Cursodeoftalmologia
Cursodeoftalmologia
Cursodeoftalmologia
'UD6tOYLD
$ 6LVWHPDÐSWLFR
&yUQHD
a a
É a 1 . camada (membrana). É um lente poderosa, mas não é a 1 . lente, pois esta é a
película lacrimal. A córnea é uma membrana transparente; um dos tecidos avasculares do
corpo, daí os índices de sucesso em transplantes serem favoráveis. Toda a inervação do globo
o
ocular e dos anexos é feita pelo 5 para craniano (trigêmeo), sendo a córnea muito sensível à
dor. É revestida por epitélio pavimentoso que é regenerável, porém quando há trauma há dor.
Quando o epitélio se regenera não há cicatriz. Abaixo do epitélio há uma membrana elástica
(membrana de Bowman), que não se regenera e deixa cicatrizes, perdendo a transparência
(leucoma).
Atrás dessa membrana há o estroma, formado por 90% de água e 10% de fibras colágenas
com disposição regular dando a transparência. Na lesão do estroma há fibrose que desarranja
as fibras que diminui a transparência (leucoma).
Atrás do estroma há a membrana de Dessemet (mesotélio), que é elástica e tem
regeneração.
A membrana de Dessemet e o endotélio não são inervados.
Abaixo dessa membrana está o endotélio, formado por apenas uma camada celular e por
ela passam os nutrientes vindos do humor aquoso. Outra função do endotélio é manter a
córnea desidratada (deturgescência da córnea).
Quando há lesão do endotélio, há falência da deturgescência da córnea levando à
opacidade pelo edema. Às vezes a descompensação pelo trauma pode ser irreversível, já que o
endotélio não se regenera.
Com o passar dos anos o endotélio ↓ o número de céls. Os transplantes ficam melhores
quando se tem um maior número de céls. endoteliais, sendo este um dos critério para
transplante.
&kPDUD DQWHULRU
Vai da porção posterior da córnea até a íris. A câmara posterior vai da íris até o cristalino (é
maior, assim tem maior importância).
O líquido (humor aquoso) é produzido posteriormente e alcança o orifício da pupila atingindo
a câmara anterior. Serve para nutrir e dar tonicidade ao olho mantendo as estruturas para
impedir a distorção da luz (é a precisão intra-ocular). Sua drenagem é feita no ângulo camerular
o
que posiciona-se em toda a extensão da córnea (360 ). Daí segue o caminho: est. trabeculado
→ canal de Schlenm →veias aquosas.
&ULVWDOLQR
Quando submerso nos meios tem 19 dioptrias. Isolado, tem o poder de 100 dioptrias.
Serve como recurso de focalização. É flexível. Formado por fibrilas celulares e envolto por
cápsula que se divide em anterior e posterior. É suspenso por ligamentos chamados zônula que
ajudam a ajustar o cristalino.Com a idade o cristalino vai perdendo essa capacidade de
acomodação e focalização pela ↓ da elasticidade → é a chamada presbiopia. Na verdade ao
nascer já começa a ↓ a elasticidade. Outro fato comum é o envelhecimento ao ponto de se
perder a transparência → é a chamada catarata (opacificação do cristalino).
&RUSR YtWUHR KXPRU YtWUHR
É como uma câmara escura. Há substância gelatinosa composta por água (principalmente),
ác. hialurônico e fibras colágenas. A degeneração do ác. hialurônico desarranja a composição
do humor vítreo, borrando a substância gelatinosa causando as “moscas volantes”.
% 6LVWHPDÐSWLFR6XSOHPHQWDU
& 6LVWHPDGH1XWULomRH3URWHomR
A coróide ou úvea posterior é a extensão do corpo ciliar. Tem como função nutrir a retina
(neurônios receptores). São um enovelado de artérias e veias que vem pela art. oftálmica e
saem como vv. orticosas e daí como veia oftálmica.
A esclera é camada laminada que envolve o olho e tem como função a proteção. Tem a
mesma composição da córnea porém com as fibras desorganizadas. O aspecto esbranquiçado
é justamente para manter a câmara escura.
O limbo é a área de transição entre a esclera e a córnea.
