Apostila de Matemática EUREKA - Edição Especial 2007
Apostila de Matemática EUREKA - Edição Especial 2007
Apostila de Matemática EUREKA - Edição Especial 2007
Apoio:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Instituto do Milênio - Avanço Global e Integrado da Matemática Brasileira
Academia Brasileira de Ciências
Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT
Ministério da Educação - MEC
Editor Responsável
Paulo Cezar Pinto Carvalho
Tiragem Postagem
4000 exemplares Primeiro Semestre de 2007
ÍNDICE
Paridade 15
Quadriláteros e triângulos 29
Os números irracionais 38
Caros Leitores
Este número da revista Eureka! foi especialmente preparado para uso no estágio
dos alunos contemplados com bolsas de Iniciação Científica na Olimpíada Bra-
sileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
Os Editores
♦ Nível Iniciante.
Temas muito inocentes de aritmética básica, como contas de multiplicar,
podem gerar resultados bastante interessantes e surprendentes, como ao
multiplicar o número 142857 por 2, 3, 4, 5, 6 e 7:
142857 × 2 = 285714
142857 × 3 = 428571
142857 × 4 = 571428
142857 × 5 = 714285
142857 × 6 = 857142
Por que razão acontece essa repetição dos dígitos de 142857 ao multipli-
cá-lo por 2, 3, 4, 5 e 6, sempre com a mesma ordem circular? Será mera
coincidência? Será possível obter outros exemplos desse tipo?
A resposta tem a ver com o resultado de 142857 × 7, que é 999999. Isso
quer dizer que o período da representação decimal de 1/7 é exatamente
142857. Vamos examinar com cuidado a conta de divisão de 1 por 7:
10 7
30 0,142857
20
60
40
50
1
1 =0×7+1
10 =1×7+3
30 =4×7+2
20 =2×7+6
60 =8×7+4
40 =5×7+5
50 = 7 × 7 + 1. Daí temos:
10 – 7 × 1 = 3, e portanto 100-7 × 10 = 30, e como 30 – 7 × 4 = 2 temos:
100 – 7 (10 + 4) = 2, e analogamente obtemos:
1000 – 7 (100 + 40 + 2) = 6
10000 – 7 (1000 + 400 + 20 +8) = 4
100000 – 7 (10000 + 4000 + 200 + 80 + 5) = 5
1000000 – 7 (100000 + 40000 + 2000 + 800 + 50 + 7 ) = 1
Observe que, para que isso aconteça, n deve ser um número primo, pois
se n = p × b, com b maior que 1 e p um número primo diferente de 2 e
5, então p nunca aparecerá como resto na divisão de 1 por n, pois em ge-
ral um fator primo comum de n e de um resto que aparece na divisão de
1 por n só pode ser 2 ou 5 ( de fato, um resto que aparece na divisão de
EUREKA! Edição Especial, 2007
6
Sociedade Brasileira de Matemática
Referências:
[L] Lima, Elon L., Meu Professor de Matemática e outras histórias, pp. 158-170 –
SBM, 1991.
[T] Tahan, Malba, O homen que calculava, Ed. Record.
[V] Voloch, José Felipe, Raizes Primitivas e a Conjectura de Artin, Revista Matemática
Universitária Nº9/10, dezembro de 1989, pp. 153-158.
INTRODUÇÃO
CIRCUITOS EULERIANOS
1
A rigor, neste caso temos um multi-grafo, já que certos pares de vértices são ligados
por mais de um arco.
CIRCUITOS HAMILTONIANOS
O leitor poderá estar pensando assim: mas será que esta história de
algoritmos eficientes tem relevância, numa era de computadores cada vez
mais velozes? Afinal de contas, existe um algoritmo extremamente
simples para verificar se um grafo possui um circuito hamiltoniano. Se
existir um tal circuito, ele corresponderá a uma permutação (circular) dos
vértices com a propriedade de que vértices consecutivos sejam ligados
por um arco do grafo. Ora, para verificar a existência de circuito
hamiltoniano basta gerar todas as permutações circulares dos vértices e
testar se uma delas corresponde a um percurso no grafo.
É claro que este algoritmo funciona para grafos de tamanho
moderado (ele poderia ser o recurso usado pelo nosso vendedor: como
são apenas 9 cidades, ele teria que testar “apenas” 8! = 40.320 caminhos,
o que seria feito com rapidez em um computador). Mas o que ocorre
com grafos maiores? Vejamos, por exemplo, uma situação em que o
número de cidades cresce para 50 (o que representaria um tamanho ainda
bastante razoável para uma situação real). Neste caso, o computador
deveria examinar 49! circuitos potenciais. Tentemos estimar a magnitude
deste número. A forma mais simples é usar a fórmula de Stirling, que
n
⎛n⎞
fornece a estimativa n! ≈ 2πn ⎜ ⎟ . Mas, neste caso, podemos usar
⎝e⎠
estimativas mais elementares. Por exemplo, podemos usar apenas
potências de 2. Temos:
Suponhamos que você seja cliente de um banco. Para ter acesso aos
serviços, você usa o número de sua conta (que é público) e uma senha,
que em princípio deve ser conhecida apenas por você. O procedimento
mais simples seria ter a sua senha armazenada no sistema do banco. Mas
aí você correria o risco de que ela fosse descoberta, por exemplo, por um
funcionário desonesto. Em lugar disto, o sistema do banco armazena
uma versão codificada da senha, que não precisa ficar em segredo. Esta
codificação deve ser feita de tal forma que seja simples verificar se sua
senha está correta (para que você seja autorizado a retirar dinheiro do
EUREKA! Edição Especial, 2007
13
Sociedade Brasileira de Matemática
PARIDADE
Eduardo Wagner
♦ Nível Iniciante.
PROBLEMA 1
Em um quartel existem 100 soldados e, todas as noites, três deles são
escolhidos para trabalhar de sentinela. É possível que após certo
tempo um dos soldados tenha trabalhado com cada um dos outros
exatamente uma vez?
RESPOSTA : Não.
Escolha um soldado. Em cada noite em que trabalha, ele está em
companhia de dois outros. Como 99 é um número ímpar, não
podemos formar pares de soldados sempre diferentes para trabalhar
com o escolhido.
PROBLEMA 2
Um jogo consiste de 9 botões luminosos (de cor verde ou vermelha)
dispostos da seguinte forma:
1 2 3
4 5 6
7 8 9
Exemplos:
Apertando 1, trocam de cor 1, 2, 4 e 5.
Apertando 2, trocam de cor 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Apertando 5, trocam de cor 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 e 9.
PROBLEMA 3
Escrevemos abaixo os números naturais de 1 a 10.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10.
Antes de cada um deles, coloque sinais “+” ou “–” de forma que a soma
de todos seja zero.
Teríamos então uma soma igual a zero. Acontece que a soma dos
números naturais de 1 a 10 é igual a 55. Como este número é ímpar, não
podemos separar os números dados em dois grupos que tenham a mesma
soma.
