Síndrome de Burnout Nos Profissionais de Saúde
Síndrome de Burnout Nos Profissionais de Saúde
Síndrome de Burnout Nos Profissionais de Saúde
Patrícia Perniciotti 1
Carlos Vicente Serrano Júnior 2
Regina Vidigal Guarita 3
Rosana Junqueira Morales 4
Bellkiss Wilma Romano 5
Resumo
A síndrome de Burnout (SB) é uma resposta prolongada a estressores interpessoais crônicos
no trabalho, caracterizada por três dimensões interdependentes: exaustão emocional,
despersonalização e redução do sentimento de realização pessoal. Há uma propensão dos
profissionais de saúde em desenvolvê-la, sendo frequentemente identificada em médicos de
diferentes especialidades (25 a 60%), médicos residentes (7 a 76%) e enfermeiros (10 a 70%).
O presente artigo revisa as principais definições, sintomas e critérios diagnósticos da SB,
expondo as divergências existentes na literatura. Revisa as consequências e fatores de risco
da SB nos profissionais de saúde que atuam em hospitais, descrevendo o papel do ambiente
hospitalar e das Unidades de Terapia Intensiva no desencadeamento da síndrome e destacando
a autoestima como um dos principais fatores individuais envolvidos. Por fim, discute as potenciais
intervenções para prevenir a SB.
Palavras-chave: síndrome de burnout; profissionais de saúde; hospital; autoestima; prevenção
Abstract
The burnout syndrome (BOS) is a response to chronic stressors at work, characterized by three
interdependent dimensions: emotional exhaustion, depersonalization, and reduction of the feeling
of personal accomplishment. There is a tendency of health professionals to develop the syndrome,
1
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – São Paulo/SP – E-mail: patricia.perniciotti@
hotmail.com
2
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor –
HCFMUSP) – São Paulo/SP – E-mail: [email protected]
3
Associação Arte Despertar - São Paulo/SP –E-mail: [email protected]
4
Associação Arte Despertar - São Paulo/SP – E-mail: [email protected]
5
Serviço de Psicologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (InCor – HCFMUSP) - São Paulo/SP – E-mail: [email protected]
Introdução
Os potenciais efeitos do estresse ocupacional sobre o bem-estar físico e emocional dos
profissionais tem sido objeto de estudo de pesquisas científicas nos últimos anos, por se tratar
de um importante problema de saúde. O estresse ocupacional é decorrente da percepção do
trabalhador de que o ambiente laboral é ameaçador à sua saúde física e/ou mental, por acreditar
que esse ambiente possui demandas excessivas ou por ele próprio não possuir recursos suficientes
para enfrentá-las (França & Rodrigues, 1997). Um dos possíveis efeitos da exposição crônica
ao estresse ocupacional é o desencadeamento da síndrome de Burnout (SB) ou esgotamento
profissional, fenômeno que afeta profissionais que possuem intenso contato com os usuários de
seus serviços, como os profissionais da saúde, da educação, policiais, assistentes sociais, entre
outros (Ministério da Saúde do Brasil & Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, 2001).
A propensão dos profissionais de saúde à SB é bem documentada, principalmente os
que trabalham em ambientes complexos e intensos como os hospitais, sendo frequentemente
identificada em médicos de diferentes especialidades (25 a 67%) (Bartholomew et al., 2018;
Rotenstein et al., 2018), médicos residentes (7 a 76%) (Erschens et al., 2019; IsHak et al., 2009;
Low et al., 2019; Rodrigues et al., 2018; Shanafelt, Bradley, Wipf & Back, 2002) e enfermeiros
(10 a 70%) (Bridgeman, Bridgeman & Barone, 2018; Woo, Ho, Tang, & Tam, 2020; Chemali et.al.,
2019; Koinis et al., 2015; Moss, Good, Gozal, Kleinpell & Sessler, 2016).
A SB afeta a saúde física e emocional dos profissionais trazendo conseqüências
preocupantes em níveis individuais e organizacionais (Moss et al., 2016) tornando evidente
a necessidade de prevenir sua sintomatologia (Carlotto & Câmara, 2008). As estratégias de
prevenção para a SB incluem realização de intervenções individuais e organizacionais ou,
idealmente, a combinação de ambas (Melo & Carlotto, 2017; Moss et al., 2016).
