O Crime de Abuso de Autoridade Cometido Por Policiais Militares
O Crime de Abuso de Autoridade Cometido Por Policiais Militares
O Crime de Abuso de Autoridade Cometido Por Policiais Militares
CURITIBA
2016
JORGE HENRIQUE FREIRE
CURITIBA
2016
TERMO DE APROVAÇÃO
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Direito da
Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná.
__________________________________________
Prof. Dr. Eduardo de Oliveira Leite,
Coordenador do Núcleo de Monografia da
Faculdade de Direito da Universidade Tuiuti do
Paraná
Orientador: _________________________________________
Prof. Dálio Zippin Filho
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
Professor: _________________________________________
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
Professor: _________________________________________
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
DEDICATÓRIA
Dedico este estudo àqueles que foram a minha luz desde o meu nascimento,
meus pais, dedico a minha família como um todo que sempre estiveram, mesmo que
de longe torcendo para que eu cumprisse por completo minha jornada acadêmica e
alcançasse meu sucesso profissional.
Dedico também àqueles que trabalham de sol a sol lutando por um mundo
melhor, um mundo mais justo, com menos violência, com menos corrupção e em que
nossos filhos e netos serão criados, para que possam ter uma vida digna e próspera.
Dedico aos policias militares, aos nossos advogados e demais operadores do direito,
que lutam uma incansável batalha em prol do bem comum.
AGRADECIMENTOS
O ser humano por si só não existiria como é hoje se não fosse sua grande
capacidade de viver coletivamente e de se adaptar aos mais diversificados
intempéries, em nossa vida, passam muitas pessoas que tem o dom de nos prender
a atenção por poucos segundos ou até mesmo marcar a história de nossa vida para
toda a eternidade.
Desde o nosso nascimento, se não fosse o auxílio dos pais, avós, padrinhos,
tios e demais amigos e familiares não conseguiríamos abrir nossos olhos pela primeira
vez, comer o primeiro alimento, dar o primeiro passo, escrever a primeira palavra e
até mesmo nos tornar a pessoa que somos hoje.
Por tanto, quero agradecer a todos participaram da minha história, não apenas
como atores principais ou quadjuvantes mas também aos que atuaram narradores
oniscientes. Independente do tempo e de que forma passaram pela minha vida, ou
ainda estão, com certeza todos tiveram sua parcela de contribuição, pois com todos
pude aprender, crescer e me desenvolver.
Primeiramente a Deus, por nos dar à luz divina que nos permite diuturnamente
continuar lutando por nossos sonhos. Em segundo aos pais por todo apoio, conselhos
e por todas as vezes que estiveram ao meu lado dando forças e zelando para que
conseguisse chegar aonde tanto sonhei.
Quero também agradecer aos amigos, por todo apoio nos momentos de
dificuldade, principalmente nas vésperas de provas e nos trabalhos. Também ao meu
irmão Kainã Henrique Freire por toda força e bons conselhos.
Por fim, mas não menos importante, muito pelo contrário, agradeço àqueles
que tiveram papel fundamental na minha formação, os mestres, que me forneceram a
luz do conhecimento, a inspiração, ajudando a cada pedra bruta que somos nós
alunos a tornarmo-nos cada vez mais próximo de um diamante. À todos vocês muito
obrigado.
Desconfiais do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo,
o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
Não aceiteis o que é de hábito
Como coisa natural,
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
da humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer
impossível de mudar.
(Bertolt Brecht)
RESUMO
Tem por objeto o presente trabalho monográfico uma análise acerca dos Crimes de
Abuso de Autoridade cometido por policiais militares quando na execução da atividade
profissional, uma vez que tratam-se de crimes privilegiados à luz da lei de Abuso de
Autoridade. Muitos profissionais, seja da carreira militar ou não, na ânsia de realizar
um trabalho eficiente da prevenção, repressão e punição dos crimes acabam por
adotar condutas precipitadas que podem ser caracterizar práticas abusivas, bem
como existem ainda, uma notória quantidade de profissionais que por desvio de
caráter utilizam-se do poder a eles investido para se beneficiar, auferir lucro ou até
mesmo praticar condutas abusivas durante o desempenho de sua função. Contudo,
para que se caracterize a tipicidade criminal do abuso de autoridade é necessário que
se tenha a intenção de praticar o respectivo ilícito, porém, nem todas as possibilidades
exigem a efetiva consumação para que ocorra o devido enquadramento e a punição.
