Decreto 351 2014 de Canoas RS Código de Ética Dos Servidores
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O PREFEITO MUNICIPAL, no uso das atribuições que lhe confere o inciso IV do art. 66 da Lei
Orgânica Municipal, o qual dispõe sobre a estrutura, organização e funcionamento do Poder
Executivo Municipal de Canoas, Considerando o memorando nº 2014069842, de 28 de novembro de
2014, DECRETA:
Art. 1º Fica instituído o Código de Conduta Ética dos Servidores Públicos Municipais da
Administração direta e indireta.
Capítulo I
DOS PRINCÍPIOS
III - a moralidade administrativa, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade;
IV - a publicidade dos atos administrativos, que constitui requisito de sua eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar;
V - a cortesia, a boa vontade e a harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas
e cada cidadão.
§ 1º O servidor não pode omitir ou falsear a verdade, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública;
§ 2º O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente e a imprudência;
§ 3º A condição de servidor público deve ser considerada em todos os aspectos da vida do cidadão,
inclusive os privados.
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Art. 3ºO servidor público não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas, principalmente, entre o honesto e o desonesto, consoante as regras
contidas no art. 37, caput, e § 4º da Constituição Federal.
Art. 4º A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade
e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.
Parágrafo Único - O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados
como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do
ato decisório respectivo.
Capítulo II
DOS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
I - desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;
II - exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, com o fim de evitar dano ao usuário;
III - ser probo, reto, leal e justo, escolhendo sempre a melhor e a mais vantajosa opção para o bem
comum;
IV - jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e
serviços da coletividade a seu cargo;
VI - ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na
adequada prestação dos serviços públicos;
VII - ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações
individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou
distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político, opção sexual e posição
social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano;
IX - ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
X - comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo as providências cabíveis;
XI - manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à
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XII - participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas
funções, tendo por escopo a realização do bem comum;
XVII - observar as normas regulares e regulamentares que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;
XVIII - abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo
qualquer violação expressa à lei;
XIX - relatar imediatamente ao seu superior, ou se afastar da função nos casos em que seus
interesses pessoais possam conflitar com os interesses do Município ou de terceiros perante a
Administração;
XXII - divulgar o conteúdo deste Código de Conduta Ética dos Servidores Públicos Municipais,
estimulando o seu integral cumprimento.
Parágrafo Único - Os servidores públicos devem ainda entregar declaração de bens na nomeação
ou na entrada em exercício do cargo ou função, bem como anualmente, e também nas hipóteses de
exoneração, renúncia ou afastamento definitivo.
Art. 7º É dever, ainda, do servidor, diante de qualquer situação, verificar se há conflito com os
princípios e diretrizes deste código, devendo questionar se:
Parágrafo Único - Em caso de dúvida, o servidor deverá consultar a Comissão de Ética Pública
Municipal.
Capítulo III
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO
I - usar o cargo, função ou emprego para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
III - ser conivente com erro ou infração a este Código de Conduta Ética dos Servidores Públicos
Municipais, com o Código de Conduta Ética da Alta Administração Municipal ou com o Decálogo
Ético de Canoas;
IV - usar de artifícios para adiar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano;
VII - pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa,
para o cumprimento da sua função ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;
IX - iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;
XII - retirar da repartição pública, sem estar autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público;
XIII - fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio ou de terceiros;
XIV - apresentar-se no serviço embriagado ou com seu comportamento alterado pelo uso de
substâncias entorpecentes;
XV - Cooperar de qualquer forma com instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;
XVII - manter cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta;
XVIII - praticar o comércio de bens ou serviços no local de trabalho, ainda que fora do horário normal
do expediente;
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XIX - exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso;
XX - permitir ou concorrer para que interesses particulares prevaleçam sobre o interesse público.
Capítulo IV
DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS
Art. 11 Os servidores públicos têm o dever de proteger e conservar os recursos públicos e não
poderão usar esses recursos, nem permitir o seu uso, a não ser para os fins autorizados em lei ou
regulamento.
Art. 12 São considerados recursos públicos, para efeito deste Código de Conduta Ética dos
Servidores Públicos Municipais:
I - recursos financeiros;
II - qualquer forma de bens móveis ou imóveis dos quais o Município seja proprietário, locatário,
arrendador ou tenha outro tipo de participação proprietária;
III - qualquer direito ou outro interesse intangível que seja comprado com recursos do Município,
incluindo os serviços de pessoal contratado;
V - tempo oficial, que é o tempo compreendido dentro do horário de expediente que o servidor está
obrigado a cumprir.
