Contabilidade Publica Felizarda PDF

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMNOS

LICENCIATURA EM ADMINISTRACAO PUBLICA

Felizarda Fabião Langa

O plano de Contabilidade Publica em Moçambique regras e Funcionamento

Licenciatura em Administração Publica

Gaza, xai-xai,2020
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMNOS

LICENCIATURA EM ADMINISTRACAO PUBLICA

O plano de Contabilidade Publica em Moçambique regras e Funcionamento

O presente trabalho e de carácter avaliativo


na cadeira de Contabilidade Publica, a ser
apresentado no departamento de ciências de
educação sobe orientação do docente:

Licenciatura em Administração Publica

Gaza, Xai-Xai, 2020


Índice
1.Introdução ........................................................................................................................................ 4

1.1.Objectivo Geral ............................................................................................................................. 4

1.2.Objectivos Específicos .................................................................................................................. 4

Capitulo II Referencial teórico ............................................................................................................ 5

2. Conceitos relacionados com a Contabilidade na Administração Pública ........................................... 5

2.1. Contabilidade Pública ................................................................................................................... 5

2.2. Receita Pública ............................................................................................................................. 6

2.2.1. Receita orçamentária ................................................................................................................. 7

2.3. Receitas correntes e receitas de capital .......................................................................................... 7

2.3.1. Receita Corrente ........................................................................................................................ 7

2.3.2. Receitas de Capital .................................................................................................................... 7

2.4. Despesas ...................................................................................................................................... 8

2.4.1. Despesas Orçamentais ............................................................................................................... 8

2.4.1. Classificação Económica ........................................................................................................... 8

2.4.2. Despesas de capital. ................................................................................................................... 9

2.4.3. Despesas por pagar .................................................................................................................... 9

2.4.4. Classificação de Despesas por pagar .......................................................................................... 9

2.5. Prestação de contas ......................................................................................................................10

2.5. Tipos de prestação de contas........................................................................................................10

2.5.1. Fases de realização da despesa ..................................................................................................11

3. Conclusão ......................................................................................................................................12

4. Referências bibliográfica ................................................................................................................13


1. Introdução
A informação prestada pelos gestores e contabilistas públicos sobre a contabilização e
controlo das despesas públicas é preponderante para o país, partindo da ideia de que os
recursos são escassos e a administração pública tem como objectivo principal a
prestação de serviços sociais ao público.
Segundo ANDRADE ﴾2002:27), a contabilidade pública é uma ciência que regista,
controla e estuda os actos e factos administrativos e económicos operados no
património público duma entidade, possibilitando a geração de informações, variações e
resultados sobre a composição deste, auferidos por sua administração e pelos usuários.
O controlo das despesas públicas desperta particular atenção, garantindo motivação aos
gestores contabilistas públicos na concretização das metas traçadas duma forma eficaz,
eficiente e económica.

1.1.Objectivo Geral
 Compreender o plano de Contabilidade Publica em Moçambique regras e
Funcionamento

1.2.Objectivos Específicos

 Conceitualizar (receitas, receitas correntes, receitas de capital, despesas,


despesas correntes, despesas de capital, dotação orçamental, etc.);
 Descrever a presentação das contas e regras de registo da execução orçamental;
Capitulo II Referencial teórico
2. Conceitos relacionados com a Contabilidade na Administração Pública
Existem vários conceitos e abordagens de diversos autores relacionados com a gestão da
coisa pública, dentre os quais destacam-se:
Administração Pública é todo o aparelho do Estado, pré ordenado à realização de seus
serviços, visando a satisfação das necessidades colectivas. ﴾KOHAMA, 2001:31).
Património Público constitui o conjunto de bens, valores, créditos e obrigações de
conteúdo económico em moeda que o Estado possui e utiliza na consecução dos seus
objectivos. (BEZERRA FILHO, 2005:127).
Património público por analogia compreende o conjunto de bens, direitos e obrigações
avaliáveis em moeda corrente, das entidades que compõem a administração pública.
(KOHAMA, 2001:213-214).
Dos dois últimos conceitos acima citados, pode chegar-se a conclusão que o património
público é um conjunto de valores sob responsabilidade das entidades públicas, com o
objectivo de satisfazer as necessidades públicas.
Bens públicos são o conjunto de meios pelos quais o estado desenvolve suas
actividades de prestação de serviços à comunidade. (BEZERRA FILHO, 2005:127-
128).

