Cunicultura PDF
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1. DADOS HISTÓRICOS
Alguns afirmam ser o coelho originário do sul da Europa, e que só muito depois
foi introduzido nos outros países. Entretanto, muitos afirmam ser o coelho proveniente
do sul da África, de onde passou para a Europa, daí se propagou logo com rapidez por
todo o Continente.
Nada sabemos ao certo quando foi domesticado este roedor, entretanto parece
que os romanos foram os primeiros a criar os coelhos, em liberdade, em grandes
parques. Mais tarde, as primeiras tentativas da domesticação do coelho foram iniciadas
nos conventos, onde os monges da Idade Média foram os primeiros propagadores da
cunicultura em alojamentos e gaiolas, por toda Europa, principalmente na Bélgica,
França, Inglaterra de onde essa criação do coelho se espalhou pelo mundo todo.
Somente muitos anos depois é que a criação do coelho foi introduzida nos
Estados Unidos e Canadá, países estes em que a cunicultura alcançou o seu maior
desenvolvimento. Nos Estados Unidos, o centro da criação de coelhos está situada na
Califórnia, onde são encontradas as maiores granjas, cujos animais são enviados para
todo país, não só como reprodutores para início de criação, como também abatidos, cuja
carne é destinada aos hospitais, hotéis e casas de carne. Durante a última guerra
mundial, muitos países que tinham dificuldades em adquirir carne para o mercado
interno, incentivaram o povo a dedicar-se à criação de coelho. Nos Estados Unidos, por
exemplo, a criação doméstica do coelho passou a ter um caráter industrial, pois devido
ao consumo cada vez maior da carne que não estava sujeita aos cartões de
racionamento, as criações foram aos poucos aumentando a produção para melhor
atenderem ao mercado consumidor.
A partir desta data, temos em nosso Estado um grande número de granjas, que se
dedicam à exploração de carne e pêlo do coelho, além da venda de reprodutores da alta
linhagem.
2. O QUE SE APROVEITA DO COELHO
3. CRIAÇÃO
3.1. Instalações
A primeira preocupação deve ser com relação à água, que deve ser potável. As
instalações precisam oferecer aos coelhos uma boa aeração, condições para que eles que
eles não sofram com as mudanças brutas de temperatura e para que fiquem protegidos
das chuvas, ventos, frio e sol direto.
As paredes devem ter 1,50m de altura e o restante poderá ser fechado com tela
ou, ainda, com cortinas de plásticos usados para proteger os coelhos do vento. Depois
de construído o galpão, instale as gaiolas de arame galvanizado, de tamanho padrão que
são encontradas em lojas especializadas: 80 X 60 X 45 cm. Veja o modelo abaixo de
uma coelheira dupla.
O corredor, entre as gaiolas, deve ser cimentado. A esterqueira, que fica sob as
gaiolas, deve ter seu nível abaixo do corredor e ser inclinada para deixar o esterco
sempre seco.
3.2. Alimentação
3.3. Reprodução
A fêmea deverá ser coberta pela primeira vez após os quatro meses devendo o
macho ter cinco meses, entretanto no cio a coelha fica inquieta, a vulva fica entumecida
e arrocheada.
O melhor índice de prenhes é quando se faz a cobertura logo após o parto, após 6
a 10 horas (95%), como conseqüência teremos o desmame precoce, com 28 dias. O
segundo índice é quando a cobertura é feita 15 dias após o parto (60%), desmame com
42 dias. O terceiro índice é a cobertura 30 dias após o parto (75%), desmame com 55
dias.
3.3.3. Gestação
O parto ocorrerá entre o 28º e o 34º dia após a cobertura (dependendo da raça).
No 27ª dia, coloca-se na gaiola o ninho (veja modelo abaixo) na gaiola da fêmea.
