Caderno Do Aluno 4 Resolução
Caderno Do Aluno 4 Resolução
Caderno Do Aluno 4 Resolução
Grupo II
1. Apresentar, partindo do Doc. 1, as razões do “lastimoso” estado do nosso comércio.
No século XVII, Portugal pouco produzia, vivendo sobretudo da reexportação dos produtos coloniais, como o
açúcar, tabaco e especiarias, principalmente.
Nas últimas décadas do século XVII, uma crise comercial de grandes proporções diminui a procura desses
produtos. Em Lisboa, os stocks não se escoam, mesmo a baixos preços (“…por falta de valor, não têm saca”).
Deste modo, todas as nossas compras ao estrangeiro tinham de ser pagas em numerário, acentuando o défice
da nossa balança comercial (“… os estrangeiros para se pagarem das (mercadorias) que metem no Reino, levam
o dinheiro”).
2. Referir, com base no Doc. 2, a solução encontrada para resolver a situação económica a que alude Duarte
Ribeiro de Macedo (Doc.1).
O contrato celebrado com Rolando Duclos é um exemplo da política industrializadora levada a cabo pelos
governantes portugueses, em especial pelo vedor da Fazenda de D. Pedro II, o Conde da Ericeira. Na
impossibilidade de continuar a pagar em numerário as importações, a solução encontrada foi libertar o país da
dependência estrangeira, implementando no reino as manufaturas.
Grupo III
1. Explicar a evolução registada nas exportações de vinhos portugueses para Inglaterra (Doc. 1).
No período considerado, o gráfico mostra uma tendência de crescimento das exportações de vinhos
portugueses para Inglaterra. Essa evolução deve-se, em grande medida, ao Tratado de Methuen, assinado em
1703, que favorecia a entrada dos vinhos portugueses em Inglaterra, visto pagarem menos 1/3 dos direitos
alfandegários cobrados aos vinhos franceses.
2. Indicar três produtos que, à data considerada, faziam a “opulência do Brasil” (Doc. 2).
Ouro, açúcar e tabaco.
3. Apresentar, partindo do Doc. 3, duas evidências da dependência económica portuguesa face à Inglaterra.
O ouro vindo do Brasil, bem como o lucro do nosso comércio com esta colónia, acabava nas mãos dos Ingleses,
como pagamento dos produtos que nos vendiam.
O mercado britânico nos fornecia ¾ do trigo e dos produtos manufaturados que consumíamos, o que revela
uma dependência excessiva face às importações de Inglaterra;
4. O Marquês de Pombal:
a) protegeu as manufaturas, criou companhias monopolistas de comércio e dignificou o estatuto da burguesia.
A política industrializadora das décadas de 1670-80 foi uma resposta à conjuntura de crise comercial que a
Europa e o país atravessavam e que nos impedia de adquirir ao estrangeiro os muitos produtos que não
produzíamos; inspirada pela ação de Colbert, reservou ao Estado um papel primordial.
No fim do século, a conjuntura de crise inverteu-se e o açúcar, o tabaco e as especiarias voltaram a vender-se
por bom preço nos mercados europeus, gerando uma maior liquidez.
Concomitantemente, a descoberta de minas de ouro no território brasileiro trouxe a Portugal uma riqueza
inesperada, permitindo aquisição fácil de todo o tipo de bens (Doc.1).
Em complemento, o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e a Inglaterra em 1703, em troca das
exportações dos nossos vinhos (Doc.2), anula as restrições à entrada dos têxteis britânicos, trazendo às nossas
fábricas dificuldades acrescidas, dada a alta qualidade e o baixo preço dos tecidos ingleses.
Fruto destas circunstâncias, o esforço industrializador esmoreceu, a maioria das fábricas encerrou e o país
regressou à sua vocação comercial.
Nossa aliada política e suporte da causa portuguesa no processo da Restauração, a Inglaterra recebeu em
troca, grandes facilidades comerciais.
A produção manufatureira inglesa muito competitiva e o poderio comercial que esta potência adquire nos
séculos XVII e XVIII, permitem-lhe aproveitar devidamente as vantagens oferecidas pelo mercado português,
sobretudo após a Tratado de Methuen.
