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Caderno de Administração v.1 Ano 2017
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Autor: Juliana Cezario Ferreira
Curso de Bacharel em Administração – Instituto de Ensino Superior de Bauru (IESB)
Rua Anhaguera, nº 19 Quadra 9 – Vila Silva Pinto - 17.013-190 - Bauru, SP - Brasil
[email protected] (14) 988074419
Introdução
O capitalismo vem de muito tempo, desde à época do mercantilismo já
havia vestígios da ideia desse sistema sócio-economico que temos hoje, mas
vamos colocar como marco da predominância do Capitalismos a queda do muro
de Berlim na Alemanha, que até hoje é lembrando como fato histórico que
acentuou a “vitória” do capitalismo na dita Guerra Fria. Com isso desde o fim dos
anos 80 não só aqui no Brasil como em grande parte do mundo vivemos neste
sistema onde saber administrar o dinheiro na economia é a grande sacada do
“jogo”. Apesar de isso ser claro para empresas, organizações e governos não se
dá a devida importância desse conhecimento na unidade básica de qualquer
sociedade: o indivíduo. A administração financeira pessoal deveria ser um fator
importante a ser considerado, pois são essas unidades da sociedade, as
pessoas, que juntas vão criar o todo da economia e da sociedade.
O presente artigo tem por objetivo expor argumentos e relacionar os índices
de qualidade de vida com os conhecimentos e práticas da educação financeira
pessoal, no decorrer dos capítulos serão demonstrados o que vem a ser
educação financeira, quais os benefícios de sua prática, bem como, será feita
exposição de dados estatísticos sobre o assunto. Entenda que o presente artigo
não tem por objetivo expor que qualidade de vida é parar de gastar ou poupar
apenas para item específico, e sim mostrar que gastando de forma consciente e
inteligente o indivíduo tem mais possibilidade de conquistar o que para ele é
importante assim como proporcionar uma vida mais tranquila e estável sem um
endividamento constante que acaba por tirar a tranquilidade do individuo.
Definições
Para que se entenda a essência do presente trabalho se torna necessário
que entendamos o significado de termos importantes.
A qualidade de vida é um termo muito subjetivo, e difícil de definir por conta
disso, o que para um pode ser um ponto importante para se ter qualidade de vida
para outro não significa nada. O termo pode ter duas tendências de conceituação
uma relacionada à saúde física e mental e outro como termo mais genérico
relacionado a estudos sociológicos, para este artigo iremos nos ater a essa
segunda opção. Uma conceituação interessante e adotada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) é “a percepção do indivíduo sobre a sua posição na
vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em
relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”
Outra definição interessante é a de Gonçalves e Vilarta (2004): “maneira
como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano, envolvendo,
portanto, saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas
decisões que lhes dizem respeito”. Ambas as definições entendem que
qualidade de vida depende da percepção do indivíduo, entretanto sempre
relacionada a vivencia rotineira da vida, seus objetivos e aspirações.
Vejamos agora o que significa educação financeira, Segundo Gallery et al.
(2011, p.288), educação financeira é "a capacidade de fazer julgamentos
inteligentes e decisões eficazes em relação ao uso e gestão do dinheiro”. Já
segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE
(2005) educação financeira pode ser definida como:
[...] o processo mediante o qual os indivíduos e as
sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos
conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com
informação, formação e orientação, possam desenvolver os
valores e as competências necessários para se tornarem mais
conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e,
então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde
procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-
estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a
formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005, p.13)
Podemos ver na definição que educação financeira que se trata de
conhecimentos e competências que te ajudam fazer escolhas inteligentes
relacionadas a dinheiro, transações financeiras e consumo o que te fazem
adquirir certo bem-estar e tranquilidade na vida. Verifique até mesmo apenas
pelas definições básicas de ambos os termos podemos correlacionar um ao
outro de forma simples como a educação financeira ser um meio básico e eficaz
de, em um sistema econômico capitalista, se conquistar a qualidade de vida.
Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho primeiramente foram feitas
pesquisas exploratórias e teóricas em artigos acadêmicos anteriores assim como
correlacionando esses artigos para se embasar a ideia principal da relação entre
educação financeira e qualidade de vida.
Além disso, foram usados dados estatísticos de pesquisas já feitas que
podem ser relacionadas ao tema em questão, como índices de qualidade de
vida, pesquisas sobre conhecimento em educação financeira pessoal do Brasil,
inadimplência, depressão entre outras.
Por fim foi feita uma pesquisa de campo simples através da ferramenta
google formulário para se mostrar como é explicita a deficiência da educação
financeira bem como a necessidade e busca pela qualidade de vida atualmente.
Pesquisa feita com 59 pessoas aleatórias que se propuseram a responder após
divulgar o link em redes sociais, mensagens de texto e compartilhamento de
terceiros.
