Caderno 10 - Tipo 2 - PEB Lingua Portuguesa-20180410-102701
Caderno 10 - Tipo 2 - PEB Lingua Portuguesa-20180410-102701
Caderno 10 - Tipo 2 - PEB Lingua Portuguesa-20180410-102701
Edital 07/2017
CADERNO DE PROVAS
GABARITO TIPO
2
(Marque o tipo de gabarito na sua folha de respostas)
CARGO:
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –
PEB – NÍVEL I – GRAU A
ÁREA DE ATUAÇÃO:
LÍNGUA PORTUGUESA
PROVAS:
• CONHECIMENTOS GERAIS
o Língua Portuguesa
o Matemática
o Conhecimentos Didático-Pedagógicos
• CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSTRUÇÕES GERAIS:
Nº de Inscrição Nome
Terrorismo lógico
Antônio Prata
Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos
do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria
havido ataque ao "Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Char-
lie Hebdo", eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque
terrorista. Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque
terrorista. A esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema di-
reita francesa. A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o
artigo em francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita
francesa à liberdade de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sen-
tido. Este último parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je
suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada
com religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
4
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas
dessas expressões podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indiví-
duos ou grupos sejam ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus.
A editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam
gorros pretos. "Black blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o
direito de tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam
gorros pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o
terror contra o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha
foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de
interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via
das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.
QUESTÃO 01
(A) II.
(B) II e III.
(C) I e II.
(D) I e IV.
(E) III e IV.
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QUESTÃO 02
(A) um conto.
(B) uma crônica.
(C) uma notícia.
(D) uma piada.
(E) um texto de lógica filosófica.
QUESTÃO 03
Em “Este último parágrafo não fez muito sentido”, o enunciador remete o leitor
QUESTÃO 04
(A) "Black blocs" não são terroristas, mas a polícia os trata como terroristas.
(B) Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar, ainda que algu-
mas dessas expressões possam ofender indivíduos ou grupos.
(C) Humoristas brasileiros fazem piada racista, por isso as pessoas os criticam.
(D) Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes e são suspeitos do ataque ao jornal
"Charlie Hebdo", na França.
(E) Said e Chérif Kouachi, que são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de
argelinos, tal como Zinedine Zidane.
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QUESTÃO 05
(A) Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo". (Não teria
havido ataque ao "Charlie Hebdo", se não houvessem imigrantes na França.)
(B) O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. (O ataque terrorista contra o "Char-
lie Hebdo" deu-se em 7/1.)
(C) O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. (Terroristas atacaram o "Charlie Hebdo".)
(D) A polícia os trata como terroristas. (A polícia trata-os como terroristas.)
(E) A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. (Os imigrantes são demonizados pela ex-
trema direita francesa.)
QUESTÃO 06
QUESTÃO 07
Assinale a alternativa em que o hífen tenha sido CORRETAMENTE utilizado na formação de compos-
tos e na indicação de divisão silábica, em situação de escrita de um texto, tendo em conta que a barra
sinaliza final de linha.
Em todas as alternativas, o hífen foi utilizado de forma incorreta ao menos uma vez, EXCETO em:
QUESTÃO 09
(A) Os ditongos abertos “eu”, “ei” e “oi” não são mais acentuados graficamente.
(B) Os acentos diferenciais deixaram de ser empregados.
(C) O emprego do trema foi completamente abolido.
(D) Nos hiatos, o “i” e o “u” tônicos deixaram de ser acentuados graficamente sempre que antecedi-
dos de ditongos.
(E) No presente do indicativo, o acento circunflexo deixou de ser usado na terceira pessoa do plural
de verbos como “crer”, “ler” e “ver”.
QUESTÃO 10
Todas as alternativas trazem ocorrência(s) que contraria(m) o Acordo Ortográfico de 1990, EXCETO:
QUESTÃO 11
Sabe-se que a massa do Sol é de 1,989 1027 t, a massa da Terra é de 5,972 1021 t e a massa da Lua
é de 7,348 1019 t.
Aproximadamente, quantas vezes a massa da Terra é maior que a massa da Lua?
(A) 542
(B) 137
(C) 31
(D) 82
(E) 1.275
QUESTÃO 12
(A) 8
(B) 6
(C) 5
(D) 4
(E) 3
9
QUESTÃO 13
Uma escola realizou uma olimpíada do conhecimento entre os estudantes. O gráfico a seguir mostra
a quantidade de medalhas que 5 alunos ganharam.
(A) Renato
(B) Mário
(C) Márcio
(D) Gustavo
(E) Carlos
QUESTÃO 14
Durante um dia do carnaval, 120 pessoas foram monitoradas sobre o meio de transporte utilizado para
a participação em um bloco no centro da cidade. A tabela abaixo mostra o meio de transporte utilizado
na ida e na volta por essas pessoas. Por exemplo, o número 7 na tabela indica que 7 pessoas utiliza-
ram táxi na ida e carona na volta.
VOLTA
TAXI A PÉ CARONA ÔNIBUS
TAXI 12 6 7 2
A PÉ 2 4 11 5
IDA
CARONA 13 9 10 4
ÔNIBUS 9 8 12 6
Dentre as monitoradas, quantas pessoas utilizaram meio de transporte na volta diferente do meio de
transporte que utilizaram na ida?
(A) 54
(B) 32
(C) 88
(D) 94
(E) 66
10
QUESTÃO 15
O Tangram Clássico é um quebra-cabeças chinês formado por 7 peças: 2 triângulos grandes, 2 pe-
quenos, 1 médio, 1 quadrado e 1 paralelogramo.
Com essas peças, podemos formar várias figuras, utilizando todas elas, sem sobrepô-las. Estima-se
que é possível montar mais de 1700 figuras. Dentre as figuras abaixo, qual NÃO pode ser formada
utilizando-se as peças do Tangram Clássico?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
11
QUESTÃO 16
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
QUESTÃO 17
Um trem faz uma viagem de 279 quilômetros a uma velocidade constante de 54 km/h, sem paradas.
Qual o tempo gasto para essa viagem?
(A) 5h e 16 min
(B) 5h e 12 min
(C) 5h e 10min
(D) 5h e 08 min
(E) 5h e 20 min
12
QUESTÃO 18
Uma foto foi impressa em papel especial na forma de um retângulo, conforme figura abaixo.
A razão entre a medida do lado menor e a medida do lado maior nesse papel é 0,6.
Se fosse utilizado um papel com 6 cm a mais na largura e 6 cm a mais na altura, a razão entre a
medida do lado menor e a medida do lado maior, nesse caso, seria
(A) 0,66
(B) 0,75
(C) 1,33
(D) 0,6
(E) 1,6
QUESTÃO 19
Densidade demográfica é a medida expressa pela razão entre a população e a superfície de um terri-
tório. A tabela a seguir mostra a população e a área dos estados da região Sudeste e do Distrito
Federal, segundo estimativas do IBGE para 2017.
Um avião fez uma viagem de 3h e 30min com 285 passageiros. A companhia estimou que o custo
operacional total dessa viagem foi de R$ 596.534,00.
Aproximadamente, qual o custo médio por hora viajada para cada passageiro?