Deste modo, as exportações britânicas para Portugal, na primeira metade do século XVIII, não param de
crescer. O défice da balança comercial portuguesa acentua-se e, compensado com dinheiro, drena o ouro que
nos chega do Brasil (Doc. 3).
MÓDULO 4
4. Construção da modernidade europeia
4.1 O método experimental e o progresso do conhecimento do Homem e da Natureza
4.2 A filosofia das Luzes
Grupo I
1. Identificar o tipo de conhecimentos que o documento põe em causa.
Os conhecimentos do saber tradicional, baseados nas afirmações das “autoridades”, sem recurso à observação
dos fenómenos.
Grupo II
1. A “teoria mais comum” a que Galileu alude na sua carta é:
b) o geocentrismo.
2. Apresentar, com base nos Docs. 1 e 2, dois contributos de Galileu para o conhecimento científico.
(Escolher dois)
Aperfeiçoamento do telescópio.
Reforço da teoria heliocêntrica (Doc. 2).
Adoção da Matemática como linguagem das ciências exatas (Doc.3).
Importantes observações astronómicas que conduziram, por exemplo, à descoberta dos satélites de Júpiter
(Docs. 2 e 3).
3. Referir, partindo da análise do Doc. 3, o papel desempenhado pelas academias nos meios científicos dos séculos
XVII-XVIII.
As academias científicas adotaram o experimentalismo como fonte do conhecimento. Tornaram-se, por isso,
centros dinamizadores da revolução científica do século XVII.
Estas associações dedicaram-se ao estudo das mais diversas disciplinas. Na gravura, faz-se uma clara alusão a
algumas áreas do saber, nomeadamente: Anatomia (esqueleto humano), Biologia (esqueletos de animais),
Astronomia (esfera celeste e Observatório Astronómico de Paris - visível pela janela, ao fundo), Geografia
(mapas), Física (objetos de laboratório), Botânica (jardim botânico, visível pela janela).
As academias receberam a proteção de monarcas e príncipes (neste caso, de Luís XIV, rei de França) que as
dotaram dos meios necessários para a pesquisa científica que se propunham desenvolver.
Grupo III
1. Esclarecer, no contexto do Doc. 1, o significado do termo “Razão”.
O termo é utilizado como sinónimo de raciocínio, capacidade racional do Homem.
2. Indicar dois ideais do pensamento iluminista, presentes no texto de Diderot (Doc. 2).
(Escolher dois)
Igualdade Natural.
Liberdade Natural.
Soberania Popular OU rejeição do absolutismo régio.
5. Desenvolver o tema:
O ideário das Luzes
Introdução: Referência à modernidade do pensamento do século XVIII e ao papel relevante que desempenhou na
destruição da ordem social e política do Antigo Regime.
Pondo a tónica no indivíduo, a filosofia iluminista defende os direitos que lhe são inerentes, como a igualdade e
a liberdade, que considera dádivas da Natureza ( Doc.2).
Decorrente da igualdade e liberdade naturais, defende-se que o poder político tem por base um “contrato”
tácito entre os governados e os governantes, isto é “o consentimento daqueles que lhe estão submetidos” –
teoria do “contrato social” OU decorrente da igualdade e liberdade naturais, defende-se que o poder político
reside no povo, que o confere aos governantes “soberania popular”( Doc.2).
Com vista a evitar a arbitrariedades do poder absoluto, propõe-se o desdobramento da autoridade do Estado
em três poderes distintos: legislativo, que elabora as leis; executivo, que as põe em prática; judicial, que julga e
pune a infração das leis. A teoria da separação dos poderes é enunciada por Montesquieu na obra “O Espírito
das Leis”, ilustrada pelo Doc.3.
Atitudes religiosas
Defesa da liberdade religiosa - dotado de Razão e devendo usá-la com plena liberdade, todo o indivíduo tem o
direito de escolher a fé que pretende professar (Doc. 4);
Defesa da separação entre a Igreja e o Estado - pertencendo a escolha da religião a seguir a cada indivíduo, o
Estado não deve ter qualquer interferência em matéria religiosa, separando-se claramente os dois domínios.
