Monografia - Gerton Bambo 2109
Monografia - Gerton Bambo 2109
Monografia - Gerton Bambo 2109
Monografia a ser apresentado ao Curso Médio de
Estradas e Pontes do Instituto Politécnico Indico,
como requisito para obtenção do título de
Técnico Profissional em Estradas e Pontes
O Supervisor: Eng. Santos Balate
Índice
Declaração.............................................................................................................................................V
Dedicatória...........................................................................................................................................VI
Agradecimentos..................................................................................................................................VII
Resumo.............................................................................................................................................VIII
0.0.Introdução........................................................................................................................................9
0.1.Delimitação do Tema.....................................................................................................................10
0.2.Problema da Pesquisa....................................................................................................................11
0.3.Objectivos......................................................................................................................................11
0.3.1.Objectivo Geral.......................................................................................................................11
0.3.2.Objectivo Específicos.............................................................................................................12
0.4.Justificativa....................................................................................................................................12
0.5.Hipotese.........................................................................................................................................13
2.1.Definição de Conceitos..............................................................................................................14
2.2.1. Dimensão Histórica do Surgimento da Estradas em Moçambique..................................15
2.2.2. Classificação das estradas................................................................................................15
2.2.3. Estradas não – pavimentadas...........................................................................................16
2.2.4. Defeitos e severidade.......................................................................................................19
2.2.5. Manutenção de estradas...................................................................................................22
4.1. Conclusões....................................................................................................................................30
4.2. Sugestões......................................................................................................................................31
Anexos.................................................................................................................................................34
IV
KM – Quilometro
MAE -Ministério de Administração Estatal
ANE- Nacional de Estradas
CFM - Caminhos de Ferro de Moçambique
MC- Moçambique
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
URCI - Índice de Condição de Estrada Não – Pavimentada
V
Declaração
Declaro que este trabalho é resultado da minha investigação e das orientações do meu
supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e nas referências bibliográficas finais.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição para obtenção de
qualquer grau académico.
_________________________________
Dedicatória
Agradecimentos
A materialização de um trabalho pressupõe sempre a entrega do sujeito, mas também acarreta
a cooperação de infindas forças, que, por serem externas, não são menos relevantes. E
reconhecê-las envolve sair de nós para vermos como o outro vê, pois somos apenas parte de
um universo incomensurável que só cabe nas mãos de Deus. Ente que me guardou e iluminou
durante os anos de formação.
Agradecer ao Eng°. Santos Balate, supervisor deste trabalho, que provido de proficiência e
rigor, igualmente se mostrou sensível em todos os momentos da nossa jornada;
Resumo
0.0. Introdução
Outrora os trilhos e caminhos, serviam como meio de comunicação versus comercialização entre
as comunidades, pela modernização ou explosão industrial, a evolução dos mesmos para estradas
fizera-se sentir, onde, inicialmente eram as não pavimentadas sucessivamente atingindo as
pavimentadas.
Segundo FIELD MANUAL, (2001), as estradas não pavimentadas são feitas simplesmente por
solo, estas, quando não são executadas com técnicas apropriadas, na construção, manutenção e
reabilitação, proporcionam condições superficiais problemáticas, como é o caso da deterioração,
podendo iniciar ou agravar processos erosivos em áreas cultivadas, prejudicando a produtividade
e a lucratividade dos produtos rurais, além de afectar a qualidade e disponibilidade dos recursos
hídricos.
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Diante desta situação, queremos responder a seguinte questão: Que factores influenciam para a
degradação infra-estrutural e que mecanismos técnicos devem ser tomados para manutenção
da Rodovia Maqueze-Changanine numa Extensão de 30 Quilómetros?
0.3. Objectivos
ANDEREGG (1978:62) apud MARCONI & LAKATOS (2010:140) diz que a pesquisa deve ter
um objectivo determinado para saber o que se vai procurar, o que se pretende alcançar e deve
partir de um objectivo limitado e claramente definido. Nesse âmbito, desenvolvemos este estudo
com base nos seguintes objectivos:
0.4. Justificativa
A opção pelo tema deve-se ao facto de, durante o Estágio Profissional na Empresa do ramo de
construção Civil designada, Ilulifemo Construções, termos verificado que algumas estradas da
província de Gaza, em particular a estrada de Maqueze-Changanine não apresentam condições
infra-estruturais abonatórias, condicionadas por diversos factores.