(A) R$ 528,00
(B) R$ 598,00
(C) R$ 624,00
(D) R$ 634,00
(E) R$ 697,00
14
QUESTÃO 21
QUESTÃO 22
I. Direito de um tratamento diferenciado, perante os tribunais ou outro órgão que administre jus-
tiça; direito à segurança ou à proteção do Estado, contra violência ou lesão corporal cometida,
seja por funcionários de Governo, seja por qualquer indivíduo, grupo ou instituição.
II. Direito de participar das eleições - votar e ser votado - de acordo com o sistema de sufrágio
universal e igual direito de tomar parte no Governo, assim como na direção de dois assuntos
públicos, em qualquer grau, e o direito de acesso, em igualdade de condições, às funções pú-
blicas.
III. Direito de circular parcialmente e de escolher residência dentro das fronteiras do Estado; direito
de deixar qualquer país, inclusive o seu, e de retornar a seu país.
IV. Direito a uma nacionalidade; direito de casar-se e escolher o cônjuge; direito tanto individual
como coletivo à propriedade.
V. Direito ao trabalho, à escolha do trabalho, a condições equivalentes e satisfatórias de trabalho,
à proteção contra o desemprego, a um salário igual para um trabalho igual e a uma remunera-
ção equitativa e satisfatória.
(A) I, IV e V.
(B) II e III.
(C) II, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) III e V.
QUESTÃO 23
É urgente que professores, gestores e todos os que fazem parte do contexto escolar tenham, em sua
formação, condições para o trabalho pedagógico com toda e qualquer expressão de diversidade cul-
tural. Cabe a todos que educam exigir a educação para a diversidade, reconhecendo as alteridades
presentes nas relações étnico-raciais, além de pensar nos grupos que foram e são excluídos da soci-
edade. Sabendo desses princípios, é CORRETO afirmar:
(A) Assumir a responsabilidade para a promoção das relações étnico-raciais no Brasil implica o com-
promisso a favor da igualdade, já que todos os seres humanos são iguais, o compromisso com
o diálogo com o entorno onde se encontra a escola, o compromisso com a formação de cidadãos
críticos e que sejam capazes de compreender as relações étnico-raciais de que fazem parte.
Ademais, a educação das relações étnico-raciais demanda professores qualificados para o en-
sino das diferentes áreas de conhecimentos e o compromisso social para direcionar positiva-
mente as relações entre pessoas de diferentes pertencimentos étnico-raciais.
(B) O discurso histórico carregado de estereótipo e preconceito criou a desigualdade entre negros e
brancos. A necessidade de domínio sobre os negros, com objetivo de colonizá-los, enraizou um
ocultamento sobre a vida social e histórica desses grupos humanos. Por isso, a obrigatoriedade
do ensino da História da África e Afro-Brasileira na Educação Básica provoca bem mais do que
a inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais e peda-
gógicas, elaboradas pelas escolas, sejam elas públicas ou privadas.
(C) O ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana deve contribuir com a desconstrução de
distorções em relação às populações africanas e a seus descendentes, como no caso dos cida-
dãos negros. Por isso, a importância de considerar apenas a História do tempo presente, já que
o passado ficou marcado por sofrimento, subjugação e exclusão. Assim, é o único meio para a
educação das relações étnico-raciais e o reconhecimento e valorização da identidade, história e
cultura dos afro-brasileiros, a garantia dos direitos de cidadãos, o reconhecimento e a valorização
das raízes africanas, indígenas, europeias e asiáticas.
(D) A reeducação das relações étnico-raciais, a partir da Lei 10.639/2003 e de suas Diretrizes Curri-
culares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, diz da responsabilidade das instituições públicas de ensino da
Educação Básica, em suas práticas, acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição
dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira, bem
como de fiscalizar os cursos de formação docente, já que as práticas dos futuros professores
serão importantes para a materialidade da lei.
(E) Trata-se de mudar o foco do conhecimento etnocêntrico por um conhecimento afrocêntrico e
ampliar os conteúdos curriculares escolares para a diversidade cultural, racial, social e econô-
mica brasileira. Cabe às escolas incluir na grade curricular estudos e atividades que proporcio-
nem diariamente as contribuições histórico-culturais dos povos de raiz africana e afro-brasileira.
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QUESTÃO 24
Arroyo, ao discorrer sobre a política da Educação Integral e Integrada, explica que uma visão negativa
persistente na escola e na gestão escolar ainda precisa ser superada. Ele aponta que um risco que a
Educação Integral e Integrada corre é o de perder seu significado político ao se limitar a uma oferta
de “mais tempo da mesma escola, ou mais um turno – turno extra – ou mais educação do mesmo tipo
de educação”. (Fonte: MOLL. Jaqueline. [et al]. Caminhos da Educação Integral no Brasil. [recurso eletrônico]: direito
a outros tempos e espaços educativos. Porto Alegre: Penso, 2012, p. 33).
I. A Educação Integral e Integrada na Educação Básica assegura jornada escolar igual ou supe-
rior a sete horas diárias ou trinta e cinco semanais, durante o período letivo.
II. O decreto reconhece e valoriza a diversidade das populações do campo, quilombola, indígena
e situação de itinerância e estimula a gestão democrática e a articulação entre a educação
básica e o ensino superior.
III. São princípios da Educação Integral e Integrada: igualdade de condições para o acesso e per-
manência na escola; valorização do profissional da educação; vinculação entre a educação
escolar, trabalho e práticas sociais; singularismo de ideias e de concepções pedagógicas.
IV. Um dos objetivos da Educação Integral é fortalecer a rede de educação profissional, com vistas
ao aumento da escolarização e à melhoria da qualidade da formação do jovem e adulto traba-
lhador, tendo como centralidade o estudante, considerando como dimensões indissociáveis o
trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia.
V. É competência da Secretaria Municipal de Educação tomar as providências para a ampliação
gradativa da Educação Integral e Integrada na rede de ensino, considerando as metas estabe-
lecidas no Plano Nacional de Educação e nos demais instrumentos legais.
(A) I e II.
(B) II e IV.
(C) III e V.
(D) IV e V.
(E) II e III.
18
QUESTÃO 25
Coluna 1 Coluna 2
Aluno com NEE Recursos necessários
1 Aluno Surdo ( ) Rotina diária organizada, agenda com esquema de aulas
com símbolos ou desenhos, ordens claras e cartões de co-
municação.
2 Aluno Cego ( ) Teclados especiais, programas para uso no computador
(como instrumento para escrever), tesoura adaptada, en-
grossadores e material pedagógico adaptado.
3 Aluno Superdotado ( ) Material pedagógico adaptado para facilitar sua compreen-
são, material concreto para auxiliar na matemática, adapta-
ções curriculares nas provas e no material da aula.
4 Aluno com Transtorno ( ) Uso de tecnologias computacionais: softwares educativos,
do Espectro Autista enciclopédias digitais, jogos pedagógicos e simuladores.
5 Aluno com Deficiência ( ) Aprendizagem do Português como segunda língua e apren-
Intelectual dizagem da LIBRAS como língua materna para aperfeiçoar.
6 Aluno com Paralisia Ce- ( ) Recursos didáticos em alto relevo, reglete e punção, recur-
rebral sos ópticos e programas leitores de tela
(A) 2, 1, 6, 5, 3 e 4.
