A Ferradura
A Ferradura
A Ferradura
Os naipes
Na tradição cigana os naipes têm ascendência uns em relação a
outros.
O primeiro é Copas, que traz tudo que é relacionado à emoção; não
necessariamente relacionado a problemas ou questões amorosas, mas
tudo o que se passa no coração.
O segundo é Paus, que vem para falar de trabalho, saúde, formação
de personalidade, batalhas físicas. E aí as percepções podem ser muito
variáveis. Com relação aos critérios de beleza, por exemplo, os ciganos
não pensam em cirurgia plástica: a correção da face não existe na
cultura Dohm, a não ser que seja para correção de um problema de
saúde. Nós admiramos o rosto que vai ficando semelhante à superfície
do tronco de uma árvore. A árvore, para nós, é o símbolo da sabedoria
máxima. As árvores velhas têm “rugas”. E o naipe de Paus tem a ver
com a formação da personalidade no sentido desse envelhecimento, do
mesmo modo que as árvores. E as batalhas físicas também marcam o
corpo.
O terceiro é Espadas, que representa as batalhas emocionais, as
batalhas de culpa, de agressão, de palavras. O símbolo do naipe é um
coração invertido, com uma empunhadura – é quando se usa o coração
para machucar, para ferir, é a batalha emocional. Espadas: batalhas e
conquistas ligadas à emoção e barreiras psicológicas, tudo aquilo que a
gente se impõe para ficar preso – sendo a prisão, aqui, emocional.
O quarto é Ouros e está ligado às conclusões e ao cumprimento de
alguma coisa. Ouros fala do que foi feito de certo ou errado, e quanto foi
recebido por isso. Se meu trabalho não foi bom, eu recebo pouco; se
meu trabalho foi bom, eu recebo muito – essa é a função do dinheiro, e
daí é que vem a idéia de riqueza. Há uma ligação com escolhas. E tem
relação com finanças porque, logicamente, é daquilo que a gente faz que
vem nossa sobrevivência. Mas o significado do naipe de ouros está muito
ligado ao que se fez de certo ou errado.
Esta é, em resumo, a estrutura dos naipes: começamos com assuntos
do coração, vamos para o trabalho, passamos pelas batalhas internas e
daí ganhamos o prêmio, tenhamos aprendido ou não. Se não
aprendemos, voltamos para o coração.
Os Arcanos Menores
Sarani Barrios
Considero a leitura dos Arcanos Menores a parte mais complicada do
aprendizado, não pela quantidade de arcanos, mas porque eles trazem
significados opostos nas mesmas cartas. A leitura do significado vai
depender, então, da companhia da carta. Nunca iremos fazer uma leitura
isolada.
Alguns tarólogos fazem leituras sem os arcanos menores por causa da
dificuldade de interpretação. Mas se usarmos apenas os maiores
perderemos os detalhes. Com os Arcanos Maiores tem-se o quadro geral,
enquanto que o detalhamento é dado pelos Menores.
O jogo com o baralho comum, de cinqüenta e duas cartas – que não
tem o Cavaleiro – não é tipicamente cigano. Existem algumas linhagens
de ciganos que utilizam apenas esse baralho comum, mas os
cartomantes do povo Dohm lêem ou só com os arcanos maiores ou com
estes e os menores em conjunto, mas nunca só os menores, em razão
dessa complexidade das cartas numeradas.
Referências gerais
Orientação e confirmação: A função principal dos arcanos menores é a
de direcionar, complementar e confirmar os arcanos maiores. O arcano
maior é a pessoa, e os arcanos menores situam, confirmam ou mudam a
direção de um arcano maior, dependendo do conjunto e das
combinações.
Detalhamento: Os arcanos menores detalham, trazem sempre
mais elementos para a leitura. Se a tiragem não está clara, eu
começo a tirar mais cartas. Haverá um melhor detalhamento
quando se tiver os arcanos menores em maior número. Isso vai
enriquecendo a leitura.
Fugacidade: Os arcanos menores são cartas que dão maior
velocidade à leitura. Quando há uma quantidade maior de arcanos
menores, entendemos como uma situação muito rápida e passível
de mudança, enquanto que, aparecendo mais arcanos maiores, a
situação deverá durar um pouco mais, indo geralmente além dos
vinte e um dias. Aparecendo mais arcanos menores, lê-se uma
profusão de acontecimentos que são muito mais momentâneos;
eles servem para podermos regular e para responder às perguntas:
“vai demorar?”, “isso passa depressa?”
