Decreto 46644-2017 Código de Conduta Ética Do Agente Público e Da Alta Administração Estadual
Decreto 46644-2017 Código de Conduta Ética Do Agente Público e Da Alta Administração Estadual
Decreto 46644-2017 Código de Conduta Ética Do Agente Público e Da Alta Administração Estadual
nº 46644, de 06/11/2014
Texto Atualizado
Dispõe sobre o Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da
Constituição do Estado,
DECRETA:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º – O Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual, instituído pelo Decreto nº
43.673, de 4 de dezembro de 2003, e disciplinado pelo Decreto nº 43.885, de 4 de outubro de 2004, passa a denominar-se
Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual e a reger-se pelas normas estabelecidas neste
Decreto.
Art. 2º – O Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual é instrumento de
orientação e fortalecimento da consciência ética no relacionamento do agente público estadual com pessoas e com o
patrimônio público.
Parágrafo único – No texto deste Decreto, equivalem-se as expressões “Código de Conduta Ética do Agente Público
e da Alta Administração” e “Código de Ética”.
Art. 3º – Para fins deste Código de Ética considera-se agente público todo aquele que exerça, ainda que
transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, convênio, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública em órgão ou entidade da Administração Pública
Direta ou Indireta do Poder Executivo Estadual, inclusive os integrantes da Alta Administração do Poder Executivo Estadual de
que trata o Capítulo II do Título IV deste Código de Ética.
Parágrafo único – O agente público deve prestar compromisso solene de acatamento e observância ao disposto
neste Código de Ética, em formulário próprio estabelecido pelo Conselho de Ética Pública – Conset, a ser arquivado
juntamente com os documentos comprobatórios de seu vínculo com o Poder Executivo no respectivo órgão ou entidade.
Art. 4º – As condutas elencadas neste Código de Ética, ainda que tenham descrição idêntica à de outros estatutos,
com eles não concorrem nem se confundem.
Art. 5º – Este Código de Ética não impede a criação e a existência de códigos de ética específicos, desde que esses
não contrariem o disposto neste Decreto.
Art. 6º – As atividades de divulgação e orientação sobre conduta ética no Poder Executivo Estadual são de
competência do Conset e das Comissões de Ética existentes em cada órgão ou entidade, segundo as disposições
constantes deste Código de Ética e das Deliberações do Conset.
TÍTULO II
DA CONDUTA ÉTICA
CAPÍTULO I
Art. 7º – A conduta do agente público integrante da Administração Pública do Poder Executivo Estadual deve reger-
se pelos seguintes princípios:
I – boa-fé;
II – honestidade;
IV – impessoalidade;
VI – lealdade às instituições;
VII – cortesia;
VIII – transparência;
IX – eficiência;
X – presteza e tempestividade;
XII – assiduidade;
XIII – pontualidade;
CAPÍTULO II
Art. 8º – Como resultantes da conduta ética que deve imperar no ambiente de trabalho e em suas relações
interpessoais, são direitos e garantias do agente público:
II – liberdade de manifestação, observado o respeito à imagem da instituição e dos demais agentes públicos;
VII – ciência do teor da acusação e vista dos autos, quando estiver sendo investigado.
