Anexos PPRIAC
Anexos PPRIAC
Anexos PPRIAC
Sessão 1
Objetivo:criação de um ambiente acolhedor e facilitador da partilha de experiências.
Início da sessão: exercício de quebra-gelo (“Quem é quem”, adaptado de Fritzen,
2002) cujo intuito é a integração no grupo e o estabelecimento de uma relação
interpessoal entre os elementos e os facilitadores.
Descrição da Sessão:trabalhadas as expetativas face à intervenção; realizada uma
atividade de desmistificação de ideias erradas acerca da intervenção; esclarecidos os
aspetos e questões relativas ao funcionamento do grupo e do programa
(periodicidade, horário, duração das sessões, duração do programa); elaborado, de
forma conjunta, um contrato de participação, onde são delineadas as regras e normas
subjacentes à participação no programa de intervenção. É ainda elaborado um
contrato comportamental, onde são estabelecidas as regras comportamentais extra-
sessões, bem como as consequências ao incumprimento do mesmo.
Sessão 2
Objetivo:trabalho da motivação para a intervenção e para a mudança.
Início da Sessão:participantes realizam uma dinâmica de grupo (“O chapéu dos
medos”, adapt. de Brandes & Philips, 2008) cujo objetivo é a partilha dos medos e
preocupações em relação à mudança e de estratégias securizantes.
Descrição da Sessão: é realizado um brainstorming sobre o tema motivação e a sua
importância na mudança comportamental e atitudinal; os participantes são convidados
a visualizar um pequeno vídeo acerca da mudança que pretende consciencializar os
participantes para o papel da motivação na mudança comportamental e compreender
o comportamento humano como uma atividade dirigida para a consecução de
objetivos. Final da Sessão: realização de uma dinâmica de grupo (“O terramoto”,
adapt. de Rissetti, 2008) devido à resistência e às implicações da mudança .
Quadro 2:Componente Grupal – Compreensão do fenómeno e das dinâmicas
violentas
Sessão 3
Objetivo: compreensão do conceito de violência conjugal e violência doméstica, bem
como a compreensão da génese, evolução e escalada da violência.
Descrição da Sessão: os participantes são convidados a realizar um brainstorming
sobre a temática da violência doméstica e da violência conjugal, com o intuito de
clarificar os participantes acerca destes conceitos e desmistificar ideias erradas; os
participantes devem elaborar, em grupos de três elementos, uma história sobre um
agressor conjugal que tem como objetivo identificar e compreender indicadores de
violência. A história elaborada deverá ser em seguida encenada aos restantes
membros e facilitadores. Nesta sessão é ainda introduzida a estratégia de auto-
monitorização dos comportamentos, emoções e pensamentos (Gonçalves, 2004). O
objetivo é o registo sistemático pelos participantes dos seus comportamentos,
pensamentos e emoções desajustados, tendo em vista o estabelecimento de um
processo de autocontrolo. Esta atividade é realizada durante a semana (trabalho de
casa). Por fim, é explicitado aos participantes o racional teórico subjacente à
respiração diafragmática, sendo estes, posteriormente, treinados na utilização desta
técnica.
Sessão 4
Objetivo: identificação e compreensão dos comportamentos e das dinâmicas de
manutenção da violência nas relações íntimas.
Início da Sessão: dinâmica de grupo (“A estátua, adapt. de Brandes &Phillips, 2008)
com o intuito de abordar e compreender as questões de poder e controlo subjacentes à
violência conjugal.
Descrição da Sessão: realização de uma atividade na qual cada membro tem que
identificar estratégias abusivas por eles utilizadas. Esta atividade é complementada
com o recurso à “Roda do Poder” (cf. Pence &Paymar, 1993), que procura ilustrar a
violência doméstica como parte de um padrão de comportamento que inclui um
conjunto diversificado de estratégias e dinâmicas e que visa promover a compreensão
dos comportamentos abusivos com o intuito de quebrar esses comportamentos. Ainda
nesta sessão os participantes realizam uma atividade na qual deverão identificar
custos e benefícios associados ao uso da violência em relações de intimidade.
Sessão 5
Objetivo: trabalhar a responsabilização pelo comportamento abusivo, com o intuito
de diminuir a tolerância dos participantes relativamente ao uso de violência em
relações íntimas.
Início da Sessão: apresentação de um vídeo sobre a responsabilidade pessoal,
seguida de um brainstorming sobre a temática da responsabilidade e sobre a
importância da responsabilização perante todos os nossos atos.
Descrição da Sessão:participantes assinam ainda um “Termo de Responsabilidade”
pelos comportamentos abusivos por si perpetrados, bem como pelas consequências
dos mesmos; estes são convidados a realizar uma atividade sobre a negação e a
minimização dos comportamentos abusivos, com o intuito de os sensibilizar para o
impacto da negação da violência e para a necessidade da autorresponsabilização pelos
comportamentos perpetrados; é depois pedido aos participantes para realizarem um
trabalho de casa, no qual deverão escrever uma carta à vítima onde assumem a sua
responsabilidade pelo comportamento abusivo e pelas consequências do mesmo.