Discussão e Resultados
8. Recreação e Cultura
9. Recursos Políticos
No decorrer dos anos foram criados diversos tipos de indicadores de
qualidade de vida, todos querendo mensurar a mesma coisa mais seguindo
focos diferentes como, por exemplo, o Indicador de Qualidade de Vida da OMS
criado em 1992 tinha foco em: Domínio físico, domínio psicológico, nível de
independência, relações, sociais, ambiente e aspectos
espirituais/religião/crenças pessoais. Bem antes disso, em 1972, foi criado o
indicador de Felicidade Interna Bruta (FIB) no Butão, foram feitos diversos
estudos aonde se chegou em 9 indicadores que compõe: bom padrão devida
econômica, boa governança, educação de qualidade, saúde, vitalidade
comunitária, proteção ambiental, acesso à cultura, gerenciamento equilibrado do
tempo e bem estar psicológico (MENCONI, 2009).
Um dos mais recentes é o Indicador de Qualidade de Vida Calvert-
Henderson de 2000, se tornou um modelo bem amplo onde mede a qualidade
de vida em torno de 12 indicadores que são: educação, emprego, energia, meio-
ambiente, saúde, direitos humanos, renda, infra-estrutura, segurança nacional,
segurança pública, lazer e habitação (PENACHIONI, 2009).
Entretanto o indicador ainda mais utilizado é o IDH - Índice de
Desenvolvimento Humano criado em 1990 e utilizado até hoje pela Organização
das Nações Unidas (ONU) para o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD). É uma ferramenta de cálculo estatístico desenvolvida
para desvincular os índices de crescimento de apenas dados econômicos e
começar a considerar aspectos sociais e culturais. O IDH leva em conta três (3)
indicadores: renda, longevidade e educação. Apesar de ser o mais usado ainda
leva em consideração poucos aspectos comparado com a amplitude das
definições e percepções de qualidade de vida
Contudo a qualidade de vida em todas as definições e indicadores está
intimamente ligada com as percepções de bem estar, de satisfação de
necessidades, expectativas futuras e por consequente, emprego, renda,
estabilidade etc.
Verifique que os itens mais almejados foram adquirir casa própria, lazer e
viajar. Entretanto em contrapartida quando ser foi questionado se a pessoa utiliza
alguma planilha de controle e programação de gastos a reposta foi que 62,7%
das pessoas não utilizam.
Considerações Finais
O presente artigo teve o propósito de demonstrar a relação entre qualidade
de vida e educação financeira no atual sistema econômico que estamos
inseridos. Assim como mostrar a importância desses conhecimentos financeiros
para se ter uma vida tranquila e estável.
No início foi exposta uma contextualização do assunto do artigo e em
seguida definições pertinentes para que com elas fosse possível entender o
conteúdo do artigo no decorrer dos assuntos. Posteriormente foi apresentada
uma pequena descrição da metodologia usada para o desenvolvimento do
artigo, que se trata de pesquisas exploratórias, dados e pesquisa de campo.
A fim de se entender a relevância desse artigo foi exposto a importância do
termo educação financeira pessoal nos dias atuais apresentando dados
estatísticos sobre como a falta desse conhecimento está afetando a vida das
pessoas.
Foi apresentado também o que vem a ser qualidade de vida, mesmo com
toda a sua subjetividade, e quais os indicadores que foram desenvolvidos no
decorrer dos anos para mensurar esse termo tão mencionado atualmente.
Por fim foi relacionado a conquista de qualidade de vida com a prática dos
ensinamentos da educação financeira pessoal a partir de dedução de fatos bem
como, para embasar, resultados de uma pesquisa simples de campo.
Conclui-se que há sim uma ligação entre as práticas da educação
financeira pessoal com a qualidade de vida sendo o primeiro um meio ou uma
Referências
CAMPOS, Marcelo Bergamini et al. Educação financeira na matemática do
ensino fundamental: uma análise da produção de significados. 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Elsevier
Brasil, 2003.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA, No Brasil ,
Disponível em: < http://www.vidaedinheiro.gov.br/pagina-23-no-brasil.html >
Junho de 2017
FECOMERCIO, Cartão de crédito é o vilão do endividamento das famílias
paulistanas e proporção chega a 72,6% em setembro, Disponível em: <
http://www.fecomercio.com.br/noticia/cartao-de-credito-e-o-vilao-do-
endividamento-das-familias-paulistanas-e-proporcao-chega-a-72-6-em-
setembro-1> Acesso em Junho 2017
NOBRE, Moacyr Roberto Cucê. Qualidade de vida. Arq Bras Cardiol, v. 64, n.
4, p. 299-300, 1995.
SEIDL, Eliane Maria Fleury; ZANNON, Célia Maria Lana da Costa. Qualidade de
vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad saúde pública, p.
580-588, 2004.