Manual de Guindastes
Manual de Guindastes
Manual de Guindastes
(Crane Handbook)
Compilado por:
D. E. Dickie, P. Eng.
Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá
Piratuba – SC.
Outubro de 2000
Coordenação:
Engº JOSÉ FRANCISCO BUCCO
Colaboração:
Sr. WILSON VITAL MODESTO
Sr. FRANCISO WEYNE GONÇALVES
O fato da construção ter se tornando mais eficiente no decorrer dos anos em parte se
deve a utilização de guindastes, maiores e melhores. Os mesmos foram aperfeiçoados,
tornaram-se mais avançados, mas esses melhoramentos cobraram um custo muito alto em
termos de acidentes.
Esse texto foi endossado pelas autoridades trabalhistas e pelos envolvidos com o
gerenciamento, tem sido considerado como um “Documento de Acordo”. O Comitê de
Segurança de Trabalho da Província (composto pelos membros do Conselho Comercial de
Construção e Edificações da Província de Ontário e lideranças da indústria de construção
civil) trabalhou em conjunto com os Comitês Regionais de Segurança e Trabalho em sua
revisão e aprovação.
PARTE 1
GUINDASTES
MÓVEIS
5
CAPÍTULO 1
ESCOLHA DE MÁQUINAS
Não se deve escolher uma máquina, numa obra, enquanto não foram estudadas, seu
tamanho e características, levando em conta:
A escolha do guindaste ou guindastes para qualquer obra deve ser feita após o
exame meticuloso de todos os fatores envolventes. Ao alugarmos guindaste, devemos
expor todas as nossas necessidades a empresa locadora.
o içamento
deve ser feito
pelo bico da
lança
Deixar
espaço
suficiente
Deixar espaço
suficiente
Identificação
• Deve ser colocado um aviso adequado que não há compensação para fatores como o
efeito do vento, a oscilação da carga, peso do moitão, condições do solo, pressão de
pneus ou velocidade de operação.
• A passagem do e para o cabine, bem como do posto de comando, deve ser livre, segura
e desimpedida para não oferecer riscos de acidentes de queda.
• Degraus e corrimão para o acesso e saída do cabine e para eventual acesso sobre o
cabine, se necessário (Fig. 1.7).
degraus de acesso
corrimão
superfícies anti-derrapantes
• Todos os controles devem ser instalados de maneira que se movimentem na direção dos
movimentos da carga ou da máquina (Fig. 1.9)
14
Baixar
Subir
Estender
Retrair
Retrair
Baixar
Suspender
Conjunto de Tambores
• Sejam providos de freios auto-ajustáveis que suportem todas as cargas em caso de falha
de energia (Fig. 1.10)
Os freios e embreagens terem ajuste de compensação de desgastes e ter pressão
suficiente nas molas quando utilizadas.
• Sempre devem sobrar pelo menos três voltas de cabo no tambor, em qualquer situação
de serviço (Fig. 1.12).
• A ponta do cabo deve ser fixada ao tambor com dispositivo aprovado pelos fabricantes
do cabo e do guindaste. Os tambores devem ter bordas laterais, flanges, de tamanho
suficiente para o cabo não escapar do tambor.
• Os flanges dos tambores sulcos devem se projetar acima da última camada de cabo
com dois diâmetros do cabo utilizado ou 5 cm acima da última camada de cabo enrolado,
sempre adotando a hipótese da medida maior (Fig. 1.14).
• Os flanges dos tambores lisos devem se projetar acima da última camada de cabo com
dois diâmetros do cabo utilizado ou 7 cm acima da última camada de cabo enrolado,
sempre adotando a hipótese da medida maior (Fig. 1.14).
Tambores Lisos
Fig. 1.14 – A Borda dos Flanges deve passar sempre a última Camada de
cabo enrrolado, conforme mostrado nessa ilustração
Ângulo Ângulo
Esquerdo Direito
Ângulo
Ângulo
Direito
Esquerdo
Eixo do tambor
Eixo do
Veja tambor
fig. 1.16
Prumoda
Prumo da Polia
Polia
Fig. 1.15 – Ângulo de Oscilação Fig. 1.16 – Ângulos de Oscilação
Em
Fig.caso
1.15de ângulo de
– Ângulo de oscilação
Oscilaçãomuito grande: Teremos sérios problemas de desgaste
de cabo, e da polia, teremos desgastes de cabo também do tambor,
Fig. 1.16 –roçando-o
Ângulos na
devolta
Oscilação
adjacente
Em caso deeÂngulo
teremosde ainda um enrolamento irregular e muito apertado.
Oscilação
Teremos sérios problemas de
desgaste de cabo, e da polia, desgaste de cabo, e da polia,
teremos desgastes de cabo
também no tambor, roçando-o na
volta adjacente e teremos ainda
um enrolamento irregular e muito enrolamento irregular
apertado.
desgaste de cabo, e da polia
Enrolamento irregular
ou
ou
• Os pedais de freios devem ter superfície anti-derrapante e terem trava para fixa-los na
posição acionada.
• Os tambores de içamento de carga devem ser equipados com freio de segurança, que
possam ser ativados por meio elétrico, hidráulico ou por ar comprimido. O acionamento
desses freios deve ser direto, assim não é admitido o uso de cintas ou correntes
entre o freio e o tambor.
• Os freios de carga devem ter tamanho e capacidade térmica suficientes, para resistir
toda carga sem permitir a descida.
• A superfície dos tambores de freio devem ser lisos e livres de defeitos, os componentes
do freio devem ser acessíveis para regulagem das sapatas.
• O freio de giro deve ser mecânico, de segurança, com a capacidade de parar no giro e
também segurar a lança na posição, com ventos de até 45 km por hora, e uma vez
acionado o operador não deve ter que se preocupar mais com o freio.
• O guindaste deve ser equipado também com trava positiva de giro, para evitar
acionamentos acidentais. Essa trava deve ser ativada sempre que o guindaste trafegar e
também sobre terrenos irregulares com carga suspensa pela lança.
• Em guindastes sobre rodas, os freios deve ter capacidade de parar o equipamento dentro
de uma distância de 9,75 metros com velocidade de 23 km por hora e manter a máquina
estacionada, nos declives indicados pelo fabricante. Os freios acionados por ar
comprimido, devem ter capacidade de parar a máquina, mesmo em caso de falta de
pressão operacional.
• Onde as ladeiras são muito longas ou acentuadas, deve ser instalado “retardador” ou
dispositivo similar, tipo Freio Jacobs.
Cabos e Sulco Cabo muito grosso vai Cabo muito fino vai
combinados mastigar “achatar”
adequadamente
Fig. 1.18
O diâmetro dos cabos diminui ao decorrer do uso prolongado, em virtude do desgaste
e a perda de suporte do seu núcleo. Um cabo subdimensionado desgasta o sulco da
roldana e quando trocamos o cabo por um novo, o cabo novo pode ficar preso no sulco
desgastado (Fig. 1.19)
Para garantir a vida útil, prolongada e eficiente de um cabo, o sulco da roldana deve
estar perfeito, regular, liso e as bordas internas arredondadas. O fundo do sulco deve ter um
arco de suporte de ao menos 120º a 150º e os lados do sulco devem ser tangentes do arco
(Fig. 1.20). Quanto mais se aproxima o contorno do sulco, maior será a área de contato.
Isso minimiza a distorção e a fatiga do cabo facilita o giro da roldana. Se o diâmetro do
sulco for muito grande, não oferecerá suporte adequado ao cabo, causando achatamento e
distorção, o que acelera a fatiga dos fios de aço e leva a deterioraç ão prematura.
Se o sulco for muito estreito para o cabo, o peso da carga prenderá o cabo no sulco,
resultando o desgaste de ambos, do cabo e da roldana. Isso pode ocorrer se utilizamos
cabos novos em roldanas antigas, desgastadas.
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Efeitos da Combinação inadequada de Cabo e Roldana.
Se o cabo for muito fino para a roldana (1) vai desgastar o sulco da roldana (2) e se
colocarmos um cabo novo de bitola correta na roldana desgastada (3), o mesmo será
seriamente danificado pelo sulco desgastado.
Fig. 1.19
Fig. 1.20
Se as roldanas não estiverem perfeitamente alinhadas, ocorre desgaste rápido tanto no cabo
como na roldana. É um sintoma fácil de observar, resultado de desalinhamento de roldana é o cabo
desgastado e um lado do sulco da roldana também (Fig. 1.21)
Desgaste na roldana
Desgaste na roldana
Quando há desalinhamento do eixo da linha do cabo e
das roldanas, o resultado é desgaste rápido do cabo e
das roldanas
Diâmetro mínimo de
Roldanas de Içamento
de Lança.
D = 15 x diâmetro do cabo
Diâmetro mínimo de
Diâmetro mínimo
Roldanas do Bloqueio
de
de Carga.
Roldanas de D = 16 x diâmetro do cabo
Içamento
de Carga.
