Umadinho L 1438 2004 Luos

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Lei Ordinária nº 1438/2004 de 09/09/2004

Ementa
“Dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo no Município de Brumadinho”

Texto
O Povo do Município de Brumadinho, por seus representantes na Câmara Municipal decreta e
eu, Prefeito, sanciono a seguinte Lei:

CAPITULO I
Disposições Preliminares

Art. 1º – Esta Lei tem por objetivo o ordenamento do uso e ocupação do solo no território
municipal de Brumadinho, observadas ainda, no que couber, diretrizes definidas para a APA
SUL RMBH, o Código Florestal – Lei Federal 4.771, de 15/ 09/ 65, alterações e regulamento, a
Lei Florestal do Estado de Minas Gerais – Lei Estadual 10.561, de 27/ 12/ 91, alterações e
regulamento, demais leis ambientais vigentes, e as leis municipais relativas ao Parcelamento do
Solo, Código de Obras e Código de Posturas.

Art. 2º – A Comissão Municipal de Planejamento e Meio Ambiente – COPLAMA, criada pela


Lei de Parcelamento do Solo, terá também como atribuição o acompanhamento e o controle do
disposto nesta Lei e a discussão e deliberação sobre os casos omissos.

Art. 3º – Para o cumprimento do disposto no Art. 1° será necessária a definição do perímetro


urbano, das zonas de expansão urbana, zonas urbanas especiais, das zonas de uso e ocupação do
solo, das zonas especiais de projetos, das zonas de preservação, das áreas de diretrizes especiais,
das categorias de uso e ocupação do solo, das exigências de licenciamento ambiental, dos
parâmetros de ocupação do solo relacionados a taxas de ocupação, coeficientes de
aproveitamento, taxas de permeabilidade, afastamentos de divisas e outras exigências.

Parágrafo único – O Perímetro Urbano definido nos Mapas de Zoneamento, anexos a esta Lei, é
objeto de lei municipal específica contendo sua descrição.

CAPÍTULO II
Das Zonas de Uso e Ocupação do Solo

Art. 4º – O território municipal de Brumadinho compõe-se das seguintes zonas de uso e


ocupação do solo:

I – Zona Urbana;

II – Zona Rural.

§ 1º - A Zona Urbana é aquela contida pelo Perímetro Urbano aprovado por lei e subdivide-se
em zonas urbanas diferenciadas pela ocupação e uso do solo de projetos e zona de expansão
urbana.

§ 2º - A Zona Rural é aquela externa ao Perímetro Urbano.

Art. 5º – Para os efeitos de aplicação dos parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do solo
definidos nesta Lei e em atendimento às necessidades básicas de estruturação do espaço urbano,
gerando equilíbrio entre o assentamento humano e o meio ambiente, as zonas urbanas são
representadas pelo Distrito Sede, demais Distritos e povoados, conforme descrição constantes
das Seções de I a XIV do Capítulo II desta Lei:

I – Zona Urbana do Distrito Sede de Brumadinho;

II – Zona Urbana Especial do Distrito de Conceição do Itaguá;

III - Zona Urbana Especial do Distrito de São José do Paraopeba;

IV - Zona Urbana Especial do Distrito de Aranha;

V - Zona Urbana Especial do Distrito de Piedade do Paraopeba;

VI - Zona Urbana Especial da localidade de Palhano;

VII - Zona Urbana Especial da localidade de Casa Branca;

VIII - Zona Urbana Especial da localidade de Alberto Flores;

IX - Zona Urbana Especial do povoado de Coronel Eurico;

X - Zona Urbana Especial do povoado de Córrego do Feijão;

XI - Zona Urbana Especial do povoado de Marinhos;

XII – Zona Urbana Especial do povoado de Melo Franco;

XIII - Zona Urbana Especial do povoado de Tejuco;

XIV - Zona Urbana Especial do povoado de Suzana.

SEÇÃO I
Da Zona Urbana do Distrito Sede de Brumadinho – ZUB

Art. 6º – A Zona Urbana do Distrito Sede de Brumadinho compreende:

I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 1 – ZUR 1: áreas a serem ocupadas com baixa e
média baixa densidades, parceladas com lotes padrão de 360m², representando a predominância
dos parcelamentos da malha urbana de Brumadinho. Na ZUR 1 será permitido edificações para
o uso residencial unifamiliar e multifamiliar, com no máximo 2 pavimentos, em lotes de 360m²
e 720m² e no máximo 3 pavimentos em lotes de 720m², bem como o uso residencial
unifamiliar e multifamiliar, misto residencial, o uso comercial e de prestação de serviços de
pequeno porte, o uso institucional relacionado à saúde, educação, recreação e lazer, atividades
religiosas, associativas e comunitárias;

II - Zona de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR 2: áreas a serem ocupadas com baixa
densidade, caracterizadas por lotes mínimos de 1.000m², podendo ter edificações com no
máximo 2 pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso misto residencial, uso institucional
relacionado à educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e comunitárias,
comércio e prestação de serviços de pequeno porte.

III – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas a serem ocupadas com baixa
densidade, parceladas com lote padrão de 360m², onde será permitido edificações com no
máximo 2 pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso misto residencial, uso institucional
relacionado à saúde, educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e
comunitárias, uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte, e pequena produção
artesanal convivendo com o uso residencial;

IV – Zona do Centro Comercial – ZC: áreas a serem ocupadas com baixa e média baixa
densidade, destinadas preferencialmente a atividades de comércio e prestação de serviços com
nível de médio porte e de atendimento para toda a cidade, onde será permitido edificações com
no máximo 3 pavimentos em lotes mínimos de 360m². Nessa zona será permitido ainda o uso
misto residencial, o uso misto comercial e de serviços, serviços públicos de educação, saúde,
cultura e lazer;

V – Zona Central 1 – ZC 1: área destinada à média e média alta densidade de ocupação,


correspondendo aos principais corredores viários da cidade, existentes e previstos, destinada
preferencialmente a atividades comerciais e de serviços com raio de abrangência de atendimento
para toda a cidade. Ali serão incentivados o uso misto residencial, uso institucional, em geral,
serviços públicos, uso misto comercial e de serviços em edificações com no máximo 5
pavimentos, em lotes de 720m² e no máximo 3 pavimentos em lotes de 360m² e 720m²;

VI – Zona de Uso Residencial de Interesse Social – ZUR Social: áreas parceladas e ocupadas
com loteamentos de interesse social, com lotes padrão mínimo de 240m², destinadas à baixa
densidade de ocupação, sendo ali permitido apenas o uso residencial unifamiliar, comércio e
serviços de atendimento local e o uso institucional de pequeno porte relacionado à saúde,
educação, associações comunitárias, atividades religiosas, recreação e lazer. Os loteamentos a
serem aprovados na ZEU - Social serão caracterizados como ZUR Social;

VII – Zona de Uso Preferencialmente Comercial – ZUC: áreas destinadas à média e média alta
densidade, onde serão permitidos os usos comercial e de serviços de médio e grande porte, com
raio de abrangência de atendimento para toda a cidade e cidades próximas, o uso industrial de
pequeno e médio porte, com indústrias não poluidoras e que utilizam tecnologias limpas, e o
uso institucional relacionado a equipamentos de infraestrutura;

VIII – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1: áreas dentro do perímetro urbano com parcelamento
e ocupação irregulares, e/ou invasão em áreas de risco, bem como parcelamentos aprovados e
não implantados ou implantados em parte, com problemas e riscos de degradação ambiental.
Estas áreas deverão ser objeto de projetos de regularização da ocupação, remanejamento de
assentamentos, tratamento e recuperação de terrenos, revisão de projeto, definição sobre usos
permitidos e parâmetros urbanísticos para sua ocupação, no prazo de 12 (doze) meses a partir da
data de aprovação desta Lei;

IX – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2: áreas indivisas dentro do perímetro urbano que
deverão ser objeto de estudos específicos para a delimitação de áreas de risco, áreas impróprias
para parcelamento e áreas de interesse para preservação, sendo as áreas remanescentes, após
estes estudos, caracterizadas como zonas de Expansão Urbana, enquadrando-se na classificação
prevista na Lei de Parcelamento do Solo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de
publicação desta Lei;

X – Zona Especial de Projeto 3 – ZEP 3: áreas dentro do perímetro urbano reservadas para a
implantação de projetos viários em geral, articulações e interseções de vias existentes, obras de
drenagem e canalizações, equipamentos de infraestrutura urbana, obras de recuperação de áreas
de risco e outras destinações em termos de serviços e equipamentos de infraestrutura urbana,
destinados a melhorias das condições da estrutura urbana da cidade;

XI – Zona Especial de Projeto do Bairro José Henriques – ZEP José Henriques: áreas de
ocupação de baixa densidade, apresentando arruamento irregular e lotes não padronizados, de
dimensões variadas, caracterizando uma tipologia de transição entre o urbano e o rural, onde
ainda ocorrem pequenos sítios e atividades rurais de pequeno porte. Essas áreas serão objeto de
estudos e projeto específico para a definição dos parâmetros urbanísticos de ocupação do solo e
dos usos a serem ali permitidos, bem como dos loteamentos e desmembramentos que serão ali
permitidos e das intervenções necessárias à melhoria do sistema viário e das condições de
acesso, sem descaracterizar a tipologia de transição rural/urbano, ali existente, melhorando e
preservando as condições originais de ocupação, de forma a garantir qualidade ao ambiente
urbano ali definido;

XII – Zona de Projeto de Interesse Especial 1 – ZIE 1: áreas dentro do perímetro urbano
destinadas a projetos de revitalização, valorização e renovação urbana, com o objetivo de
criação de espaços públicos de uso coletivo e pontos de encontro e interesse para as
manifestações culturais da cidade e do município como um todo, favorecendo a integração do
espaço urbano e a identificação da comunidade com esse espaço. Essas áreas deverão ser objeto
de projeto específico no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de
aprovação desta Lei;

XIII – Zona de Interesse Especial 2 – ZIE 2: áreas dentro do perímetro urbano onde já estão
localizados espaços e equipamentos de uso coletivo, voltados para recreação, lazer, práticas
esportivas, educação, atividades culturais, comunitárias, bem como áreas de propriedade da
administração pública municipal e áreas livres com estudos de destinação já definidos para
instalação de atividades voltadas para a educação universitária. Essas áreas não poderão ser
parceladas e, se houver necessidade de substituição do uso atual a que se destinam, somente será
permitido ali a localização de atividades semelhantes e afins com o uso anterior, mantendo as
características de uso coletivo e destinado à recreação, lazer, práticas esportivas, educação,
atividades culturais e comunitárias;

XIV – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou
não ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo
Código Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem
como as praças e os parques urbanos públicos implantados, em processo de implantação ou
com áreas já reservadas para essa utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo,
recursos hídricos e paisagísticos não poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de
transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da
CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas
da COPASA, as faixas de servidão de oleodutos da REGAP, as áreas com declividade acima de
30% e as faixas de domínio de rodovias e ferrovias;

XV – Zonas de Expansão Urbana – ZEU: áreas contidas dentro do perímetro urbano, cuja
classificação segue o disposto na Lei de Parcelamento do Solo, sendo:

a) ZEU 1: áreas não parceladas e destinadas a loteamentos com lotes mínimos de 360m² e
450m² de acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo. Os loteamentos aprovados na
ZEU 1 serão automaticamente caracterizados como ZUR 1;

b) ZEU 2: áreas não parceladas e destinadas a loteamentos com lotes mínimos de 1.000m² de
acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo. Os loteamentos aprovados na ZEU 2
serão automaticamente caracterizados como ZUR 2;

c) ZEU 3: áreas não parceladas e destinadas a loteamentos com lotes mínimos de 360m² e
450m² de acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo. Os loteamentos aprovados na
ZEU 3 serão automaticamente caracterizados como ZUR 3;

d) ZEU 6: áreas não parceladas e destinadas a loteamentos cuja ocupação e uso


preferencialmente voltada para indústrias, comércio atacadista, comércio e serviços de grande
porte e similares, deverá permitir módulos mínimos de 1.500m², de acordo com o disposto na
Lei de Parcelamento do Solo. Os loteamentos aprovados na ZEU 6 serão automaticamente
caracterizados como ZUC;

e) ZEU Social: - áreas não parceladas e destinadas à implantação de loteamentos de interesse


social, de acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo.

