Extinção Da Execução
Extinção Da Execução
Extinção Da Execução
Extinção da Execução
Nula, portanto, será a sentença de mérito com a qual o juiz encerrou a execução, à falta de
bens a penhorar, pois além de o processo executivo não comportar sentença de mérito, a
decisão afronta norma expressa do CPC que determina a suspensão do processo de
execução, quanto não forem encontrados bens a penhorar.
3.2. Desistência do credor exeqüente:
Por outro lado, se o pedido de desistência da execução for formulado após a apresentação
de embargos do devedor, deve ser examinada a matéria nestes suscitada, para que se
verifique: a) se é indispensável a anuência do devedor para que seja extinto o
processo executivo; b) se a extinção do processo executivo afetará, ou não, os
embargos, causando-lhes a extinção.
Por força do art. 569, parágrafo único, do CPC, se os embargos do devedor versarem
exclusivamente sobre questões processuais, ou seja, que não ataquem a existência
ou a validade do crédito, estes serão extintos, sendo afetados pela extinção da
execução. In casu, a desistência também não dependerá de concordância do devedor. Esta
seria irrelevante porque o executado pretende com seus embargos processuais a extinção
da execução, o que ocorrerá com a desistência do credor. Ressalte-se que, na hipótese
vertente, o credor pagará as custas e os honorários advocatícios em favor do embargante.
Observe-se, ainda, que, como no caso anterior, havendo ajuizamento da ação incidental de
embargos, o credor desistente deve pagar os honorários advocatícios gastos pelo
executado, além das despesas processuais.
A propositura da execução interrompe a prescrição, sendo que esse efeito deve retroagir à
data da propositura da demanda executiva, desde que o ato citatório seja feito nos prazos
previstos no art. 219 do CPC.
A execução inicia-se pelo despacho da inicial (ou distribuição, onde houver), completando-
se para o réu com a sua citação. O efeito da interrupção da prescrição (CPC 617) opera-se
por esse aforamento. Entretanto, para que a interrupção da prescrição possa retroagir à
data da propositura da demanda executiva, será necessário o deferimento da inicial e que o
exeqüente adote todas as providências necessárias para citação do devedor no prazo de 10
dias, prorrogável até 90 dias, quando necessário. Caso não se realize a citação neste lapso
temporal, não se considera interrompido o prazo prescricional na data do aforamento da
execução, mas tão somente no dia em que for realizada a citação do devedor (art. 219,
caput, CPC).
Contudo, se, sem culpa do autor (não houve omissão da parte em promover a citação, mas
sim deficiência no serviço judiciário, v.g.), o ato citatório não foi realizado nos prazos do art.
219 do CPC, não se lhe pode imputar a responsabilidade pela omissão e, portanto, ainda
assim, considerar-se-á interrompida a prescrição na data do ajuizamento da ação executiva,
conforme entendimento consolidado na doutrina e na jurisprudência do STF.
Consoante posição da Corte Suprema, a prescrição para que o credor promova a execução
se dá no mesmo prazo da prescrição da ação (Súmula 150 STF).
Ademais, o STF e o STJ também não têm admitido prescrição intercorrente quando a
execução está suspensa, a requerimento do credor, pela inexistência, em nome do devedor,
de bens penhoráveis (hipótese de falta de bens penhoráveis), caso em que não tem curso o
prazo prescricional e nem há negligência do credor exeqüente a justificar o reconhecimento
da prescrição intercorrente. Por exemplo: a suspensão do processo de execução fiscal, por
vários anos, não importa na sua extinção, mas apenas no seu arquivamento provisório até
que sejam localizados os bens do devedor, vez que não opera a prescrição intercorrente
quando a credora não der causa a paralisação do feito.