O Materialismo Histórico em 14 Lições - L.A. Tckeskiss
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L.A. Tckeskiss
O Materialismo Histórico
em 14 lições
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[...] “O materialismo aceita, de um modo geral, que o ser
real objetivo (a matéria) é independente da consciência, das
sensações, da experiência... A consciência... não é senão o
reflexo do ser, no melhor dos casos um reflexo aproximada-
mente exato (completo, de uma precisão ideal)”.
V. I. LENIN
ÍNDICE
Apresentação ........................................................................................ 11
Introdução ............................................................................................ 13
Preleção Introdutiva ............................................................................. 17
Lição I
Fenômenos Sociais e Acontecimentos Históricos ............................... 23
Lição II
A Hierarquia das Ciências ..................................................................... 30
Lição III
A Teoria Organicista da Sociologia ...................................................... 36
Lição IV
Os Conceitos Básicos do Idealismo e Materialismo ............................ 42
Lição V
O Materialismo francês e a Filosofia Crítica de Kant ........................... 46
Lição VI
A Filosofia pós Kant, Fichte, Hegel e Feuerbach .................................. 53
Lição VII
Os Fundamentos do Materialismo Histórico ....................................... 57
Lição VIII
O Papel e a Influência da Técnica na Evolução da Sociedade ............. 61
Lição IX
A Estrutura da Sociedade e a Divisão de Classes ................................. 68
Lição X
A Luta de Classes como força propulsora da História e a formação da
Psicologia de Classe ............................................................................. 76
Lição XI
Liberdade e Determinismo: Atividade Social e Causalidade ................ 86
Lição XII
Direito e Arte do ponto de vista materialista ....................................... 95
Lição XIII
A Religião do ponto de vista materialista ........................................... 102
Lição XIV
As grandes personalidades na História .............................................. 110
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Apresentação
Introdução
Preleção introdutiva
Lição I
Fenômenos Sociais e Acontecimentos Históricos
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Lição II
A Hierarquia das Ciências
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2. Para explicar os fenômenos da vida criou-se uma teoria que se chamou vi-
talista. Esta teoria explicava de uma maneira simplista os fenômenos, atribu-
indo-os a uma força especial, a força vital. Esse era, aliás, o modo antigo de
explicar todos os fenômenos: por uma força especial imaginada para o caso.
Assim também na explicação dos complexos fenômenos da vida tal método
anticientífico dominou por muito tempo.
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Lição III
Teoria Organicista da Sociologia
Lição IV
Os Conceitos Básicos do
Idealismo e Materialismo
6. Até mesmo os materialistas, que admitem ter sido a matéria criada origina-
riamente por uma força sobrenatural, pensavam ter sido criada desde logo
com certas propriedades, as quais lhe deram durante seu desenvolvimento a
força de um fator criador independente.
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Lição V
O Materialismo francês e a
Filosofia Crítica de Kant
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a ciência deveria seguir. Por outro lado, deu uma nova orien-
tação à filosofia. No lugar da metafísica, colocou ele a gnosi-
ologia, o estudo das condições e limites do nosso saber, e que
representou então um grande passo.
Kant foi, no entanto, no fundo, um idealista. A natureza
é tal, porque assim a percebemos, diz ele. A natureza é para
nós o resultado do nosso saber, da nossa organização espiri-
tual, da nossa percepção. A natureza, que temos diante de nós
é, assim, a natureza do nosso espírito. Porque este a apreen-
deu pela organização do caos, através das formas de espaço
e tempo e pela categoria da causalidade.
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Lição VI
A Filosofia pós Kant:
Fichte, Hegel e Feuerbach
Lição VII
Os Fundamentos do Materialismo Histórico
Lição VIII
O Papel e a Influência da Técnica
na Evolução da Sociedade
11. Não obstante a escassez de literatura que tenha tratado dos fenômenos
da vida social, como filosofia, direito, arte e religião, do ponto de vista mate-
rialista, podemos, no entanto, apontar o método certo e como proceder a sua
investigação (compreende-se que por falta de tempo somente poderemos tra-
çar as linhas gerais da evolução da sociedade detendo-nos sobre a atual soci-
edade mais desenvolvida, analisaremos e explicaremos os fenômenos do
nosso ponto de vista).
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Lição IX
A Estrutura da Sociedade e a Divisão de Classes
12. Que a família é mais que uma união fisiológica, prova-o o fato de encon-
trarmos também entre os seres inferiores relações fisiológicas; não obstante
não se nota aí vida familiar definida como entre os homens em geral, e mu-
dança das formas da família em particular. É, portanto, um erro supor que a
família é somente a expressão de relações fisiológicas. Para ser possível uma
vida social, deve naturalmente existir o homem como tal. Dá-se por isso a
união fisiológica dos dois sexos para a procriação que ocupa assim um dos
mais importantes papeis na perpetuação da espécie humana. Contudo, a
forma que se elabora como consequência da união, a família, dependeu sem-
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pre da situação econômica da sociedade. Com efeito, além das relações sexu-
ais e das relações que se formam como consequência de vários trabalhos,
não notamos nas épocas primitivas outras relações entre os homens. O con-
teúdo e a forma das relações sexuais permanecem, porém, mais ou menos os
mesmos, ao mesmo tempo em que as formas de cooperação modificam-se
rapidamente e se desenvolvem juntamente com a técnica. É claro, portanto,
que essas modificações na técnica, na forma da cooperação social, provocam
por si as modificações correspondentes na família, porquanto é esta alguma
coisa mais do que um simples convívio sexual.
