caractersticas dos pacientes; agente txico e variveis clnicas. Dos 214
pronturios analisados, 140 tiveram diagnstico de intoxicao por espcies das famlias Araceae (55%); Solanaceae
(8,57%) e Euphorbiaceae (36,43%). Quanto origem das espcies (87,85%) foram exticas e (12,15%) nativas. As
Araceae foram representadas por Dieffenbachia amoena Bull (50%); Calocasia antiquorum Schott (0,71%), Aglaonema
commutatum Schott (0,71%), Anthurium andraeanum L. (0,71%), Zantedeschia aethiopica L. Spreng (2,16%) e Caladium
bicolor Schott (0,71%); Solanaceae por Nicotiana glauca Graham (2,86%) e por Brugmansia suaveolens (Willd.)Bercht.
& J. Presl. (5,71%) e as Euphorbiaceae por Jatropha curcas L.(14,28%); Jatropha gossypiifolia L. (6,43%); Euphorbia
tirucalli L. (2,16%); Euphorbia millii L. (0,71%); Ricinus communis L. (1,42%) e Manihot esculenta Crantz (11,42%).
Essas espcies foram utilizadas com finalidade: ornamental, alimentcia, medicinal, brincadeiras infantis e suicido. As
intoxicaes foram maioria em crianas de 1 a 4 anos (67,97%) do sexo feminino (53,12%), provenientes da capital
(64,06%). As espcies de uso mais frequentes foram: 50% D. amoena (folha); 5,71% B. suaveolens (flor); 14,28%
J.curcas (folhas, frutos) e 11,42% M. esculenta (raiz) utilizadas em brincadeiras infantis, tentativa de suicdio e como
alimento. Em consequncia da ingesto de partes das plantas os sintomas foram: Araceae-edema (lngua, lbio), nusea
e diarreia, causada possivelmente, pelo oxalato de clcio; Solanaceae- rubor facial, midrase, alucinaes, provocadas
pelos alcalides (atropina, escopolamina, hioscina); Euphorbiaceae-dor abdominal, vmito e diarreia, pela jatrofona e
compostos cianognicos (cido ciandrico). O tratamento constou de observao clnica (45,31%), tratamento sintomtico
(40,18%) e 14,51% no informaram. A gravidade das intoxicaes foi aguda moderada (79,69%). Esta pesquisa possibilitou
conhecer o perfil epidemiolgico dos pacientes, identificar as principais famlias e espcies botnicas prevalentes.

95 AVALIAO DAS INTOXICAES CAUSADAS, EM CRIANAS, POR


MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM INFECES RESPIRATRIAS AGUDAS,
NOTIFICADAS NO CEATOX/JP
Richard Morrinson Couras de Carvalho, Katy Lsias Gondim Dias de Albuquerque, Lays Cristina dos Anjos Leite,
Josymara Trajano de Farias, Adrielle Maria Mendes Severo
Universidade Federal da Paraba

Introduo: As caractersticas fisiolgicas na pediatria so muito variveis, principalmente na primeira dcada de vida.
Ao longo do crescimento, a funcionalidade de cada rgo sofre modificao, gerando alteraes na farmacocintica dos
medicamentos administrados s crianas. Estas alteraes podero resultar em quadros de intoxicao. Paralelamente, as
infeces respiratrias agudas (IRA) esto entre os principais motivos de consulta mdica e hospitalizaes peditricas,
tornando-se comum a reserva de medicamentos no lar. Hbito este, que induz o consumo de medicamentos, aumentando
sua disponibilidade nos domiclios, o que confere risco de crianas terem acesso a eles e sofrerem intoxicaes. Objetivo:
Avaliao das intoxicaes causadas, em crianas, por medicamentos utilizados em infeces respiratrias agudas,
notificadas no CEATOX/JP, no ano de 2012. Metodologia: Para levantamentos dos dados, foram analisadas notificaes
registradas no Centro de Assistncia Toxicolgica de Joo Pessoa - CEATOX/JP no ano de 2012, avaliando o perfil das
115

crianas de 0 a 9 anos, que foram intoxicadas por medicamentos utilizados no tratamento de infeces respiratrias. Assim
como, os tipos de medicamentos que causaram as intoxicaes. Resultado: Os dados analisados mostraram que, dos 36
casos de intoxicao medicamentosa em crianas de 0 a 9 anos, mais de 27% foram por classes medicamentosas utilizadas
no tratamento de IRA. Foi observado tambm, que houve predominncia do gnero masculino (60%) e que em relao
s faixas etrias, 80% das crianas possuam de 1 a 4 anos, 10% de 5 a 9 anos e 10% menores de 1 ano. Com relao
s classes de medicamentos responsveis pelas intoxicaes, foi observada a presena dos descongestionantes nasais
(33,3%), dos antiinflamatrios no esteroidais (33,3%), encontrando-se incluso os antitrmicos e analgsicos, seguido
dos expectorantes (22,2%) e broncodilatadores (11,1%). Concluso: Diante do analisado, percebe-se a importncia do
conhecimento destes casos e a intensificao de medidas preventivas a serem tomadas pelos pais e responsveis. Sabendo
que, crianas so curiosas, abrem, comem e bebem o que adultos reconhecem como perigoso, um armazenamento de
medicamentos e produtos em locais inadequados por descaso ou falta de informao dos responsveis, possibilita uma
grande acessibilidade, aumentando as chances de ocorrerem intoxicaes.

96 AVALIAO DO USO DA EMULSO LIPDICA COMO ANTDOTO NO


TRATAMENTO DAS INTOXICAES CAUSADAS POR ANESTSICOS LOCAIS E
OUTROS FRMACOS LIPOFLICOS: REVISO DA LITERATURA
Paula Bruna Sousa Santos, Ana Luiza Ribeiro Aguiar, Rachel Rabay Nogueira, Edilson Martins Rodrigues
Neto, Mirian Parente Monteiro, Ana Cludia de Brito Passos, Maria Augusta Drago Ferreira
1) Universidade Federal do Cear (UFC)

Os anestsicos locais podem exercer toxicidade local e sistmica. O sistema nervoso central e o sistema cardiovascular so
preferencialmente afetados por esses frmacos. Recentemente, Emulses Lipdicas (EL), por via intravenosa (i.v.), tm
sido utilizadas como antdoto no tratamento das intoxicaes, tanto por anestsicos locais lipoflicos, como a bupivacaina,
quanto por outros agentes lipoflicos de diferentes grupos farmacolgicos. Este estudo investigou as evidncias cientficas
disponveis, quanto eficcia e segurana no uso da EL como antdoto para o tratamento de intoxicaes por anestsicos
locais e por outros frmacos lipoflicos. Tratou-se de uma reviso sistemtica de trabalhos publicados no perodo de
2009 a 2013. A busca foi realizada nas bases de dados eletrnicas: Medline (via Pubmed), The Cochrane Library e
Trip Database, utilizando os descritores: (intravenous) and (lipid emulsion or fat emulsion or intralipid) and (toxicity
or arrest or rescue or resuscitation or antidote). Os resultados obtidos foram 24 estudos, que compreenderam duas
revises sistemticas e 22 relatos de caso. Uma das revises sistemticas, publicada em 2009, versou sobre o uso de
EL, tanto para anestsicos locais, quanto para outros frmacos lipoflicos, avaliando estudos realizados em animais,
alm do uso de EL em humanos. A outra, de 2011, tratou do uso de EL, tanto para anestsicos locais, quanto para
outros frmacos lipoflicos, analisando o uso de EL somente em humanos. Os 22 relatos de caso, ou no foram referidos
nestas revises, ou foram publicados depois destas. Em 11 relatos, as intoxicaes foram devidas a anestsicos locais
e, nos restantes, a outros frmacos lipoflicos. Em todos estes casos, os pacientes tratados com EL sobreviveram. At o
momento, os resultados obtidos sugerem que as indicaes para o uso da EL (i.v.) so limitadas e, dessa maneira, seu uso
deve ser considerado na instabilidade cardiovascular grave resultante da intoxicao por agentes lipoflicos (bupivacaina,
mepivacaina, ropivacaina, haloperidol, antidepressivos tricclicos, beta bloqueadores lipoflicos e bloqueadores de canal
de clcio), quando esta no responde s medidas teraputicas convencionais. O tratamento com EL no recomendado,
se o nico motivo for a manifestao de neurotoxicidade (nvel de conscincia reduzido).
116

97 CARACTERSTICAS DOS ACIDENTES CUSTICOS EM CRIANAS DE 0-10 ANOS


CASUSTICA DE UM CENTRO DE REFERNCIA
Patrcia Drumond Ciruffo, Juliana S.C.B. Almeida, Marcos A.B. Vieira, Nilder N.A. Reis Junior, Rene A. Sacilo-
tto, Danielle N. Pinto, David C.L.A. Macedo
1) CIAT-BH/ Hospital Joo XXIII, 2) Faculdade de medicina/ Universidade Federal de Minas Gerais

Introduo: O acidente custico motivo frequente de atendimento em unidades de urgncia e pode levar a quadros
graves e sequelas permanentes. No servio onde foram coletados os dados para o presente trabalho, a incidncia de
intoxicaes por substncias custicas perfaz cerca de 8% dos atendimentos. Em atendimentos por intoxicao em geral,
a crianas de 1-5 anos tem incidncia alta, correspondendo a 21% do total (dados de 2012).
Objetivos:
Objetiva-se descrever as caractersticas epidemiolgicas e clnicas dos acidentes custicos em crianas de 0-10
anos a partir de dados obtidos nos atendimentos telefnicos e presenciais realizados em centro de referncia no perodo
de junho a agosto de 2013. Metodologia: Anlise observacional retrospectiva de casos classificados como acidentes com
substncias custicas em crianas de 0 a 10 anos, no perodo de 01 de junho a 31 de agosto de 2013. A partir da anlise de
questionrios preenchidos durante o atendimento telefnico ou presencial em Centro de referncia foram coletados dados
posteriormente analisados utilizando o programa Epidata. Resultados: 153 pacientes foram atendidos com suspeita ou
certeza de ingesto de substncias custicas, sendo a maioria do sexo masculino (64,5%). O acidente ocorreu em ambiente
domiciliar em 93% dos casos, e o produto estava em embalagem diferente da original em 72% dos casos. A substncia
mais prevalente foi o hipoclorito de sdio (30%). Os sintomas gastrointestinais foram os mais relatados (35%) e 98%
das crianas receberam alta com desfecho favorvel, duas crianas (1,3%) foram encaminhadas para jejunostomia e em
0,7% o desfecho foi indeterminado por no ter sido possvel o contato por telefone com os responsveis posteriormente.
As crianas encaminhadas para jejunostomia haviam ingerido soda custica. Concluso: O acidente custico ocorre
principalmente no ambiente domiciliar com produtos de uso domstico, por isso perfeitamente evitvel. A maioria dos
acidentes leve, mas h casos que evoluem com necessidade de internao prolongada e cirurgia. O investimento em
campanhas de preveno de acidentes e fiscalizao no sentido de adequar as embalagens para evitar a ocorrncia de
acidentes se faz necessrio.

98 COMPLICAES DE UM ACIDENTE CROTLICO: RELATO DE CASO


William Augusto da Fonseca, Ana Paula Mayumi de Souza, Camilo Molino Guidoni, Conceio Aparecida Turini
Centro de Informaes Toxicolgicas de Londrina, Hospital Universitrio, Universidade Estadual de Londrina-PR.

Introduo: dentre os acidentes por serpentes peonhentas, o botrpico o mais prevalente. Entretanto, os acidentes
crotlicos apresentam uma incidncia relevante, aproximadamente 10%, e normalmente, evoluem de forma mais grave.
Este trabalho tem como objetivo descrever um caso de acidente crotlico que evoluiu de forma grave, exigindo cuidados
intensivos. Relato de caso: paciente masculino, 33 anos, hgido, picado por serpente no identificada em tornozelo,
apresentando, admisso em hospital secundrio, sangramento, dor e edema discretos no local e relatou ter ouvido um
guizo. Foi atendido 30 minutos aps o acidente, recebendo a orientao por telefone de um CIT para realizao de medidas
gerais e coleta de exames. Aps duas horas, apesar dos resultados de CPK e coagulograma apresentarem-se normais,
evoluiu com turvao visual e ptose. Dessa forma, o CIT orientou a administrao de 10 ampolas de soro anticrotlico
(caso moderado). Durante as primeiras 17 horas, o paciente recebeu 1400ml de soro fisiolgico, apresentando 200ml
de diurese de aspecto normal. Vinte e duas horas aps o acidente, foi transferido para hospital tercirio e acompanhado
pessoalmente pelo CIT, onde permaneceu internado por 21 dias, evoluindo com aumento de CPK (mximo: 373120U/l),
LDH (mximo: 10782U/l), AST (mximo: 9760U/l), ALT (mximo: 2635U/l), amnia (mximo: 66umol/l referncia:
54umol/l), ureia (mximo: 112mg/dl), creatinina (mximo: 8,1mg/dl) e alteraes de coagulao (INR mximo:1,83),
apresentando insuficincias respiratria e renal agudas, e leso heptica. Complementou-se a soroterapia com 10 ampolas
(24 horas aps a administrao inicial), e, durante a internao, realizou-se suporte respiratrio, alcalinizao da urina
e hemodilise. O paciente evoluiu favoravelmente, recebendo alta com acompanhamento da Nefrologia. Discusso: o
veneno crotlico apresenta efeitos neurotxicos, miotxicos e coagulantes. Neste caso, o paciente apresentou evidncias
de todos esses efeitos, somados insuficincia renal aguda, provavelmente, em decorrncia da leso muscular e
hidratao insuficiente, apesar da nefotoxicidade j ter sido descrita. Alm disso, este caso permite levantar a hiptese de
uma possvel hepatotoxicidade, que deve ser avaliada por estudos apropriados. Dessa forma, evidencia-se a importncia
do atendimento dos acidentes ofdicos por um servio com infraestrutura suficiente para oferecer um suporte adequado
aos pacientes, pois h a possibilidade do agravamento do quadro.
117

99 CUIDANDO ALM DOS ASPECTOS TOXICOLGICOS


Eliana Regina Lima Fernandes, Maria Margareth Teixeira Gomes, Dannielly Azevedo de Oliveira, Ana Emlia de
Melo Bentes, Oflia Gomes Soares
Centro de Assistncia Toxicolgica do Rio Grande do Norte - CEATOX/RN

A intoxicao o resultado da exposio de substncias, qumica encontradas no ambiente, como, medicamentos, animais
peonhentos, poluentes industriais, produtos qumicos agrotxicos, dentre outros. Objetivou investigar a importncia das
aes em rede no atendimento de pessoas que tentam o suicdio. Trata-se de um relato de experincia ocorrido com uma
paciente de 13 anos, em sua residncia. O atendimento inicial foi realizado em uma Unidade de Pronto Atendimento. O
Centro de Assistncia Toxicolgica (CEATOX/RN) foi acionado para proceder as informaes quanto a conduta teraputica
para o Hipoclorito de Sdio. Repassada as informaes e os devidos acompanhamentos subsequentes, percebeu-se atravs
do contato telefnico com o genitor haver diversos agravantes alm do aspecto toxicolgico no contexto familiar que
desencadearam a tentativa de suicdio. O genitor, solicitou ajuda ao CEATOX, para salvaguardar a vida da filha, fato
ocorrido no ms de junho de 2014. O pedido de auxlio do pai da adolescente e a gravidade, fez o CEATOX, intervir
contactuando com a enfermeira do Servio da Estratgia Sade da Famlia e a Psicloga do Ncleo de Apoio a Sade
da Famlia para cincia e conduo, visto que desvelar o real acontecimento evitar danos a adolescente. Resultados:
evidenciou-se a importncia do cuidar para alm da conduta teraputica referente aos aspectos toxicolgicos e os devidos
acompanhamentos subsequentes. necessrio alertar aos cuidadores e profissionais da sade a necessidade da investigao
criteriosa dos fatores desencadeantes da intoxicao por tentativa de suicdio, principalmente em adolescentes. Efetivou-
se consultas posteriores com a enfermeira e a psicloga entre a genitora, filha e o genitor para esclarecimentos e ajudar a
sade integral da vtima, mediante os conflitos familiares que impossibilitam conduzir de forma harmoniosa o convvio
entre a trade. Concebe-se ser um grande problema de sade pblica a intoxicao e disseminar informaes relevantes
junto populao, familiares, cuidadores e aos profissionais de sade sobre os aspectos toxicolgicos fundamental no
processo do cuidar. Enfoca-se a importncia das aes dos servios articulados proporcionando o bem estar dos usurios
contribuindo para integrar as relaes interpessoais no contexto familiar.

100 DERMATITE DE CONTATO E EXANTEMA ALRGICO CASTANHA DE


CAJU E SEU LEO (Anacardium occidentale L.) EM PACIENTE PREVIAMENTE
SENSIBILIZADO POR Toxicodendron spp. RELATO DE CASO
Amanda Franceschini Ghilardi, Carla Fernanda Borrasca-Fernandes, Maira Migliari Branco Pimenta, Sueli Morei-
ra de Mello, Eduardo Melo De Capitani
Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas / FCM / Unicamp

Introduo: Nos EUA, mais de 50% da populao pode manifestar alergia e dermatite de contato a Toxicodendron spp
(poison ivy; poison oak), plantas da Famlia Anacardiaceae, pela presena de urushiol. Outros gneros dessa famlia
(Anacardium, Mangifera, Semicarpus e Metopium) promovem tambm reaes alrgicas ps contato drmico ou por
ingesto. Os agentes alergnicos envolvidos parecem ser dihidrofenis contendo cadeias 3-n-alquil ligadas em posio
meta a grupos hidroxi em anel (urushiol, resorcinol, cido anacrdico). Sensibilizao especfica a uma das espcies
da famlia Anacardiaceae confere sensibilizao cruzada s outras espcies devido similaridade das molculas desses
compostos. Por exemplo, estudos mostram ocorrncia de dermatite em norte-americanos que trabalham na coleta de
manga (Mangifera indica), que nunca haviam sido expostos a esta planta anteriormente. Relato do caso: Paciente
masculino, 24 anos, relata exposio oral castanha de caju crua e cutnea nas mos, e ao seu leo. Apresentou sensao
de ardncia e parestesia na lngua e mucosa oral aps colocar a castanha de caju crua na boca, expelindo-a imediatamente.
Minutos aps iniciou rash cutneo no abdome e fossas cubitais que espalhou-se pelo corpo acometendo virilha, faces
mediais das coxas, ndegas, trax, axilas e pescoo. No segundo dia procurou atendimento mdico, que aps contato
telefnico encaminhou-o ao CCI para teraputica. Foi prescrita loratadina 10 mg por 5 dias e evitar exposio ao sol, e
orientado a retornar ao CCI 24 horas aps para reavaliao das leses. Interrogado sobre exposies prvias a plantas, o
paciente relatou que na infncia,, teve contato repetido com poison ivy na casa onde morava, o que poderia explicar o
atual episdio agudo de urticria difusa, secundrio essa sensibilizao prvia planta da famlia Anacardiaceae. No
quarto dia da exposio ocorreu descamao da pele das mos. No sexto dia, referiu ressecamento e prurido em toda pele
acometida, com melhora progressiva dos sintomas. Epigastralgia e cefaleia discreta, aconteceram concomitantemente
porm inconstantes. Discusso: O cajueiro (Anacardium occidentale) produz derivados do cido anacrdico, composto
com estrutura qumica semelhante ao urushiol, presente em poison ivy, levando ocorrncia de reao alrgica por
hipersensibildade em paciente previamente sensibilizado a esta ltima planta no passado.
118

101 DESAFOS DEL TRATAMIENTO QUELANTE EN 2 NIOS CON EXPOSICIN


AMBIENTAL A PLOMO
Couto Silvana, Del Cioppo Florencia, Pose, Daro, Laborde Amalia, Moll Maria J.
Departamento de Toxicologa de la Facultad de Medicina Unidad Peditrica Ambiental UdelaR - Montevideo -
Uruguay

El tratamiento quelante con cido Dimercapto Succnico (DMSA) va oral, en intoxicacin por plomo en nios, es
recomendado con niveles de plomo en sangre (NPs) de 45mcg/dl o mayor criterio incluido en el Protocolo de Uruguay.
Este tratamiento plantea desafos: disponibilidad, efectividad, efectos adversos, aceptabilidad y cumplimiento del mismo.
La separacin de la fuente de exposicin como pilar teraputico requiere de intervenciones educativas y ambientales
complejas. Presentamos dos casos de nios con NPs de intoxicacin que fueron tratados con DMSA segn Protocolo.Caso-
1 Nia, 3 aos, buen crecimiento y desarrollo, alcanz NPs de 64,5mcg/dl sin elementos clnicos de intoxicacin por
plomo. Se identifica como fuente de exposicin, pintura de su vivienda. Ingresa a Hospital Peditrico, recibe DMSA va
oral 10mg/kg cada 8 horas durante 5 das, luego, cada 12 horas por 14 das en hogar transitorio. Al finalizar tratamiento,
el NPs fue 21.5mcg/dl, A los tres meses, NPs 22mcg/dl, Caso-2 Nio, 20 meses, buen crecimiento y desarrollo, alcanzo
NPs de 49,5mcg/dl, con anemia, sin otra clnica de intoxicacin. Exposicin por recuperacin informal de metales en el
entorno. Internacin para tratamiento en el mismo rgimen teraputico que el Caso-1. Al fnalizar tratamiento, el NPs fue
de 9mcg/dl., y a los 3 meses de 20mcg/dl.Ninguno de los casos presento problemas de aceptabilidad, ni efectos adversos.
El tratamiento quelante no muestra efectividad en revertir efectos neurotxicos del plomo. Se postula como medida para
evitar la manifestacin clnica de intoxicacin, con NPs mayores de 45mcg/dl. A estos niveles el quelante elimina plomo
va urinaria significativamente. La efectividad en ambos casos fue diferente: el Caso-1 muestra descenso de NPs (menor
que el Caso-2) que se mantuvo en el tiempo. El Caso-2 muestra descenso de NPs, con rebote posterior. La evolucin de
NPs, no pueden ser atribuidos solamente a reexposicin endgena, ya que se trata de nios pequeos, en ambos casos,
planteamos persistencia de fuentes contaminantes a pesar de las intervenciones. La administracin del quelante por la
familia puede discontinuar el tratamiento, dadas sus caractersticas organolpticas, que presumimos ocurri en el Caso-1.
Como en otros reportes, el DMSA va oral no presento efectos adversos.

102 DIAGNSTICO DIFERENCIAL EM SUPOSTO ACIDENTE POR LOXOSCELES:


RELATO DE CASO
Jamili Zanon Bonicenha, Llia Ribeiro Guerra, Ana Cludia Lopes de Moraes, Ana Cludia Tinoco Silva
Universidade Federal Fluminense

Introduo: Acidentes por aranhas do gnero Loxosceles cursam, em 84-97% dos casos, com manifestaes cutneas,
como dor no local da picada aps 2 a 8 horas do evento, tipo queimao, acompanhada ou no de prurido, edema, e,
em alguns casos, febre emal estar. A leso de 1 a 30 cm de dimetro circundada por halo vermelho e zona plida,
denominada placa marmrea e pode evoluir com rea necrtica de difcil cicatrizao e infeco secundria. Na maioria
dos acidentes, a aranha no identificada pela vtima e, portanto, a histria minuciosa da exposio e a evoluo clnica
so fundamentais para o diagnstico diferencial com outras patologias. A esportricose uma zoonose transmitida pelo
contato com gato, causada pelo fungo Sporothrix schenckiie, cujas manifestaes cutneas iniciais podem ser nodulares,
ppulo-nodulares ou ulceradas, sendo estas ltimas consideradas pontos de inoculao. O objetivo deste trabalho relatar
o caso de uma paciente que procurou o Centro de Controle de Intoxicaes (CCIn) com histria de picada de inseto no
identificado, em ambiente externo, com leso semelhante picada de Loxosceles, cujo acidente foi descartado atravs da
histria e evoluo clnica e levantada a hiptese diagnstica de esporotricose, confirmada atravs de bipsia. Relato do
Caso: T.M., feminino, 22 anos, estudante de medicina veterinria, chegou emergncia (SE) do hospital universitrio
com histria de acidente por inseto h 2 semanas com dor local em brao esquerdo, eritema e febre no aferida. Havia
procurado um SE e feito tratamento com cefalexina por 10 dias com melhora parcial da leso. O CCIn foi acionado para
avaliar o suposto acidente por Loxosceles, que foi descartado devido ao cenrio do acidente, local e a evoluo da leso,
cuja picada no brao ocorreu quando caminhava numa fazenda. Aps anamnese detalhada para diagnstico diferencial,
paciente relatou contato com gato infectado, sendo encaminhada para a dermatologia, que confirmou a esporotricose
atravs da bipsia. Concluso: Este relato mostra a importncia da anamnese e do cenrio do acidente associados com a
evoluo clnica e caracterstica da leso nos casos suspeitos de picada por Loxoceles, quando o animal peonhento no
identificado.
119

103 DOR TORCICA EM DROGADIO: SRIE DE CASOS


Eryberto Steves Tabosa do Egito, Alexandre Dias Zucoloto, Silvana Loddi, Ligia Vras Gimenez Fruchtengarten,
Edna Maria Miello Hernandez
Centro de Controle de Intoxicaes de So Paulo, Coordenao de Vigilncia em Sade, Prefeitura Municipal de
So Paulo, So Paulo

Introduo:Nos ltimos anos, o nmero crescente de atendimentos por drogadio cocana-crack tem sido observado
em servios de emergncia. Alm da inerente sndrome adrenrgica, a dor torcica tem chamado ateno por ser sintoma
potencialmente grave de sndrome coronariana, tromboembolia pulmonar, pneumotrax, pericardite, disseco artica,
ruptura de esfago e outros. A avaliao clinica e exames habituais podem esclarecer provvel etiologia da dor na maioria
dos casos. Srie de casos: Caso 1- ERL 30 anos, masculino, drogadio por cocana h mais de 2 anos, ltimo uso h 2
horas, chega a sala de emergncia ansioso/agitado, contactuando verbalmente, referindo mal estar e dor torcica aguda.
Ausculta pulmonar com ausncia de murmrio vesicular direita. Sinais vitais evidenciam hipertenso, taquicardia e
taquipneia. Raio-x de trax mostra Pneumotrax direita. Administrado O2, benzodiazepnico, analgsico e drenado
trax. Teste multidrogas confirmou cocana. Posterior diagnostico de tuberculose pulmonar associada. Boa evoluo,
alta hospitalar no 18 dia. Caso 2: VVCI 31 anos, feminina, refere uso eventual de cocana e lcool, apresentou nuseas
e dor torcica intensa 4h aps o uso. Procurou atendimento medico 11h depois, e foi transferida posteriormente para
nosso servio. Eletrocardiograma, dosagem de troponina e CKMB confirmaram diagnstico de Infarto do Miocrdio,
submetida a cineangiocoronariografia. Tratamento incluiu O2, benzodiazepnico, anti-agregante plaquetrio, -bloqueador
e estatina. Teste multidrogas no 4 dia no detectou cocana. Boa evoluo, alta hospitalar no 14 dia. Caso 3: HC
33 anos, masculino, drogadio por cocana h anos, ltimo uso h 3h. Trazido sala de emergncia ansioso/agitado,
com dor torcica intensa, trauma cervical e brao esquerdo. Eletrocardiograma normal, troponina normal, CK/CKMB
discretamente aumentado. Provvel Dor Msculo-esqueltica. Administrado O2, benzodiazepnico, analgsico. Teste
multidrogas confirmou cocana. Evolui com melhora, alta hospitalar no 3 dia. Concluso:Os casos ilustram a possibilidade
de diagnstico etiolgico da dor torcica na drogadio a partir da anamnese, exame fsico e exames complementares
facilmente disponveis na emergncia, valorizando as caractersticas da dor e sintomas associados. Exames teis incluem
Eletrocardiograma, Raio-X de trax, anlise sangunea (CK/CKMB, troponina) e toxicolgico (multidrogas em urina,
alcoolemia). Com o diagnstico etiolgico da dor, o tratamento pode ser iniciado com segurana.

104 EFEITOS DO CONTATO DRMICO COM Synadenium grantii HOOK. F.


(EUPHORBIACEAE): RELATO DE CASO
Jssica da Silva Cunha, Carla Fernandes Borrasca, Eduardo Mello De Capitani
1) Centro de Controle de Intoxicao da Unicamp 2) Centro de Controle de Intoxicao da Unicamp

Introduo: Synadenium grantii Hook.f., da famlia Euphorbiaceae, planta de origem africana, ocorrendo de regies
ridas a trpicos midos. um arbusto que atinge de 3 a 5 metros de altura, de uso ornamental e como cercas vivas, sendo
conhecida popularmente no Brasil como cola-nota, janauba, leiteirinha, tiborna ou cega-olho. utilizada na
medicina popular, e o ltex como visgo para caa de pssaros. Relato de Caso: Paciente feminina, 40 anos, atendida 14
horas aps contato drmico com o ltex das folhas de Synadenium grantii principalmente nas mos e no rosto. Apresentava
edema (2+/4+) palpebral e facial, e eritema com sensao de queimao no rosto inteiro e em ambas as mos. Realizada
descontaminao com gua corrente e administrao endovenosa de hidrocortisona (300mg) e difenidramina (50mg).
Evoluiu com melhora parcial dos sintomas e aps 3 horas ainda apresentava sensao de ardncia e edema (1+/4+) na face.
Prescrito 10mg de loratadina 12/12 horas at remisso dos sintomas. Aps segunda dose apresentou melhora significativa
do quadro inicial queixando-se apenas de edema palpebral (1+/4+). Trs dias aps o uso da loratadina evoluiu com
remisso completa dos sinais e sintomas e recebeu alta. Discusso: Alguns poucos relatos de casos publicados descrevem
o quadro clnico de eritrodermia secundria a contato episdico e pouco intenso com S. grantii em crianas. A toxicidade
das espcies de Synadenium parece estar relacionada presena de steres diterpnicos irritantes de tipo forbol (tigliana)
de estrutura complexa. Estas substncias ativas, ao serem ingeridas ou friccionadas sobre a pele, provocam intensas
reaes locais como erupo eczematosa que danificam queratincitos e causam inflamao. Toxicidade sistmica, de
mecanismo ainda no estudado parece existir, tendo em vista morte de animais aps injeo parenteral do ltex. As
leses distncia provavelmente ocorrem devido a mecanismos imunolgicos desencadeados pelo processo inflamatrio
local e mediados por citocinas ali produzidas. O contato da substncia presente nas mos com o rosto tambm deve ser
considerado. A administrao inicial de uma dose de difenidramina e hidrocortisona associado ao uso de loratadina por
trs dias mostrou-se eficaz na remisso total dos sintomas irritativos e imunolgicos.
120

105 EFEITOS TXICOS APS INGESTO DE Tradescantia spathacea (SW.)


(COMMELINACEAE) POR CO ADULTO
Jssica da Silva Cunha, Eduardo Mello De Capitani, Carla Fernanda Borrasca-Fernandes e Silvia Raya Covani
Gattai.
1) Centro de Controle de Intoxicaes da Unicamp 2) 1) Centro de Controle de Intoxicaes da Unicamp

Introduo: Tradescantia spathacea (Sw.), da famlia Commelinaceae, planta ornamental de origem na Amrica
Central, bastante utilizada em paisagismo no Brasil e no mundo. No Brasil conhecida como espada de Ians, traperab-
au, moiss-no-bero, abacaxi-roxo. So raros os casos de exposio txica relatados. Relato de Caso: Co macho da
raa pitbull, nove anos de idade foi atendido quatro horas aps ingerir grande quantidade de folhas de Tradescantia
spathacea. Logo aps apresentou vmito, agressividade anormal, e agitao. Ao exame apresentava intensa hiperemia
em mucosa oral, sialorria, taquipnia, taquicardia, dor abdominal, e pequenos tremores musculares. Exame de sangue
identificou apenas discreto aumento de GGT (7.6 U/L; VR=1,2-6,4 U/L) sem ictercia. Administrados metoclopramida
e cloridrato de ranitidina, com aparente piora da agressividade. Aplicado benzodiazepnico (1mg/kg) intramuscular e
aps 30 minutos animal ficou mais calmo, mas ainda agitado, relaxando e dormindo aps 01 hora. Trs horas aps
ingeriu gua e dieta pastosa sem vmito. No dia seguinte medicado com inibidor de bomba de prtons e analgsico,
aceitando dieta geral e mantendo-se estvel. Remisso total do quadro ocorreu dois dias depois da ingesto. Discusso/
Concluso: A planta, inicialmente confundida com espada de So Jorge, foi identificada corretamente aps foto enviada.
Existem poucas informaes sobre princpios txicos presentes nesse gnero e especialmente em T. spathacea. A seiva
considerada irritante, sem se identificar a substncia responsvel. Produz vermelhido, sensao de queimao e prurido
intensos aps contato drmico em jardineiros. O mesmo ocorre nos olhos. Dor intensa na boca, e queimao na faringe
e TGI so relatados aps ingesto. Foi sugerido, sem demonstrao, que o efeito irritativo se deva oxalato de clcio.
Os poucos relatos de toxicidade em humanos, foram de dermatites. usada na medicina folclrica para disenterias,
hemoptise, tosse, e coqueluche. Um flavonoide, rhoenina, foi isolado da espcie, sem evidncia de ter efeitos txicos. No
so relatados efeitos sistmicos. No presente caso, provavelmente a agitao e agressividade demonstradas pelo co se
devam, no a efeitos no SNC, mas a uma resposta comportamental intensa irritao do TGI, principalmente de mucosa
oral e faringe, alertando para essa possibilidade de efeitos em humanos, principalmente crianas.

106 ERRO TERAPUTICO POR INGESTO DE DAPSONA: RELATO DE CASO


Cntia Arajo Pereira, Joquebede Nery Chaves, Amanda Mamed de Gusmo Lobo, Alexandre Targino da Soledade
Centro de Informaes Toxicolgicas do Amazonas (CIT-AM)

Objetivo: Discutir um caso de suposto erro teraputico de Dapsona, frmaco pertencente ao grupo das sulfonas, utilizado
para tratamento da hansenase. Relato de caso: Mulher de 29 anos, em tratamento para hansenase h 1 ms, em uso de
dapsona 100 mg ao dia, com relato de ter esquecido de tomar a medicao por alguns dias e com objetivo de no atrasar
o tratamento, decidiu ingerir 10 comprimidos em uma nica dose. Mdica ligou para o servio aps 7 horas da ingesto,
pois a paciente estava apresentando cianose de extremidades (mos, ps e lbios), turvao visual e pele fria; sem sucesso
no registro de saturao de oxignio atravs do oxmetro de pulso. Durante o atendimento foram indicados observao
clnica, tratamento suportivo e sintomtico. Tambm foram indicados azul de metileno e carvo ativado, no entanto, no
foram realizados devido a falta de disponibilidade, assim como a realizao da dosagem do nvel de metemoglobinemia. A
paciente ficou em observao por 5 horas no pronto socorro e depois foi liberada, apresentando melhora apenas da turvao
visual. A paciente evoluiu com desparecimento total da cianose aps 3 dias. Discusso: Os produtos da hidroxilao da
dapsona so responsveis pelo aumento da oxidao da hemoglobina, causando metemoglobinemia. O azul de metileno
usado como teraputica para reverter este quadro. Existe grande dificuldade de realizao de exame para dosagem
de metemoglobina em unidades de sade pblica, assim como a disponibilidade do azul de metileno e carvo ativado,
dificultando a conduta teraputica exata.
121

107 ERUCISMO LONMICO COM QUATRO DIAS DE EVOLUO E PRESENA DE


GENGIVORRAGIA IMPORTANTE
Stefnia Villela Moreira Reis, Juliana Sartorelo Carneiro Bittencourt Almeida, Samir de Oliveira Sauzen, Patrcia
Drumond Ciruffo, Fernando Amata Mudado, Nina Ramalho Alkimim
CIAT-BH, Centro de Informao e Assistncia Toxicolgica de Belo Horizonte, Hospital Joo XXIII, FHEMIG

Introduo: Entre os lepdpteros, o gnero Lonomia apresenta importncia mdica e engloba 11 espcies de lagartas,
com distribuio neotropical. No Brasil, a L. obliqua pode ser encontrada no Sul e Sudeste e a L.achelous na regio
norte. Ambas espcies foram descritas como responsveis por acidentes graves, levando sndrome hemorrgica.
Neste trabalho descrevemos um caso de erucismo lonmico ocorrido em junho de 2014. Relato de Caso: No dia 10 de
junho de 2014 foi admitido em policlnica de sua cidade, o paciente B.V.P, masculino, 72 anos, melanodrmico, com
gengivorragia importante sbita e histria de contato com lagartas no identificadas trs dias antes. No dia seguinte,
paciente foi encaminhado para Hospital de referncia, ao exame clnico apresentava gengivorragia importante, sem outros
sinais de sangramento. Coagulograma revelou: tempo de protrombina (TP) de 120 segundos; atividade de protrombina
(AP) de 6%; RNI de 15,51; fibrinognio menor que 60 mg/dL, no apresentava outras alteraes laboratoriais. Foram
administradas 10 ampolas de soro antilonmico endovenoso imediatamente. Dezessete horas aps a soroterapia o paciente
no apresentava nenhum sangramento ativo e mostrava completa normalizao do coagulograma. Recebeu alta hospitalar
no dia seguinte administrao do soro, assintomtico. Discusso: O envenenamento por Lonomia potencialmente
grave e o seu diagnstico deve se pautar na histria clnica e em testes globais de coagulao. Os sintomas podem no
estar presentes em 100% dos casos e incluem: dor e edema no local de contato, equimoses disseminadas e sangramentos.
As principais complicaes so hemorragia intracerebral e insuficincia renal aguda. O acidente lonmico deve ser
considerado emergncia mdica e o tratamento a administrao de soro antilonmico, o mais precocemente possvel.
No caso apresentado, se destaca o tempo de evoluo entre o contato com a lagarta e o diagnstico, a ausncia de maiores
complicaes apesar da alterao importante dos fatores de coagulao e a resposta rpida e completa administrao da
soroterapia antiveneno, apesar de ter sido administrada apenas 96 horas aps o contato.

108 ESTUDO DOS POSSVEIS EFEITOS MUTAGNICO DO HIV E DE ESQUEMAS


ANTIRRETROVIRAIS CONTENDO ZIDOVUDINA
Elna Joelane Lopes da Silva do Amaral, Fabrcio Pires de Moura do Amaral, Sarah Izabelly Lemos, Manoel Odo-
rico Amaral de Moraes, Maria Elisabete Amaral de Moraes.
1) Mdica Infectologista/Instituto de Doenas Tropicais Natan Portela 2) UESPI 3) Mestranda UFPI 4 E 5) Ps-
graduao em Farmacologia UFC

Justificativa: O vrus HIV est associado a mutaes genticas e incidncia de neoplasias, tais como o sarcoma de
Kaposi, maior do que o que seria esperado na populao normal. Paradoxalmente, o seu tratamento, especialmente com
anlogos de nucleosdeos (zidovudina e tenofovir), em vez de diminuir esse risco, parece aumentar. Existem poucos
estudos em seres humanos que tm abordado efeitos genotxicos de antirretrovirais, e a maioria foi realizada in vitro e em
animais experimentais. Objetivo: O presente estudo investigou o possvel efeito genotxico de esquemas antirretrovirais
contendo zidovudina e tenofovir em pessoas com HIV / AIDS. Mtodo:Quarenta voluntrios participaram do estudo,
divididos em quatro grupos. Grupo I, 07 (sete) pacientes HIV positivos atendidos em um ambulatrio, sem indicao
para o uso de um esquema antirretroviral; grupo II consistiu de 09 (nove) indivduos submetidos ao tratamento e
acompanhamento ambulatorial (zidovudina, lamivudina e efavirenz), grupo III foi composta por 05 (cinco) indivduos
que recebem tratamento e acompanhamento ambulatorial (tenofovir, lamivudina e efavirenz) e grupo IV, constituda de 19
(dezenove) indivduos soronegativos (grupo controle). Resultados: A presena do vrus HIV em seres humanos aumentou
significativamente a frequncia de microncleos em relao aos indivduos soronegativos (5,15 2,22 vs0,54 0,60). No
entanto, em indivduos que usaram esquemas contendo zidovudina, a frequncia no foi significativamente maior quando
comparados a indivduos com HIV que no receberam terapia antirretroviral. Alm disso, no houve impacto sobre o
nmero de microncleos, quando se comparou o grupo da zidovudina com o grupo que continha tenofovir. Concluso:O
vrus HIV, aparentemente, lesa mais o DNA que os medicamentos antiretrovirais, contudo, necessitamos de mais estudos
para chegarmos a uma concluso mais acurada.
122

109 EVOLUO CLNICA DE INTOXICAO GRAVE POR INGESTO DE FOSFETO


DE ALUMNIO: RELATO DE CASO
Giane Christina Alves da Silva, Alexandre Dias Zucoloto, Ligia Vras Gimenez Fruchtengarten, Edna Maria
Miello Hernandez, Sergio Emanuelle Graff, Matheus Alves Alvares
1) Centro de Controle de Intoxicaes de So Paulo, 2) Departamento de Clinica Medica da UNIFESP, 3) Facul-
dade de Cincias Medicas de Santos

Introduo: O fosfeto de alumnio usado como inseticida fumigante e cupinicida para controle de insetos que atacam
gros, sementes, produtos alimentcios elaborados e suas matrias-primas armazenados; com a umidade atmosfrica
produz o gs fosfina, txico aos homens e outras formas de vida animal. Possui classificao toxicolgica I extremamente
txico e perigoso ao meio ambiente classe III. Relato de caso: EO, sexo masculino, 31 anos, com historia de ingesto
intencional de 3 pastilhas de 3g de um produto contendo fosfeto de alumnio 57%, foi admitido em hospital regional nas
primeiras horas apresentando hipotenso, epigastralgia e abdome rgido com rudos hidroareos diminudos. Recebeu
lavagem gstrica e carvo ativado em dose nica, tratamento sintomtico e abordagem de suporte das funes vitais
precocemente, necessitando de droga vasoativa. Aps 48 h evoluiu com insuficincia heptica e renal, pancreatite,
pneumonia intersticial, acidose metablica, hiperpotassemia e distrbios de coagulao. Foi tratado com corticoterapia e
hemodilise pela insuficincia renal. No 20 dia com funo renal normal e em uso de corticides, recebeu alta hospitalar
para acompanhamento ambulatorial. Discusso: A ingesto de fosfeto de alumnio resulta na liberao de fosfina no
meio cido do estmago, seguida pela absoro e a distribuio para os diversos tecidos. A ao txica da fosfina afeta a
citocromo C oxidase, inibindo a respirao celular e resultando no acometimento de mltiplos rgos, incluindo alteraes
respiratrias, neurolgicas, cardiovasculares, gastrintestinais, hepticas e renais. A literatura ressalta a alta toxicidade e
os bitos ocorridos nas diferentes situaes de exposio ao fosfeto de alumnio, salientando a utilizao para finalidades
suicidas, bem como as exposies acidentais durante sua aplicao e situaes de uso inadequado no ambiente domestico.
Nejad et al (2012) mostraram uma taxa de mortalidade de 41,8%, sendo 97% dos casos includos no estudo resultante de
exposio intencional, e os bitos ocorreram entre 27,98 44,17 horas aps a ingesto de apenas 0,71 1,23 pastilhas.
No existe tratamento especifico, nem antdoto, entretanto o tratamento de suporte adequado e precoce pode influenciar
na evoluo favorvel da intoxicao.
Referencias
Nejad, F.T.; Mokammadi A.B.; Behnoush, B.; et al. Predictors of Poor Prognosis in Aluminum Phosphide Intoxication.
Iranian Journal of Toxicology. 2012 Spring

110 EXPOSICIN A COCANA EN NIOS


Maranoel Valdz, Melina Pan, Carolina Juanena, Antonio Pascale, Amalia Laborde.
Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgico. Departamento de Toxicologa. Hospital de Clnicas. Facul-
tad de Medicina. UdelaR. Montevideo, Uruguay.