Art. 13 A utilização de recursos públicos para atividades sociais, culturais, reuniões de empregados
e outras, deve limitar-se àquela autorizada em lei.
Capítulo V
DO CONFLITO DE INTERESSES
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Ocorre conflito de interesses quando o interesse particular, seja financeiro ou pessoal, entra
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em conflito com os deveres e atribuições do servidor em seu cargo, emprego ou função.
§ 1º Considera-se conflito de interesses qualquer oportunidade de ganho que possa ser obtido por
meio, ou em consequência das atividades desempenhadas pelo servidor em seu cargo, emprego ou
função, em benefício:
I - do próprio servidor;
§ 2º Os servidores públicos têm o dever de declarar qualquer interesse privado relacionado com
suas funções públicas e de tomar as medidas necessárias para resolver quaisquer conflitos, de
forma a proteger o interesse público.
Art. 15 São fontes potenciais de conflitos de interesse financeiro ou pessoal e devem ser
informadas à Controladoria Geral do Município, por meio da Declaração Confidencial de
Informações, constante no Anexo I deste Decreto:
I - propriedades imobiliárias;
II - permuta imobiliária;
VI - dívidas;
XI - relações familiares;
Parágrafo Único - Relacionamentos de ordem profissional que possam ser interpretados como
favorecimento de uma das fontes acima, mesmo que apenas aparentem conflito de interesses,
devem ser evitados.
Capítulo VI
OUTRO EMPREGO OU TRABALHO
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Capítulo VII
DA COMISSÃO DE ÉTICA PUBLICA MUNICIPAL
Art. 17A inobservância das normas estipuladas neste Código de Conduta Ética será apurada
mediante processo a ser instaurado, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada, respeitando-
se, sempre, as garantias do contraditório e da ampla defesa, pela Comissão de Ética Pública
Municipal, que notificará o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 5º Se a conclusão for pela existência de falta ética, a Comissão de Ética tomara as seguintes
providências, no que couber:
Art. 18 Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, a Comissão de
Ética, depois de concluído o processo de investigação, providenciará para que tais documentos
sejam desentranhados dos autos e lacrados.
Art. 19A qualquer servidor que esteja sendo investigado é assegurado o direito de saber o que lhe
está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos, no recinto da
Comissão de Ética, mesmo que ainda não tenha sido notificado da existência do procedimento
investigatório.
Parágrafo Único - O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia dos autos, às suas
expensas, e de certidão do seu teor.
Art. 20Os servidores públicos além das disposições deste Código de Conduta Ética dos Servidores
Públicos Municipal e do Decálogo Ético de Canoas ficam sujeitos também às sanções disciplinares
previstas no Estatuto dos Servidores Municipais de Canoas.
Art. 21O servidor público poderá formular à Comissão de Ética Pública Municipal, a qualquer
tempo, consultas sobre a aplicação das normas deste Código de Conduta Ética às situações
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§ 1º As consultas deverão ser respondidas, de forma conclusiva, no prazo máximo de até 10 (dez)
dias.
Art. 22 A Comissão de Ética Pública Municipal não poderá se eximir de fundamentar o julgamento
da falta de ética do servidor público alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer
à analogia, aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e aos
princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões.
Parágrafo Único - Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética Publica Municipal
deverá consultar previamente a Procuradoria Geral do Município.
Art. 23 Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo
aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado
direta ou indiretamente a qualquer órgão da administração publica municipal.
Art. 24 Em caso de dúvida sobre como tratar as situações dispostas neste Código de Conduta Ética
dos Servidores Públicos Municipal, o servidor público deverá consultar formalmente a Comissão de
Ética Pública Municipal.
Art. 25 Ao ser nomeado ou na entrada em exercício do cargo ou função o servidor deverá prestar
um compromisso solene, conforme Anexo II deste Decreto, de acatamento e observância das regras
previstas neste Código de Conduta Ética dos Servidores Públicos Municipal e de todos os princípios
éticos e morais.
Art. 26Nos casos omissos, aplicar-se-ão as disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos do
Município de Canoas e do Decálogo Ético de Canoas.
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