Neste sentido, faz-se necessário, pela qualidade do bem jurídico a ser tutelado, via de
regra atrelados aos direitos e garantias individuais e coletivos, ao passo que a
tentativa também será devidamente responsabilizada. Interessante observar a
existência de uma celeridade processual no rito utilizado para instrução e julgamento.
1 INTRODUÇÃO
3 ABUSO DE AUTORIDADE
Para que ocorra abuso é essencial que exista uma relação de vulnerabilidade
de uma pessoa em relação a outra, assim, a pessoa que comete abuso precisa
colocar-se em uma condição privilegiada em relação a outra para que assim proceda.
Diferentemente do que ocorre no abuso simples, no Abuso de Autoridade existe o
dever legal de um agente detentor de uma autoridade a ele investida como
representante do Estado, cuja função é garantir o bem estar coletivo ou a salvaguarda
das pessoas a ele submetidas.
O Código Penal Brasileiro, expõe essa condição ao tipificar o crime de Abuso
de Incapazes, onde existe a condição de vulnerabilidade entre o incapaz e o agente
causador do evento tipificado, é o que dispõe o art. 173 deste do CP ao definir o abuso
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3.2.1.1 Tentativa
Também possui fundamento na Magna Carta, em seu art. 5º, XII, onde é
tratado do sigilo das correspondências e comunicações telegráficas, havendo ressalva
nos casos que houver ordem judicial para quebra do sigilo, bem como para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nas faculdades estabelecidas em
lei. Outra orientação de quebra do sigilo é deferida pelo Supremo Tribunal Federal, no
que tange à administração penitenciária em ler as cartas recebidas e enviadas pelos
sentenciados, com cunho preventivo e repressivo da comunicação com fins ilícitos.
Assim sendo permitida quando não formada com fins ilícitos ou paramilitares,
redação dos incisos XVII e XX do art. 5º.
Não ocorrerá abuso nos atos que proíbam o exercício da função, quando não
ilícita e em local apropriado, existe pois essa garantia legal pelo art. 5º, XIII da CF/88.
Quanto a tentativa, é admitida nos crimes previsto nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f”
e “h”. Quanto aos demais, por serem omissivos próprios, não possuem a condição de
punição por tentativa. Contudo, no que se refere ao elemento subjetivo: é o dolo, não
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a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta
dias, com perda de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
atividade policial por prazo de cinco anos, este dispositivo, trata de uma espécie de
pena autônoma ou acessória estipulada quando o agente ativo é uma autoridade
policial, seja esta civil ou militar.
Diante dos parágrafos dispostos temos as esferas em que os agentes poderão
ser processados:
segundo artigo refere-se as penas de interdição, que serão aplicadas quando houver
efetiva utilização da função pública.
moral e profissional, bem como também o decoro da classe, como o valor moral e
social da instituição a qual este agente representa.
Pela análise dos princípios acima dispostos, temos de forma ampla a
obrigação dos militares quanto a manutenção de uma conduta profissional e pessoal
exemplar, devendo o militar sempre manter um elevado padrão moral e social, ao
passo de que seja reconhecido como um profissional honrado e de conduta ilibada.
Contudo, o RDE, trata apenas de transgressões disciplinas, o que nos leva a
conclusão de que mesmo durante um processo judicial em que o militar seja absolvido
quanto ao crime de Abuso de Autoridade ou outras práticas criminosas, ele ainda
poderá ser punido administrativamente, como preleciona o Anexo I deste
regulamento, no item 9:
Assim sendo, quando houver a tentativa de fuga por parte dos presos,
poderão os agentes utilizarem-se da força necessária, e primando pela manutenção
do princípio de razoabilidade para evitar a fuga. No mesmo sentido, o art. 292 também
prevê a resposta dos agentes como forma de defesa e para vencer a resistência
daqueles cuja prisão foi decretada, segue:
I - a soberania;
II - a cidadania
[...]
Lei em assegurar a proteção e saúde das pessoas submetidas a sua guarda, bem
como as medidas cabíveis para garantir a manutenção de sua integridade.
Diante do exposto, observamos que existe um amparado legislativo relevante
quanto a proteção dos direitos humanos em relação aos agentes garantidores da lei,
contudo, observa-se uma grande dificuldade em encontrar-se o equilíbrio em o uso
proporcional ou da força na medida necessária a contenção da injusta agressão ou
eliminação do perigo iminente, bem como do cumprimento da lei como um todo.
