Como Podemos Contribuir para Tornar A Escola Bíblica Dominical Mais Atuante e Interessante

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

COMO PODEMOS CONTRIBUIR PARA TORNAR A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL MAIS

ATUANTE E INTERESSANTE?
Adaptação: Rev. Dr. José Kennedy de Freitas, Ph.D, e Rev. Dr. Claudio Antonio dos Santos,
Th.D

1. SAIBA COMO PLANEJAR, COM EFICÁCIA, SUA AULA:


Conteúdo- deve ser de pleno conhecimento do professor, o primeiro a ser considerado no
planejamento da aula.
Extensão e tempo- é necessário verificar a quantidade de informações e ensinamentos a
serem transmitidos. É preciso fazer uma seleção de conteúdos, priorizar as informações e
ensinamentos que mais se harmonizam com os objetivos da aula, de forma prática no tempo
disponível.
A exposição de uma lição requer uma boa distribuição de tempo:
 Abertura (5%) – uma espécie de “quebra-gelo”.
 Introdução (10%) – estabelecimento de relações com o tema estudado na aula
anterior. Desperta a disposição para a aprendizagem. É por isso que deve haver
criatividade, por parte do professor, que, também, precisa utilizar notícias de jornal,
fatos contemporâneos, ilustrações e experiências corriqueiras para que os alunos se
familiarizem.
 Interpretação (30%) – a argumentação bíblica do professor deve ser consistente com
as verdades contidas na Palavra de Deus, de tal modo que os alunos posam interpretá-
las e aplicá-las.
 Aplicação (40%) – o aluno deve ser estimulado a mudar aspectos de sua vida para
andar de acordo com o que está contido nas Escrituras: os princípios, leis,
ensinamentos que devem ser levados em consideração, esclarecidos e assimilados
para a formação do caráter cristão. É o momento no qual deve-se estimular a
participação, o partilhar de experiências que propiciem edificação e aprendizado. Tudo
isto deve ser feito com a supervisão e direcionamento do professor para que não se
escape dos objetivos da aula.
 Conclusão (15%)- recapitulação das principais informações transmitidas e repasse de
conhecimentos aprendidos. É o momento de fechar idéias, confirmar doutrinas e
demonstrar a importância da mudança de atitudes e comportamentos. É momento de
comunhão e edificação espiritual, por meio do qual os alunos farão uma introspecção
para expor, diante do Senhor, a situação real de sua vida em busca de mudança.

A importância do planejamento e do ensino eficaz:


