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Este documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre o tema do acolhimento em saúde bucal na Atenção Básica. O objetivo é identificar aspectos relevantes deste processo de acolhimento e os possíveis fatores que influenciam positiva ou negativamente na escuta qualificada. A pesquisa envolveu uma revisão da literatura nas bases de dados Lilacs, Scielo e Google Acadêmico sobre estudos deste tema no Brasil a partir de 2010. Foram selecionados 3 artigos e 2 teses que se adequavam aos

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Liana Tavares
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Este documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre o tema do acolhimento em saúde bucal na Atenção Básica. O objetivo é identificar aspectos relevantes deste processo de acolhimento e os possíveis fatores que influenciam positiva ou negativamente na escuta qualificada. A pesquisa envolveu uma revisão da literatura nas bases de dados Lilacs, Scielo e Google Acadêmico sobre estudos deste tema no Brasil a partir de 2010. Foram selecionados 3 artigos e 2 teses que se adequavam aos

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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA/RS

RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE


ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE COLETIVA

LIANA TAVARES PEIXOTO

Acolhimento em saúde bucal na Atenção Básica: Uma revisão bibliográfica

PORTO ALEGRE-RS
2015
LIANA TAVARES PEIXOTO

Acolhimento em saúde bucal na Atenção Básica: Uma revisão bibliográfica

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial do Programa de
Residência Integrada em Saúde, Ênfase
Atenção Básica em Saúde Coletiva, da
Escola de Saúde Pública do Rio Grande do
Sul.
Orientador: José Cláudio dos Santos Araújo

PORTO ALEGRE- RS
2015
RESUMO
A atenção básica no SUS vive um momento especial ao ser considerada como uma
das prioridades de expansão do Ministério da Saúde. Entre os seus desafios atuais,
destacam-se aqueles relativos ao acesso e, consequentemente, no acolhimento na
tentativa de ampliá-lo, Por esta razão, são necessárias ações voltadas ao
redirecionamento da atuação dos profissionais de saúde para melhorar este processo.
Ainda, as necessidades de saúde bucal também precisam ser apreciadas no
acolhimento podendo os profissionais que atuam no cuidado à saúde bucal também
ser inseridos no processo de escuta qualificada. A reflexão sobre as diferentes
formas de realização do acolhimento pela equipe odontológica se torna uma
importante ferramenta para o sucesso das práticas em saúde. O presente estudo trata-se
uma revisão bibliográfica sobre a temática: acolhimento em saúde bucal na primária em
saúde na literatura especializada, Identificar aspectos relevantes dessa forma de
acesso, levantar possíveis fatores que influenciem negativa ou positivamente no
processo de escuta qualificada. A busca se deu nas bases de dados Lilacs, Scielo,
Google acadêmico a cerca de estudos com essa temática a partir do ano de 2010,
no Brasil em língua portuguesa. Foram selecionados 3 artigos e 2 teses que se
enquadravam nos referidos critérios. O resultados sugerem que o acolhimento é
uma forma de acesso conhecida pelos cirurgiões dentistas quanto ao seu conceito e
quando realizadas com o apoio de toda a equipe consegue cumprir com sua
proposta e atender a seus princípios. Entretanto a implantação apresenta muitas barreiras
a serem vencidas. Dentre esses aspectos, a necessidade de ampliar a competência dessa
ferramenta de recepção/ escuta em saúde bucal por todos os profissionais da equipe de saúde
da família.
DESCRITORES: Atenção primária. Saúde bucal. Acolhimento.
ABSTRACT
Primary health care has been considered as one of the priorities of the Ministry of Health.
Among its current challenges , we highlight those relating to access and embracement For
this reason , it is necessary actions aimed at redirecting to professionals health to improve
access . Still , the oral health needs also be enjoyed at the embracement and professionals can
working in oral health care also be entered into the qualified hearing process. Reflection on
the different embodiments of the hosting by the dental team becomes an important tool for
successful practice presenrte The study aims Report on the work with the theme host of oral
health in primary care in the literature , identify issues arising from this form of access . , raise
possible factors that influence the host . Was carried out through a literature review on the
subject host on oral health in primary care. The search took place in the databases Lilacs ,
SciELO , Google academic studies about this theme from the year 2010 in Brazil in Portu-
guese. A total of 3 articles and 2 theses that met the specified benchmarks. The results sug-
gests That embracement is a way to access those known by surgeons dentists and its concept
emtretanto a deployment presents many barriers to overcome however, when performed with
the support whole team can comply with your proposal your principles and meet one .

KEYWORDs: Primary care. Oral health. Embracement.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2 6
OBJETIVO .........................................................................................................................
...................
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................................................. 6
3 7
JUSTIFICATIVA .................................................................................................................
....................
4 REFERENCIAL 8
TEÓRICO ..............................................................................................................
5 PROCEDIMENTOS 11
METODOLÓGICOS ......................................................................................
5.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA........................................................................................... 11
5.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.............................................. 11
5.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS........................................……………………....... 12
5,5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS..................................................................................................... . 12
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO................…………………………………………………… 13

6,1 OBJETIVOS/METODOLOGIAS DOS TRABALHOS………………………………………

6.2 CONCEITO E VISÃO DE ACOLHIMENTO PELO PROFISSIONAL E USUÁRIO………

6.3 FERRAMENTAS/ DISPOSITIVOS PARA O ACOLHIMENTO........................................

6,4 OBSTÁCULOS A SEREM VENCIADOS……………………………………………………

7.CONSIDERAÇÕES 16
FINAIS…………………………………………………………………………
8 17
REFERÊNCIAS …………………………………………………………………………
……………
9 19
APÊNDICE ………………………………………………………………………………
……………
4