SEÇÃO II
Da Zona Urbana Especial do Distrito de Conceição do Itaguá – ZUECI

Art. 7º – A Zona Urbana Especial do Distrito de Conceição do Itaguá está delimitada pelo
Perímetro Urbano aprovado pela Lei Municipal nº 1.071, de 11/02/2000, e compreende:

I – Zona Urbana de Interesse Histórico Intermediário de Conceição do Itaguá – ZUHI Itaguá:


constituída pela ocupação original do antigo povoado de Brumado do Paraopeba, cujo traçado
apresenta características urbanísticas que configuram uma aglomeração urbana de interesse
dentro da memória histórica do município. Ali serão permitidos o uso residencial unifamiliar, o
uso misto residencial, comércio e serviços de pequeno porte e abrangência de atendimento local,
uso institucional de pequeno porte relacionado à saúde, educação, atividades comunitárias,
religiosas e associativas, recreação e lazer;

II – Zona de Interesse Ambiental 1 – ZIA 1: áreas não parceladas e não ocupadas, apresentando
faixas de declividade mais altas, florestadas em parte, onde não serão permitidos parcelamentos
e nenhum tipo de ocupação que as descaracterize como entorno paisagísticos da ZUHI Itaguá,
podendo ali apenas ocorrer atividades de reflorestamento e/ou voltadas para a preservação
ecológica do conjunto natural que representam;

III - Zona de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR 2: áreas a serem ocupadas com baixa
densidade, caracterizadas por lotes mínimos de 1.000m², podendo ter edificações com no
máximo 2 pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso institucional relacionado à educação,
recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e comunitárias, comércio e prestação de
serviços de pequeno porte;

IV – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas a serem ocupadas com baixa
densidade, parceladas com lote padrão de 360m², onde será permitido edificações com no
máximo 2 pavimentos, uso residencial unifamiliar, uso misto residencial, uso institucional
relacionado à saúde, educação, recreação e lazer, atividades religiosas, associativas e
comunitárias, uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte e pequena produção
artesanal convivendo com o uso residencial;

V – Zona de Uso Residencial de Interesse Social – ZUR Social: áreas parceladas e ocupadas
com loteamentos de interesse social, com lotes de padrão mínimo de 240m², destinadas à baixa
densidade de ocupação, sendo ali permitido apenas o uso residencial unifamiliar, comércio e
serviços de atendimento local e o uso institucional de pequeno porte relacionado à saúde,
educação, associações comunitárias, atividades religiosas, recreação e lazer. Os loteamentos a
serem aprovados na ZEU - Social serão caracterizados como ZUR Social;

VI – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1: áreas dentro do perímetro urbano com parcelamento e
ocupação irregulares, e/ou invasão em áreas de risco, bem como parcelamentos aprovados e não
implantados ou implantados em parte, com problemas e riscos de degradação ambiental. Estas
áreas deverão ser objeto de projetos de regularização da ocupação, remanejamento de
assentamentos, tratamento e recuperação de terrenos, revisão de projeto, definição sobre usos
permitidos e parâmetros urbanísticos para sua ocupação, no prazo de 12 (doze) meses a partir de
data de aprovação desta Lei;
VII – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2: áreas indivisas dentro do perímetro urbano que
deverão ser objeto de estudos específicos para a delimitação de áreas de risco, áreas impróprias
para parcelamento e áreas de interesse para preservação, sendo as áreas remanescentes, após
estes estudos, caracterizadas como Zonas de Expansão Urbana, enquadrando-se na classificação
prevista nesta Lei de Parcelamento do Solo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de
publicação desta Lei;

VIII – Zona de Interesse Especial 2 – ZIE 2: áreas dentro do perímetro urbano onde já estão
localizados espaços e equipamentos de uso coletivo, voltados para recreação, lazer, práticas
esportivas, educação, atividades culturais, comunitárias, bem como áreas de propriedade da
administração pública municipal. Essas áreas não poderão ser parceladas e, se houver
necessidade de substituição do uso atual a que se destinam, somente será permitido ali a
localização de atividades semelhantes e afins com o uso anterior, mantendo as características de
uso coletivo e destinado à recreação, lazer, práticas esportivas, educação, atividades culturais e
comunitárias;

IX – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou
não ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo
Código Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem
como as praças e/ou os parques urbanos públicos implantados, em processo de implantação ou
com áreas já reservadas para essa utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo,
recursos hídricos e paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de
transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da
CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas
da COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias;

X – Zonas de Expansão Urbana – ZEU: áreas contidas dentro do perímetro urbano, cuja
classificação segue o disposto na Lei de Parcelamento do Solo, como segue:

a) ZEU 2: áreas não parceladas e destinadas a loteamentos com lotes mínimos de 1.000m² de
acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo. Os loteamentos aprovados na ZEU 2
serão automaticamente caracterizados como ZUR 2;

b) ZEU 3: áreas não parceladas e destinadas a loteamentos com lotes mínimos de 360m² e
450m² de acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo.

SEÇÃO III
Da Zona Urbana Especial do Distrito de São José do Paraopeba – ZUE SJP

Art. 8º - A Zona Urbana Especial do Distrito de São José do Paraopeba é constituída pela área
efetivamente parcelada e ocupada do Distrito, configurando um aglomerado com características
urbanas.

§ 1º - Para os efeitos desta Lei, o perímetro urbano da ZUE SJP coincide com os limites da área
efetivamente parcelada e ocupada do Distrito.

§ 2º - A ZUE SJP deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes que forem
necessários na definição e descrição do perímetro urbano, no prazo de 120 (cento e vinte) dias
contados da data de aprovação desta Lei.

§ 3º - A Zona Urbana Especial do Distrito de São José do Paraopeba, conforme definida no


caput deste artigo, compreende:
I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas com baixa densidade de
ocupação, com lotes mínimos de 360m², onde será permitido edificações com no máximo 2
pavimentos, o uso residencial unifamiliar, o uso misto residencial, uso institucional relacionado
à saúde, educação, recreação e lazer, atividades religiosas, comunitárias e associativas, uso
comercial e de prestação de serviços de pequeno porte e pequena produção artesanal
convivendo com o uso residencial;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente – ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou
não ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo
Código Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem
como as praças e os parques urbanos públicos a serem implantados, áreas que pelas condições
geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de
servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de
acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água,
de acordo com as normas da COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de
domínio de rodovias.

SEÇÃO IV
Da Zona Urbana Especial do Distrito de Aranha – ZUEA

Art. 9º – A Zona Urbana Especial do Distrito de Aranha é constituída pela área efetivamente
parcelada e ocupada do Distrito, configurando um aglomerado com características urbanas.

§ 1º - Para os efeitos desta Lei, o perímetro urbano da ZUE A coincide com os limites da área
efetivamente parcelada e ocupada do Distrito, ficando também incluído neste perímetro o
loteamento Estâncias Nevada.

§ 2º - A ZUEA deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes que forem
necessários na definição e descrição do perímetro urbano, no prazo de 120 (cento e vinte ) dias
contados da data de aprovação desta Lei.

§ 3º - A Zona Urbana Especial do Distrito de Aranha, conforme definida no caput deste artigo,
compreende:

I – Zona de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas de baixa densidade de


ocupação, com lotes mínimos de 360m², onde será permitido edificações com no máximo 2
pavimentos, o uso residencial unifamiliar, o uso misto residencial, uso institucional relacionado
à saúde, educação, recreação e lazer, atividades religiosas, comunitárias e associativas, uso
comercial e de prestação de serviços de pequeno porte e pequena produção artesanal
convivendo com o uso residencial;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados, áreas que pelas condições
geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de
servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de
acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água,
de acordo com as normas da COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de
domínio de rodovias;

III – Zona Urbana Especial de Projeto Estâncias Nevada – ZUEP Estâncias Nevada: área
integrante da ZUE A, contida dentro do perímetro urbano definido para a ZUE A, conforme o
caput deste artigo e representada pelos limites do loteamento Estância Nevada, aprovado em
1981 e implantado em parte, que deverá ser objeto de projeto específico para adequação à
legislação ambiental vigente, e definição dos critérios e parâmetros urbanísticos de ocupação e
uso do solo, no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de aprovação desta Lei.

