Livro Eletrônico - Defensor Publico - Ad Verum - CERS PDF
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Livro Eletrônico - Defensor Publico - Ad Verum - CERS PDF
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uma obsessão.
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Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
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Estude inteligente, estude Ad Verum!
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Francisco Penante
S C 41- m u H 89
CEO Ad Verum Suporte Educacional
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DIREITO ADMINISTRATIVO................................................................................01
DIREITO CIVIL .....................................................................................................02
DIREITO CONSTITUCIONAL ..............................................................................03
DIREITO DO CONSUMIDOR................................................................................04
DIREITO EMPRESARIAL .....................................................................................05
DIREITO PENAL ...................................................................................................06
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS ...................................................................07
DIREITOS HUMANOS .........................................................................................08
ECA ......................................................................................................................09
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ...........................................................................10
PROCESSO CIVIL ...............................................................................................11
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Caro(a) Aluno(a),
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Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se
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em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre
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que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
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momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
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mais diferentes certames públicos. E M d IL
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos
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Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
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Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
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diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
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processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
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diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
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para carreiras públicas.
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uma obsessão. p lc
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
Bom estudo!
Francisco Penante
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1.1 CONCEITO
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Porém, a definição do que é o Direito Administrativo não é unânime na doutrina e
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enseja algumas divergências entre os estudiosos da matéria. Por isso, é importante
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verificarmos os critérios adotados pela doutrina para delimitação do objeto e
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finalidades, bem como definição da área de atuação deste ramo do direito.
p
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO:
1
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezande. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo: MÉTODO, 2017.
p.3.
2
CARVALHO FILHO, José dos Santos. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo: ATLAS, 2016.
p. 8.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
www.adverum.com.br
4) CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO: surgiu na França com a criação da Escola do
Serviço Público que seguia as orientações de Leon Duguit. Conforme esse
critério, o Direito Administrativo tem por objeto a disciplina jurídica dos
serviços públicos.
5) CRITÉRIO TELEOLÓGICO OU FINALÍSTICO: considera que o Direito
Administrativo é o ramo do direito responsável por regular a atividade do
Estado na busca de seus fins.
6) CRITÉRIO NEGATIVISTA OU RESIDUAL: o Direito Administrativo é tudo que não
seja atividade política, jurídica ou legislativa.
7) CRITÉRIO FUNCIONAL: o Direito Administrativo é o ramo jurídico que estuda e
analisa a disciplina normativa da função administrativa, esteja ela sendo
exercida pelo Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou, até mesmo, por
particulares mediante delegação estatal.
8) ESCOLA DE PUISSANCE PUBLIQUE: conceitua o direito administrativo partindo
da distinção entre atividade de autoridade (império) e atividades de gestão.
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Modernamente, a doutrina majoritária tem apontado no
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sentido de se utilizar o critério funcional, como o mais eficiente
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na definição da matéria.
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1.2 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
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O sistema administrativo significa a forma de controle jurisdicional que é feito
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sobre atividade administrativa. Existem dois sistemas mais abordados pela doutrina:
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p lc Adotado na França. Existem dois tipos de
SISTEMA DE DUALIDADE DE JURISDIÇÃO jurisdição: a exercida pelo Poder
OU SISTEMA DO CONTENCIOSO Judiciário sobre os atos dos particulares
ADMINISTRATVO em geral e a administrativa, exercida pro
juízes e tribunais administrativos.
Adotado na Inglaterra e nos EUA. O
SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA Poder Judiciário decide de maneira
definitiva sobre atos praticados por
particulares e pela administração pública.
O Direito administrativo, assim como todo o direito pátrio, tem passado por
profundas mudanças e seguido determinadas tendências. Podemos citar algumas
delas:
Constitucionalização e o princípio da juridicidade: com a consequente
normatividade primária dos princípios constitucionais (juridicidade) e a
centralidade dos direitos fundamentais.
Publicização do Direito Civil e privatização do Direito Administrativo:
tendência de transferir atividades do setor público para o setor privado.
Relativização de formalidades e ênfase nos resultados: a efetivação de
direitos fundamentais tem relativizado formalidades desproporcionais.
a l
Em relação a relativização de formalidades é importante
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ATENÇÃO! saber que a Lei nº 13.726, de 8 de outubro de 2018,
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instituiu o Selo de Desburocratização e Simplificação, além
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em órgãos públicos de todos os entes da Federação. Em resumo, a nova Lei: d IL
de mecanismos para diminuir a burocracia e formalismo
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Dispensa o reconhecimento de firma,
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Permite autenticação de
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com a assinatura do documento ou 4
exigindo o mero confronto da firma
il Dispensa o título de eleitor, exceto
para votar ou para registrar
documentos diretamente na
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agente público;
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mediante a assinatura diante do
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candidatura;
repartição pública, dispensando a
autenticação em cartório;
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Dispensa a exigência de documentos
Instituiu o Selo de Desburocratização
e Simplificação, destinado a
reconhecer e a estimular projetos,
expedidos por outro órgão ou
programas e práticas que
entidade do mesmo Poder, exceto
simplifiquem o funcionamento da
situações específicas previstas na
administração pública e melhorem o
própria Lei;
atendimento aos usuários dos
serviços públicos.
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Os costumes e a praxe NÃO se confundem, pois os
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costumes carregam caráter de obrigatoriedade e na praxe
inexiste essa percepção.
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Norma jurídica retirada de decisão administrativa anterior.
e
Após decidir um caso concreto a norma será aplicada aos
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PRECEDENTES
ADMINISTRATIVOS p o OR
casos futuros semelhantes. Decorre da necessidade de
segurança jurídica e da vedação a arbitrariedades. O
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precedente pode ser afastado em caso de constatação de
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PRINCÍPIOS GERAIS
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formação legislativa.
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DO DIREITO 0 er@
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Precedentes administrativos;
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Princípios gerais do direito.
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ANO: 2016. BANCA: CESPE
um
Direito Administrativo. Portanto, o decreto é fonte primária
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do Direito Administrativo.
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b) ERRADO. O Chefe do executivo possui a prerrogativa de
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instituir decretos para a fiel execução da lei. Em caso de
A PE D 0 er@
conveniência e oportunidade é possível revogá-lo.
l i
c) ERRADO. O Poder Judiciário não pode revogar atos
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administrativos. A revogação é feita por questões de
conveniência e oportunidade (mérito administrativo) só
podendo ser feita pela própria administração pública. o
Poder judiciário poderá anular o ato administrativo em caso
de ilegalidade.
d) ERRADO. Não existe qualquer previsão da referida
vedação.
e) ERRADO. A expedição de decretos é ato discricionário.
PRINCÍPIOS:
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1. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO:
Havendo conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele deve io n
prevalecer. As prerrogativas devem ser vistas como instrumentos para que a
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Administração possa atingir seus objetivos.
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2. INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO:
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Os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem aos seus
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agentes, cabendo-lhes apenas geri-los e conservá-los.
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO:
SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
A doutrina mais moderna tem falado que inexiste uma supremacia abstrata do
interesse público sobre o privado, sendo necessária uma ponderação no caso
concreto. O fundamento seria a dignidade da pessoa humana, proporcionalidade,
INDISPONIBILIDADE DO
concordância prática dos princípios constitucionais
INTERESSEetc.
PÚBLICO
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de legalidade”. Daí surge a ideia de juridicidade. d IL
e
O princípio da juridicidade confere importância ao direito como um todo. O
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administrador ao agir deve respeitar a lei e o direito.
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4. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: u H 89
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O princípio da impessoalidade está consagrado de forma expressa no art. 37 da
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CF/88. Possui três vertentes:
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a) Isonomia: a Administração Pública deve tratar os particulares de maneira
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impessoal e isonômica. Lembramos que a isonomia deve ser
l i
substancial/material, sendo vedada a discriminação desproporcional. Exemplo:
m
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concursos públicos, licitações;
p
b) Proibição da promoção pessoal dos agentes públicos: os atos da
Administração Pública não são atos pessoais dos agentes públicos, ao contrário,
são atos do Poder Público, não podendo ser atribuído a um ou a alguns agentes
públicos. O ato deve ser imputado ao ente público ou ao órgão que o praticou
(teoria do órgão). Essa é a interpretação que deve ser dada ao art.37, § 1º, da
CF/88, segundo o qual “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos;
c) Finalidade: impõe que o fim a ser buscado pelo administrador deve ser aquele
prescrito pela lei.
7. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA:
Não constava no texto original da constituição. Tal princípio foi incluído na CF/88
através da EC 19/1988, tendo como objetivo substituir uma administração burocrática
(focada na formalidade) por uma administração gerencial (focada nos resultados).
a
Exemplos de previsões normativas que prestigiam o princípio da eficiência:l
n
duração razoável do processo, os contratos de gestão feitos pela administração pública
io
com seus órgãos ou com organizações sociais (OS).
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A eficiência deve ser analisada em conjunto com outros princípios e valores
constitucionais, pois a eficiência não é o único princípio que a administração deve
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observar. Deve ser analisada em conjunto com a legalidade, com a qualidade do
serviço etc.
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O princípio da eficiência está relacionado à ideia de “maior satisfação com os
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menores custos possíveis”.
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8. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE:
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Decorrem da cláusula do devido processo legal, de sua vertente substantiva. Não
está previsto de forma expressa na CF/88, mas podem ser encontrados no art. 2º da
O .
d
Lei 9784/1999. R 4 3 g
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Há divergência na doutrina sobre a existência ou não de diferença entre os dois
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princípios. Entretanto, tem prevalecido a tese da fungibilidade entre os mesmos.
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p lc
O princípio da proporcionalidade pode ser divido em três subprincípios:
Adequação
Necessidade
Proporcionalidade em sentido estrito (ponderação entre ônus e
benefícios)
p o OR
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10. PRICÍPIO DA AUTOTUTELA OU SINDICABILIDADE:
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
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legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
U 4
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respeitados os direitos adquiridos. A autotutela encontra limites na segurança jurídica
V O 3 . 0
e na boa-fé dos administrados.
d R 4 g
A PE D 0 er@
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O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
mi
efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em
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que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Súmula 473-STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
l
Há também o direto ao recurso na administração, que é inerente á ampla defesa
a
io
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso n
e segundo a Súmula Vinculante nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou
administrativo.
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A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem
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e
ilegais. No entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de
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interesses individuais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo
p o OR
que assegure o devido processo legal e a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a
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Administração Pública controlar seus próprios atos não dispensa a observância do
contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo. Plenário. MS
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25399/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/10/2014 (Info 763).
U 4
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ANO: 2017. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPU
CERTO
ERRADO
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
SÚMULA VINCULANTE 43. É inconstitucional toda modalidade
de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente
investido.
a l
Quando a União firma um convênio com um estado da
io
Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente n
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federado e não a União e determinado governador ou outro
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agente. O governo se alterna periodicamente nos termos da
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soberania popular, mas o estado federado é permanente. A
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e
mudança de comando político não exonera o estado das
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obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal
p o OR
Federal (STF) tem entendido que a inscrição do nome de
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estado-membro em cadastro federal de inadimplentes devido
a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura
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ofensa ao princípio da administração pública denominado
QUESTÃO: U 4 il
4 ma
princípio do(a)
V
PRINCÍPIOS
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a) intranscendência
l
b) contraditório e da ampla defesa
mi
c) continuidade do serviço público
p lc
d) confiança legítima
e) moralidade.
Justificativas:
a) CORRETO. O princípio da intranscendência subjetiva das
sanções vem sendo consagrado pelo STF. Por ele, impede-se a
aplicação de sanções aos entes federados por atos de gestões
anteriores.
e r LU 44 ail.
d V RO 43.0 gm
É o conjunto de órgãos que integram a pessoa política do Estado. O princípio da
centralização é inerente à Administração Direta.
A PED 0 ler@
Os órgãos públicos são repartições internas do Estado, ou seja, são feitas dentro
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de uma mesma pessoa, seja ela pertencente à Administração Pública Direta ou
m
p lc
Indireta. São decorrência do fenômeno da desconcentração administrativa, ou seja, é
uma repartição interna de competências, dentro da estrutura de uma mesma pessoa.
A principal característica dos órgãos públicos é a ausência de personalidade
jurídica. São ligados aos outros órgãos integrantes da mesma pessoa por uma relação
de hierarquia.
Os agentes públicos, que atuam nos órgãos, ao manifestarem sua vontade,
estão a manifestar a vontade do próprio Estado (teoria do órgão ou da imputação
volitiva).
A criação e a extinção dos órgãos dependem de lei. Em regra, a iniciativa para o
projeto de lei é do chefe do Poder executivo. A simples organização e funcionamento
podem ser tratas por meio de decreto do chefe do Executivo.
Por não possuírem personalidade jurídica, em regra não possuem capacidade
processual. Entretanto, excepcionalmente, podem atuar em juízo quando autorizados
por lei ou quando se tratar de órgão de cúpula para a defesa de suas prerrogativas
institucionais.
S C 41- m u H 89
Presidência da República.
É uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para executar
atividades típicas da Administração Pública.
Possui prerrogativas e sujeições típicas do regime jurídico administrativo, quais
sejam: a) prazo em dobro; b) pagamento por precatórios; c) execução fiscal; d)
imunidade tributária; e) impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade de
seus bens; f) não sujeição à falência.
A natureza dos bens das autarquias é de bens públicos.
p o OR
FUNDACIONAIS S C 41- m u H 89
Corresponde à figura da fundação de direito
público.
um IZ .7 .co
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Constituídas por sujeitos unidos para a consecução
d R 3 g
COORPORATIVAS/ASSOCIATIVAS de um fim de interesse público, mas que diz
4
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l
respeito aos próprios associados.
mi
p lc
A OAB é entidade “sui generes”, um serviço independente
ATENÇÃO! não integrante da Administração.
2) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
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ATENÇÃO! io n
As fundações públicas de direito público são consideradas
a c
uma modalidade de autarquia, sendo denominadas de
fundações autárquicas ou autarquias fundacionais.
u c ER
E M d IL
As fundações de Direito público são criadas por lei específica. Já as de direito
e
rt RO
privado são autorizadas por lei, necessitando de registo do ato constitutivo para
adquirir a personalidade.
p o OR
Essas entidades são constituídas para executar objetivos sociais que produzam
S C 41- m u H 89
benefícios à coletividade, sendo características essencial a ausência de fins lucrativos.
um
Acerca do regime jurídico, tem-se que as fundações de direito público se
IZ .7 .co
er L U il
sujeitam as mesmas restrições e possuem as mesmas prerrogativas das autarquias.
4
4 ma
Porém, as de direito privado possuem regime HÍBRIDO, ou seja, quanto à constituição
d V R O 3 . 0 g
e ao registro se sujeitam ao direito privado e no restante ao direito público.
4
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Os bens das fundações públicas de direito público são bens públicos. Já os bens das
fundações de direito privado são bens privados. Entretanto, é possível que alguns de
seus bens se sujeitem a regras de direito público. Isso ocorre com os bens
empregados diretamente na prestação de serviços públicos.
Foro Judicial: Tratando-se de direito público federal, os litígios serão dirimidos na
Justiça Federal. Sendo de direito público estadual ou municipal, o foro é a Justiça
Estadual. Caso se trate de fundação de direito privado, a doutrina entende que,
independentemente da esfera, o foro é a justiça estadual.
3) EMPRESAS ESTATAIS:
SUBSIDIÁRIAS:
São empresas controladas pelas empresas estatais. Têm personalidade jurídica
própria, sendo, portanto, uma pessoa jurídica diferente da pessoa controladora e não
um órgão desta.
A criação também depende de autorização legal.
a l
COMPOSIÇÃO DE CAPITAL:
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c ER
Nas SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA o capital é formado pela conjunção de
u
E M d IL
recursos de pessoas de direito público e de recursos da iniciativa privada. O Poder
público deve deter a maioria do capital votante, o que lhe garante o poder de decisão
sobre os destinos da companhia e
rt RO
p o OR
Nas EMPRESAS PÚBLICAS o capital é formado exclusivamente por recursos
S C 41- m u H 89
públicos, não sendo admitida a participação direta de recursos particulares. A
exigência é de que o capital seja 100% público, mas não necessariamente da mesma
pessoa política.
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PESSOAL: .
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A PE D 0 er@
l
O pessoal se submete ao regime trabalhista comum, ou seja, de emprego
mi
público. Não obstante, o ingresso deve ser precedido de concurso público.
p lc
Os empregados públicos não gozam de estabilidade, mas podem exigir
motivação e direito de defesa em eventual demissão.
REGIME JURÍDICO:
Por terem personalidade jurídica de direito privado, submetem-se ao regime
jurídico de direito privado, mas com incidência de algumas normas de direito público,
tendo, assim, natureza híbrida.
JURISPRUDÊNCIA
p lc
Sentido subjetivo, formal ou orgânico (Administração
Conceito de Pública): são as pessoas jurídicas, os órgãos e agentes públicos
Administração que exercem atividades administrativas. Pode ser dividida em
Pública administração direta e indireta.
Sentido objetivo, material ou funcional (administração
pública): é a própria função ou atividade.
Sentido operacional: É o desempenho perene e
sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou
por ele assumidos em benefício da coletividade.
A Administração Pública se divide em Administração Direta e
Indireta.
Organização
administrativa Direta Entes Federados
Justificativas: u c ER
E M d IL
a) CORRETO. O agente omisso poderá ser responsabilizado civil, penal ou
e
rt RO
administrativamente, conforme o tipo de inércia a ele atribuída (art. 37 § 6º, CF).
o OR
b) ERRADO. O princípio da razoável duração do processo é aplicável aos processos
p
judiciais e administrativos.
S C 41- m u H 89
c) ERRADO. Não se aplica aos atos típicos do Poder legislativo e do Poder Judiciário.
m Z .7 .co
Aplica-se apenas aos atos atípicos (função administrativa).
u I
er L U 4 il
d) ERRADO. Os conceitos de Administração Pública em sentido subjetivo e objetivo
V 0 4 ma
foram trocados. As bancas gostam baste de trocar os conceitos! Fiquem atentos!
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Alternativa correta: A
l
mi
lc
ANO: 2018. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPE-PE. PROVA: DEFENSOR PÚBLICO
p
Considerando-se as novas formas de desestatização da prestação de serviços
públicos de caráter social, as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos
que, atendidos os requisitos previstos em lei, firmam parceria com o poder público,
por instrumento de contrato de gestão, para a execução de atividades de interesse
público — especialmente ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico,
proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde — recebem a
qualificação de
a) agência executiva.
b) fundação pública.
c) organização social.
GABARITO: C.
S C 41- m u H 89
servidores, recursos orçamentários. Nasce da extinção das estruturas da
Administração. Tem dispensa de licitação.
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO: Termo de parceria:
V O . 0
projeto de modernização na Adm, levando computadores, servidores etc. A PJ
d R 4 3 g
A PE D
privada anterior deveria existir há pelo menos 3 anos.
0 er@
l
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um IZ .7 .co
que não tenha a investidura legítima.
V er L
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U
. 0
4 il
d) É com base nestes ensinamentos que se discute
4 ma
desconcentração e descentralização, sendo aquela a criação de
d R 4 3 g
novas pessoas jurídicas e esta a criação de novos órgãos.
A PE D 0 er@
e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação
l
objetiva.
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GABARITO: C
p
COMENTÁRIOS:
4. PODERES ADMINISTRATIVOS
a l
O abuso de poder pode aparecer em duas situações:
io n
No excesso de poder: quando se extrapola a competência;
a c
c ER
No desvio de poder (ou de finalidade): quando o agente pretende finalidade
u
diversa do interesse público.
E M d IL
e
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São poderes administrativos abordados pela doutrina:
p o OR
Poder normativo ou regulamentar:
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
É a prerrogativa de editar atos normativos gerais para a fiel execução da lei. É de
er L U4 ma4 il
competência exclusiva do chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF/88). Parcela da
V O . 0
doutrina chama essa função exclusiva de Poder regulamentar do Chefe do Executivo.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Isso não impede o exercício da função normativa por órgão da administração, como,
l
por exemplo, a expedição de resoluções e portarias, é o que se chama de Poder
Normativo da administração.
mi
p lc
Poder de Polícia:
S C 41- m u H 89
autoexecutoriedade e da coercibilidade. Os atos preventivos
e alguns repressivos, como a cobrança de multa não paga
um IZ .7 .co
espontaneamente e a desapropriação, não gozam dessas
V O er L
.
U
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4
4 ma il características.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
O poder de polícia incide sobre bem e direitos e não sobre pessoas!
O poder de polícia é atividade típica de pessoa jurídica de direito público, não
podendo ser delegado a particulares. As pessoas jurídicas de direito privado
da Administração Indireta, também não podem exercer esse poder. Mas, as
atividades materiais necessárias a esse poder podem ser delegadas.
Prescrição:
d R 4 3
Ordem: é a norma legal que estabelece as restrições e as condições para as
g
A PE D 0 er@
atividades dos particulares.
l
mi
Consentimento: anuência do Estado para que o particular desenvolva
determinada atividade. Pode ser por meio de uma licença (ato vinculado) ou
p lc
de uma autorização (ato discricionário). Pode ser delegado.
Fiscalização: verificação do cumprimento das condições e restrições.
Também pode ser delegado.
Sanção: é a medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre a ordem
de polícia ou os limites impostos no consentimento.
Poder Disciplinar:
Poder hierárquico:
Poder vinculado:
Poder discricionário:
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
PODER DE POLÍCIA. A Lei nº 7.102/83 estabelece normas para constituição e
l i
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de
m
p lc
transporte de valores. O art. 11 dessa Lei prevê que “a propriedade e a
administração das empresas especializadas que vierem a se constituir são vedadas a
estrangeiros.” Esse art. 11 deve ser interpretado segundo a Constituição Federal
que, desde a EC 6/95, proíbe, em regra, que a lei faça discriminação entre “empresa
brasileira de capital nacional” e “empresa brasileira de capital estrangeiro”. Em
outras palavras, para o texto constitucional atual, em regra, desde que uma empresa
seja brasileira (constituída no Brasil e sujeita às leis brasileiras), a origem do seu
capital é irrelevante. Diante disso, a interpretação atual do art. 11 deve ser a
seguinte: • Empresas constituídas no exterior são proibidas de atuar no setor de
segurança privada. • Todavia, empresas que sejam constituídas sob as leis brasileiras
e que tenham sua sede e administração no País são consideradas “empresas
brasileiras” (art. 1.126 do Código Civil), sendo irrelevante que tenham na sua
composição societária, direta ou indiretamente, participação ou controle pelo
capital estrangeiro. • Logo, “empresas brasileiras” poderão praticar atividades de
segurança privada no país ainda que tenham sócios estrangeiros. A restrição
veiculada pelo art. 11 da Lei nº 7.102/83, de acordo com a CF/88, não impede a
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
m i
CESPE l–cDPE-RN – 2015 - Com relação aos poderes da
p
administração pública e aos poderes e deveres dos
administradores públicos, assinale a opção correta.
a) A cobrança de multa constitui exemplo de exceção à
autoexecutoriedade do poder de polícia, razão por que o
pagamento da multa cobrada não pode se configurar como
condição legal para que a administração pública pratique outro
ato em favor do interessado.
b) A autorização administrativa consiste em ato
administrativo vinculado e definitivo segundo o qual a
administração pública, no exercício do poder de polícia,
confere ao interessado consentimento para o desempenho de
Poderes da
certa atividade.
Administração
Pública c) O desvio de finalidade é a modalidade de abuso de
poder em que o agente público atua fora dos limites de sua
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competência, invadindo atribuições cometidas a outro agente.
d) No exercício do poder regulamentar, é conferida à
administração pública a prerrogativa de editar atos gerais para
complementar a lei, em conformidade com seu conteúdo e
limites, não podendo ela, portanto, criar direitos e impor
obrigações, salvo as excepcionais hipóteses autorizativas de
edição de decreto autônomo.
e) Decorre do sistema hierárquico existente na
administração pública o poder de delegação, segundo o qual
pode o superior hierárquico, de forma irrestrita, transferir
atribuições de um órgão a outro no aparelho administrativo.
Justificativas:
a) ERRADO. A multa não pode ser autoexutadada pela
Administração Pública.
b) ERRADO. A autorização é ato administrativo discricionário
que permite o exercício de determinada atividade pelo
a l
ato administrativo vinculado.
io n
particular ou o uso de bem público. Deferente da licença que é
a c
c) ERRADO. O abuso de poder pode aparecer em duas
u c ER
situações: a) excesso de poder: quando se extrapola a
d IL
competência; b) desvio de poder (ou de finalidade): quando o
E M
e
agente pretende finalidade diversa do interesse público.
rt RO
d) CORRETO. No exercício do poder regulamentar a
p o OR
administração pública não pode criar direitos e impor
S C 41- m u H 89
obrigações. Ressalvados os decretos autônomos, que são
normas primárias, derivadas diretamente da CRFB.
um IZ .7 .co
er L
e) ERRADO. Para haver delegação não é necessária a existência
U 4 il
4 ma
de hierarquia.
d V R O
4 3 . 0
Alternativa correta: D
g
A PE D 0 er@
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AM. Prova: Defensor
l
Público
mi
p lc
Suponha que um agente público da Secretaria de Estado da
Educação, após longo período de greve dos professores da
rede pública, objetivando desincentivar novas paralisações,
tenha transferido os grevistas para ministrarem aulas no
período noturno em outras escolas, mais distantes. Ato
contínuo, promoveu o fechamento de diversas classes do
período da manhã de estabelecimento de ensino no qual
estavam lotados a maioria dos docentes transferidos,
justificando o ato assim praticado em uma circular aos pais dos
alunos na qual afirmou ter ocorrido inesperada redução do
número de docentes, decorrente da necessidade de
transferência para outras unidades como forma de melhor
atender à demanda da sociedade. Nesse contexto,
um IZ .7 .co
er L
b) ERRADO. O fechamento de classes também é passível de
U 4 il
4 ma
anulação, pois o motivo apresentado não foi verdadeiro.
d V R
c)O
4 3 . 0 g
ERRADO. São passíveis de anulação pelo Judiciário.
A PE Dd) 0 er@
l
ERRADO. Justificativas das letras B e C.
e) i
CERTO. 1) Desvio de finalidade: também é chamado
m
lc
de desvio de poder e ocorre quando o agente pratica fim
p
diverso do que deveria. É um dos tipos de abuso de poder.
GABARITO: B
a l
a)
n
ERRADO. É vedada a delegação do poder de polícia a
io
c
pessoas jurídicas de direito privado, salvo a respeito de ato
a
materiais de fiscalização.
u c ER
b)
d IL
CERTO. É o poder de autotutela da Administração
Pública. E M
e
rt RO
C e d) Lei 9784: Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
p o OR
S C 41- m u H 89
I - a edição de atos de caráter normativo;
um IZ .7 .co
II - a decisão de recursos administrativos;
V O er L
. 0
U4 ma4 il
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
d R 4 3 g
A PE D autoridade.
0 er@
l
mi
e) Lei 9784. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e
p lc
por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.
5. ATOS ADMINISTRATIVOS
Competência: a l
io n
a c
É o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das
u c ER
atribuições de seu cargo. É um elemento sempre vinculado. Quando o agente atua
d IL
fora da sua competência há excesso de poder (vício de competência). O vício de
E M
de competência exclusiva. e
competência pode ser convalidado, salvo se for competência em razão da matéria ou
rt RO
p o OR
Finalidade: S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
É elemento sempre vinculado. Os atos administrativos possuem uma
V O . 0
d R 3 g
finalidade geral, o interesse público, e uma finalidade específica, que é o objetivo
4
A PE D 0 er@
direto ou o resultado específico. É um vício insanável, com obrigatoriedade de
l i
anulação do ato. O vício de finalidade é o desvio de poder.
m
Forma: p lc
É o modo de exteriorização do ato administrativo. Em regra, é passível de
convalidação. Entretanto, a convalidação não será possível se a lei estabelecer forma
determinada. É elemento vinculado.
Motivo:
Objeto:
a l
n
Teoria dos Motivos Determinantes: nos atos administrativos, sejam vinculados ou
io
c
discricionários, se houver motivação, mesmo nos casos em que esta não fosse
a
u c ER
necessária, a administração fica vinculada à existência dos motivos – de fato e de
direito - para que o ato seja válido. No caso de não ocorrência do motivo ou de sua
inadequação, o ato será nulo.
E M d IL
e
rt RO
Se o ato prescinde de motivação, mas a Administração a faz indicando um motivo
p o OR
falso, o ato será nulo por vício no elemento motivo. Porém, se é a motivação é
imprescindível e a Administração não a faz, o ato será nulo por vício no elemento
forma.
S C 41- m u H 89
um
O STJ tem usado a teoria dos motivos determinantes na invalidação de atos
IZ .7 .co
er L U il
administrativos.
4
4 ma
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Mérito administrativo: é o poder conferido pela lei ao agente público para que ele
decida sobre a oportunidade e conveniência de praticar determinado ato
discricionário, escolhendo seu conteúdo, sempre observado os limites impostos
pela lei.
São os elementos motivo e objeto que permitem verificar se um ato é vinculado ou
discricionário.
O mérito administrativo não está sujeito ao controle judicial. O controle do mérito
resulta em revogação do ato por questões de oportunidade e conveniência.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter
normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de
competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial.§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os
limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso
cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.§ 2 o O ato de
delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.§ 3o As decisões
adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e
a l
considerar-se-ão editadas pelo delegado.
io n
a c
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
u c ER
devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.
E M d IL
e
rt RO
Súmula 510 STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência
p o OR
delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
S C 41- m
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO:
u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Presunção de legitimidade e de veracidade:
A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei. É
d R 4 3 g
uma presunção relativa (juris tantum), ou seja, admite prova em contrário. A
A PE D 0 er@
presunção de veracidade diz respeito aos fatos, em decorrência desse atributo
l i
presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. Também é presunção
m
relativa (juris tantum).
p lc
Imperatividade:
Autoexecutoriedade:
Tipicidade:
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder ao previamente
estipulado em lei, impedindo a prática de atos totalmente discricionários.
a
4.1 Anulação: vício de legalidade. Efeito ex tunc. Pode ser feita pela l
io n
Administração, de ofício ou por provocação, ou pelo Poder Judiciário apenas
a c
por provocação. É de 5 anos o prazo de decadencial para a anulação de atos
u c ER
ilegais que causem efeitos favoráveis aos administrados, salvo comprovada
má-fé – art. 54 da Lei 9784/1999.
E M d IL
4.2 Revogação: retirada do mundo jurídico de um ato válido por razões de
e
rt RO
conveniência e oportunidade. Efeito ex nunc. Só pode ser feita por quem
p o OR
praticou o ato. O Poder Judiciário não faz revogação de atos da
S C 41- m u H 89
administração. Não podem ser revogados: os atos consumados, os atos
m Z .7 .co
vinculados, os atos que geram direitos adquiridos, os atos de um
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
procedimento e os meros atos administrativos (que simplesmente declaram
situações preexistentes).
d R 4 3 g
A PE D
4.3 Cassação: extinção do ato administrativo nos casos em que o
0 er@
l
beneficiário deixa de atender aos requisitos e exigências necessárias para a
manutenção do ato. mi
p lc
4.4 Caducidade: extinção do ato no caso de ilegalidade superveniente
decorrente de alteração legislativa.
4.5 Contraposição/derrubada: extinção por conta da edição posterior de
ato cujos efeitos se contrapõem ao emitido anteriormente.
4.6 Renúncia
p o OR
b) Quanto à formação de vontade:
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
Atos simples: vontade de um único órgão público seja unipessoal ou colegiado;
er L U 4
4 ma il
Atos complexos: manifestações autônomas de órgãos diversos (dois ou mais),
V O . 0
d R 3 g
para a formação de um único ato;
4
A PE D 0 er@
Atos compostos: manifestação de dois órgãos (um define o conteúdo e o outro
l i
verifica a legitimidade). A manifestação do segundo órgão tem caráter
m
lc
instrumental ou complementar.
p
c) Quanto á exequibilidade:
JURISPRUDÊNCIA:
S C 41- m u H 89
revogação do ato administrativo anterior por autoridade/órgão competente para
produzi-lo. Em suma, o primeiro ato somente poderia ser revogado por outra
um IZ .7 .co
er L
portaria interministerial das duas Pastas. STJ. (Info 597)
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Conceito de ato administrativo: “é a manifestação de vontade
unilateral da Administração Pública que, agindo nessa
Conceito de ato qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
administrativo transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria.” (Hely Lopes de
Meirelles)
a c
Defensoria Pública solicitando a adoção das medidas cabíveis
u c ER
para levantar a interdição de seu estabelecimento. Diante de tal
cenário,
E M d IL
e
rt RO
p o OR
A) é cabível solicitação de revogação judicial do referido ato,
desde que esgotadas as instâncias recursais administrativas,
S C 41- m u H 89
com decisão terminativa.
um
B) somente será possível a anulação judicial do ato de interdição
IZ .7 .co
er L
se comprovado desvio de finalidade na prática do ato ou vício
U 4
4 mail
de competência.
d V R O 3 . 0 g
C) apresenta-se juridicamente cabível a revogação do ato de
4
A PE D 0 er@
interdição pelo Poder Judiciário, se comprovado vício de
l
mi
legalidade ou ausência de motivação factível.
D) descabe o controle judicial do referido ato, de natureza
p lc
discricionária e fundado no exercício do poder de polícia,
QUESTÃO: somente sendo cabível o pedido de revisão administrativa.
ATOS E) afigura-se juridicamente cabível a anulação judicial do ato de
ADMINISTRATI interdição, caso demonstrada a inexistência ou falsidade do
VOS motivo declinado pela Administração para a interdição.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
A interdição de estabelecimento é uma forma de exteriorização
do poder de polícia, já que limita o exercício de direitos por
particulares em benefício do interesse público. Esse poder, por
sua vez, é discricionário, de modo que pode ser objeto de
revogação ou de anulação. A revogação somente pode ser
realizada pela própria Administração Pública, com base em um
juízo de conveniência e oportunidade. Já a anulação pode ser
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efetuada tanto pela Administração Pública quanto pelo
Judiciário, no caso de vícios insanáveis.
S C 41- m u H 89
do tempo e independe de manifestação da Administração
pública (ex: decadência).
um IZ .7 .co
er L
b) ERRADO. São limites à convalidação dos atos administrativos
U 4
4 mail
a preservação do interesse de terceiros de boa-fé, ou a
d V R O
4 3 . 0
impugnação por parte de terceiro interessado, administrativa
g
A PE D 0 er@
ou judicialmente, que obstam a convalidação por parte da
l
Administração.
mi
c) ERRADO. O efeito da convalidação é extunc.
p lc
d) ERRADO. Os atos administrativos com defeitos sanáveis
podem ser convalidados.
QUESTÃO: e) CORRETA. São vícios sanáveis: a competência, a forma e o
ATOS objeto (quando plúrimo, ou seja, possui vários objetos e apenas
ADMINISTRATI um ou alguns deles estão viciados. Neste caso, o ato poderá ter
VOS continuidade na parte não viciada). Por outro lado, são vícios
insanáveis: motivo, objeto (quando único), finalidade e a falta
de congruência entre o motivo e o resultado.
Alternativa correta: E
6. AGENTES PÚBLICOS
l
em: I) designados: chamados de agentes honoríficos, são designados pelo poder
a
n
público para exercer atividades administrativas ex: mesários e jurados; II)
io
c
voluntários: podem atuar em situações de guerra, calamidade, ou em
a
c ER
programas de voluntariados previamente estabelecidos; III) delegados: são os
u
E M d IL
agentes de permissionárias e concessionárias, que atuam por delegação de
serviço; e IV) credenciados: atuam em razão de convênios firmados com o poder
público. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um
2) Agentes públicos de fato (não possuem vínculo formal e legítimo com o Estado):
IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
a) Putativos: possuem apenas aparência de servidor público, mas não estão
V O . 0
d R 3 g
regularmente investidos. Aplica-se a teoria da aparência, pois, nestes casos, os
4
A PE D 0 er@
atos do agente putativo devem ser convalidados perante os terceiros de boa-fé e
l i
o Estado será responsabilizado pelos danos causados.
m
p lc
Futuro Defensor, agora vamos aprofundar um pouco o conhecimento sobre os
servidores públicos:
io
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos n
a c
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões
u c ER
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
E M d IL
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal – é o chamado teto
remuneratório. e
rt RO
p o OR
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
S C 41- m u H 89
houver compatibilidade de horários, observado o teto, a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou
um IZ .7 .co
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. A
er L U4 ma4 il
proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
V O . 0
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
d R 4 3 g
A PE D
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
0 er@
l
mi
p lc
Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e
funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração
de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório
quanto ao somatório dos ganhos do agente público. STF. Plenário. RE 612975/MT e RE
602043/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 26 e 27/4/2017 (repercussão geral)
(Info 862).
a l
é agora do Ministro da Economia (que concentrou as funções do extinto Ministério do
io n
Planejamento), podendo subdelegá-la ao Secretário Especial de Desburocratização,
Gestão e Governo Digital do Ministério.
a c
u c ER
E M d IL
No caso das carreiras da Advocacia Geral da União, da Diplomacia e da Polícia
Federal, os chefes dos respectivos órgãos poderão receber a delegação para a
autorização de concurso e provimento de cargos. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
O pedido para autorização de concurso deverá ser instruído de uma série de
documentos, elencados no art. 6º do decreto, como o perfil necessário dos
m Z .7 .co
candidatos, a descrição do trabalho a ser desenvolvido, a evolução do quadro de
u I
er L U 4 il
servidores nos últimos cinco anos, a descrição de resultados dos principais indicadores
V
do órgão, entre outros.
O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Caso a proposta acarrete aumento de despesa, ela deverá ser acompanhada de
l i
estudo de impacto orçamentário-financeiro, com o quantitativo de cargos a serem
m
p lc
criados ou providos, além de valores referentes à remuneração, aos encargos sociais,
férias, gratificação natalina e outros benefícios (art. 7º, §1º), como também a previsão
de ingresso dos novos servidores nos respectivos cargos.
Prazos:
Etapas do concurso:
Caso o edital preveja a aplicação de prova oral, esta deverá ser obrigatoriamente
l
gravada e realizada em sessão pública, a fim de garantir maior lisura ao processo. O
a
avaliação psicológica.
io n
decreto também disciplina a aplicação da prova de aptidão física, prova prática e
a c
u c ER
Na hipótese do edital prever realização de curso de formação, deverão ser
E M d IL
convocados os candidatos aprovados dentro das vagas, sendo possível autorização
prévia da autoridade competente para a convocação de excedentes.
e
rt RO
p o OR
O documento também estabelece regras para a fixação do valor da taxa de
S C 41- m u H 89
inscrição, que deve considerar os custos indispensáveis para a realização do concurso,
também sendo possibilitada a concessão de isenção.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Previsões obrigatórias no edital:
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Outra medida importante trazida no novo decreto sobre concursos públicos é a
l
listagem de tudo o que deve estar obrigatoriamente presente em um edital (art. 42),
mi
como quantitativo de cargos, reserva de vagas, descrição precisa das disciplinas das
p lc
provas, datas prováveis das provas, dentre outros.
a
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. l
n
SV 44 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
io
cargo público.
a c
c ER
SV 55- O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.
u
JURISPRUDÊNCIA
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
DISPENSA DO EMPREGADO PÚBLICO: A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
– ECT tem o dever jurídico de motivar, em ato formal, a demissão de seus
um
empregados. (RE 589.998).
IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
MATRÍCULA EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO E TRANSFERÊNCIA DE OFÍCIO DE
V O . 0
d 3 g
SERVIDOR: No julgamento do RE 601.580, em setembrode 2018, o STF fixou a
R 4
A PE D 0 er@
seguinte tese com repercussão geral: “É constitucional a previsão legal que
l
mi
assegure, na hipótese de transferência ex officio de servidor, a matrícula em
instituição pública, se inexistir instituição congênere à de origem”.
p lc
CONCURSO PÚBLICO: No julgamento do RE 1.058.333, em novembro deste ano,
com repercussão geral reconhecida, o STF fixou a seguinte tese:É constitucional a
remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de
sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso
público.
Vale lembrar que o STF tem posicionamento consolidado de que “Inexiste direito
dos candidatos em concurso público à prova de segunda chamada nos teste de
aptidão física, salvo contrária disposição editalícia, em razão de circunstâncias
pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior” (RE 630.733, julgado
em 2013). Logo, o direito à remarcação, quando inexistente a previsão em edital, é
somente para a gestante, não se aplicando aos demais casos.
a c
u c ER
IMPROBIDADE. A condenação pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa por
d IL
infringência às disposições contidas na Lei n. 9.504/1997 (Lei das Eleições) não
E M
e
impede a imposição de nenhuma das sanções previstas na Lei nº 8.429/1992 (Lei de
rt RO
Improbidade Administrativa), inclusive da multa civil, pelo ato de improbidade
p o OR
decorrente da mesma conduta. STJ. (Info 576).
S C 41- m u H 89
SERVIDORES. ACUMULAÇÃO. Não é possível a acumulação de dois cargos públicos
um IZ .7 .co
er L
quando a soma da carga horária referente aos dois cargos ultrapassar o limite
U4 ma4 il
máximo de 60 horas semanais. STJ. (Info 576).
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
AGENTES PÚBLICOS. LICENÇA MATERNIDADE: O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim
l
como outras leis estaduais e municipais, prevê que o prazo para a servidora que
mi
adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso tivesse tido um filho
p lc
biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança adotada for
maior que 1 ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano.
Segundo o STF, tal previsão é inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese:
Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-
gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-
adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança
adotada. STF. (Info 817).
AGENTES PÚBLICOS. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: Lei que prevê hipóteses
genéricas de contratação temporária é inconstitucional Lei que autoriza contratação
temporária para projetos educacionais ordinários é inconstitucional STF (Info 829).
AGENTES PÚBLICOS: Não constitui requisito legal para a concessão de pensão por
morte à companheira que a união estável seja declarada judicialmente, mesmo que
vigente formalmente o casamento STF. (Info 824).
a l
CONCURSOS PÚBLICOS: A banca examinadora do certame, por ocasião da
divulgação dos resultados das provas, deve demonstrar, de forma clara e
io n
a c
transparente, que os critérios de avaliação previstos no edital foram devidamente
u c ER
considerados, sob pena de nulidade da avaliação. As informações constantes dos
d IL
espelhos de provas subjetivas representam a motivação do ato administrativo,
E M
e
consistente na atribuição de nota ao candidato. Essa motivação deve ser
rt RO
apresentada anteriormente ou concomitante à prática do ato administrativo, pois
p o OR
caso se permita a motivação posterior, isso pode dar ensejo para que se fabriquem,
S C 41- m u H 89
forjem ou criem motivações. Não é legítima a conduta da banca examinadora de
divulgar o espelho de provas com a motivação das notas após ser contestada na via
um IZ .7 .co
er L
judicial ou administrativa. Destaque-se também que não há fundamentação válida
U4 ma4 il
se a banca apenas divulga critérios muito subjetivos e a nota global dos candidatos,
V O 3 . 0
desacompanhados do padrão de resposta e das notas atribuídas para cada um dos
d R 4 g
A PE D 0 er@
critérios adotados. STJ. 2ª Turma. RMS 49.896-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado
l
em 20/4/2017 (Info 603)
m i
SERVIDORES TEMPORÁRIOS:lc
p No âmbito da administração pública federal, é vedada
a contratação temporária do mesmo servidor antes de decorridos 24 meses do
encerramento do contrato anterior. Tal regra está prevista no art. 9º, III, da Lei nº
8.745/93: Art. 9º O pessoal contratado nos termos desta Lei não poderá: III - ser
novamente contratado, com fundamento nesta Lei, antes de decorridos 24 (vinte e
quatro) meses do encerramento de seu contrato anterior, salvo nas hipóteses dos
incisos I e IX do art. 2º desta Lei, mediante prévia autorização, conforme determina
o art. 5º desta Lei. O STF, ao analisar um caso concreto envolvendo a contratação
temporária de professores, decidiu que essa regra é constitucional e fixou a seguinte
tese: “É compatível com a Constituição Federal a previsão legal que exija o
transcurso de 24 (vinte e quatro) meses, contados do término do contrato, antes de
nova admissão de professor temporário anteriormente contratado.” STF. (Info 869).
SERVIDORES PÚBLICOS: Acordo de divisão da pensão por morte não altera a ordem
legal de beneficiários, mas autoriza desconto pela entidade de previdência. O acordo
de partilha de pensão por morte, homologado judicialmente, não altera a ordem
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legal do pensionamento, podendo, todavia, impor ao órgão de previdência a
obrigação de depositar parcela do benefício em favor do acordante que não figura
como beneficiário perante a autarquia previdenciária. STJ. (Info 618).
l
fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa”.
a
Conclui-se que o dano ao erário, decorrente de ato de improbidade, será
io n
a c
imprescritível se a conduta for dolosa, mas prescritível se for culposa.
u c ER
E M d IL
SÚMULAS e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação para o exercício do cargo deve ser
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
um IZ .7 .co
er L
Súmula 377, STJ: o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em
U4 ma4 il
concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.
