Livro o Julgo Do Dízimo (Oficial) PDF

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AGRADECIMENTOS

A Deus

Agradeço a Deus, o Todo Poderoso que me permitiu ter minha mente aberta
para poder escrever este livro sobre tema tão complexo para muitos, polémico
para alguns, mas para mim claro e cristalino que não há mais sobre nós o peso
da Lei Mosaica vinculada ao Dízimo, mas sim o amor de Deus na sua plenitude
que deve ser refletido em nós através do amor ao próximo e de um profundo
temor a Deus.

A Família

Agradeço a minha família na pessoa da minha esposa Divina, meu Amor que
sempre acreditou em mim e me apoiou nesta causa, estando sempre ao meu
lado nos momentos mais difíceis. As minhas filhas, Ana Beatriz e Daniela,
presentes de Deus e motivação para continuarmos a viver buscando aprender a
cada dia sobre a essência da vida.

Aos Amigos

Aos amigos que me ajudaram nesta caminhada e principalmente na


compreensão e no estudo do tema do livro, me ajudando a entender melhor a
grandeza do amor de Deus, e também a desvencilhar-me de conceitos
religiosos que mais fazem escravizar que libertar o ser-humano.

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SOBRE O AUTOR

Irineu dos Santos Fernandes, 44 anos, casado, pai de duas filhas lindas, Ana
Beatriz e Daniela. Morador na cidade de Presidente Prudente, interior do
Estado de São Paulo. Cristão, temente a Deus e crente na salvação espiritual do
homem por meio da fé em Cristo Jesus, Nosso Senhor e Salvador. Proprietário
do Site: OJulgododízimo.com.br onde colocamos artigos e postagens sobre o
tema. Capitão da Polícia Militar do Estado do Estado de São Paulo, profissão
que me enche de orgulho por servir a comunidade Paulista. Considero a minha
profissão como um sacerdócio, onde em muitas situações difíceis, às vezes a
única lembrança que vem a mente é o nome de Deus e ligar para a Polícia. Nas
horas vagas ainda trabalho em casa como Internet Marketing.

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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação deve ser

reproduzida, distribuída ou transmitida em nenhuma forma e por nenhum

motivo, incluindo cópia, gravação ou quaisquer outros métodos eletrônicos

ou mecânicos, sem a permissão escrita do autor, exceto no caso de pequenas

citações em análises críticas e outros usos não-comerciais permitidos pela lei

de Direito Autoral.

IRINEU DOS SANTOS FERNANDES

E-mail: [email protected]

Presidente Prudente/SP

Site: www.ojulgododizimo.com.br

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SUMÁRIO
Capítulo 01 - INTRODUÇÃO SOBRE O ASSUNTO............................................................................06

Capítulo 02 – PORQUE MALAQUIAS NÃO É BASE PARA O DÍZIMO...............................................12

Capítulo 03 – COMO ERA O DÍZIMO NA VIGÊNCIA DA LEI.............................................................16

Capítulo 04 – ABRÃO DIZIMOU ANTES DA LEI. E AGORA?.............................................................26

Capítulo 05 – O DÍZIMO DE JACÓ É MODELO PARA NÓS?.............................................................29

Capítulo 06 – A GRANDE MENTIRA PARA SE MANTER O DÍZIMO.................................................33

Capítulo 07–CUMPRIR O DÍZIMO? E AS OUTRAS PRÁTICAS ANTERIORES À LEI MOSAICA............37

Capítulo 08 – O DÍZIMO SEGUNDO OS EVANGELHOS...................................................................43

Capítulo 09 – A RELAÇÃO DE DEUS COM O HOMEM NO CURSO DA HISTÓRIA............................56

Capítulo 10 – COMO DEVEMOS CONTRIBUIR NA NOVA ALIANÇA................................................79

Capítulo 11 – O TERMO “DÍZIMO” NOS ESCRITOS DO NOVO TESTAMENTO................................81

Capítulo 12 – COMO DEVEMOS CONTRIBUIR NA IGREJA CRISTÃ DA ATUALIDADE......................84

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Capítulo 01
Introdução sobre o Assunto

“ninguém é mais escravo do que aquele


que se julga livre sem o ser.”
JOHANN GOETHE (Escritor, cientista e filósofo alemão).

 UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA.


 Bom, de forma breve deixe-me contar um pouquinho mais sobre. Como já disse acima, na
página sobre o autor, Meu nome é Irineu, sou casado, pai de duas filhas, uma de 5 e a outra
de 10 anos.

 Converti-me a Cristo Jesus no ano de 1997, portanto hoje em 2015 faz 18 anos. Desde
minha conversão sempre fui um “dizimista fiel” até o ano de 2013. O dízimo para mim era
“sagrado”, afinal de contas, era o que eu havia aprendido, que devemos devolver a “Deus”
10% de tudo que dele temos recebido, pois se assim não fizéssemos, estaríamos roubando
a Deus, pois não é isso que diz no Livro de Malaquias?

 Ninguém pode me acusar de não ter sido “fiel nos dízimos” neste período, pois em muitos
momentos passei por privações de ordem financeira, deixando de adquirir alguns bens e
mesmo pagar algumas contas para poder devolver o dízimo. Pasmem vocês, mas já
cheguei a fazer empréstimo em banco para em determinado mês ser fiel nos dízimos. Era a
minha convicção e o que tinham me ensinado, e assim devia ser, devolver “no mínimo”
10% dos seus rendimentos.

 Nunca questionei o dízimo, sempre devolvi, até 2013, quando de certa maneira inquieto
com este doutrina, comecei a estudar a bíblia de forma mais detalhada, a começar pelo

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livro de Malaquias, quando pude perceber que aquela mensagem do profeta Malaquias não
era para nós cristãos, mas a nação de Israel e principalmente aos sacerdotes que estavam
roubando a Deus ao não cumprirem a Lei Mosaica para separarem o melhor dos Dízimos
para o Senhor.

 Como também sempre fui ensinado sobre o Dízimo de Abraão como sendo modelo para
nós, também passei a estuda-lo e descobri que nada tem a ver com o dízimo da Lei e muito
menos é orientação e modelo para ser seguido nos dia atuaispelos cristãos. Hoje me
arrependo muito, quando na época ainda sem este entendimento, pois muitas vezes como
Presbítero, subi no púlpito da igreja, e li Malaquias capítulo 3, jogando este peso sobre a
igreja, pois na prática o que esta dizendo era: “Se você não devolver o dízimo, será
chamado de ladrão, e não é qualquer ladrão, mas ladrão do próprio Deus”.

 Quem quer ser chamado de ladrão de Deus? Assim desta forma, estudando e buscando
conhecimento sobre esta doutrina, descobri a verdade que passo a revelar e demostrar a
todos vocês.

 NÃO EXISTE DÍZIMOPARA OS CRISTÃOS.

 O grande objetivo de deste E-book (Livro Digital) possui como ponto central apresentarmos
um estudo didático sobre o tema o dízimo e sua inadequação para os cristão que já estão na
Nova Aliança em Cristo, onde procuraremos alinhar todas as argumentações do texto sempre
dentro da Palavra de Deus. Conforme irão verificar ao longo do texto, não sou contra a
manutenção da obra de Deus através das Igrejasinstituídas, nem tão pouco contra que o
cristão seja contribuinte e ofertante na comunidade onde congrega.

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 De antemão, esperamos um pouco de compreensão, com o tom ás vezes contundente, pois


este livro parte de alguém indignado ao ver tanta gente inocente sendo lesada e inclusive
alguns passando necessidade, mas escravizados por esta doutrina falsa sobre o dízimo.

 O tom talvez um pouco mais “agressivo” é realizado contra pessoas que de forma plenamente
conscientes do erro do “dízimo insistem em defender esta argumentaçãofurada”. A grande
energia por traz das argumentações tem como alvo aqueles que mesmo cientes de que não
existe dízimo para os cristãos atuais ainda permanecem neste erro ao apregoar esta inverdade
como sendo algo bíblico exigido para os cristãos da nova aliança.

 ARGUMENTAÇÕES DENTRO DA BÍBLIA

 Dentro desta proposta, vamos fazer uma viagem pela Bíblia dentro do tema, buscando
trazer textos e citações tanto do Antigo Testamento e também do Novo Testamento,
buscando apresentar a verdade sobre o tema Dízimo de uma forma como nunca antes
ninguém te falou.

 Este Livro Digital traz um estudo histórico dentro das Sagradas Escrituras buscando trazer
a verdade sobre o que a Bíblia realmente fala acerca do assunto Dízimo e dinheiro e sua
real aplicação dentro do contexto de contribuição, sendo que ainda vamos desmistificar o
real significado do dízimo dentro da história bíblica.

 A grande verdade é que sem o conhecimento verdadeiro das Sagradas Escrituras, como
poderemos saber ou afirmar se uma doutrina possui fundamentos palpáveis dentro da
Palavra?

 NÃO SOMOS CONTRA CONTRIBUIÇÕES PARA A OBRA

 Antes de qualquer coisa, é importante já adiantar antes que não sou contra o sustento da
obra de Deus, nem tão pouco contra que verdadeiros líderes religiosos recebam uma ajuda
para o sustento de suas família.

 Aqui vamos procurar rebater algumas afirmações ditas teológicas usadas por muitos
Pastores para fundamentar, embasar e impor para a igreja que a devolução do Dízimo seja
algo obrigatório e impositivo, contra o qual não há o que se argumentar. Vamos mostrar a
fragilidade das afirmações usadas por um ângulo que você nunca viu.

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 O DÍZIMO É BÍBLICO OU NÃO?

Quando se diz, ou melhor, quando se pergunta se o dízimo é bíblico, é claro que o termo
“Dízimo” é bíblico, pois a bíblia tratou deste tema em vários de seus livros. Mas uma coisa é o
assunto “Dízimo” estar na bíblia, outra coisa é a forma e a maneira que grande parte das igrejas
“manejam” a Bíblia para trazer esta obrigação para os tempos atuais.

 AMOR: A BASE DO CRISTIANISMO

 Iremos verificar juntos que o Amor a Deus e ao próximo que são pilares do verdadeiro
cristianismo e em nada impedem que possamos com liberalidade e liberdade contribuímos
em determinada igreja que frequentemos, mas dai a colocar como uma obrigação com o
grande argumento que se assim não fizermos estaremos roubando a Deus há uma grande
distancia.

 Queremos apenas lembrar neste livro digital, tanto aos leigos na palavra de Deus quanto
aos mais conhecedores de que Igreja inicial primitiva tinha seu foco no Amor a Deus e na
ajuda ao próximo necessitado.

 FRASES COMUNS SOBRE DÍZIMOUSADAS NAS IGREJAS

Veja algumas frases que comumente são proferidas nas maior parte das igrejas cristãs espalhadas por
este mundo afora:

 Quem não entrega o dízimo, estará roubandoao próprio Deus.


 O ato de dizimar é graça da parte de Deus.
 O dízimo verdadeiro é no mínimo 10% de toda a sua renda.

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 O dízimo que você entrega na Igreja é uma forma de adoração ao Deus Todo Poderoso.

Ao final, vamos verificar que todas as frases acimas são carentes de bases teológicas para serem
proferidas como a vontade e o desejo de Deus para a humanidade, não passando de simples opinião
de cada Líderreligioso que assim afirma.

É claro que algumas verdades irão mexer com a tranquilidade e o comodismo de alguns líderes que
preferem que as ovelhas ouçam e saibam apenas e tão somente o que o sacerdote passa como
conhecimento nos púlpitos ao afirmarem que somente eles estão aptos a passarem a verdade sobre
doutrinas teológica.

 IGREJAS E LÍDERES HONESTOS

 Entendemos que apesar de serem raras, existem algumas igrejas (Instituições) que apresentam
um bom testemunho diante dos irmãos ao buscarem e apresentarem uma forma cristã de viver
autentica, sem escravizar seus membros com falsas doutrinas.

 Quando fazemos algumas afirmações ou argumentações contra líderes religiosos não estamos
de forma alguma apontando específica a ninguém ao a qualquer Pastor, mas sim denunciando
algumas posturasequivocadas que já se encontram enraizadas no seio da Igreja.

 Nós acreditamos sim que existem homens e mulheres sérios e honestos que servem a Deus de
uma forma excelente e buscam verdadeiramente levar adiante as boas novas que Cristo nos
apresentou a fim de resgatar pessoas das mãos do inimigo.

 LÍDERES QUE DESCONHECEM A VERDADE

 Acho importante aqui fazermos uma distinção entre líderes religiosos que conhecem a verdade
sobre o dízimo e mesmo assim continuam enganando o povo com alguns líderes que apesar de
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pregarem sobre o dízimo de uma forma antibíblica, podem estar fazendo por não conhecerem
a verdade por trás desta doutrina e acabam por não buscar nas escrituras este conhecimento de
uma forma totalmente isenta, mas que não possuem dentro de si intenções maliciosas em fazer
uso da doutrina equivocada sobre o dízimo.

 Será que o Todo Poderoso, o nosso Deus daria seu aval para uma prática que não encontra
amparo bíblico, mesmo que esta argumentação seja o pilar de trazer recursos para as
Instituições religiosas?Será que vamos continuar a confundir as diferentes formas encontradas
por Deus para se relacionar com a humanidade em momentos distintos da história bíblica e
continuar com a propagação desta prática equivocada do Dízimo?

 Apenas recomendamos a leitura completa deste material para depois tirar suas conclusões,
pois a leitura de partes isoladas poderiam ser empecilhos para uma correta interpretação, epor
conseguinte se chegar à verdade sobre este tema.Esperamos assim que os cristãos possam ser
conduzidos ao conhecimento real sobre o dízimo e que jamais fujam de fazer a vontade de
Deus, mas jamais sendo enganados a cerca desta doutrina imposta nas igrejas atuais.

 O nosso desejo é que cada um de nós de forma mansa e pacífica, possamos apenas chamar a
atenção de alguns líderes que insistem em levar adiante esta doutrina equivocada sobre o
dízimo que traz um peso incalculável sobre a igreja.

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Capítulo 02
PORQUE MALAQUIAS NÃO É BASE
PARA O DÍZIMO

 A GRANDE ACUSAÇÃO: ROUBAR A DEUS!

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas
ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos
os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim
nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o
devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o
Senhor dos Exércitos.”Malaquias 3:8-11. (Almeida Corrigida e Revisada)

Sugestão: Leia de forma minuciosa o Livro de Maquias Completo, versículo a versículo para
entendê-lo melhor.

 O TEXTO MAIS CITADO

 Fatalmente nenhum texto das sagradas Escrituras é mais citado e lembrado na bíblia quando se
fala em dízimo do que Malaquias. Existem outros textos bíblicos sobre o dízimo no Antigo
Testamento, podemos citar 2 Cr 31:5-12 e Ne 10: 37-38.Na história bíblica o povo judeu já

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haviam negligenciadooslevitaseo sacerdócio, então estes livros apontam o retorno,


comalgumaspequenas diferenças, o cuidadocomo sacerdócio levítico.

 Para nós não há qualquer dificuldade em entender o texto bíblico. Esta claro que o dízimo era
de produtos agropecuários e estava colocado como uma obrigação do povo hebreu aos levitas,
sem esquecermos que ainda tinham também que recolherem os outros dois dízimos restantes
que já citaremos mais abaixo.

 O Senhor Deus no livro de Malaquias adverte aos sacerdotes e à nação que de fato estavam
roubando a Deus na medida em que não devolviam o que estava previsto conforme a
ordenança da lei.Este texto onde Deus repreende aos hebreusnada tem a ver com crentes
naNovaAliança.

 ANALISE O CONTEXTO DO LIVRO

 Esta muito cristalino que odízimo de Malaquias nos textos anteriores nada tem a ver com a
igreja cristã atual.O ato de dizimar fazia parte da aliança do Senhor com o povo de Israel. Era
parte das leis cerimoniais ligadas ao culto. Na verdade a advertência de Deus não era o dízimo
em si, mas o grande problema estava na desobediência do povo a uma ordenança que Deus
havia exigido aos judeus e eles não estavam cumprindo de acordo com a aliança feita.

 A devolução do dízimo que pertencia a Deus fazia parte do culto, porém eles não estavam
cumprindo a ordem, e por tanto o Senhor estava amaldiçoando. Não era o ato puro e simples
de entregar o dízimo comose fosse uma barganha com Deus, mas o problema estava em
cultuar ao Senhor de uma forma diferente como ele havia ordenado, sendo que no
AntigoTestamento a devolução do dízimo era parteintegrante do culto ao Senhor na forma da
obediência a sua ordem.

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 A “BARGANHA” COM DEUS NA ATUALIDADE

 Na verdade o problema não é o dízimo em si, como as igrejas atuais colocam, pois desta
maneira ele passa a ser milagroso dentro de uma barganha com Deus, se você devolve Deus te
abençoa, caso contrário não.

 Basta analisarmos o contexto e você vai entender que a questão sobre o dízimo no texto
bíblico estava relacionado com a desobediência do povo em cumprir a aliança que Deus
realizado com eles, ou seja, o culto ao Senhor da maneira correta.Irmão, que você entenda de
uma vez uma coisa: Otexto de Malaquias refleteumasituação ocorrida dentro do período de
uma Lei, e dentro de uma aliança do Senhor com os Judeus, sendo que esta aliança não é a que
nós participamos, pois a nossa aliança esta no sangue de Cristo que foi vertido no calvário.

 Esta bem claro e de forma específica que o texto de Malaquias é para os que estão sob a Lei,
ou melhor, estavam:“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o
diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de
Deus.”Romanos 3:19. O povo hebreu estava debaixo desta lei, que nós cristãos atuais não
fazemos parte deste pacto:“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo,
para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de
aio.”Gálatas 3:24-25.

 VOCÊ ESTA DEBAIXO DA LEI?

 O ensino desta teologia sobre o dízimo para os crentes da atualidade que nãoestãodebaixo
desta Lei se torna algo incoerente.Os líderes que pregam sobre o dízimo argumentam que não
estão promovendo a Lei, porém esta muito claro que as únicas orientações sobre a devolução
do dízimo que provieram de Deus vieram pela Lei para o povo judeu que estavam debaixo da
Lei.

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 O povo judeu foi o único grupo de pessoas a quem Deus orientou para dizimarem.Além de
inconsistente e fora do contexto, a citação do referido texto de Malaquias nospúlpitos antes do
pedido de ofertas e dízimos é algo fora da realidade para a nossa época e totalmente deturpado
do nosso contexto.

 Esta sob a responsabilidade dos pregadores a responsabilidade entregarem ao povo uma


doutrina sã, ao invés de entregarem pregações e interpretações erradas que são “engolidas”
pelo povo pela falta de conhecimento bíblico. O texto de Malaquias 3:8-10 representa
exatamente o contrário do que os pregadores e cristãos acabam ensinando ao povo, levando
assim a igreja a uma doutrina falsa.

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Capítulo 03
COMO ERA O DÍZIMO NA VIGÊNCIA
DA LEI
 O QUE SIGNIFICA A PALAVRA DÍZIMO?

I. A Bíblia traz de forma bem clara o significado da palavra “dízimo”, e vamos perceber que o
real significado vai muito além e de forma um pouco mais complexa do que simplesmente se
falar em “10%”. O dízimo sob a Lei não compreendia um simples dez por cento oriundos de
qualquerfonte de renda financeira. A Lei atribuiu de forma bem clara e específica o real
significado do dízimo e sobre o ato de se dizimar.