2.1. Contabilidade Pública


Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da contabilidade, aplicada a
diferentes tipos de actividades e de entidades. Seu campo de actuação é, assim, o das
pessoas jurídicas de direito público, bem como o de algumas das suas entidades
vinculadas, estas pelo menos quando utilizam recurso a conta do orçamento público.
﴾PISCITELLI et al, 2002:21).
Para não se limitar apenas aos dois conceitos sobre a contabilidade acima citados, no
entender de ANGÉLICO (1994:107), a Contabilidade pública é a disciplina que aplica,
na administração pública, as técnicas de registos e apuramentos contabilísticos em
harmonia com as normas gerais do direito financeiro.
Com os conceitos acima citados pode afirmar-se que a Contabilidade pública é a parte
da contabilidade que controla e regista o património duma entidade pública.
Finanças Públicas: designam a actividade económica dum ente público tendente a
afectar bens à satisfação de necessidades que lhe estão confiadas. (FRANCO, 2001:3).
O Orçamento é uma prévia autorização do poder legislativo para que se realizem
receitas e despesas dum ente público, obedecendo a um determinado período de tempo.
Por meio do orçamento podemos verificar a real situação económica do Estado,
evidenciando os seus gastos com a saúde, educação, saneamento, obras públicas, etc.
(FORTES, 2002:70)
Orçamento Público é um documento directivo do Estado onde se define a política da
receita e despesa a prosseguir, num determinado período. (FRANCO, 2002:51).
Assim pode concluir-se que o Orçamento público define a previsão das receitas e a
fixação das despesas públicas.

Receita Corrente

São os ingressos de recursos financeiros oriundos das actividades operacionais, visando


a consecução dos objectivos constantes dos programas e acções do governo.

São denominadas receitas correntes porque são derivadas do poder de tributar ou da


venda de produtos e serviços, que contribuem para a finalidade fundamental do órgão
ou entidade pública.

A seguir, alguns exemplos de receitas correntes:

 Receita Tributária
 Receita de Contribuições

 Receita Patrimonial
 Receita Agro-pecuária
 Receita Industrial
 Receita de Serviços
 Transferência Corrente
 Outras receitas correntes.

2.2. Receita Pública


Hoje voltamos a falar de Administração Financeira e Orçamentária (AFO), agora sobre
um tema central em vários editais: Receita Pública.

Vamos entender o que é a Receita Pública, e quais conceitos estão directamente


relacionados a ela. Leia com atenção para não perder qualquer detalhe.
Lembre-se que, num concurso público, cada questão pode valer a sua aprovação (ou
reprovação) no cargo dos seus sonhos.

2.2.1. Receita orçamentária


É a receita que decorre da Lei orçamentária. Diz a Lei 4.320/64: serão classificadas
como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas,
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no
Orçamento.

2.3. Receitas correntes e receitas de capital


Receitas correntes e receitas de capital Receitas correntes e receitas de capital

2.3.1. Receita Corrente


São os ingressos de recursos financeiros oriundos das actividades operacionais, visando
a consecução dos objectivos constantes dos programas e acções do governo.

São denominadas receitas correntes porque são derivadas do poder de tributar ou da


venda de produtos e serviços, que contribuem para a finalidade fundamental do órgão
ou entidade pública.

A seguir, alguns exemplos de receitas correntes:

 Receita Tributária
 Receita de Contribuições

 Receita Patrimonial
 Receita Agro-pecuária
 Receita Industrial
 Receita de Serviços
 Transferência Corrente
 Outras receitas correntes

2.3.2. Receitas de Capital


São os ingressos de recursos financeiros oriundos de actividades geralmente não
operacionais.
São denominados receita de capital porque são derivados da obtenção de recursos
mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos e/ou
alienação de componentes do activo permanente.

A seguir, alguns exemplos de receitas de Capital:

 Operações de Crédito
 Alienação de Bens
 Amortização de Empréstimos
 Transferências de Capital.
 Classificação das despesas públicas

2.4. Despesas
Em geral as despesas públicas dividem-se em dois grandes grupos que são: Despesas

Orçamentais e Despesas Extra-Orçamentais.