V O 3 . 0
Súmula 552, STJ: o portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com
d R 4 g
A PE D 0 er@
deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos.
l
Súmula 611, STJ: Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação
mi
ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com
p lc
base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à
Administração.
Súmula 680, STF: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores
inativos.
a)
a l
a acumulação de cargos, desde que estes sejam
QUESTÃO:
io n
remunerados, isoladamente, em valor superior ao teto
AGENTES
a c
constitucional, permite ao servidor escolher a
PÚBLICOS
remuneração que lhe apetece.
u c ER
b)
E M d IL
nos casos autorizados, constitucionalmente, de
e
rt RO
acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência
o OR
do art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe
p
S C 41- m u H 89
consideração de cada um dos vínculos formalizados,
afastada a observância do teto remuneratório quanto ao
um IZ .7 .co
somatório dos ganhos do agente público.
V er L
O
U
.
c)
0
4 il
4 ma ainda que se trate de vínculos provenientes de
d R 4 3 g
diferentes entes federados a incidência do teto será
A PE D 0 er@
l
calculada de maneira única.
d)
mi
o teto constitucional é aplicável a todos os
p lc
servidores públicos, sendo indiferente a acumulação ou
não de cargos, empregos ou funções.
e) somente com autorização judicial é possível a
acumulação de vencimentos, hipótese em que haverá a
incidência do teto constitucional de maneira global, ou
seja, cada indivíduo está submetido ao teto.
ALTERNATIVA CORRETA: B
COMENTÁRIOS:
um IZ .7 .co
V er L U 4
0
il
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta, de
4 ma
acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores sobre o
O .
d R 3
assunto.
4 g
A PE D 0 er@
l
mi
a) A independência das esferas administrativa e criminal
p lc
não permite que a efetivação de penalidade de demissão
imposta em sede administrativa ocorra anteriormente ao
trânsito em julgado da ação penal.
Em todos os casos o contrato tem que ser escrito. A princípio, é nulo e sem
efeito os contratos verbais celebrados com o poder público, SALVO nos casos de
pequenas compras até 5% do valor do convite com pronta entrega e pagamento.
É possível que ocorra a inexecução sem culpa das partes nos casos de
enquadramento na teoria da imprevisão, fato do príncipe e caso fortuito ou força
maior. Aqui, é possível a revisão do contrato ou a sua extinção, caso não haja a
possibilidade de prosseguimento no ajuste.
a l
io n
a c
c ER
A doutrina majoritária entende que é possível a exceptio non adimplenti contractus
u
E M d IL
nos contratos administrativos. Mas, a exceptio NÃO poderá ser invocada, em
princípio, nos contratos de prestação de serviços púbicos ou atividades essenciais à
e
rt RO
coletividade, tendo em vista o princípio da continuidade da prestação dos serviços
públicos.
p o OR
S C 41- m u H 89
Art. 39 da Lei 8789/1995 - O contrato de concessão poderá ser rescindido por
m Z .7 .co
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais
u I
V er L0
U4 ma4 il
pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse
fim. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços
O .
d R 4 3 g
prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a
A PE D 0 er@
decisão judicial transitada em julgado.
l
mi
p lc
O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração
ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não
excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
pelo órgão interessado. A responsabilidade do contratado, regra geral, é subjetiva.
Mas atenção, no caso específico de contrato de concessão de serviços públicos o
concessionário responde objetivamente!
a l
Administração Pública e as entidades privadas sem fins lucrativos que tem por objetivo
a consecução de objetivos comuns e o atendimento do interesse público.
io n
a c
Consórcios públicos: previsto no art. 241 da CF/88 e regulamentado pela Lei
u c ER
11.107/2005. É definido como sendo o ajuste celebrado entre entes federados para a
E M d IL
gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência parcial ou total de
e
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
rt RO
p o OR
O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito
privado. O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá
S C 41- m u H 89
da prévia subscrição de protocolo de intenções. O contrato de consórcio público será
um
celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
NOVIDADES LEGISLATIVAS: Lei nº 8666/93
m
p
Art. 17. A alienação de bens ldac Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá
às seguintes normas:
a l
io n
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente
risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso; (Redação
dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
a c
u c ER
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
E M d IL
III - justificativa do preço. e
rt RO
p o OR
alocados. S C 41- m u H 89
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
Art. 40. § 5º A Administração Pública poderá, nos editais de licitação para a
contratação de serviços, exigir da contratada que um percentual mínimo de sua mão
d R 4 3 g
de obra seja oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade de
A PE D
ressocialização 0 er@
do
l reeducando, na forma estabelecida em
regulamento. i
(Incluído pela Lei nº 13.500, de 2017)
m
p lc
JURISPRUDÊNCIA
a l
io n
Os contratos administrativos são ajustes celebrados entre a
Administração Pública e o
a c
particular, regidos
Contratos
u c ER
preponderantemente pelo direito público, para a execução
E M
verticalização da relação jurídica.
d IL
de atividades de interesse público. Nestes contratos há uma
e
rt RO
p o OR
Convênios: são ajustes firmados entre entidades
Convênios S C 41- m u H 89
administrativas ou entre a Administração Pública e as entidades
privadas sem fins lucrativos que tem por objetivo a consecução
um IZ .7 .co
de objetivos comuns e o atendimento do interesse público.
V O er L0
U4 ma4 il
Consórcios públicos: é definido como sendo o ajuste
.
d R 4 3 g
celebrados entre entes federados para a gestão associada de
A PE
Consórcios D 0 er@
serviços públicos, bem como a transferência parcial ou total
l i
de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
m
lc
continuidade dos serviços transferidos.
p
l
absoluta. Nos casos previstos em lei é possível a alteração ou
a
subcontratação parcial.
b)
io n
ERRADO. Nos casos de inexecução do contrato sem
a c
culpa do contratado (fato do príncipe, teoria da imprevisão e
u c ER
caso fortuito e força maior) é possível a revisão ou a extinção
E M d IL
do contrato. Em caso de danos comprovados é possível que
haja indenização. e
rt RO
c)
p o OR
ERRADO. O equilíbrio econômico-financeiro do
S C 41- m u H 89
contrato deve ser mantido para o contratante e para o
um
contratado.
IZ .7 .co
er L U il
d) ERRADO. A comutatividade é característica dos
4
4 ma
d V R O
4 3 .
e)
0
contratos administrativos.
g ERRADO. As cláusulas exorbitantes diferenciam os
A PE D 0 er@
lcontratos administrativos dos contratos civis, pois conferem à
mi
administração poderes não inerentes a esses.
p lc
Alternativa correta: A
8. LICITAÇÃO
Sobre licitações é imprescindível a leitura das leis que tratam sobre o tema. A
grande maioria das questões abordam de forma direta o texto legal. O tema licitação
será encontrado nas seguintes leis: 8.666/1993 (normas gerais sobre licitações e
contratos), 10.520/2002 (modalidade de licitação pregão), LC 123/2006 (tratamento
diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte), 8.987/1995
(concessão de serviço público), Lei 11.079/2004 (parcerias público-privadas – PPP),
12.462/2011 (Regime diferenciado de contratações públicas – RDC).
COMPETÊNCIA:
PRINCÍPIOS:
p o OR
A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir ou não firmar
S C 41- m
o contrato no prazo legal. u H 89
um
5) Sigilo das propostas: o conteúdo das propostas apresentadas deve ser
IZ .7 .co
er L U il
sigiloso até a sua abertura;
4 ma4
d V R 4 3 0
6) Procedimento formal: a licitação é ato administrativo formal.
O . g
A PE D
0 er@
FASES:
l
m i
l c ditas comuns, ou seja, concorrência, tomada de
É aplicável às modalidades
p
preços e convite.
ELABORAÇÃO DESIGNAÇÃO
ABERTURA ORÇAMENTO
DO EDITAL DA COMISSÃO
2) Fase Externa:
COMISSÃO:
FINALIDADES:
E M d IL
como a combinação das já existentes
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
A Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na
um
fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
IZ .7 .co
er L
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. É, via de regra, definida
U4 ma4 il
em razão do valor mais alto, mas tem exceções. Serão precedidas de licitação na
d V O 3 . 0 g
modalidade concorrência independentemente do valor: a) Empreitada integral; b)
R 4
A PE D 0 er@
Contratos de concessão de direito real de uso; c) Contratos de concessão de serviços
l
mi
públicos; d) Licitações internacional; e) Compra e alienação de bem imóveis, exceto na
alienação de imóveis cuja aquisição por parte da Administração haja derivado de
p lc
procedimentos judiciais ou dação em pagamento, casos em que é possível também o
leilão; e f) Registro de preços (pode ser usado também o pregão).
avaliação. a l
concorrência nesse caso), a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
io n
a c
O Pregão é utilizado para aquisição de bens e serviços comuns (aqueles cujos
c ER
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital,
u
d IL
por meio de especificações usuais de mercado), independentemente do valor.
E M
TIPOS: e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
É o critério básico de julgamento das propostas. São eles: menor preço; melhor
técnica; técnica e preço; e, maior lance ou oferta-nos casos de alienação de bens ou
um IZ .7 .co
concessão de direito real de uso. A única modalidade que não utiliza esses tipos de
er L
julgamento é o concurso.
V O . 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D
CONTRATAÇÃO DIRETA:
0 er@
l
mi
1) Inexigibilidade de licitação: é inexigível a licitação quando houver
p lc
inviabilidade de competição – art. 25 da Lei 8666/1993.
2) Dispensa: exige a viabilidade de competição, mas a lei dispensa ou autoriza a
dispensa do certame. Pode ser:
S C 41- m
quatrocentos e trinta mil reais). u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g JURISPRUDÊNCIA
A PE D 0 er@
l
LICITAÇÃO. É inconstitucional lei estadual que exija Certidão negativa de Violação
mi
aos Direitos do Consumidor dos interessados em participar de licitações e em
p lc
celebrar contratos com órgãos e entidades estaduais. Esta lei é inconstitucional
porque compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e
contratos (art. 22, XXVII, da CF/88). STF. (Info 838).
a
acha estritamente vinculada. Nesse sentido, é correto afirmarl
que
io n
c
A) qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de
a
c ER
licitação por irregularidade, devendo protocolar o pedido até 10
u
E M d IL
(dez) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos
envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e
e
rt RO
responder à impugnação em até 05 (cinco) dias.
p o OR
B) a impugnação apresentada pelo licitante, feita
S C 41- m u H 89
tempestivamente, o impedirá de participar do processo
um
licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente,
IZ .7 .co
er L
haja vista que ele pugnar por participar de processo licitatório
U
regular. 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
C)a inabilitação do licitante não importa preclusão do seu
A PE D 0 er@
direito de participar das fases subsequentes, haja vista que
l
QUESTÃO:
m i
ainda passível de obter-se decisão judicial que o reabilite.
LICITAÇÕES
p lc do direito de impugnar os termos do edital de
D) decairá
licitação perante a Administração o licitante que, tendo os
aceito sem objeção, venha a apontar, depois da abertura dos
envelopes de habilitação, falhas ou irregularidades que o
viciaram.
E) as garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão
equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
a) Art. 41 § 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei,
devendo protocolar o pedido até 5 dias úteis antes da data
fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a
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Administração julgar e responder à impugnação em até 3
(três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do
art. 113.
b) Art. 41 § 3o A impugnação feita tempestivamente pelo
licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até
o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
c) Art. 41 § 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do
seu direito de participar das fases subsequentes.
d) Art. 41 § 2o Decairá do direito de impugnar os termos do
edital de licitação perante a administração o licitante que não o
fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos
envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos
envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou
concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades
que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não
terá efeito de recurso.
a l
io n
e) CERTO. Art. 42 § 3o As garantias de pagamento ao licitante
c
brasileiro serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante
a
estrangeiro.
u c ER
E M d IL
e
rt RO
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AP:
p o OR
Considere que o Estado pretenda alienar alguns imóveis de sua
S C 41- m u H 89
propriedade que, de acordo com levantamento feito pelo órgão
responsável pelo controle do patrimônio público, excedem as
QUESTÃO:
um IZ .7 .co
necessidades da Administração, tendo em vista recente redução
er L U il
LICITAÇÕES
44 ma
de Secretarias de Estado e a possibilidade de acomodação de
d V R O
4 3 . 0
diferentes repartições em um mesmo conjunto de prédios.
g
A PE D Ocorre que, instaurados os procedimentos licitatórios para a
0 er@
l
alienação, todos na modalidade concorrência, alguns dos
mi
imóveis não foram passíveis de venda por não terem acorrido
p lc
interessados no certame correspondente. De acordo com os
ditames da Lei nº 8.666/1993, o Estado
A) poderá efetuar a venda direta de tais imóveis, se comprovar
que a instauração de novo certame causará prejuízos à
Administração, desde que mantidos o preço e demais condições
estabelecidos na licitação frustrada.
B) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório,
podendo, contudo, adotar a modalidade leilão,
independentemente da forma de aquisição do bem, mantido o
mesmo preço estabelecido na concorrência.
C) poderá aplicar desconto progressivo para a alienação do
imóveis nas licitações subsequentes, dispensando-se, neste
caso, a observância do preço mínimo fixado em avaliação.
D) poderá efetuar a venda direta dos imóveis, desde que a
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
A) CERTA, licitação dispensável, com base no art. 24, Inciso V,
da CF/88;
Segundo Marinela (2015), considera-se deserta a licitação
quando há ausência de interessados.
a l
"Neste caso, a regra é uma nova licitação, todavia, é passível a
io
contratação direta quando presentes quatro elementos: a n
c
realização de uma licitação anterior concluída infrutiferamente;
a
QUESTÃO:
LICITAÇÕES c ER
a ausência de interessados em participar da licitação anterior, o
u
E M d IL
que provocou a frustração da disputa; os riscos de prejuízos se a
licitação vier a ser repetida; e, por fim, a contratação tem que
e
rt RO
ser efetivada em condições idênticas àquelas da licitação
anterior".
p o OR
S C 41- m u H 89
B) ERRADA, poderia adotar a modalidade leilão se o imóvel a
ser alienado tivesse sido adquirido por dação em pagamento ou
um IZ .7 .co
decisão judicial. A regra é uma nova licitação, contudo, há a
V er L U 4 il
4 ma
possibilidade de contratação direta, em razão da ausência de
O . 0
interessados;
d R 4 3 g
A PE D C) ERRADA, devem ser mantidas as condições preestabelecidas,
0 er@
nos
l termos do art. 24, V, da CF/88;
mi
D) ERRADA, não há necessidade que seja vendida a interessados
p lc
previamente cadastrados, que já tenham adquirido ao menos
um imóvel da Administração em licitação anterior;
E) ERRADA, se o imóvel a ser alienado tivesse sido adquirido por
dação em pagamento ou decisão judicial poderia adotar a
modalidade leilão.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
a l
QUESTÃO: competição, em especial:
io n
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
LICITAÇÕES
a c
u c ER
III - para contratação de profissional de qualquer setor
artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
E M d IL
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
ANO: 2017 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-PR
m Z .7 .co
Sobre o tema licitações, é correto afirmar:
u I
V er L
O
U 4 il
4 ma
a) O sistema de registro de preços e a chamada “licitação
. 0
carona” são institutos que não decorrem expressamente da
d R 4 3 g
A PE D previsão na Lei de Licitações, mas derivam do princípio
0 er@
l
administrativo explícito da publicidade.
mi
p lc
b) As microempresas e empresas de pequeno porte
poderão participar do procedimento licitatório sem necessitar
comprovar previamente a qualificação técnica, por força da
finalidade relacionada ao desenvolvimento nacional, entretanto
uma vez declarada vencedora, deverá apresentar comprovar
sua qualificação em até 48 horas.
c) As microempresas e empresas de pequeno porte
poderão participar do procedimento licitatórios sem necessitar
comprovar previamente a qualificação técnica, por força da
finalidade relacionada ao desenvolvimento nacional, entretanto
uma vez declarada vencedora, deverá comprovar sua
qualificação em até 5 dias úteis.
d) É compatível com as finalidades licitatórias a preferência
para aquisição de produtos manufaturados e serviços nacionais
que obedeçam às normas técnicas brasileiras em detrimento de
produtos e serviços estrangeiros, desde que obedecidos os
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limites legais definidos pelo Poder Executivo Federal.
e) Conforme a Lei de Licitações, sempre que os candidatos
forem inabilitados ou desclassificados – instituto da licitação
fracassada – se autorizará a imediata contratação direta.
Justificativas:
a l
As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e
no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do
io n
mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de
vencimento de seus débitos.
a c
u c ER
E M d IL
No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder
concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade
e
rt RO
de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou
p o OR
de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a
modicidade das tarifas.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
d R 4 3 g
O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para
A PE D 0 er@
resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem,
l i
a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa
m
p lc
O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas
contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA
JURISPRUDÊNCIA
a l
io
SERVIÇOS PÚBLICOS: Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma n
a c
contínua, ou seja, sem interrupções (princípio da continuidade do serviço público).
u c ER
Excepcionalmente, será possível a interrupção do serviço público nas seguintes
d IL
hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º 8.987/95: a) Em caso de emergência
E M
e
(mesmo sem aviso prévio); b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das
rt RO
instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; c) Por causa de
p o OR
inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Se a
S C 41- m u H 89
concessionária de energia elétrica divulga, por meio de aviso nas emissoras de rádio
do Município, que haverá, daqui a alguns dias, a interrupção do fornecimento de
um IZ .7 .co
energia elétrica por algumas horas em virtude de razões de ordem técnica, este
er L U4 ma4 il
aviso atende a exigência da Lei nº 8.987/95? SIM. A divulgação da suspensão no
V O . 0
fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da
l
Lei nº 8.987/95. STJ. (Info 598).
m i
TARIFA. IMPOSSIBILIDADE lc
p DE INTERFERÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO: A
interferência judicial para invalidar a estipulação das tarifas de transporte público
urbano viola a ordem pública, mormente nos casos em que houver, por parte da
Fazenda estadual, esclarecimento de que a metodologia adotada para fixação dos
preços era técnica. Segundo a “doutrina Chenery”, o Poder Judiciário não pode
anular um ato político adotado pela Administração Pública sob o argumento de que
ele não se valeu de metodologia técnica. Isso porque, em temas envolvendo
questões técnicas e complexas, os Tribunais não gozam de expertise para concluir se
os critérios adotados pela Administração são corretos ou não. Assim, as escolhas
políticas dos órgãos governamentais, desde que não sejam revestidas de
reconhecida ilegalidade, não podem ser invalidadas pelo Poder Judiciário. STJ. (Info
605)
FCC – DPE-ES -2016 - A Lei Federal nº 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de
concessão e permissão da prestação de serviços públicos (...)
b) não se aplica no âmbito estadual, visto que se trata de lei destinada apenas a
regular a concessão e permissão de serviços públicos pela União.
Justificativas:
io n
b) ERRADO. Art. 2 da lei 8789/1995 - Para os fins do disposto nesta Lei, considera-
c
se: I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em
a
c ER
cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de
u
obra pública, objeto de concessão ou permissão.
E M d IL
e
rt RO
c) ERRADO. É possível a delegação por meio de permissão de serviço público que é a
o OR
delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos,
p
S C 41- m u H 89
feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade
para seu desempenho, por sua conta e risco.
um IZ .7 .co
er L U il
d) ERRADO. Na concessão de serviço público é utilizada a modalidade concorrência
4 ma4
na licitação.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
e) ERRADO. Art. 11 da lei 8789/1995 - No atendimento às peculiaridades de cada
l
serviço público, poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no
mi
edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas
p lc
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem
exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas.
Alternativa correta: A
A ATENÇÃO!
culpa concorrente atenua a responsabilidade civil.
S C 41- m u H 89
agentes da concessionária determinaram que o condutor estacionasse o veículo no
pátio da concessionária e, em seguida, conduziram-no até o escritório para ser
um IZ .7 .co
er L
autuado.
U4 ma4 il
Aproximadamente 10 minutos depois, ao retornar da autuação para o caminhão, o
V O 3 . 0
condutor observou que o veículo havia sido furtado.
d R 4 g
A PE D 0 er@
O STF condenou a Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A, empresa concessionária
l
responsável pela rodovia a indenizar a transportadora.
mi
O Supremo reconheceu a responsabilidade civil da prestadora de serviço público, ao
p lc
considerar que houve omissão no dever de vigilância e falha na prestação e
organização do serviço.
STF. 1ª Turma. RE 598356/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/5/2018 (Info
901).
um IZ .7 .co
20.910/1932 às ações indenizatórias ajuizadas contra Fazenda Pública,
er L U 4
4 ma il
afastando-se a incidência do prazo trienal previsto no Código Civil em razão
V O . 0
do critério da especialidade normativa.
d R 4 3 g
A PE
Justificativas:
D 0 er@
l
mi
p
investido em momento anterior.lc
a) ERRADO. Não cabe indenização sob o fundamento de que deveria ter sido
ALTERNATIVA CORRETA:D
S C 41- m u H 89
impeça sua utilização como antes era possível). É ônus do expropriado provar a
existência de fato impeditivo do direito de desistência da desapropriação. STJ. (Info
um IZ .7 .co
er L
596).
U 4
4 ma il
V O 3 . 0
CONFISCO DO ART. 243 DA CF: A expropriação prevista no art. 243 da Constituição
d R 4 g
A PE D 0 er@
Federal pode ser afastada, desde que o proprietário comprove que não incorreu em
l
culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. STF. (Info 851).
m i
p c
DESAPROPRIAÇÃO: O ente ldesapropriante não responde por tributos incidentes
sobre o imóvel desapropriado nas hipóteses em que o período de ocorrência dos
fatos geradores é anterior ao ato de aquisição originária da propriedade. STJ. 2ª
Turma. REsp 1.668.058-ES, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
8/6/2017 (Info 606)
u c ER
pública, instituído com base em lei específica. Ex: João possui um terreno na beira da
d IL
estrada. Ele celebrou contrato de locação com a Embratel permitindo que a empresa
E M
e
instalasse, em seu imóvel, uma torre e uma antena de telecomunicações. Alguns
rt RO
meses depois, a Embratel permitiu que a TIM compartilhasse de sua infraestrutura.
p o OR
João ajuizou ação de indenização alegando que o contrato de locação proíbe que a
S C 41- m u H 89
locatária faça a sublocação do imóvel para outra empresa. Ele não terá direito à
indenização. (Info 614).
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
DESAPROPRIAÇÃO: Análise da constitucionalidade da MP 2.183-56/2001, que
V O . 0
d R 4 3
alterou o DL 3.365/41 O DL 3.365/41 dispõe sobre desapropriações por utilidade
g
A PE D 0 er@
pública. Veja o que diz o art. 15-A, que foi incluído pela MP 2.183-56/2001:
l
“Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade
mi
ou utilidade pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária,
p lc
havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na
sentença, expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis por
cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão
na posse, vedado o cálculo de juros compostos.
§ 1º Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda
comprovadamente sofrida pelo proprietário.
§ 2º Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de
utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de
indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim
às ações que visem a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder
Público, em especial aqueles destinados à proteção ambiental, incidindo os juros
sobre o valor fixado na sentença.
§ 4º Nas ações referidas no § 3º, não será o Poder Público onerado por juros
compensatórios relativos a período anterior à aquisição da propriedade ou posse
titulada pelo autor da ação.”
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
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O STF analisou a constitucionalidade do art. 15-A do DL 3.365/41 e chegou às
seguintes conclusões:
1) em relação ao “caput” do art. 15-A do DL 3.365/41:
1.a) reconheceu a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios no
patamar fixo de 6% ao ano para remuneração do proprietário pela imissão
provisória do ente público na posse de seu bem;
1.b) declarou a inconstitucionalidade do vocábulo “até”;
1.c) deu interpretação conforme a Constituição ao “caput” do art. 15-A, de maneira
a incidir juros compensatórios sobre a diferença entre 80% do preço ofertado em
juízo pelo ente público e o valor do bem fixado na sentença;
2) declarou a constitucionalidade do § 1º do art. 15-A, que condiciona o pagamento
dos juros compensatórios à comprovação da “perda da renda comprovadamente
sofrida pelo proprietário”;
3) declarou a constitucionalidade do § 2º do art. 15-A, afastando o pagamento de
juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e de
eficiência iguais a zero;
4) declarou a constitucionalidade do § 3º do art. 15-A, estendendo as regras e
a l
5) declarou a inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A;
io n
restrições de pagamento dos juros compensatórios à desapropriação indireta.
a c
6) declarou a constitucionalidade da estipulação de parâmetros mínimo (0,5%) e
u c ER
máximo (5%) para a concessão de honorários advocatícios e a inconstitucionalidade
d IL
da expressão “não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e
E M
e
cinquenta e um mil reais)” prevista no § 1º do art. 27. STF. Plenário. ADI 2332/DF,
rt RO
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/5/2018 (Info 902).
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Servidão
mi Requisição
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
a, b e c) Errado. CF, Art. 184. Compete à União desapropriar por
interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que
l
não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
a
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
io n
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
a c
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização
u c ER
será definida em lei. § 1º As benfeitorias úteis e necessárias
serão indenizadas em dinheiro.
E M d IL
e
d) Errado. CF, Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para
rt RO
fins de reforma agrária: I - a pequena e médiapropriedade rural,
p o OR
assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua
S C 41- m
outra; u H 89
e) Correto. CF, Art. 184, § 5º São isentas de impostos federais,
um IZ .7 .co
er L
estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis
U 4 il
4 ma
desapropriados para fins de reforma agrária.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Apesar de constar o termo "isentas" na redação do artigo, trata-
l
se de hipótese de imunidade tributária, pois prevista na
mi
Constituição Federal.
p lc
Além do capítulo específico na CF, a desapropriação para fins de
reforma agrária foi regulamentada pela LC 76/93 e pela Lei nº
8.629/93.
Alternativa correta: C
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se
em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre
a l
io n
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
a c
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos
mais diferentes certames públicos.
u c ER
E M d IL
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
e
rt RO
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
o OR
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
p
S C 41- m u H 89
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
m IZ .7 .co
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
u
V O er L
para carreiras públicas.
. 0
U
4 ma 4 il
d R 3 g
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
4
A PE D
uma obsessão. 0 er@
l
mi
Bom estudo! p lc
Francisco Penante
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5
1.1 Princípios basilares do Código Civil de 2002 ...................................................... 5
2. LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL .................................................................. 9
3. DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ...................................................................... 18
3.1 Formas de proteção dos direitos da personalidade ............................................. 20
3.2 Capacidade ............................................................................................................ 21
3.3 Direitos da Personalidade ..................................................................................... 26
3) AUSÊNCIA ............................................................................................................... 37
4) PESSOAS JURÍDICAS ............................................................................................... 39
5)
l
NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................................................ 44
a
5.1.
n
Elementos acidentais do negócio jurídico ....................................................... 45
io
5.2.
a c
Manifestação de vontade ................................................................................ 46
5.3.
u c ER
Dos defeitos do negócio jurídico ..................................................................... 46
5.4. E M d IL
Da invalidade do negócio jurídico .................................................................... 49
e
rt RO
6.
o OR
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA .................................................................................. 54
p
7. u H 89
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES .................................................................................... 65
S C 41- m
7.1.
um
Modalidades de obrigações ............................................................................. 65
IZ .7 .co
7.2.
er L U 4 il
Da transmissão das obrigações........................................................................ 68
V O . 0 4 ma
7.3.
d R 3 g
Pagamento e extinção das obrigações ............................................................ 69
4
7.4. A PE D 0 er@
Inadimplemento das obrigações ..................................................................... 70
l
8. mi
CONTRATOS............................................................................................................ 82
8.1. p lc
Disposições gerais ............................................................................................ 88
8.2. Contratos em espécie ...................................................................................... 89
8.3. Outros contratos e Jurisprudência................................................................... 92
9. RESPONSABILIDADE CIVIL .................................................................................... 109
9.1. Súmulas e jurisprudência sobre o tema ........................................................ 112
10. DIREITO DAS COISAS ......................................................................................... 124
10.1. Posse .............................................................................................................. 124
10.2. Propriedade ................................................................................................... 126
10.3. Direito real de laje (sobrelevação) ................................................................. 131
11. DIREITO DE FAMÍLIA ......................................................................................... 142
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O . 0er L
4 maU 4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ao fazer uma pesquisa das últimas provas objetivas de Direito Civil para o cargo
de Defensoria Pública, chega-se à conclusão de que normalmente a fórmula cobrada
pelas bancas é: texto da lei seca + jurisprudência. Não há um aprofundamento teórico
muito amplo. Sendo assim, iremos apresentar, neste trabalho, os principais assuntos
cobrados, para que o aluno tenha atenção especial a eles. Todavia, lembrem-se da
fórmula apresentada e, acompanhando constantemente os informativos do STF e STJ,
combinando com as súmulas e a leitura da lei, as chances de êxito nesta disciplina são
altas.
O Código Civil de 2002 foi criado com o objetivo de superar o modelo trazido pelo
Código de 1916, baseado na “Era dos Direitos” e que buscava um direito que pudesse
solucionar cada situação jurídica possível, com preocupação de viés individualista.
a l
io
Sendo assim, no sentido da constitucionalização do Direito Civil, com an
c
influência direta dos princípios expressos na CF/88, o Código de 2002 se baseou em
a
três pilares básicos (diretrizes):
u c ER
E M d IL
1) Eticidade: que tem como corolário o princípio da boa-fé objetiva, estabelece que
e
rt RO
as relações jurídicas devem ser pautadas pela ética e pela lealdade. As partes
o OR
devem atuar de boa-fé em todas as fases da relação, desde a negociação até a
p
S C 41- m u H 89
fase de execução. São 3 as funções desta diretriz: função de interpretação (art.
113, do CC)1, função de controle (art. 187, do CC)2, função de
m Z .7 .co
integração/prestação (art. 422, do CC)3.
u I
V er L
0
U
4 ma 4 il
2) Sociabilidade: superação do modelo individualista nas relações, de modo que
O .
d R 4 3 g
todas elas devem ser voltadas aos pilares do convívio comum, prevalecendo os
A PE D 0 er@
valores coletivos aos individuais e respeitando-se os direitos fundamentais dos
l
seres humanos.
mi
p lc
3) Operabilidade: é a simplificação do Direito Civil. Todas as situações devem
possuir uma solução e as normas devem ser viáveis, de fácil operabilidade, como
as cláusulas abertas, que possibilitam uma ampliação do conteúdo da norma, a fim
de serem aplicadas aos casos apresentados. O direito, pois, não é mais a norma
fechada, aplicada exatamente ao caso descrito pela lei, mas disciplina de
interpretação, que concede ao aplicador da lei o poder de interpretar a norma
mais adequada à situação concreta, mantendo-se a completude do sistema.
1
Art. 113 do CC: “Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos
do lugar de sua celebração”.
2
Art. 187 do CC: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes”.
3
Art. 422 do CC: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”.
io n
a c
b) A operabilidade determinou a adoção de soluções
u c ER
normativas para a facilitação da interpretação, aplicação e
E M d IL
adaptação do Direito, o que se verifica na adoção das
normas abertas como técnica legislativa.
e
rt RO
p o OR
c) A socialidade implicou na funcionalização dos modelos
S C 41- m u H 89
jurídicos, fazendo prevalecer os valores coletivos sobre os
individuais, sem que sejam desconsiderados os valores
um IZ .7 .co
inerentes à pessoa, o que se verifica na previsão do instituto
V O er L
.
U 4
4 ma il
do abuso de direito.
0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
d) A eticidade provocou a opção antropocêntrica da
codificação civil, implicando na prevalência de critérios
mi
éticos sobre os de natureza formal, o que se verifica nos
p lc
institutos da lesão e do estado de perigo.
a l
forma conjunta, pois elas se relacionam ao que é chamado
n
pela doutrina como tridimensionalismo cultural de Miguel
io
c
Reale. Ao elaborar o Código Civil de 2002, o objetivo era a
a
c ER
superação do modelo de direito individual, prezando pela
u
E M d IL
ética, boa-fé e aplicação das normas fundamentais ao direito
civil, em uma verdadeira filtragem constitucional.
e
rt RO
o OR
O autor propôs então, três princípios para serem base ao
p
S C 41- m u H 89
novo projeto: eticidade (boa-fé nas relações), socialidade
(superação do modelo individual, prezando pelos valores
um Z .7 .co
coletivos) e operabilidade (valorização de cláusulas gerais
I
V er L U 4
da lei).
O . 0
il
como forma de dar margem de interpretação ao aplicador
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
A sistematicidade, abordado pela letra A, é pouco estudada
l i
e normalmente não é citada como princípio norteador do
m
p lc
código civil, mas, com base no texto da questão, tendo em
vista o erro da alternativa E, a letra A poderia ser
considerada correta, por exclusão, caso o candidato não
conhecesse o princípio.
e
rt RO
o OR
Essa solução adotada no Código Civil de 2002 se vincula
p
S C 41- m u H 89
A) à diretriz fundamental da socialidade.
um Z .7 .co
B) à abolição da distinção entre prescrição e
I
V er L
O
U 4
0
il
decadência.
4 ma
C) à diretriz fundamental da eticidade, evitando
.
d R 4 3 g
soluções juridicamente conflitantes.
A PE D 0 er@
D) ao princípio da boa-fé objetiva, que garante a
l
mi
obtenção do julgamento esperado pelo
p lc
jurisdicionado.
E) à diretriz fundamental da operabilidade, evitando
dificuldades interpretativas.
GABARITO: E.
PARADIGMAS DO CC/2002
p o OR
quando admitida.
VIGÊNCIA DAS NORMAS
S C 41- m u H 89
Se após a publicação de uma lei, antes
V O er L
. 0
U4 ma4 il nova publicação, para correção, o prazo
começará a correr a partir desta
d R 4 3 g publicação. Se a lei já estiver em vigor, a
A PE D 0 er@
l
correção será considerada como LEI
mi NOVA.
p lc
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS
A lei posterior revoga a anterior,
quando expressamente o declare,
NORMAS quando seja com ela incompatível, ou
quando regule inteiramente a matéria
que tratava a lei anterior.
Fenômeno legislativo, pelo qual há a
entrada novamente em vigor de uma
norma efetivamente revogada, pela
REPRISTINAÇÃO revogação da norma que a revogou. De
acordo com a LINDB, tal efeito apenas é
permitido se expressamente declarado.
Não há a incidência automática de
repristinação.
≠ EFEITO REPRISTINATÓRIO!
A lei será revogada por outra, valendo,
a l
do CC/2002 , que prevê o erro de direito
io
como um vício de vontade. n
c
Analogia, costumes e princípios gerais
a
do direito.
u c ER
E M d IL
Integração = colmatação.
e
rt RO
p o OR Essa é uma ordem hierárquica,
Su H -89
TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO DA LEI preferencial.
p lcm específica.
b) Analogia juris: é a comparação
entre uma situação não prevista
em lei, com o sistema jurídico
como um todo.
um IZ .7 .co
V Oer L U
. 0
4
4 il
ATENÇÃO: Estatuto Pessoal: Lei do
m a da pessoa (não é onde
domicílio
d R 4 3 gnasceu). Cuida da personalidade, nome,
A PE D 0 er@ capacidade e direito de família.
mil CASAMENTO: quando os nubentes
l
Privado, onde estava um, não poderia estar o outro. + O Código Civil da Alemanha o
a
sunt servanda). São as influências do Código Civil de 1916.
io n
BGB, em 1896. Ambos individualistas e patrimonilistas (propriedade privada e pacta
a c
u c ER
Direito Civil – Constitucional = Constitucionalização do Direito Civil. Não há mais
E M d IL
aquela separação rígida entre o público e o privado. O Direito Civil passou por uma
releitura, à luz dos princípios constitucionais, valores fundamentais, como a
e
rt RO
dignidade da pessoa humanda, a igualdade material (substancial), a solidariedade
p o OR
social, ou seja, trata-se de uma releitura axiológica. É o que chamamos de filtragem
constitucional.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
Constitucionalização do Direito Civil x Publicização do Direito Civil: a
er L U4 ma4 il
constitucionalização é o que falamos acima, isto é, a compreensão de qualquer
V O . 0
instituto do Direito Civil à luz da Constituição (eficácia irradiante). Já a Publicização
d R 4 3 g
A PE D
do Direito Civil, também chamada de Dirigismo Contratual, que é a presença do
0 er@
l
Poder Público na relação privada, quando há algum desequilíbrio entre as partes,
mi
como é o caso do Direito do Trabalho e das relações de consumo, para garantir a
isonomia na relação.
p lc
ATENÇÃO! ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA!
A Lei 13.655/2018 veio para adicionar alguns dispositivos legais à redação
original da LINDB, trazendo normas sobre segurança jurídica e eficiência na criação e
na aplicação do direito público.
A interpretação dos arts. 20 a 30, portanto, deve ser a de que eles se aplicam
para temas de direito público, mais especificamente para matérias de Direito
Administrativo, Financeiro, Orçamentário e Tributário.
p o OR
S C 41- m u H 89
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em
que domiciliada a pessoa. No caso de nubentes com domicílio
um IZ .7 .co
diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal regerá tanto os
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de bens.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no
Brasil, ter-se-á em vista somente os dispositivos invocados
mi
pelas partes, inclusive eventuais remissões a outras leis.
p lc
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira
processar e julgar as ações cujo réu possua domicílio no
exterior ou cuja obrigação lá tenha de ser cumprida, ainda que
versadas sobre bens imóveis situados no Brasil.
__________________________________________________
GABARITO COMENTADO:
CORRETA: Letra C - A alternativa levou em consideração as
disposições do artigo 7º, §§ 3º e 4º, que tratam da aplicação da
lei em relação ao casamento e regime de bens. Assim, não há
muito o que se destacar, tendo em vista que a questão cobrou
o texto literal do artigo. O que o candidato deve ter atenção é
que, em caso de os cônjuges terem domicílios diversos, a lei
que se aplicará às questões matrimoniais é a do primeiro
domicílio do casal.
a
que não leem a alternativa até o final. Apenas o fim da l
n
alternativa está incorreto, já que não se consideram as
io
c
remissões feitas a outra lei, quando a parte invoca dispositivo
a
c ER
de lei estrangeira, artigo 16, da LINDB. Atenção aos termos
u
E M d IL
inclusive e salvo, pois recorrentemente são trocados em
alternativas relativamente fáceis, mas que na prova passam
desapercebidas. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
E) É de competência absoluta da autoridade judiciária brasileira
o julgamento de ações relativas a bens imóveis situados no
m Z .7 .co
Brasil. Assim, errada a questão, pois contraria a norma
u I
V er L
O
U
.
4
0
il
expressa no artigo 12, § 1º, da LINDB.
4 ma
d R 3 g
Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AL. Prova: Defensor
4
A PE D 0 er@
Público
l
mi
p lc
Em 1.º/1/2017, Lúcio, que era brasileiro e casado sob o regime
legal com Maria, também brasileira, ambos residentes e
domiciliados em um país asiático, faleceu. Lúcio deixou dois
filhos como herdeiros, Vanessa e Robson, residentes e
domiciliados no Brasil, e os seguintes bens a inventariar: a casa
em que residia no exterior, uma casa no Brasil e dois
automóveis, localizados no exterior. O casamento de Lúcio e
Maria foi celebrado no Brasil. Antes do casamento, ele residia e
era domiciliado no Brasil, ao passo que ela residia e era
domiciliada em um país africano. O primeiro domicílio do casal
foi no exterior.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público - Reaplicação
a l
D) norte-americana, no tocante ao direito material, uma vez
io n
que a obrigação foi constituída nos Estados Unidos,
a c
examinando-se sua compatibilidade ou não com a lei brasileira
u c ER
no exame dos conceitos de ordem pública, soberania e bons
costumes.
E M d IL
e
rt RO
p o OR
E) brasileira, porque aplicar-se a lei estrangeira para obrigações
contraídas por cidadã brasileira infringiria a soberania nacional
S C 41- m u H 89
e os bons costumes.
um IZ .7 .co
er L U il
GABARITO: D
4 4 ma
d V R O 3 . 0 g
COMENTÁRIO: A cobrança de dívida de jogo contraída por
4
A PE D 0 er@
brasileiro em cassino que funciona legalmente no exterior é
l i
juridicamente possível e não ofende a ordem pública, os bons
m
p lc
costumes e a soberania nacional. STJ. 3ª Turma. REsp
1.628.974-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
13/6/2017 (Info 610).
LINDB, Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
a l
constitucionalização do Direito Civil e da despatrimonialização deste, ou ainda o que
n
se chama de repersonificação do Direito Civil. Neste sentido, a personalidade jurídica
io
c
passou a ser considerada uma proteção fundamental, através dos direitos da
a
c ER
personalidade, que são irrenunciáveis, inalienáveis e intransmissíveis.
u
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Pessoa Jurídica e Personalidade: atributo da elasticidade.
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
Enunciado 286, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade são direitos
inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as
O .
d R 3 g
pessoas jurídicas titulares de tais direitos”.
4
A PE D 0 er@
l
Art. 52, do CC: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
mi
da personalidade”. Elas não têm direitos da personalidade, mas têm direito à
p lc
proteção cabível deles decorrente.
Súmula 227, STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Enunciado 189 da III jornada de Direito Civil - Na responsabilidade civil por dano
moral causado à pessoa jurídica, o fato lesivo, como dano eventual, deve ser
devidamente demonstrado.
Direito ao Esquecimento:
u c ER
E M d IL
Enunciado nº 400 da V Jornada de Direito Civil: Os parágrafos únicos dos arts. 12 e
e
20 asseguram legitimidade, por direito próprio, aos parentes, cônjuge ou
rt RO
ricochete) p o OR
companheiro para a tutela contra lesão perpetrada post mortem. (dano moral
S C 41- m u H 89
um
Enunciado nº 398 da V Jornada de Direito Civil: Art. 12, parágrafo único: As medidas
IZ .7 .co
er L
previstas no art. 12, parágrafo único, do Código Civil podem ser invocadas por
U
4 ma 4 il
qualquer uma das pessoas ali mencionadas de forma concorrente e autônoma.
d V O 3 . 0 g
(lesados indiretos agem em nome próprio, dano moral em ricochete),
R 4
A PE D 0 er@
l
mi
Art. 12, parágrafo único.
Direitos da personalidade em geral
Art. 20, parágrafo único.
Direito da imagem (regra especial)
p lc
Legitimidade: cônjuge, ascendentes, Legitimidade: cônjuge, descendentes e
descendentes e colaterais até 4º grau. A ascendentes. A doutrina inclui o
doutrina inclui o companheiro – companheiro – Enunciado nº 275 da IV
Enunciado nº 275 da IV Jornada de Jornada de Direito Civil.
Direito Civil.
Para seus defensores, se não houver o nascimento com vida, nenhum direito é
assegurado ao feto, nem mesmo os direitos fundamentais, como o
reconhecimento de paternidade, por exemplo. O nascituro não seria considerado
pessoa, tendo mera expectativa de direito.
a l
n
3) Concepcionista: Teoria moderna. Defende que a concepção já confere ao
io
c
nascituro os direitos da personalidade, não se sujeitando a nenhuma outra
a
u c ER
condição para aferi-los. Enunciado n.º 1 da I Jornada de Direito Civil: “A
proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne
E M d IL
aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura”.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Situações específicas sobre o nascituro:
- O nascituro tem direito à imagem;
d R 4 3 g
A PE D
- A morte culposa do nascituro (atropelamento da mãe) gera o direito à
0 er@
indenização para os pais;
l
mi
- No que tange a direitos existenciais, o nascituro já goza deles, mas as
p lc
relações patrimoniais ficam condicionadas;
- Os embriões de laboratório não têm direitos da personalidade, mas
têm direito à herança4.
- Nascituro – alimentos gravídicos.
a) Tutela preventiva por tutela específica: quando a proteção destes direitos não
é apenas patrimonial (DESPATRIMONIALIZAÇÃO5 DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE,
DO DANO MORAL).
4
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da
abertura da sucessão.
5
ATENÇÃO: esse assunto foi cobrado na prova da 2ª fase da Defensoria do Paraná, em 2017.
Súmula 37, do STJ: São cumuláveis as indenizações por dano moral e dano material
oriundos do mesmo fato.