Leitura de base só com menores. Quando na tiragem das
cartas saem apenas arcanos menores, indica que a pessoa em
questão está tratando o problema de forma imatura. Às vezes o
consulente faz uma pergunta, por exemplo, se seu trabalho vai dar
certo. Se no jogo que eu tirar para uma questão desse tipo noventa
por cento dos arcanos forem menores, interpreto que a pessoa
ainda não absorveu completamente o problema, que ela não está
preparada para a
situação. São possíveis duas leituras: ou a pessoa ainda não absorveu
aquilo que é preciso para que ela tome uma decisão, ou o foco do que
ela está perguntando é outra coisa, e pode-se ver isso quando os naipes
não têm muita relação entre si. Isso acontece muito: a pessoa pergunta
uma coisa, mas quer saber outra, o que se dá com freqüência em relação
a perguntas referentes a amor; o consulente chega perguntando do
trabalho e, no momento que tira a abertura, você questiona se é mesmo
a respeito do trabalho que ele quer perguntar.
Naipes contraditórios: Se estudarmos a natureza de cada naipe,
poderemos saber se um consulente está mesmo querendo saber
exatamente aquilo que está perguntando. Se a pessoa faz uma pergunta
relacionada a uma determinada área e tem respostas com arcanos
voltados a outra, não está perguntando o que realmente quer saber.
Uma boa maneira de agir da cartomante seria dizer que saiu uma carta
referente a “tal” assunto, e que isso, que veio de graça, vai ser abordado
primeiro, e depois outra carta será tirada, para o primeiro assunto.
Geralmente a pessoa, depois, nem quer as outras cartas, porque o que
desejava saber já foi elucidado.
As Figuras da corte: Com relação a elas há um grande mito. Pensa-se
que um Rei é sempre um homem, a rainha é uma mulher loira, etc., mas
a gente não lê assim, de modo algum. Não colocamos nas figuras de
dama, rei e cavaleiro a representação de pessoas. O único com essa
função específica é o mensageiro (Valete) que não representa a pessoa
em si e sim notícias relacionadas a uma nova presença. As outras vão
estar relacionadas com o tipo da notícia, da novidade.
Os naipes
Na tradição cigana os naipes têm ascendência uns em relação a
outros.
O primeiro é Copas, que traz tudo que é relacionado à emoção; não
necessariamente relacionado a problemas ou questões amorosas, mas
tudo o que se passa no coração.
O segundo é Paus, que vem para falar de trabalho, saúde, formação
de personalidade, batalhas físicas. E aí as percepções podem ser muito
variáveis. Com relação aos critérios de beleza, por exemplo, os ciganos
não pensam em cirurgia plástica: a correção da face não existe na
cultura Dohm, a não ser que seja para correção de um problema de
saúde. Nós admiramos o rosto que vai ficando semelhante à superfície
do tronco de uma árvore. A árvore, para nós, é o símbolo da sabedoria
máxima. As árvores velhas têm “rugas”. E o naipe de Paus tem a ver
com a formação da personalidade no sentido desse envelhecimento, do
mesmo modo que as árvores. E as batalhas físicas também marcam o
corpo.
O terceiro é Espadas, que representa as batalhas emocionais, as
batalhas de culpa, de agressão, de palavras. O símbolo do naipe é um
coração invertido, com uma empunhadura – é quando se usa o coração
para machucar, para ferir, é a batalha emocional. Espadas: batalhas e
conquistas ligadas à emoção e barreiras psicológicas, tudo aquilo que a
gente se impõe para ficar preso – sendo a prisão, aqui, emocional.
O quarto é Ouros e está ligado às conclusões e ao cumprimento de
alguma coisa. Ouros fala do que foi feito de certo ou errado, e quanto foi
recebido por isso. Se meu trabalho não foi bom, eu recebo pouco; se
meu trabalho foi bom, eu recebo muito – essa é a função do dinheiro, e
daí é que vem a idéia de riqueza. Há uma ligação com escolhas. E tem
relação com finanças porque, logicamente, é daquilo que a gente faz que
vem nossa sobrevivência. Mas o significado do naipe de ouros está muito
ligado ao que se fez de certo ou errado.
