Aula 4
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Introdução
As mudanças ocorrem a uma grande velocidade no mundo de hoje. O
surgimento e o avanço de novas tecnologias, em intervalos cada vez
menores de tempo, mudam também a forma como as pessoas intera-
gem, consomem e vivem em sociedade. Produtos, serviços e negócios
relativamente novos tornam-se rapidamente obsoletos, e a necessidade
de renovação e adaptação para atender a novos desejos e necessidades
é condição fundamental para a sobrevivência das empresas. Diante desse
cenário, a criatividade e as ideias que podem gerar inovação são essenciais
para que as empresas possam ter sucesso.
Neste capítulo, você vai conhecer algumas fontes de ideias para novos
empreendimentos; o conceito de tendência e os métodos disponíveis
para a geração de novas ideias de empreendimentos.
Fontes de ideias
O empreendedorismo impulsiona a economia de um país, uma vez que a cria-
ção de novas empresas aquece o mercado, gerando novas opções de produtos
ou serviços. O empreendedorismo tem uma relação direta com a inovação,
também considerada como a base do desenvolvimento econômico dos países
desenvolvidos. No entanto, no Brasil, os empreendedores, experientes ou
2 Criatividade e a ideia da empresa
Ideias simples e incrementais são fáceis de ser copiadas e, se isso acontece, o em-
preendedor não consegue se posicionar frente a seus concorrentes e deixa de ser
competitivo (DORNELAS, 2013).
Mesmo com tanto trabalho, não existem garantias de que todo o pro-
cesso será positivo e trará retorno aos empreendedores. Por esse motivo é
que dizem que criatividade apenas não é suficiente (Figura 1), ou melhor,
é preciso ter preparo para transformar ideias criativas em oportunidades de
negócios que agreguem valor ao cliente e tragam um diferencial competitivo
ao empreendedor.
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Tendência
Vivemos em um mundo marcado por rápidas transformações e, nesse cenário,
o empreendedorismo se depara com oportunidades e desafios, que devem ser
aproveitados e superados, contribuindo para a sobrevivência e o crescimento
de novos e antigos negócios. Importante destacar que os empreendedores
tornam a economia do país mais dinâmica e competitiva, uma vez que geram
novas oportunidades, inovações, mudanças, novos produtos ou serviços, assim
como novos hábitos de consumo.
Você já parou para pensar que empreender não necessariamente significa
abrir um negócio próprio? No entanto, paradoxalmente, a forma mais comum de
ser um empreendedor é criando uma empresa. São muitos os motivos que levam
alguém a empreender, seja por necessidade, seja por oportunidade. Dentre os
fatores que motivam o empreendedorismo por necessidade destacam-se: a falta
do trabalho formal, por falta de capacitação ou alto índice de desemprego; a
falta de recursos financeiros para sobrevivência própria e da família; a falta
de conhecimento explícito, como baixa escolaridade e demissão. Esses são
alguns dos motivos que podem levar ao empreendedorismo por necessidade.
Nesses casos, empreender acaba sendo inevitável. Cabe destacar que o empre-
endimento por necessidade pode ser o primeiro passo para o empreendimento
de oportunidade (DORNELAS, 2013).
O empreendedorismo por oportunidade, por sua vez, pode ser motivado por
decisão deliberada e/ou planejada, ou seja, existe um planejamento prévio para
o início de um negócio, com metas predefinidas e objetivos a serem alcançados.
Pode ser motivado por uma ideia, descoberta ou inovação que ocorre a partir
da vontade de solucionar um problema individual ou coletivo e, ao solucionar
tal problema, tem-se uma empresa com base em inovação. Pode ser motivado
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A criatividade pode diminuir com o passar do tempo, por motivos como idade e falta de
estímulo, e pode ser sufocada devido a fatores culturais e organizacionais. No entanto,
pode ser desbloqueada por meio de qualquer técnica de solução criativa de problemas.
O termo brainstorming foi criado por Alex Osborn em 1953, em seu livro Applied Ima-
gination, lançado no Brasil como “O Poder Criador da Mente”, em 1975 (BAXTER, 2008).
O brainwriting foi criado por Bernd Rohrbach no final dos anos 1960, com o nome de
Método 635. Além de estimular a geração de ideias por escrito, concede mais tempo
aos participantes para que possam pensar e expressar suas ideias de forma espontânea
(HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).
BAXTER, M. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. São
Paulo: Edgard Blucher, 2008.
BRITO, A. M. B.; PEREIRA, P. S.; LINARD, A. P. Empreendedorismo. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, 2013. v. 1.
DORNELAS, J. Empreendedorismo para Visionários: desenvolvendo negócios inovadores
para um mundo em transformação. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2014.
MATTAR, F.; SANTOS, D. Gerência de produtos: como tornar seu produto um sucesso.
2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SANTOS, C. A. (Coord.). Pequenos negócios: desafios e perspectivas: inovação. Brasília:
SEBRAE, 2012. v. 3.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Caderno
tendências: tendências para novos negócios 2018/2019. Curitiba: Sebrae, PR. 2018.
Leituras recomendadas
BARBIERE, J. C.; ÁLVARES, A. C. T.; CAJAZEIRA, J. E. R. Gestão de ideias para inovação
contínua. Porto Alegre: Bookman, 2008.
OECH, R. V. Um chute na rotina: os quatro papéis essenciais no processo criativo. São
Paulo: Cultura, 1998.
OECH, R. V. Um toc na cuca: técnicas para quem quer ter mais criatividade na vida. São
Paulo: Cultura, 1988.
SOLEDADE, S. Gestão e empreendedorismo: módulo 1: gestão empresarial. São Paulo:
APRO, 2015. (Guia audiovisual: programa de capacitação de empres Brito, Andréia Matos).