Como o leitor deve estar percebendo, os argumentos utilizados
permitiram concluir que as respostas dos três problemas propostos foram
iguais: “não é possível fazer tal coisa”. Na maioria das vezes, um
argumento de paridade serve exatamente para isto. Mostrar que um
determinado fato não pode ocorrer e isto não é desanimador, muito pelo
contrário. Serve para nos convencer que não adianta ficar gastando tempo
demais fazendo tentativas inúteis. As experiências são valiosas
no sentido de nos abrir os olhos para a possibilidade do problema
não ter solução e, a partir daí, buscar um argumento que resolva
definitivamente a questão.
PROBLEMA 3A:
Escrevemos abaixo os números naturais de 1 a 11.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Antes de cada um deles, coloque sinais “+” ou “–” de forma que a soma
de todos seja zero.
SOLUÇÃO:
A soma dos números naturais de 1 a 11 é 66. Como podemos separá-los
em dois grupos de soma 33? Começando pelos maiores observe que 11 +
10 + 9 = 30. Logo, 11 + 10 + 9 + 3 = 33. O problema 3A tem como uma
solução possível:
+1 + 2 – 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 – 9 – 10 – 11 = 0
EUREKA! Edição Especial, 2007
17
Sociedade Brasileira de Matemática
Você pode propor aos seus amigos os problemas 3 ou 3A com uma lista
grande de números naturais consecutivos. O problema terá ou não
solução caso a soma desses números seja par ou ímpar, respectivamente.
Entretanto, é possível encontrar o resultado desta soma rapidamente, sem
precisar somar todas as parcelas. A soma de todos os naturais de 1 até n é
(1 + n) n
igual a . Por exemplo, a soma de todos os naturais de 1 até 10 é
2
(1 + 10)10 11 ⋅ 10
= = 55 . Procure demonstrar este fato e, se não conseguir,
2 2
pergunte ao seu professor ou escreva para a EUREKA!
PROBLEMA 4
Mostre que se a, b e c são inteiros ímpares, a equação ax 2 + bx + c = 0
não tem raiz racional.
Comentários:
Solução do problema 4
p
Imaginemos que o número racional seja raiz da equação
q
ax 2 + bx + c = 0 onde a, b e c são inteiros ímpares. Logo, fazendo a
substituição, devemos ter,
2
⎛ p⎞ ⎛ p⎞
a⎜⎜ ⎟⎟ + b⎜⎜ ⎟⎟ + c = 0
⎝q⎠ ⎝q⎠
p2 p
a 2 +b +c = 0
q q
ap 2 + bpq + cq 2 = 0
PROBLEMA 5
Um tabuleiro 6 × 6 está coberto com dominós 2 × 1. Mostre que existe
uma reta que separa as peças do tabuleiro sem cortar nenhum dominó.
SOLUÇÃO:
PROBLEMA 6
Os números naturais de 1 até 1998 são escritos em um imenso quadro
negro. Em seguida, um aluno apaga dois quaisquer colocando no lugar
sua diferença (não negativa). Depois de muitas operações, um único
número ficará escrito no quadro. É possível que esse número seja zero?
PROBLEMA 7
Em uma ilha plana existem 11 cidades numeradas de 1 a 11. Estradas
retas ligam 1 a 2, 2 a 3, 3 a 4, ..., 10 a 11 e 11 a 1. É possível que uma
reta corte todas as estradas?
♦ Nível Iniciante
Esta é a forma que os deuses jogam. Mas vós da Terra sois muito
desorganizados para poder escolher tantos números de forma tranqüila.
Portanto, eu vos ensinarei uma forma alternativa de jogar este jogo. Vós
vos arrumareis em um círculo. Uma pessoa será designada a contar.
Então vós gritareis a palavra mágica “Adedanha” e todos mostrarão as
mãos. Os resultados serão somados, e aquele que havia sido designado
fará o seguinte procedimento: Em primeiro lugar falará “Um”, e apontará
para o céu, para que nunca vos esqueçais de que foram os deuses que vos
ensinaram este jogo. Então apontará para si mesmo e falará “Dois”.
Depois apontará para o jogador à sua esquerda e falará “Três”, e depois
seguirá apontando para o jogador à esquerda deste e assim por diante,
sempre acrescentando um ao número que havia falado anteriormente, até
chegar à soma que havia sido calculada. O jogador que estiver sendo
apontado neste momento será o vencedor. Se a soma for 1, o jogador que
estiver à direita do que estiver contando será declarado vencedor. Se for
0, será o que estiver à direita deste.
- Tens toda a razão, sábio homem. Mas em verdade vos digo que
é tolice que um jogador exiba uma quantidade de dedos maior ou igual à
quantidade de jogadores. Com efeito, suponde que um jogador coloque
um número maior ou igual a n. Os primeiros n dedos só vão ter o efeito
de fazer com que a contagem dê uma volta completa no círculo, sem
alterar em nada quem será o vencedor. Portanto, ele pode subtrair n da
sua quantidade sem que isto altere o resultado. Se o número persistir
maior ou igual a n, basta voltar a subtrair, até que o número fique entre
0 e n – 1.
E foi assim que a lenda me foi contada pela minha avó, que ouviu
de sua avó, que ouviu de sua própria avó, e assim por diante, até o
princípio dos tempos.
21 + 5 = 2 ( + um múltiplo de 24 ) ,
21 + 5 = 2 (mod 24) .
2 + 2 = 1 (mod __ )
2 +__ = 0 (mod 17)
26 = 3 (mod __ )
3 × 3 = 1 (mod 4)
1 = – 1 (mod 2)
2 × 2 × 2 × 2 = 1 (mod 5)
3 × 3 × 3 × 3 = 1 (mod 5)
QUADRILÁTEROS E TRIÂNGULOS
Marcelo Mendes
♦ Nível Intermediário
QUADRILÁTEROS INSCRITÍVEIS
A B
A B
TEOREMA DE PTOLOMEU
AB × CD + AD × BC = AC × BD.
A
d D
a
c
E
B b C
1 1 1
= + .
AB AC AD
Aplicando o Teorema de Ptolomeu no quadrilátero inscritível
ACDE, onde CD = DE = a = AB, AC = CE = b e AD = AE = c, temos bc
= ac + ab. Dividindo essa última equação por abc, segue o resultado.
A
Y
N
H O
B X M C
PROBLEMAS
2. Prove que um trapézio é inscritível se, e somente se, ele for isósceles (lados
não paralelos iguais).
1 1 1
8. Seja A1A2…An um polígono regular de n lados. Se = + ,
A1 A2 A1 A3 A1 A4
calcule n.
♦ Nível Intermediário
variando de 1 até n:
23 − 13 = 3 × 12 + 3 × 1 + 1
33 − 23 = 3 × 22 + 3 × 2 + 1
.........................................
(n + 1)3 − n3 = 3n 2 + 3n + 1
e somar termo a termo estas n igualdades, obtendo:
(n + 1)3 − 13 = 3Sn( 2) + 3Sn(1) + n
n(n + 1)
onde S n(1) = 1 + 2 + +n = , como é bem conhecido (ver [1]).