A nível social espera-se que venha despertar novas visões correlativamente estradas não-
pavimentadas responsáveis pela interligação entre propriedades rurais e povoados vizinhos,
servindo também, de acesso às vias principais ou à sede de municípios, sendo comummente
chamadas de estradas vicinais de terra. Além dessas, existem ainda aquelas destinadas
unicamente à movimentação interna à propriedade, as quais têm a função de permitir o trânsito
de moradores, máquinas e equipamentos ou o deslocamento de produtos agrícolas até as estradas
pavimentadas. Em suma, o presente trabalho de pesquisa propõe-se a ser mais um instrumento de
resolução de problemas relacionados à manutenção de estradas não pavimentadas.
0.5. Hipotese
Segundo GIL (1999: 59), hipótese “é uma resposta para a resolução de um problema, sugere
explicações para os factos, podendo ser verdadeiros ou falsos. Sua comprovação ou reprovação
pode ser feita por meio de análise empírica, sendo esta a intenção da pesquisa científica”.
Os factores que influenciam para a degradação infra-estrutural e que por sua vez, necessitam
de meios os para manutenção da Rodovia Maqueze-Changanine numa Extensão de 30
Quilómetros 2019 sejam resultantes da estrutura da terra que não facilita também o
escoamento de produtos agro-pecuários tanto alonga a distância pela diminuição da
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velocidade dos automóveis, assim também pode aumentar o número de acidentes do tipo
capotamento pela qualidade da estrad
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Estrada
As estradas são entendidas como elementos geográficos presentes nas paisagens rurais. Existem,
desde caminhos primitivos ou vias modernas com grande infra-estrutura, permitiram e permitem
a interligação entre regiões, influenciando no aspecto social, económico e cultural das nações
(PIMENTA & OLIVEIRA, 2004).
De acordo com GUIMARES (2004), define estrada como faixas de terreno com características
adequadas para permitir o deslocamento de pessoas e veículos. Neste trabalho, considerou – se
este conceito, alem de ser um pouco mas antigo constitui o mais directo, claro, simples,
relacionado a Engenharia Civil e realça a realidade que se consegue enxergar em qualquer tipo
de estrada, pode considerar – se também em Moçambique. Onde, a composição da sua superfície
de rolamento geralmente denomina – se por pavimento, dependendo da percepção de cada autor.
Defeito
Segundo DARONCHO (2001), a abordagem dos defeitos na superfície de pavimentos relaciona-
se com a qualidade de viagens numa estrada, os define como desarranjos que contribuem para
aumentar ou gerar desconforto ao usuário da estrada ou impedir o tráfego de veículos pela
mesma.
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Manutenção
É a característica de uma estrada de não se deformar frente ao tráfego. Com a sua ausência, a
faixa de rodagem apresenta as seguintes deformações típicas: ondulações transversais e tendem
apresentar formação de lama por ocasião de chuvas mais intensas. Estes problemas devem-se a
deficiências técnicas localizadas no sob-leito (terreno natural sobre o qual esta implementada a
estrada), ou na camada de reforço, (CAROFF & PINTO, 2000).
II. Aderência
A aderência é a característica da pista que diz respeito às boas ou mas condições de atrito, ou
seja, uma pista com boa aderência não permite afundamento das trilhas de rodas. As matérias
granulares (especialmente areia e cascalho) são os maiores repensáveis por boas condições de
atrito (aderência), devendo conter o material ligante, porém, asses grãos ficaram soltos e
tenderam a original problemas como: trilhas de rodas em rampas, formação de “ondulações”,
formação de buracos etc, (JONES et al. 2003).
Segundo BRAGAS et al (2009), alguns factores responsáveis pelo estado da superfície de
qualquer estrada são: material da superfície, intempéries, tráfego e manutenção. Para garantir
uma boa estrada vicinal de terra deve contar com características como:
Ter largura de rolamento suficiente para acomodar o tráfego da região;
Ter resistência para suportar as cargas sem que ocorram deformações excessivas;
Apresentar boa capacidade de suporte, a qual depende das características do material da
superfície e da resistência do solo, à medida que o teor de humidade varia.
O leito da estrada deve apresentar-se resistente tanto ao desgaste pelo tráfego como pela erosão,
também deve ser abaulado, de modo a permitir a rápida remoção de água da chuva, facilitando o
trânsito e reduzindo o risco de ocorrência de acidentes, bem como evitar que a água escoe
longitudinalmente sobre a estrada (FLEURY, 2002).