É o momento no qual o professor vai explorar, ao máximo, o seu potencial e criatividade,
constatando o interesse dos alunos pela Palavra de Deus e o desejo de retribuir o que lhes foi
ensinado. Para alcançar isto, o professor deve ser previdente e organizado, administrando o
seu tempo semanal com a meditação da lição que vai ensinar.
Por meio do ensino, o professor desperta a mente do aluno para captar e reter a verdade,
motivando-o a pensar por si mesmo, da seguinte forma:
1. O aluno precisa crer que não é o professor que o ensina. O professor tem que fazer
que fazer com que o aluno pense por si mesmo, estimulando a sua atividade intelectual
para que ele descubra as verdades implícitas na sua mensagem. Somente há
aprendizagem com a atividade mental dos alunos. Para isto, devem ser guiados de tal
forma que possam expressar com segurança seus novos pensamentos, com base nos
resultados da leitura e observações do professor.
2. O professor deve explicar o novo com base no antigo, partindo do conhecido para o
desconhecido, do claro para o obscuro, do fácil para o difícil. A eficiência do seu ensino
está na apresentação de imagens já conhecidas para que os alunos façam
associações, da mesma forma que Jesus o fazia com as parábolas.
3. Deve-se considerar a faixa etária, as condições sócio-econômicas, bem como os
interesses do aluno para que possamos ensiná-lo de acordo com as suas
necessidades, adaptando o ensino ao desenvolvimento moral e espiritual dos mesmos
(ou seja, à altura espiritual dos alunos).
4. A verdade a ser ensinada deve provocar mudanças na vida do professor, permitir que o
mesmo se emocione, sinta o impacto daquela palavra ensinada em sua vida e a
pratique. Quem domina a lição e permite que ela o comova, também saberá comover
os seus ouvintes.
5. Vejamos o que Myer Pearlman diz acerca do papel do eficiente professor:
“…Você, professor, tem de relacionar constantemente as partes das Escrituras –
comparando as histórias com as doutrinas, as profecias com seu cumprimento, os
livros com os livros, o Antigo Testamento com o Novo Testamento, os tipos com os
arquétipos (modelos, anotação nossa), para que o aluno aprenda que a Bíblia não é
uma coleção de textos e de fatos separados, estanques, mas uma unidade viva, cujas
partes estão relacionadas vitalmente umas com as outras, como os membros do corpo
humano. Vimos depois que o professor precisa aplicar continuamente a lição à vida
individual, e à coletiva, para que o aluno fique sabendo que todo ensino bíblico está
relacionado com os fatos de sua vida. Nenhum ensino bíblico é teórico, sem aplicação
prática.”
2. COMO O PROFESSOR DEVE SE PREPARAR
 1. Preparo espiritual – à frente da sala deve estar um verdadeiro cristão, alguém que tenha
uma real experiência de conversão e que procura santificar sua vida. Tal serviço prestado ao
Rei é resultado de uma vocação, um gesto de adoração. Não basta ser profissional, é
necessária a submissão ao Senhor Jesus, uma vida de adoração, de execução da Sua vontade
e busca pelas coisas de cima, tal como o salmista orou: “Desvenda os meus olhos, para que eu
veja as maravilhas da Tua lei.” (Sl 119.18). É preciso reconhecer-se dependente do Senhor,
incapaz de compreender a Palavra sem o Seu auxílio, moldando a sua vida de acordo com
esta Palavra. O professor deve ser um depósito de verdades divinas e fiel guardião da sã
doutrina à medida que viver em comunhão com a Palavra de Deus (Sl 119.97; Ex 3.1). Este
amante da Palavra, certamente, vive com o seu coração a ferver com palavras boas,
ensinamentos eternos e vivos que fazem toda a diferença (Sl 45.1).
 2. Preparo bíblico eficaz - o preparo espiritual é um pré-requisito indispensável para se dar
início ao preparo bíblico, num profundo mergulho nas Escrituras, que se apresenta nas
seguintes atitudes:
 fazer diversas leituras do texto bíblico, comparando as diferentes versões;
 formar uma biblioteca pessoal que contenha dicionários, concordâncias, comentários e
manuais bíblicos que auxiliarão na interpretação dos textos;
 fazer diversas perguntas ao texto para identificar promessas, ordens, mandamentos,
princípios, doutrinas, orientações e lições. O descuido com a pesquisa traz inúmeros
prejuízos à aula, o que contribui para desmotivar os alunos;
 fazer um esboço detalhado do texto bíblico – dividir o texto em partes menores permite
a assimilação de novas informações;
