Resumo AV1 e AV2 - Embriologia e Histologia

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Resumo AV1: ​Embriologia e Histologia

Aparelho reprodutor Masculino – Aula 1


Cada testículo é envolvido por uma capsula fibrosa denominada ​túnica albugínea​. Desta partem septos incompletos
para o interior do testículo formando cavidades (lóbulos). Os ​lóbulos​ são ocupados por túbulos seminíferos, neles
ocorre à formação dos espermatozoides. Os túbulos seminíferos são constituídos pelo ​epitélio germinativo​ (células
de Leyding) onde ocorre a prod. dos espermatozoides. Essas ​células de Leyding​ produzem testosterona,
androstenediona e DHEA. Estão localizadas nos espaços entre os túbulos seminíferos. São estimuladas pelo LH
(hormônio luteinizante) para iniciar a produção de hormônios masculinos.
No ​epidídimo ​ocorre a maturação dos espermatozoides, onde adquirem motilidade para frente, necessária para
fertilização. Os ​canais deferentes​ que (na vasectomia, são cortados) conduzem os espermatozóides a partir do
epidídimo até a próstata.

Glândulas acessórias
A ​vesícula seminal ​produz secreção amarelada que é fonte de energia para os espermatozoides, constitui o maior
volume seminal, sua função é regulada pela testosterona. ​Próstata​ produz secreção leitosa responsável pela
ativação da motilidade dos espermatozoides (secreção em excesso forma cálculos prostáticos, denominada
hiperplasia). ​Glândulas bulbouretrais​ (Cowper) produz secreção clara que atua como lubrificante para a limpeza da
uretra antes da ejaculação.

Espermatogênese
É a formação dos espermatozoides, esse processo ocorre em três etapas:
* Período de multiplicação: ​As espermatogônias (2n) multiplicam-se por meiose, acontece na parede dos túbulos
seminíferos e se torna intensa após a puberdade.
* Período de crescimento: ​As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a se chamar ​Espermatócitos I (2n)
* Período de maturação​: Os espermatócitos I realizam meiose e dão origem a dois ​Espermatócitos II (n)​. Inicia-se
nova divisão meiótica que origina duas células de ​Espermátides (n)​ para cada espermatócito I. Após esse processo
ocorre a ​Espermiogênese ​onde a espermátide alonga-se, seu núcleo migra para a região mais externa da célula,
forma o acrossomo (libera substancias necessárias a penetração do ovócito) e a cauda (fundamental para
locomoção), originando o ​Espermatozóide.
Controle hormonal Masculino
No embrião já se inicia a produção de testosterona pelas células de Leyding (importante para o desenvolvimento
dos caracteres sexuais). Por volta da puberdade, ocorre a maturação das células hipofisarias e se inicia a produção
dos hormônios. O ​hipotálamo​ produz o hormônio estimulante das gonadotrofinas (GnRH), que vai estimular a
hipófise a produzir os hormônios ​LH ​(estimula as células de Leyding a produzir mais testosterona)​ ​e​ FSH ​(ele e a
testosterona ativam as células de Sertoli que, por sua vez, estimulam espermatogônias a iniciarem a
espermatogênese).

Aparelho reprodutor Feminino – Aula 2


​O ​útero​ é formado por três camadas: ​perímetro ​(camada mais externa constituída por tecido conjuntivo, ​miométrio
( camada intermediaria, constituída de tecido muscular liso, sofre hiperplasia – aumento no numero de células e
hipertrofia – aumento no tamanho e volume das células) e ​endométrio ​(altamente vascularizado e reveste toda a
cavidade uterina). O ​endométrio ​é estimulado pelos hormônios ovarianos: ​estrogênio e progesterona​, tem um
aumento na sua espessura devido à grande concentração de progesterona, sendo descamado e expelido na
menstruação.