1 INTRODUÇÃO
A Residência Integrada em Saúde (RIS) em Atenção Básica (AB) da Escola de Saúde
Pública do RS (ESP-RS) proporciona que os residentes de diferentes formações na área da
saúde conheçam o sistema de saúde no seu âmbito assistencial assim como na gestão onde as
trocas ocorrem num ambiente interdisciplinar de forma articulada em todos os níveis do
sistema. Para isso, estes profissionais são inseridos nos serviços da rede de assistência e de
gestão, conjugando e articulando saberes, práticas aprimorando a formação para o
atendimento das necessidades da população em alguns municípios, dentre eles, em Porto
Alegre – POA, RS. A partir disso, a adequação dessas práticas envolve a incorporação e
aprofundamento nas diretrizes e princípios do SUS, Atenção básica e da Política de
Humanização (BRASIL, 2010)
A AB caracteriza-se por um conjunto de ações em saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, e ações de assistência com o objetivo
de desenvolver uma atenção integral aos indivíduos e coletividades. Orienta-se pelos
princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da
integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social (BRASIL, 2011b).
A fim de cumprir suas funções, a AB realiza o manejo das demandas e necessidades de
saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco,
vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde
ou sofrimento devem ser acolhidos.
Para a reorientação do modelo assistencial na AB, a estratégia Saúde da Família é uma
estratégia que visa atender o indivíduo e a família de forma integral e contínua,
desenvolvendo ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Tem como objetivo
reorganizar a prática assistencial, anteriormente centrada no hospital, passando a enfocar a
família em seu ambiente físico e social. Entre os seus desafios atuais, destacam-se aqueles
relativos ao acesso e acolhimento e integração e estabilidade dos membros das equipes
(BRASIL, 2013).
Existem diversas definições do termo acolhimento na literatura e, a partir dessas
conceituações, o Ministério da Saúde considera acolhimento como dar acolhida, admitir,
aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir e estabelecer uma
escuta qualificada aos indivíduos. No campo da saúde, possui papel de diretriz
ética/estética/política constitutiva dos modos de se produzir saúde e ferramenta tecnológica de
5

intervenção na qualificação de escuta, construção de vínculo, garantia do acesso com


responsabilização e resolutividade nos serviços.
A partir disso, esses conceitos propõem uma mudança da relação profissional/usuário e
sua rede social e entre profissionais, mediante parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de
solidariedade, levando ao reconhecimento do usuário como sujeito e participante ativo no
processo de produção da saúde. Com essa mudança de receptividade, o acesso à saúde
transcende de um conceito restrito a um mero alcance à “consulta”, para efetivamente acessar
ao conjunto de ações que são relevantes para a resolutividade das demandas e estabelecer o
equilíbrio do processo saúde doença (BRASIL, 2010).
Após o início do incentivo à implantação da ESF, a saúde bucal passou a ter
enfoque e a fazer parte dessas equipes em 28 de dezembro de 2000, quando foi
sancionada a Portaria n. 1.444 , na qual o Ministério da Saúde estabelece incentivo
financeiro para a reorganização da atenção em saúde bucal. No entanto, diferente
dos outros trabalhadores de saúde, que, na ESF, trabalham em uma área de
delimitação específica, a equipe de saúde bucal deve exercer suas atividades em
duas equipes distintas, ou seja, para cada equipe de saúde bucal serão implantadas
duas equipes de saúde da família.(BRASIL, 2000)
Dessa forma, a odontologia vem se integrando na equipe, se desfragmentando e
integrando os saberes e práticas em saúde. Um dos desafios na atenção em saúde bucal na
Saúde da Família é a unificação da porta de entrada com a área médico-enfermagem e
capacitar os profissionais de forma interdisciplinar. Partindo dessa premissa, o acesso da USF
é facilitado na medida em que se torna mais resolutiva e todos na equipe acolhem o paciente
garantindo o seu acesso (BRASIL, 2008a).
A ESP-RS insere os residentes em alguns municípios do referido estado dentre eles em
Porto Alegre. Esta é uma das cidades que propõe no seu planejamento em saúde o
acolhimento como estratégia para melhorar o acesso. A adequação das ações em saúde de
acordo com seus planos municipais de saúde e programação anual faz parte de realizar um
planejamento com objetivos embasados em dados que sejam efetivos para a melhora da saúde
da população. Em detrimento do enfoque no acesso e no acolhimento dado para as ações
nesse âmbito, embasa-se epidemiologicamente a importância da realização dessas práticas. E
por ser um dos campos vivenciados pelos residentes reforça-se a presença desses objetivos no
planejamento desse município. (SMS/POA, 2014).
Dentro das atividades dos residentes de odontologia inseridos nos campos de
atuação, o acolhimento compõe a agenda típica, esta é definida como um roteiro semanal
6

o qual organiza- as atividades do residente dentro das rotinas da unidade assim como é
apresentada no APENDICE A. Por ser um item integrante dessa agenda, a busca na
literatura de diferentes experiências/ trabalhos e, a partir disso, realizar uma reflexão
sobre o assunto, contribui positivamente para a formação profissional do residente.
Por esta razão, para que se exerça uma nova prática, são necessárias ações
voltadas ao redirecionamento da participação dos profissionais de saúde, com vistas
à construção da equipe de saúde como a verdadeira unidade produtora desses
serviços. A atenção básica, para ser resolutiva, deve ter tanto capacidade ampliada
de escuta (e análise) utilizando o acolhimento como dispositivo para a melhoria do
acesso (BRASIL, 2008b).
A saúde bucal por muito tempo se manteve em uma posição difícil de atingir e com a
ampliação da atenção básica no país, tem tornado seu acesso facilitado e se remodelado para
atender a demanda dinâmica da população. A construção de um arcabouço teórico e a reflexão
sobre os trabalhos produzidos pelo país serve como um dispositivo e alicerce para o
crescimento dos profissionais e readequação de suas práticas cotidianas (BRASIL, 2008a).

2 OBJETIVO GERAL

Relatar sobre os trabalhos na literatura com o tema - Acolhimento em Saúde Bucal na


Atenção básica do SUS nos últimos 5 anos.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Identificar aspectos relevantes atrelados ao acesso decorrentes da realização do
acolhimento em saúde bucal.
 Destacar possíveis fatores que influenciem de forma positiva ou negativa o
acolhimento em Saúde bucal

 3 JUSTIFICATIVA
7

Com base em estudos epidemiológicos e na crescente formulação de políticas


contemplando os princípios da equidade, humanização, ampliação e qualificação do acesso à
saúde, conforme já citado anteriormente, a busca na literatura de experiências e referências
que relatam a experiência do acolhimento em saúde bucal, se torna uma ferramenta
importante para o profissional da atenção básica. A saúde bucal por muito tempo se manteve
com seu acesso muito restrito na população brasileira entretanto esse cenário tem mudado
com a ampliação da atenção básica no país, tornando seu acesso facilitado e se remodelado
para atender a demanda dinâmica da população. A partir dessa conjuntura, a construção de um
arcabouço teórico e a reflexão sobre os trabalhos produzidos pelo país, serve como um
dispositivo e alicerce para o crescimento dos profissionais e readequação de suas práticas
cotidianas (BRASIL, 2008a).
Essa conjuntura de modalidade de acolhimento em saúde bucal, seu funcionamento e
dinâmica, requerem dos profissionais a capacidade de adequar os fundamentos da literatura à
realidade e peculiaridade da população adstrita do território. Com isso, a busca na literatura de
bases que referenciam essa prática se torna um importante alicerce para as condutas e ações
em saúde (BRASIL, 2011b).
Um exemplo de municípios que apresentam metas com relação ao acolhimento é
Porto Alegre - RS, um dos objetivos do plano municipal de saúde correspondente à
qualificação do acesso integral a ações e serviços no Sistema Único de Saúde/SUS e dentro da
diretriz do fortalecimento e ampliação da atenção primária em Saúde é a ampliação da
primeira consulta odontológica programática. Esta é um indicador de acesso e, para isso,
a Secretaria Municipal de Saúde SMS- planejou para o primeiro quadrimestre de 2014
realizar ações de educação permanente com enfoque no acolhimento com
identificação de necessidades junto às Gerências Distritais. Houve aumento desse
indicador em comparação a 2013 de 20,4%. Relaciona-se este aumento de cobertura de
primeiras consultas odontológicas, em parte, às atividades de educação permanente
realizadas para redefinição de fluxos de acesso, além da implantação do
acolhimento nas unidades de saúde. Com isso, as políticas vêm para nortear as
ações e estas devem ser constantemente repensadas e remodeladas para que
acompanhe a dinamicidade do perfil epidemiológico e processo saúde doença e
assim, esteja atendendo à realidade da população (SMS/POA, 2014).
Estes resultados apontam para uma importante ligação entre as medidas tomadas
(implementação acolhimento) e ampliação do acesso (PORTO ALEGRE, 2014). No que diz
8

