OT-004-2016-IBRAENG Precisão e Margem de Erro Dos Orçamentos
OT-004-2016-IBRAENG Precisão e Margem de Erro Dos Orçamentos
OT-004-2016-IBRAENG Precisão e Margem de Erro Dos Orçamentos
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Comitê de Elaboração/Revisão (2016): Eng Civil Marcio Soares da Rocha, Eng Civil Francisco Alves
de Aguiar, Engo Civil Jorge Luiz Rodrigues Cursino de Sena, Engo Civil, Engo Eletricista e Engo de
Segurança do Trabalho José de Montier Barroso, Enga Civil Christina Bianchi, Engo Civil Elismar de
Oliveira Sá, Engo Civil Calixto José de Oliveira Nogueira.
Palavras-Chaves: orçamentos; margem de erro; estimativa. 06 páginas
Sumário
PREFÁCIO........................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 2
1 OBJETIVO..................................................................................................................................... 2
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E TÉCNICAS.............................................................................. 2
3 DEFINIÇÕES................................................................................................................................. 3
4 ORÇAMENTOS COMO ESTIMATIVAS DE CUSTOS E PREÇOS............................................... 5
5 PRECISÕES E MARGENS DE ERROS DOS ORÇAMENTOS DE
ENGENHARIA................................................................................................................................ 6
6 COMO CITAR ESTE DOCUMENTO............................................................................................. 6
PREFÁCIO
O IBRAENG – Instituto Brasileiro de Auditoria de Engenharia é a entidade de classe homologada pelo
sistema Confea-Crea que objetiva o desenvolvimento e a padronização de métodos e técnicas
científicas de auditoria aplicáveis aos trabalhos de Engenharia. O IBRAENG possui registro regional
no Crea-CE, tem atuação nacional e possui como associados profissionais de Engenharia e
Arquitetura de nível superior de todo o Brasil.
A impressão deste documento para uso pessoal é permitida; todavia, a impressão em grande escala
e para uso coletivo só pode ser feita com permissão do IBRAENG. As citações desta Orientação
Técnica devem ser feitas conforme apresentado no item 7 desta Orientação Técnica.
INTRODUÇÃO
Esta OT-004/2016-IBRAENG define e recomenda parâmetros sobre as precisões e as margens de
erros dos diversos tipos de orçamentos de obras e serviços de Engenharia e foi elaborada com base
nas contribuições de vários profissionais de Engenharia e Arquitetura atuantes em Engenharia de
Custos e em Auditoria de Engenharia no Brasil, por meio de consulta pública realizada via internet.
Ela considera também estudos publicados por entidades nacionais e internacionais de Engenharia de
Custos e de Auditoria de Engenharia e é consonante com a legislação vigente e com as normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pertinentes. A utilidade do presente
documento é notória para os orçamentistas, para os auditores de Engenharia e para os avaliadores
de imóveis.
1 OBJETIVO
Esta Orientação Técnica objetiva contribuir para:
Lei Federal Nº 5.194, DE 24 DEZ 1966 (Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e
Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências).
Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Lei Federal no 12.462/2011 que institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).
DIAS, Paulo R. V. Engenharia de Custos: uma metodologia de orçamentação para obras civis. 9ª
edição. Rio de Janeiro: IBEC, 2011.
MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de
casos, exemplos. São Paulo: PINI, 2006.
ROCHA, Marcio S. Auditoria Aplicada à Engenharia: como auditar obras de engenharia. Fortaleza:
Premius, 2013.
3 DEFINIÇÕES
Anteprojeto de Engenharia: conjunto de documentos técnicos (desenhos e textos) que possibilitam
a caracterização da obra ou serviço planejado, que representam a opção aprovada no estudo de
viabilidade e que permitem a estimativa dos custos e prazos de execução dos seus serviços, bem
como a elaboração dos seus projetos básico e executivo.
Custo: total das despesas diretas e indiretas necessárias à produção, manutenção ou aquisição de
um bem, num determinado período e situação.
Custo Direto: total das despesas com insumos (materiais, mão-de-obra e equipamentos) e com a
administração local, necessários à execução de uma obra ou serviço, obtido a partir da soma das
composições de custos unitários diretos dos serviços da obra.
Custo Indireto: total das despesas administrativas e financeiras, e demais ônus, tributos e encargos
necessários à execução de uma obra ou serviço de Engenharia.
Cronograma: documento técnico que representa graficamente o período de tempo necessário (dias,
semanas, meses) ao desenvolvimento de uma atividade ou à realização de um projeto.