SEÇÃO V
Da Zona Urbana Especial do Distrito de Piedade do Paraopeba – ZUEPP

Art. 10 – A Zona Urbana Especial do Distrito de Piedade do Paraopeba compreende:

I – Zona Urbana de Interesse Histórico Rigoroso de Piedade do Paraopeba – ZUHR Piedade:


áreas ocupadas ou em processo de ocupação, cujo traçado urbano e tipologia arquitetônica
configuram o centro histórico original do Distrito de Piedade do Paraopeba, do final do século
XVII, século XVIII e século XIX, onde os parâmetros de ocupação do solo e os usos permitidos
deverão preservar as características específicas do centro histórico, obedecendo aos dispositivos
constantes do Código de Obras, do Código de Posturas e do Anexo a esta Lei. As edificações ali
construídas deverão ter apenas um pavimento ou pavimento com porão e área máxima de
170m²;

II – Zona Urbana de Interesse Histórico Intermediário de Piedade do Paraopeba – ZUH I


Piedade: áreas ocupadas ou em processo de ocupação, localizadas no entorno imediato do centro
histórico original do Distrito de Piedade do Paraopeba, caracterizado como ZUHR Piedade, cujo
traçado urbano e tipologia arquitetônica configuram assentamento posteriores a esse centro
histórico. Os parâmetros de ocupação do solo e os usos permitidos deverão obedecer aos
dispositivos constantes do Código de Obras, Código de Posturas e do Anexo a esta Lei e as
edificações ali construídas deverão ter apenas um pavimento ou um pavimento com porão e área
máxima de 170m²;

III – Zona de Interesse Ambiental 2 – ZIA 2: áreas não ocupadas e não parceladas,
representadas pelas encostas, talvegues e fundos de vale, que participam da paisagem urbana
existente e que deverão manter baixa densidade de ocupação e ser objeto de projeto ambiental e
paisagístico com a definição dos usos a serem ali permitidos, no prazo de 06 (seis) meses a
partir da data de aprovação desta Lei;

IV – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1: áreas dentro do perímetro urbano com parcelamento e
ocupação irregulares, e/ou invasão em áreas de risco, bem como parcelamentos aprovados e não
implantados ou implantados em parte, com problemas e riscos de degradação ambiental. Estas
áreas deverão ser objeto de projetos de regularização da ocupação, remanejamento de
assentamentos, tratamento e recuperação de terrenos, revisão de projeto, definição sobre usos
permitidos e parâmetros urbanísticos para sua ocupação no prazo de 12 (doze) meses a partir da
data de aprovação desta Lei;

V – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados, áreas que pelas condições
geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de
servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de
acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água,
de acordo com as normas da COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de
domínio de rodovias;

VI – Zona Urbana Especial de Projeto Campos de Cataguá – ZUEP – Cataguá: área definida
pelos limites do loteamento Campos de Cataguá, não contíguo ao perímetro urbano da Zona
Urbana Especial de Piedade do Paraopeba, aprovado em 1983, e não implantado, que deverá ser
objeto de projeto específico para adequação à legislação ambiental vigente e definição dos
critérios de uso e ocupação do solo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir da
data de aprovação desta Lei;

VII – Zona Urbana Especial de Projeto Recanto do Lazer – ZUEP Recanto: área já parcelada e
em processo de ocupação, cujo parcelamento não foi aprovado pela Prefeitura Municipal de
Brumadinho e que deverá ser objeto de projeto de regularização.

SEÇÃO VI
Da Zona Urbana Especial da localidade de Casa Branca – ZUECB

Art. 11 – A Zona Urbana Especial da localidade de Casa Branca compreende:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos, podendo apresentar desmembramentos de terrenos cujos lotes mínimos
resultantes tenham 360m² e declividade inferior a 30%. A ZUR 3 na ZUECB, para efeito desta
Lei, é definida pelos terrenos do Bairro Jardim Casa Branca, aprovado em 1980, situados à
margem esquerda do Ribeirão Casa Branca, conforme Mapa de Zoneamento anexo a esta Lei.
Nesta zona será permitido uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar com no
máximo 2 pavimentos, o uso misto residencial, o uso comercial e de serviços de pequeno porte
e o uso institucional;

II – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR 2: áreas a serem ocupadas


com baixa densidade, caracterizadas por lotes mínimos de 1.000m², podendo ter edificações
com no máximo 2 pavimentos, sendo ali permitido o uso residencial unifamiliar ou
multifamiliar, uso institucional de pequeno porte, uso misto residencial, comércio e serviços de
pequeno porte;

III – Zona Central 2 – ZC 2: áreas destinadas à baixa densidade de ocupação, caracterizada


como centro comercial e destinada preferencialmente a atividades comerciais e de prestação de
serviços com abrangência de atendimento para toda a ZUECB. Ali serão permitidas edificações
com no máximo 2 pavimentos e incentivados o uso misto residencial, o uso comercial e de
serviços, o uso misto comercial e de serviços, o uso institucional em geral;

IV – Zona de Interesse Especial 3 – ZIE 3: área integrante do centro comercial e destinada a


projeto de revitalização, valorização e renovação urbana, no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da data de aprovação desta Lei;

V – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1: áreas dentro do perímetro urbano com parcelamento e
ocupação irregulares, e/ou invasão em áreas de risco, bem como parcelamentos aprovados e não
implantados ou implantados em parte, com problemas e riscos de degradação ambiental. Estas
áreas deverão ser objeto de projetos de regularização da ocupação, remanejamento de
assentamentos, tratamento e recuperação de terrenos, revisão de projeto, definição sobre usos
permitidos e parâmetros urbanísticos para sua ocupação, no prazo de 12 (doze) meses a partir da
data de aprovação desta Lei;

VI – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2: áreas indivisas dentro do perímetro urbano, que
deverão ser objeto de estudos específicos para a delimitação de áreas de risco, áreas impróprias
para parcelamento e áreas de interesse para preservação, sendo que as áreas remanescentes, após
estes estudos, serão caracterizadas como Zonas de Expansão Urbana, enquadrando-se na
classificação prevista na Lei de Parcelamento do Solo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da
data de publicação desta Lei;
VII – Zona Especial de Projeto 3 – ZEP 3: áreas dentro do perímetro urbano reservadas para a
implantação de projetos viários em geral, articulações e intercessões de vias existentes, obras de
drenagem e canalizações, equipamentos de infraestrutura urbana, obras de recuperação de áreas
de risco e outras destinações em termos de serviços e equipamentos de infraestrutura urbana
destinados à melhorias das condições da estrutura urbana da cidade;

VIII – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou
não ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo
Código Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem
como as praças e os parques urbanos públicos a serem implantados, ou com áreas já reservadas
para essa utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e
paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de
energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as
faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da
COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias;

IX – Para os efeitos desta Lei, integra ainda a ZUECB, a Zona Urbana Especial de Projeto do
Loteamento Retiro das Pedras – ZUEP RP, ocupando área não contígua ao perímetro urbano da
ZUECB, e cujos limites e confrontações coincidem com os limites do loteamento aprovado em
1962, que deverá ser objeto de projeto específico de zoneamento para definição dos parâmetros
urbanísticos de ocupação do solo e dos usos a serem ali permitidos, no prazo de 90 (noventa)
dias contados a partir da data de publicação desta Lei.

Parágrafo único – Nas ZUR 2 e ZUR 3 integrantes da ZUECB, serão permitidas edificações
destinadas ao uso de hospedagem como hotéis, pousadas e similares, observados o máximo de 2
pavimentos e os demais parâmetros urbanísticos previstos para a zona, e constantes do Anexo a
esta Lei.

SEÇÃO VII
Da Zona Urbana Especial da localidade de Palhano – ZUEPA

Art. 12 – A Zona Urbana Especial da localidade de Palhano compreende:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR 2: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos, sendo ali permitido o uso residencial unifamiliar ou multifamiliar, uso
institucional de pequeno porte, uso misto residencial, comércio e serviços de pequeno porte;

II – Zona Central 2 – ZC 2: áreas destinadas a baixa densidade de ocupação, caracterizada como


centro comercial e destinada, preferencialmente, a atividades comerciais e de prestação de
serviços com abrangência de atendimento para toda a ZUEPA. Ali serão permitidas edificações
com no máximo 2 pavimentos e incentivados o uso misto residencial, o uso comercial e de
serviços, o uso misto comercial e de serviços, o uso institucional em geral;

III – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1: áreas dentro do perímetro urbano com parcelamento e
ocupação irregulares e/ou invasão em áreas de risco, bem como parcelamentos aprovados e não
implantados ou implantados em parte, com problemas e riscos de degradação ambiental. Estas
áreas deverão ser objeto de projetos de regularização da ocupação, remanejamento de
assentamentos, tratamento e recuperação de terrenos, revisão de projeto, definição sobre usos
permitidos e parâmetros urbanísticos para sua ocupação no prazo de 12 (doze) meses a partir da
data de aprovação desta Lei;

IV – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2: áreas indivisas dentro do perímetro urbano, que
deverão ser objeto de estudos específicos para a delimitação de áreas de risco, áreas impróprias
para parcelamento e áreas de interesse para preservação, sendo as áreas remanescentes, após
estes estudos, caracterizadas como Zonas de Expansão Urbana, enquadrando-se na classificação
prevista na Lei de Parcelamento do Solo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de
aprovação desta Lei;

V – Zona Especial de Projeto 3 – ZEP 3: áreas dentro do perímetro urbano reservadas para a
implantação de projetos viários em geral, articulações e intercessões de vias existentes, obras de
drenagem e canalizações, equipamentos de infraestrutura urbana, obras de recuperação de áreas
de risco e outras destinações em termos de serviços e equipamentos de infraestrutura urbana
destinados à melhoria das condições da estrutura urbana da cidade;

VI – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou
não ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo
Código Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem
como as praças e os parques urbanos públicos a serem implantados ou com áreas já reservadas
para essa utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e
paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de
energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as
faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da
COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias.

SEÇÃO VIII
Da Zona Urbana Especial da localidade de Alberto Flores – ZUEAF

Art. 13 – Para os efeitos desta Lei, a Zona Urbana Especial da localidade de Alberto Flores
substitui a ZEU AF criada pela Lei Municipal nº 1.096, de 18/05/2000, sendo entretanto
mantida a descrição do Perímetro Urbano contida naquela Lei.

§ 1º - A Zona Urbana Especial da localidade de Alberto Flores compreende:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR 2: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos, sendo ali permitido o uso residencial unifamiliar ou multifamiliar, uso
institucional de pequeno porte, uso misto residencial, comércio e serviços de pequeno porte;

II – Zona Especial de Projeto 1 – ZEP 1: áreas dentro do perímetro urbano com parcelamento e
ocupação irregulares e/ou invasão em áreas de risco, bem como parcelamentos aprovados e não
implantados ou implantados em parte, com problemas e riscos de degradação ambiental. Estas
áreas deverão ser objeto de projetos de regularização da ocupação, remanejamento de
assentamentos, tratamento e recuperação de terrenos, revisão de projeto, definição sobre usos
permitidos e parâmetros urbanísticos para sua ocupação no prazo de 12 (doze) meses a partir da
data de aprovação desta Lei;

III – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2: áreas indivisas dentro do perímetro urbano, que
deverão ser objeto de estudos específicos para a delimitação de áreas de risco, áreas impróprias
para parcelamento e áreas de interesse para preservação, sendo as áreas remanescentes, após
estes estudos, caracterizadas como Zonas de Expansão Urbana, enquadrando-se na classificação
prevista na Lei de Parcelamento do Solo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de
aprovação desta Lei;

IV – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou
não ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo
Código Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem
como as praças e os parques urbanos públicos a serem implantados ou com áreas já reservadas
para essa utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e
paisagísticos, não poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de
energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as
faixas de servidão das adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da
COPASA, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias e
ferrovia.