 selecionar as lições mais importantes do texto – a Bíblia é como um poço de águas
cristalinas que saciam a nossa sede; como uma caverna que contém inúmeros
tesouros, os quais, para serem encontrados, requerem tempo, paciência e coragem de
quem os busca. Deve haver prazer em meditar na Lei do Senhor (Sl 1.2) para efetuar
este intenso trabalho de pesquisa.
 3. Estudo da lição desde o início da semana – o ideal seria que todo professor reservasse,
pelo menos, meia hora de cada dia, para estudar a lição. Dessa forma, resolveria aquelas
questões que surgem, durante o estudo, antes de ministrá-lo à sala, encontrará melhores
ilustrações e referências para o assunto, disporá de mais tempo para orar, bem como contar
com a função cerebral subconsciente, segundo Rev. Dr. Kopinits:
“O subconsciente nos ajuda muito. Sabe-se que por meio do subconsciente aprendemos
muito. Depois de havermos feito um estudo árduo e consciente de um assunto, nossa
mente continuará trabalhando na questão, enquanto dormimos ou cuidamos de outras
coisas. O ditado muito conhecido que diz ‘consulte o travesseiro’ acerca de uma decisão
ou problema, está certo. É exemplo do que vimos dizendo sobre o subconsciente. Mas
acima de tudo, lembre-se de que por meio da oração é possível estimular
sobrenaturalmente as nossas faculdades mentais. ‘Ele os guiará em toda verdade’, diz-
nos Cristo. Note que a palavra ‘guiar’ subentende que devemos estar procurando a
verdade, ou em outras palavras: estudando.” (Dr. Marcos D' Kopinits - Anotações).
 4. Estudo consciente
 O texto bíblico da lição deve ser averiguado, analisado, dissecado, experimentado
antes da investigação profunda do comentário da revista.
 Ajuntar material além do necessário para a aula. Isso depende da aplicação e
dedicação do professor que deseja inspirar amor pelo estudo, trazendo informações
adicionais ao texto da lição para a classe.
 Estudar o texto e o contexto de forma detalhada.
 5. Registro pessoal de seu estudo – o professor deve preparar-se em oração e fazer
anotações pessoais (na escrita e na prática) que estejam relacionadas à edificação do caráter
cristão e testemunho pessoal. A mensagem a ser transmitida deve provocar o efeito da
transformação de vidas. Daí a necessidade do testemunho pessoal.
 6. O estudo da lição – o planejamento da aula com base nos objetivos da lição é fundamental
para que o professor ensine uma mesma verdade de várias maneiras. Tudo o que ele disser
deve estar centrado no objetivo principal da lição. O tema principal será como um Sol, ao redor
do qual se moverão todos os pensamentos a ele relativos, tais como os planetas o fazem ao
redor da maior estrela
 7. Apresentação da lição – o início da aula é o momento de negociação, momento no qual o
professor vai lançar o anzol com uma isca bem apetitosa para atrair o aluno a si, mantendo-o
fisgado. Para isto, ele deve elaborar estratégias que façam o aluno pensar, despertem o seu
interesse, explicando verdades novas com o auxílio de verdades já assimiladas. O esboço não
deve ser lido para a classe. Deve ser apresentado como um esqueleto que o professor vai
revestir com a carne, usando os comentários necessários para revesti-lo e tornar a mensagem
compreensível.
 8. Ilustração da lição – o professor precisa estar atento ao limite de tempo que possui para
que possa ministrar a aula de acordo com o objetivo principal. Myer Pearlman compara a
ilustração da lição à edificação de uma casa:
 Dominar a matéria e determinar o objetivo correspondem, digamos, a fazer um
desenho da casa pronta, e elaborar a descrição detalhada da planta. Pode incluir a
decisão quanto ao material que se há de usar.
 A introdução da lição representa a abertura dos alicerces.
 Resumir a lição é levantar as estruturas de concreto.
 As perguntas correspondem às divisões revisadas. Pediu-se aos alunos que
respondessem a algumas perguntas acerca do assunto.
 Por meio de trabalhos práticos, por escrito, ou por meio de diálogo, o professor dará o
acabamento à obra.”
Ele ainda acrescenta:
   • “As ilustrações correspondem às janelas e às lâmpadas elétricas que iluminam as
dependências da casa. As ilustrações esclarecem o tema, ajudam o aluno a compreendê-lo, e
assim mantém seu interesse. Por isso, é melhor o professor preparar uma lista de ilustrações. ”
Para fazer bom uso das ilustrações, o mesmo autor deixa-nos algumas sugestõesde como as
ilustrações devem ser:
  