2
Substituindo este valor e fazendo as contas, chega-se a :
n(n + 1)(2n + 1)
S n( 2) = 12 + 22 + + n 2 =
6
Esta dedução é bastante eficiente e rápida, mas, quando apresentada pela
primeira vez a um estudante, costuma deixar aquela sensação de “coelho
tirado da cartola”, devido ao aparecimento súbito de uma identidade cuja
motivação não se sabe de onde veio. Este tipo de sensação desperta
admiração em uns, mas em outros inspira uma frustração, proveniente da
reflexão: “eu nunca vou conseguir bolar um artifício destes!”. Coloca-se,
portanto, a questão: há algum problema onde a soma dos quadrados
apareça naturalmente? E, para este problema, há alguma outra maneira de
resolvê-lo, por meio da qual possamos deduzir a fórmula da soma dos
quadrados?
T1 = 1 T2 = 1 + 2 = 3 T3 = 1 + 2 + 3 = 6 T4 = 1 + 2 + 3 + 4 = 10
Deste modo: Cn2 = Tn −1 , para n > 1 .
Além dos números triangulares, os pitagóricos consideravam também os
números quadrados Q1 = 12 = 1 , Q2 = 22 = 4 , etc., que podem ser
visualizados como quadrados (daí seu nome).
22 = 1 + 3 32 = 3 + 6 42 = 6 + 10
Q1 = T1
Q2 = T1 + T2
Q3 = T2 + T3
...................
Qn = Tn −1 + Tn
Referências Bibliográficas:
[1] Carneiro, J.P., Contar duas vezes para generalizar, Eureka!, nº6, pp.15-17, 1999.
[2] Eves, H., Introdução à História da Matemática, Editora da UNICAMP, 1995
[3] Valadares, E.C., e Wagner, E., Usando geometria para somar, Revista do Professor
de Matemática, nº39, pp.1-8, 1999.
OS NÚMEROS IRRACIONAIS
Hermano Frid
Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA
♦ Nível Intermediário.
x 2 − x02 = ( x + x0 )( x − x 0 ) ≅ 2 x 0 ( x − x0 ),
1,4142135623730950488016887242097.
EUREKA! Edição Especial, 2007
41
Sociedade Brasileira de Matemática
Horrível, não é? Você obterá uma expressão ainda maior se sua máquina
puder exibir mais dígitos. Repare como nossas aproximações x1 , x 2 e x3
estão cada vez mais próximas desse número!
17 7
1 4 2, 4 2 8 5 7 1 4 2 8 5 7 1…
30
28
20
14
60
56
40
35
50
49
10
7
3 0
l3 = 2 − 2 ,
l4 = 2 − 2 + 2 ,
l5 = 2 − 2 + 2 + 2 ,
l6 = 2 − 2 + 2 + 2 + 2 ,
l7 = 2− 2+ 2+ 2+ 2+ 2 ,
l8 = 2− 2+ 2+ 2+ 2+ 2+ 2 ,
π~
− 3.14151380114430107632851505945682
o que fornece uma aproximação com erro menor que 0, 0001 já que é
sabido que
Considerações finais: Exceto pelas duas últimas seções, o texto acima foi elaborado a
partir de um “pedido” de minha filha, Marina, atualmente na 8a. série do primeiro grau,
urgida por um trabalho de casa em grupo passado por sua professora. O referido
trabalho, felizmente, resultou bastante diferente do que foi exposto acima, que acabou
servindo apenas como uma entre várias referências usadas pelo grupo. No entanto, as 7
primeiras seções foram bem compreendidas por ela e seu grupo; as duas últimas foram
escritas depois que o prazo para a entrega do trabalho havia esgotado e, portanto, não
chegaram a ser “testadas”. Para concluir gostaria de deixar aqui meus agradecimentos
ao estimado professor e colega Elon Lages Lima pelas sugestões sobre uma versão
preliminar destas notas.
EXERCÍCIOS:
PROBLEMAS – NÍVEL 1
1. Sabendo-se que 9 174 532 × 13 = 119 268 916 , pode-se concluir que é
divisível por 13 o número:
A) 119 268 903 B) 119 268 907 C) 119 268 911
D) 119 268 913 E) 119 268 923
E E E E E
A) B) C) D) E)
75° 65°
A) B) C)
D) E)
A) 7 B) 8 C) 9 D) 10 E) 12
18. As 10 cadeiras de uma mesa circular foram numeradas com números
consecutivos de dois algarismos, entre os quais há dois que são qua-
drados perfeitos. Carlos sentou-se na cadeira com o maior número e
Janaína, sua namorada, sentou-se na cadeira com o menor número.
Qual é a soma dos números dessas duas cadeiras?
A) 29 B) 36 C) 37 D) 41 E) 64
PROBLEMAS – NÍVEL 2
1. Uma loja de sabonetes realiza uma promoção com o anúncio
"Compre um e leve outro pela metade do preço”. Outra promoção
que a loja poderia fazer oferecendo o mesmo desconto percentual é
A) "Leve dois e pague um” B) "Leve três e pague um”
C) "Leve três e pague dois” D) "Leve quatro e pague três”
E) "Leve cinco e pague quatro”
6. Platina é um metal muito raro, mais raro até do que ouro. Sua
densidade é 21,45 g/cm3. Suponha que a produção mundial de
platina foi de cerca de 110 toneladas em cada um dos últimos 50
anos e desprezível antes disso. Assinale a alternativa com o
objeto cujo volume é mais próximo do volume de platina produzido
no mundo em toda a história.
A) uma caixa de sapatos B) uma piscina
C) um edifício de dez andares D) o monte Pascoal E) a Lua
20 cm
b
a
A) 1 B) 2 C) 1 D) 3 E) 2
2 3 2
α
P N R Q
A)3α – 180 o
B)180 – 2α
o
C) 180 – α
o
D) 90o – α /2 E) α
x + 12 y − x − 12 y = 1 .
A) 18 B) 19 C) 20 D) 21 E)22
PROBLEMAS – NÍVEL 3
1. Veja o problema No. 17 do Nível 2.
2. Os pontos L, M e N são pontos médios de arestas do cubo, como mos-
tra a figura. Quanto mede o ângulo LMN?
L
o o
A) 90 B) 105 C) 120o D) 135o E) 150o
A) 1 + 6 2 B) 4 + 2 2 C) 6 D) 8 + 6 2 E) 12 + 12 2
2
21. Sejam A = 10(log10 2005) , B = 20053 e C = 2 2005
. Então:
A) A < B < C B) A < C < B
C) B < A < C D) B < C < A E) C < A < B
GABARITO
NÍVEL 1 (5a. e 6a. séries)
1) A 6) B 11) A 16) B
2) E 7) E 12) C 17) D
3) A 8) A 13) B 18) D
4) E 9) D 14) B 19) C
5) B 10) E 15) B 20) C
NÍVEL 2 (7a. e 8a. séries)
1) D 6) B 11) D 16) C 21) Anulada
2) B 7) B 12) A 17) D 22) Anulada
3) E 8) D 13) B 18) Anulada 23) C
4) E 9) A 14) B 19) C 24) B
5) D 10) B 15) B 20) C 25) B
NÍVEL 3 (Ensino Médio)
1) D 6) C 11) C 16) D 21) C
2) C 7) B 12) C 17) C 22) Anulada
3) Anulada 8) D 13) B 18) A 23) B
4) B 9) B 14) C 19) B 24) Anulada
5) B 10) A 15) D 20) B 25) C
2 3
4 5 6
7 8 9 10
05. Lara tem cubos iguais e quer pintá-los de maneiras diferentes, utili-
zando as cores laranja ou azul para colorir cada uma de suas faces.