(B) 5, 4, 2, 6, 1 e 3.
(C) 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
(D) 4, 6, 5, 3, 1 e 2.
(E) 3, 4, 5, 2, 6 e 1.
QUESTÃO 26
De acordo com Vasconcelos (2005), Projeto Político-Pedagógico é o plano global da instituição. Pode
ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo,
que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que
se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade.
É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição nesse processo de
transformação.
(Fonte: VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino–aprendizagem e projeto político-pedagógico.
São Paulo, Libertad Editora, 2005. Coleção Cadernos Pedagógicos).
19
Diante do texto, analise as asserções a seguir:
QUESTÃO 27
O Projeto Político-Pedagógico de cada unidade de ensino deve ser elaborado e atualizado em confor-
midade com a legislação, assegurada a participação de todos os segmentos representativos da es-
cola, com assessoramento do Serviço de Inspeção Escolar e Equipes Pedagógicas Central e Regio-
nal, e aprovado pelo Colegiado de cada escola, implementado e amplamente divulgado na comuni-
dade escolar.
(Fonte: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Resolução 2197/2012. Dispõe sobre a organização e o
funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2012.)
(A) O Calendário Escolar elaborado pela Escola, em acordo com normas específicas, publicado anu-
almente pela Secretaria de Estado de Educação, é parte integrante do Projeto Político-Pedagó-
gico.
(B) O Projeto Político-Pedagógico deve privilegiar a participação dos coordenadores e professores
em detrimento da participação dos demais membros da comunidade escolar.
(C) O Projeto Político-Pedagógico é um documento construído pelos professores e tem como carac-
terística principal explicitar os processos de avaliação.
(D) O Plano de Intervenção Pedagógica elaborado, anualmente, pela equipe Pedagógica da Escola
é parte integrante do Projeto Político-Pedagógico da Escola.
(E) O Projeto Político-Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que representa o ideário
de uma instituição e tem como objetivo privilegiar os processos de subjetivação coletiva e o saber
sistematizado.
20
QUESTÃO 28
(A) I, III e V.
(B) I, II e III.
(C) III, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, IV e V.
21
QUESTÃO 29
“A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o con-
junto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao
longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional
de Educação (PNE)”. (Fonte: BRASIL, 2017, p. 7).
(A) II e III.
(B) III e IV.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e IV.
22
QUESTÃO 30
(A) F, F, V, V.
(B) F, V, F, V.
(C) V, V, F, F.
(D) V, F, V, V.
(E) V, F, V, F.
23
TEXTO I:
Nossa Senhora dos Destoantes
A pequena Capela de Nossa Senhora do Rosário do Padre Faria é uma das tantas joias arqui-
tetônicas de Ouro Preto. O exterior despojado não prepara o visitante para a opulência barroca do
interior. O campanário fica afastado do corpo da igreja, como a “casinha” numa morada sem banheiro,
e nada tem de imponente. Os sinos da Capela de Padre Faria badalam em concerto com os outros
sinos da região, cantando as horas e os eventos, e não soam nem melhor nem pior do que os outros.
Mas os sinos da Capela do Padre Faria têm uma história diferente dos outros.
Quando Tiradentes foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro todos os outros sinos cele-
braram a notícia. Afinal, tratava-se da execução de um traidor, de um inimigo da sociedade. Os sinos
de Ouro Preto festejaram o castigo exemplar de um réprobo e o triunfo da legalidade sobre a rebeldia.
Mesmo que o toque festivo não tivesse sido recomendado pela Coroa, a celebração se justificaria.
Mas os sinos da Capela do Padre Faria dobraram Finados. Pela primeira e única vez na história,
talvez, os sinos da Capela do Padre Faria destoaram do concerto. Tocaram, sozinhos, uma batida
fúnebre pelo martírio de Tiradentes.
Não conheço bem a história e não sei o que motivou as badaladas subversivas. Um pedido de
secretos simpatizantes da Inconfidência? Apenas uma manifestação de piedade cristã? Um sineiro
bêbado? Não sei. Minha tese preferida é que alguém responsável pelos sinos teve um vislumbre his-
tórico. Teve a presciência que ninguém mais teve e ordenou o toque plangente, em homenagem pre-
coce ao futuro herói e pelo ocaso do poder colonial que seu sacrifício desencadearia.
Nossa Senhora do Rosário serviria como padroeira, não necessariamente de quem consegue
adivinhar a História, mas de quem entende o momento que está vivendo ou destoa da maioria, com
ou sem razão. Destoantes deveriam ir regularmente em romaria à pequena capela e pedir a bênção
dessa Nossa Senhora do Contexto Maior, para melhor poder enfrentar a maioria que badala o que
não tem importância e o fato errado e menospreza qualquer batida diferente.
Os outros sineiros de Ouro Preto não tinham como saber que estavam festejando a morte de
um herói. Faltava-lhes a perspectiva histórica para entender o momento e só cumpriram o que se
esperava deles. Estão perdoados. Mas que nos sirvam de lição.
“É curioso como elas [as crônicas] mantêm o ar despreocupado, de quem está falando de coisas sem
maior consequência e, no entanto, não apenas entram fundo no significado dos atos e sentimentos do
homem, mas podem levar longe a crítica social”.
CÂNDIDO, Antônio. Para gostar de ler: crônicas. Volume 5. São Paulo: Ática, 2003. pp.89-99.
O trecho em destaque faz parte do texto de Antônio Cândido, A vida ao rés do chão, no qual o autor
discorre sobre o gênero crônica. A produção de Luís Fernando Veríssimo ilustra as ideias de Antônio
Cândido pelo fato de que
(A) valoriza a profundidade dos sentimentos de quem comemorou a sentença sofrida por Tiradentes.
(B) promove, por meio da linguagem descompromissada, a despreocupação quanto a problemas de
ordem social e política.
(C) denuncia os frequentadores da igreja do Rosário que não se deram conta da importância da
sentença dada a Tiradentes.
(D) considera irrelevante culturalmente o toque dos sinos nas cidades históricas de Minas Gerais.
(E) alerta quanto à falta de sensibilidade e perspectiva histórica para o entendimento de atos de
injustiça do passado e do presente.
QUESTÃO 32
No título da crônica – Nossa Senhora dos Destoantes – a palavra “destoantes” se constitui como
uma pungente metáfora que só NÃO pode ser relacionada
QUESTÃO 33
“O contexto maior não absolve, exatamente, o contexto imediato, a triste realidade de revelações e
escândalos de todos os dias, mas consola. Nossa inspiração deve ser o historiador francês Fernand
Braudel, que — principalmente no seu monumental estudo sobre as civilizações do Mediterrâneo —
ensinou que, para se entender a História, é preciso concentrar-se no que ele chamava de lalonguedu-
rée, que é outro nome para o contexto maior. Braudel partia do particular e do individual para o social
e daí para o nacional e o generacional, se é que existe a palavra, e na sua história da região, o indiví-
duo e seu cotidiano eram reduzidos a “poeira” (palavra dele também, que incluía até papas e reis) em
contraste com a longuedurée, o longo prazo da história verdadeira. Assim na sua obra se encontram
as minúcias da vida diária nos países do Mediterrâneo mas compreendidas sub specieaeternitatis, do
ponto de vista da eternidade, que é o contexto maior pedante.”