Súmula 387, do STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano
moral.
a l
io n
a c
6
u c ER
Dano moral contratual: o STJ vem afirmando que, apesar de a violação de um
d IL
contrato, por si só, não gerar dano moral, ela pode refletir uma violação da dignidade
E M
e
de uma das partes, como no caso do Plano de Saúde que nega cobertura.
rt RO
Dano moral coletivo: é a violação dos direitos da personalidade de um grupo
p o OR
massificado, sendo prescindível a demonstração de dor, sofrimento ou angústia,
S C 41- m u H 89
para restar caracterizado este tipo de dano. Ex.: violação de direito ambiental, de
direito do consumidor.
um IZ .7 .co
er L
Danos sociais: são violações à tranquilidade e ao nível de vida da sociedade, através
U
4 ma 4 il
de comportamentos exemplares negativos ou condutas socialmente reprováveis,
d V R O
4 3 . 0
causando o rebaixamento de seu patrimônio moral, da segurança e da qualidade de
g
A PE D 0 er@
vida. Ex.: pedestre que joga lixo no chão.
l
3.2 Capacidade mi
p lc
A Lei 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) trouxe uma inegável evolução
para a promoção da dignidade humana em diversos aspectos. Com relação à
capacidade, promoveu expressiva alteração ao conferir plena capacidade aos sujeitos
com deficiência, para que exerçam todos os atos da vida civil. Assim, apenas são
considerados absolutamente incapazes os menores de 16 anos, conforme previsão do
artigo 3º. Com relação aos relativamente incapazes, o artigo 4º manteve as seguintes
hipóteses:
6
Fonte: Dizer o Direito.
ATENÇÃO ao que dispõe o Estatuto da Pessoa com Deficiência, em seu art. 6º:
Art. 6º. A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive
para:
I – casar-se e constituir união estável;
II – exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III – exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a
informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV – conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V – exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como
adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas.
S C 41- m u H 89
Os entes despersonalizados não têm direitos da personalidade, porque não têm
personalidade, mas gozam de capacidade jurídica, que é a possibilidade de defender
um IZ .7 .co
er L
seus direitos em juízo.
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
Curatela x Tomada de decisão apoiada:
g
A PE D 0 er@
Art. 84, do Estatuto da PCD: A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao
l
exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais
pessoas. mi
p lc
§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela,
conforme a lei.
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de
decisão apoiada.
§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva
extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e
durará o menor tempo possível.
§ 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração
ao Juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.
a l
§ 6o Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante,
n
havendo divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores,
io
c
deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão.
a
c ER
§ 7o Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as
u
denúncia ao Ministério Público ou ao juiz.
E M d IL
obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar
e
rt RO
§ 8o Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a
o OR
pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio.
p
S C 41- m u H 89
§ 9o A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo
firmado em processo de tomada de decisão apoiada.
m Z .7 .co
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de
u I
V er L0
U
do juiz sobre a matéria.
O . 4 ma4 il
tomada de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação
d R 3 g
§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições
4
A PE D 0 er@
referentes à prestação de contas na curatela.”
l
mi
3.2.1 Emancipação
p lc
A menoridade cessa aos dezoito anos, momento em que o sujeito fica habilitado
para praticar todos os atos da vida civil.
O instituto da emancipação permite que haja a antecipação dos efeitos da
maioridade, conferindo ao menor de 18 anos a plena capacidade civil, podendo
ocorrer nas seguintes hipóteses:
Enunciado nº 397/CJF: Art. 5º. A emancipação por concessão dos pais ou por sentença
do juiz está sujeita a desconstituição por vício de vontade.
p o OR
S C 41- m u H 89
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda
não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou
um I
cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.
Z .7 .co
er L U
4 ma 4 il
Veja que, pela literalidade da lei, havia duas hipóteses excepcionais em que
V O . 0
d R 4 3 g
seria permitido o casamento de pessoa menor de 16 anos:
A PE D 0 er@
l
2) “em caso de gravidez”. mi
1) “para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal”; ou
p lc
Contudo, prevalece o entendimento de que, desde a Lei nº 11.106/2005, a
despeito da literalidade do art. 1.520 do CC, somente havia uma hipótese na qual era
permitido o casamento de pessoa menor de 16 anos (abaixo da idade núbil): em caso
de gravidez. Eis o novo dispositivo legal:
7
https://www.dizerodireito.com.br/2019/03/lei-138112019-altera-o-codigo-civil.html
8
Art. 6º do CC – “A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva
9
art. 7º do CC – “Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: (I) - se
for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; (II) - se alguém,
desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 Anos após o término
da guerra
S C 41- m u H 89
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
involuntária. Neste sentido, sempre que houver violação a um direito da pessoa
um IZ .7 .co
humana, esta poderá exigir que cesse, respondendo a parte violadora por perdas e
danos.
V O er L
. 0
U4 ma4 il
O artigo 12 autorizou que a parte proteja seus direitos preventiva ou
d R 4 3 g
A PE D
repressivamente, sendo que, no caso de persistir a violação, mesmo após a morte do
0 er@
l
indivíduo, é autorizado ao cônjuge, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até
mi
quarto grau, exigir que sejam cessados os atos.
p lc
Integridade física: a integridade física é direito fundamental do cidadão, sendo vedada
a prática de qualquer ato de disposição do próprio corpo, exceto por recomendação
médica, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar
os bons costumes, salvo no caso de transplante.
10
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito. V. 1. 2007, p.
119
a l
publicação que exponha o indivíduo ao desprezo público, ainda que não haja intenção
difamadora.
io n
a c
Atenção! Sobre a imutabilidade relativa do nome:
u c ER
E M d IL
Regra geral, o nome é imutável, mas a lei permite que, no primeiro ano
e
rt RO
depois de completada a maioridade, a pessoa troque o seu nome, sem necessidade de
o OR
justificar o motivo, desde que não prejudique os apelidos de família (artigo 56, Lei
p
6.015/73).
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Neste sentido, o parágrafo único do artigo 58, da Lei 6.015/73, permite que
u I
er L U 4 il
seja requerida judicialmente a alteração de nome, a qualquer tempo, desde que o
V 0 4 ma
requerente comprove fundadas razões que justifiquem o pedido.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
A alteração de nome é tema de extrema importância em provas da
l i
Defensoria Pública, notadamente pela atualidade sobre a discussão de alteração do
m
decidiu que: p lc
nome de pessoas transexuais (direito das minorias SEMPRE!). Sobre o tema, o STJ
11
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%
ADcias/Transexuais-t%C3%AAm-direito-%C3%A0-altera%C3%A7%C3%A3o-do-registro-civil-
sem-realiza%C3%A7%C3%A3o-de-cirurgia
a l
Com relação à publicação de obra bibliográfica, contudo, o STF entendeu, no
julgamento da ADIN 4.815, que é inexigível o consentimento da pessoa biografada
io n
c
relativamente a obras bibliográficas ou audiovisuais, o mesmo valendo para os
a
c ER
coadjuvantes, ou aos familiares, na eventualidade de a pessoa ser falecida.
u
E M d IL
No julgamento, a suprema corte reconheceu que prevalece o direito
e
rt RO
fundamental à liberdade de expressão, de maneira que, se as pessoas envolvidas na
o OR
obra se sentirem lesadas, poderão, posteriormente, requerer a indenização pelos
p
danos sofridos em sua honra.
S C 41- m u H 89
JURISPRUDÊNCIA
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
ALTERAÇÃO DE NOME. TRANSEXUAL: Transexual pode alterar seu prenome e
gênero no registro civil mesmo sem fazer a cirurgia de transgenitalização
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
NOME: O brasileiro que adquiriu dupla cidadania pode ter seu nome retificado no
l
mi
registro civil do Brasil, desde que isso não cause prejuízo a terceiros, quando vier a
p lc
sofrer transtornos no exercício da cidadania por força da apresentação de
documentos estrangeiros com sobrenome imposto por lei estrangeira e diferente do
que consta em seus documentos brasileiros. STJ. (Info 588).
12
STJ. 3ª Turma. REsp 1.304.718 SP, Rel. Min. Paulo Tarso Severino, julgado em 18/12/2014.
a l
DIREITO À IMAGEM: A Súmula 403 do STJ é inaplicável para representação da
io n
c
imagem de pessoa como coadjuvante em documentário que tem por objeto a
a
c ER
história profissional de terceiro. Ação de indenização proposta por ex-goleiro do
u
E M d IL
Santos em virtude da veiculação indireta de sua imagem (por ator profissional
contratado), sem prévia autorização, em cenas do documentário “Pelé Eterno”. O
e
rt RO
autor alegou que a simples utilização não autorizada de sua imagem, ainda que de
o OR
forma indireta, geraria direito a indenização por danos morais, independentemente
p
de efetivo prejuízo.
S C 41- m u H 89
O STJ não concordou. A representação cênica de episódio histórico em obra
m Z .7 .co
audiovisual biográfica não depende da concessão de prévia autorização de terceiros
u I
V er L0
U4 ma4 il
ali representados como coadjuvantes.
O STF, no julgamento da ADI 4.815/DF, afirmou que é inexigível a autorização de
O .
d R 3 g
pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais bem
4
A PE D 0 er@
como desnecessária a autorização de pessoas nelas retratadas como coadjuvantes.
l i
A Súmula 403/STJ é inaplicável às hipóteses de representação da imagem de pessoa
m
p lc
como coadjuvante em obra biográfica audiovisual que tem por objeto a história
profissional de terceiro. STJ. 3ª Turma. REsp 1.454.016-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,
Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/12/2017 (Info 621).
a l
acordaram que haveria a retificação do registro civil da menor para que houvesse a
n
substituição do nome de seu pai registral pelo pai biológico. As partes ingressam
io
c
com pedido para que o juiz homologasse esse acordo. O pedido deverá ser negado.
a
c ER
STJ. 3ª Turma. REsp 1698717-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/06/2018
u
(Info 627).
E M d IL
e
rt RO
DIREITO AO ESQUECIMENTO. Determinada pessoa se envolveu em uma suspeita de
o OR
fraude há mais muitos anos, tendo sido inocentada das acusações. Ocorre que todas
p
S C 41- m u H 89
as vezes que digita seu nome completo no Google e demais provedores de busca, os
primeiros resultados que aparecem até hoje são de páginas na internet que trazem
m Z .7 .co
reportagens sobre seu suposto envolvimento com a fraude. Diante disso, ela
u I
V er L U
0
4
4 ma il
ingressou com ação de obrigação de fazer contra o Google pedindo a desindexação,
nos resultados das aplicações de busca mantida pela empresa, de notícias
O .
d R 3 g
relacionadas às suspeitas de fraude no referido concurso. Invocou, como
4
A PE D 0 er@
fundamento, o direito ao esquecimento. O STJ afirmou o seguinte: em regra, os
l i
provedores de busca da internet (ex: Google) não têm responsabilidade pelos
m
p lc
resultados de busca apresentados. Em outras palavras, não se pode atribuir a eles a
função de censor, obrigando que eles filtrem os resultados das buscas, considerado
que eles apenas espelham o conteúdo que existe na internet. A pessoa prejudicada
deverá direcionar sua pretensão contra os provedores de conteúdo (ex: sites de
notícia), responsáveis pela disponibilização do conteúdo indevido na internet. Há,
todavia, circunstâncias excepcionalíssimas em que é necessária a intervenção
pontual do Poder Judiciário para fazer cessar o vínculo criado, nos bancos de dados
dos provedores de busca, entre dados pessoais e resultados da busca, que não
guardam relevância para interesse público à informação, seja pelo conteúdo
eminentemente privado, seja pelo decurso do tempo. Nessas situações
excepcionais, o direito à intimidade e ao esquecimento, bem como a proteção aos
dados pessoais deverá preponderar, a fim de permitir que as pessoas envolvidas
sigam suas vidas com razoável anonimato, não sendo o fato desabonador
corriqueiramente rememorado e perenizado por sistemas automatizados de busca.
No caso concreto, o STJ determinou que deveria haver a desvinculação da pesquisa
a l
protegido. STJ. 3ª Turma. REsp 1.660.168-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 (Info 628).
io n
a c
c ER
IMAGEM. Ação de indenização proposta por ex-goleiro do Santos em virtude da
u
E M d IL
veiculação indireta de sua imagem (por ator profissional contratado), sem prévia
autorização, em cenas do documentário “Pelé Eterno”. O autor alegou que a simples
e
rt RO
utilização não autorizada de sua imagem, ainda que de forma indireta, geraria
o OR
direito a indenização por danos morais, independentemente de efetivo prejuízo. O
p
S C 41- m u H 89
STJ não concordou. A representação cênica de episódio histórico em obra
audiovisual biográfica não depende da concessão de prévia autorização de terceiros
m Z .7 .co
ali representados como coadjuvantes. O STF, no julgamento da ADI 4.815/DF,
u I
V er L0
U4 ma4 il
afirmou que é inexigível a autorização de pessoa biografada relativamente a obras
biográficas literárias ou audiovisuais bem como desnecessária a autorização de
O .
d R 3 g
pessoas nelas retratadas como coadjuvantes. A Súmula 403/STJ é inaplicável às
4
A PE D 0 er@
hipóteses de representação da imagem de pessoa como coadjuvante em obra
l i
biográfica audiovisual que tem por objeto a história profissional de terceiro. STJ. 3ª
m
p lc
Turma. REsp 1.454.016-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas
Bôas Cueva, julgado em 12/12/2017 (Info 621).
a l
io n
a c
u c ER
Ano: 2013. Banca: CESPE. Órgão: DPE-RR
E M d IL
QUESTÃO 3: opção correta. e
Acerca da capacidade para os atos da vida civil, assinale a
rt RO
DIREITOS DA
p o OR
PERSONALIDADE. u H 89
a) A personalidade civil da pessoa começa com o
S C 41- m
nascimento com vida. Assim, a proteção que o Código Civil
um IZ .7 .co
defere ao nascituro não alcança o natimorto no que
V O er L U 4
4 ma il
concerne aos direitos da personalidade, tais como nome,
. 0
imagem e sepultura.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l b) A emancipação voluntária se dá por concessão conjunta e
mi
irrevogável dos pais, dependendo, ainda, de homologação
p lc
judicial.
INCORRETAS:
a l
n
A) A alternativa não é correta, pois o ordenamento jurídico
io
c
confere proteção ao natimorto. Neste sentido, o Enunciado
a
c ER
01 da I Jornada de Direito Civil do STJ: “A proteção que o
u
E M d IL
Código confere ao nascituro alcança o natimorto, no que
concerne aos direitos da personalidade, tais como o nome,
e
rt RO
imagem e sepultura”.
p o OR
S C 41- m u H 89
B) A emancipação voluntária é conferida por ambos os pais
ou, por um, na falta do outro, é feita por escritura pública
um Z .7 .co
e, regra geral, não demanda homologação judicial. Porém,
I
V er L
O
U 4
0
il
vale frisar que, havendo negativa dos pais ou discordância
4 ma
entre eles, o juiz poderá suprir a autorização. Por fim,
.
d R 3 g
quando a emancipação for de pessoa tutelada, deverá ser
4
A PE D 0 er@
concedida judicialmente.
l
mi
p lc
C) A alternativa é incorreta, pois, conforme as disposições
do artigo 4º, IV, do código civil, os pródigos são
considerados relativamente incapazes. Além disso, há que
se destacar que a dignidade humana é o fundamento de
proteção dos sujeitos, sendo o aspecto patrimonial
subsidiário, novamente errada a questão, portanto.
a l
Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, a pretensão do
adolescente é
io n
a c
a) ilegítima, pois, em conformidade com o princípio
u c ER
constitucional da paternidade responsável, a paternidade
E M d IL
biológica prevalece sobre a paternidade socioafetiva, para
fins de registro, embora não impeça o reconhecimento do
e
rt RO
vínculo de filiação baseado na socioafetividade, com os
p o OR
efeitos jurídicos próprios desta.
u H 89
S C 41- m
b) legítima, pois, em conformidade com o princípio
a l
n
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: DPE-PR Prova: FCC - 2017 -
io
DPE-PR - Defensor Público
a c
u c ER
E M
personalidade, considere:
d IL
A respeito dos direitos fundamentais e dos direitos da
e
rt RO
p o OR
I. A vida privada da pessoa natural é inviolável. Logo, a
S C 41- m u H 89
exposição da vida do homem público, ainda que se trate de
notícia verdadeira e útil vinculada a seu papel social,
um IZ .7 .co
representa violação do direito à privacidade, na medida em
V er L
O
U 4 il
4 ma
que os direitos da personalidade são irrenunciáveis.
. 0
d R 4 3 g
A PE D II. A imutabilidade do nome é princípio de ordem pública
0 er@
que visa garantir segurança nas relações jurídicas nas
l
mi
esferas pública e privada. Por esta razão, o STJ possui
p lc
jurisprudência dominante no sentido de que não é possível
o cônjuge acrescer o nome de família do outro após a
celebração do matrimônio.
GABARITO: B (III).
um IZ .7 .co
cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau,
V er L
O
U
.
4
0
il
inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer
4 ma
outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada
d R 4 3 g
esta em relação à medula óssea." (ATENÇÃO!!! A CESPE
A PE D 0 er@
COBRA MUITO ESSA QUESTÃO DO TRANSPLANTE!)
l
mi
p lc
IV. ERRADO - Médico algum deve proceder para colocar a
vida do paciente em risco, mesmo este plenamente capaz e
autorizando o procedimento, da mesma forma que, caso o
paciente não aceite determinados tratamentos decorrente
de crença deverá o médico respeitar e não fazer o
procedimento, tal procedimento encontra amparo no art.
5º, VI, CF. Exceção: paciente está em risco de vida, mesmo a
religião/crença/doutrina proibindo, o médico deve fazer o
procedimento sem precisar aguardar a autorização do
paciente. O direito à vida na égipe da norma está acima que
a liberdade de escolha.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il se não deixar representante ou
procurador para administrar seus bens.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Deixando mandatário, também será
decretada a ausência se este não quiser
mi ou não puder continuar exercendo as
p lc funções. A declaração será feita
judicialmente, ouvido o Ministério
NOÇÕES GERAIS Público, ato em que o juiz nomeará
curador.
a l
julgados, não aparecerem interessados
n
ou herdeiro, para requer a abertura do
io
c
inventário, os bens do ausente serão
a
u c ER
considerados herança jacente.
Garantia pignoratícia ou hipotecária:
E M d IL
deverão prestar os herdeiros que não
e
rt RO
foram cônjuge, ascendente ou descente
a l
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se
consideram interessados:
io n
a c
c ER
I - o cônjuge não separado judicialmente;
u
E M d IL
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
e
rt RO
de sua morte; p o OR
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente
S C 41- m u H 89
um
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
IZ .7 .co
er L U
4) PESSOAS JURÍDICAS
V O . 0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
TÓPICOS SOBRE PESSOA JURÍDICA
a l
A existência da pessoa jurídica de direito
io n
privado começa com a sua inscrição no
c
PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO PRIVADO respectivo registro (Cartório de Pessoas
a
c ER
Jurídicas ou Junta Comercial), precedida,
u
E M d IL
quando necessário, da autorização ou
aprovação do poder executivo.
e
rt RO
p o OR Decai em três anos o direito de anular
Su H -89
constituição de pessoa jurídica de direito
privado.
m Z C 41 om O Código Civil adota a teoria maior de
r u U I 4 .7 il.cdesconsideração da personalidade
e
V RO 43. gm L 4 0 a jurídica, sendo essencial o cumprimento
d DESCONSIDERAÇÃO DA
A ED 0 r@
PERSONALIDADE JURÍDICA
dos requisitos para que seja declarada.
Dessa maneira, será desconsiderada a
P i le personalidade jurídica no caso de abuso
confusão patrimonial.
Agrupamento de pessoas, cujo objetivo é
a realização de atividades sociais (fins
não econômicos), sem visar à distribuição
de lucros. A associação poderá ter lucro,
mas não será distribuído, e sim investido
na associação.
- Não há entre os associados
direitos e obrigações recíprocos;
(ATENÇÃO! Cai muito!)
- Os associados devem ter iguais
direitos, mas o estatuto pode
estabelecer categorias com vantagens
E M d IL
previstas no rol do parágrafo único, do
e
artigo 62, que estabelece os fins pelo
rt RO
p o OR
qual poderão ser constituídas fundações,
pois é recorrentemente cobrado em
S C 41- m u H 89
prova.
um IZ .7 .co
er L
As hipóteses são para fins de:
U 4 il
4 ma 1) Assistência social;
d V O 3
FUNDAÇÕES
R 4
. 0 g 2) Cultura, defesa e conservação do
A PE D 0 er@
l
patrimônio histórico e artístico;
mi 3) Educação;
4) Saúde;
p lc 5) Segurança alimentar e nutricional;
6) Defesa preservação e
conservação do meio ambiente e
promoção do desenvolvimento
sustentável;
7) Pesquisa cientifica,
desenvolvimento tecnológico,
modernização de sistemas de
gestão, produção e divulgação de
informações e conhecimentos
técnicos e científicos;
8) Promoção da ética,
9) Da cidadania, da democracia, e
dos direitos humanos;
10) Atividades religiosas.
p o OR interessados.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D
TEORIA DA APARÊNCIA
0 er@
l i
Trata-se da juridicização de uma situação fática, em virtude da proteção da boa-fé.
m
p lc
Ex.: citação da pessoa jurídica na pessoa do gerente ou do empregado que aparente
ter poderes de receber a citação. Ex2.: representação aparente.
JURISPRUDÊNCIA
RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA: O STF entendeu que é admissível
a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, ainda que
absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou de direção do
órgão responsável pela prática criminosa. (Info 714).
a l
radiodifusão, devendo o locutor responder regressivamente se
io n
tiver agido com dolo ou culpa. Nesse caso, se o locutor for
c
economicamente hipossuficiente, deverá a DP atuar na defesa
a
dele.
u c ER
E M d IL
ERRADO: Pessoa Jurídica de direito público não pode pleitear
e
rt RO
indenização por dano moral contra particular, por violação ao
o OR
direito de imagem ou da honra.
p
S C 41- m u H 89
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2017 -
um IZ .7 .co
DPU - Defensor Público Federal
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Situação hipotética: B é sócio cotista da sociedade empresária
d R 4 3 g
A Ltda., que está encerrando suas atividades e,
A PE D 0 er@
l
consequentemente, dissolvendo a sociedade. Assertiva: Nessa
i
situação, em eventual demanda judicial envolvendo B e a
m
p lc
figura jurídica A Ltda., esta poderá requerer a desconsideração
da personalidade jurídica da sociedade empresária, tendo
como fundamento único o seu término.
GABARITO: ERRADO.
CDC: SIM.
CTN: SIM.
a l
io n
a c
u c ER
Fica a dica! Importantíssimo você, Futuro(a) Defensor(a) Público(a), dar uma lida
E M d IL
nos artigos referentes aos BENS.
e
De 2016 até agora só caiu 3 questões sobre o tema, mas melhor prevenir do que
rt RO
o OR
remediar, não é mesmo? ;)
p
5) NEGÓCIO JURÍDICO S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L U
4 ma 4 il
Trata-se de um dos assuntos mais cobrados em prova, devendo o candidato
V O . 0
d R 4 3
atentar para o texto da lei (artigos 104 a 184).
g
A PE D 0 er@
O negócio jurídico é a manifestação de vontade direcionada a produzir efeitos
l i
jurídicos favoráveis aos interesses dos sujeitos que o praticam. Tem como finalidade a
m
lc
aquisição, a modificação, a transferência ou extinção de direitos.
p
O negócio jurídico para ser válido requer (art. 104, do CC):
1) Manifestação de vontade livre e de boa-fé,
2) Agente capaz e legitimado,
3) Objeto lícito, possível,
4) Determinado ou determinável e
5) Observada a forma para o cumprimento do ato, nos termos da lei (forma
prescrita ou não defesa em lei).
13
* Fonte: Site Dizer o Direito.
Mas:
- A promessa de compra e venda não precisa de escritura pública, podendo ser
celebrada por instrumento particular.
- Os negócios garantidos por alienação fiduciária de imóveis também não
exigem escritura pública, nem a aquisição de imóveis pelo SFH.
Termo: trata-se de evento futuro e certo, ao qual podem ser subordinados os efeitos
do negócio jurídico. O termo suspenderá o exercício do direito e não a sua aquisição,
já que se o termo é evento futuro e certo, os direitos já estão consolidados.
Encargo: é uma limitação que pode ser imposta pela parte aos atos não onerosos, para
restringir a vantagem criada, estabelecendo o fim a que ela deve ser dirigida ou
impondo uma obrigação ao favorecido. O encargo não suspende a aquisição do
direito nem o seu exercício, salvo quando expressamente imposto, como condição
suspensiva.
S C 41- m u H 89
coação, lesão, estado de perigo ou fraude contra credores.
um IZ .7 .co
ATENÇÃO! O único que enseja NULIDADE é a SIMULAÇÃO!
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Erro substancial ou ignorância: poderia ser percebido por qualquer pessoa de
d R 4 3 g
A PE D
diligência normal. O erro é a falsa representação positiva da vontade, enquanto a
0 er@
ignorância é o desconhecimento, um estado negativo. O erro, para anular o negócio,
l
mi
deve ser essencial ou substancial, mas o Enunciado 12, da I Jornada de Direito Civil diz
da confiança”. p lc
que “é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio
Espécies de erro:
1) Sobre o objeto: erro sobre as características e qualidades essenciais do bem
objeto.
2) Sobre o negócio: a parte erra sobre a própria manifestação de vontade.
3) Sobre a pessoa: sobre a identidade ou qualidade essencial da pessoa.
4) Erro de direito: é possível a anulação, mas não pode implicar recusa à
aplicação da lei e deve ser o motivo único e principal do negócio.
Dolo: ocorre quando uma das partes (ou um terceiro) age com intenção prejudicial,
com manifesta intenção dolosa para obter vantagem em relação ao outro. No dolo,
aquele que manifesta a vontade é conduzido à prática do ato com intenção dolosa. É
um erro provocado.
a l
Se ambas as partes agem com dolo, nenhuma delas poderá invocá-lo para
io n
anular o negócio jurídico.
a c
u c ER
O dolo praticado por terceiro vicia o negócio jurídico em prejuízo do
E M d IL
beneficiário que tinha ciência do dolo empregado. Se o beneficiário não sabia, ou tinha
e
rt RO
condições de saber do dolo de terceiro, apenas responderá por perdas e danos,
subsistindo o negócio.
p o OR
S C 41- m u H 89
O dolo praticado pelo representante legal da parte só obriga o representado a
m Z .7 .co
responder civilmente até a importância do proveito que teve. Contudo, se o
u I
er L U 4 il
representante for convencional, o beneficiário responderá solidariamente pelos danos
V
causados por este.
O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Coação: deve ser moral (vis compulsiva), uma violência psicológica, que ocorre quando
l i
a declaração de vontade foi praticada após séria ameaça da parte contrária (ou de
m
p lc
terceiro), que incuta no paciente o temor de dano iminente à sua pessoa, sua família
ou a seus bens. Para apreciar a coação, o juiz levará em conta as condições da vítima e
das circunstâncias em que ocorreram o caso, isto é, deve-se analisar o caso concreto, e
não as condições do homem médio.
O negócio jurídico será viciado pela coação exercida por terceiro, se dela tivesse
conhecimento ou devesse ter a parte a quem lhe aproveita, respondendo
solidariamente por perdas e danos.
Lesão: ocorre lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, assume prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta. Neste caso, serão considerados os valores vigentes ao tempo em
que foi celebrado o negócio jurídico. A lesão exsurge da necessidade econômica de
uma das partes ou de sua inexperiência. São, portanto, 2 os elementos da lesão:
objetivo, que é a desproporção entre as prestações; subjetivo: abuso da necessidade
ou inexperiência da outra parte.
a l
manifesta entre as prestações assumidas pelas partes, não se presumindo a premente
necessidade ou a inexperiência do lesado.
io n
a c
u c ER
Não será decretada a anulação do negócio, se for oferecido suplemento
suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
E M
São causas de anulabilidade do negócio jurídico:d IL
e
rt RO
A celebração por pessoa relativamente incapaz;
o OR
Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou
p
u H 89
fraude contra credores.
S C 41- m
um
ATENÇÃO! O único que enseja NULIDADE é a SIMULAÇÃO!
IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
plc já nasce desequilibrado, enquanto na Teoria da
Lesão x Teoria da Imprevisão
Na lesão, o negócio jurídico
Imprevisão, o negócio jurídico nasce válido e, depois, se desequilibra, pois ocorre em
contratos de execução continuada ou diferida. Ademais, a lesão invalida o negócio
jurídico, já pela referida teoria, revisa-se ou resolve-se o contrato.
O negócio jurídico anulável poderá ser convalidado pelas partes, desde que
respeitados os direitos de terceiros. Se não for o caso de convalidação, a anulação
poderá ser pleiteada no prazo de quatro anos.
Prezando pela boa-fé, que deve regular os atos da vida civil, se o menor, entre
dezesseis e dezoito anos invocou dolosamente sua idade para celebrar negócio
jurídico, não poderá utilizar-se de sua incapacidade relativa, como forma de eximir-se
de sua obrigação.
e
rt RO
Tiver por objeto fraudar a lei imperativa;
o OR
A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
p
sanção.
Simulação S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Também é considerada causa de invalidade do negócio jurídico a sua
simulação. Porém, subsistirá o que se dissimulou, for válido em sua substância ou
d R 4 3 g
forma.
A PE D 0 er@
l
mi
O negócio jurídico nulo não está sujeito à confirmação e nem convalesce com
p lc
o decurso do tempo. Porém, poderá ser reconhecida a fungibilidade do negócio
jurídico, se este contiver requisitos essenciais a outro, quando o fim a que visavam as
partes permitir supor que teriam o querido, se houvessem previsto a nulidade.
JURISPRUDÊNCIA
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Ano: 2012. Banca: CESPE. Órgão: DPE-SE
mi
Assinale a opção correta acerca dos negócios jurídicos.
p lc
QUESTÃO 4: a) Os negócios jurídicos podem ser praticados pelo titular do
NEGÓCIO JURÍDICO direito negociado ou por seu representante; assim, qualquer
manifestação de vontade do representante produz efeitos em
relação ao representado.
GABARITO COMENTADO:
CORRETA: Letra C - O examinador uniu as disposições dos
artigos 138 e 139 do Código Civil, que estabelecem as
hipóteses de erro ou ignorância do negócio jurídico.
a l
INCORRETAS:
io n
a c
c ER
A) O mandatário deve respeitar os limites conferidos ao
u
E M d IL
mandato, quanto as suas manifestações. Assim, a alternativa
está incorreta, pois determina que qualquer manifestação de
e
rt RO
vontade produzirá efeitos, contrariando a norma do artigo 116.
p o OR
S C 41- m u H 89
B) Com relação à manifestação de vontade, aplica-se o
princípio da vontade real do agente, logo, nos termos do artigo
m IZ .7 .co
112, esta prevalece ao sentido literal.
u
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
D) O dolo praticado por terceiro também anula o negócio
d R 4 3 g
jurídico, se a parte que dele beneficia dele tivesse ou devesse
A PE D 0 er@
ter conhecimento. O dolo de terceiro não anulará o negócio
l i
jurídico quando a parte beneficiada não tinha ou não pudesse
m
p lc
ter conhecimento dele, mas, nesse caso, de acordo com o
artigo 148, subsistirá o dever de o terceiro pagar perdas e
danos ao prejudicado.
a l
io n
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-
RS - Defensor Público
a c
u c ER
E Md IL
Sobre os defeitos e invalidades do negócio jurídico, analise as
assertivas abaixo. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
I. É anulável, pela configuração de estado de perigo, o negócio
jurídico praticado pelo agente que se encontra com fundado
m Z .7 .co
temor de dano iminente aos seus bens.
u I
V er L U 4
0
il
4 ma
II. Os negócios jurídicos nulos não podem ser confirmados,
O .
d R 3 g
ainda que contenham os requisitos de outro.
4
A PE D 0 er@
l i
III. A sentença que anular o negócio jurídico praticado com
m
lc
dolo alcançará credor solidário.
p
Está correto o que consta APENAS de:
GABARITO: B (II).
a l
io n
c
III – ERRADA. Art. 273. A um dos credores solidários não pode
a
c ER
o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
u
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AL Prova: CESPE - 2017 -
DPE-AL - Defensor Público
m Z .7 .co
Se, após uma tempestade, uma árvore cair sobre um veículo e
u I
V er L
O
U 4
0
il
causar danos a alguém, esse evento será classificado como:
4 ma
A) ato fato jurídico.
.
d R 4 3 g
B) ato unilateral.
A PE D 0 er@
C) negócio jurídico.
l i
D) fato jurídico em sentido estrito.
m
p lc
E) ato jurídico em sentido estrito.
__________________________________________________
GABARITO: D.
a l
Fatos Naturais Ordinários – quando são esperados, como por
exemplo, a morte, o nascimento, etc.;
io n
a c
c ER
Fatos Naturais Extraordinários – aqueles que são
u
E M d IL
imprevisíveis, como terremotos, enchentes, raios, etc., que
serão considerados apenas se gerarem consequências
e
rt RO
jurídicas. Ex.: Avião é atingido por um raio e todos os
o OR
passageiros morrem.
p
S C 41- m u H 89
Alternativa E) Ato jurídico em sentido estrito – podem ser
um Z .7 .co
chamados de atos meramente lícitos e são cometidos pelo
I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
homem sem o interesse de influenciar na esfera jurídica, pois
estão em conformidade com a lei. Ex.: teste de DNA para
d R 4 3 g
reconhecer a paternidade.
A PE D 0 er@
l
6. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
m i
p lc em prova, abaixo será apresentada uma tabela com
Por ser tema sempre cobrado
as principais diferenças entre os institutos, bem como com as informações essenciais
para responder adequadamente as questões.
a l
Os prazos prescricionais estão dispostos
io n
no artigo 206 do CC, sendo essencial a
a c
leitura, pois são cobrados em quase
u c ER
todas as provas, sendo os mais pedidos
pelos examinadores: d IL
E M
e
rt RO
ₒ 1 ano: a pretensão do
p o OR
segurado contra a seguradora, ou
deste contra aquele.S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
ₒ 2 anos: o direito de se exigir
u I
V er L U
0
data que se vencerem.
O .
4
4 ma il
prestações alimentares, a partir da
d R 3 g
ₒ 3 anos: a pretensão de
4
A PE D 0 er@
ressarcimento de enriquecimento
l i
sem causa; a pretensão à reparação
m
p
cobrança de seguro DPVAT;
lc
civil; a pretensão decorrente da
JURISPRUDÊNCIA
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 3 g
PRESCRIÇÃO. FIADOR. SUB-ROGAÇÃO: É trienal o prazo de prescrição para fiador
4
A PE D 0 er@
que pagou integralmente dívida objeto de contrato de locação pleitear o
l i
ressarcimento dos valores despendidos contra os locatários inadimplentes. O termo
m
p lc
inicial deste prazo é a data em que houve o pagamento do débito pelo fiador,
considerando que é a partir daí que ocorre a sub-rogação. STJ. (Info 605).
O termo inicial para que o herdeiro do cônjuge prejudicado anule a fiança firmada
sem a devida vênia conjugal é de dois anos, contados a partir do falecimento do
consorte que não concordou com a referida garantia. (Resp. 1.273.639- SP. 2016).
Prescreve em 10 anos (artigo 205 do CC) a pretensão de cobrar dívida decorrente de
conserto de automóvel por mecânico que não tenha conhecimento técnico e
formação intelectual suficiente para ser qualificado como profissional liberal. (Resp.
1.546.114 - ES. 2015).
A prescrição da pretensão de cobrança de dívida extingue o direito real de hipoteca
estipulado para garanti-la. (Resp. 1.408.861 – RJ. 2015).
É quinquenal o prazo para a propositura da ação indenizatória ajuizada por vítima
de acidente de trânsito contra concessionária de serviço público de transporte
coletivo. (Resp. 1.277.724-PR. 2015).
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Prescreve em 3 anos a pretensão do promitente-comprador de restituição dos
l i
valores pagos a título de comissão de corretagem ou de serviço de assistência
m
p lc
técnico-imobiliária (SATI), ou atividade congênere (art. 206, § 3º, IV, CC). STJ. 2ª
Seção. REsp 1.551.956-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
24/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 589).
É trienal o prazo de prescrição para fiador que pagou integralmente dívida objeto de
contrato de locação pleitear o ressarcimento dos valores despendidos contra os
locatários inadimplentes. O termo inicial deste prazo é a data em que houve o
pagamento do débito pelo fiador, considerando que é a partir daí que ocorre a sub-
rogação, e, via de consequência, inaugura-se ao fiador a possibilidade de demandar
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
Conserto de veículo por mecânico: 10 anos se não tiver conhecimento técnico e
formação intelectual suficiente para ser qualificado como profissional liberal. (Info
O .
d
574, STJ) R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
Seguradora em face de ressegurador baseada em contrato de resseguro: 1 ano. (Info
m
535, STJ)
p lc
Cobrança de anuidades pela OAB: 5 anos. (Info 513, STJ)
a l
SÚMULAS:
io n
a c
Súmula 106 STJ: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na
c ER
citação, por motivos inerentes ao mecanismo de justiça, não justifica o acolhimento
u
da arguição de prescrição ou decadência.
E M d IL
e
rt RO
Súmula 150 STF: Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição.
p o OR
S C 41- m u H 89
Súmula 547-STJ: Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a
título de participação financeira do consumidor no custeio de construção de rede
um IZ .7 .co
elétrica, o prazo prescricional é de vinte anos na vigência do Código Civil de 1916. Na
V O er L
. 0
U4 ma4 il
vigência do Código Civil de 2002, o prazo é de cinco anos se houver previsão
contratual de ressarcimento e de três anos na ausência de cláusula nesse sentido,
d R 4 3 g
A PE D
observada a regra de transição disciplinada em seu art. 2.028.
0 er@
l
mi
Súmula 151-STF: Prescreve em um ano a ação do segurador sub-rogado para haver
lc
indenização por extravio ou perda de carga transportada por navio.
p
Súmula 383, do STF: A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr,
por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de
cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do
prazo.
l
anos, e não o prazo geral do Código Civil de dez anos, aplicando-
a
io n
se, em diálogo das fontes, aquele previsto no Código de Defesa
do Consumidor, por ser mais favorável ao consumidor.
a c
u c ER
b) Segundo o STJ, não há relação de consumo entre o
d IL
condomínio e seus condôminos. Como consequência, é de dez
E M
e
anos o prazo para o exercício da pretensão de cobrança de
rt RO
dívida de condomínio edilício em face do condômino, ante a
p o OR
inexistência de disposição normativa específica, não se
S C 41- m u H 89
aplicando, deste modo, o prazo de cinco anos previsto no Código
de Defesa do Consumidor.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U 4
4 ma il
c) A hipoteca é garantia real sobre bem imóvel sujeita a prazo de
0
até trinta anos, contados da data do contrato. Com efeito, a
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
prescrição da pretensão de cobrança de dívida que lhe deu
origem não extingue a hipoteca, pois ela persiste até o advento
mi
do termo final previsto no instrumento contratual, tendo em
p lc
vista o princípio do pacta sunt servanda.
INCORRETAS:
a l
n
A) No mesmo sentido apresentado na questão correta, é a
io
c
hipótese prevista na letra A. Não há previsão legal acerca do
a
c ER
prazo para a cobrança de período de ilegalidade decorrente de
u
E M d IL
ligação irregular de energia elétrica; sendo, portanto, 10 anos,
conforme artigo 205. De acordo com o STJ, essa cobrança não
e
rt RO
tem natureza tributária, por isso não se submete à regra da
o OR
cobrança feita pela Fazenda Pública.
p
S C 41- m u H 89
B) De fato, o STJ entende que não há relação de consumo entre
m Z .7 .co
condômino e condomínio. Porém, o erro da questão está no
u I
V er L U 4
0
il
prazo prescricional, já que o tribunal entende ser de 5 anos, pois
4 ma
caracteriza dívida líquida, enquadrando-se na hipótese do artigo
O .
d R 3 g
206, I, do CC.
4
A PE D 0 er@
l i
C) A questão está errada, pois os tribunais superiores entendem
m
p lc
que a prescrição da pretensão de cobrança da dívida extingue o
direito real de hipoteca estipulado para garanti-la. Ora, se não
há mais a pretensão para se cobrar a dívida, não tem objetivo
jurídico a manutenção da garantia real que assegura o
pagamento do crédito.
a)
l
ERRADA. Art. 196/CC. A prescrição iniciada contra uma
pessoa continua a correr contra o seu sucessor. a
b)
io n
CORRETA. Art. 191/CC. A renúncia da prescrição pode ser
a c
expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de
c ER
terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a
u
E M
incompatíveis com a prescrição.
d IL
renúncia quando se presume de fatos do interessado,
c) e
rt RO
ERRADA. Art. 203/CC. A prescrição pode ser interrompida
p o OR
por qualquer interessado.
d) u H 89
ERRADA. Art. 197/CC. Não corre a prescrição: I - entre os
S C 41- m
cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
um
e) IZ .7 .co
ERRADA. Art. 202/CC. A interrupção da prescrição, que
V er L
O
U
.
4
0
il
somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do
4 ma
juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o
d R 4 3 g
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: DPE-RO Prova: VUNESP
2017 - DPE-RO - Defensor Público Substituto
-
E M d IL
GABARITO: C. e
rt RO
p o OR
u H 89
Art. 206. Prescreve:
S C 41- m
um IZ .7 .co
§ 1o Em um ano:
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste
d R 4 3 g
A PE D contra aquele, contado o prazo: ( ...)
0 er@
l i
§ 3o Em três anos:
m
p lc
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do
terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil
obrigatório.
Ramo do Direito Civil que trata do vínculo entre credor e devedor, cujo conteúdo é
uma prestação patrimonial, relacionada à ação ou omissão da parte que se vinculou
com a outra, de modo que o descumprimento faz surgir a pretensão de exigir a
obrigação.
a l
7.1. Modalidades de obrigações
io n
a c
c ER
Os contratantes poderão firmar vínculo para exigir obrigações de: dar (coisa
u
d IL
certa ou incerta), fazer, não fazer e obrigações alternativas.
E M
e
rt RO
Nas obrigações de dar coisa certa, que pode ser a transferência de
o OR
propriedade, de posse ou a restituição de uma coisa, o objeto é individualizado, sendo
p
S C 41- m u H 89
caracterizado pelo seu gênero, qualidade e quantidade. Nestes casos, o acessório
segue o principal (ATENÇÃO!), salvo disposição contratual em contrário.
um IZ .7 .co
er L U il
Por ser prestação específica, de conteúdo certo, o credor não se obriga a
4
4 ma
aceitar prestação diversa da que lhe é devida (Princípio da identidade física da
d V R O 3 . 0 g
prestação), ainda que de maior valor, sendo sua faculdade decidir se a aceita ou não.
4
A PE D 0 er@
l
O cumprimento da obrigação de dar coisa certa, por se tratar de direito
mi
pessoal, se consuma com a tradição do bem. Diante disso, no caso de haver perda ou
p lc
deterioração da coisa antes da tradição, são possíveis duas soluções:
OBRIGAÇÃO DE DAR
SEM CULPA COM CULPA
RESOLVE A
PERDA VALOR EQUIVALENTE
OBRIGAÇÃO PARA AS
+
PARTES
PERDAS E DANOS
a l
io n
RESOLVE A c
VALOR EQUIVALENTE
a
OBRIGAÇÃO
u c ER +
DETERIORAÇÃO OU
E M
ACEITA A COISA COM d IL PERDAS E DANOS
e
rt RO
ABATIMENTO DO (Em qualquer dos
p o OR
PREÇO casos)
S C 41- m u H 89
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR
SEM CULPA COM CULPA
um IZ .7 .co
er L U il RESOLVE A
PERDA
4 ma4 OBRIGAÇÃO PARA AS
VALOR EQUIVALENTE
d V R O
4 3 . 0 g PARTES
+
PERDAS E DANOS
A PE D 0 er@
mil VALOR EQUIVALENTE
No que tange às relações de dar coisa incerta, esta será indicada pelo seu
gênero e pela quantidade. A escolha, regra geral, pertence ao devedor, se outra forma
não foi estipulada pelo contrato. Neste caso, vigora a teoria da concentração, pois, na
escolha, deverá ser observada a coisa média, ou seja, não deverá ser escolhida a
melhor e nem a de pior qualidade.
14
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, volume único. São Paulo: Método, 9ª ed, 2019.
SOLIDARIEDADE INDIVISIBILIDADE
S C 41- m u H 89
Se um dos credores solidários falecer Havendo pluralidade de credores, cada um
um
deixando herdeiros, cada um destes só
IZ .7 .co destes poderá exigir a dívida toda, se
er L U
terá direito de exigir a quota do responsabilizado quanto ao ressarcimento
4
4 ma
quinhão correspondente ao seu il dos outros.
d V R O 3 . 0 g
quinhão hereditário, salvo se a
4
A PE D 0 er@
obrigação for indivisível.
l
mi
p lc
As exceções pessoais de um credor, não Se um dos credores extinguir a dívida, aos
podem ser opostas aos outros. outros remanesce o direito, mas deverá
ser abatida a quota do credor que
desobrigou o devedor.
a l
io n
7.2. Da transmissão das obrigações
a c
u c ER
E M d IL
Cessão de crédito (artigo 286 a 298): o credor poderá ceder seu crédito a outro, se
isso não opuser à natureza da obrigação, à lei ou à convenção com o devedor. Por se
e
rt RO
tratar de transferência de crédito, não se sujeita à anuência do devedor para se
p o OR
consumar, mas este deverá ser comunicado, sob pena de adimplemento, pelo
particular. S C 41- m u H 89
pagamento putativo. O devedor poderá ser comunicado por escrito, público ou
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
Havendo diversas cessões de créditos, prevalecerá a que se consumar com a
entrega do título do crédito cedido.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
O cedente será responsável pela existência e legalidade do crédito, mas não
l
mi
será responsável pela solvência do devedor (cessão pro soluto), salvo estipulação em
p lc
contrário (cessão pro solvendo). Caso decidam pela responsabilidade do cedente, na
hipótese de insolvência do devedor, a responsabilidade será auferida apenas pelo
quantum recebido no momento da cessão, acrescidos das despesas que o cessionário
houver feito com a cobrança.
