Teoria Da Ligação de Valência (RPECV)
Teoria Da Ligação de Valência (RPECV)
Teoria Da Ligação de Valência (RPECV)
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
Apresentar as Teorias de ligação envolvidas na formação das ligações covalentes.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecer a classificação dos tipos de ligações químicas;
Fundamentação teórica de ligação iônica.
INTRODUÇÃO
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Teoria de Ligação de valência (TLV)... Aula 6
repulsão eletrostática reforça a idéia de arranjos tetraédricos distintos para
elétrons com spins iguais, de maneira que as duas séries elétrons ocupam
alternadamente os vértices de um cubo (Figura 1 (c)). Novamente, o rela-
tivo arranjo cúbico não tem orientação fixa, logo a distribuição total dos
elétrons no orbital de valência é esférica.
Figura 1: Mais provável arranjo dos elétrons de: (a) spin +1/2; (b) spin -1/2; (c)
duas séries de elétrons alternadas nos vértices de um cubo.
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Química Inorgânica I
Figura 3: Emparelhamento dos elétrons nas moléculas de: (a) NH3; (b) CH4.
Agora vamos assumir que um próton (H+) combine com o íon Cl- para
formar a molécula do ácido clorídrico (HCl). Como descrito anteriormente,
dois elétrons de spins oposto são juntos para formar a ligação química,
porém os dois tetraedros formados pelos elétrons de spins opostos per-
manecem livres para girar ao redor do eixo da ligação química do HCl,
como ilustrado na Figura 4.
Figura 4: Mais provável arranjo dos elétrons no orbital de valência do cloro na molécula de HCl.
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A partir dos exemplos discutidos até então, é fundamental constatarmos
que quando dois elétrons de spins contrários são emparelhados, independe
se são pares responsáveis pela ligação química ou pares de elétrons não
compartilhados, eles tornam-se suficientemente localizados em uma de-
terminada região do espaço onde há uma grande probabilidade de serem
encontrados. Esta fração do espaço ao redor do elemento central pode ser
definida como região de domínio de elétrons. Vale destacar, que estas regiões
de domínio de elétrons são importantes para definir a geometria molecular.
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Fonte: Referência 6.
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Observe que o ângulo de ligação diminui com aumento do número
de pares não ligantes, isto pode ser justificado devido ao fato da a região
de domínio de elétrons não compartilhados ocuparem um maior volume
de espaço, pois esta região sofre atração apenas do núcleo do átomo cen-
tral. Isto implica que a região de domínio de elétrons não compartilhados
exerce forte repulsão sobre as regiões adjacentes que tendem a comprimir
os ângulos de ligação.
Figura 7: Superposição dos orbitais na formação de ligações covalentes. (a) A ligação em H2 resulta
da superposição de dois orbitais 1s de dois átomos de H. (b) A ligação em HCl resulta da super-
posição de um orbital 1s do átomo de H com um dos lóbulos de um orbital 3p de Cl. (c) A ligação
em Cl2 resulta da superposição de dois orbitais 3p de dois átomos de Cl.
(Fonte: Referência 6)
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Química Inorgânica I
Figura 8: A formação da ligação covalente no H2. (a) Cada átomo de H apresenta 1 eletron no
orbital do subnível 1s. Este elétron encontra-se atraído pelo único próton existente no núcleo
do átomo de H. (b) Os átomos de H se aproximam acontecendo a sobreposição dos orbitais
1s. Cada elétron começa a sentir a força atrativa de ambos os prótons dos núcleos. (c). Na
molécula de H2 os dois orbitais atômicos 1 s dão origem a um orbital molecular que engloba os
dois elétrons existentes na ligação covalente.
Hibridização
Hibridização sp
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d) Um elétron de Be é compartilhado com cada um dos elétrons desem-
parelhados do F. Mas como, se vimos anteriormente que não existem
elétrons desemparelhados?
e) Se admitirmos que os orbitais do Be na ligação Be-F estão distantes de
180°, então devemos promover um elétron do orbital 2s no Be para o orbital
2p para obtermos dois elétrons desemparelhados e desta forma justificar as
duas ligações. Contudo, a geometria ainda não estaria explicada porque ter-
emos dois elétrons desemparelhados, porém em diferentes níveis de energia.
Hibridização sp2
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Hibridização sp3
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Química Inorgânica I
CONCLUSÃO
RESUMO
Nesta aula fizemos um estudo sobre as teorias de ligação que explicam
as ligações covalentes. Dentro deste contexto, focamos nossa atenção
Modelo de Lewis para explicar a estrutura de moléculas covalentes simples;
Teoria de RPECV para explicar o arranjo dos elétrons nos átomos e a Teoria
da ligação de valência para explicar as ligações covalentes.
ATIVIDADES
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d do enxofre deve ser usado. O arranjo bipiramidal trigonal corresponde
a uma hibridização sp3d. Um dos orbitais híbridos que aponta na direção
equatorial contém um par de elétrons não-ligante; os outros quatro são
usados para formar as ligações S-F.
AUTO-AVALIAÇÃO
PRÓXIMA AULA
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Química Inorgânica I
REFERÊNCIAS
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