Projeto Fabrica de Sabão-1

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO ACRE

ESCOLA DE ENSINO MÉDIO Prof.ª. HELOÍSA MOURÃO MARQUES


Rua Rio Grande do Sul – Nº 1908 – Aeroporto Velho - telefone 32241142

PROJETO:RECICLAGEM DE ÓLEO
COMESTÍVEL USADO ATRAVÉS
DA FABRICAÇÃO DE SABÃO

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Rio Branco – AC, ano 2009

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO ACRE


ESCOLA DE ENSINO MÉDIO Prof.ª. HELOÍSA MOURÃO MARQUES
Rua Rio Grande do Sul – Nº 1908 – Aeroporto Velho - telefone 32241142

PROJETO: RECICLAGEM DE ÓLEO COMESTÍVEL USADO ATRAVÉS
DA FABRICAÇÃO DE SABÃO

AUTORIA:

 ESCOLA DE ENSINO MÉDIO Prof.ª. HELOÍSA MOURÃO MARQUES -


gestão
 Professora Eliana Albuquerque – disciplina física
 30 alunos do 1º ano E, do turno vespertino

RESUMO

Neste   trabalho,   desenvolveu­se   um   método   alternativo   para


reciclagem de óleo comestível usado, uma vez que seu descarte na
rede   de   esgoto   tem   provocado   graves   problemas   ambientais.   No
processo, emprega­se óleo comestível usado para fabricação de sabão
caseiro.

Palavras­chave   :  poluição   ambiental,   reciclagem,   óleo   comestível


usado, sabão.

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 1.0 – INTRODUÇÃO

O   ser   humano,   atualmente   um   ser   consumista,   já   não   consegue


renunciar   ao   conforto   e   à   convivência   de   recursos   modernos
disponíveis. No centro desse debate surge um problema maior e mais
grave a questão  do que fazer com os resíduos dessa modernidade.
  A reciclagem é uma forma muito interessante de gerenciamento de
resquício, pois transforma o lixo em insumos, com diversas vantagens
ambientais.   Pode   contribuir  para   a  economia   dos   recursos  naturais,
assim como para o bem estar da comunidade. 
Para amenizar os danos causados a natureza a disciplina de biologia,
desenvolveu um projeto para arrecadar o óleo comestível  já utilizado
pela comunidade escolar e estabelecimentos comerciais (restaurantes,
bares, lanchonetes, pastelarias, hotéis), que tinham como destino rede
de esgoto, tendo com ponto final o Rio Acre que abastece a cidade. O
óleo mais leve que a água, fica na superfície, criando uma barreira que
dificulta a entrada  de luz  e a oxigenação da  água,  comprometendo
assim, a base da cadeia alimentar aquática, os fitoplânctons. Além de
gerar graves problemas de higiene e mau cheiro, a presença de óleos e
gorduras   na   rede   de   esgoto,  causa   o   entupimento   da   mesma,   bem
como   o   mau   funcionamento   das   estações   de   tratamento,   não
esquecendo   que   quando   depositado   no   solo   este   dificilmente   é
recuperado.
O projeto foi um sucesso, com a participação de todos, porém  surgiu
um   outro   impasse:   O   que   fazer   com   o  óleo  arrecadado  pela   nossa
comunidade?
A resposta veio de forma a contribuir com a geração de renda para
nossos   alunos   e   manter   o   projeto   anterior   com
sustentabilidade.Passamos   a   utilizar   o   produto   arrecadado
transformando­o em sabão.

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Encontramos suporte para a estruturação do projeto pesquisando na
internet , onde descobrimos que no curso de Engenharia Ambiental do
Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (CREUPI)
desenvolveram   uma   receita   prática   e   barata   de   sabão   caseiro
empregando­se óleo comestível usado.

 1.1 - História do sabão

As   primeiras   evidências   de   um   material   parecido   com   sabão


registradas na história foram encontradas em cilindros de barro 
(datados   de   aproximadamente   2.800   A   C.),   durante   escavações   da
antiga   babilônia5.  As   inscrições   revelam   que   os   habitantes   ferviam
gordura   juntamente   com   cinzas,   mas   não   mencionam   para   que   o
“sabão” era usado.
De acordo com uma antiga lenda romana a palavra saponificação tem
sua origem no Monte Sapo, onde realizavam sacrifícios de animais. A
chuva levava uma mistura de sebo animal (gordura) derretido, com
cinzas e barro para as margens do Rio Tibre. Essa mistura resultava
numa borra (sabão). As mulheres descobriram que usando esta borra,
suas roupas ficavam muito mais limpas. A essa mistura os romanos
deram o nome de sabão e à reação de obtenção do sabão de Reação de
Saponificação. A primeira patente do processo de fabricação de sabão
data de 1791.

 2.0 ­ MATERIAL E MÉTODOS

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Neste   projeto   empregou­se   óleo   comestível   usado   (óleo   de   soja)
obtido nas lanchonetes e residências da cidade de Rio Branco ­ Ac.,
coletados   pelos   alunos   e   familiares   dessa   comunidade   escolar   e
passamos a utilizar a receita do curso de Engenharia Ambiental do
Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (CREUPI).