   • mais claras que a verdade que ser ilustrar;
   • interessarem o aluno e estar relacionada à sua experiência,
   • relacionarem-se realmente com a lição;
   • apresentadas com um certo limite, evitando-se o excesso;
   • causar boa impressão;
   • sugerirem boas idéias;
   • aplicadas à verdade e a verdade aplicada à ilustração. Ex.: parábolas.
9. A conclusão da lição – é o momento no qual o professor vai trabalhar para despertar no
aluno o firme desejo de colocar em prática tudo o que aprendeu, dando a ele oportunidades
para memorizar a mensagem principal e amar a verdade ali ensinada. Pois o que mais importa
é a aplicabilidade do conhecimento, o que nos faz recordar a unidade do homem como a
apresenta Pestalozzi: espírito – coração – mão. Observando este aspecto, o professor
possibilitará o desenvolvimento da tríplice atividade humana, contribuindo para o
aprimoramento da inteligência, da moral e da técnica: conhecer – querer – agir: “Escondi a tua
palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl.119.11).
3. MÉTODOS DE ENSINO
Ao preparar a lição, o professor não deve considerar apenas o conhecimento do assunto, mas
a forma como vai ensinar, fazendo, para si, perguntas, tais como:
   • Como vou transmitir as verdades espirituais à minha classe?
   • Vou partir de perguntas para despertar a motivação, a curiosidade?
   • Solicitarei alguma pesquisa?
   • Quais os caminhos que percorrerei juntamente com meus alunos?
Dissertação – é a apresentação da lição à classe, sem permitir que haja interferência contínua
dos alunos. É válida para salas numerosas. Para isso, o professor deve ser um excelente
orador, pois, dessa forma, vai reter a atenção e interesse da sala.
Narração – O professor inicia a aula contando uma história para despertar a motivação da
sala, bem como a visualização do fato. É o método ideal para salas infantis, mas os adultos
também apreciam este método e até ficam mais motivados.É uma excelente forma de
apresentar as verdades espirituais. Para o Dr. Marcos Kopinits, “…Todo professor deve
cultivar a arte de narrar histórias. Deve ser capaz de imaginar a vida nos tempos bíblicos, rever
as cenas, caminhar entre as pessoas, ouvir suas conversas, compreender seus costumes, e
depois descrever vividamente o que viu. Desta maneira a história bíblica chega a ser uma
realidade para seus ouvintes.(…) Por meio de histórias bem narradas, os interesses,
inclinações e emoções da criança podem ser encaminhados para o bem, com repúdio do mal.
Comovidas e emocionadas pela história, a que dedicam todo o interesse, as crianças tornam-
se ouvintes reverentes e, à medida que sua compaixão ou aversão é despertada, pela
representação das cenas e personagens, as crianças podem ser guiadas e amar a retidão e
odiar o pecado, com a mesma segurança e tranqüilidade. (…) A história que tem valor no
ensino deve despertar emoções, incitar o interesse e gravar uma verdade no coração. É uma
fotografia que chama a atenção, desperta o interesse e mexe nos sentimentos. A melhor forma
de indicar que certa história tem valor no ensino da Escola Dominical é a comprovação de seu
êxito.” (Anotações)
   • Contar histórias é despertar o interesse de outrem porque sempre estamos interessados ao
que acontece com o nosso semelhante. Lembremos do episódio ocorrido entre Davi e Natã (II
Sm 12).
   • As histórias despertam sentimentos, emoções que empolgam os ouvintes, fazem vibrar as
cordas do coração. Quem ouve começa a pensar, sentir e até interferir na ação das
personagens, o que caracteriza um fenômeno chamado catarse. Jesus usou este recurso de
forma abusiva quando contava suas parábolas.
   • O conteúdo da história deve estar vinculado à realidade. Seus princípios morais e espirituais
precisam ser úteis ao nosso viver cotidiano (Lc 10.25-37).
   • A história influencia na conduta de quem a ouve, contribui para a formação do caráter.
   • Para contar histórias, o professor deve: conhecê-la bem, respeitar a ordem lógica dos
acontecimentos, permitir que seus alunos vejam e ouçam diferentes cenas e personagens da
história, dar oportunidades para que os alunos vivenciem e sintam as emoções que a história
pode provocar.
Ensinar ao aluno como estudar – através de exercícios demonstrativos, o professor reuniria
sua classe para apresentar-lhe os caminhos pelos quais estuda a lição e chega à algumas
conclusões, demonstrando os motivos da realização de cada atividade do estudo bíblico e da
necessidade de realizá-las.
Despertar o interesse de cada aluno para estudar – dar uma tarefa definida a cada aluno
para que ele se sinta responsável pelo seu trabalho e o apresente à sala.
Método interrogativo - através de perguntas, o professor mantém a sala atenta ao que está
ensinando, pois faz perguntas relativas às questões mais interessantes da lição. As perguntas
devem fazê-los pensar, mas não podem provocar discussões de temas à parte do assunto em
pauta. O professor deve estar atento para perguntas pertinentes ao assunto. Dessa forma, se
estabelecerá o diálogo, a interatividade e o prazer pelo estudo.
A pergunta é um dos instrumentos mais úteis e eficazes no ensino. Elas devem ser usadas
para o desenvolvimento da lição, esclarecer alguns pontos, estimular o pensamento, enfatizar
as principais verdades e manter a classe atenta, ocupada.
Myer Pearlman nos orienta acerca da utilização deste método em nossas aulas:
“…as perguntas não devem confundir, mas devem ser claras e precisas. Não devem
obscurecer o tema, mas jorrar luz sobre o terreno que será atravessado. As perguntas não
devem revelaras respostas, porque isso impede o aluno de pensar. Que os alunos saibam
muito bem o sentido das perguntas.(…) Se o aluno comete alguns erros quando responde, é
melhor deixá-lo que continue, sem interrupção, porque o propósito principal quando você lhe
faz uma pergunta não é apenas receber uma resposta exata, mas ensinar o aluno a expressar-
se por si mesmo e a compreender a verdade. E ainda que a resposta esteja errada, ela exerce
uma função importante: ela orienta o professor a corrigir algum conceito equivocado na mente
do aluno.”
 