Para que dois cubos não se confundam, não deve ser possível girar um
deles de forma que fique idêntico ao outro. Por exemplo, há uma única
maneira de pintar o cubo com uma face laranja e cinco azuis.
Quantos cubos pintados de modos diferentes ela consegue obter?
I J M N
G
D
C
A
B
E
L K P O
F
Os quadrados ABCD e EFGH têm lados respectivamente iguais a 3 cm e
9 cm. Calcule as áreas dos quadrados IJKL e MNOP.
PROBLEMA 2
Considere três números inteiros positivos consecutivos de três algarismos
tais que o menor é múltiplo de 7, o seguinte é múltiplo de 9 e o maior é
múltiplo de 11. Escreva todas as seqüências de números que satisfazem
essas propriedades.
PROBLEMA 3
Cada peça de um jogo de dominó possui duas casas numeradas.
Considere as 6 peças formadas apenas pelos números 1, 2 e 3.
(a) De quantos modos é possível colocar todas estas peças alinhadas em
seqüência, de modo que o número da casa da direita de cada peça seja
igual ao número da casa da esquerda da peça imediatamente à direita?
A seguir, mostramos dois exemplos:
(b) Explique por que não é possível fazer o mesmo com todas as
10 peças formadas apenas pelos números 1, 2, 3 e 4.
250
200 210
PROBLEMA 2
O canto de um quadrado de cartolina foi cortado com uma tesoura. A
soma dos comprimentos dos catetos do triângulo recortado é igual ao
EUREKA! Edição Especial, 2007
65
Sociedade Brasileira de Matemática
27°
β
PROBLEMA 3
(a) Fatore a expressão x 2 − 9 xy + 8 y 2 .
(b) Determine todos os pares de inteiros (x; y) tais que
9 xy − x 2 − 8 y 2 = 2005 .
PROBLEMA 4
Veja o problema No. 3 do Nível 1 Parte B.
P
B E
C D
PROBLEMA 2
Um prisma é reto e tem como base um triângulo equilátero. Um plano
corta o prisma mas não corta nenhuma de suas bases, determinando uma
secção triangular de lados a, b e c. Calcule o lado da base do prisma em
função de a, b e c.
PROBLEMA 3
No campeonato tumboliano de futebol, cada vitória vale três pontos,
cada empate vale um ponto e cada derrota vale zero ponto. Um resultado
é uma vitória, empate ou derrota. Sabe-se que o Flameiras não sofreu
nenhuma derrota e tem 20 pontos, mas não se sabe quantas partidas
esse time jogou. Quantas seqüências ordenadas de resultados o
Flameiras pode ter obtido? Representando vitória por V, empate por E e
derrota por D, duas possibilidades, por exemplo, são (V, E, E, V, E, V, V,
V, E, E) e (E, V, V, V, V, V, E, V).
PROBLEMA 4
Determine o menor valor possível do maior termo de uma progressão
aritmética com todos os seus sete termos a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7 primos
positivos distintos.
1+ a
02. Como 2 é a média aritmética de 1 e a, podemos escrever =2,
2
1+ 2 + 3
logo 1+ a = 4 ⇔ a = 3; portanto, b= = 2;
3
1+ 3 + 2 + 2 1+ 3 + 2 + 2 + 2
c= = 2; d = = 2 . Esses exemplos
4 5
sugerem que todos os termos, a partir do terceiro, são iguais a 2. De
fato, quando introduzimos em uma seqüência um termo igual à média
de todos os termos da seqüência, a média da nova seqüência
é a mesma que a da seqüência anterior. Assim, o último
termo da seqüência dada é 2.
03. Natasha pulou os números 13, 31, 113, 130,131, 132, ..., 139, num
total de 13 números. Portanto, na última página do seu diário
escreveu o número 200 + 13 +1 = 214.
EUREKA! Edição Especial, 2007
68
Sociedade Brasileira de Matemática
04. Olhando para o último número da fila n, vemos que ele é a soma de
todos os números de 1 a n: por exemplo, na fila 4, o último número
da fila é 1 + 2 + 3 + 4 = 10. Note que para obter a quantidade de
números até uma certa fila, basta somar o número da fila ao total de
números que havia antes dessa fila. Assim, temos, fila 5 : 15, fila 6:
21, fila 7: 28, fila 8: 36, fila 9: 45, fila 10: 55, fila 11: 66, fila 12: 78,
fila 13: 91, fila 14: 105
O número de fitas adesivas horizontais entre uma fila n – 1 e uma fila
n é igual a n – 1 e o número de fitas adesivas verticais numa fila n é
igual n – 1. Portanto, até a fila número 14, o número de fitas é
13 ⋅ 14
(1 + 2 + + 13) + (1 + 2 + + 13) = 2 ⋅ = 182.
2
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 2:
Seja n = abc múltiplo de 11; então n – 1 deve ser múltiplo de 9 e n – 2
deve ser múltiplo de 7.
Seja c ≠ 0 :
Como abc é múltiplo de 11, podemos ter
a − b + c = 0 ou a − b + c = 11 . Como abc – 1 é múltiplo de 9,
podemos ter a + b + c − 1 = 9 ou a + b + c − 1 = 18 . No caso de
a + b + c − 1 = 0 , teríamos n − 1 = 99 ⇔ n = 100 , que não é
múltiplo de 11. Assim, simultaneamente, somente podemos
a + b + c = 10 2b = 10 b=5
ter (i ) ⇔ ⇔ ou
a+c=b a+c=b a+c=5
a + b + c = 19 2b + 11 = 19 b=4
(ii ) ⇔ ⇔
a + c = b + 11 a + c = b + 11 a + c = 15
EUREKA! Edição Especial, 2007
70
Sociedade Brasileira de Matemática
Seja c = 0:
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 3:
1a maneira:
2a maneira:
As pontas devem ter o mesmo número, pois eles aparecem um
número par de vezes (se aparecer um número numa ponta e outro na
outra, então há pelo menos dois números que aparecem um número
ímpar de vezes, o que não ocorre). Alguma peça com dois números
iguais deve aparecer em uma das pontas, pois do contrário teríamos três
das quatro peças centrais com duas iguais, vizinhas, o que é impossível).
Sendo assim, a seqüência pode ser representada por
XX-XY-YY-YZ-ZZ-ZX, onde para X temos três possibilidades, para
Y temos duas possibilidade e para Z, uma possibilidade, num total de
3.2.1 = 6 possibilidades para a seqüência que começa com uma dupla. Se
a seqüência terminar com uma dupla, teremos novamente
6 possibilidades. Portanto, há 12 modos de colocar as seis
peças em seqüência.