Assunção de dívida (Artigos 299 a 303): a lei autoriza que terceiro assuma a obrigação
do devedor, desde que haja consentimento expresso do credor. Neste caso, o devedor
primitivo será extinto da obrigação, salvo se era insolvente à época da assunção e o
credor ignorava.
Enunciado 352 das Jornadas de Direito Civil: "352 – Art. 300: Salvo expressa
concordância dos terceiros, as garantias por eles prestadas se extinguem com a
assunção da dívida; já as garantias prestadas pelo devedor primitivo somente serão
mantidas se este concordar com a assunção."
um IZ .7 .co
desproporção manifesta entre o valor da prestação e do momento de sua execução,
V O er L
. 0
valor real da prestação.
U4 ma4 il
poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, assegurando, na medida do possível, o
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
ATENÇÃO! A teoria da imprevisão prevista no Código Civil difere-se da autorização
l
mi
prevista no Código de Defesa do Consumidor sobre a revisão das cláusulas
p lc
contratuais. O CDC, pois, adotou a teoria da base objetiva do negócio jurídico. Assim,
não exige que o fato seja imprevisível para que haja a modificação do contrato.
O pagamento será feito no domicílio do devedor, salvo se outro local foi estabelecido
pelas partes ou se o contrário resultar da lei ou da natureza da obrigação.
Neste caso, configuram-se dois institutos que são muito cobrados em prova:
surrectio amplia o negócio jurídico diante da expectativa criada na parte diante do
sentimento de direito expressamente não acordado. Assim, trata-se do surgimento
de um direito que não foi previamente acordado pelas partes. O instituto contrário é
a supressio, que consiste na perda de um direito pelo decurso do prazo.
a c
Quando os juros não forem estipulados pelas partes, serão estipulados segundo as
c ER
taxas estabelecidas para os pagamentos em mora de impostos devidos à Fazenda
u
Pública (1% ao mês, nos termos do artigo 161 do CTN).
E M d IL
e
rt RO
O devedor será considerado em mora quando não efetuar o pagamento. Por
p o OR
outro lado, se o credor se recusar a recebê-lo no tempo e forma estabelecidos no
S C 41- m u H 89
contrato, constituir-se-á este em mora. Se depois de constituída a mora, a prestação se
tornar inútil ao credor, este poderá exigir a satisfação por perdas e danos.
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
Os juros de mora são contados desde a citação inicial, devendo observar,
quanto às obrigações extracontratuais, a súmula 54 do STJ, que dispõe que “Os juros
d R 4 3 g
moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade
A PE D 0 er@
extracontratual. ”
l
m i
O devedor purgarálc
a mora quando oferecer a importância cumulada com os
prejuízos causados. Porpoutro lado, será purgada pelo credor quando se oferecer a
receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a data.
As perdas e danos serão apuradas pelo valor que compreendem além o que já
era de direito da parte, os que efetivamente deixou de ganhar.
Jurisprudência:
Tem direito a ser indenizada, com base na teoria da perda de uma chance, a
criança que, em razão da ausência do preposto da empresa contratada por seus pais
para coletar o material no momento do parto, não teve recolhidas as células-tronco
a l
embrionárias. 16
io n
a c
c ER
O simples fato de o advogado ter perdido o prazo para a contestação ou a
u
E M d IL
interposição de um recurso não enseja a aplicação da teoria da perda de uma chance.
É absolutamente necessária a ponderação acerca da probabilidade – que se supõe
e
rt RO
legal – que a parte teria de se sagrar vitoriosa. 17
p o OR
S C 41- m u H 89
Cláusula penal: obrigação acessória que as partes poderão estipular pena ou multa
destinada a evitar o inadimplemento da obrigação principal ou o retardamento do seu
um
cumprimento. Há duas funções, portanto, para a cláusula penal: intimidação ou
IZ .7 .co
er L U il
ressarcimento.
4 ma4
d V R O 3 . 0 g
Cláusula penal moratória: é estipulada para sancionar o devedor quando houver mora
4
A PE D 0 er@
no cumprimento da obrigação. Neste caso, o credor poderá exigir o cumprimento da
l i
obrigação e o adimplemento da obrigação e ainda, de acordo com o STJ, poderá
m
lc
requerer indenização correspondente às perdas e danos decorrentes da mora.
p
Cláusula penal compensatória: as partes acordam que, no caso de inadimplemento
total da obrigação, a parte devedora será responsabilizada pelo pagamento da cláusula
penal compensatória, que tem o intuito exatamente de compensar o inadimplemento
ou substituir o adimplemento quando descumprida parcialmente a obrigação.
Neste caso, a cláusula não poderá ser exigida com a cumulação de indenização
suplementar decorrente da mora, pois esta já é a sua natureza, sendo enriquecimento
ilícito a “dupla cobrança”.
15
http://www.dizerodireito.com.br/2013/07/teoria-da-perda-de-uma-chance.html
16
Resp. 1.291.247-RJ. 2014
17
Resp. 1.190.180 - RS
A cláusula penal também pode ser chamada de multa convencional, multa contratual
ou pena convencional.
NATUREZA JURÍDICA
Trata-se de uma obrigação acessória, referente a uma obrigação principal. Pode estar
inserida dentro do contrato (como uma cláusula) ou prevista em instrumento
separado.
V O . 0 4 ma
d R 3 g
Multa moratória = obrigação principal + multa.
4
A PE D 0 er@
Multa compensatória = obrigação principal ou multa.
l
mi
p lc
Em um contrato no qual foi estipulada uma cláusula penal MORATÓRIA, caso haja o
inadimplemento, é possível que o credor exija o valor desta cláusula penal e mais as
perdas e danos?
SIM. A cláusula penal moratória não é estipulada para compensar o inadimplemento
nem para substituir o adimplemento.
Assim, a cominação contratual de uma multa para o caso de mora não interfere na
responsabilidade civil correlata que já deflui naturalmente do próprio sistema. Logo,
não há óbice a que se exija a cláusula penal moratória juntamente ao valor referente
aos danos emergentes e lucros cessantes (perdas e danos).
NÃO. Não se pode cumular multa compensatória prevista em cláusula penal com
indenização por perdas e danos decorrentes do inadimplemento da obrigação.
a l
Enquanto a cláusula penal moratória manifesta, com mais evidência, a característica
n
de reforço do vínculo obrigacional, a cláusula penal compensatória prevê indenização
io
c
que serve não apenas como punição pelo inadimplemento, mas também como
a
prefixação de perdas e danos.
u c ER
E M d IL
A finalidade da cláusula penal compensatória é recompor a parte pelos prejuízos que
e
rt RO
eventualmente decorram do inadimplemento total ou parcial da obrigação. Não é
o OR
possível, pois, cumular cláusula penal compensatória com perdas e danos decorrentes
p
de inadimplemento contratual.
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Com efeito, se as próprias partes já acordaram previamente o valor que entendem
u I
er L U 4 il
suficiente para recompor os prejuízos experimentados em caso de inadimplemento,
V 0 4 ma
não se pode admitir que, além desse valor, ainda seja acrescido outro, com
O .
d R 3 g
fundamento na mesma justificativa – a recomposição de prejuízos.
4
A PE D 0 er@
l
Assim, importante lembrar:
mi
p
MORATÓRIA lc COMPENSATÓRIA
(compulsória) (compensar o inadimplemento)
Estipulada para desestimular o devedor a
incorrer em mora ou para evitar que Estipulada para servir como indenização
deixe de cumprir determinada cláusula no caso de total inadimplemento da
especial da obrigação principal. É a obrigação principal (adimplemento
cominação contratual de uma multa para absoluto).
o caso de mora. (multa contratual)
Funciona como punição pelo
retardamento no cumprimento da Funciona como uma prefixação das
obrigação ou pelo inadimplemento de perdas e danos.
determinada cláusula.
Ex1: em uma promessa de compra e Ex: em um contrato para que um cantor
venda de um apartamento, é estipulada faça um show no réveillon, é estipulada
um IZ .7 .co
V er L U
0
4
4 ma il
Na eventualidade de o contrato ser descumprido por quem recebeu as arras, a
parte inadimplente deverá restituí-la, em dobro, a quem as pagou.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
STJ: Se a proporção entre a quantia paga inicialmente e o preço total ajustado
l i
evidenciar que o pagamento inicial englobava mais do que o sinal, não se pode
m
p lc
declarar a perda integral daquela quantia inicial como se arras confirmatórias fosse,
sendo legítima a redução equitativa do valor a ser retido. 19
JURISPRUDÊNCIA
ARRAS: Cálculo das arras confirmatórias e desproporção entre a quantia paga
inicialmente e o preço ajustado: se a proporção entre a quantia paga inicialmente e
o preço total ajustado evidenciar que o pagamento inicial englobava mais do que o
sinal, não se pode declarar a perda integral daquela quantia inicial como se arras
confirmatórias fosse, sendo legítima a redução equitativa do valor a ser retido. STJ.
(Info 577).
OBRIGAÇÕES: Pedido para analisar se existe mesmo o débito não pode ser
a l
considerado ato que interrompe a prescrição (art. 202, VI, do CC) O pedido de
n
concessão de prazo para analisar documentos com o fim de verificar a existência de
io
c
débito não tem o condão de interromper a prescrição. STJ. 3ª Turma. REsp
a
c ER
1.677.895-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 06/02/2018 (Info 619).
u
E M d IL
Constatado o caráter manifestamente excessivo da cláusula penal contratada, o
e
rt RO
magistrado deverá, independentemente de requerimento do devedor, proceder à
o OR
sua redução. Fundamento: CC/Art. 413. A penalidade deve ser reduzida
p
S C 41- m u H 89
equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou
se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a
m Z .7 .co
natureza e a finalidade do negócio. STJ. 4ª Turma. REsp 1.447.247-SP, Rel. Min. Luis
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Felipe Salomão, julgado em 19/04/2018 (Info 627).
d R 3 g
O pedido de concessão de prazo para analisar documentos com o fim de verificar a
4
A PE D 0 er@
existência de débito não tem o condão de interromper a prescrição. STJ. 3ª
l i
Turma.REsp 1677895-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 06/02/2018 (Info
m
619).
JUROS. p lc
A mera notícia de decisão judicial determinando a indisponibilidade forçada dos
bens do réu,no cerne de outro processo, com objeto e partes distintas, não possui o
condão de interromper a incidência dos juros moratórios. STJ. 3ª Turma. REsp
1.740.260-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 26/06/2018 (Info 629).
SÚMULAS
SV 7: A norma do parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda
Constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tenha sua
aplicabilidade condicionada à edição de Lei Complementar.
Súmula 541, STJ: A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da efetiva anual
contratada.
a
Súmula 472, STJ: a cobrança de comissão de permanência – cujo valor não podel
n
ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato
io
c
– exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.
a
u c ER
do bem alienado fiduciariamente.
E M d IL
Súmula 72, STJ: a comprovação da mora é imprescindível para a busca e apreensão
e
rt RO
o OR
Súmula 380, STJ: a simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a
p
caracterização da mora do autor.
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Súmula 54, do STJ: Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
responsabilidade extracontratual.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
ATENÇÃO CANDIDATO À TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUSBSTANCIAL,
IMPORTANTÍSSIMA PARA DEFENSORIA PÚBLICA!
Enunciado 361 da IV Jornada de Direito Civil: Arts. 421, 422 e 475. O adimplemento
substancial decorre dos princípios gerais contratuais, de modo a fazer preponderar a
função social do contrato e o princípio da boa-fé objetiva, balizando a aplicação do art.
475.
a l
fiduciária em garantia regidos pelo Decreto-Lei 911/69. STJ. 2ª Seção. REsp 1.622.555-
n
MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
io
22/2/2017 (Info 599).
a c
u c ER
Veja como já foi cobrado!
E M d IL
e
rt RO
FCC – 2012 – DPE/PE: A caracterização do adimplemento substancial das obrigações
o OR
produz os seguintes efeitos, EXCETO: liberar o devedor da obrigação.
p
S C 41- m u H 89
COMENTÁRIO: a teoria do adimplemento substancial não libera o devedor da
m IZ .7 .co
obrigação, apenas garante que não haja a extinção do contrato por inadimplemento
u
do devedor.
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
Então, são efeitos do adimplemento substancial:
A PE D 0 er@
l i
a) inaugurar ou ratificar a possibilidade de o credor perseguir o ressarcimento pelas
m
perdas e danos.
p lc
b) obstar a resolução unilateral do contrato.
c) impedir que o credor argua a exceção do contrato não cumprido.
e) descaracterizar a impossibilidade absoluta de cumprimento da obrigação.
a l
GABARITO COMENTADO:
io n
c
CORRETA: Letra A. A cessão de crédito diz respeito à
a
c ER
possibilidade de o credor ceder à outra pessoa o direito ao
u
E M d IL
recebimento da dívida. No caso, não há nenhum prejuízo ao
devedor, desde que previamente comunicado, o que dispensa,
e
rt RO
portanto, seu consentimento, conforme artigo 286 do CC.
p o OR
INCORRETAS:
S C 41- mu H 89
B) O fiador só é responsável por aquilo que concordou, salvo se
m IZ .7 .co
no contrato houver previsão em sentido contrário. Assim, se
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
houver assunção de dívida não autorizada pelo fiador, este não
se obriga a pagar, conforme dispõe o Enunciado 352 da CJF.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
C) A cessão de crédito não constitui novação, pois não se trata
l i
de novo negócio jurídico que extingue o antigo. Trata-se de
m
lc
transmissão do negócio jurídico e não extinção deste.
p
D) Pelo princípio da gravitação jurídica, a cessão do crédito
importa na cessão dos acessórios, salvo estipulação contrária
(art. 187,CC). Logo, na condição de acessórios, as garantias
reais ou fidejussórias são mantidas com a cessão do crédito.
a l
io n
c) correta quanto à possibilidade de o credor escolher
a c
qualquer um dos devedores para exigir o débito, mas o fato
c ER
implicará renúncia em relação aos demais devedores.
u
E M d IL
d) incorreta, porque inexiste solidariedade senão em
e
decorrência de lei e, no caso, a responsabilização solidária deu-
rt RO
onerosos. p o OR
se pela via convencional, o que é vedado em contratos
S C 41- m u H 89
e) incorreta, pois a escolha do devedor é possível, mas só
um IZ .7 .co
poderá ser exigido de Olavo um terço do débito, cobrando-se o
V er L
O
U
.
4
0
autônomas.
il
remanescente de Renato e Roberto por meio de ações
4 ma
d R 4 3 g
GABARITO: A. Letra da lei.
A PE D 0 er@
l
m i
pa)lcCERTA. Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber
de um ou de alguns dos devedores, parcial ou
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido
parcial, todos os demais devedores continuam
obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único.
Não importará renúncia da solidariedade a propositura
de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
b) ERRADA. Completamente errada desde o começo. Não
há esta exigência de cobrança do débito dos três de
uma vez.
c) ERRADA. A explicação da resposta correta serve aqui
também.
d) ERRADA. Art. 265. A solidariedade não se presume;
resulta da lei ou da vontade das partes.
e) ERRADA. Art. 265. A solidariedade não se presume;
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
MA - Defensor Público
u c ER
B) válidos, e o credor não poderá exigir que o pagamento passe
E M d IL
a ser realizado da forma constante do instrumento da avença,
e
rt RO
uma vez que se presume que o credor renunciou ao previsto no
contrato.
p o OR
C) inválidos, porque realizado de forma diversa daquela
S C 41- m u H 89
constante do instrumento da avença, mas o credor não poderá
um
exigir que o pagamento passe a ser realizado da forma
IZ .7 .co
er L U
constante do instrumento da avença, uma vez que se presume
4 il
4 ma
que o credor renunciou ao previsto no contrato.
d V R O 3 . 0 g
D) válidos, mas o credor poderá exigir que o pagamento passe a
4
A PE D 0 er@
ser realizado da forma constante do instrumento da avença,
l i
uma vez que não há fundamento para se presumir a renúncia
m
p lc
ao previsto no contrato nessas circunstâncias.
E) válidos, e o credor não poderá exigir que o pagamento passe
a ser realizado da forma constante do instrumento da avença,
uma vez que, apesar de não existir fundamento para a
renúncia, é caso de duty to mitigate the loss.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
MA - Defensor Público
io n
contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
c
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em
a
c ER
garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
u
E M d IL
Havendo a referida previsão em contrário, autorizada pela
e
rt RO
própria lei, haverá novação parcial.
p o OR
S C 41- m u H 89
c) ERRADO: Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso
ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma
m IZ .7 .co
simplesmente a primeira.
u
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
d) ERRADO: Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente
d R 4 3 g
anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas
A PE D 0 er@
ou extintas.
l
mi
p lc
e) ERRADO: Art. 364. A novação extingue os acessórios e
garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em
contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em
garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público - Reaplicação
a l
Está correto o que se afirma APENAS em:
io n
GABARITO: D (I, III, V).
a c
u c ER
E M d IL
I - Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do
título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o
e
rt RO
pagamento, declaração do credor que inutilize o título
desaparecido.
p o OR
S C 41- m u H 89
II - Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os
um IZ .7 .co
direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
d R 4 3 g
III - Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-
A PE D 0 er@
l
se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo
i
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por
m
p lc
conta do capital. Súmula 464, STJ - A regra de imputação de
pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se
aplica às hipóteses de compensação tributária
8. CONTRATOS
Boa-fé objetiva: é padrão de conduta esperado nas relações jurídicas que, agindo as
partes com ética e probidade, prezando pela confiança que é depositada pelo outro
quando da celebração do ato. Não se confunde com a boa-fé subjetiva, que se
relaciona com as crenças internas do sujeito e é irrelevante nas relações contratuais,
a l
pois, se respeitada a boa-fé objetiva, não há que se interferir na crença subjetiva da
parte.
io n
a c
Funções:
u c ER
E M d IL
a) Interpretativa: Os contratos devem ser interpretados de maneira mais
e
rt RO
favorável a quem está de boa-fé. Presume-se que o consumidor e o aderente estão de
o OR
boa-fé. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os
p
usos do lugar de sua celebração.
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
b) De controle ou reativa: aquele que viola a boa-fé objetiva no exercício de
u I
er L U 4 il
um direito comete abuso de direito, ou seja, um ilícito. Art. 187. Também comete ato
V 0 4 ma
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
O .
d R 3 g
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
4
A PE D 0 er@
l i
c) Integradora: a boa-fé objetiva deve integrar todas as fases contratuais –
m
p lc
pré-contratual, contratual e pós. . Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar,
assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e
boa-fé.
Enunciado 25 – Art. 422: o art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo
julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós -contratual.
Enunciado 170 – Art. 422: A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de
negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência
decorrer da natureza do contrato.
1) Venire Contra Factum Proprium: dispõe sobre a vedação de a parte agir com
comportamento contraditório ao previamente combinado.
Requisitos:
1) comportamento anterior;
2) comportamento posterior;
a l
4) Duty to mitigaty the loss: conforme mencionado, a boa-fé deve ser observada
n
por todas as partes do contrato, mesmo pelo credor que se depara com uma
io
c
obrigação inadimplente. Neste caso, é necessário que o credor atue, levando-se
a
u c ER
em conta as circunstâncias, para tomar medidas que diminuam as perdas
decorrentes do inadimplemento. Assim, se tiver ciência do descumprimento de
E M d IL
um contrato e mesmo assim não tomar as medidas cabíveis, com o intuito de
e
rt RO
receber mais juros decorrentes da omissão, por exemplo, está agindo contra a
o OR
boa-fé essencial nas relações jurídicas.
p
S C 41- m u H 89
Desta forma, a autonomia privada não pode ignorar o princípio da
m Z .7 .co
solidariedade social, a eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Daí, temos o
u I
er L U 4 il
princípio da função social do contrato, do equilíbrio econômico, pois o contrato deve
V 0 4 ma
ser visto como uma ordem de cooperação.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
A violação dos deveres anexos, colaterais decorrentes da violação da boa-fé
l i
objetiva, como o dever de sigilo, assistência, ou de informação, chama-se de violação
m
positiva do contrato.
p lc
S C 41- m u H 89
em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis,
um
poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da
IZ .7 .co
er L
sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
U 4 il
4 ma
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
MA - Defensor Público
p lc
O vício redibitório e o erro substancial
GABARITO: C.
a l
pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem
n
imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
io
a c
u c ER
Não há necessidade de culpa do alienante, basta, para que se
verifique a garantia, que ocorra o vício na coisa (art. 443 do CC).
E M d IL
Como consequência, o adquirente terá o direito de rejeitar a
e
rt RO
coisa e exigir a devolução dela e do valor pago ou pedir
o OR
abatimento no preço. Contudo, se o alienante agiu de má-fé o
p
u H 89
adquirente também fará jus perdas e danos.
S C 41- m
um
Erro substancial: O erro essencial ou substancial é aquele que
IZ .7 .co
er L U il
incide sobre a causa do negócio que se prática, sem o qual este
4 4 ma
d V R 3 0
não teria se realizado. Um exemplo: uma pessoa compra um
O . g
brinco achando que é de prata, mas na verdade é de bijuteria.
4
A PE D 0 er@
l i
Art. 139. O erro é substancial quando:
m
I -p lc à natureza do negócio, ao objeto principal da
interessa
declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
a l
n
A) Joaquim deverá alegar prejuízo para exigir de Norberto a
io
c
devolução do sinal, mesmo existindo previsão contratual.
a
u c ER
B) Já que Norberto recebeu os R$ 150.000 adiantados e teve a
E M d IL
oportunidade de aplicá-los no mercado de capitais, Joaquim
e
rt RO
deverá ser restituído do valor dado de sinal acrescido de
o OR
correção com base no rendimento da caderneta de poupança.
p
S C 41- m u H 89
C) Mesmo que comprove perdas e danos pelo negócio não
um
concluído, Norberto não poderá exigir indenização suplementar.
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
D) Joaquim perderá os R$ 150.000 para Norberto e não há, por
O . 0
d R 3 g
parte do juiz da causa, a possibilidade de se reduzir o montante
4
A PE D 0 er@
perdido.
l
mi
E) Conforme o STJ, é possível reduzir a perda de Joaquim, já
p lc
que, nesse caso, a diferença entre o valor inicial pago e o total
do negócio pode gerar enriquecimento sem causa para
Norberto.
GABARITO: E.
um IZ .7 .co
seu valor ou tornem a coisa imprópria ao uso a que se destina.
V O .er L
0
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4 ma 4 il
- O contrato deve ser oneroso, comutativo, doação
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Vício redibitório
l
remuneratória ou doação contemplativa de casamento;
i
- O vício existe desde a entrega da coisa, mas é descoberto
m
lc
depois da tradição;
p
São 3 os tipos de ação edilícias: ação redibitória, para rejeição
da coisa; ação estimatória (quanti minoris), para abatimento
do preço; e ação ex empto, para complementação de área.
A disciplina dos contratos em espécie é bastante ampla, mas alguns que são
cobrados com maior frequência nas provas de Defensoria Pública. Diante disso, abaixo
serão apresentadas as informações relativas a estes contratos principais, com foco na
nossa carreira.
E M d IL
e
rt RO
A fixação do preço poderá ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os
o OR
contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a
p
S C 41- m
em designar outra pessoa. u H 89
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes
um IZ .7 .co
er L U il
É nulo o contrato de compra e venda quando se deixar o arbítrio do preço a
4
4 ma
d V
apenas uma das partes.
R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Não sendo a venda a crédito, não é obrigado o credor a entregar a coisa antes
l
de receber o preço.
mi
p lc
ATENÇÃO! Não pode o condômino em coisa indivisível vender a sua parte a
estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se
der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte
vendida a estranho, se o requerer no prazo de 180 dias, sob pena de decadência.
4) Venda a contento e venda sujeita a prova: Art. 509. A venda feita a contento
do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa
lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.
a l
io n
Venda a contento X Venda sujeita a prova: na venda a contento a coisa ainda
c
não é conhecida, na venda sujeita à prova a coisa já é conhecida. Os efeitos são
a
c ER
os mesmos (arts. 509, 510 e 511, CC). Antes da aprovação, o comprador
u
posse.
E M d IL
equivale ao comodatário. A ação cabível para reaver o bem é Reintegração de
e
rt RO
o OR
ATENÇÃO! TEMA MUITO RECORRENTE: Venda feita a ascendentes: é essencial a
p
S C 41- m u H 89
autorização dos demais descendentes e do cônjuge do vendedor, sob pena de
anulação, que poderá ser pleiteada no prazo de dois anos, a contar da data do ato.
um IZ .7 .co
V O er L
.
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0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Informações adicionais sobre compra e venda:
- mi
Compra e venda entre cônjuges (art. 499, CC): é lícita, de que referente a
p
bens excluídos da comunhão. lc
- Alienação de bens imóveis por pessoas casadas (arts. 1647 e 1649, CC):
necessário o consentimento do cônjuge, exceto se o regime for o de separação
absoluta de bens20.
20
Separação absoluta é a separação convencional, e não a obrigatória.
21
A doação, ao invés de solene, pode ser real, quando o bem for móvel e de pequeno valor.
Neste caso, basta a entrega da coisa.
O ato será feito por meio de escrito público ou particular, mas será permitida a
doação verbal, quando a coisa a ser doada se tratar de bem móvel de pequeno valor.
A doação feita a descendente importa adiantamento de herança, devendo
este, no curso do inventário, colacionar o bem dado em doação, sob pena de
caracterizar sonegação (artigo 2.002 do CC/02).
a l
n
Nestes casos, será nula a parte da doação que ultrapasse a metade dos bens do
io
c
de cujos, sendo possível o ajuizamento de ação de redução, no prazo de 10 anos.
a
u c ER
Importante frisar que, de acordo com o STJ, a análise sobre o excesso da doação é
apurada levando-se em conta o patrimônio do doador ao tempo da doação, e não na
data da abertura da sucessão. 22
E M d IL
e
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p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
Enunciado 119, jornada de direito civil:
V O . 0
d R 4 3
119 – Art. 2.004: para evitar o enriquecimento sem causa, a colação será efetuada
g
A PE D 0 er@
com base no valor da época da doação, nos termos do caput do art. 2.004,
l
exclusivamente na hipótese em que o bem doado não mais pertença ao patrimônio
mi
do donatário. Se, ao contrário, o bem ainda integrar seu patrimônio, a colação se
p lc
fará com base no valor do bem na época da abertura da sucessão, nos termos do
art. 1.014 do CPC, de modo a preservar a quantia que efetivamente integrará a
legítima quando esta se constituiu, ou seja, na data do óbito (resultado da
interpretação sistemática do art. 2.004 e seus parágrafos, juntamente com os arts.
1.832 e 884 do Código Civil).
22
STJ. AR 3.493 - PE
p o OR
transporte desinteressado, ou seja, oferecido como mera cortesia. Neste caso,
S C 41- m u H 89
se não houver cobrança de nenhum valor decorrente do transporte, a
responsabilidade pelos danos causados ao passageiro dependerá da
um IZ .7 .co
demonstração de culpa grave do motorista, nos termos da súmula 145 do STJ.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
A fiança prestada sem a anuência de um dos cônjuges implica a ineficácia total
d R 4 3 g
da garantia, conforme Súmula 332 do STJ. (CAI MUITO!)
A PE D 0 er@
l
mi
Se houver transação ou moratória entre credor e devedor, sem a anuência do
p lc
fiador, este não responde pelas obrigações resultantes do pacto adicional (o
fiador ficará desobrigado). 24
23
Enunciado 33 - Art. 557: o novo Código Civil estabeleceu um novo sistema para a revogação
da doação por ingratidão, pois o rol legal previsto no art. 557 deixou de ser taxativo, admitindo,
excepcionalmente, outras hipóteses. (Trata-se da tipicidade finalística)
24
Resp. 1.1013.436 - RS
25
REsp. 1.374.836 - MG
As ações de despejo não se suspendem com o recesso forense (artigo 58, I Lei
8.245/91), desde que este seja o único pedido. Assim, nas ações de despejo
cumuladas com a cobrança de aluguéis não se aplica a regra, ficando suspensos
os prazos processuais durante o recesso forense. 26
Súmula 268 STJ: fiador que não integrou a relação processual na ação de
despejo não responde pela execução do julgado.
Nos contratos de segura de vida, ocorrido o suicídio nos dois primeiros anos
contados da assinatura do contrato, os beneficiados não terão direito à
indenização, mas poderão reaver de volta a reserva decorrente dos valores já
a l
pagos. Porém, se passados dois anos, mesmo que a morte ocorra por suicídio
io
os beneficiados terão direito a indenização. (MUITO IMPORTANTE) n
a c
c ER
A seguradora que não exige exame médico prévio à contratação não pode
u
E M d IL
descumprir da obrigação de indenizatória sob a alegação de que houve omissão
de informações pelo segurado quanto á doença preexistente, salvo se ficar
e
rt RO
provado que o contratante agiu de má-fé. 27
p o OR
u H 89
Súmula 465 STJ: ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a
S C 41- m
seguradora não se exime do dever de indenizar em razão da transferência do
m IZ .7 .co
veículo sem a sua prévia comunicação.
u
V O er L.
U
0
4
4 ma il
No caso de contrato de seguro de automóvel, havendo perda total, a
d R 4 3 g
seguradora deverá indenizar o segurado com base na tabela vigente na data
A PE D 0 er@
do sinistro, e não da data do efetivo pagamento (liquidação do sinistro). 28
l
mi
lc
É abusiva a cláusula de contrato de seguro de automóvel que, na ocorrência da
p
perda total do veículo, estabelece a data do efetivo pagamento (liquidação do
sinistro) como parâmetro do cálculo da indenização securitária a ser paga
conforme o valor médio de mercado do bem, em vez da data do sinistro. 29
Regra geral, o segurado, para fazer jus ao pagamento dos valores da apólice do
seguro, deve comunicar o sinistro com o veículo imediatamente à seguradora.
Ocorre que, se a comunicação não foi feita de forma imediata, por
impossibilidade devidamente comprovada, não poderá a seguradora se eximir
de sua obrigação de pagar, sob o argumento da demora. 30
26
Resp, 1.414.092 - PR
27
AgRg no REsp 1.286.741 - SP
28
REsp. 1.546.163 - GO
29
REsp. 1.546.163 - GO
30
REsp. 1.404.908 - MG
ATUALIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA
e
rt RO
o OR
CONTRATOS EM ESPÉCIE: O fato de o beneficiário de seguro de vida ter sido
p
S C 41- m u H 89
reformado pelo Exército em razão de incapacidade total para sua atividade habitual
(serviço militar) não implica, por si só, o direito à percepção de indenização
m Z .7 .co
securitária em seu grau máximo quando a apólice de seguro estipula que esse grau
u I
V er L
laboral. STJ. (Info 582).
O .
U
0
4
4 ma il
máximo é devido no caso de invalidez total permanente para qualquer atividade
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA: Em alienação fiduciária de bem imóvel (Lei nº 9.514/1997),
l i
é nula a intimação do devedor para oportunizar a purgação de mora realizada por
m
p lc
meio de carta com aviso de recebimento quando esta for recebida por pessoa
desconhecida e alheia à relação jurídica. STJ. (Info 580)
LOCAÇÃO: É válida a chamada cláusula de “aluguel dúplice” (ou “13º aluguel”) nos
contratos de locação de espaço em shopping center. Fundamento: princípio da
autonomia privada. STJ. (Info 582).
31
REsp. 1.317.731 - SP
32
REsp. 1.175.848 - PR
a l
n
FIANÇA: A fiança limitada decorre da lei e do contrato, de modo que o fiador não
io
c
pode ser compelido a pagar valor superior ao que foi avençado, devendo responder
a
c ER
tão somente até o limite da garantia por ele assumida, o que afasta sua
u
E M d IL
responsabilização em relação aos acessórios da dívida principal e aos honorários
advocatícios, que deverão ser cobrados apenas do devedor afiançado. Por se tratar
e
rt RO
de contrato benéfico, as disposições relativas à fiança devem ser interpretadas de
o OR
forma restritiva (art. 819 do CC), razão pela qual, nos casos em que ela é limitada
p
STJ. (Info 595) S C 41- m u H 89
(art. 822), a responsabilidade do fiador não pode superar os limites nela indicados.
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS. EVICÇÃO: A pretensão deduzida em demanda
baseada na garantia da evicção submete-se ao prazo prescricional de 3 anos. Em
O .
d R 3 g
outras palavras, é de 3 anos o prazo prescricional para que o evicto (que perdeu o
4
A PE D 0 er@
bem por evicção) proponha ação de indenização contra o alienante. STJ. (Info 593).
l
mi
p lc
LOCAÇÃO: Na ação de despejo por falta de pagamento, o locatário ou o fiador
poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 dias, contado da
citação, o pagamento do débito atualizado mediante depósito judicial (art. 62, II, da
Lei nº 8.245/91). A partir de quando começa a ser contado este prazo que o
requerido possui para purgar a mora? O que o art. 62, II, da Lei quer dizer quando
fala "contado da citação"? O prazo de 15 dias para purgação da mora deve ser
contado a partir da juntada aos autos do mandado de citação ou aviso de
recebimento devidamente cumprido. Não cabimento de purgação complementar da
mora caso os valores tenham sido contestados pelo locatário A contestação de parte
do débito na ação de despejo por falta de pagamento é incompatível com a
intimação do locatário para fins de complementação do depósito em relação às
parcelas tidas por ele como indevidas. Não se deve intimar o locatário para efetuar a
purgação complementar da mora (art. 62, III, da Lei nº 8.245/91) se houve
manifestação contrária de sua parte, em contestação, quanto à intenção de efetuar
o pagamento das parcelas não depositadas. Em outras palavras, se o locatário,
a l
204, § 3º, do CC: § 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o
n
fiador. A interrupção do prazo prescricional operada contra o fiador não prejudica o
io
c
devedor afiançado, salvo nas hipóteses em que os devedores sejam solidários Como
a
c ER
regra, a interrupção operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado. Isso
u
E M d IL
porque o principal não segue a sorte do acessório. Existe, no entanto, uma exceção:
a interrupção em face do fiador poderá, sim, excepcionalmente, acabar
e
rt RO
prejudicando o devedor principal nas hipóteses em que a referida relação for
o OR
reconhecida como de devedores solidários, ou seja, caso o fiador tenha renunciado
p
Turma. STJ. (Info 602).S C 41- m u H 89
ao benefício ou se obrigue como principal pagador ou devedor solidário. STJ. 4ª
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
COMPRA E VENDA: O reconhecimento de paternidade post mortem não invalida a
alteração de contrato social com a transferência de todas as cotas societárias
O .
d R 3 g
realizada pelo genitor a outro descendente. STJ. (Info 611).
4
A PE D 0 er@
l i
CONTRATO DE SEGURO: Se houve reconhecimento da culpa do segurado e
m
p lc
pagamento de parte da indenização pela seguradora ao terceiro, não se aplica a
Súmula 529 do STJ. A vítima de acidente de trânsito pode ajuizar demanda direta e
exclusivamente contra a seguradora do causador do dano quando reconhecida, na
esfera administrativa, a responsabilidade deste pela ocorrência do sinistro e quando
parte da indenização securitária já tiver sido paga. Porque, mesmo não havendo
relação contratual entre a seguradora e o terceiro, a sucessão dos fatos (apuração
administrativa e pagamento de parte da indenização) faz com que surja uma relação
jurídica de direito material envolvendo a vítima e a seguradora. Súmula 529-STJ: No
seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo
terceiro prejudicado direta e exclusivamente em face da seguradora do apontado
causador do dano. (Info 614).
a l
SEGURO: O contratante do seguro de vida em grupo não tem direito à renovação da
n
apólice sem a concordância da seguradora nem pode exigir a restituição dos prêmios
io
c
pagos. Não é abusiva a cláusula contratual que prevê a possibilidade de não
a
c ER
renovação automática do seguro de vida em grupo por qualquer dos contratantes,
u
desde que haja prévia notificação da outra parte.
E M d IL
À exceção dos contratos de seguro de vida individuais, contratados em caráter
e
rt RO
vitalício ou plurianual, nos quais há a formação de reserva matemática de benefícios
o OR
a conceder, as demais modalidades são geridas sob o regime financeiro de
p
S C 41- m u H 89
repartição simples, de modo que os prêmios arrecadados do grupo de segurados ao
longo do período de vigência do contrato destinam-se ao pagamento dos sinistros
m
ocorridos naquele período.
u IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
Dessa forma, nos contratos de seguro de vida em grupo não há direito à renovação
da apólice sem a concordância da seguradora ou à restituição dos prêmios pagos em
O .
d R 3 g
contraprestação à cobertura do risco no período delimitado no contrato.
4
A PE D 0 er@
Vale ressaltar que a seguradora pode decidir não mais renovar o contrato de seguro
l i
de vida, mesmo que não comprove que houve desequilíbrio atuarial-financeiro.
m
p lc
Trata-se de um verdadeiro direito potestativo. STJ. 2ª Seção. REsp 1.569.627-RS, Rel.
Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 22/02/2018 (Info 622).
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
CONTRATO DE LOCAÇÃO. A certidão de parcelamento fiscal é suficiente para suprir
l i
a exigência prevista no inciso III do art. 71 da Lei nº 8.245/91 (Lei de Locações) para
m
p lc
efeito do ajuizamento de ação renovatória de locação empresarial. STJ. 3ª Turma.
REsp 1.698.814-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/06/2018
(Info 629).
a l
anexo da Resolução nº 2.309/96 e art. 23 da Lei nº 6.099/74, o prazo mínimo de
n
vigência do contrato de arrendamento mercantil financeiro é de (i) dois anos,
io
c
quando se tratar de bem com vida útil igual ou inferior a cinco anos, e (ii) de três
a
c ER
anos, se o bem arrendado tiver vida útil superior a cinco anos. Caso concreto: o bem
u
E M d IL
arrendado (pá-escavadeira) possui vida útil superior a cinco anos. Apesar disso, o
ajuste previa o arrendamento pelo prazo de apenas dois anos. Logo, foi
desrespeitada a Resolução, e
rt RO
o OR
ficando descaracterizado o contrato de arrendamento mercantil. Ficando
p
S C 41- m u H 89
descaracterizado o leasing, é possível cobrar ICMS sobre esta operação. STJ. 2ª
Turma. REsp 1.569.840-MT, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 16/08/2018 (Info
632)
um IZ .7 .co
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U4 ma4 il
A abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora. STJ. 2ª
O .
d R 3 g
Seção. REsp 1.639.259-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
4
A PE D 0 er@
12/12/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).
l
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p lc
ATENÇÃO! MUDANÇA DE ENTENDIMENTO! Ainda que contrato preveja a exclusão
da cobertura em caso de embriaguez do segurado e mesmo que o acidente tenha
sido causado por essa embriaguez, a seguradora será obrigada a indenizar a vítima,
já que essa cláusula é ineficaz perante terceiros.
No contrato de seguro de automóvel, é lícita a cláusula que exclui a cobertura
securitária para o caso de o acidente de trânsito (sinistro) ter sido causado em
decorrência da embriaguez do segurado. No entanto, esta cláusula é ineficaz
perante terceiros (garantia de responsabilidade civil). Isso significa que, mesmo que
contrato preveja a exclusão da cobertura em caso de embriaguez do segurado, a
seguradora será obrigada a indenizar a vítima (terceiro) caso o acidente tenha sido
causado pelo segurado embriagado. Em outras palavras, não se pode invocar essa
cláusula contra a vítima. Depois de indenizar a vítima, a seguradora poderá exigir
seu direito de regresso contra o segurado (causador do dano). A garantia de
responsabilidade civil não visa apenas proteger o interesse econômico do segurado
tendo, também como objetivo preservar o interesse dos terceiros prejudicados. O
a l
STJ. 4ª Turma. REsp 1.552.227-RJ, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em
27/11/2018 (Info 640).
io n
a c
c ER
SEGURO. A seguradora não pode recusar a contratação de seguro a quem se
u
E M d IL
disponha a pronto pagamento se a justificativa se basear unicamente na restrição
financeira do consumidor junto a órgãos de proteção ao crédito. STJ. 3ª Turma. REsp
e
rt RO
1.594.024-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 27/11/2018 (Info 640).
p o OR
hipóteses de: S C 41- m u H 89
É abusiva a exclusão do seguro de acidentes pessoais em contrato de adesão para as
m Z .7 .co
a) gravidez, parto ou aborto e suas consequências;
u I
V er L U
0
4
4 ma il
b) perturbações e intoxicações alimentares de qualquer espécie; e
c) todas as intercorrências ou complicações consequentes da realização de exames,
O .
d R 3 g
tratamentos clínicos ou cirúrgicos.
4
A PE D 0 er@
STJ. 3ª Turma. REsp 1.635.238-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/12/2018
l
(Info 640).
mi
p lc
CORRETAGEM. É devida a comissão de corretagem ainda que o resultado útil da
intermediação imobiliária seja negócio de natureza diversa da inicialmente
contratada. Ex: corretor foi contratado para procurar um interessado em comprar o
terreno; encontrou um interessado em fazer um contrato de parceria para
loteamento urbano; o contrato de parceria foi celebrado; mesmo o terreno não
tendo sido vendido, o corretor deverá receber a comissão por ter aproximado as
partes, gerando um ganho para o seu contratante. STJ. 3ª Turma. REsp 1.765.004-SP,
Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. Acd. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 27/11/2018 (Info 640).
SÚMULAS
a l
Súmula 564-STJ: No caso de reintegração de posse em arrendamento mercantil
io n
c
financeiro, quando a soma da importância antecipada a título de valor residual
a
c ER
garantido (VRG) com o valor da venda do bem ultrapassar o total do VRG previsto
u
E M d IL
contratualmente, o arrendatário terá direito de receber a respectiva diferença,
cabendo, porém, se estipulado no contrato, o prévio desconto de outras despesas
ou encargos pactuados. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Súmula 402, STJ: O contrato de seguro por danos pessoais compreende danos
morais, salvo cláusula expressa de exclusão.
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
Súmula 529, STJ: No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o
ajuizamento de ação pelo terceiro prejudicado direta e exclusivamente em face da
O .
d R 3 g
seguradora do apontado causador do dano.
4
A PE D 0 er@
l i
Súmula n. 214/STJ: O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de
m
lc
aditamento ao qual não anuiu.
p
Súmula 293, STJ: A cobrança antecipada de (VRG) não descaracteriza o contrato de
arrendamento mercantil.
Súmula 369, STJ: No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja
cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para
constituí-lo em mora.
a l
n
Súmula 564, STJ: No caso de reintegração de posse em arrendamento mercantil
io
c
financeiro, quando a soma da importância antecipada a título de valor residual
a
c ER
garantido (VRG) com o valor da venda do bem ultrapassar o total do VRG previsto
u
E M d IL
contratualmente, o arrendatário terá direito de receber a respectiva diferença,
cabendo, porém, se estipulado no contrato, o prévio desconto de outras despesas
ou encargos pactuados. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Súmula 596 do STF: As disposições do Decreto 22.626 de 1933 não se aplicam às
taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por
m Z .7 .co
instituições públicas ou privadas, que integram o sistema financeiro nacional.
u I
V er L0
U4 ma4 il
Súmula 609-STJ: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença
O .
d R 3 g
preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à
4
A PE D 0 er@
contratação ou a demonstração de má-fé do segurado.
l
mi
p lc
Súmula 610-STJ: o suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do
contrato de seguro de vida, ressalvado o direito do beneficiário à devolução do
montante da reserva técnica formada.
Súmula 614 – STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir
indébito desses tributos.
um Z .7 .co
confunde com a exceptio non adimplemento, que consiste na
I
V er L
O
U
0
4 il
vedação de uma parte, em um contrato bilateral, exigir o
4 ma
cumprimento da obrigação do outro, se não cumpriu a sua. Por
.
d R 4 3 g
outro lado, a exceptio rite adimpleti contractus, também chamada
A PE D 0 er@
l
de exceção por insegurança, se refere à hipótese do artigo 477 do
i
CC, que permite à parte se recusar a cumprir a obrigação que se
m
p lc
comprometeu, em um contrato bilateral, se sobrevier à outra
parte diminuição de seu patrimônio capaz de comprometer ou
tornar duvidosa a prestação pela qual se comprometeu.