MATERIAIS DIDÁTICOS
A escolha dos recursos didáticos está restrita ao método, criatividade e recursos disponíveis
para que a aula não seja monótona, repetitiva e desestimulante, haja vista que 85% daquilo
que apreendemos é adquirido por meio da visão. Segundo um provérbio japonês, “Ver uma
coisa vale cem vezes mais do que ouvir sobre ela”. Assim a verdade será levada ao coração
por meio dos olhos e esclarecem as curiosidades naturais de cada aluno. Para tornar a aula
mais atrativa e interessante, neste ato de compartilhar verdades espirituais, podem ser usados:
 
   • quadro-negro – para registro de informações;
   • álbum seriado – para conter esboços, ilustrações, mapas e figuras;
   • flanelógrafo / flip-chart – painel no qual são anexadas as figuras ou textos;
   • retroprojetor- é uma espécie de álbum seriado elétrico;
   • objetos e outras coisas- usados continuamente por Cristo em seus ensinos, demonstra-nos
a sua larga utilização em nossas ilustrações: o lírio representa a pureza; a lagarta, a
regeneração e ressurreição; um feixe de ripas demonstra que a união faz a força etc.
Há outras dinâmicas que podem ser usadas, durante as aulas, para estimular o interesse:
Palestra ou exposição – deve ser usada juntamente com outros métodos que permitam a
construção do aprendizado a partir da realidade de vida do aluno, favorecendo a participação
sem a monopolização do tempo por parte do professor. A exposição, apresentada de forma
criativa, também é bastante proveitosa.
Discussão – é a apresentação de uma situação-problema (do interesse dos alunos) que será
discutida por todo o grupo em busca de solução para o problema apresentado. O professor
deve estimular a participação e respeitar as opiniões alheias, fornecendo informações
imprescindíveis para orientar a discussão. As soluções possíveis devem ser atestadas e serem
alvo das reflexões e avaliações da classe. Se o professor não interagir com a classe pode-se
alcançar ao final sem conclusões alguma.
Discussão em grupos – aspectos diferentes de uma mesma situação-problema são
distribuídos para grupos menores discutirem.O relator anotará as decisões finais para
identificar as soluções, avaliação e decisão final. Depois cada grupo, apresentará seu relatório
para a classe.
Perguntas – elaboradas, anteriormente, aguçarão a curiosidade intelectual dos alunos.
Debate – troca de opiniões em torno de um determinado tópico de estudo.
Dramatização – integra os alunos e auxilia na vivência da realidade do texto com mais
intensidade e envolvimento.
O professor deve usar métodos variados até descobrir aqueles com os quais os alunos se
identificam, motivando-os à pesquisa e ao estudo da Palavra de Deus. Ter um método é optar
por um caminho definido para conduzir os alunos ao lugar que desejamos.
4. COMO DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te
salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (I Tm 4.15 – ARC)
 1. Demonstre seriedade no estudo da Bíblia – desse modo, os alunos sentirão os resultados
desse trabalho e terão motivação para seguir o seu exemplo. Só deve estar diante de uma sala
de EBD quem está realmente comprometido com o estudo e ama a Palavra de Deus.
 2. Procure ser pontual e assíduo - os alunos devem ser recebidos pelo professor, o qual
deve iniciar e terminar a aula no horário estabelecido, evitando prolongamentos
desnecessários. É preciso tomar cuidado para evitar críticas pela falta de compromisso.
 3. Ministre aulas criativas e dinâmicas – é necessário buscar formas atraentes e bem
humoradas de ministração da Palavra. O dinamismo é imprescindível.
 4. Planeje aulas envolventes - os alunos precisam sentir-se à vontade para contribuir com a
aula, verificando que o seu potencial, conhecimento e cultura são considerados. O
planejamento do professor deve facilitar tudo isto, permitindo o envolvimento e o prazer de
todos participarem da descoberta das verdades eternas.
 5. Busque a aplicação do conteúdo – esta é parte mais importante da aula no que se refere
à utilidade para a vida do aluno. Ele precisa saber o que aquele texto bíblico tem a ver com a
sua vida diária para que a Bíblia se torne um livro relevante e pertinente para sua realidade. O
professor de EBD tem compromisso com a vida de seus alunos e não apenas com o intelecto
deles, não se preocupa apenas em transmitir-lhes informações, mas de aplicar, em suas vidas,
os princípios da Palavra de Deus.
 6. Não basta apenas ensinar, é preciso viver (Tg 4) – em atitudes e comportamento, o
professor demonstra o que ensina em sua própria vida. Somente assim, os alunos verão a
possibilidade de colocar em prática os princípios bíblicos. O professor deve ser piedoso e
submisso à Palavra de Deus. Jesus tinha autoridade para ser mestre porque vivia o que
ensinava.
 7. Esteja totalmente integrado à sua igreja – a cooperação e o envolvimento do professor
com a Igreja inspira os alunos a se envolverem com as coisas de Deus, quando zela pela:
   • presença aos cultos e atividades da igreja;
   • entrega do dízimo na casa do Senhor;
   • distância dos ventos de doutrinas, sendo fiel aos princípios de sua denominação;
   • conduta exemplar, pois sua vida é uma referência para os demais, dando bom testemunho,
não se envolvendo em conspirações que destroem a convivência entre os irmãos (Pv 6. 16-19)
5. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA
Contexto – todo texto bíblico é coerente com o contexto imediato e amplo. Interpretar textos
fora de seu contexto é um grave erro.
Gramatical – o uso e sentido das palavras sofrem alterações, daí a necessidade de pesquisa
para compreender o sentido do texto para os seus destinatários. Também é necessário tomar
cuidado com a leitura, observando a pontuação, os tempos verbais, plurais etc. Assim, a
interpretação será eficaz.
Histórico – todo texto foi produzido num momento histórico, com uma realidade social, cultural,
geográfica, política e até filosófica específicas. Deve-se observar estes aspectos para
compreender o texto bíblico.
Teológico – todo texto bíblico está repleto de informações de caráter doutrinário. Cada texto
contém um princípio doutrinário que deve ser destacado e aprendido.
Prático – os princípios e as verdades bíblicas devem ser aplicados corretamente às
necessidades do ser humano na época atual.
6. MÉTODOS DE ESTUDO BÍBLICO
O estudo se constitui na descoberta do significado de um versículo à luz dos princípios citados
acima. Não podemos estudar o versículo isoladamente. Para não incorrer neste erro,
precisamos tomar as seguintes atitudes:
   • Identifique e examine o contexto geográfico-histórico, social e cultural.
   • Investigue o texto através de perguntas, fazendo suas próprias observações, levantando
dúvidas e aplicações à sua vivência (inferências).
   • Reescreva o versículo com as suas próprias palavras.
