TCR 12.03
TCR 12.03
PORTO ALEGRE-RS
2015
LIANA TAVARES PEIXOTO
PORTO ALEGRE- RS
2015
RESUMO
A atenção básica no SUS vive um momento especial ao ser considerada como uma
das prioridades de expansão do Ministério da Saúde. Entre os seus desafios atuais,
destacam-se aqueles relativos ao acesso e, consequentemente, no acolhimento na
tentativa de ampliá-lo, Por esta razão, são necessárias ações voltadas ao
redirecionamento da atuação dos profissionais de saúde para melhorar este processo.
Ainda, as necessidades de saúde bucal também precisam ser apreciadas no
acolhimento podendo os profissionais que atuam no cuidado à saúde bucal também
ser inseridos no processo de escuta qualificada. A reflexão sobre as diferentes
formas de realização do acolhimento pela equipe odontológica se torna uma
importante ferramenta para o sucesso das práticas em saúde. O presente estudo trata-se
uma revisão bibliográfica sobre a temática: acolhimento em saúde bucal na primária em
saúde na literatura especializada, Identificar aspectos relevantes dessa forma de
acesso, levantar possíveis fatores que influenciem negativa ou positivamente no
processo de escuta qualificada. A busca se deu nas bases de dados Lilacs, Scielo,
Google acadêmico a cerca de estudos com essa temática a partir do ano de 2010,
no Brasil em língua portuguesa. Foram selecionados 3 artigos e 2 teses que se
enquadravam nos referidos critérios. O resultados sugerem que o acolhimento é
uma forma de acesso conhecida pelos cirurgiões dentistas quanto ao seu conceito e
quando realizadas com o apoio de toda a equipe consegue cumprir com sua
proposta e atender a seus princípios. Entretanto a implantação apresenta muitas barreiras
a serem vencidas. Dentre esses aspectos, a necessidade de ampliar a competência dessa
ferramenta de recepção/ escuta em saúde bucal por todos os profissionais da equipe de saúde
da família.
DESCRITORES: Atenção primária. Saúde bucal. Acolhimento.
ABSTRACT
Primary health care has been considered as one of the priorities of the Ministry of Health.
Among its current challenges , we highlight those relating to access and embracement For
this reason , it is necessary actions aimed at redirecting to professionals health to improve
access . Still , the oral health needs also be enjoyed at the embracement and professionals can
working in oral health care also be entered into the qualified hearing process. Reflection on
the different embodiments of the hosting by the dental team becomes an important tool for
successful practice presenrte The study aims Report on the work with the theme host of oral
health in primary care in the literature , identify issues arising from this form of access . , raise
possible factors that influence the host . Was carried out through a literature review on the
subject host on oral health in primary care. The search took place in the databases Lilacs ,
SciELO , Google academic studies about this theme from the year 2010 in Brazil in Portu-
guese. A total of 3 articles and 2 theses that met the specified benchmarks. The results sug-
gests That embracement is a way to access those known by surgeons dentists and its concept
emtretanto a deployment presents many barriers to overcome however, when performed with
the support whole team can comply with your proposal your principles and meet one .
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2 6
OBJETIVO .........................................................................................................................
...................
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................................................. 6
3 7
JUSTIFICATIVA .................................................................................................................
....................
4 REFERENCIAL 8
TEÓRICO ..............................................................................................................
5 PROCEDIMENTOS 11
METODOLÓGICOS ......................................................................................