2.4.1. Despesas Orçamentais


Para KOHAMA ﴾2001:109), a despesa orçamental é aquela cuja realização depende da
autorização legislativa. Não se pode realizar sem crédito orçamental correspondente; em
outras palavras é aquela que integra o orçamento, despesa discriminada e fixada no
orçamento público.
Para reforçar a definição acima, cita-se FORTES (2002:146), que afirma que a despesa
orçamental corresponde à todos os factos representativos de saída de recursos, excepto
as devoluções de terceiros ﴾cauções, depósitos judiciais para recursos, etc.) e das
operações de crédito por antecipação da receita orçamental e os pagamentos de
passivos financeiros anteriores ﴾restos a pagar).
Segundo o nº 1 b) do artigo 23 da Lei nº 09/2002 de 12 de Fevereiro a despesa
orçamental é classificada de acordo com os critérios orgânico, territorial, económico e
funcional.

2.4.1. Classificação Económica


Para João Angélico (1994:63), despesa orçamental é classificada em categorias
económicas estruturadas em dois grupos: despesas de correntes e despesas de capital.
Segundo o nº 2 do artigo 23 da Lei nº 09/2002, de 12 de Fevereiro, a classificação
económica, tanto da receita como da despesa, compreende as duas categorias seguintes:
despesas correntes e

2.4.2. Despesas de capital.


No entender de KOHAMA (2001:111), a despesa orçamental é classificada de duas
categorias económicas, que são as bases: despesas correntes e despesas de capital. Onde
verifica-se que as despesas correntes são os gastos de natureza operacional, realizados
pela administração pública, para a manutenção e funcionamento dos seus órgãos; e as
despesas de capital são os gastos realizados pela administração pública, cujo propósito é
o de criar novos bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso, como é
o caso dos investimentos , que constituirão, em última análise, incorporações ao
património público de forma efectiva ou através de mutação patrimonial.
Consoante a Lei nº 15/97 de 10 de Julho (a Lei do enquadramento do Orçamento do
Estado e da Conta Geral do Estado) fixa, entre outros, os princípios gerais de
organização, elaboração, aprovação, execução e alterações do orçamento do estado. De
acordo com o estipulado nesta lei, o governo aprovou o Decreto-lei nº 25/97, que versa
sobre os classificadores orçamentais, os quais fazem parte os classificadores das
despesas públicas.

2.4.3. Despesas por pagar


Despesas por pagar são as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de
encerramento do exercício financeiro, inscritas contabilisticamente obrigações a pagar
no exercício subsequente. (PISCITELLI, 2002:161). Ainda de acordo com o artigo 31
da Lei nº 09/2002 de 12 de Fevereiro, relativamente ao período do exercício económico
em curso, devem ser consideradas as seguintes regras:
a) Constituem despesas por pagar as despesas liquidadas e não pagas até 31 de
Dezembro;
b) As despesas por pagar devem ser anuladas, caso não sejam pagas decorrido 1
(um) ano.

2.4.4. Classificação de Despesas por pagar


De acordo com KOHAMA (2001:172-173), as despesas por pagar classificam-se em:
Despesa por pagar processados: são aquelas cujo empenho foi entregue ao credor, que
por sua vez forneceu o material, prestou o serviço ou ainda executou a obra, e despesa
foi considerada liquidada por ter sido cumprido o terceiro estágio correspondente à
liquidação, estando na fase de pagamento. Verifica-se que a despesa processou-se até a
liquidação e em termos orçamentais foi considerada despesa realizada, faltando apenas
o processamento do pagamento; Despesas por pagar não processados: são aquelas cujo
empenho foi legalmente emitido, mas depende, ainda da fase de liquidação, isto é, o
empenho foi emitido, porém, o objecto adquirido ainda não foi entregue e depende de
algum factor para a sua regular liquidação; do ponto de vista do sistema orçamental de
sua escrituração contabilística, não está devidamente processada.