CAPÍTULO III
Seção I
II – ser justo e honesto no desempenho de funções e no relacionamento com subordinados, colegas, superiores
hierárquicos, parceiros, patrocinadores e usuários do serviço;
VII – praticar a cortesia e a urbanidade e respeitar a capacidade e as limitações individuais de colegas de trabalho
e dos usuários do serviço público, sem preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, preferência
política, posição social e outras formas de discriminação;
VIII – representar contra atos que contrariem as normas deste Código de Ética;
IX – resistir a pressões de superiores hierárquicos, contratantes, interessados e outros que visem a obter favores,
benesses ou vantagens ilegais ou imorais, denunciando sua prática;
X – comunicar imediatamente aos superiores todo ato ou fato contrário ao interesse público, para providências
cabíveis;
XI – participar de movimentos e estudos relacionados à melhoria do exercício de suas funções, visando ao bem
comum;
XIII – manter-se atualizado com instruções, normas de serviço e legislação pertinentes ao órgão ou entidade de
exercício;
XV – exercer função, poder ou autoridade de acordo com a lei e regulamentações da Administração Pública, sendo
vedado o exercício contrário ao interesse público; e
Seção II
Das Vedações
I – utilizar-se de cargo, emprego ou função, de facilidades, amizades, posição e influências para obter
favorecimento para si ou para outrem;
II – prejudicar deliberadamente a reputação de subordinados, colegas, superiores hierárquicos ou pessoas que dele
dependam;
III – ser conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
V – deixar de utilizar conhecimentos, avanços técnicos e científicos ao seu alcance no desenvolvimento de suas
atividades;
VI – permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
no trato com o público ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
VII – pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem, para si ou outra pessoa, visando ao cumprimento de sua atribuição, ou para influenciar outro servidor;
XI – retirar de repartição pública, sem autorização legal, documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio
público;
XII – usar informações privilegiadas obtidas em âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes,
amigos ou de terceiros;
XIV – permitir ou contribuir para que instituição que atente contra a moral, honestidade ou dignidade da pessoa
humana tenha acesso a recursos públicos de qualquer natureza;
XV – exercer atividade profissional antiética ou ligar seu nome a empreendimentos que atentem contra a moral
pública;
XVI – permitir ou concorrer para que interesses particulares prevaleçam sobre o interesse público;
XVII – exigir submissão, constranger ou intimidar outro agente público, utilizando-se do poder que recebe em razão
do cargo, emprego ou função pública que ocupa; e
XVIII – participar de qualquer outra atividade que possa significar conflito de interesse em relação à atividade
pública que exerce.
Art. 11 – Para os fins deste Código de Ética, ao agente público é vedada ainda a aceitação de presente, doação ou
vantagem de qualquer espécie, independente do valor monetário, de pessoa, empresa ou entidade que tenha ou que possa
ter interesse em:
III – informações institucionais de caráter sigiloso a que o agente público tenha acesso.
Art. 12 – O agente público que fizer denúncia infundada estará sujeito às sanções deste Código.
TÍTULO III
Art. 13 – O Conselho de Ética Pública – Conset, criado pelo Decreto nº 43.673, de 4 de dezembro de 2003, passa a
reger-se pelas normas estabelecidas neste Decreto, competindo-lhe:
I – assessorar o Governador e os Secretários de Estado em questões que envolvam normas deste Código de Ética;
II – receber denúncias sobre atos de autoridade praticados em contrariedade às normas deste Código de Ética e
proceder à apuração de sua veracidade, desde que devidamente instruídas e fundamentadas;
III – instaurar, após as apurações pertinentes, processo ético que envolva conduta de integrante da Alta
Administração Estadual, assim como decidir sobre recursos contra decisão sua ou proferida em processos instaurados pelas
Comissões de Ética do Poder Executivo;
V – dirimir dúvidas a respeito da interpretação das normas deste Código de Ética e deliberar sobre os casos
omissos;
VII – convocar qualquer autoridade ou agente público do Poder Executivo para prestar esclarecimento sobre
denúncias em desfavor da respectiva instituição ou de seus dirigentes;
VIII – responder consultas de autoridades e de agentes públicos em matéria regulada por este Código de Ética;
IX – emitir parecer acerca de enquadramento em hipóteses de impedimento para fins de nomeação, designação
ou contratação, a título comissionado, de pessoas para o exercício de funções, cargos e empregos no Poder Executivo
Estadual; e
Art. 14 – O Conset é composto por sete membros, escolhidos e designados pelo Governador do Estado entre
brasileiros de reconhecida idoneidade moral, reputação ilibada e dotados de notórios conhecimentos de Administração
Pública.
§ 1º – O exercício da função de conselheiro, no âmbito do Conset, é considerado de relevante interesse público, não
enseja qualquer espécie de remuneração, sendo permitido o pagamento de verbas indenizatórias para despesas com
deslocamento, hospedagem e alimentação.
Art. 15 – A Secretaria Executiva do Conselho de Ética Pública tem por finalidade o apoio técnico e administrativo às
ações de competência do Conset.
CAPÍTULO II
Art. 17 – Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual
haverá uma Comissão de Ética com a finalidade de divulgar as normas deste Código de Ética e atuar na prevenção e na
apuração de falta ética no âmbito da respectiva instituição.