5.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA........................................................................................... 11
5.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.............................................. 11
5.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS........................................……………………....... 12
5,5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS..................................................................................................... . 12
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO................…………………………………………………… 13
7.CONSIDERAÇÕES 16
FINAIS…………………………………………………………………………
8 17
REFERÊNCIAS …………………………………………………………………………
……………
9 19
APÊNDICE ………………………………………………………………………………
……………
4
1 INTRODUÇÃO
A Residência Integrada em Saúde (RIS) em Atenção Básica (AB) da Escola de Saúde
Pública do RS (ESP-RS) proporciona que os residentes de diferentes formações na área da
saúde conheçam o sistema de saúde no seu âmbito assistencial assim como na gestão onde as
trocas ocorrem num ambiente interdisciplinar de forma articulada em todos os níveis do
sistema. Para isso, estes profissionais são inseridos nos serviços da rede de assistência e de
gestão, conjugando e articulando saberes, práticas aprimorando a formação para o
atendimento das necessidades da população em alguns municípios, dentre eles, em Porto
Alegre – POA, RS. A partir disso, a adequação dessas práticas envolve a incorporação e
aprofundamento nas diretrizes e princípios do SUS, Atenção básica e da Política de
Humanização (BRASIL, 2010)
A AB caracteriza-se por um conjunto de ações em saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, e ações de assistência com o objetivo
de desenvolver uma atenção integral aos indivíduos e coletividades. Orienta-se pelos
princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da
integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social (BRASIL, 2011b).
A fim de cumprir suas funções, a AB realiza o manejo das demandas e necessidades de
saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco,
vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde
ou sofrimento devem ser acolhidos.
Para a reorientação do modelo assistencial na AB, a estratégia Saúde da Família é uma
estratégia que visa atender o indivíduo e a família de forma integral e contínua,
desenvolvendo ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Tem como objetivo
reorganizar a prática assistencial, anteriormente centrada no hospital, passando a enfocar a
família em seu ambiente físico e social. Entre os seus desafios atuais, destacam-se aqueles
relativos ao acesso e acolhimento e integração e estabilidade dos membros das equipes
(BRASIL, 2013).
Existem diversas definições do termo acolhimento na literatura e, a partir dessas
conceituações, o Ministério da Saúde considera acolhimento como dar acolhida, admitir,
aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir e estabelecer uma
escuta qualificada aos indivíduos. No campo da saúde, possui papel de diretriz
ética/estética/política constitutiva dos modos de se produzir saúde e ferramenta tecnológica de
5
o qual organiza- as atividades do residente dentro das rotinas da unidade assim como é
apresentada no APENDICE A. Por ser um item integrante dessa agenda, a busca na
literatura de diferentes experiências/ trabalhos e, a partir disso, realizar uma reflexão
sobre o assunto, contribui positivamente para a formação profissional do residente.
Por esta razão, para que se exerça uma nova prática, são necessárias ações
voltadas ao redirecionamento da participação dos profissionais de saúde, com vistas
à construção da equipe de saúde como a verdadeira unidade produtora desses
serviços. A atenção básica, para ser resolutiva, deve ter tanto capacidade ampliada
de escuta (e análise) utilizando o acolhimento como dispositivo para a melhoria do
acesso (BRASIL, 2008b).
A saúde bucal por muito tempo se manteve em uma posição difícil de atingir e com a
ampliação da atenção básica no país, tem tornado seu acesso facilitado e se remodelado para
atender a demanda dinâmica da população. A construção de um arcabouço teórico e a reflexão
sobre os trabalhos produzidos pelo país serve como um dispositivo e alicerce para o
crescimento dos profissionais e readequação de suas práticas cotidianas (BRASIL, 2008a).
2 OBJETIVO GERAL
respeito à melhora do acesso em saúde bucal em seu aspecto de qualidade podem ser
considerados vários indicadores como por exemplo: diminuição das filas, aumento de
tratamentos concluídos, redução do número de urgências, satisfação do usuários entre outros.
(fonte, ver). O conceito de melhorar o acesso e o atendimento são muito próximos sendo o
acolhimento um importante protagonista nesse cenário.
Em âmbito nacional, em 2011 surgiu o Programa de melhoria do Acesso e Qualidade
da AB PMAQ-AB, o qual propõe incentivo às equipes que adiram por meio de controle de
indicadores de desempenho e monitoramento. Em saúde bucal são quatro indicadores de
desempenho: Média de ação coletiva de escovação dental supervisionada; Cobertura de
primeira consulta odontológica programática; Proporção de instalações de próteses dentárias;
Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas. A fim
de atingir metas para esses indicadores propõe-se estratégias regionais, estaduais ou
municipais como no exemplo do município citado (BRASIL, 2013)
A parti desse cenário, com metas nacionais para qualificar o acesso e municipais as
quais adotam o acolhimento como estratégia para melhoria deste, o presente trabalho traz
questões abordadas sobre acolhimento na literatura.
