DT 6 - Motores Elétricos de Indução Trifásicos de Baixa e Alta Tensão
DT 6 - Motores Elétricos de Indução Trifásicos de Baixa e Alta Tensão
DT 6 - Motores Elétricos de Indução Trifásicos de Baixa e Alta Tensão
www.weg.net
DT-6
NDICE
1 INTRODUO ..................................................................................................... 9
9 REFRIGERAO ................................................................................................ 43
9.1 SISTEMAS DE REFRIGERAO .................................................................................................... 43
9.1.1 Ventilao Axial .................................................................................................................................. 43
9.1.2 Ventilao Mista - Carcaas 355 a 500 na Linha Master (Canais Axiais e Radiais) .............................. 43
9.1.3 Ventilao Bilateral Simtrica - Carcaas 560 a 1120 - Linha Master (Canais Radiais) ........................ 45
11 CARACTERSTICAS DE PARTIDA........................................................................ 68
11.1 LIMITAO DA CORRENTE DE PARTIDA ......................................................................................68
11.1.1 Chave Estrela-Tringulo ...................................................................................................................... 68
11.1.2 Chave Compensadora (Auto-Transformador) ...................................................................................... 68
11.1.3 Partida Esttica ou Soft-Starter ........................................................................................................... 69
11.1.4 Partida com Inversor de Freqncia .................................................................................................... 69
11.1.5 Partida com Reostato para Motores de Anis ..................................................................................... 72
11.2 COMPARAO ENTRE OS PRINCIPAIS MTODOS DE PARTIDA .................................................73
15 ENSAIOS ........................................................................................................... 89
15.1 TIPOS DE ENSAIOS ........................................................................................................................89
15.1.1 Ensaio de Rotina ................................................................................................................................. 89
15.1.2 Ensaio de Tipo .................................................................................................................................... 89
15.1.3 Ensaios Especiais ............................................................................................................................... 89
15.2 LABORATRIO DE ENSAIOS .........................................................................................................89
15.2.1 Caractersticas dos Laboratrios ......................................................................................................... 89
15.3 RELATRIOS DE ENSAIO ...............................................................................................................91
15.3.1 Relatrio de Tipo................................................................................................................................. 91
15.3.2 Relatrio de Rotina ............................................................................................................................. 92
15.3.3 Relatrio de Vibrao .......................................................................................................................... 93
15.3.4 Relatrio de Rudo .............................................................................................................................. 94
16 ANEXOS ............................................................................................................ 95
16.1 SISTEMA INTERNACIONAL ............................................................................................................95
NDICE DE TABELAS
NDICE DE FIGURAS
Figura 10.38 - Caixa de ligao principal em ao, com Para-Raios e Capacitores para surtos. ........................................... 57
Figura 10.39 - Caixa de ligao principal com para-raios, capacitor e Transformadores de Corrente. ................................. 57
Figura 10.40 - Caixa de ligao principal em ferro fundido. ................................................................................................ 57
Figura 10.41 - Caixas de ligao dos acessrios. ............................................................................................................... 58
Figura 10.42 - Caixa de ligao do rotor. ........................................................................................................................... 58
Figura 10.43 - Eixo Macio. ............................................................................................................................................... 58
Figura 10.44 - Eixo Costelado. Chapas de ao (costelas) so soldadas no eixo principal.................................................... 58
Figura 10.45 - Ventilador radial. ......................................................................................................................................... 59
Figura 10.46 Ventilador axial ........................................................................................................................................... 59
Figura 10.47 - Placas de identificao ................................................................................................................................ 59
Figura 10.48 - Motor com mancal de rolamento a graxa. ................................................................................................... 62
Figura 10.49 - Motor com mancal de rolamento em banho de leo. ................................................................................... 62
Figura 10.50 - Rolamentos................................................................................................................................................. 62
Figura 10.51 - Motor com mancal de bucha. ..................................................................................................................... 63
Figura 10.52 - Casquilho e anel pescador. ......................................................................................................................... 63
Figura 10.53 - Motor com mancal de bucha tipo pedestal.................................................................................................. 63
Figura 10.54 - Mancal de bucha dianteiro .......................................................................................................................... 64
Figura 10.55 - Mancal de bucha traseiro ............................................................................................................................ 64
Figura 10.56 - Pontos de medio do Nvel de Rudo. ........................................................................................................ 65
Figura 10.57 - Pontos de Medio para velocidades de vibrao ...................................................................................... 66
Figura 10.58 - Posies recomendadas para medio de vibrao relativa no eixo. ........................................................... 66
Figura 10.59 - Balanceamento ........................................................................................................................................... 67
Figura 11.1 - Partida estrela-tringulo. ............................................................................................................................... 68
Figura 11.2 - Fatores de reduo K1 e K2. ........................................................................................................................ 68
Figura 11.3 - Partida Direta e com Soft-Starter por rampa de tenso. ................................................................................ 69
Figura 11.4 - Tenso e corrente no motor. ......................................................................................................................... 70
Figura 11.5 - Variao linear de tenso e freqncia. ......................................................................................................... 71
Figura 11.6 - Curva tpica de motor aplicado inversor de freqncia. ............................................................................... 71
Figura 11.7 - Curva Caracterstica V/f com compensao I x R. ......................................................................................... 71
Figura 11.8 - Enfraquecimento de campo para valores de tenso e freqncia acima dos nominais. .................................. 72
Figura 11.9 - Famlia de curvas de conjugado x velocidade para motores de anis............................................................. 72
Figura 12.1 - Conjugado contante...................................................................................................................................... 75
Figura 12.2 - Conjugado linear. .......................................................................................................................................... 75
Figura 12.3 - Conjugado quadrtico ................................................................................................................................... 75
Figura 12.4 - Conjugado hiperblico. ................................................................................................................................. 75
Figura 12.5 - Conjugado no definido ................................................................................................................................ 76
Figura 12.6 - Momento de inrcia em rotaes diferentes. ................................................................................................. 76
Figura 12.7 - Curva de conjugado nominal e mdio de uma carga tpica. ........................................................................... 76
Figura 12.8 - Curva de Conjugado x Rotao .................................................................................................................... 77
Figura 12.9 - Curvas Conjugado x Velocidade das diferentes categorias. ........................................................................... 78
Figura 12.10 - Conjugado motor mdio. ............................................................................................................................ 79
Figura 12.11 - Determinao grfica do conjugado mdio de acelerao. .......................................................................... 80
Figura 13.1 - Seleo de motor considerando o conjugado resistente da carga. ................................................................ 83
Figura 14.1 - Detector de temperatura em mancal de Bucha. ............................................................................................ 86
Figura 14.2 - Visualizao do aspecto externo dos termoresistores. ................................................................................... 86
Figura 14.3 - Visualizao do aspecto externo dos termistores .......................................................................................... 86
Figura 14.4 - Termmetro com indicador local. .................................................................................................................. 86
Figura 14.5 - Motor da linha M com vrios termmetros. ................................................................................................... 87
Figura 14.6 - Detector de temperatura na bobinagem do estator. ...................................................................................... 87
Figura 14.7 - Visualizao do aspecto interno e externo do termostato. ............................................................................. 88
Figura 15.1 - Laboratrio de ensaios .................................................................................................................................. 90
1 INTRODUO
Este curso tem por objetivo permitir aos profissionais conhecer e saber o que necessrio para especificar um motor de
corrente alternada (CA) de induo de alta tenso, compreender o funcionamento, os tipos de acionamentos, os tipos de
motores e o dimensionamento destes em funo dos tipos de carga. Sero abordadas as caractersticas construtivas,
instalao, regime de servio, aplicaes, tipos de ensaios, normas e outros.
Todos tm algo em comum, precisam de energia eltrica esforos mecnicos, configurao fsica, conjugados
para produzir trabalho. Se por um lado inevitvel o requeridos, etc.).
consumo de energia eltrica para a utilizao dos
motores, por outro lado, a escolha adequada dos O processo no envolve somente a coleta de
mesmos e alguns cuidados especiais no seu uso podem informaes para a definio das caractersticas
economizar muita energia. construtivas e de desempenho do motor, mas tambm
Atualmente, a indstria, necessitando de motores para visa otimizar a escolha sob a tica da economia e da
acionamento das mais variadas cargas e exige dos confiabilidade.
fabricantes a adequao a esta realidade, obtendo-se
desta forma uma gama elevada de equipamentos desta A dificuldade est em que cada um dos requisitos
natureza, como mostra a Figura 2.1. anteriores so do conhecimento especfico de
No campo de acionamentos industriais, que o objeto profissionais de diferentes reas, por exemplo:
deste curso, estima-se que de 70 a 80% da energia Engenharia de Instalaes...Caractersticas da rede
eltrica consumida pelo conjunto de todas as indstrias de Alimentao;
seja transformada em energia mecnica atravs dos Engenharia de Manuteno...Caractersticas do
motores eltricos. Ambiente;
Isto significa que, admitindo-se um rendimento mdio da Engenharia de Processos...Caractersticas
ordem de 80% do universo de motores em aplicaes construtivas de cada motor;
industriais, cerca de 15% da energia eltrica industrial
transforma-se em perdas nos motores. O espao a ser preenchido entre o fabricante e o
O processo de especificao de um motor eltrico consumidor a perfeita interligao entre estas reas de
corresponde escolha de um motor industrialmente modo que determinada aplicao seja coroada de xito.
disponvel que possa atender a pelo menos trs Esta nova rea denominada de Engenharia de
requisitos do consumidor: Aplicaes.
Caracterstica da rede de alimentao: (tipo, tenso,
freqncia, simetria, equilbrio, etc.);
Caractersticas do ambiente: (altitude, temperatura,
agressividade, etc);
Caractersticas da carga acionada (potncia, rotao,
3 NOES FUNDAMENTAIS
Com base em experimentos utilizando dispositivos A anlise acima ser bastante til e dever ser retomada
semelhantes representao abaixo, Faraday pode adiante quando ser explicado o principio bsico de
concluir que: funcionamento de uma mquina eltrica, seja ela
operando como um motor ou gerador.
A tenso induzida nas extremidades de um condutor
imerso em um campo magntico conforme apresentado 3.1.2 Lei de Lenz
na Figura 3.1 proporcional razo entre o fluxo (linhas
de fora que cortam o condutor) e o tempo em que as Em complemento ao que demonstrou Faraday veio a lei
linhas de fora cortam este condutor. de Lenz, fundamentada pelo fsico Heinrich E. Lenz. Ele
observou que a corrente eltrica induzida produzia
efeitos opostos a suas causas. Mais especificamente,
Lenz estabeleceu que o sentido da corrente eltrica
induzida tal que o campo magntico criado por ela
ope-se variao do campo magntico que a produziu.
Onde:
V - Tenso induzida nos terminais do condutor
4.1 VANTAGENS
Limpeza e simplicidade de comando;
Construo simples e custo reduzido;
Grande versatilidade de adaptao s cargas dos
mais diversos tipos.
Figura 4.1 - Motor eltrico de induo trifsico 4.3.1 Motor de induo de gaiola
Note que a gaiola possui anis metlicos na tampa e na 4.3.2 Motor de induo de rotor bobinado
base, de tal modo a curto-circuitar as barras e permitir a
circulao de correntes por elas. O motor de rotor bobinado difere do motor de rotor em
gaiola de esquilo apenas quanto ao rotor. O rotor
O rotor em gaiola de esquilo constitudo por um ncleo constitudo por um ncleo ferromagntico laminado
de chapas ferromagnticas, isoladas entre si, sobre o sobre o qual so alojadas as espiras que constituem o
qual so colocadas barras de alumnio metlicas enrolamento trifsico, geralmente em estrela. Os trs
condutoras, dispostas paralelamente entre si e unidas terminais livres de cada uma das bobinas do
nas suas extremidades por dois anis condutores, que enrolamento trifsico so ligados a trs anis coletores.
curto-circuitam as barras. As barras do rotor tipo gaiola Estes trs anis ligam-se externamente a um reostato de
de esquilo, nem sempre so paralelas ao eixo do rotor, partida, constitudo por resistncias variveis, ligadas
mas podem ser deslocadas ou colocadas segundo um tambm em estrela. Deste modo os enrolamentos do
pequeno ngulo em relao a ele, para produzir um rotor tambm ficam em circuito fechado.
torque mais uniforme e para reduzir o rudo magntico
durante a operao do motor.