I – orientar e aconselhar o agente público sobre ética profissional no respectivo órgão ou entidade;
II – alertar agentes públicos quanto à conduta no ambiente de trabalho, especialmente no tratamento com as
pessoas e com o patrimônio público;
III – adotar formas de divulgação das normas éticas e de prevenção de falta ética;
V – decidir pela instauração e conduzir processo ético, observadas as normas estabelecidas no Título V deste
Decreto e em Deliberações do Conset;
VI – elaborar seu regimento interno, observadas normas e diretrizes expedidas pelo Conset; e
VII – exercer outras atividades que lhe forem atribuídas ou delegadas pelo Conset.
Art. 19 – A Comissão de Ética é composta por três titulares e dois suplentes escolhidos pelo dirigente máximo entre
os agentes públicos em exercício no órgão ou entidade e com mandatos de três anos, sendo facultada uma recondução por
igual período.
§ 1º – Exceções ao disposto no caput deste artigo serão analisadas pelo Conset e deliberadas em reunião plenária.
§ 2º – A atuação em Comissão de Ética não enseja remuneração e os trabalhos nela desenvolvidos são
considerados prestação de relevante serviço público.
§ 3º – Os órgãos e entidades regionalmente estruturados podem instituir Comissões de Ética Regionais, que
receberão normas e diretrizes expedidas pelo Conset, por meio da respectiva Comissão de Ética Central.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Art. 20 – Para fins deste Código de Ética considera-se gestor público, o agente público que por força do cargo,
emprego ou função recebe poder público para coordenar e dirigir pessoas e trabalhos.
Art. 21 – A atuação do gestor público deve pautar-se especialmente nas seguintes condutas:
I – adotar medidas para evitar conflitos de interesse privado com o interesse público;
III – combater práticas que possam suscitar qualquer forma de abuso de poder;
IV – utilizar, exclusivamente, o poder institucional que lhe é atribuído por meio do cargo, função ou emprego público
que ocupa, para viabilizar o atendimento ao interesse público;
V – buscar a excelência na qualidade do trabalho, utilizando a crítica, quando necessária, de forma construtiva e
em caráter reservado, focando o ato ou fato e não a pessoa; e
Parágrafo único – É permitida a participação em eventos, desde que tornada pública qualquer remuneração, bem
como pagamento de despesas de viagem pelo promotor do evento, que não poderá ter interesse em decisão a ser proferida
pelo gestor.
Art. 23 – É permitido ao gestor público o exercício não remunerado de encargo de mandatário, desde que não
implique a prática de atos de comércio ou quaisquer outros incompatíveis com o exercício do seu cargo, emprego ou
função, nos termos da lei.
Art. 24 – O gestor público deverá informar a existência de eventual conflito de interesses, bem como comunicar
qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.
CAPÍTULO II
DA ALTA ADMINISTRAÇÃO
Art. 26 – A Alta Administração do Poder Executivo Estadual compõe-se dos seguintes gestores públicos:
I – Governador e Vice-Governador;
III – Dirigentes e Vice-Dirigentes de entidades da Administração Indireta do Poder Executivo Estadual, seus Chefes de
Gabinete e titulares de unidades administrativas ligadas diretamente ao dirigente máximo;
Parágrafo único – Para efeito deste Código de Ética, o termo “autoridade pública” equivale aos gestores públicos da
Alta Administração.
Art. 27 – A autoridade pública deve possibilitar à sociedade aferir a lisura de processo decisório governamental e
adotar mecanismos de consulta, visando à transparência de sua gestão.
Art. 28 – A autoridade pública contribuirá para o fortalecimento da conduta ética na instituição, apoiando as ações
da Comissão de Ética.
Art. 29 – A autoridade pública enviará ao Conset, no prazo de dez dias contados do início do exercício no cargo,
emprego ou função, declaração de informações sobre sua situação patrimonial e de trabalhos exercidos anteriormente.
Parágrafo único – Compete ao Conset, por meio de Deliberação, a regulamentação da forma de encaminhamento
da declaração, os critérios de atualização das informações, a documentação a ser anexada, as medidas em razão do
descumprimento do envio e demais questões pertinentes ao cumprimento do disposto neste artigo.
Art. 30 – A autoridade pública que mantiver participação superior a cinco por cento do capital social ou votante de
sociedade de economia mista, instituição financeira ou empresa que negocie com o Poder Público deverá comunicar esse
fato ao Conset.