Problema 01 02 03 04 05
Resposta 214 ------- 182 240 1735
01. Natasha pulou os números 13, 31, 113, 130,131, 132, ..., 139, num
total de 13 números. Portanto, na última página do seu diário
escreveu o número 200 + 13 +1 = 214.
03. Olhando para o último número da fila n, vemos que ele é a soma de
todos os números de 1 a n: por exemplo, na fila 4, o último número
da fila é 1 + 2 + 3 + 4 = 10. Note que para obter a quantidade de
números até uma certa fila, basta somar o número da fila ao total de
números que havia antes dessa fila. Assim, temos, fila 5 : 15, fila 6:
21, fila 7: 28, fila 8: 36, fila 9: 45, fila 10: 55, fila 11: 66, fila 12: 78,
fila 13: 91, fila 14: 105
O número de fitas adesivas horizontais entre uma fila n – 1 e uma fila
n é igual a n – 1 e o número de fitas adesivas verticais numa fila n é
igual n – 1. Portanto, até a fila número 14, o número de fitas é
13 ⋅ 14
(1 + 2 + + 13) + (1 + 2 + + 13) = 2 ⋅ = 182.
2
b
a s
s
s
s
d
c
M B
A
O N
Q
D P C
0,5 A + 0,8 L 3L
= 0,62 ⇒ 0,12 A = 0,18 L ⇒ A =
A+ L 2
0,7G + 0,8 L 3L
= 0,74 ⇒ 0,04G = 0,06 L ⇒ G =
G+L 2
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 2:
Vamos denotar por A, B, C e D os vértices do quadrado e por MN o corte
efetuado. Como CM + CN = BC = CD, resulta que BM = CN e DN = MC.
Em conseqüência, os triângulos ADN e DCM são congruentes, o mesmo
ocorrendo com ABM e BCN (em cada caso, os triângulos são retângulos e
possuem catetos iguais). Logo, DÂN = CDM = α e BÂM = CBN = β. As-
sim, α + β + 27o = 90o e α + β = 63o.
A B
27o
β
M
α
D N C
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 3:
a) x2 – 9xy + 8y2 = x2 – xy – 8xy + 8y2 = x(x – y) – 8y (x – y) =
(x – 8y)(x – y).
Alternativamente, as raízes da equação do 2o grau x2 – 9xy + 8y2, de in-
cógnita x, são y e 8y. Logo, x2 – 9xy + 8y2 fatora em (x – 8y)(x – y).
b) A equação a ser resolvida é (x – y)(8y – x) = 2005 (*)
Observemos que a fatoração em primos de 2005 é 5 ⋅ 401.
Além disso, a soma dos fatores x – y e 8y – x é 7y, que é múltiplo de 7.
A soma dos fatores é ± 406, sendo que somente ± 406 é múltiplo de 7.
Assim,
x − y = 5 e 8 y − x = 401 x = 63 e y = 58
ou ou
x − y = 401 e 8 y − x = 5 x = 459 e y = 58
(*) ou ⇔ ou
x − y = −5 e 8 y − x = −401 x = −63 e y = −58
ou ou
x − y = −401 e 8 y − x = −5 x = −459 e y = −58
As soluções são, portanto, (63; 58), (459;58), (–63; –58) e (–459; –58).
OUTRA SOLUÇÃO:
Observando a equação dada como uma equação do segundo grau em x,
obtemos
x2 – 9yx + 8y2 + 2005 = 0 (*),
cujo discriminante é
Δ = (9y)2 – 4(8y2 + 2005) = 49y2 – 8020
Para que (*) admita soluções inteiras, seu discriminante deve ser um
quadrado perfeito; portanto
49y2 – 8020 = m2 ⇔ (7y – m)(7y + m) = 8020 = 22 ⋅ 5 ⋅ 401 (**)
Logo as soluções são (63 ; 58), (459 ; 58), (– 63 ; – 58) e (– 459 ; – 58).
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 4:
Veja a solução do problema No. 3 do Nível 1 parte B
Soluções Nível 3 – Segunda Fase – Parte A
Problema 01 02 03 04 05
Resposta 12 1735 240 2011 2
SEGUNDA SOLUÇÃO:
As condições do problema equivalem a dizer que
2a − 5 = 2(a + 1) − 7 = 2(a + 2) − 9 = 2(a + 3) − 11 é múltiplo de 5, 7, 9 e 11,
donde é múltiplo de 5 ⋅ 7 ⋅ 9 ⋅ 11 = 3465. Assim, o menor valor de a é tal que
2a − 5 = 3465 , ou seja, a = 1735.
O N
Q
D P C
x − y = 5 e 8 y − x = 401 x = 63 e y = 58
ou ou
x − y = 401 e 8 y − x = 5 x = 459 e y = 58
(*) ou ⇔ ou
x − y = −5 e 8 y − x = −401 x = −63 e y = −58
ou ou
x − y = −401 e 8 y − x = −5 x = −459 e y = −58
As soluções são, portanto, (63; 58), (459;58), (–63; –58) e (–459; –58).
OUTRA SOLUÇÃO:
Observando a equação dada como uma equação do segundo grau em x,
obtemos
cujo discriminante é
Δ = (9y)2 – 4(8y2 + 2005) = 49y2 – 8020
Para que (*) admita soluções inteiras, seu discriminante deve ser um
quadrado perfeito; portanto
49y2 – 8020 = m2 ⇔ (7y – m)(7y + m) = 8020 = 22 ⋅ 5 ⋅ 401 (**)
9 y + m 9 ⋅ 58 + 396
Se y = 58, as soluções em x de (*) são = = 459 e
2 2
9 y − m 9 ⋅ 58 − 396
= = 63 .
2 2
9 y + m 9 ⋅ (−58) + 396
Se y = –58, as soluções em x de (*) são = = −63
2 2
9 y − m 9 ⋅ (−58) − 396
e = = −459 .
2 2
Logo as soluções são (63 ; 58), (459 ; 58), (– 63 ; – 58) e (– 459 ; – 58).
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 2:
b2 − 2
b a a2 − 2
( ) (b )( a )=a
2
2
+ b2 − 2
− a2 − 2
= c2 ⇔ 2 2
− 2 2
− 2 2
+ b2 − c2 − 2
⇔
4( b2a2 − b2 2 − a2 2 + 4
)= 4
+ a4 + b4 + c4 − 2a2 2 − 2b2 2 + 2c2 2 + 2a2b2 − 2a2c2 − 2b2c2 ⇔
3 4
− 2 ( a2 + b2 + c2 ) 2
− (a 4 + b 4 + c 4 − 2a 2 b 2 − 2a 2 c 2 − 2b 2 c 2 ) = 0
O discriminante da equação do segundo grau acima, em 2
,é
Δ = ⎣⎡ −2( a 2 + b 2 + c 2 ) ⎤⎦ + 4 ⋅ 3 ⋅ ( a 4 + b 4 + c 4 − 2a 2b 2 − 2a 2 c 2 − 2b 2 c 2 ) =
2
16(a 4 + b 4 + c 4 − a 2b 2 − a 2 c 2 − b 2 c 2 ).