INCORRETAS:
[...]
a l
n
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um
io
c
cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por
a
herança.
u c ER
E M d IL
e
rt RO
o OR
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
p
u H 89
MA - Defensor Público
S C 41- m
m Z .7 .co
Alexandre trabalha como motorista de passageiros por meio de
u I
er L U il
aplicativo para aparelhos celulares, pelo qual os usuários solicitam
4 4 ma
d V R 3 0
a corrida e realizam o pagamento por meio eletrônico à
O . g
operadora do aplicativo. Em uma de suas corridas, Alexandre veio
4
A PE D 0 er@
a se envolver em um acidente, causando danos para o passageiro.
l i
Neste caso, Alexandre
m
p lc
A) somente terá responsabilidade pelos danos causados aos
passageiros caso seja provado o seu dolo ou culpa grave.
E M d IL
danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou
culpa grave.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-RS -
IZ .7 .co
er L U
Defensor Público
4 il
4 ma
d V O 3 . 0 g
O contrato de fiança é o instrumento pelo qual uma pessoa
R 4
A PE D 0 er@
garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
l
mi
devedor, caso este não a cumpra. Considerando as normas que
regulamentam o instituto da fiança, avalie as seguintes asserções
p lc
e a relação proposta por elas:
PORQUE
Nesse caso:
GABARITO: A.
d V O 3 . 0 g
havia sido pactuado pelo prazo inicial de doze meses,
R 4
A PE D 0 er@
estabelecendo, ainda, que o fiador ficaria responsável até a
l
mi
entrega das chaves, além de constar renúncia ao benefício de
ordem. O contrato prorrogou-se por prazo indeterminado e, após
p lc
essa prorrogação, Tiago ficou sem pagar por seis prestações.
Diante deste caso e segundo entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, Geraldo
B) não poderá ser cobrado pela dívida, uma vez que o débito foi
posterior ao prazo determinado no contrato originário, de modo
que cessou a sua responsabilidade como fiador.
GABARITO: E.
a l
io n
a c
A) INCORRETO - o erro está em dizer que o imóvel não é
abrangido pela proteção legal à família, conforme Súmula n.
u c ER
364/STJ: "O conceito de impenhorabilidade de bem de família
E M d IL
abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras,
separadas e viúvas".
e
rt RO
p o OR
B) INCORRETO - a jurisprudência determina que o fiador continua
S C 41- m u H 89
responsável pela dívida do locatário constituída após a
um
prorrogação por prazo indeterminado do contrato de locação,
IZ .7 .co
er L
desde que haja cláusula prevendo sua responsabilidade até a
U 4 il
4 ma
entrega das chaves, consoante REsp 1.412.372.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
C) INCORRETO - o direito de preferência não aproveita ao fiador
l
mi
quando este a houver renunciado expressamente, conforme
artigos 827 e 828, inciso I, do Código Civil.
p lc
D) INCORRETO - está pacífico ser válida a penhora de bem de
família pertencente a fiador de contrato de locação, de acordo
com a Súmula nº 549/STJ.
a l
Não constituem atos ilícitos os danos causados em virtude de: legítima defesa
io n
e exercício regular de um direito ou quando há destruição/deterioração de coisa ou
lesão à pessoa, com finalidade de remover perigo iminente.
a c
u c ER
E M d IL
Regra geral, a responsabilidade é subjetiva, ou seja, auferida mediante a
comprovação de culpa de quem praticou o ato. Porém, excepcionalmente, nos casos
e
rt RO
previstos em lei, a responsabilidade será objetiva, sendo desnecessária a comprovação
o OR
de culpa do agente para ser devida a indenização.
p
Requisitos: S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
CONDUTA + DOLO OU CULPA + DANO + NEXO DE CAUSALIDADE = INDENIZAÇÃO.
d R 4 3 g
Responsabilidade do incapaz: no caso de prática de ato ilícito por incapaz, se os seus
A PE D 0 er@
pais não tiverem condições de arcar com os prejuízos causados pela atividade danosa,
l i
este responderá subsidiariamente (ATENÇÃO! TEMA MUITO COBRADO!), desde que
m
p lc
tenha condições financeiras para tanto. Assim, a indenização a ser paga pelo incapaz é
subsidiária e equitativa, em respeito à dignidade humano e ao mínimo existencial,
pois não pode privá-lo do essencial à sua subsistência.
Assim, é correta a frase que diz: os pais respondem objetivamente pelos atos
ilícitos praticados por seus filhos menores, desde que comprovada a culpa no ato. A
culpa não está ligada à responsabilidade dos pais, que é objetiva, mas à comprovação
do ato ilícito. Comprovado este, os pais responderão independentemente de culpa.
l
ilícito, mesmo considerando que ela não deixou de deter o poder familiar.
a
n
33
c io
a
Diante do exposto, para que um dos pais compartilhe a responsabilidade com o
c ER
u
outro, não basta que detenha o poder familiar, sendo indispensável que tenha
d IL
condições permanentes de controle sob os atos do filho. O caso, todavia, merece
E M
atenção especial, para que o candidato não se confunda na prova. No caso julgado, a
e
rt RO
mãe residia permanentemente em município distinto do de seu filho, que morava com
o OR
o pai.
p
u H 89
Isto é importante, uma vez que a justificativa de não estar presente no
S C 41- m
momento do ato não exime os pais de responsabilidade, pois a autoridade permanece,
um IZ .7 .co
mesmo que o responsável não conviva constantemente com o filho.
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Por fim, sobre o incapaz, ainda vale apresentar decisão interessante do STJ
d R 4 3 g
A PE D
sobre a possibilidade de o absolutamente incapaz sofrer dano moral. De acordo com a
0 er@
Corte Cidadã, é plenamente possível o dano moral praticado em face de incapaz, ainda
l
mi
que ele não tenha detrimento anímico de entender o caráter ilícito da conduta. O dano
p lc
moral é a ofensa ao direito de personalidade, sendo o sofrimento, a dor, consequência
deste ato, mas não essencial à sua caracterização. 34
1) Por fato de outrem (art. 923): são pessoas responsáveis pelos atos de terceiros
(responsabilidade indireta), de modo que é necessário comprovar a culpa
daqueles pelos quais são responsáveis.
33
CAVALCANTE, Márcio André Lopes – VADE MECUM DE JURISPRUDÊNCIA DIZER O
DIREITO. Juspodvim. 2017 - Página: 238.
34
REsp. 1.245.550 - MG
u c ER
em circunstâncias normais. Não é qualquer chance que é reparável. A chance tem
d IL
que ser séria e real. Segundo, Sérgio Savi ela é assim considerada quando tem mais
E M
de 50% de chance de acontecer.
e
rt RO
p o OR
Enunciado 444: Art. 927. A responsabilidade civil pela perda de chance não se limita
S C 41- m u H 89
à categoria de danos extrapatrimoniais (CATEGORIA AUTÔNOMA), pois, conforme
as circunstâncias do caso concreto, a chance perdida pode apresentar também a
um IZ .7 .co
er L
natureza jurídica de dano patrimonial. A chance deve ser séria e real, não ficando
U
4 ma 4 il
adstrita a percentuais apriorísticos.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Assim, ela é aplicada pelo STJ35, que exige, no entanto, que o dano seja REAL, ATUAL
l
e CERTO, dentro de um juízo de probabilidade, e não mera possibilidade, porquanto
mi
o dano potencial ou incerto, no espectro da responsabilidade civil, em regra, não é
p lc
indenizável (REsp 1.104.665-RS, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 9/6/2009).
Em outros julgados, fala-se que a chance perdida deve ser REAL e SÉRIA, que
proporcione ao lesado efetivas condições pessoais de concorrer à situação futura
esperada. (AgRg no REsp 1220911/RS, Segunda Turma, julgado em 17/03/2011).
Natureza do dano: Trata-se de uma terceira categoria. Com efeito, a teoria da perda
de uma chance visa à responsabilização do agente causador não de um dano
emergente, tampouco de lucros cessantes, mas de algo intermediário entre um e
outro, precisamente a perda da possibilidade de se buscar posição mais vantajosa
que muito provavelmente se alcançaria, não fosse o ato ilícito praticado. (STJ. 4ª
Turma, REsp 1190180/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/11/2010)
Casos:
35
https://www.dizerodireito.com.br/2013/07/teoria-da-perda-de-uma-chance.html
Se do ato ilícito resultar lesão que impeça a vítima de exercer seu ofício
a l
habitual, ou lhe diminua a capacidade para tanto, além da indenização, serão devidos
alimentos na proporção do prejuízo sofrido com a perda do ofício.
io n
a c
9.1. Súmulas e jurisprudência sobre o tema
u c ER
E M d IL
Súmula 132 STJ: A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade
e
rt RO
do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado.
p o OR
judicialmente fixada.
S C 41- m u H 89
Súmula 246 STJ: o valor do seguro obrigatório deve ser deduzido da indenização
um IZ .7 .co
er L
Súmula 562 STF: na indenização de danos materiais decorrentes de ato ilícito cabe a
U4 ma4 il
atualização de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros critérios, os índices
d V O 3
de correção monetária.
R 4
. 0 g
A PE D 0 er@
l
Súmula 43 STJ: incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data
do efetivo prejuízo.
mi
p lc
Súmula 362 STJ: a correção monetária do valor da indenização do dano moral incide
desde a data do arbitramento.
Súmula 491 STF: é indenizável o acidente que cause morte do filho menor, ainda que
não exerça trabalho remunerado.
36
REsp. 1.279.173 - SP
Súmula 387 STJ: é lícita a cumulação de indenizações de dano estético e dano moral.
a l
necessidade, deverá indenizar a vítima e, depois, se quiser, poderá cobrar
do autor do perigo aquilo que pagou (artigo 930).
io n
a c
Vale ressaltar, no entanto, que o valor desta indenização deverá ser fixado
c ER
com proporcionalidade, evitando-se a imposição de valores abusivos
u
d IL
(desproporcionais) para alguém que estava agindo de forma lícita. 37
E M
Importante colacionar as hipóteses e
rt RO
de responsabilidade trazido pela
jurisprudência38:
p o OR
S C 41- m
ESTACIONAMENTO PRIVADO u H 89 Responde pelo FURTO
um
ESTACIONAMENTO EM RELAÇAO DE
IZ .7 .co FURTO E ROUBO
er L U il
CONSUMO
4
4 ma
d V
VALLET PARKING EM VIA PÚBLICA
R O
4 3 . 0 g
FURTO
A PE D 0 er@
SITUAÇÃO
l
FORNECEDOR
EXPLICAÇÃO
mi
RESPONDE?
37
CAVALCANTE, Márcio André Lopes – VADE MECUM DE JURISPRUDÊNCIA DIZER O
DIREITO. Juspodvim. 2017 Página 938.
38
Ibidem.
er L
um estacionamento NÃO
U 4
4 ma
privado que fica ao lado, il veículo, não sendo razoável lhe impor o
V O 3 . 0
mas que não tem qualquer
d R 4 g
dever de garantir a segurança e
integridade física do usuário e a
A PE D 0 er@
relação com o banco.
l
proteção dos bens portados por ele
p lc Constitui causa
responsabilidade
excludente
da
da
empresa
Passageiro roubado no
transportadora o fato inteiramente
interior
NÃO estranho ao transporte em si, como é o
do transporte coletivo
assalto ocorrido no interior do coletivo
(ex.: ônibus, trem, etc.).
(AgRg no Ag 1389181/SP, DJe
29/06/2012).
Tratando-se de postos de combustíveis,
a ocorrência de roubo praticado contra
clientes não pode ser enquadrado, em
Cliente roubado no posto
regra, como um evento que esteja no rol
de gasolina enquanto NÃO
de responsabilidades do empresário para
abastecia seu veículo.
com os clientes, sendo essa situação um
exemplo de caso fortuito externo,
ensejando-se, por conseguinte, a
S C 41- m u H 89 prestado
comercial.
pelo estabelecimento
Tentativa
V de
O er L
. 0
roubo
U4 ma4 il causa excludente de responsabilidade
civil nos casos em que a garantia de
d R 4 3
ocorrida na chancela do g segurança física e patrimonial do
A PE D
estacionamento 0 er@
l
do
SIM
consumidor é inerente ao serviço
shopping center.
mi prestado pelo estabelecimento
JURISPRUDÊNCIA
d R 3 g
RESPONSABILIDADE CIVIL: A Súmula 403 do STJ é inaplicável às hipóteses de
4
A PE D 0 er@
divulgação de imagem vinculada a fato histórico de repercussão social. Súmula 403-
l i
STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada
m
p lc
da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais. Caso concreto: a TV
Record. assassinato da atriz Daniela Perez, entrevista com Guilherme de Pádua, sem
prévia autorização da família, fotos da vítima Daniela. (Info 614).
Não se admite que o dano moral de pessoa jurídica seja considerado como in re
ipsa, sendo necessária a comprovação nos autos do prejuízo sofrido. Apesar disso é
possível a utilização de presunções e regras de experiência para a configuração do
dano, mesmo sem prova expressa do prejuízo o que sempre comportará a
possibilidade de contraprova pela parte ou de reavaliação pelo julgador. Ex: caso a
a
pessoa jurídica tenha sido vítima de um protesto indevido de cambial, há umal
n
presunção de que ela sofreu danos morais. STJ. 3ª Turma. REsp 1564955-SP, Rel.
io
c
Min. Nancy Andrighi, julgado em 06/02/2018 (Info 619). Cuidado: existem julgados
a
c ER
em sentido contrário, ou seja, dizendo que pessoa jurídica pode sofrer dano moral in
u
Salomão, julgado em 28/11/2017 (Info 619).
E M d IL
re ipsa. Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. REsp 1327773/MG, Rel. Min. Luis Felipe
e
rt RO
o OR
Jornal divulgou a foto do cadáver de um indivíduo morto em tiroteio ocorrido em via
p
S C 41- m u H 89
pública. Os familiares do morto ajuizaram ação de indenização por danos morais
contra o jornal alegando que houve violação aos direitos de imagem. O STF julgou a
m Z .7 .co
ação improcedente argumentando que condenar o jornal seria uma forma de
u I
V er L U
0
4
4 ma il
censura, o que afronta a liberdade de informação jornalística. STF. 2ª Turma. ARE
892127 AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 23/10/2018 (Info 921).
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
SÚMULAS
mi
p lc
Súmula 37 STJ: são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral
oriundos do mesmo fato.
Súmula 370, STJ: Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-
datado.
Súmula 387, STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano
Súmula 388, STJ: A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
Súmula 403, STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não
autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Súmula 159-STF: Cobrança excessiva, mas de boa fé, não dá lugar às sanções do art.
1.531 do Código Civil (atual art. 940 do CC 2002).
a l
n
Súmula 246, STJ: O valor do seguro obrigatório deve ser deduzido da indenização
io
judicialmente fixada.
a c
u c ER
data do efetivo prejuízo. (danos materiais)
E M d IL
Súmula 43, STJ: Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da
e
rt RO
o OR
Súmula 362, STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral
p
u H 89
incide desde a data do arbitramento. (danos morais)
S C 41- m
m Z .7 .co
Súmula 387 do STJ: “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano
u I
moral”).
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 3 g
Súmula 54, STJ: Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
4
A PE D 0 er@
responsabilidade extracontratual.
l
mi
p lc
Súmula 491, STF: É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda
que não exerça trabalho remunerado.
a l
reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se
n
o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
io
relativamente incapaz.
a c
u c ER
E M d IL
e) O credor que demandar o devedor antes de vencida a
dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado
e
rt RO
a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a
o OR
descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a
p
u H 89
pagar as custas em dobro.
S C 41- m
um Z .7 .co
COMENTADO:
I
V er L U 4
0
il
4 ma
INCORRETA: Letra A. O incapaz, se tiver meios para tanto,
O .
d R 3 g
sem que seja comprometida a sua subsistência e de sua
4
A PE D 0 er@
família, será subsidiariamente responsável, em relação a
l i
seus pais, quando estes não tiverem condições, pelo
m
p lc
pagamento dos prejuízos que causou. Trata-se de
responsabilidade subsidiária e equitativa, pois não
comprometerá o necessário à vida do incapaz, artigo 928 do
CC.
CORRETAS:
B) É correta a afirmação, conforme idêntica previsão do
artigo 944 do CC. A boa-fé, conforme já mencionado, deve
ser observado por todas as partes de uma relação. Não é
plausível que uma pessoa que tem um fusca, por exemplo, e
cause um dano à uma Ferrari, seja condenada ao pagamento
integral referente ao conserto, pois é desproporcional à
realidade comum, podendo o juiz diminuir equitativamente
o valor.
a l
entendendo se tratar de constrangimento exigi-la antes do
n
termo inicial ao pagamento. Dessa forma, como sanção ao
io
c
ato violador, aquele que cobrar dívida ainda não vencida,
a
c ER
será condenado ao pagamento do dobro das custas, nos
u
termos do artigo 939.
E M d IL
e
rt RO
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AP. Prova: Defensor
Público
p o OR
S C 41- m u H 89
Sobre responsabilidade civil, considere as assertivas a seguir:
um IZ .7 .co
er L U il
I. O incapaz que venha a causar dano tem responsabilidade
4 4 ma
d V R O
4 3 0
subsidiária e condicional para a reparação.
. g
A PE D 0 er@
II. A atualização monetária do valor da indenização por
l i
danos materiais deve incidir a partir da data do ajuizamento
m
lc
da ação.
pIII. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano
moral, independentemente de prova do prejuízo sofrido
pela vítima.
a) II e IV.
responsabilidade extracontratual.
a c
III.
u c ER
CERTO. Súmula 388, STJ: A simples devolução
d IL
indevida de cheque caracteriza dano moral.
E M
e
rt RO
IV. ERRADO. Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da
p o OR
coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do
S C 41- m u H 89
perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que
sofreram.
um IZ .7 .co
V er L
O
U 4 il
4 ma
- Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo
. 0
ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do
d R 4 3 g
A PE D dano ação regressiva para haver a importância que tiver
0 er@
l
ressarcido ao lesado.
m i
c 188. Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou
lArt.
p-destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso
II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os
limites do indispensável para a remoção do perigo.
a l
danos, por se tratar de mera expectativa de direito.
n
D) somente aos danos materiais, mas não há falar-se
io
c
em danos morais à espécie, por se tratar de mero
a
u c ER
aborrecimento da vida em sociedade.
E) aos danos morais e materiais decorrentes do
E M d IL
acidente, inclusive a uma indenização proporcional à
e
rt RO
perda da chance de tomar posse no cargo.
p o OR
S C 41- mu H 89
_______________________________________________
GABARITO: E.
um IZ .7 .co
er L U il
Pessoal, questão um pouco controversa. Na prova, houve
4 4 ma
d V R O
candidatos que tentaram anular essa questão, mas o
3 . 0 g
gabarito oficial foi mantido. Em que pese a questão não
4
A PE D 0 er@
demonstrar explicitamente que o dano seria CERTO (ao
l i
contrário se informasse que só faltava tomar a posse, sem
m
lc
qualquer fase prévia ELIMINATÓRIA).
pPorém, a letra E foi considerada como correta. Realmente o
a indenização será proporcional e não total. (vide tópico
sobre perda de uma chance)
um IZ .7 .co
apuração de culpa, enquanto a reparação do dano
er L U 4 il
moral dar-se-á pelo só fato da coisa; a indenização
V O . 0 4 ma
mede-se pela extensão do dano material ou pela
d R 4 3 g
gravidade da conduta do ofensor na apuração do
A PE D 0 er@
l
dano moral.
mi
lc
GABARITO: C.
p
A) Errada. Em regra a responsabilidade civil é subjetiva (art.
186 e 927 CC), podendo ser objetiva nos casos expressos em
lei.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
E M d IL
10.1. Posse e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
A posse é exercida por todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de
um dos poderes inerentes à propriedade (usar, fruir, gozar e dispor, artigo 1.228 CC).
um
Duas teorias que buscam justificar a posse são cobradas pelos examinadores:
IZ .7 .co
V er L U 4
4 mail
Teoria subjetiva de Savigny: para haver posse, é necessária a apreensão física da
O . 0
d R 3 g
coisa e a vontade de ser dono (corpus + animus domini).
4
A PE D 0 er@
l i
Teoria Objetiva de Ihering: a posse se concretiza com a mera conduta do
m
propriedade (corpus). p lc
possuidor, de agir como se dono fosse, pouco importando a sua vontade em relação à
um IZ .7 .co
Perderá o caráter de boa-fé no momento em que as
V O er L.
U
0
4
4 ma il
circunstâncias façam presumir que o possuidor não
ignora que a posse é indevida.
d R 4 3
POSSE INJUSTA g Quando a posse é violenta, clandestina ou precária.
A PE D 0 er@
l
A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários com as
i
mesmas características com que foi adquirida.
m
TRANSMISSBILIDADE
p lcO sucessor universal continua de direito a posse de seu
antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua
posse à do antecessor, para os efeitos legais.
a l
io n
a c
Possuidor de boa-fé: tem direito à restituição pelas
u c ER
benfeitorias necessárias e úteis, com direito à retenção
E M d IL
do bem até o pagamento. Quanto às voluptuárias, se o
e
proprietário não pagar por elas, poderá o possuidor
rt RO
o OR
removê-las.
p
BENFEITORIAS
S C 41- m u H 89
Possuidor de má-fé: tem direito às benfeitorias
um I
necessárias, mas não lhe é concedido o direito de
Z .7 .co
er L
retenção.
U4 ma4 il
Com relação ao valor, no pagamento ao possuidor de
d V R O
4 3 . 0 g boa-fé a indenização será feita com base no valor atual.
A PE D 0 er@
l
Por outro lado, no caso de má-fé, ao proprietário é
i
permitido decidir se pagará com base no valor atual ou
m
p lco valor do seu custo.
Ainda, com relação aos direitos reais, as provas de Defensoria Pública costumam
cobrar essencialmente três dos incisos dispostos no artigo 1.225 do CC: propriedade
(inciso I), concessão de direito real de uso (inciso XII) e laje (XIII). Os dois últimos são
decorrentes da MP 759, que foi convertida na Lei 13.465/2017, que foi recentemente
convertida em lei (Lei 13.465/17), merecendo total atenção.
10.2. Propriedade
l
Com relação à usucapião por posse-trabalho, o candidato deve ter muita atenção a
a
dois aspectos:
io n
a c
Recentemente a Lei 13.465/17, alterou o texto do artigo 1.228, §º4, para
u c ER
retirar o antigo requisito que exigia que a população ocupante do imóvel fosse de
baixa renda.
E M d IL
e
rt RO
ATENÇÃO: se a prova trouxer os exatos elementos acima citados, mas acrescentar a
p o OR
baixa renda como caracterizadora da população que tem direito à usucapião, a
questão está errada.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
Declarada a usucapião, os prejuízos serão ressarcidos ao proprietário, sendo
U4 ma4 il
que o juiz fixará justa indenização para tanto. No caso de população de baixa renda, a
V O 3 . 0
indenização deverá ser pago pelo Estado, em cumprimento ao direito social e
d R 4 g
A PE D 0 er@
fundamental à moradia (artigo 6º CF/88).
l
mi
p lc
Usucapião extraordinária (artigo 1.238 CC), requisitos:
º Posse ininterrupta e sem oposição;
º 15 anos;
º Se, na propriedade, o possuidor estabeleceu sua moradia habitual ou nela realizou
obras e serviços de caráter produtivo, o prazo é reduzido para 10 anos.
Usucapião ordinária (artigo 1.242 do CC), requisitos:
º Posse ininterrupta e incontestada;
º Prazo de 10 anos;
º O prazo será reduzido para 5 anos, se o possuidor estabeleceu sua moradia
habitual ou nele realizou obras e serviços de caráter produtivo.
Usucapião especial urbano (artigo 1.240) requisitos:
Su H -89
qualificada pelo cumprimento
m Z C 41 om da função social).
r u U I 4 .7 il.c
e
V RO 43.0 gm L 4 a Animus domini;
d
A PED 0 ler@
Posse contínua, mansa, pacífica
e ininterrupta;
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
mi
(Sem limite de metragem)
Justo título e boa-fé;
p lc
10 anos se posse simples;
5 anos se posse qualificada.
e
rt RO
Não exige boa-fé;
V Oer L U
. 0
4
4 mail
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l Abandono do lar pelo ex-
mi cônjuge/companheiro;
p lc Imóvel urbano de até 250m²;
2 anos ininterruptos;
USUCAPIÃO CONJUGAL
Sem qualquer oposição.
Função social (moradia);
Não pode ser proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
l
título e boa-fé) com prazo reduzido (5
a
anos), exigindo-se,
io n
para
configuração (além dos requisitos
sua
a c
próprios à usucapião ordinária), que
u c ER
tenha havido aquisição onerosa com
USUCAPIÃO TABULAR
d IL
base no registro constante do Cartório
E M
e
de Registro de Imóveis, depois
rt RO
cancelada, e contanto que os
p o OR
possuidores tenham
S C 41- m u H 89
fixado moradia no imóvel ou realizado
investimentos de interesse social e
um IZ .7 .co econômico.
V er L
O
U
. 0
4 il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
a l
menos oneroso para a regularização
n
fundiária da ocupação do solo urbano,
io
c
visando o direito social à moradia (art.
a
6º da CF).
u c ER
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
E M d IL
Com o advento da Lei 13.465/17 o
e
rt RO
instituto da usucapião administrativa
er L
1973, passou a vigorar com as
U4 ma4 il seguintes alterações: Art. 216-A. Sem
d V R O
4 3 . 0 g prejuízo da via jurisdicional, é
A PE D 0 er@
l
admitido o pedido de reconhecimento
mi extrajudicial de usucapião
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA –, que
–
Em outras palavras, o Código Civil passa a permitir algo que já existia na prática:
alguém tem um imóvel (uma casa, p. ex.) e cede a outra pessoa a parte de cima deste
imóvel (a "laje") para que lá ela construa outra edificação autônoma em relação à
construção existente na parte de baixo.
um
falta de reparação a segurança, a linha arquitetônica ou o arranjo estético do
IZ .7 .co
er L
edifício, observadas as posturas previstas em legislação local.
U4 ma4 il
V O . 0
Sem prejuízo, no que couber, das normas aplicáveis aos condomínios edilícios,
d R 4 3 g
A PE D
para fins do direito real de laje, as despesas necessárias à conservação e fruição
0 er@
das partes, que sirvam a todo o edifício e ao pagamento de serviços de
l
mi
interesse comum serão partilhadas entre o proprietário da construção-base e o
lc
titular da laje, na proporção que venha a ser estipulada em contrato.
p
Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas, terão direito de
preferência, em igualdade de condições com terceiros, os titulares da
construção-base e da laje, nessa ordem, que serão cientificados por escrito
para que se manifestem no prazo de trinta dias, salvo se o contrato dispuser de
modo diverso.
39
https://www.dizerodireito.com.br/2016/12/resumo-dos-principais-pontos-da-mp.html
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o artigo 243, §3º do CPC, na ação de usucapião serão citados
pessoalmente os confinantes, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma
de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
d V R O
4 3 . 0
detenção. Aquele que invade terras e nela constrói sua moradia jamais exercerá a
g
A PE D 0 er@
posse em nome alheio. Não há entre ele e o proprietário uma relação de
l
dependência ou subordinação. Ainda que a posse não possa ser oposta ao ente
mi
público, senhor da propriedade do bem, ela pode ser oposta contra outros parti-
p lc
culares, tornando admissíveis as ações possessórias entre invasores. STJ. 3ª Turma.
REsp 1.484.304-DF, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 10/3/2016 (Info 579). -
Realmente, existem acórdãos do STJ no sentido de que a ocupação de área pública
sem autorização expressa e legítima do titular do domínio constitui mera detenção
(STJ. 3ª Turma. REsp 998.409-DF, DJe 3/11/2009). Contudo, neste julgado, a 3ª
Turma do STJ, mesmo reconhecendo a existência desses precedentes, decidiu
chegar a uma posição diferentes e entender que há sim posse. - Art. 1.198.
Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com
outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções
suas. Ao ler esse artigo, percebe-se que o invasor de uma terra pública não pode ser
enquadrado neste conceito, ou seja, não pode ser considerado detentor. O art.
1.198 fala em “relação de dependência”, de forma que a posse deve ser exercida em
nome de outrem que ostenta o jus possidendi ou o jus possessionis. É o caso, por
40
STF. RE 422349 RS
a l
ESTATUTO DA CIDADE. USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA: O Estatuto da Cidade, ao
io n
c
tratar sobre a ação de usucapião especial urbana, prevê que "o autor terá os
a
c ER
benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório
u
E M d IL
de registro de imóveis." Isso significa que o autor da ação de usucapião especial
urbana gozará sempre da gratuidade da justiça? Há uma presunção absoluta de que
e
rt RO
este autor não tem recursos suficientes para pagar as custas? NÃO. O art. 12, § 2º da
o OR
Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) estabelece uma presunção relativa de que o
p
S C 41- m u H 89
autor da ação de usucapião especial urbana é hipossuficiente. Isso significa que essa
presunção pode ser ilidida (refutada) a partir da comprovação inequívoca de que o
m Z .7 .co
autor não é considerado "necessitado". STJ. (Info 599).
u I
V er L0
U4 ma4 il
USUCAPIÃO. Ao propor uma ação de usucapião, o autor deverá requerer a citação
O .
d R 3 g
dos confinantes, ou seja, dos vizinhos que fazem fronteira com o imóvel que ele
4
A PE D 0 er@
almeja. E o que acontece caso não haja a citação dos confinantes? Haverá nulidade
l i
absoluta do processo? Não. Apesar de amplamente recomendável, a falta de citação
m
p lc
dos confinantes não acarretará, por si, ou seja, obrigatoriamente, a nulidade da
sentença que declara a usucapião. Não há que se falar em nulidade absoluta, no
caso. A ausência de citação dos confinantes e respectivos cônjuges na ação de
usucapião é considerada hipótese de nulidade relativa, somente gerando a nulidade
do processo caso se constate o efetivo prejuízo. STJ. 4ª Turma. REsp 1.432.579-MG,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/10/2017 (Info 616).
a l
de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio para responder
n
por dívida oriunda de danos aterceiros. STJ. 4ª Turma. REsp 1.473.484-RS, Rel. Min.
io
Luis Felipe Salomão, julgado em 21/06/2018 (Info 631).
a c
u c ER
E M d IL
DIREITO REAL DE GARANTIA. O credor hipotecário tem interesse de agir para propor
ação em face do mutuário visando ao cumprimento de cláusula contratual que
e
rt RO
determina a observância dos padrões construtivos do loteamento. Ex: João celebrou
o OR
contrato de compra e venda de um imóvel (terreno) em um loteamento. O contrato
p
S C 41- m u H 89
de compra e venda foi celebrado entre João e a sociedade empresária Constrói Ltda.
Ocorre que neste contrato de compra e venda havia ainda um pacto adjeto
m Z .7 .co
(contrato acessório) de mútuo feneratício com garantia hipotecária, que foi firmado
u I
V er L0
U4 ma4 il
entre João e a sociedade empresária Habitac Crédito Imobiliário S.A. Por força deste
pacto adjeto, João recebeu da Habitac um empréstimo (mútuo) para adquirir o
O .
d R 3 g
imóvel e, como garantia de que iria pagar a dívida, deu o bem em hipoteca. A ideia
4
A PE D 0 er@
deste loteamento era a de que todas as casas ali construídas fossem parecidas e
l i
mantivessem uma qualidade mínima. Assim, no contrato havia cláusulas dizendo os
m
p lc
padrões que deveriam ser respeitados no momento da construção (ex: construção
toda em alvenaria, fachada com mármore ou granito etc). João construiu a sua casa
no loteamento, mas não respeitou os padrões previstos no contrato. O estilo da
fachada não estava igual ao que determinava o projeto e os materiais empregados
eram de menor qualidade que o exigido. Diante disso, a empresa Habitac Crédito
Imobiliário S.A. ajuizou ação de obrigação de fazer contra João pedindo que ele fosse
condenado a reformar a casa a fim de deixá-la dentro dos padrões previstos no
contrato. O STJ afirmou que a credora hipotecária tem interesse de agir para propor
esta ação. Isso porque ela tem interesse jurídico na valorização do bem dado em
garantia. Se o devedor não pagar a dívida, o bem dado em hipoteca será alienado.
Logo, o credor hipotecário tem interesse em que o imóvel seja construído de acordo
com os padrões estabelecidos para o loteamento a fim de que ele se mantenha
valioso e, em caso de inadimplemento, possa ser vendido por um bom preço,
pagando a dívida. STJ. 1ª Turma. REsp 1.400.607-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 17/05/2018 (Info 628).
SÚMULAS
Súmula 308 STJ: A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro,
anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia
perante os adquirentes.
a c
da ação) não esteja mais na posse do imóvel, ainda assim ele poderá ter direito à
c ER
usucapião desde que, quando perdeu a posse, já tenha preenchido todos os
u
requisitos para a constituição do direito.
E M d IL
e
rt RO
Súmula 391-STF: O confinante certo deve ser citado pessoalmente para a ação de
p o OR
usucapião. CUIDADO: o CPC previu uma exceção a essa regra: art. 246, § 3º do
S C 41- m u H 89
CPC/2015: "§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados
pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em
um IZ .7 .co
condomínio, caso em que tal citação é dispensada."
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Súmula 11-STJ: A presença da União ou de qualquer de seus entes, na ação de
d R 4 3 g
A PE D
usucapião especial, não afasta a competência do foro da situação do imóvel.
0 er@
l
mi
Súmula 237-STF: A usucapião pode ser arguida em defesa.
p lc
Súmula 340-STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. CC/02, Art. 102. Os
bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Súmula 193-STJ: “O direito de uso de linha telefônica pode ser adquirido por
usucapião”. Lembre-se que usucapião pressupõe posse e essa não cabe para bens
imateriais. Logo, essa súmula é uma exceção à impossibilidade de se usucapir bens
imateriais.
Enunciado 86 do CJF: A expressão “justo título”, contida nos arts. 1.242 e 1.260 do
CC, abrange todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade
independentemente de registro.
a
c) O fato de o esbulhador ter adquirido sua posse mediantel
io
violência física inquina vício em sua posse mesmo que,n
posteriormente, compre o bem do esbulhado.
a c
u c ER
E M d IL
d) O comodatário, devidamente notificado para sair do bem dado
em comodato, e que não o faz no prazo assinalado, passa a
exercer posse precária. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
e) A posse ad usucapionem é aquela que, além dos elementos
essenciais à posse, deve sempre se revestir de boa-fé, decurso de
um IZ .7 .co
tempo suficiente, ser mansa e pacífica, fundar-se em justo título e
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
ter o possuidor a coisa como sua.
__________________________________________________
d R 4 3 g
A PE D GABARITO COMENTADO:
0 er@
CORRETA: Letra D - O comodato é baseado no princípio da
l
mi
confiança, em que um comodante empresta gratuitamente ao
p lc
comodatário coisa infungível. Assim, se ao final do prazo o
comodatário não devolver o bem emprestado, terá violado a
confiança do comodante, caracterizando a posse precária, que é a
obtida por abuso de confiança. A posse violenta é a adquirida por
meio de violência física ou psíquica e a clandestina é aquela
obtida sem a oportunidade do direito de defesa do possuidor.
INCORRETAS:
a l
io n
c
Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: DPE-PE. Prova: Defensor Público
a
u c ER
Francisco comprou, em janeiro de 2014, um lote de 240 m 2 de
E M d IL
Antônio, que se apresentou como proprietário do imóvel.
e
rt RO
Francisco construiu uma casa de alvenaria, instalando-se no local
o OR
com sua família. Depois de três anos de posse mansa e pacífica,
p
S C 41- m u H 89
Danilo, o verdadeiro proprietário, ajuizou ação para reaver a
posse do imóvel. Só então, Francisco descobriu que fora vítima de
m Z .7 .co
uma fraude, pois Antônio havia falsificado os documentos para
u I
er L U 4 il
induzi-lo a erro.
V O . 0 4 ma
d R 3 g
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
4
A PE D 0 er@
l i
a) Francisco não poderá adquirir o terreno mediante
m
p lc
pagamento de indenização a Danilo, ainda que a construção
exceda consideravelmente o valor do terreno.
b) Não tendo observado a fraude no momento da
contratação, Francisco não poderá pleitear indenização em face
de Antônio.
c) Danilo perderá o terreno em favor de Francisco, cabendo-
lhe apenas o direito à indenização.
d) Francisco adquiriu, em 2017, a propriedade do imóvel pela
usucapião especial urbana, ficando, nesse caso, dispensado de
pagar indenização a Danilo.
e) Francisco, que agira de boa-fé, perderá em favor de Danilo
os direitos sobre as construções realizadas no terreno, devendo,
no entanto, ser indenizado.
Posse Violenta: a que se adquire por ato de força, seja ela natural
ou física, seja moral ou resultante de ameaças que incutam na
pessoa sério receio. A violência estigmatiza a posse,
independentemente de exercer-se sobre a pessoa do espoliado
ou preposto seu, como ainda do fato de emanar do próprio
espoliador ou de terceiro1.
a l
io n
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público - Reaplicação
a c
u c ER
d IL
Em relação à posse, considere os enunciados seguintes:
E M
e
rt RO
I. O atual Código Civil adotou o conceito de posse de lhering,
p o OR
segundo o qual a posse e a detenção distinguem-se em razão da
S C 41- m u H 89
proteção jurídica conferida à primeira e expressamente excluída
para a segunda.
um IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
II. Mesmo nos bens do patrimônio disponível do Estado
O . 0
d R 4 3
(dominicais), despojados de destinação pública, não se permite a
g
A PE D 0 er@
proteção possessória aos ocupantes particulares que venham a
l
lhe dar função social, porque perdem a destinação mas não a
mi
natureza de terras públicas.
p lc
III. O critério para aferir se há posse ou detenção em um caso
concreto é o estrutural e não o funcional, ou seja, é a afetação do
bem a uma finalidade pública que dirá se pode ou não ser objeto
de atos possessórios por um particular. IV. É possível o manejo de
interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem
público dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à
posse.
d R 4 3 g
ITEM IV (CORRETO): Explicado no Item II
A PE D 0 er@
l i
ITEM V (CORRETO): "A função social da posse é uma abordagem
m
p lc
diferenciada da função social da propriedade, na qual não apenas
se sanciona a conduta ilegítima de um proprietário que não é
solidário perante a coletividade, mas se estimula o direito à
moradia como direito fundamental de índole existencial, à luz do
princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana."
(Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald).
Desde a CR/88, a união estável foi reconhecida como entidade familiar, mas o
Poder Constituinte Originário não a equiparou com o casamento. Superando a omissão
dos legisladores, passados mais de 25 anos após a promulgação da constituição, em
2017, o STF reconheceu que à união estável são aplicados os mesmos direitos e
a l
deveres reconhecidos ao casamento, não havendo que se falar em discriminação,
inclusive para fins sucessórios.
io n
a c
c ER
Neste sentido, foi declarado inconstitucional o artigo 1.790 do CC, que
u
E M d IL
estabelecia a sucessão do companheiro (de forma prejudicial se comparada à do
cônjuge), para determinar a aplicação do artigo 1.829 do CC (sucessão do cônjuge)
e
rt RO
equiparando as duas instituições, no que tange ao reconhecimento de direitos.
p o OR
u H 89
TÓPICOS SOBRE CASAMENTO
S C 41- m
um IZ .7 .co São considerados nulo de pleno de
er L
CAUSAS IMPEDITIVAS E SUSPENSIVAS direito.
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
Importante alteração, trazida com o
Estatuto da Pessoa com Deficiência,
A PE D 0 er@
l se refere ao direito de casar.
mi
p lc Não há qualquer impedimento de se
realizar casamento com pessoas com
deficiência, tendo em vista que são
absolutamente capazes de exercer os
atos da vida civil, salvo incapacidade
relativa, excepcionalmente
decretada, que também não impede
o casamento.
Embora anulável ou mesmo nulo, se
contraído de boa-fé por ambos os
cônjuges, em relação a estes como
CASAMENTO PUTATIVO aos filhos, produz todos os efeitos
até o dia da sentença anulatória.
Porém, se de má-fé os efeitos civis
estendem apenas aos filhos.
E M d IL
comuns, ou que possam
integrar futura meação.
REGIME LEGAL OBRIGATÓRIO e
rt RO
As pessoas maiores de 70 anos
(sanção)
p o OR
devem casar, obrigatoriamente, sob
um IZ .7 .co
ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS bens, mediante alteração judicial,
V O er L.
U
0
4
4 ma il desde que não sejam prejudicados
direitos de terceiros.
d R 4 3 g Diante do divórcio, não deve ser
A PE D 0 er@
l
reconhecida a meação dos valores
p lc
COMUNICABILIDADE DOS BENS
FGTS em datas anteriores à
constância do casamento, se
realizado no regime de separação
parcial de bens, e que tenham sido
utilizados para a aquisição de imóvel
pelo casal durante a vigência da
relação conjugal.
FACULTATIVIDADE DA PARTILHA DE BENS NO O divórcio pode ser concedido sem
DIVÓRCIO que haja partilha de bens.
A extinção de medida protetiva de
urgência diante da homologação de
divórcio não afasta a competência da
MEDIDAS PROTETIVAS Vara Especializada de Violência
Doméstica ou Familiar contra a
Mulher para julgar ação de divórcio
io n
JURISPRUDÊNCIA
a c
u c ER
E M d IL
DIREITO DE FAMÍLIA: O companheiro faz jus à cobertura de cláusula de remissão
por morte de titular de plano de saúde na hipótese em que a referida disposição
e
rt RO
contratual faça referência a cônjuge, sendo omissa quanto a companheiro. STJ. (Info
581)
p o OR
S C 41- m u H 89
DIVISÃO DE BENS NA UNIÃO ESTÁVEL: Algumas vezes, uma empresa apura lucro,
m IZ .7 .co
mas decide que não irá distribuí-los aos acionistas, retendo esses lucros com o
u
V O er L
. 0
U4 ma4 il
objetivo de incrementar o seu capital social. O lucro destinado à conta de reserva,
ou seja, que não é distribuído aos sócios, continua pertencendo à sociedade
d R 4 3 g
empresária (e não ao sócio). Em razão disso, essa quantia não será partilhada caso
A PE D 0 er@
um dos sócios termine a união estável que mantinha. Em outras palavras, os lucros
l i
de sociedade empresária destinados a sua própria conta de reserva não são
m
588). p lc
partilháveis entre o casal no caso de dissolução de união estável de sócio. STJ. (Info
DIVÓRCIO: Cotas sociais que serão partilhadas após mancomunhão deverão ser
calculadas no momento efetivo da partilha. Verificada a existência de
mancomunhão, o pagamento da expressão patrimonial das cotas societárias à ex-
cônjuge, não sócia, deve corresponder ao momento efetivo da partilha, e não
d R 3 g
UNIÃO ESTÁVEL: O benefício de previdência privada fechada é excluído da partilha
4
A PE D 0 er@
em dissolução de união estável regida pela comunhão parcial de bens. STJ. (Info
l
606).
mi
p lc
UNIÃO ESTÁVEL: O STF fixou a seguinte tese: No sistema constitucional vigente, é
inconstitucional a diferenciação de regimes sucessórios entre cônjuges e
companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no
art. 1.829 do Código Civil. STF. Plenário. RE 646721/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, red.
p/ o ac. Min. Roberto Barroso e RE 878694/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados
em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864). O STJ acompanhou o entendimento do
Supremo e também decidiu de forma similar: É inconstitucional a distinção de
regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em
ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829 do CC/2002. STJ. (Info 609).
a l
n
No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância
io
c
do casamento, desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição. Esse
a
c ER
esforço comum não pode ser presumido. Deve ser comprovado. O regime de
u
E M d IL
separação legal de bens (também chamado de separação obrigatória de bens) é
aquele previsto no art. 1.641 do Código Civil. STJ. 2ª Seção. EREsp 1.623.858-MG,
e
rt RO
Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador Convocado do TRF 5ª Região), julgado
o OR
em 23/05/2018 (recurso repetitivo) (Info 628).
p
S C 41- m u H 89
DIVÓRCIO. A revelia em ação de divórcio na qual se pretende, também, a exclusão
m Z .7 .co
do patronímico adotado por ocasião do casamento não significa concordância tácita
u I
V er L0
U4 ma4 il
com a modificação do nome civil. Ex: João da Silva Maier casou-se com Gabriela
Ferreira. Gabriela adotou o patronímico de João e passou a se chamar Gabriela
O .
d R 3 g
Ferreira Maier. O relacionamento chegou ao fim e João ajuizou ação de divórcio
4
A PE D 0 er@
contra Gabriela pedindo: a) que fosse decretado o divórcio; b) que Gabriela fosse
l i
condenada a retirar o patronímico “Maier” de seu nome. Gabriela foi devidamente
m
p lc
citada, mas não respondeu a ação. Correta a decisão do juiz que julga o pedido
parcialmente procedente decretando o divórcio, mas mantendo o sobrenome da ré.