Introduccin: La cocana es la segunda droga ilcita consumida en Uruguay. Los hijos de madres y padres consumidores
se encuentran expuestos a cocana tanto en la etapa prenatal como en los primeros aos de vida. La exposicin intrauterina
ha sido la ms estudiada. Sin embargo se describen otras vas de ingreso como la oral a travs de la leche materna o
la ingesta accidental, y por inhalacin pasiva de humo de cocanas fumables: pasta base de cocana (PBC) y crack.
Objetivos: Comunicar 3 casos clnicos reportados al Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgico (CIAT) con
planteo de exposicin a cocana en la infancia y revisin de la literatura al respecto. Relato de casos: Caso 1: Lactante
de 1 mes y 19 das que present convulsiones, taquicardia sostenida e hipertona. Madre relata consumo de PBC dentro
del hogar. Caso 2: Lactante de 1 ao que present excitacin psicomotriz de aparicin brusca. Madre refiere consumo
habitual de clorhidrato de cocana. Ambas madres negaron lactancia. Caso 3: Lactante de 2 meses, alimentada con pecho
directo exclusivo (PDE), presenta episodio de apnea, cianosis e hipotona interpretado como ALTE (episodio de posible
amenaza a la vida). Madre consumidora de clorhidrato de cocana. Caso 4: Lactante de 5 meses, alimentado con PDE,
ingresa por posible maltrato y disalimentacin. Madre consumidora de PBC. La deteccin de benzoilecgonina en orina fue
positiva en los cuatro nios. Presentaron buena evolucin. Discusin: en los tres primeros casos la clnica fue compatible
con intoxicacin aguda por cocana, mientras que en el ltimo caso se plante exposicin en ausencia de intoxicacin. La
lactancia materna se plante como va de ingreso en los dos ltimos casos. Si bien no puede descartarse esta va, se plante
la exposicin inhalatoria ambiental en el caso 1 y la ingesta accidental en el caso 2. La intoxicacin aguda por cocana en
nios debe sospecharse con un cuadro compatible en hijos de padres consumidores. La exposicin se confirma mediante
deteccin de metabolitos de cocana en orina del nio. Importa la educacin a los padres sobre los riesgos del consumo
en perodo de lactancia y la exposicin ambiental.
123

Referencias:
Garca Algar O, Papaseit E, Velasco M, Lopez N, Martnez L, Luaces C et al. Consulta en urgencias de pediatra por
intoxicacin aguda por drogas de abuso. An Pediatr (Barc) 2011; 74 (6): 413.e1-413.e9.
Havlik D, Nolte K. Fatal crack cocaine ingestion in an infant. Am J Forensic Med Pathol 2000; 21 (3): 245-8.
Mirchandani HG, Mirchandani IH, Hellman F. Passive inhalation of free base cocaine (crack) smoke by infants. Arch
Pathol Lab Med 1991;115 (5): 494-8.
Mott S, Packer R, Soldin S.Neurologic Manifestations of Cocaine Exposure in Childhood Childhood. Pediatrics 1994;
93(4):557-606.
Moraes M, Boccarato A, Bazan G, Grunbaum S, Canavessi M, Hoppe A et al. Consenso para la atencin integral de recin
nacidos expuestos a sustancias psicoactivas durante la gestacin. Arch Pediatr Urug 2010; 81(4): 251-257.
Moraes M, Scorza C, Abin Carriquiri JA, Pascale A, Gonzlez G, Umpierrez E. Consumo de pasta pasta de cocana en
Uruguay en el embarazo, su incidencia, caractersticas y repercusiones. Arch Pediatr Urug 2010; 81 (2): 100-104.

111 HIPERAMILASEMIA EM TENTATIVA DE SUICDIO POR INGESTO DE


MLTIPLOS FRMACOS: QUAL PODE SER O RESPONSVEL?
Mello da Silva, CA
Centro de Informao Toxicolgica do RS

Introduo: O atendimento emergencial de tentativas de suicdio por mltiplos frmacos traz desafios significativos
para o emergencista e para os Centros de Informao Toxicolgica. A interpretao do quadro clnico e de achados
laboratoriais, as vezes inesperados, exigem bom domnio de conhecimentos em Toxicologia Clnica. Relato de Caso:
Paciente masculino, 28 anos ingeriu, em tentativa de suicdio, quantidades ignoradas de levomepromazina (comprimidos
de 100 mg), topiramato (comprimidos de 50 mg), cido valprico (comprimidos de 500 mg) e paracetamo (comprimidos
de 500 mg) h 36 horas. O mdico assistente entra em contato com o Centro de Informao Toxicolgica (CIT) referindo
que o paciente apresenta apenas sonolncia e sinais vitais normais. Foi orientado tratamento de suporte, monitorizao
de funo cardaca e respiratria, exames laboratoriais e avaliao psiquitrica. Conforme informao dos familiares,
as cartelas de paracetamol encontradas apontavam para uma ingesto de 80 mg/kg, abaixo da dose txica, no havendo
preciso quanto ao contedo de cartelas dos demais medicamentos. Seis horas aps o primeiro contato (42 horas aps
a ingesto) o mdico assistente informa os resultados de exames, com provas de funo heptica e renal normais, mas
com uma amilase de 1.233 U/L (N:30-170 U/L), sem referncia a sinais e sintomas abdominais. Foi recomendada a
suspenso do cido valprico, se de uso contnuo. Discusso: Dentre os frmacos envolvidos, o cido valprico aquele
tipicamente relacionado a pancreatite1, mais frequente no uso crnico mas tambm descrita em superdosagem. O espectro
de ocorrncias varia desde quadros graves como pancreatite necrotizante at alteraes sub clnicas, com hiperamilasemia
assintomtica,como neste caso.Segundo a literatura, no h relao direta entre o nvel plasmtico do cido valprico e as
alteraes pancreticas2,3.Nas intoxicaes agudas envolvendo mltiplos frmacos, o conhecimento tanto sobre os efeitos
adversos do uso crnico como dos efeitos da exposio aguda permitem uma tomada de deciso correta quanto ao manejo
do quadro presente, como a eventual suspenso de um medicamento de uso contnuo.
1.Nitsche C,Maertin S,Scheiber J et al.Drug-induced pancreatitis.Curr Gastroenterol Rep 2012,14:131-138
2.Zaccara G,Franciotta D,Perucca E.Idiosyncratic adverse reactions to antiepileptic drugs.Epilepsia 2007,48:1223-1244
3.Santos BL,Fernandes RMF,Neves FF.Valproic acid-induced pancreatitis in an adult.Arq Neuropsiquiatr 2010,68(1):135-
136
124

112 IMPORTNCIA DO EXAME FSICO NO DIAGNSTICO DO ACIDENTE


BOTRPICO: RELATO DE CASO
Denise Aguiar Lopes, Elo Muehlbauer, Ivana Leal Furlan, Malu Welter, Synthia Ferreira Campos, Taciana Mara
da Silva Seemann, Danielle Bibas Legat Albino, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: As serpentes do gnero Bothrops so encontradas com freqncia em regies de mata atlntica. Algumas espcies
tm grande capacidade adaptativa podendo ocupar tanto reas silvestres, agrcolas e urbanas. Relato do caso: Criana, sete
anos, masculino, procurou atendimento hospitalar com histria de toro em p no ptio da escola, ocorrido h 3h. Apresentava
dor e edema em todo p. Foi avaliada pelo servio de ortopedia que conduziu o tratamento para quadro de toro com
imobilizao e analgsicos, Rx sem sinal de fratura. Aps dois dias a criana retorna ao hospital apresentando edema at a
bolsa escrotal, taquipneia, dor intensa e hematoma extenso. Retirada a imobilizao e realizados exames: Hematcrito 18,4%;
Hemoglobina 6,2g/dL; Plaquetas 13.000/mm3; KPTT 43,9seg; RNI 3,18. Recebeu plaquetas e concentrado de hemcias. Aps
aproximadamente 12h no hospital foi observado presena das marcas de picada e bolhas no p. Frente ao quadro, ligaram para o
Centro de Informaes Toxicolgicas, sendo diagnosticado como acidente botrpico, orientado 8 ampolas de soro antibotrpico
(SAB) hidratao, dexametasona e antibioticoterapia. Avaliao da funo renal e risco de sndrome compartimental. Exames
antes da soroterapia especfica: creatinina 0,56mg/dL; RNI 2,69. Apresentou reao ao soro durante a infuso na primeira vez
com dor no peito e agitao. Na segunda tentativa de infuso do antiveneno apresentou rash cutneo. No total foi infundido o
equivalente a 4 ampolas de soro. Exames 4h aps o soro antiveneno, RNI 1,69; TTPA 38seg. No 4 dia do acidente foi realizada
a aspirao das bolhas, com diminuio do edema. Recebeu alta hospitalar aps nove dias de internao sem complicaes.
Discusso: A precocidade no atendimento e administrao de soroterapia especfica tem relao direta com a reduo das
complicaes locais e sistmicas e dos bitos em acidentes ofdicos. Pela falta de uma avaliao clnica adequada, com exame
fsico minucioso o caso foi tratado inicialmente como toro. Isto atrasou o diagnstico e o tratamento especfico, levando a um
aumento no tempo de internao e um maior risco de complicaes. Este caso refora que a anamnese e o exame fsico bem
feitos so fundamentais para a definio do diagnstico, rapidez no tratamento, minimizando o risco de complicaes.

113 INALAO QUASE FATAL DE VAPORES DE CIDO CIANDRICO EM PROCESSO


DE TRATAMENTO DE RESDUOS DE GALVANOPLASTIA DE BIJUTERIAS
Eduardo Mello De Capitani, Sueli Moreira de Mello, Juliana Perptuo de Souza, Carla Fernanda Borrasca-Fernan-
des, Camila Carbone Prado, Fbio Bucaretchi
1) Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas 2) Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas 3) Centro
de Controle de Intoxicaes de Campinas 4) Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas 5) Centro de Con-
trole de Intoxicaes de Campinas 6) Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas

Introduo: Galvanoplastia um processo de deposio de metais sobre uma superfcie. Gera efluentes lquidos contendo metais
pesados e cianeto, que necessitam de tratamento antes da disposio final. O tratamento consiste em reaes de precipitao
dos metais pesados e converso do cianeto em produto de menor toxicidade e geralmente feito por empresas especializadas.
Relato do caso: Rapaz, 21 anos, hgido, no tabagista, realizava processo de tratamento de resduos de galvanoplastia em um
galpo. Adicionando soluo de FeCl3 em um tanque ocorreu a liberao de um gs castanho. Apesar de usar EPI, sentiu cheiro
metlico forte, sensao de queimao nos olhos e garganta e tontura. Permaneceu no local alguns minutos e retirou a mscara
para telefonar para sua supervisora, que o orientou sair do local. Apesar dos sintomas, ele retornou sua empresa, dirigindo seu
prprio automvel por cerca de 15 minutos. Ao chegar, relatou que sentia forte dor precordial, perdeu os sentidos e apresentou
um episdio de convulso. Levado ao hospital inconsciente, sem alteraes cardiorrespiratrias aparentes. Eletrocardiograma e
exames laboratoriais foram normais, nenhum antdoto foi administrado, apenas inalao de O2 a 100%. Houve recuperao da
conscincia e recebeu alta. Dois dias depois, apresentou novo episdio de perda de conscincia seguido de convulso durante
culto religioso em ambiente abafado. Cinco dias aps o acidente, foi avaliado pela equipe do CIAT e por pneumologista,
apresentando SpO2=98% e ausculta pulmonar com sibilos esparsos. Durante teste espiromtrico, apresentou novo episdio
convulsivo. Foi internado relatando crises convulsivas na infncia, controlada sem medicao h anos. Exame neurolgico e TC
de crnio foram normais. TC de alta resoluo de trax foi normal. Discusso/Concluso: xidos de nitrognio (NOx, gases de
cor castanha) e cido ciandrico (HCN, substncia voltil) podem ter sido formados devido uma reao estequiometricamente
desequilibrada e desencadeado irritao de vias areas e efeitos cardiorrespiratrios e neurolgicos por hipxia. A hipxia
cerebral pela inalao de HCN pode ter desencadeado o episdio de convulso. Apesar das manifestaes graves apresentadas
pelo paciente, e a no utilizao de antdotos especficos para intoxicao por cianeto, o paciente sobreviveu e encontra-se em
bom estado geral, sem sequelas neurolgicas observveis.
125

114 INTOXICAO AGUDA OCUPACIONAL PELO INSETICIDA AGRCOLA


CLORANTRANILIPROLE
Mello da Silva, CA
Centro de Informao Toxicolgica do RS

Paciente masculino, 29 anos, agricultor, estava aplicando o inseticida Premio, Dupont (clorantraniliprole), quando teve
contato por via drmica (membros superiores) e inalatria por cerca de 20 a 30 minutos. Chega a emergncia 3 horas
aps apresentando nuseas, dor abdominal, tonturas e viso turva(diplopia). No contato com o Centro de Informao
Toxicolgica(CIT), no foi especificada a forma de aplicao do produto, mas ficou claro, pelas vias de exposio
drmica e inalatria, que o paciente no utilizava equipamentos de proteo individual (EPIs) de forma adequada.Foi
indicado descontaminao de pele e mucosas, tratamento sintomtico e de suporte. O clorantraniliprole,inseticida do
grupo das diamidas antranilicas,interfere na homeostase do clcio ao ligar-se aos receptores de rianodina (libera clcio
dos depsitos intracelulares).A inalao da formulao pode produzir irritao de vias areas.O contato ocular e drmico
tambm produz resposta inflamatria local (irritao)1.Os limites de exposio ocupacional no esto estabelecidos1.Teria
maior especificidade pelos receptores dos insetos em relao aos mamferos,mas no existem evidencias slidas quanto a
isto2. Este o primeiro relato de intoxicao aguda por exposio ocupacional a clorantraniliprole em nosso pas.
1.http://www.dupont.com.br/content/dam/assets/products-and-services/crop-protection/assets/Premio_FISPQ1.pdf
2.Casida JE,Durkin KA.Neuroactive Insecticides:Targets,Selectivity,Resistance and Secondary Effects. Annu Rev
Entomol 2013,58:99-117

115 INTOXICAO CAUSADA POR FITOTERPICO A BASE DE Argemone mexicana L.


(CARDO-SANTO).
Maria Gorete Rossoni, Maria da Graa Boucinha Marques, Carlos Augusto Mello da Silva
Centro de Informao Toxicolgica do Rio Grande do Sul FEPPS

Introduo: Argemone mexicana L., pertencente famlia Papaveraceae, popularmente denominada de cardo-santo,
cardo-amarelo, papoula-espinhosa, cardo-Santa-Maria, cansano-espinhento, sendo utilizada como planta medicinal
caseira, no tratamento de inflamaes (bexiga, ocular), lceras, como emoliente, anestsico, calmante e narctica. O
leo da planta usado como fitoterpico indicado para tratamento de bronquite, com ao expectorante. Relato do caso:
O presente trabalho relata um caso de intoxicao, com a utilizao do leo de Argemone mexicana L., atendido pelo
planto do Centro de Informao Toxicolgica, em 24/08/2012. A solicitao de informao sobre a planta veio da cidade
Montes Claros, Minas Gerais. A mdica solicitante informou que paciente de 6 anos, sexo masculino, um ms antes da
internao, ingeriu cronicamente 10 gotas do leo de cardo-santo, administrado pelo pai, com indicao para tratamento
de bronquite. Paciente apresentava h um ms, hepatomegalia, alterao em provas de funo heptica e renal e edema de
membros. Duas semanas aps a liberao, retornou ao hospital novamente com quadro de edema. Discusso: As sementes
de cardo-santo possuem um leo fixo (20 40%) derivado do cido linolico, cetocidos e flavonoides (luteolina) e
alcaloides isoquinolnicos txicos que podem provocar degenerao progressiva e necrose dos hepatcitos. As folhas e
ltex da planta possuem alcaloides diidrosanguinarina e berberina, responsveis pela atividade antiinflamatria. A infuso
aquosa das flores induz forte inibio do msculo artico, inibio dos movimentos intestinais, sonolncia, passividade e
catatonia. A infuso das sementes em doses maiores acarreta efeitos purgativos e emticos. Devido aos efeitos colaterais
hepatotxicos, o uso de qualquer parte da planta contra-indicado em preparaes medicinais caseiras e fitoterpicas.
126

116 INTOXICAO EXGENA: CASOS REGISTRADOS EM CERES-GO


Thais Rgis Ferreira Borba, Carla Fernandes dos Santos, Gabriela Marques P. Mota, Renata Karine de Carvalho,
Eunice Ivone de Souza, Walter Dias Jnior
Universidade Estadual de Gois (UEG), Ceres-GO

Introduo: O homem vem procurando recursos que lhe proporcione melhorias na condio de vida. Assim, o emprego
de pesticidas se torna significativo principalmente na alimentao. Diversos so os tipos de agentes txicos, dentre
eles os agrotxicos, os medicamentos, e os produtos qumicos domsticos e industriais. So inmeras as circunstncias
que podem promover intoxicao como, exposio profissional ou acidental, abuso, suicdio e homicdio. Objetivo:
Identificar e analisar casos de intoxicao e a participao dos profissionais da enfermagem no processo de registro das
ocorrncias de intoxicao. Mtodos: Estudo descritivo, quantitativo de anlise documental retrospectiva que descreve
caractersticas dos casos de intoxicao registrados na Regio do Vale de So Patrcio-GO, entre 2009-2012. Dados
coletados pela anlise, in loco, das fichas de intoxicao exgena arquivadas no Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica de
Ceres-GO. Resultados: Os medicamentos e os agrotxicos foram as ocorrncias mais frequentes de intoxicao, porm
ainda existem outros casos de intoxicao como, raticidas, plantas txicas, produtos domsticos, produtos qumicos
industriais e veterinrios, alimento, bebida, cosmticos e droga de abuso. Os medicamentos ocupam o primeiro lugar
em intoxiao acidental, e foram os responsveis por mais de 80% dos casos nos 4anos. So principalmente usados em
tentativa de suicdio por mulheres acima de 45anos. Tambm observa-se intoxicao por agrotxicos, que apresenta
35% dos casos nos 4anos avaliados. Concluso: Entre 2009-2012 os principais casos de intoxicao observados no
Vale de So PatrcioGO foram com medicamentos, seguido de agrotxicos. A presena de uma extensa variedade de
medicamentos no mercado e sua facilidade de acesso favorece o seu uso indiscriminado e consequentemente, o aumento
de casos de intoxicao resultantes de seu uso. J o alto ndice de intoxicao por agrotxicos devido a Regio do Vale
de So Patrcio possuir muita atividade agrcola, levando a um grande nmero de intoxicao por exposio funcional.
Esses casos de intoxicao representam um desafio sade pblica, principalmente quanto ao acesso aos medicamentos
e seu indiscriminado.
Apoio Financeiro: Universidade Estadual de Gois; Programa de Bolsa de Incentivo Pesquisa e Produo Cientfica
(PROBIP); Programa de Iniciao Cientfica e Tecnolgica da Universidade Estadual de Gois - PIC&T/PrP/UEG, nas
modalidades PBIC/UEG, PIBIC/CNPq, e PVIC/UEG.

117 INTOXICAO FATAL POR DICLORVS: UM RELATO DE CASO


Chaves JN, Rodrigues JMS, Silva KA, Lobo AMG, Soledade AT
1) Centro de Informaes Toxicolgicas do Amazonas (CIT-AM) e Hospital Universitrio Getlio Vargas (HUGV).
2) Centro de Informaes Toxicolgicas do Amazonas (CIT-AM) e Hospital Universitrio Getlio Vargas (HUGV)

Introduo: O Diclorvs (2,2-diclorovinil dimetil fosfato) um praguicida organofosforado, inibidor da enzima


acetilcolinesterase, podendo sua ingesto causar manifestaes clnicas com sinais e sintomas muscarnicos e nicotnicos
resultando posteriormente em parada respiratria dentre outros efeitos no Sistema Nervoso Central e levar ao bito.
Relato do caso: Paciente de 14 anos do sexo feminino, aps ingesta intencional de aproximadamente 5 ml de soluo
concentrada de Diclorvs, que foi vendido sem receiturio prprio, deu entrada em um Servio de Pronto Atendimento
com parada respiratria, cianose, hipotenso e taquicardia. No momento do atendimento, no poderia ser mais indicado
qualquer mtodo de descontaminao devido ao tempo decorrido da ingesto. Sendo assim foi orientado e realizado
apenas tratamento suportivo, sintomtico e atropina para a reverso dos sinais at a diminuio dos estertores pulmonares.
No segundo dia a paciente em coma apresentava pupilas midriticas e sem reflexos com indcios de morte enceflica. No
terceiro dia a paciente ainda em coma, sem reflexos, hipotensa em uso de aminas vasoativas (noradrenalina e dobutamina)
e antibioticoterapia profiltica. Frequncia cardaca de 160 bpm, quadro de acidose metbolica e os seguintes parmetros:
glicemia 112 mg/dL; pH 7,4; TCO2 14 mEq/L; PO2 144 mmHg; HCO-3 9,7 mEq/L; PCR 76 mg/dL. No quarto dia o
quadro clnico permaneceu o mesmo, com rebaixamento de conscincia, coma glasgow 3, e neste mesmo dia a equipe
mdica iniciou a retirada dos sedativos para no tempo de vinte e quatro horas iniciarem o protocolo de morte enceflica.
Aps diversos testes de funo cerebral e clnica e aps parecer do neurologista foi atestada morte enceflica. Sendo
atestado o bito da paciente no stimo dia. Concluso: Neste relato, a venda do Diclorvs foi indevida, segundo a Lei
7.802 de 1989, pois ainda no existe uma fiscalizao estabelecida no estado para este tipo de comrcio. O uso inadequado
do praguicida, alm da demora no atendimento inicial resultou no surgimento desta grave intoxicao, resultando em
parada respiratria e posteriormente a morte da paciente. necessrio um maior controle na venda dos agrotxicos para,
de certa forma, inibir as tentativas de suicdio relacionadas ingesto dessas substncias.
127

118 INTOXICAO GRAVE POR CIANETO APS INGESTO ACIDENTAL EM


JOALHERIA
Juliana Sartorelo Carneiro Bittencourt Almeida, Gilberto Tadeu Nable, Saulo Peconick Ventura, Thayse Izabela
Magalhes Nogueira, Rachel Maia Tarbes
CIAT-Centro de Informao e Assistncia Toxicolgica de Belo Horizonte

Introduo: O cianeto provoca hipxia intracelular por ligao reversvel com a enzima mitocondrial citocromo
oxidase 3. Devido gravidade da intoxicao, a suspeita diagnstica deve surgir a partir de uma possvel exposio
e rapidamente deve-se iniciar o processo de descontaminao e administrao de antdotos. Os sintomas so rpidos e
progressivos, podendo levar morte caso no haja uma abordagem precoce. Relato de caso: Paciente de 47 anos, sexo
masculino, atendido em unidade de sade devido ingesto acidental de cianeto de potssio, durante churrasco em
joalheria. Evoluiu com rebaixamento de nvel de conscincia, choque e insuficincia respiratria. Foi entubado, iniciadas
aminas vasoativas e realizados lavagem gstrica e carvo ativado. Transferido para centro de referncia, administrados
100 ml de bicarbonato 8,4% IV e imediatamente em seguida o kit de antdotos: nitrito de amila 1 ampola, nitrito de sdio
300mg IV e tiossulfito de sdio 12,5g IV respectivamente e encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva. chegada
apresentava acidose metablica, pH: 7,20,lactato de 8. A metemoglobina aps administrao dos antdotos era igual a
9. Evoluiu com melhora progressiva da gasometria e lactato e queda da metemoglobina sem necessidade do uso de azul
de metileno. Aps oito dias de internao, paciente recebe alta em boas condies clnicas e sem sequelas. Discusso:
As manifestaes clnicas da intoxicao aguda por cianeto so consequncias da hipxia intracelular e tem seu incio
alguns minutos aps a ingesto. No Brasil utilizado para o tratamento, o Kit de antdotos composto por nitrito de amila
e nitrito de sdio, agentes formadores de metaemoglobina, e o tiossulfato de sdio, substncia que age doando enxofre
para o cianeto extracelular, transformando-o em tiocianato, menos txico e eliminado pela urina. No caso relatado, a
substncia encontrava-se em uma embalagem caseira, em local inadequado e de fcil acesso, facilitando a exposio
acidental. A administrao dos antdotos em tempo hbil e o suporte intensivo contribuiram para o desfecho favorvel do
caso. A fabricao clandestina, o uso de rtulos inadequados e a comercializao no mercado informal contribuem para a
ocorrncia de intoxicaes graves e potencialmente fatais.

119 INTOXICAO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS NOTIFICADOS AO CIT-BELM/


PA
Denilson Barbosa de Freitas, Johnathan Lucas da Silva Botelho, Maria Samara Alves da Silva, Pedro Pereira de
Oliveira Pardal, Maria Apolonia da Costa Gadelha
Universidade Federal do Par

Introduo: Intoxicaes por medicamentos configuram um problema de sade pblica e resultam em nus a economia.
Os idosos so mais susceptveis a efeitos adversos de medicamentos devido a muitos fatores, como utilizao excessiva,
funo de vrios sistemas fisiolgicos reduzidos, assim como excreo e metabolismo alterados. Objetivos: Caracterizar
as intoxicaes medicamentosas em idosos registradas no Centro de Informaes Toxicolgicas de Belm no perodo de
2009 a 2013. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo de casos de intoxicao medicamentosa em
idosos registrados ao CIT- Belm, no perodo de 2009 a 2013. Discusso: No perodo do estudo 33 casos de intoxicao
por medicamentos em idosos foram registrados. O gnero masculino apresentou maior incidncia de intoxicao com
60,60% das notificaes. Onde 63,7% ocorreram na regio metropolitana de Belm. Acidente individual foi a circunstncia
mais notificada (48,5 %) seguido de automedicao (30,30%) tendo por administrao a via oral com 81,81% dos
casos. Dos sintomas mais frenquentes sonolncia, tremor, midrase, depresso do SNC, dispnia, agitao, tontura e
prurido so predominantes. As classes de medicamentos que mais causaram intoxicao foram os benzodiazepnicos
com 33,3%, antiinflamatrios (27,3%), anti-histamnico (24,2%), antibitico (9,09%) e outros com 6,06%. Em relao
evoluo dos casos, houve 81,81% de cura confirmada; 15,15% de cura no confirmada e 3,03% referentes a bito
por medicamento natural. Concluso: Diante disto percebe-se a necessidade de ateno, medico familiar redobrada.
Salienta-se a importncia de medidas profilticas desses acidentes, que est relacionada ao armazenamento, uso racional
de medicamentos. Assim como, enfatizar aos profissionais de sade que notifiquem ao CIT as intoxicaes, tentando
diminuir assim a morbimortalidade por esse evento.
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120 INTOXICAO POR COGUMELO Amanita muscaris (HOOK) ADQUIRIDO


ATRAVS DA INTERNET
Eduardo Mello De Capitani, Maira Migliari Branco Pimenta, Carla Fernanda Borrasca-Fernandes, Marina Sider,
Izabela Camila Souza Ferreira, Stephany da Silva Frana, Fbio Bucaretchi
Centro de Controle de Intoxicaes de Campinas, Faculdade de Cincias Mdicas, Hospital de Clnicas, UNI-
CAMP

Introduo: O consumo de cogumelos com finalidade de obteno de efeitos psicotrpicos no novidade, e continua
tendo certa popularidade apesar da maior disponibilidade de drogas sintticas com efeitos similares. O gnero Amanita
rico em isoxazoles hidrossolveis (muscinol e cido ibotncio) responsveis pelos efeitos alucingenos. Relato do caso:
Homem, 19 anos, procura servio de sade com queixa de vmitos, hiperestesias em membros, e lentido psicomotora, aps
ingesto de cogumelos secos comprados pela internet e entregues pelo correio (exemplares identificados como Amanita
muscaris por taxonomista botnico), e um brigadeiro de maconha, na noite anterior. Foi medicado sintomaticamente e
realizou exames laboratoriais gerais que no mostraram alteraes, recebendo alta ainda com os sintomas neurolgicos.
Durante o seguimento telefnico pelo CIAT, aps 3 dias da ingesto, mantinha os sintomas, mais episdios intermitentes de
sensao de espasmos e contraturas musculares, alm de sensao de paralisia de movimentos, necessitando concentrar-
se bastante no movimento a ser feito para ele se realizar. Cinco dias aps a ingesto, referia melhora do quadro geral,
mas persistncia das parestesias e hiperestesias nas mos. No 6 dia estava assintomtico. Negou alucinaes visuais ou
auditivas. Discusso/concluso: A Amanita muscaris um dos vrios cogumelos produtores de efeitos alucingenos.
originrio da sia e desenvolve-se bem em climas temperados e frios em florestas de conferas. Os princpios ativos
relacionados com essa ao psicotrpica so o muscinol, e principalmente, o cido ibotnico, que se liga ao receptor do
cido glutmico, alm de pequenas quantidades de bufotenina e muscarina. Os sinais e sintomas de intoxicao ocorrem
aps 30 min at poucas horas da ingesto de 7 a 30 g (at meio cogumelo), e incluem euforia, distoro da noo espacial,
desorientao, aumento da sensibilidade visual e auditiva, fasciculaes, ataxia, ansiedade e agitao So relatadas
mortes aps ingesto de 3 cogumelos inteiros. Tratamento sempre sintomtico. Uma simples busca na internet fornece
dezenas de sites nacionais com ofertas de Amanita muscaris contra pagamento por carto de crdito e promessa de entrega
imediata via correios. O caso relatado aponta para a realidade desse comrcio e alerta para a probabilidade de ocorrncias
semelhantes em outras localidades do pas.

121 INTOXICAO POR MANDIOCA BRAVA


Repolho, JS, Brito, YQLP; Sousa, JAA; Oliveira, ID; Silva, PIT; Vieira Netto, JR; Pardal, PPO; Gadelha, MAC
UFPA - Universidade federal do Par

Mandioca, Manihot utilissima Pohl, tambm conhecida como mandioca-brava, espcie txica, existente em vrios
pases, com maior diversificao no Brasil, sendo o nono produto agrcola em produo no pas. Com toxicidade associada
liberao de cido ciandrico (HCN), podendo ocorrer intoxicaes agudas e crnicas. Materiais e Metodos: Estudo
descritivo observacional e transversal dos casos de intoxicaes por mandioca brava, notificados ao CIT Belm, Par,
com tamanho amostral de 32 casos ocorridos no perodo de 1998-2011, analisados de maneira qualitativa e quantitativa.
Resultados: observou-se o maior registro de intoxicao por mandioca no ano de 2002; com faixa etria mais acometida
de 1-10 anos, estando a mdia de idade em 12,5 anos, tendo como idade mnima 1 ano, e mxima 89; 37,5% das
intoxicaes ocorreram na capital Belm, 15,6% em Salinpolis e 15,6% em Santarm. 75% dos casos foram notificados
como acidente coletivo e 25% como acidente individual; as manifestaes clnicas mais frequentes foram: rebaixamento
do nvel de conscincia (24,8%) e nuseas/vmitos (23,6). Tendo 3 (10,7%) vtimas evoludo para bito. Concluso:
Conclui-se que as intoxicaes por mandioca ocasionam elevada letalidade, principalmente em crianas em acidentes
coletivos. Por meio da anlise destes dados possvel desenvolver aes preventivas voltadas para crianas, afim de que
esses nmeros venham a ser reduzidos.
129

122 INTOXICAO POR SEMENTES DE Plukenetia volubilis L.: RELATO DE CASO


Aline Aguiar, Sueli Moreira de Mello, Carla Fernanda Borrasca-Fernandes, Eduardo Mello De Capitani
CCI CAMPINAS FCM UNICAMP

Introduo: Plukenetia volubilis L. (tambm conhecida como sacha inchi, sacha peanut, mountain peanut ou Inca-peanut)
uma planta originria da Amaznia peruana, da famlia Euphorbiaceae, cujas sementes possuem aproximadamente 48%
de leo poliinsaturado (cido linoleico mega 6 e cido linolnico mega 3), 27% de protenas (cistena, tirosina,
treonina e triptofano), tocoferis, fitosteris, compostos fenlicos e tambm substncias termolbeis de sabor amargo.
As sementes so usadas de diferentes formas pela populao amaznica. O seu leo usado no preparo de refeies e a
semente consumida prensada e torrada, como um remdio tradicional para tratamento de doenas reumticas e dores
musculares. Relato de caso: Paciente masculino, 49 anos, entrou em contato com o CCI por apresentar 03 episdios
de diarria e 07 de vmitos 03 horas aps ingesto de preparao caseira contento farinha de sementes prensadas e
torradas de Plukenetia volubilis, adquiridas na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz juntamente com frutas e
cereais. Referia ingesto do preparado diariamente, mas relatava que os efeitos adversos poderiam ter ocorrido devido ao
fato de no ter torrado bem as sementes prensadas, pois se mostravam assadas nas bordas e na regio central pareciam
ainda cruas. Contava ainda ter sentido gosto amargo e saliva adstringente de imediato, e sensao de aperto no abdome,
com nuseas, 40 minutos aps. Exames laboratoriais: Creatinina: 0,90 mg/dL (VR <1,2), Uria: 34 mg/dL (VR= 16,6-
48,5), K: 4,3 mg/dL (VR= 3,5-5,15), Na: 137 mg/dL (VR= 136-145), ALT: 20 mg/dL (VR <41), AST: 32 mg/dL (VR
<40). Tratado sitomaticamente apresentou melhora dos sintomas no mesmo dia. Discusso: A semente da Plukenetia
volubilis tem sido utilizada na forma torrada devido s suas propriedades teraputicas e antioxidantes. At o momento,
no havia nenhum relato de efeitos txicos causados pela semente crua, no torrada. Considerando que essa planta da
famlia Euphorbiaceae possvel que as substncias termolbeis de sabor amargo existentes na semente crua tenham
propriedades irritantes do trato gastrointestinal. Referncia: Chirinos R et al. Sacha inchi (Plukenetia volubilis): A seed
source of polyunsaturated fatty acids, tocopherols, phytosterols, phenolic compounds and antioxidant capacity. Food
Chemistry 141 (2013) 17321739

123 INTOXICACION AGUDA CON OXIDO DE PLOMO (LITARGIRIO): A PROPSITO


DE UN CASO CLNICO
Marcela Aliaga, Juan Ignacio Arbia, Mariano Daz, Vanina Greco, Ana Voitzuk.
Centro Nacional de Intoxicaciones. Hospital Nacional Profesor Dr. Alejandro Posadas. Pte Illia y Av. Marconi.
El Palomar. CP: 1684. Buenos Aires. Argentina. Tel / Fax: (011)-4658-7777. E- mail: [email protected]

Introduccin: el litargirio (oxido de plomo) es un polvo amarillo ocre que puede contener hasta un 80% de plomo
en su composicin, habitualmente utilizado en plomera y vendido en bolsas plsticas pequeas. Esta presentacin
podra ser causa de accidentes domsticos e inclusive ingestiones autolticas, generando intoxicacin plmbica aguda,
con dolor abdominal, vmitos, melena, anemia hemoltica, insuficiencia renal aguda y en casos graves convulsiones y
coma. Objetivos: destacar la gravedad de la intoxicacin aguda plmbica causada por litargirio. Caso clnico: consulta
telefnica el 08/02/14 por mujer de 38 aos, con antecedentes psiquitricos, que ingiere litargirio, aparentemente en forma
accidental el 31/01/14. Evoluciona con nauseas, vmitos, dolor abdominal y hematemesis. Se indica gluconato de calcio
con mejora leve de sntomas digestivos. Plombmia: 95 ug/dl el da 12/02/14. Se indica tratamiento quelante con EDTA
clcico. Consulta personalmente 11/03/14 con Plombemia postequelacin 86,5ug/dl, malestar general y gastrointestinal.
Se realiza segundo tratamiento quelante, con mejora clnica completa. El 14/04/14 consulta con plombemia 55 ug/ dl
y con funcin renal normal se realiza tercer tratamiento quelante. Plombemia postquelacion 70,70ug/dl. El 27/05/14 se
reinterna y se reinterroga acerca de motivacin y posible reingesta. Refiere dolor abdominal, negando nueva ingesta,
siendo evaluada por psiquitrica para descartar ingesta intencional. Pendiente nueva plombemia y control clnico.
Discusin: de los casos publicados en la bibliografa no existen casos reportados de ingesta de litargirio. Slo casos por
el uso como desodorante y antifngico local y a exposiciones crnicas laborales y ambientales. Debe considerarse la va
digestiva en adultos, a pesar de que su absorcin es del 10%, cuando se desconoce la cantidad, motivacin del hecho y
sntomas compatibles con la intoxicacin aguda. Destacamos que la presentacin comercial y su venta libre permiten su
fcil acceso como as las posibles intoxicaciones de la poblacin.
130

124 INTOXICACIN AGUDA SUICIDA LETAL POR COLCHICINA. ANLISIS DE


NIVELES ELEVADOS TARDOS EN SANGRE POSTMORTEM.
Antonio Pascale, Fernanda Lozano, Silvia Camero, Amalia Laborde, Noriko Hikichi, Paula Sarkissian, Hugo
Rodrguez.
1) CIAT-Departamento de Toxicologa. Hospital de Clnicas. Facultad de Medicina 2) Departamento de Medicina
Legal. Facultad de Medicina. Universidad de la Repblica. Montevideo. Uruguay.

Introduccin: La colchicina es un alcaloide derivado de Colchicum autumnale, utilizado para el tratamiento de la artritis
gotosa. La intoxicacin aguda por colchicina es poco frecuente pero reviste una elevada morbimortalidad. Objetivos:
Presentar el primer caso reportado en Uruguay de una intoxicacin letal por colchicina de etiologa suicida, a una dosis
usualmente no reportada como mortal, con niveles sanguneos postmortem elevados a pesar del tiempo transcurrido desde la
exposicin. Relato de caso:Hombre de 67 aos, con antecedentes de artritis gotosa, colecistectomizado, ingres a Servicio
de Urgencias por ingerir 11 horas antes, con fines suicidas, 45 mg de colchicina (0,45 mg/kg). Presentaba vmitos y diarrea,
al examen se encontraba ligeramente somnoliento, eupneico, sin elementos de hipoperfusin perifrica, con una frecuencia
cardaca de 104 latidos por minuto y presin arterial de 90/40 mmHg. Los exmenes paraclnicos del ingreso revelaron una
leucocitosis elevada a predominio granulocitario, elevacin de transaminasas en enzimograma heptico, con funcionalidad
heptica y renal conservadas. Se realiz decontaminacin digestiva con lavado gstrico y carbn activado a dosis mltiple.
En las siguientes 24 horas el paciente instal polipnea con distress respiratorio, toque hepatoctico severo, falla renal aguda,
coagulopata e hipoglicemia. A las 48 horas de la ingesta shock en anuria, con paro cardiorrespiratorio en asstole, falleciendo.
La autopsia mostr livideces rojo cereza, edema pulmonar marcado, hgado congestivo, hemorragias petequiales en pleura y
pericardio, sangre oscura y fluida, distensin intestinal, dilatacin de las cavidades cardacas derechas. Se obtuvieron 10 ml
de sangre de cavidades derechas hallndose una dosificacin de colchicina de 70 ng/ml mediante HPLC-UV, a las 52 horas
postmortem. Discusin: El paciente present un cuadro de toxicidad multisistmica aguda por colchicina, cursando con
las dos primeras fases caractersticas (perdidas digestivas/compromiso hemodinmico y toxicidad hematolgica, heptica,
renal). Los hallazgos autpsicos fueron inespecficos. La consulta tarda y rpida absorcin limitaron la efectividad de la
decontaminacin digestiva. Si bien los cuadros graves se reportan con dosis a partir de 0,5 mg/kg, existen casos letales con
dosis menores. Este hecho, al igual que su deteccin con niveles sanguneos elevados en forma tarda, podra explicarse por
la toxicocintica de la sustancia, incluyendo interacciones con otros frmacos.

125 INTOXICACIN CON CLORURO FRRICO: EVOLUCIN FATAL


Gabriel Crapanzano1, Marcela Aliaga1, Natalia Mendelewicz1, Marina Spera1, Pablo Gastaldi1, Alejandra Franco2,
Duza Gabriel3, Estela Rodriguez4, Ana Voitzuk1
1) Centro Nacional de Intoxicaciones. Hospital Nacional Profesor Dr. Alejandro Posadas 2) Residencia de Clni-
ca Mdica, 3) Servicio de Ciruga, 4) Laboratorio de Dosaje de Drogas4. Pte Illia y Av. Marconi. El Palomar. CP:
1684. Buenos Aires. Argentina.