Esta é, em resumo, a estrutura dos naipes: começamos com assuntos
do coração, vamos para o trabalho, passamos pelas batalhas internas e
daí ganhamos o prêmio, tenhamos aprendido ou não. Se não
aprendemos, voltamos para o coração.
Signficados das cartas
Vejamos agora o significado das cartas, de 1 (Ás) a 14 (Cavaleiro).
Iniciamos pela chave, pelo conceito básico, e depois apresentamos o
significado específico de cada número conforme o naipe.
Ás: Conclusão, realização máxima do desejo questionado.
Ás de Copas – A conclusão é a realização daquilo que está em seu
coração, e que o deixa profundamente feliz. São coisas que você sonhou
e até coisas que não imaginava, mas foi agraciado com elas.
Ás de Paus – A conclusão está no fato de você ter realizado um
trabalho e esperar tirar frutos, para sua sobrevivência. É fazer dar certo.
É ter uma idéia de um negócio e querer saber se aquilo vai dar certo. Ou,
no caso de um problema de saúde, querer saber se vai superar. Essa é a
conclusão: o ás de Paus diz que tudo dá certo.
Ás de Espadas – Fala da conclusão de um problema que você tem há
muito tempo, que incomoda, não deixa dormir, ou de uma batalha em
que você precisa vencer a si mesmo. Pode referir-se a uma dieta muito
rigorosa ou à tentativa de largar o cigarro ou de terminar um
relacionamento destrutivo de longa data – coisas que criamos para nós
mesmos, uma limitação difícil de transpor. Os outros naipes trazem
coisas que dependem mais de terceiros, mas o de Espadas fala de você
consigo mesmo, de transpor os próprios limites, e isso às vezes dói.
Ás de Ouros – O ás de Ouros está relacionado à solução de um
problema econômico. Ás vezes você tem uma dívida e quer saber se vai
poder saldar, ou está apostando todas as fichas num negócio novo e
envolveu todo o seu dinheiro, e tem a conclusão.
Ouros está muito mais ligado ao dinheiro do que à idéia, enquanto em
Paus a questão está muito mais relacionada à idéia: você pode não
investir nem um único tostão e realizar um projeto muito bem sucedido.
Dois: Parceria, coisas funcionando aos pares.
2 de Copas – Casais acertando o passo, pode ser o indício de um novo
relacionamento ou o término, dependendo das cartas conjuntas. O Dois
sempre traz situações que envolvem duas pessoas, que podem se reunir.
Quando se tira o Dois de Copas, e as pessoas estão juntas, dependendo
do que vem, pode ser para uma separação; mas se eu tiramos um Dois
de Copas e um ás de Copas, trata-se de um relacionamento que vai
perdurar.
2 de Paus – Início da recuperação de um problema de saúde,
indicação de boa parceria para negócios, trabalhos que obterão ajuda
alheia. São idéias que começam a se juntar, ou indica seu corpo
encontrando a sua alma, a alma sadia. No trabalho promete o encontro
de bons parceiros. Sempre uma coisa se juntando a outra.
2 de Espadas – Pessoas entram com recursos que não temos, para
nos ajudar a superar obstáculos. Não se trata de recursos financeiros,
mas contatos, influências, etc.
2 de Ouros – Empréstimos de pessoas que nos querem bem, indicação
de sociedades frutíferas, parceiros confiáveis financeiramente. Algumas
vezes o dinheiro vem, mas não é bem intencionado, ou seja, a pessoa te
dá esperando algo em troca, que você nem sempre consegue retribuir.
Mas aqui, no Dois de Ouros, a pessoa está sempre torcendo por você; é
uma carta boa de se ver quando a pessoa está procurando um sócio.
Tirou o Dois De Ouros pode confiar.
Três: Estabilização
O Três é o número da estabilização em todas as culturas. É a
estrutura estável para tudo. Na cultura cigana, as mesas e os bancos
têm três pés.
3 de Copas – Calmaria depois de crise amorosa, coração tranquilo,
mesmo em momentos de solidão. Quer dizer que a pessoa estabilizou,
não necessariamente como um casal, mas há uma tranqüilidade que vem
de dentro.