Fases do ciclo menstrual


*​Fase proliferativa​: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos por intermédio do ​FSH​. O hormônio
folículo estimulante ira estimular de 8 a 10 folículos ovarianos, mas apenas um estará pronto no final da fase
folicular (folículo dominante). No final da fase proliferativa, o ​folículo dominante​, produz uma grande quantidade de
estrogênio​ ovariano, formando um pico de secreção (após a ovulação, há uma queda da produção do estrogênio,
pois a regressão do folículo).

Obs.: O ​LH​ (hormônio luteinizante) estimula a ovulação e transforma o folículo dominante em ​corpo lúteo​. A
progesterona​ começa a se elevar somente com o nascimento do corpo lúteo na fase secretória.

*​Fase ovulatória – Período fértil​: O pico de ​LH​ faz com que se rompa a superfície do ovário fazendo com que o
ovócito seja sugado de dentro do folículo, ocorrendo a ovulação.

*​Fase secretora:​ Após a ovulação, as células do folículo formarão uma estrutura chamada de corpo lúteo. Ele tem a
função de continuar a produção de estrogênio e iniciar a de progesterona. Onde com seu aumento, a progesterona
torna o endométrio mais propicio a receber o ovo fecundado.

Obs.: Se ocorrer a fecundação, com o desenvolvimento, o embrião ira formar o trofoblasto que é responsável pela
produção de HCG que tem como função manter o corpo lúteo de modo a garantir condições para seguir a gravidez.
O corpo lúteo produz progesterona que tem a função de tornar o endométrio propicio a gravidez.
Caso não haja fecundação, o corpo lúteo ira regredir de acordo com o período que corresponde a toda fase
secretora, e depois ocorre a menstruação. Com a regressão do corpo lúteo no final da fase secretora, há uma queda
expressiva na produção dos dois hormônios. Sem progesterona e sem estrogênio, o organismo fica impossibilitado
de manter a espessura aumentada do endométrio, e este começa a se descamar.
*​Fase menstrual: ​A menstruação é a descamação endometrial ocasionada pela ausência de fecundação, e
consequentemente da ausência de gravidez naquele ciclo menstrual. A queda do estrogênio e da progesterona no
final do ciclo menstrual faz com que o endométrio da paciente se descame ocorrendo a menstruação.

RESUMO

O​ FSH ​estará alto no início da fase proliferativa porque os níveis de estradiol estão baixos (Feedback do ​estradiol​ em
relação ao ​FSH​ é negativo). Em contrapartida, á medida que os folículos se desenvolvem, eles começam a produzir
estradiol (Feedback do ​estradiol​ e​ m relação ao ​LH​ é positivo!). O​ estradiol​ começa a estimular a produção de ​LH ​pela
hipófise anterior. No final da fase proliferativa, teremos um pico de ​estradiol​ seguido por um pico de ​LH​. Esse pico
de ​LH​ causa a ovulação.

Já na fase lútea teremos ​estradiol​ e ​progesterona​ altos, porque o corpo lúteo está secretando esses dois hormônios.
Por outro lado o ​FSH​ e​ stará baixo porque o estradiol inibe a produção de ​FSH​, Com a regressão do corpo lúteo ao
final da fase lútea, o ​estradiol​ cai. A partir daí, inicia-se a próxima fase do ciclo, fase proliferativa, em que o
endométrio começa a descamar, surgindo a menstruação. Neste primeiro dia de menstruação, com
o ​estradiol​ baixo, a hipófise anterior começa a secretar o ​FSH.

Tuba Uterina
Tubos musculares de grande mobilidade. As células que a revestem internamente possuem cílios que auxiliam o
transporte do ovócito/embrião ate o útero. Local onde ocorre a fertilização do ovócito.

Ovário
Síntese de estrógenos e progesterona, realiza a maturação dos ovócitos e ovocitação (processo de ruptura da
parede folicular, onde o ovócito segue p tuba uterina), ocorrendo a formação dos folículos ovarianos.