Introduccin: Los productos de uso industrial son causa comn de intoxicaciones con fines suicidas, ya que los mismos suelen
estar trasvasados o utilizados incorrectamente en el domicilio. En el ao 2011 se registraron 255 consultas por custicos, el 74%
por cidos. Objetivos: Destacar la gravedad que implica el uso de un producto industrial con fines domsticos. Recalcar que
la falta de informacin por parte de la poblacin hace que se exponga a sustancias peligrosas y a veces mortales. Caso clnico:
Paciente masculino de 36 aos de edad que ingresa al servicio de Emergencias trado por personal policial encontrado en la
va pblica con de deterioro del sensorio. A su ingreso se encuentra hemodinmicamente estable, con discurso incoherente y
tendencia al sueo. Signos vitales: T.A: 130/80 mm/Hg FC: 90 por min, FR: 14 por min, Saturacin: 99%, afebril. A la hora
presenta deposiciones oscuras no melnicas y vmitos de las mismas caractersticas requiriendo IOT y conexin a ARM.
Laboratorio: GB: 21.300, Hemoglobina: 20, Hematocrito: 59%, glucemia: 342 mg%, urea: 0,27, creatinina: 1,2 TGO: 128
U/L, TGP: 120 U/L. EAB: 7.01/51 PCO2/ 12.6 HCO3/ -18.9, cido Lctico 1.9, GAP 7 y Cl 4. Se solicita Colinesterasa
srica: 8016 UI/L, COHb: 2.9%. Alcoholemia, salicilemia, paracetamol, ATC, CBZ, DFH, cido valproico no dosables. Drogas
de abuso en orina negativo. Ferremia 1400 y 1500. Lesiones erosivas con mucosa friable en orofaringe. Rx de abdomen:
no imgenes radioopacas. Se inicia tratamiento quelante con Deferoxamina a 15 mg/Kg recibiendo un total de 9.5 gramos
en 24 hs. Pasa a UTI. Se realiza TAC de abdomen y pelvis que evidencia contenido hiperdenso a nivel gstrico e intestinal.
Evoluciona con acidosis metablica e IRA oligoanrica inicindose hemodilisis. Al 4 da Video Endoscopia Digestiva Alta:
compatible con necrosis gstrica severa secundaria a custicos. Es intervenido quirrgicamente en tres oportunidades. 09/07.
bito. Conclusin: ante un paciente con deterioro del sensorio, cuyos antecedentes personales se desconocen debe solicitarse
entre otras determinaciones ferremia. En este caso en particular donde existen dos sustancias potencialmente letales, debe
valorarse cual requiere tratamiento inicial y determinar conjuntamente con los especialistas la conducta a seguir.
131

126 INTOXICACIN POR Amanita lilloi


Raquel de Souza Viera, Mnica Mndez, Daro Pose
Departamento de Toxicologa - Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgico - Facultad de Medicina
UdelaR - Uruguaty Montevideo

En Uruguay la intoxicacin por hongos venenosos es infrecuente. En general la clnica es leve o moderada;
excepcionalmente grave y con elevada mortalidad, vinculada a la ingesta de hongos hepatotxicos. Objetivo: Describir
2 casos de intoxicacin grave por la ingesta de hongos silvestres, con buena evolucin. Relato de casos: Consultan dos
pacientes mujeres, 48 horas luego de la ingesta de hongos. Comienzan 14 horas luego de la ingesta con nuseas, vmitos,
dolor abdominal y diarrea. Se realiza tratamiento sintomtico otorgndose el alta. Nueva consulta a las 72 horas, por
persistencia de sntomas. Madre, 53 aos. Hemodinamia estable. La analtica muestra tasa de protombina descendida y
aumento de enzimas hepticas. Hija, 23 aos. Deshidratada, hipotensa, taquicrdica. El laboratorio revela descenso de la
tasa de protrombina, aumento de alanino aminotransferasa, y azoemia. En ambas pacientes las transaminasas continan
elevndose, con cifras mximas al 4 da de la ingesta, mantenindose las dos sin clnica. Entre el 4 y 7 da de la ingesta
se realiz tratamiento con Penicilina G, Vitamina K, y N acetil cistena, por va intravenosa y Silamarina por va oral.
Discusin: Las intoxicaciones por hongos hepatotxicos son graves o potencialmente graves, incidiendo en el pronstico
la precocidad de la consulta, el diagnstico y el inicio del tratamiento, lo que ha llevado ha disminuir la mortalidad.
La adecuada anamnesis, con el antecedente epidemiolgico de la ingesta de hongos, la cronologa de los sntomas y
una exhaustiva valoracin clnica orientan al diagnstico y son suficientes para comenzar el tratamiento. En los casos
descriptos, el diagnstico inicial fue intoxicacin por Amanita Phalloides por el periodo de latencia prolongado entre la
ingesta y el comienzo de los sntomas, las alteraciones del enzimograma heptico y la epidemiologa del Uruguay. Se
realiz el tratamiento consensuado internacionalmente, que ha demostrado ser eficaz. Si bien la consulta y la instauracin
del tratamiento fueron tardas, la evolucin fue favorable en ambas. Por sus caractersticas botnicas el hongo ingerido
por las pacientes se identific como Amanita Lilloi. Especie, poco frecuente, ha sido encontrada en Brasil, Argentina y
Bolivia, en suelos forestados y jardines, siendo ste el primer registro en Uruguay.

127 INTOXICACIN POR IMIDAZLICOS EN PEDIATRA. EXPERIENCIA DEL


CENTRO DE INFORMACIN Y ASESORAMIENTO TOXICOLGICO EN NIOS Y
ADOLESCENTES. INTOXICACIN AGUDA POR NAFAZOLINA A PROPSITO DE
TRES CASOS CLNICOS.
Fernando Bazzino, Florencia Del Cioppo, Antonio Pascale, Patricia DallOrso.
Servicio de Emergencia Hospital Britnico. Centro de Informacin y Asesoramiento Toxicolgico. Departamento
de Toxicologa. Hospital de Clnicas. Facultad de Medicina. UdelaR. Departamento de Emergencia Peditrica,
Centro Hospitalario Pereira Rossell.

Introduccin: Los derivados imidazlicos del tipo de la nafazolina son utilizados como vasoconstrictores locales,
descongestivos nasales y oftlmicos. Su utilizacin en nios puede ocasionar una intoxicacin aguda potencialmente
grave. Conocer la epidemiologa de esta intoxicacin, los aspectos toxicolgicos y su forma de presentacin clnica puede
contribuir a disminuir su incidencia. Objetivos: Comunicar la experiencia del Centro de Informacin y Asesoramiento
Toxicolgico (CIAT) en menores de 15 aos expuestos a imidazolnicos y presentar 3 casos clnicos de nios intoxicados
por nafazolina asistidos en el Servicio de Emergencia Peditrica del Hospital Britnico (HB). Mtodos: Estudio
retrospectivo observacional de las consultas por exposicin a derivados imidazlicos realizadas al CIAT del 1 de enero
del 2010 al 31 de diciembre del 2012. Revisin de historias clnicas de 3 nios intoxicados por nafazolina asistidos en el
2013 en el HB. Resultados: El CIAT registr 27 casos, edad promedio 2 aos y 10 meses. El agente ms frecuente fue
nafazolina (n=23). La va intranasal administrado por un familiar, sin indicacin mdica, y la va oral por ingesta accidental
fueron las circunstancias de exposicin ms frecuentes. En esta serie la exposicin repetida se consign en 4 casos. El
tiempo transcurrido entre la exposicin y la consulta al CIAT fue de menos de 2 horas en 17 casos. Las dosis reportadas
fueron mayores en los casos de ingesta. En 16 pacientes se evidenciaron elementos clnicos compatibles con intoxicacin
aguda por imidazlicos. Los tres nios asistidos en el HB se presentaron como pacientes graves. Depresin neuropsquica,
hipotermia, bradicardia, frialdad perifrica e hipotensin, fueron los sntomas predominantes. Los pacientes presentaron
una buena evolucin, encontrndose asintomticos a las 24 horas de la exposicin. Conclusiones: El uso de derivados
imidazolicos administrados por va nasal, ocular u oral en la poblacin peditrica genera riesgo de intoxicacin aguda.
Los nios pequeos son los ms afectados. La forma tpica de presentacin clnica puede confundirse con otras patologas
graves. El pediatra es fundamental en la prevencin de esta intoxicacin, desaconsejando formalmente su uso.
Referencias:
132

Alvarez Pitti J, Rodrguez Varela A, Morales Carpi C. Naphazoline intoxication in children. Eur J Pediatr. 2006; 165:
815 816.
Bucaretchi F, Dragosavac S, Vieira RJ. Acute exposure to imidazoline derivatives in children. J Pediatr (Rio J) 2003; 79
(6): 519-24.
Mahieu LM, Rooman RP, Goossens E.Imidazoline intoxication in children. Eur J Pediatr.1993; 152: 944-46.
Paksu MS, Paksu S, Akkus T et al. One drop can be beneficial, one swig can be deadly: tetrahydrozoline intoxication.
Turk J Pediatr 2012; 54: 658-660.
Ricart Campos S, Fernndez Santervas Y, Vallina Jordana E et al. Intoxicacin accidental por descongestionante tpico
nasal. An Pediatr (Barc) 2006; 64: 107-8.
Wenzel S, Sagowsky C, Laux G et al. Course and therapy of intoxication with imidazoline derivate naphazoline. Int J
Pediatr Otorhinolaryngol. 2004; 68: 979-83.

128 INTOXICAES POR HERBICIDA GLIFOSATO NA REGIO NOROESTE DO


PARAN
Camila Cristiane Formaggi Sales1, William Campo Meschial2, Sara Cristina Fogaa Duartes Garcia2, Fernanda
Sayuri Chiozzi Watanabe1, Lvia Gisella Fernandes1, Magda Lcia Flix de Oliveira3
1) Universidade Estadual de Maring 2) Centro de Controle de Intoxicaes 3) Hospital Universitrio Regional
de Maring

Introduo: Nas ultimas dcadas, houve um aumento significativo no consumo de herbicidas glifosato no Brasil. Apesar
da ampla utilizao e dos riscos sade descritos na literatura cientfica, so escassos os estudos sobre intoxicaes
com este agrotxico em territrios de agricultura familiar. Objetivo: Analisar aspectos clnicos e epidemiolgicos de
intoxicaes por herbicida glifosato, notificadas a um centro de informao e assistncia toxicolgica (CIAT). Mtodos:
Estudo transversal e descritivo, com dados de fichas epidemiolgicas de Ocorrncia Toxicolgica de um CIAT do Noroeste
do Paran, correspondentes ao trinio 2010 a 2012, processados no programa Epi Info (verso 3.5.3). Resultados: Foram
notificados 73 casos de intoxicao por herbicida glifosato, com aumento anual do nmero de casos, de 20 (27,4%) em
2010 a 31 (42,5%) em 2012. A maioria envolveu homens (67,1%) com idade entre 20 e 59 anos (74,0%), perfil semelhante
ao encontrado na literatura. Em relao circunstncia da intoxicao, 23 casos (31,5%) foram acidentais, 37 (50,7%)
tentativas de suicido e 13 (17,8%) ocupacionais. O elevado percentual de tentativas de suicdio com agrotxicos associa-
se ao fcil acesso e crena da alta toxicidade dos mesmos; os casos acidentais ocorrem, em sua maioria, com crianas
devido ao armazenamento inadequado desses produtos; j os acidentes ocupacionais podem ser atribudos economia
fortemente agrcola da regio, associado ausncia de uso de equipamento de proteo individual. Dez pacientes (13,7%)
foram registrados como exposio/assintomticos e, nos sintomticos, predominaram alteraes no sistema digestrio
(61,9%), nervoso central/perifrico (57,1%) e cardiocirculatrio (23,8%), sendo que a maioria apresentou dois ou mais
sistemas afetados. Em 44 casos (60,3%) houve necessidade de internao hospitalar, onde 27,3% necessitaram de dois a
trs dias de internao e 11,4% cinco dias ou mais. Um dos pacientes evoluiu a bito, cuja circunstncia foi a tentativa de
suicdio. A internao hospitalar nesses casos considerada um critrio de gravidade e mostra que so onerosos os custos
para o sistema de sade decorrentes desses eventos. Concluso: Os aspectos clnicos e epidemiolgicos encontrados
fornecem subsdios para elaborao de medidas preventivas e controle do uso de herbicidas glifosato, visando diminuir o
nmero desse tipo de intoxicao no estado do Paran.
133

129 INTOXICAES POR RATICIDAS EM CRIANAS ATENDIDAS EM UMA UNIDADE


DE EMERGNCIA: PERFIL EPIDEMIOLGICO E EVOLUO CLNICA.
Jos Domingos Gonalves1, Lala Macedo2, Larissa Abreu2, Leila Carneiro2, Daniel Rebouas3, Jucelino Nery da
Conceio Filho3, Marcos Almeida2, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade 3) Centro Antiveneno da Bahia Pblica

Introduo: A intoxicao por raticidas, contendo inibidores de acetilcolinesterase, continua sendo um importante
problema de sade pblica. No Brasil, em 2011, foram registrados 2430 casos de intoxicaes por raticidas (SINITOX),
sendo 29% destes em crianas menores de cinco anos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiolgico e a evoluo clnica
de crianas atendidas por intoxicaes agudas por raticidas em uma unidade de emergncia. Mtodos: Estudo descritivo
e retrospectivo de crianas de 0 a 14 anos atendidas em unidade de emergncia de um hospital pblico na Bahia, no
perodo de 2008 a 2010. Analisadas as variveis sociodemogrficas e de evoluo clnica. Para anlise dos dados foi
utilizado o programa SPSS 21.0. Resultados: Das vinte e nove crianas, 55,2% eram do sexo feminino, com mdia de
idade de 7 anos. Cerca de 69% das ocorrncias foram na residncia, em 96,6% dos casos a via de intoxicao foi oral.
A mediana de tempo entre o acidente e o atendimento foi de 2 horas, sendo a intoxicao por inibidores de colinesterase
responsvel por 89,7% dos casos. As principais manifestaes clnicas foram vmitos (72,4%); dor abdominal (37,9%);
miose (37,9%); sialorreia (27,6%); diarreia (20,7%); sonolncia (17,2%); sudorese (13,8%); seguidas por manifestaes
respiratrias (27,6%) e cardiovasculares (20,7%). Exames laboratoriais foram realizados em 79,3% e a dosagem da
atividade da colinesterase srica em 69% dos casos. O envenenamento foi leve em 65,5% e moderado em 34,5%. Cerca
de 31% dos pacientes necessitaram de internamento e destes, 93,1% evoluram para a cura. Dois pacientes evoluram com
complicaes (insuficincia respiratria/choque) e no houve registro de bitos. A mdia de tempo no hospital foi de 10
horas em observao e 2,6 dias no internamento. Concluses: Houve discreto predomnio do sexo feminino e a maioria
das intoxicaes foi por inibidores da colinesterase, correlacionando-se com as manifestaes clnicas de sndrome
colinrgica. A maioria dos casos foi de intoxicaes leves/moderadas com atendimento precoce, no ocorrendo bitos.
Observa-se que a intoxicao por raticidas uma realidade nos domiclios no Brasil, onde produtos so comercializados
ilegalmente e de fcil acesso para a populao, levando a riscos sade de crianas e custos sade pblica.

130 LOXOSCELISMO CUTNEO GRAVE EVOLUO FAVORVEL APS


TRATAMENTO PRECOCE E ACOMPANHAMENTO RIGOROSO
Juliana Sartorelo Carneiro Bittencourt Almeida, Stefania Villela Moreira Reis1, Luciana Silveira Reis, Flvio
Alexandre Pereira Pinto, Patrcia Drumond Ciruffo
CIAT-Centro de Informao e Assistncia Toxicolgica de Belo Horizonte- Hospital Joo XXIII, FHEMIG

Introduo: Acidentes por picada Loxoceles sp. so o mais grave tipo de aranesmo no Brasil. Os acidentes acontecem
principalmente por trs espcies: Loxoceles laeta, Loxoceles intemedia e Loxoceles gaucho.Distribuem-se por todo
territrio nacional, mas ocorrem com maior freqncia em SP, PR, SC e RS. Podem ser leves, moderados ou graves,
variando de poucos sintomas inflamatrios locais a quadros sistmicos, como coagulao intravascular disseminada.
Relato de caso: Paciente F. S. S. deu entrada em servio de urgncia com relato de picada por inseto no identificado, h
cerca de 24 horas, em uma rea de construo civil. No momento da picada sentiu apenas desconforto local, aps algumas
horas iniciou dor de intensidade progressiva. Aps 12h do evento o local da picada estava com hiperemia e pontos
hemorrgicos, a dor era de grande intensidade. Aps 24h de evoluo o paciente deu entrada no servio de urgncia com
dor intensa na face posterior da coxa direita e leso com cerca de 10 centmetros de dimetro, pontos hemorrgicos centrais,
hiperemia e halo isqumico extenso. Aps suspeio de loxocelismo, foram aplicadas 10 ampolas de soro antiaracndeo,
pois no havia o soro antiloxosceles isolado no local do atendimento. Paciente evoluiu com ulcera superficial de cerca de
12cm de dimetro na coxa esquerda. Encaminhado para cirurgia plstica para manejo da lcera. No apresentou sinais
sistmicos nem alteraes laboratoriais durante o tempo de acompanhamento. Discusso: Os acidentes por Loxoceles sp.
podem ser leves, moderados ou graves. No caso relatado, o paciente apresentou leso extensa e muito dolorosa com pouco
tempo de evoluo, o que levou aplicao de 10 ampolas do soro, conduta tomada em acidentes classificados como
graves. Alm do soro, o paciente recebeu altas doses de corticide durante dez dias, e foi acompanhado diariamente no
servio. A evoluo e desfecho do caso foram favorveis, provavelmente devido abordagem precoce e acompanhamento
rigoroso do caso. A leso foi fotografada dia-a-dia e toda a equipe foi envolvida no acompanhamento do paciente. Em
momento algum houve alterao laboratorial ou sintomatologia sistmica. No foi necessrio o uso de antibiticos, e no
houve perda importante de tecido no local da picada.
134

131 BITO EM PACIENTE DIABTICA E HIPERTENSA APS CONSUMO DE


CARAMBOLA (Averrhoa carambola): RELATO DE CASO
Telma Libna Rodrigues Borburema, Cnthia Kunze Rodrigues, Elo Muehlbauer, Kamilla M do Prado, Karina
Ilheu da Silva, Maria Antnia Kalafats de Amorim, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: A carambola (Averrhoa carambola) uma fruta da famlia das Oxalidceas. A ingesto da fruta, por
pacientes com insuficincia renal ou com pr-disposio a problemas renais, est relacionada nefro e neurotoxicidade.
Relato do caso: Paciente feminina, 66 anos, diabtica e hipertensa foi atendida na UPA com queixa de diarria e vmitos,
apresentando desidratao e hiperglicemia. Paciente relatou ingesto diria de vrias frutas de carambola por uma semana
antes de iniciar com sintomas. Evoluiu com oligria, um episdio convulsivo, diminuio do nvel de conscincia,
edema agudo de pulmo (aps receber 1000 mL de soro fisiolgico), sialorreia, desconforto respiratrio e taquicardia.
Foi encaminhada para hospital, entubada e levada para UTI onde permaneceu sob ventilao mecnica. Tomografia
de crnio sem alteraes. Exames laboratoriais: Uria: 104mg/dl; Creatinina: 1,56mg/dL; Sdio: 148mEq/L; Potssio:
4,7mEq/L; Clcio inico: 5,0mg/dL; Glicemia: 204mg/dl; Hemoglobina: 13,4g/dL; Hematcrito: 41,9%; Plaquetas:
598.000/mm3; Leuccitos: 29.500mm3, 79% segmentados. Hemocultura sem crescimento bacteriano. Evoluiu para bito
cerca de 22h aps o atendimento inicial. Discusso/Concluso: Em indivduos saudveis, a neurotoxina presente na
carambola (caramboxina) absorvida, distribuda e excretada pela via renal, sem comprometimentos ao organismo.
No entanto, em pacientes com insuficincia renal, a toxina no devidamente excretada, ocorrendo elevao de nveis
sricos, o que permitiria sua passagem pela barreira hematoenceflica e consequente ao sobre o sistema nervoso central.
Estudos demonstram que a neurotoxicidade potencializada pela ao do oxalato, o qual pode produzir clculos renais
em indivduos mais sensveis. A intoxicao pela carambola pode provocar soluos incoercveis, vmitos, agitao
psicomotora, confuso mental, convulses, coma, hipotenso, choque e morte. No possvel confirmar que o bito
ocorreu devido ingesto de carambola, mas o fato de a paciente ser diabtica e hipertensa e a relao temporal da
ingesto com o incio dos sintomas sugerem a existncia de uma relao causal. importante alertar os profissionais
da rea da sade e os pacientes com nefropatia crnica ou com pr-disposio para problemas renais quanto possvel
toxicidade da carambola, que, mesmo sendo uma complicao rara, potencialmente fatal.

132 PERFIL DAS NOTIFICAES POR EXPOSIO A DROGAS DE ABUSO E OUTROS


AGENTES REGISTRADAS POR UM CIAT, BRASIL.
Nixon Souza Sesse, Andressa Silva Abreu Pinasco, Ana Caroline Dagostini Valentim, Augusto Ribeiro de Jesus
Oliveira, Nicole Kuster Porpino Ferreira, Ana Carolina Ribeiro Corra, Thais Mulim Domingues da Silva
Centro de Atendimento Toxicolgico do Esprito Santo - Toxcen - SESA/ES.

Introduo: O consumo de drogas um problema de sade pblica crescente. A cada dia surgem novas drogas e
associaes que desafiam os profissionais de sade no manejo do paciente intoxicado. Objetivo: Conhecer o perfil das
notificaes por associao de drogas de abuso (DA) e outros agentes registradas por um CIAT em busca de dados que
possam auxiliar no manejo do paciente intoxicado. Mtodos: Estudo descritivo e retrospectivo das notificaes por
associao de drogas de abuso lticas (DAL) e ilcitas (DAI) e outros agentes registradas pelo CIAT no perodo de 2011
a 2012. Resultados: No perodo, foram registrados 31722 casos em humanos, sendo 339 casos de associao de DA e
outros agentes que evoluram em 97,35% dos casos como intoxicaes. Dessa amostra, 88,79% foram por abuso e 7,08%
por tentativa de suicdio (TS). As idades variaram de 10 a 79 anos, predominando a faixa etria (FE) de 20-29 anos
(45,43%). O sexo masculino foi observado em 71,68% dos casos, no entanto, o sexo feminino foi mais frequente na FE
de 10-14 anos. As DAI foram observadas em 86,7% das associaes, sendo 60,54% representada pela cocana e 27,89%
pelo crack. As DAL apareceram em 78,17% dos casos, predominando a bebida alcolica (99,62%). A associao com o
grupo outros foi observada em 17,40% e medicamento foi o agente mais frequente (55,93%), sendo 54,17% (23 casos)
por psicofrmacos (56,52% de benzodiazepnicos, 21,74% de anticonvulsivantes, 17,39% de antidepressivos e 4,35%
de antipsicticos). A TS foi observada em 55,88% das associaes de DA com medicamentos, predominando a FE de
20-39 com 54,17%. Concluso: O estudo evidenciou que as associaes foram mais frequentes em adultos jovens do
sexo masculino por uso abusivo, culminando em intoxicaes. Houve predomnio das DAI (principalmente a cocana e
o crack) e DAL (bebida alcolica) nas associaes, uma interao que poderia levar a aumento da frequncia cardaca e
presso arterial e suas consequencias. Em relao aos outros agentes associados s DA, os medicamentos foram os mais
frequentes, com destaque para os psicofrmacos, o que implica em interaes com DA que podem potencializar o efeito
txico e influenciar diretamente na morbimortalidade.
135

133 QUEIMADURAS E ALTERAES DE DEGLUTIO E MIOFUNCIONAIS


DECORRENTES DE INGESTA DE SODA CAUSTICA
Patricia Xavier Rodrigues Leite
SES/SUVISA/CIT-Centro de Informao Toxicolgica de Gois

Introduo: A soda custica ou hidrxido de sdio (NaOH PM = 40), um slido esbranquiado, deliqescente, pode
se apresentar na forma slida (em barra, escamas, prolas, flocos, grnulos, lentilhas, p, massa fundida, pastilhas ou
cilindros brancos secos, duros, quebradios, de fratura cristalina, inodoros e de sabor ardente) ou na forma lquida em
concentrao de at 73%. Apresenta grande solubilidade em gua (1:1) e lcool. Intoxicaes com produtos custicos
so freqentes e podem acontecer de forma local ou sistmica. Os tecidos atingidos por um lcali podem se regenerar
por meio da substituio das clulas mortas por clulas vivas ou, por meio da normalizao da estrutura e funo das
mesmas, nos casos mais leves. Em caso de dano grave, as clulas danificadas geralmente so substitudas por tecido
fibroso e, neste caso, a seqela patolgica a formao de um tecido permanentemente alterado e sem funo (LOOMIS,
1982). Objetivo: identificar as alteraes de deglutio e miofuncionais encontradas nos indivduos com queimadura
por ingesta de hidrxido de sdio por reviso sistemtica. Mtodos: foi realizado um levantamento bibliogrfico em
Revistas Cientficas nas Amricas Latinas, El Caribe y Portugal, normas vigentes ao uso deste produto definidas pela
ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia em Sade) e pesquisa em perodos indexados na base do SINAVISA (Sistema
Nacional de Informaes em Vigilncia Sanitria) entre os anos de 2010 a julho de 2014. Resultados: dentre os pacientes
acometidos por queimaduras por ingesta de soda custica, verificou-se como manifestaes clnicas fonoaudiolgicas,
a reduo de amplitude e da movimentao da cavidade oral devido s contraes, incluindo tambm a ineficincia
fisiolgica das estruturas orofaciais e ineficincia funcional das funes estomatognticas com alteraes na mastigao e
deglutio. Concluso: o levantamento realizado mostrou que em queimaduras por ingesta deste agente, as alteraes das
funes mastigao e deglutio foram encontradas em 89% dos casos analisados. O interesse em analisar as alteraes
por acidentes e tentativa de auto-extermnio provenientes deste agente nasceu da observao da presena do alto nmero
de incidncia de seqelas fonoaudiolgicas permanentes (35%) ou no.

134 RECADAS E TURNING POINT DA DEPNCIA QUMICA: RELATO DE CASO


Michele Cristina Santos Silvino, Cleiton Jos Santana, Lcia Margarete dos Reis, rica Gomes de Almeida, Mag-
da Lcia Flix de Oliveira, Catarina Aparecida Sales
Universidade Estadual de Maring

Introduo:Usurios de drogas possuem altos ndices de recadas, mas existem momentos, denominados pontos de
virada (turning points), que fatos significativos de vida tendem favorecer a interrupo do consumo, sendo relevante
detectar estes momentos e os dispositivos de sade, sociais e culturais apoiadores da alterao da relao de exclusividade
com a droga. Objetivo: relatar o caso de usurio de drogas de abuso, com histrico de recadas, comorbidades, violncia
e excluso social, atendido em um centro de informao toxicolgica. Relato do Caso: Homem, 35 anos, solteiro, ensino
fundamental incompleto, pintor da construo civil, desempregado, em situao de rua. Admitido em pronto socorro,
com hlito alcolico, aps atropelamento por motocicleta, com trauma crnio enceflico leve (Glasgow 15), escoriaes
e fratura exposta de tbia. Encontrava-se em via pblica, mendigando para sustentar a aquisio de drogas de abuso.
Permaneceu internado durante 12 dias, foi submetidos a cirurgia e apresentou crise de abstinncia grave e ideao suicida,
e, aps a alta hospitalar, foi residir com a irm em uma comunidade localizada distante da residncia do pai, considerada
socialmente vulnervel e com cultura fortemente relacionada comercializao de drogas de abuso. Tabagista desde os
nove anos, iniciou o uso de outras drogas (bebida alcolica, thinner, cola, maconha, cocana e crack) aos doze anos. J
internado em hospital psiquitrico por sete vezes para tratamento da dependncia qumica, com recadas posteriores.
Famlia com comportamento aditivo: pai etilista, e dos dez irmos, cinco usurios de drogas e trs j morreram em
decorrncia do uso de drogas. Aps o evento do trauma e da hospitalizao, internou-se voluntariamente em clinica de
reabilitao. Concluso: O caso foi considerado grave, pelo nmero de recidivas - aps tratamento ambulatorial e com
grupos de mutua ajuda, e internamento hospitalar; pela situao de desemprego e de rua; fatores individuais e sociais de
risco para o uso de drogas - pobreza, baixa escolaridade, comportamento aditivo na famlia e fcil acesso ao uso de drogas
na comunidade. Porm, a ocorrncia do trauma funcionou como turning point, passando da fase compulsiva do uso de
drogas para padres controlados, como forma de auto-regulao do prprio usurio.
136

135 REINCIDNCIA DE TENTATIVA DE SUICDIO COM PARAQUAT: RELATO DE


CASO
Rinara Anglica de Andrade Machado, Sony de Freitas Itho; Luiz Henrique Libardi Silva; Roberta Roldi; Nathalia
de Freitas Barcelos Itho
Centro de Atendimento Toxicolgico do Espirito Santo (TOXCEN-ES), Vitria, Espirito Santo, Brasil

O Paraquat um herbicida de contato no seletivo com grande eficcia, destacando por ser extremamente txico, causando
elevada taxa de mortalidade nas intoxicaes em humanos, especialmente quando utilizados em tentativas de suicdio.
No existindo antdoto eficaz, recorre-se a estratgias na produo (adio de corantes, odores e emetizantes assim como
diminuio da concentrao) e na acessibilidade. Este agrotxico est proibido na Comunidade Europia h mais de cinco
anos. Relato de caso: Agricultor, masculino, 30 anos, procedente de zona rural, teve sua primeira notificao no centro
em maro/2011 com histria de ingesto intencional de 100ml de Gramoxone e bebida alcolica. Inicialmente apresentou
vrios episdios de vmitos, diarria e epigastralgia sendo submetido Terra de Fller. Foi transferido em menos de
24h para hospital tercirio onde iniciou hemodilise, ciclofosfamida, dexametasona e medidas de suporte. Evoluiu com
alterao da funo renal (Creatinina: 1,2; 1,8 e 2,3 mg/dL), odinofagia, dispnia e pneumonia. No oitavo dia foi realizado
TC de trax (reas de atelectasia e vidro fosco em metade inferior dos pulmes). Aps 15 dias foi submetido endoscopia
(esofagite erosiva e leso aguda de mucosa de antro gstrico) e nova TC trax, que mostrou aumento da infiltrao em vidro
fosco com fibrose difusa em lobos inferiores. Teve alta aps 37 dias de internao com seqela pulmonar. Em abril/2014,
tentou suicdio novamente com ingesto de 50 mL de Gramoxone, apresentando vmitos incoercveis, dispnia. Foi
submetido ao mesmo protocolo anterior (hemodilise, ciclofosfamida, dexametasona) e cuidados da internao. Evoluiu
com piora progressiva da funo renal (Creatinina: 2,7; 4,6; 5,4 mg/dL). No sexto dia teve falncia respiratria evoluindo
para o bito. Concluso: O caso descrito foi atpico, no qual o paciente fez tentativas de suicdio com o mesmo produto. A
segunda intoxicao, apesar do menor volume do agente txico, demonstrou maior gravidade, devido a seqela pulmonar
da primeira. V-se que, ao pssimo prognstico associa-se a inexistncia de protocolos teraputicos fiveis, optando-se
em regra pelas medidas de descontaminao e a hemoperfuso o mais precoce possvel, como medida de depurao.

136 RELATO DE CASO CLNICO ACIDENTE BOTRPICO COM PICADA TRIPLA


EM MESMO PACIENTE
Andressa Silva Abreu Pinasco, Gabriela da Silva Scopel, Thays Bisi Timoteo, Nixon Souza Sesse
Centro de Atendimento Toxicolgico do Espirito Santo

Introduo / Objetivo: No Brasil, cerca de 80 a 90% dos ofidismos em humanos so causados por serpentes do gnero
Bothrops. O relato objetiva descrever um caso raro de acidente por mltiplas picadas de uma mesma serpente em um
paciente. Relato do caso: ESN, feminino, 55 anos, residente em zona rural, compareceu em hospital regional 1,5
hora aps acidente botrpico com queixa de dor moderada em membros inferiores. Ao exame fsico evidenciou-se 3
picadas: uma em calcanhar esquerdo e duas em dorso dos ps, com equimose e pequenos sangramentos nos pontos de
inoculao, edema at joelhos - 3 segmentos em cada membro - e ausncia de sangramentos sistmicos. Realizadas
medidas gerais e 8 ampolas de soro antibotrpico (SAB) 2,5 horas aps acidente. Tempo de coagulao de entrada (4
horas aps acidente e, inadvertidamente, realizado aps soroterapia): 7 minutos. Paciente recebeu alta 36 horas aps
admisso, sem complicaes. Quatro dias aps alta, houve reduo significativa do edema, restrito aos locais de picadas,
sem outras queixas. Discusso: Alguns fatores podem interferir na gravidade do acidente ofdico, como quantidade de
veneno inoculado, realizao de procedimentos inadequados no membro afetado e tempo de instituio da soroterapia.
Como condies favorveis boa evoluo da paciente, pode-se citar o no garroteamento e a soroterapia em tempo hbil
(preconizada nas primeiras horas aps o acidente). No entanto, no acidente com mltiplas picadas em membros diferentes,
no possvel determinar se houve inoculao de veneno em todas e nem sua quantidade, o que, aliado a ausncia de
protocolos especficos que orientem a classificao de gravidade e a respectiva quantidade de antiveneno necessria para
estes acidentes, podem influenciar na morbimortalidade. Observou-se no relato que a administrao de 8 ampolas de SAB
foi suficiente para neutralizao do veneno. Concluso: Mesmo o paciente apresentando 3 pontos de picadas, o caso foi
classificado e tratado como moderado. Portanto, a evoluo do acidente botrpico com mltiplas picadas, que raro, pode
sofrer influncia de vrios fatores. H necessidade de protocolos clnicos que orientem a classificao de gravidade e a
quantidade de antiveneno necessria para esses acidentes visando minimizar os riscos de complicaes.
137

137 RELATO DE CASO DE ACIDENTE POR MLTIPLAS PICADAS DE ABELHAS


AFRICANIZADAS, Apis mellifera.
Priscila Barbosa de Sousa, Iardja Stfane Lopes; Mayara Thayn Magalhes Alcntara; Carlos Tiago Moura.
Universidade Federal do Cear; Universidade Federal do Cear; Universidade Federal do Cear; Centro de Assis-
tncia Toxicolgica(CEATOX)

Objetivo: Relatar caso de paciente com mltiplas picadas, mais de duzentas, de abelhas africanizadas, Apis
mellifera. Justificativa: Devido incipincia de relatos com acidentes por mltiplas picadas de abelhas com bom
prognstico do paciente. Relato de caso: M.C.M.S., 33 anos, sexo masculino, foi admitido em pronto socorro no dia
28 de fevereiro de 2014, aps receber mais de duzentas picadas de abelhas por todo corpo, apresentando eritema nos
locais das picadas e dor intensa; caracterstica de envenenamento moderado. Foi sugerido como tratamento: remoo
dos ferres, corticoterapia venosa, analgesia e exames laboratoriais para acompanhamento: hemograma completo, ureia,
creatinina, TGO, TGP e CPK. No dia seguinte, queixava-se de dores na regio da nuca e nos locais das picadas. Exames:
ureia- 51 mg/dL; creatinina- 1,1 mg/dL; TGO- 222 U/L; TGP- 44 U/L; CPK- 4539 U/L. Paciente com edema facial
intenso fazendo uso de corticoide e anti- histamnico. Nos dois dias seguintes paciente com manuteno de corticoterapia
devido extensa regio facial edemaciada; no apresentou manifestaes tardias, insuficincia renal aguda seguida de
rabdomilise. No quarto dia edema facial involuindo. No quinto dia o paciente recebeu alta hospitalar. Discusso: O local
da picada rapidamente identificado pelo ferro preso pele. A intensidade das manifestaes clnicas pode variar de
quadros benignos a quadros graves. Essa variabilidade depende de fatores como o nmero de picadas, local acometido,
dose do veneno inoculada e, principalmente, da sensibilidade individual. O acidente mais frequente aquele no qual o
indivduo acometido por poucas picadas, manifestando dor intensa, reao inflamatria local com eritema e calor. No
acidente com mltiplas picadas a vtima desenvolve quadro txico generalizado, sndrome de envenenamento. Podendo
evoluir com insuficincia renal aguda e instalao de rabdomilise. As medidas iniciais de tratamento devem ser definidas
de acordo com os sinais e sintomas do paciente. Nos quadros leves e moderados usa-se anti-histamnico e analgsico, e
corticoterapia de curta durao. Nos quadros graves o objetivo a manuteno da oxigenao e perfuso de rgos vitais.
Concluso: O melhor prognstico est associado identificao precoce do acidente seja ele leve, moderado ou grave e
abordagem teraputica rpida e adequada.

138 SNDROME NEUROLPTICA MALIGNA ASSOCIADA AO USO AGUDO DE


HALOPERIDOL: RELATO DE CASO
Danilo Winckler, Telma Libna Rodrigues Borburema, Cnthia Kunze Rodrigues, Alisson Pittol Bresciani, Vivian
Karla Brognoli Franco, Adriana Mello Barotto, Bianca Sousa Valverde, Jackline Seiben, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC

Introduo: A Sndrome Neurolptica Maligna (SNM) uma emergncia neurolgica potencialmente fatal e ocorre
quase que exclusivamente com o uso de medicamentos antipsicticos, geralmente em uso teraputico. caracterizada por
alterao do estado mental, distrbios do movimento, hipertermia e disautonomia. Relato do caso: Paciente masculino,
25 anos, internado em servio hospitalar para investigao de meningite viral, recebeu haloperidol em decorrncia de
agitao psicomotora. Apresentou rebaixamento do nvel de conscincia, necessitando de intubao orotraqueal. Evoluiu
com oligria, rigidez muscular e hipertermia. Exames de Laboratrio evidenciaram: Creatinofosquinase (CPK): 305.000
U/l; TGO: 1.300 U/l; TGP: 1.300 U/l; Creatinina (Cr): 4,3 mg/dl. Suspeitou-se de Sndrome Neurolptica Maligna e,
inicialmente, manteve-se tratamento suportivo e hidratao vigorosa. Como houve piora da rabdomilise (CPK: 935.372
U/l) e manteve hipertermia e disfuno renal, optou-se ento por iniciar tratamento com Dantrolene, Bromocriptina e
Hemodilise. Paciente recebeu Dantrolene por 28 dias, Bromocriptina por 18 dias (at CPK< 1.000) e realizou 14 sesses
de hemodilise. Evoluiu com melhora clnica dos sintomas e normalizao laboratorial. Discusso/Concluso: A SNM
provavelmente ocorre devido a redues na neurotransmisso dopaminrgica, por ao de antagonistas dos receptores
dopaminrgicos ou atravs da retirada de agonistas dopaminrgicos, o que evidencia o envolvimento da dopamina como
papel central na fisiopatologia da sndrome. O diagnstico da SNM um desafio para o clnico, especialmente em casos
de administrao isolada da medicao, no contexto do tratamento de outra doena neurolgica. Os exames laboratoriais
apenas ajudam a confirmar o diagnstico e descartar outras possibilidades. Alteraes laboratoriais incluem rabdomilise
(aumento de CPK), acidose metablica, insuficincia renal, elevao de transaminases, hiponatremia, leucocitose,
mioglobinria e coagulopatia. No tratamento da SNM so fundamentais a suspenso da medicao desencadeante e outros
psicotrpicos, bem como os cuidados intensivos. Ainda que no existam ensaios clnicos controlados comprovando sua
eficcia, as medicaes mais utilizadas no manejo da sndrome so dantrolene (bloqueador neuromuscular), bromocriptina
138

e amantadina (agonistas dopaminrgicos). certa a elevao de CPK na SNM, sendo que a literatura evidencia aumentos
de CPK entre 40.000 U/l e 100.000 U/l, no h relatos de aumentos to importantes (935.372 U/L) quanto o do caso
relatado.

139 SNDROME SIMPATICOMIMTICA PRODUZIDA PELA INGESTO DE


SUPLEMENTO ALIMENTAR (LIPO 6 BLACK) DISPONVEL NA INTERNET: UM
ALERTA
Mello da Silva, CA; Rossoni, MG; Marques, MGB
Centro de Informao Toxicolgica do RS

Introduo: O acesso via Internet a produtos referidos como suplementos alimentares, destinados a esportistas1 ou
como parte de tratamentos dietticos2, realizados sem superviso mdica, tem crescido nos ltimos anos. Os produtos
adquiridos muitas vezes contm princpios farmacologicamente ativos, tendo um potencial de causar dano importante a
sade dos usurios. Relato de caso: Paciente feminina, 21 anos, 77 kg, ingeriu 20 capsulas do produto Lipo 6 Black, Nutrex,
Research Inc.USA, supostamente em tentativa de suicdio. Cerca de 2:30 h aps, chega a emergncia apresentando-se
agitada, ansiosa, com sudorese profusa, taquicrdica (FC 116 bpm) e taquipneica(FR 21 mrpm). A presso arterial estava
em 140X80 mmHg. No contato com o Centro de Informao Toxicolgica(CIT) foi indicado tratamento sintomtico e de
suporte, com monitorizao da funo cardiovascular(ECG) e respiratria, e avaliao psiquitrica. Discusso: O produto
ingerido, comercializado livremente pela Internet como suplemento alimentar e divulgado como eficiente na queima de
gorduras corporais (fat burning), contm cafena e sinefrina, entre outros agentes em concentraes no determinadas,
que tem ao simpaticomimtica. O fabricante alerta no rtulo, em lngua inglesa, que a dose mxima diria no deve
exceder 6 capsulas. O relato ilustra o risco a que a populao em geral e, especialmente, os jovens, esto expostos frente
a oferta de produtos na Internet, disfarados como suplementos alimentares3, mas cuja formulao expe o usurio a
riscos toxicolgicos apreciveis4.
1.Cohen PA.Hazards of Hindsight Monitoring the Safety of Nutritional Supplements.N Engl J Med 2014.370;1277-1280
2.Yen M,Ewald MB.Toxicity of Weight Loss Agents.J Med Toxicol 2012.8:145-152
3.Tachjian A,Maria V,Jahangir A.Use of Herbal Products and Potential Interactions in Patients with Cardiovascular
Diseases.J Am Coll Cardiol 2010.55(6):515-525
4.Jantos R,Stein KS,Flechtenmacher C,Skopp G.A fatal case involving a caffeine-containing fat burner.Drug Test Analysis
2013.5:773-776

140 SUICDIOS POR AGROTXICOS NO DISTRITO FEDERAL


Andrea Amoras Magalhes, Erix de Souza Castro, Linconl Uchoa Sidon
Centro de Informao do SES/DF

Objetivos:Analisar o perfil epidemiolgico das tentativas de autoexterminio por agrotxicos atendidos pelo Centro de
Informaes Toxicolgicas do DF, no perodo de janeiro de 2008 a dezembro de 2012.Mtodo: Foi realizado um estudo
retrospectivo, transversal e descritivo. Os dados foram obtidos atravs do banco de dados do Centro de Informaes
Toxicolgicas do Distrito Federal (CIT/DF), analisados e processados atravs do programa SPSS. 20.0, foram excludos
deste estudo os casos provenientes de fora do DF. Resultados: No perodo foram atendidos 290 casos envolvendo
intoxicaes por Agrotxicos de uso agrcola (33,1%), Agrotxicos de uso domstico e Raticidas (44,48%). A faixa etria
mais freqente para ambos os sexos foi de 20 a 29 anos de idade (31%). Um caso, na faixa etria de 5 a 9 anos, apesar de
nico, merece destaque. Dentre os principais grupos qumicos, o grupo dos anticolinestersicos e dos cumarnicos foi o
mais utilizado em todo intervalo da pesquisa, correspondendo a 45,5% e 20,7% de todas as ocorrncias, respectivamente.
O acesso desses grupos qumicos de agrotxicos eminentemente urbano. O que se destaca no meio rural o uso dos
glifosatos pelas mulheres (20%). Outro fato que merece destaque o uso dos organoclorados por 1 mulher, mesmo
com a restrio de seu uso no Brasil, ainda se faz vigente em tentativas de autoextermnio. Observa-se que diante do
grupo dos anticolinestersicos, o chumbinho o grande responsvel pelas intoxicaes (40% de todos os agentes, 37,4%
entre as mulheres e 43,7% entre os homens). Os casos foram diagnosticados como diagnstico diferencial, exposio,
intoxicao confirmada e reao adversa. Tivemos 223 casos de intoxicao confirmada (76,9%). Verifica-se que a via
principal de intoxicao a via oral, correspondendo a 98,3%. Concluso:Conclui-se que h altos ndices de tentativas
de autoexterminio por agrotxicos, em sua grande maioria causada por raticidas e que atravs da anlise destes dados
possvel desenvolver aes preventivas voltadas para os jovens, afim de que esses nmeros venham a ser reduzidos.
139

141 SUSPEITA DE INTOXICAO AGUDA POR GS CLORO EM LABORATRIO


CLNICO
Tiago Severo Peixe1, Camilo Molino Guidoni2, Juliana Buck Dias1, Rafael Augusto Rafaelly1
1) Laboratrio de Toxicologia. Departamento de Patologia, Anlises Clnicas e Toxicolgicas. Universidade Es-
tadual de Londrina. 2) Centro de Informaes Toxicolgicas, Hospital Universitrio. Universidade Estadual de
Londrina.