respeito à melhora do acesso em saúde bucal em seu aspecto de qualidade podem ser
considerados vários indicadores como por exemplo: diminuição das filas, aumento de
tratamentos concluídos, redução do número de urgências, satisfação do usuários entre outros.
(fonte, ver). O conceito de melhorar o acesso e o atendimento são muito próximos sendo o
acolhimento um importante protagonista nesse cenário.
Em âmbito nacional, em 2011 surgiu o Programa de melhoria do Acesso e Qualidade
da AB PMAQ-AB, o qual propõe incentivo às equipes que adiram por meio de controle de
indicadores de desempenho e monitoramento. Em saúde bucal são quatro indicadores de
desempenho: Média de ação coletiva de escovação dental supervisionada; Cobertura de
primeira consulta odontológica programática; Proporção de instalações de próteses dentárias;
Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas. A fim
de atingir metas para esses indicadores propõe-se estratégias regionais, estaduais ou
municipais como no exemplo do município citado (BRASIL, 2013)
A parti desse cenário, com metas nacionais para qualificar o acesso e municipais as
quais adotam o acolhimento como estratégia para melhoria deste, o presente trabalho traz
questões abordadas sobre acolhimento na literatura.
9

4 REFERENCIAL TEÓRICO

A AB caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual


e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos,
o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da
saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação
de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde
das coletividades (BRASIL, 2011 A)
É desenvolvida através de práticas de cuidado e gestão, democráticas e
participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios
definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a
dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Para isso, lança
mão de tecnologias de cuidado complexas e variadas visando auxiliar no manejo das
demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu
território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência sob a premissa de
que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos. Além
disso atua na rede coordenando o cuidado, ou seja realiza a gestão do fluxo e projetos
terapêuticos; é ordenadora da mesma ( organiza as necessidades da população em relação a
outros pontos da rede sob sua responsabilidade). Também atua com o mais alto grau de
capilaridade é a base da rede de atenção em saúde –RAS (BRASIL,2011 B).
Contudo, desde a inserção da saúde bucal na ESF, tem havido uma expansão no
número de equipes em todo o país, sendo que, em 2004, foram implantadas 7.131 equipes que
atendiam cerca de 39 milhões de pessoas 13. Porém, ainda que se questione a prática exercida
e a relação entre o número de equipes de saúde bucal e da ESF, é possível reconhecer que a
10

expansão tem resultado em maior acesso da população aos serviços de saúde bucal (SANTOS
et al., 2007).
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2010 apontam
que cerca de 20 milhões de brasileiros (11% da população) nunca foram ao dentista. Ações no
sentido de se efetivar uma política ampla capaz de reduzir desigualdades sociais no acesso, no
processo do cuidado e na avaliação dos resultados epidemiológicos da área odontológica
devem ser implementadas. Isso demonstra que apesar da ampliação da atenção básica e do
número de equipes de saúde bucal, boa parte ainda não acessou o serviço.
Organizar-se a partir do acolhimento dos usuários exige que a equipe reflita
sobre o conjunto de ofertas que ela tem apresentado para lidar com as necessidades
de saúde da população, pois são todas as ofertas que devem estar à disposição
para serem agenciadas, quando necessário, na realização da escuta qualificada da
demanda. Conceituar acolhimento, e classificação de risco, tem sido cada vez mais
comum, principalmente nos serviços de urgência/emergência, a adoção dos
protocolos de estratificação de risco. A utilização de tais protocolos e suas
respectivas escalas têm impacto importante na qualidade do acesso desses serviços.
Esses protocolos podem ser referência, mas necessariamente precisam ser
ressignificados e ajustados quando se trata da atenção básica. Ainda, as
necessidades de saúde bucal também precisam ser apreciadas no acolhimento,
dessa forma, inserindo a equipe de saúde bucal no processo de escuta qualificada,
bem como os outros profissionais que realizam a primeira escuta. É importante, a
discussão e definição do processo e o modo como os diferentes profissionais
participarão do acolhimento. Essa atitude é fundamental para ampliar a capacidade
clínica da equipe de saúde a fim de reconhecer riscos e vulnerabilidades e
realizar/acionar intervenções. (BRASIL, 2011 c)..
O Acolhimento pode contribuir para a ampliação do acesso aos serviços de saúde e
para adequação do processo de trabalho em direção a respostas satisfatórias às necessidades
da população. Com isso, ocorre a ruptura de todo aparato que signifique dificuldade de acesso
dos usuários, tais como o cartaz definindo o número de consultas disponíveis, fichas e triagem.
Entretanto, esse processo deve ser ter seu fluxo bem organizado na equipe e se moldar ao
perfil populacional. Além disso, esse conceito deve ser diferente do conceito de triagem
(BRASIL, 2006).
Essa forma de acesso serve como dispositivo para a necessidade de organizar o
processo de trabalho. Além disso, esse método de acesso consiste na abertura dos serviços
11

para a demanda, facilitando os processos de trabalho em saúde, de forma a atender a todos,