Apesar de a SB ser um tema amplamente estudado desde sua primeira descrição, a
produção científica mundial sobre a mesma é permeada por divergências teóricas quanto à sua
definição e critérios diagnósticos. O presente artigo revisa as principais definições, sintomas e
critérios diagnósticos, expondo as divergências existentes na literatura. Revisa as consequências
e fatores de risco da SB nos profissionais de saúde que atuam em hospitais, destacando os
fatores ambientais específicos das Unidades de Terapia Intensiva e o papel da autoestima como
um dos principais fatores individuais envolvidos. Por fim, ressalta a importância de medidas
que diminuam os níveis de estresse ocupacional, discutindo as potenciais intervenções para
prevenir a SB.
o mesmo instrumento (Rotenstein et al., 2018; Santos et al., 2017), o que ressalta outra importante
divergência:utilização de diferentes critérios diagnósticos para avaliar a incidência da síndrome nos
profissionais de saúde. Conforme exposto anteriormente, a prevalência da SB é majoritariamente
avaliada através do instrumento Maslach Burnout Inventory (MBI) (Bridgeman et al., 2018; Carlotto
& Câmara, 2007; Silveira et al., 2016; Gil-monte & Peiró, 2000; Medeiros-Costa et al., 2017; Moss
et al., 2016; O’Connor et al., 2018). A versão MBI- Human Services Survey (MBI-HSS) é utilizada
para rastrear os sintomas da SB em profissionais de saúde. Apesar da notável homogeneidade
quanto à escolha do instrumento, os pesquisadores que o utilizam adotam diferentes critérios
diagnósticos devido à: (1) divergências na interpretação do MBI-HSS e (2) variações na escala de
frequência (Santos, Sobrinho & Barbosa, 2017) e pontos de corte do instrumento (Bartholomew et
al., 2018; Rotenstein et al., 2018; Santos et al., 2017).
resultados (Schaufeli & Van Dierendonck, 1995; Gil-Monte & Peiró, 2000). No Brasil, o grupo de
Estudos e Pesquisas sobre Estresse e Burnout (GEPEB) estabelece valores para a população
brasileira, porém, outros valores podem ser identificados (Tucunduva et al.,2006; Silva, Loureiro,
& Peres, 2008) indicando que não há padronização dos pontos de corte em pesquisas nacionais.
& Leiter, 2008). Por essa razão, para compreender a propensão dos profissionais de saúde
a essa doença, especificamente dos que atuam em hospitais, serão ressaltadas as variáveis
consideradas fatores de risco para essa população e que neste estudo foram agrupadas em:
1) fatores ambientais do contexto hospitalar; 2) fatores ambientais das Unidades de Terapia
Intensiva; 3) fatores sociais do contexto hospitalar e 4) fatores individuais do sujeito, destacando
o papel da autoestima (Figura 1).
Figura 1 - Fatores De Risco Da Síndrome De Burnout (SB) Nos Profissionais De Saúde Que
Atuam Em Hospitais
Fonte:Adaptado de “An official critical care societies collaborative statement: burnout syndrome
in critical care healthcare professionals: a call for action.” de M. Moss, V.S. Good, D.,Gozal, R.
Kleinpell e C.N. Sessler, 2016, American Journal of Critical Care, 25: 368–376.
al. 2007a; Tironi et al., 2016) presentes nos níveis individual, interpessoal e organizacional e
que abrangem desde os conflitos entre os membros da equipe até a tensão que pode existir na
interação entre os profissionais de saúde, os pacientes e os familiares. Entende-se, portanto,
que além de trabalhar em um ambiente estressante como o hospitalar, os profissionais de saúde
são constantemente confrontados com a interação de percepções conflitantes sobre os papéis
profissionais, responsabilidades e atendimento ideal ao paciente (Bochatay, 2017).
O relacionamento da equipe multiprofissional é apontado como contínuo e intenso, e os
conflitos interprofissionais quando não abordados ou mal geridos, podem levar a consequências
negativas por destruir o tecido social de apoio e o sentimento de união (Bochatay, 2017). Pesquisas
revelaram que os conflitos de relacionamento com colegas são percebidos pelos profissionais
de saúde como prejudiciais para o funcionamento da equipe multiprofissional (Bochatay, 2017),
sendo que 20,8% avaliaram a qualidade e frequência da interação com os colegas como uma
interferência grave no desempenho laboral (Sessa, Kioroglo, Varallo & Bruscato, 2008).
A existência de conflitos relacionais na equipe de saúde está associada à complexidade
da atuação em equipe multiprofissional, a qual pressupõe a coexistência de diversos saberes.
Romano (2017) ressalta que as tensões interprofissionais estão atreladas à forma como
são percebidas as atividades realizadas no hospital. Se as atividades forem consideradas
complementares, exigindo um trabalho em conjunto, podem surgir atritos sobre status,
responsabilidade sobre a tarefa ou controle administrativo. A ocorrência desses atritos pode ser
favorecida quando o compartilhamento das responsabilidades é feito a partir de relações de
hierarquia e noções de status, limitando o grau de autonomia de cada profissional dentro da
instituição hospitalar (Romano, 2017). O fato dos processos de trabalho nos hospitais (fatores
ambientais) serem historicamente organizados desta forma e contribuírem para o surgimento de
conflitos relacionais (fatores sociais), exemplifica o que foi exposto anteriormente sobre a inter-
relação dos fatores ambientais e sociais que compõem a totalidade deste ambiente. Fatores
ambientais e sociais se relacionam e atuam sobre o sujeito, influenciando de forma conjunta o
desencadeamento de altos níveis de estresse ocupacional e a SB nos profissionais de saúde.