Principais argumentos: • o fato de o réu ter sido revel não significa,
necessariamente, que o juiz tenha que acolher o pedido do autor; • o nome é
considerado direito indisponível, tendo em vista ser direito da personalidade; • para
que houvesse a retirada do sobrenome, seria necessária a manifestação expressa da
vontade da mulher; • a utilização do sobrenome do ex-marido por mais de 30 trinta
anos pela ex-mulher demonstra que há tempo ele está incorporado ao nome dela,
de modo que não mais se pode retirá-lo, sem que cause evidente prejuízo para a sua
identificação. STJ. 3ª Turma. REsp 1.732.807-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 14/08/2018 (Info 631).
SÚMULAS
Súmula 197, STJ: O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha
dos bens.
11.2. Filiação
e
rt RO
O reconhecimento de filho não pode ser
p o OR
revogado, nem mesmo quando feito em
S C 41- m u H 89
testamento. Mas, importante destacar
que, excepcionalmente será permitida a
um IZ .7 .co
RECONHECIMENTO DE FILHOS revogação ao reconhecimento de filho se
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il o registro resultou de erro, ou seja, o pai
registral de fato acreditava que registrava
d R 4 3 g seu filho.
A PE D 0 er@
l
mi Neste caso, de acordo com o STJ, será
41
STJ REsp. 1.167.933 RS
l
A paternidade socioafetiva, declarada ou
a
io n
não em registro público, não impede o
reconhecimento do vínculo de filiação
PLURIPARENTALIDADE
a c
concomitante baseado na origem
u c ER
biológica, com efeitos jurídicos próprios.
Neste
E M d IL
caso, materializa-se
reconhecimento da multiparentalidade.
o
S C 41- m u H 89
O direito ao reconhecimento de
paternidade é personalíssimo. Neste
um IZ .7 .co
DIREITO AO RECONHECIMENTO DE sentido, o filho não tem legitimidade para
V O er L.
U
PATERNIDADE
0
4
4 ma il pedir pessoalmente que seja reconhecida
a filiação de sua mãe. Porém, poderá, em
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
nome próprio, pedir o reconhecimento do
vínculo ascendente, em ação proposta em
mi face de seus avós.
p lc O abandono afetivo decorrente da
ABANDONO AFETIVO omissão do genitor no dever de cuidar da
prole constitui elemento suficiente para
caracterizar dano moral compensável.
ADOÇÃO A adoção por pessoa maior de idade não
(VER DISPOSITIVOS DO ECA!) precisa do consentimento do pai
biológico.
O fato de o alimentando ter completado
18 anos não caracteriza revogação
automática aos alimentos. Os alimentos
não se baseiam em marco temporal de
idade para serem devidos, sendo
decorrência do binômio: necessidade X
possibilidade.
a l
O princípio base do direito de família é a
io n
cooperação. Sendo assim, são devidos
c
alimentos entre parentes, para que
a
c ER
consigam viver e manter a sua
u
E M
educação. d IL
subsistência, inclusive, para fins de
e
rt RO
JURISPRUDÊNCIA
p o OR
S C 41- m u H 89
FAMÍLIA: É possível o reconhecimento da paternidade socioafetiva post mortem, ou
m IZ .7 .co
seja, mesmo após a morte do suposto pai socioafetivo. STJ. 3ª Turma. REsp
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
1.500.999-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 12/4/2016 (Info 581).
d R 4 3 g
ALIMENTOS: Em execução de alimentos devidos a filho menor de idade, é possível o
A PE D 0 er@
protesto e a inscrição do nome do devedor em cadastros de proteção ao crédito.
l i
Mostra-se juridicamente possível o pedido do credor para que seja realizado
m
p lc
protesto e inclusão do nome do devedor de alimentos nos cadastros de proteção ao
crédito (SPC e Serasa), como medida executiva a ser adotada pelo magistrado para
garantir a efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. No CPC
2015 existe previsão expressa nesse sentido (art. 528, § 1º e art. 782, §§ 3º e 4º).
STJ. 3ª Turma. REsp 1.469.102-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
8/3/2016 (Info 579). STJ. 4ª Turma. REsp 1.533.206-MG, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 17⁄11⁄2015.
a l
biológica, com os efeitos jurídicos próprios. Ex: Lucas foi registrado e criado como
n
filho por João; vários anos depois, Lucas descobre que seu pai biológico é Pedro;
io
c
Lucas poderá buscar o reconhecimento da paternidade biológica de Pedro sem que
a
c ER
tenha que perder a filiação socioafetiva que construiu com João; ele terá dois pais;
u
E M d IL
será um caso de pluriparentalidade; o filho terá direitos decorrentes de ambos os
vínculos, inclusive no campo sucessório. STF. Plenário. RE 898060/SC, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 21 e 22/09/2016 (Info 840). e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
FILIAÇÃO. O filho tem direito de ter reconhecida sua verdadeira filiação. Assim,
mesmo que ele tenha nascido durante a constância do casamento de sua mãe e de
m Z .7 .co
seu pai registrais, ele poderá ingressar com ação de investigação de paternidade
u I
V er L0
U4 ma4 il
contra o suposto pai biológico. A presunção legal de que os filhos nascidos durante o
casamento são filhos do marido não pode servir como obstáculo para impedir o
O .
d R 3 g
indivíduo de buscar a sua verdadeira paternidade. STF. Plenário. AR 1244 EI/MG, Rel.
4
A PE D 0 er@
Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/09/2016 (Info 840).
l
mi
p lc
ALIMENTOS: A obrigação dos avós de prestar alimentos tem natureza
complementar e subsidiária e somente exsurge se ficar demonstrada a
impossibilidade de os dois genitores proverem os alimentos dos filhos, ou de os
proverem de forma suficiente. Assim, morrendo o pai que pagava os alimentos, só
se poderá cobrar alimentos dos avós se ficar demonstrado que nem a mãe nem o
espólio do falecido têm condições de sustentar o filho. Não tendo ficado
demonstrada a impossibilidade ou a insuficiência do cumprimento da obrigação
alimentar pela mãe, como também pelo espólio do pai falecido, não há como
reconhecer a obrigação do avô de prestar alimentos. O falecimento do pai do
alimentante não implica a automática transmissão do dever alimentar aos avós. STJ.
(Info 587).
a l
deverá ser extinta sem resolução do mérito pela coisa julgada (art. 485, V, do CPC).
n
Em suma, a relativização da coisa julgada estabelecida em ação de investigação de
io
c
paternidade – em que não foi possível determinar-se a efetiva existência de vínculo
a
c ER
genético a unir as partes – não se aplica às hipóteses em que o reconhecimento do
u
E M d IL
vínculo se deu, exclusivamente, pela recusa do investigado ou seus herdeiros em
comparecer ao laboratório para a coleta do material biológico. STJ. (Info 604).
e
rt RO
o OR
ALIMENTOS: O valor recebido pelo alimentante (devedor) a título de participação
p
S C 41- m u H 89
nos lucros e resultados deve ser incorporado à prestação alimentar devida? Os
valores recebidos a título de “participação nos lucros e resultados” são incluídos no
m Z .7 .co
percentual que é devido a título de pensão alimentícia? Em suma, toda vez que o
u I
V er L0
U4 ma4
automaticamente, pago a mais?
O .
il
devedor receber participação nos lucros e resultados, o valor da pensão deverá ser,
d R 3 g
1ª corrente: NÃO. Os valores recebidos a título de participação nos lucros e
4
A PE D 0 er@
resultados não se incorporam à verba alimentar devida ao menor. É a posição da 3ª
l i
Turma do STJ. REsp 1.465.679-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 09/11/2017
m
(Info 615).
p lc
2ª corrente: SIM. As parcelas percebidas a título de participação nos lucros
configuram rendimento, devendo integrar a base de cálculo da pensão fixada em
percentual, uma vez que o conceito de rendimentos é amplo, especialmente para
fins de cálculo de alimentos. É a corrente adotada pela 4ª Turma do STJ. AgInt no
AREsp 1070204/SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 19/09/2017. STJ. 4ª
Turma. REsp 1.561.097-RJ, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador convocado
do TRF da 5ª Região), Rel. Acd. Min. Marco Buzzi, julgado em 06/02/2018 (Info
620). Lei 5.478/68, Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo
alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita. (alimentos provisórios de ofício).
l
manutenção da comunidade familiar, abrangendo o custeio de alimentação, saúde,
a
vestuário, educação, lazer, entre outros.
io n
Excepcionalmente, admite-se o ajuizamento de ação de prestação de contas pelo
a c
filho, sempre que a causa de pedir estiver fundada na suspeita de abuso de direito
no exercício desse poder.
u c ER
E M d IL
Assim, a ação de prestação de contas ajuizada pelo filho em desfavor dos pais é
possível quando a causa de pedir estiver relacionada com suposto abuso do direito
e
rt RO
ao usufruto legal e à administração dos bens dos filhos. STJ. 3ª Turma. REsp
p o OR
1.623.098-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 13/03/2018 (Info 622).
S C 41- m u H 89
Havendo meios executivos mais adequados e igualmente eficazes para a satisfação
um IZ .7 .co
da dívida alimentar dos avós, é admissível a conversão da execução para o rito da
er L U 4
4 ma il
penhora e da expropriação, a fim de afastar o decreto prisional em desfavor dos
V O . 0
executados. STJ. 3ª Turma. HC 416.886-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
d R 4 3 g
A PE D
12/12/2017 (Info 617).
0 er@
l
mi
É imprescindível o consentimento de pessoa maior para o reconhecimento de
p lc
filiação post mortem. STJ. 3ª Turma. REsp 1.688.470-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 10/04/2018 (Info 623)
a l
para o filho 2, 15%. O STJ admitiu que essas pensões sejam em valores diferentes
n
porque a capacidade financeira da mãe do filho 2 é muito maior do que a genitora
io
c
do filho 1. STJ. 3ª Turma. REsp 1.624.050/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
a
19/06/2018 (Info 628).
u c ER
E M d IL
ALIMENTOS. A teoria do adimplemento substancial não tem incidência nos vínculos
e
rt RO
jurídicos amiliares, revelando-se inadequada para solver controvérsias relacionadas
o OR
a obrigações de natureza alimentar. STJ. 4ª Turma. HC 439.973-MG, Rel. Min. Luis
p
632). S C 41- m u H 89
Felipe Salomão, Rel. Acd. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 16/08/2018 (Info
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
É admissível o uso da técnica executiva de desconto em folha de dívida de natureza
alimentar ainda que haja anterior penhora de bens do devedor. STJ. 3ª Turma. REsp
O .
d R 3 g
1.733.697-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/12/2018 (Info 640).
4
A PE D 0 er@
l i
O acordo que estabelece a obrigação alimentar entre ex-cônjuges possui natureza
m
p lc
consensual e, portanto, a incidência de correção monetária para atualização da
obrigação ao longo do tempo deve estar expressamente prevista no contrato. Os
alimentos acordados voluntariamente entre ex-cônjuges, por se encontrarem na
esfera de sua estrita disponibilidade, devem ser considerados como verdadeiro
contrato, cuja validade e eficácia dependem exclusivamente da higidez da
manifestação de vontade das partes apostas no acordo.
Não confundir:
• acordo de alimentos entre ex-cônjuges não prevê atualização monetária da pensão
alimentícia ao longo do tempo: o valor da obrigação se mantém pelo valor histórico
(valor original).
• decisão judicial não prevê atualização monetária da pensão alimentícia: mesmo
assim a
prestação deverá ser corrigida, atualizando-se o valor historicamente fixado.
Observação: a correção monetária explicada acima diz respeito à atualização da
obrigação original fixada no contrato e paga na data do vencimento. Não se estava
SÚMULAS
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
QUESTÃO p o OR
10: Ano: 2015. Banca: FCC. Órgão: DPE-MA
DIREITO DE
S C 41- m u H 89
FAMÍLIA
um
João Roberto, que completou 18 anos no dia 1° de julho de
IZ .7 .co
er L
2015, comparece à Defensoria Pública na data de hoje, com
U 4
4 ma il
uma sentença que condenou o seu pai a pagar alimentos no
d V R O
4 3 . 0 g
valor de um salário mínimo ao mês, desde a citação, ocorrida
A PE D 0 er@
l
em 1° de julho de 1999. Os documentos apresentados pelo
mi
jovem revelam que o alimentante nunca pagou qualquer valor a
título de alimentos, desde que foram fixados até a presente
p lc
data, razão pela qual João Roberto deseja que seu pai pague
todas as prestações, sob pena de prisão. João nunca foi
emancipado e também não houve causa extintiva do poder
familiar antes do atingimento da maioridade. Diante deste
pedido do autor e considerando as informações constantes da
narrativa acima, o defensor deverá:
a l
julho de 1999, sob pena de prisão civil, diante do caráter da
imprescritibilidade dos alimentos.
io n
a c
c ER
e) ajuizar duas ações de execução de alimentos, cobrando as
u
E M d IL
três últimas parcelas vencidas e as que se vencerem no curso do
processo, sob pena de prisão, e a outra cobrando as demais
e
rt RO
parcelas, mas somente as que não estejam prescritas,
o OR
respeitado o prazo prescricional de 02 anos em relação às
p
u H 89
parcelas vencidas.
S C 41- m
m Z .7 .co
GABARITO COMENTADO:
u I
V er L U 4
0
il
4 ma
CORRETA: Letra C. A questão é interessante, pois aborda
O .
d R 3 g
diversos assuntos do direito em uma única vez. A questão será
4
A PE D 0 er@
comentada de forma geral, pois o comentário demonstrará o
l i
erro das outras alternativas, pelos fundamentos apresentados.
m
p lc
O primeiro ponto a ser analisado é com relação à prescrição. A
prescrição não corre entre ascendentes e descendentes durante
o poder familiar (artigo 197, II do CC). Mesmo correndo
prescrição contra relativamente incapazes (artigo 198, I), no
caso de alimentos o prazo só começa a contar a partir dos 18
anos, que é quando se extingue o poder familiar (artigo 1.630
CC). Logo, todas as parcelas devidas pelo genitor de João
poderão ser cobradas, pois o prazo prescricional começou a
contar do dia em que fez 18 anos.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
MA - Defensor Público
Os alimentos gravídicos:
um IZ .7 .co
paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão
V er L
O
U
.
4
0
il
até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da
4 ma
parte autora e as possibilidades da parte ré.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
b) Lei 11804/08. Art. 6o Parágrafo único. Após o nascimento
l i
com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão
m
p lc
alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a
sua revisão.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
MA - Defensor Público
l
A) pode ser feita judicial ou extrajudicialmente e, neste caso,
a
io
no reconhecimento de mais de dois pais ou de duas mães.n
somente pode ser feito unilateralmente e não poderá implicar
a c
B) pode ser feito judicial ou extrajudicialmente, unilateral ou
u c ER
bilateralmente, sem qualquer restrição quanto ao número de
d IL
pais ou de mães reconhecidos no registro.
E M
e
C) se trata de processo de jurisdição necessária e, portanto,
rt RO
deve ser feito por meio de ação de judicial de investigação de
p o OR
paternidade ou de ação de adoção.
S C 41- m u H 89
D) pode ser feita judicial ou extrajudicialmente e, neste caso,
pode ser feito unilateral ou bilateralmente, desde que não
um IZ .7 .co
er L
implique no reconhecimento de mais de dois pais ou de duas
U
mães. 4 il
4 ma
d V R O 3 . 0
E) uma vez realizado judicialmente por meio de devido processo
4 g
A PE D 0 er@
legal, obsta a discussão judicial a respeito da realidade biológica.
l i
GABARITO: A. Pessoal, trata-se de uma questão com ALTO
m
lc
ÍNDICE DE ERROS (80%), então fiquem atentos!!
p
PROVIMENTO 63 DO CNJ (PRA NÃO ERRAR MAIS!)
PROVIMENTO 63 CNJ:
a l
paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público,
não impede o reconhecimento do vínculo de filiação
io n
c
concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos
a
jurídicos próprios.
u c ER
E M d IL
12.
e
rt RO
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E TOMADA DE DECISÃO APOIADA
p o OR
S C 41- m u H 89
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, marco no Brasil por ter sido junto ao seu
protocolo facultativo, o primeiro tratado internacional de Direitos Humanos, a ter
um
status de Emenda Constitucional, trouxe uma inegável evolução para a promoção da
IZ .7 .co
er L U il
dignidade humana, inerente a todos os cidadãos, sem discriminação.
4 ma4
d V R O 3 . 0 g
Neste sentido, ao alterar os artigos 3º e 4º, do Código Civil, foi conferida plena
4
A PE D 0 er@
capacidade aos portadores de deficiência, para o desenvolvimento de todos os atos
l i
da vida civil. Assim, a deficiência não afeta a plena capacidade civil, tendo o indivíduo
m
p lc
direito de casar, exercer os direitos sexuais e reprodutivos, ter filhos e conservar sua
fertilidade, usufruir do convício familiar, bem como exercer guarda, tutela, curatela e
adoção.
O pedido será feito ao juiz, que, junto com medida multidisciplinar, após a
oitiva do Ministério Público, e das pessoas que serão apoiadoras, decidirá sobre a
pretensão.
A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar ao juiz sua exclusão de sua
participação em processo de tomada de decisão apoiada, sendo o desligamento
condicionado a autorização judicial.
Em que pese o erro no termo trazido pelo novo Código de Processo Civil
(artigos 747 a 758), há entendimento é que o antigo instituto da interdição não existe
mais, sendo que o título deveria ser “curatela”, já que as limitações estão ligadas a
questões patrimoniais, de forma que o curatelado exerce todos os outros direitos de
forma livre. No entanto, existe forte corrente no sentido de ainda existir a interdição.
a l
INFORMATIVO
io n
a c
c ER
O motivo que levou o juiz a decretar a curatela pode deixar de existir. Neste caso,
u
E M d IL
deverá ser ajuizada uma ação para levantamento da curatela. É o que prevê o art. 756
do Código Civil: Art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar a causa que a
e
rt RO
determinou. § 1º O pedido de levantamento da curatela poderá ser feito pelo
o OR
interdito, pelo curador ou pelo Ministério Público e será apensado aos autos da
p
S C 41- m u H 89
interdição. O rol de legitimados para propor a ação de levantamento de curatela,
previsto no art. 756, § 1º do CPC/2015, não é taxativo. Exemplo: João foi atropelado
m Z .7 .co
por um veículo conduzido por funcionário da empresa “X”. Em razão das sequelas
u I
V er L0
U4 ma4 il
sofridas, João foi interditado. Em ação de indenização movida por João contra a
empresa, a ré foi condenada a pagar pensão mensal vitalícia em virtude de,
O .
d R 3 g
supostamente, o autor não poder mais trabalhar. Passados alguns anos, a empresa “X”
4
A PE D 0 er@
ajuizou ação de levantamento da curatela em face de João ao fundamento de que há
l i
prova, posterior à sentença de interdição, que atestaria que o interdito não possui
m
p lc
mais a enfermidade que justificou a sua interdição. Por entender que existem
elementos probatórios suficientes para demonstrar que o interdito não possui mais a
patologia que resultou em sua interdição, o que poderia gerar também a cessação da
pensão vitalícia, o STJ concluiu que a empresa, mesmo não estando no rol do art. 756,
§ 1º do CPC/2015, possui legitimidade para o ajuizamento da ação de levantamento da
curatela. STJ. 3ª Turma. REsp 1.735.668-MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
11/12/2018 (Info 640).
e
rt RO
E) a educação constitui direito da pessoa com deficiência, a ser
o OR
exercido em escola especial e direcionada, em um local que
p
S C 41- m
GABARITO: A.
u H 89
não se conviva deficientes e não-deficientes.
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
Lei 13.146/2015
d R 4 3 g
a) Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da
A PE D 0 er@
pessoa, inclusive para:
l
mi
lc
I - casar-se e constituir união estável;
p
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
d R 4 3 g
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
A PE D 0 er@
l
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo
mi
se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
p lc
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens
particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
E M d IL
finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória. Não
e
importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos
rt RO
demais coerdeiros.
p o OR
S C 41- m u H 89
Renúncia: consiste no direito que o herdeiro tem de rechaçar a herança que lhe é de
um
direito, devendo ser pura e simples, não podendo comportar termo ou condições. É
IZ .7 .co
er L
ato jurídico formal, devendo constar de instrumento público ou de termo nos autos. A
U 4
4 ma il
renúncia apenas pode ocorrer após a abertura da sucessão. Uma vez formalizada
d V O 3 . 0 g
retroage à abertura da sucessão e o herdeiro é tratado como se nunca tivesse existido.
R 4
A PE D 0 er@
l
mi
Realizada a renúncia, a parte do renunciante passa aos outros herdeiros. Se o
renunciante falecer, seus sucessores nada recebem, a não ser que ele seja o único de
p lc
sua classe, sucedendo, neste ato, por direito próprio.
A sucessão pode ocorrer pela lei ou pela vontade do falecido, neste caso por
meio de testamento. Porém, havendo herdeiro necessário, deve ser garantida a
legítima, podendo haver disposição testamental apenas da metade (50%) dos
bens da herança.
o OR
este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação
p
S C 41- m u H 89
obrigatória de bens, ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança
não houver deixado bens particulares;
um IZ .7 .co
er L
Não havendo descendentes, o cônjuge ou companheiro concorrerá com os
U 4
4 ma il
ascendentes, sendo que cada um receberá 1/3 da herança, cabendo-lhe a
V O 3 . 0
metade se houver apenas um ascendente, ou se maior for o grau.
d R 4 g
A PE D 0 er@
Não havendo descendentes nem ascendentes o cônjuge ou companheiro
l i
sucederá sozinho e, na sua falta, serão chamados à sucessão os herdeiros
m
colaterais.
p lc
Direito real de habitação: ao cônjuge e ao companheiro sobrevivente é
garantido o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à
residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
O artigo 1831 do Código Civil apenas mencionou o cônjuge como detentor do direito
real de habitação no texto legal, mas tanto a doutrina quanto a jurisprudência
estendem os efeitos ao companheiro. Porém, em algumas provas já cobraram a
literalidade do artigo, não englobando o companheiro, devendo o candidato ter
Sucessão por cabeça: ocorre quando todos os herdeiros são do mesmo grau,
tendo cada herdeiro direito a uma quota igual na herança.
a l
io n
Quando o regime de bens for de comunhão total ou comunhão parcial, não
c
deixando o de cujos bens particulares, o cônjuge e companheiro não serão
a
c ER
herdeiros, mas apenas meeiros, pois terão direito à metade dos bens que
u
dividia com o falecido.
E M d IL
e
Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade de seus bens, ou
rt RO
o OR
de parte deles, para depois da sua morte.
p
u H 89
Em execução de dívida divisível do autor da herança ajuizada após a partilha,
S C 41- m
cada herdeiro beneficiado pela sucessão responde na proporção da parte que
um IZ .7 .co
lhe cabe na herança. 42
V O er L
. 0
U4 ma4 il
O espólio possui legitimidade para ajuizar ação de cobrança de indenização
d R 4 3 g
securitária decorrente de invalidez permanente ocorrida antes da morte do
A PE D 0 er@
segurado. Isto porque, o direito a indenização de seguro por invalidez é
l i
meramente patrimonial, ou seja, submete-se à sucessão aberta com a morte
m
lc
do segurado, mesmo sem ação ajuizada pelo de cujos. 43
p
O filho de autor da herança tem direito de exigir de seus irmãos a colação dos
bens que receberam em via doação a título de adiantamento da legítima.
42
STJ . REsp 1.367.942 - SP
43
STJ. REsp 1.335.407 - RS
um IZ .7 .co
er L
A meação é a divisão do patrimônio dos bens
U 4
4 mail comuns, que ocorrerá entre
d V R O
4 3 . 0 g cônjuges/companheiros em razão da
A PE D 0 er@
l
dissolução da sociedade conjugal, a depender
MEAÇÃO X SUCESSÃO
mi do regime de bens escolhido.
Ao contrário da meação, a sucessão é a
p lc transmissão de titularidade da parte disponível
e da metade da meação do falecido (legítima).
Assim, percebe-se que onde o cônjuge meia,
ele não sucede.
Será dividido por cabeça entre os
descendentes, podendo concorrer com o
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES cônjuge. Os mais próximos excluem os mais
remotos, podendo haver direito de
representação.
a l
vocação hereditária, assim, ocorrerá apenas
quando não existirem os demais herdeiros e
SUCESSÃO DOS COLATERAIS
io n
nem cônjuge sobrevivente, pois não há
a c
concorrência entre cônjuge e colateral.
Ademais, pode
u c ERocorrer direito de
d IL
representação (exceção art. 1853, CC).
E M
e
rt RO
p o OR
Ato personalíssimo e revogável pelo qual
S C 41- m u H 89
alguém, em conformidade com a lei, não só
dispõe, para depois de sua morte, no todo ou
um IZ .7 .co
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA em parte, do seu patrimônio, mas também faz
V Oer L U
. 0
4
4 mail outras estipulações”. Assim, poderá ter
disposições patrimoniais ou extrapatrimonais.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l Ordinário: público, particular e cerrado.
ESPÉCIES DE TESTAMENTO
mi Especiais: marítimo, aeronáutico e militar
io
anos, contados da abertura da sucessão. n
a c
§ 1o O direito de demandar a exclusão do
herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos,
u c ER
contados da abertura da sucessão. (Redação
E M d IL
dada pela Lei nº 13.532, de 2017)
§ 2o Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o
e
rt RO
Ministério Público tem legitimidade para demandar a
p o OR
exclusão do herdeiro ou legatário.
Lei nº 13.532, de 2017)
(Incluído pela
V O er L
. 0
U4 ma4 il Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá
direito ao usufruto ou à administração dos bens que a
A PE D 0 er@
l
eventual desses bens.
mi
TABELA NOVA!!!
p lc
INDIGNIDADE SUCESSÓRIA DESERDAÇÃO
Matéria de sucessão legítima e
Matéria de sucessão testamentária.
testamentária.
Somente atinge os herdeiros
Alcança qualquer classe de herdeiro. necessários (ascendentes,
descendentes e cônjuge).
Existem hipóteses de deserdação que
As hipóteses de indignidade servem
não alcançam a indignidade (arts. 1.962
para a deserdação.
e 1.963).
Há pedido de terceiros interessados ou Realizada por testamento, com
do MP, com confirmação em sentença declaração de causa e posterior
transitada em julgado. confirmação por sentença.
TABELA NOVA!!!
e
rt RO
JURISPRUDÊNCIA
p o OR
S C 41- m u H 89
SUCESSÕES: A viúva meeira que não ostente a condição de herdeira é parte ilegítima
um IZ .7 .co
para figurar no polo passivo de ação de petição de herança na qual não tenha sido
er L U4 ma4 il
questionada a meação, ainda que os bens integrantes de sua fração se encontrem
V O . 0
em condomínio «pro indiviso» com os bens pertencentes ao quinhão hereditário.
d R 4 3 g
A PE D
STJ (Info 578).
0 er@
l
mi
NULIDADE DE PARTILHA: Ocorrido o falecimento do autor da ação de investigação
p lc
de paternidade cumulada com nulidade da partilha antes da prolação da sentença,
sem deixar herdeiros necessários, detém o herdeiro testamentário, que o sucedeu a
título universal, legitimidade e interesse para prosseguir com o feito, notadamente,
pela repercussão patrimonial advinda do potencial reconhecimento do vínculo
biológico do testador. STJ. (Info 592).
a l
legitimidade ativa para ajuizar ação pedindo que se anule a adoção realizada pelo
n
seu parente já falecido, no caso em que o de cujus deixou cônjuge ou companheira
io
c
viva. Isso porque tais parentes colaterais não terão direito à herança mesmo que se
a
c ER
exclua o filho adotivo. Não terão direito à herança porque o art. 1.790 do Código
u
E M d IL
Civil, que autoriza os colaterais a herdarem em conjunto com a companheira
sobrevivente, foi declarado inconstitucional pelo STF. Logo, em caso de sucessão
e
rt RO
causa mortis do companheiro, deverão ser aplicadas as mesmas regras da sucessão
o OR
causa mortis do cônjuge, regras essas que estão previstas no art. 1.829 do CC. Em
p
S C 41- m u H 89
outras palavras, se o indivíduo faleceu deixando uma companheira (união estável),
esta herdará exatamente como se fosse esposa (casamento). Pelas regras do art.
m Z .7 .co
1.829, se o falecido morreu sem deixar descendentes (filhos, netos etc.) ou
u I
V er L U
0
4
4 ma il
ascendentes (pais, avós etc.), a sua companheira terá direito à totalidade da
herança, sem ter que repartir nada com os demais parentes colaterais (como
O .
d R 3 g
irmãos, tios, sobrinhos etc.). Ex: João e Maria viviam em união estável. Decidiram
4
A PE D 0 er@
adotar uma criança (Lucas). Logo em seguida, João faleceu. Seus únicos herdeiros
l i
eram Maria e Lucas. Pedro, irmão de João, de olho nos bens deixados pelo falecido,
m
p lc
ingressou com ação pedindo a anulação da adoção de Lucas. Como o art. 1.790 do
CC não vale mais, para Pedro, nada muda juridicamente se conseguir anular a
adoção feita por seu irmão. Ele não terá nenhum ganho jurídico com essa decisão.
Dessa forma, se ele não possui interesse jurídico no resultado do processo, ele não
tem legitimidade para propor esta ação de anulação. STJ. 4ª Turma. REsp 1.337.420-
RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 22/8/2017 (Info 611).
e
rt RO
_____________________________________________________
GABARITO COMENTADO:
p o OR
S C 41- m u H 89
CORRETA: Letra C - O princípio do droit de saisine estabelece que a
sucessão ocorra concomitante ao falecimento, com a transferência
m Z .7 .co
imediata do bem, nos mesmos termos expressos pela alternativa, e
u I
V Oer L U
. 0
4
4 mail
corroborando o que expõe o artigo 1.784 do CC.
d R 3 g
INCORRETAS:
4
A PE D 0 er@
l i
A) Incorreta, já que é a regra do direito brasileiro, conforme artigo
m
lc
1.784 do CC.
p
B) está incorreta, porque o Estado (em sentido amplo), não é
sucessor, tecnicamente falando, mas apenas toma os bens vagos.
Isso fica claro na parte final do art. 1.819: “Falecendo alguém sem
deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido,
os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e
administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor
devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância”.
E) está incorreta, mais uma vez, de acordo com o art. 1.784, porque
Ricardo viveu em união estável com Viviane, com quem teve quatro
filhos, Bruno, Cleber, Daiane e Flávia. Durante a união, que
perdurou por 35 anos, até a morte de Ricardo, Viviane se dedicava
aos cuidados da casa e dos filhos, enquanto Ricardo trabalhava
como motorista. Antes da união estável, Ricardo havia adquirido
um pequeno terreno em área rural. Na constância do
relacionamento, adquiriram a casa em que a família morava e um
automóvel. Com a morte de Ricardo, foi aberto inventário e a
família procura a Defensoria Pública para obter orientação quanto à
forma correta a ser realizada a partilha. Ricardo faleceu ab
intestatio e não tinha pacto de convivência com Viviane. Diante
desta situação e, em conformidade com o entendimento dos
a l
Tribunais Superiores, o Defensor deverá apresentar orientação
n
esclarecendo que, em relação aos bens adquiridos na constância da
io
união estável (casa e veículo), Viviane
a c
u c ER
a) tem direito à meação em relação a todos os bens a serem
E M d IL
inventariados, mas não concorrerá com os descendentes em
relação à herança, de modo que metade dos bens deixados por
e
rt RO
Ricardo serão destinados a Viviane, e a outra metade, aos
p o OR
descendentes, em partes iguais.
S C 41- m u H 89
b) não tem direito à meação por não ter contribuído
um
financeiramente para a aquisição dos bens, mas concorrerá com os
IZ .7 .co
er L U il
filhos em relação a todos os bens da herança de Ricardo, sendo-lhe
4 4 ma
d V reservado o quinhão mínimo de um quarto da herança, enquanto
R O 3 . 0 g
que os outros três quartos serão divididos pelos descendentes em
4
A PE D 0 er@
partes iguais.
l i
c) tem direito à meação, mesmo não tendo contribuído
m
p lc
financeiramente para a sua aquisição, ao passo que a outra metade
será dividida exclusivamente pelos filhos (um quarto para cada); já
quanto ao terreno adquirido antes da união estável, haverá
concorrência de Viviane com os descendentes do autor da herança,
sendo reservado a Viviane um quarto, enquanto os outros três
quartos serão divididos pelos descendentes em partes iguais.
d) tem direito à meação, mesmo não tendo contribuído
financeiramente para a sua aquisição, ao passo que a outra metade
será dividida exclusivamente pelos filhos (um quarto para cada); já
quanto ao terreno adquirido antes da união estável, haverá
concorrência de Viviane com os descendentes do autor da herança,
sendo a divisão por cabeça e em partes iguais.
e) tem direito à meação em relação a todos os bens a serem
inventariados e ainda concorrerá com os descendentes em relação
a l
Por isso, há duas posições acerca dos efeitos que a decisão do STF
io n
produziu ao tema. A primeira (doutrina majoritária) defende a
c
equiparação do companheiro ao cônjuge como herdeiro necessário.
a
c ER
A segunda, por sua vez, nega tal equiparação.
u
E M d IL
Uma das bases de sustentação da corrente interpretativa do (a)
e
rt RO
companheiro (a) como herdeiro necessário está na decisão do
o OR
julgamento de inconstitucionalidade do art. 1790 do Código Civil,
p
S C 41- m u H 89
que fazia diferenciação na herança legitima entre cônjuge e
companheiro e que teria atingido também o conteúdo do art. 1845
m IZ .7 .co
que estabelece quem é herdeiro necessário.
u
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
Mas isto não seria possível, para a segunda corrente, pois o rol dos
d R 4 3 g
herdeiros necessários é taxativo e, portanto, não se pode dar
A PE D 0 er@
interpretação que amplie a norma restritiva. E além disto, o STF não
l i
disse isto. Ao contrário, como se depreende do voto do ministro
m
p lc
Edson Fachin, que bem traduziu o espirito da lei: “Na sucessão, a
liberdade patrimonial dos conviventes já e assegurada com o não
reconhecimento do companheiro como herdeiro necessário,
podendo-se afastar os efeitos sucessórios por testamento.
Prestigiar a maior liberdade na conjugalidade informal não é
atribuir, a priori, menos direitos ou direitos diferentes do
casamento, mas, sim, oferecer a possibilidade de, voluntariamente,
excluir os efeitos sucessórios”. (RE 646.724, Ministro Edson Fachin,
p. 57).
a l
io n
c
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM -
a
Defensor Público - Reaplicação
u c ER
E M
Em relação ao direito sucessório, d IL
e
rt RO
o OR
A) a sucessão abre-se no lugar do falecimento do autor da
p
herança.
S C 41- m u H 89
B) havendo herdeiros, de qualquer natureza, o testador só
um Z .7 .co
poderá dispor de metade da herança.
I
V er L
O
U 4
0
il
C) o herdeiro não responde por encargos superiores às forças
4 ma
da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo
.
d R 4 3 g
se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos
A PE D 0 er@
bens herdados.
l i
D) aberta a sucessão, a herança transmite-se com a propositura
m
p lc
do pedido de arrolamento ou de inventário, tanto dos
herdeiros legítimos como dos testamentários.
E) legitimam-se a suceder somente as pessoas já nascidas no
momento da abertura da sucessão, pela inexistência de
direito adquirido às que tenham sido apenas concebidas na
ocasião.
GABARITO: C.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V er L
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U
.
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il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
p o OR
S C 41- m u H 89
TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE – Dizer o Direito, disponível em:
um IZ .7 .co
er L
http://www.dizerodireito.com.br/2013/07/teoria-da-perda-de-uma-chance.html.
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Perda de uma chance. RECURSO ESPECIAL Nº 1.291.247 - RJ (2011/0267279-8) Rel.:
l
Min. Paulo de Tarso Sanseverino.
mi
p lc
Responsabilidade dos profissionais de advocacia. REsp 1190180/RS, Rel. Ministro Luis
Felipe Salomão, DJ de 22-11-2010.
a l
n
1.286.741 - SP (2011/0234217-8), Relator: Min. Ricardo Villas Boas Cueva, julgado em:
io
15/10/13.
a c
u c ER
E M d IL
Indenização securitária pelo valor do automóvel no momento do sinistro REsp
e
rt RO
1.546.163-GO, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 5/5/2016.
p o OR
S C 41- m u H 89
Indenização securitária e atraso na comunicação do sinistro REsp 1.546.178-SP, Rel.
um IZ .7 .co
er L U 4 il
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 13/9/2016.
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Obrigações do Locador. REsp. Nº. 1.317.731 - SP (2012⁄0068290-3) Rel.: Min. Ricardo
l
mi
Villas Boas Cueva, Julgado em: 26/04/16.
p lc
Comodatário que não restitui a coisa deve aluguel mesmo sem previsão em contrato.
RESP. Nº. 1.188.315 – Rel.: Min. Ricardo Villas Bôas Cueva.
Usucapião Especial Urbana. RE 422.349 – RS – Rel.: Min. Dias Toffoli, julgado em:
29/04/2015.
Alteração do Registro Civil. Adoção à brasileira. REsp. Nº 878.954 - RS, Min. Rel.(a).:
Nancy Andrighi, julgado em: 07/05/2007.
a l
Nº 1.367.942 – SP, Min. Rel.: Luis Felipe Salomão, julgado em: 21/05/15.
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
1
APRESENTAÇÃO
Caro(a) Aluno(a),
l
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em
a
io n
consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que
possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da
a c
economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção
u c ER
nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames
públicos.
E M d IL
e
rt RO
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
p o OR
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
S C 41- m u H 89
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
um IZ .7 .co
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
V O
carreiras públicas. er L
. 0
U
4 ma 4 il
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma
l
obsessão.
mi
p lc
Bom estudo!
Francisco Penante
2
SUMÁRIO
E M d IL
4.1 Conceito ......................................................................................................... 37
e
rt RO
o OR
4.2 Classificação do poder constituinte ............................................................... 39
p
u H 89
4.3 Vigência das normas constitucionais .............................................................. 41
S C 41- m
6.
um
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ................................................................. 46
IZ .7 .co
V O . er L
0
U
4 ma 4 il
5.1 Teoria geral do controle de constitucionalidade............................................. 46
d R 3 g
5.1.2 Breve evolução do sistema brasileiro de controle ......................................... 47
4
A PE D 0 er@
5.1.3 Espécies de inconstitucionalidade ................................................................ 48
l
mi
5.1.4 Momentos de controle ................................................................................. 48
p lc
5.1.5 Sistemas e vias de controle .......................................................................... 49
5.2 Controle difuso .............................................................................................. 50
5.3 Controle concentrado ..................................................................................... 52
5.3.1 Ação Direta De Inconstitucionalidade - ADI Genérica.................................... 52
5.3.2 Ação Direta De Constitucionalidade - ADC .................................................... 55
5.3.3 Arguição De Descumprimento De Preceito Fundamental – ADPF.................. 55
5.3.4 Ação Direta De Inconstitucionalidade Por Omissão - ADO ............................ 56
5.3.5 Ação interventiva – ADI Interventiva ............................................................ 57
5.4 Controle Abstrato De Constitucionalidade Pelos Estados-Membros ................ 57
7. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO .................................................................................. 71
3
6.1 Intervenção .................................................................................................... 74
6.2 Repartição De Competências .......................................................................... 76
8. ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ............................................................................... 81
7.1 Poder Legislativo ............................................................................................ 81
7.1.1 Comissões Parlamentares De Inquérito ........................................................ 81
7.1.2 Garantias Do Poder Legislativo ..................................................................... 82
7.2 Poder Executivo .............................................................................................. 90
7.3 Poder Judiciário............................................................................................... 96
9. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ..........................................................................106
10. TEORIA GERAL DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...........................109
12. l
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................123
a
io n
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................128
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O . 0er L
4 maU 4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
4
1. HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES DO BRASIL
Até agora, tivemos 8 constituições, contando com a EC nº 1/69, mas não é pacífico na
doutrina que esta emenda seria uma constituição.
a c
- Separação dos poderes com a extinção do poder
moderador;
u c ER
d IL
- Presidente eleito por sufrágio direto e sendo
E M
responsável;
e
rt RO
- Previsão do habeas corpus, da justiça federal e da
p o OR
intervenção federal;
S C 41- m u H 89
- Coronelismo;
- Abolição da pena de morte;
um IZ .7 .co
- Fim da religião oficial.
V O er L
Constituição de 1934
.
U
0
4
4 ma il
- Forte influência da Constituição de Weimar;
- Sistema eleitoral, com previsão do voto feminino e
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
instituição da Justiça Eleitoral e da Justiça Militar;
- Unicameralismo: Senado era órgão de apoio da
mi
Câmara;
p lc- Responsabilidade do presidente e dos ministros de
estado;
- Instituição do Mandado de Segurança e da
declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato
do poder público, pelo voto da maioria absoluta dos
membros dos tribunais;
- Vitaliciedade, irredutibilidade de vencimentos e
inamovibilidade;
- Não havia vice-presidente.
Constituição de 1937 - Constituição Polaca, Estado Novo, regime
autocrático;
- Descretos-leis do Presidente, que concentrava o
Poder Executivo e o Legislativo em suas mãos;
- Inspirada no fascismo e no totalitarismo;
- Seria uma constituição cesarista, mas o referendo
5
chamado de plebiscito nela mesma não foi realizado;
- Extinguiu a JF, ignorou o MS e a Justiça Eleitoral;
- Superação da declaração de inconstitucionalidade,
pela provocação do Presidente e votação por 2/3 do
Parlamento;
- Volta da pena de morte.
e
rt RO
- Decretos-leis;
o OR
- Volta da JF na 1ª instância;
p
S C 41- m u H 89
- Desapropriação para reforma agrária;
- Censura como função da Polícia Federal.
EC nº 1 de 1969
um IZ .7 .co
- Crise política e medidas autocráticas;
V O er L
. 0
U4 ma4 il
- Doutrina da segurança nacional.
d R 4 3
Constituição de 1988 g - Abertura política e redemocratização;
A PE D 0 er@
l
- Convocação da Assembleia Nacional Constituinte
i
pela EC 26/85;
m
p lc- Constituição Cidadã;
- Social, promulgada, formal, escrita, dogmática,
rígida, analítica, prolixa, eclética.
QUESTÃO: HISTÓRICO Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 -
DA EVOLUÇÃO DAS DPE-RS - Defensor Público
CONSTITUIÇÕES
BRASILEIRAS Sobre a evolução histórica das constituições brasileiras,
considere:
6
trabalhos de uma assembleia nacional constituinte,
previa a existência da Justiça Eleitoral.
A) II.
B) III.
C) I e II.
D) I e III.
a l
E) II e III.
io n
a c
GABARITO: E.
u c ER
E M d IL
I.
e
Os poderes reconhecidos pela Constituição de
rt RO
1824 eram o Poder Legislativo, o Executivo, o
p o OR
Judiciário e o Moderador.
S C 41- m II. u H 89
Constituição de 1934: criação da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral.
um IZ .7 .co III. Com a Constituição de 1946, houve a
V O er L
.
U
0
4
4 ma il redemocratização do país, repudiando o
Estado Totalitário anterior.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
m i
2.
plcNEOCONSTITUCIONALISMO e CONSTITUIÇÃO
CONSTITUCIONALISMO,
MOMENTO
HISTÓRICO
7
ANTIGUIDADE surgimento do constitucionalismo. No Estado Teocrático, a
limitação do poder político era feita pela fiscalização dos
profetas dos atos governamentais que extrapolassem os
limites bíblicos.
O mesmo autor também aponta as Cidades-Estados gregas
como exemplo de democracia constitucional, democracia
direta, na qual o poder político estava distribuído entre
todos os cidadãos.
Documentos marcantes:
IDADE MODERNA O PetitionofRights, de 1628
O Habeas Corpus Act, de 1679
O Bill of Rights, de 1689
a l
O Atc of Settlement, de 1701
io n
c
Pactos, forais ou cartas de franquia (buscavam resguardar
a
direitos individuais).
u c ER
CONSTITUCIONALISM
A partir do século XVIII.
E M d IL
Predominam as constituições escritas, rígidas e formais,
O MODERNO e
rt RO
como instrumento para conter o arbítrio do poder.
o OR
Marcos histórico:
p
S C 41- m
1791. u H 89
Constituição Norte-Americana de 1787 e a francesa de
um Z .7 .co
O povo era o titular legítimo do poder.
I
V O er L
.
U
0
4
4 ma
social.
il
Está dividido em duas fases: Fase clássica (liberal) e Fase
d R 4 3 g
As constituições escritas são o marco da passagem do
A PE D 0 er@
l
constitucionalismo antigo para o moderno.
mi
p lc
FASE LIBERAL DO Inicia-se com as Revoluções Liberais, no séc. XVIII, indo até
CONSTITUCIONALISM a 1ª Guerra Mundial, no séc. XX.