'UD6tOYLD
I. Impressão Visual
É necessário que informação externa seja levada para a retina e daí para o cérebro, mas
com todas as estruturas íntegras. Além disso depende também da iluminação do objeto, da
transparência do ap. óptico, da informação e decodificação corretas (conhecimento pessoal).
Se o ∆ consegue diferenciar dois pontos, quanto maior o poder de resolução entre os
pontos, ou seja, quanto menor a distância entre eles, maior será o poder de visão (maior
acuidade visual).
Na visualização com os dois olhos existem dois campos visuais, e é a disparidade entre os
dois campos que dá a noção de profundidade. Há fusão dos dois campos visuais.
Visão de espaço → periferia da retina / Campo visual → retina periférica.
'UD6tOYLD
AMETROPIAS E PRESBIOPIA
III. Refratometria
É feita jogando-se luz no olho examinado e estudando o comportamento do reflexo luminoso
na retina. O aparelho é denominado retinoscópio.
Existem faixas contra e a favor dos movimentos feitos pelo examinador.
• se forem faixas a favor → usa-se lentes positivas (hipermetropia)
• se forem contra → usa-se lentes negativa (miopia) (porque os raios são convergentes)
No ponto neutro é o infinito para começar a usar as lentes. Ao atingir esse ponto, faz-se a
leitura da medida dada no aparelho. Desconta-se 1,5 do total que seria o equivalente aos 6m de
distância onde deveria estar o examinador. Assim tem-se o grau de lente (+ ou -) que cada olho
deve usar.
A refratometria estuda o comportamento dos reflexos.
Na zona de neutralidade se encontra os erros de refração.
IV. Astigmatismo
Com a refratometria estuda-se os meridianos perpendiculares, mostrando o grau de
inclinação de um em relação ao outro. Se os dois meridianos estudados são neutralizados com
o mesmo valor, o ∆ tem miopia ou hipermetropia e emétrope (sem astigmatismo). Assim o
astigmatismo é determinado pela diferença entre os valores neutralizados dos dois meridianos
estudados.
Alguns exemplos de astigmatismo:
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V. Acomodação e Presbiopia
O olho muda do poder refracional para focar objetos próximos por um processo chamado
acomodação visual. A partir do nascimento começa a haver ↓ da acomodação, e quando passa
dos 40 anos há dificuldade de leitura → presbiopia.
VI. Anisometropia
É a diferença de erros de refração entre os dois olhos. Acima de 3 ou 4 graus de qualquer
erro de refração já é considerado anisometropia. O cérebro não aceita bem a diferença de
imagem. Às vezes é necessário usar lentes de contato porque o contato com da lente corretiva
com a lente natural (córnea) aumenta o poder de correção.
VIII. Prognóstico
Por volta dos 21-22 anos o olho pára de crescer, daí o diagnóstico de miopia axial em
crianças ter tendência de aumentar o grau até um ponto de estabilidade nessa idade, podendo
ser indicada a cirurgia.
A hipermetropia é o contrário. Com o crescimento do olho o foco tende a ir para frente e
diminuir o grau. Às vezes diminui tanto que ultrapassa o ponto certo da retina e torna-se uma
miopia.
O astigmatismo tem comportamento variável.
A presbiopia tem comportamento progressivo, podendo o indivíduo chegar aos 60 anos sem
acomodas nada.
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'UD6tOYLD
I. Definição
É o desvio manifesto dos olhos não controlado pela visão binocular.
A finalidade dos 2 olhos é a superposição dos campos visuais. Nos humanos há a
anteriorização dos campos visuais, e é essa superposição de campos que dá a noção de
profundidade, diferente do que ocorre nos animais inferiores.
Quando um ∆ adulto perde um olho, ele já tem o conhecimento de profundidade. Assim,
uma pessoa que sofre um acidente e perde um olho pode até tirar carteira de motorista.
• Estereopsia → é a noção espacial tridimensional de profundidade.
II. Diplopia
Se os dois olhos estiverem paralelos existe uma visão única. Mas qualquer alteração no eixo
visual ocasiona visão dupla (ocorre quando se verifica áreas diferentes num mesmo campo).
Quando a criança desenvolve o estrabismo, as regiões dos campos não são
correspondentes, daí ocorrer a visão dupla que é a diplopia.
O adulto diabético ou vítima de traumatismo pode desenvolver diplopia (estrabismo
adquirido). O tratamento é feito com lente fosca para o ∆ não ter sensação de visão dupla.