Note que o nmero de plos do motor ter que ser A vazio o escorregamento muito pequeno, portanto,
sempre par, para formar os pares de plos. Para as como no rotor, sua reatncia e sua f.e.m. induzida so
freqncias e polaridades usuais, as velocidades todas muito pequenas. Assim, a corrente do rotor
sncronas so: reduzida, apenas suficiente para produzir o torque
necessrio a vazio. O fator de potncia extremamente
Tabela 4.1 - Velocidades sncronas para os diferentes nmeros baixo e em atraso, com cos < 0,3, pois a corrente que
de plos circula pelo motor utilizada apenas para a sua
Rotao sncrona por minuto magnetizao.
No de plos Quando uma carga mecnica aplicada ao rotor, a
60 Hz 50Hz
2 3600 3000 velocidade decresce um pouco. O pequeno decrscimo
4 1800 1500 na velocidade causa um aumento no escorregamento,
na freqncia da corrente rotrica, na sua reatncia e na
6 1200 1000
sua fora eletromotriz induzida. O aumento da corrente
8 900 750
induzida no rotor reflete-se num aumento da corrente
primria do estator (componente esta que produz
Para motores de dois plos, o campo percorre uma
potncia). Uma corrente maior ser produzida no estator,
volta a cada ciclo. Assim, os graus eltricos equivalem
com um melhor fator de potncia, tendendo a produzir
aos graus mecnicos. Para motores com mais de dois
mais potncia mecnica e solicitar mais potncia da
plos, tem-se, de acordo com o nmero de plos, um
linha. plena carga o motor de induo ir girar a um
giro geomtrico menor, sendo inversamente
escorregamento que promove o equilbrio entre o torque
proporcional a 360 em dois plos.
desenvolvido pelo motor e o torque resistente da carga.
Por exemplo: Para um motor de seis plos tem-se, em
O fator de potncia a plena carga varia de 0,8 (em
um ciclo completo, um giro do campo de
pequenos motores de aproximadamente 1 cv) a
360 o 2 aproximadamente 0,95 (nos grandes motores, acima de
= 120 o geomtricos. Isto equivale, 150 cv). Em primeira anlise pode parecer que aumentos
6 alm da plena carga produziro melhoria no fator de
logicamente, a 1/3 da velocidade em dois plos. Conclui- potncia, e aumento na corrente de fase do estator.
se, assim, que: Porm, com o aumento da carga e do escorregamento,
a freqncia da corrente rotrica continua a aumentar e o
Graus geomtricos = Graus mecnicos x p aumento na reatncia do rotor produz uma diminuio no
fator de potncia do mesmo. Portanto, com cargas
4.5 ESCORREGAMENTO acima da plena carga, o fator de potncia aproxima-se
de um mximo e ento decresce rapidamente.
Em um motor eltrico assncrono, o rotor sempre ir girar
com rotao abaixo da rotao do campo girante e,
portanto, haver corrente e torque (conjugado
eletromecnico) induzidos. A diferena relativa entre as
velocidades do rotor e do fluxo do estator (sncrona)
conhecida como escorregamento e representada
por:
nS n
s% = 100
nS
Figura 4.5 - Circuito equivalente por fase de uma mquina assncrona com escorregamento s, com secundrio (rotor) no referido ao
primrio (estator).
Onde:
E1 = Fora contra eletromotriz induzida no 4.6.2 Conjugado Eletromagntico
estator;
E2 = Fora eletromotriz induzida no rotor; A interao entre a corrente do rotor e o fluxo produzido
ke1 e ke2 = Fator de enrolamento do estator e por cada plo unitrio do campo magntico girante que
rotor, respectivamente; concatena o condutor do rotor, resulta o conjugado
N1 e N2 = Nmero de espiras do estator e rotor, motor, o qual dado por:
respectivamente; C = k . m .I 2 s . cos 2 s
m = Fluxo de magnetizao;
f2 = f1 para rotor bloqueado. Onde: k = Constante de conjugado para o nmero de
plos, o enrolamento, as unidades empregadas,
Na presena de escorregamento tem-se: etc.;
cos2s = Fator de potncia do circuito rotrico;
f 2 = s f1 m = Fluxo de magnetizao;
I2s = Corrente rotrica.
Da mesma forma, para um estudo mais aproximado da 4.6.4 Distribuio de Potncias e Perdas
mquina, esta equao poder ser simplificada por:
C m .I 2 s No caso de um acionamento em que a potncia
solicitada ao motor permanece constante ao longo do
Que determina a relao existente entre o torque tempo, a determinao da potncia relativamente
desenvolvido (solicitado) pela mquina, o fluxo de simples, conhecidos o conjugado resistente da carga e a
magnetizao entre rotor e estator e a corrente induzida rotao de funcionamento, tem-se:
rotrica, que dada por: Cn
P=
s E2 s E2 k
I 2s = =
importante ter em mente que a potncia solicitada ao
R + SX
2
2
2
d2
Z 2s
motor definida pelas caractersticas da carga, isto ,
independentemente da potncia nominal do motor.
Onde: Z2s = Impedncia rotrica;
E2 = Fora eletromotriz induzida no rotor; A potncia transmitida carga pelo eixo do motor
s = Escorregamento. menor que a potncia absorvida da rede, devido s
perdas no motor. Essas perdas podem ser classificadas
Nota-se ento que o conjugado desenvolvido funo em:
do escorregamento, isto , com o aumento da carga
aplicada mquina, aumenta-se o escorregamento e Perdas joule no enrolamento estatrico (perdas no
conseqentemente o torque desenvolvido. Esta relao cobre);
apresenta um limite, com o qual se consegue obter o Perdas joule no enrolamento (ou gaiola) rotrico;
conjugado mximo, e a partir do qual, aumentando-se o Perdas por atrito e ventilao;
escorregamento aumenta-se a impedncia rotrica Perdas magnticas no ncleo (perdas no ferro).
diminuindo-se o conjugado, conforme descrito no item a
seguir. A Figura 4.6 representa a distribuio destas perdas:
conjugado, a qual se deve ao aumento das perdas no fundo at a superfcie sempre a mesma, porm a
ferro do motor. potncia exprime a rapidez com que esta energia
Para utilizao de motores em freqncias superiores aplicvel para erguer o balde at a boca, ou seja, a
nominal devem, portanto ser considerados o aumento potncia a energia ou trabalho total realizado dividido
das perdas no ferro e tambm as velocidades limites, pelo tempo total para realiz-lo. A unidade utilizada para
funo da fora centrfuga nos enrolamentos rotricos e a potncia mecnica no SI o Watt (W), porm a
outras partes mecnicas, como por exemplo, esforo unidade mais usual para a potncia mecnica o
adicional nos rolamentos devido ao desbalanceamento c.v.(cavalo-vapor), equivalente a 736W.
do rotor bem como a velocidade limite do mesmo.
Wmec = F d (N.m)
4.7 CONJUGADO
Fd
O conjugado, tambm chamado de torque ou binrio, Pmec = (W)
a medida do esforo necessrio para girar o eixo. Para t
medir o esforo necessrio para fazer girar o eixo no
F d
basta definir a fora empregada, preciso tambm dizer Pmec = (cv)
a que distncia do eixo a fora aplicada. O esforo 736 t
medido pelo conjugado, que o produto da fora pela
distncia. lembrando que, 1N.m = 1J = W.t. Para movimentos
circulares.
C = F l
C = F r (N.m)
A unidade utilizada para o conjugado no Sistema
Internacional de Unidades (SI) o Newton.metro (N.m).
.d .n
v= (m/s)
60
F d
Pmec = (cv)
736
Onde: C = conjugado em N.m;
F = fora em N;
l = brao de alavanca em m;
r = raio da polia em m;
v = velocidade angular em m/s;
d = dimetro da pea em m;
n = velocidade em rpm.
No sistema trifsico a potncia em cada fase da carga 4.13 RELAO ENTRE CONJUGADO E
Pf = U f I f POTNCIA
ser , como se fosse um sistema
monofsico independente. A potncia total ser a soma
das potncias das trs fases, ou seja: Quando a energia mecnica aplicada sob a forma de
movimento rotativo, a potncia desenvolvida depende do
P = 3 Pf = 3 U f I f conjugado C e da velocidade de rotao n. As relaes
so:
Lembrando que o sistema trifsico ligado em estrela ou C (kgfm) n(rpm) C ( Nm) n(rpm)
tringulo, tem-se as seguintes relaes: P (c.v) = =
716 7024
Ligao estrela:
C (kgfm) n(rpm) C ( Nm) n(rpm)
P (kW ) = =
U = 3 U f e I =If 974 9555
Assim, a potncia total, para ambas as ligaes, ser: 7024 P (c.v) 9555 P(kW )
C ( Nm) = =
n(rpm) n(rpm)
P = 3 U I (W)
Relao entre Unidades de Potncia
Obs.: esta expresso vale para a carga formada por
resistncias, onde no h defasagem da corrente em P (kW ) = 0,736.P(c.v)
relao a tenso.
P (c.v) = 1,359.P(kW )
4.11 POTNCIA ELTRICA
Cargas Reativas 4.14 POTNCIA APARENTE, ATIVA E
REATIVA
Para as cargas reativas, ou seja, onde existe
defasagem, como o caso dos motores de induo, Potncia aparente (S):
esta defasagem tem que ser levada em conta e a
expresso fica: o resultado da multiplicao da tenso pela corrente
(S =U I para sistemas monofsicos e
P = 3 U I cos x (W)
S = 3 U I , para sistemas trifsicos).
Corresponde a potncia real ou potncia ativa que
A unidade de medida usual para potncia eltrica o
existiria se no houvesse defasagem da corrente, ou
watt (W), correspondente a 1 volt x 1 ampre, ou seu
seja, se a carga fosse formada por resistncia. Ento,
mltiplo, o quilowatt = 1000 watts. Esta unidade tambm
utilizada para a medida de potncia mecnica.
P
A unidade de medida usual para energia eltrica o
S= (VA)
quilowatt-hora (kWh) correspondente energia fornecida cos
por uma potncia de um quilowatt funcionando durante
uma hora a unidade que aparece, para cobrana, nas
contas de luz. Para as cargas resistivas, cos = 1 e a potncia ativa se
confunde com a potncia aparente. A unidade de
medidas para potncia aparente o volt-ampre (VA) ou
4.12 VELOCIDADE NOMINAL seu mltiplo, o quilovolt-ampre (kVA).
120 f
nS = (rpm)
2p
b) Ligao Estrela:
Ligando um dos fios de cada sistema monofsico a um
ponto comum aos trs, os trs fios restantes formam um
sistema trifsico em estrela, como mostra a Figura 5.3(a).
s vezes, o sistema trifsico em estrela "a quatro fios"
ou "com neutro acessvel".
O quarto fio ligado ao ponto comum as trs fases. A
tenso de linha, ou tenso nominal do sistema trifsico, e
a corrente de linha so definidos do mesmo modo que
na ligao tringulo.
Examinando o esquema da Figura 5.3(b) v-se que:
Figura 5.1 - Sistema trifsico 1) A corrente em cada fio da linha, ou corrente de linha
(I1 ou IL), a mesma corrente da fase qual o fio est
A ligao dos trs sistemas monofsicos para se obter o ligado, ou seja, IL=If.
sistema trifsico feita usualmente de duas maneiras, 2) A tenso entre dois fios quaisquer do sistema
representadas nos esquemas seguir. trifsico a soma grfica Figura 5.3(c) das tenses
das duas fases as quais esto ligados os fios
5.1.1 Ligaes no Sistema Trifsico considerados, ou seja,
VL=Vf . 3 .
a) Ligao Tringulo:
mostrar que: IL = If . 3.
12
10
8
7
6
4
2.5
2 1.5
0.15 0.5 0.5
0 0 0.1 0.1
0
440 690 2300 4160 6600 11000 13800
TENSO (V)
Desempenho do Tenso 20% acima da Tenso 10% acima da Tenso 10% abaixo da
Motor nominal nominal nominal
Conjugado de partida aumenta 44% aumenta 21% diminui 19%
Corrente de partida aumenta 25% aumenta 10 a 12% diminui 10 a 12%
Corrente de plena carga diminui 11% diminui 7% aumenta 11%
Escorregamento diminui 30% diminui 17% aumenta 23%
Rotao aumenta 1,5% aumenta 1% diminui 1,5%
Rendimento pequeno aumento aumenta 1% diminui 2%
Fator de potncia diminui 5 a 15% diminui 3% aumenta 1%
Temperatura diminui 5C diminui 3C aumenta 6C
Rudo magntico sem carga aumento perceptvel ligeiro aumento ligeira diminuio
5363
Proteo Ex-d 60079- 1
EB 239
NOTAS:
1) A correspondncia indicada no significa que as normas so equivalentes;
2) Adotam as normas CEMA - equivalentes s normas NEMA.
