Anéis Tipos de Anéis Homomorfismos Ideais

Anéis

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Anéis

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Roteiro

1. Anéis

2. Tipos de Anéis

3. Homomorfismos e Isomorfismos

4. Ideais

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Anéis - Definição

I Definição. Um conjunto não vazio R forma um anel com

respeito às operações binárias adição (+) e multiplicação (·)
se, para valores arbitrários a, b, c ∈ R, as seguintes
propriedades forem atendidas:
P1 : (a + b) + c = a + (b + c)
P2 : a+b =b+a
P3 : Existe z ∈ R tal que a + z = a.
P4 : Para cada a ∈ R existe −a ∈ R tal que a + (−a) = z.
P5 : (a · b) · c = a · (b · c)
P6 : a(b + c) = a · b + a · c
P7 : (b + c)a = ba + c · a

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Anéis
√ √
I Exemplo 1. O conjunto S = {x + y 3 3 + z 3 9 : x, y , z ∈ Q}
é um anel em relação à adição e multiplicação em R.
I Para provar isso, primeiro mostramos que S é√fechado√em
3
relação
√ a essas
√ operações. Temos, para a + b 3 + c 3 9,
3 3
d + e 3 + f 9 ∈ S:
√ √ √ √
(a + b 3 3 + c 3 9) +
√ (d + e 3 3 +√f 3 9) =
(a + d) + (b + e) 3 3 + (c + f ) 3 9 ∈ S

I e
√ √ √ √
(a + b 3 3 + c 3 9)(d + √
e 3 3 + f 3 9) = √
(ad + 3bf + 3ce) + (ae + bd + 3cf ) 3 3 + (af + be + cd) 3 9 ∈ S

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Continuação do Exemplo

I Em seguida, notamos que as propriedades P1 , P2 P5 , P6 e P7

são satisfeitas já que S é um subconjunto do anel R.
√ √
I 0 = 0 + 0 3 3 + 0 3 9 satisfaz P3 .
√ √ √ √
I Para cada x + y 3 3 + z 3 9 ∈ S existe −x − y 3 3 − z 3 9 ∈ S,
que satisfaz P4 .
I Portanto, S satisfaz todas as propriedades de um anel.

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Anéis
I Exemplo 2. O conjunto S = {a, b} com adição e
multiplicação definidas pelas tabelas abaixo é um anel?

+ a b · a b
a a b a a a
b b a b a b

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Anéis
I Exemplo 2. O conjunto S = {a, b} com adição e
multiplicação definidas pelas tabelas abaixo é um anel?

+ a b · a b
a a b a a a
b b a b a b

I Resposta: sim.
I Exercício 1. O conjunto T = {a, b, c, d} com adição e
multiplicação definidas pelas tabelas abaixo é um anel? Prove.
+ a b c d · a b c d
a a b c d a a a a a
b b a d c b a b a b
c c d a b c a c a c
d d c b a d a d a d
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Propriedades dos Anéis

1. Todo anel é um grupo aditivo abeliano.

2. Existe um único elemento identidade aditivo z (o zero do
anel).
3. Cada elemento tem um único inverso aditivo (o negativo
daquele elemento).
4. A Lei de Cancelamento funciona para a adição.
5. −(−a) = a, −(a + b) = (−a) + (−b), para todo a, b do anel.
6. a · z = z · a = z
7. a(−b) = −(ab) = (−a)b

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Subanéis
I Definição. Seja R um anel. Um subconjunto S não-vazio do
conjunto R, que é um anel com respeito às operações binárias
em R, é chamado de subanel de R.
I Exemplo 3. No Exemplo 1, S é um subanel de R.
I Exercício 2. No Exercício 1, T1 = {a} e T2 = {a, b} são
subanéis de T . Por que T3 = {a, b, c} não é um subanel de
T?
I Definição. Os subanéis {z} e R de um anel R são chamados
impróprios; outros subanéis, se existirem, de R são chamados
próprios.
I Teorema 1. Seja R um anel e S um subconjunto próprio do
conjunto R. Então S é um subanel de R se, e somente se:
(a) S é fechado com respeito às operações do anel.
(b) para cada a ∈ S, temos −a ∈ S.

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Roteiro

1. Anéis

2. Tipos de Anéis

3. Homomorfismos e Isomorfismos

4. Ideais

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Subanéis
I Definição. Um anel para o qual a multiplicação é comutativa
é chamado de uma anel comutativo.
I Exemplo 4. O anel do Exemplo 2 é comutativo.
I Exercício 3. O anel do Exercício 1 é comutativo? Prove.

