Sobre Herberto Sales II
Sobre Herberto Sales II
Sobre Herberto Sales II
MESMO
para o leitor:
Aliando vida e obra, mais uma vez, com esse livro Herberto
Sales se despede do romance. Nas orelhas de A Prostituta, no texto-
confissão “O romancista, para as despedidas”, o autor afirma ser
esse livro, “de modo absoluto”, “a liberação de lembranças obscuras
de sua vida, nas saudades machadeanas de si mesmo, numa hora em
que em si mesmo se recolhe, invocando a misericórdia de Deus”.
Nessa confissão, o autor se despede, deixando para nós, leitores,
as interrogações do que foi e do que é uma vida, nas entrelinhas
ficcionais do que aconteceu ou poderia ter acontecido - literatura
como tentativa de fixar-se enquanto individualidade, somada ao
enigmático sortilégio de poder também ser outro a fim de negar a
desintegração do ser, a morte. Não é à toa que o autor, nas páginas
iniciais desse último romance, confessa a sua múltipla condição
humana, situada entre as diversas “verdades da alma”:
NOTAS
115
1
SALES, Herberto. Subsidiário - confissões, memórias e histórias,
p. 491.
2
VILMA, Ângela. A tessitura humana da palavra – Herberto Sales,
Contista.
3
SALES, Herberto. Op. Cit., p. 430.
4
SALES, Herberto. Subsidiário 3 - Eu de mim, com cada um de
mim, p. 307.
5
Idem, p. 198.
6
Idem, p. 274.
7
ATHAYDE, Austregésilo de. Herberto Sales, perfil de um
homem. In: Subsidiário 3, p. 116.
8
SALES, Herberto. Subsidiário 2 - Andanças por umas lembranças
., p. 218.
9
SEIXAS, Cid. O riso da metralhadora. Do Cascalho ao Diamante.
In: Triste Bahia, Oh QuãoDessemelhante, p. 117.
10
SALES, Herberto. Subsidiário - Confissões, memórias e histórias
p. 67. Assim definiu o “bom escritor”: “O bom escritor é o que
nos seus livros nos leva a um reencontro com o que temos em nós
de mais profundo e verdadeiro”.
11
SALES, Herberto. Subsidiário 2, p. 139.
12
ISER, Wolfgang. O fictício e o imaginário.
13
PIGLIA, Ricardo. O laboratório do escritor, p. 72.
116
14
BARTHES, Roland. O prazer do texto, p. 38.
16
SALES, Herberto. Cascalho, p. 116.
17
Idem, p. 292.
18
SALES, Herberto. Além dos marimbus, p. 8.
19
SALES, Herberto. Subsidiário - confissões, memórias e histórias,
p. 111.
20
SALES, Herberto. Dados biográficos do finado Marcelino, p.
7.
21
VILMA, Ângela. Op. Cit.
22
SALES, Herberto. Subsidiário – Confissões, memórias e
histórias, p. 391.
23
Idem, p. 391.
24
SALES, Herberto. Os pareceres do tempo, p. 365-366.
25
SALES, Herberto. Subsidiário – confissões, memórias e histórias,
p. 457.
26
In: SALES, Herberto. Subsidiário 3 - Eu de mim com cada um
de mim.
27
SALES, Herberto. Subsidiário 2, Andanças por umas lembranças,
p. 121.
28
Idem.
117
29
Idem, p. 118.
30
SALES, Herberto. Na relva da tua lembrança, p. 7-8.
31
SALES, Herberto. O menino perdido, p. 11-13.
32
SALES, Herberto. Rio dos morcegos, p. 27.
33
SALES, Herberto. Rebanho do ódio. Palavras do autor impressas
nas páginas iniciais do romance, à maneira de pórtico.
34
GUIMARÃES, Márcia. Herberto Sales: O ódio sob a ótica
amarga. In: A Tarde Cultural, 30-09-95.
35
SALES, Herberto. Subsidiário – confissões, memórias e
histórias, p. 290. Afirmou desconsoladamente o autor: “(...) Estou
envelhecendo. E a velhice é feita de desilusões. De desilusões
filosóficas, que levam à descoberta da verdade humana. Ou da
verdade sem ilusões.”
REFERÊNCIAS
1995.