3 de Paus – Problema de saúde sem risco de vida, trabalho seguro
mas sem grandes emoções. Pessoa reconhecendo limites e tomando
decisões de forma mais equilibrada. Ás vezes a pessoa passa por um
turbilhão e aí vem o Três de Paus, que diz que agora as coisas vão
começar a se acalmar. Aí ela começa a pensar do jeito apropriado, de
uma forma racional, equilibrada... Tudo isso é o Três de Paus.
3 de Espadas – Vencer uma batalha contra si mesmo. Superação de
medos, ultrapassar barreias invisíveis. Porque quando não sentimos a
necessidade de transpor os problemas, tudo é conflito; mas quando
dispomos de intenção para transpor, seguimos tranqüilos, porque
conseguimos vencer o medo.
3 de Ouros – O dinheiro suprindo uma necessidade sem gerar dívidas,
o negócio aberto se estabilizando no mercado, rendimentos garantidos
para pessoas que trabalham de forma autônoma. Aqui o dinheiro surge
sem preocupação, sem precisar ficar fazendo conta. É o dinheiro que dá
a segurança de poder sonhar.
Quatro: Interferência de outras pessoas
O Quatro indica a interferência de outras pessoas. A visão que temos
do Quatro é a de dois casais no mesmo espaço, o que vai gerar conflito,
porque sempre tem o lado forte e o lado fraco.
4 de Copas – Possibilidade de uma terceira pessoa interferindo na vida
de um casal: outro par ou familiar. A interferência pode ser positiva ou
negativa. Às vezes é positiva: existe sogra boa, que dá uma força para o
casal permanecer; existe aquele amigo que diz para pensar bem etc. Mas
também pode ser negativa. Todo casal tem um amigo, ou parente, que
ajuda, mas quando entra um quarto, é muito difícil vibrar em sintonia.
4 de Paus – Necessidade de troca de tratamento de saúde, ou
confusão de diagnóstico; atenção com colegas de trabalho; deixar-se
influenciar por opiniões alheias que não correspondem aos próprios
desejos. É necessário tomar cuidado com o que você fala na empresa ou
em casa. Você não está bem, precisa de ajuda, e ainda encontra alguém
que começa a atrapalhar. O Quatro de Paus indica muita confusão
mental.
4 de Espadas – Alguém jogando contra, falsas amizades, inimigos
ocultos. Esse Quatro de Espadas é muito perigoso. Geralmente trata-se
de uma pessoa muito próxima; o inimigo está junto e não se tem nem
idéia. Se o consulente citou o nome de alguém que considera de
confiança, geralmente é esta a pessoa.
4 de Ouros – Receber ajuda de estranhos ou ser acometido por
surpresas que colocam em risco o dinheiro. Uma coisa é alguém nos
ajudar de forma indireta, e aí vai depender da companhia desta carta, e
outra coisa é uma surpresa, uma despesa inesperada, por exemplo, que
perturba o ritmo.
Cinco: Mudança de planos
O cinco significa dispersão em relação à meta traçada de início. É sair
do centro; algo que desorienta a pessoa e a faz ir para um lugar que não
estava prevendo. É diferente da força do Quatro, que tira você do eixo e
pode levar a fazer um novo caminho, mas que não é durável; o Cinco
fala de uma mudança que perdura.
5 de Copas – Conhecer alguém de forma inusitada. Decidir unir-se ou
separar-se – pode ser uma união amorosa ou uma sociedade. Conhecer
alguém em um lugar nunca imaginado. O inesperado.
5 de Paus – Mudança de trabalho, de área, de hábitos, com reflexos
de longo prazo. No caso do trabalho, mudança física, de um local para
outro, ou mudança de área, radical. No caso de mudança de hábitos com
reflexos de longo prazo, um exemplo seria alguém sem hábito de
exercitar-se que começa uma rotina e vira maratonista.
5 de Espadas – Reversão de uma situação incômoda, caminhos que
começam a se abrir. Uma coisa super positiva, uma luz no fim do túnel,
e durável.
5 de Ouros – Ter que usar o dinheiro reservado para um fim em outra
coisa ou uma decisão espontânea de investir em algo diferente. Pode ser
por necessidade ou por decisão própria. Mudança mesmo.