(Disponível em https://jornalggn.com.br/noticia/o-contexto-maior-por-luis-fernando-verissimo. Acesso em 09 fev. 2018).
25
O segmento em destaque também foi produzido por Luís Fernando Veríssimo, em sua crônica, de
fevereiro de 2015, O contexto maior, título retomado no trecho da crônica Nossa Senhora dos Desto-
antes, publicada em 09 de fevereiro de 2018 em: “Destoantes deveriam ir regularmente em romaria à
pequena capela e pedir a bênção dessa Nossa Senhora do Contexto Maior, para melhor poder en-
frentar a maioria que badala o que não tem importância e o fato errado e menospreza qualquer batida
diferente”.
Sobre essa referência de O contexto maior em Nossa Senhora dos Destoantes, pode-se afirmar que
TEXTO II
Um peão de 24 anos morreu neste fim de semana após ser pisoteado por um touro, durante uma
montaria no distrito de Terra Boa em Alvorada do Oeste (RO), a 460 quilômetros de Porto Velho. Conforme
informações do registro policial, o rapaz participava da montaria em uma festa, quando caiu e acabou sendo
atingido pelas patas do animal.
Um vídeo gravado por espectadores do rodeio da festa mostra o momento em que o jovem, que era
peão profissional, monta no touro e a porteira é aberta.
Poucos segundos depois o peão se desequilibrou, caiu do animal e foi pisoteado. Os palhaços então
tentam afastar o touro do jovem, que ficou caído no meio da arena.
Na sequência o boi volta na direção dos palhaços e rodopia novamente sobre a vítima. Assustado,
o público da arquibancada começa a gritar e o locutor pede ajuda médica.
26
TEXTO III
Ezequiel voou parafusado. Quando estava de boca pro céu, as estrelas e as luzes da arena forma-
ram um telegrama manchado nos seus olhos. Bateu chapado no chão. Ouvido apitando. Deu até vontade
de rir... Mas não é que o touro desceu com uma pisada tão forte que as costelas se esmigalharam por
cima do coração?! Foi menos que suspiro e mais que dolorido. Ele ainda levantou o chapéu e batendo a
poeira das calças! Ezequiel, esse insistente... Os braços valeram pra isso. Mas também só pra isso, por-
que ao cair de novo já foi de cara... e completamente morto. (Barretos – Brasil – 1996)
(BONASSI, Fernando. Passaporte. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001)
QUESTÃO 34
I. É possível que a jornalista Pâmela Fernandes não tenha presenciado o fato por ela noticiado,
embora demonstre conhecer a vítima, conforme indica a informação “que era peão profissional”.
II. A jornalista Pâmela Fernandes narra com certo distanciamento a partir de informações colhidas
de um registro policial no qual a situação fora narrada como algo já acontecido, conforme
indicam os verbos no pretérito imperfeito.
III. Pâmela Fernandes narra a partir de imagens de um vídeo feito por espectadores, transpostas
com verbos no presente do indicativo, como se houvesse simultaneidade entre o que vídeo
mostra e o relato feito pela jornalista.
O texto II é uma notícia publicada em um site de grande circulação e apresenta um fato acontecido
em Roraima. Quanto à posição da jornalista em relação ao fato narrado, é CORRETO o que se afirma
apenas em:
(A) II e III.
(B) II.
(C) III.
(D) I.
(E) I e III.
27
QUESTÃO 35
I. O narrador de rodeio é testemunha ocular do fato narrado, conforme indica a frase “Deu até
vontade de rir...”.
II. O narrador de rodeio retrata a cena cruelmente, sem demonstrar constrangimento quanto a essa
perspectiva, segundo a ironia presente em “Ezequiel, esse insistente...”.
III. A voz narrativa de rodeio banaliza a atuação do peão, demonstrando seu engajamento com
relação à causa em favor de animais.
O texto III é um conto, parte da obra Passaporte, de Fernando Bonassi, publicado pela editora Cosac
& Naify. Quanto à posição do narrador em relação ao fato narrado, é CORRETO o que se afirma
apenas em:
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
QUESTÃO 36
(A) O minirrelato de Bonassi dialoga com a notícia de Pâmela Fernandes tanto no que se refere ao
enredo quanto à intencionalidade.
(B) Embora os textos II e III sejam narrativos, propõem leituras com interesses distintos, voltados ou
para a busca da informação ou da estética.
(C) A pontuação é um recurso expressivo em rodeio, como se vê na justaposição dos sinais ?!, para
dar conta da observação violenta e sarcástica do narrador.
(D) A garantia das fontes, a informação documentada e a linguagem denotativa possibilitam situar o
texto de Pâmela Fernandes no campo não literário.
(E) A composição em sentenças curtas configuradas pela sinestesia, entre outras figuras, possibilita
situar o conto de Bonassi no campo da literatura.
QUESTÃO 37
TEXTO IV
ALVIM, Francisco. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007. p. 23
28
QUESTÃO 38
TEXTO V
De Sinal de menos
(ÁVILA, Carlos. Sinal de menos. Ouro Preto / MG: Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1989)
QUESTÃO 39
TEXTO VI
A terra é nossa
A terra é um bem comum
Que pertence a cada um
Com o seu poder além,
Deus fez a grande natura
29
“Não é, então, o papel do poeta um papel neutro, de simples observador. O poeta nasceu não só com
o dom da poesia, como também com o da verdade e o da justiça. O poeta comenta, critica, ensina...”.
I. A rigidez da métrica configura a rigidez ideológica que perpassa a composição das estrofes.
II. Busca pela igualdade social, injustiça social e crítica política são temas encadeados presentes
nas estrofes.
III. A presença de discurso religioso contribui para a proposição da justiça defendida nos versos.
IV. O sujeito poético fala sobre o sofrimento de um homem que, sendo da terra, vê-se alijado de
seu direito.
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(A) I.
(B) I e III.
(C) II, III, IV.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
30
QUESTÃO 40
TEXTO VII
(A) a precisão da fuga para a morte como escape das dores da vida.
(B) a necessidade de valorizar a materialidade da vida.
(C) a desilusão diante de valores tanto terrenos quanto divinos.
(D) a consciência da efemeridade e vanidade da existência.
(E) a certeza de que o castigo divino advirá.
TEXTO VIII
Na busca por definir critérios para fixar uma escrita convencionalizada, observamos que as
muitas línguas com notação alfabética enfrentaram, desde a Antiguidade, uma disputa entre opções
(cf. BLANCHE-BENVENISTE; CHERVEL, 1974). Por um lado, desde a Roma e a Grécia antigas, já
existia tendência de buscar respeitar o princípio fonográfico, segundo o qual a ortografia deveria estar
o mais próxima possível da pronúncia das palavras. Apesar das boas intenções, isso envolvia um
problema sem solução perfeita: se diferentes falantes de uma mesma língua – pertencentes a regiões,
grupos socioculturais e épocas diferentes – pronunciam de forma distinta as mesmas palavras, a
busca de uma correspondência “limpa” entre formas de falar e escrever teria sempre que partir de
31
uma pronúncia idealizada, tomada como padrão. Por outro lado, encontramos há muitos séculos a
defesa de um princípio etimológico, segundo o qual as palavras provenientes de outra língua deveriam
preservar as grafias que tinham nas línguas de origem. Assim, no caso de línguas como português,
francês e espanhol, as formas latinas e gregas seriam candidatas especiais à manutenção de suas
notações originais (e a uma desobediência do princípio fonográfico).