Folículos Ovarianos: foliculogênese


A função do folículo é proporcionar um ambiente ideal para a manutenção da viabilidade, crescimento e
manutenção do ovócito. O folículo é um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares. Os
folículos primordiais ​(nascemos com ele) consistem em um ovócito primário envolvido por uma camada de células
foliculares. Na puberdade ocorre o crescimento folicular (ação do FSH), ocorre a proliferação das camadas foliculares
e passa ser chamado de ​folículo primário​ (ao redor do ovócito, é secretada uma camada de glicoproteína, chamada
zona pelúcida​). Com o crescimento dos folículos, certa quantidade de liquido folicular se acumula entre essas
células, esses pequenos espaços se unem e originam o antro folicular e passam a ser chamados de ​folículos
secundários​.

Ovogênese – Aula 3
Formação do gameta feminino dividido em três etapas:
*​Período de multiplicação:​ Ocorrem sucessivas mitoses nas ​ovogônias (2n).​ Essas divisões, que acontecem no
epitélio germinativo do ovário, ocorrem no inicio da fase fetal, indo aproximadamente ate o terceiro mês de vida.
*​Período de crescimento:​ As ovogônias começam a acumular uma reserva de nutrientes (vitelo) e aumentam em
volume. Nessa etapa são chamados ​ovócitos primários (2)​.
*​Período de maturação​: Inicia-se no processo de meiose, porem este não se completa e os ovócitos I (2n)
estacionam, pois, a meiose continuara apenas por estimulação do FSH na puberdade. Assim, o ovócito primário
continua a divisão da meiose I e produz o ​ovócito II​ ​(n) ​e o ​glóbulo polar I (n)​. O ovócito II (n) é lançado no momento
da ovulação, ocorrendo a fecundação a meiose II se completa formando o ​Óvulo (n)​ e ​três glóbulos polares (n) ​que
ajudam na nutrição do óvulo. Caso não ocorra a fecundação ele se degenera aproximadamente um dia após a sua
liberação.

Fecundação e primeira semana de desenvolvimento embrionário – Aula 4


F​ ecundação é o nome que se da quando o espermatozoide consegue penetrar o ovulo maduro dando origem a uma
vida. Isso normalmente ocorre nas tubas uterinas. A fecundação possui algumas fases:

*​Passagem do espermatozóide através da corona radiata:​ Acredita-se que a enzima hialuronidase, liberada
do ​acrossomo​ do espermatozóide, é responsável pela dispersão das células foliculares da corona radiata. Os
movimentos da cauda do espermatozóide também contribuem bastante.

*​Penetração na Zona Pelúcida:​ Forma um caminho na mesma através de enzimas. Logo que ocorre a penetração
ocorre a ​Reação Zonal ​(mudança na afinidade químicas da mesma com os espermatozoides que a torna
impermeável).

*​Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide: ​A cabeça e a cauda do espermatozoide.


Entram no citoplasma do ovócito na área de fusão.

*​Termino da segunda divisão meiótica do ovócito: ​Formação do ovócito maduro (pronúcleo feminino) e os três
corpos polares.

*​formação do pronúcleo masculino:​ Dentro do citoplasma do ovócito o núcleo do espermatozoide aumenta de


tamanho e a cauda se degenera. O ovócito com dois pronúcleos é chamado de oótide.

*​Lise da membrana do pronúcleo:​ Ocorre a agregação dos cromossomos (23 de cada núcleo, resultando em um
zigoto​) para a divisão celular e a primeira clivagem.

Resultados da fecundação
- Ovócito II completa a segunda divisão meiótica; - restaura o numero diploide no zigoto (46); - determina o sexo do
embrião (espermatozoide X = fêmea e Y = macho); - Inicio da clivagem do zigoto.

Clivagem
Divisões mitóticas repetidas do zigoto. Estas células embrionárias, os ​blastômeros​, tornam-se menor a cada divisão.
Quando existem de 12 a 23 blastômeros é chamado de ​mórula.