SEÇÃO IX
Da Zona Urbana Especial do povoado de Coronel Eurico – ZUE Coronel Eurico

Art. 14 – A Zona Urbana Especial do povoado de Coronel Eurico está delimitada pelo
Perímetro Urbano aprovado pela Lei Municipal nº 1.015, de 05/04/99, e compreende:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos e lotes mínimos de 360m², podendo apresentar desmembramentos
também em lotes mínimos de 360m², em terrenos com declividade inferior a 30%. Nesta zona
será permitido o uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar, o uso misto
residencial, o uso comercial e de serviços de pequeno porte, o uso institucional;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados, ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não
poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT)
que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das
adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da COPASA, as áreas com
declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias e ferrovia;

III – Zona Especial de Projeto 2 – ZEP 2: áreas indivisas dentro do perímetro urbano, que
deverão ser objeto de estudos específicos para a delimitação de áreas de risco, áreas impróprias
para parcelamento e áreas de interesse para preservação, sendo as áreas remanescentes, após
estes estudos, caracterizadas como Zonas de Expansão Urbana, enquadrando-se na classificação
prevista na Lei de Parcelamento do Solo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de
aprovação desta Lei.

SEÇÃO X
Da Zona Urbana Especial do Povoado de Córrego do Feijão – ZUE Feijão

Art. 15 - O povoado de Córrego do Feijão fica caracterizado como Zona Urbana Especial,
constituída pela área efetivamente parcelada e ocupada no povoado, configurando um
aglomerado com características urbanas, compreendendo:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos e lotes mínimos de 360m², podendo apresentar desmembramentos
também em lotes mínimos de 360m², em terrenos com declividade inferior a 30%. Nesta zona
será permitido o uso residencial unifamiliar, o uso`residencial multifamiliar, o uso misto
residencial, o uso comercial e de serviços de pequeno porte, o uso institucional;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados, ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não
poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT)
que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das
adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da COPASA, as áreas com
declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias.

§ 1º - A ZUE Feijão deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes no
perímetro urbano, redefiní-lo, se necessário, e descrevê-lo no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da data de aprovação desta Lei.

§ 2º - A redefinição do perímetro urbano da ZUE Feijão, conforme disposto no parágrafo


anterior, poderá indicar a revisão do zoneamento e a definição de zonas de expansão urbana.

SEÇÃO XI
Da Zona Urbana Especial do Povoado de Marinhos – ZUE Marinhos

Art. 16 – O povoado de Marinhos fica caracterizado como Zona Urbana Especial, constituída
pela área efetivamente parcelada e ocupada no povoado, configurando um aglomerado com
características urbanas, compreendendo:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas,


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos e lotes mínimos de 360m², podendo apresentar desmembramentos
também em lotes mínimos de 360m², em terrenos com declividade inferior a 30%. Nesta zona
será permitido o uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar, o uso misto
residencial, o uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte, e o uso institucional;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não
poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT)
que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das
adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da COPASA, as faixas de
servidão de oleodutos da REGAP, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de
domínio de rodovias e ferrovias.

§ 1º - A ZUE Marinhos deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes no
perímetro urbano, redefiní-lo, se necessário, e descrevê-lo no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da data de aprovação desta Lei.

§ 2º - A redefinição do perímetro urbano da ZUE Marinhos, conforme disposto no parágrafo


anterior, poderá indicar a revisão do zoneamento e a definição de zonas de expansão urbana.

SEÇÃO XII
Da Zona Urbana Especial do Povoado de Melo Franco – ZUE Melo Franco

Art. 17 – O povoado de Melo Franco fica caracterizado como Zona Urbana Especial, constituída
pela área efetivamente parcelada e ocupada no povoado, configurando um aglomerado com
características urbanas, compreendendo:
I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas
ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos e lotes mínimos de 360m², podendo apresentar desmembramentos
também em lotes mínimos de 360m², em terrenos com declividade inferior a 30%. Nesta zona
será permitido o uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar, o uso misto
residencial, o uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte e o uso institucional;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não
poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT)
que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das
adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da COPASA, as faixas de
servidão de oleodutos da REGAP, as áreas com declividade acima de 30% e as faixas de
domínio de rodovias e ferrovias e faixas marginais ao Rio Paraopeba, conforme legislação
ambiental sobre áreas de preservação permanente.

§ 1º - A ZUE Melo Franco deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes no
perímetro urbano, redefiní-lo, se necessário, e descrevê-lo no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da data de aprovação desta Lei.

§ 2º - A redefinição do perímetro urbano da ZUE Melo Franco, conforme disposto no parágrafo


anterior, poderá indicar a revisão do zoneamento e a definição de zonas de expansão urbana.

SEÇÃO XIII
Da Zona Urbana Especial do Povoado de Tejuco – ZUE Tejuco

Art. 18 – O povoado de Tejuco fica caracterizado como Zona Urbana Especial, constituída pela
área efetivamente parcelada e ocupada no povoado, configurando um aglomerado com
características urbanas, compreendendo:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade com edificações de no
máximo 2 pavimentos e lotes mínimos de 360m², podendo apresentar desmembramentos
também em lotes mínimos de 360m², em terrenos com declividade inferior a 30%. Nesta zona
será permitido o uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar, o uso misto
residencial, o uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte, e o uso institucional;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos, não
poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT)
que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das
adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da COPASA, as áreas com
declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias.

§ 1º - A ZUE Tejuco deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes no
perímetro urbano, redefiní-lo, se necessário, e descrevê-lo no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da data de aprovação desta Lei.
§ 2º - A redefinição do perímetro urbano da ZUE Tejuco, conforme disposto no parágrafo
anterior, poderá indicar a revisão do zoneamento e a definição de zonas de expansão urbana.

SEÇÃO XIV
Da Zona Urbana Especial do Povoado de Suzana – ZUE Suzana

Art. 19 – O povoado de Suzana fica caracterizado como Zona Urbana Especial, constituída pela
área efetivamente parcelada e ocupada no povoado, configurando um aglomerado com
características urbanas compreendendo:

I – Zona Urbana de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR 3: áreas parceladas e ocupadas


ou em processo de ocupação, destinadas à ocupação de baixa densidade, com edificações de no
máximo 2 pavimentos e lotes mínimos de 360m², podendo apresentar desmembramentos
também em lotes mínimos de 360m², em terrenos com declividade inferior a 30%. Nesta zona
será permitido o uso residencial unifamiliar, o uso residencial multifamiliar, o uso misto
residencial, o uso comercial e de prestação de serviços de pequeno porte e o uso institucional;

II – Zona Urbana de Preservação Permanente ZUPP: compreende áreas não parceladas e/ou não
ocupadas dentro do Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente pelo Código
Florestal, pela Lei Florestal de Minas Gerais e demais leis ambientais em vigor, bem como as
praças e os parques urbanos públicos a serem implantados ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e paisagísticos não
poderão ser parceladas, as faixas de servidão das linhas de transmissão de energia elétrica (LT)
que atravessam a área urbana, de acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das
adutoras de abastecimento de água, de acordo com as normas da COPASA, as áreas com
declividade acima de 30% e as faixas de domínio de rodovias.

§ 1º - A ZUE Suzana deverá ser objeto de estudos específicos para promover ajustes no
perímetro urbano, redefiní-lo, se necessário, e descrevê-lo no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da data de aprovação desta Lei.

§ 2º - A redefinição do perímetro urbano da ZUE Suzana, conforme disposto no parágrafo


anterior, poderá indicar a revisão do zoneamento e a definição de zonas de expansão urbana.

SEÇÃO XV
Das Zonas de Expansão Urbana – ZEU

Art. 20 – Para os efeitos desta Lei, as Zonas de Expansão Urbana são aquelas definidas pela Lei
de Parcelamento do Solo, compreendendo:

I – Zona de Expansão Urbana 1 – ZEU 1;

II – Zona de Expansão Urbana 2 – ZEU 2;

III – Zona de Expansão Urbana 3 – ZEU 3;

IV – Zona de Expansão Urbana 4 – ZEU 4;

V – Zona de Expansão Urbana 5 – ZEU 5;

VI – Zona de Expansão Urbana 6 – ZEU 6;


VII – Zona de Expansão Urbana Social – ZEU Social .

Parágrafo único - As áreas inviáveis para parcelamento, situadas em cada uma das Zonas de
Expansão Urbana – ZEU, definidas pela Lei de Parcelamento do Solo e listadas no caput desse
artigo, serão convertidas, automaticamente, em Zona Urbana de Preservação Permanente –
ZUPP, destinadas a parques públicos para lazer e a áreas livres, com cobertura vegetal para
proteção do solo e dos recursos hídricos.

SEÇÃO XVI
Das áreas remanescentes das Zonas Especiais de Projeto

Art. 21 – As áreas impróprias para o parcelamento do solo, remanescentes das Zonas Especiais
de Projeto definidas como ZEP 1, ZEP 2 e ZEP 3, e descritas nas Seções de I a XIV do
Capítulo II desta Lei, após a elaboração final do projeto a que se destinam, serão convertidas,
automaticamente, em Zona Urbana de Preservação Permanente – ZUPP, podendo ser utilizadas
para parques urbanos destinados ao lazer ou para reflorestamento e recuperação da vegetação
nativa, ou áreas livres de proteção ao projeto ali implantado, sendo nessas zonas permitidas
apenas construções de suporte ao uso a que se destinam, como guaritas, quiosques, sanitários e
similares, observando-se, em cada caso, o Código Florestal, a Lei Florestal de Minas Gerais, as
normas das concessionárias de energia elétrica e de saneamento, as faixas de domínio de
rodovias, ferrovias e dutos e demais dispositivos da legislação ambiental vigente.

SEÇÃO XVII
Da Zona Rural

Art. 22 – A Zona Rural subdivide-se em:

I – Zona Rural de Preservação – ZRP;

II – Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável – ZRDS.

§ 1º - A Zona Rural de Preservação – ZRP, compreende:

I – ZRP 1: áreas externas ao Perímetro Urbano, consideradas de preservação permanente de


acordo com o Código Florestal e a Lei Florestal de Minas Gerais, como as áreas ocupadas por
matas nativas e cobertura vegetal de interesse para preservação, as áreas marginais a cursos
d’água e a lagoas, áreas de proteção de mananciais, áreas descritas e protegidas pela legislação
ambiental vigente e demais áreas que, a critério do Poder Público Municipal sejam consideradas
de interesse para a preservação, tendo em vista o benefício coletivo, a qualidade dos recursos
hídricos e a conciliação entre as transformações do sítio natural pela localização de atividades
com a manutenção do equilíbrio do ecossistema existente;

II – ZRP 2: áreas externas ao Perímetro Urbano e integrantes da APA-SUL RMBH, sujeitas às


diretrizes de Zoneamento Ambiental da APA, em processo de definição, que deverão ser objeto
de análise e estudos específicos por parte dos órgãos ambientais que compõem o Conselho da
APA SUL e pelo CODEMA, e também serem objeto de inventário para a delimitação do
patrimônio natural e paisagístico a ser ali preservado, e regulamentação sobre os parâmetros
para a ocupação do solo e os usos e atividades a serem ali permitidos.