D = 18 x diâmetro
Roldanas de içamento de carga devem ter diâmetro não menor do que 18 vezes o
diâmetro nominal do cabo, e roldanas de bloqueio de carga devem ter diâmetro não menor
do que 16 vezes o diâmetro nominal do cabo (Fig. 1.22)
A profundidade dos sulcos das roldanas deve ser ao menos 1 e ½ vezes o diâmetro
do cabo e a inclinação das paredes do flange não deve ser mais do que 18º em relação do
eixo do cabo. As bordas do flange devem ser abaulados e as roldanas devem girar
realmente na direção da rotação do eixo do cabo (Fig. 1.23)
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Bordas
Profundidade arredondadas
mínima
do sulco = 1,5 D
Diâmetro do A roldana
cabo = D deve
girar
realmente na
rotação do
eixo
É importante saber que nunca devem ser utilizados cabos de fibra com roldanas que
já foram utilizadas com cabos de aço, bem como não utilizar cabo de aço com polias ou
roldanas projetadas para cabos de fibra.
Marcas de cabo
As superfícies dos sulcos de roldanas Marcas de
na roldana. A cabo
e dos tambores devem ser perfeitamente lisas, na roldana
roldana deve ser
as superfícies marcadas causam o desgaste A roldana
retificada ou deve
dos cabos novos (Fig. 1.26). ser
substituídaretificada ou
substituída.
.
Fig.
Fig.
1.26
1.26
– Sulcos
– Sulcos
danificados
danificados
Patolas
Todas as patolas devem poder ser fixadas seguramente, na posição recolhida durante
o translado do equipamento e na posição estendida, quando na hora do içamento. Os
macacos, se utilizados, devem ser de segurança, sem perderem a pressão e não devem ter
vazamentos sob carga.
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Cada patola deve ser visível na sua posição de atuação, exceto quando o operador
é auxiliado por um sinalizador.
As placas de apoio das patolas devem estar em perfeitas condições e ter fixação
segura com a sua patola.
As vigas das patolas devem ser marcadas ou pintadas para indicação visível da sua
posição de totalmente estendida (Fig. 1.27).
Abaixamento Controlado.
Fig. 1.27 - As vigas das patolas devem ser marcadas ou pintadas para indicação
visível da sua posição de totalmente estendida .
26
Batentes de Lança
Todos os guindastes móveis devem ter batentes de lança, para evitar que a lança
tombe ou caia em cima do cabine do operador (Fig. 1.28). Esse tipo de acidente ocorre
freqüentemente por causa de:
TOMBAMENTO TOMBAMENTO
Tombamento da Lança
DE LANÇA DE LANÇA
Tombamento de
lança
• Ação de vento muito forte sobre a lança elevada, forçando-a passar da posição vertical
(Fig. 1.33)
Esses cilindros, tubos, normalmente são instalados aos pares e conectados a cabeça
do cavalete, numa das extremidades e são estendidas a cada lado até a primeira emenda da
lança. Alguns batentes telescópicos são equipados com molas ou dispositivos de ar
comprimido, para amortecer o choque causado pela lança (Fig. 1.34)
Tombamento da lança
Giro Giro
para para
Cima Cima
TOMBAMENTO
Tombamento da lança
Tombamento da lança
Vento
Batentes de lança
Batentes de Lança de Guindastes Móveis 29
Batentes de lança
Batentes da Lança
Fig 1.34
30
Dispositivos de Segurança
Polia
Contador digital
Cabo
Grampos
Conj.de cabo e
embreagem
• Deve ter um sirene na parte externa do cabine, cujo comando, interruptor acionador deve
estar de fácil alcance do operador (Fig. 1.38)
Sirene
Fig. 1.39 - Superfícies retificadas na mesa giratória, no plano horizontal, onde deve ser
colocado um nível de carpinteiro de 1,2 m, para nivelamento
Este local
é...........ft.........
interno
Para rotação
central
Fig. 2.1 - Um Livro de Registro, completo com todos os detalhes, devemos ter
para cada guindaste.
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Também é recomendável que em caso de transferência ou venda do equipamento,
o Livro de Registros acompanhe o equipamento.
h) Lubrificação
• Lubrifique toda a máquina conforme recomendado no manual.
Nota: Opere a nova máquina com o afogador meio ativado nos primeiros 16 horas
(dois turnos de trabalho). Um período de amaciamento com cargas moderadas vai
contribuir a um longo desempenho satisfatório e livre de problemas.
Inspeções Freqüentes
Todos os componentes que tem relação direta com a segurança do guindaste, cujo
estado pode alterar pelo uso de dia-dia, devem ser inspecionados diariamente, sempre que
possível, observando o funcionamento durante a operação.
Para determinar se a máquina está segura para uso imediato, as inspeções devem
ser executadas no início de cada turno, incluindo, mas não se limitando apenas, os
seguintes itens:
Verificar desgaste
Verificação dos Ganchos
e deformações
Verificar sinais
de “abertura”
Verifique
trincas e
deformações Verifique as
deformações
Verifique trincas
e desgastes
Fig. 2.3
40
• Verifique todos os mecanismos, como roldanas, tambores, freios, mecanismos de
travamento, lança, contrabalança, ganchos e seus acessórios, chaves de fim-de-curso,
pistões hidráulicos, dispositivos de segurança, instrumentos e luzes. Verifique a mesa
de giro, se não apresenta trincas, parafusos soltos ou faltando. Os parafusos soltos
devem ser substituídos e não reapertados. Se os parafusos estiverem soltos, devem
ter sido distendidos, logo perderam a segurança. Verificando as patolas, confira os
braços e os pistões se não estão distorcidos. Confira todas as soldas se não apresentam
trincas, e verifique o movimento tanto do pistão como do braço, se seus movimentos são
suaves, estendendo e recolhendo e se mantêm a pressão adequada. Verifique as placas
das patolas (Fig. 2.5)
Trincas e
doformações
NÃO !
Nº de Modelo:.......................
Nº de Série:..........................
Peso:....................................
Comprimento:.......................
Data:.....................................
• Verificar os pneus se não apresentam cortes, trincas e se a pressão está correta. Fique
afastado dos aros de fixação ao calibrar pneus.
As marcas no fundo do
sulco da polia causam o
desgaste severo dos
As marcas
cabos no fundo do sulco
de aço.
da polia causam o desgaste
severo dos
Verifique oscabos de aço
rolamentos
por folgas e lubrificação Inadequado
adequada.
Verifique os rolamentos por
folgas e lubrificação adequada
Verifique os flanges, quanto
desgastes e trincas
• Verifique a existência de parafusos, rebites soltos (os quais devem ser substituídos e não
reapertados !) especialmente na mesa giratória.
Inspeções Anuais
A lança e o gancho de carga devem ser detalhadamente inspecionados uma vez por
ano:
• Os ganchos devem sofrer inspeção, anualmente, por agente credenciado contratado pelo
proprietário do guindaste, usando detecção magnética ou outro meio viável de
investigação, que localize trincas. Devemos exigir Relatório Certificado de Inspeção que
deve acompanhar sempre os documentos do equipamento.
Essas inspeções são necessários, sempre que ocorreram incidentes como queda de
carga, tensão acima do normal ou danos por qualquer motivo. Todos os incidentes dessa
natureza podem afetar as condições de seguranç a do guindaste e devem ser imediatamente
seguidas por uma inspeção, utilizando todos os meios de testes não-destrutivos. Todos os
reparos que forem julgados necessários devem ser executados, antes de retornar o
equipamento ao serviço.
Na realidade uma inspeção visual meticulosa deve ser feita na lança, contrabalança,
cabo de carga e dos elementos estruturais, que poderiam vir serem danificados, após cada
movimento, oscilação, chicoteamento abrupto, por qualquer motivo que seja. Também
devemos inspecionar a placa base da lança e as soldas da cabeça da lança.
Isso aplica para máquinas novas e antigas e como recomendado, que todas as
máquinas novas devem ser testadas pelo fabricante ou pelo distribuidor, para comprovar
que seus componentes estão funcionando corretamente:
Quando o guindaste completo não é fornecido por um único fabricante, esses testes
devem ser executados após a montagem final.
Todos os guindastes devem ser testados sem carga no início de cada turno, para
conferir que os itens mencionados na Inspeção Freqüente, estão funcionando corretamente
e se certificar que ninguém alterou nada no equipamento enquanto fora de serviço. Se a
máquina estiver em operação num lugar fixo, por uma temporada, verifique a estabilidade
do solo cada manhã, uma vez que a pressão dos pneus, esteiras e das patolas num local
constante, podem causar recalques e compactação em solos instáveis.
MANUTENÇÃO
Todo pessoal de manutenção deve estar ciente dos perigos que a operação de
guindastes representam e é da responsabilidade do encarregado, de instruir todo seu
pessoal, quanto as precauções necessárias de operar um guindaste. O pessoal de
manutenção deve ter bons conhecimentos, baseados em literatura específica e devem estar
cientes das diretrizes básicas das medidas de segurança, como
• O equipamento deve estar localizado de forma a não interferir com outros equipamentos
e operações na área.
