Unidade 7 - Hidrometria - Hidrologia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

11/12/2017

Universidade Federal de Santa Maria Hidrometria


Centro de Tecnologia
Disciplina de Hidrologia • Hidrometria é a ciência que trata da medida e da análise das
características físicas e químicas da água, inclusive dos
métodos, técnicas e instrumentação utilizados pela Hidrologia.
Cap. 7 - Hidrometria
• A Hidrometria dedicou-se a estudar e a medir:
– as chuvas,
Fluviometria
Estações fluviométricas
– as vazões dos cursos d’água,
Curva-chave – a evaporação e a infiltração,

Profa. Jussara Cabral Cruz – isto é, as variáveis hidrológicas e hidrometeorológicas que


Departamento de engenharia Sanitária e Ambiental
permitem a caracterização hidrológica das bacias
hidrográficas.

Hidrometria Fluviometria - Importância


• Para isso são instaladas e operadas redes de • Quais são?
– Aproveitamentos hidroenergéticos
observação de postos:
– Planejamento de uso dos recursos hídricos
– pluviométricos,
– Previsão de cheias
– fluviométricos e – Gerenciamento de bacias hidrográficas
– hidrometeorológicos. – Saneamento básico
– Abastecimento público e industrial
– Navegação
• Neste capítulo daremos ênfase a fluviometria.
– Irrigação
• FLUVIOMETRIA ? – Transporte
• Medição de níveis e vazões ao longo do tempo – Meio ambiente
em um rio. – Muitos outros
3 4

Estação Hidrométrica Curva-chave


FLUVIOMETRIA
• O que é?
• O que é?
• A avaliação diária da vazão por um processo direto
• Uma estação hidrométrica é uma
(medição e integração do campo de velocidades na
seção do rio, com dispositivos de
seção transversal) seria excessivamente oneroso e
medição quali-quantitativos da água
complicado, por este motivo opta-se pelo registro dos
(réguas linimétricas ou linígrafas,
níveis do rio e determina-se uma relação entre a
devidamente referidos a uma cota
vazão e o nível denominada curva-chave.
conhecida e materializada no
terreno), facilidades para medição de
vazão (botes, pontes, etc.) e estruturas
artificiais de controle, se for
necessário.
5 6

1
11/12/2017

O que é vazão ou descarga? Posto de medição de vazão


Volume • Requisitos para uma Boa Seção
Vazão   Velocidade . Área – Lugar de fácil acesso
Tempo
– Forma regular da seção
– Trecho retilíneo
– Margem e leito não erodíveis
– Velocidade entre 0,2 e 2 m/s
Mede-se o tempo Mede-se: seção
necessário para que a transversal do rio e a – Controle por regime uniforme ou crítico
água preencha velocidade do
completamente um escoamento.
reservatório com
volume conhecido.

Como medir?
7 8

Bacia hidrográfica: convenções


Locais de medição de vazões e níveis:
importantes em hidrologia:
– postos fluviométricos: os níveis são medidos diariamente,
às 7 h e às 17 h.

–postos fluviográficos: os níveis são registrados


continuamente, em papel ou meio magnético.

Seção de medição

Seção de medição – Leitura de régua Características


• A seção de medição deve ficar referenciada a um datum para
permitir avaliar a evolução do leito com o tempo ou entre medições;
 Trecho com seção Seção de
aproximadamente uniforme do rio leitura • A cota mínima da régua deve ser colocada em cota que se espera
que nunca deverá ser menor;
 Trecho em reta, sem curvas
• A cota máxima deve ser escolhida até um valor que não será
Seção de ultrapassado e o observador tenha acesso durante os eventos de
 Leito fixo, com baixa mobilidade medição cheia;
 Sem obstrução ou controle de
jusante como pontes, • A seção de medição deve ser escolhida a montante ou a jusante da
estreitamento, lagos e oceano seção de leitura em local que facilite a medida;

 Próximo da residência do Lance • O histórico do posto deve registrar qualquer alteração de posição,
observador de nível, mudança de observador, etc que de alguma forma possa ser de
régua informação para melhor definição dos dados.
 Seção de fácil medição de vazão

11 12

2
11/12/2017

Medição de cotas Estação fluviométrica - Elementos


Escalas
• Duas leituras às 7 e 17 horas; Limnimétricas

• A cota média diária é a média aritmética das cotas


de 7 e 17 horas;