Seis: Instabilidade
6 de Copas – Relacionamentos instáveis, passando por momento
turbulento. Podem ser relacionamentos entre irmãos, às vezes pais e
filhos... Tudo fica meio nebuloso, mas não é uma coisa duradoura. É um
momento de falha de comunicação, que traz instabilidade. Riscos de não
ser entendido, não se fazer entender.
6 de Paus – Saúde e trabalho oferecendo riscos importantes. Pessoas
com tendência à depressão sucumbindo aos sintomas. É todo um
desequilíbrio, o organismo entrando em choque, um tratamento que não
está sendo efetivo, um remédio que não faz bem. É essa a instabilidade.
6 de Espadas – Perda de controle da situação, surpresas negativas,
falta de certezas para levar ao caminho da vitória. Tudo é nebuloso.
Situação de não saber: você só sabe que não sabe.
6 de Ouros – Indica que é melhor não investir em nada novo,
economizar, inteirar-se das contas. O conselho seria: deixe passar o
período nebuloso, para depois fazer alguma coisa. Não faça nada agora,
não é o momento.
Sete: Mudanças que interferem em diversas áreas
O Sete é o numero mais mágico: tudo o que muda no naipe interfere
em todas as outras áreas da sua vida. Ou dá tudo certo, ou dá tudo
errado -- mas geralmente o Sete tem uma vibração muito positiva, é
muito celebrado. É sempre uma força benéfica. Quando está faltando
tudo, o Sete é a primeira carta que some do baralho. E dificilmente uma
mudança que influencia tudo é efêmera; trata-se de algo que vai durar,
pelo menos uns seis meses.
7 de Copas – Relacionamento surgindo por intermédio de outras
ocorrências na vida (trabalho, saúde, etc). Por exemplo, você vai
procurar trabalho e a pessoa que lhe entrevista é o grande amor da sua
vida, e então você vai arrumar um grande trabalho e melhorar
financeiramente. Uma coisa ligada às outras.
7 de Paus – Trabalho que exige aprender coisas novas, mudança
geográfica, mudança de cargo com salário influenciando nos planos
futuros. Você tem de mudar tudo. Não arrumou só um trabalho, arrumou
lugar novo, casa nova. É sempre uma indicação positiva, uma mudança
para melhor.
7 de Espadas – Ganhar uma batalha que abre caminhos e favorece a
realização em outras áreas. Reconhecimento de terceiros.
7 de Ouros – Alguém usando o dinheiro de forma positiva para
influenciar a vida das pessoas. Você ganha mais e consegue ajudar a
mãe e o irmão, além de estar bem para você, por exemplo.
Oito: A pessoa influenciando outras
O Quatro é “pessoas a mais”, e o Oito é duas vezes o Quatro. Trata-
se, então, de influenciarmos os outros; passamos a ser o sujeito da
influência.
8 de Copas – Conquista de alguém distante e difícil, agir como cupido.
A sua força de conquista é dobrada.
8 de Paus – Ter a opinião fundamental para o sucesso de um projeto,
abrir um negócio que influencia a vida de outros muito positivamente. É
quando a sua opinião faz a diferença.
8 de Espadas – Influência de bastidores, ardilosa.
8 de Ouros – Interferir junto a alguém que tem mais dinheiro,
direcionando o valor para uma causa ou pessoa. Aqui, você não precisa
ter o dinheiro, mas consegue convencer alguém que tem a fazer o que
você pretende.
Nove: Testes para nos certificarmos do caminho
Lembremos que o Nove é o três vezes três. Quem aguenta três vezes
o tranco e fica estável, é porque realmente está no caminho certo. Ás
vezes a pessoa cisma em fazer o difícil, vai e cai, vai e cai, e precisa que
alguém diga: não é isso que você tem de fazer: o Nove vem para isso.
Ou então a pessoa tem certeza e sofre revezes para testar de fato. O
Nove vem para testar a sua força. Ele normalmente não é uma batalha
sofrida, é algo que vai fazer questionar se aquilo que você está fazendo é
o certo.
9 de Copas – O par agindo de forma inesperada, mostrando que é
diferente do que imaginávamos. Ás vezes você tem surpresas, por
exemplo, alguma coisa que o namorado faz leva a perguntar: “Será que
é essa a pessoa que eu quero?”.
9 de Paus – Problema de saúde forçando novos comportamentos,
trabalho colocando a pessoa temporariamente em uma posição
indesejada. Algo que a pessoa esperava não aconteceu, mas, se esperar,
pode ser que chegue sua hora. Não é confortável, mas vai testar o
quanto você quer de fato alguma coisa.