13. As relações entre pais e filhos na sociedade humana, modificam-se cons-
tantemente. Nos tempos em que os homens viviam da caça, frequentemente
matavam-se os velhos porque não tinham utilidade alguma e porque havia
falta de viveres. Com a evolução posterior, porém, quando a sua experiência
se tornou necessária eles são mais respeitados e havendo maior abundância
de viveres são alimentados, não obstante nada produzirem. Vemos, portanto,
que essas relações são diversas em diversas épocas. O mesmo se dá em rela-
ção a pais e filhos. As relações entre eles dependem de várias causas que es-
tão fora dos laços de parentesco de sangue.
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14. Que, na evolução social, desempenha essa luta papel importante, já o afir-
mavam muitos sociólogos, especialmente Gumplovitch; adotando-se o ponto
de vista marxista, usamos outros métodos no desvendar o papel da luta so-
cial. Estudando-o, veremos que também não se desenvolve independente-
mente, mas em combinação com o desenvolvimento da técnica.
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15. Devemos notar que o antissemitismo, que traz a cor da luta de raças (luta
contra a raça semita), é por seu conteúdo uma luta econômica mal disfar-
çada, entre diversos grupos de uma mesma classe, ou um meio de desviar a
consciência de classe do proletariado e das massas populares oprimidas, para
enfraquecer a luta de classes. O antissemitismo é necessariamente reacioná-
rio, mesmo quando toma o caráter de um movimento das camadas oprimi-
das, porque desvia da luta de classes.
16. Fato digno de ser observado é que negros capitalistas convivem muito
bem com brancos capitalistas e cultos. E ainda, que negros proletários vivem
pacificamente com proletários brancos; não é de estranhar. Portanto, a ideia
de que o conteúdo da luta de raças é puramente econômico, não necessita de
comentários.
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Lição X
A Luta de Classes como força propulsora da
História e a formação da Psicologia de Classe
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Lição XI
Liberdade e Determinismo:
Atividade Social e Causalidade
mos de fato que se dá aqui uma luta entre dois motivos. Ven-
cendo o mais forte. Ao homem, porém, ao realizar seu ato,
parece-lhe agir segundo sua livre vontade e escolha.
Esses exemplos nos esclarecem que todos os atos in-
dividuais são determinados por determinados motivos. A ati-
vidade humana, os atos do homem social, são dessa forma
pré-determinados, são provocados por motivos. A necessi-
dade histórica, isto é, a necessidade da atividade social hu-
mana é por isso chamada determinismo.
Mas se todos atos são determinados por certos moti-
vos, surge uma nova pergunta: podem ser previstos todos es-
ses motivos, suas causas podem ser descobertas e explicadas?
Aqui teremos que voltar à questão da formação da psi-
cologia de cada indivíduo e de distintos grupos. Vimos que na
primeira fase da evolução econômica o homem não repre-
senta um indivíduo independente, mas é como membro de um
rebanho, psicologicamente semelhante a todos os outros in-
divíduos da sociedade inteira. Havia naturalmente diferenças
físicas; e se mais tarde puderam em certo grau criar-se peque-
nas diferenciações psicológicas, só puderam evoluir com a
evolução da técnica e com o aparecimento da divisão social
do trabalho. Com o desenvolvimento da técnica e com o sur-
gimento da divisão social do trabalho apareceram distintos
grupos econômicos, os quais com o tempo formaram todas
as diferenciações e contrastes psicológicos que mais tarde
notamos na sociedade.
Tomemos a sociedade humana. O que notamos aí? Ve-
mos homens com necessidades, aspirações e paixões e certas
obrigações. Certas necessidades, aspirações e paixões são co-
muns a todos os homens, porque não se pode imaginar, por
exemplo, uma sociedade que não necessite de meios de sub-
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Lição XII
Direito e Arte do ponto de vista materialista
18. Aqui não nos deteremos na gênese da arte em sua relação com o traba-
lho. Também não iremos falar do papel dos jogos na origem e desenvolvi-
mento da arte. Isso nos tomaria muito tempo. Queremos somente estabelecer
aqui a ligação entre a arte e as relações sociais e deste modo sua dependên-
cia da evolução das forças produtivas e das relações de produção.
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Lição XIII
A Religião do ponto de vista materialista
20. Devemos observar que ultimamente nota-se entre a burguesia uma ten-
dência em manter as massas na ignorância, rejeitando a explicação científica
até mesmo dos fenômenos naturais mais conhecidos para ligá-los à religião.
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Lição XIV
As grandes personalidades na História
22. No presente por ter sido escrito em 1921 e Lenin ter morrido em 1924.
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