9
4 REFERENCIAL TEÓRICO
expansão tem resultado em maior acesso da população aos serviços de saúde bucal (SANTOS
et al., 2007).
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2010 apontam
que cerca de 20 milhões de brasileiros (11% da população) nunca foram ao dentista. Ações no
sentido de se efetivar uma política ampla capaz de reduzir desigualdades sociais no acesso, no
processo do cuidado e na avaliação dos resultados epidemiológicos da área odontológica
devem ser implementadas. Isso demonstra que apesar da ampliação da atenção básica e do
número de equipes de saúde bucal, boa parte ainda não acessou o serviço.
Organizar-se a partir do acolhimento dos usuários exige que a equipe reflita
sobre o conjunto de ofertas que ela tem apresentado para lidar com as necessidades
de saúde da população, pois são todas as ofertas que devem estar à disposição
para serem agenciadas, quando necessário, na realização da escuta qualificada da
demanda. Conceituar acolhimento, e classificação de risco, tem sido cada vez mais
comum, principalmente nos serviços de urgência/emergência, a adoção dos
protocolos de estratificação de risco. A utilização de tais protocolos e suas
respectivas escalas têm impacto importante na qualidade do acesso desses serviços.
Esses protocolos podem ser referência, mas necessariamente precisam ser
ressignificados e ajustados quando se trata da atenção básica. Ainda, as
necessidades de saúde bucal também precisam ser apreciadas no acolhimento,
dessa forma, inserindo a equipe de saúde bucal no processo de escuta qualificada,
bem como os outros profissionais que realizam a primeira escuta. É importante, a
discussão e definição do processo e o modo como os diferentes profissionais
participarão do acolhimento. Essa atitude é fundamental para ampliar a capacidade
clínica da equipe de saúde a fim de reconhecer riscos e vulnerabilidades e
realizar/acionar intervenções. (BRASIL, 2011 c)..
O Acolhimento pode contribuir para a ampliação do acesso aos serviços de saúde e
para adequação do processo de trabalho em direção a respostas satisfatórias às necessidades
da população. Com isso, ocorre a ruptura de todo aparato que signifique dificuldade de acesso
dos usuários, tais como o cartaz definindo o número de consultas disponíveis, fichas e triagem.
Entretanto, esse processo deve ser ter seu fluxo bem organizado na equipe e se moldar ao
perfil populacional. Além disso, esse conceito deve ser diferente do conceito de triagem
(BRASIL, 2006).
Essa forma de acesso serve como dispositivo para a necessidade de organizar o
processo de trabalho. Além disso, esse método de acesso consiste na abertura dos serviços
11
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de acordo com Noronha e
Ferreira (2000) que consta em um estudo que analisa a produção bibliográfica em
determinada área temática, dentro de um recorte de tempo.Os autores propõe uma visão geral
ou um relatório do estado-da arte sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias,
métodos, subtemas que têm\ recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada.O
período que se estipulou, para o presente trabalho foi a partir do ano de 2010. Esse período
foi escolhido em detrimento do último levantamento de saúde bucal a nível nacional (SB
BRASIL, 2010) ter ocorrido e, com isso, dispor de referência atualizada para nível regional e
nacional com indicadores compatíveis com a realidade de saúde bucal de forma mais atual
possível.
5.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
Os artigos terão como tema o acolhimento em saúde bucal na atenção
básica no SUS em idioma português. Serão excluídos todos os artigos que não
possuírem tema condizente com o assunto de interesse supracitado e realizados em
outros países.
5.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Para atingir os objetivos citados será usado como base de dados: Scielo,
Lilacs, cruzando os descritores: atenção primária, acolhimento, saúde bucal em
língua portuguesa disponíveis na íntegra. O trabalho foi desenvolvido nos períodos
de Janeiro e Fevereiro de 2015.