II. Para que não tenhamos dificuldades em compreender em profundidade a palavra dízimo e o
seu real significado, devemos conhecer a explicação na bíblia para o termo.Muita confusão
sobre o real conceito da palavra é oriunda do fato de grande parte das pessoas nunca
procuraram buscar realmente o que a palavra de Deus fala sobreo termo “dízimo”.

III. O que acaba acontecendo na prática é que as ovelhas deixam totalmente ao líder da igreja
interpretar as escrituras como bem lhes convier, aceitando assim sem questionamento tudo o
que o líder diz sobre tal assunto.Para agravar ainda mais questão não é incomum que
manejadores da palavra de Deus não possuam grande conhecimento das sagradas escrituras,
conhecendo tão somente a doutrina do dízimo que lhes foi transmitida por outro, sem ele
mesmo ter estudado o tema de maneira aprofundada.

IV. Lembremo-nos de forma oportuna que muitos dos assuntos pregados nos púlpitos, em grande
parte das vezes não são de domínio por parte de quem prega sobre o tema. O tema dízimo
acaba sendo um desses assuntos pregados de forma errônea. Fala-se muito sobre o tema,
exige-se do povo na base da barganha com Deus onde há muitas promessas abusivas em troca
da devolução do dízimo.

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V. Osignificado da palavra dízimo segundo a maioria dos dicionários é a “décima partede alguma
coisa”, ou ainda 10% umtodo. Ao estudarmos o dízimo que é citado nas sagradas escrituras,
vemos o vocábulo possui um significado totalmente diferente do que acabamos de citar acima
e bem diferente do que é pregado na maioria das igrejas.

VI. A palavra dízimo dentro do contexto do Antigo Testamento igualmente teve o seu significado
original totalmente redefinido pelos cristãos da atualidade. A palavra dízimo e a palavra
oferta, com certeza se encontramentre os vocábulos maismalinterpretados da Palavra de Deus,
pois acabam não sendo ensinados de acordo com suas definições bíblicas.

VOCÊ SABIA QUE EXISTIAM 3 TIPOS DE DÍZIMOS NA LEI MOSAICA?

 O PRIMEIRO DÍZIMO- O LEVÍTICO:

Existea menção de 3 tipos de dízimos no Pentateuco claramente citados na Lei Mosaica. Vamos ao
primeiro deles com o texto bíblico a ser analisado em Levítico:

“Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor;
santas são ao Senhor. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua
quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo
da vara, o dízimo será santo ao Senhor. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas,
se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados. Estes são os
mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai.” Levítico 27:
30-34.

 DÍZIMO NUNCA FOI DINHEIRO, APESAR DELE JÁ EXISTIR.

Logo de início já podemos apontar algumas características do dízimo citado na bíblia: tudo o que era
dizimado estavamrelacionados com a terra no contexto de agricultura e agropecuária.Não há
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qualquer citação bíblica de que o dízimo pudesse ser entregue em dinheiro. O dinheiro nunca foi
citado na bíblia como sendo santo a Deus da maneira como descrito em Levítico 27: 30,32.

 ESTE DÍZIMO NÃO ERA VOLUNTÁRIO, ERA OBRIGATÓRIO.

No estudo sobre o dízimo já esta bem claro que ele já era de Deus; já pertencia ao senhor, e por
conseguinte não era nada voluntário.O texto nos ensina que o dízimo já pertencia a Deus, portanto
não tinha nada de oferta Voluntária ao Senhor todo Poderoso. O dízimo já era de Deus. Assim sendo,
estaria se roubando a Deus se não fosse devolvido, afinal de contas é isso que o livro de Malaquias
nos apresenta, não é mesmo? Vocês me roubam ao não devolverem o meu dízimo.

De uma forma mais detalhada sobre este primeiro tipo de dízimo exigido pela Lei esta no livro de
Números:

“Então disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a
iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso
sacerdócio. E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para
que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do
testemunho. E eles cumprirão as tuas ordens e terão o encargo de toda a tenda; mas não se
chegarão aos utensílios do santuário, nem ao altar, para que não morram, tanto eles como vós.
Mas se ajuntarão a ti, e farão o serviço da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o
estranho não se chegará a vós. Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o serviço do altar; para
que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel. E eu, eis que tenho tomado vossos irmãos,
os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós em dádiva pelo Senhor, para que sirvam ao
ministério da tenda da congregação. Mas tu e teus filhos contigo cumprireis o vosso sacerdócio no
tocante a tudo o que é do altar, e a tudo o que está dentro do véu, nisso servireis; eu vos tenho dado
o vosso sacerdócio em dádiva ministerial e o estranho que se chegar morrerá. Disse mais o Senhor
a Arão: Eis que eu te tenho dado a guarda das minhas ofertas alçadas, com todas as coisas santas
dos filhos de Israel; por causa da unção as tenho dado a ti e a teus filhos por estatuto perpétuo.
Isto terás das coisas santíssimas do fogo; todas as suas ofertas com todas as suas ofertas de
alimentos, e com todas as suas expiações pelo pecado, e com todas as suas expiações pela culpa,
que me apresentarão; serão coisas santíssimas para ti e para teus filhos.No lugar santíssimo as
comerás; todo o homem a comerá; santas serão para ti. Também isto será teu: a oferta alçada dos
seus dons com todas as ofertas movidas dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos, e a tuas filhas
contigo, as tenho dado por estatuto perpétuo; todo o que estiver limpo na tua casa, delas comerá.
Todo o melhor do azeite, e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao
Senhor, as tenho dado a ti. Os primeiros frutos de tudo que houver na terra, que trouxerem ao

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Senhor, serão teus; todo o que estiver limpo na tua casa os comerá. Toda a coisa consagrada em
Israel será tua.”Números 18:1-14.

Leia também:Números 18:19-24.

 ESTE DÍZIMO ERA PARA A TRIBO DE LEVI

I. O trecho do texto descrito acima nos traz uma descrição pormenorizada sobre qual era o
objetivo do primeiro dízimo que o povo hebreu devolvia. Oslevitas que eram os responsáveis
pelo trabalho na Tenda do Encontro, recebiam os dízimos das mãos do povo judeu como uma
espécie de compensação por este trabalho. O povo de uma forma geral nunca poderiam
executar as tarefas atribuídas aos levitas, pois caso fizessem seriam mortos.

II. Os levitas não herdariam nada da terra de Israel, portanto os dízimos na verdade
acabariam sendo suas heranças, assim como todas as ofertas entregues pelo povo. Por este
motivo o texto nos diz que eles não herdariam terras entre o povo de israel.

III. Como os sacerdotes prestariam serviço aDeus, não estavam autorizadosa herdar e nem ter
posses de terras. O livro de Josué 21: 9-19, nos diz que os sacerdotes teriam que viver em
treze 13 cidades denominadas de sacerdotais em volta de Jerusalém. Ainda que eles
ocupassem as terras, elas ainda pertenciam às tribos.

 O DÍZIMO DOS DÍZIMOS.

O termo dízimo é citado muitas vezes neste capítulo, sendo tal texto de muita importância para
entendermos o significado do dízimo bíblico que raramente é explicado nas igrejas.O texto deste
capítulo que vamos ler abaixo(e não Malaquias Cap. 3 ou o de Levítico 27)éa grande ordenação que
fundamenta o estatuto pela qual os levitas e sacerdotes estariam apoiados pela nação de Israel
debaixo da Antiga Aliança. O termo é usado muitas vezes no capítulo. Os levitas teriam que entregar

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o dízimodosdízimos para o sacerdóciodeArão, podendo ficar com o resto como recompensa pelo seu
trabalho.

“Também falarás aos levitas, e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu
deles vos tenho dado por vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor, os dízimos dos
dízimos. E contar-se-vos-á a vossa oferta alçada, como grão da eira, e como plenitude do lagar. Assim
também oferecereis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos
de Israel, e deles dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote. De todas as vossas dádivas
oferecereis toda a oferta alçada do Senhor; de tudo o melhor deles, a sua santa parte. Dir-lhes-ás pois:
Quando oferecerdes o melhor deles, como novidade da eira, e como novidade do lagar, se contará aos
levitas. E o comereis em todo o lugar, vós e as vossas famílias, porque vosso galardão é pelo vosso
ministério na tenda da congregação.Assim, não levareis sobre vós o pecado, quando deles oferecerdes
o melhor; e não profanareis as coisas santas dos filhos de Israel, para que não morrais.”Números 18:
26-32 .

Percebe-se assim uma grande diferença quando comparamos o dízimo que o povo entregava aos
levitas com o dízimo do dízimo os que os levitas entregavam ao sacerdote.No caso o dízimo entregue
pelos levitas tinha que ser o melhor do melhor que havia siso entregue a eles.

 COMO SEPARAR O MELHOR DO MELHOR DO NOSSO DINHEIRO?

Fica muito claro uma característica que é atribuída ao dízimo bíblico que transforma numa aberração
o ensino da doutrina do dízimo como devendo ser um valor emdinheiro. Ora, quando pegamos o
dízimo verdadeiro podemos facilmente identificar o melhor deste produto, mas isso não poderia ser
feito quando lidamos com o dinheiro.

O simples fato dos pastores tratarem este tema de forma rasa conforme contido no capítulo de
Números acaba deixando oscristãos sem o conhecimento real sobre os fatos, e obviamente os leva a
não alcançarem a verdade sobre o dízimo citado nas escrituras.
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A falta deste conhecimento bíblico leva boa parte do povo cristão nas igrejas a um conceito errôneo
quando analisados à luz das Escrituras. Neste caso, o dízimo que era entregue aos levitas pelo serviço
que realizavam na Tenda. O dízimo era realmente entregue para ser usado pelas pessoas, e não para
uma espécie de poupança que seria usado para a construção de templos, pagamentos de contas
diversas, etc.

O levita aqui neste caso não pode e não deve ser comparado a um pastor, pois os levitas
representavam o povo de Israel dentro da tenda, uma vez que o povo não estava autorizado a exercer
as funções atribuídas aos levitas.

 PASTORES DE HOJE NÃO SÃO DA TRIBO DE LEVI.

Não há hoje em dia tabernáculos ou igreja símbolos em que o povo cristão não podem se aproximar e
assim sendo um líder religioso seria obrigado a realizar alguma tarefa em nosso nome da maneira
como era feita pelos levitas em prol do povo de israel. Assim sendo um pastor não poderia exigir da
igreja local o dízimo para o seu sustento se comparando aos levitas. Sobre o tema sustento da obra de
Deus sob a luz da Nova Aliança trataremos em um tópico a parte.

 O 2º TIPO DE DÍZIMO

Deuteronômio apresenta instruções muito bem detalhadas sobre o segundo dízimo requerido na Lei.

“Estes são os estatutos e os juízos que tereis cuidado em cumprir na terra que vos deu o SENHOR
Deus de vossos pais, para possuí-la todos os dias que viverdes sobre a terra. [....] E ali trareis os vossos
holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos
votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. [....]
Então haverá um lugar que escolherá o Senhor vosso Deus para ali fazer habitar o seu nome; ali
trareis tudo o que vos ordeno; os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a
oferta alçada da vossa mão, e toda a escolha dos vossos votos que fizerdes ao Senhor. E vos alegrareis
perante o Senhor vosso Deus, vós, e vossos filhos, e vossas filhas, e os vossos servos, e as vossas servas,
e o levita que está dentro das vossas portas; pois convosco não tem parte nem herança. [....] Dentro das
tuas portas não poderás comer o dízimo do teu grão, nem do teu mosto, nem do teu azeite, nem os
primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas; nem nenhum dos teus votos, que houveres
prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem a oferta alçada da tua mão. Mas os comerás perante o
Senhor teu Deus, no lugar que escolher o Senhor teu Deus, tu, e teu filho, e a tua filha, e o teu servo, e
a tua serva, e o levita que está dentro das tuas portas; e perante o Senhor teu Deus te alegrarás em

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tudo em que puseres a tua mão.Guarda-te, que não desampares ao levita todos os teus dias na terra.”
Deuteronômio 12: 1, 6, 11-12, 17-19.

 O DÍZIMO DO FESTIVAL

No texto acima estão orientações específicassobre este tipo de dízimo, que os estudiosos chamam de
dízimo do festival.Logo de cara verificamos que a orientação do texto bíblico é para o povo de Israel
e nãoaos povos gentílicos. O texto cita que Deus determinaria um lugar exato onde o povo de Israel
faria chegar seus dízimos.

Vamos observar agora um fato curioso, onde havia a prática de se comer o dízimo pelo povo, e não
poderiam fazer isso nos locais em que residiam, mas sim comê-lo apenas e tão somente onde Deus
escolhesse.

Aqui já começamos a identificar pontos e características diferentes e peculiares desteoutro tipo de


dízimo transcrito na Lei, tornando-o diferente do primeiro dízimo citado em Números, que é
oportuno lembrar que não tem nada a ver com a prática do dízimo cobrado atualmente pelos pastores
nas igrejas.

“Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo.
E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os
dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas;
para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido
que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o Senhor teu Deus para ali pôr o seu
nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e
vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus; E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua
alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma;
come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa”Deuteronômio 14:22-26.

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 ESTE DÍZIMO DEVERIA SER COMIDO, PORTANTO NÃO ERA DINHEIRO.

O dízimo que deveria ser comido pelo povo de Israel, mas não nas terras onde residisse, mas em local
que Deus escolhesse como habitação, no caso Jerusalém. Encontramos então primeira citação de
dinheiro ligada ao conceito de dízimo. Na época, a prata comumente era usada como moeda. Esta
claro que este dízimo deveria ser comido pelo povo, portanto não poderia ser dinheiro.

Não interessa a maneira como vamos estudar a Bíblia, o fato é que o dinheiro nunca foi colocado
como a substância do dízimo, e tão pouco foi considerado como um item deconsumo.

O texto nos aponta ainda que se o dízimofosse muito a ponto que o transporte ficasse inviável ou
muito difícil, ele poderia ser trocado por dinheiro, no caso a prata, e ao se chegar ao local adequado,
se converteria novamente o dinheiro em bens que seriam comidos pelo povo de Israel e suas famílias.
Assim sendo verificamos de forma clara que dízimo nunca foi dinheiro.

Esta festa era um verdadeiro banquete, umamaneira de se confraternizar com a família diante de
Deus. Esta muito claro que o dízimo deveria ser comido e desfrutado juntamente com sua família. A
ideia era a de promover a unidade da família e o seu fortalecimento que estava assim dentro da
doutrina bíblicadodízimo de acordo com a lei.Fica clara a diferença entre os dois dízimos já narrados.

O dízimo descrito no livro de Deuteronômio continua a ser propriedade do dono original; já o dízimo
que é narrado em Números 18 pertence aos levitas. Finalizando, quanto ao objetivo final do dízimo
levíticoera dar uma herança para oslevitas e sacerdotes. Já o dízimo do festival que é narrado em
Deuteronômio 14:23, seria para que aprendessem a temer ao Senhor.

 O 3º TIPO DE DÍZIMO

 O DÍZIMO DOS POBRES.

Achamos ainda nas sagradas escrituras um terceiro dízimo denominado pelosestudiosos de “dízimo
dos pobres”.

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“Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das
tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e
a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te
abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem.”Deuteronômio 14: 28-29.

Ainda em Deuteronômio, encontramos outra ordenança sobre este dízimo:


“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos
dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas
portas, e se fartem;
E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao
levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens
ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci;”Deuteronômio 26: 12-13.

Este dízimo era destinado para pobres, viúvas e estrangeiros, sendo claramente uma maneira de fazer
justiça social. Existia uma clara preocupação para que os mais necessitados não ficassem
desamparados.

A grande diferença entre este dízimo dos pobres e os outros dois já citados era que osdízimos
anteriores seriam entregues a cadaano, ou no caso do dízimo do festival, durante a referida festas. Já o
terceirodízimo deveria ser entregue a cada três anos.

 E O DÍZIMO PARA OS POBRES DE HOJE?

Vamos a uma grande diferença entre o dízimo bíblico e o que é cobrado e exigido hoje nas igrejas.
Considerando as despesas que as igrejas da atualidade geram, é mais conveniente para elas não
utilizar o que elas mesmas chamam de dízimo para dar alimentos aos necessitados, sendo que ao
invés disso, pedem ainda mais, uma espécie de oferta benevolente além do dízimo já entregue para
ajudar aos necessitados. Isso é totalmente o contrário do propósito do dízimo bíblico verdadeiro.

O próprio Deus Todo Poderoso instituiu uma maneira para o povo não se esquecerem da justiça
social e de uma melhor distribuição de renda entre os judeus.Com este grupo de beneficiários
incluídos, e não apenas os lideres religiosos comoacontece na atualidade,vê a real intenção de Deus
ao demonstrar através do Antigo testamentoquando o tema era o dízimo.

 O RESUMO DOS 3 DÍZIMOS

Deduz assim que claramente existiam 3 tipos de dízimos diferentes e obrigatórios na vigência da Lei.

I. O 1º foi denominado dízimo dos levitas.

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II. Já o 2º tipo de dízimo foi chamado de “dízimo do festival”. Era uma festa no santuário na
cidade de Jerusalém onde ele (o dízimo) era comido.

III. Já o 3º tipo foi denominado de “dízimo dos pobres”. Todos os 3 tipos de dízimos eram
taxas e não um ato de doação voluntária a Deus.
 OS POBRES DE ISRAEL NÃO DIZIMAVAM

 O dízimo bíblico na verdade sempre foi um tributo.Portanto é dessa maneira que os programas
assistenciais do governo deveriam estar funcionando.Outro fato curioso que também não
vemos nos dias atuais é que os pobres daquela época não dizimavam, mas sim na verdade eles
recebiam alimentos vindos do dízimo.

 Assim sendo esta verdade leva para mais distante a tese e doutrina do dízimo praticado hoje
em muitas igrejas que pregam sobre o dízimo, na maioria das vezes sobrecarregando os
pobres, deixando assim um testemunho horrível com esta prática.

 Costuma-se ouvir em muitas pregações justamente o contrário do dízimo citado na bíblia,


onde se prega que todos, independente de pobre ou rico, passando por necessidade ou não,
todos sem exceção devem devolvem o dízimo sob pena de estarem roubando a Deus. Meu
Deus, que peso terrível é colocado sobre a igreja.

 Que teologia horrível e cruel é essa que pede às todos os pobres da igreja para não olharem
para as necessidades materiais suas e de suas proles para que possam devolver 10% dos seus
ganhos para uma instituição religiosa (igreja).

 Com certeza o Deus amoroso não deu ordem aos pobres para que passassem privação do
alimento básico a fim de que sustentassem os levitas. Porque este Deus que não exigiu isso no
passado, iria exigi-lo dos pobres na atualidade.

 Infelizmente muitas instituições religiosas da atualidade distorceram a Palavra de Deus,


buscando assim um grande esforço para pagar suas grandes contas de custos operacionais
através desta errônea exigência dos pobres através da devolução em dinheiro do dízimo.

 Porque as igrejas atuais não tentam tirar os pobres da situação miserável em que vivem,
quando ao contrário os mantem escravos de uma lei do Antigo Testamento que as próprias
instituições religiosas não cumprem corretamente de acordo com a Lei Mosaica.

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Capítulo 04
ABRÃO DIZIMOU ANTES DA LEI.
E AGORA?

 O DÍZIMO DE ABRAÃO

Quando não se consegue amparar o dízimo em Malaquias, visto que naquele contexto era a Lei que
deveria ser cumprida para os israelitas, os pregadores e líderes correm logo para o dízimo de Abraão,
numa tentativa de mostrar que se ele dizimou antes da lei, o dízimo não estaria atrelado a Lei
Mosaica, e assim sendo deveria ser cumprido também hoje em dia.