III. Supressão
Quando ocorre diplopia na infância, o cérebro faz a supressão do estímulo, ou seja, não
mais interpreta a visão do olho desviado, somente a do olho com imagem macular. Isso faz
com que a visão não se desenvolva, daí ocorrer a ↓ da acuidade visual (ambliopia).
IV. Ambliopia
O que se sabe é que há anatomia perfeita, mas não há boa visão (↓ da acuidade visual sem
doença orgânica).
- Alterações sensoriais: diplopia → supressão → ambliopia.
V. Musculatura
o
Os músculos do globo ocular são inervados pelo 3 par craniano (oculomotor).
Músculos: retos superior e inferior, retos lateral e medial, oblíquos lateral e medial, m.
troclear e m. abducente, m. elevador da pálpebra.
VII. Torcicolos
Até prove o contrário, posições persistentes de cabeça podem ser causa de estrabismo em
crianças. Isto ocorre porque ela tenta a posição para não ter desvio.
Crianças que fecham um dos olhos no sol também podem ter estrabismo.
$ 7LSRVGH(VWUDELVPR
Estrabismos horizontais:
• Enotropia ou esotropia ou endodesvio → desvio para dentro (convergente)
• Exotropia ou exodesvio → desvio para fora (divergente)
Estrabismos verticais:
• Hipertropia → desvio para cima
• Hipotropia → desvio para baixo
Esses desvios podem ser por acometimento motor ou por dificuldade de acomodação.
A criança quando corrige o grau que força a conversão elimina o desvio. Isso é usado para
corrigir o estrabismo que é corrigido até a idade adulta.
Quando o problema é motor → faz-se cirurgia.
Se o ∆ estiver fazendo desvios de 40-50 dioptrias ou mais, a ambliopia é maléfica e deve ser
feito acompanhamento desde criança.
'UD6tOYLD
I. Pálpebras
$ 7UDQVWRUQRVGDGLQkPLFDSDOSHEUDO
%OHIDURSWRVHV
Fenda palpebral menor uni ou bilateral. Só é maléfica quando atinge crianças menores de 8
anos impedindo a formação da visão porque está no eixo visual. Se não houver → desenvolve a
visão.
O problema está mais relacionado à estética. Na correção cirúrgicas faz-se a retração do m.
elevador da pálpebra.
5HWUDo}HV
Pode ser traumática promovendo uma maior exposição do globo ocular. Faz enxerto se
houver ressecamento da córnea (não fecha o olho completamente).
/DJRIWDOPR
% $QRPDOLDVPDUJLQDLVSRVLFLRQDLV
(FWURSLD
É quando a pálpebra roda para dentro. É pior que o anterior porque os cílios podem entrar
em contato com a córnea e lesá-la. Tem indicação de cirurgia precoce.
Os dois problemas tem correção cirúrgica. Podem ocorrer nas duas pálpebras (superior e
inferior). A pele vai ressecando, daí a ectropia em idosos.
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& $QRPDOLDVPDUJLQDLVGRVFtOLRV
7ULTXtDVH
Pode existir sem a entropia. Foi encontrada no tracoma (conjuntivite folicular por
Trachomatis), que quando cicatrizava, a pálpebra superior rodava os cílios para dentro em
direção à córnea.
O tracoma não levava à cegueira, os problemas eram suas conseqüências. A cicatriz fazia
os cílios virarem e daí a triquíase. A córnea ficava opaca o depois ulcerava.
A triquíase pode ser cicatricial ou traumática.
'LVWLTXtDVH
' ,QIHFo}HV
Pode ser acometido por qualquer germe. Quando por vírus, a maior incidência é por Herpes
zoster e simples. O H. zoster acompanha o trajeto dos nervos com vesículas.
Tratamento: - em pálpebras se encaminha para o dermatologista (usa Zovirax)
Por bactérias, as glândulas ao redor das pálpebras podem ser infectadas e colonizadas
(glândula sudoríparas → de Mall; e sebáceas → de Zeiss). Quando pega as glândulas
sudoríparas ou sebáceas → forma o tersol ou ordéolo externo. Quando a infecção é em
glândula profunda (intratarsal) → forma o ordéolo interno (neste não se verifica o ponto de
infecção).
