Centro de Formação em Saude de Chicumbane
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Turma: TMG1o/2020
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Definir e classificar os parasitas;
Explicar a patogenia da infecção parasitária
Explicar as características básicas dos
protozoários;
Classificar correctamente os diferentes tipos
de protozoários;
Listar as espécies mais comuns em
Moçambique e identificar as patologias
associadas a elas;
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O parasitismo é uma relação de associação
entre seres vivos que beneficia uma das
partes (o parasita), e geralmente prejudica a
outra (hospedeiro).
Simbiose – é a associação de dois ou mais
seres vivos de espécies diferentes, que lhes
permite viver com vantagens recíprocas.
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osparasitas são definidos como organismos
eucariontes que vivem na superfície ou no
interior de outros organismos vivos (os
hospedeiros), dos quais obtêm alguma
vantagem. Podem ser unicelulares (por
exemplo, amebas e plasmódios) ou
multicelulares (por exemplo, vermes
helmintos).
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Ectoparasitas: São aquelasque vivem na
superfície do corpo do hospedeiro (exemplo,
o artrópodo que produz a sarna).
Endoparasitas: São aquelas que vivem no
interior do corpo (por exemplo, os vermes
áscaris, ou o toxoplasma).
Vectores: Transpotam os parasitas de um
hospedeiro a outro por vectores (mosca,
mosquitos).
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Exposição e entrada do parasita (via oral –
feco-oral, ou pele) ;
Adesão celular/tissular e replicação;
Evasão e inactivação dos mecanismos de
defesa do hospedeiro (variação antigénica,
mimetismo molecular, parasitismo intra-
celular, imunossupressão);
Lesão celular e tissular, que por produção de
substâncias tóxicas, quer por obstrução de
vasos, ductos ou outras estruturas.
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Estrututra: micoorganismos eucariontes unicelulares
com membrana celular, citoplasma com organelos
(retículo endoplasmático, grânulos de
armazenamento, vacúolos contrácteis e digestivos),
núcleo e membrana nuclear.
Locomoção: flagelos (Giardia lamblia,
Trypanossoma), cílios (Balantidium coli) ou
pseudópodes (falsos pés - projecções da membrana
celular – Entamoeba histolítica). Outros não têm
mobilidade por si (Plasmódio spp, Toxoplasma
gondii), sendo transportados através das células na
qual infectam
Alimentação: heterotróficos, isto é, não são capazes
de fabricar os seus próprios alimentos, mas têm que
procura-los de fontes externas.
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Fases de desenvolvimento :
Trofozoíto, que é a forma activa. Nesta
forma o protozoário se alimenta e se
reproduz através de diferentes processos.
Cisto e oocisto, que são formas latentes. O
protozoário secreta uma parede resistente
que o protege.
Gâmeta, é a forma sexuada, e aparece nos
protozoários do subfilo Sporozoa.
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Classificados segundo a sua forma de
locomoção :
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Balantidium coli: É um protozoário ciliado
que causa disenteria, não muito frequente
em Moçambique.
A infecção ocorre quando há ingestão de
água ou alimentos contaminados com cistos
previamente eliminados em fezes humanas e
suínas
sospora e Cryptosporidium: Esporozoários
que são parasitas intestinais, e podem
provocar infecções intestinais em indivíduos
com imunodeficiência.
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Às vezes, os parasitas podem provocar
irritação e inflamação discretas da parede
duodenal ou jejunal, com diarreia aguda ou
crónica com fezes líquidas ou semi-sólidas,
volumosas e de odor fétido.
Em indivíduos imunodeprimidos podem
aparecem infecções maciças, com diarreias
graves.
O diagnóstico faz-se por visualização de
cistos nas fezes formadas, ou de cistos e
trofozoítos em fezes líquidas.
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Trichomonas vaginalis, é um protozoários
flagelado. A Trichomonas vaginalis é
responsável pela forma mais comum da
tricomoníase em humanos.
A transmissão ocorre predominantemente por
via sexual.
Têm forma de pêra, com cinco flagelos.
T. vaginalis cresce melhor em ambientes
anaeróbicos, com pH 5,5-6.
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A maior parte das infecções é assintomática ou
leve.
Nas mulheres, a infecção causa uma inflamação
e hipersensibilidade da mucosa da vulva, vagina
e colo uterino, com secreção espumosa
amarelada e prurido vulvar.
Nos homens, pode infectar uretra, próstata ou
vesículas seminais.
Formas móveis de T. vaginalis podem ser
visualizadas ao microscópio em secreções
vaginais ou uretrais.
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Plasmodium. São esporozoários, parasitas
intracelulares de eritrócitos, e de células de
outros tecidos, por exemplo os hepatócitos
(células do fígado). Responsáveis pela malária.
Existem quatro espécies de plasmodium que
infectam os seres humanos:
Plasmodium falciparum (espécie mais frequente
em Moçambique ~ 90%)
Plasmodium vivax
Plasmodium ovale
Plasmodium malariae
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Trypanossomas: Flagelados que se encontram no
sangue de mamíferos. Em Moçambique, a forma
encontrada é o Trypanosoma brucei rhodesiense.
A infecção ocorre pela picada da mosca tsé-tsé
(vector).
Os parasitas invadem o sangue e posteriormente
o sistema nervoso central, onde produzem a
síndrome típica da doença do sono: cansaço,
incapacidade para se alimentar, sonolência
diurna, inconsciência e morte.
Os tripanossomas podem ser visualizados ao
microscópio em esfregaços de sangue corados
pelo método de Giemsa.
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O parasitismo é uma relação de associação entre seres
vivos que beneficia uma das partes (o parasita), e
geralmente prejudica a outra (hospedeiro) –
unilateralidade de benefícios.
Os parasitas podem ser ectoparasitas (vivem na superfície
do corpo) ou endoparasitas (vivem no interior do corpo)
Os parasitas podem ser agrupados em: protozoários,
helmintos e artrópodes
A transmissão dos parasitas se faz geralmente pela via
feco-oral (ingestão) ou por penetração directa.
Os protozoários podem ser intestinais, genitourinários e
sistémicos.
O Plasmodium spp, são protozoários sistémicos
transmitidos pelo mosquito fêmea anopheles (o vector e
hospedeiro definitivo) e tem como hospedeiro
intermediário o homem (onde realiza a reprodução
assexuada) e causa doença clínica.
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Engelkirk, P.G. Gwendolyn, B. Microbiologia
para as Ciências da Saúde. 7ª. Ed. Guanabara
Koogan.
Jawetz, M. Adelberg. Microbiologia Médica.
22ª. Ed. McGraw Hill, 2004.
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