• A lança deve ser abaixada, ou se é impossível, deve ser calçada ou amarrada de forma
segura para evitar sua queda.
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Nota: Calçar sempre a lança, ao montar ou
desmontá-la (Fig. 2.14). Nunca andar sobre,
parar sobre a lança durante essa operação e
nunca enfiar braços ou pernas dentro das
lanças hidráulicas, exceto que os seus
elementos estejam seguramente fixadas e
calçadas, estando essa lança instalada na
máquina ou fora dela (Fig. 2.15).
Fig. 2.13 - Isole a área e afaste as pessoas estranhas aos serviços de manutenção.
• Se a lança não pode ser abaixada os blocos de carga devem ser abaixados ao chão ou
fixados adequadamente contra quedas ou oscilações para não oferecerem perigo.
• Desligue o motor sempre que seu funcionamento não seja indispensável para os reparos.
Fig. 2.14 – Calçar sempre a lança e todos os componentes que podem sofrer queda
Placas de aviso
Fig. 2.17 - Coloque placas de aviso no exterior do equipamento, alertando que a máquina
está fora de serviço
• Os ganchos com defeito, devem ser descartadas, não sendo admitido seus reparos com
solda ou recondicionamento.
• Baixar a lança para o solo e soltar a suspensão ou melhor ainda remover de uma vez a
lança, prender todos os cabos para evitar seu balanço ao vento.
Nota: Tenha cuidado redobrado na escolha do local de armazenamento, para evitar atrair
crianças para brincarem sobre a máquina, tendo em vista que isso representa perigo de
acidentes que poderão ser muito sérios.
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CAPÍTULO 3
• Saber onde o guindaste deverá ficar para cada içamento, saber o maior raio de operação
e ter uma folga no mínimo de 60 cm entre o contrapeso e os obstáculos adjacentes
(Fig. 3.2). Isolar a área correspondente a essa distância em volta do equipamento. Está
perfeitamente nivelada e compactada a área onde vai estacionar o guindaste?
Lembre-se que essa área e o equipamento devem estar perfeitamente niveladas.
Nunca posicione um equipamento em beirada de taludes, aterros, muros de arrimo
frágeis, sobre tubulações, pois com a vibração do equipamento pode ocorrer
desmoronamento (Fig. 3.3). Tem que tomar cuidado especial com a proximidade de
outros equipamentos, mesmo que os mesmos tenham lanças de comprimentos
diferentes, para evitar colisões. Os guindastes devem ser posicionados de forma que o
operador tenha visibilidade perfeita e devem ter se possível comunicação direta via radio
(Fig. 3.4) para poderem alertar um ao outro em caso de perigo de colisão. É
recomendável que seja designada uma pessoa para coordenar a movimentação, também
equipado com radio.
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Fig. 3.2 - Sinalizar a área com uma margem de folga de 60 cm o raio de giro do
contrapeso para evitar acidentes, preferencialmente isolar a área
Fig. 3.4 – Quando dois ou mais guindastes estão trabalhando próximos, os operadores
devem ter comunicação direta via radio.
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Fig. 3.5 - Se a máquina estiver posicionada numa via pública, o usuário deve
providenciar autorização para impedir faixas de pista de tráfego e deve requerer
auxílio das autoridades policiais para o controle do tráfego e dos pedestres.
• Nunca deve ser operada um máquina nas proximidades de linhas vivas de eletricidade,
sem as seguintes precauções:
• O solo deve ter firmeza suficiente para não ceder, trincar ou recalcar durante toda a
operação (Fig. 3.7).
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Fig. 3.6 - Os contatos acidentais com linhas vivas é uma das causas principais
de acidentes fatais na indústria de construção - não facilite !
• Quando a operação e taludes não pode ser evitada, a máquina deve ser nivelada pelas
patolas ou então, deve ser construída uma base nivelada e firme, especial, tipo
plataforma, para garantir uma superfície plana de trabalho (Fig. 3.10). Devemos lembrar
que um mínimo caimento de 1º pode afetar seriamente a estabilidade e a capacidade de
um guindaste.
61
Fig. 3.9 – Em caso de terreno fofo, dormentes de madeira devem ser utilizados, para
distribuir o peso do guindaste
Dormentes
Aterro compactado
Fig. 3.10 - Quando a operação em taludes não pode ser evitada, deve ser construída
uma base nivelada e firme, especial, tipo plataforma, para garantir uma superfície plana
de trabalho
• Antes de montar a lança, determine o peso das cargas, dos içamentos, a altura do
içamento e o raio de operação. Depois, verifique na tabela de cargas a lança mais curta
que atende esses requisitos, nunca use lança mais longa do que o necessário (Fig. 3.11)
Contrapesos de pára-choque
• Nunca instale ou remove contrapesos sem antes ter certeza que a máquina está
estacionada em terreno firme e em nível, as patolas estão completamente estendidas
e os macacos ativados, e os pneus suspensos do solo (Fig. 3.14). Se a lança oscilar
para o lado, com a máquina sobre os pneus, a máquina pode tombar. É
recomendável – sempre - ativar a trava de giro, quando se trabalha nos contrapesos
ou durante a montagem ou desmontagem da lança (Fig. 3.15)
Fig. 3.14 - Nunca instale ou remove contrapesos com a máquina sobre os pneus
devem estar sobre as patolas e com os pneus suspensos, livres do solo
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Fig. 3.16 a - Ao suspender ou abaixar a lança, a mesma deve ser direcionada para a
parte traseira do equipamento, as patolas devem ser completamente estendidas e
os pneus livres, suspensos do solo.
67
• Só devemos utilizar pinos, parafusos e porcas, de dimensões corretas, para a
montagem das seções, na seqüência correta, conforme as instruções do fabricante e a
identificação dos componentes.
• Sempre que possível, monte a lança, utilizando as seções mais curtas no pé da lança.
Duas seções curtas pesam mais do que um única seção de comprimento equivalente,
assim favorecemos a estabilidade da máquina (Fig. 3.18)
seções curtas
Fig. 3.18 - Sempre que possível, monte a lança, utilizando as seções mais curtas
no pé da lança.
Fig. 3.17 - Os pinos de montagem devem passar livremente nos seus furos sem
necessidade de forçá-las
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• Ao montar as seções de lança mantenha os cabos de sustentação atrás das seções a
serem montadas, alinhe os dois furos de montagem superiores das duas seções, insere
os dois pinos de topo e coloque as travas. Suspende um pouco o conjunto até os furos
da parte de baixo se alinharem e coloque os dois pinos inferiores com suas travas.
Repita esse procedimento, estendendo os cabos conforme necessário, até concluir a
montagem (Fig. 3.19 & Fig. 3.20). Nunca trabalhe em baixo da lança ! É
recomendável calçar cada extremidade de cada seção durante a montagem. Nunca pare
sobre ou perto da lança durante essa operação. Saiba o comprimento máximo da lança
que possa ficar em balanço e nunca exceda esse limite (Fig. 3.21)
Comprimento em balanço
Fig. 3.21 – Saiba o comprimento máximo da lança que possa ficar em balanço
Inserir em 1º lugar
os pinos superiores
(1)Instalar os pinos
superiores
(4)O último passo agora é mudar o(s) cabo(s) de sustentação para a ponta da lança
Ponto intermediário
• Se o pau de carga do guindaste não pode ser estendido, é recomendável utilizar sempre
na sua posição mais alta, independentemente do comprimento da lança. Com a
solicitação de esforço menor garantimos maior durabilidade e mais segurança a máquina
(Fig. 3.24)
Fig. 3.24 - Se o pau de carga do guindaste não pode ser estendido, é recomendável
utilizar sempre na sua posição mais alta, independente do comprimento da lança.
Cabo de
Sustentação
Mastro
Mastro
A lança
tomba
Mastro
O ângulo fica menor com
cabos de sustentação
mais curtos.
Fig. 3.26 - Com lanças mais longas, usando cabos de sustentação curtos, vamos
sobrecarregar a lança, o mastro e os cabos de sustentação bem como o próprio
sistema de içamento ao manusearmos cargas próximas ao limite de capacidade.
Fig. 3.27
75
Fig. 3.28
76
• Verifique o indicador de ângulo da lança, se está instalada e ajustada corretamente:
Suspenda a lança até sua posição horizontal, verifique o nível com um nível de
carpinteiro sobre o meio da lança e ajuste o indicador para leitura zero. Depois ergue a
lança lentamente e observe o movimento do pêndulo em diversas posições. Se o
indicador emperrar ou arrastar, faça os devidos reparos (Fig. 3.29)
Fig. 3.30 – Não confie somente no indicador de ângulo ao suspender cargas pesadas,
faça a medição do raio real
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• Para obter uma margem extra de estabilidade ao baixar a lança, baixa o bloco do gancho
ao nível do chão, antes de baixar a lança. Lembre-se para reajustar as patolas e colocar
contrapesos adicionais (se necessário), antes de baixar a lança.