9 de Espadas – Baque, decepção, planos não concluídos. Entretanto,
mostra quase sempre uma situação temporária. Machuca, mas não
mata.
9 de Ouros – Abrir um negócio que não vai para frente, fazer planos
que não se concluem ou não trazem o resultado financeiro esperado.
Suponhamos o caso de uma pessoa que abriu uma loja e fica seis meses
rezando para alguém entrar; no sétimo mês ela questiona se deve
continuar. Quando sai esta carta, eu digo: persista. Se fosse uma carta
de estabilidade, não, mas aqui ela está testando sua persistência.
Dez: Marasmo, falta de empenho, preguiça
10 de Copas – Insatisfação gerada pela rotina. Pensamentos buscando
novos desafios. Geralmente, quando acontece traição, ela começa aqui. É
uma situação quando se esperava mais, ou do parceiro, ou de amizades,
ou na empresa.
10 de Paus – Pessoa acomodada no trabalho, na obesidade, nos vícios
que influenciam a saúde. Essa pessoa que não quer mover uma palha.
10 de Espadas – A pessoa tem desejos, mas não possui a vontade de
colocá-los em prática. Situação do eterno sonhador.
10 de Ouros – Não ver possibilidade de melhora, se conformar com o
que tem, não querer sonhar mais alto.
11. Valete, “J”: Mensagens importantes, pessoas
O Valete é sempre uma carta muito boa, muito leve, e que sempre dá
um novo sopro de vida. Ele tira da rotina. Para nós, o valete é uma
criança, um mensageiro que traz boa notícia.
No baralho comum, chamamos a carta de valor 11
de Valete ou Pajem; mas, iconograficamente e por estar junto a Rei e
Rainha, ele corresponde na verdade ao Cavaleiro dos arcanos menores, o
Jovem.
Valete de Copas – Boas noticias: novo par, conclusão de
relacionamentos, novo ímpeto a um relacionamento já iniciado. É o
oposto do Dez. Mesmo que a pessoa já seja casada, por exemplo, ela
aprende a ver aquilo de outro jeito, a respeitar o companheiro de outro
modo, descobre um lado que não conhecia.
Valete de Paus – Novo trabalho, nova pessoa influenciando o
surgimento de uma nova vaga ou alterando nossos hábitos. Um novo
amigo que o convida para correr, coisa que você nunca havia pensado
em fazer – é um mensageiro que vai levá-lo a ter um hábito bom.
Valete de Espadas – Batalhas vencidas, limites estabelecidos, respeito.
Quando sai o Valete de Espadas é uma batalha vencida mesmo, é você
novo, num momento de renovação. Uma boa notícia para você.
Valete de Ouros – Dinheiro vindo de forma inesperada, promoção.
12. Dama ou Rainha: Valores da infância, questionamentos
Traz à tona valores da infância e questionamentos quanto à
personalidade. Representa a idéia da mãe, dos primeiros anos de que
falam os arcanos maiores, das coisas que estão marcando nossa
personalidade. Ás vezes a pessoa começa a questionar as influências, ou
tem comportamentos infantis que já havia superado. Tem relação com a
dinâmica dos anos de formação, ou diz que não estamos conseguindo
nos livrar de coisas lá de trás.
Rainha de Copas – Repetir padrões maternos de comportamento,
questionar se estamos no caminho certo. É uma insegurança quase
infantil.
Rainha de Paus – Redescobrir talentos da infância, quase que um
renascimento. Necessidade de sentir acolhimento, mas não
necessariamente no sentido emocional. Pode ser que numa empresa
você tenha desagradado uma pessoa perigosa por seu grau de influência,
e precisa do colo do patrão, que ele lhe diga que você está no caminho
certo. Necessidade de uma pessoa que reconheça seu trabalho.
Rainha de Espadas – Agir de forma mimada, querendo impor os
desejos a qualquer custo. Essa é a carta mais infantil de todas, é quando
você usa seu coração invertido para alfinetar, fazer manha.
Rainha de Ouros – Lidar com o dinheiro de forma descontrolada, sem
a maturidade necessária.
13. Rei: Força masculina, imposição.
O Rei fala de tudo que é colocado goela abaixo.