Tratamento: - calor local → dilata a glândula → faz a drenagem das bactérias. Pomadas de
ATB e corticóide.
( 1HRSODVLDV
II. Órbita
$ &HOXOLWH2UELWiULD
Infecção na órbita, posterior ao septo. A drenagem venosa da órbita vai para o seio
cavernoso, daí poder haver infecção, abscesso intracerebral ou trombo por causa desse
celulite.
Necessita internar o paciente e dar grandes doses de ATB EV e fazer TC para avaliar o
abscesso. É mais perigosa em idosos. Há febre, dor e aumento do volume local dos olhos.
% 2UELWRSDWLD'LVWLUHRLGHDQD
Doença que cursa com hipertireoidismo. Geralmente há proptose (olho saltado) unilateral na
maioria das vezes. Essa reação de proptose é autoimune e não por causa do hormônio.
& )UDWXUDV
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A que mais ocorre é a de assoalho da órbita com encarceramento do reto inferior → ∆ não
eleva os olhos.
$ 2EVWUXo}HV$OWDH%DL[D
Em 30% das crianças que nascem ocorre obstrução lacrimal. Geralmente por uma
membrana embrionária na região baixa.
Pode haver obstruções traumáticas com laceração do canais lacrimais. Se o trauma é alto
→ prótese; se for baixo → dacriocistorinostomia - abre o saco lacrimal direto na mucosa nasal.
Quando laceração é no canal superior, o inferior consegue compensar a drenagem. Mas
quando a laceração for no canal inferior haverá epífora (lacrimejamento contínuo).
% 'DFULRFLVWLWHV
'UD6tOYLD
I. Olho Vermelho
As principais doenças que deixam o olho vermelho são: ceratites, iridociclites, glaucoma
agudo, conjuntivites, episclerites, hemorragias conjuntivais e blefarites.
Quando se examina o olho se verifica:
• Acuidade visual: apenas para ter uma noção, porque o exame é grosseiro.
• Integridade da córnea: teste com fluoreceína → verifica se há solução de continuidade; se
houver lesão, ela se cora.
• Câmara anterior: com foco de luz se verifica a distância entre a córnea e a íris.
• Pupila: com foco de luz verifica se está reagente ou não.
• Exame bidigital: para ver se a pressão ocular está alta (aperta o olho com um dedo, e o
outro é para sentir). Na pressão alta não há o rechaço, é duro e daí se suspeitar de
glaucoma.
$ &RQJHVWmR&LOLDU
Ocorre ao redor da córnea, onde está o corpo ciliar. Na área do limbo se houver congestão é
porque é de maior gravidade. Geralmente cursa com ceratites, glaucoma agudo e iridociclites,
que são os mais temidos.
% &RQWLQXLGDGHGR(SLWpOLR
& 7DPDQKRH)RUPDGDÌULV
' 3UHVVmR,QWUDRFXODU
$ 9LVmR%RUUDGD
% 'RU
Ceratite cursa com dor em agulhada. Iridociclite causa dor no globo ocular. Glaucoma causa
dor muito intensa (absurda) no globo ocular.
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& )RWRIRELD
' +DORV&RORULGRV
Visão turva e enxerga arco-íris quando olho para a luz. (glaucoma agudo).
$ +LSHUHPLDFRQMXQWLYDO
% 6HFUHomR
& $XPHQWRGDJOkQGXODVSHULDXULFXODUHV
Em conjuntivites virais.
$ /DFULPHMDPHQWR
Em conjuntivites virais.
% 3UXULGR
VI. Tratamento
• Ceratites, iridociclites e glaucoma agudo → encaminhar para o oftalmologista.
• Conjuntivites bacterianas → usar ATB e anti-inflamatórios.
• Conjuntivites virais → paliativo.
• Episclerite → colírios com corticóides.
• Hemorragias conjuntivais → não deve fazer nada.
• Blefarites → pomada com ATB, corticóide para ↓ a inflamação.
• Dermatite seborréica → tem períodos de melhora e de piora.
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'UD6tOYLD±
GLAUCOMA
I. Conceito
Definição: alteração de pressão + alteração de nervo óptico + alteração de campo visual. Há
casos que a pressão é diminuída e tem os outros sintomas e então daí apresenta o glaucoma
de pressão baixa.