Passaremos então a analisarmos o dízimo sob a ótica do Antigo Testamento quando o nome de
Abraão ainda era Abrão. Vamos ao texto bíblico:
“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.
E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;
E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o
dízimo de tudo.”Gênesis 14:18-20.

Citamos ainda um texto do Novo Testamento que está no livro de Hebreus que traz um elo com a
passagem anterior que acabamos de citar:
“Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos
despojos.”Hebreus 7:4.

 CONSIDERAÇÕES SOBRE O DÍZIMO DE ABRAÃO

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Quando tratamos deste tema, acho importante lembrar que esta passagem bíblica onde Abraão
entrega o Dízimo a Melquisedeque é a primeira oportunidade que as escrituras tratam deste assunto, o
dízimo.
Vamos fazer algumas considerações sobre este ato de dizimar que Abraão efetuou:

 Abraão não dizimou do seu patrimônio, ou de seus animais ou dos frutos de sua lavoura que
faziam parte da sua renda, mas esta bem claro conforme no mostra Hebreus 7:4 que ele
dizimou dos despojos conseguidos na guerra que acabara de ganhar, portanto bens de outras
pessoas que naquela oportunidade poderia ser até mesmos seres humanos.

 Tão pouco foi entregue algum dinheiro como alguns defensores tentam argumentar.

 O motivo exato que teria levado Abraão a ter praticado o dízimo não sabe, porém
historiadores argumentam que neste caso estava cumprindo apenas uma lei vigente á época na
Cananéia, poisse sabe que muitos povos da época possuíam essas leis sobre a entrega de bens
aos líderes sacerdotais da época, sem contudo isso estar explicito na Bíblia.

 Este ato de Abraão foi voluntário e pelos indícios, muito provavelmente para se alinhar com
uma prática da cultura da época, no caso do local Salém.

 A Lei de Moises não traz nenhum indicativo de que este ato de dizimar de Abraão estivesse
alinhadoou possuísse qualquer ligação com a prática do dízimo da Lei, e tão pouco a teria
inspirado.

 A bíblia não nos apresenta nenhum outro momento onde Abraão tenha dizimado a alguém, e
em nenhum outro período de sua vida, segundo as escrituras, Abraão voltou a ter contato com
Melquisedeque. Apenas e tão somente Abraão dizimou dos despojos de guerraapós sua vitória
na guerra. Portanto se há alguma ordenança de Deus para que Abraão entregasse dízimos a
bíblia não nós trás esta informação.

 Qualquer argumentação para se defender a tese do principio eterno baseadas única e


exclusivamente nos textos citados estão indo além do que a bíblia nos apresenta nos seus
textos. Uma coisa é certa, deus não lhe mandou que fizesse isso e tão pouco Abraão deu o
dízimo das suas posses e de seus bens como seu gado por exemplo.

 Abraão na verdade apenas entregou a Melquisedeque bens que ele conseguiu na guerra, e
lembramos mais uma vez nos 160 anos de vida, a bíblia não traz registro que antes ou depois
disso ele entregou o dízimo.

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 Agora alguns fatos estão claros para nós: este momento foi a única vez queAbraãodizimou e
não foi dos seus bens e de sua renda e também não era uma prática anual. Abraão apenas
decidiu fazer e ponto.

 O DÍZIMO DE ABRAÃO NÃO É MODELO PARA NÓS.

Acho bom refletirmos em uma coisa: se o modelo de dízimo de Abraão fosse um modelo para nós
cristãos da atualidade, o seria apenas para algumas rendas esporádicas e especiais, e sabemos que a
prática do dízimo hoje não é assim que funciona.

Portanto, ao analisarmos o ato de dizimar de Abraão, fica claro que nada tem a ver com dízimo
praticado atualmente pelas Igrejas que o exigem. Esta muito claro para nós que o dízimo de Abraão
foi uma ação isolada e única que em nada tema ver com as práticas deste tema na atualidade.

 CONCLUSÃO SOBRE O DÍZIMO DE ABRAÃO

 Assim sendo, o ato de dizimar de Abraão está mais ligado com o voto que Abraão fez a Deus
de que não ficaria na posse de nenhum bem obtido dos despojos da guerra. Ele ainda praticou
conforme a cultura da época.

 Não existe nenhum indicativo bíblico que ele foi obrigado a fazê-lo sob qualquer lei de Deus
existente e muito menos há evidencia de que Abraão o tenha praticado de forma consistente
durante sua vida, na verdade ele o fez voluntariamente e nunca foi feito do acréscimo dos bens
que lhe iam aumentando dia a dia.

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Capítulo 05
O DÍZIMO DE JACÓ É MODELO
PARA NÓS?
“E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão
para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus;
E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te
darei o dízimo.”Gênesis 28:20-22

 JACÓ É MODELO PARA NÓS DIZIMARMOS HOJE?

Bom, antes do advento da Lei de Moises, esta passagem bíblica cita o segundo episódio sobre o
dízimo e também o último. O texto conforme passaremos a analisar, nos apresenta o voto que Jacó
fez com Deus, digo voto para não dizer “barganha”.

Bom este é o outro texto argumentado e usado pelos defensores do dízimo, que dizem que o neto de
Abraão, Jacó foi um exemplo a todos nós, porém vamos desmistificar agora essa inverdade, que não
encontra amparo nas sagradas escrituras.

 A BÍBLIA NÃO DIZ QUE JACÓ TENHA CUMPRIDO SEU VOTO.

Para começarmos, trazemos a tona o fato de não sabemos se Jacó acabou por cumprir este voto, uma
vez que a Bíblia não nos fala nada a respeito disso, por consequência e dedução nossa, não nos parece
que isso tenha tido importância no contexto bíblico, uma vez que não foi citado.

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 A BARGANHA DE JACÓ PARA COM DEUS

Para começarmos a “rasgar o verbo” com o dízimo de Jacó, o que ele fez na verdade foi barganhar
com o Todo Poderoso, onde me faltam palavras para descrever tal atitude, senão que foi uma falta de
respeito para com Deus, pois não é isso que estamos a ver hoje em dia nas igrejas que trazem a
teologia da prosperidade?

O fato é que temos uma grande questão para não dizer problema na promessa e no voto que Jacó fez:
como é possível alguém prometer algo a Deus, impondo algumas condições, como poderia ele
entregar algo que já era de propriedade do Todo Poderoso.

Outra grande questão a ser respondida pelos nobres defensores do Dízimo, se for pensar no voto de
Jacó como modelo para nós, porque ele fez o voto se o dízimo já era esperado como prática, onde
fica o principio eterno até então defendido?

 SE O DÍZIMO JÁ ERA UM PRINCÍPIO A SER CUMPRIDO, POR QUE


JACÓ FEZ O VOTO?

 Não podemos prometer algo a Deus, no caso o dízimo, se ele já é algo requerido pelo próprio
Deus, ou podemos?Aqui então já apontamos uma grande diferença entre o Dízimo de Jacó
com o de seu Avô, Abraão que foi dos despojos de guerra, que por sua vez ambos são
diferentes do dízimo apresentado pela Lei Mosaica.

 O dízimo de Jacó era totalmente condicionado, pois a promessa de Jacó em entregar o


dízimo estava totalmente condicionado ao fato de que primeiramente Deus estava na
obrigação de abençoá-lo antes de entregar o seu dízimo ao conduzi-lo de volta para em paz
para a casa de seu pai Isaque.

 Esta claro no contexto que foi Jacó quem impôs as regras de como seria a entrega do dízimo,
não o próprio Deus.Importante ainda frisar que Deus não exigiu ou solicitou tal coisa a Jacó,
mas ele próprio, Jacófoi quem decidiu fazer o voto de dizimar.

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 Algumas questões ficam no ar sem resposta ao tratarmos do ato de dizimar proposto por Jacó
no seu voto. Nada temos que nos informe de que maneira o dízimo seria realizado, como por
exemplo, quem receberia este dízimo, e tais questionamentos trazem uma questão a ser
respondida pelos que defendem o dízimo.

 É oportuno frisarmos ainda algo de suma importância sobre a aliança do Deus Todo Poderoso
que iria alcançar a Abraão, Isaque e Jacó, não há qualquer citação sobre o dízimo ou
qualquer outro sacrifício realizado pelo homem que pudesse alcançar as bênçãos que enviaria.

 Deus apenas e tão somente disse sobre as bênçãos que alcançariam a todos e não exigiu nada
a não ser a própria fé. Porém a ausência de fé da parte de Jacó ficou mais do que evidente,
pois vejamos. O ato de fé nos conduz a crer naquilo que Deus havia dito conforme sua
palavra, Jacó porémnão teve esta fé: não creu. O que ele fez na verdade foi fazer uma
promessa, ou seja, seu voto que tão somente evidenciou sua falta de fé e incredulidade.

 Traduzindo em miúdos, o que Jacó disse na verdade foi o seguinte: Olha Deus se o Senhor
fizer e cumprir sua parte então ai vai ser o meu Deus e então eu vou entregar o Dízimo de tudo
que receber do Senhor. Porém Deus já havia dito que já iria derramar bênçãos conforme sua
promessa que já havia feito a Abraão.

 Deus não exigiu o dízimo ou mesmo outra coisa. Porém Jacó ignorou o que o Todo
Poderoso já havia prometido, achando que pudesse manipular a Deus ao fazer o seu voto que
na verdade foi uma barganha que estava tentando fazer com Deus. Na verdade Jacó estava
crendo mais na “barganha” que estava fazendo com Deus do que na palavra do DeusSenhor de
todo o Universo.

 Vamos fazer breve análise sobre o que Jacó estava tentando fazer. Usando outras palavras ele
disse o seguinte, “olha Deus, se cumprir o que eu estou querendo, ai sim tu será o meu
Deus”.Isso demostra o caráter de Jacó ao tentar na verdade comprar ao próprio Deus. Esta
claro para nós que este modelo de dizimar de Jacó, não deve ser modelo para nós o seguirmos
como um exemplo de espiritualidade. Na verdade Jacó tentava comprar ao próprio Deus.

 CONCLUSÃO SOBRE O DÍZIMO DE ABRÃO E DE JACÓ

 Mais uma vez observamos que tanto o dízimo de Abraão como o dízimo de Jacó não possuem
qualquer elo ou ligação com o dízimo da lei mosaica tão pouco com os cristãos na Nova
Aliança.

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 É muito importante frisarmos ainda que em nenhum lugar da Lei judaica ou dos livros do
Novo Testamento há citações ou qualquer indício do ato de dizimar ser parte de um princípio
moral e eterno que todos os cristãos devam obedecer.

 Ora, se tal princípio eterno fosse válido, porque será que o Apóstolo Paulo não teria citado
em suas cartas aos gentios. Teria sido ele irresponsável neste sentido?Nós sabemos que os
povos gentílicos não sabiam nada sobre a Lei judaica, e assim sendo teriam que ter sido
apresentado à doutrina do dízimo, porque não o fez?

 O apostolo Paulo não fez isso a respeito desta doutrina do dízimo porque esse princípio eterno,
argumentado pelos defensores do dízimo, nunca foi algo obrigatório para a igreja da época.Na
verdade estes dois casos de dízimos, do Abraão e do Jacó, claramente e totalmente diferentes
quando comparados um com o outro, são passagens bíblicas isoladas em meio a outras
práticas citadas antes da Lei Mosaica.

 É no mínimo muito curioso que em meio a tantas práticas religiosas da época, a doutrina do
dízimo se destaca como pilares de uma base doutrinária praticada em tantas igrejas cristãs.A
leitura pormenorizada e o estudo dos dois casos de dízimos analisados devem nos conduzir a
perceber fragilidade que existe na tese do dízimo como sendo um princípio eterno apenas e tão
somente por ter sido realizado por duas pessoas antes da Lei, alias, feito por uma e prometido
por outra.

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Capítulo 06
A GRANDE MENTIRA PARA SE
MANTER O DÍZIMO

 PRINCÍPIO ETERNO:

 DEVEMOS CONTINUAR A DAR O DÍZIMO?

 Um grande argumento usado pelos líderes religiosos que defendem com “unhas e dentes” que
o Dízimo é sim aplicado aos dias atuais a todos os cristãos é de que o Dízimo é um Princípio
Eterno, ou seja, ele sempre existiu, sempre esteve presente na história bíblica, portanto deve
ser aceito incondicionalmente como ordem de Deus, e, portanto deve simplesmente ser
cumprido e nunca questionado.

 Este princípio argumentado, na prática se traduz na forma de que todo Cristão verdadeiro deve
separar 10% de todo seu ganho e entrega-lo a Deus, só que neste caso representado pelos
líderes eclesiásticos das mais diversas denominações e instituições cristãs existentes, ou seja,
traduzindo, deve ser entregue em uma Igreja física a um líder religioso.

 PORQUE A ARGUMENTAÇÃO DO PRINCÍPIO ETERNO NÃO DEVE


PROSPERAR.

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 É fato que grande parte das pessoas que defendem o dízimo como algo eterno, trazem a tona
o fato de o dízimo estar registrado nas escrituras antes de Moises trazer a Lei Mosaica por
ordem de Deus. Também argumentam que fatos Históricos trazem evidências de que muitos
povos já pagavam dízimos aos seus deuses, entretanto é muito importante pensarmos melhor
sobre o assunto. Bom, fatos históricos carregados de tradição não devem se tornar Princípios
Eternos tão somente porque tal conduta era comum a determinado povo em determinada
época.Simplesmente porque determinada civilização tinha determinada prática por si só não
transforma este fato em uma ordem moral ou princípio que deva ser seguido por todos.

 É bom lembramos que atos como a adoração a múltiplos deuses e também a astros, a morte
de criancinhas como forma de sacrifício, a prostituição em lugares tidos como sagrados,
feitiços e a adivinhação do futuro através dos mortos são fatos que sempre existiram na
história dos povos antigos e eram muito praticadas no contexto das culturas pagãs.

 Sempre vamos encontrar na história que o ser-humano sempre foi apto a entregar ou dar algo
a alguém, sendo um ser generoso, podemos assim chamar como uma lei natural, intrínseca a
ele. Podemos entender que a prática de entregar alguma coisa a alguém é encontrada, mas o
fato é que a porcentagem exata não é encontrada.Portanto pegar simplesmente o dízimo de
Abraão para amparar o princípio eterno do ato de Dizimar, não se encontra amparo, pois o
referido texto não nos ensina que devemos dizimar de forma inconteste.

 Ao fazermos alguns simples questionamentos e aplicarmos as regras de interpretação da


bíblia algumas dúvidas surgem logo de cara. Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque por
quê?

 A primeira resposta que pode vir principalmente aos que defendem o dízimo é de que ele
estava simplesmente se adequando e cumprindo o princípio eterno. Mas é de bom tom
lembramos que o próprio Deus Todo Poderoso deu orientações claras e específicas bem
diferentes conforme podemos verificar no texto de Números Cap.31, pois também foi um
fato que envolvia despojos de guerra obtidos em batalha.

 O ato de dizimar efetuado por Abraão é a primeira tese dos defensoresPrincípio Eterno e
acabam citando quando querem defender este princípio para o dízimo.Hora gente, sejamos
razoáveis, querem enfiar “goela abaixo” que o fato de Abraão ter realizado alguma coisa ou
ter praticado algo já seria motivação mais do que suficiente para transformar este ato em
princípio eterno e forçar a amizade.

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 É bom lembrarmos um pouquinho da história de Abraão que não teve fé suficiente em Deus
para ter sua descendência, indo busca-la com uma escrava de sua mulher Sara.Numa outra
oportunidade determinou a Sara sua mulher para que mentisse simplesmente porque estava
com medo ser morto. Pegar uma prática de Abraão e querer colocar como regra é forçar, pois
estas outras práticas nunca deveriam ser praticadas, e ai, vamos imitá-lo também?

 As referidas argumentações acimas são indícios inequívocos de que uma prática não deve ser
seguida como princípiosomente porque foi Abraão quem realizou.Desejar impor o ato de
dizimar a todos cristãos tão somente porque Abraão dizimou não encontra amparo dentro da
palavra de Deus.

 A argumentação de que o dízimo deva ser praticado ainda hoje porque teria sido praticada de
tal maneira antes da Lei de Moises não é sustentável quando passada pelo prisma de todo o
Antigo Testamento.

 VEJAMOS COMO ARGUMENTAM OS DEFENSORES DO DÍZIMO


SOBRE ESTE PILAR:

 Como o ato de dizimar foi praticado antes da Lei, pois esta claro que Abraão dizimou e seu
neto Jacó fez o voto, o dízimo era antes da Lei, consequentemente também deve ser praticado
depois da lei, sendo assim deve ser classificado como um princípio universal, e por
consequência o ato de dizimar deve ser continuo e ininterrupto.

 O grande X da questão com esta afirmação é que por consequência devemos então trazer
como prática para nós qualquer coisa praticada antes de Moises e sua Lei, como por exemplo,
a guarda do sábado, pois tal prática também é anterior a lei, certo, e agora, como ficamos?

 Deveríamos então passar a nos reunirmos aos sábados e não mais aos domingos como de
costume? Outra coisa para refletirmos, o sistema sacrificial não teve início no jardim, então
ainda hoje deveríamos praticar a morte de animais como forma de sacrifício? Quero acreditar
que não esta a ideia do texto, agora a Bíblia não trouxe a instituição do ato de dizimar no livro
de Gênesis como defendem... Como ficamos?

 Quando Abraão dizimou não houve nenhuma ordenança de Deus neste ato. Também qualquer
fala de alguém indicando que fosse para dar um décimo. Também no caso de Jacó
igualmente ninguém disse que tinha que ser um décimo, com certeza Deus não falou isso. Nas

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sagradas escrituras não há nenhuma afirmação desta lei universal de forma declarada, clara e
inequívoca.

 Assim sendo o fato de existir determinada prática antes da Lei de Moises, e também
posterior a lei, não é razoável exigirmos que tal prática seja repetida indefinidamente
incluindo o período do novo testamento.Se tal prática fosse lei para os cristãos gentios, com
certeza os livros do Novo testamento trariam essas orientações de forma clara e
inquestionável.

 Reforçando então: o simples fato da prática do dízimo ser uma prática antes mesmo da
formação do povo hebreu não pode ser inferido por consequência quer a prática do ato de
dizimar se enquadre dentro de um principio universal e eterno como o se fosse um desejo e
ordem do próprio Deus.É importante lembrarmos ainda que a linha mestra que nos guia nos
assuntos de ordem cristã deve ser o novo testamento e não como querem que seja a história da
antiguidade.

 Apenas como curiosidade e como reflexão para cada um de nós, porque será que no livro de
Jó não nenhuma menção ao dízimo, se ele é um princípio eterno, pois tal livro não menciona
uma única vez o ato de dizimar, apesar de citar muitas obras boas que Jó acabou fazendo
como, por exemplo, dar aos mais necessitados, dar alimento aos órfãos e vestimentas ao que
precisavam (Jó 31:16-20).

 É curioso para não dizer outra coisa, que na nossa atualidade, quando uma pessoa passapor
algum problema que envolva a falta de dinheiro é logo indagado se esta a ser fiel no ato de
entrega do seu dízimo. Será que Jó quando fosse apresentar sua defesa a Deus para mostra sua
fidelidade para com o Todo poderoso ao ser indagado pelos seus amigos, será que Jó não
deveria ter falado que era fiel na entrega dos dízimos e ofertas?Portanto a Bíblia não nos dá
base para amparar o princípio universal e eterno do Dízimo.