A linha de motores de induo "M" fabricada da carcaa 280 at 1800, normalmente at 14 plos (com fabricao
possvel em carcaa e polaridades maiores), tenses variando de 220V a 13,8 kV com potncias de 100 a 50.000 kW,
atendendo as exigncias das normas citadas anteriormente nas suas ltimas verses.
M G F 560 A
LINHA DO MOTOR
M - Linha Master
TIPO DO ROTOR
G - Gaiola
A - Anel (Bobinado)
SISTEMA DE REFRIGERAO
FURAO DOS PS S, M, L, A, B, C, D, E
NOTA:
As potncias descritas nos catlogos WEG so vlidas para as seguintes condies:
Temperatura ambiente at 40C;
Altitude da instalao at 1000m;
Freqncia de 60Hz;
Fator de servio = 1.0;
Partida com tenso plena;
Regime de servio S1 (contnuo);
Elevao de temperatura 80C.
A linha de motores de induo "H" fabricada da carcaa 315 at 630, normalmente at 14 plos e tenso variando de
220V a 6,9 kV com potncias de 100 a 3150kW, atendendo as exigncias das normas citadas anteriormente nas suas
ltimas verses.
H G F 450 A
LINHA DO MOTOR
TIPO DO ROTOR
G - Gaiola
SISTEMA DE REFRIGERAO
F Fechado e aletado (Ventilao Externa)
FURAO DOS PS L, A, B, C, D, E
NOTA:
As potncias descritas nos catlogos WEG so vlidas para as seguintes condies:
Temperatura ambiente at 40C;
Altitude da instalao at 1000m;
Freqncia de 60Hz;
Fator de servio = 1.0;
Partida com tenso plena;
Regime de servio S1 (contnuo);
Elevao de temperatura 80C.
O motor de induo trifsico (Figura 6.1) composto fundamentalmente de duas partes: estator e rotor.
10 9
6
8
11
7
3
2
1
4
Rotor:
Estator: Eixo (7): Em ao, transmite a potncia mecnica
Carcaa (1): a estrutura suporte do conjunto; de desenvolvida pelo motor. tratado termicamente
constituio robusta em ferro fundido ou ao para evitar problemas como empenamento e fadiga;
soldado, resistente corroso (neste caso com Ncleo de chapas (3): As chapas possuem as
aletas); mesmas caractersticas das chapas do estator;
Ncleo de chapas (2): As chapas so de ao Gaiola ou enrolamento do rotor (12): composta de
magntico (geralmente em ao-silcio), tratadas barras e anis de curto-circuito no motor tipo gaiola e
termicamente e/ou com a superfcie isolada para de bobinas em motor tipo de anis. Pode ser de
reduzir ao mnimo as perdas no ferro; cobre eletroltico, lato ou de alumnio injetado.
Enrolamento trifsico (8): Trs conjuntos iguais de
bobinas, uma para cada fase, formando um sistema Outras partes do motor de induo trifsico:
trifsico ligado rede trifsica de alimentao. Tampas do mancal (4);
Ventilador interno e externo (5);
Tampa defletora ou proteo do ventilador (6);
Caixa de ligao de fora (9);
Placa de bornes com isolador e pino de ligao (10);
Rolamento (11).
7 CARACTERSTICAS DO AMBIENTE
A potncia admissvel do motor de induo determinada levando-se em considerao, principalmente, dois fatores:
Altitude em que o motor ser instalado;
Temperatura do meio refrigerante.
Conforme a NBR-7094, as condies usuais de servio so:
a) Altitude no superior a 1000m acima do nvel do mar;
b) Meio refrigerante (na maioria dos casos, o ar ambiente) com temperatura no superior a 40C e isenta de elementos
prejudiciais.
At estes valores de altitude e temperatura ambiente, considera-se condies normais e o motor deve fornecer, sem sobre-
aquecimento, sua potncia nominal.
7.1 ALTITUDE
Tabela 7.1 - Fator de multiplicao da potncia til em funo
Motores funcionando em altitudes acima de 1000m da temperatura ambiente (T) em "C" e de altitude do nvel do
mar (H) em "m".
acima do nvel do mar, apresentam problemas de
aquecimento causado pela rarefao de ar e,
H
conseqentemente, diminuio de seu poder de 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
T
arrefecimento.
A insuficiente troca de calor entre o motor e o ar 10 - - - - - - 0,99
circundante, leva a exigncia de reduo de perdas, o 15 - - - - - 1,00 0,94
que significa, tambm, reduo de potncia.
Os motores tm aquecimento diretamente proporcional 20 - - - - 1,00 0,95 0,90
s perdas e estas variam, aproximadamente, numa razo 25 - - - 1,00 0,96 0,90 0,85
quadrtica com a potncia.
Existem trs solues possveis para instalao e um 30 - - 1,00 0,96 0,90 0,86 0,81
motor acima de 1000m do nvel do mar, se 35 - 1,00 0,95 0,90 0,85 0,81 0,77
dimensionado para 1000m e 40C:
a) Com o uso de material isolante de classe superior, 40 1,00 0,95 0,90 0,85 0,80 0,76 0,72
possvel tirar a potncia original; 45 0,94 0,89 0,84 0,80 0,76 0,72 0,68
b) Usar motores com fator de servio maior que 1,0
(1,15 ou maior), desde que seja requerida pela 50 0,88 0,83 0,79 0,75 0,71 0,67 0,64
carga somente a potncia nominal do motor; 55 0,82 0,77 0,73 0,70 0,66 0,63 0,60
c) Reduzir em 1% a potncia requerida para cada
100m de elevao na altitude acima de 1000m, isto 60 0,76 0,72 0,68 0,65 0,62 0,59 0,56
para a mesma temperatura ambiente.
7.4 ATMOSFERA AMBIENTE
7.2 TEMPERATURA AMBIENTE
Motores que trabalham em temperaturas inferiores a - 7.4.1 Ambientes Agressivos
20C, apresentam os seguintes problemas:
a) Excessiva condensao, exigindo drenagem adicional Ambientes agressivos, tais como estaleiros, instalaes
ou instalao de resistncia de aquecimento, caso o porturias, indstria de pescado e mltiplas aplicaes
motor fique longos perodos parado; navais, indstria qumica e petroqumica, exigem que os
b) Formao de gelo nos mancais, provocando equipamentos que neles trabalham sejam perfeitamente
endurecimento das graxas ou lubrificantes nos adequados para suportar tais circunstncias com
mancais, exigindo o emprego de lubrificantes elevada confiabilidade, sem apresentar problemas de
especiais ou graxa anticongelante, conforme qualquer espcie.
especificado no Manual de Instalao e Manuteno Para aplicao de motores nestes ambientes agressivos,
WEG. Em motores que trabalham em temperaturas a WEG desenvolveu uma linha de motores, projetados
ambientes constantemente superiores a 40C, o para atender os requisitos especiais e padronizados para
enrolamento pode atingir temperaturas prejudiciais as condies mais severas que possam ser encontradas.
isolao. Este fato tem que ser compensado por um Os motores devero ter as seguintes caractersticas
projeto especial do motor, usando materiais isolantes especiais:
especiais (de classe superior) ou pela reduo da Enrolamento duplamente impregnado*;
potncia nominal do motor. Pintura anti-corrosiva (epxi), internamente e
externamente;
Placa de identificao de ao inoxidvel;
7.3 DETERMINAO DA POTNCIA Elementos de montagem zincados;
TIL DO MOTOR NAS DIVERSAS Ventilador de material no faiscante;
COMBINAES DE Vedao especficas para cada tipo de mancal, entre
o eixo e as tampas;
TEMPERATURA E ALTITUDE Juntas de borracha para vedar caixa de ligao.
Associando os efeitos da variao da temperatura e da
* Em baixa tenso, em alta tenso uma nica vez pelo
altitude, a capacidade de dissipao da potncia de
sistema V.P.I.
perdas do motor pode ser obtida multiplicando-se a
potncia til (ou a potncia nominal a 40C e 1000m)
pelo fator de multiplicao obtido na Tabela 7.1:
7.4.2 Ambientes Contendo Poeiras ou fibras Zona 2: Locais onde a presena de mistura inflamvel
e/ou explosiva no provvel de ocorrer,
Para analisar se os motores podem ou no trabalhar por poucos perodos. Est associada
nestes ambientes, devem ser informados os seguintes operao anormal do equipamento e do
dados: tamanho e quantidade aproximada das fibras processo. Perdas ou uso negligente. A
contidas no ambiente. O tamanho e a quantidade de atmosfera explosiva pode acidentalmente
fibras so fatores importantes, pois podem provocar no estar presente.
decorrer do tempo, a obstruo da ventilao, e assim, o
aquecimento do motor. Quando o contedo de fibras for De acordo com a norma NEC, as reas de risco so
elevado, devem ser empregados filtros de ar ou efetuar a classificadas em:
limpeza nos dispositivos de refrigerao ou mesmo nos
motores. Diviso I: Regio onde se apresenta uma ALTA
probabilidade de ocorrncia de uma
exploso;
7.4.3 Locais em que a Ventilao do Motor
Diviso II: Regio de menor probabilidade.
Prejudicada
Tabela 7.2 - Comparativo entre normas ABNT/IEC E NEC/API.
Nestes casos, existem duas solues:
1) Utilizar motores sem ventilao; Ocorrncia de Mistura Inflamvel
2) Utilizar motores com ventilao por dutos ou com Normas
em condio em condio
trocador de calor ar-gua. No caso do motor Contnua
normal anormal
refrigerado por dutos, calcula-se o volume de ar
deslocado pelo ventilador do motor determinando ABNT / IEC Zona 0 Zona 1 Zona 2
a circulao de ar necessria para perfeita NEC / API Diviso I Diviso II
refrigerao do motor. Para o motor com trocador ar-
gua, a refrigerao feita pela troca de calor entre a
gua circulante (circuito externo) e o ar circulante Classes e grupos das reas de risco:
interno (circuito interno) ao trocador. Os motores Classes: Referem-se a natureza da mistura. O
refrigerados por dutos e os com trocador ar-gua conceito de classes s adotado pelas
possuem a mesma eficincia de um motor aberto. normas NEC e API;
Grupos: O conceito de grupo est associado
composio qumica da mistura.
7.4.4 reas de risco
Classe I: Gases ou vapores explosivos.
Uma instalao onde produtos inflamveis so
Conforme o tipo de gs ou vapor, temos:
continuamente manuseados, processados ou
GRUPO B: hidrognio, butadieno, xido de eteno;
armazenados, necessita, obviamente, de cuidados
GRUPO C: ter etlico, etileno;
especiais que garantam a manuteno do patrimnio e
GRUPO D: gasolina, nafta, solventes em geral.
preservem a vida humana. Os equipamentos eltricos,
por suas prprias caractersticas, podem representar
Classe II: Poeiras combustveis ou condutoras.
fontes de ignio, quer seja pelo centelhamento devido a
Conforme o tipo de poeira, temos:
abertura e fechamento de contatos ou por
GRUPO E
superaquecimento de algum componente, seja ele
GRUPO F
intencional ou causado por correntes de defeito.
GRUPO G
7.4.5 Atmosfera Explosiva
Classe III: Fibras e partculas leves e inflamveis.
De acordo com a norma ABNT/IEC, os grupos de risco
Uma atmosfera explosiva quando a proporo de gs,
so divididos em:
vapor, p ou fibras tal, que uma fasca proveniente de
Grupo I: Para minas susceptveis a liberao de gris
um circuito eltrico ou o aquecimento de um aparelho
(gs a base de metano);
provoca a exploso, para tal, trs elementos so
Grupo II: Para aplicao em outros locais. Sendo
necessrios: combustvel + oxignio + fasca = exploso.
divididos em IIA, IIB e IIC.
7.4.6 Classificao das reas de risco Tabela 7.3 - Correspondncia entre Normas (ABNT/IEC e
NEC/API.).
De acordo com as normas ABNT / IEC, as reas de risco Gases
so classificadas em: Grupo Grupo
Grupo de Grupo de
Zona 0: Regio onde a ocorrncia de mistura de de
Acetileno Hidrognio
inflamvel e/ou explosiva contnua, ou Eteno Propano
Normas
existe por longos perodos. Por exemplo, a
regio interna de um tanque de combustvel. ABNT / IEC Gr. IIC Gr. IIC Gr. IIB Gr. IIA
A atmosfera explosiva est sempre presente;
Zona 1: Regio onde a probabilidade de ocorrncia de NEC / API Classe I Classe I Classe I Classe I
mistura inflamvel e/ou explosiva est Gr. A Gr. B Gr. C Gr. D
associada operao normal do equipamento
e do processo. A atmosfera explosiva est
freqentemente presente;
Tabela 7.4 - Classificao de reas Conforme Normas IEC e Tabela 7.5 - Classes de temperatura.