   • Examine as referências, verificando outras idéias presentes ao texto e contexto.
   • Selecione aplicações úteis que causam impacto na vida das pessoas.
Em todos os capítulos da Bíblia há diversos ensinamentos e aplicações para nossas vidas.
Para estudar cada capítulo, algumas atitudes permitem uma melhor compreensão do mesmo:
1) Leia o capítulo com atenção – familiarizando-se com ele em diversas versões.
2) Identifique a estrutura do capítulo – separando os assuntos nele tratados, coma finalidade de
verificar o progresso do pensamento do autor.
3) Verifique o contexto – não deve ser tratado isoladamente, mas está revelando o propósito,
mensagem e situação histórica do livro em que está inserido.
4) Pergunte ao texto- questionamento e investigação.
5) Amplie o horizonte da pesquisa – utilizando-se de outras referências bíblicas e materiais de
apoio para facilitar a compreensão do texto.
6) Esquematize o estudo – destaque os principais aspectos tratados pelo texto com a finalidade
de aplicá-los à sua vida e à vida dos alunos.
A SEQÜÊNCIA DE UM ESTUDO BÍBLICO:
1. Delimite a abrangência do estudo – tome cuidado com as generalizações, para não perder o
ponto central, o foco de seu estudo.
2. Descubra as passagens pertinentes – uma concordância bíblica e análise de diversos textos
favorecerá a identificação de outros textos pertinentes ao assunto.
3. Entenda o contexto das passagens bíblicas - através de outros materiais de pesquisa e
enciclopédias afins.
4. Anote observações e aplicações práticas – todo texto precisa da aplicação à sua vida e à de
seus alunos.
5. Faça um esboço – para facilitar o entendimento progressivo do assunto.
6. Identifique informações – toda mensagem bíblica contém uma novidade que você precisa
descobrir.
COMO ESTUDAR UM PERSONAGEM BÍBLICO:
Aprendemos, com as fraquezas e virtudes dos personagens bíblicos, lições para serem
aplicadas às nossas vidas.
1) Escolha da personagem e lista de passagens que tratam da sua vida.
2) Resumo de sua vida para compreender o desencadeamento dos fatos por ele vividos.
3) Identificação das fraquezas e virtudes.
4) Comparação do personagem com a nossa vida e como lidou com as situações nas quais se
evidenciaram fraquezas ou virtudes.
5) Organização da biografia da personagem.
COMO AJUDAR SUA IGREJA A CRESCER ATRAVÉS DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
É necessário analisar a EBD de cada igreja para descobrir os motivos do desinteresse pelo
estudo bíblico. Não seria demais reprisar que a mesma é uma das principais agentes da
evangelização da igreja. Robert Raikes (1736-1811) tinha esta visão. A EBD, fundada por ele,
evoluiu tanto que, após 20 anos de sua morte, 1.250.000 crianças (25% da população)
estavam envolvidas com a Palavra de Deus. Para melhorar e fazer a EBD de nossa igreja local,
é preciso:
a) Conquistar o Pastor – ele necessita de humildade e discernimento espiritual para montar
uma equipe motivada e bem disposta que dinamize e contribua para o crescimento da Escola
Bíblica Dominical.
b) Conscientizar os pais – da importância da integração da criança na igreja e do
investimento na vida espiritual. Os mesmos devem dar o exemplo freqüentando as aulas e
ensinando os filhos em casa.
c) Motivar os professores – não adianta dispor de recursos didáticos apropriados sem a
prontidão e prazer dos professores no ministério do ensino. O professor é a “alma da EBD”, o
que dá vida, aquele que realmente ensina para que os alunos não finjam que aprendem. O
professor que realmente ama o ministério do ensino buscará o dinamismo e criatividade.
d) Promover a Escola Bíblica Dominical – “a propaganda é a alma do negócio” como diz o
famoso adágio popular. Uma propaganda da EBD, que apela para a afetividade e fidelidade a
este trabalho, a tornará mais eficaz, desde que seus promotores realmente acreditem e creiam
na sua importância.
COMO EXPLORAR AS POTENCIALIDADES DE UMA CLASSE DA ESCOLA BÍBLICA
DOMINICAL
Cada classe da EBD pode ser um poderosos instrumento para o contínuo e garantido
crescimento da Igreja, pois a formação de grupos menores pertencentes a uma específica faixa
etária, sob a custódia de uma liderança, facilita a afinidade espiritual, interesse pelas
Escrituras, bem como o crescimento espiritual. As regulares reuniões semanais contribuem
para fortalecer e integrar os alunos envolvidos.
A EBD é um poderoso instrumento de evangelização, com um tremendo potencial para ganhar
almas porque o seu trabalho atende os alunos de acordo com as suas necessidades. A
mensagem central da Bíblia é o amor de Deus expresso na morte de Seu Filho; portanto, todo
texto bíblico tem a pessoa de Jesus como centro. É dever do professor evangelizar os
descrentes com base no texto bíblico que está a ensinar.
As classes da EBD podem fazer cultos evangelísticos nos lares para trazer novas almas para
Cristo e para a sala. Também podem fazer grupos de visitação à famílias que passam
momentos difíceis e alunos faltosos para ministrar a Palavra de Deus.
A evangelização por correspondência também é um poderoso instrumento para conquistar
almas. Os visitantes das classes deixam os seus dados e algumas pessoas são encarregadas
de enviar-lhes cartas, demonstrando a satisfação da sua presença na EBD, explicitando,
também, o plano de salvação. Deve-se oferecer uma visita e informar o horário, objetivo e
natureza do trabalho.
As classes podem contribuir financeiramente para a obra missionária, mantendo até
correspondência com esses desbravadores, arautos do Senhor, bem como fazendo contínua
oração por eles.
O trabalho de assistência social pode contar com o auxílio de uma classe, na doação de
alimentos, visitas a asilos, creches e penitenciárias, projetos de ajuda a comunidades carentes.
A comunhão e oração contínua de uma classe também promove oportunidades para as
pessoas compartilharem testemunhos e problemas através de encontros de oração (cuidado
com falatórios!!!) e de parceiros de oração (Ec 4.9 a). Aniversários e ocasiões especiais
também devem ser motivos de celebração.
As classes podem se unir para contribuir com os diversos trabalhos da Igreja, tais como:
aconselhamento, recepção, evangelismo, cantina, plantão de oração, assistência aos
necessitados etc. O estudo bíblico conjunto de um grupo resulta em crescimento pessoal e
desenvolvimento da obra do Reino de Deus. Aprende-se a servir melhor ao Senhor e obedecê-
lO. A palavra que não volta vazia, lançada em boa terá, em corações sinceros, só produzirá
frutos bons.
AS OPORTUNIDADES DE UM PROFESSOR FORA DA SALA DE AULA
Os objetivos do professor somente serão alcançados se os alunos demonstrarem, através de
suas atitudes, o que, de fato, aprenderam. Na sala, o professor é o agente do processo de
ensino-aprendizagem e, fora dela, precisa observar as ações, o comportamento e a postura
dos alunos diante do que lhes foi ensinado.
O professor também é observado
 