§ 2º - A Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável – ZRDS, compreende as áreas rurais não


classificadas como ZRP onde serão permitidas atividades rurais voltadas para a produção
agropecuária, reflorestamento ou similar e ainda para sítios, hotéis-fazenda, centros de repouso,
clubes campestres para lazer e similares, podendo as glebas serem desmembradas em módulos
mínimos de 20.000m², de acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo e em
conformidade com o módulo mínimo do INCRA para o município. Os desmembramentos e
parcelamentos ali permitidos, de acordo com a Lei de Parcelamento do Solo, bem como as obras
necessárias à instalação dos usos ali permitidos estarão sujeitos ao licenciamento ambiental
pelos órgãos ambientais competentes, como condição para serem aprovadas pela Prefeitura.

CAPÍTULO III
Das Áreas de Diretrizes Especiais

Art. 23 – Sem prejuízo das demais Zonas de Uso e Ocupação do Solo, ficam instituídas no
município as seguintes Áreas de Diretrizes Especiais – ADE:

I – Área de Diretrizes Especiais de Atividades de Mineração – ADE Mineração: constituídas


pelas áreas comprometidas com empreendimentos de mineração no território municipal, em
atividade, em processo de implantação ou com autorização já concedida, para as quais deverão
ser observadas:

a) a legislação ambiental em vigor, principalmente com relação às áreas de preservação


permanente e aos impactos sobre o meio ambiente natural e antrópico;

b) a legislação ambiental em vigor com relação à recuperação das áreas mineradas após o
esgotamento das jazidas;

c) a exigência de apresentação de um plano geral de mineração, para que se possa avaliar o


impacto e o comprometimento do território municipal pela atividade e se definir medidas de
proteção relativas à APA SUL RMBH;

d) a obrigatoriedade dessas áreas serem caracterizadas como ZRP após a recuperação prevista
no item b, quando estiverem localizadas na APA SUL RMBH e integrarem o inventário dos
conjuntos representativos do patrimônio natural da região e caracterizadas como ZRDS nos
demais casos.

II – Área de Diretrizes Especiais do Centro Comercial do Distrito Sede – ADE Central: área
coincidente com a Zona do Centro Comercial - ZC, caracterizada como área central ou centro
comercial do Distrito Sede de Brumadinho, que deverá ser objeto de projeto especial de
tratamento paisagístico e desenho urbano, de forma a valorizar, consolidar e revitalizar o centro
da cidade, sendo objeto de regulamentação e legislação complementar, a ser definida no prazo
de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data de aprovação desta Lei;

III – Área de Diretrizes Especiais de Projetos Públicos – ADE Projeto: áreas externas ao
perímetro urbano que já são objeto de diretrizes específicas para a implantação de projetos
viários e projetos de infraestrutura de saneamento básico e ainda áreas em estudo para serem
reservadas à implantação de novos projetos públicos, não podendo ser objeto de parcelamento
rural. As áreas remanescentes, após a implantação dos projetos a que se destinam, serão
caracterizadas como ZRDS, devendo adequar-se às condições de ocupação e uso previstas para
esta zona;

IV – Áreas de Diretrizes Especiais de Interesse Ambiental – ADE Ambiental: áreas


coincidentes com a ZIA 1 da Zona Urbana Especial do Distrito de Conceição do Itaguá e com a
ZIA 2 da Zona Urbana Especial do Distrito de Piedade do Paraopeba, representada por
conjuntos naturais de interesse para preservação, como entorno paisagístico das zonas urbanas
de interesse histórico desses distritos. As ADE – Ambiental deverão ser objeto de projeto
especial definindo sua delimitação e regulamentando as atividades e os usos a serem ali
permitidos, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data de aprovação desta Lei;
V – Área de Diretrizes Especiais das Reservas Particulares do Patrimônio Natural – ADE
Reservas Particulares: conjuntos naturais já definidos ou em processo de definição como RPPN
– Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que poderão coincidir no todo ou em parte com
as ZUPP, as ZRP e as ADE Ambiental, devendo adequar-se às condições de ocupação e uso
previstas para estas zonas.

CAPÍTULO IV
Do Uso do Solo
SEÇÃO I
Das Categorias de Uso do Solo

Art. 24 – Os usos do solo no município de Brumadinho compreenderão as seguintes categorias:

I – Uso Residencial 1 – UR 1: uso residencial unifamiliar entendido como uma única unidade
residencial em um lote ou conjunto de lotes, com no máximo 2 pavimentos acima do nível da
rua;

II – Uso Residencial 2 – UR 2: uso residencial multifamiliar sob a forma de duas ou mais


unidades residenciais em uma única edificação, construída em um lote ou conjunto de lotes,
com no máximo 2 pavimentos acima do nível da rua;

III – Uso Residencial 3 – UR 3: uso residencial multifamiliar sob a forma de duas ou mais
unidades residenciais em uma única edificação, construída em um lote ou conjunto de lotes,
com mais de dois pavimentos;

IV – Uso Residencial 4 – UR 4: uso residencial unifamiliar entendido como uma única unidade
residencial em um terreno ou conjunto de terrenos, com um pavimento ou um pavimento com
porão, com área máxima de ocupação no lote de 170m², por edificação;

V – Uso Residencial 5 – UR 5: uso residencial multifamiliar entendido sob a forma de duas ou


mais unidades residenciais em uma única edificação construída em um terreno ou conjunto de
terrenos, com um pavimento ou um pavimento com porão, com área máxima de ocupação no
lote de 170m², por edificação;

VI – Uso Residencial Misto 1 – URM 1: uso residencial unifamiliar misto, constituído por uma
única edificação, com no máximo dois pavimentos, onde poderão ser instaladas atividades de
comércio e de prestação de serviços de pequeno porte e abrangência local, com acesso
independente do acesso à residência e voltado diretamente para a via pública, com área máxima
construída de 40m²;

VII – Uso Residencial Misto 2 – URM 2: uso residencial unifamiliar misto, constituído por uma
única edificação, com no máximo dois pavimentos, onde poderá ser instalado comércio e/ou
serviços de pequeno porte, prestação de serviços com base em informática, escritórios de
profissionais liberais com acesso independente do acesso à residência, voltados diretamente para
a via pública e com área máxima construída de 40m²;

VIII – Uso Residencial Misto 3 – URM 3: uso residencial unifamiliar misto, constituído por
uma única edificação, com no máximo dois pavimentos, convivendo com atividade de produção
artesanal de pequeno porte, com área máxima construída até40m²;

IX – Uso Residencial Misto 4 – URM 4: uso residencial unifamiliar misto, constituído por uma
única edificação, com no máximo um pavimento com porão e área máxima de ocupação no lote
de 170m², por edificação, onde poderá ser instalado comércio e/ou serviços de pequeno porte,
pequena produção artesanal, serviços de informática, escritórios de profissionais liberais, com
acesso independente do acesso às residências e voltado diretamente para a via pública, com área
máxima construída de 40m², área esta incorporada aos 170m² máximos permitidos;

X – Uso Residencial Misto 5 – URM 5: uso residencial multifamiliar misto, sob a forma de duas
ou mais unidades residenciais, em uma edificação com no máximo dois pavimentos acima do
nível da rua, convivendo com atividades comerciais e de prestação de serviços de pequeno e
médio porte, com acesso independente do acesso às unidades residenciais e voltados
diretamente para a via pública, com área máxima de 80m²;

XI – Uso Residencial Misto 6 – URM 6: uso residencial multifamiliar misto, sob a forma de
duas ou mais unidades residenciais em uma edificação, com mais de dois pavimentos,
convivendo com atividades comerciais e de prestação de serviços de pequeno e médio porte,
com acesso independente do acesso às unidades residenciais e voltadas diretamente para a via
pública, com área máxima construída de 150m²;

XII – Comércio Varejista 1 – CV 1: pequeno porte, com abrangência de atendimento local, ao


nível do bairro ou do loteamento, com área máxima construída de 40m² :

padaria, pequenas mercearias, quitandas e doces, papelaria, jornais e revistas, farmácia,


armarinhos, presentes e artesanato e outros similares;

XIII – Comércio Varejista 2 – CV 2: com raio de atendimento ao nível de cada distrito, povoado
e localidade, com área máxima construída de 80m2:

móveis, eletrodomésticos, vestuário e moda em geral, calçados, tecidos, materiais de


informática, materiais de construção, produtos alimentícios em geral, artigos importados,
livrarias/papelarias, jóias/relógios, butiques em geral, drogarias/perfumarias, discos e fitas,
brinquedos em geral e outros similares;

XIV – Comércio Varejista 3 – CV 3: com raio de atendimento ao nível de todo o município,


com área máxima construída de 150m2:

móveis, eletrodomésticos, vestuário e moda em geral, calçados, tecidos, materiais de


informática, materiais de construção, produtos alimentícios em geral, artigos importados,
livrarias/papelarias, jóias/relógios, butiques em geral, drogarias/perfumarias, discos e fitas,
brinquedos em geral e outros similares;

XV – Comércio Varejista Especial 1– CVE 1: com raio de atendimento ao nível de todo o


município e, ainda, cidades vizinhas, sem limitação de área construída:

supermercados, lojas de departamento, revendedoras de veículos, revendedoras de máquinas em


geral, grandes depósitos de material de construção, lojas de maior porte para insumos e produtos
agrícolas e veterinários, e outros similares;

XVI – Comércio Varejista Especial 2 – CVE 2: com raio de atendimento ao nível de todo o
município, sem limitação de área construída:

. produtos perigosos, explosivos, inflamáveis, tóxicos e outros similares, considerados de


impacto sobre a vizinhança e o meio ambiente e de risco para a saúde e a segurança da
população e que estarão sujeitos a licenciamento ambiental;

XVII – Comércio Atacadista e Grandes Depósitos 1 – CA 1: compreende atividades de


comércio atacadista e de estocagem em geral, exceto aquelas classificadas como CA 2, em
instalações com área máxima construída de 150 m2
XVIII – Comércio Atacadista e Grandes Depósitos 2 – CA 2: compreende atividades de
comércio atacadista e de estocagem consideradas de impacto sobre a vizinhança e o meio
ambiente e de risco para a saúde e segurança da população e que estarão sujeitas a
licenciamento ambiental, tais como:

a) atividades cujas instalações tenham área construída superior a 150 m²;

b) as de produtos tóxicos, inflamáveis explosivos e outros similares;

c) depósitos de sucata e outros produtos não perecíveis;

d) outras modalidades atacadistas e de estocagem que forem consideradas similares e constem


de normas expedidas pelos órgãos ambientais competentes;