Objetivo: relatar um caso de atendimento de paciente com suspeita de intoxicao por gs cloro. Relato do caso: mulher,
60 anos, funcionria do laboratrio clnico, foi atendida com dificuldade respiratria, dor, queimao em orofaringe
com 1 hora de histria da exposio. Segundo o relato, ela realizou o preenchimento de uma barrica contendo soluo
sulfocrmica, com hipoclorito de sdio 5%. A reao proveniente liberou gs cloro no ambiente. Suspeitou-se de
intoxicao aguda por gs cloro, emitido em decorrncia da reao qumica entre a soluo sulfocrmica (K2Cr2O7 10%
+ H2SO4) e hipoclorito de sdio 5%. A paciente entrou em contato com o lquido por via inalatria e drmica (coxas
direita e esquerda). Encaminhou-se a paciente ao atendimento mdico e acompanhamento do Centro de Informaes
Toxicolgicas (CIT). Discusso: O cloro um irritante primrio, podendo provocar tosse, dispnia, hipersecreo
brnquica, acidose e insuficincia cardiorrespiratria. O profissional que a atendeu solicitou oxigenoterapia, raio X de
trax, gasometria arterial, sdio e potssio, mantendo-a em observao por 4 horas. Os exames evidenciaram: Rx normal,
gasometria arterial pH 7,470 (7,350-7,450); pCO2 34,0 mmHg (3545 mmHg); pO2 67,0 mmHg (80110 mmHg); HCO3
24,7 mEq/L (2326 mEq/L); CO2 total 25,7 mM (2228 mM); Base-excess 1,0 (2 a 2) e %SatO2 94,0. Sdio 143 mEq/L
(136145 mEq/L). Potssio 3,8 mEq/L (3,55,0 mEq/L). Os exames se demonstraram dentro da normalidade. Excluindo-
se caso de pneumonite qumica. A paciente recebeu alta mdica e o CIT se colocou disposio para esclarecimentos.

142 TENTATIVA DE SUICDIO EM CRIANAS E ADOLESCENTES POR INGESTO


DE SUBSTNCIAS
Saulo Peconick Ventura, Juliana Sartorelo Carneiro Bittencourt Almeida, Celina Andrade Botelho, Danilo Gustavo
G. Ferreira Romanelli, Elton Alves de Castro
CIAT-BH

Introduo: O suicdio sabidamente um problema de Sade Pblica no mundo. Dados da Literatura mostram que
para cada suicdio sucedido existem 50 a 100 tentativas levando-se em considerao os adolescentes. Este trabalho
visa traar o perfil das tentativas de autoextermnio por ingesto de substncias em crianas e adolescentes de 6 a 19
anos atravs da anlise da casustica de um Centro de Referncia. Metodologia: Anlise observacional retrospectiva
de tentativas de autoextermnio por ingesto de substncias em crianas de 6 a 19 anos, no perodo de 01 de maio a 31
de agosto de 2013. A partir da anlise de questionrios preenchidos durante o atendimento telefnico ou presencial em
Centro de referncia foram coletados dados que foram posteriormente analisados atravs de variveis quantitativas e
qualitativas, utilizando o programa Epidata. Resultados: No perodo de maio a agosto de 2013 foram atendidos 147
pacientes entre 6 e 19 anos com relato de tentativa de autoextermnio por ingesto de substncias. A maioria era do sexo
feminino (66,7%). Em relao a idade pode-se perceber trs picos de maior incidncia, aos 12 (11,5%), 15 (10,2%) e
18 anos (12%). As substncias mais ingeridas foram os analgsicos (17%), seguidos de substncias custicas (12,9%) e
Benzodiazepnicos (12,2%). Foram descritos nesse perodo trs bitos, sendo que em dois deles a substncia envolvida
era um antidepressivo tricclico. Doena psiquitrica prvia foi a principal comorbidade encontrada (11%). Discusso:
A prevalncia do sexo feminino corrobora com as estatsticas gerais das tentativas de suicdio. Em relao a idade,
percebe-se que as tentativas ocorrem em indivduos cada vez mais jovens. O analgsico como substncia mais prevalente
entre as ingestas um dado que se assemelha as estatsticas gerais, o acesso de crianas a jovens a medicamentos de
comercializao restrita como os benzodiazepnicos e antidepressivos uma realidade preocupante. A morbimortalidade
associada a ingesto de antidepressivos tricclicos se destaca nesse estudo, sendo a substncia mais associada a evoluo
desfavorvel. Concluso: preciso discutir estratgias de abordagem de crianas e jovens com o intuito de identificar
e prevenir tentativas de autoagresso. Preveno primria, tratamento precoce e acompanhamento so aes necessrias
para mudar as estatsticas apresentadas.
140

143 TENTATIVAS DE SUICDIO E SUICIDIO EM CRIANAS: REGISTROS DE UM


CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA
Natalina Maria da Rosa1, Mrcia Regina Jupi Guedes1, Cleiton Jos Santana1, Ana Paula dos Santos Campos, Ca-
mila Cristiane Formaggi Sales1, 2, Magda Lcia Flix de Oliveira1
1) Universidade Estadual de Maring - UEM 2) Hospital Paran

Introduo: A tentativa de suicdio e o suicdio infantil uma ocorrncia ainda pouco estudada, no entanto, o nmero de
suicdios entre crianas est aumentando em vrios pases. A identificao precoce das caractersticas epidemiolgicas
e os padres precursores das tentativas de suicdio em crianas, so fundamentais para a preveno das intoxicaes no
ambiente domiciliar e suporte s famlias.Objetivo:Analisar as caractersticas epidemiolgicas de tentativas de suicdio
em crianas, notificadas em um centro de informao e assistncia toxicolgica do Noroeste do Paran.Mtodos:Estudo
retrospectivo e descritivo, em que foram avaliadas as fichas de ocorrncias toxicolgicas de crianas com idade at
14 anos, do perodo de janeiro de 2006 a dezembro de 2010. As variveis analisadas foram: sexo, local da ocorrncia,
agente causal, circunstncia da intoxicao, durao e setor de internao e desfecho clnico do caso.Resultados:Foram
encontrados 122 casos de tentativa de suicdio em crianas. A faixa etria predominante foi dos 11 a 14 anos (116/95%) e
o sexo feminino destacou-se (104/85,2%). A maioria das leses provocadas voluntariamente com baixa intencionalidade
de morte ocorreram na residncia da criana (118/97,5%) e os agentes mais utilizados foram os medicamentos isolados ou
em associao com outras substncias (94/77%). Os fatores de risco mais significativos para desencadear os eventos, foram
conflitos familiares (52/43%) e problemas amorosos (19/16,4%). Noventa e trs crianas (76,8%) ficaram hospitalizadas,
sendo que 67 (71,3%) permaneceram at cinco dias em unidades de ateno s urgncias,11 (11,7%) foram assistidas
em acomodaes de clnicas peditricas/enfermarias, por um perodo mximo de cinco dias, e 16 (17%) apresentaram
alta gravidade clnica, necessitando de cuidados complexos, em unidade de terapia intensiva peditrica, por mais de
cinco dias. Quanto ao desfecho clnico, uma criana evoluiu a bito.Concluses:O perfil dos casos caracterizou-se por
sexo feminino, pr-adolescncia, eventos domiciliares relacionados a conflitos familiares, utilizao de medicamentos e
gravidade clnica dos casos. Os resultados sugerem direes futuras para o planejamento de intervenes mais efetivas
para reduzir o nmero de tentativas de suicdio nesta faixa etria.

144 TENTATIVAS DE SUICDIO E SUICDIO EM UM MUNICPIO DO NOROESTE DO


PARAN, BRASIL.
Natalina Maria da Rosa1, Ctia Millene Dell Agnolo2, Rosana Rosseto de Oliveira1, Flvia Antunes2, Magda Lcia
Flix de Oliveira1, Thais Aidar de Freitas Mathias1
1) Universidade Estadual de Maring - UEM 2) Hospital Universitrio Regional de Maring

Introduo: A mortalidade por suicdio aumentou 60% nos ltimos 45 anos, representando a terceira causa de morte no
mundo. Segundo o Mapa de Violncia no Brasil as taxas de suicdio aumentaram de 4.4/100.000 habitantes em 2002 para
5.3/100.000 em 2012. Objetivos: Caracterizar epidemiologicamente as tentativas de suicdio e suicdio de um municpio
do Noroeste do Paran, Brasil. Mtodos: Estudo exploratrio-descritivo, com anlise retrospectiva dos Registros de
Atendimento dos Socorristas e do Registro Geral de Ocorrncias do perodo de 2005 a 2012, armazenadas no Servio
Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergncia - SIATE, do Estado do Paran. Os dados obtidos foram avaliados
por meio das seguintes variveis: faixa etria, sexo, zona de ocorrncia, circunstncia do evento, destino, fator associado
ao evento, mtodo utilizado para morte. A anlise estatstica foi realizada com o uso do Epi Info 3.5.2, utilizando-se p-valor
significativo quando menor ou igual a 0,05. Resultados: Foram identificados 261 casos de indivduos que tentaram ou
foram a bito por suicdio, apresentando mdia de idade de 33.515.1, variando de 13 a 93 anos. Em ambos eventos,
predominou a populao jovem do sexo masculino, tanto para as tentativas de suicdios (107/59,4%), como para os
suicdios (63/82,9%). A rea urbana destacou-se com 259 (99,3%) ocorrncias. O nmero de eventos suicidas coletivos foi
de apenas trs e quanto ao destino 129 (49,4%) indivduos foram encaminhados para hospitais pblicos e 79 (30,2%) para
o Instituto Mdico Legal. Cumpre destacar, que os distrbios neurolgico/psicolgico foram os fatores associados que
apresentaram significncia estatstica (p-valor= 0,02). Em ambos os sexos, a arma branca foi o mtodo mais utilizado nas
tentativas de suicdio e suicdio (67/25,6%), no entanto, o enforcamento e a intoxicao, tambm, apresentaram relevncia
estatstica (p-valor= <0,01). As faixas etrias de 13 a 20 anos e acima de 51 anos, apresentaram resultados estatsticos
significativos (p-valor= <0,01). Concluses: Embora o estudo tenha sido realizado com uma populao especifica, os
dados favoreceram a identificao e anlise das principais circunstncias e o agente determinante na maioria dos casos
em ambos os sexos.
141

145 TENTATIVAS DE SUICDIO POR INTOXICAES EXGENAS: UM PROBLEMA


DE SADE PBLICA.
Jamille Araujo de Sousa Santos, Grace dos Santos Sousa, Clia Maria Sales Vieira
1) Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia; 2) Faculdade de Tecnologia e Cincias - FTC; 3)
Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia

Introduo: As intoxicaes exgenas ou envenenamentos so manifestaes patolgicas causadas pelas substncias


txicas e geralmente so situaes de emergncia, sendo que a severidade da intoxicao est implcita no apenas no
produto em que foi utilizado, mas tambm na dosagem ingerida1. Segundo o Sistema Nacional de Informaes Txico-
Farmacolgicas (SINITOX), em um ano, mais de 20 mil pessoas tentam se matar ingerindo substncias txicas. Cerca de
60% utilizam medicamentos, e o resto das tentativas dividem-se entre a ingesto de raticidas e agrotxicos2. O suicdio
responde por 0,4-0,9% de todas as mortes mundiais. A cada dia 1000 pessoas tentam suicdio no mundo1. Objetivo: Avaliar
as tentativas de suicdio por intoxicaes exgenas. Metodologia: Reviso integrativa de literatura, desenvolvida nas
bases de dados LILACS e SCIELO, utilizando-se os descritores: intoxicao, suicdio e envenenamento. Os critrios de
refinamento foram artigos publicados entre os anos de 2005 a 2013, idioma em portugus e textos na ntegra. Resultados:
Foram identificados 85 artigos, desses, excluram-se os textos duplicados. Selecionou-se 10 artigos que atenderam aos
critrios de incluso. Os artigos foram distribudos em duas categorias: Os que se propuseram a estimar a frequncia do
uso das substancias txicas como meio para as tentativas de suicdio; descrio do perfil de suicdios e tentativas por
intoxicao. Os estudos apontaram uma prevalncia das tentativas de suicdio em homens desempregados e mulheres donas
de casa, as maiores tentativas de suicdio so provocadas por chumbinho (pelo fcil acesso), medicamentos e agrotxicos.
Concluso: As tentativas de suicdio por intoxicaes esto relacionadas a fatores diversificados e se constitui um grave
problema de sade pblica. necessrio um direcionamento das polticas de conscientizao da populao e capacitao
dos profissionais de sade para adoo de condutas mais eficazes mediante a tais episdios, buscando no apenas o
restabelecimento da sade, mas principalmente a preveno de um novo episdio ou acometimento de intoxicao.

146 THERAPEUTIC MONITORING OF IMATINIB MESYLATE IN PATIENTS WITH


CHRONIC MYELOID LEUKEMIA BY HPLC-PDA
Wilsione Jos Carneiro, Caroline Rego Rodrigues, Andryne Rego Rodrigues, Tereza Cristina de Deus Honrio,
Jernimo Raimundo Oliveira Neto, Vania Cristina Rodrguez Salazar, Luiz Carlos da Cunha
Universidade Federal de Gois - Ncleo de Estudos e Pesquisas Txico-Farmacolgicas (NEPET)

Introduction: Chronic myeloid leukemia (CML) arises from the excessive proliferation of pluripotent bone marrow cells
and characterized by the presence of chromosome Philadelfia formed by the fusion of chromosomes 9 and 22, forming
oncogene called BCR/ABL which produces a high abnormal tyrosine kinase (TK) activity. Imatinib mesylate (IM), an
inhibitor of TK, reduces tumor proliferation and induces apoptosis in positive BCR/ABL cells. IM is a drug which binds
to alpha-1-acid glycoprotein, produces active metabolites and suffers drug metabolic induction/inhibition. There are a
high number of episodes of misconduct or poor adherence to the IM treatment and the possibility of drug resistance. It
was developed a technique to monitoring the plasma concentration of IM by HPLC-PDA in outpatients with CML, as
well to correlate the results with the efficacy of treatment and the adverse drug reactions (ADR). Methods: Shimadzu
HPLC-PDA, C8 ACE 250 x 4.6 mm column, 5.0 micrometers, mobile phase methanol:triethylamine pH: 10.5 (6:4), flow
rate 1.0 ml/min, injection volume 20 mcL, =265 nm and propranolol as internal standard (IS). Plasma added by IS were
extracted with methanol and centrifuged. The supernatant transferred to a tube with ethyl acetate and evaporated. Finally,
the samples dissolved with methanol and injected to HPLC. Validation parameters by ICH and ANVISA. Exactly 75
samples of outpatients with CML were analyzed and investigated the efficacy data of complete cellular response (CCR) by
karyotyping and complete molecular response (CMR) by RT-PCR. Information about the adverse drug reactions (ADR)
were collect from medical records. Results/Discussion: The analytical procedure attended the requirements of the ICH
and ANVISA. The patients samples analyses showed a mean plasma levels 2563 ng/ml (RSD 56%). Most patients with
minimal plasma concentration of 1000 ng/mL achieved CCR. Five patients who had concentrations <1000 ng/mL, did
not reach CMR. Most frequent related ADRs were gastrointestinal bleeding, peripheral neuropathy, hyperpigmentation,
mental confusion, and showed no correlation with plasma concentration. Conclusion: The HPLCPDA technique allowed
the therapeutic monitoring of patients with CML. The plasma concentration values could be compared with both ADR
and efficacy data (CCR and CMR), besides allowing information about additional treatment adherence.
142

147 TRAUMA DE MOTO E USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS: DETECO DO USO,


REALIZAO DE INTERVENO BREVE E SEGUIMENTO DE TRATAMENTO
DE USURIOS ATENDIDOS EM SALA DE EMERGNCIA
Gabriela Martelli, Karina Diniz Oliveira, Gustavo Pereira Fraga, Adriana Perez Ferreira Neto, Rafael Lanaro,
Eduardo Capitani, Fabio Bucaretchi, Emilio Carols Elias Baracat, Renata Cruz Soares de Azevedo
Unicamp

Introduo: Os acidentes de moto so a maior parte dos acidentes de trnsito, deixando muitos pacientes sequelados.
O trauma apresenta-se como um problema de sade pblica, representando a terceira causa de morbidade e mortalidade
no Brasil. O abuso de substncias est relacionado a mais de 50% dos traumas atendidos nas unidades de emergncia.
Medidas de sanes, como a Lei Seca, buscam diminuir estas estatsticas.
Objetivo: Detectar em pacientes traumatizados condutores de moto as taxas de uso de lcool, cocana, crack e maconha
por avaliao clnica e anlise laboratorial. Metodologia: Avaliar pacientes atendidos pela cirurgia em decorrncia
de trauma de moto, realizar exame laboratorial de deteco de lcool em sangue e THC, crack e cocana em urina.
Alcoolemia detectada em amostras de sangue realizada por cromatografia gasosa com deteco por ionizao de chamas
pela tcnica headspace, triagem para cocana e THC em urina foram realizadas pela tcnica imunocromatografia e o crack
foi identificado com base nos metabolitos anidroecgonina e anidroecgonina metil ster. Resultados: Foram analisadas
amostras de 124 sujeitos: screening positivo para qualquer substncia: 39,1%, sendo positivo para lcool 16,1% (p<0,01),
para cocana 17,8% (p<0,309), para THC 16,1%(p<0,146) e para crack 11,3%(p<0,539), 11 perdas de amostra de sangue.
Concluso: Uma parcela significativa dos motoqueiros apresentou amostras de sangue positivas para lcool, ou seja,
estavam intoxicados no momento do trauma, apesar das medidas de sanes, como a Lei Seca (2008). A deteco de uso
em Unidade de Emergncia e aes preventivas na forma de campanhas e sanes so essenciais no sentido de diminuir
a prevalncia atual de abuso de SPA, principalmente lcool, e traumas.

148 USO DE EMULSO LIPDICA EM INTOXICAO POR AMITRIPTILINA: RELATO


DE CASO
Telma Libna Roderigues Borburema, Jardel Jacinto, Cinthia Kunze Rodrigues, Jos Fernando Sens Junior, Daniel-
le Bibas Legat Albino, Marisete Canello Resener, Adriana Mello Baratto, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: O uso de emulso lipdica (EL) como antdoto para toxicidade cardiovascular causada por frmacos
lipossolveis deve ser considerado nos casos em que a cardiotoxicidade refratria ao tratamento convencional. Relato
do caso: Paciente de 34 anos, feminina, ingeriu, em tentativa de suicdio, 23 mg/kg de Amitriptilina e 3,69 mg/kg de
Bromazepam. Na admisso hospitalar, 10h aps a ingesto, apresentava Glasgow 13, evoluiu com rebaixamento do
nvel de conscincia e midrase. Administrado Flumazenil, antes do contato com o Centro de Informaes Toxicolgicas,
evoluindo com taquicardia ventricular, posteriormente revertida com Bicarbonato. Apresentou hipotenso (90x40mmHg)
e hipotermia. Manteve rebaixamento do nvel de conscincia e necessitou de intubao orotraqueal. Permaneceu com
taquicardia sinusal associada hipotenso refratria a volume e droga vasoativa (noradrenalina), que persistiu mesmo
recebendo Bicarbonato. Frente ao quadro foi utilizado terapia com emulso lipdica a 20%, dose inicial de 97,5 ml (1,5
ml/kg) em 3 minutos e dose de manuteno de 487,5 mL em 30 minutos (0,25 ml/kg/min). Aps receber EL, a hipotenso
foi revertida, evoluindo sem necessidade de Noradrenalina. Necessitou de ventilao mecnica por 24 horas. Permaneceu
estvel hemodinamicamente e no apresentou alteraes eletrocardiogrficas nas 72 horas subsequentes. Discusso/
Concluso: Amitriptilina um antidepressivo tricclico, lipossolvel, que causa cardiotoxicidade pela capacidade de
gerar uma estabilizao de membrana por inibio dos canais de sdio, levando ao retardo na conduo cardaca, principal
responsvel por eventos fatais na intoxicao. A hipotenso secundria ao bloqueio alfa-adrenrgico e dos canais de
clcio, alm do efeito inotrpico negativo. Acredita-se que a EL: 1) Sequestre frmacos lipossolveis para o compartimento
intravascular, deixando menos frmaco disponvel para causar toxicidade; 2) Aumente a presso sangunea em resposta
aos vasopressores alfa adrenrgicos; 3) Fornea cidos graxos (AG) como substrato energtico para o corao e AG de
cadeia longa e mdia estimulam aumento do clcio nas clulas pancreticas, causando liberao de insulina, que melhora
o desempenho cardaco no choque. O uso da EL como terapia adjuvante est indicada em pacientes hemodinamicamente
instveis devido intoxicao por frmacos cardiotxicos e lipossolveis sem resposta s intervenes convencionais.
considerado um novo tratamento e o conhecimento de seu uso limitado.
143

149 VIOLNCIA CONTRA GRUPO DE CRIANAS UTILIZANDO RATICIDAS: RELATO


DE SRIE DE CASOS.
Jos Domingos Gonalves1, Alfa Barata1, Reginara Souza1, Felipe Passos2, Everton Malheiro, Daniel Rebouas3,
Marcos Almeida2, Dilton Mendona1
1) Hospital Geral Roberto Santos 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 3) Centro Antiveneno da Bahia

Introduo - A violncia contra a criana um problema mundial e tem crescido nos ltimos anos, resultando em
causa importante de bito. As intoxicaes representam um dos principais acidentes, correspondendo a 7% de todos
os acidentes por causas externas em menores de cinco anos e esto implicadas em cerca de 2% de todas as mortes na
infncia no mundo. Os raticidas so causas importantes de bitos por intoxicao exgena representados por 18,7%
dos casos no Brasil em 2012, sendo 17,2% na faixa etria peditrica. O objetivo deste trabalho relatar um caso de
violncia intencional contra um grupo de crianas com o uso de chumbinho (aldicarb). Relato de srie de casos - Um
adulto ofereceu refrigerante contendo chumbinho a uma criana que compartilhou com outras sete da mesma famlia.
A mdia de idade foi de 6,6 anos, sendo seis do sexo feminino. O tempo mdio decorrido at o atendimento foi de 2
horas. As principais manifestaes clnicas foram dor abdominal, nuseas, vmitos e sudorese, seguidos de sialorreia,
tremores e miose em trs casos. No foram descritas manifestaes neurolgicas graves. Todos realizaram a dosagem de
colinesterase srica, que se encontrava diminuda em trs casos. Sete casos foram considerados leves e um moderado.
Todos fizeram uso de carvo ativado e foram monitorizados em observao hospitalar. A mdia de permanncia foi
de 12 horas. Nenhuma criana fez uso de atropina e no houve bito. Concluses Neste trabalho, observa-se ntida
violncia intencional de homicdio contra crianas. O tempo tardio entre exposio e atendimento representa um fator
importante para aumentar a mortalidade e, nestes casos, todos tiveram atendimento rpido. Os dados clnicos sugerem
sndrome colinrgica por inibidor da colinesterase, predominando manifestaes muscarnicas. Os carbamatos, em
geral, no causam sintomatologia importante no sistema nervoso central, mas quando presente considerado sinal de
gravidade, no observado na maioria destes casos. A colinesterase plasmtica, apesar de no ser to especfica quanto
acetilcolinesterase eritocitria, deve ser realizada por apresentar correlao com a gravidade do quadro clnico. No Brasil,
o chumbinho comercializado ilegalmente e medidas governamentais eficazes devem ser adotadas visando diminuir a
mortalidade por este agente.
TOXICOLOGIA EXPERIMENTAL
147

150 A ATIVIDADE DA ADENOSINA DESAMINASE AUMENTA NA INTOXICAO


AGUDA POR ETANOL
Lariane Oliveira Cargnelutti, Paula Eliete Rodrigues Bitencourt, Maria Beatriz Moretto
1. Programa de ps-graduao em Cincias Farmacuticas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
RS, Brasil; 2. Programa de ps-graduao em Farmacologia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
RS, Brasil

Introduo: O consumo excessivo de lcool figura como um dos mais graves problemas de sade pblica. Alm dos
comprometimentos sociais, a ingesto abusiva do lcool est relacionada a diversas doenas (cirrose heptica, pancreatite,
cncer) e alteraes no sistema nervoso central, que esto relacionados com uma srie de mecanismos patolgicos
incluindo estresse oxidativo e inflamao. A Adenosina desaminase (ADA) possui papel importante no sistema imune,
alta atividade nos linfcitos e tem sido objeto de interesse devido seu papel na manuteno dos nveis de adenosina. A
adenosina uma molcula sinalizadora intracelular, podendo ser liberada ou rapidamente formada a partir da quebra de
Adenosina trifosfato extracelular com auxilio de ecto-nucleotidases. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar
a atividade da ADA em linfcitos e soro em modelo animal de intoxicao aguda por etanol. Mtodos: Ratos machos
Wistar ( 200g) foram distribudos em dois grupos de seis animais. O Grupo controle recebeu apenas gua e o Grupo
etanol recebeu por via orogstrica, uma nica dose (5g/Kg de peso) de etanol 40%em soluo aquosa.Seis horas aps, os
animais foram anestesiados e eutanasiados para obteno do soro e linfcitos. A atividade da ADA foi determinada (U/L)
(Giusti,1974). Resultados foram expressos em mdiadesvio padro, comparados atravs de teste T Student (p<0.05).
Resultados: Observou-se que os animais com intoxicao aguda por etanol apresentaram um aumento significativo na
atividade da ADA em linfcitos (12.92.4) e soro (2.80.9) quando comparado atividade linfocitria (9.81.8) e srica
(1.20.19) do grupo controle (p<0.01). Discusso: A adenosina desempenha um papel crucial na regulao das respostas
inflamatrias e imunolgicas, inibindo a ativao de linfcitos e diminuindo secrees de citocinas Th1 e Th2. Deste
modo, importante notar que o aumento da atividade srica e nos linfcitos da ADA pode favorecer a degradao de
adenosina e consequentemente alterar suas propriedades imunossupressoras e anti-inflamatrias, contribuindo para elevar
as citocinas pr-inflamatrias nos linfcitos e soro de animais submetidos ao do etanol. Concluso: possvel sugerir
que o aumento na atividade da ADA observado nos linfcitos e soro pode ligar-se ao processo inflamatrio decorrente da
intoxicao por etanol.

151 ALTERAES HISTOPATOLGICAS DE CLULAS RENAIS DE MACACOS


PREGO, Cebus apella (LINNAEUS 1758) APS EXPOSIO CRNICA A BAIXAS
DOSES DE METILMERCRIO.
Andra do Socorro Campos de Arajo Sousa1, Marcia Cristina Freitas da Silva1, Aryel Profeta Brito1, Leonidas
Dias Braga Jnior2 & Luiz Carlos de Lima Silveira1
1) Instituto de Cincias Biolgicas, Universidade Federal do Par 2) Universidade do Estado do Par

Introduo:O mercrio representa um grande risco ambiental e ocupacional constituindo um problema para a sade humana
na regio Amaznica. Muito embora estudos tenham demonstrado que o mercrio compromete vrios tecidos e rgos,
os rins constituem-se rgos-alvo para a toxicidade do metal.Objetivo:o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos
de uma exposio crnica a baixas doses de metilmercrio sobre o parnquima renal de macacosCebus apella,Mtodo:
Foram utilizados machos, adultos, expostos durante 120 dias consecutivos com doses dirias via oral, de 1,5 g na dieta.
As concentraes de mercrio total no sangue dos animais foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotmetro
de absoro atmica a vapor frio, comparando ao grupo controle. O mtodo utilizado para anlise histopatolgica foi
a incluso em parafina com colorao pela Hematoxilina e Eosina, Tricrmico de Masson modificado (CAB) e cido
Peridico de Shiff (PAS). As investigaes imuno-histoqumicas compreenderam as reaes para a deteco de actina
para musculo liso, actina muscular e pancitoqueratina.Resultados:Os resultados obtidos demonstraram que o tratamento
com mercrio causou diferena significativa (P<0,001) entre os grupos exposto e controle. Quanto aos nveis de Hg total,
foram observadas alteraes histopatolgicas com caractersticas de hidropsia nos tbulos proximais, um achado comum
na exposio ao metilmercrio em outras espcies, sem alteraes significativas nas concentraes de creatinina e ureia.
O teste de correlao de Person demonstrou uma forte relao negativa entre a concentrao de mercrio e a perda de
massa corporal dos animais (P<0,0001). Outro achado importante foi a diminuio do nmero de clulas mesangiais,
o que sugere que o metilmercrio executou a sua nefrotoxicidade atingindo no somente o sistema tubular renal, como
tambm as clulas do mesangio glomerular.Concluso: necessrio um maior aporte de estudos experimentais para
esclarecer qual o nvel de alerta da concentrao de mercrio capaz de desencadear mecanismos de agresso e injria
renal em indivduos expostos.
148

152 AVALIAO DA FERTILIDADE DE CAMUNDONGOS SWISS MACHOS


INTOXICADOS COM O AGROTXICO METAMIDOFS
Thais Rgis Ferreira Borba1, Carla Fernandes dos Santos1, Gabriela Marques Pereira Mota1, Renata Karine Carva-
lho1, Juliana Aparecida Rodrigues1, Renata Mazaro e Costa2, Walter Dias Junior1
1) Universidade Estadual de Gois (UEG) 2) Universidade Federal de Gois

Introduo: O uso indiscriminado de agrotxicos vem causando preocupao em todo o mundo devido aos efeitos adversos que
pode causar sade humana e ao meio ambiente. O metamidofs um organofosforado que tem causado inmeros problemas
sade pblica no Brasil, como a infertilidade. Segundo a OMS 15% dos casais sofrem problemas relacionados dificuldade
para engravidar, o qual pode estar associado exposio de xenobiticos, como os agrotxicos. comum a ingesto desses
compostos atravs de alimentos comercializados e contaminados com resduos desses pesticidas. Mesmo os que tiveram seu uso
proibido pela ANVISA, ainda so clandestinamente utilizados, como o caso do metamidofs, que age diretamente no aparelho
reprodutor masculino. Objetivo: Avaliar o efeito do metamidofs no sistema reprodutor de camundongos e sua influncia sobre
a fertilidade dos machos. Mtodos: Foram usados 32 camundongos Swiss, 50 dias idade, peso corporal 40g, provenientes da
UFG, divididos em 3 grupos: Branco:sem nenhuma interveno; Controle: gua v.o. (gavagem), e Metamidofs: v.o. (gavagem)
dose de 0,004mg/KgPC (dose aceitvel pela ANVISA). Aps 30 dias de tratamento os machos cruzaram com 60 fmeas nulparas,
subdivididas em 2 grupos: cesreas e partos. Foram analisados a taxa de gestao, taxa de viabilidade fetal, taxa de inseminao,
razo sexual e ndice de masculinidade e feminilidade. Resultados: O grupo tratado com metamidofs teve uma reduo no
ndice de viabilidade fetal (65%), com baixa sobrevida, em relao aos demais grupos. Houve tambm uma diminuio na
taxa de razo sexual (0,63) e 39% no ndice de masculinidade neste mesmo grupo. Foi observado tambm um grande ndice
de reabsoro uterina (34%) nas fmeas que cruzaram com o grupo metamidofs. Concluso: A dose diria aceitvel de
metamidofs determinada pela ANVISA apresenta efeitos negativos sobre o sistema reprodutor masculino, promovendo a
alterao de alguns parmetros de fertilidade como, a viabilidade ou sobrevida dos fetos, a capacidade de inseminar as fmeas,
a proporo de machos da prole e o nmero de machos em relao s fmeas.
Apoio Financeiro: Universidade Estadual de Gois; Programa de Bolsa de Incentivo Pesquisa e Produo Cientfica
(PROBIP); Programa de Iniciao Cientfica e Tecnolgica da Universidade Estadual de Gois - PIC&T/PrP/UEG, nas
modalidades PBIC/UEG, PIBIC/CNPq, e PVIC/UEG.

153 AVALIAO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO DOS FRUTOS DE Genipa


americana L. (RUBIACEAE) EM CAMUNDONGOS SWISS
Cinthya Saraiva de Assis, Aldilane G. Fonseca, Ane C. L. Nascimento, rica Cristina S. Vaz, Andreza K. F. Silva,
Camila C. S. Patrcio, Rebeca Maria C. Albuquerque, Ronnylle M. P. F. Silva, Jovelina Samara F. Alves, Silvana
Maria Z. Langassner, Telma Maria A. M. Lemos
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Introduo: O uso de plantas medicinais tem em muito contribudo para a sade. Porm, muitas destas so utilizadas sem
embasamento cientfico no que se refere a comprovao de eficcia, segurana e qualidade. Neste contexto, destaca-se a
espcie Genipa americana L. (Rubiaceae), conhecida como jenipapo e utilizada popularmente em casos de sfilis, lcera,
problemas inflamatrios e ainda como anti-hemorrgica e antioxidante. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo
avaliar a toxicidade do extrato dos frutos da Genipa americana em camundongos Swiss, quando administrada dose nica
por via oral. Mtodos: O projeto foi aprovado pela Comisso de tica de Uso Animal/UFRN, sob n 045/2013. 12
camundongos fmeas foram divididos igualmente entre os grupos controle e teste. Os animais receberam doses de 0
(Controle) e 2000 (Teste) mg/kg do extrato, diludo em 0,5 mL de soluo salina 0,9%. Aps 14 dias de observao,
foram eutanasiados e foram coletados sangue e rgos para as anlises de toxidade aguda. Concentraes plasmticas de
glicose (G), colesterol total (CT), triglicerdeos (TG), protenas totais (PT), albumina (Alb) e uria (U) foram mensuradas.
Os rgos foram encaminhados para anlise histopatolgica. Ainda, foram observados sinais clnicos, variaes de peso
corpreo, consumo de rao e gua. A anlise dos resultados foi pelo Teste T ( = 5%). Resultados: As mdias obtidas
dos parmetros bioqumicos avaliados, para os grupos controle e teste foram respectivamente: G (115,0 e 132,5 mg/dL),
CT (76,8 e 86,5 mg/dL), TG (97,0 e 104,7 mg/dL), PT (4,62 e 4,98 g/dL), Alb (1,85 e 1,95 g/dL) e U (50,17 e 31,83 mg/
dL). No houve diferenas no ganho ponderal e consumo de rao e gua entre os grupos. O Teste T mostrou diferena
significativa somente nos nveis de uria, com valores reduzidos nos animais do grupo teste (p<0,001). Em relao
anlise histopatolgica, ainda no foram obtidos resultados. Concluso: Devido ao no desenvolvimento perceptvel de
sinais de toxicidade nos animais submetidos ao tratamento com o extrato dos frutos da G. americana, e pelos resultados
das anlises bioqumicas obtidas at o momento, o estudo demonstrou uma baixa toxicidade do mesmo, sendo, porm,
necessrio concluir os experimentos para afirmar a segurana do mesmo.
149

154 AVALIAO DAS ALTERAES HEMATOLGICAS PROVOCADAS PELO


EXTRATO DOS FRUTOS DA Genipa americana EM CAMUNDONGOS SWISS
Cinthya Saraiva de Assis, Aldilane G. Fonseca, rica Cristina S. Vaz, Ane C.L. Nascimento, Jovelina Samara F.
Alves, Andreza Kelly F. Silva, Camila Caroline S. Patrcio, Rebeca Maria C. Albuquerque, Ronnylle Matheus P.F.
Silva, Silvana Maria Z. Langassner, Telma Maria A.M. Lemos
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Objetivo: Este trabalho tem o objetivo de avaliar as alteraes hematolgicas causadas pelo extrato hidroetanlico dos
frutos da Genipa americana, aps administrao de dose nica, por via oral, em camundongos Swiss. Mtodos: O projeto
foi aprovado pela Comisso de tica de Uso Animal/UFRN, sob n 045/2013. 12 camundongos machos, distribudos
aleatoriamente entre 2 grupos (n = 6), receberam, por via oral em dose nica, o extrato hidroetanlico dos frutos da
Genipa americana nas doses de 0 (Grupo Controle) e 2000 (Grupo Teste) mg/kg. Durante 14 dias, foram observados sinais
clnicos, variaes de peso corpreo, consumo de rao e gua. Ao final deste perodo, foram eutanasiados e foi coletado
sangue para avaliao dos parmetros hematolgicos, realizada em Analisador Hematolgico Micros 60 da ABX. Os
resultados foram analisados pelo Teste T (=0,05). Resultados: Nenhum sinal clnico de toxicidade foi observado. No
houve alteraes significativas no peso corpreo, consumo de gua e rao. Dentre os parmetros hematolgicos avaliados,
somente a Concentrao de Hemoglobina Corpuscular Mdia (CHCM), o RDW e o nmero de Plaquetas apresentaram
diferenas estatisticamente significativas (p-valor < 0,05), estando os dois primeiros parmetros ligeiramente elevados
e o ltimo reduzido, no Grupo Teste em comparao ao Grupo Controle. Concluso: Apesar das mnimas alteraes
observadas nas anlises hematolgicas dos animais submetidos ao extrato de Genipa americana quando comparados
ao grupo controle, as mesmas no se encontravam fora dos valores de referncia considerados normais. Tais resultados
sugerem uma baixa hematotoxicidade do extrato. Contudo, so necessrios que estudos mais elaborados sejam concludos
para melhor avaliao do extrato da planta e suas influncias no processo fisiolgico.