• As réguas limnimétricas são niveladas


periodicamente, partindo-se das cotas da RN;

• É usual estabelecer-se a cota altimétrica do zero das


réguas, a partir de amarração a um RN altimétrico
próximo;
13 14

15

Escalas Limnimétricas

PERÍODO DE ESTIAGEM

PERÍODO DE CHEIAS

18

3
11/12/2017

Limnígrafos de Bóia

19 20

Medição de vazão x nível do Medição da velocidade do


escoamento escoamento
• Medição de vazão – não é prático para o registro • Medição direta – método volumétrico
– Restrito a pequenas vazões
contínuo, ou mesmo diário; Q = Volume / Tempo

• Busca-se realizar as medições de vazão em condições • Medições de velocidade e da seção transversal


adequadas – regime uniforme - para que as mesmas – Onde medir?
possam ser associadas aos níveis – através da curva- – Quantos pontos medir?
chave; – Qual a profundidade do rio?
– Qual a largura do rio? Q = Área x Velocidade
• Curva-chave: vazões x nível d’água – Quanto pode ser gasto nessas medições?
• Nível d’água – mais fácil de ser avaliado - pode ser – Qual o melhor equipamento?
registrado continuamente ou diariamente. – A seção escolhida é estável ao longo do tempo?
21 22
21 22

Medição Direta de Vazão – medição Medições de velocidade e da seção transversal


volumétrica Comportamento da velocidade em canais naturais
– Marca-se o tempo para preencher um volume conhecido;
Volume
– Aplicável para pequenas vazões; Vazão 
Tempo -Variação da velocidade
com a profundidade;
– Aplicável onde a água pode ser recolhida.
-Variação do
comportamento ao longo
da seção;

23 24
23 24

4
11/12/2017

Medição de velocidade Medição de velocidade expedita -


• Como avaliar a velocidade média do Flutuadores
• Flutuadores: São objetos flutuantes que adquirem a velocidade das
escoamento? águas que os circundam.
– Medição de perfis de velocidade para várias seções; • Permite estimar a velocidade da corrente que arrasta o flutuador.
– Medição de velocidades em alguns pontos que podem ser • É usado em cursos d’água onde é impraticável a medição direta ou o
relacionados com o valor médio; uso de vertedores, mas tem pouca precisão.
Uso de:
-flutuadores;
-Medidores de velocidade Área
-Molinetes, A
-ADV
Flutuador simples: garrafa
-ADCP
parcialmente cheia com
água para que só o gargalo
25 fique de fora. 26
25 26

Flutuadores - tipos
• Simples ou de superfície: Flutuadores - tipos
– Ficam na superfície e medem a velocidade superficial da Flutuador de
corrente. É muito influenciado pelo vento. Bastão
superfície
flutuante
– Vmédia  0,8 a 0,9. Vsuperficial
• Duplos ou de sub-superfície:
– É um flutuador de superfície ligado a um corpo submerso de
volume maior que adquire a velocidade da água ao redor.
Fazendo com que o segundo corpo permaneça a 6/10 da 0,6 h h
L
profundidade, determina-se a velocidade média.
• Bastões flutuantes
– São tubos metálicos ocos, que tem na parte inferior um lastro
mais pesado (chumbo por ex.). Devem flutuar próximo à L deve ser no máximo
posição vertical. igual a 0,95 h
Duplo ou de sub-
 L  Equação válida para L/h superfície
vm ed  vobs.1,02  1,116 1   > 3/4
 h
27 28
L = Comprimento do bastão; h = Profundidade do bastão

Utilizando um flutuador de superfície:

Vazão – uso de flutuador


• Escolher um trecho retilíneo do rio que tenha seção constante;
• Marcar uma distância de no mínimo 10m;
• Medir a área média da seção do rio;
• Lançar o flutuador e contar o tempo para percorrer a distância demarcada.
• Calcular a vazão com a fórmula – slide seguinte.