Art. 31 – Informações pertinentes à situação patrimonial da autoridade pública serão analisadas pelo Conset e
arquivadas em envelope lacrado, que poderá ser reaberto para efeito de reexame ou atualização de informações.
Parágrafo único – As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública deverão ser imediatamente
comunicadas ao Conset.
Art. 32 – Propostas de trabalho ou negócio futuro em setor privado e negociações que envolvam conflito com o
interesse público deverão ser imediatamente informadas ao Conset, independentemente de sua aceitação ou rejeição.
Parágrafo único – Cabe ao Conset regulamentar a forma de encaminhamento da informação de que trata o caput
.
Art. 33 – Após deixar o cargo, função ou emprego público, a autoridade pública não poderá:
I – atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em
processo ou negócio do qual tenha participado, em razão do cargo, emprego ou função; e
II – prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, valendo-se de
informações não divulgadas publicamente a respeito de programas ou políticas do órgão ou da entidade da Administração
Pública Estadual a que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos seis meses anteriores
ao término do exercício de função pública.
Art. 34 – Na ausência de lei que estabeleça outro prazo, será de quatro meses, contados da saída da Administração
Pública do Poder Executivo Estadual, o período de interdição para atividade incompatível com cargo, função ou emprego
público anteriormente exercido, obrigando-se a autoridade a observar, nesse prazo, as seguintes regras:
I – não aceitar cargo, emprego ou função de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional com
pessoa física ou jurídica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à da
saída do Poder Executivo; e
II – não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, junto a órgão ou entidade da Administração
Pública Estadual com que tenha tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à da saída do Poder
Executivo.
Art. 35 – Ao deixar o cargo, emprego ou função, a autoridade pública deverá observar as limitações constantes
deste Código de Ética e as deliberadas pelo Conset.
Art. 36 – O Conset informará ao Governador do Estado o nome da autoridade que descumprir o disposto neste
Código de Ética.
TÍTULO V
Art. 37 – A apuração de fato com indícios de desrespeito a este Código de Ética será instaurada em razão de
denúncia fundamentada ou de ofício pela Comissão de Ética ou pelo Conset.
§ 1º – A apuração será conduzida pela Comissão de Ética ou pelo Conset, segundo respectivas competências, e
poderá ocorrer mediante averiguação preliminar ou processo ético.
§ 2º – A averiguação preliminar pode culminar em processo ético ou arquivamento com ou sem recomendação.
§ 3º – O processo ético será instaurado quando a Comissão ou o Conset entender que a conduta seja passível de
sanção .
Art. 38 – Observadas as competências originária e recursal e após o devido processo ético, a violação do disposto
neste Código de Ética, acarretará as seguintes sanções aplicáveis pela Comissão ou pelo Conset:
I – advertência; ou
II – censura.
Parágrafo único – A ocorrência de mais de uma advertência no mesmo período avaliatório de desempenho ou
uma de censura é considerada violação grave a este Código de Ética.
II – recurso ao Conset.
I – a chefia imediata e o dirigente máximo do órgão ou entidade em que o agente público sancionado está em
exercício; e
I – à unidade de gestão de pessoas, para ser juntada e considerada no processo de avaliação de desempenho do
agente público sancionado; e
Art. 42 – A Comissão de Ética e o Conset não podem escusar-se de proferir decisão em processo ético, alegando
omissão deste Código de Ética que, se existente, será suprida pela invocação dos princípios que regem a Administração
Pública.
§ 3º – A prescrição intercorrente não se aplica nos procedimentos éticos de que trata este Código de Ética.
Art. 44 – Normas complementares à matéria tratada neste Título V serão estabelecidas em Deliberação do Conset.
TITULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 45 – Os atuais mandatos de membros de Comissões de Ética serão ajustados conforme o disposto no art. 19
deste Código de Ética.
Parágrafo único – Qualquer órgão ou entidade do Poder Executivo Estadual pode complementar o apoio logístico-
operacional da Seccri ao Conset de forma eventual ou, se contínua, por meio de Termo de Cooperação.”
Art. 47 – Ficam revogados os Decretos nº 43.673, de 5 de dezembro de 2003, nº 43.885, de 4 de outubro de 2004, e nº
44.591, de 7 de agosto de 2007.
Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 6 de novembro de 2014; 226º da Inconfidência Mineira e 193º da
Independência do Brasil.
Danilo de Castro
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