NEC.
IEC NEC
Atmosfera IEC - Temperatura
NEC Classes Tempera- Classes
Explosiva 79.10 Tempera- de Ignio
de tura de
Zona 0 e Classe I tura Mxima dos Gases
Gases ou Tempera- Mxima de Tempera-
Zona 1 Diviso 1 de Superfcie e/ou Vapores
tura Superfcie tura
Classe I T1 450 T1 450 450
Vapores Zona 2 T2 300 T2 300 300
Diviso 2
T2A 280 280
Diviso 1 T2B 260 260
Zona 10
Poeiras Classe II T2C 230 230
Zona 11
Diviso 2 T2D 215 215
T3 200 T3 200 200
Diviso 1
Zona 10 T3A 180 180
Fibras Classe III
Zona 11 T3B 165 165
Diviso 2
T3C 160 160
T4 135 T4 135 135
7.4.7 Classes de temperatura T4A 120 120
T5 100 T5 100 100
A temperatura mxima na superfcie exposta do T6 85 T6 85 85
equipamento eltrico deve ser sempre menor que a
temperatura de ignio do gs ou vapor. Os gases OBS.: Para a precisa e correta especificao de um
podem ser classificados para as classes de temperatura motor para trabalhar em uma rea de risco so
de acordo com a sua temperatura de ignio, por meio necessrios dados da carga (potncia consumida, curva,
do qual a mxima temperatura de superfcie da tipo do acoplamento, inrcia, etc.) tendo em vista que a
respectiva classe, deve ser menor que a temperatura dos temperatura de ignio de muitos gases e/ou vapores
gases correspondentes. relativamente baixa em comparao com a temperatura
do rotor na partida, e esta em muito influenciada pelo
tempo de acelerao.
2 ALGARISMO
Qualquer equipamento certificado para ALGARISMO INDICAO
diviso I;
Diviso II Equipamentos incapazes de gerar 0 Sem proteo
fascas ou superfcies quentes em 1 Pingos de gua na vertical
invlucros de uso geral: no acendveis.
Pingos de gua at a inclinao de
2
15 com a vertical
gua de chuva at a inclinao de
7.5 GRAUS DE PROTEO 3
60 com a vertical
4 Respingos de todas as direes
Os invlucros dos equipamentos eltricos, conforme as
caractersticas do local em que sero instalados e de sua 5 Jatos d'gua de todas as direes
acessibilidade devem oferecer um determinado grau de
6 gua de vagalhes
proteo. Assim, por exemplo, um equipamento a ser
instalado num local sujeito a jatos d'gua, deve possuir 7 Imerso temporria
um invlucro capaz de suportar tais jatos, sob
determinados valores de presso e ngulo de incidncia, 8 Imerso permanente
sem que haja penetrao de gua.
As combinaes entre os dois algarismos, isto , entre
os dois critrios de proteo, esto resumidos na Tabela
7.11. Note que, de acordo com a norma, a qualificao
do motor em cada grau, no que se refere a cada um dos
algarismos, bem definida atravs de ensaios
padronizados e no sujeita a interpretaes, como
acontecia anteriormente.
Motores
IP 13 gua de chuva at uma inclinao de 60
abertos
com a vertical
IP 21 Toque com os dedos Corpos estranhos slidos Pingos de gua na vertical
de dimenses acima de
IP 22 12 mm Pingos de gua at uma inclinao de 15
com a vertical
IP 23 gua de chuva at uma inclinao de 60
com a vertical
Embora os algarismos indicativos de grau de proteo Ainda, temos algumas letras que adicionadas ao grau de
possam ser combinados de muitas maneiras, somente proteo fornecem mais um dado referente ao motor,
alguns tipos de proteo so empregados nos casos como segue:
normais. So eles: W (IPW55, IPW24) - proteo contra intempries;
R (IPR55) - motor com refrigerao por dutos;
Linha - MGA, MGP, MGV, MAA, AGA. S (IP23S) - ensaio de proteo contra a entrada de gua
IP 23 ou IP 24 - Motores abertos realizado com o motor desligado;
M (IP23M) - ensaio de proteo contra a entrada de
Linha - MGF, MGD, MGT, MGI, MGW, MGL, MAF, gua realizado com o motor ligado.
HGF.
IP(W)55, IP 65 - Motores fechados.
8 CARACTERSTICAS EM REGIME
Perdas:
A potncia til fornecida pelo motor na ponta do eixo
menor que a potncia que o motor absorve da linha de
alimentao, isto , o rendimento do motor sempre
inferior a 100%. A diferena entre as duas potncias
representa as perdas, que so transformadas em calor, o
qual aquece o enrolamento e deve ser dissipado para
fora do motor, para evitar que a elevao de temperatura
seja excessiva.
A maneira pela qual o calor gerado retirado da mquina
est detalhada no captulo 9.
Dissipao do calor:
O calor gerado pelas perdas no interior do motor
dissipado para o ar ambiente atravs da superfcie
Figura 8.1 - Comportamento da temperatura.
externa da carcaa ou de algum dispositivo de
refrigerao (trocadores de calor, dutos, etc.). Em
Como vimos, interessa reduzir a queda interna (melhorar
motores fechados essa dissipao normalmente
a transferncia de calor) para poder ter uma queda
auxiliada pelo ventilador montado no prprio eixo do
externa a maior possvel, pois esta que realmente ajuda
motor. Uma boa dissipao depende:
a dissipar o calor. A queda interna de temperatura
da eficincia do sistema de ventilao;
depende de diversos fatores como mostra a Figura 8.1.
da rea total de dissipao da carcaa;
A relao com a temperatura dos pontos representados
da diferena da temperatura entre a superfcie na figura acima, so explicados a seguir:
externa da carcaa e do ar ambiente.
A Ponto mais quente do enrolamento, no interior da
a) O sistema de ventilao bem projetado, alm de ter ranhura, onde gerado o calor proveniente das
um ventilador eficiente, capaz de movimentar grande perdas nos condutores;
seo de ar, deve dirigir esse ar de modo a "varrer" AB Queda de temperatura na transferncia de calor do
toda a superfcie da carcaa, onde se d a troca ponto mais quente (interior da bobina) at a parte
de calor. De nada adianta um grande volume de ar externa da bobina. Como o ar um pssimo
se ele se espalha sem retirar o calor do motor. condutor de calor, importante que no haja
b) A rea total de dissipao deve ser a maior possvel. "vazios" no interior da ranhura, isto , as bobinas
Entretanto, um motor com uma carcaa muito devem ser compactas e a impregnao pelo
grande, para obter maior rea, ser muito caro e sistema V.P.I. deve ser perfeita;
pesado, alm de ocupar muito espao. Por isso, a B Queda atravs do isolamento da ranhura e no
rea de dissipao disponvel limitada pela contato deste com os condutores de um lado, e
necessidade de fabricar motores pequenos e leves. com as chapas do ncleo, do outro. O emprego de
Isso compensado em parte, aumentando-se a rea materiais modernos melhora a transmisso de calor
disponvel por meio de aletas de resfriamento, atravs do isolante; a perfeita impregnao,
fundidas com a carcaa (no caso da linha "H") ou por melhora o contato do lado interno, eliminando os
meio de um dispositivo de resfriamento, tais como: espaos vazios; o bom alinhamento das chapas
trocadores de calor (ar-ar ou ar-gua), dutos para estampadas, melhora o contato do lado externo,
direcionar o fluxo de ar, ventilao independente, etc. eliminando camadas de ar que prejudicam a
c) Um sistema de resfriamento eficiente aquele que transferncia de calor;
consegue dissipar a maior quantidade de calor BC Queda de temperatura por transmisso atravs do
disponvel, atravs da menor rea de dissipao. material das chapas do ncleo;
Para isso, necessrio que a queda interna de C Queda no contato entre o ncleo e a carcaa. A
temperatura, mostrada na Figura 8.1, seja conduo de calor ser tanto melhor quanto mais
minimizada. Isto quer dizer que deve haver uma boa perfeito for o contato entre as partes, dependendo
transferncia de calor do interior do motor at a do bom alinhamento das chapas, e preciso de
superfcie externa. usinagem da carcaa. Superfcies irregulares
deixam espaos vazios entre elas, resultando mau
O que realmente queremos limitar a elevao de contato e, portanto, m conduo do calor e
temperatura no enrolamento sobre a temperatura do ar elevada queda de temperatura neste ponto;
ambiente. Esta diferena total (t) comumente CD Queda de temperatura por transmisso atravs da
chamada de "elevao de temperatura" do motor e, espessura da carcaa.
como indicado na Figura 8.1 vale a soma da queda
interna com a queda externa.
Graas a um projeto moderno, uso de materiais Outros fatores combinados entre si e com a temperatura
avanados, processos de fabricao aprimorados, sob so fatores importantes e determinantes da vida til, so
um permanente controle de qualidade, os motores WEG eles:
apresentam uma excelente transferncia de calor do - Grande variao da temperatura do enrolamento e com
interior para a superfcie, eliminando assim os "pontos freqncia durante as condies normais de trabalho (Ex:
quentes" no enrolamento. Parte do dia o motor est ligado e outra parte desligado)
- Freqncia das partidas. Durante a partida,
Temperatura externa do motor: principalmente a direta na rede, h um grande esforo
Era comum, antigamente, verificar o aquecimento do mecnico nas bobinas provocado pela corrente elevada
motor, medindo, com a mo, a temperatura externa da que circula no cobre. Esse esforo tende a curvar a
carcaa. Em motores modernos, este mtodo primitivo cabea de bobina na direo do rotor provocando micro
completamente errado. Como vimos anteriormente, os fissuras no isolante.
critrios modernos de projeto, procuram aprimorar a - Acionamento por Inversor de Freqncia. Esse
transmisso de calor internamente, de modo que a acionamento fornece ao motor ondas de tenso com alta
temperatura do enrolamento fique pouco acima da freqncia e com grande velocidade de variao da
temperatura externa da carcaa, onde ela realmente tenso. Quanto maior o dV/dT maior a solicitao do
contribui para dissipar as perdas. Em resumo, a isolamento.
temperatura da carcaa no d indicao do - Surto de manobra (liga/desliga) ou de origem
aquecimento interno do motor, nem de sua qualidade. atmosfrica. Na operao de ligar ou desligar gerado
Um motor frio por fora pode ter perdas maiores e um transitrio de tenso em cima do enrolamento do
temperatura mais alta no enrolamento do que um motor motor, este com amplitude bem maior do que a tenso
exteriormente quente. nominal. Quando um raio na rede eltrica e este chega
ao motor, este pico de tenso tende a castigar o isolante.
8.1.2 Vida til do Motor de Induo - Condies do ambiente do local da instalao.
Ambientes agressivos agem diretamente sobre o material
Sendo o motor de induo, uma mquina robusta e de isolante das bobinas.
construo simples, se no considerarmos as peas que - Nvel de vibrao do motor.
se desgastam devido ao uso, como escovas e - Condies da manuteno geral no motor.
rolamentos, a sua vida til depende quase que - Demais condies de operao.
exclusivamente da vida til do material isolante.
8.1.3 Classes de Isolamento
Este afetado por muitos fatores, temperatura, como
umidade do ar, vibraes, esforos mecnicos, Definio das classes:
ambientes corrosivos e outros. Dentre os fatores Como foi visto acima, o limite de temperatura depende
determinantes da vida til do isolante, um dos mais do tipo de material empregado. Para fins de
importantes a temperatura de trabalho dos materiais normalizao, os materiais isolantes e os sistemas de
isolantes. isolamento (cada um formado pela combinao de vrios
materiais) so agrupados em CLASSES DE
Quando falamos em diminuio da vida til do motor, ISOLAMENTO, cada qual definida pelo respectivo limite
no nos referimos s temperaturas elevadas, nas quais o de temperatura, ou seja, pela maior temperatura que o
isolante se queima e o enrolamento destrudo de material pode suportar continuamente sem que seja
repente. Vida til da isolao considerada na afetada sua vida til.
temperatura de trabalho, sendo esta menor que a
temperatura de queima do material isolante. Refere-se ao As classes de isolamento utilizadas em mquinas
envelhecimento gradual do isolante, que vai se tornando eltricas e os respectivos limites de temperatura
ressecado, perdendo o poder isolante, at que no conforme NBR-7094, so as seguintes:
suporte mais a tenso aplicada e produza o curto- Classe A (105C)
circuito. Classe E (120C)
Classe B (130C)
A experincia mostra que a isolao tem uma durao Classe F (155C)
praticamente ilimitada, se a sua temperatura e demais Classe H (180C)
condies forem mantidas dentro de certos limites, caso A classes F a comumente utilizada em motores de alta
contrrio a vida til da isolao vai se tornando cada vez tenso. A Tabela 8.1, mostra os limites de temperatura
mais curta. A limitao de temperatura se refere ao ponto recomendados por diversas normas internacionais e
mais quente da isolao e no necessariamente ao entidades classificadoras.
enrolamento todo. Basta um ponto fraco no interior da
bobina para que o enrolamento fique inutilizado.