O ninho tipo caixa fechada com abertura frontal que é o mais recomendado,
deverá ser 30 x 40 x 30 cm com a abertura de 15 cm, devendo ser forrado de preferência
com "maravalha" (não serragem em pó, nem fita), ou utilizar palha, feno macio (capim
colchão). Durante a gestação, a fêmea necessita apenas de um lugar tranqüilo sem
outros cuidados especiais. Normalmente a fêmea arranca pelos do próprio corpo e
mistura-os com o material do ninho. Logo após o parto o ninho deve ser examinado
retirando-se os natimortos, observando se os láparos permanecem juntos e não
espalhados por todo o ninho. Os ninhos deverão ser examinados diariamente, a fêmea
amamenta os láparos no máximo duas vezes ao dia, caso uma coelha crie mais de oito
filhotes e outra menos de sete, o excesso da primeira deve ser colocado com a segunda,
a média é de sete filhotes por parto. Depois de 15 dias do nascimento a fêmea poderá ser
coberta novamente. O ninho será retirado trinta dias do nascimento e o desmame após
quarenta e dois dias. Entre setenta e cinco e noventa dias os filhotes estarão prontos para
corte, com um peso médio de 2,2 a 2,5 kg.
Com o animal nessa posição, o criador verá duas aberturas situadas debaixo da
cauda que se acha levantadda. A abertura superior, arredondada e ligeiramente
pregueada, constitui o ânus que é a parte final do intestino, pela qual são eliminados as
fezes. Logo abaixo do ânus há uma abertura, ligeiramente alongada no sentido vertical,
a qual deverá ser cuidadosamente examinada assim: o criador suspendendo o coelho,
com os dedos polegar e indicador colocados cada um ao lado desta abertura, deverá
comprimir o local e puxá-lo ligeiramente para trás. Se por esta abertura aparecer uma
ponta de 1 cm de comprimento, ligeiramente encurvada conforme a idade, trata-se de
um macho. Ao contrário, se durante a compressão e repuxamento da abertura, esta
apresentar apenas uma fenda, ligeiramente ovalada, trata-se de uma fêmea.
CICLO REPRODUTIVO
01/07 primeira cobertura
11/07 primeira apalpação
27/07 colocar ninho
01/08 primeiro nascimento
15/08 segunda cobertura
25/08 segunda apalpação
01/09 retirada do ninho
desmame + colocação do novo
12/09
ninho
15/09 novo nascimento
4. RAÇAS
Quem vai iniciar uma criação de coelhos deverá ter em mente a que ela se
destina, já que o futuro criador terá como opções: produção de carne (caseira ou
comercial), venda de reprodutores, produção de pele, cobaias para laboratório e, ainda,
mas em menor escala no Brasil, produção de pêlos. Para cada tipo de exploração, uma
raça deve ser escolhida entre inúmeras existentes, pois cada qual tem sua finalidade.
Existem também as raças mistas que servem tanto para a carne como para pele, bem
como para carne e pêlo e assim sucessivamente.
4.1. Classificação
a) Gigante de Flandes – de origem belga, seu tamanho e peso foram obtidos depois de
longa e constante seleção, aliada à consangüinidade e à superalimentação. É a raça de
maior porte e chega a ultrapassar os 10 quilos de peso. Apresenta variedades de cores
como a parda, a negra, a areia, sendo a branca a mais comum.
b) Gigante de Bouscat – de origem francesa, foi obtido por meio de cruzamentos entre
as raças Gigante de Flandes, Prateado de Champagne e Angorá. Seu peso mínimo é de 5
quilos (fêmeas). De cor branca, suas orelhas chegam a atingir de 15 a 18 cm de
comprimento. Só as fêmeas possuem papada, que é uma prega localizada no pescoço.
Seu peso varia entre 3,5 e 5 quilos. É o mais importante de todos os grupos, pois
inclui as raças mais precoces, rústicas, resistentes e produtoras, conhecidas, por isso
mesmo, como raças industriais ou econômicas.
f) Belier – a principal característica dessa raça são as orelhas, que chegam a medir 60
cm de comprimento e são caídas, dando um certo charme. Pode ser do tipo Francês e
Inglês. O Francês é obtido pelo cruzamento do Belier Inglês com o Gigante de Flandes
e coelho Normando. O Inglês é considerado uma raça fantasia. É uma animal rústico e
prolífico. É mais tardio, atingindo a idade adulta aos 14 meses. As coelhas são boas
criadeiras, os láparos são fáceis de criar, e atingem de 5 a 7 kg quando adultos. É
considerado produtor de carne atingindo 6 kg de peso. Apresentam muitas variedades.