assumindo o serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais
adequadas aos usuários (RAMOS; LIMA, 2003).
A organização da demanda que necessita de intervenção clínica odontológica
é sempre um processo a ser avaliado pelos gestores e profissionais de saúde bucal.
O desafio é conseguir desenvolver uma escuta qualificada das necessidades dos
usuários, readequando a agenda de acordo com a realidade encontrada e
fortalecendo a parceria ensino-serviço além de ampliar o vínculo com a comunidade,
desenvolvendo um espaço democrático de ações de prevenção e educação em
saúde e ampliado o acesso ao serviço odontológico. A partir dessa estrutura de
pensamento, os serviços ofertados à população se aproximam mais dos princípios
norteadores da atenção básica e, em especial, ao da resolutividade.
De acordo com o caderno 28 sobre a demanda espontânea por acolhimento,
a organização da agenda constitui uma importante ferramenta para a organização
deste , conforme literatura revisada , foram encontrados alguns modelos com o intuito de
melhorar este processo de organização da demanda em Saúde bucal e na ária médico-
enfermagem (NUTO et al. 2010 ; BRASIL, 2011a )
Dentre os critérios, fluxos para organização Agenda programada para grupos
específicos abrange o atendimento de pessoas previsto nas ações programáticas, cuja
periodicidade de acompanhamento também deve se pautar pela avaliação de risco e
vulnerabilidade. Essas pessoas não devem “disputar” as vagas de seu acompanhamento no
acolhimento, sendo necessário que já saiam de uma consulta com a marcação de seu retorno,
com hora e data definidas, inclusive intercalando, por exemplo, as consultas médicas com as
de enfermagem (sai do consultório do médico já com a marcação do retorno para a enfermeira
garantido, e vice-versa).
Já na agenda de atendimentos agudos: identificados a partir do acolhimento da
demanda espontânea, estejam ou não já inseridos em acompanhamento
programado, os usuários deveriam ser atendidos, de preferência, de acordo com a
estratificação de risco alicerçando a organização do atendimento
12

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de acordo com Noronha e
Ferreira (2000) que consta em um estudo que analisa a produção bibliográfica em
determinada área temática, dentro de um recorte de tempo.Os autores propõe uma visão geral
ou um relatório do estado-da arte sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias,
métodos, subtemas que têm\ recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada.O
período que se estipulou, para o presente trabalho foi a partir do ano de 2010. Esse período
foi escolhido em detrimento do último levantamento de saúde bucal a nível nacional (SB
BRASIL, 2010) ter ocorrido e, com isso, dispor de referência atualizada para nível regional e
nacional com indicadores compatíveis com a realidade de saúde bucal de forma mais atual
possível.
5.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
Os artigos terão como tema o acolhimento em saúde bucal na atenção
básica no SUS em idioma português. Serão excluídos todos os artigos que não
possuírem tema condizente com o assunto de interesse supracitado e realizados em
outros países.
5.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Para atingir os objetivos citados será usado como base de dados: Scielo,
Lilacs, cruzando os descritores: atenção primária, acolhimento, saúde bucal em
língua portuguesa disponíveis na íntegra. O trabalho foi desenvolvido nos períodos
de Janeiro e Fevereiro de 2015.
5.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS
A fim de atingir os objetivos de identificar aspectos resultantes dessa forma de
acesso e destacar fatores que influenciem no acolhimento em saúde bucal, serão
relatados os diferentes resultados dos estudos Os artigos selecionados a partir dos
critérios acima delimitados serão analisados de acordo com a análise temática de
Minayo (2010) a qual desdobra-se em três etapas:
1)Pré análise: Consiste na escolha dos documentos a serem analisados, realização de
uma : Leitura Flutuante; Organização do material de tal forma que possa responder a algumas
normas de validade: exaustividade (que contempla todos os aspectos levantados no roteiro);
representatividade homogeneidade pertinência, averiguar hipóteses..
2) Exploração do Material: o recorte do texto em unidades de registro, agregação dos
dados, escolhendo as categorias teórica
13

3) Tratamento dos Resultados Obtidos e Interpretação: os resultados . A partir daí o


analista propõe inferências e realiza interpretações previstas no seu quadro teórico ou abre
outras pistas em torno de dimensões teóricas sugeridas pela leitura do material. Exposição do
apanhado geral dos trabalhos.

. Como instrumento de análise foi utilizada uma tabela com categorias discriminando
itens a serem avaliados TABELA 1. Esse instrumento foi construído com base em estudo
realizado por Santos e Santos (2011) e adaptado para as especificações do presente estudo.
A seleção dos artigos teve como base os critérios acima citados cruzando os referidos
descritores. No sentido de ampliar os achados, em vista do reduzido número de trabalhos
encontrados, admitiu-se trabalhos de teses e que fossem publicados/ realizados em 2010
com realização da pesquisa de 1 a 2 anos antes como tolerância, em vista do pequeno
número de trabalhos encontrados e de forma que contemplasse o período mais recente e
atual possível.
5.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Apesar do estudo não envolver seres humanos, possui compromisso ético
com a imagem e direitos autorais expressa pela lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de
1998 garantindo a não maleficência e o envolvimento de riscos mínimos dos
trabalhos que forem mencionados.
O mesmo será submetido à CLEP e estará em consonância com todos os trâmites
necessários para o desenvolvimento do presente trabalho de conclusão de residência.
14

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na busca foram encontrados 10 artigos e 1 tese e 1 monografia 5 na base de dados do


Scielo, 4 LILACs e restante no google acadêmico . Após a realização da primeira etapa do
processo de análise de forma que atendesse todos os pré-requisitos supracitados foram
selecionados 3 artigos e 2 trabalhos que se enquadravam nos referidos critérios. Dentre os
estudos 3 eram qualitativos 2 quali e quanti .

Tabela 1: Esquema demonstrativo da produção científica


Título A contribuição do Acolhimento A Percepções de o acolhimento
acolhimento e do em saúde percepção usuários e em saúde bucal
vínculona bucal: sobre trabalhadores de na estratégia de
humanização daferramenta acolhiment saúde sobre a saúde da família,
prática do cirurgião-facilitadora na o entre implantação do fortaleza ce: um
dentista noorganização cirurgiões acolhimento em relato de
Programa Saúde da do acesso às dentistas uma unidade de experiência
Família ações em em uma saúde em Porto
odontologia ES em Alegre-RS, Brasil
no serviço Formiga
público
Poliana Miranda Diego garcia Sérgio Matheus Neves; Sharmênia de
Autores
Pinheiro1 Lúcia Condediniz Machado Salete Maria Pretto;Araújo Soares
de Oliveira2 Helenita Corrêa ElyIINuto , Giselle
Cavalcante de
Oliveira , Juliana
Vieira De
Andrade, Maria
Cristina
Germano Maia
Revista Revista. Rev. APS, Juiz
Interface - -
odontol. UNESP de Fora
Ano de 2012 2010 2013 2008
realizaç 2010
ão
qualitativa, pesquisa-ação qualitativo qualitativa Quantit./quali
Tipo de
explicativa através da no
estudo
análise de entrevistas
Resulta importância das A ntraves e
dos tecnologias leves no implementaçã dificuldades
processo de trabalho o de fluxos e relatados pelos
do CD para a protocolos atores envolvidos
humanização da sua possibilitou neste processo. Há
prática associa oaumento da dificuldades em
diretamente o produt ividade garantir o acesso
15