Finalmente, nessa disputa entre perspectivas diferentes, a história de evolução das normas
ortográficas das línguas aqui mencionadas revela que não só tendeu-se a fazer um “casamento” dos
dois princípios (fonográfico e etimológico) já citados, como a incorporar formas escritas que surgiram
por mera tradição de uso.
Tudo em ortografia precisa ser visto, consequentemente, como fruto de uma convenção arbi-
trada / negociada ao longo da História. Mesmo a separação das palavras no texto, com espaços em
branco, é uma invenção recente, bem como o emprego sistemático de sinais de pontuação. Até o
século XVIII, quando predominava a leitura em voz alta, muitos textos eram notados com as palavras
“pegadas”. Como também tinham poucos sinais de pontuação, cabia ao leitor, ao “preparar” sua lei-
tura, definir como iria segmentar o texto. Numa língua como o português, vemos hoje que a norma
ortográfica envolve não só a definição das letras autorizadas para escrever-se cada palavra, como
também a segmentação destas no texto e o emprego da acentuação.
Diferentemente da pontuação – que permite opções / variações conforme o estilo ou interesse
de quem escreve –, no caso da ortografia as convenções estabelecidas são avaliadas taxativamente:
a grafia de uma palavra ou está certa ou errada, não se julgando sua qualidade em termos de “apro-
ximação” do esperado (MORAIS, 1998; SILVA, 2004).
(MORAIS, Arthur Gomes. A norma ortográfica do português: o que é? para que serve? como está organizada? In: SILVA,
Alexsandro; MORAIS, Arthur G.; MELO, Kátia L. R. Ortografia na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Disponível
em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/25.pdf. Acesso em: 5 jan. 2018).
TEXTO IX
Nosso objeto de estudo, a linguagem, mostra-se diferente aos olhos do observador, conforme
ele a investigue. Por exemplo, como representação do pensamento, e este como representação do
mundo. Entretanto, sabemos que, no uso cotidiano da língua, não pensamos conscientemente em
formas para traduzir conteúdos, nem em conteúdos preexistentes que buscam formas. Forma e pen-
samento nascem juntos; nossos pensamentos e representações são feitos de palavras e se cons-
troem, ou na interação contextualizada com o outro ou no diálogo interno com outros discursos tam-
bém feitos de palavras. A referência à decodificação, presente nos PCN+, não pode nos induzir tam-
bém ao engano de reduzir as línguas naturais — em particular, a língua portuguesa — a um sistema
de sinais, por meio do qual um emissor comunica a um recebedor determinada mensagem.
A partir dessa concepção, aprender e ensinar língua seria dominar o código, e a compreensão
e a produção de textos se reduziriam ao processo de decodificação e codificação: para cada sinal ou
combinação de sinais corresponderia um sentido. Sabemos que os enunciados produzidos nas lín-
guas naturais têm uma parte material - os sons, no caso da língua oral, e as formas, no caso da escrita
-, mas têm também uma parte subentendida, essencial para a produção de sentido na interação. Essa
parte subentendida, digamos, “invisível”, está no contexto de produção do enunciado, em sua enunci-
ação e co-enunciação, nos conhecimentos de mundo e nos valores partilhados pelos interlocutores.
(SEE MG. Currículo Básico Comum. Proposta Curricular. Língua Portuguesa - Ensinos Fundamental e Médio. 2005, p. 11-
12)
32
QUESTÃO 41
(A) O trabalho com ortografia demanda treinos constantes, diários, visto que cada item que
apresenta dificuldade precisa ser tratado de forma individualizada, num contexto específico. Isso
inviabiliza a promoção de reflexões com base em regularidades, já que tais vocábulos
apresentam motivações etimológicas e /ou fonológicas, ou seguem aspectos devidos à mera
tradição do uso.
(B) O ensino da ortografia como aspecto integrante da produção textual não se restringe a uma
atividade mecânica de codificação da escrita: ao adotar determinada grafia, tanto o acerto quanto
o erro evidenciam que há, por parte do aprendiz, uma reflexão na busca de fazer escolhas
lexicais adequadas à sua intencionalidade (por exemplo, no caso de parônimos, da correta
expressão de tempos e modos verbais, etc.).
(C) Comumente se afirma que, em nossa escrita, alfabética, as letras representariam “as unidades
sonoras mínimas”, ou seja, os fonemas. Contudo, é preciso reconhecer que nem sempre há
correspondência 1 letra = 1 fonema (ex. dígrafos); nem todas as oposições (ex.: pronúncias
distintas do R inicial – como retroflexo ou glotal) são capazes de promover diferenças de
significado, porém isso ocorre com a oposição entre as homorgânicas – como /f/ e /v/, /p/ e /b/,
etc.
(D) Aspectos referentes à ortografia, seja no âmbito lexical (idiossincrasias de itens lexicais) ou no
gramatical (como as marcas morfológicas de concordância), fazem parte dos conhecimentos
imprescindíveis à formação da competência comunicativa do estudante da educação básica.
Trata-se de conteúdos que devem ser introduzidos nos anos iniciais, retomados e consolidados
ao longo dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, evitando que determinados
erros de grafia persistam após finalização deste nível de educação escolar.
(E) A ortografia, considerada como parte material nos textos escritos, é um dos poucos aspectos
das línguas naturais passível de fixação de um padrão por convenção externa (mudanças por
meio de leis, acordos, decretos). A constatação de alterações de grafias usadas e tidas como
certas há algumas décadas evidencia a transitoriedade das convenções “arbitradas / negociadas
ao longo da história”.
33
QUESTÃO 42
(A) Manteve-se o uso do hífen quando a palavra seguinte começa com – H (pré-história, anti-
higiênico, etc.) ou quando se inicia por vogal idêntica – como em “arqui-inimigo”, “anti-
inflamatório”; quando seguem a um prefixo terminado em vogal, as palavras iniciadas por –R ou
–S, terão tal letra dobrada (dígrafo) – como em antisséptico, suprarrenal, contrarregra.
(B) Foram eliminados os acentos diferenciais nos hiatos –OO e –EE, como em deem, leem, voos,
enjoo, magoo, etc.
(C) Eliminaram-se os acentos diferenciais em pares de itens como para (verbo) / para (preposição);
pelo (verbo pelar) / pelo (substantivo), entre outros. No entanto, pôr (verbo) e pôde (verbo)
mantiveram a acentuação.
(D) Ditongos abertos perderam o acento agudo na penúltima sílaba (como em heroico, geleia,
estreia), porém manteve-se tal acento quando na última sílaba (como em chapéu, herói) ou em
sílaba única (véu, dói).