g) Azul de Viena - é um coelho gigante de cor azul, puro, obtido pelo cruzamento de
um macho Gigante Preto e uma fêmea Gigante Amarela, em 1983. Os coelhos dessa
raça foram apresentados pela primeira vez, em Prater, Viena em 1895, como Coelho
Azul de Viena. Com o tempo e o desenvolvimento da criação, foi obtido um coelho de
raça média de 3,5 a 4,5 kg de peso, evitando-se a forma gigante e conseguida a forma
cilíndrica, de maior valor e rentabilidade Quanto ao peso, pode ser classificado em:
médio, com 3,5 kg; normal acima de 4,5 kg e máximo, com 5,5 kg. O corpo é de forma
cilíndrica e bem proporcionado, sendo mais perfeito no macho de que na fêmea, sendo
mesmo um tipo econômico ideal. Esta raça tem a variedade branca, cujos olhos são
azuis. Não tem tanta expressão econômica como a variedade azul.
j) Angorá – pode ser admitido como produtor de carne e mesmo de pele. A carne é de
boa qualidade (animais jovens) e são rústicos, fáceis de criar. As fêmeas são boas
criadeiras (5, 6 até 10 láparos). As jaulas devem ser secas, limpas e bem confortáveis
para garantir a qualidade da lã. Variedades Branca, Negra, Cinza, Azul e Havana.
Os coelhos dessas raças alcançam de 1,5 a 3,5 quilos de peso, são de baixo
rendimento, de pequeno tamanho, e, assim, não interessam às criações para produção de
carne. Nesse grupo se destacam as raças Negro e Fogo e o Castor Rex, que produzem
excelente pele e até uma boa quantidade de carne. As fêmeas são excelentes criadeiras,
sendo usadas em cruzamentos com outras raças, para melhorar a habilidade materna.
a) Castor Rex – sua pele bela faz sucesso e é vendida a preços elevados. Produz carne
de boa qualidade. São animais rústicos e precoces, cujas fêmeas são prolíficas e boas
criadeiras (5, 7 até 10 láparos). Atingem 3 a 4 kg. Os Rex de outras cores são resultantes
de cruzamentos com raças de pelagem comum. Seu pêlo é curto, o que confere um
aspecto aveludado e acetinado à pele, sendo muito valorizado para venda.
b) Negro e Fogo – de tamanho pequeno, sendo muito bonitos devido à sua pelagem. É
uma raça fantasia ou esportiva, cuja carne é de ótima qualidade. A pele é de grande
valor devido ao brilho muito intenso.É precoce e rústico e as fêmeas são boas criadeiras
(5 a 6 láparos). A pelagem é de duas cores, sendo uma negra aveludada muito intensa e
a outra cor de fogo com tonalidade vermelho-cobre, pura e sem mistura alguma de
outras cores. Pode apresentar variedades (Azul e Fogo, Havana e Fogo, e
Prateado e Fogo).
c) Havana – de cor marrom bem escuro, semelhante à do fumo quando maduro, sua
pele é de tamanho reduzido e tonalidade desuniforme. É de ótima qualidade, podendo
imitar as da marta e do castor. A carne é branca, delicada e muito saborosa. Atinge peso
de 2,5 a 3 kg. Devido ao pequeno tamanho, depois de muito trabalho desenvolveu-se o
Havana grande, com peso mínimo de 4 kg.
d) Russo ou Himalaia – uma das menores raças cunículas, atinge peso máximo de 2,5
kg quando adultos. Apresentam pele espessa, fina, sedosa e de branco puro brilhante,
que é empregada na imitação do arminho. A carne é de primeira qualidade e muito
saborosa, mas de pouco rendimento. É uma raça rústica, fácil de criar, fêmeas prolíficas
e boas criadeiras. O russo grande é obtido por diversos cruzamentos, atingindo 4 a 4,5
kg quando adultos. A pelagem é branca-pura, exceto as orelhas, nariz, patas e cauda,
que são negro azeviche. Havana pode estar no lugar do azeviche Russo Havana.