   • No culto- freqüência à Igreja, participação nos cultos, disciplina, reverência no culto,
disposição para ouvir atentamente a Palavra ministrada.
   • No caráter- o empenho da palavra, a honestidade e justiça em suas ações. É preciso honrar
o que se prega sem destruir fora da sala o que tentou construir dentro dela.
   • Nos relacionamentos- a gentileza e amabilidade com os familiares e outras pessoas são
extremamente significativas. Assim se verificará como os ensinos de Cristo produzem efeito
nas vidas.
O professor, por sua vez, também observa
Se os alunos estão alcançando maturidade espiritual, comprometeram-se com a obra de Deus,
tiveram melhores resultados no convívio familiar. Não adianta verificar apenas se houve
compreensão e retenção das informações veiculadas, mas se há vivência dos princípios do
Evangelho.
Entre alunos e professores deve haver confiança e cordialidade. Quando se cultiva isto, eles
têm a necessidade de compartilhar segredos e dificuldades próprias com o professor para que
o mesmo ore e ajude.
COMO CONHECER MELHOR OS ALUNOS DE UMA CLASSE
Para cumprir, efetivamente, o seu papel, o professor deve conhecer os seus alunos e as suas
necessidades. Ele não pode ser um mero receptor de conhecimentos. Na sala de aula, é
imprescindível o apelo à dialogicidade (interatividade). Enquanto ensina, o professor aprende.
Enquanto o aluno aprende, ensina.
Dessa forma, o educador passa por um processo de reeducação numa ação interativa. O
educador precisa obter uma visão crítica de cada aluno, reconhecer suas limitações para
aprimorar o seu ensino. Tudo isto vai depender da postura do professor, da visão pessoal, da
filosofia que orienta o seu trabalho. O discurso, o sentimento e a ação devem integrar a ação
educadora.
O professor precisa conhecer as diferentes características dos alunos, tais como a idade, a
maturidade intelectual a sua realidade de vida. Cuidado com a tapeagogia! Para isto, ele deve:
   • conhecer os alunos pelos nomes;
   • visitá-los oportunamente;
   • interessar-se pela vida pessoal dos alunos;
   • aproximar-se da família deles;
   • descobrir as atenções e interesses dos alunos para promover o bem-estar na sala ;
   • ser sociável, facilitar o trabalho através de um relacionamento pessoal sem barreiras na
comunicação.
A profundidade do ensino depende da intensidade do conhecimento que se tem dos alunos.
COMO MELHORAR A QUALIDADE DO TRABALHO DO PROFESSOR
O professor contribui para a eclosão de idéias, trazer à luz o conhecimento adormecido. Este
trabalho requer o aprimoramento, a reciclagem, o aperfeiçoamento dessa tarefa. É necessário
enfrentar novos desafios, sentir a necessidade de crescer juntamente com seus alunos (Ef
4.13), manter a mente arejada e o coração pronto para testar novos métodos e intensificar sua
ação educativa. Daí a importância de novas descobertas, novas propostas, a convicção de que
não somos detentores de todo conhecimento. A humildade é imprescindível para a correção
dos erros, aperfeiçoamento de técnicas e redirecionamento de caminhos.
Vivemos numa sociedade cada vez mais exigente com a utilização de novas tecnologias. Por
isto, não podemos, em circunstância alguma, deixar de usar os diversos recursos disponíveis
que melhoram a qualidade de nosso trabalho. São os que aliam a técnica ao conteúdo. As
reuniões dos professores são um excelente recurso para aprimorar a EBD.
É dever, da superintendência da Igreja, a motivação e a disposição de contribuir para o
aperfeiçoamento dos professores, os quais precisam da valorização e investimento em seu
potencial.
Os professores, que sabem como ensinar, planejam e desenvolvem uma aula tecnicamente
perfeita e eficiente, pois utilizam as técnicas adequadas.
Os professores, que sabem o que ensinar, conhecem as doutrinas e histórias bíblicas,
alicerçam os seus ensinamentos com fundamento bíblico.
Não podíamos deixar de tornar nossas estas recomendações de Myer Pearlman:
“Você perceberá que os sermões que lhe darão mais satisfação, os que verdadeiramente
atingem a vida das pessoas, são os sermões tirados do íntimo de seu ser. São ossos de seus
ossos, carne de sua carne, o produto de seu trabalho mental, a potência nascida de sua própria
energia criativa. São sermões que vivem, que se movem, que voam pelo templo, deleitando,
convencendo, impressionando os homens e louvando a Deus. São sermões que penetram no
coração dos homens fazendo-os subir como águias e trilhar os caminhos do dever sem fatigar-
se. São sermões reais os que verdadeiramente nascem da energia vital do Espírito Santo
dentro do homem que os prega.”
COMO DEVE ATUAR O PROFESSOR PARA SE APRIMORAR?
Auto-didatismo – o professor pode valer-se de livros, rever seus conceitos e método de
trabalho. A reciclagem é produto da humildade do professor. Em seu trabalho, também precisa
haver cuidado com a aparência, expressão, otimismo, cortesia, simpatia, iniciativa, entusiasmo,
saúde.
Uso de tecnologias de informação – o professor pode utilizar a Internet para se atualizar,
instruir-se e alargar os seus conhecimentos. Assim poderá consultar livros e enciclopédias
virtuais, compartilhar saberes através de e-mails, grupos de discussão e sites que podem
instrumentalizá-lo para o ensino das Escrituras.
BÊNÇÃOS E DESAFIOS PARA ESTE FINAL DE MILÊNIO
“O ensino do sábio é fonte de vida, para que se evitem os laços da morte.” (Pv 13.14)
O ensino da palavra de Deus é um grande desafio em nossos dias. Num mundo aonde jaz o
materialismo e o ceticismo, esta Palavra é um alento de esperança porque não está baseada
em verdades humanas e temporais, mas nas verdades divinas e eternas. Certamente, é uma
posição honrosa que o Senhor nos deu, para executarmos esta sublime tarefa:
   • sendo ponte – o conduto pelo qual os alunos alcançarão o outro lado do rio, a edificação
espiritual, o prazer de conduzir pessoas para o outro lado;
   • sendo aluno – ser mestre é sentir as dores e preocupações dos alunos, aprender com eles,
com as aulas e com a vida. Se não fossem os alunos, não seríamos professores. Para ser
professor é preciso haver alunos; para haver alunos, o professor. Somos dependentes.
Aprendemos enquanto ensinamos. Não podemos ficar a sós nesta empreitada, devemos trazer
os alunos conosco;
   • sendo servo – o mestre é um servidor na igreja, serve os alunos com o seu conhecimento
e deve fazê-lo com prazer, alegria, espontaneidade e disposição. Muitas vezes, precisa
renunciar a diversas coisas para exercer este trabalho;
   • sendo canal para o crescimento – ser mestre é estar disponível para auxiliar no
crescimento da igreja. Ele é uma espécie de termômetro. A freqüência de sua classe indica o
nível de seu trabalho, é uma espécie de controle de qualidade de seu trabalho;
   • sendo responsável – no estudo da Palavra, no compromisso, no empenho em seu
ministério, zelo e aplicação na vida daquilo que ensina.;
   • sendo motivo de glorificação ao nome do Senhor – edificando a sua vida e contribuindo
para edificação de outros. Tudo o que fizer deve objetivar a glorificação de Seu nome.
   • Sendo grato – o Senhor nos concedeu um imenso privilégio: o de ser porta-voz e
disseminador de Sua Palavra. É preciso reconhecer e valorizar tão nobre missão. Daí a
necessidade de ter prazer na lei do Senhor e nela meditar de dia e de noite (Sl 1.2). A nossa fé
nos mantém firmes e esperançosos de que seremos imensamente recompensados e com o
crescimento espiritual e pessoal de cada um de nossos alunos (Sl 126.6).