155 AVALIAO DO COMPORTAMENTO SEXUAL DE CAMUNDONGOS MACHOS


INTOXICADOS COM METAMIDOFS
Carla Fernandes dos Santos1, Thais Rgis Ferreira Borba1, Gabriela Marques Pereira Mota1, Renata Karine Carva-
lho1, Juliana Aparecida Rodrigues1, Renata Mazaro e Costa2, Walter Dias Junior1
1) Universidade Estadual de Gois (UEG) 2) Universidade Federal de Gois

Introduo: Metamidofs um agrotxico inseticida largamente utilizado na agricultura podendo ser ingerido nos
alimentos in natura, quando no respeitado o perodo de carncia aps sua aplicao. Tem uso proibido, mas apesar
disso utilizado clandestinamente. Pesquisas revelam que age diretamente no aparelho reprodutor masculino causando
infertilidade. Segundo OMS 15% dos casais sofrem dificuldades relacionadas reproduo, associadas aos xenobiticos.
O estudo dos efeitos de xenobiticos no comportamento sexual de machos visa avaliar a motivao e a performance
sexual, traando a dimenso do efeito do metamidofs sobre o sistema reprodutor masculino, buscando embasamento
cientfico para a conscientizao da sociedade quanto aos riscos do consumo dirio de alimentos contaminados com
agrotxicos. Objetivo: Avaliar o efeito em baixa concentrao do metamidofs no sistema reprodutor de camundongos
machos avaliando o comportamento sexual. Mtodos: Foram usados 30camundongos machos, Swiss, 50dias idade, peso
corporal 40g, provenientes da UFG, divididos em 3 grupos: Branco: nenhuma interveno; Controle: gua v.o.(gavagem)
e Metamidofs: 0,004mg/KgPC metamidofs v.o.(gavagem) (dose aceitvel pela ANVISA). Aps 30dias de tratamento
cada macho foi colocado com uma fmea nulpara, (50dias idade, com peso mdio de 30g, provinda da UFG) em caixas
de vidro, sendo o comportamento gravado em cmera filmadora por 30minutos. Posteriormente foi realizada anlise dos
vdeos para avaliao do comportamento sexual dos machos, nos seguintes parmetros: 1.Nmero de montas; 2.Nmero
de intromisses; 3.Nmero de ejaculaes; 4.Latncia da primeira monta; 5.Latncia da primeira intromisso. Resultados:
Houve uma diminuio no nmero de montas dos animais tratados, sugerindo uma reduo na motivao sexual dos
camundongos intoxicados com metamidofs. Nota-se tambm que o nmero de intromisso menor no grupo intoxicado
com metamidofs, isso mostra que a performance sexual est comprometida. No ocorreu variao significativa para
Latncia de monta e intromisso. Concluses: Camundongos intoxicados durante 30 dias com metamidofs, na dosagem
recomendada como segura pela ANVISA, alteram o comportamento sexual dos machos, pela reduo da motivao
sexual. Comportamentos dessa natureza dificultam a reproduo e contribuem para o aumento da infertilidade.
Apoio Financeiro: Universidade Estadual de Gois; Programa de Bolsa de Incentivo Pesquisa e Produo Cientfica
(PROBIP); Programa de Iniciao Cientfica e Tecnolgica da Universidade Estadual de Gois - PIC&T/PrP/UEG, nas
modalidades PBIC/UEG, PIBIC/CNPq, e PVIC/UEG.
150

156 EFEITOS DO TRATAMENTO COM METAMIDOFS SOBRE O PESO DE RGOS


DE CAMUNDONGOS SWISS MACHOS
Carla Fernandes dos Santos1, Thais Rgis Ferreira Borba1, Gabriela Marques Pereira Mota1, Renata Karine Carva-
lho1, Juliana Aparecida Rodrigues1, Renata Mazaro e Costa2, Walter Dias Junior1
1) Universidade Estadual de Gois (UEG) 2) Universidade Federal de Gois

Introduo: Metamidofs um inseticida de comercializao proibida, que clandestinamente muito usado, causando
danos sade. Sua utilizao indiscriminada contamina os alimentos, que apresentam resduos, e quando ingeridos em
natura intoxica com doses subcrnicas quem os consome. Pesquisas revelam que esse xenobitico age diretamente no
aparelho reprodutor masculino causando infertilidade. Estudar seus efeitos nos rgos de camundongos intoxicados com
doses subletais crucial para delinear a dimenso decorrente da sua exposio, principalmente no sistema reprodutor
masculino. Esse conhecimento certamente contibuir para minimizar a dificuldade reprodutiva uma vez que, segundo a
OMS, 15% dos casais tm esse problema. Objetivo: Avaliar o efeito do metamidofs sobre os rgos de camundongos
machos. Mtodos: Foram usados 30 camundongos Swiss machos, 50 dias idade, peso corporal 40g, provenientes da UFG,
divididos em 3 grupos: Branco: sem nenhuma interveno; Controle: gua v.o.(gavagem), Metamidofs: metamidofs
v.o.(gavagem) dose de 0,004mg/KgPC aceitveis pela ANVISA. Posteriormente foi feito eutansia dos grupos intoxicados
durante 30dias e seu controle, sendo retirado e pesado os rgos para anlise. Os rgos avaliados foram, testculo,
epiddimo, crebro, fgado, gastrocnmico, tecido adiposo epididimal, rim, corao. Resultados: A anlise dos pesos
dos rgos revela que a intoxicao oral subcrnica induzida por metamidofs promove um aumento no peso corporal
(25%), por outro lado promove uma queda significativa no peso dos Testculos (45%), Epiddimo(73%), Tecido adiposo
epididimal(25%), Gastrocnemio(38%), Crebro(19%), Rim(17%) e Corao(30%). Concluses: A exposio por 30dias
do inseticida metamidofs demostrou alterao na massa dos rgos, comprovando os efeitos deletrios desse pesticida,
sendo que alteraes testicular e epididimal podem ser indicativo de dificuldade reprodutiva e consequentemente de
infertilidade.
Apoio Financeiro: Universidade Estadual de Gois; Programa de Bolsa de Incentivo Pesquisa e Produo Cientfica
(PROBIP); Programa de Iniciao Cientfica e Tecnolgica da Universidade Estadual de Gois - PIC&T/PrP/UEG, nas
modalidades PBIC/UEG, PIBIC/CNPq, e PVIC/UEG.

157 EFFECTS OF CHRONIC INTOXICATION WITH ALUMINUM CITRATE IN A


MODEL OF INDUCED ALVEOLAR BONE LOSS IN RATS
Mrcia Cristina Freitas da Silva1, Natacha Malu Miranda da Costa1, Francisco Bruno Teixeira1, Paulo Mecenas Al-
ves Farias-Junior1, Nayana Maria Moraes Ferreira1, Ademir Ferreira da Silva-Jnior1, Marcondes Lima da Costa2
& Rafael Rodrigues Lima1
1) Institute of Biological Sciences, Federal University of Par 2)Instituto of Geoscience, Federal University of Par

Introduction: The high levels of aluminum in the environment caused by the extraction and processing of aluminum
ores or the production of aluminum metal, alloys, and compounds, it is considered as a significant public health
problem.Objective: The most important route is oral, by which 95% of the aluminum enters human body, so the purpose
of this study was to investigate the effects of chronic intoxication with aluminum citrate in a model of alveolar bone loss
induced by ligature in male Wistar albino rats.Method: Intoxication occurred at a dose of 100 mg/kg per day of aluminum
citrate administered by gavage for 30 days. We used 20 rats, divided into four groups (n = 05): G1, animals without
ligature and not intoxicated; G2, animals with ligature and not intoxicated; G3, animals without ligature and intoxicated;
and G4, animals with ligature and intoxicated. We also evaluated the concentration of aluminum (Al) in the blood and Al
deposits on alveolar bone.Result: The results showed that the window/dose intoxication promoted distribution of Al in
blood serum and in the alveolar bone. The ligature promoted alveolar bone loss in G2 and G4, and Al exposure potentiated
the loss when G1 animals were compared to G3 and G2 to G4.Conclusion: These results suggest that Al citrate causes
alveolar bone loss in the presence or absence of induced periodontitis
151

158 ESTUDO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO DAS FOLHAS DE Kalanchoe


brasiliensis (CRASSULACEAE) EM CAMUNDONGOS SWISS.
Aldilane Gonalves da Fonseca, Cinthya Saraiva de Assis1, rica Cristina de Sales Vaz1, Ane Costa Linhares do
Nascimento1, Silvana Maria Zucolotto Langassner2, Telma Maria Arajo Moura Lemos1
1 Laboratrio de Pesquisa em Bioqumica Clinica - LPBC, Departamento de Anlises Clnicas e Toxicolgicas
DACT, Faculdade de Farmcia - UFRN; 2 Laboratrio de Farmacognosia, Departamento de Farmcia, Faculdade
de Farmcia UFRN

Introduo: O uso de plantas medicinais tem crescido bastante e contribudo para a sade. Porm, em muitos casos,
esta prtica ainda no bem elucidada cientificamente, para garantir a segurana no uso. Neste panorama, a Kalanchoe
brasiliensis, conhecida como saio ou coirama, utilizada popularmente contra gastrite e outras inflamaes, porm
no tem sua segurana comprovada. Objetivo: O objetivo deste trabalho avaliar os efeitos txicos agudos do extrato
das folhas de Kalanchoe brasiliensis em camundongos Swiss, quando administrada dose nica por via oral. Mtodos: O
projeto foi aprovado pelo Comit de tica de Uso Animal, sob n 002/2013. 24 camundongos, machos e fmeas, foram
divididos igualmente entre os grupos controle e teste (6 machos e 6 fmeas por grupo), e receberam, respectivamente,
concentraes de 0 e 2000 mg/kg do extrato, diludo em 0,5 mL de soluo salina 0,9%. Aps 14 dias de observao,
foram eutanasiados e coletou-se sangue para as anlises de toxicidade aguda. Concentraes plasmticas de glicose (G),
colesterol total (CT), triglicerdeos (TG), protenas totais (PT), creatinina (CR) e uria (U) foram mensuradas. Observou-
se sinais clnicos, variaes de peso corpreo, consumo de rao e gua. Os protocolos utilizados foram baseados
na Resoluo-RE n 90/2004 e nos protocolos da OECD n 420. Os dados foram analisados pelo Teste T ( = 5%).
Resultados: As mdias dos parmetros bioqumicos avaliados, para controle e teste, foram respectivamente: G (67,92
e 88,69 mg/dL), CT (108,42 e 108,09 mg/dL), TG (202,67 e 222,00 mg/dL), PT (4,91 e 5,86 g/dL), CR (0,55 e 0,59 g/
dL) e U (55,17 e 53,45 mg/dL). No houve aparecimento de qualquer sinal clnico de toxicidade, nem variaes no peso
corpreo e no consumo de rao e gua entre os grupos. Somente a dosagem da glicose apresentou diferena significativa
entre controle e teste. Concluso: Diante dos resultados encontrados at o momento, sugere-se que o extrato das folhas
de Kalanchoe brasiliensis apresenta baixa toxicidade aguda, sendo a variao encontrada da glicose sem importncia, j
que no houve alterao do quadro clnico dos animais.

159 ESTUDO IN SILICO DOS EFEITOS COLATERAIS DE FRMACOS


ANTIDEPRESSIVOS ANTAGONISTAS SOBRE RECEPTORES HISTAMNICOS
(H1)
Aline Moura Sampaio, Ayalla L.V. Cerqueira, Gabriela B.S. Errico, Mara M. de Souza, Gildomar Lima Valasques
Jnior.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequi-BA. Departamento de Qumica e Exatas.

O advento dos medicamentos antidepressivos fez com que a depresso fosse ento tratada como um problema mdico-
psiquitrico. A disseminao desse distrbio tornou o uso de antidepressivos cada vez mais comum. Esses atuam noaumento
da disponibilidade de norepinefrina e serotonina, podendo ser classificados como Antidepressivos Tricclicos (ADTs),
Inibidores da Monoaminooxidadse (IMAOs), Inibidores Seletivos da Recaptao da Serotonina (ISRS) e Antidepressivos
atpicos. Seus efeitos colaterais devem-se interao do frmaco com outros receptores, como os receptores histamnicos
(H1). Devido alta prevalncia de reaes adversas oriunda do uso de antidepressivos, estudos in silico so utilizados
para a realizao de uma anlise comparativa entre a afinidade in silico dos antidepressivos pelo receptor Histamnico
H1 e os relatos encontrados sobre a atividade anti-histamnica dos antidepressivos, o que contribui para o advento de
frmacos mais seletivos e conseqentemente menos txicos. O receptor H1 foi obtido no Banco de dados de protenas
(Protein data Bank - PDB), e estudos de acoplamento molecular foram realizados pelo programa AutoDock Vina
1.0.2. Vinte e um frmacos antidepressivos foram acoplados ao receptor H1 e as afinidades dos frmacos pelo receptor
encontrados foram comparados com dados de fontes literrias, no tocante ao efeito de sedao causado classicamente
pelo bloqueio do receptor H1 ocorrido pelo uso de antidepressivos. Os frmacos da classe dos tricclicos foram os que
apresentaram maior afinidade ao receptor, enquanto que os da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptao de Serotonina
(ISRS) apresentaram menor afinidade a esse receptor. A literatura relata que ISRS possuem baixa capacidade de causar
sonolncia, sendo mais seletivo e conseqentemente menos txico. Os estudos de acoplamento molecular realizados com
antidepressivos e o receptor H1 obtido no Protein Data Bank PDB foi capaz de demonstrar a in silico o que j se
observa in vivo sobre a sedao causada por antidepressivos ao bloquear o receptor H1, sugerindo que esses tipos de
estudos so capazes de prever efeitos colaterais e/ou txicos oriundos da utilizao de frmacos no seletivos, sendo uma
ferramenta importante na descoberta de novos frmacos.
TOXICOLOGIA FORENSE
155

160 UTILIZAO DO ETIL GLICURONDEO E ETIL SULFATO, METABLITOS


DO ETANOL, COMO POTENCIAIS MARCADORES ENTRE A INGESTO E A
PRODUO POSTMORTEM NAS PERCIAS MDICO LEGAIS
Silvia Falco de Oliveira, Karla Ribeiro de Lima Cardoso, Paula Fernandes de Aguiar, Carlos Alberto da Silvia
Riehl
1) Instituto Mdico Legal Afrnio Peixoto, 2) Instituto de Qumica, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Introduo/Objetivo: A atividade das vrias espcies de microrganismos que sintetizam etanol e outros compostos
volteis em amostras putrefeitas, utilizando principalmente a glicose como substrato, vem merecendo ateno em anlises
postmortem. Os metabolitos etil glicurondeo (EtG) e etil sulfato (EtS) so formados pela via no oxidativa do etanol;
apesar de serem produtos de uma via de eliminao menos expressiva para os seres humanos, somente 0,02 a 0,06%,
da dose administrada recuperada como EtG e EtS. Os metablitos no so volteis, so solveis em gua e estveis
durante o armazenamento1. Com o desenvolvimento de tcnicas mais sensveis como a cromatografia lquida de alta
eficincia com detector de espectrometria de massa, possvel a deteco desses metablitos em amostras biolgicas. O
presente trabalho apresenta a utilizao da presena do EtG e EtS para a interpretao da ingesto antemortem do etanol.
Metodologia: Foram analisados 72 cadveres com intervalo de morte inferior a 14 horas e 72 cadveres com intervalo de
morte superior a 28 h; foram analisados etanol e EtS e EtG nas matrizes sangue e humor vtreo retirados separadamente
do olho esquerdo e direito. As anlises de etanol foram realizadas por cromatografia gasosa com detector por ionizao
em chama (CG-DIC), e separao por tcnica do espao confinado. Os metablitos do etanol foram analisados por
cromatografia lquida de alta eficincia com detector de espectrometria de massa e ionizao por eletronebulizao
(CLEM-ESI). Resultados e Discusso: Foi possvel detectar nos cadveres do Grupo I resultados positivos de etanol, EtS
e/ou EtG, em pelo menos uma das amostras, determinando que houve ingesto de etanol antemortem. Nos cadveres do
Grupo II, em 13 amostras no foram detectados os metablitos EtS ou EtG, indicando que houve produo postmortem.
Concluso: Em todos os 144 casos analisados a avaliao da concentrao do etanol, EtS e EtG, nas matrizes testadas,
permitiu a distino dos casos onde houve ingesto de etanol e os provenientes da produo postmortem.
Referncia:
1. LITTEN, R. Z., BRADLEY, A.M., MOSS H. B. Alcohol Biomarkers in Applied Settings: Recent Advances and Future
Research Opportunities. Alcohol Clin Exp Res, 2010, vol. 34, n. 6, pp. 955-966.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
159

161 ANLISE DAS CARACTERSTICAS DA PRODUO CIENTFICA NA REA DE


TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
Jssica Lobo Gianucci1, Allana Andrade Lobo2, Thalita Lobo Gianucci3
1) Universidade Federal da Bahia 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 3) Secretaria de Sade do Es-
tado da Bahia

Objetivo:Identificar a produo de artigos cientficos na rea de toxicologia ocupacional, visto a necessidade de criar
maior aproximao dos autores com o tema para trabalhos posteriores. Mtodos:Esta pesquisa define-se por ser uma
anlise de caractersticas dos estudos publicados na rea de toxicologia ocupacional, realizada por meio da Base de
Dados On-line da Biblioteca Virtual de Sade, utilizando o descritor toxicologia ocupacional. Foram includos na
anlise os documentos do tipo artigo cientfico, disponveis na ntegra e gratuitamente, em portugus, ingls e espanhol
e que abordassem diretamente o tema, sendo excludos os artigos duplicados ou que no possussem os critrios de
incluso estabelecidos. Foram elaboradas tabelas dos quantitativos conforme a produo anual; produo segundo a
lngua; abordagem metodolgica/tipo de estudo; e com os objetivos, resultados e concluses dos artigos selecionados
foram definidas categorias para classific-los. Resultados:Foram identificados 747 documentos na base de dados e,
aps sucessivas excluses, segundo critrios pr-estabelecidos, restaram 32 documentos para anlise, destes: 1) 28,1%
esto em portugus, 50,0% em ingls e 21,9% em espanhol; 2) 46,9% so pesquisas do tipo bibliogrficas, 12,5% do tipo
documental, 15,6% configuram-se como estudo de caso, 15,6% so pesquisas experimentais e 9,4% do tipo ex-post facto;
3) 12,5% dos artigos so da dcada de 1970, 6,3% da dcada de 1980, 15,6% da dcada de 1990, 40,6% da dcada de
2000 e 25,0% foram publicados nos anos de 2010 a 2013. Foi possvel tambm classific-los em 4 categorias, conforme
os temas: Monitorao biolgicas e outros exames em toxicologia ocupacional (18,8%); Informaes toxicolgicas de
substncias qumicas e provveis danos sade (40,6%); Intoxicao por substncias especficas (21,9%); e Discusso
sobre regulamentaes, questes tcnicas e ticas em toxicologia ocupacional (18,8%). Concluses:Neste trabalho foi
observado que metade dos artigos avaliados encontram-se na lngua inglesa, tambm verificou-se que a marioria eram
pesquisas do tipo bibliogrficas e foi percebido que quase 50% dos artigos foram publicados na dcada de 2000. Quanto
classificao acerca do tema, foi verificado que a maioria abordava sobre Informaes toxicolgicas de substncias
qumicas e provveis danos sade,quanto s outras classificaes no houve grandes diferenas entre os quantitativos.

162 COPPER EXPOSURE AMONG VINEYARD WORKERS DUE TO PESTICIDE USE


Gustavo Henrique Oliveira da Rocha1, Renata Sano Lini1, Samuel Botio Nerilo1, Aline Ramalho de Oliveira1,
Fernando Barbosa Jr.2, Bruno Lemos Batista2, Vanessa Cristina de Oliveira Souza2, Paula Nishiyama1, Simone
Aparecida Galerani Mossini1
1. Universidade Estadual de Maring 2. Faculdade de Cincias Farmacuticas de Ribeiro Preto-USP

Pesticide consumption world-wide is led by Brazil. In 2010, pesticide companies made a profit of 6 billion dollars
in this country alone. Among different classes of pesticides, those based on heavy metals have been used since their
advent decades ago. Heavy metal based pesticides are especially favored in viticulture. Copper is employed as the main
active agent of several products, but the most common way copper used is as a mixture of copper sulfate with calcium
hydroxide, commonly called slaked lime, the resulting product works as a fungicide and is referred to as Bordeaux
mixture. Most farmers do not have the necessary training or education level to safely handle pesticides being subjected
to exposure through inhalation and dermal contact. Misguided preparation and use of copper based pesticides can prove
to cause toxic effects. Excessive exposure to copper can cause lung, kidney, liver and gastrointestinal damage, either due
to acute or chronic exposure. In this study, serum levels of copper were assessed in a population of 54 vineyard farmers
in southern Brazil. This area focuses on fine grape production, following a system of familiar farming in small properties.
Copper levels were analysed by means of DRC-ICP-MS and results were compared against serum levels of this metal of
108 healthy non-exposed individuals. All results were statistically analyzed using nonparametric tests of Kruskal-Wallis
(followed by Dunns post-test) and Mann-Whitney. The obtained results show farmer copper serum levels are 2 to 4 fold
higher when compared to the control group, and such difference is statistically significant (p<0.0001). Farmer serum
copper levels also directly correlate with the amount of pesticides being used at a certain time of the year, which varies
due to seasonal conditions that influence the need for pesticide application. Results also show that there is statistical
difference in said serum copper values, when farmers were grouped by gender, which is higher in female than male
farmers (p<0.0001). It is concluded that in the grape production region assessed, farmers are more susceptible to copper
exposure due to pesticide use.
160

163 DETERMINAO DE FORMALDEDO EM ALISANTES DE CABELOS


Nancy dos Santos Barbi, Rosana Alves de Souza, Vitor Soares, Beatriz Magiole Soares, Sara Monteiro Roboredo
de Mendona, Antonio Jorge Ribeiro da Silva
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Introduo: As escovas progressivas, que prometem cabelos mais brilhantes e lisos, utilizam na grande maioria, produtos
que contm formol e/ou formaldedo gerado a partir de outras substncias presentes na formulao, como por exemplo, o
cido glioxlico, O formaldedo provoca irritao nos olhos e vias areas superiores e um agente carcinognico. Seu uso
em cosmticos em concentraes acima de 0,2% no permitido pela ANVISA. Objetivo: Determinao de formaldedo
em alisantes de cabelos visando avaliar risco ocupacional e identificar produtos que, mesmo rotulados como sem formol,
burlam a legislao ao permitir sua formao nas condies de uso. Metodologia: Sete produtos para alisamento de cabelos
foram obtidos em estabelecimentos comerciais, no municpio do Rio de Janeiro. A determinao de formaldedo total
(formol livre mais percentual parcialmente liberado a partir de outras substncias) foi realizada pelo mtodo colorimtrico
da acetilacetona em comprimento de onda de 410 nm. Para determinao de formaldedo livre, cada uma das amostras
foi aquecida, em aparelho de destilao adaptado, durante 30 minutos/230 C e o formaldedo coletado, analisado por
CLAE com detector de rede de diodos a 345 nm, aps derivatizao com 2,4-dinitrofenilidrazina. A identificao foi feita
atravs das comparaes dos tempos de reteno das amostras com os do padro formaldedo e os mximos de absoro
dos respectivos espectros na regio do ultravioleta. A quantificao foi feita atravs da determinao das reas dos picos
identificados como sendo do formaldedo, utilizando uma curva padro com concentraes conhecidas de formaldedo.
Resultados: Antes do aquecimento do produto, uma amostra apresentou 0,9% de formol total. Aps aquecimento, todas
as amostras liberaram formaldedo em concentraes que variaram de aproximadamente 41 a 378 ppm. O rtulo de todos
os produtos indicavam ausncia de formol. Concluso: Das sete amostras analisadas uma apresentou 0,9% no produto,
concentrao acima do mximo permitido pela ANVISA. Aps aquecimento, todos os produtos liberaram formaldedo
em concentraes acima de 0,08 ppm (mximo permitido segundo a OMS, na zona de respirao). O uso destes produtos
coloca em risco a sade de consumidores e profissionais que aplicam escovas progressivas quase que diariamente, vrias
vezes ao dia, evidenciando um problema de Sade Pblica.

164 ESTUDO DE RISCOS OCUPACIONAIS EM TRABALHADORES DO SETOR


METALRGICO
Danielle Hoeltgebaum, Jonas Ricardo Munhoz, Vinicius Stella Menotti, Mariana Aparecida Oliveira Madia, Re-
nata Sano Lini, Paula Nishiyama, Simone Aparecida Galerani Mossini
Universidade Estadual de Maring

O setor metalrgico ocupa posio central no desenvolvimento e consolidao da indstria brasileira, com relevante
expresso no cenrio econmico, atende diversos segmentos industriais, como a indstria automobilstica, de bens de
capital, construo, entre outras. O desenvolvimento tecnolgico, juntamente com a exportao de produtos fabricados
pelo setor aumentou significativamente nos ltimos tempos, porm, as atividades insalubres neste setor, ainda persistem.
Na metalurgia so utilizados muitos produtos qumicos que compem processos de galvanizao, cromao e zincagem
de peas metlicas que podem causar danos ao organismo de quem os manipula. Para a proposio de medidas preventivas
e de monitorizao, riscos precisam ser adequadamente investigados, por meio do levantamento de informaes que
possibilitem a elaborao de estratgias de preveno e manuteno da sade do trabalhador. O presente estudo teve como
objetivo identificar os riscos ocupacionais a que os trabalhadores de empresas metalrgicas esto expostos, bem como
realizar aes educativas visando promoo, proteo e recuperao da sade. Foi realizado um estudo observacional
em indstrias metalrgicas que so atendidas pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalrgicos de um municpio do Sul do
Brasil. Participaram do estudo 83 profissionais, trabalhando em 8 empresas metalrgicas. Instrumentos de coleta de dados
aplicados avaliaram funes executadas, riscos, percepo sobre biossegurana e sinais e sintomas apresentados pelos
trabalhadores entrevistados. Os resultados mostraram que os trabalhadores tm conhecimentos e prticas de biossegurana
e que as condies de proteo individual e coletiva so adequadas em praticamente todas as empresas visitadas. Foram
identificados como principais riscos os agentes fsicos: rudo e calor, agentes qumicos como fumos metlicos e produtos
qumicos; agentes ergonmicos como postura inadequada; e agentes mecnicos como cortes, queimaduras, choque e
impacto de objetos e mquinas ou equipamentos sem proteo. Atravs da observao da conduta dos profissionais
durante a jornada de trabalho, foi possvel verificar que os trabalhadores tm boas atitudes em relao aos riscos a que
esto expostos, principalmente em relao ao uso de Equipamentos de Proteo Individual (EPI), sendo necessria uma
posterior monitorizao biolgica, para avaliar se esta proteo est sendo suficiente para evitar exposio aos riscos
qumicos durante a jornada de trabalho.
161

165 ESTUDO RETROSPECTIVO DAS INTOXICAES CAUSADAS POR RATICIDAS


NO ESTADO DA PARABA
Monteiro, L.S.; Simes, S.M.Q.; Bastos, K.X.; Nunes, A.P.L.; Macedo, B.V.; Fernandes, L.T.B.; Cartaxo,
J.L.S.; Magalhes, H.I.F.
1) Universidade Federal da Paraba

Introduo: Os acidentes por raticidas constituem uma das causas de intoxicao no Brasil, podendo ocorrer de forma
acidental ou proposital. Por serem substncias que apresentam risco de exposio, ocorrem acidentes desde a obteno
da matria-prima at sua utilizao. Apesar das inmeras complicaes resultantes de seu uso inadequado, deve-se
salientar a ntima correlao dos mesmos com a sade pblica, pois, visam a proteo humana de pragas e vetores de
doenas. No Brasil, so autorizados para comercializao os raticidas base de anticoagulantes cumarnicos e derivados
da indandiona, os quais, nos seres humanos podem induzir quadros de intoxicao aguda caracterizados por hemorragias
que variam de graus leves a graves. Objetivo: Diante disso, o objetivo precpuo do estudo caracterizar as intoxicaes
causadas por raticidas registradas no Estado da Paraba. Mtodos: Os mtodos utilizados neste trabalho tratam de
uma abordagem quantitativa, realizada por meio de levantamento retrospectivo de dados epidemiolgicos advindos do
DATASUS referentes aos acidentes envolvendo tais substncias entre os anos de 2010 a 2012. A tabulao e anlise dos
dados foi realizada por meio do programa SPSS 21. Resultados: Os dados analisados evidenciam que, dos 132 casos de
intoxicao por raticidas notificados no perodo, 100% das exposies foram por via oral, onde 70% corresponderam a
tentativa de suicdio, 19,7% caracterizaram intoxicao de cunho acidental. Alm disso, a faixa etria prevalente foi de
adultos jovens (20-39 anos) correspondendo 38% das ocorrncias, sendo 56% envolvendo homens e 44% mulheres; 10%
dos casos foram caracterizados como de causa ignorada e 30% das intoxicaes por raticidas tambm se enquadraram
como de evoluo ignorada. O municpio com maior nmero de caso foi: Joo Pessoa (42,4%) seguido por Campina
Grande (13,6%). Concluso: Atravs do estudo foi possvel observar que, grande parte dos dados foram designados como
de causa ou circunstncia ignorada, bem como sobre a evoluo das vtimas. Isso impacta sobre a qualidade final dos
dados gerados, visto que os estudos epidemiolgicos se embasam nestes dados e so de suma importncia para as polticas
pblicas de sade. Logo a melhoria da qualidade dos dados nestes caso otimizar os dados epidemiolgicos.

166 EVALUACIN DE LA COLINESTERASA PLASMTICA EN TRABAJADORES DE


CULTIVOS HORTCOLAS PROTEGIDOS
Bozzo A., de Souza Viera R, Cadenazzi M, Estevez E, Irabuena O, Dalmao N, Fernndez D, Texo A, Burger M.
Facultad de Agronoma; Regional Norte, Facultad de Medicina, Fac. Agronoma, Estacin Experimental M. Cas-
sinoni, Hospital Salto, Lab. Inmunologa, Escuela de Tecnologa Mdica, LIC.Biologa Humana, Regional Norte,
Udelar Uruguay

La produccin de cultivos protegidos, constituye una actividad de alto riesgo para la salud debido al uso intensivo de
plaguicidas y la exposicin a altas concentraciones de los mismos. Objetivo: Estudiar el estado de salud de trabajadores
de invernculos, expuestos a varios plaguicidas entre ellos anticolinesterasicos, evaluando la colinesterasa plasmtica.
Informar y sensibilizar sobre los riesgos que presentan los plaguicidas sobre la salud y el ambiente. Mtodo: La
investigacin se realiz en una poblacin de 114 personas expuestas y 97 no expuestas (control). Se recab informacin
sobre: sexo, edad, antecedentes patolgicos, tiempo de exposicin, medidas de proteccin personal, tiempo de reingreso,
productos usados. En ambos grupos se analizaron: colinesterasa plasmtica, hemograma, funcin heptica y renal. En
la poblacin expuesta, se realizaron 3 determinaciones de colinesterasa: basal, dentro de las 72 horas de la aplicacin y
quince das luego de la aplicacin. Resultados. En el grupo control, constituido por 56 mujeres y 41 hombres, entre 18 y
65 aos, los valores promedio de colinesterasa fueron de 6495 en mujeres y 7074 en hombres. En el grupo de expuestos,
integrado por 87 hombres y 27 mujeres, con edades entre 18 y 68 aos, la disminucin promedio de la colinesterasa basal
fue de un 34% en el 13% de los aplicadores, 48% en el 10% de los trabajadores no aplicadores. La disminucin promedio
de la colinesterasa fue de un 23%, 31% y 35% segn si las medidas de proteccin eran buenas, regulares o inexistentes,
respectivamente. De 4 personas expuestas no trabajadoras 2 presentaron descensos mayores al 25%. El promedio de
aos de exposicin fue de 21. Fueron utilizados 39 principios activos. El tiempo promedio de reingreso luego de las
aplicaciones fue de 15 horas. No se detectaron patologas ni alteraciones de laboratorio significativas que incidan en el
valor basal de colinesterasa. Conclusiones El descenso de la colinesterasa plasmtica evidencia el uso inadecuado de
los plaguicidas que realizan los trabajadores, la falla de las medidas de proteccin personal. Se logr sensibilizar a la
poblacin bajo estudio y se brindaron lineamientos para reducir el riesgo de exposicin y mitigar los impactos en la salud
y el ambiente.
162

167 EXPOSIES TXICAS OCUPACIONAIS ATENDIDAS NO CCI NO PERODO DE


2008 A 2011
Juliana Perptuo de Souza, Sueli Moreira de Mello, Adriana Safioti de Toledo, Eduardo Mello De Capitani, Maria
Ins Monteiro.
Universidade Estadual de Campinas

Introduo: Exposies ocupacionais podem gerar eventos adversos que necessitam de atendimento em Centros de
Controle de Intoxicaes (CCI). Objetivo: Descrever o perfil das exposies ocupacionais atendidas no CCI, no perodo
de 2008 a 2011. Mtodo: Estudo retrospectivo, descritivo. Variveis analisadas: demogrficas, circunstncia, tipo do
evento, via de exposio, agentes envolvidos, manifestao clnica, internao e desfecho. Resultados: Foram analisados
543 casos (presenciais=153), representando 3,1% do total de atendimentos do perodo. A idade variou de 13 a 78 anos
(mdia= 35,2, DP= 13, mediana=33 anos). Seis casos ocorreram em menores de 16 anos, sendo um adolescente de 14
anos que trabalhava como pintor de casas, e outro de 13 anos que trabalhava como vendedor de produtos para animais.
Homens corresponderam a 70,3% e mulheres a 29,7%. A maior frequncia de exposio ocorreu em trabalhadores da
agricultura (14,9%), seguido pela indstria (11,4%), setor de limpeza (10,4%), construo civil (9,0%), jardineiros
(5,6%) e outras (48,7%). A maioria das circunstncias foi individual, com 90,2% dos casos, sendo 9,8% coletiva. Eventos
agudos totalizaram 83,5% das exposies, 13,4% foram crnicas e 3,1% crnico-agudizado. As vias de exposio mais
frequentes foram drmica (54,5%) e inalatria (37,5%). Os agentes envolvidos foram produtos qumicos de uso industrial
(30,8%), animais peonhentos e no peonhentos (25,5%), praguicidas (21,2%), produtos de uso domiciliar (14,7%),
metais (5,9%), produtos veterinrios (0,7%), medicamentos (0,6%), plantas (0,6%) e alimentos (0,2%). Em relao
manifestao clnica, 94,3% dos trabalhadores atendidos apresentaram sintomas. Apenas 8,0% ficaram internados. Os
desfechos foram: cura (87,5%), encaminhamento para acompanhamento ambulatorial (11,5%), cura com sequela (0,6%)
e bito (0,4%). Os bitos (n=2) foram decorrentes de exposio pela via respiratria com cido ntrico e benzofeniluria.
Concluso: A maioria dos atendimentos foi em trabalhadores do sexo masculino (70,3%), em diferentes atividades
laborais, decorrentes de exposies drmica (54,5%) e inalatria (37,5%). Alguns casos necessitaram de internao
(8,0%) e ocorreram dois bitos em quatro anos (0,4%). Estes bitos e as seis exposies em menores de 16 anos devem
ser considerados como evento sentinela devido gravidade clnica e legal dos acidentes. Portanto, medidas preventivas e
corretivas devem ser tomadas pelos rgos competentes.

168 FREQUNCIA DE MICRONCLEOS EM CLULAS BINUCLEADAS DE


TRABALHADORES DE CURTUME EXPOSTOS A SUBSTNCIAS QUMICAS
COMPLEXAS CONTENDO CROMO III.
Fabrcio Pires de Moura do Amaral, Tatiana Vieira de Souza Chaves, Elna Joelane Lopes da Silva do Amaral,
Sarah Izabelly Lemos, Rafael Vitor Silva Gaioso dos Santos, Maria Elisabete Amaral de Moraes, Manoel Odorico
de Moraes.
1) UESPI 2) DIVISA/CEREST-PI 3) SESAPI 4) Mestranda/ UFPI 5) Graduando Medicina/UESPI 6 E 7) Ps
Graduao em Farmacologia UFC

Justificativa: a exposio ocupacional em ambientes de curtumes tem sido objeto de estudo e de investigaes cientficas.
As informaes controversas sobre a toxicidade do cromo III e sua relao com a epidemiologia do curtume serviram
de subsdio para esta pesquisa. Objetivo: Fez-se este estudo com o intuito de avaliar os possveis efeitos genotxicos
e mutagnicos da exposio de trabalhadores de curtume de Teresina (PI) substncias qumicas contendo cromo III.
Mtodo: Antes de qualquer procedimento de coleta e avaliao das amostras, o projeto foi submetido ao Cmit de tica
em Pesquisa da Universidade Federal do Cear, sendo aprovado (COMEP 195/08).O procedimento empregado foi atravs
do uso de microncleos (MN) em clulas binucleadas de linfcitos. Para isso, foram coletadas amostras de sangue de 30
(trinta) trabalhadores expostos ao ambiente do curtume e 30 (trinta) trabalhadores no expostos, sendo analisados 1.000
(mil) clulas binucleadas em microscpio ptico por indivduo. Resultados:Os resultados indicaram que os sujeitos
expostos apresentaram um percentual maior de MN em relao aos no expostos (0,886 0,472 vs 0,306 0,202), para
p< 0,0001 teste T. Concluso: Os trabalhadores de curtume esto com uma maior incidncia de leses cromossmicas
em relao aos no expostos, devido, possivelmente, exposio ambiental de substncias qumicas complexas contendo
cromo III.
163

169 MENSURAO DE NVEIS DE CROMO NA URINA EM TRABALHADORES DE


CURTUME EXPOSTOS A SUBSTNCIAS QUMICAS NO ESTADO DO PIAU.
Fabrcio Pires de Moura do Amaral, Tatiana Vieira de Souza Chaves, Elna Joelane Lopes da Silva do Amaral,
Sarah Izabelly Lemos, Rafael Vitor Silva Gaioso dos Santos, Maria de Ftima Ramos Moreira, Maria Elisabete
Amaral de Moraes, Manoel Odorico de Moraes.
1) UESPI 2) DIVISA/CEREST-PI 3) SESAPI 4) Mestranda/ UFPI 5) Graduando Medicina/UESPI 6 E 7) Ps
Graduao em Farmacologia UFC

Justificativa: A exposio ocupacional a substncias qumicas contendo cromo, em curtumes, tem sido objeto de estudo
e de investigao cientfica. Pesquisas apontam relao entre o supracitado ambiente com aparecimento de neoplasias. O
objetivo deste trabalho foi mensurar os nveis de cromo na urina em trabalhadores de um curtume localizado na cidade de
Teresina (PI). Mtodo: Para tal, fez-se uso da espectrofotometria de absoro atmica com forno de grafite. Tratou-se de
uma investigao transversal. Para tal, foram coletadas amostras aleatrias de 27 (vinte e sete) indivduos expostos e de
27 (vinte e sete) no expostos. Todas as amostras foram coletadas no ltimo dia da semana e no fim de expediente, longe
do ambiente de trabalho. As urinas foram mantidas em coletores de PVC, congeladas e enviadas ao setor de toxicologia
da FIOCRUZ/MANGUINHOS, Rio de Janeiro, sendo processadas em espectrofotmetro de absoro. Resultado: O
resultado acusou que os trabalhadores estavam com maior concentrao deste metal na urina que os no expostos
(p<0,05) (1,108 1,277vs 0,089 0,027), indicando uma exposio aguda. Concluso:Os trabalhadores, devido aos
altos nveis de cromo encontrados na urina, esto suceptveis a desenvolver patogenias relacionadas ao ofcio, sendo,
portanto, necessrio um cuidadoso acompanhamento mdico/sanitrio de longo prazo.

170 O AGROTXICO BENZOATO DE EMAMECTINA E A SADE DOS


TRABALHADORES
Wltima Teixeira Cunha
Sesab - Secretaria Estadual de Sade

Introduo: O uso dos agrotxicos nas lavouras do Brasil, segundo o Ministrio do Meio Ambiente, teve incio na
Revoluo Verde, na dcada de 1950, quando houve mudanas na maneira tradicional de produo agrcola. O benzoato de
emamectina um larvicida/inseticida considerado de segunda gerao. Objetivo: Levantar informaes sobre a toxicidade
do agrotxico Benzoato de Emamectina e como se d o registro para a comercializao na Agencia Nacional de Vigilncia
Sanitria-ANVISA. Metodologia: Este estudo constitui-se de uma reviso da literatura especializada. Resultado: Em
todas as pesquisas realizadas nas espcies testadas, causaram efeitos neurolgicos tais como: tremores, reduo da
capacidade motora, midrase, alterao histolgica e degenerao neuronal. Discusso: As pesquisas mostraram que essa
substncia quando introduzida no organismo pelas vias oral, drmica ou inalatria e independente da dose, causaram
nas espcies testadas srios problemas neurolgicos. Concluso: Os agrotxicos, para serem produzidos, exportados,
importados, comercializados e utilizados devem ser previamente registrados em rgo federal, de acordo com as diretrizes
e exigncias regidas pelos rgos federais: Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria-ANVISA, Ministrio do Meio
Ambiente-IBAMA, Ministrio da Agricultura e Abastecimento-MAPA. Esses rgos so responsveis pelos setores da
sade, do meio ambiente e da agricultura, respectivamente. O registro para novo produto agrotxico, seus componentes
e afins, ser concedido se a sua ao txica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor
do que a daqueles j registrados, para o mesmo fim, apresentou desfavorvel ao registro, entrada e comercializao do
benzoato de emamectina, mesmo tendo sido solicitado liberao para atender a uma situao emergencial fitossanitria,
que ocorreu nas lavouras de soja e algodo, na regio oeste da Bahia, evitando assim a exposio da populao trabalhadora
e consumidora de alimentos.
Palavras-cahave 1.Agrotxico 2.Benzoato de Emamectina 3.Doena Ocupacional
TOXICOLOGIA PSICOSSOCIAL
167

171 ACOMPANHAMENTO DE USURIOS/AS DE UM CAPS AD NO CENTRO


HISTRICO DE SALVADOR: EXPERINCIA DO PET REDES DE ATENO
PSICOSSOCIAL
Camila Sena Uzeda, Deane Barbosa de Jesus, Millene Moura Alves Pereira, Mrcia Rebeca Rocha de Souza, Jeane
Freitas de Oliveira
UFBA

O Programa de Educao pelo Trabalho (PET) Redes de Ateno Psicossocial, do Ministrio da Sade em parceria com
a Universidade Federal da Bahia, tem o objetivo de desenvolver aes de matriciamento visando melhoria da assistncia
a pessoas usurias de drogas, no CAPSad Gregrio de Matos - Centro Histrico de Salvador-BA. Trata-se de relato
de experincia de integrantes do PET no acompanhamento do Projeto Teraputico Singular (PTS) de trs usurios do
servio que vivem em situao de rua. As aes foram desenvolvidas com o objetivo de identificar impactos do PTS para
pessoas usurias de drogas atendidas no servio. Os PTS so elaborados a partir do acolhimento e suas diretrizes so
baseadas nos princpios da poltica de Reduo de Danos, respeitando a liberdade de escolha e autonomia das pessoas.
Para tanto so pactuadas aes/intervenes que favoream a reorganizao pessoal e social. O acompanhamento feito
semanalmente, pelo contato direto com as/os usurias/os, na unidade, no espao da rua e em outros servios, alm de
observaes dos registros nos pronturios e participao em reunies para discusso de caso. Foram identificados os
seguintes impactos: co-responsabilizao no tratamento, reduo do consumo problemtico de substncias psicoativas,
com consequente autonomia e gerenciamento da alimentao, higiene, relaes interpessoais e melhoria da auto estima. A
experincia tem possibilitado vivenciar a complexidade e especificidades no cuidado de pessoas usurias de drogas e das
aes desenvolvidas pelo CAPSad, possibilitando reflexes sobre a sade mental e o consumo de substncias psicoativas,
ateno psicossocial e a clnica das toxicomanias.

172 AVALIAO DA NECESSIDADE DE INTERVENO EM RELAO AO USO


DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM ESTUDANTES DA REA DE SADE
EM INSTITUIO DE ENSINO SUPERIOR ATRAVS DA APLICAO DE
QUESTIONRIO
Tereza Cristina de Deus Honrio, Vania Cristina Rodriguez Salazar, Luciano Ressurreio Santos, Marina Alves
Coelho Silva, Caroline Rego Rodrigues, Andryne Rego Rodrigues, Aline Sampaio Jamel, Luiz Carlos da Cunha
Ncleo de Estudos e Pesquisas Toxico-farmacolgicas - Universidade Federal de Gois

Introduo: O tratamento de indivduos em dependncias de substncias, mesmo sendo considerada uma questo
relativamente nova, tem recebido ateno da comunidade cientfica, devido ao crescente nmero de novos casos de
usurios e s repercusses consequentes do uso das mesmas. Hoje, para atender a esta demanda, h uma variedade
de opes de modelos de tratamento, sendo que, o sucesso do mesmo depende da interveno precoce, destacando a
importncia de haver bons instrumentos de triagem e de diagnstico disponveis. Para tanto, h vrios instrumentos de
coleta de dados para estudo do perfil e da caracterizao do usurio de drogas psicotrpicas, alguns validados no Brasil,
como os questionrios DUSI, o ASSIST e o AUDIT. Objetivo: O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil de uso de
substncias psicoativas, ressaltando a necessidade de interveno, em estudantes de graduao de uma instituio de
ensino superior. Mtodos: Participaram do estudo 229 estudantes distribudos nos cursos da rea de sade (enfermagem,
farmcia, medicina, nutrio e odontologia). Foi utilizado o questionrio ASSIST como ferramenta de triagem de uso de
substncias psicoativas, o qual foi aplicado aos estudantes participantes do estudo. Foram realizadas anlises qualitativas
e quantitativas, atravs da distribuio de frequncia das informaes obtidas do questionrio, e desse modo, realizado
levantamento epidemiolgico acerca da necessidade de encaminhamento do estudante para Interveno. Resultados:
De acordo com os dados obtidos dos questionrios, observou-se que 78% dos voluntrios do estudo no necessitam
de nenhum tipo de interveno em relao ao uso de substncias psicoativas abordadas no questionrio. Constatou-se
dos 22% dos casos que necessitam de interveno, o maior nmero corresponde ao uso do lcool (52%) em seguida do
tabaco (28%), maconha (13%) e hipnticos/sedativos (5%).Em apenas 3, casos (sendo 2 relacionados ao lcool e 1 ao
tabaco) foi constatada a necessidade de encaminhamento para tratamento mais intensivo e o restante caracterizou-se por
intervenes breves. Concluses: Pode-se concluir que h uma maior problemtica relacionada ao uso do lcool devido
a maior prevalncia no nmero de intervenes.