Ideal que esteja entre 15 a 50m

v = espaço/tempo
L
flutuador cordas
esticadas

Volume

29 30
Escolher um trecho retilíneo do curso d’água

5
11/12/2017

Medição de velocidades na seção transversal do rio Medição de velocidades na seção transversal do rio
• Medição pode ser à vau, em barcos, a balsa, em • Medições de velocidade em várias profundidades –
carros aéreos, ou sobre pontes; para definir o perfil de velocidades;
• Equipamentos de medição: Molinete, Micromolinete
ADV e ADCP

média

OBS: Usar apenas 1 ponto pode significar


31
superestimativa ou subestimativa. 32

O que ocorre ao medir um único ponto para Medição de velocidades na seção transversal do rio
representar a velocidade na seção? Forma simplificada ou detalhada

• De forma simplificada temos:

média

– H > 0,6 m  20% H e 80% H

– H < 0,6 m  60% H

OBS: Usar apenas 1 ponto pode significar superestimativa ou


subestimativa.
33 34

Distribuição dasVelocidades Número de verticais necessárias >>> largura do rio

• Medições detalhadas Largura do rio (m) Distância entre Número de verticais


verticais (m)

Pontos Posição na Velocidade média Profundidade


3 0,3 10
vertical do rio

1 0,6 P Vm=V(0,6) 0,15 a 0,6 m 3a6 0,5 6 a 12

6 a 15 1 6 a 15
2 0,2 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+V(0,8)]/2 0,6 a 1,2 m
15 a 30 2 7 a 15

3 0,2; 0,6 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+2.V(0,6)+V(0,8)]/4 1,2 a 2,0 m 30 a 50 3 10 a 16

50 a 80 4 12 a 20
4 0,2; 0,4; 0,6 e Vm=[V(0,2)+2.V(0,4)+2.V(0,6)+V(0,8)]/6 2,0 a 4,0 m
0,8 P 80 a 150 6 13 a 25
6 Sup; 0,2; 0,4; Vm=[Vs+2(V(0,2)+V(0,4)+V(0,6)+V(0,8)) > 4,0 m 150 a 250 8 18 a 30
0,6; 0,8 e +Vf]/10
Fundo  250 12 > 20
35 36

6
11/12/2017

Número de Verticais Molinetes – medições pontuais


• São aparelhos constituídos de palhetas, hélices ou
conchas móveis, que são impulsionadas pelo líquido.
• O número de rotações em um determinado tempo
é proporcional à velocidade da corrente.

Micromolinete. Usado para


medir pequenas vazões em
37 OTT Molinete Universal C31 laboratório. 38

Molinetes Molinetes

Detalhe do contador de voltas

Molinete Gurley Pode-se acoplar dispositivos para automatizar as leituras do molinete


(contador automático).
39 40

Molinetes Utilização do Molinete


• Calibração: associa nº de revoluções/min a velocidade do
escoamento (m/s)
• A velocidade é conhecida contando o numero de revoluções
realizadas em um intervalo de tempo (> 30s em geral);

• Onde fazer a calibração? Onde se conhece a velocidade!

41 42
Canal de Velocidade – IPH/UFRGS Canal de Velocidade – UFSM

7
11/12/2017

Utilização do Molinete - Medição à vau


Utilização do Molinete - Medição à vau
• Para pequenas profundidades ( ~ 1.20 m)
• Para pequenas vazões
• Molinete preso à uma haste

43 44

Utilização de molinetes – rios maiores


• Barcos, balsas, em carros aéreos (teleféricos), ou sobre pontes;

Medição com Barco Fixo


- É a mais freqüente
- Barco fixado a um cabo de aço
- Cabo preso nas margens
- Posições das verticais medidas no cabo 45

• Problemas da
Molinetes – medição influências da
Cálculo da Vazão – velocidades em várias seções e
profundidades
sobre pontes estrutura Cálculo da área da seção:
• Localização da ponte
em boa seção para
b
medição
• Velocidades médias
• Profundidades h

Medição de velocidade

Cálculo da velocidade média de cada vertical:


 Em cada vertical é medida uma ou mais velocidades em profundidades diferentes
e se calcula a velocidade média de cada vertical (Vi).
 Assim obtém-se a velocidade média para cada Ai
47  A vazão será o somatório das Vi multiplicadas pelas Ai 48

8
11/12/2017

Largura do Distância Número de


Exercício rio (m) entre
verticais
verticais Rio tem 12 metros de largura
(m)
• 1) Uma medição de vazão em um pequeno rio apresentou os 3 0,3 10
resultados de hidrometria da tabela abaixo. A última 3a6 0,5 6 a 12
vertical foi medida a 0,5 m da margem (a largura total do 6 a 15 1 6 a 15
rio é de 12 metros). 15 a 30 2 7 a 15
Montar a tabela:

30 a 50 3 10 a 16
Distância da 0,5 1,5 3,5 5,5 7,5 9,5 10,5 11,5
margem (m) 50 a 80 4 12 a 20
80 a 150 6 13 a 25
Profundidade (m) 0,5 1,2 2,3 3,0 3,1 2,8 2,0 0,5 150 a 250 8 18 a 30
Velocidade a 0,2 0,07 0,10 0,18 0,33 0,40 0,35 0,26 0,10  250 12 > 20
m (m/s)
Velocidade a 0,8 0,02 0,06 0,10 0,19 0,23 0,19 0,09 0,07
m (m/s)

• Calcule a vazão. 0,2 m


0,8 m
49

Vazão total = 5,85 m³/s

51 52

Outros equipamentos:
Pontos Perfil (m) Perfil det.(m) Prof. (m) Área (m²) Vel. (m/s) Vazão (m³/s)
1 0 0 0 0 0 0
2 1,3 1,3 -0,32 0,208 0 0
3 2,6 1,3 -0,32 0,416 0 0
4 3,9 1,3 -0,38 0,455 0 0
5
6
5,2
6,5
1,3
1,3
-0,5
-0,54
0,572
0,676
0
0
0
0
• ADV e ADCP:
7
8
7,8
9,1
1,3
1,3
-0,8
-0,88
0,871
1,092
0,05
0,13
0,042155562
0,136515854
Equipamento que utilizam o efeito Doppler
9 10,4 1,3 -0,88 1,144 0,14 0,156351075
10 11,7 1,3 -1,03 1,2415 0,20 0,244415732 A sonda emite uma onda sonora com freqüência padrão e analisa
a freqüência que é refletida nas partículas em suspensão na água.
11 13 1,3 -0,78 1,1765 0,12 0,137765464
12 14,3 0 0 0 0 0

Velocidades (giros) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
20% - - - - - - 11 49 62,5 64 37 -
60% - 0 0 0 0 0 - - - - - -
80%
Média (30 s)
- - - - - - 5,3
3,22
20
12,9
20
14,25
35,5
20,6
20,5
11,9
-
• ADV (Acoustic Doppler Velocimeter) – Mede velocidade
Média por segundo 0,107 0,430 0,475 0,687 0,397

0
-0,1 0
• ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) – Mede vazão
1,3 2,6 3,9 5,2 6,5 7,8 9,1 10,4 11,7 13 14,3

-0,2
-0,3
-0,4
-0,5
-0,6
-0,7
-0,8
Vazão total (m³/s) = 0,717203687 -0,9
Vazão total (L/s) = 717,2036867 -1
-1,1
54

9
11/12/2017

ADV (Acoustic Doppler Velocimeter) ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler)

Receptor Transmissor Transmissor Transmissor


Receptor Receptor
Acústico Acústico Acústico Acústico
Acústico Acústico

Eixo Eixo Eixo


Biestático Biestático Biestático 55 56

ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler)

ADCP: é um equipamento acústico de medição de vazão que


utiliza o efeito Doppler (mudança observada na freqüência de
uma onda qualquer resultante do movimento relativo entre a
fonte e o observador) transmitindo pulsos sonoros de
freqüência fixa e escutando o eco que retorna das partículas
em suspensão (sedimentos e plâncton).

Estes materiais, na
média, movem-se com a
mesma velocidade da
massa da água em que
se encontram.

57

ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler)

59 60

10
11/12/2017

Outras estruturas para medição de


vazão
• Utilização da própria seção transversal do rio quando se
verifica que a mesma permanece constante ao longo do
tempo;
• Em alguns casos, a instalação de uma estrutura
hidráulica pode facilitar a avaliação da vazão –
escoamento crítico:
– Calhas Parshall (mais caras)
– Vertedores (criam obstáculos ao fluxo de sedimentos,
peixes, …)
– Outros tipos de calhas;

62

Calhas e vertedores Calha Parshall

63 64

Capacidades de descarga de calhas Parshall pré-fabricadas Vertedores


• Vazão é função da lâmina de água.
W (largura da Pol. 1" 2" 3" 6" 9" 12" 18"
garganta)

Vazão Máxima m³/h 20,41 51,00 193,68 397,44 907,30 1.641,24 2.507,76

Vazão Máxima. l/s 5,67 14,17 53,80 110,40 252,02 455,90 696,6

Vazão Mínima m³/h 0,40 1,00 2,88 5,04 9,00 11,16 15,12

Vazão Mínima l/s 0,11 0,28 0,80 1,40 2,55 3,10 4,2

65 66

11
11/12/2017

Para medida de pequenas vazões (Q < 0,03 m3 /s) é preferível o emprego dos Vertedores mais utilizados
vertedores triangulares, por que, a carga H é medida mais facilmente que nos
vertedores retangulares.