10% da população tem pressão duvidosa, ou seja, maior que os padrões da normalidade e
só 1% destes desenvolvem glaucoma.
II. Semiologia
Para se fazer o diagnóstico, tem que apresentar a tríade:
1 – Usa-se o tonômetro de aplanação (que é o mais preciso) – ele exerce uma pressão
sobre o olho, que achata o cone e causa visão de 2 semiluas; se ficam superpostas as córneas
estão achatadas. A pressão exercida é a pressão do olho.
2 – Fundoscopia – aspecto escavado ou não. Verifica-se o tamanho da parte neural e se a
escavação se verticaliza (patológica), porque quando é fisiológica há uma escaração redonda.
3 – Campimetria – às primeiras alterações, aparece uma mancha cega que é a imagem do
nervo óptico quando ele não apresenta fotorreceptores. A mancha cega é mais nasal. Sempre
ocorre como alteração primordial a depressão nasal, depois o escotoma arqueado que vai da
área da mancha superior até a central. O paciente vê tubularmente. A visão central é a que vai
diminuir e daí o indivíduo como não usa, demora para procurar o tratamento.
III. Classificação
No geral o problema é o escoamento no glaucoma. O que significa ângulo aberto e fechado?
No glaucoma de ângulo fechado, no seio camerular ocorre a drenagem do humor aquoso e
pode ocorrer uma diminuição do ângulo da câmara anterior (câmara anterior rasa – Membrana
de Decemet e Membrana anterior da íris muito perto uma da outra) que impede a passagem do
humor aquoso pela obstrução da superfície de reabsorção do humor aquoso. As vezes a íris se
abre demais. É um glaucoma com crises de dor. Exemplo: quando está em lugar escuro, ocorre
midríase e então crise de dor.
Quando há o problema na rede trabecular (geralmente uma obstrução) e o ângulo camerular
é normal, o paciente apresenta o glaucoma de ângulo aberto.
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$ 3ULPiULRV
ÇQJXOR DEHUWR
a) Fatores de Risco
1. Miopia
2. Idade (idosos)
3. Corticóide pode aumentar a PIO – quando a pessoa tem maior tendência ao aumento da
PIO, pode levar ao glaucoma.
4. Raça negra
5. Pessoas que já tiveram oclusões venosas – profilaticamente se usa um colírio para
diminuir a PIO, fim de evitar desenvolvimento de glaucoma.
b) Quadro clínico
A maioria das vezes é assintomático. Verifica-se pela semiologia. A presença de escotomas
mostram que há maior sensibilidade do nervo à altas pressões.
c) Tratamento
&OtQLFR
&LU~UJLFR
Trabeculectomia – retira-se um porção do trabeculado e o humor aquoso é drenado
diretamente embaixo da conjuntiva daí ser absorvido por vasos conjuntivais e episclerais.
ÇQJXOR IHFKDGR
% 6HFXQGiULRV
&DXVDV
a) Cristalino
Fase pré-intumescente (pré catarata) – pode ser esfoliação do cristalino – fecha o ângulo.
b) Inflamação Ocular
Células e proteínas podem fechar o ângulo.
c) Cortisônico
Não se sabe como ocorre. Acredita-se em edema pelo corticóide (VO ou tópico).
d) Pigmentar
e) Vascular
Quando há o sofrimento geral do olho. Forma-se neovasos na íris. É difícil o tratamento
porque é um estágio terminal. Às vezes, trata-se somente a dor.
*ODXFRPD &RQJrQLWR
'U6LOYLD±
OPACIFICAÇÕES DE MEIO - I
I. Córnea
É o primeiro meio ocular, fica sempre no estado levemente desidratado, quando ela se
edemacia, ela perde sua transparência. Num glaucoma há diminuição da função do endotélio
que desidrata a córnea. Com o aumento da pressão ou cirurgia, ocorre um espessamento da
córnea por líquido.
Outro tipo além do edema são as nubéculas e os leucomas, onde é perdida a transparência
da córnea irreversivelmente. Quando rompe a membrana de Bowman, ocorre a opacificação.
Se ainda existe alguma transparência, chama-se nubécula. O olho está todo branco, chama-
se leucoma.
