Resumo AV1 e AV2 - Embriologia e Histologia
Resumo AV1 e AV2 - Embriologia e Histologia
Resumo AV1 e AV2 - Embriologia e Histologia
Glândulas acessórias
A vesícula seminal produz secreção amarelada que é fonte de energia para os espermatozoides, constitui o maior
volume seminal, sua função é regulada pela testosterona. Próstata produz secreção leitosa responsável pela
ativação da motilidade dos espermatozoides (secreção em excesso forma cálculos prostáticos, denominada
hiperplasia). Glândulas bulbouretrais (Cowper) produz secreção clara que atua como lubrificante para a limpeza da
uretra antes da ejaculação.
Espermatogênese
É a formação dos espermatozoides, esse processo ocorre em três etapas:
* Período de multiplicação: As espermatogônias (2n) multiplicam-se por meiose, acontece na parede dos túbulos
seminíferos e se torna intensa após a puberdade.
* Período de crescimento: As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a se chamar Espermatócitos I (2n)
* Período de maturação: Os espermatócitos I realizam meiose e dão origem a dois Espermatócitos II (n). Inicia-se
nova divisão meiótica que origina duas células de Espermátides (n) para cada espermatócito I. Após esse processo
ocorre a Espermiogênese onde a espermátide alonga-se, seu núcleo migra para a região mais externa da célula,
forma o acrossomo (libera substancias necessárias a penetração do ovócito) e a cauda (fundamental para
locomoção), originando o Espermatozóide.
Controle hormonal Masculino
No embrião já se inicia a produção de testosterona pelas células de Leyding (importante para o desenvolvimento
dos caracteres sexuais). Por volta da puberdade, ocorre a maturação das células hipofisarias e se inicia a produção
dos hormônios. O hipotálamo produz o hormônio estimulante das gonadotrofinas (GnRH), que vai estimular a
hipófise a produzir os hormônios LH (estimula as células de Leyding a produzir mais testosterona) e FSH (ele e a
testosterona ativam as células de Sertoli que, por sua vez, estimulam espermatogônias a iniciarem a
espermatogênese).
Obs.: O LH (hormônio luteinizante) estimula a ovulação e transforma o folículo dominante em corpo lúteo. A
progesterona começa a se elevar somente com o nascimento do corpo lúteo na fase secretória.
*Fase ovulatória – Período fértil: O pico de LH faz com que se rompa a superfície do ovário fazendo com que o
ovócito seja sugado de dentro do folículo, ocorrendo a ovulação.
*Fase secretora: Após a ovulação, as células do folículo formarão uma estrutura chamada de corpo lúteo. Ele tem a
função de continuar a produção de estrogênio e iniciar a de progesterona. Onde com seu aumento, a progesterona
torna o endométrio mais propicio a receber o ovo fecundado.
Obs.: Se ocorrer a fecundação, com o desenvolvimento, o embrião ira formar o trofoblasto que é responsável pela
produção de HCG que tem como função manter o corpo lúteo de modo a garantir condições para seguir a gravidez.
O corpo lúteo produz progesterona que tem a função de tornar o endométrio propicio a gravidez.
Caso não haja fecundação, o corpo lúteo ira regredir de acordo com o período que corresponde a toda fase
secretora, e depois ocorre a menstruação. Com a regressão do corpo lúteo no final da fase secretora, há uma queda
expressiva na produção dos dois hormônios. Sem progesterona e sem estrogênio, o organismo fica impossibilitado
de manter a espessura aumentada do endométrio, e este começa a se descamar.
*Fase menstrual: A menstruação é a descamação endometrial ocasionada pela ausência de fecundação, e
consequentemente da ausência de gravidez naquele ciclo menstrual. A queda do estrogênio e da progesterona no
final do ciclo menstrual faz com que o endométrio da paciente se descame ocorrendo a menstruação.
RESUMO
O FSH estará alto no início da fase proliferativa porque os níveis de estradiol estão baixos (Feedback do estradiol em
relação ao FSH é negativo). Em contrapartida, á medida que os folículos se desenvolvem, eles começam a produzir
estradiol (Feedback do estradiol e m relação ao LH é positivo!). O estradiol começa a estimular a produção de LH pela
hipófise anterior. No final da fase proliferativa, teremos um pico de estradiol seguido por um pico de LH. Esse pico
de LH causa a ovulação.
Já na fase lútea teremos estradiol e progesterona altos, porque o corpo lúteo está secretando esses dois hormônios.
Por outro lado o FSH e stará baixo porque o estradiol inibe a produção de FSH, Com a regressão do corpo lúteo ao
final da fase lútea, o estradiol cai. A partir daí, inicia-se a próxima fase do ciclo, fase proliferativa, em que o
endométrio começa a descamar, surgindo a menstruação. Neste primeiro dia de menstruação, com
o estradiol baixo, a hipófise anterior começa a secretar o FSH.