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Capítulo 07
CUMPRIR O DÍZIMO?
E AS OUTRAS PRÁTICAS
ANTERIORES À LEI MOSAICA?

Agora aqui temos uma grade questão que passaremos a bordar de forma mais detalhada abaixo que é
a seguinte: dentro da argumentação dos defensores da doutrina do dízimo, eles por consequência
também não deveriam defender a prática na atualidade de outros costumes praticados anteriores à
promulgação da Lei?

Vamos a alguns dele.

 ERIGIR ALTARES E REALIZAR SACRIFÍCIOS DE SANGUE.

Vamos começar por Noé que erigiu um altar e efetuou sacrifícios de gratidão a Deus antes da Lei de
Moises. Ressaltamos que os textosnão citam ou fazem menção de que os sacrifícios pelos pecados
narrados na Lei, mas claramente revogados no novo testamento, mas sim sacrifícios entregues de
forma voluntárias e em honra e louvor a Deus.

“E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu
holocausto sobre o altar. E o Senhor sentiu o suave cheiro...”Gênesis8:20-21a
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Quantas pessoas você conhece que são cristãos e tem ofertado a Deus holocaustos de cheiro
suave?Abraão é outro caso que também sacrificou ao Senhor, vamos ao texto:

“Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus
chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu
filho.”Gênesis 22:13.

Moisés também é outro caso que efetuou sacrifícios antes da Lei mosaica:

“Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao
Senhor nosso Deus.”Êxodo 10: 25.

 A PASCOA JUDAICA.

E a celebração da páscoa judaica que foi colocada como estatuto perpétuo, conhece alguém que a
pratica da forma exata narrada nas sagradas escrituras?

“E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o
celebrareis por estatuto perpétuo.”Êxodo 12: 14.

 A CIRCUNCISÃO.

Igualmente a circuncisão era uma prática e ordenança anterior a Lei:

“Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o
homem entre vós será circuncidado.”Gênesis 17: 10.

 A LEI DO LEVIRATO.

Da mesma maneira, os que defendem este pensamento, de que a práticaanterior à Lei constitui
princípio eterno, também deveriam defender a prática da Lei do levirato como algo para nós nos dias
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da nossa atualidade. Apenas lembrando que esta prática que é anterior à Lei tinha como objetivo
garantir descendência ao irmão mais velho falecido.

Observe o texto, como inclusive a desobediência acabou com a morte de Onã pelo próprio Deus:

“Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu
irmão.Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando
possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão.
E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.” Gênesis 38:8-10.

Tal prática do levirato acabou sendo regulamentada na promulgação da Lei de Moises:

“Quando irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do falecido não
se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a receberá por mulher, e fará a
obrigação de cunhado para com ela.”Deuteronômio 25:5.

Com isso não estaria correto se a igreja cristã adotasse essa prática, pois também não era anterior a
Lei? Assim sendo se o ato de dizimar se enquadra como um princípio eterno por estar claro ser tal
prática muito anterior a Lei mosaica, assim sendoa lei do levirato não poderia também caminhar na
mesma argumentação de linha de pensamento?

 CONCUMBINAS

Vamos agora à questão das concubinas. Abraão possuía muitas concubinas antes da Lei de Moises e
esta sua atitude não é condenada emparte alguma das escrituras, assim sendo não seria isso também
um princípio eterno a ser seguido?

“Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque; Mas aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu
Abraão presentes e, vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaque, enviando-os ao oriente, para a
terra oriental.”Gênesis25: 5-6.

 SOBRE O DIVÓRCIO.

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Quanto à questão do divórcio, no Livro de Mateus Jesus explica que antes da Lei mosaica não se
praticava, sendo ela, no caso, o divórcio, introduzido pela Lei e modificado por cristo Jesus naquela
oportunidade.

“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e
fêmea os fez, E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois
numa só carne?Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o
separe o homem.
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas
mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher,
não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.”Mateus 19: 4-9.

Vamos agora analisar esta argumentação do fato do divórcio não existirantes da Lei, então para
defender a justificativa do dízimo antes da Lei e sermos coerente devemos então tratar aqueles que
casaram de novo como estando em adultérios?

 A GUARDA DO SÁBADO

Verificamos que tanto o dízimo, a circuncisão e a guarda do sábado já existiam antes da Lei e tais
práticas foram totalmente regulamentadas com a promulgação da lei e vivenciadas nos

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evangelhos,com isso acaba causando equívocos de interpretação, pois é bom lembrarmos que a Nova
Aliança só teve inicio com a morte de Jesus.

É no mínimo curioso que a conduta dos que são contrários às práticas que eram anteriores a Lei
mosaica e reafirmadas na promulgação da lei, como por exemplo, a guarda do sábado e a circuncisão,
e que acabam por colocar o ato de dizimar numa situação de privilegio e com interpretação bem
diferente das demais práticas bíblicas já citadas. Podemos então dizer que o dízimo é diferente e
assim sendo pode ser mantido tal prática na atualidade, estranho né.

 O DÍZIMO É DIFERENTE DAS OUTRAS PRÁTICAS ANTES DA LEI?

 O queocorre na prática pelos defensores do dízimo é que parece ele foi separado das demais
práticas anteriores à lei e apenas e tão somente o dízimo foi trazido para ser praticado na nova
aliança, curioso isso não acham?

 Lembramos a todos que o dízimo que é citado na história bíblica uma vez na vida de Abraão e
a outra na de Jacó, porém em nenhuma parte das sagradas escrituras antes da lei existe o
ensino sobre o dízimocomo devendo ser uma prática a ser vivida de forma continua e como
sendo mandamento de Deus, ou seja, não há ensino que requeira o dízimo como parte de um
processo específico e continuo.

 Na Bíblia, tudo que é importante no relacionamento do homem com Deus, é ordenado e


ensinado, ou mesmo historicamente citado de forma clara, sendo tudo devidamente explicado,
ensinado, aconselhado ou ordenado. Nenhuma destas situações é encontrada com relação a
tudo que foi escrito sobre a prática do dízimo antes da Lei de Moises. Se um pastor argumenta
que pedem o dízimo pelo fato dele ser anterior à Lei, poderíamos responder que a circuncisão
também já era praticada antes da Lei, portanto também deveríamos também pratica-la?

 O apostolo Paulo sempre alertava e se levantava contra a circuncisão porque levariam as


pessoas a ficarem sob a Lei, assim como a doutrina do dízimo. Pastores que defendem o
dízimo têm que proteger e manter o dízimo fora do contexto da Lei, porque se enquadrassem o
dízimo como lei elessabem que teriam descartar a prática do dízimo de acordo com as cartas
de Paulo dentro da nova aliança.

 Mas ai as pessoas poderiam não mais sustentar a igreja e ai o medo começa e muitas coisas
poderiam dar errado. Mas neste caso os Pastores estão apenas olhando para os membros da
igreja apenas como fonte de renda.Vamos então abrir mão da circuncisão, mas vamos manter

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o dízimo, pois a circuncisão não interessa para nós, não é mesmo. Ela não traz dinheiro para a
igreja, assim sendo vamos apenas chamar o dízimocomo alguma coisa diferente da Lei.

Esta é a grande argumentação que líderes repassam para as pessoas que aprendem a Aceitar esta
doutrina e muitas outras. Chamamos isso de racionalização da palavra de Deus.

 NÃO HÁ BASE BÍBLICA PARA O PRINCÍPIO ETERNO DO DÍZIMO

 Deduzimos assim que a palavra de Deus não oferece nenhuma base para o ensino do dízimo
como sendo um princípio eterno.Esta argumentação não passa de opinião pessoal de quem
defende esta tese, sem base na palavra de Deus e consequentemente sem autoridade para os
cristãos seguirem.

 Assim o dízimo que é requerido nas igrejas fica claramente evidenciado como sendo uma
tentativa de se continuar dízimo previsto na Lei Mosaica, mesmo que os líderes religiosos
insistam que não. Esses mesmo pastores também pregam que o apostolo Paulo condenava
viver sob as práticas e ordenanças da Lei.

 Tanto o dízimo “cristão” que hoje é cobrado como o dízimo mosaico, são sistemáticos e
proporcionais ao aumento da renda de cada um, ainda que muito diferente em alguns detalhes,
porém obrigatórios, sendo que o dízimo cobrado hoje dos cristãos normalmente são
solicitados com a citação da mensagem de Malaquias, um texto sobre o dízimo da Lei aos que
estavam sob a Lei.

 Para nós esta muito claro que o “dízimo cristão” praticado hoje está mais relacionado com a
prática do dízimo da Lei do que com ato de dizimar de Abraão, que foi um evento único e
esporádico, e ainda não foi do aumento das suas rendas, mas sim dos bens conseguido na
guerra, ou seja, os despojosque na verdade ele não queria manter consigo, e ainda pelas
informações da bíblia realizado uma única vez durante toda sua vida.

 Mesmo que os Lideres que cobram o dízimo neguem, uma coisa fica bem clara, o dízimo
cobrado por eles é um emaranhado de pedaços de doutrinas que mistura conhecimentos de
alianças diferentes entre si, trazendo verdadeira contradição em torno de si, sem nenhuma
lógica ou autoridade da Palavra de Deus, recebendo ainda um título de “graça”.

 Assim sendo a forma como o tema dízimo é abordado na Bíblia antes da vigência da Lei,
está bem claro que sempre foi esporádico e não por ordenança de Deus. Também não fora
ensinado por nenhumdos profetas e também não possui qualquer ligação os cristãos
gentiosque vivem na Nova Aliança em Jesus Cristo.

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Capítulo 08
O DÍZIMO SEGUNDO OS
EVANGELHOS

 QUANDO COMEÇA A NOVA ALIANÇA?

Um dos maiores erros na interpretação da Bíblia esta no fato de que os quatro evangelhos citam fatos
que aconteceram sob Lei Mosaica, e assim sendo Jesus viveu na vigência da Lei.Temos que
entender que as falas de Jesus nos Evangelhos estavam direcionadas aos que estavam na antiga
aliança.

No período de Jesus, Ele vivia de acordo com a Lei, seus costumes e práticas da época.Pessoas mal
intencionadas e sem qualquer base teológica acabam definindo de certa maneira os quatro
Evangelhos comolivros totalmente pertencentes à nova aliança, porém boa parte dos cristãos mais
conscientes entendem que na verdade a Nova Aliança não começou até o dia em que Jesus morreu na
cruz do Calvário.

 JESUS APROVOU O DÍZIMO EM MATEUS 23:23?

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Precisamos entender que a vida de Cristo precisa ser entendida como uma vida que aconteceu
debaixo de toda a ordenação da Lei de Moisés.O texto de Mateus 23:23 acaba sendo lembrado
rapidamente quando se quer argumentar que Jesus aprovou aexigência do dízimo aos cristãos.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e
desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e
não omitir aquelas.”Mateus 23:23.

Ao contrário da lei do dízimo no antigo testamento, a misericórdia, a fé e o juízo, são citados por
Jesus e amplamente ensinados nos livros da Nova Aliança. Muitos crentes ao lerem o texto
transcrito em Mateus 23, acabam concluindo de forma equivocadaque Cristo Jesus estava ordenando
aos cristãos que vivem na Nova Aliança a cumprirem com a obrigação do dízimo.

Esta conclusão errada se da pelo fato das citações de Jesus estar nos evangelhos e pelo fato de
estarem inseridos no Novo Testamento, e que assim então seriam automaticamente da Nova Aliança
em Cristo.

 A NOVA ALIANÇA COMEÇA COM A MORTE DE CRISTO

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Lembramos que Jesus operou ainda no Antigo Testamento, sendo assim a nova aliança se inicia
com a morte de Cristo, sua ressurreição.

Jesus operou debaixo do Antigo Testamento.Épor essa razão que ele quando curou o cego e o
leproso, ele disse para irem e se mostrarem ao sacerdote que estava no templo.Ele estava operando
sob a vigência do AntigoTestamento. O que marca o Novo é a sua morte e ressurreição.

Jesus estava falando ao fariseu é que ele deveria fazer aquilo que a Lei ordenava.Assim sendo não
é uma aprovação para o dízimo no Novo Testamento. Jesus chamaos fariseus de hipócritas por
estarem cumprindo parte da lei e menosprezando outra parte, a do amor e da misericórdia.

Nesta citação é mencionado algo interessante: a orientação dada por Jesus aosjudeus que ele curava
através dos seus milagres. Nunca Jesus disse a um gentiocuradopor Ele para que se dirigissem ao
sacerdote. Igualmente jamais pediu aos gentios para cumprir da Lei Mosaica:

Vamos pensar um pouquinho: se Jesus quisesse não poderia dizer aos nãojudeus para que após serem
curados fossem se apresentar aos sacerdotes e levarem sacrifícios ao templo mesmo entregarem o
dízimo?Por que não? Ele não poderia fazer isso e ao mesmo tempo observar a Lei! Os gentios não
estavam debaixo da Lei Mosaica e consequentemente não era permitido pela ordenança da Lei que
os que fossem judeus fossemcircuncidados ou entregassem o dízimo.

 APENAS OS JUDEUS TINHAM A OBRIGAÇÃO DE OBEDECER A LEI.

Os dízimos nesta circunstância não poderiam ser aceito, mesmo se os crentes gentios tentassem
entregar. O dízimo legítimo só poderia vir do povo de israel.Fica claro que Mateus 23:23 não tem
significância para os cristãos gentios ou para a igreja. Nem tudo que Jesus fez, assim também como
nem tudo que Abraão fez pode ser exigido dos crentes na atualidade.

Apenas como um exemplo: Jesus celebrou a Páscoa Judaica, mas não significa que isso é uma ordem
aos cristãos atuais celebrarem a Páscoa. Cristo Jesus determinou que o leproso após ser curado fosse
se mostrar ao sacerdote (Mateus 8:1-4), porém isso não pode ser interpretado como uma ordem para
os cristãos a fim de frequentarem num uma igreja para adoração para que pudesse mostra sua
pureza.

Também a oferta que esta na lei de Moisés (Lv 14, Mateus 8:4;) não pode ser entendida como uma
ordem a nós com base na ordem que Cristo deu ao leproso.

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 JESUS CRISTO DIZIMOU?

Outra pergunta a ser respondida? Cristo Jesus entregou o dízimo? A Bíblia não relata que Jesus era
agropecuarista, mas sua profissão era marceneiro. Jesus nasceu de uma família simples e pobre, fato
explícito pelo tipo de oferta que fora levada por seus Pais quando da sua apresentação no templo:

“E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o
apresentarem ao Senhor (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será
consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas
ou dois pombinhos.”Lucas 2:22-24.

Isso ocorreu por haver prescrição na lei de quese a família judaica não tivesse condições financeiras,
ou seja, fosse pobre, a oferta poderia ser dois pombinhos ou par de rolas.

“Mas, se em sua mão não houver recursos para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois
pombinhos, um para o holocausto e outro para a propiciação do pecado; assim o sacerdote por ela fará
expiação, e será limpa.”Levítico 12:8.

Famílias pobres como por exemplo, a de Jesus,não davam dízimo, na verdade elas recebiam ajuda do
dízimo específico, fato amplamente já demonstrado nos textos anteriores.Jesus quando adulto,
durante o seu ministério,adotou uma conduta reservada aos mais pobres conforme já previsto no livro
de Levítico e segundo a lei:

“Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-
ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus.”Levítico 19:10.

Vejam o texto no livro de Deuteronômio também:

“Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a
tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o Senhor teu Deus te abençoe
em toda a obra das tuas mãos, Quando sacudires a tua oliveira, não voltarás para colher o fruto dos
ramos; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será. Quando vindimares a tua vinha, não

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voltarás para rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será.”Deuteronômio 24:19-
21.

O povo de Israeldeveria lembrar-se dos mais pobres até na hora da colheita dos seus frutos: Na
verdade o dízimo da lavoura não incluía toda a porção de terra. O Senhor havia ordenado aos
donos da terra que não colhessem os cantos das lavouras e também para não pegarem os frutos
caíssem depois da colheita. Esses frutos que caiam eram para os pobres.

 OS DISCÍPULOS DE JESUS SE ALIMENTAVAM DO DÍZIMO DOS


POBRES.

 Em 3 textos bíblicos é mostrado os discípulos que seguia a Cristo Jesus comendo deste
resto de alimentos que sobravam nas colheitas e eram reservados para os pobres. Se fosse esta
orientação da lei, os discípulos de Jesus com certeza seriamacusados pelos fariseus roubarem
a colheita deles, e ainda mais, se eles não fossem classificados dentre os pobres, também
poderiam serseriam acusados de se aproveitar dos alimentos que sobravam e que eram
destinados tão somente aos pobres.

 Sendo pobres dentro da orientação da Lei, não davam o dízimo, e ainda recebiam os alimentos
da sobra conforme a Lei. Na verdade os fariseus não apresentaram acusação contra Jesus por
ele não devolver o dízimo. Não porque ele cumprisse esta obrigação, mas não o acusavam
porque ele não era enquadrado dentre os que deviam pagar porque era pobre.

 Os discípulos de Jesus e ele próprio não eram obrigados a dizimar porque eram pobres. A
passagem onde eles recolhem as espigas que sobravam nas plantações é registrada por 3 vezes
(Lucas 6:1-2, Marcos 2:23-24, Mateus 12:1-12).Se de fato o ato de dizimar fosse obrigado
para todos, então os fariseus poderiam facilmente ter acusado Jesus e seus discípulos de não
devolverem o dízimo sobre os grãos tinham colhido e comido.

 O fato é que não houve tal acusação, demonstrando que a lei do dízimo não se aplicava as
pessoas pobres que colhiam restos de espigas. Fica assim evidenciado de forma clara que
Jesus não dizimou apesar de ele ter orientado cumprimento da lei mosaica nos evangelhos, e
assim o fez porque ele, Cristo viveu na vigênciada Lei.

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 EXISTIA DINHEIRO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO?

Após estudarmos de forma bem ampla como era o dízimo na vigência da Lei, é importante também
entendermos como a sociedade da época estava organizada no contexto das profissões e como era a
relação deles com o dinheiro.

Importante fazermos este estudo, pois muitos defensores do dízimo argumentam que o ato de dizimar
era realizado com produtos agropecuários, pois o povo de Israel eram todos agropecuaristas, assim
sendo como na nossa sociedade atual, pouquíssimos são agropecuaristas, deveríamos concluir que os
animais e o produto da lavoura para o judeu estariam na mesma posição hoje do dinheiro usado
pelos cristãos da nossa época.

Dentro desta linha de argumentação 2 erros: Nem todos os judeus eram donos de terras e assim
proprietários de produtos agropecuários.É estranho e curioso ouvir pastores se referindo esses 3
versículos em Levítico capítulo 27 e argumentar que os frutos e grãos são equivalentes ao
dinheiro que existe hoje na nossa sociedade contemporânea.

Quando fazem isso, deturpam o dízimo para resignificar outra coisa que não é a verdade. As frutas e
grãos são os que as pessoas consomem hoje. A nova aliança não sugere, indica ou suporta esta
mudança para o dízimo.

 HAVIA DINHEIRO SIM SENHOR.

Outra tese mentirosa é a da inexistência de dinheiro nos tempos bíblicos, sugerindo-se apenas a
prática de troca de bens, quando na verdade já havia dinheiro que é citado no livro de Gênesis, que
inclusive tinha o mesmo objetivo do dinheiro da nossa atualidade.