Nos guindastes equipados com lanças e rodas dobráveis, a máquina deve estar em solo
firme e nivelado e com as patolas estendidas quando baixando a lança. Todos os
movimentos devem ser lentos para evitar choques abruptos sobre a lança. Verifique que
a roda basculante não se ache numa depressão no solo, pois se isso acontecer, a seção
dianteira da lança poderá se aliviar abruptamente e a seção traseira poderá vir a cair.
(Fig. 3.32)
Operários continuam sendo esmagados anualmente por seções de lança que caem
durante o desmonte. (Fig. 3.33). Todos esses acidentes poderiam ser evitados se
providenciados calços sob cada seção de junta e observados os procedimentos corretos.
‘’
Fig. 3.34 – Nunca trabalhe em baixo da lança (Lado Externo = Lado seguro
Lado Interno = Suicídio)
j) Remova os pinos inferiores da emenda diante (da frente) dos cabos de sustentação.
k) Baixe a traseira da lança sobre os calços de dormentes, verifique se estão firmes.
l) Remova os pinos superiores da emenda diante (a frente) dos cabos de sustentação.
m) Repita essa seqüência de trabalho até o completo desmonte da lança.
Em alguns casos a plataforma da máquina pode ser usado como calço para apoiar as
seções de lança (Fig. 3.38) mas independente do processo de desmontagem utilizado,
nunca trabalhe ou ande sob a lança do guindaste, fique do lado de fora.
Em virtude dos acidentes que já ocorreram com pessoal de montagem bem treinado,
há sugestões de modificar o sistema de pinos de fixação, para torná -los inacessíveis por
baixo da lança, impossibilitando o montador ficar trabalhando por baixo da mesma.
81
Lança Dobravel
Fig. 3.32 - Verifique que a roda basculante não se ache numa depressão no solo,
pois se isso acontecer, a seção dianteira da lança poderá se aliviar
abruptamente e a seção traseira poderá vir a cair
82
2 -Colocar calços sob o bico da lança e baixar até os cabos de sustentação aliviarem a tensão
Fig. 3.36 - Seqüência de operação que deve ser praticada, exceto recomendações
diferentes do fabricante
CORRETO
Fig. 3.37 - Seqüência de operação que deve ser praticada, exceto recomendações
diferentes do fabricante
Falha na extensão
completa das patolas
Falha na extensão
completa das patolas
Nota: Não estenda todas as patolas e abaixe todos os macacos de uma única posição de
controle, uma vez que é impossível enxergar as laterais. Uma vez estendidas as
patolas e baixados os macacos, a máquina poderá ser nivelada de um ponto só.
• Se o guindaste tiver que trabalhar sobre os pneus, use sempre os calços das rodas
(Fig. 3.50) e acione os freios de ar, para manter o equipamento na sua posição. Se a
máquina é de tipo de dois motores, conserve o motor da carreteira funcionando para
manter a pressão do ar. Não use os freios de mão ou de estacionamento durante esse
serviço, uma vez que se a máquina se deslocar a diferencial permite as rodas rodarem.
Tenha certeza da pressão correta dos pneus, pois se não estiverem, a capacidade de
carga fica reduzida.
• Todas as capacidades listadas no gráfico de cargas “sobre patolas” e “sobre pneus”, são
baseadas sendo peso morto.
Fig. 3.45 - Condições precárias do solo são fatores contribuintes aos acidentes
Fig. 3.46 - Maioria dos acidentes com guindastes é causada por calçamento
ineficiente sob as patolas
90
Fig. 3.44 - Falhas de nivelamento são também grandes responsáveis por acidentes
91
609.6
584.2
558.8
533.4
508.0
482.6 3º Fora de Nível
457.2 2º Fora de Nível
431.8
406.4
381.0
355.6
330.2
Diferença (Y) em 304.8
Elevação entre os 279.4
Pneus, Esteiras 254.0
ou Patolas 228.6 1º Fora de Nível
(Ver Detalhe A) 203.2
177.8
152.4
127.0
101.6
76.2
50.8
25.4
Detalhe A Detalhe B
Y Y Y Y
Fig. 3.47 - Para manter as taxas máximas “sobre patolas” todas as patolas devem ser
estendidas completamente e as rodas devem estar suspensas, livres do solo.
95
Suporte precário
Suporte precário
Suporte precário
Calços
Fig. 3.50 - Se o guindaste tiver que trabalhar sobre os pneus, use sempre os calços
das rodas e acione os freios de ar, para manter o equipamento na sua posição.
98
CAPÍTULO 4
PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO E PRECAUÇÕES
RESPONSABILIDADES DE GERENCIAMENTO
OPERADORES
• destreza física,
• vista (usando óculos ou não),
• audição (usando aparelho ou não)
Devemos admitir que as regras escritas não cobrem todas as situações possíveis que
possam surgir durante a operação de uma máquina, assim, o operador deve ter habilidade
de em certos casos, usar seu bom senso e capacidade de ponderação.
Antes de Içamento
1- Nunca use ou permita usar um guindaste que não esteja em perfeitas condições
mecânicas. Nunca em sã consciência deve ser utilizado um equipamento que, mesmo
só parcialmente, ofereça a menor margem de perigo, sem antes de comunicar esse
problema ao supervisor, que por sua vez providencie solução, correção do problema.
Sempre que houver dúvida quanto a segurança, o operador não deve operar,
não deve ser mandado a operar o guindaste, até o problema ser sanado.
Nota: Sempre baixe a carga ao solo, antes de fazer algum ajuste ou reparo.
• Faça uma inspeção visual de toda máquina, parafusos soltos ou perdidos, pinos
de trava, trincas, cabos, deformações de lança, etc. Repare ou substitua todos os
componentes danificados, antes de iniciar a operação da máquina.
• Estar atento para ruídos estranhos, queda de potência, respostas estranhas dos
comandos de controle .
Efeito do vento
Fig. 4.1 - É recomendável não suspender cargas que ofereçam resistência ao vento,
mesmo de pesos menores, uma vez que existe o perigo do vento bater na peça e
mesmo derrubar um ajudantes ou chocar contra as estruturas.
Fig. 4.2 - Se a condição de visibilidade for restrita devido a escuridão, pó, neblina,
neve ou chuva forte, é recomendável também, visando a segurança interromper as
atividades de guindaste
6- Em caso de temperaturas baixas (abaixo de zero) deve-se ter cuidado extremo para
se assegurar que não ocorram choques de carga ou impacto sobre a estrutura de aço
do guindaste, que se torna mais frágil nessas condições.
7- Nunca opere ou permita operar um guindaste que está fora de serviço, parado, antes
de saber o motivo .
103
8- Ao reabastecer o equipamento (Fig. 4.3) certifique-se que:
• Deve haver extintor de incêndio adequado e pessoa habilitada para seu uso, nos
pontos de abastecimento.
11- Antes de dar partida no equipamento, verifique se ninguém está nas proximidades,
exposto a riscos (Fig. 4.4).
Fig. 4.4 - Antes de dar partida no equipamento, verifique se ninguém está nas
proximidades, exposto a riscos
104
Fig. 4.3 - Devem haver placas de aviso “Não Fume” nos pontos de abastecimento e
nas áreas de armazenamento de combustível
12 - Ao dar partida no motor, as vezes pode ser necessário reduzir a carga na partida,
desengatando a embreagem. Após ter dada a partida dessa maneira, acelere um
pouco antes de engatar a embreagem, para reduzir o choque da carga no eixo da
bomba.
13 - Deixe o motor aquecer por alguns minutos para a bomba de óleo poder garantir a
circulação do óleo no motor. Nunca opere o equipamento sob carga, até o fluído
hidráulico não atingir sua temperatura operacional especificada no manual do
fabricante. Ative os mecanismos de giro, movimentos da lança, para garantir a
circulação de óleo. A falta de aquecimento pode resultar em danos as bombas ou
erros operacionais dos comandos devido a alta viscosidade do óleo frio. E muito
importante em tempo frio, começar a movimentar a lança lentamente devido a má
circulação de óleo frio.
20 - Nunca ande de marcha-a-ré, sem se certificar que ninguém está atrás da máquina
para sofrer acidente. Se a visibilidade para trás for insuficiente, solicite um sinalizador.
Use o sirene de ré e a buzina, durante o movimento de marcha-a-ré (Fig. 4.5)
Fig. 4.5 - Nunca ande de marcha-a-ré, sem se certificar que ninguém está atrás da
máquina para sofrer acidente. Se a visibilidade para trás for insuficiente, solicite um
sinalizador
21 - Nunca trabalhe sozinho – use o sistema de parceria.