$ (GHPD
% 1XEpFXOD
& /HXFRPD
III. Cristalino
A opacificação é devido a catarata (é uma degeneração do cristalino e ele perde a
transparência e trona-se opaco)
Podem ser nucleares e subcorticais.
O único tratamento ainda é cirúrgico; deve ser retirado e substituído o próprio meio.
$ &RQJrQLWDV
Devem ter tratamento o mais precoce possível porque pode levar a ambliopia.
É indicado a retirada o mais precoce possível e fazer o estímulo visual. Se unilateral, usa-se
o tampão (oclusão).
A maioria é bilateral. A má nutrição materna pode causar as congênitas assim como as
infecções.
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% $GTXLULGDV
a) Descolamento de retina
b) Uveíte
c) Trauma
6LVWrPLFD
a) Tóxicas
Uso de corticoesteróides, tópico ou sistêmico
b) Endócrinas
Diabético tem maior chance, hipoparatireoidismo.
c) Radiológicas
As radiações como Raio-X, infra vermelho.
Ultra violetas atingem o cristalino se for da forma B. Se for da forma A atinge a córnea e se
for da forma C atinge a retina.
& 6HQLV
Acima de 65 anos, 95% das pessoas já tem um certo grau de opacificação do cristalino.
Antigamente a cirurgia retirava todo o cristalino e usava-se óculos muito grossos (muitas
dioptrias).
No tratamento atual, a cirurgia denomina-se faco emulsificação (abertura de 3 mm e é
triturado o núcleo, depois é lavado e implanta-se uma lente – retira-se todo o cristalino).
IV. Vítreo
A incidência é igual a do humor aquoso
Causas: discrasia sangüínea, hipóxia.
Estas causas provocam a formação de novos vasos devido geralmente a obstrução (na
retinopatia diabética) e estes rompem-se mais facilmente levando o sangue para a câmara
posterior
Tem como tratamento a troca de todo o humor vítreo.
$ +HPRUUDJLDV
% ,QIODPDomR
'UD6tOYLD±
OPACIFICAÇÕES DE MEIO - II
I. Vítreo
O vítreo quando perde sua transparência, que se dá por alterações do colágeno, água, e
outras substâncias, geralmente é porque houve um acometimento da úvea.
O humor vítreo pode se degenerar – moscas volantes – Não ocorre uma alteração visual só
que incomoda a pessoa. As moscas volantes são causadas porque o ácido hialurônico forma
lacunas e depois estas lacunas formam grumos. Há referência de moscas volantes em todas as
idades. Deve tomar cuidado quando as degenerações das moscas volantes se coalescem e
pode fazer retração.
Existe duas patologias:
• Persistência do vítreo primário
• Persistência da artéria hialóide (que passa num equador do olho, horizontalmente e começa
no centro do cristalino.
Se tiver hemorragia, geralmente é de outros tecidos.
II. Retina
Patologias próprias que não são devidas às doenças sistêmicas.
$ 5HWLQRSDWLDSUHPDWXULGDGH
Ocorre em prematuros.
É também chamada de fibroplasia retrolental (atrás do cristalino). Diziam que ela ocorria
pela presença de oxigênio em encubadoras. A quantidade de oxigênio está ligada a alterações
na retina. O prematuro tem hipóxia de retina, e as membranas começam a formar fibrose no
humor vítreo. Tem prognóstico ruim se tiver descolamento de retina.
% 2FOXVmRYHQRVD
Existe em pessoas com arteriosclerose, e no local da papila pode ter a oclusão (ou na
lâmina crivosa) ou uma compressão da veia pela artéria que faz a oclusão. Hemorragias no
“tapete da retina”.
Na papila, ocorre oclusão da veia central.
Apresenta exsudato e edema de papila e quadro hemorrágico.
É uma patologia de retina que dá déficit visual. Ele ocorre em conseqüência da oclusão
venosa.
Em pessoas idosas, quadros anêmicos
Sem tratamento – tratamento espectante
& '06
' '5
É sempre cirúrgico e deve ser recente. Passa cinta e faz crio ou fotossensibilização ( diminui
o tamanho do olho e faz com que ela se aproxime do olho)
III. Uveíte
$ ,ULGRFLFOLWHV
São mais anteriores, acomete corpo ciliar e íris. Na câmara anterior apresenta processo
exsudativo – células e proteínas boiando na câmara anterior. Pode apresentar uma hiperemia
em limbo, dor e aumento da PIO.