Formação do Blastocisto
​ ssim que a mórula alcança a cavidade uterina, a zona pelúcida entra em degeneração, fato este que permitirá a
A
passagem de líquido da cavidade uterina, formando um espaço cheio de fluido entre os blastômeros. Este espaço
será denominado de ​cavidade blastocística​. A degeneração da zona pelúcida também permite ao blastocisto
aumentar rapidamente de tamanho. Conforme a cavidade blastocística aumenta, os blastômeros se separam em
duas partes:
*​Trofoblasto​: camada delgada de células externas que irá compor a parte embrionária da placenta.
*​Embrioblasto​: grupo de blastômeros localizados centralmente, que dará origem ao embrião.
Nesse estágio do desenvolvimento conhecido como blastogênese, o concepto é conhecido como ​blastocisto​, e é
este blastocisto que vai aderir ao epitélio endometrial​.

Implantação ou Nidação
​O blastocisto inicia a implantação no endométrio, inicia-se com o trofoblasto proliferando-se intensamente e
formando duas camadas:
*​Citotrofoblasto:​ Camada interna das células que mantem as mesmas intactas realizando mitose. Responsável por
produzir a parte embrionária da placenta.
*​Sincíciotrofoblasto:​ Realiza a implantação do blastocisto no endométrio e produz o hormônio HCG que mantem a
atividade hormonal do corpo lúteo.
Segunda semana do desenvolvimento embrionário – Aula 5

Formação do disco embrionário


Com a implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no ​Embrioblasto​ formando a ​placa bilaminar​, chamada de
disco embrionário​, formado por duas camadas:
*​Epiblasto:​ voltado para a cavidade amniótica.
*​Hipoblasto: ​adjacentes à cavidade exocelômica.

Resumo:​ Transformações no endométrio; Formação do disco embrionário bilaminar; Formação do Saco Vitelino;
Formação da cavidade Amniótica; Formação da cavidade Coriônica; Formação da placa Pré-Cordal.

Introdução à Histologia e Tecido Epitelial de Revestimento – Aula 9

Histologia é parte da ciência que estuda os tecidos e como eles se organizam para constituir os órgãos.

Tecido
“Conjunto de células semelhantes e associadas intimamente, adaptadas para funções específicas”. Os tecidos são
constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que estão intimamente correlacionados. Os órgãos são quase
sempre formados por uma associação precisa de vários tecidos.

Tipos de Tecidos
Tecido​ ​Epitelial; Tecido​ ​Conjuntivo; Tecido​ N
​ ervoso; e Tecido Muscular.
Características dos Tecidos

Tecidos Células Matriz extracelular Funções

Epitelial Poliédricas e justapostas Pequena quantidade Revestimento de superfícies e


excreção

Conjuntivo Vários tipos de células Abundante Preenchimento e proteção

Muscular Alongadas e contráteis Quantidade moderada Movimento

Nervoso Longos prolongamentos Nenhuma Transmissão de impulsos


nervosos

Tecido Epitelial
O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas umas às outras através
de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana. A principal função do tecido epitelial é revestir a
superfície externa do corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos. Ele também apresenta função secretora. A
estreita união entre as suas células fazem do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de agentes
invasores e a perda de líquidos corporais. São funções do tecido epitelial: Proteção e revestimento (pele); Secreção
(estômago); Secreção e absorção (intestino); Impermeabilização (bexiga urinária).

Tipos de Tecido Epitelial

Tecido Epitelial de Revestimento (TER)​:​ De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser classificados
em: ​Epitélio Simples:​ São formados por uma única camada de células;
​Epitélio Estratificado:​ Possuem mais de uma camada de células;
​Epitélio Pseudo-Estratificado:​ São formados por uma única camada de células, mas possui células de com
alturas diferentes, dando a impressão de ser estratificado.

Obs.:​ ​O tecido epitelial da ​pele humana​ apresenta células bastante unidas, sendo este um ​epitélio estratificado​. Isso
porque a função da pele é evitar a entrada de corpos estranhos no organismo, agindo como uma espécie de barreira
protetora, além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos químicos. Já o tecido epitelial que cobre os
órgãos é ​simples​, pois o tecido não pode ser tão espesso devido à necessidade de trocas de substâncias.