5.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS
A fim de atingir os objetivos de identificar aspectos resultantes dessa forma de
acesso e destacar fatores que influenciem no acolhimento em saúde bucal, serão
relatados os diferentes resultados dos estudos Os artigos selecionados a partir dos
critérios acima delimitados serão analisados de acordo com a análise temática de
Minayo (2010) a qual desdobra-se em três etapas:
1)Pré análise: Consiste na escolha dos documentos a serem analisados, realização de
uma : Leitura Flutuante; Organização do material de tal forma que possa responder a algumas
normas de validade: exaustividade (que contempla todos os aspectos levantados no roteiro);
representatividade homogeneidade pertinência, averiguar hipóteses..
2) Exploração do Material: o recorte do texto em unidades de registro, agregação dos
dados, escolhendo as categorias teórica
13
. Como instrumento de análise foi utilizada uma tabela com categorias discriminando
itens a serem avaliados TABELA 1. Esse instrumento foi construído com base em estudo
realizado por Santos e Santos (2011) e adaptado para as especificações do presente estudo.
A seleção dos artigos teve como base os critérios acima citados cruzando os referidos
descritores. No sentido de ampliar os achados, em vista do reduzido número de trabalhos
encontrados, admitiu-se trabalhos de teses e que fossem publicados/ realizados em 2010
com realização da pesquisa de 1 a 2 anos antes como tolerância, em vista do pequeno
número de trabalhos encontrados e de forma que contemplasse o período mais recente e
atual possível.
5.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Apesar do estudo não envolver seres humanos, possui compromisso ético
com a imagem e direitos autorais expressa pela lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de
1998 garantindo a não maleficência e o envolvimento de riscos mínimos dos
trabalhos que forem mencionados.
O mesmo será submetido à CLEP e estará em consonância com todos os trâmites
necessários para o desenvolvimento do presente trabalho de conclusão de residência.
14
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos estudos com entrevistas (Inquéritos) com profissionais de saúde bucal e outras
profissões, o trabalho de Machado (2012) centrou-se em 3 focos nos questionamentos:
Percepção sobre acolhimento, fatores facilitadores desse mecanismo de escuta e fatores
dificultadores no processo de realização deste. Constatou-se conhecimento por parte dos
cirurgiões dentistas condizentes com a literatura atual preconizada. a maioria dos
profissionais descreve essa modalidade de atenção em saúde atrelada aos conceitos de escuta
qualificada ausente de pré julgamentos, desvinculação da ação a profissões especificas (todos
da equipe devem realiza-la), responsabilização, continuidade do cuidado, garantia de acesso e
demonstrou, também, preocupação com o acesso das situações de urgência.. Como fatores
facilitadores do acolhimento, os profissionais citaram: humanização no atendimento,
resolutividade, postura profissional, trabalho em equipe, recepção, orientação, e
encaminhamento dentro do processo de trabalho dentro da ESF e capacitações sobre o
referido tema. (MACHADO, 2010 ). Para os cirurgiões dentistas entrevistados no município
de Formiga MG , o acolhimento centrava-se na escuta qualificada sem pré julgamentos, pois
distorciam a percepção da realidade do sujeito. Os entrevistados acreditavam que essa escuta
promoviam a humanização do atendimento. Consideravam também que essa atenção era
praticável e deveria ser realizada por todos os profissionais da equipe na USF e afirmavam ,
além disso, ser uma importante atitude de mudança na relação usuário/profissional.
(MACHADO,2012).
Resultados similares são encontrados no estudo de Pinheiro e Oliveira em 2010 em
que o acolhimento, em todas as entrevistas analisadas, encontra-se identificado com um dos
sentidos presentes no discurso de Merhy (2004), isto é, ora como um dispositivo intercessor
do trabalho em saúde, que pode ser representado por uma postura ou atitude de escuta e
diálogo entre profissional e usuário, ora como apenas uma primeira etapa do processo de
trabalho, associada à recepção ou à triagem administrativa. Interessante distinguir estes
processos Porém, fica também claro que, na maioria das entrevistas, isto é, em 13 das 16, a
definição que primeiro surge e que prevalece na fala do cirurgião-dentista é a do acolhimento
como uma ação de triagem ou classificação de risco, além do próprio agendamento
(PINHEIRO; OLIVEIRA, 2010).