 2.1­ Material utilizado:

 4 L de óleo comestível usado,
  2 L de água, 
 ½ copo de sabão em pó,
  1 Kg de soda cáustica (NaOH), 
 Um recipiente de 10L
 Vinagre (ácido acético)
 Colher de pau ou um cabo de vassoura
  5 mL      Essência erva­doce ( ou qualquer essência adquirida
no comércio para confecção de sabonetes e/ou cosméticos.)
 Luvas de borracha
   Caixas   plásticas   de   diversos   tamanhos   ou   formas   de   PVC
utilizadas na confecção de sabonetes artesanais

2.2 ­ Procedimento: 

Dissolver o m pó em ½ L de água quente; dissolver a soda cáustica em
1  e   ½   L   de   água   quente.   Em   um   recipiente   de   10L   (pode   ser  um
balde),   adicionar   lentamente   as   duas   soluções   ao   óleo   (não   vai   ao
fogo). Em seguida, adicionar lentamente vinagre (ácido acético) e

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controlar o pH entre 6 e 7 com a ajuda de um papel indicador (ou
papel de tornassol). Mexer por 20 minutos utilizando uma colher de
pau ou um cabo de vassoura. Adicionar a essência à massa fria.
Despejar em formas. Desenformar após 24h. Cortarem barras. Deixar
secar por vinte dias.
 Obs.: 
 Use luvas de borracha para manusear os produtos 
 Como   formas   podem   ser   empregadas   caixas   plásticas   de
diversos tamanhos ou formas de PVC utilizadas na confecção de
sabonetes artesanais.
 A   finalidade   de   se   adicionar   ácido   durante   a   preparação   do
sabão   é   controlar   o   pH   na   faixa   da   neutralidade,   pois   não   é
aconselhável utilizar sabões que sejam muito básicos nem muito
ácidos. É importante salientar que esta receita só apresenta bons
resultados quando se emprega óleo comestível usado, não sendo
válida para óleo comestível novo, nem gordura animal (sebo).
 Com a receita descrita obtêm um sabão de consistência firme,
espumante   e   eficiente   na   limpeza   de   roupas   e   louças,
especialmente utensílios de alumínio. O custo de cada barra é de
R$ 0,25 em Média.

3.0 ­ RESULTADOS 

O resultado é que a cada litro de óleo entregue no ponto de coleta (a
escola) o contribuinte recebe 4 barras de sabão.
O excedente é vendido pelos alunos, sendo 50% do valor destinado a
família e 50% para que a fábrica possa comprar os outros ingredientes
da receita.

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3.1 ­ Como é obtido o sabão? 

Glicerídeos sofrem hidrólise básica à quente (na presença de NaOH,
também chamada soda cáustica), comumente chamada reação de
saponificação,   produzindo   sabões,   que   são   sais   de   sódio   de   ácidos
carboxílicos de cadeia longa. A reação de saponificação é realizada na
presença de bases fortes 6 .

3.2 ­ Como atua o sabão? 
Ao   contrário   do   que   se   pensa   o   sabão   por   si   só   não   limpa   coisa
alguma. Essa aparente contradição pode ser entendida quando se sabe
que o sabão é um agente umectante que diminui a tensão superficial
do solvente (água), permitindo maior contato dos corpos com o 
líquido, que realmente limpa. Portanto, o sabão atua tornando a água
mais   molhada   do   que   já   é!   O   sabão   pode   se   misturar   com   óleo,
gordura e água ao mesmo tempo. Isso ajuda a limpar a sujeira7.

3.3 ­A Química do  sabão 

A   extremidade   carboxílica   (­COO­)   de   um   ânion   sabão     (polar)   é


solúvel   em   água,   sendo   chamada   hidrofílica.   A   cadeia   longa,
hidrocarbônica (apolar), do íon é solúvel em óleos e é chamada
hidrofóbica. Esta estrutura permite que os sabões dispersem pequenos
glóbulos de óleo em água.
Quando   uma   gota   de   óleo   é   atingida   pelo   sabão,   a   cadeia
hidrocarbônica   do   sabão   penetra   nos   glóbulos   oleosos,   e   as
extremidades   polares   ficam   na   água,   o   que   solubiliza   a   gota   de
gordura8

 4.0 –CONCLUSÕES

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Trabalhar   a   educação   em   favor   da   preservação   do   meio   ambiente
requer  mudanças  de  atitudes  e essas mudanças serão  mais  fáceis e
rápidas se o educando observar que elas poderão trazer­lhe benefícios
imediatos.
A   pratica   educativa   baseada   numa   perspectiva   libertadora   e
incentivadora de grupalidade torna­se uma ferramenta importante para
quebrarmos uma atitude individualista e destruidora.
Reconhecer   a   importância   de   se   preservar   e   reciclar   é   sempre
amplidão  e   propiciar  que   isso   favoreça   a   cidadania   é   dar   ao  outro
olhos   novos   para   o   mundo,   pois   pequenas   ações   refletem
positivamente na preservação do meio ambiente e no desenvolvimento
de novas tecnologias. 

5.0 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. http://www.ftd.com.br//dicas_do_autor
2. http://www.radiobras.gov.br3
3. http://www.estado.estadão.com.br

4. http://www.mcdonalds.com.br

5. http://www.misirli.hpg.com.br

6. Allinger,   N.   L.   Química   Orgânica.   Segunda   edição,Editora


Guanabara, Rio de Janeiro, 1976.

7. http://educar.sc.usp.br
8.   Alberici   &   Pontes   /   Reciclagem   de   óleo   comestível   usado   através   da
fabricação de   sabão
073­076

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