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Subanéis
I Definição. Um anel para o qual a multiplicação é comutativa
é chamado de uma anel comutativo.
I Exemplo 4. O anel do Exemplo 2 é comutativo.
I Exercício 3. O anel do Exercício 1 é comutativo? Prove.
Resposta: não.
I Definição. Um anel que possui um elemento identidade
multiplicativo (elemento unidade) é chamado de anel com
elemento identidade ou anel com unidade.
I Exemplo 5. O elemento unidade do anel do Exemplo 1 é 1.
I Exercício 4 O anel do Exercício 1 tem unidade?

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Subanéis
I Definição. Um anel para o qual a multiplicação é comutativa
é chamado de uma anel comutativo.
I Exemplo 4. O anel do Exemplo 2 é comutativo.
I Exercício 3. O anel do Exercício 1 é comutativo? Prove.
Resposta: não.
I Definição. Um anel que possui um elemento identidade
multiplicativo (elemento unidade) é chamado de anel com
elemento identidade ou anel com unidade.
I Exemplo 5. O elemento unidade do anel do Exemplo 1 é 1.
I Exercício 4 O anel do Exercício 1 tem unidade?
Resposta: não.
I Inversos multiplicativos, quando existem, são únicos.
I Exercício 5. O anel do Exercício 2 da lista 8 é comutativo?
Ele tem unidade?

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Subanéis
I Definição. Um anel para o qual a multiplicação é comutativa
é chamado de uma anel comutativo.
I Exemplo 4. O anel do Exemplo 2 é comutativo.
I Exercício 3. O anel do Exercício 1 é comutativo? Prove.
Resposta: não.
I Definição. Um anel que possui um elemento identidade
multiplicativo (elemento unidade) é chamado de anel com
elemento identidade ou anel com unidade.
I Exemplo 5. O elemento unidade do anel do Exemplo 1 é 1.
I Exercício 4 O anel do Exercício 1 tem unidade?
Resposta: não.
I Inversos multiplicativos, quando existem, são únicos.
I Exercício 5. O anel do Exercício 2 da lista 8 é comutativo?
Ele tem unidade?
Resposta: não.
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Característica

I Definição. Seja R um anel com elemento zero z e suponha

que existe um inteiro positivo n tal que
na = a + a + a + . . . + a = z para todo a ∈ R. O menor
inteiro positivo n que satisfaz essa equação é chamado de
característica de R. Se tal inteiro não existe, diz-se que R tem
característica zero.
I Exemplo 6. No anel do Exercício 2 da lista 8 temos que
a + a = b + b = . . . = h + h = a. Portanto a é o zero do anel
e a característica do anel é 2.
I Exercício 6. Qual é o zero e a característica do anel da
Questão 3 da lista 8?

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Característica

I Definição. Seja R um anel com elemento zero z e suponha

que existe um inteiro positivo n tal que
na = a + a + a + . . . + a = z para todo a ∈ R. O menor
inteiro positivo n que satisfaz essa equação é chamado de
característica de R. Se tal inteiro não existe, diz-se que R tem
característica zero.
I Exemplo 6. No anel do Exercício 2 da lista 8 temos que
a + a = b + b = . . . = h + h = a. Portanto a é o zero do anel
e a característica do anel é 2.
I Exercício 6. Qual é o zero e a característica do anel da
Questão 3 da lista 8?
Resposta: zero: a, característica: 4.

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Divisores de Zero

I Definição. Seja R um anel com elemento zero z. Um

elemento a 6= z de R é chamado de divisor de zero se existe
um elemento b 6= z de R tal que a · b = z ou b · a = z.
I Exercício 7. Determine todos os divisores de zero do anel da
questão 3 da lista 8.