O livro de Gênesis47:15-17 cita, no entanto que a troca de bens havia sido usadana falta do dinheiro:

“Acabando-se, pois, o dinheiro da terra do Egito, e da terra de Canaã, vieram todos os egípcios a José,
dizendo: Dá-nos pão; por que morreremos em tua presença? porquanto o dinheiro nos falta. E José

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disse: Dai o vosso gado, e eu vo-lo darei por vosso gado, se falta o dinheiro. Então trouxeram o seu
gado a José; e José deu-lhes pão em troca de cavalos, e das ovelhas, e das vacas e dos jumentos; e os
sustentou de pão aquele ano por todo o seu gado.”Gênesis 47:15-17.

 TEXTOS BÍBLICOS ONDE A PALAVRA DINHEIRO É MENCIONADA.

No livro de Gênesis o termo dinheiro é citado 29 vezes, sendo que em algumas traduções um pouco
diferente é usado o vocábulo “prata” que comumente usada como dinheiro. Após o dízimo ser
citado na Lei Mosaica a palavra dinheiro é citada 38 vezes.

Vamos analisar os 2 textos bíblicos onde a palavra dinheiro é mencionada:

“Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha
aliança na vossa carne por aliança perpétua.”Gênesis 17:13.

“E Abraão deu ouvidos a Efrom, e Abraão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos dos
filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, corrente entre mercadores.” Gênesis 23:16.

A prata que era calculada em pesos e usada como medida o termo “siclos”, que era a moeda usada
entre os comerciantes da época, pessoas que não viviam da agropecuária.Como não existia ainda a
fabricação de moedas mesmo que de forma artesanal, a prata era usada no lugar do dinheiro de
maneira bruta mesmo e calculada pelo peso no momento da realização da transação.

No livro de Levítico 19:35-36, cita a determinação de Deus para o povo hebreu fossem honestos na
hora de usar a balança sem trapacear.

“Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida. Balanças justas, pesos
justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do
Egito.”Levítico 19:35-36.

Esta maneira de usar como dinheiro a prata que era pesada no momento da transação, não era um
costume usado apenas entre gentios pagãos como alguns podem querer argumentar.

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 O USO DA PRATA COMO DINHEIRO.

Ao contrário, a prata também era utilizada e pesada, tendo como unidade padrão o “siclo”,
(aproximadamente 11.4 gramas), assim sendo um costume genuinamente do povo de Israel, como
vemos em diversos textos bíblicos:

“E a prata dos arrolados da congregação foi cem talentos e mil e setecentos e setenta e cinco siclos,
conforme o siclo do santuário;”Êxodo 38:25.

“Dos primogênitos dos filhos de Israel recebeu o dinheiro, mil e trezentos e sessenta e cinco siclos,
segundo o siclo do santuário.”Números 3:50.

Leia ainda Êxodo 30:13, e Números 18:16 que tratam do mesmo assunto.

Além desta maneira de se usar como dinheiro corrente a prata como metal valioso que era medido em
siclos, está na Bíblia a citação de um valor monetário denominados de dracmae também o darico que
eram moedas.

Em muitas traduções essas palavras são usadas intercaladas, sendo em uma usado o termo dracmas,
possivelmente a dracma grega, já em outras citações é usado o darico que possui origem persa.De
qualquer maneira, qualquer que seja o vocábulo utilizado, todos possuem o significado de moedas
que eram cunhadas. Vamos aos textos da bíblia.

“E uma parte dos chefes dos pais contribuíram para a obra. O governador deu para o tesouro, em
ouro, mil dracmas, cinquenta bacias, e quinhentas e trinta vestes sacerdotais.”Neemias 7:70.

“E vinte bacias de ouro, de mil dracmas, e dois vasos de bom metal lustroso, tão precioso como
ouro.”Esdras 8:27.

“E deram para o serviço da casa de Deus cinco mil talentos de ouro, e dez mil dracmas, e dez mil
talentos de prata, e dezoito mil talentos de cobre, e cem mil talentos de ferro.” 1 Crônicas 29:7.

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Fica claro por estas passagens das escrituras que o dízimo era fruto de produtos agropecuários num
período em pessoas já usavam dinheiro sim senhor como alguns querem negar. Assim como nos dias
atuais, os produtos agropecuários são usados para saciar a fome do povo e o dinheiro continua
cumprindo sua função como no período bíblico citado. Nada mudou nestas 2 realidades que
continuam sem alterações mesmo com o progresso do mundo.

 OUTRAS PROFISSÕES DO POVO DE ISRAEL ALÉM DE SER


AGROPECUARISTA.

Já em relação à argumentação de todo povo de Israeleram agropecuaristas, lembramos que a sagrada


escritura cita de forma bem clara a existência de muitas profissões no meio do povo judeu do
período bíblico.

Essas profissões eram remuneradas na forma de dinheiro corrente na épocae as pessoas que
trabalhavam nestes ofícios não eram agropecuaristas, portanto não poderiam devolver o dízimo na
forma citada pela na Lei, que eram produtos agropecuários e animais do campo.

 O OFÍCIO DE MERCADORES.

As pessoas possuíam esta profissão não podiam entregar o dízimo prescrito na Lei, uma vez que suas
posses não eram produtos agropecuários, mas sim dinheiro como os siclos de prata usados na
época.Não encontramos nenhuma citação na bíblica para que estes comerciantes transformassem seu
dinheiro em bens agropecuários para dizimarem, ou que deveriam separar 10% do dinheiro para
entregar como dízimo.

Diferente do que muitos querem argumentar, existiam sim muitas outras profissões que são citadas
nas sagradas escrituras, sendo todasdiferentes de agropecuaristas.

Vejamos outras delas:

 A PROFISSÃO DE ARTES MANUAIS

“E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor, Para


elaborar projetos, e trabalhar em ouro, em prata, e em cobre, E em lapidar pedras para engastar, e em
entalhes de madeira, para trabalhar em todo o lavor.”Êxodo 31:3-5.

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 A PROFISSÃO DE PADEIRO

“Então ordenou o rei Zedequias que pusessem a Jeremias no átrio da guarda; e deram-lhe um pão
cada dia, da rua dos padeiros, até que se acabou todo o pão da cidade; assim ficou Jeremias no
átrio da guarda.”Jeremias 37:21.

“Todos eles são adúlteros; são semelhantes ao forno aceso pelo padeiro, que cessa de mexer nas
brasas, depois que amassou a massa, até que seja levedada.”Oséias 7:4.

 CARPINTEIROS E CONSTRUTORES:

“E o dinheiro, depois de pesado, davam nas mãos dos que faziam a obra, que tinham a seu cargo a
casa do Senhor e eles o distribuíam aos carpinteiros e aos edificadores que reparavam a casa do
Senhor. Como também aos pedreiros e aos cabouqueiros; e para se comprar madeira e pedras de
cantaria para repararem as fendas da casa do Senhor, e para tudo quanto era necessário para reparar
a casa.” 2 Reis 12:11-12.

“Aos carpinteiros, aos edificadores e aos pedreiros; e para comprar madeira e pedras lavradas, para
repararem a casa.”2 Reis 22:6.

Leia ainda Mateus 13:55 e Marcos 6:3 sobre o mesmo assunto.

 PROFISSÃO DE COZINHEIRO:

“Então disse Samuel ao cozinheiro: Dá aqui a porção que te dei, de que te disse: Põe-na à parte
contigo.
Levantou, pois, o cozinheiro a espádua, com o que havia nela, e pô-la diante de Saul; e disse Samuel:

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Eis que o que foi reservado está diante de ti. Come; porque se guardou para ti para esta ocasião,
dizendo eu: Tenho convidado o povo. Assim comeu Saul aquele dia com Samuel.” 1 Samuel 9:23-24.

 OFÍCIO DE PESCADOR.

“E os pescadores gemerão, e suspirarão todos os que lançam anzol ao rio, e os que estendem rede
sobre as águas desfalecerão.”Isaías 19:8.

Leia ainda Jeremias 16:16 e Mateus 4:18.

 PROFISSÃO DE ADMINISTRADOR.

“E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-
lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros.”Mateus 20:8.

 PROFISSÃO DE OURIVES:

“O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro, e forja para ela cadeias de prata.”Isaías 40:19.

 PERFUMES QUE JÁ ERAM PRODUZIDOS POR PERFUMISTAS.

“Ao seu lado reparou Uziel, filho de Haraías, um dos ourives; e ao seu lado reparou Hananias, filho
de um dos boticários; e fortificaram a Jerusalém até ao muro largo.”Neemias 3:8.

 CONSTRUTOR DE TENDAS, OFÍCIO DE PAULO.

“E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.”Atos
18:3.

 ESTAS PROFISSÕES DAVAM DÍZIMO?

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Na bíblia não existe nenhuma citação de que todos esses trabalhadores que possuíam estas profissões
tinha que pegar os seus salários em dinheiro e converter em produtos agrícolas para poderem entregar
o dízimo.Concluímos assim que provavelmente Tiago, João, Pedro e André que eram pescadores, não
entregavam dízimos, assim como a família de Jesus, ele próprio e seu pai que eram carpinteiros.

Finalizando, o próprio apóstolo Paulo que era construtor de tendas, não dizimava, poistodos citados
anteriormentenão eram agropecuaristas. A sagrada escritura cita nos seus livros que existiam as
chamadas Alianças feitas entre Deus e os homens no decorrer da história bíblica.

Cada aliança possuía suaspeculiaridades, e caso não preste atenção nisso, poderemos incorrer em
interpretações errôneas, pois as orientações passadas a determinado povo, numa determinada época e
sob uma aliança específica,não poderiam ser aplicadas a outros povos em condições totalmente
diferentes.

Muito comumente vemos alguns temas do Antigo Testamento que são levados para a Nova Aliança
revestidos com uma forma e ênfases que nada tem a ver com o propósito original. Esta muito claro
que o ato de dizimar é algo que foi ordenado na Lei Mosaica, que na oportunidade regulava uma
aliança de Deus com o povo hebreu.

A igreja atual de Cristo não faz parte da nação de Israel. Nós somos gentios e não parte do povo
hebreu, e assim sendo não estamos debaixo desta aliança e sob a Lei Mosaica, assim não é correto
ensinar pequenos textos bíblicos da Lei sobre odízimo e repassar ao povo cristão, retirando assim
totalmente esta doutrina do seu contexto original e exigindo o dízimo nos dias atuais.

Como a Igreja atual não adere ao ritual completo do dízimo, não poderia usar parte dele para exigir o
dízimo na atualidade. É errado usar apenas partes escolhidas a dedo do ritual do dízimo exigi-lo dos
cristãos para sustentar a igreja instituição.

O correto seria indagar a Igreja (pessoas) se elas estariam dispostas a sustentar os ministérios
existentes na igreja. Esta foi a maneira como foi feito na igreja primitiva, e naquele contexto não
havia cristãos necessitados entre eles.O dízimo exigido nas igrejas cristãs contemporâneas éum
emaranhado de textos bíblicos que não se encaixam pelo fato de tratarem de realidades e alianças
distintas e inconciliáveis entre si. O crente atual ficará confuso se tentar buscar um modelo do ato
de dizimar na bíblia, simplesmente porque não existe.

 O MODELO USADO PARA SE PEDIR O DÍZIMO NAS IGREJAS.

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Vamos ver como na maioria das igrejas comumente é feita a leitura antes do recolhimento das
ofertas:

1. Primeiro lê alguns versículos de Malaquias 3, onde chamam o povo que não devolve o dízimo
de ladrão, se esquecendo de que este dízimo era da lei.

2. Depois quem esta fazendo a leitura diz que o dízimo deve ser um atovoluntário, citando neste
caso o modelo de Abraão, que neste caso nada tem a ver com o dízimo da lei e para terminar
o pregador diz que “Deus ama quem dá com alegria”, um texto já sob a Nova Aliança.

 SOB QUAL ALIANÇA VOCÊ ESTA?

É importante que os crentes da atualidade conheçam as alianças que foram feitas entre Deus e os
homens, para não cair no erro de se tentar viver sob alianças diferentes e distintas mesmo tempo.A
bíblia nos mostra a Nova Aliança em Cristo, aliança no seu sangue.

Cabe a cada cristão buscar na Palavra o conhecimento sobre tal aliança em Cristo Jesus que se
encontra e assim aprender sobre como o Cristo almeja que a humanidade empregue seus bens
para o sustento de sua obra e dos pobres.

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Capítulo 09
A RELAÇÃO DE DEUS COM O
HOMEM NO CURSO DAHISTÓRIA

A Bíblia nos mostra alianças que foram feitas por Deus com a humanidade. Aliança representa um
acordo feito entre as partes com a aprovação de todos os envolvidos.

Muitas alianças são feitas pessoas iguais ou povos, sem que qualquer parte esteja numa posição
inferior em relaçãoaoutras pessoas, podendo aqui ser citado o casamento, uma aliança de amor.

Outras alianças já possuem alguns termos em que uma parte estará em posição superior à outra, como
por exemplo, um Pais vitorioso em uma guerra firma um aliança com o povo que foi derrotado. E
por fim citamos a Aliança quando o Deus todo poderoso e Criador dos céus e da terra firma aliança
com homens que são suas criaturas.

Assim sendo sempre será necessária uma concordância das partes que firmam a aliança e por
consequência acaba afastando as partes quando há a quebra dos termos combinados, como rebelião
ou traição da outra parte.

 AS PRIMEIRAS ALIANÇAS DE DEUS PARA COM A HUMANIDADE.

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Bom, inicialmente partiremos do pressuposto a de que em se falando de alianças do homem com


Deus, temos que a principal divisão que existe na bíblia não é entre o novo e o velho testamento, mas
sim entre a antiga e a nova aliança. Isso será importe para conhecermos as alianças que deus fez com
os homens antes da definitiva e atual Nova Aliança.

 A ALIANÇA COM NOÉ.

O senhor Deus pactuou uma aliança com Noé. Vamos ao livro de Gênesis:

“Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as
mulheres de teus filhos contigo.”Gênesis 6:18.

Adiante, compreende-se que esta aliança era não apenas com a família de Noé, mas com todos os
seres vivos: Então disse Deus a Noé e a seus filhos, que estavam com ele:

“E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:E eu, eis que estabeleço a minha aliança
convosco e com a vossa descendência depois de vós. E com toda a alma vivente, que convosco está, de
aves, de gado, e de todo o animal da terra convosco; com todos que saíram da arca, até todo o animal
da terra.
E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do
dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.”

E Deus continuou:

“E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que
está convosco, por gerações eternas”. O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da
aliança entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o
arco nas nuvens. Então me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma
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vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. E
estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma
vivente de toda a carne, que está sobre a terra.

Concluindo, disse Deus a Noé:

“Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a
terra.”Gênesis 9:8-17.

 A ALIANÇA COM ABRAÃO.

Vamos agora à promessa e a aliança que Deus fez com Abraão:

“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra
que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu
serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra.”Gênesis 12:1-3.

Porém Abrão, muito ano após esta promessa ficou ansioso ainda não possuía filhos, e acabou se
sentindo não seguro para com a promessa e o seu cumprimento, promessa esta que recebera do
próprio Deus.

Abrão abriu o seu coração ao Senhor, lhe relatando sobre a sua angustia. Após esta conversa que
Abraão teve com Deus, o Senhor disse a ele em uma visão:

“Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu
sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.”

Porém Abrão indagou a Deus:

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“Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha
casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido
na minha casa será o meu herdeiro.”

Deus lhe respondeu:

“E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de
tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro.”

E conduzindo Abraão fora lhe disse:

“Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-
lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça.” Gênesis
15:1-6.

Como Deus fez sua promessa a Abrão e ele acreditou, foi firmada assim aliança do Senhor com
Abraão, sendo sua fé lhe imputada justiça.Vamos àaliança que Deus fez com Abrão:

“Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: tua descendência tenho dado esta
terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, E o
heteu, e o perizeu, e os refains, E o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.” Gênesis 15:18-
21.

Muitos anos mais tarde o chamou, quando Abraão já estava com noventa e nove anos de idade, Deus
fez sua aliança com Abraão, inclusive com detalhes sobre o sinal que esta aliança conteria.

“Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu
sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.E porei a minha aliança entre mim
e ti, e te multiplicarei grandissimamente.Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele,
dizendo:Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações;E não se chamará
mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te
Tenhoposto;E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti;E
estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por
aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti.E te darei a ti e à tua
descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão
e ser-lhes-ei o seu Deus.Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu, e a tua
descendência depois de ti, nas suas gerações.Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e
a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado.E circuncidareis a
carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós.”Gênesis 17:1-11.

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 A ALIANÇA COM MOISÉS.

Muitos anos posteriores a esta aliança de Deus com Abraão, já quando o povo hebreu estavavivendo
como escravos nas terras do Egito, da sarça ardente Deus falou com Moisés, convocando-o a liderar
a saída do povo de Israel do Egito.

Nesta história bíblica, Faraó não queria dar a liberdade ao povo, e o povo também do outro lado
incrivelmente não criam em sua libertação. O Senhor falou ao povo trazendo as suas memórias a
aliança que havia feito com Abraão:

“Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o Senhor. E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó,
como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido. E
também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra de suas
peregrinações, na qual foram peregrinos. E também tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos
quais os egípcios fazem servir, e lembrei-me da minha aliança. Portanto dize aos filhos de Israel: Eu
sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos
resgatarei com braço estendido e com grandes juízos.E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso
Deus; e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios; E
eu vos levarei à terra, acerca da qual levantei minha mão, jurando que a daria a Abraão, a Isaque e a
Jacó, e vo-la darei por herança, eu o Senhor.”Êxodo 6:2-8.

Assim sendo, o Senhor deu a liberdade ao povo, retirando-os do Egito e uma vez no deserto falou
com o povo através de Moises:

“Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de
Sinai,
Porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se
acampou em frente ao monte. E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim
falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como
vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim; Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz
e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos,
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porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras
que falarás aos filhos de Israel.”Êxodo 19:1-6.

A obediência de que Deus havia falado, basicamente estava no fato do povo obedecer aos
mandamentos, ou seja, à Lei que Deus Senhor estava na oportunidade começando a entregar ao povo
por Moisés.

O princípio da Lei, sua parte mais difícil de entender, residia no fato de obedecerem aos 10
Mandamentos. E Deus disse essas palavras:

“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão.Não terás outros deuses diante de mim.Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas
águas debaixo da terra.Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou
Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que
me odeiam.E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus
mandamentos.Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão.Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.Seis dias
trabalharás, e farás toda a tua obra.Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás
nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.Porque em seis dias fez o Senhor os
céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia
do sábado, e o santificou.¶ Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra
que o Senhor teu Deus te dá.Não matarás.Não adulterarás.Não furtarás.Não dirás falso testemunho
contra o teu próximo.Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo,
nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu
próximo.”Êxodo 20:1-17.

A partir desta ordem inicial, Moisés repassa ao povo de Israeltoda Lei, que basicamente
consistiam-se em diversas ordens, além da circuncisão que já havia sido dada a Deus a Abraão
anteriormente.Essas ordenanças estavam ligadas aos principais aspectos da vida cotidiana do
povo Judeu, como por exemplo, o relacionamento entre os homens e deste com próprio Deus, sendo
que nesta oportunidade surge a obrigatoriedade de se entregar os dízimos.

A todo este conjunto de leis que fora entregue por Deus ao povo de Israel por Moisés, convencionou-
se chamar de Lei Mosaica. Este conjunto de Leis detalha as obrigações do povo de Israelnesta aliança
feita por Deus. Assim a fidelidade e a obediênciadesta aliança, estava no fato de que o povo deveria
cumprir o que estava previsto na Lei. A esta aliança deu se o nome de Antiga Aliança.