168

173 AVALIAO DA SATISFAO DE USURIOS DE UM CENTRO DE ASSISTNCIA


TOXICOLGICA
Catiuscia Rodrigues Guerreiro, Bruna Fortes Maciel, Gsica Aparecida Pereira, Maiara Cristina Pereira, Ana Ca-
rolina Manna Belsalma, Magda Lcia Flix de Oliveira.
Universidade Estadual de Maring

Introduo: A satisfao uma avaliao pessoal, fundamentada em padres subjetivos de ordem cognitiva e afetiva, porm
dados de satisfao em relao a servios hospitalares podem contribuir para o direcionamento de aes e aprimoramento
dos servios e das relaes entre usurios e profissionais de sade. Nesse contexto, avaliar a satisfao de usurios de um
servio de informao e assistncia toxicolgica, que foram assistidos a partir de contato de telefone residencial, mostra
a atualidade e potencialidade de servios de assistncia remota e telessade. Objetivo: Investigar a satisfao de usurios
que ligaram a um CIAT da regio Noroeste do Paran. Mtodos: Estudo exploratrio-descritivo, realizado num Centro
de Controle de Intoxicaes, com abordagem telefnica de usurios no perodo de janeiro a dezembro de 2013. Utilizou-
se um roteiro de entrevista, com as seguintes questes: Como voc avalia o atendimento recebido - timo, bom, regular,
ruim ou pssimo? Que nota voc daria ao Servio, de zero a 10? Que palavra definiria o atendimento que recebeu? Voc
recomendaria o Servio para parentes e amigos? Resultados e Discusso: Setenta e trs usurios telefonaram ao Centro
de assistncia toxicolgica a fim de solicitar condutas frente a acidentes toxicolgicos, quarenta e um foram entrevistados
(56,2%). Os motivos das perdas foram: o solicitante da informao no se encontrava no momento na residncia, o
telefone estava temporariamente fora de servio ou o nmero telefnico, inexistente. Sobre a avaliao do atendimento,
58,5% classificaram o servio como timo; 34,1% como Bom; 4,9% como Regular e, 2,5% como Ruim. Como avaliao
objetiva, 53,6% declararam a nota 10; 34,3% - nota 8-9; 7,3% - nota 6-7 e, 4,8% - nota 4-5. Sobre a palavra definidora do
Servio, predominaram as positivas excepcional, atenciosos, pontual, excelente, satisfao, rpido, prestativo, eficiente,
alvio, ajuda, til, acolhimento, tranquilizante, sendo que apenas uma pessoa aludiu o termo decepcionada e outra preferiu
no se manifestar. Sobre a recomendao do Servio, 97,6% dos entrevistados afirmou que o recomendaria a familiares e
amigos. Concluso: Considerando as respostas apresentadas pelos usurios, via telefone, pode-se concluir que, de modo
geral, o Centro estudado representa segurana e utilidade populao, que se sente satisfeita com o atendimento recebido.

174 DETECO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM USURIO DE SPA


ATENDIDOS EM SALA DE EMERGNCIA
Juliana Perptuo de Souza, Karina Diniz Oliveira, Gustavo Pereira Fraga, Ana Paula Scaranelo, Rafael Lanaro,
Fabio Bucaretchi, Eduardo De Mello Capitani, Emilio Carlos Elias Baracat, Renata Cruz Soares de Azevedo
UNICAMP

Introduo: O trauma apresenta-se como um problema de sade pblica, representando a terceira causa de morbidade
e mortalidade no Brasil. O abuso de substncias est relacionado a mais de 50% dos traumas atendidos nas unidades de
emergncia. Objetivo: Detectar em pacientes traumatizados as taxas de uso de lcool, cocana, crack e maconha por
avaliao clnica e anlise laboratorial. Metodologia Pacientes atendidos pela cirurgia do trauma em decorrncia de
traumas, realizaram dosagem alcolica em sangue total, e identificao de THC, cocana e metablitos em urina. Alcoolemia
foi realizada por cromatografia gasosa com deteco por ionizao de chamas pela tcnica de headspace. A triagem
para cocana e THC foi realizada por imunocromatografia, com confirmao dos resultados positivos por cromatografia
gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC/MS). As amostras positivas para cocana foram submetidas a anlise
por cromatografia lquida acoplada a espectrometria de massas (LC/MS/MS) para diferenciao da forma de consumo da
cocana (base livre/crack, ou cloridrato de cocana) na urina. Resultados: Dos 453 pacientes atendidos entre novembro
de 2012 a setembro de 2013, 83,6% eram homens, 16,4% mulheres. A mdia de idade foi de 36,1 anos. Foram analisadas
amostras de 437 sujeitos (96,4%): 39,1% mostraram resultado positivo para qualquer substncia, sendo positivo para
lcool em 21,3%, para cocana em 19,2%, para THC em 12,4% e para crack em 10,6%. Concluso: O evento trauma e
o uso de substncias psicoativas so ambos problemas de sade publica, e se mostram associados de forma significativa
em nossos resultados. A deteco do uso dessas substncias em Unidades de Emergncia Referenciada, junto com aes
preventivas de diversas naturezas, so essenciais para promover a diminuio da prevalncia atual de ambos e minimizar
as conseqncias da evento trauma e do uso problemtico de SPA, que afetam a vida e a produtividade de uma parcela
significativa da populao.
169

175 DETECO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS E REALIZAO DE


INTERVENO BREVE EM USURIOS DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS
ATENDIDOS EM SALA DE EMERGNCIA EM DECORRNCIA DE TRAUMA.
Ana Paula Scaranelo, Karina Diniz Oliveira, Gustavo Pereira Fraga, Mayara Schiavon Rabello, Rafael Lanaro,
Eduardo Capitani, Fabio Bucaretchi, Renata Cruz Soares de Azevedo.
Universidade Estadual de Campinas UNICAMP

Introduo: Substncias psicoativas (SPA) possuem potencial de mudar processos de conscincia, humor, pensamentos individuais
e alteraes comportamentais, tornando-os mais expostos a eventos traumticos. Diferentes padres de consumo (uso, abuso ou
dependncia) causam um prejuzo significativo ao indivduo e sociedade, sendo que 50% dos traumas atendidos nas unidades de
emergncia esto relacionados ao uso de SPA. Objetivo: Detectar uso de SPA (lcool, cocana, crack e maconha) em pacientes
traumatizados por avaliao clnica e anlise laboratorial e confrontar os resultados laboratoriais detectados com informaes
declaradas sobre o uso de SPA. Metodologia: Pacientes atendidos pela cirurgia do trauma em funo de trauma, de novembro de 2012
a setembro de 2013, realizaram exame laboratorial com coleta de sangue para dosagem alcolica (realizada cromatografia gasosa com
deteco por ionizao de chamas pela tcnica headspace) e urina para triagem de cocana e THC (tcnica de imunocromatografia,
com confirmao dos resultados positivos por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC/MS)). Amostras
positivas para cocana foram submetidas a anlise por cromatografia lquida acoplada a espectrometria de massas (LC/MS/MS) para
diferenciao da forma de consumo da cocana (base livre/crack, ou cloridrato de cocana). Realizado entrevista contendo dados scio
demogrficos, antecedente de trauma, questes sobre padro de uso das SPA, sendo submetidos interveno breve os casos em que
na entrevista fosse detectado padro de abuso ou dependncia de SPA. Resultados: A pesquisa teve um total de 453 pacientes, sendo
analisadas amostras de 437. No caso dos canabinides, 1,8% dos 217 sujeitos que negaram uso tiveram nveis de THC detectados em
sangue ou urina (kappa:0,3959). Da mesma forma, dos 247 sujeitos que negaram uso de cocana, 8,9% tiveram amostras positivas
em sangue ou urina (kappa:0,4458). Entre os usurios de crack, tambm houve concordncia entre a maioria de relatos, pois dos 303
sujeitos que negaram o uso, 9,9% tiveram amostras positivas em sangue ou urina. Houve, portanto, concordncia entre o uso declarado
e o detectado de SPA. Concluso: H alta taxa de concordncia entre uso declarado e detectado por amostra laboratorial, mostrando a
importncia e a efetividade da anamnese na inquirio sobre uso de SPA.

176 DIFICULDADE DE ENCAMINHAMENTO DE CRIANAS E ADOLESCENTES EM


CASOS DE TENTATIVA DE SUICDIO PARA ATENDIMENTO PSICOLGICO E
PSIQUITRICO NO SUS: RELATO DE CASO
Ivana Leal Furlan, Malu Welter, Synthia Campos, Denise Aguiar Lopes, Luiza Gutz, Mayara Picolli, Karla Cas-
tillo Flores, Adriana Mello Barotto, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: Os espaos para encaminhamento e equipes especializadas para atendimento de crianas e adolescentes durante
crises por transtornos mentais ou por transtornos comportamentais relacionados ou no ao uso de substncias psicoativas no
SUS so limitados ou inexistentes. Relato do Caso: Adolescente do sexo feminino, 15 anos, foi admitida na emergncia
do hospital local 30 minutos aps ingesto de agrotxicos em tentativa de suicdio (meio copo de uma mistura de glifosato
e paraquat). Logo aps a ingesto vomitou em grande quantidade. Realizados procedimentos de descontaminao, lavagem
gstrica com 5.000 ml de SF e administrao de carvo ativado. Em seguida, foi transferida para um hospital geral para
tratamento com metilprednisolona e ciclofosfamida (Pulsoterapia), vitamina E e dexametasona. Foi detectado paraquat na
urina (teste de ditionito), mas no apresentou alterao dos exames laboratoriais. A paciente foi acompanhada pela equipe de
psicologia durante toda a internao. Apresentava histrico de reincidncia, internao psiquitrica e diagnstico de depresso
com tratamento irregular desde os 8 anos de idade (sic). Evoluiu bem do ponto de vista toxicolgico, recebendo alta da clnica
mdica no dcimo dia, porm sem condies psicolgicas e psiquitricas. Apresentava um quadro de isolamento social com
dinmica familiar conflituosa. Mantinha a ideao suicida e apresentava alto risco de reincidncia, alm de tentativa de evaso
hospitalar. Aps 15 dias de internao foi encaminhada para uma clnica psiquitrica particular, especializada em adolescentes
via internao compulsria. Discusso/concluso: Dos 20 hospitais gerais com leitos psiquitricos no Estado, apenas nove
atendem adolescentes e somente a partir dos 15 anos; nenhum possui unidade especfica para adolescentes, tampouco dispe
de servio pblico especializado ao atendimento desses casos, aumentando o risco de tentativa de suicdio. Dez em cada cem
tentativas de suicdio sero reincididas ao longo da vida e dessas dez, cinco sero no ms seguinte a primeira tentativa. A
adolescente deste caso recebeu alta da clnica mdica, porem manteve ideao suicida e permaneceu internada por mais 5
dias devido a dificuldade de encaminhamento a um servio especializado em adolescentes no SUS. Fica assim pontuada, a
necessria mobilizao dos gestores pblicos para a resolutividade da carncia na rede pblica.
170

177 PERFIL EPIDEMIOLGICO DAS INTOXICAES POR TENTATIVAS DE


SUICDIO EM C. GRANDE E REGIO
Nicole de Sousa Cunha Lima, Yokebedh Neri Onias, Camila M. M. Ramos, Pedro Freire, Saulo Rios Mariz
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Objetivo: Elaborar o perfil epidemiolgico dos casos de intoxicao por tentativa de suicdio em Campina grande e regio
a partir da anlise de banco de dados do Centro de Informao Toxicolgica, a fim de melhor compreender o fenmeno
nvel regional, informaes estas que possibilitam traar estratgias de preveno mais eficazes. Mtodos: Pesquisa
documental, transversal, retrospectiva, com abordagem quantitativa, realizada no perodo de janeiro a outubro de 2013.
Foram includos na amostra todos os pacientes atendidos pelo servio de emergncia da unidade, no perodo descrito,
que tentaram suicdio utilizando ao menos um tipo de txico, independente das possveis associaes a outras substncias
por evento txico. Resultados: Observou-se significante prevalncia estatstica das tentativas de suicdio analisadas no
gnero feminino (70,2%) em relao ao gnero masculino (29,8%).Quanto faixa etria, foram prevalentes o paciente
adolescente (32,1% dos casos entre 10-19 anos) e adulto jovem (23,3% entre 20-29 anos e 27,4% entre 30-39 anos). Em
82,8% dos casos os pacientes procediam da zona urbana, enquanto apenas 11,6% dos casos procediam da zona rural.
Acerca das profisses estatisticamente mais significantes, 29,3% dos pacientes eram estudantes; seguido por 19,1% do lar
e 12,1% agricultores. Quanto ao grupo do agente txico utilizado, revelou-se importncia estatstica em relao utilizao
de medicamentos (49,3%); utilizao de agrotxico de uso agrcola (28,4%). Dentre os medicamentos utilizados,
verificamos que em 37% dos casos foram utilizados benzodiazepnicos, em 13% foram utilizados antidepressivos, em
17,8% foram utilizados outros psicofrmacos, em 7,5% foi utilizado fenobarbital, e em 24,7% dos casos foram utilizados
outros medicamentos menos prevalentes. Em 86% dos casos, a tentativa ocorreu dentro da residncia do indivduo,
com 14% dos casos ocorrendo em outras localidades. Concluses: De acordo com os nossos resultados, as tentativas
de suicdio ocorrem com maior predominncia em mulheres, entre 10-20 anos, estudantes ou do lar, residentes na zona
urbana, provenientes de zona urbana, que tenham acesso predominantemente a medicamentos psicotrpicos e dentro de
suas prprias residncias.

178 PERFIL FARMACOTERAPUTICO E INTERAES MEDICAMENTOSAS EM


PACIENTES EM TRATAMENTO EM UM CENTRO DE ATENO PSICOSSOCIAL
LCOOL E DROGAS- CAPS AD.
Nathalee Liberal Xavier Ribeiro, Amanda Costa Pereira, Camila Guimares Polisel
Universidade Federal do Maranho

Objetivo: O presente estudo possui o propsito de avaliar o perfil farmacoteraputico e as possveis interaes
medicamentosas em usurios de sustncias psicoativas de abuso em processo de reabilitao no Centro de Ateno
Psicossocial lcool e Drogas - CAPS ad estadual, situado no municpio de So Lus/MA. Mtodos: Trata-se de um estudo
com abordagem qualitativa, observacional e descritiva, realizado atravs de entrevistas individuais semi-estruturadas
e udio-gravadas, alm da avaliao dos pronturios dos pacientes. As variveis provenientes dos pronturios foram
analisadas atravs de anlises estatsticas descritivas e as interaes medicamentosas foram avaliadas atravs da base
de dados Micromedex 2.0. O estudo possui a aprovao do Comit de tica em Pesquisa do Hospital Universitrio da
Universidade Federal do Maranho, de acordo com o parecer n 220.346. Resultados: Um total de 40 indivduos com
idade mdia de 338,95 anos participaram do estudo. Desses, 38 (95%) eram do sexo masculino. Considerando o tipo de
farmacodependncia, 70% (n=28) dos indivduos estavam em tratamento para o uso de crack, 32,5% (n=13) para o uso
de lcool, 5% (n= 2) para o uso de cocana e 5% (n=2) para o uso de maconha.Os frmacos mais utilizados no tratamento
da farmacodependncia foram o Diazepam 5mg ou 10mg (n=16; 50%), o Topiramato 25mg ou 50mg (n=12; 37,5%)
ea Carbamazepina 200mg (n=12; 37,5%), administrados uma ou duas vezes ao dia. As associaes Carbamazepina e
Diazepam (n=7; 22%), Topiramato e Diazepam (n=6; 19%) e Carbamazepina, Topiramato e Diazepam (n=6; 19%) foram
as mais comumente prescritas. A avaliao das interaes medicamentosas entre os frmacos mais comumente associados
revelou que a co-administrao de carbamazepina com topiramato pode resultar na reduo dos nveis plasmticos
do topiramato; portanto, a dose do topiramato possivelmente ter que ser aumentada para adequar a reduo na sua
concentrao plasmtica.Concluses: O tratamento farmacolgico representa uma importante ferramenta no processo de
recuperao dos usurios de substncias psicoativas de abuso. Entretanto, deve-se buscar o uso racional de medicamentos
a fim de minimizar a ocorrncia de toxicidade e interaes medicamentosas e maximizar os benefcios decorrentes da
terapia medicamentosa.
171

179 RELATO DE CASO: DETECO DE COCANA EM URINA DE CRIANA:


NEGLIGNCIA?
Renata Loureiro Vianna, Evandro Levis Postal, Carlos Augusto Mello da Silva, Viviane Cristina Sebben
Centro de Informao Toxicolgica do Rio Grande do Sul (CIT-RS), Fundao Estadual de Produo e Pesquisa
em Sade (FEPPS), Porto Alegre, RS.

Introduo: A exposio a drogas de abuso motivo de preocupao mundial, tanto do poder pblico, quanto dos rgos
de sade e sociedade em geral. O consumo de cocana na forma de cloridrato ou crack tem aumentado drasticamente na
populao nas ltimas dcadas, podendo levar ao comprometimento irreversvel da integridade de indivduos. Objetivo:
Alertar para a importncia dos cuidados com filhos de pais usurios de drogas. Relato do caso: Foi atendido pelo planto
do CIT/RS o caso de um paciente do sexo masculino de 3 anos e 10 meses de idade, levado a um hospital de Porto
Alegre, por sua me, a qual referiu que a criana apresentou sintomas de agitao, alucinao, piscar de olhos, mordendo
os lbios e bochechas, com dormncia na boca e presena de uma substncia ignorada. Relata no possuir plantas em
casa e possuir os medicamentos citalopram, trazodona, risperidona e atensina. A criana ficou sob a guarda do pai por
alguns dias e o mesmo pode ter exposto o filho a alguma substncia ilcita segundo relatos da me. O quadro clnico
apresentado na internao foi: bom estado geral, rosado. agitao psicomotora, movimentos mastigatrios involuntrios
com pequeno sangramento labial. Foi solicitada pesquisa de drogas de abuso e medicamentos na urina da criana. O
resultado foi positivo para cocana e negativo para anfetaminas, maconha, benzodiazepnicos, barbitricos, opiceos, anti-
hipertensivos, antidepressivos tricclicos e anti-histamnicos. No dia seguinte, o paciente encontrava-se assintomtico e
recebeu alta. Me solicitou resultado por escrito para tomar providncias em relao atitude paterna. Concluso: O
resultado laboratorial positivo para presena de cocana demonstrou negligncia nos cuidados com a criana por parte do
pai. Muitas vezes as famlias encontram-se desestruturadas e em situao de vulnerabilidade e fragilidade. Necessita-se
uma poltica mais eficiente e especfica para o combate drogadio e estimulao do vnculo familiar e social como
modo de preveno ao uso. Este desafio exige respostas eficazes do governo e da sociedade, na construo de um
programa de identificao de situaes potenciais de risco, com interveno integrada, que inclua aes relacionadas
conscientizao, informao sobre o uso de drogas de abuso e promoo da sade.

180 RELATO DE EXPERINCIA EM UM CAPSAD: DIFICULDADES NO CUIDADO DE


CRIANAS E ADOLESCENTES EM SITUAO DE RUA
Ludmila Maria Ges de Oliveira, Jeane Freitas de Oliveira, Jssica Pinheiro Costa, Maira Carvalho Rios, Michele
Lima de Oliveira
UFBA

O uso abusivo de alcool e outras drogas na infncia e adolescncia muitas vezes est relacionado com o frgil apoio social
e situao de rua. Os CAPSad entram como importantes dispositivos de assistncia e promoo de sade dessa populao.
Nesse contexto, a UFBA em parceria com o Ministrio da Sade criou o PET-Sade/Rede de Ateno Psicossocial,
visando fortalecer o cuidado integral e o matriciamento. O objetivo desse trabalho relatar a experincia vivenciada por
estudantes do PET em prtica realizada em um CAPSad de Salvador, a fim de demonstrar as suas percepes sobre os
desafios encontrados no cuidar de crianas e adolescentes em situao de rua. As prticas foram realizadas no servio, por
discentes da rea de sade, duas vezes por semana e apoiadas por discusses tericas quinzenais. As crianas e adolescentes
representam a minoria da populao acompanhada no servio, e trazem consigo algumas particularidades inerentes a essa
fase de desenvolvimento, que necessitam de ateno diferenciada. Nesse sentido, as principais dificuldades encontradas
so: oficinas voltadas para o pblico adulto, que no chamam a ateno das crianas e adolescentes; profissionais que no
so especializados em lidar com essa populao; dificuldade de interao com os outros usurios do servio; quebra de
vnculos familiares pela prpria situao de rua, que dificulta o tratamento; nus da vida na rua, que repercute na rotina
de sono e uso das substncias; ausncia de rotina, que faz com que muitas vezes os adolescentes estejam inacessveis para
atividades; o contexto de violncia em que se encontram; e o desafio em concorrer com os atrativos da rua. Todas essas
dificuldades acabam por repercutir na permanncia das crianas e adolescentes no servio e, com isso, o acompanhamento
do processo teraputico prejudicado. Portanto, necessria uma ateno direcionada a essa populao a fim de atender
as suas particularidades e contribuir para a aderncia e eficcia do tratamento.
172

181 TENTATIVA DE SUICDIO NA ADOLESCNCIA: PRINCIPAL AGENTE TXICO E


FORMAS DE PREVENO
Mariana Reis Liparizi, Caio Julio Cesar Soares de Oliveira Filho, Ronaldo Junio de Castro Rocha, Leilane Ducci-
ni, Gabriela Scopel, Raphael Santos Melo
TOXCEN (Centro de Atendimento Toxicolgico de Vitria)

Introduo: A tentativa de abreviao da vida multifatorial e de difcil abordagem, sobretudo na adolescncia. A


faixa etria de 10 a 19 anos de idade permeada por mudanas fsicas, sexuais e psquicas, geradoras de ansiedade e
insegurana, tornando-os vulnerveis e mais propensos a tentativas de autoextermnio. Objetivo: Analisar o agente txico
mais prevalente nas tentativas de suicdio em adolescentes a fim de refletir sobre medidas preventivas. Mtodos: Trata-
se de um estudo descritivo e retrospectivo dos casos de tentativa desuicdio entre adolescentes notificados em um CIAT
(Centro de informao e atendimento toxicolgico) e no SINAN (Sistema de Informao de Agravos de Notificao) nos
binios de 2008/2009 e 2012/2013. Resultados: Notou-se que nos dois binios, a ingesto de medicamentos foi o meio
mais utilizado pelos adolescentes que tentaram suicdio, como evidenciado em 74,08% dos 1890 casos analisados. Alm
disso, em todos os anos as tentativas de suicdio foram significativamente maiores no sexo feminino (79,61%) e tambm
mais comum na faixa etria de 15 a 19 anos (72%). Os medicamentos mais frequentes foram os psicofrmacos (65,63%),
sendo os ansiolticos responsveis por 36,3% dos casos, seguidos dos anticonvulsivantes (12,43%), antidepressivos
(10,78%) e antipsicticos (6,12%). Os analgsicos (5,09%) corresponderam ao segundo grupo de frmacos mais
prevalentes. Concluso: Os medicamentos foram os agentes mais frequentes nas tentativas de suicdio na faixa etria
estudada, sendo os psicofrmacos os mais representativos. O sexo feminino e uma maior faixa etria mostraram-se como
mais vulnerveis s tentativas de suicdio na amostra. Dessa forma, a restrio do acesso a medicamentos de prescrio
especial, o acompanhamento psicossocial de adolescentes suscetveis ao autoextermnio e orientaes preventivas aos
pais e cuidadores podem contribuir para reduo dos casos.

182 TENTATIVA DE SUICDIO NA INFNCIA E ADOLESCNCIA - ASPECTOS


PSICOLGICOS OBSERVADOS EM UM ESTUDO TRANSVERSAL
Joana Beatriz Costa Lara Rocha1, Juliana Sartorelo Carneiro Bitencourt Almeida2
1 Psicloga do Servio de Toxicologia do Hospital Joo XXIII CIAT BH; 2 Mdica Plantonista do Servio de
Toxicologia do Hospital Joo XXIII CIAT BH

Introduo: As alteraes de comportamentos sem diagnstico estabelecido, comportamento suicida e depresso so as


causas mais frequentes de atendimentos psiquitricos emergenciais na infncia/adolescncia. Grande parte dos pacientes
que fazem tentativa de autoextermnio atendida nos servios de urgncia dos hospitais gerais. Esse trabalho visa traar
algumas caractersticas psicolgicas dos pacientes com idade entre 6 e 19 anos que fizeram tentativa de autoextermnio por
ingesto de substncias atravs da anlise de casustica de um Centro de Referncia. Metodologia: Anlise observacional
retrospectiva de tentativas de autoextermnio por ingesto de substncias em crianas e adolescentes de 6 a 19 anos,
no perodo de 1 de maio a 31 de agosto de 2013, a partir da anlise de questionrios preenchidos durante atendimento
telefnico ou presencial em Centro de Referncia. Foram coletados dados posteriormente analisados atravs de variveis
quantitativas e qualitativas. Resultados: Foram atendidos 147 pacientes de 6 a 19 anos com relato de tentativa de
autoextermnio por ingesto de substncias. Somente 35 questionrios continham as motivaes das tentativas de suicdio.
Conflitos familiares foram a causa mais prevalente (28,5%), seguida dos conflitos afetivos (11,7%). Os psicofrmacos
de uso regular foram ingeridos por 80% dos pacientes que informaram diagnstico de Transtorno Psiquitrico prvio
tentativa de suicdio. Dentre os pacientes que fizeram mais de uma tentativa de autoextermnio, 85,7% tinham diagnstico
de Transtorno Psiquitrico. Discusso: Observa-se que em apenas 23,8% dos casos a motivao para a tentativa de
autoextermnio foi investigada pelo profissional que assistiu o paciente o que evidencia que questes psicolgicas ainda
ficam em segundo plano na anamnese do paciente. A prevalncia dos conflitos familiares e afetivos como motivao para
o suicdio semelhante s estatsticas da literatura. O fato da maioria dos pacientes com diagnstico prvio de transtorno
psiquitrico usarem sua medicao de uso regular como substncia ingerida no ato chama a ateno sob a responsabilidade
dos familiares em deixar essas medicaes sob a guarda dos prprios pacientes mesmo depois de uma primeira tentativa.
Este estudo refora a importncia do acompanhamento da condio psquica do paciente que tenta suicdio, considerando
os conflitos e mudanas presentes desde a infncia e intensificados na adolescncia.
173

183 TENTATIVAS DE SUICDIO EM MULHERES E A RELAO COM FATORES DE


RISCO SOCIOECONMICOS. RIO GRANDE DO SUL, 2005 A 2013.
Alberto Nicolella, Juliana Feliciati Hoffmann, Viviane Cristina Sebben
Centro de Informao Toxicolgica do Rio Grande do Sul Fundao Estadual de Produo e Pesquisa em Sade
(CIT/RS-FEPPS), Porto Alegre/RS

Introduo: H mais de uma dcada o Estado apresenta as maiores taxas de suicdio do pas. Em 2008 a taxa de mortalidade
especfica por suicdio foi de 10,7/100 mil habitantes, mais que o dobro da mdia nacional. Entre os 20 municpios com
10.000 habitantes ou mais do pas e que apresentaram as maiores taxas de suicdio em 2008, 13 (65%) so do Rio
Grande do Sul. Os atendimentos relacionados a tentativas de suicdio por autoenvenenamento no Centro de Informao
Toxicolgica do Rio Grande do Sul (CIT/RS) cresceram mais de 2.000%nos ltimos 35 anos, respondendo hoje por 1/5
dos atendimentos totais. As mulheres representam 71% dessas ocorrncias. Objetivo: Verificar se existe relao entre
as tentativas de suicdio feminino por autoenvenenamento (TSA) e os indicadores socioeconmicos. Mtodos: Foram
utilizados indicadores de educao, renda e sade que compem o ndice de Desenvolvimento Socioeconmico (IDESE)
de todos os municpios do Estado do ano de 2010, bem como a taxa mdia anual (2005 a 2013) de TSA por 100 mil
mulheres residentes atendidas pelo CIT/RS. Foi analisada a correlao desta taxa com os indicadores socioeconmicos.
Foram ajustados modelos de regresso linear simples e mltipla, mantendo no modelo final as variveis cujo P<0,05.
Para as anlises utilizou-se o SPSS verso 18.0. Resultados: O total de TSA no perodo foi de 24.785 casos com uma
taxa mdia anual de 28,5/100.000 mulheres (mximo de 237,96). Os indicadores de educao (r=0,15), renda (r=0,20), e
o IDESE total (r=0,16) apresentaram correlao direta e significativa com a TSA (=5%). No modelo final de regresso
linear mltipla permaneceram somente os indicadores de renda e sade, cujos coeficientes foram significativos (P0,001)
e iguais a 83,01 e -117,69, respectivamente. Concluso: No modelo ajustado o bloco de sade inversamente proporcional
TSA e o bloco de renda diretamente proporcional. Ou seja, quanto melhores os indicadores de sade municipal, menor
a taxa de tentativas de suicdio (mantendo renda constante), indicando fator de proteo ao agravo. Por outro lado,
quanto maior a renda, maior esta taxa se apresenta (mantendo sade constante). O Indicador de educao no se mostrou
significativo no modelo final.

184 TENTATIVAS DE SUICDIO POR AGENTES TXICOS EM IDOSOS


Michele Cristina Santos Silvino1, Natalina Maria da Rosa1, rica Gomes de Almeida1, Marcia Regina Jupi Gue-
des1, Ana Carolina Manna Bellasalma2, Magda Lcia Flix de Oliveira1
1) Universidade Estadual de Maring 2) Hospital Universitrio Regional de Maring

Introduo: Conhecer o perfil de casos de tentativas de suicdio contribui para a identificao de fatores de risco e de
proteo, e permite aes mais efetivas para preveno no ciclo de vida. Objetivo: Caracterizar o perfil de idosos que
tentaram suicdio com substncias txicas, notificados em um centro de informao e assistncia toxicolgica do Paran.
Mtodos: Estudo retrospectivo e descritivo, realizado por meio do levantamento de dados nas fichas epidemiolgicas de
Ocorrncia Toxicolgica, referentes ao perodo de janeiro de 2004 a dezembro de 2013. Foram analisados as variveis
sexo, faixa etria, escolaridade, ocupao e agente causal. Os resultados foram agrupados em binios. Resultados: Foram
encontrados 97 casos de tentativa de suicdio em idosos, distribudos em 17 casos no primeiro e terceiro binios, 16 no
segundo, 32 no quarto e 13 no quinto binio. Foram registrados sete bitos, com 7,2% deles nos binios 2010-2013. Em
relao ao sexo 54 (55,6%) eram mulheres, porm o suicdio efetivo aconteceu em pessoas do sexo masculino. Predominou
a faixa etria de 60 a 69 anos - 57 (58,7%), mas os casos em idosos com idade acima de 80 anos representaram 4,9%
do total. Em relao escolaridade, ter cursado o ensino fundamental representou 28,5%, e no saber ler ou escrever
representou 15%. Quanto ocupao chamou ateno o nmero de aposentados (46 - 47,4%) e de pessoas com atividades
do lar (21- 21,6%). Os agentes txicos mais utilizados foram medicamentos 54,6%, agrotxicos 32,9%, e produtos
veterinrios e raticidas, com 7,3% e 5,2% dos casos, respectivamente. Concluso: A maior ocorrncia de tentativas de
suicdios em idosos ocorreu no quarto binio, atingindo o dobro de casos dos anos anteriores. O perfil dos casos foi sexo
feminino, idosos com 60 69 anos de idade, com deficiente ou nenhuma escolaridade, em situao de solido e utilizao
de medicamentos.
174

185 TENTATIVAS DE SUICDIO: PERFIL SOCIODEMOGRAFICO E


COMPORTAMENTAL DE PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIO DE
PSICOLOGIA DO CCI DE SO PAULO
Ana Lucia Erra, Rita de Cssia Calandra, Alexandre Dias Zucoloto, Ligia Veras Gimenez Fruchtengarten
Centro de Controle de Intoxicaes de So Paulo, Coordenao de Vigilncia em Sade, Prefeitura Municipal de
So Paulo, So Paulo

Introduo: Pesquisas sobre suicdio apontam que aspectos sociodemogrficos, fatores comportamentais e presena
de transtornos mentais esto diretamente relacionados ao comportamento suicida. Dentre estes fatores, a ocorrncia de
tentativa de suicdio anterior e transtornos mentais figuram com maior prevalncia no suicdio. A identificao desses
fatores de risco e do perfil sociodemografico pode ser instrumento auxiliar para o planejamento de estratgias de preveno.
Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes atendidos, atravs de dados identificados como fatores de risco para o suicdio.
Metodologia: Anlise retrospectiva quantitativa de 201 protocolos utilizados para avaliao psicolgica dos pacientes
que tentaram suicdio no perodo de janeiro a dezembro de 2013. Os pacientes includos no estudo foram avaliados
durante a internao hospitalar. Resultados: Foram analisados dados sociodemogrficos, ocorrncia de tentativa de
suicdio anterior e prevalncia de transtornos mentais. Na categoria de transtornos mentais, foram includos os pacientes
que estiveram ou estavam em tratamento psiquitrico, alm dos que referiram uso abusivo de lcool e outras drogas,
resultando num total de 95 casos (47%). A ocorrncia de tentativa de suicdio anterior apareceu em 77 pacientes (38%).
Em relao ao sexo, observou-se que as mulheres tentam mais suicdio que os homens em qualquer faixa etria, com 134
mulheres (67%) para 67 homens (33%). A faixa etria de maior prevalncia foi a de 20 a 29 anos, com 66 pacientes (34%).
Quanto situao ocupacional 56 (29%) estavam empregados, 54 (28%) desempregados, 31 (15%) exerciam atividade
no mercado informal e 33 (16%) estavam estudando. No que concerne ao estado civil, 82 (41%) eram solteiros, 77 (38%)
casados ou amasiados e 38 (19%) separados. Esses ndices vm de encontro aos resultados de outras pesquisas, onde
alguns fatores sociodemograficos como populao jovem, sexo feminino no caso das tentativas de suicdio, alto ndice de
desemprego, solteiros e separados indicam indivduos sob maior risco de suicdio. Concluso: Esses resultados indicam
a importncia da ateno especial populao de risco para suicdio, refletem a relevncia da assistncia ps-tentativa de
suicdio, e podem ser instrumental auxiliar para a implementao de polticas pblicas direcionadas a criao de recursos
especializados para essa finalidade.
Referncias:
ORGANIZAO MUNDIAL DE SAUDE. Preveno do suicdio: um manual para profissionais de sade em ateno
primria. Genebra. 2000.p. 11-13
BOTEGA, NJ; WERLANG, BSG; CAIS, CFS; e MACEDO, MMK. Preveno do comportamento suicida. PSICO, Porto
Alegre, PUCRS, v. 37, n. 3, pp. 213-220, set./dez. 2006

186 VISITA DOMICILIAR POR TENTATIVA DE SUICDIO: UM RELATO DE CASO


Catiuscia Rodrigues Guerreiro, Bruna Rafaela Santos Barandas, Lais Fernanda Ferreira da Silva, Marcia Regina
Jupi Guedes, Natalina Maria da Rosa, Magda Lcia Flix de Oliveira
Universidade Estadual de Maring

Introduo: O projeto de extenso universitria Programa de Visita Domiciliar ao Intoxicado (PROVIDI) desenvolvido
em um centro de assistncia toxicolgica (CIAT) do Noroeste do Paran. Assiste intoxicados notificados ao CIAT,
visando acolher a famlia e orientar sobre a preveno de intoxicaes, continuidade do tratamento e autocuidado, em
atividades domiciliares. A intoxicao intencional prioridade para a equipe visitadora. Objetivo: Relatar caso de
intoxicao por tentativa de suicdio em famlia atendida pelo PROVIDI. Relato do caso: Feminino, 13 anos, notificada
ao CIAT por profissionais de sade de uma unidade de pronto atendimento. Ingeriu 16 comprimidos de Succinato de
metropolol e Sertralina, de uso prprio, com histria de abuso sexual pelo padrasto. No atendimento inicial apresentava-se
assintomtica. A informao telefnica fornecida ao servio de sade incluiu dados farmacocinticos e sintomatologia
esperada para o agente txico, lavagem gstrica e carvo ativado, tratamento sintomtico e de suporte, e observao
clnica. A adolescente permaneceu assintomtica e evoluiu com alta hospitalar. O endereo registrado na ficha de
Ocorrncia Toxicolgica do CIAT era da av da adolescente. Durante a visita, em moradia tipo apartamento, observou-
se boas condies de infraestrutura e estavam presentes a me, a av e a paciente, receptivas s orientaes fornecidas e
ao dilogo tipo escuta ativa. A paciente relatou falta de apetite. J estava em tratamento psicolgico e psiquitrico e uso
contnuo de medicamentos psicoativos. Durante a visita, a me relatou que, casada h 14 anos, recentemente descobriu
que o irmo da adolescente tambm sofrera abuso sexual pelo padrasto. O plano teraputico familiar incluiu orientao
para apoio psicolgico e amparo social e jurdico. No foi agendado Ambulatrio de Psicologia do CIAT, pois a famlia
175

residia em outro municpio e retornaria ao municpio de procedncia imediatamente visita. Concluso: Houve uma
relao assistencial humanizada entre a equipe visitadora e a famlia, que sentiu-se acolhida e verbalizou a situao de
medo, segredos familiares e da busca da morte como um pedido de ajuda. O caso foi considerado relevante por ultrapassar
a barreira da assistncia toxicolgica, pela intersetorialidade Sade - Segurana Pblica, e incorporao de aes legais
no plano teraputico de educao em sade e autocuidado.
TOXICOLOGIA VETERINRIA
179

187 ANLISE DA CONTAMINAO POR AGROQUMICOS EM LEITE E GUA DE


PROPRIEDADES LEITEIRAS DA REGIO CENTRO OCIDENTAL PARANAENSE
Daniel Frana Horta1, Thalisie do Carmo Drape1, Laura Fernanda Condota Borba de Souza1, Roberta dos Santos
Toledo1, Nautiluz Sabbadini de Paula Xavier2, Roberta Lemos Freire1
1) Universidade Estadual de Londrina 2) Faculdade Integrado de Campo Mouro

Introduo: A contaminao gerada pelo uso de agroqumicos um grande problema da atualidade, o uso destas substancias
geram resduos que podem contaminar tanto o meio ambiente como os animais. Objetivo: Analisar a gua e o leite
produzido em propriedades de criao de bovino leiteiro na regio centro ocidental paranaense e avaliar sua contaminao
por inseticidas organofosforados e carbamatos. Material e Mtodos: Entre o perodo de maro de 2013 a fevereiro de
2014 foram coletadas amostras de gua e leite de 27 propriedades leiteiras, totalizando 26 amostras de leite e 32 amostras
de gua. Para investigar a presena de resduos de inseticidas organofosforados e carbamatos foi realizada a tcnica de
Cromatografia em Camada Delgada, conforme metodologia AOAC1. Na identificao dos resduos de organofosforados
e carbamatos foram utilizadas cromatoplacas de CCD e respectivos padres de Dimetoato e Carbaril, na concentrao de
150g/ml. Resultados e Discusso: Das 26 amostras de leite coletadas 25 (96,1%) apresentaram resduos de inseticidas,
sendo 15 (57,69%) positivas para organofosforado, 1 (3,84%) positiva para carbamato, 9 (34,61%) positivas para ambos e
apenas 1 (3,84%) amostra no apresentou resduos de inseticidas este resultado mostra que o leite produzido nessa regio
possui resduos de inseticidas. Nero et al. 2 realizaram um levantamento sobre resduos de pesticidas em 209 propriedades
leiteiras onde 196 (93,8%) amostras apresentaram resduos. Das 32 amostras de gua coletadas 15 (46,87%) apresentaram
resduos de inseticidas, sendo 11 (34,37%) positivas para organofosforado, 2 (6,25%) positivas para carbamato, 2 (6,25%)
positivas para ambos e 17 (53,12%) amostras no apresentaram resduos de inseticidas mostrando que a gua dessa
regio apresenta resduos de inseticidas. Outros trabalhos tambm mostram a contaminao das guas por agroqumicos,
Grutzmacher et al.3 analisaram guas de mananciais na regio de pelotas RS e encontraram 35% de contaminao por
carbofuran. Concluso: A presente anlise mostrou que na regio estudada tanto a gua como o leite apresentaram
resduos de inseticidas o que preocupante. necessrio continuar os estudos para quantificar se estes resduos esto
dentro dos limites de segurana estabelecidos por lei, assegurando a sade animal, ambiental e humana.
Referncias
1. AOAC. Official methods of analysis of AOAC International. 16th. Ed. Gaithersburg: AOAC International; 1995. V.1
2. Nero Lus Augusto, Matto Marcos Rodrigues de, Beloti Vanerli, Barros Mrcia Aguiar Ferreira, Netto Daisy Pontes,
Franco Bernadette Dora Gombossy de Melo. Organofosforados e carbamatos no leite produzido em quatro regies leiteiras
no Brasil: ocorrncia e ao sobre Listeria monocytogenes e Salmonella spp..Food Science and Technology, [serial on
the Internet]. 2007; 27(1): 201-204. [cited 2014 July 07]. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0101-20612007000100035&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0101-20612007000100035.
3. Grtzmacher Douglas D., Grtzmacher Anderson D., Agostinetto Dirceu, Loeck Alci E., Roman Rodrigo, Peixoto
Sandra C., et al. Monitoramento de agrotxicos em dois mananciais hdricos no sul do Brasil.Revista Brasileira de
Engenharia Agrcola e Ambiental, [serial on the Internet].2008; 12(6):632-637. [cited 2014 July 07]. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662008000600010&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S1415-
43662008000600010.