No estudo de Neves; Pretto; Ely (2012), no que diz respeito à visão dos usuários do
serviço, há pouco conhecimento sobre o assunto. Ao descrever a forma de acesso,. a maioria
dos usuários não cita o acolhimento como uma forma de realiza-lo, sendo que apenas um dos
entrevistados afirmou ciência do acolhimento, relatando que, para conseguir atendimento
odontológico, “tem que vim no acolhimento”. A partir desses relatos aponta-se a necessidade
18
para duas consultas.. classificação de risco após exame: Observou-se uma elevação na
quantidade dos adultos atendidos em relação à população total, bem como o acréscimo do
valor percentual da presença de dor e da cárie como o motivo diagnosticado da queixa
principal . Na comparação dos 2 momentos em relação aos pacientes atendidos em 1ª consulta
verificou-se que antes ao ACO, 65,1% eram indivíduos na faixa etária de escolares
apresentando na sua maioria um risco de cárie e doença periodontal baixo. Após o ACO,
houve uma redução de 17% dessa população atendida em 1ª consulta mantendo níveis
semelhantes de risco (DINIZ,2010)
.Fonte: SMS/POA
.Fonte: SMS/POA
.Fonte: SMS/POA
Apesar do padrão sugerido pela Secretaria, as Unidades ainda devem contemplar
diversas variáveis no momento de realizar essa metodologia com a demanda. De acordo com
CARVALHO et al:
“A demanda organizada ou atenção programada é caracterizada por
pessoas cadastradas na área de maior vulnerabilidade sem excluir os
usuários que buscam a demanda espontânea. Os indivíduos que
apresentarem doença ativa são agendados para atendimento individual
na Unidade de Saúde, ou para receber atenção em espaços
extraclínicos, como os domicílios (pessoas com necessidades especiais
ou acamadas) ou escolas e creches. Os indivíduos sem atividade de
23
Esses estudos corroboram com outros autores como. que apontam a necessidade de
contar com a comunidade como parceira em uma lógica de co-gestão e co-responsabilização
estimulando o controle social além de estabelecer articulação com a rede no desenvolvimento
de ações intersetoriais a fim de potencializar esse mecanismo de escuta. (AZAMBUJA et al,
2007).
Com esta pesquisa, foi possível observar que ainda existem algumas dificuldades em
garantir o acesso universal, mesmo após a implantação do acolhimento, o que reitera o ideário
de que quanto mais informados e comunicativos os trabalhadores e os usuários, melhor será a
construção do espaço de acolher. Além disso, foi possível perceber, por meio dos relatos
apresentados, que, após a implantação do acolhimento, a resolutividade garantida, por este
dispositivo ainda é um desafio a ser ultrapassado. (DINIZ, 2012)
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
AZAMBUJA, M.P.R. et al. Relato de experiência: o acolhimento em um grupo como
estratégia para a integralidade. Psico-USF, v.12, n. 1:p 121-124, jan/jun. 2007
Carvalho, D. Q., Ely, H. C., Paviani, L. S., & Corrêa, P. E. B. (2004). A dinâmica da equipe de
saúde bucal no programa saúde da família. Boletim da saúde, 18(1), 175.
da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2012. 116 p.
DOS SANTOS, Ialane Monique Vieira; DOS SANTOS, Adriano Maia. Acolhimento no
Programa Saúde da Família: revisão das abordagens em periódicos brasileiros. Revista de
Salud Pública, v. 13, n. 4, p. 703-716, 2011
PINHEIRO, P.M.; OLIVEIRA, L.C. The contribution of receptivity and bonding towards
humanization of dental surgeons’ practice within the Family Health Program.
Interface - Comunic., Saude, Educ.
ROCHA RACP, Goes PSA Comparação do acesso aos serviços de saúde bucal em
áreas cobertas e não cobertas pela Estratégia Saúde da Família em Campina Grande, Paraíba,
Brasil. Cad Saúde Pública; 24 (12):2871-80 2008.
APÊNDICE- A
Semana típica -
Segunda terça quarta quinta sexta
Grupo
Atendimento Diabéticos
Acolhimento /VD Vigilância
Clínico
Aula
Reunião
Equipe/ Atendimento
interconsulta PSE preceptoria clínico