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Importante ressaltar que a aliança feita por Deus com Abraão foi reafirmada novamente com o povo
quando este estava no deserto.Naquela oportunidade a Lei Mosaica regulou vida do povo judeu.
Posterior, uma vez que o povo foi infiel enão cumpriu o pacto feito na aliança, o Senhor falou por
Jeremias um profeta da época, que adiante no futuro, realizaria uma outra e nova aliança, totalmente
diferente da 1ª.

“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de
Judá.
Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra
do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha
lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor;
porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a
sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.”Jeremias 31:31-34.

 A NOVA ALIANÇA COM CRISTO

Esta Nova Aliança foi feita pelo Senhor Deus através da morte de Cristo Jesus na cruz. O
Evangelho de Lucas citaJesus dizendo sobre esta Nova Aliança ao falar assim:

“Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu
sangue, que é derramado por vós.”Lucas 22:20.

Na carta aos Hebreus, seu autor mostra a mudança de uma aliança para outra de forma bem explicada
e detalhista.A ordem anterior fora revogada por ser inútil. A Lei não havia conseguido aperfeiçoar a
ninguém, tendo sido colocada uma esperança muito superior, na qual os homens se aproximam de
Deus.

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“Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és
sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque, De tanto melhor aliança Jesus foi feito
fiador.”Hebreus 7:21-22.

Na mesma carta, um pouco mais adiante, Hebreus da detalhes ainda maiores sobre tal tema, ao citar
Jeremias também a Antiga Aliança se tornou inadequada, velha caminhando assim para o seu
desaparecimento.O ministério que Jesus recebeu é muito superior ao deles, como assim também
a nova aliança da qual ele, Jesus é mediador, é muito superior à antiga aliança, sendo
estruturada em promessas maiores, uma vez que se a primeira fosse perfeita, não seria necessário
colocar outra no lugar da primeira, onde o Senhor achou o povo em falta e assim falou:

“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança
que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se
teria buscado lugar para a segunda. Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o
Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, Não
segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do
Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.
Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as
minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me
serão por povo; E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece
o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior. Porque serei
misericordioso para com suas iniquidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me
lembrarei mais. Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se
envelhece, perto está de acabar.” Hebreus 8:6-13.

 SER CRISTÃO É BEM DIFERENTE DE SER JUDEU

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Assim, os cristãos passam a viverum novo momento e uma realidadebem diferente davivida pelo
povo judeu durante a vigência da Lei, a partir do momento que Deus faz esta nova aliança.(Vemos
aqui que Deus escreveu desta vez suas leis não mais em pedras, papel ou pedras, mas agora no
coração e na mente do cristão). Portanto, já não será um homem a ensinar outro homem.

Uma vez que conhecem a Deus, os crentes dependem agora da lei transcrita em seus corações ao
invés de confiar naantiga aliança. Os hebreus, a quem esta carta se destinava, teriam que entender de
forma bem clara esta nova aliança, poishaviam vivido muitos anos embaixo da ordenança da
Antiga Aliança, onde antes tinham que cumprir tudo que ela mandava pela Mosaica, inclusive a
entrega dos dízimos que era obrigatória.

O autor da carta aos Hebreus, assim esta sempre voltando ao assunto trazendo a tona a obra que
Cristo realizou. Assim esta aliança foi firmada através da morte de Jesus, de seu sangue
derramado na cruz, para que nós sejamos limpos de nossos pecados e tenhamos assim a vida
eterna.

[...] Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a
Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? “E por isso é
Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que
havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.”Hebreus
9:14-15.

No Antigo Testamento, conforme preconizava a Lei Mosaica, apenas o Sumo Sacerdote deveria
entrar no Santo dos Santos, e ainda assim em data e circunstâncias específicas. O povo precisava do
sacerdócio que era sustentado pelos dízimos, pois eles mesmos não poderia se chegar a Deus de
forma direta, situação que foi transformada na Nova Aliança.O Espírito Santo testifica arespeito
disso.

“E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com
eles Depois daqueles dias, diz o Senhor:Porei as minhas leis em seus corações,E as escreverei em seus
entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades. Ora, onde
há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado. Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no
santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela
sua carne, E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado
com água limpa;”Hebreus 10:15-22.

Paulo escreve sobre esta maravilha de se viver na Nova Aliança quando em suas palavras na sua
Segunda Carta aos Coríntios, a Antiga Aliança é narrada como uma aliança de letra que mata, já a
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nova Aliança como uma aliança do Espíritoque vivifica. Esta explicação nos leva ao erro de
interpretação dessas expressões quando fora do contexto, onde na visão de que o estudo teológico
seria a “letra que mata”, enquanto a doutrina fundada em experiências místicas sem
fundamentação na palavra seria o Espírito que vivifica.

“O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito;
porque a letra mata e o espírito vivifica.E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio
em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da
glória do seu rosto, a qual era transitória,Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da
justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente
glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.
Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha
um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que
era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por
levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido;E até hoje, quando é lido Moisés, o
véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.
Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.Mas todos nós, com rosto
descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória
na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”2 Coríntios 3:6-18.

 DEUS LIBERTA O HOMEM DO JULGO DA LEI

O Espírito Santo de Deus liberta o homem do jugo da Lei. A Lei de Moises, formada pela
Antiga Aliança, levou o homem até Cristo, sendo seu tutor, portanto, já cumprido o seu papel como
menciona o apostolo Paulo na carta aos Gálatas:

“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos
justificados.Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.”Gálatas 3:24-25.

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Os cristãos foram libertos da Lei como bem explica Paulo em sua carta aos Romanos:

“Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por
todo o tempo que vive? Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada
pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será
chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será
adúltera, se for de outro marido. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo
de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto
para Deus. Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam
em nossos membros para darem fruto para a morte. Mas agora temos sido libertados da lei, tendo
morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na
velhice da letra.” Romanos 7:1-6.

O crente deve assim servir a Deus de acordo com a nova maneira, no Espírito, direcionado pelo
Espírito e não mais pela Lei escrita. É sem base nas escrituras a doutrina que cobra dos cristãos na
Nova Aliança a obrigatoriedade de se colocar sob as ordens da Lei como, por exemplo, a entrega
de dízimos.O primeiro Concílio da Igreja que ocorreu em Jerusalém, e narrado em Atos 15, tratou
justamente da obrigatoriedade, ou não, dos gentios terem que cumprirordenanças da Lei.

“Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes
conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão
e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém,
aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.” Atos 15:1-2.

 UM DILEMA TEOLÓGICO

A igreja cristã,recém-formada, enfrenta um de seus primeiros dilemas teológicos, pois


aproximadamente vinte anos depois do Calvário, a igrejafundada em Jerusalém ainda não havia
enfrentado a questão da lei no que se refere ao seu cumprimento por parte dos gentios.

Os cristãos judeus ainda se sentiam confortáveis ao manter suas tradições judaicas juntamente com
os ensinamentos cristãos. Muito provavelmente os cristãos gentios dentre seus membros haviam sido

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circuncidados se a questão não tivesse emergido para esta discussão. Porém como Paulo tinha voltado
com o testemunho de muitos crentes gentios não circuncidados, esta discussão chegou a uma crise,
devendo algo ser decidido. A decisão dos presentes ao concílio foi de que o cumprimento das
ordenanças da Lei não deveria ser imposto aos gentios, e mandaram esta decisão para as igrejas.

“Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas
coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne
sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.”Atos 15:28-29.

Assim teve muita alegria por parte da igreja primitiva:

“E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.”Atos 15:31.

Interessante o fato de que nada foi falado sobre a entrega de dízimos, pois eles decidiram impor
aos cristãos gentios a ordem de se absterem decertas coisas, mas eles não disseram aos gentios para
entregarem o dízimo, pois este momento seria a oportunidade perfeita para colocarem a necessidade
de entrega do dízimo, porém isso não foi estabelecido.

Este fato é de grande relevância, pois os gentios não eram judeus, pouco sabiam da cultura
judaica, muito menos de suas leis. Desta forma seria muito importante o ensino sobre a doutrina
do dízimo para estes povos, caso a igreja entendesse que o cristão na Nova Aliança deveria devolver
o dízimo.

Como na oportunidade nada foi dito sobre o tema, todos os gentios, que nada sabiam sobre o dízimo
da lei judaica, ficaram desobrigados de entregá-lo, pois agora estavam vivendo na Nova Aliança,
uma realidade bem diferente da Antiga Aliança, suas ordenanças, principalmente o dízimo.

Dentro deste modo de pensar chegamos ao fato de que os livros da nova Aliança nunca ensinou o
dízimo a ninguém.Na Galácia ocorria um movimento de heresia onde se estavam voltando as às
práticas da Lei sendo que o apostolo Paulo rapidamente se levantou contra tal movimento chamando
seus participantes de “insensatos” uma vez que estavam se colocando novamente debaixo de
maldição.

“Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de
quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós? Só quisera saber isto de vós: recebestes o
Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo
Espírito, acabeis agora pela carne? Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi
em vão. Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei,
ou pela pregação da fé?” [...] “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da
maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão
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escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus,
porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas
viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gálatas 3:1-5; 10-13.

Os defensores do dízimo poderiam dizer que a maioria dessas tentativas de se voltar àprática da Lei
estavam mais ligada à circuncisão do que ao ato de dizimar, querendo deduzir assim que o dízimo
não seria uma volta à Lei. Reforçamos que as duas práticas foram exercidas no período da lei,
sendo assim incorporadas as ordenanças, merecendo assim o tratamento quando estudados à luz da
Nova Aliança.

Neste período a prática da circuncisão era a primeira coisa que se fazia numa tentativa de volta à Lei
no período de Paulo. Na atualidade, esta prática é o dízimo, quando é exigido nas igrejas, como tem
acontecido na prática.A maioria dos crentes em Cristo não enxergam que o dízimo seja um
caminho que conduz a volta à prática da lei, pois entendem que a igreja tem que ter uma renda, sendo
assim Deus deve aprová-lo.

O cristão deve viver pela fé, já o que temos visto é um esforço onde se busca justificar-se pelas obras
das pessoas, é ai que entra o dízimo. Devemos entender que o cristãonão deve se colocar mais
debaixo das ordenanças da Lei Mosaica, pois isto já esta amplamente estudado e discutido, sendo
que mesmo nos primórdios da igreja cristã tal situação já havia sido debatido.

 ALGUNS INSISTEM EM COLOCAR JULGO NA IGREJA

Infelizmente alguns procuram deturpar o cristianismo verdadeiro, colocando sobre a igreja um jugo
da Lei, isso tudo em plena Nova Aliança em Cristo Jesus, onde nestes casos deveria o cristão se
colocar em uma posição alinhada e de acordo com a sagrada escritura, independentemente de quem
seja a pessoa que queria exigir a prática desta doutrina do dízimo equivocada.

Não devemos permitir que ninguém, ainda que seja um pastor, ou até mesmo uma pessoa amiga com
boas intenções que queira te escravizar novamente com este jugo do Antigo Testamento. Você já foi
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liberto, não é mais um escravo e assim sendo não pode se colocar debaixo da obrigação de cumprir a
lei do dízimo.

Devemos nos alimentar diariamente da palavra de Deus, não se esquecendo da instrução que Paulo da
na Carta aos romanos:

“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca
esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será
justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se
manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de
Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça,
pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue,
para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele
que tem fé em Jesus. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela
lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. É porventura Deus
somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, Visto que Deus
é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão. Anulamos, pois, a lei pela
fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.”Romanos 3:19-31.

Olha que notícia maravilhosa. Os cristãos agora encontram justificação de graça em Deus por meio
da salvação que há em Jesus Cristo, o qual o Senhor entregou como sacrifício para a propiciação
que acontece pela fé, através do sangue de Cristo.

Cumprir a Lei e suas ordenanças, como por exemplo, a prática do dízimo, não tem nada a ver com
uma vida cristã de alguém que tenha sido justificado pela graça de Deus em seu filho Jesus que se
entregou por nós na cruz.

Líderes da atualidade insistem em querer escravizar os cristãos com tradições e orientações humanas
sem base na palavra de Deus, como a doutrina do dízimo, que na atualidade é apenas uma ordenança
ultrapassada da Lei mosaica, que hoje em dia não tem nada a ver com os cristãos que se encontram na
Nova Aliança. Cristo anulou na cruz a dívida da Lei que se encontravam no cumprimento das
ordenanças, e a retomou colocando-a na cruz, como bem explica o apostolo Paulo na carta aos
Colossenses:

“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a
tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade; E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o
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principado e potestade; No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no
despojo do corpo dos pecados da carne, pela circuncisão de Cristo; Sepultados com ele no batismo,
nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. E, quando
vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele,
perdoando-vos todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a
qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E,
despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto,
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos
sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.”Colossenses 2:8-17.

Esta é a nova realidade de vida que encontramos em Jesus. As ordenanças da lei colocava sobre nós
uma dívida que já foi pregada na cruz por Cristo, tendo sido assim anulado em seu corpo a lei
Mosaica e suas ordenanças que infelizmente muito insistem em trazer de volta através da prática dos
dízimos.

Esta lei já foi anulada em Cristo, como vemos na carta aos Efésios:

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que
estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em
ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar
ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.”Efésios 2:14-16.

 JESUS ANIQUILOU A LEI QUE ERA CONTRA NÓS

Jesus Cristo com sua obra aniquilou a lei e suas ordenanças que antes eram contra nós. Estes
versículos demonstram de forma clara que a lei, incluindo o dízimo, eram nossos inimigos e que
Cristo revogou através da sua morte e ressureição fazendo desta forma com que a lei que era nossa
inimiga fosse destruída.Com isso a barreira entre os judeus e os gentios também caíram.

É um crime ler Malaquias em uma pregação e dizer que quem não devolve o dízimo é ladrão por
estar roubando a Deus. É cobrar uma dívida que já foi aniquilada na cruz. Mais do que isso é anular a

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obra de Jesus Cristo na cruz; uma verdadeira ofensa ao Senhor Deus todo Poderoso, uma heresia sem
tamanho.

Tudo isso que fazem para tentar validar o dízimo é fruto de uma tentativa de se juntar as velhas e
nova aliançaque são distintas e incompatíveis entre si.

A Velha Aliança tenta proporcionar benefícios ao homem pelas suas obras, dependendo totalmente de
sua atuação, enquanto a Nova Aliança traz benefícios ao homem com base no que Cristo já fez na
cruz do calvário.

Esta bem claro que uma aliança é graça, já a outra depende totalmente das obras, estando ai incluído
o dízimo, a guarda do sábado a circuncisão,sacrifícios de animais, etc.Esta muito claro a
incompatibilidade entre a Antiga Aliança com a Nova Aliança conforme vemos na palavra de
Deus.Não devemos tentar cumprir partes da Lei sendo que na atualidade estamos vivendo debaixo da
graça de JesusCristo, ainda que muitos tentem fazer isso.

Muitos tentam viver debaixo das duas alianças, pois percebemos que a cada dia ordenanças já
ultrapassadas são colocadas para a igreja como fazendo parte do evangelho de cristo, mas
pouquíssimas pessoas dão atenção, pois como “vieram da Bíblia” como dizem alguns, acabaram
sendo misturados ao Novo Testamento, como se dele fizesse parte.

É importante que o cristão atual busque o pleno conhecimento que esta na nova aliança sob a qual
ele deve viver, para que assim usufrua de toda sua graça que tal aliança tem a oferecer, não se
deixando enganar com falsas doutrinas que distorcem a verdade do Evangelho de Cristo.

 COMO DEVE SER A VIDA NA NOVA ALIANÇAEM CRISTO

Este conhecimento da Nova Aliança deve levar o cristão a enxergar a grandiosidade da obra de
Deus através do que Cristo fez por nós.A maioria não fazem a menor noçãoda situação onde
encontram atualmente, e assim vivem uma vida rasa baseada em falsas doutrinas ficando muito
aquém daquilo que Deus havia sonhado para cada um de nós.
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A maioria das pessoas costumam dizer que todossão filhos de Deus, se esquecendo de que na verdade
todos são criaturas que apenas e tão somente a conversão genuína, conforme nos ensina as escrituras,
é que passamos à condição de filhos.

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no
seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus.”João 1:12-13.

Veja como João fala sobreisso em sua primeira carta:

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o
mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda
não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” 1 João 3:1-2.

“Isso não tem nada a ver com méritos próprios. Ela é alcançada tão somente pela fé: “Porque todos
sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos
revestistes de Cristo.”Gálatas 3:26-27.

Existe também a argumentação de que como Deus é bom, assim todos já estariam salvos e aptos a
irem morar no céu, porém lembramos que a palavra de Deus diz que apenas os que nascerem de
novo irão entrarno Reino de Deus.

“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito,
não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer,
e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido
do Espírito.” João 3:5-8.

O homem encontrava-se na condição de escravo, dominado pelo pecado, mas em Jesus ele passa a
encontrar liberdade do pecado:

“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja
desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.”Romanos 6:6.

Veja Paulo comentando também em sua Carta aos Romanos:

“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu
Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a

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justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito.”Romanos 8:2-4.

Essa libertação foi alcançada na cruz de Cristo e o cristãonascido de novo e liberto deve entender
que também fora crucificado com Jesus, como nos lembra Paulo:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo
na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”Gálatas
2:20

“Na cruz de Cristo, onde ele se entregou por amor a cada um de nós; Jesus morreu por nós e nós
morremos também com ele: “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele
viveremos;”Romanos 6:8.

Morremos, mas também com Jesus também vivemos:

“Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos;”2 Timóteo 2:11.

E o cristão não deve viver mais como antes, mas sim como sendo nova criatura:“Porque em Cristo
Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova
criatura.”Gálatas 6:15.

Assim sendo, as coisas velhas já se foram:“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17.

“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se
fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua
ressurreição;”Romanos 6:4-5.

Paulo em sua carta aos Colossenses explica isso: “Sepultados com ele no batismo, nele também
ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.” Colossenses 2:12.

Os colossenses entenderam que não apenas foram sepultados com Cristo através do batismo, mas
principalmente ressuscitadoscom Jesus pela fé em Deus que nos faz sentar em lugares celestiais altos
por Cristo Jesus: “[...] Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com
Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares
celestiais, em Cristo Jesus;” Efésios 2:5-6.

Já que estamos nestes lugares celestiais, devemos entender que já estamos debaixo de todas as
bênçãos espirituais de Cristo Jesus.

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 AS BENÇÃOS DE DEUS E AS NOSSAS OBRAS

As nossas bênçãos não estão ligadas qualquer obraque façamos ou que venhamos a fazer, comopor
exemplo, a devolução dos dízimos, que condicionaas bênçãos se vivermos debaixo da Antiga
Aliança: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;”Efésios 1:3.

As bênçãos dos céus já estão derramadas sobre nós. Elas não estão presas ou amarradas e apenas
seriam liberadas após a entrega do dízimo. Devemos parar de tentar abrir as janelas do céu e obter
uma bênção porque estas já estão abertas e a benção já esta sobre você.

Devemos parar de buscar algo que possuímos. Tudo de que o cristão precisa para viver já nos foi
entregue. “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo
conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;”2 Pedro 1:3.

Paulo chama de benção tudo que já nos foi dado de graça, da mesma maneira que Deus já entregou
seu Filho Jesus por nós: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por
todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?”Romanos 8:32.

Fomos reconciliados com Deus através do seu próprio filho que se doou por nós: “E tudo isto provém
de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação;”2 Coríntios 5:18.