CLASSES DE ISOLAMENTO
Tabela 8.1 - Limites de elevao de temperatura por classe de isolamento.
Mxima Sobre-elevao de Temperatura Permitida
Mxima por Classe de Isolamento, t em K (Mtodo de
NORMA Temperatura Variao de Resistncia)
Ambiente (C)
B F H
Brasil: ABNT NBR-7094 40 80 105 125
Norma Internacional:
40 80 105 125
IEC 60034-1
Alemanha:
40 80 105 125
VDE 0530 Parte 1
USA:
40 80 105 125
NEMA MG-1 e ANSI
Canad:
40 80 105 125
CSA C22.2 No.100
Gr-Bretanha:
40 80 105 125
BS 2613
Austrlia:
40 80 105 125
AS 1359.32
Blgica:
40 80 105 125
NBN 7
Dinamarca:
40 80 105 125
DS 5002
Frana:
40 80 105 125
NF CS1-112
Holanda:
40 80 105 125
VEMET N 1007
ndia:
40 80 -- 125
IS: 325- 1961
Itlia:
40 80 105 125
CEI 2 3
Noruega:
40 80 105 125
NEK
ustria:
40 80 105 125
OVE MIO
Sucia:
40 80 105 125
SEN 260101
Sua:
40 80 105 125
SEV 3009
Germanischr Lloyd (1) 45 75 90 125
American Bureau of Shipping (1) 50 70 95 125
Bureau Veritas (1) 45 70 100 125
Norske Veritas (1) 45 70 90 (2) 125
Lloyds Register (1) 45 70 90 125
Registro Italiano Navale (1) 45 70 90 125
Korean Register (1) 50 70 90 125
China Classification Society (1) 45 75 95 125
NOTA:
(1) Utilizao em rea naval.
muito difcil medir a temperatura do enrolamento com Tabela 8.2 - Composio da temperatura em funo da classe
de isolamento.
termmetros ou sensores de temperatura, pois a
temperatura varia de um ponto a outro e nunca se sabe Classe de Isolamento A E B F H
se o ponto da medio est prximo do ponto mais
quente. O mtodo mais usual e mais confivel de se Temperatura ambiente C 40 40 40 40 40
medir a temperatura de um enrolamento atravs da t = elevao de
variao de sua resistncia hmica com a temperatura, temperatura (mtodo da K 60 75 80 105 125
que aproveita a propriedade dos condutores de variar resistncia)
sua resistncia, segundo uma lei conhecida. Diferena entre a
temperatura do ponto
A elevao da temperatura pelo mtodo da resistncia, K 5 5 10 10 15
mais quente e a
para condutores de cobre, calculada por meio da temperatura mdia
seguinte frmula:
Total: temperatura do
K 105 120 130 155 180
Dt= t2 - ta = [(R2-R1) / R1] . (235+t1) + (t1 ta) ponto mais quente
b) Regime de tempo limitado (S2) repouso, sendo tais perodos muito curtos, para que se
Funcionamento a carga constante, durante um certo atinja o equilbrio trmico.
tempo, inferior ao necessrio para atingir o equilbrio
trmico, seguido de um perodo de repouso de durao
suficiente para restabelecer a igualdade de temperatura
com o meio refrigerante.
tN
ED = . 100%
t N + tR
f) Regime de funcionamento contnuo com carga h) Regime de funcionamento contnuo com mudana
intermitente (S6) peridica na relao carga/velocidade (S8)
Seqncia de ciclos de regime idnticos, cada qual Seqncia de ciclos de regimes idnticos, cada ciclo
consistindo de um perodo de funcionamento a carga consistindo de um perodo de partida e um perodo de
constante e de um perodo de funcionamento em vazio, funcionamento a carga constante, correspondendo a
no existindo perodo de repouso. uma velocidade de rotao pr-determinada, seguidos
de um ou mais perodos de funcionamento a outras
tN = funcionamento em carga constante; cargas constantes, correspondentes a diferentes
tV= repouso; rotaes. No existe perodo de repouso.
mx = temperatura mxima atingida;
ED= fator de durao do ciclo. tf1 e tf2 = frenagem eltrica;
tN td = partida;
ED = . 100% tn1, tn2 e tn3 = funcionamento em carga constante;
tN + t V mx = temperatura mxima atingida;
ED = fator de durao do ciclo.
t d + tn 1
ED = . 100%
+
t d tn 1 + t f + tn 2 + t f 2 + tn 3
1
t d + tn 2
ED = . 100%
+
t d tn 1 + t f 1 + tn 2 + t f 2 + tn 3
t d + tn 3
ED = . 100%
t d + tn 1 + t f 1 + tn 2 + t f 2 + tn 3
NOTA:
Nos regimes S3 e S8, o perodo geralmente curto
demais para que seja atingido o equilbrio trmico, de
modo que o motor vai se aquecendo e resfriando
parcialmente a cada ciclo. Depois de um grande nmero
de ciclos o motor atinge uma faixa de elevao de
temperatura e equilbrio.
No caso do motor ficar em repouso entre os tempos de Os motores WEG so aptos a operarem no fator de
carga, a refrigerao deste ser prejudicada. Assim, para servio FS=1.15 com elevao de temperatura de
os motores onde a ventilao esta vinculada ao 115C.
funcionamento do motor (por exemplo, motores
totalmente fechados com ventilador externo montados 8.4 VELOCIDADE NOMINAL
no prprio eixo do motor) a potncia equivalente
calculada pela frmula: a velocidade (rpm) do motor funcionando potncia
2
(Pi2 . ti) nominal, sob tenso e freqncia nominais. Conforme
Pm = visto no captulo 2, item 2.4.3, este depende do
1
( ti + tr ) escorregamento e da velocidade sncrona.
3
s%
Onde: n = ns . 1 -
Pi = cargas correspondentes; 100 [rpm]
ti = tempos em carga;
tr = tempos em repouso. A velocidade sncrona ns funo do nmero de plos e
da freqncia de alimentao:
2 2 2 2
P1 . t 1 + P 3 . t 3 + P 5 . t 5 + P 6 . t 6
Pm = 60 . f 120 . f
1 ns = = [rpm]
t1 + t 3 + t 5 + t 6 + ( t 2 + t 4 + t 7 ) p 2p
3
Q = 3 . V . I . sen [VAr]
9 REFRIGERAO
As perdas so inevitveis no motor e o calor gerado por elas deve ser dissipado, ou seja, transferido para o elemento de
resfriamento do motor, usualmente, o ar ambiente. A maneira pela qual feita a troca de calor entre as partes aquecidas do
motor e o ar ambiente que define o "Sistema de Refrigerao" do motor. A classificao dos mtodos de resfriamento foi
definida conforme a norma ABNT-NBR 5110 e/ou IEC-60034.6.
Existem basicamente dois tipos de circuitos de refrigerao em motores eltricos: os circuitos abertos e os circuitos
fechados.
Circuito aberto se caracteriza pela passagem do meio refrigerante (ar ou liquido) proveniente do ambiente externo ou recinto
no contaminado atravs ou sobre o motor retornando para o ambiente externo ou recinto no contaminado.
Circuito fechado se caracteriza pela circulao do meio refrigerante (ar ou liquido) em um circuito fechado dentro, atravs da
maquina ou em um trocador de calor no qual calor transferido da maquina para o meio refrigerante.
Os sistemas usuais de refrigerao so apresentados a seguir.
Motor totalmente fechado (Linha HGF) Trocador de calor ar-ar (MGF, MAF)
IC 0411 (ventilador externo no prprio eixo do motor) IC 0611
IC 0416 (ventilador externo com motor auxiliar) TEAAC (Totally Enclosed Air-Air Cooled)
TEFC (Totally Enclosed Fan Cooled)
O motor pode apresentar grau de proteo IP55 ou
Mquina totalmente fechada, resfriada por ventilador e superior. Possui um ventilador interno e um externo
carcaa aletada (externa e internamente). O motor acoplados ao eixo. O trocador de calor montado na
apresenta grau de proteo IP55 ou superior. Possui um parte superior do motor.
ventilador interno e canais axiais no pacote de chapas do
rotor e da carcaa, como mostram a Figura 9.1 e Figura
9.2:
Ventilao independente, motor aberto (MGV, MAV) Ventilao independente por dutos (MGT, MAT)
IC 06 IC 35
Figura 9.8 - Motor aberto com ventilao independente. Figura 9.10 - Motor com ventilao independente por dutos.
Ventilao independente com trocador de calor ar- 9.1.3 Ventilao Bilateral Simtrica - Carcaas
gua (MGL, MAL) 560 a 1120 - Linha Master (Canais
IC W 37A86 Radiais)
Neste sistema existe um ventilador independente que Trocador de calor ar-ar (MGF, MAF)
fora a ventilao do ar internamente ao motor atravs IC 0611
do trocador de calor ar-gua. Pode apresentar grau de TEAAC (Totally Enclosed Air-Air Cooled)
proteo IP55 ou superior.
O motor pode apresentar grau de proteo IP55 ou
superior. Possui ventiladores internos e externos
acoplados ao eixo sendo que o ar quente forado a
circular pelos tubos do trocador de calor ar-ar efetuando
assim a troca trmica. O trocador de calor montado na
parte superior do motor.
Aberto (AUTO-VENTILADO) (MGA, MGP, MAA) Auto-ventilado por dutos (MGD, MAD)
IC 01 IC 33
ODP (Open Dripproof) ou WP (Weather Protected type)
Neste sistema, o motor apresenta dois ventiladores
Neste sistema, o motor pode apresentar grau de acoplados internamente ao eixo, o qual aspira o ar de um
proteo IP23, IP24, IP23W (WPI) ou IP24W (WPII) recinto no contaminado que, aps atravessar o motor,
caracterizando um motor aberto. Possui dois devolvido ao meio ambiente. Grau de proteo IP55 ou
ventiladores internos acoplados ao eixo, os quais superior.
aspiram o ar ambiente que passa atravs da mquina e
caixa de ventilao, fazendo assim a troca de calor.
Ventilao independente, motor aberto (MGV, MAV) Ventilao independente por dutos (MGT, MAT)
IC 06 IC 35
O ar ambiente forado a circular atravs do motor por O ar aspirado (atravs de dois motoventiladores) de um
dois ventiladores independentes acoplados no topo do recinto no contaminado e canalizado atravs de dutos
motor, e em seguida, devolvido ao meio ambiente. Grau at o motor. Grau de proteo IP55 ou superior.
de proteo IP23 ou IP24.
Figura 9.16 - Motor aberto com ventilao independente. Figura 9.18 - Motor com ventilao independente por dutos.
10 CARACTERSTICAS CONSTRUTIVAS
Todos os motores eltricos tm em comum vrios
elementos construtivos. Adicionalmente, cada tipo de
motor possui certos elementos especficos que o
caracterizam.
Entre os elementos comuns a todos os tipos de motores
esto as partes estruturais como: carcaa, estator,
tampas, mancais, rotor, guias de ar, ventiladores
externos e internos, trocador de calor, caixas de ligao
principal e dos acessrios, flange, acessrios, entre
outros.
Os materiais empregados para carcaa, caixas de
ligao e de acessrios, flanges e ventiladores podero
ser de ferro fundido ou chapa de ao. Guias de ar,
trocadores de calor, tampas defletoras so normalmente
feitos de chapa de ao, alumnio ou fibra de vidro.
Embora as partes ativas (como pacotes de chapas do
estator, do rotor e enrolamentos) possam ser
Figura 10.2 - Linha "M", carcaa soldada.
consideradas substancialmente semelhantes nos
diversos tipos de motores, significativas diferenas no
nmero, arranjo e construo dos enrolamentos e nos
ncleos ferro magntico produzem diferentes
caractersticas de funcionamento.
10.1 CARCAAS
Sua funo principal apoiar e proteger o motor,
alojando tambm o pacote de chapas e enrolamento do
estator.
Podem ser construdas nos tipos horizontais ou verticais
e com grau de proteo de acordo com as necessidades
do ambiente. Sua fabricao pode ser em chapas de ao
1010/20 (Construo soldada) ou em ferro fundido.