XIX – Prestação de Serviços 1 – PS 1: pequeno porte, com abrangência de atendimento local,


ao nível do bairro ou do loteamento, com área máxima construída de 40m²:

costureira e consertos de roupas, pequena produção artesanal, barbeiro, salão de beleza,


sapateiro, loterias, consertos de eletrodomésticos, vídeolocadora, bar/botequim, restaurante,
sorvetes, café e lanchonetes e outros similares;

XX – Prestação de Serviços 2 – PS 2: médio porte com área máxima construída de 80m²,


compreendendo:

correios e telégrafos, escritórios de profissionais liberais e empresas relacionadas à engenharia,


arquitetura, contabilidade, topografia e ainda consultórios médicos e odontológicos, assistência
técnica especializada em eletro-eletrônicos, restaurante, sorveterias, boite, casas de jogos,
espaços culturais para espetáculos e/ou exposições, imobiliária, funerária e outros similares;

XXI – Prestação de Serviços 3 – PS 3: sem limitação de área construída e abrangência de


atendimento para todo o município e ainda cidades vizinhas:

agências bancárias, seguradoras, serviços gráficos, agências de viagem, cinema, teatro e outros
similares e ainda os serviços relacionados no inciso XIX deste artigo, sem limitação de área
construída;

XXII – Prestação de Serviços 4 – PS 4: sem limitação de área construída e abrangência de


atendimento para todo o município e cidades vizinhas:

serviços de recreação e lazer integrados a atividades relacionadas ao turismo ecológico e/ou


rural, serviços de hospedagem em geral e outros similares;

XXIII – Serviços Especiais – SE: com raio de atendimento ao nível do município como um
todo, sem limitação de área construída, que podem gerar impacto sobre a vizinhança e o meio
ambiente, com relação a alguma forma de poluição, à segurança ou ao volume de tráfego
gerado, e que estarão sujeitos ao licenciamento ambiental, como por exemplo:

carpintaria, serralheria, reparação, manutenção e conservação de veículos e máquinas em geral,


postos de gasolina, garagens de empresas transportadores de passageiros e cargas, locadoras de
veículos, garagens para guarda de veículos, e outros similares;

XXIV – Uso Misto Comercial e de Serviços – UMCS: com raio de atendimento ao nível de todo
o município e cidades vizinhas, sem limitação de área construída, integrando em uma mesma
edificação os usos classificados como Comércio Varejista: CV 1, CV 2 e CV 3 e Prestação de
Serviços: PS 1,PS 2 e PS 3;
XXV – Uso Institucional 1 – I 1: abrangência de atendimento ao nível do bairro ou do
loteamento, cujas instalações físicas tenham área máxima construída de 100m²:

Posto de Saúde, creches, parques infantis, praças e parques urbanos para recreação e lazer,
atividades associativas, comunitárias e de assistência social, atividades religiosas, equipamentos
de infraestrutura urbana e instalações para serviços públicos e de utilidade pública;

XXVI – Uso Institucional 2 – I 2: maior abrangência de atendimento, ao nível central e/ou de


bairro, em instalações sem limitação de área construída:

. Posto de Saúde, pré-escolar, escolas de 1º e 2º graus, parques infantis, creches, atividades


associativas, atividades religiosas, atividades de assistência social, atividades sociais, praças e
parques urbanos para lazer e recreação, atividades esportivas, equipamentos de infraestrutura
urbana e instalações para serviços públicos;

XXVII – Uso Institucional 3 – I 3: abrangência de atendimento ao nível de todo o município e


cidades vizinhas, em instalações sem limitação de área construída:

Cursos Técnicos, Profissionalizantes, Faculdades, escolas de 1º e 2º graus, Hospital, Centro de


Saúde, Praças de Esportes, Clubes Sociais, Clubes Recreativos, e outros similares;

XXVIII – Uso Institucional 4 – I 4: equipamentos com nível de atendimento para a cidade e/ou
cada distrito ou localidade, compreendendo: Cemitério, terminais e pontos de parada
rodoviários, instalações para serviços públicos e outros similares;

XXIX – Usos Industriais – UI: compreende atividades de manufatura e produção industrial não
poluentes e não impactantes, sem limitação de área construída, sujeitas a licenciamento
ambiental de acordo com a legislação ambiental vigente.

§ 1º - Caberá ao CODEMA, apoiado em parecer técnico da COPLAMA, a responsabilidade


pelo licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos que não estiverem sujeitas às
Resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente e às Deliberações
Normativas do COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais.

§ 2º - Os casos omissos serão objeto de análise e definição por parte da COPLAMA,


observando-se ainda a legislação ambiental a respeito e ouvidos o CODEMA, no âmbito do
município e, no que couber, os órgãos estaduais e federais de meio ambiente, principalmente
com relação às atividades que possam causar impactos na APA SUL RMBH.

§ 3º - Dada a especificidade do Município de Brumadinho e sua vocação potencial para


atividades de apoio ao turismo, serão permitidas nas ZUR 2, ZUR 3, ZC 2, ZUHR, ZUH I e
Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável, a prestação de serviços de recreação e lazer
integrados à atividades relacionadas ao turismo ecológico e/ ou rural, serviços de alimentação,
como restaurantes e similares, bem como serviços de hospedagem tipo pousadas, em edificações
de médio porte, cujos projetos estarão sujeitos ao licenciamento ambiental, observada a
legislação vigente e ainda o disposto no Código de Obras, Código de Posturas e na Lei
Ambiental Municipal.

SEÇÃO II
Do Licenciamento do Uso do Solo

Art. 25 – Nas diferentes subdivisões da Zona Urbana, as categorias de uso do solo descritas no
Art. 24 desta Lei, ressalvadas as condições estabelecidas para as atividades sujeitas a
licenciamento ambiental, serão licenciadas de acordo com o disposto nos Anexos desta Lei.

§ 1º - Caberá à COPLAMA, quando necessário, analisar se a categoria de uso estará sujeita a


licenciamento ambiental no âmbito do Município, ou no âmbito federal ou estadual, tendo por
base os empreendimentos e as atividades listadas nas Deliberações Normativas 01/ 90 e 036/ 99
do COPAM, e na Resolução 237/ 97 do CONAMA.

§ 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior deverá a COPLAMA, no prazo máximo de


90 dias após a assinatura, pelo Poder Executivo, do decreto de regulamentação de suas
atribuições e funcionamento, regulamentar os procedimentos necessários ao licenciamento
ambiental para a localização das atividades e empreendimentos no âmbito do Município, com
base na legislação pertinente, bem como os procedimentos para encaminhamento aos órgãos
estaduais e/ou federais dos processos de licenciamento de competência dessas esferas de
governo.

Art. 26 – Nas subdivisões da Zona Rural os usos permitidos serão:

I - Zona Rural de Preservação – ZRP: nas áreas situadas dentro dos limites da APA – SUL
RMBH serão permitidos os usos compatíveis com a preservação da área, de acordo com
diretrizes para o Zoneamento Ambiental da APA e nas demais áreas, externas aos limites da
APA, serão permitidos os usos compatíveis com os objetivos de sua preservação, podendo ali
serem instalados Parques e Reservas Ecológicas abertos ou não à visitação pública, a pesquisas
científicas e culturais e ao turismo, atendendo para isto a critérios de instalação e operação dos
órgãos públicos de controle ambiental;

II - Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável – ZRDS: usos relacionados a atividades


agropastoris, parcelamentos rurais, reflorestamentos, empreendimentos isolados compatíveis
com o meio ambiente e com o meio rural, como turismo ecológico, turismo rural, recreação e
lazer, observando-se, dentro dos limites da APA – SUL RMBH, os condicionantes relacionados
às diretrizes para o Zoneamento Ambiental.

SEÇÃO III
Da Conformidade de Uso

Art. 27 – O uso do imóvel no Município de Brumadinho será classificado:

I – como “uso conforme” quando se enquadrar nas categorias de uso permitidas na zona onde o
imóvel estiver localizado;

II – como “uso não conforme” quando não se enquadrar nas categorias de uso permitidas na
zona onde o imóvel estiver localizado.

§ 1º - O “uso não conforme” será tolerado e sua licença de funcionamento renovada desde que
atenda simultaneamente aos seguintes requisitos:

I – seja comprovada sua licença para funcionamento até a data de aprovação desta Lei;

II – não ocorra a ampliação das instalações;

III – sejam respeitadas as normas estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes, com
relação às condições de instalação e de operação da atividade.

§ 2º - O descumprimento das condições acima acarretará a cassação da licença de


funcionamento da atividade e as demais sanções cabíveis.
§ 3º - As instalações industriais pré-existentes bem como comércio atacadista, comércio
especial e serviços especiais, conforme incisos XVI, XVII, XVIII, XXIII e XXVIII do Art. 24,
com licença de funcionamento vigente até a data de aprovação desta Lei, localizadas fora da
ZUC na Zona Urbana do Distrito Sede de Brumadinho, poderão, a critério da COPLAMA, e
comprovando-se o benefício econômico e social da atividade para o município, solicitar a
ampliação de suas instalações, desde que sejam cumpridos os requisitos constantes do inciso III,
parágrafo 1º, deste artigo.

CAPÍTULO V
Da Ocupação do Solo
SEÇÃO I
Dos Critérios e Parâmetros de Ocupação do Solo

Art. 28 – O Coeficiente de Aproveitamento é a relação entre a área total da construção e a área


do terreno a edificar, variando em função da capacidade da infraestrutura de saneamento básico
e sistema viário e demais condições sociais, econômicas e ambientais.

Parágrafo único - Nos lotes de terrenos a partir de 1000m², com declividade maior do que 20%
(vinte por cento), nos termos da Lei de Parcelamento do Solo de Brumadinho, o aproveitamento
deverá ser de, no máximo, 50% (cinquenta por cento).

Art. 29 – A Taxa de Ocupação é a relação entre a projeção da edificação sobre o plano


horizontal e a área do terreno a edificar, variando com o Coeficiente de Aproveitamento, de
forma a favorecer condições adequadas para a preservação ambiental, o conforto e higiene da
edificação e a paisagem urbana.

Art. 30 – Afastamentos Laterais e de Fundo são as distâncias horizontais entre a edificação e as


divisas laterais e de fundo do terreno a edificar, medidas perpendicularmente a estas divisas.

Art. 31 – Afastamento Frontal é a distância horizontal entre a edificação e o alinhamento do


terreno com a via pública de acesso, medida perpendicularmente ao alinhamento.

Art. 32 – Taxa de Permeabilidade é a relação entre a área não pavimentada e não construída e a
área total do terreno a edificar, podendo estar também relacionada à declividade do terreno.