Custo Referencial: custo adotado pelos órgãos públicos contratantes e auditores como padrão
representativo do valor de mercado local/regional para determinado serviço de engenharia, em
determinado período, obtido por composição de custos dos seus insumos pertinentes.
Documentos Técnicos: desenhos técnicos e/ou textos descritivos que caracterizam os diversos
elementos componentes dos projetos de obras e serviços de engenharia.
Estudo de Viabilidade: conjunto de estudos e análises preliminares realizados com vistas a avaliar a
viabilidade técnica e financeira de um empreendimento planejado.
Encargos Sociais e Trabalhistas: somatório dos percentuais determinados pelas leis sociais e
trabalhistas em vigor e de acordos coletivos sindicais, a incidir no custo da mão-de-obra.
Estimativa de Custos: cálculo preliminar dos custos diretos e indiretos e do preço global de uma
obra ou serviço de engenharia, tendo como base o anteprojeto, com a utilização de: (1) método
expedito; (2) orçamento preliminar ou paramétrico.
Orçamento detalhado ou analítico: planilha elaborada com base no projeto básico ou executivo de
uma obra ou serviço para estimar os seus custos diretos e indiretos e o seu preço global,
considerando quantitativos calculados/levantados a partir do projeto e custos unitários publicados em
tabelas referenciais públicas ou particulares ou obtidos por apropriação de produtividade e consumo
e/ou por pesquisas de mercado.
Orçamento expedito: estimativa do preço global de uma obra ou serviço de engenharia obtido por
meio da multiplicação do custo de uma unidade básica de construção (m, Km, m 2 etc.) pelo
quantitativo total da obra, acrescido do BDI. Ver também preço por área construída.
Nota: Os sindicatos de construtores (Sinduscons) estaduais são os responsáveis oficiais/legais pela publicação
do CUB para edificações no Brasil. Quanto aos custos referenciais de unidades básicas por medida linear
(m, Km etc.) para obras como rodovias, saneamento básico etc., não há ainda nenhum órgão público ou
entidade de classe sem fins lucrativos que os elabore e publique.
Orçamento Real: “orçamento elaborado após a conclusão da obra, com base nos preços, consumos
e produtividades efetivamente ocorridos na execução dos serviços, acrescidos do rateio das
despesas indiretas e da margem de lucro do construtor apurados contabilmente, bem como dos
tributos recolhidos pelo contratado”. (definição da OT IBR 004/2012. P. 3).
Preço Executivo: preço global do contrato de uma obra, resultante do orçamento proposto pela
empresa construtora que executa ou executou a obra.
Preço Global de Venda: valor total de um orçamento de engenharia, resultante do somatório dos
preços unitários de todos os seus itens, já incluído o BDI.
Preço por Área Construída: estimativa do preço global de uma obra ou serviço de engenharia obtido
por meio da multiplicação da sua área equivalente de construção pelo custo unitário básico (CUB)
correspondente, acrescidos os custos dos elementos não incluídos no CUB e o BDI adequado à
obra/serviço. Ver orçamento expedito e sua nota.
Projeto Executivo (Lei 8.666/93, art. 6º, X) : “X – Projeto Executivo – o conjunto dos elementos
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”.
Serviço de Engenharia: toda atividade, cuja execução seja de competência restrita aos profissionais
de engenharia.
Projeto Executivo (Lei 8.666/93, art. 6º, X) : “X – Projeto Executivo – o conjunto dos elementos
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”.
Projeto as built: documento técnico que registra, descreve e retrata a edificação exatamente como
foi (e está) construída, considerando as alterações porventura realizadas com relação ao seu projeto
executivo.
Serviço de Engenharia: toda atividade, cuja execução seja de competência restrita aos profissionais
de engenharia.
Na Engenharia, costuma-se denominar como estimativa de custos os preços definidos por meio de
orçamentos expeditos e preliminares (ou paramétricos), por possuírem menores precisões e maiores
margens de erros. No entanto, os orçamentos detalhados também se constituem em estimativas de
custos e preços, pois também possuem margens de erros, embora menores do que as dos
orçamentos expeditos e preliminares.
Tabela 5.1 - Precisões e Margens de Erros dos Diversos Tipos de Orçamentos de Engenharia
Margem de Erro
Tipo de Orçamento Precisão
(para mais ou para menos)
Expedito
(com base na unidade de 75% a 80% 20% a 25%
construção)
Preliminar / Paramétrico
80% a 85% 15% a 20%
(com base no anteprojeto)
Detalhado
90% 10%
(com base no projeto básico)
Detalhado
95% 5%
(com base no projeto executivo)
Notas:
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