Porquanto já fomos ressuscitados em Cristo e uma vez com ele estamos nos lugares celestiais,
devendo assim o cristão não mais amar este mundo, mas procurar tudo aquilo que é do alto:
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado
à destra de Deus.”Colossenses 3:1.

As coisas do alto são encontradas não vivendo uma vida conforme a carne, mas ao fazer morrer os
atos do corpo, uma vez que os cristãos já receberam o Espírito Santo de Deus e por ele são guiados
em todas as coisas, como verdadeiros herdeiros de Deus.

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“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do
corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de
adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e
coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos
glorificados.”Romanos 8:13-17.

Como coerdeiros de Jesus nós também somo coproprietários também de todas as coisas, desta forma
Paulo explana sobre o tema:“Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso;
Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o
futuro; tudo é vosso, E vós de Cristo, e Cristo de Deus.”1 Coríntios 3:21-23.

 ROUBAR A DEUS?

Ora, como poderíamos roubar a Deus, se tudo já é nosso em Cristo. É impossível roubarmos aquilo
que já é nosso. Na Antiga Aliança vemos que os hebreus não eram herdeiros com Cristo ainda, daí
sim o dízimo que era de Deus poderia ser roubado.

Já naNovaAliança isso seria impossível, uma vez que não possuímos bens que estão separados de
Cristo. Afinal tudo pertence a Cristo juntamente conosco, assim então não poderíamos roubar a Deus
por não entregarmos o dízimo. Dentro deste novo pacto tudo é 100% de ambasas partes. O grande
problema não é o dizimar, mas sim seguir debaixo do Espírito em nossa vida por completo, em todos
os nossos momentos. Por meio de Jesus Cristofomos regenerados através de Deus para vivermos
em uma nova esperança de vida.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos
gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para
vós,Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar
no último tempo,”1 Pedro 1:3-5.
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Fomos regenerados pela Palavra de Deus nas escrituras:“Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.”1 Pedro
1:23.

Nós fomos resgatados do controle e domínio das trevas e já estamos em lugares celestiais,
procurando pelas coisas que são do alto, pois fomos também transportados para o Reino do Filho
amado de Deus onde somos redimidos do nosso pecado:

“O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em
quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;”Colossenses 1:13-14.

Assim neste relacionamento maravilhoso do homem com o Senhor Deus Cristo Jesus esta presente
em nós cristão:“Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.”João
14:20.

Assim o cristão,é um espírito juntamente com Deus:“Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo
espírito.” 1 Coríntios 6:17.

O cristão deve saber que deve permanecer nele, pois Ele nos concedeu o seu Espírito: “Nisto
conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.” 1 João 4:13.

Veja a Carta de Paulo aos coríntios: “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito
que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” 1
Coríntios 2:12.

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. ¶ E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade,
está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que
dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo
também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.”Romanos 8:9-11.

Fomos selados pelo Espírito Santo:“Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito
Santo da promessa;O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para
louvor da sua glória.” Efésios 1:13-14.

Assim fica claro que Deus e Cristo farão sua morada em nós cristãos: “Jesus respondeu, e disse-lhe:
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele
morada.”João 14:23.

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Veja este mistério:“[...] O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e
que agora foi manifesto aos seus santos; Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da
glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;”Colossenses 1:26-27.

Assim o cristão ao viver desta maneira é um santuário de Deus:“Não sabeis vós que sois o templo de
Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1 Coríntios 3:16.

O cristão não é mais de si próprio:“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo,
que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”1 Coríntios 6:19.

Como somos santuário de Deus, não devemos possuir ídolosem sua vida, seja uma imagem, o nosso
cônjuge, o dinheiro, o nosso trabalho ou qualquer outra coisa que seja ídolo:

Não deve haver acordosno templo de Deus e os ídolos, pois somos considerados santuário do Senhor.
Deus disse:“E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus
vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo.”2 Coríntios 6:16.

Não devemos tentar provar a nós mesmos que Cristo esta em nós, mas sim ter esta
certeza:“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis
quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” 2 Coríntios
13:5.

Assim sendo somo participante da natureza e das coisas de Deus:“Pelas quais ele nos tem dado
grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina,
havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” 2 Pedro 1:4.

Tendo sido redimidos e adotados como filhos:“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu
Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também
herdeiro de Deus por Cristo.”Gálatas 4:4-7.

Leia também:Colossenses 2:20-23.

Estamos debaixo da graça enão mais debaixo da Lei:“Porque o pecado não terá domínio sobre vós,
pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.” Romanos 6:14.

Fomos lavados, justificados e santificados:“E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas
haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do
nosso Deus.”1 Coríntios 6:11.

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Somos embaixadores de Cristo na terra e a sua justiça:“De sorte que somos embaixadores da parte de
Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com
Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de
Deus.”2 Coríntios 5:20-21.

Deve, portanto, o cristão despir-se do velho homem e revestir-se do novo homem:“Que, quanto ao
trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano;
E vos renoveis no espírito da vossa mente;” Efésios 4:22-23.

 NÓS VIVEMOS DEBAIXO DA NOVA ALIANÇA.


 O cristão que vive na Nova Aliança deveconhecer todas suas características, e entender a
grandeza da obra de Deus que esta presente na sua vida. A falta deste conhecimento da sua
real situação pode levar o cristão a imaginar que necessita ainda cumprir alguns requisitos da
Lei, como exemplo a devolução do dízimos, para que ai sim possa receber bênçãos de Deus.
Isso é um grande engano.

 Deus já nos concedeu todo as coisas. É importante e necessário se conscientizar da sua real
situação diante de Deus e assim poder levar uma vida em uma realidade muito além de quem
vivia sob a Lei mosaica.

 Abraão, Isaque, Jacó e todos os seus descendentes que estavam debaixo da Antiga
Aliança, aquela que instituiu o dízimo como sendo obrigatório, incluindo ainda Moisés e
todos os apóstolos de Jesus, jamais poderiam sonhar que teriam todas esses benefícios que o
cristão possui, sendo eles: ser Filhos de Deus mediante a fé, ser libertos do pecado,ser nascido
de novo, ao morrer com Cristo, viver hoje com Cristo sendo uma nova criatura, estar
abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais em Cristo.

 Assim o cristão possui tudo do que necessita para vivê-la, tendo recebido todas as coisas
que entregues pela graça da mesma maneira que o Senhor Deus entregou seu único Filho por
nós.Estamos reconciliados com Deus, onde devemos então procurar as coisas que são do alto,
após termos recebido o Espírito de Deus e ser guiadoem todas as coisaspor Ele, e ainda
herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo.

 Fomos redimidos e adotados como filhos de Deus, assim não estamos mais debaixo de regras
da lei, mas sob a graça, onde fomos lavadose justificados, sendo declarados embaixadores
de Cristo na terra, estando revestidos do novo homem!

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Aquilo que Malaquias propõe em suas promessas não chegam nem aos pés das promessas na nova
aliança. Entendamos que não é necessário fazer mais nada, pois Jesus já consumou tudo na cruz do
calvário!Através desta Nova Aliança, a vida em Cristo está disponível a todos nós cristãos.
Infelizmente muitos a têm, mas não a conhecem, o que e diferente. Desconhecem e não sabemnada,
ficando assim voltandoàs ordenanças da Lei, buscando alcançar bênçãos oriundas das obras,
querendo sair da graça maravilhosa, voltar a trás, abandonando tudo isto que já seria seu por direito,
sendo que custo de tudo isso foi à vida do Cristo Jesus. Como o ato de dizimar do povo hebreu não
tem nada a ver com o cristão éimportante conhecer o que as sagradas escrituras ensinam sobre o ato
de dar a Deus sob o olhar da Nova e Eterna Aliança.

Capítulo 10
COMO DEVEMOS CONTRIBUIR NA
NOVA ALIANÇA

 COMO SUSTENTAR A OBRA SEM O DÍZIMO?

 Uma das primeiras reações de quem defende a prática do dízimo é uma suposta preocupação
com o sustento da obra de Deus, onde com frases do tipo: Sem a devolução do dízimo a Igreja
de Cristo irá falir. Principalmente a liderança não quer nem sonhar com a possibilidade da
derrubada de vez da prática do dízimo.Conforme vamos verificar, os livros do novo

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testamento trazem todas as orientações suficientes e necessárias para se manter a obra de


Deus.

 Verifica-se numa leitura dos textos dos capítulos anteriores já explanados, que os erros
doutrinários sobre o dízimo e suas respectivas argumentações heréticas derivam do fato de as
pessoas não se socorrem das escrituras sagradas quando necessitam se posicionar sobre
algumas doutrinas pregadas, aceitando sem contestação tudo que lhes é dito.

 Ao invés disso, adotam um a postura de confiar muito mais no carisma de determinado líder
religioso e até mesmo repousar na tradição de sua respectiva denominação a qual frequenta.

 A PREGUIÇA AO SE BUSCAR CONHECIMENTOS TEOLÓGICOS


VERADEIROS

Neste período em que vivemos, um fato muito curioso: apesar das pessoas terem grande facilidade
de acesso a muito conhecimento, tanto na internet como em livros tradicionais, verificamos uma
grande preguiça do povo em ler e buscar conhecimentos nos assuntos teológicos. Não é fácil
“arrumar” os erros de uma heresia da mente dos cristãos, uma vez que esses mesmos cristãos não
querem sequer se dar o esforço de estudarem os textos da bíblia.

 NÃO HÁ NA BÍBLIA BASE PARA SE PEDIR DÍZIMO AOS CRISTÃOS

 Os defensores do dízimo sempre vem com uma pergunta totalmente equivocada sobre o tema
dízimo onde perguntam: “me mostre onde o dízimo esta revogado na bíblia? Geralmente quem
faz este tipo de pergunta espera da outra parte uma frase explícita do tipo: “o dízimo esta
revogado conforme vemos no versículo tal”, tentando desta maneira inverter o ônus da prova.

 Na verdade caberia a quem pergunta mostrar de forma clara e inequívoca que o dízimo foi
instituído aos cristãos de acordo com escritos do novo testamento e sob a Nova Aliança, pois
algo só pode ser revogado após ser criado.

 Não vamos encontrar nenhum texto sob a égide da Nova Aliança que tenha instituído o
dízimo para os cristãos. É impossível se revogar um ensino que na prática nunca existiu. É

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importante recordar que a maioria esmagadora dos cristãos eram de povos e nações que nada
sabiam da Lei Mosaica e sobre o ato de dizimar.

 Verificamos que na bíblia não há base para se dar nome de dízimo aos dez por cento que hoje
que são exigidos pela igreja, pois a isso que chamam de dízimo nos dias atuais, nada tem a ver
com o dízimo citado no antigo testamento. Na verdade quem entrega o seu dízimo nos dias de
hoje na verdade não estão dizimando, pois esta ato nada tem a ver com o dízimo narrada na
antiga aliança, devendo se então dar qualquer nome para isso, menos de dízimo.

 A partir desta afirmações, de forma prudente passaremos a estudar todos os textos que
citam o ato de dar já na nova Aliança a fim de entendermos de forma clara o que a bíblia no
ensina. Primeiramente vamos estudar a palavra dízimo que é citada em texto escritos já sob a
nova Aliança, que tem levado a muitas conclusões errôneas e acaba nos levando a uma
necessária e importante análise em detalhes do texto que consta na Carta aos Hebreus.

Capítulo 11
O TERMO “DÍZIMO” NOS ESCRITOS
DO NOVO TESTAMENTO
O vocábulo exato“dízimo” sóaparece nos escritos da Nova Aliança, no livro de Hebreus:

“Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao
encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; A quem também
Abraão deu o dízimode tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei
de Salém, que é rei de paz; Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de
vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. Considerai,
pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre
os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de
seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele, cuja genealogia não é
contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem
contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente tomam dízimos homens que
morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.”Hebreus 7:1-8.

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 Dizer que os cristão devem dar o dízimo apenas e tão somente porque Abraão assim o fez ao
entregar o dízimo a Melquisedeque é a mesma coisa que declarar que basta dar o dízimo uma
única vez na vida, pois foi isso que Abraãofez, pois a bíblia não cita outro dízimo entregue
por Abraão.

 Outro ponto a ser analisado é que o dízimo que você entregará será de uma fonte de renda
incomum, pois neste caso foi dos despojos obtidos na guerra que na verdade nem pertenciam a
Abraão, portanto não foi do aumento dasua riqueza ou de seus bens pessoais.

 Isso mesmo, pois o dízimo de Abraão não foi de nenhuma parte do seu patrimônio, sendo isto
amplamente estudado em capítulo próprio.Normalmente os cristãos não estudam a bíblia
como deveriam e pouco sabem sobre os detalhes específicos de dízimo de Abraão, ai acaba
aceitando tudo por ensinamentos, por obrigação devida ao crente, sem passar pelo crivo da
palavra de Deus.

 A grande defesa da obrigação do ato de dizimar onde se baseia neste texto, é o que chamamos
de forçar a amizade no texto.Se a realidade de Abraão fosse trazida para a nossa seu dízimo
seria voluntário, algo que ele ofereceu como ação de graças pela sua grande vitória na guerra
que acabara de vencer. Este dízimo não é o mesmo dízimo entregue de forma obrigatória
durante aliança na lei de Moises, e tão pouco podemos compara-lo ao quadro atual onde
muitos adeptos ao dízimo fazem nos dias atuais.

 Ao usar este texto bíblico para usar como suporte para o dízimo é estender uma por analogia
uma situação que nem o próprio autor do texto o fez quando escreveu.Na verdade o tema
principal do texto bíblico é uma comparação entre o sacerdócio de Melquisedeque e
sacerdócio levítico, onde de forma clara, o ato de dizimar ali narrado acaba sendo um tema
secundário, sendo citado apenas para fazer parte da ilustração que ajuda a detalhar o referido
assunto.

 O PONTO CHAVE DE HEBREUS CAPÍTULO 7

O ponto chave relevante é lembrarmos a seguinte situação, onde o autor do livro aos Hebreus
argumenta sobre o sacerdócio de Melquisedeque ser superior, ficando em segundo plano o uso do
tema dízimo apenas de forma ilustrativa.O simples fato da descrição do tema dízimo ter acontecido
no texto, não ratifica em nenhum momento a obrigação de sua continuidade. Reforçamos que a
descrição de um fato num texto bíblico não significa que deva ser entendido como ordenança a nós.

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Outro versículo interpretado de forma errada é o 8 onde existe um equívoco no tipo de interpretação
que é realizada.

 O VERSÍCULO 8 DE HEBREUS

O versículo8 do da carta aos Hebreus é colocado erroneamente por aqueles que defendem o dízimo
ao argumentarem assim: E aqui (neste caso querendo dizer na Nova Aliança), os homens que
morrem (onde seriam representados pelos líderes religiosos) recebem o dízimo (a partir do momento
que se converteram a Jesus e nasceram de novo), porém ali (nos céus), os recebe aquele (Cristo)
(sendo ele que na atualidade recebe) de quem se testifica que vive.

Esta argumentação é equivocada e não deixa transparecer a argumentação teológica real do texto que
é realizado nesta passagem. A interpretação sem cuidado é argumentada como uma prova bíblica de
que o ato de dizimar seria a plena vontade de Deus e assim sendo deveria servir de exemplo e padrão
a ser seguido na Nova Aliança.

Quando interpretado verdadeiramente dentro do seu contexto o versículo oito na verdade esta
dizendo o seguinte: E aqui (No caso, em Israel, onde foi escrito a carta aos Hebreus) homens (neste
caso homens são os sacerdotes descritos e narrados no Antigo Testamento)que morrem (e são
substituídos por outros homens mortais) recebem os dízimos (neste caso o recebem dos que
seguem a Lei de Mosaica), porém ali (aproximadamente dois mil anos antes, no período de Abraão
como cita o livro de Gênesis Cap. 14) ele (Melquisedeque) os recebe, aquele de quem se testifica que
vive.

Este texto de Hebreus jamais poderia ser usado e argumentado para se defender o dízimo, pois não
prova de nenhuma forma que seja obrigado o ato de dizimar dentro da ótica da Nova Aliança. Se
caso fosse este o objetivo de quem escreveu o livro, o autor teria formulado um texto claro e direto
sobre o assunto, sem a necessidade de conjecturar no texto e totalmente fora do seu verdadeiro
contexto original.

Assim sendo, Por conseguinte, se este trecho bíblico fosse realmente interpretado na igreja
primitiva como uma ordem para se entregar o dízimo, com certeza o ensino seria passado às igrejas
gentílicas nas mais diversas cartas transcritas, uma vez que o ato de dar é de extrema importância
dentro do contexto na Nova Aliança, mas isto nunca aconteceu. O ensino que existe nos mais
diversos textos do novo testamento nos leva uma percepção totalmente diferente e totalmente oposta
a de Abraão ou a da própria Lei de Moisés sobre este assunto.

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Capítulo 12
COMO DEVEMOS CONTRIBUIR NA
IGREJA CRISTÃ DA ATUALIDADE

Ressaltamos antes de estudarmos a bíblia, da necessidade de não procurar buscar posições


fundadas em opiniões meramente pessoais, mas atentar de forma clara e honesta os textos da palavra
de Deus sobre este tema. Quem ocupa a posição de estar ensinando, necessita colocar a Palavra de
Deus como suprema autoridade nos temas atinentes a Deus e os cristãs necessitam ter muita cautela
com o que falam para não conduzir outros ao erro.

Partindo deste princípio, é bom buscarmos diversos textos nos escritos já debaixo da Nova Aliança
sobre o tema de dar na igreja para formemos uma posição fundada na Palavra de Deus. O estudo dos
textos estão em uma sequência exata da mesma maneira como aparecem na Bíblia Sagrada e nos dará
muitos subsídios pra compreendamos de forma clara e objetiva qual deve ser a posição do cristão
sobre o tema contribuições para a obra de Deus.

 O FOCO DE DAS CONTRIBUIÇÕES NA NOVA ALIANÇA DEVE SER AS


PESSOAS

 Importante ainda atentar para o foco principal deste tema de dar na Nova Aliança e ao
próximo, e não para as Instituições religiosas (igreja). A igreja como instituição surge a partir
de os pequenos grupos que se reuniam, mas nunca esta formalização da igreja uma instituição
o grande objetivo principal, onde o pobre necessitado deveria ser o alvo maior deste tema, o
de dar e contribuir, isso de maneira integrada com o sustento dos obreiros verdadeiros da obra
de Deus.
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 Observamos que nos textos da nova aliança que tratam sobre este tema contribuição, sempre
são direcionando para que as doações e contribuições fossem para ajudar irmãos na fé.Não
textos citando que as contribuições fossem para comprar imóveis (terrenos e prédios),sistema
de sonorização, equipamentos eletrônicos e outros. Reconhecemos que não é errado a igreja
ser dona de seus próprios imóveis e equipamentos, porém o que observamos atualmente é um
esforço monumental para se conseguir mais e mais dinheiro para construções imensas de
catedrais “faraónicas” com luxo e ostentações para abrigar milhares de pessoas sem um real
compromisso com elas, onde na maioria da vezes nem se sabe o nome e endereço de cada
uma, onde não existe acompanhamento do pastor, nem compromisso com Deus, enfim, um
monte de pessoas dispostas simplesmente a barganhar com Deus.

 O que na verdade aconteceu, foi que com o passar dos anos, houve um grande acúmulo de
recursos e bens da igreja pelo fato das instituições não promoverem a devida assistência e
distribuição dos recursos entre os pobres como acontecia na igreja primitiva narrada em Atos:

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens,
e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.”Atos 2:44-45

 Não haviam pessoas que passassem necessidades, pois o grande objetivo da época não era a
construção de templos gigantescos ou enriquecimento da liderança com altos salários. O amos
ao próximo naquela igreja era real com as atitudes bem claras e transparentes.