A seguir temos quatro figuras que mostram as principais
carcaas de motores de induo de alta tenso
produzidas pela Weg Mquinas, a saber:
b) Rotor de barras:
O ncleo do rotor formado por chapas de ao silcio.
Possui canais axiais em todas as mquinas. Na linha H e
M, nas carcaas menores, o pacote contnuo sem
Figura 10.24 - Estufa (processo de polimerizao e cura. canais radias de ventilao. Na linha M, carcaas
maiores, a chapa distanciada formando os canais
radiais de ventilao, que permite elevada dissipao
trmica. A parte ativa ou condutores, podem ser de
10.5 ROTOR barras de cobre ou lato. Especial ateno dedicada
para prevenir fadiga nas barras, ocasionadas pelas
10.5.1 Rotor de Gaiola vibraes. Aps colocao das barras nas ranhuras,
efetuada a solda do anel de curto-circuito atravs de
a) Rotor injetado: solda prata, garantindo perfeita conexo eltrica entre
Os rotores de gaiola de alumnio injetado so fabricados ambas as partes.
com temperatura e presso controlados, projetados para Ainda, os rotores de barras podem apresentar vrios
proporcionar: formatos de barras com a variao das dimenses do
Altos conjugados de partida com baixas correntes perfil da barra. Essa gama de combinaes possibilita
com a facilidade de construo de ranhuras que um vasto controle dos parmetros eltricos do motor
simulam a dupla gaiola; como o conjugado mximo e de partida, rendimento,
Excelente rigidez mecnica; fator de potncia e corrente de partida, entre outros.
A partida de cargas com elevado momento de
inrcia;
Suportar grande sobre-elevao de temperatura
durante a partida;
Baixo custo comparado com o rotor de barras de
cobre.
10.6.2 Caixa de Ligao de Acessrios 10.6.3 Caixa de Ligao do Rotor, Linha "M"
com rotor de anis
confeccionada em ferro fundido, independente da
caixa de fora, pode ser instalada no mesmo lado ou Confeccionado em ao, aloja os terminais de circuito do
oposto a caixa principal. O grau de proteo da caixa rotor atravs de uma placa de bornes. A entrada dos
compatvel com o do motor e seu posicionamento, cabos de alimentao feita por 1 (uma) ou mais
normalmente, pode ser orientado de 90 em 90. entradas com rosca mtrica, PG, RWG ou NPT ou placa
H normalmente 3 (trs) entradas com rosca mtrica, cega conforme solicitado pelo cliente.
PG, RWG ou NPT, para os cabos de ligao.
O padro fornecer o motor com uma caixa para os
acessrios de sinal (Pt100) e uma para os acessrios de
fora (resistncia de aquecimento). Opcionalmente
podem ser fornecidas quantas caixas de ligao de
acessrios forem necessrias.
10.7 EIXO
So dimensionados para suportar os esforos
mecnicos nas mais diversas aplicaes. Dependendo
do tipo de acoplamento podero ser utilizados os
seguintes materiais: AISI 1040/45, AISI 1524, AISI 4140
ou superiores, isto devido aos esforos radiais aplicados
na ponta do eixo ou temperaturas ambientes severas.
Os eixos recebem um tratamento trmico com o objetivo
de aliviar as tenses internas, evitar empenamentos e
aumentar a resistncia fadiga provocada pelos
esforos de toro e flexo.
Tipos de eixos:
Oco: Aplicado em motores verticais com alto
empuxo axial onde o peso da carga, apoiado no
motor sendo que o acoplamento feito diretamente
no motor;
Macio: Aplicado em motores onde o dimetro do
rotor pequeno se comparado com o dimetro da
ponta de eixo necessrio para aplicao.
Costelado: Aplicado em motores onde o dimetro do
rotor grande se comparado com o dimetro da
ponta de eixo necessrio para aplicao.
Tipos:
Ventiladores radiais
- Motores bidirecionais
- Motores com IV plos ou mais.
Ventiladores axiais
- Motores com rotao unidirecional.
- Motores com II plos.
- Motores onde baixo nvel de rudo.
Na Weg Mquinas os planos de pintura so resumidos Plano: 212E (Atende condio 4, item 4.4.3.2 - Norma
em dois planos, 212P e 212E, ambos com trs nveis de Petrobrs N 1735 Reviso C).
pintura (fundo, intermedirio e acabamento) os quais so
a soluo para os diversos ambientes e aplicaes. Aplicao: Ambiente martimo agressivo ou industrial
Todas as tintas utilizadas so fabricadas pela WEG Tintas martimo, abrigado, podendo conter alta umidade e
o que garante um maior controle do processo e mxima respingos de lcalis e solventes. Indicado para aplicao
qualidade. Estes planos seguem as normas e padres da em indstrias de papel e celulose, minerao, qumica e
Petrobrs e so aprovados pela estatal Brasileira. petroqumica.
10.11 TERMINAIS DE
02 terminais de aterramento fixados na carcaa em
ATERRAMENTO lados opostos. O tipo de fixao pode ser por
parafuso ou conector.
O aterramento tem a finalidade de proteger os
operadores de motores eltricos ou de mquinas
acionadas pelos mesmos, contra possveis curto-
circuitos entre uma parte energizada e a carcaa do 10.12 FORMAS CONSTRUTIVAS
motor. NORMALIZADAS
Esta proteo se d pelo oferecimento de um caminho
mais fcil para o fluxo, de corrente, assim, desviando-a Entende-se por forma construtiva, o arranjo das partes
do operador e da mquina. construtivas das mquinas com relao a sua fixao, a
Geralmente, o sistema de aterramento est localizado da disposio de seus mancais e a ponta de eixo; que so
seguinte forma: padronizadas pela NBR-5031, IEC 60034-7, NEMA MG
01 terminal de aterramento no interior da caixa de 1-4.
ligao;
10.13 MANCAIS
Dispositivo mecnico sobre o qual se apia um eixo
girante (no caso do motor eltrico), deslizante ou
oscilante, e que lhe permite o movimento com um
mnimo de atrito.
Devido grande importncia dos mancais para o motor
Velocidade de operao;
Esforos axiais e radiais aplicados aos mesmos;
A correta manuteno e lubrificao;
As condies ambientais a qual submetido. Figura 10.49 - Motor com mancal de rolamento em banho de
leo.
O tipo de mancal a ser selecionado est intimamente
ligado com o tipo de aplicao, sendo eles divididos em:
Tipos:
Rolamentos de Esferas: o padro utilizado na Weg
Mquinas.
Rolamentos de Rolos: Usado com cargas com foras
radiais elevadas.
Obs.: No pode ser utilizado em motores II plos,
devido velocidade crtica estar prxima da
velocidade sncrona do motor. Figura 10.50 - Rolamentos.
Rolamento de Contato Angular: Para cargas com
esforos radiais e axiais maiores do que o rolamento 10.13.2 Dimensionamento do mancal e Eixo
normal suportaria. para Acoplamento por Polias e Correias
Rolamento de Rolos Cnicos: Para cargas com
elevados esforos radiais e axiais. Quando o acoplamento se d por polias e correias deve-
se tomar cuidado especial com o eixo e mancais do
Limites de temperatura: motor. O peso da polia motor em conjunto com a fora
110C (desligamento) resultante da correia resulta em um esforo axial na
90C (alarme) ponta de eixo. Normal necessrio reforar o eixo e o
rolamento para suportar o esforo axial.
Nesta condio a Weg Mquinas tem como padro
aumentar a ponta de eixo, usar rolamento de rolos e usar
ao AISI 4140 no eixo.
Para o correto dimensionamento do eixo e do mancal e
evitar a quebra do eixo ou do rolamento so necessrios
os dados abaixo:
F1 F2
F3 Acoplamento
Com o objetivo de limitar ainda mais os nveis de rudo As medies, normalmente feitas em laboratrio ou no
nos motores a WEG est em constantemente campo, so em Presso Sonora, sendo que a tabela da
desenvolvendo vrios tipos de abafadores ou norma em Potncia Sonora.
atenuadores de rudos, que possibilitam obter valores
bem abaixo da Tabela 10.2.
Os nveis de rudo podem ser reduzidos aplicando uma
ou mais caractersticas listadas abaixo:
- Abafadores e atenuadores de rudo
- Uso de carenagem (HGF)
- Utilizando-se mancais de deslizamento
- Ventiladores unidirecionais
- Sobredimensionando os motores para operao com
potencia reduzida
A medio do nvel de rudo executada conforme
representado na Figura 10.56, a uma distncia de um
metro (1m), seguindo a seqncia de 1 a 8. O valor
informado nas folhas de dados sempre o valor mdio
dos 8 pontos.
A transformao de Potncia Sonora para Presso Tabela 10.4 - Limites de Vibrao ( m).
Sonora, conforme abaixo (Norma IEC60034-9):
Lp = Lw 10.log (S/So)
Classe de Faixa de Mxima amplitude de
Lp o nvel de presso sonora em campo aberto em
Balancea- Velocidade vibrao relativa no
uma superfcie de reflexo a 1m da mquina.
mento min-1 eixo (m)
Lw o nvel de potncia sonora determinado conforme
procedimento desta norma. A > 1800 65
So 1m.
S a superfcie que envolve a mquina a 1m, de 1800 90
acordo com a norma ISO3744 e a seguinte regra: > 1800 50
B
Altura de eixo <=280mm rea da superfcie (S) um
hemisfrio (m). 1800 65
Altura de eixo >280mm rea da superfcie (S) um
paraleleppedo (m).
10.15 VIBRAO
10.15.1 Pontos de Medio
A vibrao de uma mquina eltrica est intimamente
As medies da severidade de vibrao devem ser
relacionada com sua montagem e por isso geralmente
efetuadas sobre os mancais, na proximidade do eixo, em
desejvel efetuar as medies de vibrao nas condies
trs direes perpendiculares, com a mquina
reais de instalao e funcionamento.
funcionando na posio que ocupa sob condies
A Tabela 10.3 indica os valores admissveis para a normais (com eixo horizontal ou vertical). A localizao
mxima velocidade de vibrao, para motores eltricos, dos pontos de medio e as direes a que se referem
para dois graus: A e B - conforme norma IEC 60034-14. os nveis da severidade de vibrao esto indicadas na
Grau A: Aplicado a mquinas sem exigncias especiais Figura 10.57.
de vibrao.
Grau B: Aplicado em mquinas com exigncias especiais
de vibrao. Montagem rgida no considerada
aceitvel para mquinas com altura de eixo menor que
132mm.
10.16 BALANCEAMENTO
Conforme a NBR-8008, balanceamento o processo
que procura melhorar a distribuio de massa de um
corpo, de modo que este gire em seus mancais sem
foras de desbalanceamento.
Os processos de balanceamento da WEG seguem as
normas ISO 1940 e NBR-8008 que definem o
relacionamento do desbalanceamento admissvel em
funo da mxima velocidade de operao.
Muitas vezes no fcil reconhecer a relao entre o
desbalanceamento do rotor e as vibraes da mquina
sob condies de operao. As vibraes da mquina
podem provir apenas parcialmente da presena de
desbalanceamento do rotor.
A amplitude das vibraes influenciada por vrios
fatores, tais como:
Massa vibratria das carcaas da mquina e sua
fundao.
11 CARACTERSTICAS DE PARTIDA
11.1 LIMITAO DA CORRENTE DE
PARTIDA
Sempre que possvel a partida de um motor trifsico de
gaiola, dever ser direta na rede ou plena tenso, por
meio de contatores vcuo e/ou disjuntores. Deve-se ter
em mente que para um determinado motor as curvas de
conjugados e corrente so fixas (quem determina o seu
valor a parte fsica do motor), independente da
dificuldade de partida, para uma tenso constante.
Nos casos em que a corrente de partida do motor
elevada podem ocorrer as seguintes conseqncias
prejudiciais:
a) Elevada queda de tenso no sistema de alimentao
da rede, provocando interferncia em equipamentos
instalados neste sistema;
b) O sistema de alimentao (cabos, chaves, proteo,
transformador) dever ser sobre dimensionados, tC n
elevando os custos;
c) A imposio das concessionrias de energia eltrica Figura 11.1 - Partida estrela-tringulo.
que limitam a queda de tenso da rede.
Nota: O mtodo de partida estrela-tringulo pouco
Caso a partida direta na rede no seja possvel, devido usado em motores de mdia e alta tenso.
aos problemas citados acima, pode-se usar sistema de
partida indireta para reduzir a corrente de partida. 11.1.2 Chave Compensadora (Auto-
Estes sistemas de partida indireta (tenso reduzida, Transformador)
variao de freqncia, por resistncia) so:
Chave estrela-tringulo; Para motores que iro partir com uma tenso menor que
Chave compensadora ou auto-trafo; a tenso nominal, a corrente e o conjugado de partida
Chave de partida esttica ou soft-start; devero ser multiplicados pelos fatores K1 (fator de
Inversor de freqncia; multiplicao da corrente) e K2 (fator de multiplicao do
Reostato para motores de anis. conjugado) obtidos no grfico da Figura 11.2.