Deísmo - considerando as religiões instituídas uma obra dos homens e não de Deus e vendo nelas uma fonte de
violência e conflitos, alguns filósofos advogam a crença num ser supremo, ordenador do Universo que, depois
da criação não mais se revelou.
MÓDULO 4
4. Construção da modernidade europeia
4.2 A filosofia das Luzes
4.3 Portugal – o projeto pombalino de inspiração iluminista
Grupo I
1. Identificar os espaços de sociabilidade a que se reporta o Doc. 1.
O documento refere-se aos salões culturais, que proliferavam em Paris.
2. Mostrar, usando dois aspetos do mesmo texto, o impacto dos filósofos iluministas nos meios intelectuais da
época. (Escolher dois)
3. Realçar, com base no Doc. 2, a importância dos cafés como meios de difusão do pensamento.
A ilustração mostra um ambiente de clara tertúlia literária, a avaliar pela quantidade de papéis que se
espalham em cima das mesas e até nas paredes. Os cafés eram frequentados por pessoas cultas, que aí
mostravam os seus escritos, declamavam poemas e debatiam ideias.
Grupo II
1. A designação “déspota iluminado“ atribui-se:
a) aos soberanos do século XVIII que, mantendo todo o poder dos reis absolutos, procuravam governar para bem
do povo, segundo ideais do iluminismo.
3. No último parágrafo do texto, a expressão “grandes homens”, entre outros vultos do pensamento e da ciência,
designa:
a) os iluministas, especialmente Voltaire.
Grupo III
1. Dar um exemplo concreto do “arrumar de casa” a que se refere o historiador João Medina (Doc. 1).
(Escolher um)
Reorganização das finanças OU criação do Erário Régio.
Reforma do sistema judicial OU criação da Intendência Geral da Polícia.
4. Desenvolver o tema:
O projeto pombalino de inspiração iluminista
Introdução: Referência ao despotismo iluminado como forma de conciliação entre o poder supremo dos
soberanos e as ideias o Iluminismo, sobretudo no que concerne ao valor da Razão enquanto motor do progresso e
bem-estar das sociedades humanas.
Racionalização da máquina burocrática do Estado: reorganização das finanças (“ fazenda”) e da justiça através
da criação de organismos coordenadores – o Erário Régio e a Intendência Geral da Polícia, respetivamente
(Doc. 1).
Submissão das forças sociais privilegiadas, capazes de afinar o poder régio: processos decorrentes da tentativa
de regicídio e expulsão dos Jesuítas (Doc.2).
O Terramoto de 1755 proporcionou a ocasião de levar a cabo uma reorganização urbanística da capital
segundo critérios racionalistas.
Caderno do aluno – 4 (Resolução) página 5 de 9
A cidade foi reerguida segundo um traçado rigorosamente geométrico, de ruas largas e retilíneas que se
entrecruzam em ângulos retos.
O rigor de harmonização urbanística estendeu-se aos edifícios, cuja traça ficou prescrita no projeto aprovado
para a reconstrução da cidade (Doc. 4), da autoria de Eugénio dos Santos.
A preocupação com a saúde pública e a segurança das populações exprimiu-se no traçado urbano amplo e
aberto, na rede de abastecimento de águas, na construção de um sistema de esgotos eficiente e, ainda, na
adoção de um tipo de construção antissísmica, a gaiola.
Reforma do ensino
MÓDULO 5
1. A Revolução Americana, uma revolução fundadora
1.1 Nascimento de uma nação sob a égide dos ideais iluministas
Grupo I
1. Associar os excertos do Doc. 1 (coluna A) às situações históricas apresentadas (coluna B).
a) – 6;
b) – 5;
c) – 1;
d) – 2.
Grupo II
1. George Washington distinguiu-se na Revolução americana por:
c) ter comandado os exércitos americanos durante a Guerra da Independência e ter sido o primeiro Presidente da
República dos EUA.
3. Apresentar dois aspetos da organização política dos EUA (Doc. 2) que comprovam a aplicação dos princípios
iluministas.