O abaulamento deve ser projectado levando-se em conta, além da drenagem, a comodidade dos
usuários. Recomenda-se que o abaulamento seja de 2 a 8 % para estradas não pavimentadas,
dependendo da precipitação e do tipo de superfície. Uma superfície dura e lisa, com drenagem
facilitada, requer um abaulamento menor que uma superfície rugosa e menos rígida, na qual o
escoamento mostra-se mais lento. O tipo de veículo que transita na estrada, também, é
importante para determinação do abaulamento (CAMPOS, 2003) Desta maneira, há que
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considerar a constituição duma estrada não pavimentada, onde, de acordo com a ANE (2009),
uma estrada de terra é constituída por:
Bermas, Abaulamento,
Eixo da estrada,
Faixa de rodagem,
Base,
Sob – base,
Valeta lateral,
Plataforma,
Largura deforma,
Revestimento em saibro,
Valeta lateral,
Talude da vala,
Pista de rolamento,
Acostamento (passeio),
Coroa,
Sarjeta (vala),
Taludes,
Área site (faixa de localização),
Estação,
Bombeamento (inclinação longitudinal),
Pavimento,
Terraplenagem (subleito),
Bombeamento factor (inclinação transversal).
As partes duma estrada podem ser observadas na figura nº1, que representa uma secção
transversal de uma estrada, com a respectiva legenda.
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Fonte:CAMPOS(2003)
1. Corrugações/OndulaçõeS
Segundo EATON et al. (1987) & RSMS (1991), corrugações consistem em uma serie de sulcos
regularmente especados ou ondulações que ocorrem em intervalos bastante regulares,
perpendiculares à direcção do tráfego.
Nivel de severidade
Segundo EATON et al., (1987ª) & FONTENELE (2001), os níveis de severidade considerados
para corrugações são:
BAIXA: corrugações com profundidade menor que 2,5 cm ou menos que 10 % da área total da
superfície de estrada coberta de corrugações.
MÉDIA: corrugações com profundidade entre 2,5 a 7,5 cm ou entre 10 % e 30 % da área total
da superfície da estrada coberta por corrugações.
ALTA: corrugações mais profundas que 7,5 cm ou mais que 30 % da área total da superfície da
estrada coberta por corrugações.
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2. Poeira
Nível de severidade
Os níveis de severidade considerados em poeira são:
BAIXA: pouca poeira, nuvem fina, não obstrui a visibilidade, altura menor que 1m;
MÉDIA: poeira moderada, nuvem moderadamente densa, obstrui parcialmente a visibilidade,
altura entre 1 e 2 m, tráfego lento;
ALTA: indica mau estado da estrada e que apresenta muita poeira, severa obstrução
davisibilidade, altura superior a 2 m, tráfego muito lento ou parado.
3. Buracos
Agregados soltos consiste em acúmulo de partículas de, contidas nos solos granulares, que se
soltam da superfície de rolamento devido ao tráfego, se colocando fora das trilhas de roda e
formando bermas no centro ou ao longo do acostamento da estrada ou ainda na área.
Este tipo de estudo permitiu a explicitação das tecnicas de manunteção da rodovia Maqueze-
Changanine- Extensão de 30 Kilometros-2019.
O presente estudo surge focado a uma (1) estrada, nesse, caso troço de Maqueze-Changanine,
da Província de Gaza, seleccionada de forma aleatória. A partir da qual, a analisámos a sua
deterioração, que por sua vez, requer uma continua manunteção.
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Toma o pesquisador como parte fundamental da pesquisa. Ele deve, preliminarmente, despojar-se de preconceitos
e predisposições para assumir uma atitude aberta a todas as manifestações que observa.
O pesquisador não se transforma em mero relatador passivo: sua imersão quotidiana, a familiaridade com os
acontecimentos diários e a percepção das condições que embasam as práticas e os costumes dos sujeitos.
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Por outro lado, a amostra é uma parte de elementos seleccionada de uma população e usada para
obter informação acerca do todo (GIL,1999:67). Por essa via, o presente trabalho de pesquisa
focalizou-se a um (1) troço da estrada turmas correspondentes ao universo populacional.
Para a concretização desta pesquisa, foi utilizada uma amostra probabilística. De acordo com
KERLINGER (2007:11) “são caracterizados por todos os elementos da população
seleccionados de acordo com uma probabilidade pré-definida e em que se pode avaliar
objectivamente as propriedades de cada elemento da população a ser escolhido por meio de
sorteio”.
No caso da presente pesquisa desde que seja uma estrada com as condições similares a esta pode
satisfazer a resposta da variável seleccionada.