Os animais atingem peso inferior a 1,5 quilo e são criados como hobby, devido à
sua baixa produção e rendimento. Está nesse grupo a raça Polonesa.
a) Polonês ou Arminho - menor de todas as raças de coelhos, sendo a mais bonita entre
as raças brancas, imitando perfeitamente a pele do arminho, um pequeno animal cuja
pele é muito valorizada para comercialização. A carne é de ótima qualidade, mas
produzida em pequena quantidade. O peso é de aproximadamente 1,5 kg. É um animal
delicado, sentindo bastante altas temperaturas e frio intenso . As fêmeas são prolíferas e
boas criadeiras. O principal inconveniente dessa raça é o tamanho pequeno, pois produz
ótima carne e uma pele de grande valor, sendo mesmo uma das mais valorizadas entre
as produzidas pelos coelhos.
5. Doenças
5.1. Desinteria
5.2. Coriza
Com isto, vemos que é muito rara a existência de coriza nas criações onde as
coelheiras estão colocadas em galpões ou recintos fechados, que as abriguem do vento e
chuva.
Com o decorrer da moléstia, após 2 ou 3 dias, começa a sair pelas fossas nasais
um corrimento aquoso e inodoro. O coelho assim atacado esfrega constantemente o
nariz com as patas dianteiras: chega a perder o apetite; fica triste e com os pêlos
arrepiados, apresentando os olhos embaciados e quase não se alimenta.
A coriza, não sendo medicada em tempo, irá apresentar, além dos espirros, um
corrimento ocular aquoso. Com o continuar da moléstia, este corrimento nasal torna-se
mucoso, espesso, e quando aderente à ração do animal, chega a obstruir as narinas,
determinando a morte do mesmo por asfixia. O aparecimento da coriza é muito comum
durante a época das chuvas constantes.
É esta uma doença comumente encontrada nas criações de coelhos, cujo rápido
contágio facilita em pouco tempo a propagação da moléstia entre todos os animais. A
sarna auricular é uma moléstia parasitária ocasionada por dois parasitas, Psoroptes
communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho, na
parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal quando
não tratado em tempo.
Esta moléstia, muito freqüente nas criações de coelhos causa sempre grandes
prejuízos aos criadores, pela grande mortalidade que produz entre os animais.
De um modo geral, todos os coelhos são atacados pela coccidioso, mas ela
atinge de preferência os coelhos de 2 a 4 meses, onde a mortalidade é maior. Os coelhos
adultos, quando atingidos pela moléstia, são bem resistentes, tornando-se muitas vezes,
portadores da coccidiose. Esses animais são assim chamados porque, mesmo não
apresentando o sintoma da moléstia, são os propagadores da mesma, pela eliminação do
micróbio da coccidiose pelas fezes. Desse modo, é fácil a propagação da coccidiose
através dos alimentos, água, coelheiras e até pelo próprio tratador. Entretanto, para que
o micróbio da coccidiose esteja em condições de contaminar os animais, é preciso que o
mesmo apresente modificações tais, facilitadas pelo calor e umidade, a partir do
momento em que os parasitas são expelidos pelo coelho doente até o momento de serem
ingeridos pelos coelhos sãos. Assim, a contaminação só será feita quando o micróbio da
coccidiose sofrer as transformações necessárias ao seu amadurecimento durante três
dias mais ou menos. Antes desse tempo, os micróbios da coccidiose não transmitem a
moléstia quando ingeridos pelos coelhos sãos, por não estarem maduros. A constatação
da moléstia é feita pelos seguintes sintomas: tristeza e abatimento dos coelhos, falta de
apetite, pêlos arrepiados, diarréia, ventre aumentado de volume; em alguns casos há
convulsões e paralisia das patas. A morte do animal poderá dar-se em dias ou dois a três
meses. Entretanto, o diagnóstico certo da coccidiose só poderá ser feito com exame de
laboratório, devendo o criador enviar o coelho morto ou doente ao Instituto Biológico,
onde serão feitos os exames necessários.
O estrume dos animais doentes nunca deverá ser usado em hortas ou plantações
destinadas à alimentação dos coelhos.
5.5. Mixomatose
É uma das doenças mais graves que atacam os coelhos, ocasionando grande
mortandade no plantel, e propagando-se rapidamente entre os animais sãos. Os animais,
quando atacados pela mixomatose, apresentam os seguintes sintomas: no início da
moléstia aparece um corrimento nasal que vai aumentando, chegando às vezes a
dificultar a respiração do animal.