Os epitélios também são classificados quanto à ​forma das células:


​Epitélio Pavimentoso:​ Possui células achatadas;
​Epitélio Cúbico:​ Células em forma de cubo;
​Epitélio Prismático​: Células alongadas, em forma de coluna;
​Epitélio de Transição:​ A forma original das células é cúbica, mas ficam achatadas devido ao estiramento
provocado pela dilatação do órgão. ​
Classificação Quanto ao Tipo e Números de Camadas do TER
*​Tecido epitelial de transição:​ A forma das células da camada apical varia de escamosa (quando alongada) a globosa
(quando relaxado). Por causa da sua elasticidade, este epitélio reveste estruturas ocas como ​bexiga urinária​ e
porções dos ureteres e uretra, que são sujeitas a expansão de dentro pra fora.
Função:​ permite distensões dos órgãos, sem ruptura.

*​Epitélio Pseudo-Estratificado Cilíndrico Ciliado com Células Caliciformes: ​Revestimento da ​traqueia​, brônquios e
cavidade nasal.
Função:​ proteção, secreção, transporte mediado por cílios de partículas aderidas ao muco.

*​Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (pele):​ ​As células da camada apical são achatadas, enquanto nas
camadas profundas varia de cúbica a cilíndrica. Enquanto as células se afastam das camadas mais profundas e do
suprimento sanguíneo, no tecido conjuntivo subjacente, essas células se desidratam, encolhem e endurecem
perdendo suas junções celulares e descamam.

*​Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado:​ ​Entrado na boca, esôfago, vagina, canal anal.
Função:​ proteção, secreção, previne a perda de água.

Tecido Epitelial Glandular (TG) – Aula 10

São constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As moléculas a serem secretadas são, em geral,
armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por membrana, chamadas de grânulos de secreção.
Essas células podem sintetizar, armazenar e secretar.

Classificação Quanto ao nº de Células


​Podem ser ​Unicelulares​ (célula caliciforme presente no intestino delgado e na traqueia) ou ​Multicelulares
(formados pelo epitélio de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo).

Tipos de Glândulas Multicelulares

*Glândulas exócrinas: apresentam a porção secretora associada a dutos que lançam suas secreções para fora do
corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidades do corpo
(como as glândulas salivares);

*Glândulas endócrinas: não apresentam dutos associados à porção secretora. As secreções são denominadas
hormônios e lançadas diretamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireoide,
glândulas paratireoides e glândulas adrenais;

*Glândulas mistas: apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção
exócrina secreta enzimas digestivas que são lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela
secreção dos hormônios insulina e glucagon.

Tecido Conjuntivo – Aula 11

Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão. Composto de grande quantidade de matriz extracelular e uma
diversidade de células e é irrigado e inervado. Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços
entre os tecidos, além de nutri-los. A​ ​matriz extracelular, que é a substância entre as células, tem consistência
variável. Ela pode ser: gelatinosa (tecido conjuntivo frouxo e denso), líquida (sanguíneo), flexível (cartilaginoso) ou
rígida (ósseo). Possui funções como: Conectar tecidos; Sustentação; Preenchimento; Absorção de impactos;
Elasticidade; Armazenamento de energia; Defesa; e etc.
O tecido conjuntivo pode ser classificado em ​tecido conjuntivo propriamente dito​ (​frouxo​ e ​denso​), ​tecido
conjuntivo de propriedades especiais​ (​adiposo​, elástico, ​mucoso​, reticular ou ​hematopoiético​) e ​tecido conjuntivo
de sustentação​ (​ósseo​ e ​cartilaginoso​).

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito


​Tecido de ligação. Atua na sustentação e preenchimento dos tecidos e, dessa forma, contribui para que fiquem
juntos, estruturando os órgãos. Sua matriz extracelular é abundante, composta de uma parte gelatinosa
(polissacarídeo hialuronato) e três tipos de fibras proteicas: colágenas, elásticas e reticulares. Existem dois subtipos
de tecido conjuntivo propriamente dito, classificados de acordo com a quantidade de matriz presente, são eles:

*​Tecido Conjuntivo Frouxo​: É constituído de pouca matriz extracelular, com muitas células e poucas fibras. Isso torna
o tecido flexível e pouco resistente às pressões mecânicas. Algumas células são residentes, como os fibroblastos
e ​macrófagos​ e outras são transitórias, como: linfócitos e neutrófilos. É encontrado pelo corpo todo, envolvendo
órgãos. Além disso, serve de passagem a vasos sanguíneos, sendo assim importante na nutrição dos tecidos.