2(a 2 + b 2 + c 2 ) ± 16( a 4 + b 4 + c 4 − a 2b 2 − a 2 c 2 − b 2 c 2 )
Logo 2
= ⇔
2⋅3
(a 2 + b 2 + c 2 ) ± 2 a 4 + b 4 + c 4 − a 2b 2 − a 2 c 2 − b2 c 2
2
=
3
(a 2 + b 2 + c 2 ) − 2 a 4 + b 4 + c 4 − a 2b 2 − a 2 c 2 − b 2 c 2
= .
3
3
Observação: Outra maneira de obter as equações é trabalhar em R ,
supondo, sem perda de generalidade, que C = (0, 0, 0), A = ( ,0, h) e
⎛ 3 ⎞
B = ⎜⎜ , , z ⎟⎟ , com h, z ≥ 0 . Obteríamos, então, as equações
⎝2 2 ⎠
2
+ h2 = a 2 , 2
+ z 2 = b2 e 2
+ ( z − h) 2 = c 2 , que nos leva à mesma equação
da solução acima.
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 3:
Primeira Solução:
Seja an o número de ordenadas de resultados (sem derrotas), cujo total de
pontos seja n. A pergunta do problema é: quanto vale a20?
Para responder a tal pergunta, iremos determinar uma relação recursiva
entre os termos dessa seqüência. Pensando no último resultado de uma
ordenada de resultados totalizando n pontos, ele pode ser E ou V. Se for
E, então retirando o último termo da ordenada, ela passa a totalizar n – 1
pontos. Se for V, então ao retiramos o último resultado, a ordenada passa
a totalizar n – 3 pontos. Disto, concluímos que:
an = an – 1 + an – 3.
Calculando os valores da seqüência, temos: a1 = 1, a2 = 1, a3 = 2, a4 = 3,
a5 = 4, a6 = 6, a7 = 9,
a8 = 13, a9 = 19, a10 = 28, a11 = 41, a12 = 60, a13 = 88, a14 = 129, a15 =
189, a16 = 277, a17 = 406, a18 = 595, a19 = 872 e a20 = 1278.
Logo existem 1278 possíveis seqüências ordenadas de resultados que o
Flameiras pode ter obtido.
Segunda Solução:
Sejam x e y o número de vitórias e empates do Flameiras,
respectivamente. Temos que: x ≥ 0,
y ≥ 0 e 3x + y = 20. Dividindo em 7 possíveis casos:
1º caso: x = 0 e y = 20: Temos exatamente uma seqüência ordenada de
resultados.
2º caso: x = 1 e y = 17: Uma seqüência ordenada deverá conter
exatamente um “V” e 17 “E”, portanto o número de seqüências
ordenadas é exatamente o número de anagramas da palavra:
“VEEEEEEEEEEEEEEEEE”, que é: (17 + 1)! / (17! ⋅ 1!) = 18.
3º caso: x = 2 e y = 14: Analogamente ao 2º caso, o número de
seqüências ordenadas é igual ao número de anagramas da palavra
“VVEEEEEEEEEEEEEE”, que é: (14 + 2)! / (14! ⋅ 2!) = 120.
4º caso: x = 3 e y = 11: (11 + 3)! / (11! ⋅ 3!) = 364 seqüências ordenadas.
5º caso: x = 4 e y = 8: (8 + 4)! / (8! ⋅ 4!) = 495 seqüências ordenadas.
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 4:
Seja p, p + d, p + 2d, p + 3d, p + 4d, p + 5d, p + 6d a progressão
aritmética, que podemos supor crescente sem perda de generalidade.
Então:
1) p ≠ 2.
De fato, se p = 2, p + 2d é par e maior do que 2 e, portanto, não é primo.
2) d é múltiplo de 2.
Caso contrário, como p é ímpar, p + d seria par e maior do que 2.
3) p ≠ 3
Senão, teríamos p + 3d múltiplo de 3, maior do que 3.
4) d é múltiplo de 3
Caso contrário, p + d ou p + 2d seria múltiplo de 3 e maior do que 3.
5) p ≠ 5
Senão teríamos p + 5d múltiplo de 5, maior do que 5.
6) d é múltiplo de 5.
Caso contrário, p + d , p + 2d, p + 3d ou p + 4d seria múltiplo de 5, maior
do que 5.
OLIMPÍADA DE MAYO
PROBLEMAS
Primeiro Nível
Problema 1
Um calendário digital exibe a data: dia, mês e ano, com 2 dígitos para o
dia, 2 dígitos para o mês e 2 dígitos para o ano. Por exemplo, 01-01-01 é
o primeiro dia de janeiro de 2001 e 25-05-23 é o dia 25 de maio de 2023.
Em frente ao calendário há um espelho. Os dígitos do calendário são os
mesmos da figura.
Se 0, 1, 2, 5 e 8 refletem-se, respectivamente, em 0, 1, 5, 2 e 8, e os
demais dígitos perdem o sentido ao se refletirem, determinar quantos dias
do século, ao se refletirem no espelho, também correspondem
a uma data.
Problema 2
Um retângulo de papel de 3 cm por 9 cm é dobrado ao longo de uma reta,
fazendo coincidir dois vértices opostos. Desse modo, forma-se um
pentágono. Calcular a sua área.
Problema 3
Há 20 pontos alinhados, separados por uma mesma distância:
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Problema 4
Com 150 cubinhos brancos de 1×1× 1 monta-se um prisma de
6 × 5 × 5 , pintam-se suas seis faces de azul e, a seguir,
desmonta-se o prisma. Lucrecia deve montar um novo prisma,
sem buracos, usando exclusivamente cubinhos que tenham
pelo menos uma face azul e de modo que as faces do prisma
de Lucrecia sejam todas completamente azuis. Dar as dimensões
do prisma de maior volume que Lucrecia pode montar.
Problema 5
Em algumas casas de um tabuleiro 10 × 10 coloca-se uma
ficha de maneira que valha a seguinte propriedade: para cada casa que
tenha uma ficha, a quantidade de fichas colocadas na
sua mesma linha deve ser maior ou igual à quantidade
de fichas colocadas na sua mesma coluna. Quantas
fichas pode haver no tabuleiro?
Dar todas as possibilidades.
Segundo Nível
Problema 1
a +1
Determinar todos os pares de números naturais a e b tais que e
b
b +1
são números naturais.
a
Problema 2
No quadro negro estão escritos vários números primos
(alguns repetidos). Mauro somou os números do quadro negro
e Fernando multiplicou os números do quadro negro.
EUREKA! Edição Especial, 2007
86
Sociedade Brasileira de Matemática
Problema 3
Escrever um número inteiro positivo em cada
casa, de modo que:
Problema 5
Com 28 pontos forma-se uma “grade ●
triangular” de lados iguais, como mostra a ● ●
gura. Uma operação consiste em escolher
três pontos que sejam os vértices de um ● ● ●
triângulo eqüilátero e retirar esses três ● ● ● ●
pontos da grade. Se após realizar várias ● ● ● ● ●
dessas operações resta somente um ponto, e ● ● ● ● ● ●
que posições este ponto pode ficar?