O avano da eletrnica permitiu a criao da chave de Por muitos anos, motores CA foram usados estritamente
partida a estado slido a qual consisteA chave em aplicaes de velocidade constante.
compensadora pode ser usada para a partida de Tradicionalmente, com bombas, ventiladores e
motores sob carga. Ela reduz a corrente de partida, compressores, o controle da vazo tambm foi realizado
evitando uma sobrecarga no circuito, deixando, porm, o atravs de meios mecnicos como o estrangulamento de
motor com um conjugado "suficiente" para a partida e vlvulas e abafadores. Quando a velocidade varivel era
acelerao. A tenso na chave compensadora reduzida requerida, motores CC, juntamente com turbinas e
atravs de auto-transformador que possui normalmente motores de combusto interna, eram escolhidos.
taps de 50, 65 e 80% da tenso nominal de um conjunto Os adventos, de acionamentos de velocidade varivel,
de pares de tiristores (SCR, ou combinaes de confiveis e de custo efetivo, mudaram rapidamente
tiristores/diodos), um em cada borne de potncia do estes procedimentos. Estes acionamentos, que regulam
motor. a velocidade do motor, controlando a tenso e a
O ngulo de disparo de cada par de tiristores freqncia da rede, tm alargado vastamente a
controlado eletronicamente para uma tenso varivel aos abrangncia das aplicaes e capacidades dos motores
terminais do motor durante a"acelerao". Este CA.
comportamento , muitas vezes, chamado de "partida O uso de controles de freqncia ajustvel, entretanto,
suave" (soft-starter). No final do perodo de partida, impacta no projeto, desempenho e confiabilidade dos
ajustvel conforme a aplicao, a tenso atinge seu valor motores CA. Muitos efeitos so positivos. Velocidades
pleno aps uma acelerao suave ou uma rampa baixas significam ciclos menores (portanto fadiga
ascendente, ao invs de ser submetido a incrementos ou minimizada) dos rolamentos, ventoinhas e outros
"saltos" repentinos, como ocorre com os mtodos de elementos girantes. A "Partida Suave" de um motor
partida por auto-transformador, ligao estrela-tringulo, elimina os altos esforos da partida nos enrolamentos do
etc. Com isso, consegue-se manter a corrente de partida estator e barras do rotor que so usuais quando a
(na linha) prxima da nominal e com suave variao, partida ocorre diretamente na rede.
como desejado. Valor limite de corrente permitido no Acionamentos de freqncia ajustvel podem influenciar
motor funo da aplicao e do projeto do motor.Alm positivamente a vida til do motor, quando
da vantagem do controle da tenso (e por conseqncia adequadamente aplicados. H, contudo, uns poucos
da corrente) durante a partida, a chave eletrnica fatores importantes que devem ser considerados quando
apresenta, tambm, a vantagem de no possuir partes do uso de motores com estes acionamentos. Estes
mveis ou que gerem arco eltrico, como nas chaves problemas so bem definidos e administrveis e a seguir
mecnicas. Este um dos pontos fortes das chaves abordados. A ocorrncia de problemas, com a instalao
eletrnicas, pois sua vida til bem mais longa (permite destes acionamentos, ser significativamente reduzida
at centenas de milhes de manobras). quando estes fatores j so considerados
adequadamente na especificao tcnica inicial.
de "Modo Comum"), com magnitudes que variam com o compressores de alta velocidade com redutores de alta
ngulo de disparo da ponte retificadora. inrcia h alto risco potencial. Esta situao
A magnitude da tenso de Modo Comum em cada potencialmente perigosa pode ser analisada e evitada
perna da ponte pode ser igual metade da tenso com segurana.
nominal Fase-Neutro. Assim, a tenso total aplicada nas Uma anlise torcional normalmente realizada nos
fases do motor com conversor CA-CA pode ser duas elementos mais importantes do trem de acionamento.
vezes a tenso nominal de fase. Com acionamento de velocidade varivel, itens adicionais
devem ser acrescentados para anlise. O Torque
2) Harmnicas Pulsante deve ser includo, pois as magnitudes deste e a
Os efeitos das harmnicas geradas pelo acionamento fadiga resultante podem ento ser calculados. Em outros
podem afetar a operao, vida til e desempenho do casos, pode ser requerida a modificao do dimetro do
motor. Estes efeitos podem ser divididos em 3 eixo e fatores de concentrao de tenses, para evitar
categorias: aquecimento, dieltrico e mecnico. falhas por fadiga nos elementos do trem de
A Figura 11.4 ilustra um exemplo de forma de onda de acionamento.
tenso (P.W.M.) e corrente que pode ser fornecida um
motor por um inversor de freqncia. 3) Freqncias de Chaveamento e Ondas
Estacionrias
Alm da possibilidade de gerar calor adicional, as formas
de ondas dos acionamentos podem ter outros efeitos
diretos no sistema de isolao dos motores. Todos os
acionamentos estticos, utilizam-se de dispositivos
eletrnicos de chaveamento na sua seco de inverso.
A ao do chaveamento (liga-desliga) produz picos e
transientes de tenso e corrente que afetam de forma
variada a isolao do motor.
Ocasionados pela freqncia de chaveamento, picos de
tenso ou alto dV/dt, tero impacto na vida til dos
enrolamentos do motor. A freqncia e amplitude,
desses surtos todos, influenciam a vida do isolamento e
a provvel forma de defeito.
Uma recomendao conservadora e justa seria requerer
que o fabricante do acionamento especificasse ao
fabricante do motor qualquer outro requisito especial de
isolao (visto que a utilizao de filtros encareceria
demais o inversor). Quando necessrio (geralmente
acima de 20m) o usurio dever prover ao fabricante do
inversor/motor os comprimentos estimados dos cabos,
Figura 11.4 - Tenso e corrente no motor. pois a partir deste comprimento o aumento da
capacitncia da linha em relao ao terra ocasiona a
As harmnicas de corrente so aditivos corrente amplificao (pelo fenmeno da reflexo) dos picos de
fundamental, portanto geram calor adicional nos tenso, que podem danificar o isolamento do motor. Este
enrolamentos do motor. Mesmo um valor de 30% (trinta efeito pode ser minimizado colocando filtros reativos na
por cento) de distoro de corrente num motor, no gera sada do conversor ou aumentando o isolamento das
mais que 8% (oito por cento) de calor adicional (devido bobinas do motor.
principalmente aos enrolamentos do motor que se
comportam como um filtro). 4) Faixa de Velocidade
necessrio que o fornecedor do acionamento supra o Apesar da inrcia no ser um problema para o motor
fornecedor do motor com informaes sobre as com partida suave o para o acionamento. Aplicaes
harmnicas geradas para permitir que o motor seja
com centrfugas requerem que o motor e acionamento
devidamente projetado com a adequada capacidade de
sejam dimensionados para as condies de mxima
absoro/dissipao de calor para contra-balancear
velocidade de operao.
qualquer perda e/ou aquecimentos adicionais. Um motor
Cargas alternativas (ou outras cargas com toque
operando com velocidade varivel atravs de um inversor
constante, tais como estrusoras, britadores e alguns
de freqncia deve atender os mesmos limites de tipos de sopradores e compressores) devem ser
elevao de temperatura que um motor operando com
dimensionadas para condies de velocidade mnima
onda senoidal pura.
operacional.
As harmnicas de corrente podem originar emisso
De qualquer ponto de vista razovel, os dados reais de
maior de rudo audvel. Os motores devem demonstrar
carga devem ser fornecidos para todos os fornecedores
que o limite de nvel rudo sonoro atendido quando
de motores a fim de assegurar-se que o motor ser
estes so acionados por inversores estticos de
capaz de partir e acelerar a carga e funcionar dentro dos
freqncia. Ainda, as harmnicas tambm contribuem limites especificados de temperatura e sob todas as
com o "Torque Pulsante". O torque pulsante causa
condies de operao.
excitaes torcionais que podem ter conseqncias
Na maioria das aplicaes com velocidade varivel, a
destrutivas se no forem apropriadamente dirigidas.
mxima velocidade de operao ou esta perto da
Em casos extremos, a magnitude da pulsao
rotao nominal de um motor padro ligado diretamente
suficientemente grande para criar contra-torques. Em
rede.
aplicaes com baixa inrcia tais como bombas
As operaes em baixa velocidade no partilham os
centrfugas diretamente acopladas, usualmente h pouco mesmos problemas de integridade mecnica das
perigo. Porm, aplicaes em ventiladores ou em
operaes em alta velocidade, mas certamente partilham Durante as partidas o acionamento controla a tenso e
os problemas de mancais, lubrificao e de refrigerao. freqncia para permitir que o motor trabalhe prximo do
A mnima velocidade de operao deve ser especificada escorregamento e fluxo nominais e esteja operando, na
na Especificao ou Folha de Dados, tendo em vista que poro estvel da curva Torque x r.p.m. Assim, para a
o sistema de refrigerao do motor est ligado maioria das aplicaes e certamente para as cargas
intimamente sua rotao. centrfugas, as correntes de partida so muito baixas, a
Operao velocidade crtica pode resultar em nveis de acelerao suave e controlada, e por causa do baixo
vibrao altos que podem levar falha por fadiga dos escorregamento, o aquecimento do rotor bastante
componentes do trem de acionamento. Para evitar este reduzido.
risco, deve-se especificar uma mquina que no tenha
qualquer freqncia crtica dentro da faixa de operao
pretendida, ou fazer com que o inversor de freqncia
"pule" esta rotao.
Para a maioria das aplicaes com motores de 04 plos
e maiores, na faixa de 50% a 100% da velocidade, tal
soluo normal. Porm, com motores de 02 plos ou
faixas mais amplas de variao de velocidade pode haver
uma grande oportunidade para surgimento de
problemas. Em motores maiores, de mais alta velocidade
estas solues podem ser custosas ou indisponveis.
Utilizar motores que tenham freqncias crticas na faixa
de operao possvel, se eles tiverem uma resposta em
freqncia bem amortizada. Alternativamente, o controle
Figura 11.6 - Curva tpica de motor aplicado inversor de
pode ser bloqueado para operaes em freqncias bem freqncia.
definidas, que por sua vez limita a flexibilidade
operacional do acionamento. Consideraes Importantes:
Quanto menor a tenso e a freqncia do estator, mais
5) Aspectos na Partida significativa a queda de tenso neste, de modo que
Um aspecto positivo na operao de motores com para baixas freqncias, mantendo-se a
acionamento de freqncia varivel a partida suave. As proporcionalidade entre a freqncia e a tenso, o fluxo
instalaes tpicas de acionamento so configuradas e conseqentemente o conjugado da mquina diminui
para limitar a corrente do motor a 100% da nominal, bastante. Para que isto seja evitado, a tenso do estator
eliminando assim os esforos de partida no isolamento para baixas freqncias deve ser aumentada, atravs da
do motor e na rede de alimentao. compensao IxR, conforme Figura 11.7 :
A maioria das aplicaes so projetadas para manter a
relao V/Hz constante, mantendo o fluxo
eletromagntico no entreferro do motor uniforme, desta
maneira, nas baixas freqncias a tenso ser baixa (ver
Figura 11.5).
V
Vn
P
Pn
fn f
Figura 11.5 - Variao linear de tenso e freqncia.
Para a faixa compreendida entre 0 a aproximadamente 6 11.1.5 Partida com Reostato para Motores de
Hz, a relao entre V1 e f1 no determinada facilmente, Anis
pois dependem tanto de f1 (freqncia estatrica) como
de f2 (freqncia rotrica). Portanto, a elevao da O motor de induo de anis (rotor bobinado) pode ter
tenso em baixas freqncias depende tambm da uma famlia de curvas, conjugado x velocidade, atravs
freqncia do escorregamento e conseqentemente da da insero de resistncias externas no circuito rotrico.
carga; Desta maneira, para uma dada velocidade, possvel
1) Relaes V1/f1 acima dos valores nominais esto fazer o motor fornecer qualquer valor de conjugado, at
limitadas em funo de que para altos valores de o limite do conjugado mximo. Assim possvel fazer
tenso ocorre a saturao e o conseqente com que o motor tenha altos conjugados na partida com
enfraquecimento do campo. Combinando as correntes relativamente baixas (at a corrente do
equaes j apresentadas e com a considerao de conjugado mximo), bem como faz-lo funcionar numa
pequenos valores de escorregamento e supondo f2 dada velocidade com o valor de conjugado desejado.
proporcional a f1, podemos dizer que: Em cada uma das curvas da famlia de curvas, o motor
O conjugado mximo decresce com o quadrado do comporta-se de maneira que medida que a carga
aumento da velocidade (1/n2); aumenta, a rotao cai gradativamente. velocidade
sncrona, o conjugado motor torna-se igual a zero.