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4.1.Actividades Profissional
I. Actividade da Semana 1
No dia 12 de Agosto de 2019 demos o inicio ao nosso estágio profissional na alçada da empresa
Ilulifemo Construções, no âmbito da cooperação bilateral com a nossa instituição de Ensino. Na
nossa actividade inicial contamos com a presença do técnico Jorge Mondlane. Nesse dia, o
técnico orientou a actividade relacionada com a recargas de bermas, na parte esquerda da
Estrada Nacional 1 (EN1), BP, importa-nos referenciar que estávamos na companhia dos
discentes Ana Sigaúque, Olésia Uqueio, Titos Macuacua. Importa referenciar que a actividade
de recarga de bermas decorreu sem sobressaltos, e teve a duração de duas semanas. Tratou-se de
uma manutenção de Rotina; trabalho que se realiza ao longo de todo ano, independentemente
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tráfego e de preferência com algumas das actividades concentradas antes e depois das chuvas.
Uma actividade de pequena escala que não precisa de grande número de trabalhadores e as
condições ambientais da zona.
No dia 2 de Setembro, o grupo de estagiários do Instituto Indico fez-se presente para mais
experiencia no mercado grossista para tapamento de buracos, ou pavimentos de terra revestidos
de solo local (revestimento mais comum), devidamente compactado e nivelado, a qualidade do
revestimento depende do tipo de solo. Nesta actividade, compreendemos que o uso dos materiais
granulares como areia grossa, saibro, cascalho e pedregulho natural são imprescindíveis nos
serviços de manutenção e melhorias das estradas de terra.
Na semana quatro (4), isto é na semana de 9 a 13 de Setembro, por imperativos alheios a nossa
vontade e devidamente esclarecidos não desenvolvemos nenhuma actividade, no âmbito do
nosso estágio. Nisto de forma individual podemos recapitular as várias actividades já
desenvolvidas até aquela data.
V. Actividade da Semana 5
Em suma, este estágio permitiu-nos garantir no seu todo a circulação segura de viaturas e manter
as vias em boas conduções de circulação ao longo do todo ano. Minimizar os custos de operação
das viaturas através de redução em reparações. Sendo assim, para garantir uma estrada em boas
condições tem de se avaliar quantas vezes possíveis no intuito de garantir a aplicação da
manutenção alem de poder deteriorar – se ate necessitar da reabilitação que posteriormente torna
mais dispendioso para um País em via do desenvolvimento.
Fonte: Autor-Maqueze-Changanine-2019
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Fonte: Autor-Maqueze-Changanine-2019
4.1.3. Buracos
Fonte: Autor-Maqueze-Changanine-2019
4.1. Conclusões
O estudo desenvolvido procurou compreender descrever as técnicas subjacentes ao Processo de
Manutenção da Rodovia de Maqueze-Changanine numa Extensão de 30 Kilometros-2019. A
partir da nossa observação constatamos que esta estrada possui vários problemas que acabam
interferindo negativamente na estrutura, capacidade de suporte, condições de rolamento,
segurança e conforto, gerando aumento no tempo de viagem, depreciação de veículos e
consequentemente aumento nos gastos com manutenção de veículos e no valor de transporte em
geral.
Assim é importante ressaltar que, em virtude das actividades desenvolvidas impera-se que
efectue a correção começando pela drenagem das águas da plataforma através do abaulamento
transversal, valetas e sangras. Os buracos isolados, em seguida, devem ser tapados, igualmente
deve-se operar a substituição do material existente por revestimento primário e execução de um
dreno ou sangra para favorecer a drenagem e
E por fim, para a durabilidade das operações de manutenção deve efectuar uma constante
assistência ou supervisão da estrada durante períodos curtos, visto que dependendo das pressões
atmosféricas a estrada sofre diversos impactos que levam a sua degradação. Assim se a
assistência não é feita, dificilmente detectara-se os aspectos negativos e por via disso será difícil
a durabilidade das manutenções que serão feitas. Para que isso aconteça é necessária a
colaboração e a entrega de todos os elementos envolvidos).
Desta forma, confirmamos a nossa hipótese segundo a qual
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4.2. Sugestões
Que haja a inserção de empresas privadas nas obras e serviços inclusos na manutenção/
restauração/ conservação e melhoramentos rodoviários, por meio de concessão, ou na
modalidade de PPP – parceria pública privada, transferindo-se algumas rodovias para a
iniciativa privada.
A Administração nacional de Estrada deve avaliar a estrada periodicamente determinante
das condições climatéricas, para evitar a degradação total da via, levando dessa forma a
dificuldades de transitabilidade da populações que vivem na zona Maqueze-Changanine.
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Anexos
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