(E) As vogais I e U tônicas, quando precedidas ou não de ditongos, desde que em paroxítonas,
mantiveram o acento agudo (como em “viúva”, “saúde”, “feiúra”, “boiúna”, “baiúca”).
Atente para os textos X e XI, excerto da BNCC e da obra de Travaglia (2003), para responder às
questões 43 e 44:
TEXTO X
A linguagem é “uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica; um
processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade, nos distintos
momentos de sua história” (BRASIL, 1998, p. 20).
Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas enun-
ciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de produ-
ção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura,
escuta e produção de textos em várias mídias e semioses. Na esteira do que foi proposto nos Parâ-
metros Curriculares Nacionais, o texto ganha centralidade na definição dos conteúdos, habilidades e
objetivos, considerado a partir de seu pertencimento a um gênero discursivo que circula em diferentes
esferas / campos sociais de atividade / comunicação / uso da linguagem. Os conhecimentos sobre os
gêneros, sobre os textos, sobre a língua, sobre a norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (se-
mioses) devem ser mobilizados em favor do desenvolvimento das capacidades de leitura, produção e
tratamento das linguagens, que, por sua vez, devem estar a serviço da ampliação das possibilidades
de participação em práticas de diferentes esferas / campos de atividades humanas.
Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar aos estudantes experiências que
contribuam para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e nas
diversas práticas sociais permeadas / constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens.
O trabalho com atividades de ensino de gramática dos tipos “gramática de uso”, “gramática
reflexiva” e “gramática normativa” na proposta de Travaglia (1996) seria utilizado essencialmente para
o desenvolvimento da competência comunicativa, ou seja, para conseguir que o aluno, como usuário
da língua, seja capaz de usar cada vez um maior número de recursos da língua de maneira adequada
à produção do(s) efeito(s) de sentido desejado(s) em situações específicas de interação comunicativa,
o que inclui o uso das diferentes variedades linguísticas em termos de dialetos e registros e variedades
de modo (oral e escrito). Já o trabalho com atividades do tipo “gramática teórica” seria utilizado para:
a) atendendo certas posturas da sociedade sobre o domínio de conhecimentos, fornecer ao aluno
informação cultural sobre a língua; b) instrumentalizar o aluno com um meio auxiliar aos demais tipos
de atividades de ensino de gramática, dando ao aluno uma metalinguagem básica que serviria para
facilitar a referência aos elementos da língua. Este objetivo faria parte de outro maior que seria a
instrumentalização com recursos para aplicações práticas imediatas; c) desenvolver o raciocínio, para
ensinar a pensar de forma organizada na produção de conhecimento sobre um fato, enfim, para ensi-
nar a fazer ciência.
(TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática – Ensino Plural. São Paulo: Cortez, 2003. p. 58-59)
QUESTÃO 43
(A) A BNCC explicita o papel do ensino de Língua Portuguesa como instrumento essencial ao
aprendiz para a compreensão e aprendizagem dos demais componentes curriculares, sob a
forma de letramentos diversos e situados: cada área disciplinar apresenta características
específicas e diferentes semioses a serem significadas.
(B) Os PCN tomam o texto como elemento central a ser focalizado no ensino linguístico, o que é
respaldado pela BNCC, que prevê o desenvolvimento de inúmeras competências pelo aluno. No
entanto, a orientação dada por Travaglia afasta-se desse pressuposto, já que o autor se
preocupa com o ensino estrito de gramática e o desenvolvimento de uma única dimensão (a
competência cognitiva) dos aprendizes.
(C) No excerto de Travaglia, o linguista justifica a relevância de um trabalho calcado nas diversas
concepções de gramática, no qual a operacionalização do ensino de conteúdos gramaticais da
língua envolva também variedades dialetais não padrão, registros mais ou menos formais, de
variedades orais e escritas.
(D) Quando trata da linguagem como ação interindividual, os PCN demonstram uma concepção de
língua(gem) em sua dimensão predominantemente social e interacionista, isto é, calcada no
dialogismo como fundante de toda prática comunicativa, que se dá de forma situada.
(E) Tanto os PCN quanto a BNCC propõem que o trabalho escolar com a língua portuguesa ocorra
sob a perspectiva dos letramentos, considerando-se a grande diversidade textual e a amplitude
de gêneros e de esferas de circulação, com o objetivo de propiciar ao aprendiz condições de
participação efetiva nas diversas práticas linguageiras do cotidiano.
35
QUESTÃO 44
I. Uma boa atividade de ensino gramatical reside no consagrado tripé de exposição (ou
explicitação) do conceito em estudo, correta exemplificação (preferivelmente retirados de boas
obras literárias ou gêneros mais monitorados da linguagem jornalística) e exercitação
exaustiva, a fim de que o aprendiz possa compreender bem o tópico enfocado.
II. Para Travaglia, o ensino de gramática teórica tem grande relevância social, pois há uma
aplicação imediata de praticamente todos os tópicos enfocados, que possibilitam ao aprendiz
ter melhores resultados no ensino de Ciências.
III. O ensino da vasta metalinguagem constitutiva das prescrições normativas sobre os tópicos que
constam do plano curricular de Língua Portuguesa de cada ano / ciclo da educação básica é
crucial para o aprendiz, a fim de que este possa ampliar sua desenvoltura nas práticas leitura
e escrita.
IV. Ao afirmar que é preciso fornecer “informação cultural sobre a língua”, Travaglia remete-nos ao
fato de que conhecer a história da língua (seu percurso de mudanças diacrônicas) é tão
importante quanto saber utilizar adequadamente as estruturas consideradas válidas no estágio
sincrônico atual, se o que se deseja é melhorar a proficiência linguística do aprendiz.
Leia a letra da música “Gramática”, a respeito da qual serão feitas as questões 45 a 47:
TEXTO XII
Gramática
Sandra Peres e Luiz Tatti
O substantivo
É o substituto do conteúdo
O adjetivo
É a nossa impressão sobre quase tudo
O diminutivo
É o que aperta o mundo
E deixa miúdo
36
O imperativo
É o que aperta os outros e deixa mudo
Um homem de letras
Dizendo ideias
Sempre se inflama
Um homem de ideias
Nem usa letras
Faz ideograma
Se altera as letras
E esconde o nome
Faz anagrama
E se temos verbo
Com objeto
É bem mais direto
No entanto falta
Ter um sujeito
Pra ter afeto
Mas se é um sujeito
Que se sujeita
Ainda é objeto
Todo barbarismo
É o português
Que se repeliu
O neologismo
É uma palavra
Que não se ouviu
37
Já o idiotismo
É tudo que a língua
Não traduziu
(Composição: Sandra Peres e Luiz Tatti Palavra Cantada. Álbum: Canções Curiosas, 1998. Disponível em: https://www.le-
tras.mus.br › Infantil › Palavra Cantada › Gramática. Acesso em: 15 jan. 2018)
QUESTÃO 45
A seguir, são trazidas conceituações da gramática tradicional para as categorias linguísticas abor-
dadas na música:
Os autores embasaram-se na dimensão referencial para definirem poeticamente, por meio de pará-
frase, as categorias constantes em:
(A) “Um homem de ideias / Nem usa letras / Faz ideograma” => Ideograma é símbolo gráfico
característico das línguas não alfabéticas (como os caracteres do chinês e japonês), em que se
representa um objeto ou uma ideia diretamente; já o pictograma é representação por meio de
desenhos (como os hieróglifos egípcios); em conjunto, tais símbolos ou grafemas são denomi-
nados logogramas.