Apesar de estes profissionais estarem expostos diariamente aos fatores de risco
mencionados, a literatura ressalta que nem todos desenvolvem os mesmos níveis de estresse ou
apresentam sinais de esgotamento profissional. Isso porque a percepção do estresse depende do
significado pessoal que o sujeito atribui aos eventos e dos recursos de enfrentamento que possui
para lidar com eles. Portanto, ao analisar os fatores contribuintes para o desenvolvimento da SB
deve-se também considerar as características individuais do sujeito (personalidade, autoestima,
recursos de enfrentamento) e os fatores demográficos (idade, sexo, escolaridade, tempo na
função desempenhada) (Koinis et al., 2015). Dentre as características individuais mencionadas,
destaca-se o papel da autoestima neste cenário, na medida em que profissionais com autoestima
rebaixada são mais suscetíveis ao estresse ocupacional e à SB (Fothergill, Edwards, Hannigan,
Burnard & Coyle, 2000; Lee, Joo & Choi, 2013; Manomenidis et al., 2017).
indivíduo sobre seu próprio valor, competência e adequação, expressa em uma atitude de
aprovação ou desaprovação em relação a si mesmo. Estudos sobre o tema a consideram como
um traço e um estado, na medida em que pode manter-se estável por determinado período
(traço), mas variar ao longo da vida em resposta às diversas experiências vivenciadas em cada
etapa do desenvolvimento (estado) (Trzesniewski, Donnellan, & Robins, 2003). A mensuração da
autoestima tem sido mundialmente realizada por meio da Escala de Autoestima de Rosenberg
– EAR, instrumento capaz de classificá-la em níveis baixo, médio e alto (Sbicigo, Bandeira, &
Dell’Aglio, 2010).
A autoestima é considerada um importante indicador de saúde mental e alguns estudos
a apontam como uma variável protetora para diversos sintomas, entre eles a ideação suicida,
sintomatologia depressiva e a SB (Fothergill et al., 2000; Kupcewicz & Jóźwik, 2019; Lee et
al., 2013; Manomenidis et al., 2017). Estudo realizado por Yeatts e seus colaboradores (2018)
encontrou correlação entre autoestima e as três dimensões da SB, na medida em que os
indivíduos avaliados com autoestima elevada apresentaram níveis menores de exaustão
emocional e despersonalização e maiores índices de sentimento de realização pessoal. Além
disso, a literatura aponta que profissionais com autoestima rebaixada se associam a maiores
níveis de sofrimento psíquico, maior exaustão emocional e menor capacidade para enfrentar
eventos estressantes (Fothergill et al., 2000; Lee et al., 2013) tornando-os mais vulneráveis
ao esgotamento físico e emocional. Em contraste, a presença de uma autoestima satisfatória
implica em melhor senso de realização pessoal (Yeatts et al., 2018), eficácia profissional, bem-
estar (Wang et al., 2017) e maior capacidade para lidar com o estresse ocupacional, indicando
ser um fator protetor a SB em pelo menos uma de suas dimensões.
Conclusões
Apesar da extensa quantidade de artigos publicados sobre a SB, as divergências teóricas
que permeiam a literatura impactam negativamente as pesquisas sobre o tema. A falta de
consenso acerca dos critérios diagnósticos da SB dificulta a identificação de um índice geral
de prevalência e comparações entre estudos, mesmo entre aqueles que utilizam o mesmo
instrumento para o rastreamento dos sintomas. Para os estudos nacionais que utilizam o MBI-
HSS, ressaltamos a importância de indicar claramente os critérios utilizados para classificar
indivíduos como vivenciando a SB, bem como a padronização da escala de freqüência e dos
pontos de corte para que os dados obtidos se tornem passíveis de generalização.
Esperamos que o presente artigo tenha contribuído para atualizar a literatura disponível
sobre a SB e facilitar a compreensão das nuances que envolvem seu desencadeamento nos
profissionais de saúde, alertando a importância de avaliar intervenções preventivas. Os efeitos
negativos da SB no bem-estar dos profissionais de saúde e suas consequentes implicações
no cuidado prestado ao paciente evidenciam a urgência de intervenções voltadas para essa
população, que visem diminuir os níveis de estresse ocupacional, aumentar a autoestima,
incentivar o autocuidado e construir um ambiente de trabalho saudável.
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