2.5. Prestação de contas


A prestação de contas é o procedimento pelo qual o responsável pela guarda ou
movimentação de bens ou valores toma a iniciativa de comprovar, perante outros, os
actos praticados como gestor dos mesmos, em virtude de normas ou regulamentos,
contractos, convênios ou ajustes. No caso da gestão da coisa pública, a prestação de
contas é feita a uma entidade superior ou ao tribunal administrativo ou órgão
equivalente; é um elemento fundamental, para o exercício de controlo externo.
(BEZERRA FILHO, 2005:103).
Sem se limitar a única citação, realçar que no entender de KOHAMA (2001:199), a
prestação de contas no regime de adiantamento o processo de tomada de contas relativo
a cada adiantamento de dinheiro feito a servidor público deve ser constituído de
comprovantes originais de despesa, cuja autorização deve constar expressamente dos
processos. Os processos de prestação de contas devem ser montados, individualmente,
numerados nos órgãos de origem, obedecida a sequência numérica, e conterão, além dos
comprovativos originais das despesas e exame analítico, uma via de nota de empenho e
balancete acompanhado duma relação de gastos, quando o número de documentos não
couber no próprio balancete, por ser um modelo impresso.

2.5. Tipos de prestação de contas


Para FORTES (2002:206), existem 2 (dois) tipos de prestação de contas que,
nomeadamente:

Prestação de contas anual: que é aquela levantada no final de cada exercício financeiro,
com o objectivo de entregar aos tribunais administrativos as contas anuais dos
ordenadores ou responsáveis pela guarda de valores ou bens públicos da administração
indirecta;

Prestação de contas extraordinária: que é aquela levantada quando ocorrer extinção,


fusão, incorporação, transformação ou dissolução de entidades de administração
indirecta.

2.5.1. Fases de realização da despesa


A Execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme
previsto na Lei nº 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.

O empenho representa o primeiro estágio da despesa orçamentária. É registado no


momento da contratação do serviço, aquisição do material ou bem, obra e amortização
da dívida.

Segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente que


cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. Os
empenhos podem ser classificados em:

Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente


determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar
previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia eléctrica, aquisição
de combustíveis e lubrificantes e outros; e

Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado,


sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

O Empenho poderá ser reforçado quando o valor empenhado for insuficiente para
atender à despesa a ser realizada, e caso o valor do empenho exceda o montante da
despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado totalmente
quando o objecto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido
emitido incorrectamente.
3. Conclusão
Este trabalho fundamenta-se na pesquisa e análise bibliográfica e documental, que
assentou-se basicamente em artigos relacionados com a contabilização e controlo da
despesa pública, e no que diz respeito a pesquisa documental recorreu-se á algumas leis
e regulamentos, mas com particular atenção a contabilidade publica em Mocambique.
4. Referências bibliográfica
ANDRADE, Nilton de Aquino.Contabilidade pública na gestão municipal.1ª edição.
São Paulo:Editora Atlas S.A, 2002.
ANGÉLICO, João. Contabilidade Pública.8ª edição.São Paulo: Atlas, 1994.
BEZERRA FILHO.Contabilidade Pública: Teoria, Técnica de elaboração de balanços e
300 questões. 1ª Edição.Rio de Janeiro.Eslevier.2005.

COSTA, Carlos B.; ALVES, Gabriel C.Contabilidade Financeira.4ª


edição.Lisboa.Editora Rei dos livros.2001.

FRANCO, António L.Sousa.Manual de finanças públicas.Ministério do Plano e


Finanças, Governo de Moçambique.2002.
GIL, António Carlos.Métodos e Técnicas de Pesquisas Sociais. 4ª Edição.São Paulo.
Editora Atlas S.A.2007
KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: Teoria e Prática.8ª edição. São Paulo: Atlas,
2001.
MOÇAMBIQUE. Constituição da República de Moçambique.Maputo.2004.
MOÇAMBIQUE. Decreto-Presidêncial n° 15/2000, de 29 de Setembro.Maputo.2000.
MOÇAMBIQUE. Decreto n° 23/2004, de 20 de Agosto.Maputo.2004.
MOÇAMBIQUE. Decreto n° 54/2005, de 13 de Dezembro.Maputo.2005.
MOÇAMBIQUE. Lei n° 05/1992, de 06 de Maio. Maputo.1992.
MOÇAMBIQUE. Lei n° 09/2002, de 12 de Fevereiro. Maputo.2002.
MOÇAMBIQUE. Lei n° 13/1997, de 10 de Julho. Maputo.1997.
MOÇAMBIQUE. Lei n° 15/1997, de 10 de Julho. Maputo.1997.
MOÇAMBIQUE. Lei n° 25/2009, de 28 de Setembro. Maputo. 2009

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