Estudo de Caso - Hanseníase

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Universidade do Rio de Janeiro


Centro Biomédico
Faculdade de Enfermagem
Área assistencial – Saúde, Trabalho e Meio Ambiente II
Docentes: Prof. Delson Silva, Prof. Dr. Felipe Kaezer, Profª. Drª. Tatiana Eleuterio e
Profª. Drª. Viviane Kipper
Monitoras: Fernanda de Oliveira Tomé e Letícia Matias Ferreira
Rafael da Roch Dutra - academico 2 periodo

ESTUDO DE CASO – HANSENÍASE

Identificação: Paciente T.S.M., 55 anos, doméstica.

Queixa principal: Manchas esbranquiçadas na região torácica e nos membros


inferiores, com diminuição da sensibilidade e formigamento.

História da doença atual: Paciente contato intradomiciliar, sem presença de cicatriz


vacinal da vacina BCG em membro superior direito. O aparecimento dos sintomas
dermatológicos se deu há mais ou menos nove meses, no entanto, negava a
possibilidade de ser hanseníase. Relata que faz acompanhamento apenas de Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) na Unidade Básica de Saúde (UBS) e somente agora procurou
o serviço para diagnóstico e tratamento das manchas difusas pelo corpo.

Histórico social e antecedentes pessoais: Possui diagnóstico de Hipertensão Arterial


Sistêmica há 10 anos; menopausa aos 50 anos, cinco gestações de parto vaginal, sendo
que a última ocorreu há 25 anos. T.S.M. mora em casa alugada, de alvenaria, somente
com reboco, com boas condições de higiene e conservação, com água encanada, luz e
fossa séptica, com três cômodos. A renda mensal familiar é de, aproximadamente, três
salários mínimos e meio. Atualmente, reside apenas com o filho mais novo. Porém, até
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um ano atrás residia com filha e neto, que há cerca de 10 meses foram diagnosticados
com hanseníase. A filha foi diagnosticada primeiramente e já está há 8 meses em
tratamento e, o neto, a cerca de 7 meses. Afirma que tem medo de ser diagnosticada
com hanseníase devido ao preconceito que a filha sofre devido à doença. Recorda de
filmes que retratam a época de Cristo em que os “leprosos” eram excluídos da
sociedade.

História Familiar: Mãe hipertensa. Pai desconhecido. Filha e neto em tratamento da


hanseníase, há 8 e 7 meses, respectivamente.

Medicações em uso:

Hidroclorotiazida 25mg – 1 comprimido/manhã

Atenolol 50mg – 1 comprimido/manhã

Exame Físico:

Sinais Vitais

FR: 17 irpm

FC: 70 bpm

PA: 110/80 mmHg

Tax: 36,7º C

Geral: paciente calma, orientada no tempo e espaço.

Pele: Hidratada e normocorada.

Boca: Paciente edêntula (ausência total dos dentes), em uso de prótese total.

Nariz: Apresenta perfuração de septo nasal.

Tórax: Apresenta cinco manchas esbranquiçadas com alteração de sensibilidade


(térmica, tátil e dolorosa).
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Membros superiores: Apresenta mão em garra, diminuição da força muscular no quinto


dedo da mão direita, comprometimento do nervo ulnar e xerodermia.

Membros Inferiores: Apresenta formigamento e 3 manchas esbranquiçadas com


diminuição da sensibilidade (térmica, dolorosa e tátil).

Aparelho Respiratório: Murmúrios vesiculares universalmente audíveis, sem ruídos


adventícios.

Aparelho Cardiovascular: Bulhas normofonéticas em 2t, ritmo regular.

Aparelho digestório: sem alterações.

Aparelho geniturinário: sem alterações.

QUESTÕES

1. Na avaliação de T.S.M., quais são os problemas levantados?

R: 1: Ausencia da cicatriz da vacina BCG. Apresenta manchas na regiao dos membros


inferiores e na regiao toraxica com diminuiçao de sensibilidade e formigamento. Mora
em lugar de constante aglomeração, mesmo com saneamento basico e higiene
adequada. Possivel Comprometimento do nervo ulnar. Hipertensa.

2. Considerando o exame físico de T.S.M., de acordo com o número de lesões, como


podemos classificar a hanseníase?

R: hanseniase multibacilar dimorfa.

3. T.S.M. reside com o filho, o que o torna um contato intradomiciliar de hanseníase. A


partir disto, que providências devem ser tomadas?

R: examina-los, aplicar vacina BCG nos contatos se necessario, aplicar procedimentos


de limpeza nos ambientes domiciliares do contaminado, realizar notificação dos casos,
identificar e desenvolver ações que vise cromper com as barreidas culturais em relação
à hanseniase.

4. Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso:


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(F ) Após a consulta com determinado contato, se este apresentar sinais e sintomas de


Hanseníase, deve ser encaminhado para receber a vacina BCG.

(V) Os contatos intradomiciliares de casos novos diagnosticados devem ser priorizados


no exame de contatos.

(F) Logo no início do tratamento a Hanseníase deixa de ser transmitida. Porém, é


necessário ressaltar ao paciente a importância de fazê-lo até o final.

(F) Os casos de Hanseníase não necessitam de notificação compulsória no momento do


diagnóstico.

(V) O diagnóstico de caso de hanseníase é realizado por meio de exame geral e


dermatoneurológico, que busca identificar lesões na pele, alterações de sensibilidade e
também comprometimento de nervos periféricos.

(V) Mesmo não havendo uma vacina específica para a Hanseníase, a vacina BCG,
contra a tuberculose, auxilia na prevenção, pois os agentes que provocam essas doenças
são similares.

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