*​Tecido Conjuntivo Denso​:​ ​Possui grande quantidade de matriz extracelular, com predominância das fibras
colágenas, dispostas sem grande organização. O tecido conjuntivo denso não modelado é encontrado abaixo do
epitélio, na derme, conferindo resistência às pressões mecânicas, graças às suas muitas fibras. Já o tecido conjuntivo
denso modelado é encontrado nos tendões.

Tecido Conjuntivo Adiposo


​É um tipo de tecido conjuntivo de propriedades especiais. Sua função é de reserva energética e também proteção
contra frio e impactos. É constituído de pouca matriz extracelular, com quantidade considerável de fibras reticulares
e muitas células especiais, os adipócitos, que acumulam gordura.

Tecido Conjuntivo Cartilaginoso


É composto por​ ​grande quantidade de matriz extracelular, no entanto, ela é mais rígida nesse tecido do que no
conjuntivo propriamente dito. Devido à sua consistência especial, o tecido cartilaginoso faz a sustentação de diversas
regiões do corpo, mas com certa flexibilidade.

Tecido Conjuntivo Ósseo


É um tecido mais rígido, presente nos ossos e responsável pela sustentação e movimentação. É composto
de ​abundante matriz extracelular​, rica em fibras colágenas e moléculas especiais. A matriz é calcificada pela
deposição de cristais sobre as fibras.

Tecido Conjuntivo Hematopoiético


É responsável pela formação das células sanguíneas e componentes do sangue. Ele está presente na medula óssea,
localizada no interior de alguns ossos.

Tecido Conjuntivo Sanguíneo


É um tecido especial cuja matriz se encontra no estado líquido. Essa substância se chama plasma, nele estão às
células sanguíneas: glóbulos vermelhos (hemácias) e glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas (fragmentos
celulares).

Tecido Muscular – Aula 15

O tecido muscular relaciona-se com a locomoção e outros movimentos do corpo. Entre as suas principais
características estão: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade. As células do tecido muscular são
alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Funções:​ ​Movimento do corpo; Estabilização e
postura; Regulação do volume dos órgãos; e Produção de calor. O tecido muscular é classificado em três
tipos: ​estriado esquelético​, ​estriado cardíaco​ e ​liso ou não-estriado​.

Tecido Muscular Estriado Esquelético


​É ligado ao esqueleto, possui contração voluntária e rápida. Cada fibra muscular contém várias miofibrilas. A
organização desses elementos faz com que se observem estrias transversais. As fibras musculares estriadas
esqueléticas possuem forma de longos cilindros, que podem ter o comprimento do músculo a que pertencem. São
multinucleadas e os núcleos se situam na periferia da fibra, junto à membrana celular.

Tecido Muscular Estriado Cardíaco


​É o principal tecido do coração, possui contração involuntária, vigorosa e rítmica. É constituído por células alongadas
e ramificadas, dotadas de um núcleo ou dois núcleos centrais. Apresentam estrias transversais, diferencia-se do
tecido muscular estriado esquelético por suas estrias serem mais curtas e não tão evidentes. O tecido conjuntivo
preenche os espaços entre as células e os seus capilares sanguíneos oferecem oxigênio e nutrientes.

Tecido Muscular Liso


Sua principal característica é a ausência de estrias. Presente nos órgãos viscerais (estômago, intestino, bexiga, útero,
ductos de glândulas e paredes dos vasos sanguíneos). Responsável por movimentos internos como o movimento dos
alimentos através do tubo digestivo. Este tecido possui contração involuntária e lenta. As células são uninucleadas,
alongadas e com extremidades afiadas.

Resumo dos Tecidos

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