vínculo à das equipes. universal, mais


continuidade do humanizada e
tratamento e à integra
relação de confiança
criada entre
profissional e
usuário
compreender propor um Compreen Avaliar a percepção Relatar
como tem se dado a modelo der de a percepção dos usuários e dos experiência do
construção dos acolhimento sobre o trabalhadores de acolhimento
dispositivos do odontológicoacolhimento dos saúde do Centro de
acolhimento e do (ACO) cdna Extensão
vínculo no encontro estratégia de Universitária
entre o cirurgião- saúde da
dentista e o usuário, família e
Objetiv no sentido de se verificar, na
o construir uma prática, sua
prática mais utilização
humanizada de como
atenção à saúde ferramenta
bucal no PSF de facilitadora na
Fortaleza. organização
do acesso aos
serviços de
saúde bucal
Populaç fortaleza 470, sorocaba 16 cds 5 usuários 2.385 usuários
ão e formiga cadastrados e 5 fortaleza
local trabalhadores de
saúde
Fonte: tabela construída pela residente

6.1 OBJETIVOS/METODOLOGIAS DOS TRABALHOS

Os objetivos dos trabalhos se assemelhavam na medida em que levantavam as


seguintes questões: o acolhimento melhora/ qualifica/amplia o acesso ao serviço de saúde
bucal? Os profissionais tem contemplado o princípio da humanização e princípios da atenção
primária? Como está sendo realizado e a percepção por parte dos usuários e profissionais?
Para responder a essas indagações, 3 dos 5 trabalhos abordaram o assunto através de
entrevistas com profissionais como no trabalho de Pinheiro e Oliveira (2010). Este trabalho
objetivou compreender como tem se dado a construção do acolhimento e do vínculo no
encontro entre o cirurgião-dentista e o usuário, no sentido de se construir uma prática mais
humanizada em uma pesquisa. Utilizou-se, para coleta de dados, entrevista semiestruturada e
observação simples e, para análise dos dados, a análise de conteúdo (PINHEIRO; OLIVEIRA,
2010)
16

Seguindo a mesma metodologia Neves; Pretto; Ely em 2013, através de entrevista


semi-estruturada com 5 trabalhadores e 5 usuários de uma Unidade de saúde da família em
Porto Alegre, teve como objetivo descrever e avaliar a percepção de usuários e de
trabalhadores de saúde sobre o acolhimento frente a conceitos, como: acesso, universalidade,
resolutividade, humanização, integralidade e reorientação do modelo de atenção. Também
atendendo a responder ao questionamento supracitado sobre a contemplação aos princípios
norteadores da atenção primária e, dentre eles, principalmente a humanização (PRETTO;
NEVES; ELY, 2013)
Já no trabalho de Sérgio Machado, em uma monografia para conclusão de
especialização em saúde coletiva em 2010, as entrevistas semi estruturadas foram
direcionadas apenas aos profissionais cirurgiões-dentistas através de entrevista aberta com 14
profissionais odontólogos. Este trabalho teve como objetivo compreender a percepção do CD
sobre o acolhimento em uma Estratégia Saúde da Família ESF no município de Formiga –MG
além de identificar se as percepções dos profissionais condiziam com os preceitos atuais do
acolhimento e investigar, baseado nas percepções pontos facilitadores e dificultadores na
prática do acolhimento.tratou-se de uma pesquisa qualitativa. A finalidade do estudo levanta
questões sobre como vem sendo a organização do processo de trabalho e como essa tecnilogia
de abordagem é aplicada no contexto da consolidação dos princípios e práticas da estratégia.
(MACHADO, 2010).
Diferindo das metodologias citadas acima, no artigo de Nuto e colaboradores 2010
através de um relato de experiência da implantação do acolhimento como forma de acesso em
Fortaleza –CE , este usou a metodologia quantitativa e qualitativo para avaliaras necessidades
assistenciais odontológicas. Esse estudo difere dos autores citados acima na medida em que
relata uma ação propriamente dita na unidade no âmbito assistencial Assim como a tese de
Diego Garcia Diniz, o qual realizou uma pesquisa ação, com o intuito de propor um modelo
de acolhimento odontológico (ACO), para analisar e verificar, na prática, sua utilização como
ferramenta facilitadora na organização do acesso aos serviços em saúde bucal na estratégia de
saúde da família.

6.2 CONCEITO E VISÃO DE ACOLHIMENTO PELO PROFISSIONAL E USUÁRIO.


Com base na literatura analisada, a maioria dos profissionais apresentam um nível de
conhecimento condizente com os conceitos propostos pelos autores e pelo ministério da
saúde .
17

Nos estudos com entrevistas (Inquéritos) com profissionais de saúde bucal e outras
profissões, o trabalho de Machado (2012) centrou-se em 3 focos nos questionamentos:
Percepção sobre acolhimento, fatores facilitadores desse mecanismo de escuta e fatores
dificultadores no processo de realização deste. Constatou-se conhecimento por parte dos
cirurgiões dentistas condizentes com a literatura atual preconizada. a maioria dos
profissionais descreve essa modalidade de atenção em saúde atrelada aos conceitos de escuta
qualificada ausente de pré julgamentos, desvinculação da ação a profissões especificas (todos
da equipe devem realiza-la), responsabilização, continuidade do cuidado, garantia de acesso e
demonstrou, também, preocupação com o acesso das situações de urgência.. Como fatores
facilitadores do acolhimento, os profissionais citaram: humanização no atendimento,
resolutividade, postura profissional, trabalho em equipe, recepção, orientação, e
encaminhamento dentro do processo de trabalho dentro da ESF e capacitações sobre o
referido tema. (MACHADO, 2010 ). Para os cirurgiões dentistas entrevistados no município
de Formiga MG , o acolhimento centrava-se na escuta qualificada sem pré julgamentos, pois
distorciam a percepção da realidade do sujeito. Os entrevistados acreditavam que essa escuta
promoviam a humanização do atendimento. Consideravam também que essa atenção era
praticável e deveria ser realizada por todos os profissionais da equipe na USF e afirmavam ,
além disso, ser uma importante atitude de mudança na relação usuário/profissional.
(MACHADO,2012).
Resultados similares são encontrados no estudo de Pinheiro e Oliveira em 2010 em
que o acolhimento, em todas as entrevistas analisadas, encontra-se identificado com um dos
sentidos presentes no discurso de Merhy (2004), isto é, ora como um dispositivo intercessor
do trabalho em saúde, que pode ser representado por uma postura ou atitude de escuta e
diálogo entre profissional e usuário, ora como apenas uma primeira etapa do processo de
trabalho, associada à recepção ou à triagem administrativa. Interessante distinguir estes
processos Porém, fica também claro que, na maioria das entrevistas, isto é, em 13 das 16, a
definição que primeiro surge e que prevalece na fala do cirurgião-dentista é a do acolhimento
como uma ação de triagem ou classificação de risco, além do próprio agendamento
(PINHEIRO; OLIVEIRA, 2010).
No estudo de Neves; Pretto; Ely (2012), no que diz respeito à visão dos usuários do
serviço, há pouco conhecimento sobre o assunto. Ao descrever a forma de acesso,. a maioria
dos usuários não cita o acolhimento como uma forma de realiza-lo, sendo que apenas um dos
entrevistados afirmou ciência do acolhimento, relatando que, para conseguir atendimento
odontológico, “tem que vim no acolhimento”. A partir desses relatos aponta-se a necessidade
18