Fig. 4.6 - Nunca suba ou desça de máquina em movimento, nunca pule da máquina
25 - Com exceção dos que participam da operação, nunca deixe ninguém subir no
equipamento, parado ou funcionando e principalmente nunca dê carona! (Fig. 4.7)
30 - Certifique-se que a máquina esteja posicionada na forma mais estável e sobre o solo
de maior capacidade. Isso significa que o içamento deve ser feito no quadrante
posterior.
Fig. 4.8 – Nunca use lança mais longa do que o necessário, use sempre
a lança mais curta possível
108
33 - Certifique-se de ter espaço suficiente, com uma folga de 60 cm., para a plataforma
giratória, especialmente em caso de tráfego de pedestres e veículos na área, para
evitar esmagamento de pessoas e danos materiais. Se isso for impossível, a área de
perigo deve ser demarcada, sinalizada e cercada (Fig. 4.11)
36 - Ao iniciar um içam ento, verifique que ninguém permaneça dentro do raio de giro ou
outra parte do guindaste, exceto a pessoa encarregada e nunca deixe ninguém
permanecer sob a carga (Fig. 4.12)
Giro
Fig. 4.11 - Certifique-se de ter espaço suficiente, com uma folga de 60 cm., para a
plataforma giratória, especialmente em caso de tráfego de pedestres e veículos na área,
para evitar esmagamento de pessoas e danos materiais. Se isso for impossível, a área de
perigo deve ser demarcada, sinalizada e cercada
43 - Mantenha atenção na lança, que tenha altura suficiente, para evitar bater no cabine.
44 - Faça uma viagem de ensaio, sem carga, passe por todos os movimentos que deverá
executar, planejando todos os movimentos que serão necessários para um içamento
seguro.
Fig. 4.14 - Ao determinar o peso da carga, tenha certeza de ter incluído todos os
acessórios de içamento entre o bico da lança e a própria carga
Fig. 4.13 - Devemos saber o peso global das cargas antes de tentar suspende-las, ou
devemos instalar indicadores.
112
Fig. 4.15 –Caso seu peso exceda 75% do limite da capacidade do equipamento
Fig. 4.16 - Nunca use a estabilidade para determinar capacidade de içamento, use o
gráfico de cargas.
113
172,9
163,8
154,7
145,6
136,5
127,4
118,3
109,2
100,1
91,0
81,9
72,8
63,7
54,6
45,5
36,4
27,3
18,2
carga em
toneladas 6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 48,8 54,9 61,0 67,06 73,15
R a i o de C a r g a em m e t r o s
GLOSSÁRIO: Load on rear outriggers = Carga sobre as patolas traseiras
Boom compression = Compressão da lança
Pendant tension = Tensão do cabo de sustentação
Load causing overturning = Carga causando tombamento
Rated load = Carga recomendada
Fig. 4.17 – Gráfico de cargas para um guindaste de 200 t equipado com uma lança
de ~ 55 metros, suspendendo carga no quadrante traseiro
114
A ilustração na (Fig. 4.17) mostra um gráfico de cargas para um guindaste de 200
toneladas equipado com uma lança de ~55 metros (180 pés = 54.864 mm) suspendendo a
carga no quadrante traseiro. O gráfico mostra quanto essas cargas variam e porque é tão
difícil determinar o que poderá quebrar e quando. As cargas sobre patolas são mais altas
com raio menor, a carga na lança diminui na medida que aumentamos o raio, depois
aumenta de novo quando a lança atinge a posição horizontal. As cargas sobre os cabos de
sustentação aumentam conforme aumentar o raio e são mais altas quando a lança está
horizontal. As cargas que causam o tombamento diminuem ao aumentar o raio. Em suma,
esse gráfico indica que com raios curtos as taxas são baseadas na resistência da lança e
das patolas, enquanto estabilidade de raios longos e a tensão nos cabos de sustentação
governam os fatores.
O fabricante conta com esses fatores variáveis ao compilar um gráfico de cargas que
limita as cargas admissíveis abaixo das cargas críticas. Se o operador exceder esses
limites, pode arranjar problemas.
81,9
72,8
45,5
36,4
9,1
A capacidade do guindaste
equipado com contrabalança assim é
afetada e só pode ser determinada
calculando os efeitos do:
(Fig. 4.23)
• O comprimento da lança;
• Ângulo principal da lança;
• Ângulo da contrabalança em
relação a lança (off-set);
• Peso dos acessórios de Fig. 4.22
Fig. 4.22
- Para
- Para
otimizar
otimizar
as cargas
as cargas
nos nos
içamento, gancho, lança e estais, os ângulos devem iguais e os eestais
estais, os ângulos devem iguais os estais
contrabalança, determinando traseiros
traseiros devemdevem ser mais
ser mais longos
longos
matematicamente:
- resistência da contrabalança – resistência da lança – estabilidade do guindaste -
117
Muito Pouco
Contrapeso Contrapeso
Fig. 4.21 - Os contrapesos devem ser corretos para cada máquina, em função do
comprimento da lança e o peso da carga.
Esses são cálculos necessários para sabermos o que o guindaste pode suspender.
Fig. 4.26 - Movimentos rápidos de giro com Fig. 4.27 - Com ângulos elevados de
cargas suspensas, fazem a carga se afastar lança e pouca carga, pode ocorrer o
da máquina aumentando o raio, causando tombamento para trás ou a quebra
tombamento ou a quebra da lança. da lança.
119
Esses efeitos são multiplicados quando o giro é iniciado ou interrompido
abruptamente com a lança carregada no quadrante lateral. A carga deve ser mantida
sempre em baixo da ponta da lança (Fig. 4.28).
Fig. 4.28 – A lança pode tombar e quebrar quando o giro é iniciado ou interrompido
abruptamente com a lança carregada no quadrante lateral.
Fig. 4.25 - ERRADO – Mantenha a carga sempre em baixo da ponta da lança, com o
cabo em prumo.
Se a grua é abaixada,
o ângulo do cabo de
sustentação diminui e Comprimento da lança
a tensão aumenta Comprimento da lança
.
Se a grua é abaixada ,
o ângulo do cabo de
sustentação diminui e
a tensão aumenta
A capacidade do guindaste é
afetada pelo comprimento e
Âng.da lança
do ângulo da lança, o ângulo
entre a lança e os cabos
A capacidade dodeguindaste é afetada pelo
sustentação
comprimento e do â ngulo da lança, o ângulo
Ângulo da entre a lança e os cabos de sustentação
Lança
Carga em
toneladas
100,1
91,0 LANÇA DE 30 m
81,9
72,8
63,7 LANÇA DE 61 m
54,6
45,5 decréscimo 5 %
36,4
27,3
18,2
6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 8,8 54,9 61,0 67,0 73,2 79,3 85,4 91,4 97,5 103,6
R a i o d e C a r g a em m e t r o s
Fig. 4.24 - NÃO !!! – É prática muito perigosa prender para baixo qualquer máquina
na tentativa de aumentar sua estabilidade.
123
Ficar longe
da área giro
Fig. 4.12 - Mantenha afastado da área do raio de içamento as pessoas que não estão
envolvidas com a operação
124
Ângulo da contrabalança (off-set)
Comprimento da lança
Os limites de segurança das cargas para máquinas equipadas com patolas são
geralmente indicadas de duas maneiras. São mencionadas “sobre pneus” (ou esteiras), ou
“sobre patolas”. A consideração “sobre patolas” se refere a todas as patolas completamente
estendidas e rodas ou esteiras na área das patolas, completamente livres do solo. Se esses
diretrizes não forem respeitadas, a condição “sobre patolas” não é admissível e a segurança
atribuída válida é “sobre rodas”. Não existe meio-termo (Fig. 4.32).
As longarinas da
lança devem ser
absolutamente
A lança deve ser
retas.
absolutamente
reta, quando
montada, suas
treliças não
devem ter
deformações.
Fig. 4.29 - A lança deve estar absolutamente reta, suas longarinas, os elementos
principais e as treliças não devem ter deformações.
40 % 0,31
35 %
30 %
25 %
20 % 0,61
15 %
10 % 1,22
1,83
5% 2,44
3,05
0 9,1 18,3 27,4 36,6 45,7 54,6 64,0 73,2 82,3 91,4
V e l o c i d a d e d a Ca r g a em metros / minutos
Deve ser considerado também o fato que o raio aumenta sempre que uma carga
pesada é suspensa do solo. Os cabos de suspensão da lança se tensionam e a lança tem
uma deflexão para a frente. Esse aumento pode ser substancial em máquinas de lança
longa (Fig. 4.34).
A carga indicada no gráfico também não inclui cargas de tensão na lança, os quais
surgem quando o cabo de içamento é desviado para um dos lados do moitão. A ponta da
lança deve ter o cabeamento sempre simétrico (Fig. 4.35 e Fig. 4.36)
127
Um giro do lado mais alto para o lado mais baixo, sem alterar
o ângulo da lança, aumenta o raio e pode causar o
levantamento da parte posterior da máquina e conseqüente
tombamento.