● ● ● ● ● ● ●
Dar todas as possibilidades e indicar,
em cada caso, as operações realizadas.
OLIMPÍADA DE MAYO
SOLUÇÕES
Primeiro Nível
Solução do Problema 1
Qualquer combinação de dígitos representa um ano, portanto se um dia
tem sentido, ao refletir-se corresponde a um ano. Os dias que se refletem
em anos são 14:
01, 02, 05, 08, 10, 11, 12, 15, 18, 20, 21, 22, 25, 28.
Por outro lado, também são 14 os anos que se refletem em dias
(os simétricos da lista anterior):
10, 50, 20, 80, 01, 11, 51, 21, 81, 05, 15, 55, 25, 85.
Os meses que se refletem em meses são 3: 01, 10 e 11.
No total há 14 ⋅ 3 ⋅14 = 588 datas que se refletem em datas.
Solução do Problema 2
Seja ABCDE o pentágono obtido ao dobrar o papel. A dobra CD é
perpendicular à diagonal AP do retângulo e o ponto de interseção de
ambas é o centro do retângulo.
Se BC = a e AC = b , então
DQ = BC = a e AD = PC =
AC =b, logo a + b = BP = 9
e, como o triângulo ABC é
retângulo em B, temos
32 + a 2 = b 2 , então
9 + a2 = b2 , 9 + a 2 = ( 9 − a ) ;
2
9 = 81 − 18a e temos
a = 4 e b = 5.
3⋅ 4
Logo, área ( ABC ) = área ( ADE ) = =6.
2
Como BC é paralelo a AD, a altura do triângulo ACD traçada de C é igual
a AB, logo
AD ⋅ AB 5 ⋅ 3 15
área ( ACD ) = = = .
2 2 2
Finalmente,
15 39
Área ( ABCDE ) = área ( ABC ) + área ( ACD ) + área ( ADE ) = 2 ⋅ 6 + = .
2 2
Solução do Problema 3
Solução I
Numeramos os pontos da esquerda para a direita, de 1 a 20. Se d for a
distância entre os pontos vermelhos consecutivos, o primeiro ponto
vermelho é menor ou igual a d (para que não se possa agregar um ponto
vermelho antes). Por outro lado, se o primeiro ponto vermelho for x,
também serão vermelhos x + d e x + 2d, de modo que 1 + 2d ≤ 20, e
teremos 1 ≤ d ≤ 9. Além disso, para as distâncias d menores ou iguais a 6
há d maneiras de escolher os pontos, o primeiro ponto tem que ser
menor ou igual a 20 – 2d, para que possamos marcar ao menos três pon-
tos; e há 20 – 2d escolhas para cada d entre 7 e 9. No total são:
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + (20 – 14) + (20 – 16) + (20 – 18) = 33 possibilidades.
Solução II
Com separação 1 há só 1 distribuição: pintar os 20 pontos de vermelho.
Com separação 2 há 2 distribuições: pintar os ímpares (1, 3, 5, ..., 19) ou
pintar os pares (2, 4, 6, ..., 20).
Com separação 3 há 3 distribuições: 1, 4, 7, 10, 13, 16, 19; 2, 5, 8, 11,
14, 17, 20 e 3, 6, 9, 12, 15, 18.
Com separação 4 há 4 distribuições: começando com 1, com 2, com 3 ou
com 4.
Com separação 5 há 5 distribuições: começando com 1, com 2, com 3,
com 4 ou com 5.
Com separação 6 há 6 distribuições: começando com 1, com 2, com 3,
com 4, com 5 ou com 6.
Com separação 7 há 6 distribuições: 1, 8, 15; 2, 9, 16; 3, 10, 17; 4, 11,
18; 5, 12, 19 e 6, 13, 20.
Com separação 8 há 4 distribuições: 1, 9, 17; 2, 10, 18; 3, 11, 19 e 4,
12, 20.
Com separação 9 há 2 distribuições: 1, 10, 19 e 2, 11, 20.
Solução do Problema 4
O prisma de 6 × 5 × 5 pintado de azul contém 4 ⋅ 3 ⋅ 3 = 36 cubinhos
completamente brancos, que são os que formam um prisma de 4 × 3 × 3
no centro do prisma inicial. Os restantes 150 – 36 = 114 cubinhos têm
pelo menos uma face azul. Os 8 cubinhos dos vértices têm exatamente 3
faces azuis (concorrentes); os cubinhos das arestas, exceto os 8 que
contêm os vértices, têm exatamente duas faces azuis (adjacentes). Desses
cubinhos, há 4 em cada aresta de comprimento 6 e 3 em cada aresta de
comprimento 5, de modo que o prisma inicial tem 4 ⋅ 4 + 8 ⋅ 3 = 40
cubinhos com 2 faces azuis.
Os restantes 114 – 8 – 40 = 66 cubinhos têm exatamente 1 face azul.
Não é possível que uma dimensão seja 1, porque para isso seriam
necessários cubinhos com 2 faces opostas azuis, o que não ocorre com
nenhum dos 114 disponíveis.
Vejamos que Lucrecia não pode usar em seu prisma os 114 cubinhos
disponíveis. Com efeito, como 114 = 2 ⋅ 3 ⋅19 , qualquer prisma que se
forme com todos os 114 cubinhos terá uma de suas dimensões igual a 19
ou um múltiplo de 19. Como conseqüência, haverá 4 arestas de
comprimento maior ou igual a 19. Essas 4 arestas requerem, cada uma,
pelo menos 17 cubinhos com dois lados adjacentes azuis, o que faz um
total de 17 ⋅ 4 = 68 desses cubinhos, número que excede os 40
disponíveis. Portanto, não é possível usar 114 cubinhos.
Se descartarmos somente um cubinho, restam 113, e como 113 é um
número primo, o único prisma que se forma com 113 cubinhos é de
1× 1× 113 , que não é possível. Logo, Lucrecia deve descartar pelo menos
2 cubinhos.
Vemos que com 112 = 24 ⋅ 7 cubinhos é possível montar um prisma azul
de 4 × 4 × 7 . Nos vértices temos os 8 cubinhos de 3 faces azuis
concorrentes. Nas 8 arestas de comprimento 4, colocamos 16 cubinhos
de 2 faces adjacentes azuis e, nas 4 arestas de comprimento 7, colocamos
20 desses cubinhos. Usam-se no total 36 cubinhos de duas faces azuis
(temos 40). Para completar o prisma só precisamos cuidar que todos os
cubinhos das faces tenham uma face azul à vista.
(Esse é o único prisma azul que se pode montar com 112 cubinhos).
Solução do Problema 5
Seja N a quantidade de fichas do tabuleiro. Demonstraremos que N pode
ser qualquer valor de 0 até 10 ⋅ 9 = 90 , além de 102 .
Em primeiro lugar, veremos que N pode ser qualquer valor inteiro nos
intervalos da forma [10k, 10 (k + 1)], 0 ≤ k ≤ 8.
Se N = 10k, colocamos fichas em todas as casas de k linhas.