Sessão 6
Objetivo: compreensão das diferenças entre sexo e género, a identificação e análise
dos discursos culturais relativos ao casamento e aos papéis do homem e da mulher na
família e na sociedade e a construção de discursos alternativos.
Descrição da Sessão:os participantes devem identificar características de ambos os
sexos, com o intuito de abordar mitos associados ao género feminino e masculino;
depois é apresentado aos participantes um vídeo centrado na temática da igualdade
cujo objetivo é a promoção do respeito e da igualdade entre homens e mulheres e o
desenvolvimento de relações interpessoais baseadas na igualdade e no respeito
mútuos. Nesta sessão é ainda introduzida a “Roda da Igualdade” (cf. Pence &Paymar,
1993), por forma a abordar os comportamentos de não-violência.
Sessão 7
Objetivo:trabalho da empatia pela vítima, através do reconhecimento do impacto da
vitimação na companheira ou ex-companheira e da tomada de perspetiva do outro.
Início da Sessão: apresentação de um vídeo que visa promover a compreensão do
impacto da vitimação; os participantes são convidados a refletir sobre os sentimentos
experienciados por vítimas de violência e a elaborar um cartaz onde serão expostos os
sentimentos identificados; os membros do grupo realizam uma tarefa de trabalho de
casa na qual devem escrever uma carta a si mesmos, como se fossem a sua vítima a
falar-lhes e a expor-lhes os seus sentimentos, pensamentos, reações e impacto sentido
pela vitimação.
Sessão 16
Descrição da Sessão:inicia-se com a análise de uma notícia sobre um agressor
conjugal reincidente onde são trabalhadas as questões relacionadas com a recaída e
com os fatores que podem conduzir a uma recaída; os participantes são convidados a
refletir sobre possíveis obstáculos à manutenção dos comportamentos aprendidos e,
posteriormente, constroem um “Plano Individual de Segurança” (adapt. de Manita,
Ribeiro, & Peixoto, 2012), por forma a reduzir a probabilidade de adoção de
comportamentos abusivos.
Sessão 17
Início da Sessão:atividade de revisão das estratégias e competências aprendidas ao
longo do processo de intervenção (“Jogo das aprendizagens”, Cunha & Gonçalves,
2010). Nesta sessão é ainda trabalhada a importância do pedido de ajuda no momento
de recaída (“Sete vimes”, adapt. de Coelho, 1871).
Final da Sessão:revista a exequibilidade e aplicação do plano individual de
segurança.
Sessão 18
Descrição da Sessão:é realizada uma atividade de reflexão sobre a contribuição
pessoal de cada elemento para o grupo e sobre os ganhos alcançados com a
participação no mesmo. Esta atividade tem como objetivo facilitar a expressão dos
sentimentos relacionados com a vivência grupal e iniciar o processo de despedida.
Resultados G.E.C.
Resultados G.E.P.
Não foram encontradas diferenças significativas do pré para o pós-teste no que respeita
à maioria das variáveis em estudo (nem na componente individual nem na grupal).
Apenas foi encontrada uma redução significativamente estatística no que respeita ao
risco de intensificação da violência (efeito elevado) e um incremento marginalmente
significativo no fator da autorresponsabilização. Apesar de não terem sido encontradas
diferençassignificativas no que respeita à sintomatologia nem no que respeita à auto-
estima e auto-conceito, na componente individual encontrou-se uma diminuição
marginalmente significativa nos sintomas da depressão e no fator da maturidade
psicológica. Igualmente, no follow-up 1, não se verificaram diferenças nas variáveis de
interesse. E, “atendendo à elevada mortalidade experimental evidente (n = 1) não foram
realizadas as análises referentes ao follow-up 2” (Cunha, 2014, p. 335).
Resultados G.C.
Anexo7:7:Dinâmicas
Anexo Dinâmicasutilizadas
utilizadas nas
nassessões
sessõesdodoPPRIAC
PPRIAC
Nota: Solicitámos aos autores do programa que nos fossem disponibilizados alguns dos
materiais relativos à descrição das dinâmicas/atividades realizadas em cada sessão e este
foi-nos recusado, por não se encontrar publicado. Deste modo, fizemos uma pesquisa
nos motores de busca da internet das referidas dinâmicas, procurando o conhecimento de
uma aproximação àquilo que as dinâmicas/atividades no contexto do PPRIAC poderão
ser, correndo o risco de poder não ser exatamente esta a forma de aplicação no referido
programa.
Referência: file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/file13.pdf
Participantes: Devem ser múltiplos de três e sobrar um. Ex: 22 (7x3 = 21, sobra
um); Tempo Estimado: 40 minutos; Material: Para essa dinâmica só é necessário um
espaço livre para que as pessoas possam se movimentar; Descrição: Dividir em grupos
de três pessoas lembre-se que deverá sobrar um. Cada grupo terá 2 paredes e 1 morador.