Existe a suspeita, o que levará o agente a intervir por meio de busca pessoal,
busca a veículo e outros meios de averiguação, contudo não há resistência por parte
do suspeito, mostra-se positivo a recepção das ordens que lhe são repassadas, a
verbalização é suficiente, é o primeiro passo dentro da progressão da força de
emprego a ser utilizada.
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Ocorre resistência ativa, existe um desafio físico que por parte dos policiais
deverá ser superado na mesma proporção, por meio de contenção física, é o terceiro
passo dentro do escalonamento mencionado.
Outro importante instituto que o Brasil tem adotado para evitar os atos
abusivos é a chamada Audiência de Custódia, que serve basicamente para apurar a
forma com que se deu a prisão e verificar se ela realmente se faz necessária e
legítima.
A Audiência de Custódia está prevista no artigo 7º da Convenção Americana
dos Direitos Humanos, cuja qual é subscrita e ratificada pelo Brasil, vigente desde de
novembro de 2012.
Ocorre que a pessoa presa em flagrante será encaminha ao juiz dentro do
prazo de 24 horas e este verificará a forma em que se deu a prisão, se houve ou não
atos de violência, tortura, algum tipo de excesso ou abuso, bem como também
analisará os demais requisitos que exijam a efetiva necessidade de manter o acusado
encarcerado, dentre eles se há no acusado qualquer indício de periculosidade que lhe
aufira a característica de relevante periculosidade.
No momento da audiência, o juiz que estará acompanhado pelo promotor e
por um defensor público, perguntará apenas das condições em que se deram a prisão,
sem entrar no mérito de se o acusado é ou não autor do fato imputado. Quando o
magistrado não identificar efetiva necessidade em manutenção da prisão poderá
decretar de imediato que o acusado seja posto em liberdade, cuja concessão poderá
ainda estar associada a imposição de medidas cautelares.
As diretrizes do projeto referente a Audiência de Custódia foram lançadas em
fevereiro de 2015, através de um convênio elaborado entre o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), o Ministério da Justiça (MJ) e o Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo (TJSP).
Conforme a Procuradora do Estado de São Paulo, Patrícia Magno, essas
audiências servem como estratégia de desencarceramento e visam a manutenção dos
direitos humanos e da dignidade, principalmente daquelas pessoas que não
necessitariam estar submetidas a um regime de restrição de liberdade.
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4.3 A JURISPRUDÊNCIA
5 FATORES HISTÓRICO-CULTURAIS
quem criou a sociedade”. Segundo ele, a mesma tese é defendida por vários autores,
tal como, Oliveira Viana ao afirmar que o Estado é necessário para o controle social,
uma vez que sociedade é incapaz de se organizar autonomamente. Em uma segunda
vertente tem-se a sociedade brasileira como patrimonialista, que é regulada por um
quadro burocrático administrativo pertencente a corte brasileira. Segundo conta,
quando da vinda da corte portuguesa para o Brasil, inúmeras propriedades foram
confiscadas, e passaram a pertencer a Coroa, assim começaram a se confundir o
patrimônio público com o privado, seus administradores eram servos do rei, o que deu
origem ao título de funcionário público, tido como “servidor”. Mas por fim, essa
confusão patrimonial permitia que o governo vigente se utilizasse dos bens públicos
para satisfação dos próprios interesses, até porque os “políticos” também eram
grandes proprietários de terras, desta feita, a guarda real além das demais forças
policiais vigentes, criadas com cunho de defesa territorial, ou seja, guerra, também
eram utilizadas para manter a chamada “paz social”, resumindo, garantir o interesse
da coroa, mesmo que de forma violenta, cunho para qual foram criadas.
Outra constatação está na criação das primeiras forças policiais como a
Intendência de Polícia no ano de 1.080 e da Guarda Real em 1.809. Relevante ainda
o fato que todos os movimentos sociais, revolucionários e separatistas que ocorreram
no Brasil foram contidos por meio de violência, a exemplo temos o a Sabinada, A
Balaiada, Guerra de Canudos e a Revolução Farroupilha no Sul do Brasil. De certa
forma, toda reprimenda social criada na população refletia não apenas nas ruas mas
dentro de casa, o próprio modelo de educação utilizado no Brasil se pautava na
violência, a forma de se educar os filhos estava baseada em surra de cinta, ajoelhar-
se no milho, dentre outras formas de castigo físico.