O MODERNO Surgem as primeiras constituições escritas, o Estado de
Direito, que depois passa a ser Estado Social, o Estado
Democrático de Direito ou Estado Constitucional
Democrático e, hoje, já se fala em Estado Socioambiental de
Direito.
Características do Estado de Direito:
- Abstencionista (Estado Mínimo, não intervém nas
relações sociais, econômicas e laborais);
- Direitos Fundamentais = especialmente os de 1ª
geração/dimensão;
- Limitação do Soberano.
- Princípio da Legalidade da Administração Pública.
8
Direitos de 1ª geração/dimensão: liberdades clássicas.
Direitos civis e políticos, direitos negativos, individuais
oponíveis ao Estado (eficácia vertical), embora hoje
entenda-se que possuem também eficácia horizontal
também (frente aos demais indivíduos, particulares, esfera
privada).
a
- Declaração da Virgínia de 12/06/1776 – primeira l
declaração de direitos humanos em sentido
io n
moderno.
a c
04/07/1776 u c ER
- Declaração de independência dos Estados Unidos de
E M
Constituição de 1787. d IL
e
rt RO
- Bill of Rights (10 primeiras emendas) de 1791.
p o OR
S C 41- m u H 89
- 1786: independência das colônias, que se uniram numa
Confederação (reunião de estados soberanos, não apenas
um Z .7 .co
autônomos como na federação).
I
er L U 4 il
- Controle de constitucionalidade judicial e difuso:
V 0 4 ma
limitação ao poder do parlamento de criar leis abusivas e
O .
d R 3 g
contrárias à Constituição.
4
A PE D 0 er@
- Democracia dualista: decisões do povo (momentos
l i
constituintes) e decisões do legislativo e do executivo
m
p lc
(cotidianas)
- check and balances: nenhum poder era absoluto. Freios e
contrapesos, limitação recíproca entre os poderes.
- Constituição Garantia: limitar poderes e garantir direitos.
- Sistema de governo presidencial: igualdade e liberdade.
- Forma Federativa de Estado.
9
- Constituição Francesa de 1793
- Constituição Francesa de 1799
- Igualdade formal, nação como titular do Poder
Constituinte Originário.
- Características do Constitucionalismo Francês:
Constituições escritas prolixas;
Supremacia do Parlamento;
Garantia de Direitos e Separação dos Poderes;
Distinção entre Poder Constituinte Originário e
Derivado;
10
- Centralidade da Constituição: dignidade da pessoa
humana. Filtragem constitucional.
- Constitucionalização do direito.
- A constituição traz direitos fundamentais, opções políticas,
valores, diretrizes aos Poderes do Estado etc.
- Constituições prolixas, programáticas. Constituição Total.
Constituição Dirigente. Totalitarismo Constitucional.
- Nasce o Estado Democrático de Direito ou Estado
Constitucional Democrático.
- Direitos fundamentais de 3ª geração/dimensão:
solidariedade e fraternidade, direitos transindividuais.
Ideia de “totalitarismo constitucional”; importante
conteúdo social e normas programáticas (constituição
dirigente/compromissória). A concepção de dirigismo
estatal tende a evoluir para um dirigismo comunitário, que
a
busca difundir a perspectiva de proteção aos direitos l
humanos e de programação para todas as nações. Há
io n
c
também a preocupação com a proteção aos direitos de
a
c ER
fraternidade ou solidariedade (3ª dimensão).
u
CONSTITUCIONALISM
O DO FUTURO
E M d IL
Verdade: a Constituição não pode trazer promessas
impossíveis em seu texto, ou seja, não terá normas
e
rt RO
inalcançáveis (retiradas) e as normas que não são
o OR
cumpridas por falta de vontade política devem ser
p
S C 41- m u H 89
mantidas e o cumprimento, cobrado.
Solidariedade
um IZ .7 .co
Continuidade: vedação do retrocesso.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Participação: do povo e da sociedade, mais ativa,
equilibrada. Democracia participativa.
d R 4 3 gIntegração: dos povos. Órgãos supranacionais e políticas
A PE D 0 er@
l
transnacionais.
i
Universalização: dignidade da pessoa humana como
m
p lc
tópico universal
11
sistema, com intensa carga valorativa. É norma jurídica dotada de imperatividade,
centralidade e superioridade. Tudo deve ser interpretado à luz da Constituição.
a l
- Desenvolvimento da justiça distributiva: surgimento da ideia de que deve se tratar
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
io n
a c
c ER
- Modelo normativo axiológico: incorporação de valores e opções políticas, principalmente
u
E M d IL
o respeito à promoção da dignidade humana e dos direitos fundamentais. O desafio do
neoconstitucionalismo passa a ser a efetivação desses direitos.
e
rt RO
- Positivação e concretização de um catálogo de direitos fundamentais. A preocupação do
p o OR
Estado Democrático de Direito é com a efetivação, com a concretização dos direitos
S C 41- m u H 89
fundamentais, com a eficácia da Constituição.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l Constitucionalização do Direito
mi
- Positivação de normas de outros ramos do Direito na Constituição;
p lc
- Interpretação conforme a Constituição: filtragem constitucional;
- Eficácia horizontal dos direitos fundamentais: estes direitos não servem
apenas para proteger o indivíduo contra as ingerências do Estado, mas
também incide nas relações entre particulares.
Crossconstitucionalismo e Transconstitucionalismo (constitucionalismo
multinível):
O crossconstitucionalismo, ou o constitucionalismo cruzado consiste na
utilização de argumentos, teorias, decisões de outro Estado, aplicando-os
no contexto do Estado importador. Muito usado no STF. Lembrem-se da
recente ADPF 347, que reconheceu um Estado de Coisas Inconstitucional,
teoria que tem origem na Colômbia, em 1997, com a Sentencia de
Unificación nº 559.
Já o transconstitucionalismo, segundo Marcelo Neves, é a situação em que
um mesmo tema é discutido, ao mesmo tempo, tanto no âmbito interno,
quanto em foros internacionais e supranacionais. Por isso, o fenômeno é
também chamado de Pluralismo Político ou Constitucionalismo Multinível.
Aqui, lembrem-se da ADPF 153, que questionava a Lei de Anistia, e o Caso 12
Gomes Lund (Guerrilha do Araguia), julgado na Corte Interamericana de
Direitos Humanos.
O Ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, aponta três
marcos fundamentais que identificam a trajetória do direito constitucional para o atual
estágio de “novo direito constitucional” ou neoconstitucionalismo: o histórico, o
filosófico e o teórico.
Pós-positivismo
FILOSÓFICO Direitos fundamentais
Direito-Ética
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
1.2 Sentidos de constituição
l
mi
constituição. Vejamos: p lc
Constituição: existem vários conceitos ou acepções para definir o que seja uma
13
estrutura do Estado e organização dos Poderes.
As leis constitucionais são apenas formalmente
constitucionais.
Do ponto de vista material, o que importa para definir se
SENTIDO MATERIAL E determinada norma tem caráter constitucional é o seu
FORMAL conteúdo. É o que Schmitt chamou de constituição. Por
esse critério, é possível encontrar norma constitucional
fora do texto da constituição.
Do ponto de vista formal, a norma será considerada
constitucional a partir da análise da forma como ela foi
introduzida no ordenamento jurídico (processo
legislativo mais dificultoso). É o que Schmitt chamou de
“lei constitucional”.
A constituição está no mundo do dever-ser, e não do ser.
SENTIDO JURÍDICO É fruto da vontade racional do homem. O fundamento
(Hans Kelsen) da Constituição é o Direito.
a l
io
A constituição é considerada norma pura, puro dever- n
ser, sem qualquer pretensão a fundamentação
a c
sociológica, política ou filosófica.
u c ER
E M d IL
Para Kelsen, a constituição tem dois sentidos: o lógico-
jurídico (que representa a norma fundamental
e
rt RO
hipotética) e o jurídico-positivo (norma positiva
suprema).
p o OR
S C 41- m u H 89
A constituição é produto de um fato cultural, produzido
um
SENTIDO CULTURALISTA
IZ .7 .co
pela sociedade e que nela pode influir.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
É uma formação objetiva da cultura, levando em conta
elementos históricos, sociais e racionais, intervindo aí,
d R 4 3 g portanto, não apenas fatores reais, mas também
A PE D 0 er@
l
espirituais ou ainda elementos puramente racionais e
i
elementos voluntaristas.
m
p lc
A concepção culturalista do direito conduz ao conceito
de uma constituição total, a qual apresenta uma
complexidade intrínseca, com aspectos econômicos,
sociológicos, jurídicos, filosófico etc.
Essa é uma forma de manter a constituição dentro do
CONSTITUIÇÃO ABERTA seu tempo. Relativiza-se a função material de tarefa da
constituição e justifica-se a “desconstitucionalização” de
elementos substantivadores da ordem constitucional
(constituição econômica, constituição do trabalho,
constituição social etc). Deve-se ater apenas aos fins
sociais mais significativos.
14
também condiciona a Constituição, mas é um
condicionamento recíproco. É preciso que exista
VONTADE DE CONSTITUIÇÃO, para concretizá-la, uma
vez que ela possui força vinculante, inclusive quanto às
normas programáticas.
CONSTITUIÇÃO Predomínio da função simbólica (funções ideológicas,
SIMBÓLICA morais e culturais) sobre a função jurídico-instrumental
(Marcelo Neves) (força normativa). Déficit de concretização das normas
constitucionais.
Objetivos: a) prevalência dos valores de grupos, b)
Constituição álibi – confiança do cidadão no Governo.
Esvazia pressão política, manipulação ou ilusão. c) adiar
a solução de compromissos sociais para o futuro
(compromisso dilatório).
Modelo sistêmico de Niklas Luhmann. Constituição:
a l
seria mecanismo que permite a autonomia operacional
n
do direito e como “acoplamento estrutural” entre os
io
sistemas político e jurídico.
a c
c ER
- “alopoiese” do direito: reprodução do sistema jurídico,
u
E M d IL
com base em critérios, programas e códigos
provenientes de seu ambiente.
e
rt RO
o OR
Virgílio Afonso da Silva faz críticas à tipologia da constituição apresentada pela
p
S C 41- m u H 89
doutrina brasileira, pois considera que ela não possui utilidade prática ou a utilidade
teórica é limitada. Assim, propõe uma análise do papel da constituição no ordenamento
m Z .7 .co
jurídico e sua relação com a atividade legislativa ordinária. Dentro da análise do
u I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
papel/função da constituição são apresentadas as seguintes concepções:
15
CONSTITUIÇÃO- proposta intermediária. A metáfora da moldura é usada
MOLDURA para designar a constituição que apenas sirva de limite
para a atividade legislativa. É uma moldura sem
preenchimento.
À constituição cabe apenas a tarefa básica de assegurar as
CONSTITUIÇÃO DÚCTIL possibilidades de uma vida em comum, mas não lhe cabe
realizar diretamente os projetos. A constituição seria
apenas uma plataforma de partida para a realização das
políticas constitucionais. Numa sociedade complexa,
pluralista e democrática é preciso uma dogmática fluida
da identificação do modelo de constituição.
a l
io n
a c
c ER
CONSTITUCIONALISM Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AL. Prova: Defensor
u
O
NEOCONSTITUCIONA
E Público
E M d IL
LISMO e
rt RO
Acerca do movimento da constitucionalização do direito,
o OR
julgue os itens a seguir.
p
S C 41- m u H 89
I. Uma das consequências da constitucionalização do direito
um Z .7 .co
é a chamada eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
II. No contexto do Estado constitucional, são legítimos a
d R 4 3 g
atuação discricionária do juiz e o controle judicial dos
A PE D 0 er@
l
critérios de oportunidade e conveniência do gestor público.
mi
p lc
III. O aumento da importância das Constituições
democráticas, com a irradiação de suas normas para todo o
ordenamento jurídico, ampliou a liberdade de conformação
do legislador.
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
16
e) III e IV.
GABARITO: C
a l
possível, pois o Poder Judiciário não pode controlar o
n
mérito administrativo. Esta é a regra. No entanto, em casos
io
c
excepcionais, quando o administrador é omisso, ou quando
a
u c ER
há violação da proporcionalidade e do Direto em sentido
amplo, é possível o controle pelo judiciário das políticas
públicas, por exemplo.
E M d IL
e
rt RO
ERRADO. É o contrário: com a centralidade da constituição,
o OR
no lugar no legicentrismo, a liberdade do legislador está
p
mais restrita.
S C 41- m u H 89
CERTO. Segundo Daniel Sarmento, a constitucionalização se
um Z .7 .co
divide em duas vertentes: a constitucionalização-inclusão e
I
er L U 4 il
a constitucionalização-releitura. A vertente da inclusão
V 0 4 ma
cuida do tratamento pela Constituição de temas que antes
O .
d R 3 g
eram tratados pela legislação ordinária. Já a vertente da
4
A PE D 0 er@
releitura é o mesmo que a força de irradiação da
l i
constituição condicionando a leitura e interpretação de
m
lc
todo o ordenamento jurídico.
p
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 -
DPE-AM - Defensor Público
17
A) participação popular.
B) procedimentalismo.
D) judicialismo.
E) substancialismo.
GABARITO: E.
E M d IL
com a substância, o conteúdo, gerando o ativismo judicial
(judicialismo).
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
1.3 Classificações da constituição:
u I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
Outorgada: imposta, de maneira unilateral, pelo agente
A PE D
Quanto à origem0 er@
l
revolucionário, que não recebeu do povo legitimidade
i
para atuar em nome dele. Brasil: Constituições de 1824,
m
p lc
1937, 1967 e a EC 01/69.
Promulgada: democrática, votada ou popular. Fruto de
uma assembleia nacional constituinte. Brasil:
Constituições de 1891, 1934, 1946 e a de 1988.
Cesarista: formada por plebiscito popular sobre um
projeto elaborado por um imperador ou um ditador. A
participação popular não é democrática, apenas ratifica
a vontade do detentor do poder.
Pactuada (dualista): o poder constituinte originário se
concentra nas mãos de mais de um titular. A
constituição é feita através de pactos, exprimem um
compromisso de forças políticas rivais.
18
Quanto à forma sistematizadas e organizadas em um único documento.
Ex: CRFB 1988
Costumeiras (não escritas ou consuetudinárias): não
traz as regras em um único documento solene e
codificado. É formada por textos esparsos.
Sintética: enxutas, veiculam apenas os princípios
Quanto à extensão fundamentais.
Analítica: abordam todos os assuntos que os
representantes do povo entenderem fundamentais.
Material: contém normas fundamentais e estruturais do
Quanto ao conteúdo Estado.
Formal: é a constituição que elege como critério o
processo de formação, e não o conteúdo nas normas. A
CRFB de 1988 é formal!
Dogmática: sempre escrita. São elaboradas de um só
Quanto ao modo de jato, reflexivamente, racionalmente, por uma a l
elaboração
io
assembleia constituinte. Ex: CRFB de 1988 n
c
Histórica: constitui-se através de um lento e contínuo
a
processo de formação.
u c ER
Quanto à
d IL
Rígidas: exigem para a sua alteração um processo
E M
legislativo árduo, mais solene, mais dificultoso do que o
alterabilidade e
rt RO
processo de alteração das normas não constitucionais.
p o OR
Flexíveis: não possuem um processo de alteração mais
S C 41- m u H 89
dificultoso. A dificuldade de alterar a constituição é a
mesma de alterar uma lei.
um IZ .7 .co
Semirrígida: apenas algumas matérias precisam de um
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
processo mais árduo para ser alterada.
Fixas: somente podem ser alteradas por um poder de
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
competência igual àquele que as criou, isto é, pelo
poder constituinte originário.
mi
Imutáveis: inalteráveis.
p lc
Super-rígidas: para Alexandre de Moraes, a CRFB de
1988 seria super-rígida, já que é rígida, mas possui uma
parte imutável, as cláusulas pétreas (art. 60, §4º, da
CRFB).
Reduzidas ou unitária: um só código básico e
Quanto à sistemática sistemático.
Variadas: formada por vários textos e documentos.
Para Pinto Ferreira:
Codificadas: um só texto
Legais: escritas não formais.
A CRFB de 1988 é reduzida, codificada ou unitária.
Quanto à dogmática Ortodoxa: uma só ideologia
Eclética: ideologias conciliatórias, plural, como a CRFB
de 1988.
19
Normativa: as relações políticas e os agentes do poder
Quanto à se subordinam às determinações do conteúdo e do
correspondência com controle da constituição.
a realidade (critério Nominalista: a constituição estabelece limitações e
ontológico) controle, mas há uma insuficiente concretização
constitucional.
Semânticas: são simples reflexos da realidade política,
servindo de mero instrumento dos detentores do poder.
Traem o sentido de constituição.
Principiológica: predominam os princípios.
Quanto ao sistema Preceitual: prevalecem as regras.
Provisórias: apenas define o regime de elaboração e
Quanto à função aprovação da constituição formal
Definitiva: duração indefinida para o futuro.
Quanto à origem de Heterônomas ou heteroconstituições: constituições
sua decretação a
que foram decretadas de fora do Estado por outro(s)l
io
Estado(s) ou por Organização Internacional. n
c
Autônomas ou homoconstituições: elaboradas e
a
u c ER
decretadas dentro do próprio Estado.
E M d IL
Garantia: busca garantir a liberdade, limitando o poder.
Constituição garantia, Balanço: reflete um degrau da evolução socialista.
balanço e dirigente e
rt RO
Dirigente: estabelece um projeto de Estado.
p o OR
Liberais (negativas): ideia de não intervenção do
Constituições liberais
e sociais S C 41- m u H 89
Estado, bem como de proteção das liberdades públicas.
um I
Absenteísmo Estatal.
Z .7 .co
Sociais (dirigentes): necessidade de atuação estatal.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Consagra a igualdade substancial, bem como direitos
d R 4 3 gsociais.
A PE D 0 er@
l
Consagra novos temas e amplia os temas permanentes.
Constituições
expansivas mi
p lc
20
1. Elementos orgânicos: regulam a estrutura do Estado e do Poder. Ex: título III –
Da organização do Estado.
2. Elementos limitativos: normas que compõem os direitos e garantias
fundamentais, limitando a atuação do Poder estatal. Ex: Título II – Dos direitos
e garantias fundamentais.
3. Elementos socioideológicos: revelam o compromisso da constituição entre o
Estado individualista e o estado social, intervencionista. Título II – Dos direitos
sociais
4. Elementos de estabilização constitucional: asseguram a solução de conflitos
constitucionais, a defesa da constituição, do Estado e das instituições
democráticas. Ex: art. 102, I, a, (ADIN).
5. Elementos formais de aplicabilidade: regras de aplicação das constituições.
Ex: preâmbulo e ADTC.
S C 41- m u H 89
adotada a tripartição do poder, de Montesquieu. Pela primeira vez houve a
um
previsão do habeas corpus.
IZ .7 .co
er L
Constituição de 1934: foi promulgada. Evidenciou os direitos fundamentais de 2ª
U 4
4 ma il
dimensão e a perspectiva de um Estado Social de Direito. Constituição rígida.
d V O 3 . 0 g
Previstos pela primeira vez do mandado de segurança e a ação popular.
R 4
A PE D 0 er@
Constituição de 1937: foi outorgada. Influenciada por ideais autoritários e
l
mi
fascistas, tendo sido instalada a ditadura. Foi apelidada de “Carta Polaca”. Houve
o enfraquecimento dos direitos fundamentais. Buscando atrair o apoio popular,
p lc
sua política foi intitulada de “populista”, tendo sido elaborada a CLT e importantes
direitos sociais como o salário mínimo. Não houve previsão do mandado de
segurança, nem da ação popular. O direito de manifestação do pensamento foi
restrito. A greve e o lock-out foram proibidos.
Constituição de 1946: foi promulgada e restabeleceu a democracia. O mandado
de segurança e a ação popular foram contemplados no texto da constituição. Foi
reconhecido o direito de greve.
Constituição de 1967: foi outorgada, com a concentração do poder no âmbito
federal, esvaziando os Estados e Municípios.
Constituição de 1988: foi promulgada. Constituição rígida. Houve a consagração
dos direitos fundamentais. Os direitos dos trabalhadores foram ampliados. Pela
primeira vez se estabeleceu o controle de constitucionalidade por omissão
(mandado de injunção e ADO). Foi introduzida a ADPF. Pela primeira vez foi
previsto do mandado de segurança coletivo e o habeas data. Foi previsto de forma
21
específica, pela primeira vez, um capítulo sobre o meio ambiente. Importante
previsão da Defensoria Pública como instituição essencial à função jurisdicional do
Estado.
a l
io n
Surge no início do século XXI. O constitucionalismo não
deve servir apenas para limitar o poder o poder político,
Neoconstitucionalism
a c
busca-se a eficácia da Constituição e a concretização dos
o direitos fundamentais.
u c ER
E M d IL
Características do neoconstitucionalismo:
e
a) Positivação e concretização de um catálogo de direitos
rt RO
fundamentais
p o OR
b) Onipresença dos princípios e regras
S C 41- m u H 89
c) Inovações hermenêuticas
um I
d) Densificação da força normativa do Estado
Z .7 .co
er L
e) Desenvolvimento da justiça distributiva
U 4
4 ma il
f) Modelo normativo axiológico
d V R O
4 3 . 0 g g) Aproximação entre direito e ética, direito e moral.
A PE D 0 er@
l
mi
A CRFB de 1988 é: promulgada, escrita, analítica, formal,
dogmática (sistemática), rígida, reduzida (unitária),
Constituição
p lc
eclética, normativa, principiológica, definitiva, autônoma,
garantia, dirigentes, expansiva.
22
FCC – DPE-PR – 2017 - Quanto às classificações
das constituições, é correto afirmar que
ortodoxa. a l
democrática, rígida (ou super rígida), prolixa e
io n
c
c) as constituições cesaristas, normalmente
a
c ER
autoritárias, partem de teorias preconcebidas,
u
E M
bem declaradas. d IL
de planos e sistemas prévios e de ideologias
e
rt RO
p o OR
d) as constituições escritas são caracterizadas
por um conjunto de normas de direito positivo.
u H 89
S C 41- m
e) as constituições históricas são concebidas a
um IZ .7 .co
partir de evento determinado no tempo,
V O er L.
U
0
4
4 ma il
esvaziando a influência dos demais períodos e
costumes de determinado povo.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l Comentários:
mi a)
p lc ERRADO. A constituição garantia busca
garantir a liberdade, limitando o poder. Por
outro lado, a constituição dirigente é a que
estabelecendo metas de ações para o
Estado.
b) ERRADO. A CRFB realmente é democrática,
rígida (ou super-rígida, conforme Alexandre
de Moraes) e prolixa ou analítica.
Entretanto, não é ortodoxa. É eclética, pois
adota várias ideologias.
c) ERRADO. A constituição cesarista não é
propriamente autoritária, tampouco é
democrática. É formada por plebiscito
popularsobre um projetoelaborado pro um
imperador ou um ditador. A participação
23
popular não é democrática, apenas ratifica a
vontade do detentor do poder.
d) CORRETO. A constituição escrita
(instrumental): conjunto de regras
sistematizadas e organizadas em um único
documento. Ex: CRFB 1988
e) ERRADO. É justamente o contrário do que
foi dito. A constituição histórica constitui-se
através de um lento e contínuo processo de
formação.
ALTERNATIVA: D
E M d IL
II. Quanto ao modo de elaboração, são
e
rt RO
dogmáticas, históricas ou sistemáticas.
p o OR
S C 41- m u H 89
III. Quanto à estabilidade, podem ser
superrrigidas, rígidas, flexíveis ou semirrígidas.
um IZ .7 .co
er L
Quais estão corretas?
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
A) Apenas I.
mi B) Apenas II.
p lc C)
D)
Apenas III.
Apenas II e III.
E) I, II e III.
ALTERNATIVA: C
3. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
A constituição deve ser interpretada, porém, onde não houver dúvida, não caberá
ao exegeta interpretar. O sentido da constituição interpretada pode ser inadequado,
nesses casos, dentro dos limites estabelecidos pelo Poder Constituinte Originário, é
possível a alteração formal (reforma constitucional) ou informal (mutação
constitucional) da constituição.
24
O Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, identificou mecanismos de mutação
constitucional:
a c
Regras e princípios:
u c ER
d IL
As normas jurídicas podem ser regras ou princípios, não havendo hierarquia entre
E M
eles. Cada espécie normativa tem a sua função.
e
rt RO
A interpretação e aplicação das regras e dos princípios é feita com base nos
p o OR
postulados normativos inespecíficos (ponderação, concordância prática e a proibição de
S C 41- m u H 89
excesso) e específicos (destacando-se a igualdade, a razoabilidade e a proporcionalidade).
um IZ .7 .co
Critérios diferenciadores das regras e dos princípios:
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
REGRAS
A PE D 0 er@
l
PRINCÍPIOS
Grau de abstração relevante e elevado.
mi
Grau de abstração reduzido.
São vagos e indeterminados, carecem de
lc
Suscetíveis de aplicação direta.
p
Aplicável mediante a subsunção. mediações concretizadoras.
Diante do conflito de regras, apenas São “Standards” juridicamente vinculantes.
uma prevalece (tudo ou nada). Os princípios são fundamentos das regras –
São mandamentos de função normogenética.
determinações. Havendo conflito entre princípios, deve-se
aplicar a técnica da ponderação e do
balanceamento.
São mandamentos de otimização.
25
ATENÇÃO!
V O er L.
U 4
4 ma il
sociológico, popular, doutrinário, evolutivo.
0
Parte-se do problema concreto para a norma,
d R 4 3 g
MÉTODO
A PE D
PROBLEMÁTICO
TÓPICO- atribuindo-se à interpretação um caráter prático. A
0 er@
l constituição é um sistema aberto de regras e princípios.
(MÉTODO DA TÓPICA)
mi
Problema concreto Norma
lc
p Parte-se da constituição para o problema, destacando-se
MÉTODO os seguintes pressupostos interpretativos:
HERMENEUTICO Subjetivo: o intérprete vale-se de suas pré-
CONCRETIZADOR compreensões sobre o tema.
Objetivo: o intérprete atua como mediador entre a
norma e a situação concreta, tendo a realidade social
como “plano de fundo”.
Círculo hermenêutico: é o movimento de “ir e vir” do
subjetivo para o objetivo, até que se chegue a uma
compreensão da norma.
26
MÉTODO CIENTÍFICO- valores subjacentes ao texto da constituição. A
ESPIRITUAL constituição é algo dinâmico e que se renova
constantemente.
Inexistência de identidade entre texto e norma. A norma
MÉTODO NORMATIVO- deve ser concretizada não só pela atividade do
ESTRUTURANTE legislador, mas também pela atividade do judiciário, da
administração etc.
Muller: “o teor literal de qualquer prescrição de direito
positivo é apenas a ponta do iceberg.”
MÉTODO DA Estabelece uma comunicação entre várias constituições.
COMPARAÇÃO
CONSTITUCIONAL
p o OR
- Tem como corolário a inexistência de hierarquia
S C 41- m u H 89
entre as normas constitucionais originárias. Pode
haver hierarquia material, como a dignidade da
um IZ .7 .co
pessoa humana.
V O er L
. 0
U4 ma4 il
- A interpretação deve evitar conflitos e contradições.
d R 4 3 g - Princípio da unidade hierárquico-normativa.
A PE D 0 er@
l
Princípio
integrador
do efeito
i
- Relacionado ao princípio da unidade.
m
p lc
- A interpretação deve dar primazia às soluções que
promovam a integração política e social.
Princípio da - Hesse.
concordância prática ou Também relacionado ao princípio da unidade.
da harmonização - Ideia de coerência para evitar tensões internas,
devido ao pluralismo de valores.
- Coordenação e combinação dos bens jurídicos em
conflito, para evitar o sacrifício total de um deles,
procedendo-se a uma redução proporcional de cada
um.
Princípio da relatividade - Não existem direitos absolutos.
ou da convivência das - Deve haver uma coordenação entre os princípios e
liberdades públicas normas e sua relativização.
27
Princípio da força Konrad Hesse.
normativa da - A Constituição é autêntica norma jurídica.
constituição
- Deve-se preferir soluções que melhor concretizem
as normas, tornando-as mais eficazes e permanentes.
- Interpretações divergentes enfraquecem a força
normativa da Constituição.
Princípio da máxima - Ligado ao princípio da força normativa da constituição.
efetividade das normas - Princípio geralmente invocado em relação aos direitos
constitucionais fundamentais.
- Interpretação que confira a maior efetividade
possível aos direitos fundamentais.
Princípio da justeza, da - A interpretação constitucional não pode subverter o
conformidade funcional esquema organizatório-funcional previsto na
a l
ou da correção funcional constituição.
io n
c
- Cada poder deve agir em observância às suas funções.
a
u c ER
- É corolário do princípio da separação dos poderes.
E M d IL
Deve-se respeitar o espaço institucional de cada
poder.
e
rt RO
o OR
- Vem sendo flexibilizado, pois a atividade do
p
S C 41- m u H 89
Judiciário é criativa e, às vezes, normativa, como os
mandados de injunção, a súmula vinculante etc. Por
um IZ .7 .co
isso, hoje é preferível o diálogo entre as instituições.
Princípio
V
das
O er L U4 ma4 il
razões - Na esfera política, ao tratar de temas essenciais,
.
públicas (John Rawls) 0 como direitos humanos, devem ser usados
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
argumentos independentes de religião, concepção de
moral, usando as razões públicas.
mi
p lc
- O pluralismo de uma sociedade democrática tem
como consequência o desacordo moral, de forma
que, nas discussões públicas, os argumentos devem
ser públicos.
28
Princípio da interpretação - Texto constitucional aberto, polissêmico,
conforme a constituição plurissignificativo. O intérprete deve conferir
interpretação que torne a norma compatível com a
constituição.
- É um esforço para preservar a norma jurídica em
vigor.
- É princípio da hermenêutica constitucional, mas
também é técnica de decisão no controle de
constitucionalidade.
- Não pode inventar um sentido que o texto não
comporte.
Interpretação conforme x declaração de nulidade
sem redução de texto: o STF não diferencia, mas a
doutrina, sim. Então, vamos lá.
a l
n
Declaração de nulidade: técnica de decisão judicial,
io
c
que não pode ser utilizada por qualquer juiz ou
a
c ER
tribunal, mas apenas no controle abstrato. A norma,
u
E M d IL
em si, não é inconstitucional, e sim uma de suas
interpretações. O STF decide que uma norma é
e
rt RO
inconstitucional se for interpretada de determinada
o OR
forma. STF como legislador negativo.
p
S C 41- m u H 89
Interpretação conforme: atribui uma interpretação e
a norma é constitucional, desde que assim
um IZ .7 .co
interpretada.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi ATENÇÃO!!
p lc
O STF decidiu conferir uma interpretação mais restritiva ao foro por
prerrogativa de função, em ordem a evitar que este instituto se transforme em
um privilégio, violando os princípios republicano e de igualdade. Neste sentido,
o Ministro Luís Roberto Barroso propôs atribuir uma acepção mais restritiva ao
art. 102, I, “b” e “c”, da CF/88. Trata-se da redução teleológica de Karl Larenz,
ou da técnica na “dissociação”, de Ricardo Guastini. É, nas palavras do professor
Márcio André Lopes Cavalcanti, uma redução do campo de aplicação da norma
a somente uma ou algumas situações de fato previstas, segundo uma
interpretação mais literal, que se dá para se adequar melhor à finalidade da
norma.
29
Vamos aprofundar mais?
A doutrina ainda menciona o Princípio do Cosmopolitismo. Trata-se do
diálogo internacional na interpretação constitucional, da troca de experiências,
conceitos e teorias, entre as cortes nacionais e internacionais, segundo explica
Sarmento. É o caso da ADPF 347 sobre o Estado de Coisas Inconstitucional, ao
contrário do que ocorreu no caso Gomes Lund, em que o STF divergiu do
entendimento da Corte IDH.
Mais um pouquinho?
Princípio da presunção graduada de constitucionalidade dos atos
normativos: serve de parâmetro para a autocontenção judicial (contrário de
ativismo judicial). Seus principais fundamentos teóricos são a democracia e a
separação dos poderes. É uma presunção iuris tantum, mas que exige um ônus
a l
io n
maior de argumentação do intérprete, para afastar essa presunção. Hoje, se fala
c
em uma presunção gradual e heterogênea, pois pode ser mais intensa em relação a
a
c ER
certas normas, do que a outras. A doutrina cita alguns parâmetros para aferir esta
u
E M d IL
presunção: a) o grau de legitimidade democrática do ato normativo (dificuldade
contramajoritária do controle de constitucionalidade -> autocontenção do
e
rt RO
Judiciário); b) proporção inversa entre a democracia e a autocontenção; c)
o OR
proteção das minorias estigmatizadas; c) relevância material do direito
p
S C 41- m u H 89
fundamental; d) comparação entre as capacidades institucionais (do Judiciário e do
responsável pela edição do ato normativo); e) época de edição do ato.
m IZ .7 .co
Patriotismo Constitucional (Dirley): Harbemas – identidade política coletiva com
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
uma perspectiva universalista comprometida com os princípios do Estado
Democrático de Direito. Visa à integração e à solidariedade, para superar o
d R 4 3 g
problema do nacionalismo étnico.
A PE D 0 er@
Constitucionalismo Intercultural: reconhecimento da diversidade de culturas e
l i
promoção da conciliação entre todas.
m
p lc
ATENÇÃO: novidade que pode ser cobrada em prova e foi mencionada
recentemente na questão de ordem suscitada na AP937, no STF.
30
membros. O STF adota a tese da irrelevância jurídica do preâmbulo. Entretanto, é norte
interpretativo das normas constitucionais.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
Regras: o conflito entre regras se resolve com a invalidade
Regras e definição. e
de uma delas, aplica-se o “tudo ou nada”. São mandados de
rt RO
princípios
p o OR
S C 41- m u H 89
Princípios: a colisão entre princípios se resolve na
ponderação e balanceamento. São mandados de
um IZ .7 .co
otimização.
V O er L
.0
U
4 ma 4 il
Método jurídico ou hermenêutico clássico
d R 4 3 g Método tópico-problemático
A PE
Métodos D 0 er@
de
l Método hermenêutico concretizador
interpretação
mi
Método científico-espiritual
constitucional
p lc
Método normativo-estruturante
Método da comparação constitucional
31
FCC – DPE-SC – 2017 - No âmbito da interpretação
constitucional, considere:
l
II. A mutação constitucional caracteriza-se, entre outros
a
io n
aspectos, pela alteração do significado de determinada norma
da Constituição sem que tenha ocorrido qualquer modificação
do seu texto.
a c
u c ER
d IL
III. O princípio da concordância prática objetiva, diante da
E M
e
hipótese de colisão entre direitos fundamentais, impedir o
rt RO
sacrifício total de um em relação ao outro, estabelecendo
p o OR
limites à restrição imposta ao direito fundamental subjugado,
S C 41- m u H 89
por meio, por exemplo, da proteção do núcleo essencial.
um IZ .7 .co
IV. O princípio da unidade da Constituição determina que a
V er L U 4 il
4 ma
norma constitucional deva ser interpretada à luz de todo o
O . 0
sistema constitucional vigente, ou seja, na sua globalidade e
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
de forma sistemática.
l
mi
Está correto o que se afirma em
p lc
a) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
e) II e IV, apenas.
ALTERNATIVA: B
32
e regras, é correto afirmar:
a l
e) Na hipótese de conflito entre regras, tem-se a ponderação
das regras polidentes.
io n
a c
c ER
ERRADO. Diante da colisão entre princípios, deve-se aplicar a
u
E M d IL
ponderação e o balanceamento. Por outro lado, no caso de
colisão entre regras, tem-se o afastamento de uma das regras,
e
rt RO
tendo em vista o princípio da especialidade, ou ainda pela
o OR
declaração de invalidade.
p
S C 41- m u H 89
a) ERRADO. As regras e os princípios são espécies de normas
ALTERNATIVA: D
33
Considere os seguintes excertos extraídos de votos proferidos
em acórdãos de lavra do Supremo Tribunal Federal, acerca de
princípios de hermenêutica constitucional:
34
GABARITO: B.
E M d IL
NORMA DE EFICÁCIA aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não
CONTIDA
e
integral. Tem condição de produzir todos os seus efeitos
rt RO
p o OR
logo que entra em vigor, mas poderá haver redução de sua
abrangência. A restrição pode ser feita por lei ou por outras
S C 41- m u H 89
normas constitucionais.
um
Podem ser chamadas de normas de eficácia restringível ou
IZ .7 .co
er L
reduzível.
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
No momento da sua entrada em vigor não estão aptas a
A PE D 0 er@
NORMA DE EFICÁCIA produzir todos os seus efeitos, precisando de uma lei
l
LIMITADA
i
integrativa infraconstitucional ou de emenda à constituição.
m
São divididas em dois grupos:
p lc
Normas de princípio institutivo ou organizativo:
contêm esquemas gerais ou iniciais de estruturação de
instituições, órgãos ou entidades.
Normas de princípios programáticos: veiculam
programas a serem implementados pelo Estado,
visando a realização de fins sociais.
35
Normas definidoras de direitos e garantias fundamentais, de acordo com o
art. 5º, §1º, da CRFB, têm aplicabilidade imediata. Para José Afonso da Silva,
significa que são dotadas de todos os meios e elementos necessários à sua
pronta incidência aos fatos, situações, condutas ou comportamentos que
regulam. A regra é que as normas definidoras de direitos e garantias individuais
sejam de aplicabilidade imediata. Mas as definidoras de direitos sociais,
culturais ou econômicos nem sempre o são, pois geralmente precisam de
complementação.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
Eficácia e aplicabilidade das normas
p o ORAs normas podem ser de eficácia plena,
S C 41- m
Normas definidoras de direitos e
u H 89 contida ou limitada.
Aplicabilidade imediata
um
garantias fundamentais IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
VUNESP - DPE-MS – 2014:
36
têm aplicação imediata.
Justificativas:
e
rt RO
p o OR
5. PODER CONSTITUINTE
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
4.1 Conceito
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
É aquele que cria, garante ou elimina uma constituição.
A PE D 0 er@
A titularidade do poder constituinte é do povo. É importante saber que o teórico
l
Emmanuel Joseph Siyès, o abade de Chartres, por meio do panfleto “Que é o terceiro
mi
Estado?”, apontava como titular a nação.
p lc
Em que situação o poder constituinte se revela? Quando ocorre o chamado “Hiato
constitucional”. Isso acontece quando há um choque ou ruptura entre o conteúdo da
constituição política e a realidade social. Também chamada de revolução, é a quebra do
processo político e histórico normal da organização política. Caracteriza uma verdadeira
lacuna, intervalo ou interrupção de continuidade e pode dar enseja há vários fenômenos,
quais sejam:
Convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte (ANC): momento
constituinte democrático, com a manifestação do poder constituinte originário
(PCO).
Mutação constitucional: necessidade de mudança no sentido interpretativo do
texto.
Reforma constitucional: manifestação formal do poder constituinte de reforma
(PCR), por meio de emendas constitucionais.
Hiato autoritário: ilegítima outorga constitucional.
37
PODER CONSTITUINTE É aquele que instaura uma nova ordem jurídica,
ORIGINÁRIO rompendo por completo com a ordem jurídica
precedente. Cria um novo Estado.
(GENUÍNO, DE 1º GRAU,
INICIAL, INAUGURAL)
Histórico ou fundacional: é o primeiro. O
SUBDIVISÃO estruturado pela primeira vez.
Revolucionário: todos os posteriores ao histórico.
Formal: complexo normativo
Material: precede o formal dizendo o que é
constitucional. O formal vai sedimentar.
Inicial: instaura uma nova ordem jurídica.
CARACTERÍSTICAS Inexistência de outro poder antes e acima dele
Autônomo: estruturação da nova ordem jurídica
a l
autonomamente. ao lado dele, não há nenhum outro
poder de mesma hierarquia
io n
c
Ilimitado juridicamente: não tem de respeitar os
a
c ER
limites impostos pelo direito anterior
u
E M d IL
Incondicionado e soberano na tomada de suas
decisões: não se submete a qualquer forma prefixada
e
rt RO
de manifestação. Para o positivismo, não há nenhuma
p o OR
norma jurídica que o condicione. Esta última
S C 41- m u H 89
característica vem sendo relativizada, pois há
condicionamentos materiais, como os valores éticos, o
um IZ .7 .co
direito internacional, a vedação de retrocesso (efeito
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
cliquet) etc.
Poder de fato e poder político: é uma energia ou
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
força social. Natureza pré-jurídica.
Permanente: não se esgota com a edição da nova
mi
constituição.
p lc
Outorga: declaração unilateral do agente
FORMAS DE EXPRESSÃO revolucionário.
Assembleia Nacional Constituinte: deliberação da
representação popular.
p o OR
(limitação circunstancial)
Cláusulas pétreas (limitações materiais)
S C 41- m u H 89
Limitações implícitas: ex.: impossibilidade de alterar
um I
o titular do PCO e do PCDR (povo), proibição de
Z .7 .co
er L U ilviolar as limitações expressas (o Brasil não adota a
4
4 ma
d V R O
4 3 . 0 g
teoria da dupla revisão).
É derivado e condicionado pelo PCO, possuindo
PODER A PE D 0 er@
CONSTITUINTE
l
natureza jurídica. Sua missão é estruturar ou modificar
DERIVADO DECORRENTE i
a constituição dos Estados-Membros. É decorrência da
m
p lc
capacidade de auto-organização dos Estados. Pode ser
inicial (elaboração da CE) ou de revisão estadual (visa a
modificar a CE). É exercido pela Assembleia legislativa.
O art. 25, da CRFB, estabelece que os Estados
organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que
adotarem, observados os princípios desta
Constituição.
Que princípios são esses? Segundo Uadi Lammêgo
Bulis, são:
Princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, a-
e, da CRFB).
Princípios constitucionais estabelecidos
(organizatórios): são extraídos da interpretação do
conjunto de normas centrais dispersas na CRFB.
Ex.: repartição de competências, sistema
39
tributário, etc. pode ser de três tipos:
a) limites explícitos vedatórios (proíbem o Estado
de praticar determinados atos ou procedimentos)
ou limites explícitos mandatórios (são restrições à
liberdade de organização),
b) limites inerentes (vedam a invasão de
competência), e
c) limites decorrentes (decorrem de disposições
expressa).
Princípios constitucionais extensíveis: são aqueles
que integram a estrutura da federação brasileira.
Ex.: forma de investidura em cargos públicos,
processo legislativo, orçamento, preceitos ligados
à administração pública.
É condicionado e limitado pelas regras do PCO. É um
poder jurídico de revisão para atualizar e adequar a
a l
PODER
io
CONSTITUINTE CRFB. O art. 3º, do ADTC, estabelece que a revisãon
DERIVADO REVISOR
c
constitucional será realizada após cinco anos, contados
a
c ER
da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria
u
E M d IL
absoluta dos membros do Congresso Nacional, em
sessão unicameral. Foi estabelecido que deveria
e
rt RO
ocorrer apenas uma vez. Teve como limite material as
o OR
cláusulas pétreas do art. 60, parágrafo quarto, da CRFB.
p
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
m i
Distrito Federal:lc
p para
direta da CRFB, podendo
a elaboração da Lei Orgânica do DF, há derivação
ser verificada a manifestação do poder constituinte
derivado decorrente.
Municípios: para a elaboração da Lei Orgânica dos municípios, há uma
dupla barreira, dois graus de imposição legislativa constitucional. Devem
obediência à constituição do estado em que situados e à CRFB. Por isso, não
existe poder decorrente na orbita dos municípios.
Territórios: também não há poder decorrente. Os territórios integram
a União.
Por fim, podemos ainda falar de mais dois tipos de poder constituinte:
40
PODER CONSTITUINTE DIFUSO: É um poder de fato e tem fundamento na
mutação constitucional. É um processo informal e espontâneo de mudança, com a
alteração apenas no sentido interpretativo.
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL: Busca validade na cidadania universal,
no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na vontade de integração e em um conceito
reformulado de soberania. Age de fora para dentro, reorganizando a estrutura de dos
Estados ou adere ao direito comunitário. É supranacional, pois se diferencia do direito
interno de cada Estado e do direito internacional.
a l
ATENÇÃO!
io n
a c
O que acontece com as normas infraconstitucionais elaboradas antes do advento
da nova constituição?
u c ER
E M d IL
Normas incompatíveis com a nova constituição serão revogadas
e
rt RO
Normas compatíveis com a nova constituição serão recepcionadas,
o OR
podendo, inclusive, adquirir nova roupagem. Ex.: lei ordinária ser
p
S C 41- m u H 89
recepcionada com status de lei complementar.