Grupo III
1. Indicar o nome do acontecimento que determinou as alterações verificadas no mapa.
Guerra dos Sete Anos.
2. Apresentar, a partir do Doc. 1, dois motivos de satisfação dos colonos ingleses da América em 1763.
(Escolher dois)
4. Apontar, a partir dos Docs. 2 e 3, três injúrias e desvantagens da ligação das colónias americanas à Grã-
Bretanha.
(Escolher 3)
A indiferença da Inglaterra em relação aos interesses e necessidades das colónias OU a falta de uma verdadeira
e desinteressada proteção da Inglaterra às colónias.
O lançamento de taxas, aprovadas pelo Parlamento britânico sem a presença de representantes das colónias.
O pacto colonial que obrigava as colónias a manterem a exclusividade de comércio com a metrópole, o que
prejudicava os negócios dos colonos e limitava o desenvolvimento das colónias.
As represálias exercidas sobre as colónias, como o encerramento do porto de Boston OU o envio de tropas
britânicas.
5. Desenvolver o tema:
A reação ao colonialismo e o nascimento de uma nova nação
A guerra dos Sete Anos (1756- 1763) entre a França e a Inglaterra pela expansão das suas colónias. Na América
do Norte, a vitória inglesa nesta guerra saldou-se na dilatação das áreas coloniais (Canadá, o vale do Oaio, a
margem esquerda do Mississípi) (Doc. 1).
O impedimento da expansão das colónias para oeste devido à criação, pela coroa britânica, de uma reserva
índia a oeste dos Apalaches.
A aprovação, pelo parlamento britânico, de novos impostos a serem suportados pelos colonos como forma
destes contribuírem para as despesas tidas pelo Estado na guerra, alegadamente, para a proteção dos seus
territórios:
– taxas aduaneiras sobre as importações de melaço, vidro, papel, chumbo e chá;
– imposto de selo sobre todos os documentos legais e publicações periódicas (Doc. 2).
A vigência do pacto colonial que submetia as colónias à exclusividade de comércio com Inglaterra.
O Stamp Act Congress (Nova Iorque, Outubro de 1765): os representantes de nove das colónias rejeitaram o
pagamento de qualquer contribuição sem que estas tivessem sido aprovadas pelos representantes das
colónias.
A desobediência ao exclusivo colonial: os colonos boicotaram as mercadorias inglesas.
Caderno do aluno – 4 (Resolução) página 7 de 9
A oposição popular: o “Boston Tea Party” protagonizado por um grupo de jovens disfarçado de índios, que
lançou ao mar o carregamento de chá transportado pela Companhia das Índias;
A organização de um dispositivo revolucionário: a mobilização da população através de jornais e panfletos
(Doc. 3), a angariação de apoios através de comités de correspondência, a congregação das colónias em
congressos, a organização de milícias armadas.
MÓDULO 5
2. A Revolução Francesa – paradigma das revoluções liberais e burguesas
2.1 A França nas vésperas da revolução
2.2 Da Nação soberana ao triunfo da revolução burguesa
Grupo I
1. A crítica subjacente à caricatura (Doc. 1) incide sobre:
c) a hierarquia e a desigualdade da sociedade francesa.
4. Identificar, nas palavras de Turgot (Doc. 4), três problemas que afetavam as finanças francesas em 1774.
(Escolher três)
5. Desenvolver o tema:
A França nas vésperas da Revolução
A crise económica resultante da crise agrícola (maus anos agrícolas, quebra da produção, diminuição dos
rendimentos dos senhores e dos camponeses; subida dos preços), industrial (concorrência dos tecidos ingleses,
diminuição das vendas, falência das manufaturas), comercial (défice da balança comercial).
A crise financeira resultante do défice crónico das finanças: no orçamento do Estado pesavam excessivamente
os gastos com a corte e com as tenças concedidas aos cortesãos, as despesas diplomáticas, militares e
administrativas e os encargos da dívida pelos sucessivos empréstimos contraídos (Doc. 3).
A escassez de receitas do Estado, provenientes, essencialmente, dos impostos que recaíam sobre o Terceiro
Estado, excessivamente sobrecarregado (Doc. 3).