Tratamento – corticoesteróides.
% 8YHtWHV,QWHUPHGLiULDV
Tem difícil diagnóstico. Tem também tratamento específico e com corticoesteróides. Tem
perda da visão.
& &RULRUHWLQLWHV
'UD6tOYLD±
TRAUMATOLOGIA OCULAR
Nos EUA, por ano, existem 2,5 milhões de acidentes envolvendo o olho e 40% leva a
deficiência visual. Metade dos traumatismo, ocorre em pessoas com menos de 25 anos,
principalmente crianças. As seqüelas às vezes são irreversíveis.
Ao examinar o paciente traumatizado.
I. Exame do olho
$ &RQMXQWLYDHHVFOHUD
% &yUQHD
Principalmente a transparência. Instila a fluoresceína, que cora as áreas com lesão (solução
de continuidade).
& &kPDUDDQWHULRU
' 3XSLOD
( &ULVWDOLQR
II. Mecânicas
$ 3HUIXUDQWHV
Pode ter ou não corpo estranho. História de um paciente que estava martelando e um
estilhaço pode entrar e o médico não ver a porta de entrada.
Nas perfurantes é indicado fazer sutura e depois encaminhar a especialização.
Existe cortes de córnea com folha de papel, cana, pólvora. Ocorre coleção de pus dentro da
câmara anterior. Na lesão penetrante existe saída do conteúdo intra ocular (pode sair a íris e a
coróide). Geralmente o prognóstico é ruim.
Tipos de lesão perfurante:
6OLGHV
Iridodiálise – a íris perde a inserção, pelo trauma, ela não movimenta mais e precisa de trat.
cirúrgico.
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Corpo estranho em córnea – funileiro que mexe com esmeril, e o estilhaço entra no olho e
forma um halo de ferrugem. O ideal é a retirada no primeiro dia.
Abrasão – retirada de epitélio, a primeira camada da córnea. A córnea é o tecido com maior
sensibilidade do corpo.
Laceração de pálpebra – ocorre problemas na cicatrização com blefaroptoses.
Contusão ocular – ocorre um hifema (coleção de sangue na câmara anterior – pode levar a
um glaucoma e normalmente o sangue é reabsorvido). Na contusão, deve fazer um grande
período de observação.
Erosão – por corte com papel.
% 1mRSHUIXUDQWHV
$ 4XtPLFDV
% ,UUDGLDomR
& 7HPSHUDWXUD
IV. Tratamento
Lavagem
Laceração de córnea – a conduta é a oclusão por 24 horas e pomadas.
Queimadura por ultra violeta – mexe com solda elétrica – O epitélio perde a aderência, após
5 ou 6 horas. Queimaduras por temperaturas acontece muito raramente.
Nos traumas penetrantes, faz curativo não compressivo e oclusivo.
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'U6tOYLD±
I. Diabetes Mellitus
Faz um acúmulo de lipídio no olho – xantelasma
Na conjuntiva ocorre um vasodilatação maior, fluxo mais lento.
Na córnea, às vezes, ocorre a dobra da membrana de Deceme
No cristalino, ocorre presença de catarata. Porque ocorre uma flutuação de refração.
No humor vítreo, ocorre os corpúsculos asteróides. Eles brilham.
Na nervo óptico, raramente, tem atrofia de nervo óptico.
Na retina – a Retinopatia Diabética –
$ 5HWLQRSDWLDGLDEpWLFD
II. HAS
O oftalmoscópico ajuda para diagnosticar se é uma hipertensão aguda ou crônica ou crônica
com agudização.
$ &U{QLFD
A fase crônica, ocorre um estreitamento arteriolar. Pode ser focal ou generalizado. Elas vão
ficando um pouco mais estreitas. Pode ter alteração da coloração. Ocorre aumento de calibre
das veias e tortuosidade
As alterações crônicas, em fio de prata, estreitamento arteriolar, transformando-se e dando
o aspecto de fio de prata. (arteríolas em fio de cobre e fio de prata).
Outro achado de alteração vascular. Cruzamento patológico (a veia passa em cima da
artéria).
• estreitamento arteriolar
• aumento do calibre das veias e tortuosidades
• arteríolas em fio de cobre (altera a cor)
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III. AIDS
Ocorre uma microangiopatia. A grande maioria tem uma certa microangiopatia que não
altera a visão.