OS DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL


 1. Amar a Palavra de Deus ao ponto de estudá-la com afinco e constância.
 
 2. Reconhecer o valor da Educação religiosa e ter na mais alta estima a missão do educador.
 3. Estar sempre bem preparado para ensinar a Bíblia na classe.
 4. Estar sempre em dia com os novos métodos de ensino e procurar renová-los quando
necessário.
 5. Dar instrução sem esquecer da educação, isto é, transmitir conhecimento e ao mesmo
tempo formar o caráter.
 6. Amar o aluno como a seu próprio filho.
 7. Saber que o aluno tem uma personalidade que merece respeito; e uma vida cristã em
desenvolvimento.
 8. Amar a igreja da qual é membro, prestigiando com sua presença e contribuição suas
programações e suas promoções.
 9. Procurar em tudo ser exemplo digno de ser seguido por seus alunos.
 10. Estudar sempre com o fim de aperfeiçoar-se para servir sempre melhor ao Senhor.
BIBLIOGRAFIA:
DORNAS, Pr. Lécio. Socorro! Sou professor da Escola Dominical: como tornar a EBD mais
dinâmica, edificante e criativa. 6.ed. São Paulo: Eclésia, 2000.
PEARLMAN, Myer. Ensinando com êxito na Escola Dominical. Trad. Rejane Caldas. São
Paulo: Vida, 1997.
KOPINITS, Dr. Marcos D' - Anotações - Faculdade de Teologia Seminário Unido - Rio de
Janeiro - abril 1990.
Colaboração do Pr. Dr. Asafe Barbosa nas correções da Língua Portuguesa.

Você também pode gostar