Art. 33 – Os valores do Coeficiente de Aproveitamento da Taxa de Ocupação, da Taxa de


Permeabilidade e dos Afastamentos Laterais, de Fundo e Frontal, para as diferentes
subdivisões da Zona Urbana, deverão atender ao disposto nos Anexos desta Lei.

§ 1º - Nas edificações de Uso Residencial 3 – UR 3, conforme definido no inciso III do Art. 24


desta Lei, e nas edificações coletivas de uso não residencial ou misto, (UMCS e URM 6), as
seguintes dependências de acesso e circulação interna, em comum, estão excluídas da área
máxima de construção permitida pelo Coeficiente de Aproveitamento:

I – áreas dos estacionamentos cobertos para veículos, quando de uso comum;

II – áreas dos vestíbulos de acesso geral das edificações;

III – áreas das circulações horizontais e verticais em comum;

IV – áreas das instalações de interesse comum, como reservatórios de água, casas de máquinas
de elevadores, equipamentos, instalações hidraúlico-sanitárias, subestações de energia elétrica,
???????? (VER COM REINALDO) no caso de Hospitais e Centros de Saúde, e as relativas à
segurança e manutenção coletivas da edificação;

V – áreas de pavimentos em pilotis, caso houverem, quando de uso em comum;

VI – áreas de terraços sobre os últimos pavimentos, caso houverem, quando de uso em comum;

VII – áreas de varanda ou terraço, em unidades residenciais, desde que descobertas e iguais ou
inferiores a 5% (cinco por cento) da área útil da unidade.

§ 2º - Os pavimentos em subsolo e o pavimento térreo das edificações coletivas, quando


destinados, respectivamente, a estacionamentos e aos usos de comércio e serviços e uso misto
comercial e de serviços, poderão ter Taxa de Ocupação maior que as indicadas nos Anexos
desta Lei, desde que:

I – não seja superior a 0,7 (sete décimos), em terrenos com declividade inferior a 30% (trinta
por cento);

II – não seja superior a 0,6 (seis décimos), em terrenos com declividade igual ou superior a 30%
(trinta por cento);

III – o terreno a edificar esteja situado nas ZC e ZC 1;

IV – seja respeitada a altura máxima na divisa definida no parágrafo 3º deste artigo;

V – a área não ocupada do terreno seja gramada ou receba tratamento paisagístico, tendo em
vista as taxas de permeabilidade mínima estabelecidas nesta Lei;

VI – seja respeitado o afastamento frontal mínimo estabelecido nesta Lei, bem como a faixa
“non aedificandi” eventualmente exigida para a via pública a que o terreno for lindeiro.

§ 3º - Os afastamentos laterais e de fundo, além do disposto nos Anexos desta Lei, deverão
observar as seguintes condições:

I – poderão ser dispensados no pavimento térreo e nos pavimentos em subsolo das edificações
coletivas, conforme o disposto no parágrafo 2º deste artigo, desde que:

a) a altura da edificação na divisa não seja maior que 5,00m (cinco metros), medida em relação
ao nível médio do terreno, no trecho edificado;

b) não haja vãos de iluminação e ventilação, bem como terraços, abrindo para o terreno vizinho;

II – acima do pavimento térreo os valores mínimos dos afastamentos da edificação às divisas


laterais e de fundo serão calculados, conforme o disposto no Código de Obras para áreas de
iluminação e ventilação abertas.

§ 4º - O afastamento mínimo, calculado segundo o disposto no inciso II do parágrafo anterior,


deve ser entendido como igual para toda a edificação, do primeiro pavimento acima do térreo ao
último pavimento.

§ 5º - Nas edificações com apenas dois pavimentos, definidos acima do nível médio do meio-fio
da via pública de acesso, o valor mínimo dos afastamentos laterais e de fundo do segundo
pavimento poderá ser de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

§ 6º - As paredes providas de vãos de iluminação e ventilação deverão apresentar um


afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) das divisas laterais e de
fundo, sem prejuízo do disposto no inciso II do parágrafo 3º deste artigo.

§ 7º - Para efeito do disposto nos inciso I e II do parágrafo 3º deste artigo, deverão ser
considerados os valores mínimos dos pés-direitos dos compartimentos, estabelecidos pelo
Código de Obras do Município.

§ 8º - Quando estiver prevista faixa “non aedificandi” ao longo da via pública de acesso, o
afastamento frontal deverá ser considerado em relação ao novo alinhamento resultante.

§ 9º - Na ocorrência de faixas “non aedificandi” relacionadas ao disposto no Código Florestal e


na Lei Florestal do Estado de Minas Gerais, bem como relacionadas a faixas de servidão de
dutos e linhas de transmissão, os afastamentos frontais, laterais e de fundo, deverão ser medidos
a partir da faixa “non aedificandi” estabelecida.

§ 10º - Nos casos previstos nos incisos I e II do parágrafo 2º deste artigo, as Taxas de
Permeabilidade exigidas nos Anexos desta Lei, poderão ser reduzidas de 0,05 (cinco
centésimos), desde que exclusivamente para atender a acessos de veículos e pedestres.

§ 11º - Na parte do terreno não pavimentada, em razão da Taxa de Permeabilidade, deverão ser:

I – mantida a vegetação existente;

II – revegetadas as áreas porventura prejudicadas pela construção, exigindo-se pelo menos o


plantio de grama;

III – manter continuidade com outras áreas limítrofes, a serem preservadas ou revegetadas,
conforme incisos I e II deste parágrafo, por exigência da Taxa de Permeabilidade, formando um
corredor ecológico.

§ 12º - A área resultante do Afastamento Frontal, descontadas as partes pavimentadas, integrará


obrigatoriamente a área exigida pela aplicação da Taxa de Permeabilidade.

§ 13º - Para efeito de verificação do cumprimento do disposto nos Anexos desta Lei, com
relação à Taxa de Permeabilidade, os projetos de edificações a serem aprovados deverão
representar todas as benfeitorias a serem executadas no terreno, como pátios pavimentados,
calçadas de proteção e de circulação, quadras de esporte e piscinas, devidamente cotadas e
niveladas, bem como suas áreas.

§ 14º - Em terrenos localizados dentro da Zona Urbana que apresentem vegetação considerada
de preservação permanente pelo Código Florestal, Lei Florestal de Minas Gerais e diretrizes de
Zoneamento Ambiental da APA – SUL RMBH, a Taxa de Permeabilidade deverá ser igual a, no
mínimo, a Taxa de Ocupação definida nesta Lei, para a zona onde se situa o terreno.

Art. 34 – Para efeito do disposto no Art. 33 e demais disposições desta Lei, entende-se como:

I – Pavimento Térreo: o que tiver o piso imediatamente acima do nível médio do meio-fio da via
pública de acesso ao terreno;

II – Pavimentos em Subsolo: os que tiverem o piso abaixo do nível médio do meio-fio da via
pública de acesso ao terreno;

III – Declividade de um Terreno: a declividade média da sua linha de maior declive.

Art. 35 – Os valores do Coeficiente de Aproveitamento e da Taxa de Ocupação para as


subdivisões da Zona Rural deverão atender ao disposto nos Anexos desta Lei.
Art. 36 – Os estacionamentos para veículos serão obrigatórios nas edificações da Zona Urbana,
nas seguintes proporções mínimas:

I – 1 (uma) vaga, no mínimo, para cada unidade residencial nas edificações destinadas a
categorias de uso residencial;

II – 1 (uma) vaga para cada 100,00m² (cem metros quadrados), ou fração, da área útil de
edificação ou parte de edificação destinada a categorias de uso comercial, prestação de serviços,
industrial e institucional.

§ 1º - Entende-se como área útil de uma edificação, para efeito deste artigo, a área decorrente da
aplicação dos Coeficientes de Aproveitamento previstos nesta Lei.

§ 2º - Nas edificações de usos diversificados deverão ser consideradas cumulativamente as


proporções estabelecidas nesse artigo para os usos definidos.

§ 3º - As vagas, circulações e espaços de espera dos estacionamentos de que trata este artigo
deverão ainda atender ao disposto no Código de Obras do Município.

SEÇÃO II
Das Condições Complementares da Edificação

Art. 37 – O terreno, para ser edificado, deverá atender ao disposto na Lei de Parcelamento do
Solo, no Código de Obras e às demais condições de titularidade e regularização exigidas pelo
Município de Brumadinho.

§ 1º - Quando o terreno a edificar estiver situado em mais de uma das zonas definidas nesta Lei,
prevalecerá o disposto para a zona que corresponder à sua maior parte.

§ 2º - Quando o terreno a edificar apresentar cobertura vegetal considerada relevante nos termos
do Código Florestal, Lei Florestal do Estado de Minas Gerais e das diretrizes para o
Zoneamento Ambiental da APA – SUL RMBH, deverá a COPLAMA, juntamente com o órgão
municipal de meio ambiente, definir os critérios para o desmatamento permitido, observando-se
ainda, no que couber, as determinações do Instituto Estadual de Florestas – IEF e a manutenção
de, no mínimo, 20% da cobertura vegetal.

§ 3º - A área de cobertura vegetal a ser preservada, conforme o disposto no parágrafo anterior,


deverá, obrigatoriamente, manter continuidade com outras áreas limítrofes, também
consideradas de preservação, formando um corredor ecológico.

Art. 38 – Os projetos de edificação na Zona Urbana e dentro dos limites da APA – SUL RMBH,
além do disposto no Código de Obras, deverão apresentar um plano de movimentação de terra
necessário ao assentamento da edificação e partes complementares.

§ 1º - Dentro dos limites da APA – SUL RMBH, o plano de movimentação de terra deverá
apresentar estudos relacionados à vulnerabilidade geotécnica da área, e ser submetido a
licenciamento ambiental junto aos órgãos ambientais competentes no âmbito municipal e, no
que couber, no âmbito estadual.

§ 2º - O plano de movimentação de terra compreenderá, no mínimo:

I – a definição planialtimétrica dos planos de assentamento das edificações e partes


complementares;
II – a conformação de taludes de estabilização dos maciços resultantes de cortes e aterros;

III – o plano de proteção contra a ação de águas pluviais;

IV – a concepção de formas artificiais eventualmente necessárias para a contenção dos maciços


resultantes de cortes e aterros.

§ 3º - Constituem condições básicas a serem observadas nos planos de movimentação de terra a


procura do máximo equilíbrio entre cortes e aterros e a garantia de segurança para os imóveis
vizinhos e logradouros públicos.

§ 4º - Os taludes resultantes da movimentação de terra deverão atender às seguintes condições


básicas:

I – a inclinação dos taludes em corte deverá observar um angulo máximo de 45º (quarenta e
cinco graus) em relação ao plano horizontal, para alturas de corte até um máximo de 3,00m (três
metros) e em terrenos com um máximo de 30% (trinta por cento) de declividade;

II – a inclinação dos taludes em aterro deverá observar um angulo máximo de 30º (trinta graus)
em relação ao plano horizontal, para alturas de aterro até um máximo de 3,00m (três metros) e
em terrenos com um máximo de 30% (trinta por cento) de declividade.