“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que
possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande
poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não
havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-
as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada
um, segundo a necessidade que cada um tinha.” Atos 4:32-35.

 Na igreja de Atos não havia ações de maneira ingênua ou imatura, mas simplesmente
transbordava o amor ao próximo. O grande interesse que vemos hoje por bens materiais
estava em segundo plano naquela igreja. Não haviam vaidadespor uma igreja ser maior
queoutras ou até mesmo ser mais luxuosa que outra. Estes sentimentos inexistentes naquela
igreja, muito diferente do que encontramos hoje.

 Não adiantava nada termuito, viver desperdiçando os bens enquanto uma pessoas sentado ao
lado sofria com necessidades materiais. O apoio aos necessitados era foi um dos

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ensinamentos mais importantes de Jesus e praticadas por aquela comunidade, Paulo cita isso,
deixando claro que não havia cobiça sobre as riquezas e bens materiais:

“De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que para o que me
era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo
que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus,
que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.”Atos 20:33-35.

 Destacamos no texto a citação do obreiro que também trabalhava para se manter e sustenta-se
e também pelo sustento das pessoas que ele estavam. Seu Objetivo principal como líder era
o ajudar aos pobres necessitados. A citação das palavras de Jesus nos leva aos texto em
profecia que Cristo mostrou a relevância de ajudar aos carentes. Isso era considerado como
cuidar do próprio Jesus:

“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno, preparado para o diabo e seus anjos;Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e
não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e
enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando
te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não
fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida
eterna.”Mateus 25:41-46.

Em Romanos vemos a citação de que o cristão não deve reter sua mão para dar, bem como não deve
ser escravo do dinheiro, mas que dê com liberalidade e pratique a misericórdia de forma alegre:“Ou o
que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” Romanos 12:8.

 COMO SUSTENTAR OS OBREIROS?

Paulo na carta de I Coríntios, cita pela 1ª vez sobre o sustento dos obreiros:

“Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não
usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de
Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os
que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que
anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.” 1 Coríntios 9:11-14.

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Este é o texto principal sobre o sustento pastoral: quem cuida das ovelhas deve ser sustentado
pela ovelhas receber salário pelo seu trabalho. Será que estamos diante de uma prova para se dizimar
nas igrejas? Podemos então termos algumas situações:

 Um pastor ou alguém pode então indagar: “Como os crentes deveriam sustentar a igreja e
pastores líderes se a igreja não dizimar?” Quando há o embate nesta questão, poderíamos
simplesmente apontar o texto bíblico de 1 Coríntios 9-9-14 para que verificassem como
realizado por eles.

 Os líderes deveriam informar a suas ovelhas que aqueles que ensinam e pregam o evangelho
podem receber uma ajuda por isso. Se as pessoas estiverem propensas a ajudar, e assim
deveriam estar dispostas, foi assim que aprenderam sobre o dar sendo o bíblia, assim sendo
eles deveriam prestar o apoio e assistência ao ministro. Nesta carta aos coríntios vemos ainda
uma orientação que mostra como deveria ser realizada a coleta de recursos no seio da igreja.

“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da
Galácia.No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a
sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. E, quando tiver chegado,
mandarei os que por cartas aprovardes, para levar a vossa dádiva a Jerusalém.” 1 Coríntios 16:1-3.

 Vemos aqui o princípio da regularidade na coleta da ofertas, onde orienta que fosse no
primeiro dia de cada semana, e também aprendemos sobre o princípio da proporção, onde
deveria ser conforme a prosperidade de cada pessoa. Todos poderiam participar da coleta,
inclusive os que tivessem menos.

 Aqui identificamos que não existe um valor X determinado, pois esta comunidade, como já
vimos, é conduzida pelo Espírito Santo e assim sendo decidempor suas doações por amor e
não por um dízimo.Nenhumpercentual específica é orientado. Este contexto poderia ter sido
uma oportunidade ideal para o assunto dízimo ser colocado em discussão. Mas o ato de
dizimarnão é citado.

 O CAPÍTULO 8 II CORINTIOS

No capítulo 8 da segunda carta de Paulo aos coríntios vemos muitas citações sobre como a
igreja poderia ser conduzida na sua caminhada em relação ao sustento da obra de Deus, um texto que
precisa ser estudado nos detalhes e devidas observações colocadas no texto bíblico:

(v.1) “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da macedônia;”

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(v.2) “Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda
pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.” (mesmo sendo pobres conseguiram ser generosos).
(v.3) “Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram
voluntariamente.”
(v.4) “Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se
fazia para com os santos.”(vejam que o foco aqui eram as pessoas necessitadas, não era a instituição.)
(v.5) “E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao
Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.”( a atitude de dar estava primeiramente baseada em um
relacionamento com Deus).
(v.6) “De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também
acabasse esta graça entre vós.”
(v.7) “Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a
diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça.”
(v.8) “Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de
vosso amor.” (aqui não há ordem ou um mandamento, mas o verdadeiro amor cristão).
(v.9) “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez
pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” ( a contribuição era uma resposta a graça de deus já
derramada).
(v.10) “E nisto dou o meu parecer; pois isto convém a vós que, desde o ano passado, começastes; e não
foi só praticar, mas também querer.”
(v.11) “Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de
vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes.”
(v.12) “Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o
que não tem.”
(v. 13) “Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão.” ( o ato de dar deve ser
realizado sem prejudicar o seu próprio sustento e o de sua família)
(v.14) “Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para
que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade;”
(v.15) “Como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve de menos.”(a
distribuição de renda era prioridade no meio da igreja).
(v.16) “Mas, graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito;”
(v.17) “Pois aceitou a exortação, e muito diligente partiu voluntariamente para vós.”
(v.18) “E com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as
igrejas.”
(v.19) “E não só isto, mas foi também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem,
nesta graça que nós é ministrada para glória do mesmo Senhor, e prontidão do vosso ânimo;”

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(v.20) “Evitando isto, que alguém nos vitupere por esta abundância, que por nós é ministrada;”
(v.21) “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos
homens.”(aqui vemos a clara preocupação ter a transparência na gestão dos recursos coletados, alias,
fato raro nos dias de hoje)2 Coríntios 8:1-21.

 Pegando o exemplo dos irmão que estavam na Macedônia vemos um exemplo belíssimo da
essência da conduta do cristão no Novo testamento. Em outras palavras, mesmo que eles não
possuíssem muito, sempre davam com liberalidade. No versículo 5, diz: “Deram-sea si
mesmos”.

 Eles deram a si mesmos em primeiro lugar. O ato de dar não é uma questão se você possui
bens para dar. É uma questão do seu coração. O ato de dar na igreja primitiva não era
colocado de forma impositiva como através da exigência do dízimo ou ainda sob a ameaça de
uma maldição sobre você. Era sim fruto de um relacionamento íntimo com Deus, pois o dar
esta ligado a este relacionamentocom o Senhor.

 Não estranhamos quando Paulo diz no versículo oito que o dar de maneira generosa mostra
a autenticidade do verdadeiro amor do cristão a Deus.Não havia uma ordenança da Lei, o
dízimo ordenado sob pena de sofre uma maldição, não havia nada disto. O amor era o
guia de tudo, nunca uma lei ou ordem legalista.

 Amor, não é ordem, muito menos há um sistema legalista debaixo da qual você se encontre.
Veja o texto bíblico: “Não vos falo na forma de mandamento”. Entendeu isso? Este não é um
sistema legalista a qual devamos seguir. Isto também não é uma ordenança dos 10%.

 “Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a
sinceridade do vosso”, o quê, “do vosso amor”. “Assim demonstramos que toda informação
sobre doação que domina este capítulo não é por meio de uma ordem, mas tão somente uma
amostra do seu amor”.

 É para demonstrarmos o amor verdadeiro não com tristeza ou por necessidade, e muito menos
por legalismo como querem colocar, mas por amor.E quando você coloca uma exigência na
doação, você dá às pessoas uma lei para cumprirem, em vez de amor, você os tem
roubado.

 Infelizmente muitos acabam procurando um atalho, e um desses caminhos mais fácil de


argumentar é o legalismo. É muito mais fácil falar para os cristãos que são obrigados cumprir
algo, sob a grande fala de que se assim não o fizer, estarão roubando a Deus, do que
simplesmente conduzir o povo pelo caminho do novo nascimento e da regeneração,

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aondeDeus vai moldando o cristão e ele vai igualmente e de forma gradual mostrando os
frutos do Espírito na sua vida e assim vai demonstrar amor e se doar ao próximo e à obra do
Senhor.

 Este é o caminho da palavra de Deus, ainda que caminho do legalismo, dopode fazer isso e
não pode fazer aquilo seja mais fácil para seja mais fácil para argumentar. O caminho do
legalismo da religiosidade pode parecer um método mais simples e eficaz e o cristianismo
segundo a bíblia possa parecer muito mais complexo.Mas não devemos nos importar quão
simples ou complexo possa ser o ensino, se esta de acordo com a bíblia deve ser obedecido e
ensinado.

 A transparência quando se faz a administração de recursos foi prontamente apontada pelo


apostolo Paulo como se demonstra nos versículos 20 e 21. Infelizmente algumas igrejas na
atualidade escondem dos membros a contabilidade da obra. Ai dizem assim: quem quiser
saber alguma coisa em especial pode perguntar diretamente ao gestor, o que pode acabar
causando um desconforto entre o pastor e as ovelhas.

 Esta prática de gestão acaba por ocultar informações sobre o salário real que o líder da igreja
recebe, onde muita das vezes é um valor absurdo e imoral perante a igreja. Esta muito claro
neste texto da carta de Paulo o princípio da transparência, onde podemos ver a partir de 2
Coríntios 8, sendo que tal apontamento decorre desta complexidade em se lidar com o
dinheiro, devendo se ter precauções para a sua gestão. O apostolo Paulo tenta demonstrar aos
Coríntios que ele tem tomado medidas para que sua argumentação e sua motivação a cerca
das ofertas não seja questionada e as contribuições realmente cheguem ao seu destino, no caso
Jerusalém.

 O CAPÍTULO 9 II CORINTIOS

No capítulo 9 da mesma carta vemos outros versículosque demonstram o dar no Novo testamento,
com os devidos apontamentos inseridas notexto:“Portanto, julguei conveniente recomendar aos
irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para
que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza.”(nem tampouco da cobrança
de um dízimo).

“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em
abundância ceifará. [a lei da semeadura]. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com
tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. [o crente cheio do Espírito possui
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um coração transformado, regenerado e com certeza ira ofertar com alegria e amor] E Deus é poderoso
para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência,
abundeis em toda a boa obra; Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça
permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer,
e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; Para que em tudo enriqueçais
para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração deste
serviço, não só supre as necessidades dos santos, [a pessoas eram prioridade] mas também é abundante
em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus
pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para
com eles, e para com todos; E pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente
graça de Deus que em vós há. Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável.” 2 Coríntios 9:6-15.

Este é um texto bíblico que nos indica e nos mostra os motivos que devem conduzir um crente
contribuir com suas ofertas, bem diferente do tipo contribuição que é conduzida pelo medo do
grande devorador e pela obrigação a fim de que não seja chamado de ladrão: II Coríntios 9:12 nos
mostra um alvo e uma motivação para contribuirmos.

 Em Primeiro lugar os cristãosdevem contribuir para aos irmãos necessitados. Eles devem
com animo nesta missão, buscar oportunidades e se esforçar alcança-la. (2 Co 8:4; 9:2).

 Em segundo lugar, o contribuir possuir na gratidãoa Deus sua maior motivação, por tudo o
que Ele já fez por nós. Finalmente, um resultado que fatalmente se alcançara é uma
contribuição generosa é que fará com que outros cristãos se alegrem e glorifiquem ao
Senhor (2 Co 9:13).

Fica evidente no texto bíblico que Deus recompensará todo aquele que joga sua semente. A justiça de
Deus com certeza não falha e o aquele que trabalha pelo fruto da generosidade jamais será esquecido
e fatalmente acabará recebendo dividendos dos céus.

Sendo assim, se você é uma pessoa que semeia sem mesquinhez, você com certeza ira colher com
fartura. Estes são os pilares básicos. Não admira que Cristo Jesus dissesse conforme esta nos
textos de Atos 20:35, "É melhor dar do que receber."

Irmãos em cristo devem possuir os princípios básicos e primordiais das Escrituras, onde o ato de dar
é recompensado, não na base da troca, mas automaticamente a bênção é compartilhada aqueles que
assim procedem, podendo ser experimentada na vida de cada cristão na condição de mordomo fiel ao
Senhor.

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 O FOCO NAS PESSOAS

O cuidado com os mais necessitados foi uma grande prioridade para os cristãos da igreja primitiva;
onde o primordial era o cuidado com as pessoas, o ser-humano, e não com uma instituição com CNPJ
por trás.

“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia
sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos
gentios, e eles à circuncisão; Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que
também procurei fazer com diligência.”Gálatas 2:9-10.

 Aqui vemos o Apostolo Paulo citando o esforço que realizava para não se desviar do cuidado
com os necessitados. Esta era a mentalidade que pairava sobre a igreja primitivada época,
coisa que infelizmente acabamos por encontrar hoje justamente o contrário disso.

 A igreja instituição, e as pessoas que compõem a igreja de Cristo, necessitam mudar suas
prioridades no que diz respeito às principais despesas que tradicionalmente possuem, isso é,
uma igreja cujas despesas principais deveriam ser para ajudar aos necessitados.

 Isto não significa que os crentes devam tratar com negligência as despesas atuais da igreja,
porém deveriam reorganizar as prioridades a fim de que esta atitude pudesse estar alinhada
com a vontade de Deus. Essas prioridades do crente devem acabarrefletindo o amor de Jesus,
e ao procederem assim acaba por si só de realizar a lei de Cristo, qual seja o amor.E a lei de
Cristo que a igreja deve seguir é essa: a de Levar a cargauns dos outros e, assim, cumpriremos
a lei de Cristo. Gl 6:2.

 Se as pessoas cristãs seguissem a risca os princípios da bíblia, com certeza contemplaríamos


uma realidade bastante diferente da atual e bem mais humana, onde com certeza haveria muito
menos líderes religiosos ricos e menos pobres na nossa terra.O cuidado com o próximo, bem

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como o fazer o bem, principalmente aos irmãos da igreja, deveria ser a nossa conduta de
vida a ser rigorosamente seguida por todos os cristãos que estão na Nova Aliança.

“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.”Gálatas
6:9-10.

Infelizmente mundo atual traz uma mensagem o homem deve trabalharduro o seu próprio conforto e
comodidade, mas a bíblia nos chama a trabalhar para socorrer aos mais necessitados:

“Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que
tenha o que repartir com o que tiver necessidade.”Efésios 4:28.

 Paulo apostolo em muitas situações citou o sustento, não apenas dos mais pobres ou da
obra, mas também sobre o seu sustento. Importante observamos que em nenhum texto ocorre a
citação ao qualquer menção ao termo dízimo, ou ao texto bíblico “roubará o homem a Deus”,
ou outra forma de exigir dos membros esta obrigação. Tanto o ato de pedir contribuições,
bem como o ato de agradecer, explicito que neste processo, houve abundancia de amor, e
pelos frutos do Espírito, através das vidas que realmente foram transformadas por Deus:
Vejamos este agradecimento aos filipenses:

“E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia,
nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; Porque também
uma e outra vez me mandastes o necessário a tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o
fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou,
depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e
sacrifício agradável e aprazível a Deus. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas
necessidades em glória, por Cristo Jesus.” Filipenses 4:15-19.

 O Senhor Deus acaba cuidando do que são seus, e assim acaba suprindo as necessidades de
cada um de nós e também da igreja de uma forma em geral.Mas a grande realidade é que as
pessoas não creem nesta realidade e nesta verdade. O nosso país possui uma maioria pobre,
muitas família e idosos que vivem tão somente com salário mínimo.

 Nesta realidade, o saque de 10% do salário representa claramente uma situação que podemos
dizer que tem que tirar da boca das crianças para enviar para a igreja.Assim a mensagem de
Malaquias que vem dos púlpitos, chamando os irmãos de ladrões por não entregarem o dízimo
acaba conduzindo essas pessoas de forma obrigatória e quase que coercitiva a devolverem os
dízimos sob pena de estarem pecando contra Deus, colocando a pessoa em uma situação muito

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pior que o ímpio, pois tira dos mesmos recursos que os impossibilita de como pais de famílias,
exercerem com dignidade o cuidado com os alimentos dos seus.

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do
que o infiel.”1 Timóteo 5:8.

É obvio que existem muitos líderes religiosos que são honestos e dignos de todo honra:“Os
presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que
trabalham na palavra e na doutrina;” 1 Timóteo 5:17.

Paulo sempre lembrava que a igreja deveria ajudar aos que trabalham da obra:

“Acompanha com muito cuidado Zenas, doutor da lei, e Apolo, para que nada lhes falte.”Tito 3:13.

 QUANDO NOS CALAMOS SOMOS CONIVENTES

Porém é bom ressaltar no texto a expressão “que presidem bem”. Os maus gestores na verdade
necessitam é da repreensão da igreja. Ao nos calarmos nesta situação e não falar contra para ser assim
bem visto pelo mau líder, porém coloca os cristãos e os obreiros em situação de responsabilidade
diante de Deus. Quando o obreiro cai nesta armadilha, estarão pecando por omissão, ao amar mais
seus interesses em crescer no ministério com cargos políticos. Nada possuímos neste mundo que
tenhamos trazido, nem nada poderemos levar dele.

“Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e
manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos
com isso contente. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores.”1 Timóteo 6:6-10.

 Boa parte das pessoas não possuem estrutura para se tornarem ricos e ficarem firmes na
presença de Deus. Normalmente, ao ser abençoado, a grande maioria infelizmente passa
adorar mais as bênçãos que ao Abençoador, o que acaba, por conseguinte os levar a perdição.

 A honestidade do cristão nas relações que envolvem dinheiro acaba sendo um grande
indicador do nível do cristianismo, A Palavra traz não apenas orientações no dar, mas também
no lidar com as riquezas materiais com que o Senhor abençoa a seus filhos:

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“Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das
riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; Que façam
bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; Que entesourem para
si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna.”1 Timóteo
6:17-19.

PALAVRAS FINAIS
 Agradeço pela sua confiança e atenção em ter adquirido este E-book e espero que ao final
desta leitura, você possa ter entendido e ampliado sua visão em relação a como Deus tem se
relacionado com a humanidade na atualidade em especial ao tema abordado.

 Cremos em um Deus amoroso que demonstrou este amor de uma maneira que nenhum de nós
poderia fazê-lo, ao entregar seu único filho para ser sacrificado na cruz para o perdão dos
nossos pecados. Um Deus que com certeza tem chorado ao ver o sofrimento da raça humana
ao se manter tão afastado de sua presença.

 Importante frisar que parte da renda deste livro será para custear e manter o nosso site no ar
(ojulgododizimo.com.br), além de outros canais de comunicação como o youtube e o
facebook para mais e mais pessoas conheçam esta libertação do dízimo que há em Cristo
Jesus.

Grande abraço e sucesso a todos. Deus os abençoe.

IRINEU DOS SANTOS FERNANDES

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“ninguém é mais escravo do que aquele que se julga


livre sem o ser.”
JOHANN GOETHE (Escritor, cientista e filósofo alemão).

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