Vertedor
Triangular

Vertedor Retangular
Qual a diferença entre os vertedores triangulares e retangulares???

68

Limnígrafo com Tubulação Instalado na Margem do Curso Limnígrafo com Tubulação Instalado no Curso D’Água
D’Água

69 70

Limnígrafos de Bóia Ultrason

Transmissão de dados

71

12
11/12/2017

Transdutores de Pressão para medição da cota em um


determinado intervalo de tempo Observação sobre Transdutores de Pressão

O conceito de pressão atmosférica (DNH, 2011) consiste na força exercida pelo


peso da atmosfera sobre uma área unitária

Logo, a pressão decresce à medida que a altitude aumenta,

Existem outros conceitos complementares a este, que tratam sobre a variação


diurna da pressão atmosférica.

A pressão atmosférica, especialmente em condições de bom tempo, varia de


modo regular, apresentando uma dupla oscilação diária, com máximos às 10 e
22 horas e mínimos às 04 e 16 horas.

Assim, o barômetro sobe das 04 até às 10 horas da manhã e desce das 10


às16 horas; torna a subir, das 16 às 22 horas, para baixar, das 22 às 04
horas
Esta variação da pressão é denominada maré barométrica e deve ser
considerada no monitoramento de vazões.

Curva-chave
• Relação biunívoca entre vazão e nível d’água
requer:
cada elemento de um corresponda um e só um do outro.
-

Regime permanente e uniforme ou;

Regime Crítico;

76

Curva-chave Curva-chave

Pontos: Muitas medições de vazão feitas como visto anteriormente


77 78

13
11/12/2017

Curva-chave Construção da Curva-chave


• Para determinar a Curva-Chave, busca-se ajustar uma equação
aos pontos medidos.
Equações mais comuns:

Eq. Potencial - Q = A(h-ho)n

Eq. Polinomial - Q = A + Bh + Ch² + Dh³ + ... + Khn


Observação contínua
Onde:
Duas vezes por dia (7:00 e 17:00 Q é a vazão;
horas) verifica o nível na régua. h é a leitura da régua para qualquer vazão;
No escritório converte em vazão ho é a leitura da régua para condições de descarga nula;
usando a curva chave. A, n, B, C, D, .... K são constantes próprias de cada seção.
79 80

Partindo-se da série de valores (h e Q) a determinação da curva-chave


pode ser feita de duas formas: gráfica ou analiticamente. A experiência Curva-chave – Eq. potencial
tem mostrado que o nível d´água (h) e a vazão (Q) ajustam-se bem à Q = a(h-ho)b
curva do tipo potencial, que é dada por:
A estimativa dos parâmetros a e b pode ser realizada com
base nos mínimos quadrados, transformando a equação numa
reta por logarítmicos:

lnQ = lna+ b.ln(h-ho)

Ou

Y = Ax + B onde A = b; Y = lnQ; x = ln(h-h0); B= ln(a)

O valor de ho é o nível em que a vazão é nula.

a e b podem ser obtidos por regressão linear, e H0 por tentativa e erro a e b podem ser obtidos por regressão linear, e H0 por tentativa e erro
82
ou ajustados com o “solver” do Excel (MMQ), etc. ou ajustados com o “solver” do Excel (MMQ), etc.

14
11/12/2017

Curva-chave – Eq. polinomial Extrapolação da Curva-chave


• Mais freqüente as representações do polinômio de primeiro grau
(reta), segundo grau (parabólica) e de terceiro grau (cúbica).
• Método das velocidades médias e áreas da seção
Q = A + Bh + Ch² + Dh³ + ... + Khn transversal
– Curva chave conhecida cota (H) em função da vazão
(Q)
– Curva a ser construída cota (H) em função da área (A)
– Curva a ser construída cota (H) em função da
velocidade (V)