(B) “Se altera as letras / E esconde o nome / Faz anagrama => Alude à transposição de letras de
palavra ou frase para formar outra palavra ou frase diferente (como em Natércia, de Caterina;
amor, de Roma, etc.).
(C) “Nosso verbo ser / É uma identidade / Mas sem projeto” => Remete-nos ao fato de que o
verbo “ser” é verbo de cópula, que não se projeta como núcleo de sintagma; neste caso, há um
predicado nominal, em que se verifica, acompanhando-o, um núcleo nominal.
(D) “Mas se é um sujeito / Que se sujeita / Ainda é objeto” => Essa estrofe admite uma leitura
crítica, política, do que seja um sujeito (cidadão). Não se verifica nela, porém, informação inter-
pretável sobre as noções gramaticais de sujeito e objeto.
(E) “E se temos verbo / Com objeto / É bem mais direto” => Trata-se de um conceito parcial de
verbo transitivo, visto que a relação entre o verbo e seu complemento verbal pode ser direta ou
indireta, quando mediada por preposição.
QUESTÃO 47
Uma das competências específicas do Ensino de Língua Portuguesa preconizadas pela BNCC a
ser desenvolvida na Educação Básica foi transcrita abaixo:
Um dos grandes desafios aos docentes na contemporaneidade é lidar (e ensinar a lidar) com a diver-
sidade e pluralidade, em todas as suas manifestações – uma delas é a variabilidade linguística.
Analise a metalinguagem adotada pelos compositores (Sandra Peres e Luiz Tatti) e o que destacam
os verbetes a seguir, no dicionário:
Ainda que poeticamente, os autores espelham a existência de uma acepção negativa, preconceituosa,
no que se refere:
QUESTÃO 48
Atente para o excerto da BNCC referente ao trabalho com o Eixo da Leitura e a tirinha de Bill Water-
son, na sequência:
TEXTO XIII
A demanda cognitiva das atividades de leitura deve aumentar progressivamente desde os anos
iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Esta complexidade se expressa pela articulação:
da diversidade dos gêneros textuais escolhidos e das práticas consideradas em cada campo; da com-
40
plexidade textual que se concretiza pela temática, estruturação sintática, vocabulário, recursos
estilísticos utilizados, orquestração de vozes e linguagens presentes no texto; do uso de habilidades
de leitura que exigem processos mentais necessários e progressivamente mais demandantes, pas-
sando de processos de recuperação de informação (identificação, reconhecimento, organização) a
processos de compreensão (comparação, distinção, estabelecimento de relações e inferência) e de
reflexão sobre o texto (justificação, análise, articulação, apreciação e valorações estéticas, éticas, po-
líticas e ideológicas); da consideração da cultura digital e das TDIC; da consideração da diversidade
cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão diversas, a literatura infantil e juve-
nil, o cânone, o culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias, as culturas juvenis etc., de
forma a garantir ampliação de repertório, além de interação e trato com o diferente.
TEXTO XIV
TEXTO XV
TEXTO XVI
Atente para a tirinha a seguir, em que Mafalda e Felipe, personagens de Quino, dialogam sobre algo
comum ao universo escolar:
(A) explorar os recursos visuais (as diferentes expressões faciais e corporais das personagens) e,
na mesma medida, os recursos linguísticos, como o uso dos gentílicos, a opção da menina pelas
frases interrogativas, o uso do condicional, a intencionalidade evidenciada etc.
(B) evidenciar a seus alunos que a escolha sintática adotada por Mafalda, devido à repetição de uma
mesma estrutura ("X ama Y porque nasceu em Y?”), empobreceu o texto, tornou-o desinteres-
sante, lembrando-lhes de que repetições causam reação negativa nos leitores.
(C) discutir com os alunos a inadequação do título escolhido para a suposta "redação" (item que
apresenta grafia incorreta na tirinha, possivelmente por falha de revisão), pois não houve argu-
mentação sobre as dimensões expressas pela menina – patriotismo x comodismo.
(D) assinalar que as frases soltas ditas / escritas por Mafalda não constituiriam um texto, propria-
mente, seriam apenas um conjunto de perguntas lançadas de forma aleatória.
(E) apontar aos alunos que a escolha do tempo verbal feita por Mafalda, "fazia" (pretérito imperfeito)
está incorreta - o condicional demanda o futuro do pretérito ("faria") em todos os registros escri-
tos do português.
Atente para os excertos da BNCC e, na sequência, uma charge, a fim de responder à questão
50.
TEXTO XVII
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível
aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e
da comunidade a que pertencem.
TEXTO XVIII
QUESTÃO 50
(A) I e III.
(B) II e IV.
(C) IV.
(D) III.
(E) I.
44
QUESTÃO 51
No documento “Orientações curriculares para o ensino médio: linguagem, código e suas tecnologias”
(2006), aborda-se a piada a seguir, de forma a permitir uma reflexão sobre os diferentes fatores e
conhecimentos implicados no processo de produção de sentido.
TEXTO XX
Chegando à fazenda dos avós, para visitá-los, o neto se dirige ao avô, que está na sala:
– Firme, vô?
– Não, fio, Sírvio Santos.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf. Acesso em: 2 fev. 2018.
Assinale a alternativa que apresenta consideração INADEQUADA sobre a piada, tendo em vista o
processo de compreensão.
(A) Os conhecimentos sobre variação dialetal são importantes para a compreensão da piada, os
quais levam o leitor entender que as formas “vô”, “Sírvio” e “fio” remetem a uma pronúncia ca-
racterística de certas localidades do interior do país.
(B) O conhecimento sobre diferenças socioculturais e etárias é importante para que o leitor reco-
nheça os dois personagens e o modo como estes interagem no texto.
(C) O conhecimento sobre a natureza do gênero de discurso em questão é fator relevante para a
compreensão da piada, uma vez que isso orienta o leitor na construção de expectativas sobre o
texto.
(D) O avô é retratado no texto de forma não positiva, fator diretamente ligado à não compreensão
da natureza da intervenção do neto.
(E) Na piada, o leitor é levado a reatualizar o sentido de “firme”, tendo em vista a interpretação que
um dos personagens da piada faz sobre essa palavra, aspecto diretamente ligado ao humor do
texto.
QUESTÃO 52
Pode-se dizer que a informação trazida pela oração adjetiva explicativa na piada é relevante para que
o leitor signifique adequadamente:
O texto XXII foi produzido por uma aluna do 7º ano do ensino fundamental II, como resposta à
proposição de sua professora, exibida no texto XXI, abaixo.
TEXTO XXI
O texto a seguir apresenta apenas a introdução de um enredo narrativo, conforme estamos estudando
em sala. Será sua tarefa continuar a história, com coerência, criando conflito, clímax e desfecho, de
acordo com sua imaginação. Procure dar coerência à sua narrativa.
Naquela amanhã, acordei feliz. Era domingo, dia de clube, picolé, vôlei. Enfim, apenas alegria.