Sem carga
Raio com carga
Sem carga
Raio com carga
Raio
Carga
Cabos assimétricos
no moitão fazem o Cabos simétricos
inclinar e prender o fazem o moitão
cabo. girar livremente.
C a b o s G u í a
Moitão de
3 sulcos
C a b o s G u í a
Moitão de
2 sulcos
• Saber a capacidade de carga que pode ser suspensa em condições seguras com seu
equipamento e nunca exceder essa carga (Fig. 4.37).
• Os estropos devem ser identificados com um número e capacidade para carga vertical ou
para carga em 45º , batidos na parte chata de seu anel, comunicando a todos os
envolvidos como essa indicação funciona (Fig. 4.39).
• Ao fixarmos a carga com estropos deve se ter o cuidado para não danificar os estropos
com os cantos vivos da carga, usando protetores que podem ser feitos de tocos de tubos
de diâmetro grande (Fig. 4.40). Como regra pratica podemos adotar, que o arco de
contato do estropo com a carga seja maior do que 7 vezes o diâmetro do cabo do
estropo. Os estropos que ficam em contato com cantos vivos ou são dobrados em arco
menor do que antes descrito, podem deformar, seus fios quebrarem e assim sofrerem
danos permanentes.
• Nunca deixe estropos estendidos no solo, mesmo que seja para períodos curtos em
contato com umidade, terra ou agentes corrosivos.
• Nunca tente puxar, arrastar estropos, de baixo de uma carga, suspenda a carga para
liberar os cabos.
• Nunca enrole os cabos de içamento em volta da carga. A carga deve ficar suspensa no
gancho por estropos ou outros dispositivos adequados de içamento.
• Nunca tente reparos provisórios no estropos, nos reparos se houverem, deve sempre
seguir os procedimentos corretos.
133
LIXO
Fig. 4.38 - Destrua e descarte os estropos Fig. 4.39 – Todos os estropos devem
que encontrar com defeito, para evitar ter sua identificação, indicando seus
que outros eventualmente corram riscos dados como diâmetro, comprimento
de acidentes tentando usar essa peças e sua capacidade de carga, vertical e
em 45º
134
Calços de madeira
Calços de madeira
O raio de contato deve ser
igual a camada de 1 cabo
(7 x o diâmetro do cabo)
Fig. 4.40 - Providencie sempre proteção para o estropo nos cantos vivos.
NÃO!
NÃO! SIM!
Fig. 4.41 - Nunca suspenda carga com estropos
não utilizados
Fig. pendurados,
4.41 - Nunca soltos,
suspenda cargaprenda-os.
com estropos Fig. 4.42 - Nunca enrole
cabos no gancho
135
• Nunca suspenda carga com os estropos não utilizados pendurados soltos, prenda os.
• Ao suspender uma carga com mais estropos, use todos os estropos do mesmo tipo e
material.
• Estropos danificados, amassados são devem ser utilizados, devem ser descartados.
• Nunca use estropos com laços feitos a mão, pois sob a carga podem desmanchar-se,
use estropos com olhais metálicos (“Flemish Spliced Eyes”)
• Nunca enrole cabos, estropos, sobre o gancho, a curvatura de raio pequeno danifica
permanentemente o cabo de aço (Fig. 4.42).
• Os ângulos das pernas dos estropos, devem ser sempre acima dos 45º, a maneira mais
fácil para conferir isto, ao concluir a amarração, suspender a carga, só por uns
centímetros e medir a distância entre os pontos de suspensão, que deve ser menor do
que o comprimento do menor estropo. Confirmada essa medida, estamos com ângulo
superior a 60º (Fig. 4.44).
• Nunca suponha que um estropo múltiplo, tipo rédea suspenda uma carga de forma
segura, considerando a carga multiplicada pelo número de pernas. Estropos tendo mais
do que duas pernas, suspendendo uma peça rígida, duas pernas só sustentam a carga
enquanto as outras só equilibram (Fig. 4.45).
• Ao suspendermos peças rígidas, com estropos de três ou quatro pernas, duas pernas
devem ter a capacidade de sustentar a carga. Em outras palavras, os estropos só devem
ser considerados só dois, para efeito de capacidade. Quando a peça é flexível, podendo
deformar, se ajustar as pernas do estropo, aí sim podemos considerar cada perna do
estropo para sustentar sua parte de carga.
• Usando estropos de várias pernas, quando uma extremidade é bem mais pesada, a
tensão sobre o estropo correspondente a esse lado é mais importante do que a carga
total. Para essa carga deve ser selecionado o estropo, uma vez que essa é a perna mais
afetada e seu olhal sujeito a danos (Fig. 4.46).
• Ao usarmos estropos estrangulados, não forçar o olhal para baixo para não danificar o
estropo devido ao baixo ângulo (Fig. 4.47).
• Quando dois ou mais olhais devem ser engatados no gancho, use uma manilha com o
seu pino apoiado no gancho, para evitar a abertura do gancho e proteger os olhais do
estropo Fig. 4.48).
136
Dobras prejudiciais
Dobras prejudiciais
Fig. 4.43 – Evite dobras nos estropos, próximos as luvas e fixações.
Esses estropos suportamsuportam
Esses estropos
a carga a carga
Esses só
Esses só
equilibram
equilibram
Fig. 4.44 – Se “L” é maior do que “S”, o Fig. 4.45 – No caso de estropo de 4
Fig. 4.44 “A”
ângulo – Se “L” é maior
é suficiente parado
a que “S”, o
segurança Fig.
(ou 3) 4.45 – No
pernas caso de
2 pernas estropo de 4
devem
ângulo “A” é suficiente para a segurança (ou 3) pernas
suportar a carga2os
pernas devem
demais apenas
suportar
servem a carga
para os demais apenas
equilibrá-la.
servem para equilibrá-la.
Se forçar o olhal
Se forçar
para baixoo olhal
para baixo
As cargas se tornam
As cargas muito
se tornam severas
muito em em
severas
função do baixo
função ângulo
do baixo nosnos
ângulo estropos
estropos
Fig. 4.47 - Ao usarmos estropos estrangulados, não forçar o olhal para baixo para não
danificar o estropo devido ao baixo ângulo.
Manuseio da Carga
Instável !
O gancho não está A carga vai se deslocar até
sobre o centro de ! A carga
o centro vai se deslocar
de gravidade e se até
Instável
gravidade
O ganchoda não
cargaestá posicionar sob o gancho e se
o centro de gravidade
posicionar sob o gancho
sobre o centro de
gravidade da carga
Instável !
O centro de gravidade está
Instável
acima ! pontos de
dos
O centro de gravidade está
suspensão
acima dos pontos de
suspensão
Estável––oogancho
Estável ganchoestá
estásobre
sobreoocentro
centrode
degravidade
gravidadeda
dacarga
carga
Fig.
Fig.4.51
4.51- -OObico
bicodada
lança deve
lança estar
deve sempre
estar sobre
sempre o centro
sobre de gravidade
o centro da carga
de gravidade da carga
4- Suspendendo cargas pesadas, deve se ter muito cuidado de evitar “socos” por
movimentos abruptos de içamento ou descarga. Suspenda a carga, suavemente, por
alguns centímetros e segure, para testar os freios.
Verifique se os cabos
múltiplos não estão
embaralhados entre si.
Fig. 4.52
Fig. - Verifique
4.52 - Verifiquesese
ososcabos
cabosmúltiplos não
múltiplos estão
não embaralhados
estão entre
embaralhados si.si.
entre
Fig.
Fig.4.52
4.52- -Verifique
Verifiqueseseosos
cabos
cabosmúltiplos
múltiplosnão
nãoestão
estãoembaralhados
embaralhadosentre
entresi.si.
Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.
Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.
7- Observe sempre a carga, sem tirar os olhos. Se tiver que olhar para outra direção,
pare a máquina de uma vez. Se não pode visualizar a carga o tempo todo,
providencie um sinalizador.
8- Atenda somente os sinais e avisos do sinalizador, exceto o sinal de parada, que deve
ser sempre atendida, seja de quem for.
10 - Nunca permita que alguém “pegue carona” na carga que está sendo suspensa ou
baixada (Fig. 4.54)
13 - Tenha cuidado com partidas e paradas, que não sejam abruptas. A velocidade de giro
deve ser mantida tão baixa que a carga não oscile fora do raio seguro e previsto. É
importante manusear as cargas pesadas, evitando oscilações e balanços durante o
giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina (Fig. 4.56).
15 - Nunca permita pessoas trabalhando sob a carga suspensa, exceto se a mesma está
seguramente calçada e as condições foram aprovadas pelo supervisor.
17 - Nunca use a lança para arrastar uma carga, lateralmente. A lança não foi projetada
para esse tipo de operação e pode arruinar-se devido aos esforços laterais. Faça
somente içamentos verticais.