Se N = 10k + p, 1 ≤ p ≤ 9 – k, também podemos escrever N como 9k + (k
+ p). Logo, podemos distribuir as fichas em um retângulo k × 9 completo
e (k + p) fichas em outra linha, da seguinte maneira:
♥ ♥ ♥ ... ♥ ... ♥
♥ ♥ ♥ ... ♥ ... ♥
♥ ♥ ♥ ... ♥ ... ♥
♥ ♥ ♥ ... ♥ ...
... ...
... ...
♥ ♥ ♥ ... ♥ ... ♥ ♥
♥ ♥ ♥ ... ♥ ... ♥
... ...
♥ ♥ ♥ ... ♥ ... ♥ ...
... ...
... ...
Em todos os casos, cada ficha tem na sua linha igual ou maior quantidade
de fichas do que na sua coluna.
EUREKA! Edição Especial, 2007
91
Sociedade Brasileira de Matemática
Segundo Nível
Solução do Problema 1
a +1 b +1
Como e são números naturais, devemos ter b ≤ a + 1 e
b a
a ≤ b + 1 . Então a ≤ b + 1 ≤ a + 2 .
Analisaremos as três possibilidades
b +1 = a , b +1 = a +1, b +1 = a + 2 .
Se b + 1 = a ,
a +1 b + 2 2
= = 1+ .
b b b
Esse número é inteiro se, e somente se, b = 1 ou b = 2. Os valores
correspondentes de a são, respectivamente, a = 2 ou a = 3.
Se b + 1 = a + 1 ,
a +1 a +1 1
= = 1+ .
b a a
Esse número é inteiro se, e somente se, a = 1, e então b = 1.
Se b + 1 = a + 2 ,
b +1 a + 2 2
= = 1+ .
a a a
Esse número é inteiro se, somente se, a = 1 ou a = 2, e os valores
correspondentes de b são, respectivamente, b = 2 e b = 3.
Os únicos pares possíveis são:
1 e 1, 1 e 2, 2 e 1, 2 e 3, 3 e 2.
Solução do Problema 2
Solução I
Como o produto dos primos é múltiplo de 40, entre os primos há pelo
menos três 2 e um 5 (pois 40 = 23 ⋅ 5 ). Além disso, esses não são os
únicos primos que há, pois 40 ( 2 + 2 + 2 + 5 ) > 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 5 . Seja q o maior
dos primos restantes; denotemos, por S a soma e P o produto dos primos
restantes, sem contar q nem os três 2 nem o 5. Então,
40 ( 2 + 2 + 2 + 5 + q + S ) = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 5 ⋅ q ⋅ P , ou seja,
11 + q + S = q ⋅ P (1)
Como o produto de um ou mais números maiores do que 1 é maior ou
igual à sua soma, temos que P ≥ S , conseqüentemente,
11 + q + S ≥ q ⋅ S .
Essa igualdade equivale a
12 ≥ q ⋅ S − q − S + 1 = ( q − 1)( S − 1) .
Portanto, q – 1 ≤ 12, e os valores possíveis de q são 13, 11, 7, 5, 3, 2.
Se q = 13, então a única possibilidade para S é S = 2. Nesse caso, os
novos primos são 2 e 13, logo q = 13 e P = 2 e, efetivamente,
11 + 13 + 2 = 13 ⋅ 2 .
Solução do Problema 3
A resposta é a dada pela figura ao lado ou suas 1
simetrias e rotações. O resultado é 85 5
85 + 2 ⋅ 85 + 4 ⋅ 2 + 3 ⋅ 4 + 5 ⋅ 3 + 5 = 295
Vamos justificar que este é o menor valor possí-
vel. Sejam a > b > c > d > e > f, os seis núme- 2 3
jk + 3 j + 4h + jh = 295 + 87 + i + 86k + 2 j + 6h + i + ih + jk + jh − t − tk
(usamos que −3t = −3 ( i + j + h + k + ) ).
Como 87 ≥ t e 86k ≥ tk, a expressão é maior do que 295.
Solução do Problema 4
Solução I
Os triângulos ACD e BCD têm área igual, pois os vértices A e B
pertencem a uma reta paralela ao lado comum CD. Conseqüentemente,
os triângulos ADO e BCO têm área igual e a área do triângulo OCD é
comum.
Chamemos S1 a área do triângulo AOB, S2 a área dos triângulos BOC e
ADO, e S3 a área do triângulo OCD.
Se h1 for a altura dos triângulos ADO e COD, traçada de D, temos:
1
AO ⋅ h1
S2 2 AO
= = .
S3 1 CO ⋅ h CO
1
2
Analogamente,
1
AO ⋅ h2
S1 2 AO
= = .
S2 1
CO ⋅ h2 CO
2
Portanto, S 22 = S1S3 . (1)
Como S1 + S2 = 150 e S 2 + S3 = 120 , temos S1 = 150 − S2 e S3 = 120 − S2 .
Substituindo esses valores em (1):
S 22 = (150 − S 2 )(120 − S 2 ) = 150 ⋅120 − 150 S 2 − 120 S 2 + S 22 ,
150 ⋅120 200
Obtemos S 2 = = .
270 3
Solução II
Os triângulos ACD e BCD têm área igual, pois os vértices A e B
pertencem a uma reta paralela ao lado comum CD. Então, área(BCD) =
120.
EUREKA! Edição Especial, 2007
97
Sociedade Brasileira de Matemática
h1 4
triângulo BCD, da relação anterior, obtemos que:
5 5 200
área(BOC) = área(BCD)= ⋅120 = .
9 9 3
Solução do Problema 5
Etiquetamos cada ponto com
um 0, um 1 ou um 2, como
0
na figura.
1 2
Afirmamos o seguinte: se
2 0 1
tomamos dois pontos da gra-
0 1 2 0
de com o mesmo número,
1 2 0 1 2
o ponto que forma com eles
2 0 1 2 0 1
um triângulo eqüilátero deve
0 1 2 0 1 2 0
ter o mesmo número.
Logo, vemos que a soma das etiquetas desses vértices é sempre um múl-
tiplo de 3.
Como a soma no início é 10 · 0 + 9 · 1 + 9 · 2 = 27 e, cada vez que se reti-
ram pontos que formam um triângulo eqüilátero, se retiram pontos cuja
soma é múltipla de 3, se resta no final um ponto, este deve ter um número
múltiplo de 3; quer dizer, somente pode restar o 0. Daí, as possíveis posi-
ções para o último ponto são os lugares etiquetados por 0.
Agora só nos falta dar um exemplo para cada uma das posições do 0. Pe-
la simetria da figura, somente precisamos dar exemplos para 4 posições.
Colocaremos letras iguais para os pontos de um mesmo triângulo eqüilá-
tero retirado e o símbolo * para o último ponto.
B *
B B A A
E F F B A C
E E F G B B C C
D D * G G D F G F H
A D H I I C E E G G I I
A A H H I C C D E D F H I H
E H
F F K K
E F E H K H
G G H H F G G B
A G I H C F F G B B
B B I I D D E D D C * A
A B A * C D C E E D C C A A