Estes tumores, quando abertos, deixam sair um líquido mucoso de cor rosa. O
animal apresenta uma febre ligeira, emagrece e morre geralmente entre 4 a 8 dias, após
o aparecimento dos primeiros sintomas. É a mixomatose muito contagiosa, e sua
transmissão é feita pelos mosquitos e pulgas.
Os coelhos são também atacados pelos vermes intestinais que ocasionam sérios
prejuízos nas criações infetadas.
A alimentação deverá ser muito nutritiva, dando-se aos animais, além da ração
normal, 1 colher de sopa de aveia para cada coelho. A ração deverá conter 1 a 2% de
sais minerais e vitaminas.
5.7. Indigestão
Esta sarna é muito diferente da sarna da orelha, pois esta só ataca o corpo do
animal.
Quando o coelho se apresenta com todos esses sintomas, a cura é muito difícil, e
quando isso acontece, ele se torna muito fraco; é mais indicado o sacrifício dos doentes.
Esta moléstia muito contagiosa é caracterizada pela rapidez com que ataca os
coelhos, produzindo grande mortandade entre eles.
Os coelhos atacados pela pasteurelosis, no início da moléstia apresentam febre,
tristeza, falta de apetite, pêlo eriçado, permanecendo em um canto da coelheira como se
estivessem dormindo. Às vezes apresentam os olhos congestionados e respiração
anormal, seguindo-se o aparecimento de uma diarréia, geralmente sanguinolenta, e
convulsões do animal com manifestação paralítica. Esta moléstia também se apresenta
com a forma pulmonar, que se caracteriza pela febre que ataca os coelhos, espirros; falta
de apetite; respiração acelerada e dolorosa, e principalmente pela líquido sanguinolento
que sai das fossas nasais do animal. A moléstia se apresenta sempre com grande
rapidez, determinando a morte do animal dentro de 2 a 3 dias. A pasteurelosis aparece
sempre nas criações onde não existe higiene nem limpeza, onde os animais são mal
alojados, e acham-se em comum com aves, porcos e outros animais. Ao notarmos a
aparecimento da pasteurelosis, deverão ser isolados os animais doentes, lavando-se as
fossas nasais com água morna e bicarbonato para retirada do muco nasal. Em seguida,
aplicar azeite ou vazelina mentolada, para descongestionar a mucosa e facilitar a
respiração. O tratamento preventivo poderá ser feito por meio de soro injetável.
5.11. Toxoplasmose
Se os coelhos nestas condições não se acham atacado pela sarna auricular, essa
torção da cabeça é de origem alimentar, ocasionada pela deficiência da Vitamina B, na
ração. O coelho, nestas condições, torce a cabeça para um lado, dando a impressão que
os músculos estão continuamente em contração; o animal anda com grande dificuldade,
girando freqüentemente sobre um mesmo lado.
É uma enfermidade que ataca os olhos, sendo muito comum nos coelhos novos,
devido ao forte cheiro de amoníaco que se desprende da urina e excrementos. Isto só
acontece nas criações mal cuidadas, onde não existe higiene. Os olhos se apresentam
inchados e completamente fechados.
Quando eles se abrem escorre uma grande quantidade de um líquido seroso e
amarelado que se endurece logo. Devido à esta infecção, a membrana do olho se torna
opaca, o que é conhecido como queratite. Como tratamento, a primeira coisa a ser feita
é retirar as causas, obedecendo as normas de limpeza e higiene.
6. CUIDADOS SANITÁRIOS
Nos serviços de rotina devem ser levados em conta os seguintes fatôres: combate
às moscas e ratos, muitas vezes responsáveis pela transmissão de várias moléstias e
preservá-las de môfo e bolores na ração.
A desinfecção periódica deve ocorrer quatro vezes por ano. Há dois métodos:
promover a queima da gaiola com o uso de lança-chamas a gás; ou pulverizá-la com
produto desinfetante (vendido em lojas de agropecuária).
Ninhos e cumbucas sujas devem ser lavados com desinfetantes, bem secos ao sol
e passados pelo lança chamas, a caixa d'água deve ser lavada e as mangueiras esgotadas
a cada mês.
REFERÊNCIAS