Toda essa contextualização da violência serviu para formar no brasileiro a
chamada cultura do medo defendida pelo autor.
Há ainda conforme o “Estudo da Criminologia na Formação Policial” de Giovani
de Paula, publicado em 2007, há que se levar em questão que a cultura da Polícia
Militar no Brasil foi extremamente influenciada pela formação de uma força de
combate para auxiliar o Exército Brasileiro nas ações de guerra, estre estreitamento
de relações fez com que as forças policiais flutuassem entre as tarefas de defesa
nacional enquanto estado de guerra, como também atuassem na defesa da ordem
social, ao passo que a formação do profissional estivesse voltada para a guerra e não
para um policiamento urbano, voltado às relações humanas, visando a manutenção
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A missão das policias militares, por todo o território nacional, está pautada na
defesa da sociedade e manutenção de preceitos básicos de Ordem Pública e
Segurança Pública, contudo diversas vezes deparamo-nos com notícias de policiais
que utilizando da função pública para causar um prejuízo pessoas cujas quais
deveriam estar servindo com a prestação de um serviço de segurança pública.
A vulnerabilidade da população em relação a autoridade policial é o que forma
o liame subjetivo para o cometimento dos crimes de Abuso de Autoridade,
principalmente pautada na figura do policial militar, que é o agente que lida
diuturnamente com a população quando da realização do policiamento ostensivo.
A Lei de Abuso de Autoridade – Lei 4.898/65 veio para proteger os direitos já
garantidos constitucionalmente por meio da repressão e punição dos crimes
cometidos por qualquer tipo de autoridade. Embora os policiais militares possuam
regimento interno para apuração administrativa e penal, foge-lhes a competência para
atuação processual no que tange os crimes de Abuso, é o que preleciona a Súmula
nº 172 do STJ, ao delegar a atribuição desses crimes ao julgamento da Justiça
Comum.
Caberá nos crimes tipificados na Lei 4.898/65 a execução pelo rito dos
Juizados Especiais - Lei 9.099/65, o que ratifica o princípio da celeridade processual
ao obrigar ao juiz a proceder despacho para agendamento da audiência de instrução
e julgamento no prazo máximo de cinco dias.
Conforme demonstrado, existem outros meios de resguardar a população
quanto ao cometimento de qualquer abuso por parte da autoridade policial, o próprio
Ministério Público tem exercido essa função de fiscalização, conforme verificado no
Manual de Controle Externo da Atividade Policial, redigido pelo Ministério Público na
esfera federal. Outro exemplo eficiente são as Audiências de Custódia, já em
funcionamento no Brasil, sua implantação permitiu reduzir bruscamente os abusos
cometido por policiais durante a prisão em flagrante.
Contudo, ainda existe uma cultura brasileira que favorece a impunidade e o
famigerado “jeitinho brasileiro”, uma cultura hipócrita de tentar obter vantagem em
qualquer situação. Não seria diferente entre os Agentes Públicos e em meio aos
policiais militares. Quando um policial militar ingressa nas fileiras da corporação ele já
possui seu caráter forjado, e por mais que se tente inibir as possibilidades de erro no
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REFERÊNCIAS
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força. Conteudo Juridico. Disponivel em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.46563&seo=1>. Acesso em: 12
set. 2016.
FILHO, Mário. 2014, O uso de armas não letais como instrumento para a redução dos
índices de homicídios decorrentes da ação policial. Disponível em:
http://jus.com.br/revista/texto/21012/o-uso-de-armas-nao-letais-como-instrumento-
para-a-reducao-dos-indices-de-homicidios-decorrentes-da-
acaopolicial#ixzz1y9cYGiCb>. Acesso em: 08 mai. 2016.
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Concurso – Delegado Federal. 1 ed., São Paulo: Reedel, 2014.
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REIS, Alexandre Cebrian Araújo, GONÇALVES, Victor Eduardo Rios; coord. LENZA,
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A utilização da realidade virtual e aumentada na formação dos Policiais Militares em
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SILVA, Marco Antônio da, Primeira intervenção em Crises Policiais: teoria e prática.
1. ed., Curitiba: Associação da Vila Militar, 2015.