Estranhei muito que meus pais não estivessem ainda de pé. Nem meu irmão. Fiquei apreensiva. Foi
então que.....
TEXTO XXII
Foi então que pensei: nossa, esta tarde demais. Porque será que ninguém acordou ainda? Teve
ter acontecido algo muito ruim aqui em casa. Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha,
e pidi pra ela me levá no clube com o carro dela, para jogar vole no domingo que era o dia de folga
dela no hospital. Era gratuito tudo lá.
Foi muito legal, nós tomamos sorvete e, jogamos bola com outras meninas, ninguém queria
jogar vole comigo. Ela disse:
– Que droga! O sorvete sujou meu cabelo todo.
Então eu falei que não era culpa minha.
Eu ri muito dela por que é super-engraçado quando alguém fica sujo sem querer.
Nesse momento nós pegamos as sacolas e fomos para o vestuario do clube para tomar banho.
O dia foi muito lindo. Eu adorei tudo lá. Quando voltamos vou contá tudo para meus pais. Eles
gostaram muito.
QUESTÃO 53
(A) No texto, não há nenhum problema que contrarie as inovações trazidas pelo Acordo Ortográfico
de 1990.
(B) O texto não é uma narrativa, pois mescla unidades descritivas, dialogais e dissertativas, com
predominância do discurso indireto.
(C) O texto apresenta vários problemas formais, porém não se notam desvios de concordância ver-
bal.
(D) O texto revela que a aluna não conseguiu levar a efeito, de forma adequada, o conflito, o clímax
e o desfecho da narrativa.
(E) O texto rompe com o perfil psicológico do narrador desenhado no parágrafo motivador.
46
QUESTÃO 54
Abaixo se apresentam problemas formais do texto que deveriam ser apontados pela professora, vi-
sando à sua reescrita, EXCETO:
(A) vestuario.
(B) teve.
(C) super-engraçado.
(D) contá.
(E) biquine.
QUESTÃO 55
Assinale a alternativa que ilustra correção ADEQUADA de problemas de pontuação do texto, em uma
possível reescrita pela aluna.
(A) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha, e pidi pra ela me leva, no clube, com o
carro dela, para jogar vole, no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.
(B) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha e pidi pra ela me levá no clube com o
carro dela, para jogar vole no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.
(C) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha, e pidi pra ela me levá no clube, com o
carro dela, para jogar vole no domingo que era o dia de folga dela, no hospital.
(D) Aí, pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha e pidi pra ela me leva, no clube, com o
carro dela, para jogar vole no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.
(E) Aí pus meu biquine e telefonei para a minha madrinha e pidi pra ela me levá no clube com o
carro dela, para jogar vole, no domingo, que era o dia de folga dela no hospital.
QUESTÃO 56
1. Porque será que ninguém acordou ainda? Teve ter acontecido algo muito ruim aqui em casa.
2. Eu ri muito dela por que é super-engraçado quando alguém fica sujo sem querer.
3. Foi muito legal, nós tomamos sorvete e, jogamos bola com outras meninas, ninguém queria
jogar vole comigo.
4. Quando voltamos vou contá tudo para meus pais. Eles gostaram muito.
TEXTO XXIII
Um noivo foi preso na madrugada deste domingo em Santo André (SP) suspeito de atropelar
uma mulher durante a sua própria festa de casamento. Segundo o 2º Distrito Policial da cidade, ocor-
riam duas festas de casamento no bairro Campestre, uma ao lado da outra, e, quando o noivo ia
embora, por volta das 2h, ele atropelou a convidada da outra festa, que morreu.
A polícia afirma que, antes do atropelamento, ocorreu uma briga entre convidados dos dois
casamentos, com agressões físicas entre eles. O noivo, então, teria entrado em um carro, atropelado
a vítima e fugido para sua casa, onde foi preso.
O noivo foi indiciado por homicídio qualificado – devido a motivo fútil – e passou a noite de
núpcias na cadeia.
QUESTÃO 57
Tendo em vista a organização sintática da manchete, mas sem levar em conta as informações trazidas
pelo corpo da notícia, pode(m) ser tomado(s) como complemento do verbo matar apenas:
(A) I.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) IV.
(E) III.
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QUESTÃO 58
Abaixo, apresentam-se termos e orações, sublinhados na notícia, os quais exercem a mesma função
sintática, EXCETO:
Leia a seguir uma das habilidades previstas pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para
o 8º e o 9º anos e responda à questão 59.
TEXTO XXIV
Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modali-
dades apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjeti-
vas, advérbios, locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e ex-
plicativas etc., de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições
implícitas ou assumidas.
QUESTÃO 59
Considerando a habilidade descrita pela BNCC, o estudante deve ser levado a perceber que a man-
chete publicada pelo jornal O Globo, em 29/1/2009 – “Lula amplia Bolsa Família um dia após cortar
orçamento” – traz o ponto de vista do jornal sobre o fato noticiado. Esse ponto de vista se evidencia:
I. pelo uso do verbo “ampliar”, no lugar de “aumentar”, que seria mais neutro;
II. pelo uso da forma “Lula”, no lugar de “presidente do Brasil”, que indicaria respeito;
III. pela inserção de informação temporal, que não é central à natureza do fato relatado.
Abaixo, apresentam-se ocorrências do português que, embora frequentes na língua, não são, de modo
geral, abonadas pelas nossas gramáticas normativas. Examine-as e, em seguida, leia as considera-
ções apresentadas sobre elas.
(A) Em I, o verbo, que é pronominal no padrão culto da língua, é usado sem o pronome, mas sem
prejuízo para a compreensão, diferentemente do que ocorreria se eliminássemos o pronome do
enunciado “O deputado se matou na cadeia”.
(B) “Meu pai responsabilizou pelo assunto”, “O carro furou pneu” e “Trata-se de assuntos nevrálgi-
cos” são dois exemplos que materializam fenômenos trazidos, respectivamente, em I, II e IV.
(C) Em II, embora o fato do mundo biossocial possa ser descrito como o sol entrando (ou batendo)
na casa, a organização sintática do enunciado é adequada à orientação de sentido que nele se
flagra, ou seja, de valorização da casa. Isso poderia explicar a ocorrência de “esta casa” como
sujeito do verbo “bater”.
(D) Em III, embora a ação de estudar, do ponto de vista lógico, tenha sido realizada pelo referente
“filhos”, trazido no enunciado, o verbo “estudar” não tem “filhos” como sujeito da oração. A agen-
tividade ligada a essa função sintática é atribuída ao enunciador, recurso que acaba por marcar
sua relevância no fato relatado.
(E) Em IV, um dos fatores que podem explicar a não concordância do verbo “construir”, na forma
passiva pronominal, com “pontes e viadutos modernos” é a posição do sintagma “pontes e via-
dutos modernos” no enunciado (típica de complementos verbais).
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CONCURSO PÚBLICO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
EDITAL 07/2017
01 13 25 37 49
02 14 26 38 50
03 15 27 39 51
04 16 28 40 52
05 17 29 41 53
06 18 30 42 54
07 19 31 43 55
08 20 32 44 56
09 21 33 45 57
10 22 34 46 58
11 23 35 47 59
12 24 36 48 60
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