Tuba Uterina
Tubos musculares de grande mobilidade. As células que a revestem internamente possuem cílios que auxiliam o
transporte do ovócito/embrião ate o útero. Local onde ocorre a fertilização do ovócito.
Ovário
Síntese de estrógenos e progesterona, realiza a maturação dos ovócitos e ovocitação (processo de ruptura da
parede folicular, onde o ovócito segue p tuba uterina), ocorrendo a formação dos folículos ovarianos.
Ovogênese – Aula 3
Formação do gameta feminino dividido em três etapas:
*Período de multiplicação: Ocorrem sucessivas mitoses nas ovogônias (2n). Essas divisões, que acontecem no
epitélio germinativo do ovário, ocorrem no inicio da fase fetal, indo aproximadamente ate o terceiro mês de vida.
*Período de crescimento: As ovogônias começam a acumular uma reserva de nutrientes (vitelo) e aumentam em
volume. Nessa etapa são chamados ovócitos primários (2).
*Período de maturação: Inicia-se no processo de meiose, porem este não se completa e os ovócitos I (2n)
estacionam, pois, a meiose continuara apenas por estimulação do FSH na puberdade. Assim, o ovócito primário
continua a divisão da meiose I e produz o ovócito II (n) e o glóbulo polar I (n). O ovócito II (n) é lançado no momento
da ovulação, ocorrendo a fecundação a meiose II se completa formando o Óvulo (n) e três glóbulos polares (n) que
ajudam na nutrição do óvulo. Caso não ocorra a fecundação ele se degenera aproximadamente um dia após a sua
liberação.
*Passagem do espermatozóide através da corona radiata: Acredita-se que a enzima hialuronidase, liberada
do acrossomo do espermatozóide, é responsável pela dispersão das células foliculares da corona radiata. Os
movimentos da cauda do espermatozóide também contribuem bastante.
*Penetração na Zona Pelúcida: Forma um caminho na mesma através de enzimas. Logo que ocorre a penetração
ocorre a Reação Zonal (mudança na afinidade químicas da mesma com os espermatozoides que a torna
impermeável).
*Termino da segunda divisão meiótica do ovócito: Formação do ovócito maduro (pronúcleo feminino) e os três
corpos polares.
*Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos (23 de cada núcleo, resultando em um
zigoto) para a divisão celular e a primeira clivagem.
Resultados da fecundação
- Ovócito II completa a segunda divisão meiótica; - restaura o numero diploide no zigoto (46); - determina o sexo do
embrião (espermatozoide X = fêmea e Y = macho); - Inicio da clivagem do zigoto.
Clivagem
Divisões mitóticas repetidas do zigoto. Estas células embrionárias, os blastômeros, tornam-se menor a cada divisão.
Quando existem de 12 a 23 blastômeros é chamado de mórula.
Formação do Blastocisto
ssim que a mórula alcança a cavidade uterina, a zona pelúcida entra em degeneração, fato este que permitirá a
A
passagem de líquido da cavidade uterina, formando um espaço cheio de fluido entre os blastômeros. Este espaço
será denominado de cavidade blastocística. A degeneração da zona pelúcida também permite ao blastocisto
aumentar rapidamente de tamanho. Conforme a cavidade blastocística aumenta, os blastômeros se separam em
duas partes:
*Trofoblasto: camada delgada de células externas que irá compor a parte embrionária da placenta.
*Embrioblasto: grupo de blastômeros localizados centralmente, que dará origem ao embrião.
Nesse estágio do desenvolvimento conhecido como blastogênese, o concepto é conhecido como blastocisto, e é
este blastocisto que vai aderir ao epitélio endometrial.
Implantação ou Nidação
O blastocisto inicia a implantação no endométrio, inicia-se com o trofoblasto proliferando-se intensamente e
formando duas camadas:
*Citotrofoblasto: Camada interna das células que mantem as mesmas intactas realizando mitose. Responsável por
produzir a parte embrionária da placenta.
*Sincíciotrofoblasto: Realiza a implantação do blastocisto no endométrio e produz o hormônio HCG que mantem a
atividade hormonal do corpo lúteo.
Segunda semana do desenvolvimento embrionário – Aula 5
Resumo: Transformações no endométrio; Formação do disco embrionário bilaminar; Formação do Saco Vitelino;
Formação da cavidade Amniótica; Formação da cavidade Coriônica; Formação da placa Pré-Cordal.
Histologia é parte da ciência que estuda os tecidos e como eles se organizam para constituir os órgãos.
Tecido
“Conjunto de células semelhantes e associadas intimamente, adaptadas para funções específicas”. Os tecidos são
constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que estão intimamente correlacionados. Os órgãos são quase
sempre formados por uma associação precisa de vários tecidos.