de melhorar a informação para usuários visto mesmo tendo informação na recepção a


circulação dessa não está sendo ampla. Além disso, os usuários referiram estar satisfeitos com
o atendimento mais humanizado a partir do acolhimento.
No que tange aos conceitos de universalidade, integralidade, resolutividade,
humanização e reorientação do modelo, para o mesmo estudo, os trabalhadores definem com
maior frequência, respectivamente, como: ampliação do acesso, abordagem do sujeito em
suas várias dimensões, contempla primeiro contato e encaminhamentos, inclusão do usuário
na tomada de decisão e melhoria do acesso (sem filas de madrugada) e por fim, facilitação da
interação entre comunidade e equipe. Essas palavras chaves para conceituar os princípios em
articulação com a implantação do acolhimento sugere uma consonância entre as definições
referidas e as preconizadas pelos autores até então.
Os conceitos de resolutividade, segundo os autores supracitados, devem ser melhor
trabalhados com os usuários e também com os trabalhadores. Os primeiros associam esse
conceito intimamente com a marcação de consulta e realização de diagnóstico havendo muita
divergência nas entrevistas,. Já para os trabalhadores, a maioria cita a contemplação ao
primeiro contato, e encaminhamentos e um dos profissionais relata o numero da demanda
excessivo e isso prejudicar o referido conceito.

6.3 FERRAMENTAS/ DISPOSITIVOS PARA O ACOLHIMENTO


Os estudos DINIZ e NUTO et al. propõe formas para a realização do acolhimento em
saúde bucal. Nesse primeiro trabalho, realizou-se o levantamento de dados referentes à
primeira consulta, consulta de manutenção, tratamento concluído, número de procedimentos
por paciente e absenteísmo (indicadores de acesso) doze meses antes da implantação e 12
meses depois da implantação. A partir disso, comparou-se as variáveis nos dois momentos.
Foram estabelecidos scores ( riscos baixo, moderado e alto) e (0,1,2,b,6,8,x) referentes às
doenças cárie e doença periodontal respectivamente para a organização dos critérios de
agendamento.
Após o levantamento do perfil populacional, foram realizados treinamento e
capacitação com todos os profissionais da equipe. O fluxo estabeleceu-se da seguinte forma:
escuta por qualquer profissional da unidade, se houvesse necessidade odontológica era
repassada a escuta especializada com profissional da saúde bucal. O acolhimento ocupava no
máximo 50% do tempo clínico. Os critérios de prioridade abrangiam: gravidade, condição
sistêmica, idade e ordem de chegada. Foi alterada passando de três consultas eletivas por hora
19

para duas consultas.. classificação de risco após exame: Observou-se uma elevação na
quantidade dos adultos atendidos em relação à população total, bem como o acréscimo do
valor percentual da presença de dor e da cárie como o motivo diagnosticado da queixa
principal . Na comparação dos 2 momentos em relação aos pacientes atendidos em 1ª consulta
verificou-se que antes ao ACO, 65,1% eram indivíduos na faixa etária de escolares
apresentando na sua maioria um risco de cárie e doença periodontal baixo. Após o ACO,
houve uma redução de 17% dessa população atendida em 1ª consulta mantendo níveis
semelhantes de risco (DINIZ,2010)

Para os autores seguintes o acolhimento divide-se basicamente em três etapas: a


primeira, uma atividade educativa; a segunda, o exame de necessidades; e a terceira, o
agendamento clínico, quando necessário. Era realizado toda semana em um turno e um
facilitador organizava o fluxo do acolhimento, participaram a ESB, alunos de estágio e ACS.
O segundo momento compreende os exames, discussão da situação de saúde bucal e definição,
junto com o usuário, dos encaminhamentos necessários. A classificação resumidamente
consistia em 3 níveis de risco sendo o risco zero (carie incipiente, sem cálculo) Risco 1:
(necessidades de cirurgia simples, cavidades de cárie (ativas) ou com periodontite avançada e
lesões de mucosa). Os pacientes classificados como risco 1 tiveram, prioritariamente, a
consulta agendada para iniciar o tratamento, buscando atender todas as suas necessidades.
Risco 2: Pacientes com cavidades de cárie pequenas e ou isoladas ou com periodontite leve.
(segunda prioridade para o agendamento). Risco 3: paciente com cavidades de cárie crônicas
ou gengivite com cálculo (terceira prioridade para o agendamento). Pronto-atendimento:
Paciente que apresenta dor (urgência) ou que necessita somente de um encaminhamento para
um Centro de Especialidades Odontológicas . Os pacientes só teriam alta após concluir todo
o tratamento, ou seja, seus retornos serão agendados automaticamente. Os pacientes que
apresentavam urgência e não sanavam todas as necessidades em uma consulta após o
atendimento de urgência retornavam para o acolhimento (NUTO et al., 2010).
Ambos os estudos estabeleceram uma classificação própria para organizar a demanda
e obtiveram resultados satisfatório como este último estudo em que após a implantação de um
fluxograma claro para os usuários, diminuiu consideravelmente as queixas dos pacientes,
consolidando uma assistência odontológica eficaz (NUTO et al., 2010). No primeiro estudo
citado, também foi possível mensurar melhora do acesso. Ao inserir o ACO com fluxo e
horários definidos e alterar a programação da agenda clínica de 3 para 2 pacientes por hora,
observou-se um incremento nas primeiras consultas de 26%. Esse fato se justificou devido ao
20