Fig. 4.54 - Nunca permita que alguém “pegue carona” na carga que está
sendo suspensa ou baixada
Fig. 4.55 - Nunca conduza carga suspensa, sobre pessoas trafegando na área
143
Fig. 4.57 - Antes de começar um giro com a carga verifique se há espaço suficiente e
se as patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com
cabos de guia, quando necessário
144
Fig. 4.57 - Antes de começar um giro com a carga verifique se há espaço suficiente e
se as patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com
cabos de guia, quando necessário
Fig. 4.58 - Nunca suspenda ao mesmo Fig. 4.59 – Prenda sempre os estropos
tempo mais do que uma carga livres, não utilizados. Não os deixe
pendurados, soltos.
35 - Faça a descida da carga controlada pelo motor, sempre que possível, para poupar o
freio de carga, do contrário, use a catraca de segurança do tambor.
Fig. 4.62 - Ao estender a lança (ou baixá-la) a carga será suspensa e se não der “mais
corda” no cabo o bloco do gancho pode bater no topo da lança, quebrando o cabo,
derrubando a carga.
148
CORRETO
ERRADO
Cuidado: Ao utilizar esse método, baixando, segurando ou suspendendo carga, lentamente, não
engate outra função de embreagem, para não causar “arrasto” no conversor de torque. Se a carga
estiver sendo içada, pode parar ou começar a descer, se estiver sendo baixada a velocidade de descida
pode vir a aumentar. O mesmo efeito pode obter ao segurar ou baixar a lança pelo conversor de torque.
38 - Abaixamento de queda livre só deve ser utilizado em casos de cargas muito leves e
sempre controlado pelo freio. Em alguns guindastes mais antigos era possível, para
obter maior controle sobre a velocidade de descida, acoplar a caixa de engrenagens
ao tambor. Isso era feito segurando a carga no ar com o freio de içamento,
desativando a embreagem principal do motor, engrenando a embreagem de içamento
e depois soltar o freio. Assim a máquina girava ao contrário ao baixar a carga. Isso
era utilizado antes de começarem utilizar os rolamentos anti-fricção. Nos guindastes
novos, acoplando a caixa de engrenagens, a máquina vai reduzir a velocidade da
carga, inicialmente, mas vai acelerar rapidamente, o que vai dificultar a parada da
carga com os freios, uma vez que terá que ser freada a rotação da máquina também.
Esse método não é recomendado, exceto em casos de emergência.
39 - Durante as operações de içamento de carga, o operador deve ter seu pé, o tempo
todo, sobre o freio do guincho, para evitar a queda da carga em caso de parada do
motor. Esse freio de guincho deve ser solto simultaneamente ao iniciar o içamento.
40 - Os freios devem ser aplicados sempre que o motor estiver parado, ou a embreagem
principal desativado.
41 - A catraca de seguranç a deve ser ativada quando a carga é mantida suspensa por
período prolongado.
Riscos Elétricos
Essa matança de gente boa deve finalizar. A única maneira para isso, é que todos os
envolvidos com serviços de guindastes, desde os gerentes até os operários mais simples,
obedecerem o procedimento descrito, muito simples, exposto a seguir:
Temos uma área em volta de cada rede elétrica, como limite de aproximação. É
estritamente proibido levar um guindaste dentro dessa área, sem antes desenergizar a rede
ou isolá-la. Não existem exceções! (Fig. 4.67).
É muito perigoso acessar com guindastes as áreas indicadas sem desenergizar a rede.
Acima de 250.000 V
Acima de 250.000 V
Entre 125.000
Entree125.000
250.000eV
Até 125.000
Até VV
125.000 250.000 V
Fig. 4.67 - Restrições de acesso de áreas de rede elétrica
Fig. 4.66 – Contato com as redes elétricas é a causa mais freqüente das fatalidades
envolvendo guindastes.
152
Sinalizador indispensável mesmo que “Y” seja maior do que 3.0 metros
Sinalizador indispensável mesmo que “Y” seja maior do que 3.0 metros
Um segundo requisito que deve ser atendido, tão importante quanto o primeiro:
• Nunca estabeleça rampas e vias de acesso nas proximidades ou sob rede elétrica.
• Se souber que haverá operação de guindastes nas proximidades de rede elétrica,
providencie a desenergização ou a relocação da rede antes da chegada das máquinas.
• Considere todas as redes elétricas como energizadas até não ter confirmação oficial, que
estão desativadas.
• Trafegue com o guindaste com extremo cuidado em terrenos irregulares, pois a lança
pode enroscar na rede elétrica.
• Se a situação assim exigir, que o guindaste deve trabalhar em local fixo, próximo a risco
elétrico, a máquina deve ser aterrada por meio de haste de terra apropriada ou malha de
terra, o mais próximo possível ao equipamento (Fig. 4.72), sendo que, primeiro se
conecta o cabo de terra ao haste e depois à máquina. Deve ser sinalizado o ca bo de
aterramento e o pessoal alertado para sempre manterem-se afastados do local.
Nota: Tendo em vista que é muito difícil obter um aterramento eficiente, mesmo com
a utilização de aterramento, não é dispensado a exigência de sinalizador.
• Deve-se ter muito cuidado ao trabalhar sob rede elétrica de vãos longos, os mesmos
tendem a oscilar lateralmente sob efeito do vento podendo ocasionar acidentes.
(Fig. 4.73) Devemos ter muito cuidado nas proximidades de torres de TV ou Radio, uma
vez que a lança pode agir como antena e acumular carga estática (Fig. 4.74)
Fig. 4.72 – Os guindastes sempre devem ser aterrados com haste ou malha de terra
156
É da responsabilidade do operador recusar a operar o equipamento enquanto os
requisitos não forem preenchidos.
Torre de
Rádio ou TV
Fig. 4.74 - Outra área de perigo que exige muita atenção, são as torres de rádio e
TV, uma vez que a lança do guindaste pode vir atuar como antena e acumular
eletricidade estática, providencie aterramento adequado.
157
Fig. 4.73 - Deve-se ter muito cuidado ao trabalhar sob rede elétrica de vãos longos, os
mesmos tendem a oscilar lateralmente sob efeito do vento podendo ocasionar
acidentes.
NÃO ENTRE
NÃO EM
ENTRE
PÂNICO !!!
EM PÂNICO!!!
Fig. 4.76 - Comportamento em caso de a máquina sofrer contato elétrico
Uma pessoa qualificada deve ser o responsável pela a operação. Ele deve analisar a
situação e instruir todo pessoal envolvido sobre o posicionamento apropriado, amarrações e
os movimentações a serem feitas.
159
NÃO!
Fig. 4.79 - Operações em conjunto devem ser planejados com muita cautela.
Comunicação
via radio
Comunicação
via radio
Fig. 4.80 – Nos casos de içamento em conjunto os operadores devem ter condições de
comunicação direta via radio
162
EEm içamentos
m içamentos em conjunto
em conjunto observar:
observar:
ü• AsAs velocidades
velocidades de cabos
de cabos de giroedevem
do giro
ser
devem ser combinados.
combinados
ü Os movimentos de vem ser os mais lentos
• possíveis.
Os movimentos devem ser os mais
ü Manter no máximo a rotação do motor para evitar
lentos possíveis.
travamento
ü Não acionar abruptamente freios e embreagens
• Manter no máximo a rotação
do motor para evitar travamento.
• Nunca trafegue com cargas próximas ao limite de capacidade da máquina. Como regra
geral, na ausência de recomendações de fabricante, a carga máxima que pode ser
transportada sobre a parte traseira do guindaste, nunca deve exceder a carga admissível
no quadrante lateral, sobre pneus (Fig. 4.83).
• É necessário extremo cuidado ao trafegar com cargas acima dos 50% da capacidade
da máquina. As irregularidades do terreno sujeitam a suspensão e a lança a choques
de cargas adicionais que devem ser compensadas, reduzindo a carga no gancho
(Fig. 4.84).
• Quando é permitido pelo projeto, o operador deve permanecer no cabine para controlar a
carga e um segundo operador deve conduzir o guindaste. O sinalizador deve orientar a
operação, caminhando na frente do equipamento e observar atento os perigos possíveis.
• A carga deve ser mantida o mais perto possível ao solo, sendo o cabo mais longo
possível entre a ponta da lança e a carga. Isso contribui a aliviar o impacto da carga
sobre a lança, devido a elasticidade do cabo, elasticidade essa que aumenta conforme o
comprimento do cabo (Fig. 4.86).
• Nunca trafegar com cargas acima dos 50% da capacidade da máquina. Isso tenderá
aumentar o raio e pode causar tombamento da máquina. Trafegue lentamente com a
carga na parte frontal da máquina (Fig. 4.87).
• Se utilizar guindaste de esteira em solo mole, as vezes pode ser necessário trafegar com
a carga sobre a parte traseira para que a esteira possa agarrar melhor ao solo. Amarre a
carga à máquina para minimizar as oscilações e trafegue devagarinho com extremo
cuidado, a máquina pode tender levantar a frente (Fig. 4.88).