As paredes deverão ficar de frente uma para a outra e dar as mãos, o morador deverá
ficar entre as duas paredes. A pessoa que sobrar deverá gritar uma das três opções
abaixo:
NEGOCIAÇÃO E JUSTIÇA
Referência: http://igualdade.pt/igualdade/
3. Organizar em subgrupos para que cada participante escolha: A máscara com que
mais se identifica; A máscara com que não se identifica; A máscara que gostaria de
usar.
4. Após concluir a atividade em subgrupo, todos deverão colocar suas máscaras e
fazer um mini teatro improvisado.
7. Fechamento da vivência.
Referência: http://dicasedinamicas.blogspot.pt/2009/11/dinamica-convivendo-com-
mascaras.html.
Um cordeiro estava a beber água num riacho. O terreno era inclinado e por isso
havia uma corrente forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também a
beber água.
– Como é que tens a coragem de sujar a água que eu bebo – disse o lobo, que estava
há alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
– Senhor – respondeu o cordeiro – não precisa ficar com raiva, eu não estou a sujar
nada. Estou a beber longe de si, é impossível sujar a sua água.
– Estás a agitar a água – continuou o lobo ameaçador – e sei que estás a falar mal de
mim por causa do ano passado.
– Não pode ser – respondeu o cordeiro – no ano passado eu ainda não tinha nascido.
– Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que
cuidam do rebanho, tenho de me vingar.
Um Lobo saiu da sua toca num final de tarde, bem-disposto e com grande apetite. E
enquanto ele corria, a luz do sol poente batia sobre o seu corpo, fazendo a sua sombra
aparecer refletida no chão. Então ele viu aquela sombra de si mesmo e como a sombra
de uma coisa é sempre bem maior que a própria coisa, ao ver aquilo, exclamou vaidoso:
“Ora, ora, veja só o quão grande eu sou! Imagine-me, com todo esse tamanho, e ainda
tendo que fugir de um insignificante Leão! Quando o encontrar vou-lhe mostrar quem
verdadeiramente é o rei dos animais!”
Referência: http://sitededicas.ne10.uol.com.br/o_lobo_e_sua_sombra.html
“Quantos quadrados vês?”(Fachada, 2004) – Sessão 10
Referência: https://goo.gl/mioW0M
Vídeo: http://vestibulandoansioso.com/humor/quantos-quadrados-ha-na-imagem-
resposta-aqui/
1 - Separe três pessoas do grupo e coloque-as distantes, de modo a que não possam
saber o que está a ocorrer onde está o grupo maior. (O número de elementos que você
vai escolher deve ser adaptado de acordo com a quantidade de pessoas que estão a
participar).
2 - Conte uma história para o grupo maior. (Pode utilizar-se uma história qualquer).
3 - Chame uma das pessoas que estava fora e peça para que alguém do grupo maior
conte a história para ela. (Tudo isso deve ser feito sem aviso prévio).
Descrição: O coordenador explica ao grupo que fará uma dinâmica para exercitar
as habilidades de trabalho em grupo e consenso.
Desenvolvimento:
- Como pudemos tirar tantas conclusões sem apurar os reais acontecimentos? Haja
vista que a maior parte das afirmações são desconhecidas.
- Muitas vezes não temos todos os elementos para julgar, ou por que não prestamos
atenção ou não temos conhecimento de todos os fatos, ou ainda existe um fator
tendencioso que não percebemos.
Referência: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3729
Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer, chamou-os
todos sete e disse-lhes assim:
Filhos, já sei que não posso durar muito; mas, antes de morrer, quero que cada um
de vós me vá buscar um vime seco e mo traga aqui.
Eu também? perguntou o mais pequeno, que só tinha 4 anos. O mais velho tinha
25, e era um rapaz muito reforçado e o mais valente da freguesia.
Saíram os sete filhos; e daí a pouco tornaram a voltar, trazendo cada um o seu vime
seco. O pai pegou no vime que trouxe o filho mais velho, e entregou-o ao mais novinho,
dizendo-lhe:
O pequeno partiu-o; e partiu, um a um, todos os outros, que o pai lhe foi
entregando, e não lhe custou nada a parti-los todos. Partindo o último, o pai disse outra
vez aos filhos:
Os filhos tornaram a sair, e dali a pouco estavam outra vez ao pé do pai, cada um
com o seu vime.
E dos vimes todos fez um feixe, atando-os com um vincelho. E voltando-se para o
filho mais velho, disse-lhe assim:
O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o feixe.
Não foi nenhum capaz de o partir, nem dois juntos, nem três, nem todos juntos.
Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada todos os vimes,
enquanto os partiu um a um; e o mais velho de vós não pôde parti-los todos juntos; nem
vós, todos juntos, fostes capazes de partir o feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que
vos vou dizer: enquanto vós todos estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém
zombará de vós, nem vos fará mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine
entre vós a desunião, facilmente sereis vencidos.
Acabou de dizer isto e morreu e os filhos foram muito felizes, porque viveram
sempre em boa irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e como não houve forças
que os desunissem, também nunca houve forças que os vencessem.