aumento de 50%, em média, do número de procedimentos realizados por consulta que


também foi possível pela redução de pacientes por horas, o que proporcionou uma redução da
metade de sessões para finalizar um tratamento Com isso, aumentou o número de tratamento
concluído em mais de 50% e diminuição do número de faltas provavelmente pela diminuição
das consultas pois ocorria maior número de faltas nesse tipo de consulta possivelmente
atrelado ao espaçamento entre consultas ser maior e consequentemente esquecimento por
parte do usuário. (DINIZ, 2010).
Esses resultados assemelham-se a estudos anteriores como o de Santos et. al, 2008
realizado em três unidades de saúde da família e de Alagoinhas, Bahia, Brasil. Segundo o
autor, o tratamento que não se completa gera uma maior rotatividade de usuários que utilizam
os serviços, criando um círculo vicioso, no qual a baixa resolubilidade acaba por gerar a
permanência dos usuários por muito tempo no serviço. Esse parecer reforça a necessidade de
potencializar a resolutividade da atenção básica e abranger procedimentos com maior
necessidade de complexidade nos procedimentos visto que demandas não atendidas resultam
em uma maior saturação do volume de demanda do serviço.
Já no segundo estudo 36,5% das urgências, as quais faziam parte de 64% da demanda
total, foram sanadas em apenas 1 sessão, configurando potencialidade na resolutividade com o
acolhimento e somente 4% com necessidade de encaminhamento para serviços especializados.
(NUTO et al., 2010)
Vale ressaltar os atores envolvidos no momento do acolhimento nos estudos de DINIZ
e NUTO et al., que os participavam ativamente, fora a equipe de saúde bucal ESB, envolviam
os agentes comunitários de saúde (ACS). No estudo de Machado (2012), os profissionais
entrevistados os consideram o elo entre as equipes e a comunidade ressaltando importante
papel. Esses profissionais potencializam o vínculo e a continuidade do cuidado tanto por
estarem inseridos na comunidade e contato permanente com os usuários tornando sua
participação imprescindível (BRASIL, 2011) CADERNO 28
Os municípios/estados têm realizados guias / protocolos de classificação de risco em
saúde bucal na atenção básica a fim de disponibilizar uma base para implantar o acolhimento
nas unidades básicas conforme singularidades das regiões/comunidades.: De acordo com a
Secretaria Municipal de saúde de POA:
Entre o momento da chegada do cidadão na unidade de atenção primária e a
resolução de suas demandas, está a escuta qualificada com a identificação
das suas necessidades. Este processo é dinamizado por meio dos espaços da
Recepção e Portaria, Sala de Identificação de Necessidades, Grupo de Saúde
Bucal e eventualmente no próprio consultório Odontológico. Portanto, é
21

fundamental que todos os profissionais da Unidade de Saúde estejam


envolvidos no acolhimento do cidadão que busca o serviço de saúde,
independente de sua demanda, de forma a organizar o acesso ao serviço com
porta de entrada única . (SMS; 2014)..
No caso de Porto Alegre – RS, foi elaborado um Protocolo realizado pela Secretaria
Municipal de Saúde o qual estabeleceu o seguinte fluxo do usuário no serviço de atenção
primária e os critérios:

Tabela 2: fluxograma do usuário no serviço de AP

.Fonte: SMS/POA

Tabela 3: Classificação da necessidade referida


22

.Fonte: SMS/POA

Tabela 4: Classificação inquérito clínico para identificação de necessidade

.Fonte: SMS/POA
Apesar do padrão sugerido pela Secretaria, as Unidades ainda devem contemplar
diversas variáveis no momento de realizar essa metodologia com a demanda. De acordo com
CARVALHO et al:
“A demanda organizada ou atenção programada é caracterizada por
pessoas cadastradas na área de maior vulnerabilidade sem excluir os
usuários que buscam a demanda espontânea. Os indivíduos que
apresentarem doença ativa são agendados para atendimento individual
na Unidade de Saúde, ou para receber atenção em espaços
extraclínicos, como os domicílios (pessoas com necessidades especiais
ou acamadas) ou escolas e creches. Os indivíduos sem atividade de
23

doença podem ser incluídos em grupos de controle ou manutenção de


saúde bucal coletiva (CARVALHO et al., 2004)”
Com isso, o perfil populacional vai necessitar de adaptações diferenciadas para cada
realidade contemplando essas características dente outras. Ressalta-se que, apesar da
contribuição significativas de classificação de risco, ela, isoladamente, não garante melhoria
na qualidade da assistência e sim uma conjugação de diversos fatores facilitadores, os
anteriormente citados e também intrínsecos de cada realidade, para o bom funcionamento
dessa abordagem humanizada de contato (BRASIL, 2011c) acolhimento a demanda
espontânea
6.4 OBSTÁCULOS A SEREM VENCIDOS
A organização da demanda que necessita de intervenção clínica odontológica é sempre
um dilema para gestores e profissionais de saúde bucal. O desafio de organizar o “não
organizável” é assumido por esta Unidade de Saúde que, com esta experiência, tem
desenvolvido uma escuta qualificada das necessidades dos usuários, readequado a agenda de
acordo com a realidade encontrada, fortalecido a parceria ensino-serviço, ampliado o vínculo
com a comunidade, desenvolvido um espaço democrático de ações de prevenção e educação
em saúde e ampliado o acesso ao serviço odontológico (NUTO et al. 2010).

Destaca-se a necessidade dos profissionais repensarem a ideia em que centram suas


respostas em apenas um dos aspectos do acolhimento, isto é, enquanto dispositivo técnico
assistencial de organização do processo de trabalho. Isso leva a necessidade de reforçar a
diferenciação entre triagem e técnica de avaliação com classificação de risco propriamente
dita e recomendada como dispositivo da PNH. No acolhimento com avaliação de risco,
contempla-se o grau de sofrimento do usuário abrangendo as questões físicas e psíquicas.
Essa diferenciação da triagem ainda não está bem definida para a maioria dos profissionais
causando o empobrecimento do sentido do acolhimento. Entretanto, há presença dos temas
nas falados dos profissionais.. ( PINHEIRO ; OLIVEIRA, 2010).

Os fatores dificultadores relatados pelos entrevistados no estudo de Machado,


incluem-se escassez de tempo necessário em decorrência do elevado número de pacientes,
infra estrutura (necessidade de sala e instrumental adequado), estrutura precária da rede onde
há ausência de organização da comunidade, ausência do profissional médico o qual implica
em dificuldade de estabelecimento de fluxos e encaminhamentos (também prejudica a rede) e
desinformação da população a qual ainda apresenta a cultura médico centrada e curativista
atrelando a saúde e atendimento vinculada a figura médica (MACHADO, 2010 )..
24

Esses estudos corroboram com outros autores como. que apontam a necessidade de
contar com a comunidade como parceira em uma lógica de co-gestão e co-responsabilização
estimulando o controle social além de estabelecer articulação com a rede no desenvolvimento
de ações intersetoriais a fim de potencializar esse mecanismo de escuta. (AZAMBUJA et al,
2007).