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Roteiro

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2. Tipos de Anéis

3. Homomorfismos e Isomorfismos

4. Ideais

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Homomorfismos e Isomorfismos

I Um homomorfismo de um grupo aditivo de um anel R no

grupo aditivo de um anel R0 que também preserva a segunda
operação, multiplicação, é chamado de homomorfismo de R
em R0 .
I Um homomorfismo bijetivo é um isomorfismo.
I Exemplo 7. Considere o anel R = {a, b, c, d} com adição e
multiplicação definidas nas tabelas abaixo.
+ a b c d · a b c d
a a b c d a a a a a
b b a d c b a b c d
c c d a b c a c d b
d d c b a d a d b c

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Exemplo 7 - Continuação
I e os anéis R0 = {p, q, r , s} com adição e multiplicação
definidas pelas tabelas abaixo.
+ p q r s · p q r s
p r s p q p s p r q
q s r q p q p q r s
r p q r s r r r r r
s q p s r s q s r p
I O mapeamento

a ⇐⇒ r , b ⇐⇒ q, c ⇐⇒ s, d ⇐⇒ p

I Leva R em R0 e R0 em R e ao mesmo tempo preserva todas as

operações binárias.
I Portanto, R e R0 são anéis isomórficos.
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Homomorfismos e Isomorfismos

I Teorema 2. Em qualquer isomorfismo de uma anel R em um

anel R0 :
(a) Se z é o zero de R e z 0 é o zero de R0 , temos z ⇐⇒ z 0 .
(b) Se R ⇐⇒ R0 : a ⇐⇒ a, então −a ⇐⇒ −a0 .
(c) Se u é a unidade de R e u 0 é a unidade de R0 , temos
u ⇐⇒ u 0 .
(d) Se R é um anel comutativo, então R0 também é um anel
comutativo.

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1. Anéis

2. Tipos de Anéis

3. Homomorfismos e Isomorfismos

4. Ideais

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Ideais
I Definição. Seja R um anel com elemento zero z. Um
subgrupo S de R, tendo a propriedade r · x ∈ S (x · r ∈ S)
para todo x ∈ S e r ∈ R, é chamado ideal à esquerda (ou à
direita) em R.
I {z} e R são ambos ideais à esquerda e à direita em R; eles
são chamados de ideais impróprios à esquerda (à direita) em
R. Todos os outros ideais em R, se existirem, são chamados
de ideais próprios.
I Definição.Um subgrupo I de R que é tanto um ideal à
esquerda quanto um ideal à direita de R, isto é, para todo
x ∈ I e r ∈ R r · x ∈ I e x · r ∈ I, é chamado de ideal (subanel
invariante) em R.
I Definição. Para todo anel R, os ideais {z} e R são chamados
de ideais impróprios em R; quaisquer outros ideais em R são
chamados de ideais próprios.
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Ideais

I Um anel que não possui ideais próprios é chamado de anel

simples.
I Exemplo 10. Para o anel S da questão 2 da lista 8,
{a, b, c, d} é um ideal próprio à direita em S, mas não é um
ideal à esquerda. Os ideais próprios em S são: {a, c}, {a, e},
{a, g } e {a, c, e, g }.
I Teorema 3. Se p é um elemento arbitrário de um anel
comutativo R, então P = {p · r : r ∈ R} é um ideal em R.
I Exemplo 11. No Exemplo 10, cada elemento x do ideal à
esquerda {a, c, e, g } tem a propriedade de ser um elemento de
S para o qual r · x = a, o elemento zero de S, para todo r ∈ S.

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Ideais
I Teorema 4. Seja R um anel com elemento zero z; então:
T = {x : x ∈ R, r · x = z (ou x · r = z) para todo r ∈ R} é
um ideal à esquerda (ou à direita) em R.
I Teorema 5. A interseção de qualquer coleção de ideais em
um anel é um ideal no anel.
I Definição. Seja R um anel e K um ideal à direita em R com
a seguinte propriedade:
K = {a · r : r ∈ R, a é algum elemento fixo de K}.
Chamaremos K de ideal principal à direita em R e diremos que
ele é gerado pelo elemento a de K. Os ideais principais à
esquerda e os ideais principais são definidos de modo análogo.
I Exemplo 12. No anel S da questão 2 da lista 8, o subanel
{a, g } é um ideal principal à direita em S gerado pelo elemento
g . Como r · g = a para todo r ∈ S, {a, g } não é um ideal
principal à esquerda e, portanto, não é um ideal principal de S.
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Ideais

I Exercício 8. No anel comutativo S da questão 3 da lista 8, o

ideal {a, b, e, f } em S é um ideal principal. Ele pode ser
gerado por quais elementos?

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Ideais

I Exercício 8. No anel comutativo S da questão 3 da lista 8, o

ideal {a, b, e, f } em S é um ideal principal. Ele pode ser
gerado por quais elementos?
Resposta: b ou f .

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Referências

I Theory and Problems in Abstract Algebra - Frank Ayres e

Lloyd R. Jaisingh

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