• Nunca trafegue com guindaste de pneus, com a carga suspensa pelos lados.
• Use sempre a lança mais curta possível.
• Não trafegue com a lança no ângulo mais elevado para evitar tombamento e queda da
lança sobre a máquina (Fig. 4.89).
• Nunca põe a máquina em movimento enquanto o caminho da sua frente não esteja livre,
isento de pessoas ou obstáculos.
164
Fig. 4.83 - Nunca trafegue com cargas próximas ao limite de capacidade da máquina.
Como regra geral, na ausência de recomendações de fabricante, a carga máxima que
pode ser transportada sobre a parte traseira do guindaste, nunca deve exceder a
carga admissível no quadrante lateral, sobre pneus
• Se trafegar com as patolas estendidas, observe se não batem em obstáculos para evitar
danificá-los.
• Nunca trafegue sobre solo irregular, instável ou fofo se isso representa perigo de
acidente ou possíveis danos ao equipamento.
165
Fig. 4.84 - Extremo cuidado deve ser tomado ao trafegar com cargas acima dos 50%
da capacidade da máquina. As irregularidades do terreno sujeitando a suspensão e a
lança a choques de cargas adicionais devem ser compensadas, reduzindo a carga no
gancho
Fig. 4.85 – Ao trafegar com carga, faça com velocidade muito baixa, evite aceleradas e
freadas bruscas e use cabo guia para controlar as oscilações da carga
167
Mantenha oomaior
Mantenha comprimento
maior comprimentode de
caboque
cabo que for
for possível
possível entre
entrea aponta da da
ponta
lança eea carga,
lança para para
a carga, amenizar os
amenizar os
impactosdevido
impactos devido aa elasticidade
elasticidade do
docabo,
cabo,
queéécanto
que canto mais
mais longo
longo oocabo
caboé é
maior
maior
a sua elasticidade.
a sua elasticidade.
Mantenha possível
solo
Fig. 4.86 – Trafegando com carga, mantenha-a mais próximo possível ao solo
168
Fig. 4.87 - Trafegue sempre na direção da carga se transportar peso com mais de 50%
do limite de carga do guindaste, considerando a capacidade “sobre pneus”.
Fig. 4.82 - A lança sempre deve ser apontada para a direção do translado
169
• Fig. 4.88 - Se utilizar guindaste de esteira em solo mole, as vezes pode ser
necessário trafegar com a carga sobre a parte traseira para que a esteira possa
agarrar melhor ao solo. Amarre a carga à máquina para minimizar as oscilações e
trafegue devagarinho com extremo cuidado, a máquina pode tender levantar a
frente
Sinalização
O sinalizador deve:
• Se posicionar para ficar visto integralmente pelo operador e se usar sinais de mão
deve estar suficientemente próximo para oferecer boa visibilidade e interpretação.
Estar posicionado para enxergar constantemente a carga e o equipamento,
mesmo na ausência de perigos (Fig. 4.92).
• Orientar o trajeto da carga para que a mesma nunca fique sobre as pessoas.
Movimento abrupto
Movimento abrupto
Fig. 4.89 - Não trafegue com a lança no ângulo mais elevado para evitar tombamento e
queda da lança sobre a máquina
171
Fig. 4.91 - Posicione a carga no lado de “morro nem a lança, nem o guindaste
stornem instáveis ao liberar a carga
Fig. 4.91 - Posicione a carga no lado de “morro acima”, da máquina e observe que
nem a lança, nem o guindaste se tornem instáveis ao liberar a carga
173
Fig. 4.92 – O sinalizador deve se posicionar para ficar visto integralmente pelo
operador e se usar sinais de mão deve estar suficientemente próximo para oferecer
boa visibilidade e interpretação. Ele deve estar posicionado para enxergar
constantemente a carga e o equipamento, assim ele mesmo está protegido dos riscos.
174
SUSPENDER
SUSPENDER – Com o antebraço
– Com BAIXAR
o antebraço BAIXAR – Com
– Com braço
braço para
para baixo,USE MOITÃO
baixo, BAIXAR – Com braço
PRINCIPAL - Bate para baixo,
vertical indicador
vertical para
indicador cima,
para giregire
cima, a a indicador
indicador aponta
aponta para
para baixo,
baixo, gire
gire a acom o punho
indicador aponta para
no capacete, baixo, gire a
depois
suasua
mão lentamente em círculos.
mão lentamente em círculos. sua mão lentamente em círculos.
sua mão lentamente em círculos. faça o sinal convencional.círculos.
sua mão lentamente em
Fig.
Fig.4.93
4.93aa- - Sinais
SinaisConvencionais
Convencionaisde
deControle
Controlede
deOperação
Operaçãode
deGuindaste
Guindaste(1ª
(1ª parte)
parte)
175
GIRAR – Com o braço estendido SUBIR A LANÇA e BAIXAR A BAIXAR A LANÇA e SUBIR A
aponte para a direção do giro. CARGA – Com a mão aberta, CARGA - Com a mão aberta,
polegar para cima, o braço polegar para baixo, o braço
TRANSLADO – (Guindaste em estendido,
ESTENDER flexionar os dedos
A LANÇA - estendido, flexionar
RETRAIR A os dedos
LANÇA -
trilhos ou trolei) Braço para a até(Em
atingir
casoa posição desejada.
de telescópica) até atingir
(Em casoa posição desejada.
de telescópica)
frente, estendido, com a mão Braços dobrados, punhos Braços dobrados, punhos
aberta, para cima, fazer o fechados com os polegares fechados com os polegares
movimento de empurrar. apontando para fora. apontando para dentro.
Se o operador perder o contato com o sinalizador por alguma razão, deve paralisar a
operação até conseguir restabelecer a comunicação. Em caso de pegar carga num local e
baixá-la em outro, como no caso de lançamento de concreto, dois sinalizadores são
necessários, um em cada ponto de operação.
Máquina Abandonada
• O operador nunca deve abandonar o equipamento, com carga suspensa, exceto casos
de extrema emergência. Qualquer falha técnica pode causar a queda ou descida brusca
da carga, sobre pessoas ou equipamentos. Os tambores de freio podem esfriar, soltando
o freio. Uma carga suspensa nunca deve depender apenas dos freios para ficar
suspensa exceto com o operador em seu lugar, em prontidão para manusear a carga se
necessário (Fig. 4. 96).
e) Ativar a trava de giro, não confie no freio de giro como freio principal por não ser uma
trava positiva, podendo permitir o movim ento da mesa.
f) Abaixar a lança se possível verificando se a área está livre e desocupada sem nada a
ser danificado pela carga ou pela lança, e depois prenda o gancho.
Radio comunicação
Radio comunicação
Transporte do Guindaste.
Fig. 4.96 - O operador nunca deve abandonar os controles com carga suspensa.
180
Fig. 4.97 - Estacione a máquina sempre num local que nada possa ser danificado se a
lança baixar acidentalmente.
Quando suspender as seções da lança nunca engate o gancho nas treliças para não
dobrá-las, fixe as sempre nas extremidades dos membros principais (Fig. 4.103). As seções
devem ser calçadas e se forem empilhadas devem ter calços intermediários entre os
mesmos, de firmeza e segurança absoluta. Se quiser prende-las providencie proteções
adequadas para não danificar, deformar seus membros. É recomendável usar tiras de lona
em lugar de correntes para as fixações (Fig. 4.104).
Sempre verifique as restrições locais para altura, largura e peso, para não exceder os
limites legais. Se houver necessidade de redução de peso, remova as patolas e o
contrapeso.
Fig. 4.99 - Ao subir o guindaste a prancha, faça a rampa longa com baixo grau de
inclinação
Fig. 4.100 a – Transportando guindaste por qualquer meio, não confie só nos freios,
ative os freios e trava de giro e fixe a máquina atirantando-a
183
Fig. 4.100 b – Transportando guindaste por qualquer meio, não confie só nos freios,
ative os freios, a trava de giro e fixe a máquina atirantando-a
184
Fig. 4.101 – Trafegue com o guindaste, montado somente com a seção base da lança
185
O peso da lança não deve repousar
sobre
O pesoo da
suporte,
lança para não danificar,
não deve repousar
deformar seus membros.
sobre o suporte, para não danificar,
deformar seus membros
Fig. 4.102 - O peso da lança deve ser suportada pelo cabo de içamento e deve ter folga
para permitir o balanço causado pela movimento durante a viagem
186
Fig. 4.103 – Nunca suspenda as seções de lança pelas treliças, suspenda sempre nos
pontos de montagem na extremidade das longarinas .
Fig. 4.104 – Nunca use cabo ou corrente para prender as seções da lança, use tiras de
lona
187
Fig. 4.105 – Para trafegar com guindaste móvel, mantenha as luzes e demais
dispositivos de segurança de sinalização ligados, use bandeiras de sinalização e em
caso de guindastes muito grandes use batedores na frente e atrás da máquina.