§ 5º - Cortes ou aterros envolvendo mais de 3,00m (três metros) de altura e/ou terrenos com
mais de 30% (trinta por cento) de declividade, ou ainda envolvendo solos considerados
instáveis, deverão ser objeto de licenciamento ambiental, independente da zona onde estiver
localizado, observado ainda o disposto no parágrafo 1º deste artigo, podendo-se concluir,
inclusive, pela necessidade de alteração do projeto.

§ 6º - As linhas de “off-set” dos taludes não poderão distar menos de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) das divisas do terreno.

Art. 39 – Os estacionamentos cobertos para veículos, em edificações coletivas, residenciais ou


não, poderão se beneficiar das condições estabelecidas no parágrafo 2º do Art. 33 desta Lei,
desde que:

I – respeitado o desnível máximo de 1,10m (um metro e dez centímetros) entre o nível do teto
do estacionamento e o nível médio do meio-fio da via de acesso, no trecho correspondente à
testada do terreno a edificar;

II – respeitado o pé-direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), conforme o


disposto no Código de Obras.

Parágrafo único – Para efeito do disposto no inciso I do caput deste artigo, a soleira de entrada
da edificação envolvida poderá apresentar um desnível máximo de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) em relação ao nível médio do meio-fio da via pública de acesso, no trecho
correspondente à testada do terreno a edificar, e permitir o lançamento de uma rampa de acesso
para pedestres com no máximo 10% (dez por cento) de declividade longitudinal.

Art. 40 – De uma maneira geral, excetuando o caso previsto no parágrafo único do Art. 39 desta
Lei, as soleiras de entrada das edificações coletivas, consideradas em relação ao nível médio do
meio-fio da via pública de acesso, deverão ser niveladas ou estar a uma determinada altura em
relação ao nível médio do meio-fio, que permita uma rampa de acesso para pedestres com no
máximo 10% (dez por cento) de declividade longitudinal.
Art. 41 – Nas edificações coletivas, residenciais ou não, com mais de 4 (quatro) pavimentos
habitáveis, será obrigatória a previsão de um pavimento em pilotis, considerado de uso coletivo.

§ 1º - Considera-se como pavimento em pilotis o pavimento apenas estruturado, de área livre e


perímetro aberto.

§ 2º - No pavimento em pilotis será permitido o fechamento apenas do espaço necessário à


acomodação do vestíbulo de entrada, portaria, caixas de escada, elevadores e afins.

§ 3º - Quando o nível do piso do pavimento em pilotis corresponder ao da soleira de entrada da


edificação, deverão ser observadas as mesmas determinações para esta estabelecidas no
parágrafo único do Art. 39 e no Art. 40 desta Lei, conforme o caso.

§ 4º - O pavimento em pilotis em edificações coletivas de uso misto residencial poderá se


constituir em pavimento de transição entre os pavimentos não residenciais e os residenciais.

§ 5º - O pavimento em pilotis em edificações coletivas não residenciais deverá se constituir em


pavimento de transição entre o pavimento térreo e os demais pavimentos.

§ 6º - Nos pavimentos em pilotis deverão ser respeitados os parâmetros estabelecidos nos


Anexos desta Lei.

§ 7º - Conforme definido nesta Lei, a área do pavimento em pilotis, quando de uso em comum,
está excluída da área máxima de construção possibilitada pelo Coeficiente de Aproveitamento
definido para a zona.

Art. 42 – A cobertura do último pavimento em edificações coletivas poderá ser aproveitada


como terraço, desde que em área livre e de uso em comum dos moradores das diversas unidades
previstas, quando se tratar de uso residencial multifamiliar, uso residencial misto multifamiliar
ou dos usuários, quando se tratar de uso comercial e/ ou de serviços.

§ 1º - O terraço de que trata este artigo poderá ser coberto até o máximo de 60% (sessenta por
cento) de sua área, desde que:

I – seja observado um afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) entre a
borda do terraço e a borda da cobertura;

II – tenha o perímetro aberto e a área livre, excetuados acessos, casas de máquinas, caixas de
escada, reservatórios de água, instalações sanitárias de uso coletivo e depósito de material de
limpeza, conforme o caso.

§ 2º - Conforme estabelecido nesta Lei, a área do terraço de que trata este artigo poderá ser
excluída da área total de construção possibilitada pelo Coeficiente de Aproveitamento definido
para a zona.

§ 3º - O acesso ao terraço de que trata este artigo, a partir do último pavimento, poderá ser feito
através apenas de escada de uso comum.

§ 4º - O projeto da cobertura do terraço deverá ser aprovado e fará parte do conjunto do projeto
arquitetônico, ficando a critério da COPLAMA recusar o projeto da cobertura se a mesma
implicar em desarmonia com a tipologia do conjunto arquitetônico existente em suas
vizinhanças.

Art. 43 – A obrigatoriedade do uso de elevadores na circulação vertical, além de escadas, deverá


obedecer ao disposto no Código de Obras do Município.
CAPÍTULO VI
Das Infrações e Penalidades

Art. 44 – Constituem infrações a esta Lei:

I – o desrespeito às limitações de uso do solo de que trata a Seção I do Capítulo IV desta Lei;

II – o não cumprimento dos parâmetros de ocupação do solo tratados na Seção I do Capítulo V


desta Lei;

III – o desrespeito às demais condições complementares da edificação de que trata a Seção II do


Capítulo V desta Lei;

IV – o desrespeito ao disposto para as Áreas de Diretrizes Especiais – ADE, no Art. 23 do


Capítulo III desta Lei;

V – o desrespeito às determinações dos processos de licenciamento ambiental exigidos nesta


Lei.

§ 1º - As penalidades e suas respectivas formas de aplicação, considerando-se as infrações


relativas aos incisos II, III e V deste artigo, além de enquadrarem-se, no que couber, no disposto
no Código de Obras e/ou na Lei de Parcelamento do Solo do Município, serão objeto de
legislação complementar específica.

§ 2º - As penalidades e suas respectivas formas de aplicação, considerando-se as infrações


relativas ao inciso I deste artigo, além de enquadrarem-se, no que couber, no disposto no
Código de Obras e/ou Código de Posturas do Município, serão objeto de legislação
complementar específica, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de aprovação desta Lei.

§ 3º - As penalidades para as infrações relativas ao inciso IV deste artigo serão caracterizadas


nos decretos de regulamentação e legislação complementar decorrentes dos projetos específicos
para cada Área de Diretrizes Especiais – ADE.

§ 4º - Sem`prejuízo das penalidades de que trata o parágrafo 1º deste artigo, as infrações


relativas ao inciso V estarão sujeitas, no que couber, ao disposto na legislação sobre o meio
ambiente no âmbito estadual e federal.

CAPÍTULO VII
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 45 – Todos os projetos de edificação em Brumadinho, bem como de quaisquer benfeitorias


que impliquem em alteração do sítio natural, seja na Zona Urbana, seja na Zona Rural, deverão
ser submetidos à aprovação da Prefeitura, através da COPLAMA, observadas a legislação
ambiental vigente, as determinações desta Lei, da Lei de Parcelamento do Solo, do Código de
Obras, Código de Posturas, Lei Ambiental e demais leis municipais em vigor.

Parágrafo único – Conforme definido nesta Lei, as atividades e empreendimentos considerados


poluentes ou sob qualquer forma, capazes de causar degradação do meio ambiente, deverão ser
submetidos a licenciamento ambiental, na forma da legislação ambiental no âmbito federal,
estadual e, no que couber, no âmbito municipal.

Art. 46 – A Prefeitura, tendo em vista as constantes inundações causadas pelo Rio Paraopeba,
dentro do perímetro urbano do Distrito Sede de Brumadinho no período de chuvas, deverá
empreender, com a urgência necessária, ações no sentido de solucionar, a partir de trabalho
conjunto com os demais municípios integrantes da Bacia do Paraopeba à montante da cidade, e
com os órgãos estaduais e federais responsáveis pela preservação dos recursos hídricos, os
problemas causados por essas inundações freqüentes e decorrentes, principalmente, do
assoreamento do leito do Rio.

Art. 47 – A Prefeitura, tendo em vista as ações necessárias à aplicação e à fiscalização desta Lei
e demais leis urbanísticas e a necessidade de se ter uma planta cadastral atualizada para a
implementação dessas ações, deverá proceder à elaboração de uma base cadastral para o
município, na amplitude de cada núcleo urbano existente, a ser implantada a partir de um
sistema cadastral informatizado e passível de atualizações sistemáticas, de forma a se constituir
em um instrumento essencial de apoio ao planejamento urbano no município.

Art. 48 – Na Guia de Lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano deverá constar a


indicação da Zona Urbana ou Área de Diretrizes Especiais onde o imóvel estiver localizado.

Art. 49 – As modificações das disposições desta Lei dependerão de Lei Municipal.

Art. 50 – A Prefeitura deverá fornecer ao público, mediante taxa a ser fixada, cópias impressas
desta Lei e de seus Anexos.

Art. 51 – A Prefeitura fornecerá aos interessados, nos processos para aprovação de projetos de
edificações, as informações básicas necessárias ao cumprimento desta Lei.

Art. 52 – Nos processos de licenciamento de empreendimentos de que trata o Art. 25 desta Lei,
que implicarem em modificação do uso atual do solo nas sub-bacias hidrográficas do território
municipal, deverá a COPLAMA, junto com o órgão municipal de meio ambiente, considerar os
riscos de alteração da classificação oficial dos cursos d’água superficiais e os riscos ambientais.

§ 1º - A classificação oficial mencionada no caput deste artigo é a definida na Deliberação


Normativa do COPAM relativa ao enquadramento dos cursos d’ água da Bacia do Rio
Paraopeba.

§ 2º - Na hipótese de verificação de riscos efetivos de alteração da classe dos cursos d’água


superficiais, e riscos ambientais para a APA – SUL RMBH, e todas as demais áreas do
Município, decorrentes da implantação de empreendimentos, deverá a COPLAMA, junto com o
órgão municipal de meio ambiente, indicar as medidas de saneamento ambiental que se fizerem
necessárias ou concluir pela inviabilidade do empreendimento, ouvindo ainda, no que couber, o
órgão estadual de meio ambiente.

§ 3º - O desrespeito às medidas de saneamento ambiental, em conformidade com o disposto no


parágrafo 2º deste artigo, enquadra o empreendimento em situação de infração definida no
inciso V do Art. 45 desta Lei.

Art. 53 – As habitações multifamiliares, além do estabelecido nesta Lei, deverão atender


também ao estabelecido na Lei Federal 4.591/64, que dispõe sobre condomínios em edificações.

Art. 54 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
 

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