188 MICOTOXICOSES EM VACAS LEITEIRAS, PERDA NA EFICINCIA PRODUTIVA:


SRIE DE CASOS
Thalisie do Carmo Drape1, Daniel Frana Horta1, Laura Fernanda Condota Borba1, Eduardo Duarte Sena2, Daisy
Pontes Netto1
1) Universidade Estadual de Londrina 2)Universidade Federal de Goias

Introduo: Micotoxinas so metablitos secundrios produzidos por fungos, em particular os do gnero Aspergillus,
Fusarium e Penicillium. A maioria destas micotoxinas no degradada por tratamentos tecnolgicos usuais de alimentos e,
continuam presentes mesmo aps a eliminao dos fungos. Alm de trazer srios problemas para a sade, ainda interferem
na economia, gerando grandes perdas. A maioria dos fungos produz diversas dessas substncias. Como consequncia,
homens e animais geralmente so expostos, simultaneamente, a uma multiplicidade de toxinas em sua alimentao. Srie
de Casos: Oito vacas leiteiras suplementadas com silagem de mandioca, em uma propriedade na regio centro-sul do
Paran, comearam a apresentar repeties de cio e abortamento em diversas fases gestacionais. A propriedade possua
rgido controle sanitrio e acompanhamento de Mdico Veterinrio. Aps descartar a possibilidade de doenas infecciosas,
incluindo exames de soroneutralizao para IBR e BVD, levantou-se a possibilidade de intoxicao por micotoxinas nesses
animais. Os animais eram suplementados com uma silagem de rama de mandioca, subproduto de indstrias farinceas,
180

muito utilizada na regio. Foram coletadas para anlise silagem no 3, 8 e 19 dias aps sua elaborao. Realizou-se
a anlise atravs da metodologia semi-quantitativa de Cromatografia em Camada Delgada (CCD) (1). A CCD tem sido
utilizada com bastante sucesso para o diagnstico por ser um mtodo relativamente simples e de baixo custo. Concluso:
As anlises referentes s trs amostras confirmaram a presena de micotoxinas, com a seguinte distribuio: na amostra
do 3 dia, 16g/Kg de aflatoxina B1; na do 8 dia, 48g/Kg de aflatoxina B1, 9,6 g/Kg de ocratoxina e 12,8 g/Kg de
zearalenona e na do 19 dia 5,33g/Kg de aflatoxina B1 e 85,3 g/Kg de zearalenona. As micotoxinas podem provocar um
efeito aditivo e/ou sinrgico nos animais. Ocasionando uma intensificao da micotoxicose e proporcionando, assim, a
ocorrncia de mortes embrionrias, abortos e desordens reprodutivas(2) nos animais condizendo com o quadro apresentado
na propriedade.
Referncias
(1)Moreau RLM, Siqueira MEPB. Toxicologia analtica.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2008. p.194-199
(2)Tarr, B. . Managing the effects molds and mycotoxins in ruminants. Shur-Gain:
NCI; 2006. ed., p.1-8.

189 BITO EM CO PROVOCADO PELA INGESTO DE LRIO AFRICANO OU LRIO


DO NILO (Agapanthus sp.): RELATO DE CASO
Carla Christina de Miranda Gomes Schlindwein, Guidyan Anne Silva Santos, Denise Aguiar Lopes, Elo Muehl-
bauer, Ivana Leal Furlan, Malu Welter, Synthia Ferreira Campos, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: Agapanthus sp., lrio africano ou lrio do Nilo, uma planta ornamental do Sul da frica com florao
azul ou branca. Todas as partes da planta so txicas. Sua seiva possui cristais de oxalato de clcio, comum a plantas
txicas de ao custica, causando dor intensa e imediata, irritao das mucosas, salivao excessiva, edema da lngua
e faringe, diarria e dispnia aps a ingesto. No h antdoto para intoxicaes por Agapanthus sp. e o tratamento de
acordo com as manifestaes clnicas. Relato do caso: Um canino, fmea, raa Pastor Belga Malinois, 1 ano e 4 meses
de idade, 31 kg, ingeriu partes da planta Agapanthus sp. e aps evoluiu com irritao e agressividade. Levado para
atendimento veterinrio, na admisso foram administrados carvo ativado, metoclopramida, omeprazol, metronidazol e
suplemento vitamnico. No foi possvel garantir o acesso venoso para fluidoterapia em decorrncia da sua agressividade.
O animal evoluiu com vmitos freqentes, diarria com resduos da planta, desidratao e severa perda de peso. Foi
entrado em contato com um Centro de Informaes Toxicolgicas 15 horas aps a exposio. A orientao foi tratar com
antiemticos, protetores de mucosa, analgsicos e fluidoterapia para correo da desidratao e distrbios eletrolticos.
Foi disponibilizada gua fria por via oral para alvio da dor e hidratao e fluidoterapia endovenosa, com ringer lactato
e glicose. Seguiu com melhora do quadro, mas evoluiu com dificuldades de deglutio. A conduta foi mantida, com
incluso de ranitidina associada a fsforo orgnico e vitamina B12. Aps 36h apresentou piora repentina, evoluindo
a bito. Exames laboratoriais apontaram 12,5mg/dl para creatinina e 390mg/dl para uria. necropsia os principais
achados foram coagulao intravascular disseminada, ascite e ausncia de contedo vesical, compatveis com insuficincia
renal aguda secundria ao desequilbrio hidroeletroltico. Discusso: A complicao decorrente principalmente de
desequilbrio hidroeletroltico aps ingesto de Agapanthus sp. bem documentada na literatura e o prognstico depende
da precocidade do tratamento. O contato imediato com um Centro de Informaes Toxicolgicas pode ser crucial, uma
vez que importante para o mdico veterinrio conhecer os agentes com potencial de causar intoxicaes, sua evoluo
clnica e complicaes esperadas, tratamento adequado e prognstico.

190 VIVNCIA DE UM ALUNO DE MEDICINA VETERINRIA EM UM CENTRO DE


INFORMAES TOXICOLGICAS E A TOXICOLOGIA VETERINRIA COMO
CAMPO DE ATUAO PROFISSIONAL
Guidyan Anne Silva Santos, Carla Christina de Miranda Gomes Schlindwein, Ivana Leal Furlan, Malu Welter,
Synthia Campos, Denise Lopes, Marlene Zannin
Centro de Informaes Toxicolgicas de Santa CatarinaCIT/SC/SUR/SES e HU/UFSC; Depto de Patologia e
ToxicologiaPTL/CCS/UFSCFlorianpolis/SC.

Introduo: Os animais de estimao esto em crescente convvio com as pessoas no ambiente domstico, sendo expostos
aos mesmos agentes potenciais causadores de intoxicao. Desta forma, as intoxicaes em animais se tornaram mais
freqentes na rotina dos atendimentos em veterinria, com prevalncia dos casos acidentais. Em adio, intoxicaes
181

intencionais por tentativas de extermnio incrementam as estatsticas. Alm disso, a utilizao de medicamentos, agrotxicos
e produtos de uso veterinrio sem orientao profissional tem provocado intoxicaes. Objetivo: Apresentar os resultados
da vivncia de um aluno de medicina veterinria durante estgio em um Centro de Informaes Toxicolgicas (CIT) a
partir do acompanhamento dos casos de intoxicao em animais. Metodologia: Acompanhamento e anlise dos registros
dos atendimentos das intoxicaes em animais entre 10 de fevereiro e 2 de maio de 2014 em um Centro de Informaes
Toxicolgicas. Resultados: Ao todo foram registrados e acompanhados 39 atendimentos de casos envolvendo vtimas
animais durante o perodo de estgio. A maioria dos casos ocorreu em ces (85%) e o principal agente foi a serpente
do gnero Micrurus spp. (9 casos). As classes envolvidas em 30 casos foram outros animais peonhentos, animais no
peonhentos, plantas txicas, medicamentos, herbicidas, inseticidas, raticidas, moluscicidas, domissanitrios e produtos
qumicos residenciais e industriais. Os diagnsticos diferenciais (10,3%) foram relacionados Parvovirose Canina. Os
sete (17,9%) bitos registrados foram causados por Micrurus spp., Bothrops spp., abelhas, paracetamol, metformina,
enxofre e planta Agapanthus spp. Concluso: Animais peonhentos esto entre os principais causadores de intoxicaes
registradas em Toxicologia Veterinria, mas h diversos outros agentes potencialmente txicos que podem inclusive levar
a bito. Discusso: Para uma conduta adequada nas intoxicaes em animais fundamental conhecer o potencial nocivo
dos agentes txicos, as circunstncias que podem facilitar os episdios de intoxicao, os sinais clnicos, as medidas
teraputicas apropriadas e as estratgias de educao e preveno de novos acidentes. Para tanto, importante que o
veterinrio saiba que a Toxicologia Veterinria um campo de atuao profissional, entenda como funciona um Centro de
Informaes Toxicolgicas e esteja ciente que diante dos casos de intoxicao pode buscar o auxlio do servio.
OUTRAS REAS
185

191 A IMPORTNCIA DA CAPACITAO DOS PROFISSIONAIS DA SADE NA


ABORDAGEM AO PACIENTE SUICIDA
Caio Menezes Tavares1, Fernanda da Silveira Bastos2, Luana Lima Santos Cardoso3, Soraya Carvalho Rigo4
1) Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas 2) Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica 3) Universi-
dade Federal da Bahia 4) Centro Antiveneno da Bahia

O suicdio um grave problema de sade pblica mundial, fato que se revela com suas taxas crescentes, o que demanda
conscientizao da sociedade, de modo a favorecer a construo de polticas pblicas de preveno deste fenmeno. A
oferta de tratamento psicolgico e psiquitrico a pacientes com depresso grave, se configura numa importante estratgia
de preveno, considerando a elevada associao entre depresso e suicdio. O objetivo deste trabalho foi discutir a
capacitao dos profissionais da rede pblica de sade e os efeitos de suas prticas nas aes de sade que envolvem
a temtica do suicdio. O mtodo utilizado foi um relato de experincia em um Centro de Referncia em Toxicologia.
Observou-se que os profissionais de sade reproduzem o discurso social estigmatizante sobre o suicdio, realizando
atendimentos impregnados de julgamentos morais e religiosos, dificultando a adeso do usurio ao tratamento e seu
encaminhamento rede. Isso denuncia o despreparo desses profissionais frente a esta demanda, fator que sobrecarrega os
servios de referncia e desencoraja os pacientes a buscar ajuda profissional. Concluso: Diante do exposto, considera-
se necessrio fomentar discusses sobre a criao de polticas pblicas de sade que englobem a capacitao dos
profissionais, visando instrument-los para uma abordagem integral e humanizada ao paciente suicida, alm da efetuao
da rede, aes que possibilitaro prticas mais efetivas na preveno do suicdio.

192 ANLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS SISTEMAS DE INFORMAO


TOXICOLGICA
Raylan da Rocha Arajo, Rachel Rabay Nogueira, Karolline Francisca Thomaz Vieira Oliveira, Carlos Tiago
Martins Moura, Ana Paula Soares Gondim, Maria Augusta Drago Ferreira
1) Universidade Federal do Cear - UFC 2) Centro de Assistncia Toxicolgica do Instituto Dr. Jos Frota - CEA-
TOX/IJF

A incidncia de intoxicaes, no Brasil, como no resto do mundo, um grave problema de sade pblica. Para mudar esse
quadro, as autoridades responsveis pela sade da populao precisam de informaes fidedignas, pois, por meio destas,
que so delineadas estratgias e aes de vigilncia epidemiolgica e sanitria. Essas informaes so fornecidas pelos
Sistemas Informatizados de Toxicovigilncia. O objetivo do presente estudo foi comparar dois sistemas informatizados
para o registro dos dados de atendimento de pacientes expostos a agentes txicos e/ou intoxicados, sendo estes: o sistema
atualmente utilizado por um Centro de Assistncia Toxicolgica de Fortaleza-CE (Sistema I) e o sistema desenvolvido
pela Associao Brasileira de Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica (Sistema II). Tratou-se de uma anlise
exploratria para comparar os dois sistemas, realizada no perodo de Janeiro a Junho de 2014. Foram analisadas as
seguintes categorias: Dados da ficha; Dados do paciente; Identificao do solicitante; Tipo de atendimento; Tipo de
ocorrncia; Circunstncia; Tipo de exposio; Agente txico; Tratamento; Resumo e Avaliao, presentes nos dois
sistemas informatizados de atendimento e notificao estudados. De acordo com os resultados obtidos, foi observado
que no Sistema II possvel registrar informaes adicionais, quando comparado ao sistema atualmente utilizado, o
Sistema I. Alm disso, o Sistema II possibilita o registro dos dados de atendimento aos eventos txicos, com maior
riqueza de detalhes, caracterizando-os de maneira mais adequada. Finalmente, este sistema permite maior controle pelo
Centro sobre os dados registrados. Conclui-se, portanto, que o Sistema II pode gerar informaes de melhor qualidade
e mais confiveis, quando comparado ao Sistema I. Cabe a este Centro decidir se a utilizao do sistema proposto pela
Associao Brasileira de Centros de Informao e Assistncia Toxicolgica vivel ou no para a realizao de registro
dos dados de atendimento dos seus pacientes.
186

193 ATENDIMENTO INICIAL AO QUEIMADO QUMICO: FORMAO ACADMICA


E CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
William Campo Meschial, Camila Cristiane Formaggi Sales, Las Fernanda Ferreira da Silva, rica Gomes de
Almeida, Magda Lcia Flix de Oliveira
Centro de Controle de Intoxicaes, Queimadura, Enfermagem em Emergncia, Conhecimento

Introduo: Acredita-se que a formao de um enfermeiro crtico-reflexivo, capaz de tomar decises fundamentadas
e cientficas em situao de urgncia, como no atendimento inicial s vtimas de queimaduras, deva ser estruturada
nos cursos de graduao. Objetivo: Verificar a vivncia e o conhecimento de estudantes de cursos de graduao em
Enfermagem sobre o atendimento inicial ao queimado (AIQ) em unidades de urgncia.
Mtodos: Realizou-se um estudo descritivo, exploratrio, de abordagem quantitativa, com 107 estudantes matriculados
no ltimo semestre dos cursos de graduao em enfermagem da regio Metropolitana de Maring. Aplicou-se um
questionrio modular, estruturado e autoaplicvel a. com questes sobre caracterizao scio-demogrfica; situao
escolar; interesse pessoal e contato prvio com o AIQ e conhecimento sobre o AIQ. Os dados foram submetidos
anlise descritiva e teste de associao qui-quadrado, utilizando-se o software Epi Info 7. Resultados: A maioria dos
estudantes de enfermagem eram mulheres (90,7%), na faixa etria de 20 a 24 anos (63,6%), brancas (63,6%) e solteiras
(82,2%). Dessa populao 94,4% residiam na zona urbana, 63,8% possua renda familiar mensal situada entre trs e sete
salrios mnimos e 46,2% possuam vnculo empregatcio remunerado. Quanto vivncia dos alunos no atendimento
vtima de queimaduras, mais de 94% informou que o AIQ foi abordado teoricamente em disciplinas da graduao, porm
81,6% consideraram essa abordagem insuficiente; quanto a relao terico-pratica da abordagem, 47,7% participaram de
atividades tericas extracurriculares, porm apenas 28,0% realizaram atividades prticas do AIQ. A totalidade dos alunos
considerou importante a abordagem desse tema na graduao e 38,7% o considerou extremamente importante para a
prtica profissional, mas 41,1% possuam pouca ou nenhuma afinidade com esse tema. Em relao ao conhecimento,
verificou-se que apenas 22,4% dos estudantes apresentaram conhecimento satisfatrio quanto abordagem correta
ao paciente com queimaduras qumicas (60%); existe associao entre pertencer instituio de ensino pblica; ter
realizado o AIQ e; ter presenciado o AIQ, com maiores chances de apresentar conhecimento satisfatrio. Concluses:
A abordagem dada ao AIQ na formao dos enfermeiros da regio em estudo insuficiente havendo a necessidade das
instituies de ensino (re) pensar estratgias de ensino que promovam melhorias na formao acadmica de enfermagem.

194 COMPREENDENDO O IMPACTO DA PERDA POR SUICDIO: RELATO DE CASOS


Tatiane Gouveia de Miranda, Marcelo Tavares
Universidade de Braslia

Introduo: Segundo dados da OMS (2000), o suicdio afeta cerca de 1 milho de pessoas no mundo por ano e chegar
a afetar 1.5 milhes em 2020. E, para cada suicdio de 5 a 10 pessoas so afetadas pela morte. No Brasil, ainda h
uma insuficincia de pesquisas e trabalhos que busquem compreender o impacto do suicdio para as pessoas que
conheciam a vtima. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo realizar entrevistas de autpsia psicolgica com
os sobreviventes de suicdio, ou seja, pessoas que conheciam a vtima de suicdio e que tiveram a vida afetada pela
perda, com o intuito de compreender a vivncia do luto por suicdio e o impacto da perda. Mtodos: Para concluso
dessa pesquisa, foi desenvolvida uma entrevista semiestruturada para facilitar a comunicao com os sobreviventes de
suicdio. Essa entrevista foi inspirada em estratgias e procedimentos de autpsia psicolgica, bem como na literatura
sobre os sobreviventes de suicdio, atentando-se para especificidades desse luto. A pesquisa foi aprovada pelo Comit de
tica e os entrevistados consentiram em participar livremente da pesquisa. Foram realizadas quatro entrevistas, sendo
a me e o pai de uma vtima e duas filhas de outra vtima. O estudo de casos mltiplos foi analisado pelo mtodo
clnico-qualitativo. Resultados: Pde-se avaliar o impacto do suicdio nos sobreviventes, por exemplo, via a presena de
sentimento de culpa, de ressentimento, de estigma, da necessidade de entenderem o porqu do suicdio, e de complicao
e prolongamento na vivncia do luto por anos. Tambm houve a presena da configurao do silncio nos dois casos e a
transmisso transgeracional do comportamento suicida. Concluses: Os impactos avaliados nos entrevistados reiteram
a necessidade de posveno, ou seja, interveno aps o suicdio para facilitar a recuperao aps o suicdio, amenizar
sequelas psicolgicas, prevenir o luto complicado, comportamentos suicidas e o desenvolvimento de transtornos mentais.
Referncias: OMS (Organizao Mundial de Sade). (2000). Preveno do Suicdio: um manual para mdicos clnicos
gerais. Departamento de Sade Mental, Genebra.
187

195 CONTRIBUIES DA PSICANLISE NA CLNICA DO SUICDIO


Luana Lima Santos Cardoso1, Caio Tavares2, Fernanda Bastos3, Soraya Carvalho Rigo4
1) UFBA 2) CETAD 3) Escola Bahiana de Sade Pblica 4) Neps/Ciave

O suicdio, fenmeno que atravessa dialeticamente a histria da humanidade, denuncia hoje novas formas de mal-estar na
contemporaneidade. Diante destas, observa-se a necessidade da reinveno de condutas sociais e da renovao na tcnica
e tica do tratamento de sujeitos que tenham tentado suicdio ou que corram risco de faz-lo. Objetivo: o trabalho tem
a finalidade de apresentar as contribuies da psicanlise clnica do suicdio. Metodologia: o mtodo utilizado foi o
relato de experincia em atendimento psicolgico com orientao psicanaltica a usurios de um servio de referncia em
preveno do suicdio. Resultado: observou-se, com os atendimentos, uma ausncia de demanda inicial de tratamento
por parte dos pacientes. Estes, princpio, demonstravam no se reconhecer no seu ato suicida. Esse posicionamento
pode ser ressignificado ao longo dos atendimentos, atravs do estabelecimento do vnculo teraputico. A eficcia da
lgica psicanaltica pde ser constatada a partir dos indcios de mudanas no posicionamento subjetivo dos pacientes, os
quais comearam a se questionar sobre a tentativa de suicdio. A aposta na fala foi ratificada como importante estratgia
preventiva nessa clnica, uma vez que, os pacientes passaram a realizar apelo por essa via. A fala substituiu a precipitao
dos sujeitos em atos suicidas, diminuindo significativamente a sua reincidncia. Ao conceber o suicdio para alm da
perspectiva destrutiva do ato, considerando a sua complexidade e suas dimenses inconscientes, a psicanlise legitima
o sofrimento do sujeito, convocando-o tica do bem-dizer sobre seu desejo e gozo, que ultrapassa a tica do bem-estar
social. Concluso: a abordagem psicanaltica se configura como um potencial dispositivo para compor as estratgias e
polticas de preveno e enfrentamento desse fenmeno.

196 ESTUDO BIBLIOMTRICO DE PERIDICOS NACIONAIS SOBRE INTOXICAES


EM CRIANAS
Lidiane Sousa Portugal1, Cntia Mesquita Correia2, Gisele Gardin Gomes1
1) Faculdade de Medicina-Universidade Federal da Bahia 2) Centro de Informaes Antiveneno da Bahia

Introduo:No Brasil, a incidncia de agravos por causas externas na populao peditrica responsvel por cerca
de 75% da morbimortalidade; dessas, leses e envenenamentos correspondem por at 60% das ocorrncias, sendo
necessrio o desenvolvimento de estudos que previnam tais agravos.Objetivo:Caracterizar as produes cientficas
sobre as intoxicaes em crianas, indexadas em bases de dados de publicaes nacionais.Metodologia:Trata-se de um
Estudo Bibliomtrico, com abordagem quantitativa.Integrou como critrios de incluso: textos disponveis na ntegra
por meio virtual; de idioma portugus e ingls; pesquisas de todas as categorias. Utilizaram-se artigos indexados nas
bases de dados LILACSeSciELOpor meio de levantamento realizado na Biblioteca Virtual de Sade com os seguintes
descritores: Crianas, Intoxicao, Envenenamento, Brasil e Acidentes domsticos. Resultados:A buscaon
lineresultou em 37 artigos; destes, 15 foram excludos por duplicidade, 1 por no ter relao com a temtica proposta
e 5 por indisponibilidade na ntegra, finalizando o estudo com 16 artigos. Quanto aos peridicos em que os artigos
foram publicados, pde-se verificar uma distribuio maior em Cadernos de Sade Pblica com 31,3%, alm do Jornal
de Pediatria e da revista Cincia & Sade Coletiva com 12,5% cada; os demais somaram 43,7% dos peridicos. A
abordagem qualitativa esteve presente em 56,2% (n=9), seguida da quanti-qualitativa com 37,5% (n= 6) e quantitativa
com somente 6,3% (n=1) da amostra. As regies Sul e Sudeste lideraram as pesquisas com, aproximadamente, 68,8%
dos estudos; os medicamentos foram citados como os principais agentes, sendo a faixa etria que envolve a fase oral (<
5 anos) a mais afetada.Concluso:Faz-se necessrio o desenvolvimento de mais estudos que tratem sobre a temtica
das intoxicaes, sobretudo em grupos vulnerveis como as crianas, na tentativa de dar mais visibilidade aos pais e/ou
outros representantes legais, bem como profissionais de sade, educadores e cuidadores a fim de garantir a reduo dos
acidentes e/ou a preveno desses agravos.
188

197 INTOXICAO INFANTIL NO ESTADO DO PAR NO ANO DE 2013


Johnathan Lucas da Silva Botelho, Denilson Barbosa de Freitas, Maria Apolonia da Costa Gadelha, Pedro Pereira
de Oliveira Pardal.
Universidade Federal do Par

Objetivo: Descrever as intoxicaes infantis no estado do Par notificadas ao banco de dados do Centro de Informaes
Toxicolgicas de Belm (CIT-Belm), no ano de 2013. Mtodos: Estudo retrospectivo, de natureza descritiva e
quantitativa, dos registros de intoxicao infantil ao banco de dados do CIT-Belm. Tendo como fatores associados: idade,
sexo, agente causal, via de exposio e local de exposio. Resultados: De todos os agravos notificados no ano de 2013,
29,1% foram relacionados a intoxicao infantil, sendo o sexo masculino o mais acometido com 54%. Em relao a idade,
houve prevalncia na faixa etria de zero a quatro anos, correspondendo a 67,07 %. Dentre os agentes causais os mais
frequentes foram: medicamentos (32,93%); domissanitrios (11,58%), produtos qumicos industrializados (11,58%),
animais peonhentos (08,53%) e agrotxicos (7,32%). As vias principais de intoxicao foram: oral com 68,29% e cutnea
com 24,39%, principalmente nas residncias (81,09%). Concluso: Considerando que as intoxicaes na infncia so
elevadas dentro do prprio lar, se tornam necessrias medidas preventivas e educativas, principalmente em relao ao
armazenamento correto de medicamentos, produtos qumicos em geral, higienizao do ambiente domstico e ainda
incentivo sobre notificaes aos centros toxicolgicos, podendo assim mudar este panorama que se configura como um
grave problema de sade pblica.

198 INTOXICAO MEDICAMENTOSA, A CASUSTICA DE MOTIVAES SUICIDAS


Natlia Fontana1, Danella Glaudncio Ferreira1, James Linneker da Silva Cartaxo1, Anbal de Freitas dos Santos
Jnior2, Hemerson Iury Ferreira Magalhes1
1) Universidade Federal da Paraba 2) Universidade do Estado da Bahia

Introduo: Dentre as inmeras formas de automedicao, a mais complicada e danosa representada pela tipologia
de intoxicaes cujas graves consequncias foram geradas por motivaes suicidas. Objetivo: Expor as variveis que
tornam tal assunto to relevante. Mtodos: A metodologia adotada para elaborao do trabalho constituiu-se de avaliao
do tipo transversal buscando fatores que levaram indivduos a tentar contra a prpria vida. Resultado: Dentre o perfil das
intoxicaes medicamentosas observado no Estado da Paraba no ano de 2012 o gnero feminino teve uma predominncia
maior nas notificaes (62%) e o local da exposio mais notificado foi de zona urbana (70%) aproximadamente. A
frequncia das intoxicaes ocorreu com os medicamentos que atuam no sistema nervoso central (SNC), destacando-se:
ansiolticos (39% - diazepam), anticonvulsivante (16% - fenobarbital) e antidepressivo (5% - amitriptilina). Concluso:
Diante do levantamento realizado pertinente referir que, a descrio e o levantamento de dados que vm permitindo
compilar, caracterizar e debater as ocorrncias em torno das prticas suicidas, por ingesto indevida de remdios, mesmo
carecendo de estudos mais aprofundados em face da alta complexidade do tema em si mesmo, podem ser ampliados
atravs da atividade epistemolgica do trabalho cientfico, para que, afinal, o conhecimento adquirido possa vir em prol
de maior nmero possvel de indivduos e famlias vtimas da automedicao com fins de suicdio.
189

199 INTOXICAES PEDITRICAS NO INTENCIONAIS POR DOMISSANITRIOS:


SUBSDIO PARA IMPLEMENTAO DE MEDIDAS PREVENTIVAS
Natlia Fontana, Rayssa Pala Pereira Cardoso, Hemerson Iury Ferreira Magalhes
Universidade Federal da Paraba

As intoxicaes, principalmente as no intencionais, constituem a principal causa de atendimento de emergncia peditrica,


demonstrando a vulnerabilidade de crianas menores de cinco anos de idade s intoxicaes acidentais, principalmente
devido curiosidade inerente idade, onde os sentidos so amplamente explorados, favorecendo o contato e a ingesto de
agentes txicos. O presente trabalho objetiva identificar fatores relacionados e evidenciar a necessidade de aes preventivas
junto a crianas e responsveis, como forma de reduzir a morbimortalidade de intoxicaes peditricas por domissanitrios.
A metodologia adotada constitui-se na anlise dos dados das fichas de notificao referentes s intoxicaes no intencionais
com produtos domissanitrios, no ano de 2013, existentes no Centro de Assistncia Toxicolgica, em Joo Pessoa - PB.
Foram consultadas 197 fichas referentes a intoxicaes, das quais 79 retratavam intoxicaes em crianas de 0 a 5 anos,
destas, 22 tratavam-se de intoxicao por domissanitrios. As variveis analisadas foram sexo, acidentes individuais, local
e zona do acidente e via de exposio. Observou-se que o gnero masculino foi mais prevalente, representando 55% dos
casos, os acidentes ocorreram em 95% na residncia da vtima e em 5% no havia essa informao, sendo essa residncia
localizada em 95% em zona urbana e 5% em rural. A via de exposio mais prevalente a oral, presente em 86% das fichas
analisadas, acidentes que envolveram a via oral e cutnea representaram 9% dos casos e a via respiratria esteve presente
em 5%. Diante disso nota-se que o comportamento de explorar seu ambiente, nessa faixa etria mais limitado a prpria
residncia, atravs do paladar refletido no nmero de casos de acidente por via oral na moradia da vtima. Sabe-se que o
organismo nessa faixa etria mais vulnervel a ao de produtos que tragam toxicidade, ficando evidenciado a importncia
do armazenamento adequado desses produtos no domiclio por parte de seus responsveis. A preocupao na preveno de
intoxicaes peditricas deve, portanto, fazer parte da rotina dos profissionais que assistem esse pblico, sendo exercida
atividade de educao em sade voltada ao tema, em consultas de puericultura e clnicas peditricas em hospital, reduzindo
assim a morbimortalidade deste pblico por causas evitveis.

200 LEVANTAMENTO DE PLANTAS TXICAS EM SHOPPING CENTERS DO


MUNICPIO DE SALVADOR BAHIA.
Snia Helena Jesus dos Santos Picano, Quezia Souza de Santana Lima, Fabio Rodrigues Barbosa, Aina Sheila
Ribeiro Carvalho, Diego Sales de Argollo
Centro de Informaes Antiveneno - CIAVE/BA

Introduo: A flora brasileira apresenta grande variedade de espcies potencialmente lesivas ao ser humano. As
intoxicaes por plantas em sua maioria decorrem de ingestes acidentais e principalmente, por desconhecimento da
populao, sobre os perigos que determinadas espcies utilizadas como ornamentais causam sade humana. Dados
do Sistema Nacional de Informao Txico-Farmacolgica revelam que a cada dez casos de intoxicao por plantas
no Brasil, seis ocorrem em crianas menores de nove anos, devido presena comum nas residncias e em ambientes
pblicos. Objetivo: Identificar as espcies de plantas txicas encontradas nos dez shopping centers mais populares de
Salvador-Bahia-Brasil. Mtodo: Trata-se de uma pesquisa de campo, de carter transversal, descritiva, com abordagem
qualitativa. Foi realizada uma reviso bibliogrfica nas bases de dados LILACS, MEDLINE e Scielo, utilizando como
referncia as espcies que compem o Jardim de Plantas Txicas de um centro de informaes toxicolgicas em Salvador-
Bahia-Brasil. A coleta de dados foi realizada atravs do registro fotogrfico das plantas txicas encontradas nos shopping
centers envolvidos na pesquisa. Os dados foram consolidados atravs de uma planilha para categorizao das espcies
encontradas, considerando a nomenclatura vulgar, o nome cientfico, as caractersticas botnicas e o local onde foram
encontradas (rea interna ou externa). Resultados: Foram encontradas plantas txicas em nove dos dez shopping
centers participantes, as quais foram identificadas como Zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) 6 shoppings; Jibia
(Scindapsus aureus) e Antrio (Anthurium andraeanum) 4 shoppings; Lrio-da-Paz (Spathiphyllum spp) 3 shoppings;
Espada-de-So-Jorge(Sanseviera trifasciata), Espirradeira (Nerium oleander) e Pingo-de-ouro (Duranta repens aurea)
2 shoppings; Taioba-brava (Colocasia antiquorum Schott), Comigo-ningum-pode (Dieffenbachia picta S.) e Coroa-
de-Cristo (Euphorbia milii) 1 shopping. Concluso: Faz-se necessrio o conhecimento prvio das caractersticas
toxicolgicas da planta ornamental em espaos interiores e exteriores para preveno de acidentes. O estudo aponta para
a necessidade de implantar polticas pblicas e realizao de trabalhos educativos/preventivos junto populao, tendo
em vista um melhor planejamento paisagstico e maior divulgao acerca dos potenciais txicos das espcies vegetais
encontradas nestes espaos. Sugere-se que sejam adotadas medidas de informao ao pblico em geral acerca do risco
txico e/ou a substituio destas plantas por outras no nocivas.
190

201 O AGENTE COMUNITRIO DE SADE - ELO ENTRE O CIT E A COMUNIDADE


Silma Gomes da Silva, Alessandra Pereira da Silva; Lesley Divina Matias Soares
Secretaria da Sade do Estado de Gois

Introduo: o Centro de Informao Toxicolgica CIT, uma unidade ligada ao SUS, que atua prioritariamente via
telefone com o intuito de orientar a comunidade e profissionais de sade quanto a conduta em caso de intoxicaes exgenas
e acidentes com animais peonhentos. Este relato traz a experincia de um Centro que incorporou ao seu escopo de aes
a Ateno Bsica, tendo o profissional Agente Comunitrio de Sade - ACS como elemento chave para potencializar as
atividades de preveno. Discusso: segundo os sistemas de informao em sade do Centro em estudo, as intoxicaes
exgenas ocorrem, em sua maioria, nos domiclios; os acidentes por animais peonhentos em ambiente ocupacional ou
nos peridomiclios. Mesmo os acidentes ocorrendo no territrio da Ateno Bsica grande parte das notificaes foram
geradas pelos hospitais e/ou pelo prprio Centro. Com nmero considervel de subnotificaes, a equipe do CIT entendeu
que seria indispensvel uma atuao direta e constante junto s equipes da assistncia que executam aes de promoo
em sade e preveno dos agravos nos territrios. O ACS tem um papel fundamental no desenvolvimento dessas aes.
Ele o elo entre a populao que vive e trabalha no territrio e a equipe de sade. Utiliza de instrumentos para diagnstico
e acompanhamento das famlias adscritas sua base geogrfica e favorece a construo de vnculos importantes para a
realizao destas aes. A partir de visitas de matriciamento, o CIT incorporou o ACS como o parceiro na orientao s
famlias sobre a utilizao do servio telefnico do CIT e medidas de preveno no domicilio. Ele o parceiro capaz
de traduzir para as Unidades de Sade e para o prprio CIT as necessidades, potencialidades e limites no seu territrio.
Concluso:o trabalho do ACS considerado uma extenso dos servios de sade dentro das comunidades. Suas aes
favorecem a compreenso da realidade territorial e a transformao de situaes problemas. Para entendermos a dinmica
da ocorrncia das intoxicaes nos territrios, faz-se necessria a incluso do ACS nas aes de promoo em sade e
preveno das intoxicaes exgenas.

202 O CENTRO DE INFORMAO TOXICOLGICA E SUA INTEGRAO COM A


ATENO BSICA
Alessandra Pereira da Silva1, Silma Gomes da Silva2
1) Secretaria da Sade do Estado de Gois; 2) Secretaria da Sade do Estado de Gois

Introduo: os Centros de Informao Toxicolgica so estruturas vinculadas ao SUS. Tem por finalidade a orientao
dos usurios por telefone quanto a conduta em casos de intoxicaes. Este relato discute a possibilidade de reorientao
do processo de trabalho de um Centro que teve a pretenso de intergrar-se Ateno Bsica, estimulando a incorporao
de aes de Vigilncia em Sade ligadas Toxicologia pelas equipes de Ateno Bsica, especialmente a Estratgia
de Sade da Famlia. Relato: de acordo com os Sistemas de Informao em Sade no estado ao qual o Centro em
estudo vinculado, as intoxicaes por produtos txicos ocorrem, em sua maioria, nos domiclios; j os acidentes por
animais peonhentos ocorrem em ambiente ocupacional ou nos ambientes externos (peridomiclios). Embora os acidentes
informados tenham ocorrido nas reas de abrangncia da Ateno Bsica, grande parte das notificaes foram geradas
a partir dos atendimentos hospitalares e/ou atendimentos no prprio CIT. Entendendo que as subnotificaes afetam o
sistema de vigilncia das intoxicaes, a equipe do CIT entendeu que seria indispensvel uma atuao direta e constante
junto s equipes da Ateno Bsica que tm responsabilidade sanitria nos seus territrios. Para que os profissionais
da assistncia compreendessem a importncia da notificao de casos e seu papel na execuo das aes de preveno
das intoxicaes, o CIT deslocou equipes aos municpios para matriciar as equipes de Ateno Bsica: informando a
finalidade e competncias do CIT, discutindo em conjunto com as equipes de Ateno Bsica e Vigilncia Epidemiolgica
locais a portaria de notificao compulsria do Ministrio da Sade que trata da obrigatoriedade quanto notificao e
investigao das intoxicaes. Concluso: estudos apontam a integrao entre Vigilncia em Sade e Ateno Bsica
como condio essencial para a efetivao da integralidade da ateno. Porm, observou-se em alguns municpios e no
prprio CIT processos de trabalho fragmentados. Como resultados positivos citamos: potentes encontros para discusso
dos processos de trabalho e da melhoria da qualidade das notificaes; incorporao pelas equipes de Ateno Bsica da
toxicologia, especialmente aquelas integrantes do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade do Ministrio da Sade.
191

203 PERCEPES DOS ADOLESCENTES ACERCA DE SUAS TENTATIVAS DE


SUICDIO
Marlia vila de Freitas Aguiar1, Eduardo Carlos Tavares2, Cristina Alvim2
1) IPG Faculdade Cincias Mdicas de MG 2) Faculdade de Medicina UFMG 3) Faculdade de Medicina UFMG

Objetivo:Buscar compreender e interpretar percepes,ideias, sentimentos e atitudes de adolescentes


que tentaram o suicdio em relao aoambiente familiar e s suas relaes interpessoais e afetivas bem
como no tocante motivaoe ao planejamento, s consequencias e s medidas adotadas aps a tentativa.
Mtodo: Pesquisa qualitativa, com dados levantados por meio de entrevistas semiestruturadas,com 10 adolescentes, 90%
meninas, que deram entrada em unidade de emergncia de hospitalpblico. O critrio de incluso foi admisso em pronto
atendimento por tentativa de suicdio, idade entre 12 e 17 anos, utilizao de medicamentos como meio de autoextermnio
e ausncia de comorbidades diagnosticadas previamente internao. Foram excludos adolescentes sem informaes
para contato, e aqueles que recusaram a participao. Para a anlise de dados, foi feita a transcrio das gravaes com
leitura exaustiva do matria para identificao dos aspectos comuns, incomuns, temas repetidos, frases de significado
similar, ditos e interditos. Os dados foram ento classificados por categorias, analticas e empricas, estabelecendo-
se ento os conjuntos de informaes relevantes. Nesse momento, os recortes de cada entrevista foram agrupados em
unidades de sentido ou temas, buscando compreender e interpretar o que foi exposto como mais relevante e representativo
pelo grupo estudado. Os princpios da Anlise do Discurso (AD) foi o referencial utilizado na anlise dos dados.
Resultados:Os resultados das entrevistas foram agrupadosem oito categorias: as relaes interpessoais; o cotidiano;
a autoimagem; o contatomedicamentos psicoativos e outras drogas; histria da tentativa; a percepo, a atitude e
ossentimentos dos adolescentes aps a tentativa; o acompanhamento teraputico aps atentativa; a relao com os
profissionais de sade. A ambigidade de sentimentos, a falta dedilogo e de intimidade e o cotidiano ocioso alm
da sedao de conflitos, da inabilidade decomunicao e da sensao de no pertencimento foram levantados como
importantes condies na vida desses jovens. Concluses:O presente estudo tem como principal mrito dar voz
aoadolescente que tentou suicdio e apresentar a sua percepo sobre o tema. Sua relevncia est na necessidade de
conhecero problema a fim de obtermos subsdios para buscar maneiras mais efetivas de interveno.

204 PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS ATENDIMENTOS DE CENTRO DE CONTROLE


DE ENVENENAMENTOS DE 1996 A 2013
Daniel Emilio Dalledone Siqueira, Marlene Entres, Tnia Portella, Ariadne de Castro
Centro de Controle de Envenenamentos de Curitiba

Introduo: Os Centros de Informaes Toxicolgicas so rgos destinados a prestao de orientaes nos atendimentos
mdicos de urgncia e emergncia para casos de acidentes por animais peonhentos e intoxicaes. Objetivos: Traar o
perfil epidemiolgico dos atendimentos realizados pelo CCE-Curitiba nos ltimos 17 anos. Materiais e Mtodos: Estudo
retrospectivo, observacional, transversal, do perodo de 1996 a 2013, aprovado pelo Comit de tica da Instituio, de
todos os atendimentos telefnicos realizados pelo Centro de Informaes Toxicolgicas. Foram avaliados: sexo, faixa
etria, tipo de exposio, agentes etiolgicos, tipo de atendimento, registro de informaes, evoluo dos casos clnicos,
evento agudo ou crnico e localidade dos atendimentos. Resultados: Do ano 1996 a 2013 foram realizados 160.718
atendimentos, sendo 32.811 casos de exposio em humanos com necessidade de acompanhamento, 127.907 atendimentos
para prestao de informaes. Observou-se predomnio de casos de intoxicaes por medicamentos, seguidos de
produtos qumicos industriais e agrotxicos de uso agrcola. Com relao aos acidentes por animais peonhentos h um
predomnio por acidente por aranhas sendo a ampla maioria casos de loxosceles. Concluso: Os Centros de Informaes
Toxicolgicas apresentam grande importncia na comunidade, prestando informaes de fundamental importncia no
manejo dos agravos toxicolgicos, determinando melhora no atendimento mdico de urgncia e emergncia.
192

205 POTENCIALIDADE DE UM EVENTO SENTINELA PARA VIGILNCIA


EPIDEMIOLGICA DO ABUSO DE DROGAS
Cleiton Jos Santana, Lucia Margarete dos Reis, Erica Gomes de Almeida, Anai Adario Hungaro, Jessica Adrielle
Teixeira Santos, Magda Lcia Flix de Oliveira
Centro de Controle de Intoxicaes do Hospital Universitrio Regional de Maring - PR - CCI/HUM e Programa
de Ps Graduao Mestrado em Enfermagem da Universidade Estadual de Maring

Introduo: O uso de drogas de abuso geralmente avaliado por meio de inquritos, em amostras para grandes regies ou capitais,
e no existe um processo de vigilncia epidemiolgica para mensurao locorregional do evento. A busca ativa de casos e os
eventos sentinela so considerados processos ativos de vigilncia epidemiolgica. O conceito de evento sentinela considera que as
condies sentinela poderiam ser melhoradas por aes de sade eficazes. Objetivo: Discutir a potencialidade do evento sentinela
internao hospitalar de jovens com diagnstico de efeitos secundrios do uso de drogas para a vigilncia epidemiolgica
contnua. Materiais e Mtodos: Estudo exploratrio-descritivo, com anlise de casos mltiplos e modelo de investigao de
eventos sentinela. Os casos testados foram dez jovens atendidos em uma unidade de ateno s urgncias e registrados em um
centro de informao e assistncia toxicolgica. Foram analisados registros de pronturios hospitalares, fichas epidemiolgicas
de Ocorrncia Toxicolgica e entrevistas com familiares dos jovens. Pesquisa com parecer favorvel COPEP N. 042/2011.
Resultados e Discusso: Os eventos sentinela foram discutidos em trs momentos: fatores para a iniciao ao uso - por que o
jovem iniciou o uso de drogas de abuso?; fatores contributivos para a continuidade - por que ele continuou o uso de drogas de
abuso?; e a determinao das falhas em reas e setores envolvidos na ocorrncia do evento sentinela Por que o efeito secundrio
no foi evitado. Alcanou casos graves de uso de drogas de abuso everificou que a maioria dos jovens aceitaria o tratamento para
a dependncia, mas a abordagem precoce, na interface de polticas pblicas de Educao, Segurana Pblica, Assistncia Social,
Economia e Sade, no aconteceu. Concluso: A investigao epidemiolgica ora apresentada foge aos padres tradicionais, pelo
carter menos pragmtico e abordagem mais qualitativa. A seleo da internao hospitalar como evento sentinela para monitorar
os danos do uso de drogas de abuso na juventude mostrou-se adequada: apontou a gravidade social dos casos investigados, falhas
na dinmica social e familiar, e polticas pblicas deficientes. Quando o jovem internado com diagnstico(s) associado(s) ao uso
de droga de abuso, os antecedentes, fatores de risco e falhas na ateno podem ser avaliados.