Tipos de Tecidos
Tecido Epitelial; Tecido Conjuntivo; Tecido N
ervoso; e Tecido Muscular.
Características dos Tecidos
Tecido Epitelial
O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas umas às outras através
de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana. A principal função do tecido epitelial é revestir a
superfície externa do corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos. Ele também apresenta função secretora. A
estreita união entre as suas células fazem do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de agentes
invasores e a perda de líquidos corporais. São funções do tecido epitelial: Proteção e revestimento (pele); Secreção
(estômago); Secreção e absorção (intestino); Impermeabilização (bexiga urinária).
Tecido Epitelial de Revestimento (TER): De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser classificados
em: Epitélio Simples: São formados por uma única camada de células;
Epitélio Estratificado: Possuem mais de uma camada de células;
Epitélio Pseudo-Estratificado: São formados por uma única camada de células, mas possui células de com
alturas diferentes, dando a impressão de ser estratificado.
Obs.: O tecido epitelial da pele humana apresenta células bastante unidas, sendo este um epitélio estratificado. Isso
porque a função da pele é evitar a entrada de corpos estranhos no organismo, agindo como uma espécie de barreira
protetora, além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos químicos. Já o tecido epitelial que cobre os
órgãos é simples, pois o tecido não pode ser tão espesso devido à necessidade de trocas de substâncias.
*Epitélio Pseudo-Estratificado Cilíndrico Ciliado com Células Caliciformes: Revestimento da traqueia, brônquios e
cavidade nasal.
Função: proteção, secreção, transporte mediado por cílios de partículas aderidas ao muco.
*Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (pele): As células da camada apical são achatadas, enquanto nas
camadas profundas varia de cúbica a cilíndrica. Enquanto as células se afastam das camadas mais profundas e do
suprimento sanguíneo, no tecido conjuntivo subjacente, essas células se desidratam, encolhem e endurecem
perdendo suas junções celulares e descamam.
*Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado: Entrado na boca, esôfago, vagina, canal anal.
Função: proteção, secreção, previne a perda de água.
São constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As moléculas a serem secretadas são, em geral,
armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por membrana, chamadas de grânulos de secreção.
Essas células podem sintetizar, armazenar e secretar.
*Glândulas exócrinas: apresentam a porção secretora associada a dutos que lançam suas secreções para fora do
corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidades do corpo
(como as glândulas salivares);
*Glândulas endócrinas: não apresentam dutos associados à porção secretora. As secreções são denominadas
hormônios e lançadas diretamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireoide,
glândulas paratireoides e glândulas adrenais;
*Glândulas mistas: apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção
exócrina secreta enzimas digestivas que são lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela
secreção dos hormônios insulina e glucagon.
Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão. Composto de grande quantidade de matriz extracelular e uma
diversidade de células e é irrigado e inervado. Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços
entre os tecidos, além de nutri-los. A matriz extracelular, que é a substância entre as células, tem consistência
variável. Ela pode ser: gelatinosa (tecido conjuntivo frouxo e denso), líquida (sanguíneo), flexível (cartilaginoso) ou
rígida (ósseo). Possui funções como: Conectar tecidos; Sustentação; Preenchimento; Absorção de impactos;
Elasticidade; Armazenamento de energia; Defesa; e etc.
O tecido conjuntivo pode ser classificado em tecido conjuntivo propriamente dito (frouxo e denso), tecido
conjuntivo de propriedades especiais (adiposo, elástico, mucoso, reticular ou hematopoiético) e tecido conjuntivo
de sustentação (ósseo e cartilaginoso).
*Tecido Conjuntivo Frouxo: É constituído de pouca matriz extracelular, com muitas células e poucas fibras. Isso torna
o tecido flexível e pouco resistente às pressões mecânicas. Algumas células são residentes, como os fibroblastos
e macrófagos e outras são transitórias, como: linfócitos e neutrófilos. É encontrado pelo corpo todo, envolvendo
órgãos. Além disso, serve de passagem a vasos sanguíneos, sendo assim importante na nutrição dos tecidos.
*Tecido Conjuntivo Denso: Possui grande quantidade de matriz extracelular, com predominância das fibras
colágenas, dispostas sem grande organização. O tecido conjuntivo denso não modelado é encontrado abaixo do
epitélio, na derme, conferindo resistência às pressões mecânicas, graças às suas muitas fibras. Já o tecido conjuntivo
denso modelado é encontrado nos tendões.
O tecido muscular relaciona-se com a locomoção e outros movimentos do corpo. Entre as suas principais
características estão: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade. As células do tecido muscular são
alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Funções: Movimento do corpo; Estabilização e
postura; Regulação do volume dos órgãos; e Produção de calor. O tecido muscular é classificado em três
tipos: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso ou não-estriado.