Sarcoma de Kaposi – pode aparecer tanto em pálpebra quanto em conjuntiva – é de cor
violácea. Em homem pode aparecer retinite, uveíte, poliretinite.
Não é uma metástase que aparece na conjuntiva e sim outro tumor
Retinite causada por Citomegalovírus – quando aparecer, deve investigar.
Vírus Herpes zoster – este vírus compromete a visão. Pode ter uma necrose aguda de retina
ou corioretinites que podem ser por dois agentes (Pneumocystus carinii e Criptococus
neoformans)
Estes agentes geralmente causam infecções sistêmicas.
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Causa iridociclite
V. Doenças Nutricionais
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I. Vias de administração
São quatro as vias de administração no olho. A primeira é a tópica que são os colírios. Na
parte anterior, a administração tópica tem melhor concentração.
Subconjuntival – embaixo da conjuntiva. Por algum problema não dá para pingar o colírio
normalmente. Algumas uveítes tem que usar a subconjuntival.
Retro bulbar – atinge o polo posterior. Não é usada para a terapêutica e sim para a cirurgia.
Usa-se a marcaína para a injeção retro bulbar. Ocorre anestesia da parte retro bulbar. Uso:
cirurgias de catarata, de retina. A anestesia possibilita a mobilidade do globo ocular. (Músculo
retro bulbar)
Via sistêmica - é usada quando quer atingir o pólo posterior dos olhos (coróide). E quando
quer atingir a parte de órbita (via sangüínea e acesso mais rápido a parte posterior).
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Era usada antigamente; só usada em casos mais severos de infecções intra ciliares. Era
usada em criança e dá um efeito por 3, 5 a 10 dias. É muito potente. Foi abolida para este
exame.
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Midryacyl – tem um efeito não muito bom na acomodação e sim na midríase. Quase que
sem efeitos colaterais.
III. Parassimpatomiméticos
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IV. Simpatomiméticos
São usados para midríase e também agem no humor aquoso (diminuição do humor
aquoso).
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É mais potente para a midríase que a epinefrina – aqui usa-se 10% e a instilação de
fenilefrina pode causar hipertensão e palpitação.
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V. Simpatolíticos
São os beta bloqueadores seletivos – usado para o glaucoma crônico. Diminuem a produção
do humor aquoso.
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VI. Anestésicos
Os tópicos tem como função anestesia de córnea e porção anterior. A anestesia tópica está
sendo usada para cirurgias, hoje em dia. Para qualquer exame para diminuir a dor usa o
anestésico tópico.
Hoje instila-se o anestésico tópico para catarata e para retirada de corpo estranho.
Quando você quer diferenciar na córnea ou intra ocular – se for córnea o anestésico tópico
melhora a dor e se for intra ocular não diminui.
O anestésico tem como EC (efeito colateral) a diminuição da adesão do epitélio e ocorre
uma soltura do epitélio piorando o caso de trauma por solda.
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VII. Corantes
Usa para suspeita de descontinuidade de epitélio, ou células mortas.
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Usa-se para suspeita de descontinuidade de epitélio da córnea. Se trauma, o cora onde tem
descontinuidade do epitélio.
Causa susceptibilidade a Pseudomonas.
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Usada para ver células mortas, no estudo de filme lacrimal. Causa muito ardor.
VIII. Corticóides
Função – Antiinflamatórios
A e B são só corticóides. Uso em inflamações do olho. EC pode ter aumento da PIO. 30%
da população pode aumentar a PIO. Pode ter um aumento de 10 a 30 acima do normal.
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NC - Predforte
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NC - Maxidex
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NC - Flumex
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Colírio ou ungüento
Ciloxam e Amotil
Oflox (ofloxacina)
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Tobrex (tobramicina)
Gentamicina (gentamicina)
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Tetraciclina (tetraciclina)
Só em ungüento
X. Antifúngicos
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XI. Vírus
Herpes simples – ceratite podendo levar a leucoma de córnea e até a cegueira.
Acliclovir – para herpes zoster – Zovirax
Idoxiuridina – (Idu) –
Citomegalovírus – oportunista em pessoas com HIV (Ganciclovir) – uso sistêmico.
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