85
86

Método das velocidades médias


e áreas da seção transversal Métodos de extrapolação
• Método de Stevens:
A velocidade média do curso de
– Supor que se pode usar a equação de Chézy;
água tende a seguir uma relação
linear com cotas mais elevadas.
Logo, plotando-se cota em Q = Vazão
função da velocidade, consegue- Q Am = Área molhada
se estimar novas velocidades C J Rh = Raio Hidráulico
Am. Rh C = coeficiente de Rugosidade
em cotas ainda não alcançadas J = Declividade de superfície
ou sem dados observados.
Com isso, se calcula a vazão (Q) – Supor que a declividade e a rugosidade não variam na faixa
para uma determinada cota superior da curva;
requerida com a sua área já – Usar relação entre h, A, e Rh para obter Q.
plotada em gráfico.
87 88
Q=A.V

Seção Transversal
Extrapolação de Curva Chave
Método de Stevens Am. Rh

 A combinação de duas funções, uma


conhecida e outra extrapolada pela
tendência.

 O método admite que a rugosidade e a


declividade são constantes, o que pode h Q
não ocorrer;
Extrapolação da curva para
valores acima das medições
 Limitações para leitos com grande
Área molhada quantidade de vegetação e mudança de
Perímetro molhado forma

Raio Hidráulico = Área/Perímetro


90

15
11/12/2017

Extrapolação de Curva Chave Dados medidos - Análise de consistência


Todo dado hidrológico é fruto de uma ou mais observações
Método de Stevens ou medidas realizadas no campo.
O valor observado em geral difere do valor verdadeiro por
uma diferença que recebe o nome de “erro de observação”.

erros grosseiros, erros sistemáticos e erros fortuitos.

Ø erros de metro inteiro;


Ø erro de contagem de dentes;
Ø erro de decímetro;
Ø leitura em horários dif erentes;
Ø erro de leitura de régua;
Ø invenção de registro;
- Conhecendo-se as cotas e suas respectivas áreas molhadas e
Ø entupimento de condutos do linígrafo;
raios hidráulicos determina-se as vazões para cotas ainda não Ø imprecisão do mecanismo de relógio;
observadas. Ø bóia furada;
91 Ø escorregamento do cabo da bóia;
Ø danificação do equipamento por vandalismo.

Quem faz essas medições?


Onde estão esses e outros dados?
Entre os erros sistemáticos em fluviometria, os mais comuns
são: A Lei 9433 e a construção do Sistema Nacional de
Informações sobre Recursos Hídricos - SNIRH
Ø mudança de zero da régua;
Ø mudança do local;
HidroWeb
Ø influência de pontes ou outras obras no nível da água;
Ø laços na curva de descarga, influência de remanso;
Ø alterações do leito.

Entre os erros fortuitos são:

Ø ondas e oscilações de nível.

por ex: maré barométrica

Ø variações inferiores à graduação da régua


Ø escorregamento do cabo de aço na roldana
Ø variações de nível mais rápidas que a inércia do linígrafo;
http://www2.snirh.gov.br/home/

16
11/12/2017

Cota (m) Vazão (m3/s)

Exercício 2
1.98
1.28
3.11
0.37 Exercício 3
1.33 0.63
2.41 6.12
• Foi realizada a medição de vazão em um rio conforme o desenho 2.82 6.28 •Durante 3 anos foram realizadas
abaixo, onde cada quadrado tem 3 metros na horizontal e 1 metro 1.55 0.93
medições de vazão em um pequeno
5.21 42.18
na vertical. Foi realizada apenas uma medição de velocidade por 3.23 15.58
vertical com os valores observados indicados no desenho. 1.60 1.08 arroio, com os resultados resumidos na
1.42 1.00
4.10 22.80 tabela ao lado. Defina uma curva
3.32 10.32
1.54 1.10 chave do tipo Q= a(h-h0)b Qual é a
0,1 m/s 0,1 m/s 1.32 0.38
1.22 0.22 vazão que corresponde a h = 4 m ?
15 m 2.45 6.60
4.99 32.91
0,7 m/s 0,9 m/s 0,6 m/s 2.07 2.63
1.91 3.40
1.39 0.87
1.32 0.41 – No excel!
1.70 2.16
4.43 30.77
120 m
5.56 34.31
O método simplificado, com apenas 1 medição por vertical é adequado 1.30 0.45
2.87 6.20
para este rio? 1.87 2.33
O número de verticais é suficiente de acordo com as recomendações? 2.09 3.46
2.20 2.85
Qual é a vazão medida? 97
1.40 0.84
98
1.81 2.87

17

Você também pode gostar