206 REESTRUTURAO DO CENTRO DE ASSISTNCIA TOXICOLGICA DO RIO


GRANDE DO NORTE: NOVAS PERSPECTIVAS.
Maria Margareth Teixeira Gomes, Dannielly Azevedo de Oliveira, Eliana Regina Lima Fernandes, Osmar Batista
Policarpo, Juan Adrizio Guedes Costa
Centro de Assistncia Toxicolgica do Rio Grande do Norte - CEATOX/RN

Introduo: A reestruturao do CIT/RN foi necessria para garantir a qualidade no atendimento, a informao toxicolgica
voltada preveno, proteo e promoo sade dos que estiverem expostos a riscos de natureza toxicolgica, provocados
por animais peonhentos, medicamentos, agrotxicos, poluentes industriais, produtos qumicos em geral e outras substncias
potencialmente agressivas para o ser humano. Objetivos: Identificar as principais alteraes de infraestrutura funcional que
ocorreram e suas consequncias; Relacionar as principais atividades realizadas no CEATOX/RN aps reestruturao. Mtodo:
O estudo trata de um relato de experincia, mostrando como se deu a reestruturao do Centro de Informaes Toxicolgicas
do RN, passando este a ser uma unidade especializada de referncia no SUS na preveno, vigilncia e assistncia ao paciente
intoxicado. O antigo CIT, passou a ser intitulado por CEATOX/RN, localizando-se na sede da SESAP e iniciou suas atividades
em outubro de 2013. Resultados: a coordenao e tcnicos da equipe visando melhores condies laborais solicitou a atual
gesto a mudana da localizao do servio para um melhor desenvolvimento das atividades. Obteve-se, grande apoio financeiro
e interesse do Ministrio Pblico do RN neste processo. A reestruturao possibilitou prestar a assistncia aos atendimentos de
rotina a rede do SUS, instituies particulares, filantrpicas, Organizaes governamentais e no governamentais, domiclios,
relativo ao suporte dos diversos tipos de intoxicaes. O quadro de profissionais que era em sua maioria formado por servidores
de nvel mdio, foi substitudo por tcnicos de nvel superior: Enfermeiros, Farmacuticos, Socilogo e Odontlogo e atividades
extras ao servio passaram a ser realizadas. Concluso: a reestruturao contribuiu e beneficiou o servio prestando um servio
de qualidade nas 24h; melhores condies das atividades laborais e a elevao do nmero de atendimentos; o quadro tcnico
ser composto por profissionais de nvel superior viabilizando a realizao dos procedimentos e evoluo dos casos clnicos
cotidianamente, participao em eventos tcnicos cientficos, confeccionar material educativo e distribuio para as unidades;
articular atividades com outros setores dentro da SESAP, divulgao das atividades para todos os gestores na BIPARTITE.
Todavia, o CEATOX passou a subsidiar de forma efetiva os profissionais e os usurios que acessam as informaes quanto a
conduta em casos de intoxicaes exgenas.
INDICADOS AO PRMIO DE MELHOR
TRABALHO DO CONGRESSO
195

APRESENTAO ORAL

72 AVALIAO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS EM CAMINHONEIROS


QUE TRAFEGAM PELA BR153.
Carla Danielle Dias Costa, Diogo Sousa Rodrigues, Vania Rodriguez, Srgio Henrique Nascente, Luiz Carlos da
Cunha, Keila Alcntara.

Introduo: O Brasil possui uma frota de aproximadamente 2,3 milhes de caminhes e uma populao de mais de
700.000 caminhoneiros, os quais esto expostos a longas jornadas de trabalho, violncia e acidentes. Por esses motivos, os
caminhoneiros apresentam problemas relacionados s condies de sade, trabalho e estilo de vida, alm de grande vul-
nerabilidade s prticas de risco, como uso de drogas lcitas e ilcitasObjetivo:O presente estudo visou realizar triagem
quanto a presena de substncias psicoativas de uso lcito como lcool e benzodiazepnicos, e de uso ilcito - anfetaminas
e derivados, ecstasy, cocana e derivados, maconha, opiides - em amostras de urina de caminhoneiros, por imunocro-
matografia, e classificar o padro de uso das mesmas, assim como os procedimentos de interveno ou encaminhamento
por meio do questionrio ASSIST.Materiais e Mtodos:A presente anlise corresponde a um estudo de coorte com
501 caminhoneiros voluntrios que trafegam pela BR153. As entrevistas e as amostras urina foram obtidas em um Posto
de Combustvel situado na BR 153, km 515. As amostras de urina foram analisadas pelo kit de imunoensaio da marca
ABON.Resultados:A triagem de substncias psicotrpicas por imunocromatografia resultou em 2,6% amostras po-
sitivas para o grupo das anfetaminas; 6,18% para cocana; 3,19% para maconha e 0,59% para benzodiazepnicos. Todos
os voluntrios foram do sexo masculino com idade de 37DPanos. Ao se consolidar a pontuao obtida no questionrio
ASSIST, obteve-se uma indicao de interveno breve (4-26 pontos) para o consumo de lcool, tabaco e cocana. Os
caminhoneiros alegaram que faziam uso das substncias com finalidade de reduzir o sono, aumentar o rendimento e a
produtividade no trabalho. A confirmao da positividade para drogas de abuso ser realizada, posteriormente, por GC
-MS.Concluso:Apesar de intensificao legal para controle e diminuio do abuso de substncias psicoativas por parte
dos caminhoneiros, ainda existe uma prevalncia significativa (aproximadamente 9%) dos mesmos que fazem uso de an-
fetaminas e cocana. Neste sentido, fazem-se necessrias intervenes, visto que j de consenso que o uso de lcool e ou-
tras drogas psicoativas podem prejudicar o ato de dirigir, aumentando assim o risco da ocorrncia de acidentes de trnsito.

15 POLTICA DE ANTDOTOS NA ATENO SADE NO ESTADO DE SANTA


CATARINA: RELATO DE SUA CONSTRUO.
Margaret Grando, Marisete C Resener, Danielle Bibas Legat Albino, Helen Bunn, Lia Coimbra Quaresma, Csar Au-
gusto Koczaguin, Ramon Tartari, Paulo C Brentano Jr, Clcio A Espezim, Marlene Bonow Oliveira, Marlene Zannin.

Introduo:A integralidade da ateno sade do paciente intoxicado passa pelo acesso aos medicamentos especficos e
antdotos disponveis.Objetivo:Apresentar o processo de construo da Poltica de Antdotos na Ateno Sade em Santa
Catarina.Resultados:No Estado de Santa Catarina a Poltica de Antdotos comeou a ser debatida no mbito da Secretaria
Estadual de Sade, nas oficinas de planejamento dos Planos Estaduais de Sade (PES) realizadas em 2003, 2007 e 2011. As
Programaes de Aes de Sade (PAS) subsequentes aos PES/SC pontuaram como aes necessrias a estruturao de uma
poltica de antdotos para o estado e o estabelecimento de um fluxo de disponibilidade de antdotos. Trazendo como eixos nor-
teadores esses instrumentos do PlanejaSUS e a reestruturao da rede de Urgncia e Emergncia no Estado, a equipe tcnica
do CIT/SC elaborou uma justificativa para a construo da poltica, incluindo listas de antdotos que devem estar disponveis
nos servios, de acordo com o tempo resposta. Esses documentos foram encaminhados oficialmente para as Superintendncias
de Planejamento e Gesto e de Servios Especializados e Regulao, que constituram um Grupo de Trabalho com as reas
de Assistncia Farmacutica, Urgncia e Emergncia, Polticas de Sade/Planejamento, Vigilncia em Sade, Servios Espe-
cializados e Regulao, Logstica e a Comisso de Farmcia e Teraputica, sob a coordenao do CIT/SC. O Grupo se reuniu
e trabalhou por alguns meses na construo de uma proposta de consenso, que foi enviada Cmara Tcnica de Gesto da
Comisso Intergestores Bipartite (CIB). Aps a discusso na Cmara Tcnica foram feitos ajustes em relao definio das
responsabilidades quanto ao suprimento de antdotos, logstica de fluxo, e a proposta final foi encaminhada a reunio geral da
CIB para pactuao e deliberao. A Deliberao CIB n 233 de 22 de maio de 2014 encontra-se disponvel em: http://portalses.
saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=1011&Itemid=128&limitstart=50. A aquisio dos an-
tdotos de responsabilidade SES/SC est em processo licitatrio e s capacitaes dos profissionais da gesto e da assistncia
esto programadas na forma presencial e a distncia (webconferncias) para o 2 semestre de 2014.Concluso:O processo
proporcionou um aprendizado de construo coletiva das co-responsabilidades perante o atendimento do paciente intoxicado.
196

172 TENTATIVAS DE SUICDIO EM MULHERES E A RELAO COM FATORES DE


RISCO SOCIOECONMICOS. RIO GRANDE DO SUL, 2005 A 2013.
Alberto Nicolella, Juliana Feliciati Hoffmann, Viviane Cristina Sebben

Introduo:H mais de uma dcada o Estado apresenta as maiores taxas de suicdio do pas. Em 2008 a taxa de mortali-
dade especfica por suicdio foi de 10,7/100 mil habitantes, mais que o dobro da mdia nacional. Entre os 20 municpios
com 10.000 habitantes ou mais do pas e que apresentaram as maiores taxas de suicdio em 2008, 13 (65%) so do Rio
Grande do Sul. Os atendimentos relacionados a tentativas de suicdio por autoenvenenamento no Centro de Informao
Toxicolgica do Rio Grande do Sul (CIT/RS) cresceram mais de 2.000%nos ltimos 35 anos, respondendo hoje por 1/5
dos atendimentos totais. As mulheres representam 71% dessas ocorrncias.Objetivo:Verificar se existe relao entre as
tentativas de suicdio feminino por autoenvenenamento (TSA) e os indicadores socioeconmicos.Mtodos:Foram utili-
zados indicadores de educao, renda e sade que compem o ndice de Desenvolvimento Socioeconmico (IDESE) de
todos os municpios do Estado do ano de 2010, bem como a taxa mdia anual (2005 a 2013) de TSA por 100 mil mulheres
residentes atendidas pelo CIT/RS. Foi analisada a correlao desta taxa com os indicadores socioeconmicos. Foram
ajustados modelos de regresso linear simples e mltipla, mantendo no modelo final as variveis cujo P<0,05. Para as
anlises utilizou-se o SPSS verso 18.0.Resultados:O total de TSA no perodo foi de 24.785 casos com uma taxa mdia
anual de 28,5/100.000 mulheres (mximo de 237,96). Os indicadores de educao (r=0,15), renda (r=0,20), e o IDESE
total (r=0,16) apresentaram correlao direta e significativa com a TSA (=5%). No modelo final de regresso linear ml-
tipla permaneceram somente os indicadores de renda e sade, cujos coeficientes foram significativos (P0,001) e iguais a
83,01 e -117,69, respectivamente.Concluso:No modelo ajustado o bloco de sade inversamente proporcional TSA
e o bloco de renda diretamente proporcional. Ou seja, quanto melhores os indicadores de sade municipal, menor a taxa
de tentativas de suicdio (mantendo renda constante), indicando fator de proteo ao agravo. Por outro lado, quanto maior
a renda, maior esta taxa se apresenta (mantendo sade constante). O Indicador de educao no se mostrou significativo
no modelo final.
NDICE DE AUTORES POR PGINA
199

A
Abner Ariel da Silva Lima 95 Ana Carolina Manna Belsalma 168
Abner Ariel Lima da Silva 93 Ana Carolina Ribeiro Corra 134
Ademria Aparecida de Souza 73, 114 Ana Caroline Dagostini Valentim 134
Ademir Ferreira da Silva-Jnior 150 Ana Caroline Hillesheim da Cruz 103
Adriana Carneiro Russo 111 Ana Clara da Rocha Sousa 74, 76
Adriana Mello Baratto 142 Ana Cludia de Brito Passos 115
Adriana Mello Barotto 80, 137, 169 Ana Cludia Lopes de Moraes 118
Adriana Perez Ferreira Neto 142 Ana Cludia Tinoco Silva 118
Adriana Safioti de Toledo 86, 88, 162 Ana Emlia de Melo Bentes 117
Adrielle Maria Mendes Severo 78, 114 Ana Flvia de Paula Guerra 68
Adrielly Lunia Alves de Souza 70 Anai Adario Hungaro 79, 81, 192
Adriene Mendes Severo 78 Anai Adrio Hungaro 59
Aina Sheila Ribeiro Carvalho 78, 189 Ana Leonor Pardo Campos Godoy 104
Alana Vieira Lordo 63, 111 Ana Lucia Erra 174
Alarisse Zoghaib 101 Ana Luiza Ribeiro Aguiar 115
Alba Bianco de Freitas 84 Ana Paula dos Santos Campos 140
Alberto Nicolella 173, 196 Ana Paula Mayumi de Souza 116
Alcbia Helena de Azevedo Maia 103 Ana Paula Scaranelo 168, 169
Aldilane G. Fonseca 148, 149 Ana Paula Soares Gondim 73, 87, 185
Aldilane Gonalves da Fonseca 151 Ana Voitzuk 129, 130
Alejandra Franco 130 Ana Voitzuk. 129
Alessandra Pereira da Silva 190 Anderson Moreira Alves 73
Alexandre Dias Zucoloto 119, 122, 174 Andra Amoras 79
Alexandre Targino da Soledade 83, 120 Andrea Amoras Magalhes 138
Alfa Barata 55, 56, 60, 88, 143 Andra do Socorro Campos de Arajo Sousa 147
Aline Aguiar 129 Andressa Silva Abreu Pinasco 134, 136
Aline Barreto S 93, 95 Andrs Vigna 60
Aline de Oliveira Costa 86, 88 Andreza Kelly F. Silva 149
Aline Moura Sampaio 151 Andreza K. F. Silva 148
Aline Ramalho de Oliveira 159 Andryne Rego Rodrigues 101, 141, 167
Aline Sampaio Jamel 167 Ane C. L. Nascimento 148
Aline Souza de Oliveira 71 Ane C.L. Nascimento 149
Alisson Pittol Bresciani 137 Ane Costa Linhares do Nascimento 151
Allana Andrade Lobo 159 Anbal de Freitas dos Santos Jnior 188
Amalia Laborde 60, 72, 122, 130 Anita de Moura Pessoa 68, 82
Amalia Laborde. 122 Antonio Jorge Ribeiro da Silva 160
Amanda Costa Pereira 170 Antonio Pascale 60, 109, 122, 130, 131
Amanda Franceschini Ghilardi 117 Arat Oliveira Cortez Costa 113
Amanda Mamed de Gusmo Lobo 83, 120 Ariadne de Castro 85, 191
Amanda Santos Vaz Ribeiro 94 Aryel Profeta Brito 147
Amauri Cassiano de Brito 74 Augusto Ribeiro de Jesus Oliveira 134
Amlia Cristina Modzinski 105 Ayalla L.V. Cerqueira 151
Ana Carolina Manna Bellasalma 173

B
Brbara Marcela Beringuel 87 Bonan, C.D. 91
Barbosa, TP 99, 102 Bortoli, P.M. 91
Bastos, K.X. 77, 161 Bozzo A., de Souza Viera R 161
Bastos, KX 69 Brito, YQLP 128
Beatriz Ferreira Martins 79, 81 Bruna Barbosa Cerqueira 94
Beatriz Magiole Soares 160 Bruna Fortes Maciel 168
Bianca Sousa Valverde 137 Bruna Rafaela Santos Barandas 174
Bogo, M.R. 91 Bruno Coelho Cavalcanti 70
200

Bruno Lemos Batista 159 Burger M. 161


Bruno Vidal Macedo 113

C
Cadenazzi M 161 Caroline Eugeni 58
Caio Julio Cesar Soares de Oliveira Filho 172 Caroline Rego Rodrigues 101, 141, 167
Caio Menezes Tavares 185 Cartaxo, J.L.S. 77, 161
Caio Tavares 187 Cartaxo, JLS 69
Camila Carbone Prado 124 Cssia Barbosa Facini 105
Camila Caroline S. Patrcio 149 Catarina Aparecida Sales 135
Camila C Prado 56 Ctia Millene Dell Agnolo 140
Camila Cristiane Formaggi Sales 132, 140, 186 Catiuscia Rodrigues Guerreiro 168, 174
Camila C. S. Patrcio 148 Ceclia Arajo 100
Camila Guimares Polisel 103, 170 Cecilia Freitas da Silva Araujo 94
Camila M. Madureira 59 Clia Maria Sales Vieira 141
Camila M. M. Ramos 170 Celina Andrade Botelho 139
Camila Sena Uzeda 167 Csar Augusto Koczaguin 62, 195
Camilo Molino Guidoni 116, 139 Chaves JN 126
Carla Christina de Miranda Gomes Schlindwein 180 Chrissie F. Carvalho 91
Carla Danielle Dias Costa 99, 195 Cinthia Kunze Rodrigues 110, 142
Carla Fernanda Borrasca-Fernandes 56, 61, 111, 112, 117, Cnthia Kunze Rodrigues 134, 137
120, 124, 128, 129 Cinthya Saraiva de Assis 148, 149, 151
Carla Fernandes Borrasca 119 Cntia Arajo Pereira 120
Carla Fernandes dos Santos 126, 148, 149, 150 Cntia Mesquita Correia 67, 94, 187
Carlos Alberto da Silva Riehl 104 Cirene Lesniowski Delgobo 80
Carlos Alberto da Silvia Riehl 155 Claudia Simone Oliveira Amaro 93, 95
Carlos Augusto Mello da Silva 125, 171 Clcio A Espezim 62, 195
Carlos Ortega 72 Cleiton Jos Santana 59, 135, 140, 192
Carlos Roberto Naufel Jr 85 Clcia Mayara Santana Alves 103
Carlos Tiago Martins Moura 73, 112, 185 Conceio Aparecida Turini 116
Carlos Tiago Moura 63, 137 Costa, LC 69
Carlos Tiago Moura. 137 Costa, RAR 99, 102
Carolina Dizioli Rodrigues de Oliveira 113 Couto Silvana 118
Carolina Juanena 122 Cristina Alvim 191

D
Daiane Farias Silva 78 Dannielly Azevedo de Oliveira 117, 192
Dailma Ferreira Carneiro 58 Dario Pose 72
Daisy Pontes Netto 179 Daro Pose 131
Dalmao N 161 Dario Rodrigues Junior 93
Damio Pergentino de Sousa 113 David C.L.A. Macedo 116
Danella Glaudncio Ferreira 188 Deane Barbosa de Jesus 167
Daniela Brolo 93 Del Cioppo Florencia 118
Daniel de Sousa Filho 84 Denilson Barbosa de Freitas 127, 188
Daniele Massuqueto de Moraes Yoshitomi 85 Denise Aguiar Lopes 124, 169, 180
Daniel Emilio Dalledone Siqueira 85, 191 Denise Lopes 180
Daniel Frana Horta 179 Diego Sales de Argollo 78, 189
Daniel G. Lacerda 59 Diego Tessaro 92
Danielle Bibas Legat Albino 62, 124, 142, 195 Dilton Mendona 55, 56, 57, 60, 83, 85, 88, 133, 143
Danielle Hoeltgebaum 160 Diogo Sousa Rodrigues 99, 195
Danielle N. Pinto 116 Dos Santos, SG 99
Daniel Rebouas 55, 60, 85, 133, 143 Duza Gabriel 130
Danilo Gustavo G. Ferreira Romanelli 139
Danilo Winckler 137
201

E
Edilson Martins Rodrigues Neto 115 Elna Joelane Lopes da Silva do Amaral 121, 162, 163
Edilcia de Souza Salomo 67, 71 Elo Muehlbauer 109, 124, 134, 180
Edilcia Salomo 85, 88 Elton Alves de Castro 139
Edna Maria Miello Hernandez 119, 122 Emilio Carlos Elias Baracat 58, 62, 168
Edna Maria Mielo Hernandez 113 Emilio Carols Elias Baracat 142
Eduardo Capitani 58, 62, 142, 169 rica Cristina de Sales Vaz 151
Eduardo Carlos Tavares 191 rica Cristina S. Vaz 148, 149
Eduardo Costa de Figueiredo 102 Erica Gomes de Almeida 192
Eduardo De Mello Capitani 168 rica Gomes de Almeida 135, 173, 186
Eduardo Duarte Sena 179 Erix de Souza Castro 138
Eduardo Mello de Capitani 86, 88 Eryberto Steves Tabosa do Egito 119
Eduardo Mello De Capitani 56, 61, 111, 112, 119, 120, 124, Eryvelton de Souza Franco 73, 114
128, 129, 162 Estela Rodriguez 130
Eduardo Melo De Capitani 117 Estevez E 161
Eliana Regina Lima Fernandes 117, 192 Eunice Ivone de Souza 126
Eliane Gandolfi 92 Evandro Levis Postal 101, 171
Elias Gomes Souza Neto 83 Everton Malheiro 55, 56, 57, 83, 143
Elke Maria Nogueira de Abreu 69, 80 Ewerton da Costa Ferreira 113

F
Fabiana Gomes de Castro 68 Fernandes, L.T.B. 161
Fabio Bucaretchi 86, 88, 142, 168, 169 Fernandes, LTB 69
Fbio Bucaretchi 56, 58, 61, 62, 124, 128 Fernndez D 161
Fabio Rodrigues Barbosa 189 Fernando Amata Mudado 121
Fabrcio Pires de Moura do Amaral 121, 162, 163 Fernando Barbosa Jr. 159
Felipe Passos 57, 60, 85, 143 Fernando Bazzino 131
Fernanda Bastos 187 Flvia Antunes 140
Fernanda da Silveira Bastos 185 Flvia Cruz dos Reis 68
Fernanda Lozano 130 Flvio Alexandre Pereira Pinto 133
Fernanda Nassiff Neves Carneiro 67 Florencia Del Cioppo 131
Fernanda Sayuri Chiozzi Watanabe 132 Francisco Bruno Teixeira 150

G
Gabriela Braz Leite 68 Gisele Gardin Gomes 187
Gabriela B.S. Errico 151 Gleisson Pereira de Jesus 104
Gabriela da Silva Scopel 136 Gleyce de Fatima Silva Santos 95
Gabriela Marques Pereira Mota 148, 149, 150 Grace dos Santos Sousa 141
Gabriela Marques P. Mota 126 Guidyan Anne Silva Santos 180
Gabriela Martelli 142 Guilhermina Vieira Laranja 76
Gabriela Peredo 72 Gustavo F. de S. Viana 100
Gabriela Scopel 172 Gustavo Freitas de Sousa Viana 91
Gabriel Crapanzano 130 Gustavo Henrique Oliveira da Rocha 159
Gadelha, MAC 128 Gustavo Pereira Fraga 58, 62, 142, 168, 169
Gsica Aparecida Pereira 168 Gutierres, J.M. 91
Giane Christina Alves da Silva 122
Gilberto Tadeu Nable 127
Gildomar Lima Valasques Jnior. 151
Giovanna Carvalho Martins 84
202

H
Helen Bunn 62, 195 188, 189
Hellen Dutra Passos 76 Herling Gregorio Aguilar Alonzo 71, 86, 88
Hemerson Iuri Ferreira Magalhes 78 Hugo Rodrguez. 130
Hemerson Iury Ferreira Magalhes 63, 70, 84, 111, 113,

I
Iardja Stfane Lopes 63, 112, 137 Iury Zoghaib 101
Ieda Ana Costa Correa 109, 110 Ivana Leal Furlan 124, 169, 180
Irabuena O 161 Izabela Camila Souza Ferreira 128
Isaas Dias de Oliveira 69, 80

J
Jackline Seiben 137 Jos Antnio Menezes Filho 94, 104
James Lineker Cartaxo 113 Jos Domingos Gonalves 56, 57, 83, 88, 133, 143
James Linneker da Silva Cartaxo 70, 188 Jos dos Reis Vieira Netto 69, 80
Jamili Zanon Bonicenha 118 Jos Fernando Sens Jr. 110
Jamille Araujo de Sousa Santos 141 Jos Fernando Sens Junior 142
Janete Eliza de S Soares 100, 105 Jos Franscidavid Barbosa Belmino 75
Jardel Jacinto 142 Joseney Santos 79
Jeane Freitas de Oliveira 167, 171 Josimeire Josino de Oliveira 74
Jernimo Raimundo Oliveira Neto 141 Josymara Trajano de Farias 70, 78, 114
Jessica Adrielle Teixeira Santos 79, 192 Jovelina Samara F. Alves 148, 149
Jssica da Silva Cunha 111, 119, 120 Joyce Veloso Alves da Cruz 70
Jssica Lobo Gianucci 159 Juan Adrizio Guedes Costa 192
Jssica Medina 55, 56, 57, 88 Juan Ignacio Arbia 129
Jssica Pinheiro Costa 171 Jucelino Nery da Conceio Filho 55, 56, 57, 71, 83, 88, 133
Jessi Martins Gutierres 92 Juliana Aparecida Rodrigues 148, 149, 150
Joana Beatriz Costa Lara Rocha 172 Juliana Buck Dias 139
Joanina Bicalho Valle 76 Juliana Feliciati Hoffmann 173, 196
Joo Bosco de Medeiros 111 Juliana Gregrio Ramalho Carvalho 78
Joo Gabriel Barbosa Lima 87 Juliana L. G. Rodrigues 100
Johnathan Lucas da Silva Botelho 127, 188 Juliana Perptuo de Souza 111, 124, 162, 168
John Kennedy Vieira Pinto Junior 75 Juliana Rodrigues 104
Jonas Ricardo Munhoz 160 Juliana Sartorelo Carneiro Bitencourt Almeida 172
Joquebede Nery Chaves 83, 120 Juliana Sartorelo Carneiro Bittencourt Almeida 121, 127,
Joquebede Nery Chaves Monteiro 83 133, 139
Jorge Antonio Aguiar de Sousa 69, 80 Juliana S. C. B. Almeida 59
Jos A. Menezes-Filho 91 Juliana S.C.B. Almeida 116
Jos Antonio Braga Neto 103

K
Kaizer, R.R. 91 Karla Ribeiro de Lima Cardoso 104, 155
Kamilla Manduca do Prado 109 Karolline Francisca Thomaz Vieira Oliveira 185
Kamilla M do Prado 134 Katia Chrsitina Werner 84
Kamylla Santos da Cunha 67 Katy Lsias Gondim Dias de Albuquerque 114
Karina Diniz Oliveira 58, 62, 142, 168, 169 Keila Alcntara 99, 195
Karina Ilheu da Silva 110, 134 Keila Alcntara. 99, 195
Karla Castillo Flores 169 Keliane Santos de Menezes 113
Karla Frida Torres Flister 103 Kist, L. 91
203

L
Laborde Amalia 118 Lis Ousaki 59
Laiane Mucio Correia 81 Lvia Apolnio de Freitas Guimares 100, 105
Lala Macedo 55, 57, 85, 133 Lvia Gisella Fernandes 132
Lais Fernanda Ferreira da Silva 174 Lvia Helena Freitas da Silva 80
Las Fernanda Ferreira da Silva 186 Lvia Maria Costa e Sousa 75
Lassa L. Timochenco 59 Lobo AMG 126
Lariane Oliveira Cargnelutti 147 Lorena Silva Nunes 100
Larissa Abreu 55, 57, 85, 133 Lorena S. Nunes 91
Larissa Rezende 79 Luana Brbara Oliveira Nascimento 94
Laura Fernanda Condota Borba 179 Luana Lima Santos Cardoso 185, 187
Laura Fernanda Condota Borba de Souza 179 Luana Santos Boaventura 94
Layane Marques de Souza 82 Lucas Coraa Germano 71, 86
Lays Cristina dos Anjos Leite 114 Lucia Margarete dos Reis 59, 192
Lays Maria Alves Dias 70 Lcia Margarete dos Reis 135
Leila Carneiro 55, 57, 60, 83, 85, 133 Luciana Nussbaumer 67, 72
Leilane Duccini 172 Luciana Silveira Reis 133
Leiliane Teixeira Bento Fernandes 70 Luciane CR Fernandes 56
Leite, JJ 99, 102 Luciano Ressurreio Santos 167
Leonardo Saldanha de S 70 Ludmila Maria Ges de Oliveira 171
Lesley Divina Matias Soares 190 Luiza Gutz 169
Lia Coimbra Quaresma 62, 195 Luiz Carlos Costa 111
Lidiane Sousa Portugal 187 Luiz Carlos da Cunha 99, 101, 105, 141, 167, 195
Ligia Veras Gimenez Fruchtengarten 113, 174 Luiz Henrique Libardi Silva 136
Ligia Vras Gimenez Fruchtengarten 119, 122 Lurian Fenske 93
Llia Ribeiro Guerra 118 Lyvia Barbosa Alves 77
Linconl Uchoa Sidon 138

M
Macedo, B.V. 161 Marcos Almeida 57, 88, 133, 143
Magalhes, H.I.F. 77, 161 Margaret Grando 62, 80, 195
Magalhes, HIF 69, 99, 102 Maria Antnia Kalafats de Amorim 134
Magda Lcia Flix de Oliveira 59, 79, 81, 132, 135, 140, Maria Apolonia da Costa Gadelha 127, 188
168, 173, 174, 186, 192 Maria Apolnia da Costa Gadelha 69, 80
Magda Lcia Flix de Oliveira. 168 Maria Augusta Drago Ferreira 73, 87, 115, 185
Magda Mara Barcia Vital Duarte 111 Maria Beatriz Moretto 147
Maiara Cristina Pereira 168 Maria Bernadete de Sousa Maia 73, 114
Maira Carvalho Rios 171 Maria da Conceio N. Pinheiro 93, 95
Mara M Branco Pimenta 56, 61 Maria da Graa Boucinha Marques 125
Mara M. de Souza 151 Maria de Ftima Ramos Moreira 163
Maira Migliari Branco Pimenta 112, 117, 128 Maria Elisabete Amaral de Moraes 121, 162, 163
Malu Welter 124, 169, 180 Maria Elisabete Amaral de Moraes. 121
Manoel Odorico Amaral de Moraes 121 Maria Gorete Rossoni 125
Manoel Odorico de Moraes 162, 163 Maria Ins Monteiro. 162
Manoel Odorico de Moraes. 162, 163 Maria Lucineide Porto Amorim 73, 114
Marcela Aliaga 129, 130 Maria Margareth Teixeira Gomes 117, 192
Marcelo Tavares 186 Mariana Aparecida Oliveira Madia 160
Marcia Cristina Freitas da Silva 93, 95, 147 Mariana Reis Liparizi 77, 172
Mrcia Cristina Freitas da Silva 150 Mariana Santos Reis 77
Mrcia Rebeca Rocha de Souza 167 Mariane Gonalves Santos 102
Marcia Regina Jupi Guedes 173, 174 Mariani Gonalves de Oliveira 85
Mrcia Regina Jupi Guedes 140 Mariano Daz 129
Marcio Olivio Figueredo Vargas 103 Marianoel Valdez 60
Marcos A.B. Vieira 116 Maranoel Valdz 122
204

Maria Rosa Chitolina Schetinger 92, 93 Marta Menezes 55, 56, 60, 83
Maria Rosa Chitolina Schetinger. 93 Matheus Alves Alvares 122
Maria Samara Alves da Silva 127 Mayara Picolli 169
Marlia vila de Freitas Aguiar 191 Mayara Schiavon Rabello 169
Marlia Teixeira de Siqueira 87 Mayara Thayn Magalhes Alcntara 63, 100, 112, 137
Marina Alves Coelho Silva 167 Maysa Yoko Murai 85
Marina Sider 112, 128 Melina Pan 122
Marina Spera 130 Mello da Silva, CA 123, 125, 138
Mario Moraes 60 Michele Cristina Santos 81, 135, 173
Marisete Canello Resener 109, 142 Michele Cristina Santos Silvino 135, 173
Marisete C Resener 62, 195 Michele Lima de Oliveira 171
Marjorie Arajo Monteiro 83 Millene Moura Alves Pereira 167
Marlene Bonow Oliveira 62, 195 Mirian Parente Monteiro 115
Marlene Entres 85, 191 Moll Maria J. 118
Marlene Zannin 62, 80, 109, 110, 124, 134, 137, 142, 169, Mnica Mndez 131
180, 195 Monteiro, L.S. 161
Marques, MGB 138 Monteiro, LS 69

N
Nadirlene Pereira Gomes 67 Nayana Maria Moraes Ferreira 150
Nancy dos Santos Barbi 160 Neander Abreu 91
Natacha Malu Miranda da Costa 150 Nelson Jorge da Silva Jr 68, 82
Natlia Fontana 84, 188, 189 Nicole de Sousa Cunha Lima 170
Natlia Gomes Monteiro 113 Nicole Kuster Porpino Ferreira 134
Natalia Mendelewicz 130 Nilder N.A. Reis Junior 116
Natalina Maria da Rosa 140, 173, 174 Nina Ramalho Alkimim 121
Nathalee Liberal Xavier Ribeiro 170 Nixon Souza Sesse 134, 136
Nathalia de Freitas Barcelos Itho 77, 136 Noriko Hikichi 130
Nautiluz Sabbadini de Paula Xavier 179 Nunes, A.P.L. 77, 161
Nayana da Rocha Oliveira 74, 76 Nunes, APL 69

O
Oflia Gomes Soares 117 Osmar Batista Policarpo 192
Oliveira, ID 128

P
Pablo Gastaldi 130 Paula Nishiyama 159, 160
Paloma Porto Amorim 81 Paula Rbia Oliveira do Vale Alves 58
Pardal, PPO 128 Paula Sarkissian 130
Patricia DallOrso. 131 Paulo C Brentano Jr 62, 195
Patrcia de Moraes Silva 82 Paulo Igor Teixeira Silva 69, 80
Patrcia Drumond Ciruffo 59, 116, 121, 133 Paulo Mecenas Alves Farias-Junior 150
Patricia Xavier Rodrigues Leite 135 Paulo Srgio Dourado Arrais 87
Patricia Yokoo 85 Paulo Thiago dos Santos Moraes 93
Patrick Rodrigues Ribeiro 101 Pedro Camargo 55, 57, 60, 83, 85
Paula Bruna Sousa Santos 115 Pedro de Lima Santana Neto 81
Paula C Soubhia 61 Pedro Freire 170
Paula Eliete Rodrigues Bitencourt 147 Pedro Pereira de Oliveira Pardal 69, 80, 127, 188
Paula Fernades de Aguiar 104 Pedro Pereira de Oliveira Pardal. 188
Paula Fernandes de Aguiar 155 Polianna Lemos Moura Moreira Albuquerque 73, 87
205

Pose, Daro 118 Priscilla Meireles Brito 113


Priscila Barbosa de Sousa 63, 105, 112, 137

Q
Quezia Souza de Santana Lima 189 Quzia Souza de Santana Lima 78

R
Rachel Maia Tarbes 127 Rene A. Sacilotto 116
Rachel Rabay Nogueira 73, 87, 115, 185 Renner de Souza Leite 74, 75, 76
Rafael Augusto Rafaelly 139 Repolho, JS 128
Rafaella Moreno Barros 76 Richard Morrinson Couras de Carvalho 70, 78, 114
Rafael lanaro 58 Rinara Anglica de Andrade Machado 76, 136
Rafael Lanaro 61, 62, 142, 168, 169 Rita de Cssia A. Pereira 73, 114
Rafael Vitor Silva Gaioso dos Santos 162, 163 Rita de Cssia Calandra 174
Ramon Tartari 62, 195 Roberta dos Santos Toledo 179
Raphael Santos Melo 172 Roberta Lemos Freire 179
Raquel de Souza Viera 131 Roberta Roldi 136
Raul Jos da Silva 63, 111 Rodrigo Patriota Pires & Marlia Teixeira de Siqueira 81
Raylan da Rocha Arajo 185 Rodrigues JMS 126
Rayra Aguiar Campos Lima 87 Ronald Ferreira dos Santos 80
Rayssa Pala Pereira Cardoso 84, 189 Ronaldo Junio de Castro Rocha 172
Rebeca Maria C. Albuquerque 148, 149 Ronnylle Matheus P.F. Silva 149
Reginara Souza 56, 57, 60, 83, 88, 143 Ronnylle M. P. F. Silva 148
Renan Rolim Moreira Camara 100 Rony Anderson Rezende Costa 70
Renata Cruz Soares de Azevedo 58, 62, 142, 168, 169 Rosana Alves de Souza 160
Renata Cruz Soares de Azevedo. 169 Rosana Maria de Oliveira Silva 67
Renata Karine Carvalho 148, 149, 150 Rosana Rosseto de Oliveira 140
Renata Karine de Carvalho 126 Roslia Maria Spanevello. 92
Renata Loureiro Vianna 101, 171 Rosilene Perin 93
Renata Mazaro e Costa 148, 149, 150 Rosilene Rodrigues Kaizer Perin 92
Renata Sano Lini 159, 160 Rossoni, MG 138

S
Sally Cristina Moutinho Monteiro 103 Srgio de O. Prado e Jos Antonio Menezes Filho 100
Samanda Lima Oliveira 73 Sergio Emanuelle Graff 122
Samir de Oliveira Sauzen 121 Srgio Henrique Nascente 99, 105, 195
Samuel Botio Nerilo 159 Srgio Henrique Nascente Costa 105
Sandra Vieira 72 Sergio Machado 72
Sandro Antnio Gomes 101 Sergio Soares do Prado Oliveira 94
Sanny da Silva Furtado 75 Silma Gomes da Silva 190
Santos Jnior, AF 69 Silva KA 126
Santos, RAS 99, 102 Silvana Couto 72
Sara Cristina Fogaa Duartes Garcia 132 Silvana Loddi 119
Sarah Izabelly Lemos 121, 162, 163 Silvana Maria Z. Langassner 148, 149
Sara Monteiro Roboredo de Mendona 160 Silvana Maria Zucolotto Langassner 151
Satyko Sato Yoshikawa 84 Silva, PIT 128
Saulo Peconick Ventura 127, 139 Silvia Camero 130
Saulo Rios Mariz 170 Silvia Falco de Oliveira 104, 155
Schetinger, M.R.C. 91 Silvia Raya Covani Gattai 120
Sergio Andrs Machado 109 Simes, S.M.Q. 161
206

Simone Aparecida Galerani Mossini 159, 160 Sousa, JAA 128


Sirliel Mamede Veloso 70 Stefania Villela Moreira Reis 133
Sofia Vidal Campos Pires 81 Stefnia Villela Moreira Reis 121
Soledade AT 126 Stephane Flaviane de Oliveira Bezerra 70
Solma Lucia Souto Maior de Araujo Baltar 73, 114 Stephany da Silva Frana 128
Sonia Aparecida Dantas Barcia 113 Sueli Moreira de Mello 117, 124, 129, 162
Snia Helena Jesus dos Santos Picano 78, 189 Suellen Moura Rocha 79, 81
Sony de Freitas Itho 76, 77, 136 Synthia Campos 110, 169, 180
Soraya Carvalho Rigo 185, 187 Synthia Ferreira Campos 124, 180

T
Taciana Mara da Silva Seemann 109, 110, 124 Tereza Cristina de Deus Honrio 141, 167
Tania Portella 85 Texo A 161
Tnia Portella 191 Thais Aidar de Freitas Mathias 140
Tatiana Vieira de Souza Chaves 162, 163 Thais Mulim Domingues da Silva 134
Tatiane Gouveia de Miranda 186 Thais Rgis Ferreira Borba 126, 148, 149, 150
Telma Libna Roderigues Borburema 142 Thalisie do Carmo Drape 179
Telma Libna Rodrigues Borburema 109, 134, 137 Thalita Lobo Gianucci 159
Telma Libna Rodrigus Borburema 110 Thays Bisi Timoteo 76, 136
Telma Maria A. M. Lemos 148 Thayse Izabela Magalhes Nogueira 127
Telma Maria A.M. Lemos 149 Thiago Santos Porcino 94
Telma Maria Arajo Moura Lemos 151 Tiago Severo Peixe 139
Teresa Maria de Jesus Ponte Carvalho 100, 105

V
Vanessa Cristina de Oliveira Souza 159 Vieira Netto, JR 128
Vanessa Ecla de Oliveira 93 Vinicius Arajo Targino de Sousa 75
Vania Cristina Rodriguez Salazar 167 Vinicius Stella Menotti 160
Vania Cristina Rodrguez Salazar 141 Virgnia Dapper 67, 72
Vania Rodriguez 99, 195 Vitoria Carneiro Gimenes 62
Vania Rodrguez 105 Vitor Soares 160
Vanina Greco 129 Viviane Cristina Sebben 101, 171, 173, 196
Vera Maria Morsch 92, 93 Vivian Karla Brognoli Franco 80, 137

W
Walter Dias Junior 148, 149, 150 William Augusto da Fonseca 116
Walter Dias Jnior 126 William Campo Meschial 79, 132, 186
Wandson Rodrigues Sousa 103 William Campos Meschial 59
Wanessa Masson Moura 82 Wilsione Jos Carneiro 141
Wltima Teixeira Cunha 163

Y
Yokebedh Neri Onias 170
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