As mudanças precisam ser comemoradas, sem, contudo, desconsiderar os problemas


que ainda se apresentam na prática dos serviços de saúde, como a grande demanda que chega,
todos os dias, nas equipes e que tem sido responsável por importantes linhas de tensão na
prática do odontólogo. A maioria das ESBs ainda é responsável por uma população grande,
não conseguindo, assim, conhecer a realidade das pessoas de sua área de trabalho, nem
estabelecer com elas uma verdadeira aproximação ( PINHEIRO ; OLIVEIRA, 2010)

Com esta pesquisa, foi possível observar que ainda existem algumas dificuldades em
garantir o acesso universal, mesmo após a implantação do acolhimento, o que reitera o ideário
de que quanto mais informados e comunicativos os trabalhadores e os usuários, melhor será a
construção do espaço de acolher. Além disso, foi possível perceber, por meio dos relatos
apresentados, que, após a implantação do acolhimento, a resolutividade garantida, por este
dispositivo ainda é um desafio a ser ultrapassado. (DINIZ, 2012)

Deste estudo, emergem, também, algumas propostas. Cabe à transformação


paradigmática proposta pelo acolhimento, reorientar o modelo de atenção à saúde adotado e,
além disso, desenvolver nos trabalhadores e nos usuários as habilidades necessárias ao
entendimento dos usos e dos sentidos do acolhimento, qualificando ainda mais este processo
Na definição do conceito de resolutividade por parte de trabalhadores e usuários, denota
necessidade da melhoria do conceito do processo saúde doença por esses e este ser um grande
desafio a ser enfrentado além da mudança da dor ser a motivadora da busca pelos serviços e
da importancia da informação que circula na unidade e na comunidade (NEVES ; PRETTO;
ELY; 2013).

O envolvimento de todos os profissionais no acolhimento deve contemplar os


preceitospromulgados pelo Ministério da Saúde. De acordo com o caderno de atenção básica
sobre acolhimento a demanda espontânea:
As necessidades de saúde bucal também precisam ser apreciadas no
acolhimento, podendo os profissionais que atuam no cuidado à saúde bucal também
ser inseridos no processo de escuta qualificada, bem como os outros profissionais
que realizam a primeira escuta precisam estar atentos para eventuais queixas que
podem ter relação com a saúde bucal e necessitariam de uma avaliação específica
25

Algumas barreiras citadas incluem a deficiência na estrutura física e recursos das


unidade para local adequado de escuta, necessidade de melhorar a articulação com a rede no
sentido de fortalecimento da co-gestão e co-responsabilização com a comunidade. Além disso,
a presença do médico torna-se um fator importante e sua ausência compromete a interação
com a rede, além de necessidade de trabalhar com a população a informação sobre o acolher
na medida em que qualifica o papel do usuário contemplando seus direitos e deveres e
aproveitamento da assistência (autores).
Ainda há valorização excessiva de tecnologias duras e leve duras ao referirem
dependência de estruturas determinadas para essa realização e o superestimação da
resolutividade “o que não se resolve não se acolhe” Estas impressões sugerem que ainda
existe desconhecimento sobre o acolhimento como conceito e enquanto dispositivo de acesso
por parte de alguns trabalhadores que atuam além da necessidade de melhor aplicação de
todos esses conceitos citados pelos profissionais na prática . (MACHADO, 2012)
Em estudos anteriores, No caso específico das práticas de saúde bucal, em alguns
momentos as tecnologias duras estavam disponíveis à intervenção clínica, no entanto, o
dentista realizava procedimentos rápidos, escolhendo sempre o mais simples de ser executado,
negligenciando muitas vezes as normas de biossegurança e os critérios clínicos estruturados,
comprometendo a qualidade do procedimento produzido. Isso reflete que ainda perdura os
obstáculos de estrutura enfrentados nas unidades(SANTOS et al.; 2007).
26

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para que o acolhimento como instrunmento para o acesso às necessidades em saúde


bucal possa ocorrer adequadamente, é fundamental que atuem, em conjunto, todos os
profissionais da unidade, bem como os apoiadores e gestores, os trabalhadores na regulação e
em outros serviços de saúde. Os conceitos apresentados nos estudos mostram que os
trabalhadores possuem conhecimento sobre o assunto entretanto congregá-los com a prática
ainda é um desafio, além da necessidade de capacitações para a construção deste processo de
acolhida.
Também destaca-se, na maioria dos estudos, um deslocamento dos espaços,
descentralizando da Unidade de Saúde da família, para a atenção em outros locais da
comunidade como durante as visitas domiciliares e em outros ambientes. As visitas
domiciliares- VDs- também poderiam funcionar como mecanismo para estreitar o vínculo
com o usuário. Apesar de a estrutura física e estrutural ser um ponto levantado frequentemente
pelos estudos como um fator importante para a realização do acolhimento.
Há necessidade de mais estudos para estabelecer uma conduta de referência nacional
ou regional mesmo que ainda haja a necessidade de adaptá-la nas especificidades locais.
O envolvimento de outros profissionais da equipe foi citado em quase todos os
artigos entretanto há maior envolvimento dos profissionais da Equipe de Saúde Bucal ESB o
que denota ainda uma marcante característica da desvinculação do acolhimento da equipe
realizada pela enfermagem e da odontológica. Nos casos, os Agentes Comunitários eram os
profissionais que mais destacou-se participar do acolhimento odontológico e capacitações.
Em uma visão holística, as dificuldades mais citadas nas produções cientificas
abrangem deficiência na estrutura, necessidade de capacitações e melhoria nos processos de
trabalho . Apesar dos estudos selecionados constarem experiências e ações em diferentes
regiões do país, a proposta da realização do acolhimento é realizada em âmbito nacional e, a
análise de trabalhos recentes e diferentes formas de realização dessa escuta qualificada propõe
idéias e subsídios para a melhoria do processo de trabalho em outras realidades ainda que
devam ser adaptadas e moldadas para que possam melhorar processos de trabalho e qualificar
a atenção em saúde. Os resultados sugerem que o acolhimento é uma forma de acesso
conhecida pelos cirurgiões dentistas quanto ao seu conceito entretanto a implantação
apresenta muitas barreiras a serem vencidas apesar de que quando realizadas com o apoio de
toda a equipe consegue cumprir com sua proposta e atender a seus princípios.
27

Referências
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31

APÊNDICE- A

Semana típica -
Segunda terça quarta quinta sexta
Grupo
Atendimento Diabéticos
Acolhimento /VD Vigilância
Clínico
Aula
Reunião
Equipe/ Atendimento
interconsulta PSE preceptoria clínico

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