- O conjugado nominal decresce hiperbolicamente
com o aumento da velocidade (1/n), e decresce
aproximadamente com o quadrado da reduo
do fluxo (2);
- O valor aproximado da velocidade mxima com
potncia constante :
Cm x
nm x < . nnom
Cnom
Chave
Muito utilizada para cargas de Mudana brusca nos TAPs.
baixa inrcia.
Compensadora
Inadequado para cargas com altas
Ou Tenso inrcias.
Auto - Vida til limitada (nmero de manobras).
Transformador
Possibilidade de gerar fascas ou arcos de
tenso devido as partes mveis serem
mecnicas.
Direta -
12 CARACTERSTICAS DE ACELERAO
Tabela 12.1 - Faixa de rendimentos para alguns tipos de
12.1 POTNCIA NOMINAL acoplamentos.
Cc = Co + kc . n2 = Parablico
Pc = kc = Constante
5) Conjugados No Definidos:
Neste caso no se aplica a equao completa para
conjugado resistente da carga, pois no podemos
determinar sua equao de maneira precisa, logo temos
que determinar o seu conjugado utilizando tcnicas de
integrao grfica. Na prtica, analisa-se como
conjugado constante, pelo mximo valor de torque
absorvido.
Figura 12.6 - Momento de inrcia em rotaes diferentes.
2
nc
Jce = Jc . [kgm2]
nm
Onde:
Jce = momento de inrcia da carga referido ao eixo do
motor;
Jc = momento de inrcia da carga;
nc = rotao da carga;
nm = rotao nominal do motor.
OBS.:
Uma grandeza muito usada para medir o momento de
inrcia o "Momento de Impulso", conhecido como
GD2 da carga, expresso em kgfm2. Sua relao com o
momento de inrcia dado por: J=GD2/4.
Figura 12.5 - Conjugado no definido
B 175 185 80
F 200 210 105
H 225 235 125
12.8 CONJUGADO MOTOR MDIO Como esta integral no muito difcil de ser resolvida, na
prtica feita a integrao grfica. Isto no muito
(CMmed) complicado, basta que se observe que a soma das reas
A1 e A2 sejam igual a rea A3, como mostra a Figura
O conjugado mecnico no eixo do motor dado pela 12.10.
expresso abaixo: Usualmente temos:
d
saturao magntica do ncleo do motor.
Representando esta ltima equao em um grfico,
obtemos a curva caracterstica do conjugado mdio do Ca = J *
motor, conforme abaixo: dt
Onde:
Ca = conjugado acelerador em Nm;
J = momento de inrcia do corpo em kgm2;
= velocidade angular em rad/s.
= 2 . . n
1 n1
A B.n
CMmd = . . dn
n 2 n 2 n2 C . n 2 D . n + E
dn
CMmd - CRmd = (Jm - Jce ) . 2 . .
dt
Portanto:
Jm + Jce
dt = 2 . . . dn
CMmd - CRmd
ta
J +J n
dt = C . dn
m ce
0 Mmd C Rmd 0
. nm Jm + Jce
ta = .
30 CMmd - CRmd
Curva:
Conjugado
x
Rotao
. nm Jm + Jce
ta = .
30 CMmd - CRmd
Tempo de acelerao
Devido ao valor elevado da corrente de partida dos A indicao do valor da corrente de rotor bloqueado na
motores de induo, o tempo gasto na acelerao de placa de identificao do motor prescrita na norma
cargas de uma inrcia aprecivel (elevada) resulta na NBR 7094, de maneira mais direta que na norma antiga
elevao rpida da temperatura do motor. Se o intervalo EB-120. De acordo com EB-120, a placa mostrava uma
entre partidas sucessivas for muito reduzido, isto levar a letra cdigo padronizada que dava a indicao da faixa
uma acelerao de temperatura excessiva nos de valores kVA/cv em que se situava a corrente de rotor
enrolamentos, danificando-os ou reduzindo sua vida til. bloqueado do motor. Os valores correspondentes a
A norma NBR 7094 estabelece um regime de partida essas letras do cdigo de partida, so mostradas na
mnimo que os motores devem ser capazes de realizar: Tabela 12.5. Pela norma NBR 7094, indica-se
diretamente o valor de IP/In, que a relao entre a
Duas partidas sucessivas, sendo a primeira feita com o corrente de rotor bloqueado e a corrente nominal.
motor frio, isto , com seus enrolamentos temperatura
ambiente e a segunda logo a seguir, porm, aps o Na norma MG 1 (PART 10, PAGE 8 item 10.32.2
motor ter desacelerado at o repouso; apresenta a mesma tabela que relaciona corrente de
Uma partida com o motor quente, ou seja, com os partida, rendimento e fator de potncia. Nesta norma a
enrolamentos temperatura de regime. designao com o nome de CODE LETTER expressa
em kVA/HP.
A primeira condio simula o caso em que a primeira
kVA 0,736
partida do motor malograda, por exemplo, pelo = IP .
desligamento da proteo, permitindo-se uma segunda cv In . cos
tentativa logo a seguir. A segunda condio simula o
caso de um desligamento acidental do motor em
Tabela 12.5 - Cdigos de partida
funcionamento normal, por exemplo, por falta de energia
na rede, permitindo-se retomar o funcionamento logo Cdigo kVA / cv Cdigo kVA / cv
aps o restabelecimento da energia.
A 0 - 3,14 L 9,0 - 9,99
12.12 CORRENTE DE ROTOR B 3,15 - 3,54 M 10,0 - 11,09
BLOQUEADO
C 3,55 - 3,99 N 11,2 - 12,49
12.12.1 Valores Mximos Normalizados
D 4,0 - 4,49 P 12,5 - 13,99
Os limites mximos da corrente com rotor bloqueado,
em funo da potncia nominal do motor so vlidos E 4,5 - 4,99 R 14,0 - 15,99
para qualquer nmero de plos, esto indicados na
F 5,0 - 5,59 S 16,0 - 17,99
Tabela 12.4, expressos em termos da potncia aparente
absorvida com rotor bloqueado em relao potncia
G 5,6 - 6,29 T 18,0 - 19,09
nominal, kVA/cv ou kVA/kW.
H 6,3 - 7,09 U 20,0 - 22,09
kVA Potncia aparente com rotor bloqueado
=
cv Potncia nominal J 7,1 - 7,99 V 22,4 ou mais
K 8,0 - 8,99
kVA 3 . IP . V kVA 3 . IP . V
= ; =
cv P(cv) . 1000 kW P(kW) . 1000
Onde:
IP = Corrente de rotor bloqueado, ou corrente de partida;
V = Tenso nominal (V);
P = Potncia nominal (cv ou kW).
Errado
Motor de Induo Motor de Induo
PROJETO
de Gaiola de Anis
Rotor de Gaiola Rotor Bobinado
Conjugado de
Baixo Alto
partida
Corrente de partida/
Alta Baixa
corrente nominal
> 160% do > 180% do
Conjugado mximo
conjugado nominal conjugado nominal
Rendimento Alto Alto
Equipamento de Simples para Relativamente
partida partida direta simples
Equipamento de
Simples Simples
proteo
Reostato requer um
Espao requerido Pequeno
espao grande
Nos anis e
Certo
Manuteno Pequeno escovas, sistema de
levantamento
Custo Baixo Alto
Esses tipos de detectores, usualmente conhecidos como So detectores trmicos compostos de sensores
"RTD" Resistence Temperature Dependent ou semicondutores que variam sua resistncia bruscamente
Resistncia Calibrada - so elementos onde sua ao atingirem uma determinada temperatura.
operao baseada na caracterstica de variao da
resistncia com a temperatura, intrnseca a alguns PTC - coeficiente de temperatura positivo.
materiais (geralmente platina, nquel ou cobre). Possuem NTC - coeficiente de temperatura negativo.
resistncia calibrada, tem como caracterstica uma
dependncia linear entre a resistividade do material do O tipo "PTC" um termistor cuja resistncia aumenta
sensor e a temperatura a que est submetido. bruscamente para um valor bem definido de
Isto possibilita um acompanhamento contnuo do temperatura, especificado para cada tipo. Essa variao
processo de aquecimento do motor pelo display do brusca na resistncia interrompe a corrente no PTC,
controlador, com alto grau de preciso e sensibilidade de acionando um rel de sada, o qual desliga o circuito
resposta. principal. Tambm pode ser utilizado para sistemas de
Sua aplicao ampla nos diversos setores da tcnica alarme ou alarme e desligamento (2 por fase).
de medio e automatizao de temperatura nas Para o termistor "NTC" acontece o contrrio do PTC,
indstrias em geral. Geralmente, aplica-se em instalaes porm, sua aplicao no normal em motores eltricos,
de grande responsabilidade como, por exemplo, em pois os circuitos eletrnicos de controle disponveis,
regime intermitente muito irregular. Um mesmo detector geralmente so para o PTC (aumento de resistncia).
pode servir para alarme e para desligamento. Os termistores possuem tamanho reduzido, no sofrem
Os RTD's mais comuns so denominados "de platina" e desgastes mecnicos e tm uma resposta mais rpida
de "cobre", que tem sua resistncias a 0C em relao aos outros detectores, embora permitam um
respectivamente de 100 e 10 Ohms. A utilizao de acompanhamento contnuo do processo de aquecimento
RTD's para motores, especialmente no Brasil, tem sido do motor. Os termistores com seus respectivos circuitos
at o momento feita em maior nmero com os "de eletrnicos de controle oferecem proteo completa
platina" ou Pt100. contra sobre-aquecimento produzido por falta de fase,
sobrecarga, sob ou sobre tenses ou freqentes
operaes de reverso ou liga-desliga. Possuem um
baixo custo, relativamente ao do tipo RTD, porm,
necessitam de rel para comando da atuao do alarme
ou operao.
Para mancais
de bucha
14.2.4 Termostatos
TERMORESISTOR TERMISTOR
TERMOSTATO
(RTD's) (PTC e NTC)
Contatos mveis
Mecanismo de proteo Resistncia calibrada Resistor de avalanche
Bimetlicos
Atuao direta
Comando externo de Comando externo de
Forma de atuao
atuao na proteo atuao na proteo Comando externo de
atuao da proteo
15 ENSAIOS
A finalidade deste captulo definir os ensaios que podem ser realizados por solicitao de clientes, com ou sem presena
de inspetor.
So agrupados em ensaios de rotina, tipo e especial, conforme definidos pela norma IEC. Para a realizao destes ensaios,
deve ser seguida a NBR-5383, que define os procedimentos para a execuo dos ensaios.
A seguir so listados os ensaios de rotina e tipo, prottipo e especial. Outros ensaios no citados, podem ser realizados
pelo fabricante, desde que exista um acordo entre as partes interessadas.
16 ANEXOS
16.1.1 Generalidades
Newton por metro quadrado (N/m2) 1,02x10-5 Quilograma-fora por centmet. quad.
Quilograma-fora por centmet. quad. 14,22 Libra-fora por polegada quadrada (psi)
Libra-fora por polegada quad. (psi) 0,06807 Atmosfera (atm)
Atmosfera (atm) 1,0132 bar
bar 1,02 Metro de gua (mH2O)
Metro de gua (mH2O) 98101,45x Newton por metro quadrado (N/m2)
Newton por metro quadrado (N/m2) 10-4 Libra-fora por polegada quadrada (psi)
Presso
Quilograma-fora por centmet. 0,968 Atmosfera (atm)
quad.Libra-fora por polegada quad. 6,89x10-2 bar
(psi)
Metro de gua (mH2O) 1,42 Libra-fora por polegada quadrada
Newton por metro quadrado (N/m2) 9,87x10-6 (psi)Atmosfera (atm)
Quilograma-fora por centmet. quad. 0,981 bar
Metro de gua (mH2O) 0,1 Quilograma-fora por centm. quad. (kgf/cm2)
16.3.1 Ranhura do Estator para Bobinas de Alta Tenso e Rotor com Ranhuras para Injeo de Alumnio
16.3.2 Ranhura do Estator para Bobinas de Baixa Tenso e Rotor com Ranhuras para Injeo de
Alumnio
16.3.3 Ranhura do Estator para Bobinas de Alta Tenso e Rotor com Ranhuras para Injeo de Alumnio
ANOTAES