Não se analisa a constitucionalidade de uma norma anterior com a nova
m Z .7 .co
constituição, não cabe ADI. Não é questão de constitucionalidade. É questão de recepção
u I
V er L
0
U
4 ma 4 il
ou não recepção (revogação). O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade
superveniente1 de ato normativo produzido antes da nova constituição e perante o novo
O .
d R 4 3 g
paradigma. A constitucionalidade só é analisada entre uma norma e a constituição que
A PE D 0 er@
estava em vigor no momento em que ela foi editada (princípio da contemporaneidade).
l i
Entretanto, é cabível o controle concentrado por meio de ADPF para a análise de
m
lc
normas anteriores à constituição. É cabível do controle difuso.
p
Como vimos, o STF não admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente
de ato normativo produzido antes da nova constituição e perante o novo
paradigma. Pedro Lenza afirma que também não se pode falar em
“constitucionalidade superveniente”.
Para que uma lei seja recepcionada deve preencher alguns requisitos:
1
Atenção, pois aqui há uma jurisprudência recente, na qual o Ministro Dias Toffoli usou a expressão
“inconstitucionalidade superveniente” de forma mais genérica, e não no sentido tradicional, que se
considera incabível no Brasil. Já Já, vamos lê-la.
41
Ter compatibilidade formal e material perante a constituição sob cuja
regência foi editada.
Ter compatibilidade apenas material com a nova constituição.
Com o advento da nova ordem jurídica, é possível:
p o OR
S C 41- m u H 89
O Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação, salvo disposição
m Z .7 .co
expressa da nova ordem jurídica.
u I
er L U
4 ma 4 il
E o que seria a desconstitucionalização? É o fenômeno em que as normas da
V O . 0
d R 4 3 g
constituição anterior, compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor com o
A PE D 0 er@
status de lei infraconstitucional. Não é admitido no Brasil, salvo se a nova constituição
l i
dispuser expressamente, pois o poder constituinte originário é ilimitado juridicamente.
m
Por fim, o que é lacrecepção material de normas constitucionais? Segundo o
p é a persistência de normas constitucionais anteriores que
professor Jorge de Miranda,
guardam, se bem que a título secundário, a antiga qualidade de normas constitucionais.
Seriam normas constitucionais fora do texto da nova constituição. Não é admitido no
Brasil, salvo disposição expressa da nova constituição.
GRAUS DE RETROATIVIDADE DA
NORMA CONSTITUCIONAL
42
A lei nova atinge efeitos pendentes de atos
MÉDIO jurídicos passados; as prestações pendentes,
vencidas e não adimplidas.
io n
reformador (constituições estaduais e emendas à constituição) e a legislação
c
infraconstitucional estão sujeitos ao princípio da irretroatividade da lei, salvo algumas
a
c ER
exceções, como a lei penal que poderá retroagir para beneficiar o réu.
u
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Poder constituinte originário:
V O
PODER CONSTITUINTE . 0 4 ma Natureza pré-jurídica
d R 4 3 g Inicia uma nova ordem jurídica, um novo
A PE D 0 er@
l
Estado.
43
a) a Separação dos Poderes.
d) os Direitos Sociais.
e) a Soberania Popular.
S C 41- m u H 89
jurídicas (constitucionais ou infraconstitucionais)
um I
anteriores não pode ser reduzida a um único
Z .7 .co
er L
fenômeno, além de implicar diferenciados
U 4 il
4 ma
efeitos. Há de se levar em conta o fato de se
d V R O
4 3 . 0 gtratar tanto de uma nova ordem constitucional
A PE D 0 er@
l
quanto de uma reforma constitucional que
44
b) constitucionalidade superveniente de lei
ordinária originalmente inconstitucional, por
meio de emenda constitucional posterior.
e) desconstitucionalização de norma
constitucional anterior, ainda que não haja
a
previsão expressa sobre o assunto na nova l
Constituição.
io n
a c
GABARITO: A
u c ER
E M d IL
a) CERTA. Para que ocorra a recepção, a
e
rt RO
norma infraconstitucional anterior deve
p o OR
ser materialmente compatível com a
45
FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público
A) reformador.
B) revisor.
C) decorrente.
D) regulamentar.
E) subsidiário.
GABARITO: C
a l
io n
a c
6. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
u c ER
E M d IL
e
rt RO
5.1 Teoria geral do controle de constitucionalidade
p o OR
S C 41- m u H 89
São requisitos fundamentais para o controle: uma constituição rígida e a
atribuição de competência a um órgão para resolver problemas de constitucionalidade.
um IZ .7 .co
O controle decorre da noção de escalonamento normativo, sendo a constituição a norma
er L U4 ma4 il
máxima de validade do ordenamento jurídico (princípio da supremacia da constituição).
V O . 0
A doutrina brasileira acatou a teoria da nulidade, de origem norte-americana, de
d R 4 3 g
A PE D
forma que a inconstitucionalidade é vício congênito do ato normativo e será feita por ato
declaratório. 0 er@
l
mi
p lc
SISTEMA NORTE-AMERICANO SISTEMA AUSTRÍACO
A decisão tem eficácia declaratória. Decisão tem eficácia constitutiva.
Atinge o plano da validade. Atinge o plano da eficácia da norma.
Em regra, possui efeito ex tunc. Em regra, possui efeitos ex nunc.
A lei inconstitucional é ato nulo. O ato é anulável.
46
5.1.2 Breve evolução do sistema brasileiro de controle
E M d IL
inconstitucionalidade de lei, já que, de modo discricionário,
poderia submetê-la ao Parlamento para reexame.
e
rt RO
Por meio da EC 16/1965, criou-se no Brasil a Ação direta de
Constituição de o OR
inconstitucionalidade- ADI, de competência do STF, a ser
p
1946
u H 89
proposta exclusivamente pelo Procurador-Geral da República.
S C 41- m
Estabeleceu o controle concentrado em âmbito estadual.
um IZ .7 .co
Extinguiu o controle concentrado de âmbito estadual.
Constituição de
V
1967 e EC 1/69
O er L
. 0
U
4 ma
estadual.
4 il
Estabeleceu o controle de lei municipal em face da constituição
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Trouxe quatro principais novidades sobre o sistema de controle
l
Constituição i
de de constitucionalidade.
m
1988 lc
1. Ampliou a legitimação para a propositura da ADI
p
2. Estabeleceu a possibilidade de controle das omissões
legislativas (ação direta de inconstitucionalidade por
omissão e mandado de injunção).
3. Estabeleceu a representação de inconstitucionalidade nos
Estados em face da constituição estadual.
4. Pela primeira vez, é prevista a arguição de
descumprimento de preceito fundamental – ADPF.
47
ações.
io n
(subjetiva) ou nas demais fases (objetiva).
c
- por violação a pressupostos objetivos do
a
c ER
ato: falta de elementos externos. Ex.: medida
u
d IL
provisória sem relevância e urgência.
E M
e
rt RO
Material (nomoestática): relacionada ao
p o OR
conteúdo. Pode ser um confronto com uma
S C 41- m u H 89
regra ou um princípio constitucional.
V
POR OMISSÃO
O er L
INCONSTITUCIONALIDADE
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
5.1.4 Momentos de controle
mi
p lc
No legislativo:
CONTROLE PRÉVIO OU - O próprio parlamentar
PREVENTIVO - Comissão de constituição e justiça (CCJ)
No Executivo:
- Veto jurídico: quando o Chefe do executivo
considera o projeto de lei inconstitucional.
48
tanto para a instauração, como para o
prosseguimento do MS.
l
Constituição que viola regra constitucional sobre o
a
processo legislativo.
io n
a c
O Brasil adotou o sistema jurisdicional misto,
CONTROLE POSTERIOR
u c ER
OU exercido pelo Poder Judiciário de forma difusa ou
REPRESSIVO concentrada.
E M d IL
Exceções:
e
rt RO
- Competência exclusiva do Congresso Nacional
p o OR
para sustar atos normativos do Poder Executivo
S C 41- m u H 89
que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites da delegação legislativa.
um IZ .7 .co- Possibilidade do descumprimento de lei
V O er L
. 0
U4 ma4 il considerada inconstitucional pelo Chefe do
Poder Executivo
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
- Controle de constitucionalidade feito pelo TCU
no caso concreto e de modo fundamentado.
mi Súmula 347/STF: O Tribunal de Contas, no
p lc exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder
Público.
ATENÇÃO: quanto a esta súmula, há ressalvas,
pois o TCU não declara a inconstitucionalidade
da norma usurpando a competência do STF no
controle concentrado. O TCU pode afastar a
aplicação da norma em determinado caso.
49
CRITÉRIO SUBJETIVO tribunal, observadas as regras de competência,
realizar o controle.
Sistema concentrado: o controle se concentra em
um ou mais órgãos, porem em número limitado.
a l
io n
a c
u c ER
Em regra, o sistema difuso é exercido pela via incidental e o sistema concentrado
d IL
é exercido pela via principal.
E M
e
rt RO
p o OR
5.2 Controle difuso
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Também chamado de controle pela via de exceção ou de defesa, é realizado por
u I
er L U il
qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário. Verifica-se no caso concreto e a declaração
4
4 ma
d V R 3
será a causa de pedir.
4
0
da inconstitucionalidade ocorre de modo incidental. A alegação da inconstitucionalidade
O . g
A PE D 0 er@
l i
No caso do controle difuso nos tribunais, é necessária a observância da chamada
m
p lc
cláusula de reserva de plenário (fullbench), prevista no art. 97, da CRFB. Referido artigo
estabelece que somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. O STF editou a súmula
vinculante 10 dizendo que viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.
ATENÇÃO!!
Art. 949, parágrafo único do NCPC: Os órgãos fracionários dos tribunais não
submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade,
50
quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal
Federal sobre a questão.
Se o tribunal mantiver a constitucionalidade do ato normativo.
No caso de normas pré-constitucionais (é caso de recepção ou revogação).
Quando o tribunal usar a técnica da interpretação conforme a constituição, pois
não haverá declaração de inconstitucionalidade.
Na hipótese de decisão em sede de medida cautelar, já que não se trata de
decisão definitiva.
A cláusula de reserva de plenário não se aplica às turmas do STF no julgamento de
RE.
Também não se aplica às turmas recursais dos Juizados Especiais (não é tribunal)
Não é aplicável às decisões dos juízos monocráticos de primeira instância (só é
aplicável a tribunais).
a l
tunc (ato nulo, com efeitos retroativos). Atenção que, para o STF, é possível a
n
modulação dos efeitos da decisão no controle difuso, o que acarretará efeito ex
io
nunc ou pro futuro.
a c
u c ER
O art. 52, X, da CRFB2 estabelece a competência privativa do Senado federal para,
E M d IL
mediante resolução, suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
e
rt RO
inconstitucional por decisão do STF, de modo incidental, no controle difuso. O Senado
não está obrigado a suspender.
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g FIQUE ATENTO!
A PE D 0 er@
l MUDANÇA NA JURISPRUDÊNCIA NO FINAL DE 2017
mi
p lc
Durante muito tempo, a Teoria da Abstrativização do Controle Difuso não
era acolhida pela jurisprudência, mas, no informativo 886, do STF, agora, no final
de 2017, houve uma mudança que, COM CERTEZA, vai ser cobrada nas próximas
provas. Leiam o informativo inteiro, pois ele é muito importante. Se uma lei ou ato
normativo é declarado inconstitucional pelo STF, incidentalmente, ou seja, em
sede de controle difuso, essa decisão, assim como acontece no controle abstrato,
também produz eficácia erga omnes e efeitos vinculantes. O STF passou a acolher
a teoria da abstrativização do controle difuso. Assim, se o Plenário do STF decidir a
constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ainda
que em controle difuso, essa decisão terá os mesmos efeitos do controle
concentrado, ou seja, eficácia erga omnes e vinculante. Houve mutação
constitucional do art. 52, X, da CF/88. A nova interpretação deve ser a seguinte:
quando o STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso,
a decisão já tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao
Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade daquilo
2
Aqui que
também
foi houve mudança
decidido. STF.naPlenário.
jurisprudência.
ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber,
julgados em 29/11/2017 (Info 886).
51
O STF CONTINUA a não admitir a “teoria da transcendência dos motivos
determinantes”. Segundo a teoria restritiva, adotada pelo STF, somente o dispositivo da
decisão produz efeito vinculante. Os motivos invocados na decisão (fundamentação) não
são vinculantes.
um IZ .7 co
inconstitucionalidade por
omissão
e r LU 44 ail.
d V RO 43.0 gm
ADI Interventiva Art.36, III, c/c art. 34, VII Lei 12.562/20111
A PED 0 ler@
mi
lc
5.3.1 Ação Direta De Inconstitucionalidade - ADI Genérica
p
A ADI genérica é o controle de constitucionalidade de ato normativo em tese,
marcado pela generalidade, impessoalidade e abstração. Tem por objeto principal a
declaração da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo geral e abstrato.
Por lei, entendem-se todas as espécies normativas previstas no art. 59, da CRFB
(emendas à constituição, lei ordinária, lei complementar, lei delegada, medida provisória,
decretos legislativos e resoluções).
Ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida: não cabe ADI. Mas o STF entende que cabe ADPF.
O controle de constitucionalidade é feito entre uma lei ou ato normativo e a
constituição que estava vigente na época em que foram editados (contemporaneidade).
Todo ato normativo anterior à constituição atual não pode ser objeto de controle. O que
se verifica é se ele foi ou não recepcionado pelo novo ordenamento jurídico.
a
não fosse prejudicada, se transformaria em instrumento de proteção de situações l
n
jurídicas pessoais e concretas. Ocorre, em regra, a prejudicialidade, independe da
io
existência de efeitos residuais.
a c
c ER
Atenção para algumas exceções em que o STF superou a preliminar de
u
E M d IL
prejudicialidade: em caso de fraude processual ou singularidade do caso concreto.
O bloco de constitucionalidade é o parâmetro para a aferição da
e
rt RO
constitucionalidade. No direito brasileiro, prevalece a restrição do controle, tendo em
o OR
vista a supremacia formal e a rigidez da constituição.
p
S C 41- m u H 89
De modo geral, o STF entende que a decisão que reconhece a
inconstitucionalidade de lei em processo objetivo de controle abstrato passa a valer a
m Z .7 .co
partir da publicação da ata de julgamento no Dje, sendo desnecessário aguardar o
u I
V O er L
trânsito em julgado.
. 0
U4 ma4 il
d R 3 g
As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
4
A PE D 0 er@
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade
l i
produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do
m
p lc
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal. Não vincula o próprio STF, nem o Poder Legislativo.
A competência para processar e julgar a ADI será definida de acordo com o objeto
da ação (se a lei ou ato normativo é federal, estadual, municipal ou distrital).
Atenção!!
No caso de lei ou ato normativo municipal contrário a CRFB não cabe controle
concentrado por ADI. O que pode ocorrer é que no controle difuso a questão chegue ao
STF através de Recurso extraordinário. Há, contudo, a possibilidade de ajuizamento de
ADPF tendo por objeto lei municipal confrontada perante a CRFB.
53
Possuem legitimidade para a ADI genérica:
p o OR
de âmbito nacional precisam de advogado para a propositura da ADI. Devendo este atuar
S C 41- m u H 89
com procuração com poderes específicos. Os demais legitimados possuem capacidade
processual plena, a qual inclui a capacidade postulatória.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Cabe destacar algumas características do processo objetivo:
d R 4 3 g
A PE
Inexistência de prazo prescricional ou decadencial.
D 0 er@
Não admissão de intervenção de terceiros, exceto o amicus curiae, o qual pode
l
mi
demandar sua intervenção até a data em que o relator liberar o processo para pauta.
lc
O amicus curiae tem natureza jurídica intervenção de terceiros, segundo o NCPC.
p
É vedada a desistência da ação.
Irrecorribilidade da decisão que declara a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, ressalvados os embargos declaratórios.
Não cabimento de ação rescisória.
Não vinculação à tese jurídica (causa de pedir): o STF não está condicionado pela
causa de pedir apresentada pelo autor. O Supremo fica vinculado apenas ao pedido.
Princípio da parcelaridade: aplica-se ao controle concentrado. O STF pode julgar
parcialmente procedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade, retirando
do texto legal apenas uma palavra, uma expressão, diferente do veto presidencial,
desde que não subverta o sentido original da norma, sob pena de o STF se tornar
legislador. Ex.: a retirada de um “não”.
Pode ocorrer a declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto
(interpretação conforme).
54
Quando ocorre a declaração da inconstitucionalidade, é reconhecida a nulidade dos
atos inconstitucionais. Por consequência da inexistência de eficácia jurídica de tais atos,
os que haviam sido revogados por eles são restabelecidos quando a decisão tiver efeito
retroativo. É o chamado efeito repristinatório. Dessa forma, se os atos anteriores ao ato
impugnado na ação direta também forem considerados inconstitucionais pelo autor, para
que não ocorra o efeito repristinatório, é preciso que seja impugnado todo o complexo
normativo anterior. A limitação da impugnação da cadeia normativa é o advento da nova
constituição. Os atos anteriores à atual constituição não precisam ser impugnados.
a l
julgado da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do
trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.
io n
a c
u c ER
Salvo no período de recesso, é cabível a concessão de medida cautelar, a qual
será decidida por maioria absoluta (6 ministros), observado o quórum de instalação da
E M d IL
sessão de julgamento que é de pelo menos 8 ministros. A medida cautelar tem efeitos
e
rt RO
erga omnes e ex nunc, tornando aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo
o OR
expressa manifestação em sentido contrário.
p
S C 41- m u H 89
5.3.2 Ação Direta De Constitucionalidade - ADC
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
A ADC foi introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela EC 3/93. O objeto
O .
d R 3 g
da ADC é transformar uma presunção relativa de constitucionalidade (que todas as leis e
4
A PE D 0 er@
atos normativos possuem) em presunção absoluta.
l i
O objeto da ADC é lei ou ato normativo federal.
m
p lc
A competência para o julgamento é do STF e tem como legitimados para a
propositura os mesmos da ADI.
Os efeitos da ADC são erga omnes, ex tunc e vinculante em relação aos órgãos do
Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
É possível a concessão de medida cautelar por decisão da maioria absoluta do STF.
Requisito específico de admissibilidade da ADC: existência de controvérsia
judicial relevante sobre a aplicação da norma objeto do controle.
Está regulamentada pela Lei 9.882/99 e terá por objeto evitar ou reparar lesão a
preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
É cabível a ADPF na modalidade de arguição autônoma ou de forma incidental.
A lesão pode resultar de qualquer ato administrativo, inclusive de decretos
regulamentares.
55
Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental quando
for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição
A ADPF pode ser utilizada como instrumento de análise em abstrato de recepção
de lei ou ato normativo.
A competência para julgamento é do STF e os legitimados são os mesmos da ADI.
A decisão da ADPF é imediatamente autoaplicável, na medida em que o
presidente do STF determinar o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão
posteriormente. A decisão tem eficácia erga omnes e efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Público, além dos efeitos retroativos. É possível a modulação
dos efeitos da decisão por maioria qualificada de 2/3 dos membros da corte.
A ADPF pode ser conhecida como Adi em virtude do princípio da fungibilidade.
a l
io n
a c
u c ER
Princípio da subsidiariedade: Não será admitida arguição de descumprimento de
E M d IL
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a
e
rt RO
lesividade. Ainda, o princípio deve ser observado, de uma forma geral, em relação
o OR
aos processos de índole objetiva (ADI, ADC, ADO) a inexistência de outro meio
p
eficaz para sanar a lesão.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
5.3.4 Ação Direta De Inconstitucionalidade Por Omissão - ADO
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
O que se busca com a ADO é sanar a chamada “síndrome da inefetividade das
m
p lc
normas constitucionais”. Assim, o objetivo é a declaração da inconstitucionalidade por
omissão de medida necessária para tornar efetiva norma constitucional. As normas
constitucionais destituídas de efetividade e que podem ser objeto da ADO são as normas
de eficácia limitada.
Espécies de omissão:
56
outorga determinado benefício a certa
categoria mas deixa de concedê-la a
outra, que deveria ter sido contemplada.
l
A decretação da intervenção é feita pelo Chefe do Poder Executivo. O Poder
a
n
Judiciário exerce um controle no caso concreto, verificando se estão presentes os
io
c
pressupostos para a futura decretação da intervenção pelo Chefe do executivo.
a
u c ER
d IL
5.4 Controle Abstrato De Constitucionalidade Pelos Estados-Membros
E M
e
rt RO
Conforme o art. 125, parágrafo 2º, da CRFB, cabe aos Estados a instituição de
p o OR
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou
um IZ .7 .co
A competência para o julgamento é do TJ local.
er L U 4
4 ma il
Os legitimados serão definidos nas constituições estaduais
V O . 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
JURISPRUDÊNCIA
58
caso fique demonstrado que houve “fraude processual”, ou seja, que a norma foi
revogada de forma proposital a fim de evitar que o STF a declarasse inconstitucional
e anulasse os efeitos por ela produzidos (STF ADI 3306). Exceção 2: não haverá perda
do objeto se ficar demonstrado que o conteúdo do ato impugnado foi repetido, em
sua essência, em outro diploma normativo. Neste caso, como não houve
desatualização significativa no conteúdo do instituto, não há obstáculo para o
conhecimento da ação (ADI 2418/ DF). STF. Plenário. ADI 2418/DF, Rel. Min. Teoria
Zavascki, julgado em 4/5/2016 (Info 824).
a l
considerado como ato normativo, mas sim como ato de efeitos concretos. STF. (Info
844).
io n
a c
u c ER
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: Não viola a Súmula Vinculante 10, nem a
regra do art. 97 da CF/88, a decisão do órgão fracionário do Tribunal que deixa de
E M d IL
aplicar a norma infraconstitucional por entender não haver subsunção aos fatos ou,
e
rt RO
ainda, que a incidência normativa seja resolvida mediante a sua mesma
o OR
interpretação, sem potencial ofensa direta à Constituição. Além disso, a reclamação
p
S C 41- m u H 89
constitucional fundada em afronta à SV 10 não pode ser usada como sucedâneo
(substituto) de recurso ou de ação própria que analise a constitucionalidade de
m Z .7 .co
normas que foram objeto de interpretação idônea e legítima pelas autoridades
u I
er L U il
jurídicas competentes. STF. (Info 848).
4 ma4
d V R O 3 . 0 g
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Se é proposta ADI contra uma medida
4
A PE D 0 er@
provisória e, antes de a ação ser julgada, a MP é convertida em lei com o mesmo
l i
texto que foi atacado, esta ADI não perde o objeto e poderá ser conhecida e julgada.
m
p lc
Como o texto da MP foi mantido, não cabe falar em prejudicialidade do pedido. Isso
porque não há a convalidação ("correção") de eventuais vícios existentes na norma,
razão pela qual permanece a possibilidade de o STF realizar o juízo de
constitucionalidade. Neste caso, ocorre a continuidade normativa entre o ato
legislativo provisório (MP) e a lei que resulta de sua
conversão. Ex: foi proposta uma ADI contra a MP 449/1994 e, antes de a ação ser
julgada, houve a conversão na Lei nº 8.866/94. Vale ressaltar, no entanto, que o
autor da ADI deverá peticionar informando esta situação ao STF e pedindo o
aditamento da ação. STF. (Info 851).
59
Justiça exercem controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais deverão
a l
utilizado pelo STF como fundamento jurídico para declarar uma lei ou ato normativo
inconstitucional. STF. (Info 856).
io n
a c
u c ER
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO DE EFEITOS: É possível a
modulação dos efeitos da decisão proferida em sede de controle incidental de
constitucionalidade. STF. (Info 857)
E M d IL
e
rt RO
o OR
ADPF. CABIMENTO: O Estado do Rio de Janeiro vive uma grave crise econômica,
p
S C 41- m u H 89
estando em débito com o pagamento de fornecedores e atraso até mesmo no
pagamento da remuneração dos servidores públicos. Os órgãos e entidades também
m Z .7 .co
estão sem dinheiro para custear os serviços públicos. Diante disso, diversas ações
u I
er L U il
(individuais e coletivas) foram propostas, tanto na Justiça comum estadual como
4 ma4
d V R 3 0
também na Justiça do Trabalho, pedindo a realização desses pagamentos. Os órgãos
O . g
judiciais estavam acolhendo os pedidos e determinando a apreensão de valores nas
4
A PE D 0 er@
contas do Estado para a concretização dos pagamentos. Neste cenário, o
l i
Governador do Estado ajuizou ADPF no STF com o objetivo de suspender os efeitos
m
p lc
de todas as decisões judiciais do TJRJ e do TRT da 1ª Região que tenham
determinado o arresto, o sequestro, o bloqueio, a penhora ou a liberação de valores
das contas administradas pelo Estado do Rio de Janeiro. O STF afirmou que a ADPF é
instrumento processual adequado para esse pedido e deferiu a medida liminar. O
conjunto de decisões questionadas são atos típicos do Poder Público passíveis de
impugnação por meio de ADPF. STF. (Info 869).
60
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: O Estado-membro não possui
legitimidade para recorrer contra decisões proferidas em sede de controle
concentrado de constitucionalidade. O Estado-membro não possui legitimidade
para recorrer contra decisões proferidas em sede de controle concentrado de
constitucionalidade, ainda que a ADI tenha sido ajuizada pelo respectivo
Governador. A legitimidade para recorrer, nestes casos, é do próprio Governador
(previsto como legitimado pelo art. 103 da CF/88).
Os Estados-membros não se incluem no rol dos legitimados a agir como sujeitos
processuais em sede de controle concentrado de constitucionalidade. STF.
Plenário. ADI 4420 ED-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 05/04/2018.
61
GREVE: Constitucionalidade de Decreto estadual que regulamenta as providências a
serem adotadas em caso de greve. O Governador da Bahia editou um decreto
prevendo que, em caso de greve, deverão ser adotas as seguintes providências:
a) convocação dos grevistas a reassumirem seus cargos;
b) instauração de processo administrativo disciplinar;
c) desconto em folha de pagamento dos dias de greve;
d) contratação temporária de servidores;
e) exoneração dos ocupantes de cargo de provimento temporário e de função
gratificada que participarem da greve.
O STF decidiu que este Decreto é constitucional.
Trata-se de decreto autônomo que disciplina as consequências — estritamente
administrativas — do ato de greve dos servidores públicos e as providências a serem
adotadas pelos agentes públicos no sentido de dar continuidade aos serviços
públicos.
a
A norma impugnada apenas prevê a instauração de processo administrativo para sel
n
apurar a participação do servidor na greve e as condições em que ela se deu, bem
io
c
como o não pagamento dos dias de paralisação, o que está em consonância com a
a
orientação fixada pelo STF no julgamento do MI 708.
u c ER
É possível a contratação temporária excepcional (art. 37, IX, da CF/88) prevista no
E M d IL
decreto porque o Poder Público tem o dever constitucional de prestar serviços
e
rt RO
essenciais que não podem ser interrompidos, e que a contratação, no caso, é
o OR
limitada ao período de duração da greve e apenas para garantir a continuidade dos
p
(Info 906).
S C 41- m u H 89
serviços. STF. Plenário. ADI 1306/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 13/6/2017
um IZ .7 .co
er L U il
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: A alteração do parâmetro constitucional,
4 ma4
d V R 3 0
quando o processo ainda está em curso, não prejudica o conhecimento da ADI. Isso
O . g
para evitar situações em que uma lei que nasceu claramente inconstitucional volte a
4
A PE D 0 er@
produzir, em tese, seus efeitos. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli,
l
julgado em 20/6/2018 (Info 907)
mi
p lc
MINISTÉRIO PÚBLICO: O art. 127 da CF/88 assegura ao MP autonomia financeira. É
constitucional dispositivo da Constituição Estadual que assegura ao Ministério
Público autonomia financeira e a iniciativa ao Procurador-Geral de Justiça para
propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos e serviços auxiliares e a
fixação dos vencimentos dos membros e dos servidores de seus órgãos auxiliares.
Também é constitucional a previsão de que o Ministério Público elaborará a sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela LDO. STF. Plenário. ADI
145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).
62
tratados de forma diversa pelo texto constitucional originário. Ademais, a
equivalência remuneratória entre as carreiras encontra óbice no art. 37, XIII, da
CF/88, que veda a equiparação ou vinculação remuneratória.STF. Plenário. ADI
145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907). Obs: o tema foi
analisado tendo como parâmetro a redação originária da Constituição Federal de
1988, ou seja, antes das Emendas Constitucionais 45/2004 e 80/2014.
a l
Plenário. ADC 17/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso,
jugado em 1º/8/2018 (Info 909)
io n
c
As Resoluções nº 01/2010 e nº 06/2010, ambas emanadas da Câmara de Educação
a
u c ER
Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE/CEB), ao estabelecerem corte etário
para ingresso de crianças na primeira série do ensino fundamental (6 anos
E M d IL
completos até 31 de março do correspondente ano letivo), não incorreram em
e
rt RO
contexto de ilegalidade (não violaram a lei). Ao contrário, tais Resoluções encontram
o OR
respaldo na interpretação conjunta dos arts. 29 e 32 da Lei nº 9.394/96 (LDB). O
p
S C 41- m u H 89
Poder Judiciário não pode substituir-se às autoridades públicas de educação para
fixar ou suprimir requisitos para o ingresso de crianças no ensino fundamental,
m Z .7 .co
quando os atos normativos de regência não revelem traços de ilegalidade,
u I
er L U il
abusividade ou ilegitimidade. STJ. 1ª Turma. REsp 1412704/PE, Rel. Min. Sérgio
4 ma4
d V R 4 3 0
Kukina, julgado em 16/12/2014.
O . g
A PE D 0 er@
Corte de Serviço Público: O Tribunal, por maioria, julgou improcedente pedido
l i
formulado em ação direta para declarar a constitucionalidade da Lei 14.040/2003 do
m
p lc
estado do Paraná (1), que veda o corte do fornecimento de água e luz, em
determinados dias, pelas empresas concessionárias, por falta de pagamento. ADI
5961/PR, rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio,
julgamento em 19.12.2018. (ADI-5961) (Informativo 928)
63
O Colegiado entendeu que os dispositivos impugnados não modificaram de forma
retroativa o regime jurídico do pessoal de obras ou dos trabalhadores encampados
oriundos da CEERG, mas apenas revestiram de segurança jurídica situação regulada
pelo art. 12 da Lei estadual 4.136/1961 (1), preexistente à Constituição Federal de
1988 (CF/1988). ADI 807/RS, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o ac. Min. Rosa
Weber, julgamento em 7.2.2019. (ADI-807) ADI 3037/RS, rel. orig. Min. Dias Toffoli,
red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgamento em 7.2.2019. (ADI-3037) (Informativo
929)
SÚMULAS
SV 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua
incidência.
a l
n
Súmula 614, STF: Somente o Procurador-Geral de Justiça tem legitimidade para
io
c
propor ação direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal.
a
u c ER
Súmula 455, STF: Da decisão que se seguir ao julgamento de constitucionalidade
E M d IL
pelo Tribunal Pleno, são inadmissíveis embargos infringentes quanto à matéria
constitucional.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Súmula 642, STF: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito
m Z .7 .co
Federal derivada da sua competência legislativa municipal.
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc Sistema difuso
Sistema concentrado (ADI, ADC, ADO,
Sistemas de controle ADPF, ADI Interventiva).
- Por ação:
Vício formal – orgânico, formal
Espécies de propriamente dito ou por violação a
inconstitucionalidade pressupostos objetivos do ato.
Vício material – conteúdo
- Por omissão
64
FCC – DPE-SC – 2017 - Sobre o tema do controle de
constitucionalidade, considere:
a l
objeto de consideração por parte do Supremo Tribunal Federal até o
presente momento em nenhum dos seus julgados.
io n
a c
u c ER
III. Não é admitido o controle difuso de constitucionalidade no
âmbito de ação civil pública de quaisquer leis ou atos do Poder
E M d IL
Público, ainda que se trate de simples questão prejudicial
e
rt RO
indispensável à resolução do litígio principal.
p o OR
S C 41- m u H 89
IV. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo
Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas
um
ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra
IZ .7 .co
er L U il
todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder
4 4 ma
d V Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas
R O 3 . 0 g
federal, estadual e municipal.
4
A PE D 0 er@
l i
Está correto o que se afirma APENAS em
m
pelcIV.
a) III
b) I e IV.
c) I, II e III.
e) II e IV.
65
cruéis e desumanas.
ALTERNATIVA: B
a l
io n
A respeito do procedimento da arguição de descumprimento de
preceito fundamental (ADPF), assinale a opção correta.
a c
a) A concessão de medida liminar em sede de ADPF será limitada à
u c ER
suspensão dos feitos e julgamentos que versem sobre a mesma
matéria.
E M d IL
e
b) A decisão final em sede de ADPF terá, em regra, efeito ex nunc,
rt RO
salvo decisão de dois terços do plenário do STF para a modulação dos
efeitos.
p o OR
S C 41- m u H 89
c) O ajuizamento da ADPF deve atender à subsidiariedade, sendo
proposta quando inexistir outro meio idôneo para
um IZ .7 .co
er L
instrumentalização da pretensão de sanar lesão a preceito
U 4
fundamental.il
4 ma
d V R O
4 3 . 0
d) O objeto da ADPF restringe-se às leis federais e estaduais.
g
A PE D 0 er@
e) O objeto da ADPF deve restringir-se à legislação posterior à
l
promulgação da Constituição Federal de 1988.
mi
p lc
GABARITO: C
66
d) ERRADA. O objeto da ADPF é o mais amplo, abrangendo lei
ou ato normativo federal, estadual, municipal e até lei não
recepcionada.
Federal de 1988. a l
b) o parâmetro da ação constituir-se do preâmbulo da Constituição
io n
c) a oposição de embargos de declaração, com o objetivo de obter a
modulação dos efeitos da decisão.
a c
c ER
d) a ação rescisória, por se tratar de controle difuso.
u
d IL
e) o objeto da ação ser um enunciado de súmula do STJ.
E M
GABARITO: C. e
rt RO
p o OR
a) ERRADO.
S C 41- m u H 89
O objeto do controle abstrato
constitucionalidade, como é o caso de uma ADI, deve ser uma
de
um IZ .7 .co
lei ou ato normativo de caráter geral e abstrato, não pode ser
V er L
O
U
.
4
0
il
um ato administrativo de efeitos concretos, porque este não
4 ma
goza de generalidade e abstração para sofrer este tipo de
d R 4 3 g
controle.
A PE D 0 er@
b) ERRADO. O STF adota a tese da irrelevância jurídica em
l i
relação ao preâmbulo, de forma que este não serve de
m
p lc
parâmetro no controle de constitucionalidade.
c) CERTO. Trata-se de jurisprudência recente do STF. É possível a
utilização de embargos de declaração para suscitar a
modulação de efeitos, tanto no controle concentrado, quanto
no controle abstrato.
d) ERRADO. A ADI é controle concentrado, e não difuso, e não
cabe ação rescisória.
e) ERRADO. Não cabe nenhuma ação do controle concentrado
contra enunciado de súmula.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM -
Defensor Público - Reaplicação
67
procedente ação direta de inconstitucionalidade para o fim de
declarar inconstitucional, sob o aspecto material, determinada lei
estadual e que, posteriormente, tenha sido promulgada emenda à
Constituição Federal, para o fim de introduzir no texto constitucional
dispositivo com o teor da norma estadual declarada inconstitucional.
Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do
STF, referida emenda constitucional
A) não poderia ter sido promulgada, uma vez que a decisão do STF
em sede de controle concentrado de constitucionalidade possui
eficácia erga omnes e efeito vinculante, sendo a norma decorrente
da referida emenda desprovida de validade e eficácia.
p o OR
vez que os órgãos legislativos não são alcançados pela eficácia erga
omnes ou pelo efeito vinculante da decisão do STF, estando,
S C 41- m u H 89
contudo, apenas a lei estadual sujeita a novo controle de
um
constitucionalidade perante aquela Corte.
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
D) não poderia ter sido promulgada, caso a decisão do STF em sede
O . 0
d R 3 g
de controle concentrado de constitucionalidade houvesse sido
4
A PE D 0 er@
proferida com fundamento em cláusula pétrea, hipótese em que a
l
eficácia. mi
norma decorrente da referida emenda seria desprovida de validade e
p lc
E) poderia ter sido promulgada, assim como poderia ser editada nova
lei estadual com o teor da declarada inconstitucional pelo STF, uma
vez que os órgãos legislativos não são alcançados pelos efeitos da
decisão proferida em sede de controle concentrado pelo STF,
embora ambas estejam sujeitas a novo controle de
constitucionalidade, em que caberá ao STF enfrentar mais uma vez a
questão anteriormente equacionada.
68
inconstitucional, for editada uma lei ou uma emenda constitucional
com o mesmo conteúdo. Existe uma diferença, no entanto, quando a
reação legislativa ocorre por emenda e quando se dá por lei.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM -
Defensor Público - Reaplicação
a l
io n
A aplicação de determinada lei municipal tem sido objeto de
decisões contraditórias nos órgãos judiciais de primeira instância, em
a c
função de interpretações conflitantes quanto à sua
u c ER
constitucionalidade. O partido político ao qual é filiado o Prefeito do
E M d IL
Município respectivo pretende submeter a questão diretamente ao
Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de Arguição de
e
rt RO
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), requerendo,
p o OR
inclusive, seja concedida medida liminar para que se determine a
S C 41- m u H 89
suspensão do andamento de processos ou os efeitos de decisões
judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a
um IZ .7 .co
matéria, até julgamento final da ADPF.
V er L
O
STF
U
.
4
0
il
4 ma
Nessa hipótese, à luz das normas pertinentes e da jurisprudência do
sobre a matéria,
d R 4 3 g
A PE DI. a ADPF será admissível, desde que não seja cabível ação direta de
0 er@
l
inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça estadual, tendo
mi
por objeto a lei municipal em questão.
p lc
II. o partido político somente estará legitimado para a propositura da
ADPF se possuir representação no Congresso Nacional, devendo
estar representado por seu Diretório Nacional, ainda que a lei
impugnada tenha amplitude normativa limitada ao Município de que
se originou.
A) I, II e III.
69
B) I, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) II, apenas.
GABARITO: A.
E M d IL
Federal, ainda que o objeto impugnado tenha sua
e
amplitude normativa limitada ao Estado ou Município do
rt RO
qual se originou. [...]. O Diretório Municipal de partido
p o OR
político não integra o rol exaustivo dos legitimados à
S C 41- m u H 89
propositura das ações de controle concentrado de
um I
constitucionalidade, logo, está desprovido de legitimidade
Z .7 .co
er L
ativa ad causam.
U
III. 4 il
4 ma
Art. 5, §3º da Lei 9882/99. A liminar pode consistir na
d V R O
4 3 . 0 g
determinação de que juízes e tribunais suspendam o
A PE D 0 er@
l
andamento do processo ou os efeitos de decisões
mi
judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente
relação com a matéria objeto da arguição de
p lc descumprimento de preceito fundamental, salvo se
decorrentes da coisa julgada.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM
A) é incabível, uma vez que lei estadual não pode ser objeto de
70
ação declaratória de constitucionalidade de competência originária
do Supremo Tribunal Federal, não sendo, ademais, o Governador
do Estado legitimado para a propositura de ação dessa espécie.
B) é incabível, uma vez que lei estadual não pode ser objeto de
ação declaratória de constitucionalidade de competência originária
do Supremo Tribunal Federal, embora o Governador do Estado
tenha, em tese, legitimidade para a propositura de ação dessa
espécie.
E M d IL
e
rt RO
GABARITO: B
p o OR
S C 41- m u H 89
Art. 102, I, Constituição Federal: Cabe ao STF processar e julgar,
m IZ .7 .co
originalmente (Rol exaustivo):
u
V O er L U
0
4
4 ma il
- ADI: lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL
.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
- ADC: lei ou ato normativo FEDERAL.
mi
Assim, não cabe ADC em face de lei ESTADUAL.
p lc
7. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Pessoal, aqui, teremos que memorizar mesmo, porque cai em prova, certo?!
Forma de Estado:
- Simples:
Unitário: Possui um único centro dotado de capacidade Legislativa, Administrativa,
Política e toda e qualquer competência constitucional. Te: França, Itália, Inglaterra,
Uriguai.
71
Federação: descentralização política, repartição de competências, constituição rígida,
inexistência do direito de secessão (intervenção federal, art. 34, I, da CF), soberania do
Estado Federal, intervenção, auto-organização dos Estado-membros, órgão
representativo do Estados (Senado), guardião da Constituição (STF), repartição das
receitas.
- Constituição rígida;
- Controle de constitucionalidade.
CF: Art. 18. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
a l
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.
io n
a c
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
u c ER
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
E M d IL
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
e
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
rt RO
publicados na forma da lei.
p o OR
"Segundo a jurisprudência do STF, a expressão "população diretamente
S C 41- m u H 89
interessada" constante do § 3, do art. 18, da CF, não deve ser entendida
como somente a população da área a ser destacada, mas, sim, como
um IZ .7 .co
toda a população do estado-membro, tanto da área desmembrada,
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
quanto da área remanescente". ADI 2650/DF, REL. MIN. DIAS TOFFOLI,
24.08.2011.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Federalismo por agregação (associação) ou centrípeto e federalismo por
l i
desagregação (segregação) ou centrífugo: o centrífugo é o federalismo impróprio, o que
m
p lc
aconteceu no Brasil em 1891, formando os Estados Unidos do Brasil, pela união das
antigas províncias. São Estados imperfeitos (segregação).
72
o Características do federalismo simétrico:
a l
do poder central. Séc. XX. Homogeneidade, centralista. Objetivos ditatoriais de governos
federais socialistas e da América Latina.
io n
a c
Federalismo de integração: sobreposição do governo central. Meramente formal.
u c ER
Forte assimetria,é quase um estado unitário descentralizado.
E M d IL
Federalismo de 2º grau: tríplice estrutura do Estado Brasileiro. 3 ordens: união,
e
rt RO
estados, municípios e DF. Poder de auto-organização dos Municípios observando 2 graus:
a CF e a CE.
p o OR
S C 41- m u H 89
Federalismo dual: separação rígida de competências, não havia cooperação.
um IZ .7 .co
er L
ATENÇÃO!!
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
No séc. XX, com o Estado do bem-estar social (Estado providência), surge o
g
federalismo de cooperação, de equilíbrio entre forças contraditórias, a unidade e a
A PE D 0 er@
diversidade, o localismo e o centralismo, entre a União e os Estados-membros
l i
autônomos. Entes atuando em conjunto, de modo concorrente, harmonia, forte e ampla
m
dependência.
p lc
Características da Federação:
- Capacidade de auto-organização.
73
Confederação: tem direito de secessão. É uma pessoa jurídica de direito público. Em
regra, são unidos por tratados internacionais. A nacionalidade dos cidadãos é a do Estado
ao qual pertencem.
BRASIL – República
Sistema de governo:
Parlamentarismo:
l
- Divisão do Poder Executivo. Chefe de Estado > Monarca ou Presidente da
a
República; Chefe de Governo: Primeiro Ministro.
io n
a c
- Não há prazo fixo para o exercício do cargo de Primeiro Ministro.
u c ER
d IL
- Responsabilidade do Primeiro Ministro frente ao Parlamento.
E M
Presidencialismo:
e
rt RO
p o OR
- Chefe de Estado e Chefe de Governo: mesma pessoa.
S C 41- m u H 89
- Independência em relação aos demais Poderes.
um IZ .7 .co
er L U
- Prazo de mandato fixo.
4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
Semipresidencialismo:
g
A PE D 0 er@
- Divisão do Poder Executivo: o Chefe de Estado é sempre o Presidente, que
l
escolhe o Primeiro Ministro.
mi
p lc
BRASIL – Presidencialismo
6.1 Intervenção
INTERVENÇÃO PROVOCADA:
74
- Para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário) nas unidades da federação, se a coação for ao EXECUTIVO ou LEGISLATIVO,
cabe ao próprio poder coacto requerer a intervenção, mediante SOLICITAÇÃO ao
Presidente da República. Por sua vez, se a coação for contra o JUDICIÁRIO, a provocação
será do STF, mediante REQUISIÇÃO ao Presidente;
- Para garantir a execução de lei federal e no caso de ofensas aos princípios sensíveis
(forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa
humana; autonomia municipal; prestação de contas da administração direta e indireta;
aplicação do mínimo em saúde e educação), nesses casos, o Procurador-Geral da
a l
io n
República deverá representar junto ao STF. Dado provimento, o Presidente terá até 15
dias para expedir o decreto interventivo.
a c
APRECIAÇÃO DO DECRETO INTERVENTIVO PELO CONGRESSO NACIONALu c ER
E M d IL
prazo de 24 horas. e
O decreto interventivo deverá ser submetido à apreciação do Congresso Nacional no
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Não há necessidade de submeter o decreto interventivo à apreciação do Congresso
seguintes casos, SE a medida bastar ao restabelecimento da normalidade:
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
- Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
d 3 g
- Assegurar a observância dos princípios sensíveis.
R 4
A PE D 0 er@
l CF: Art. 34. Intervenção da União nos Estados para:
i
I - manter a integridade nacional;
m
p lc
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em
outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da
Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos
consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
75
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos
Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos
consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
l
Art. 36 § 3º, CF. Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35,
a
io n
IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia
Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato
a c
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
u c ER
6.2 Repartição De Competências
E M d IL
e
rt RO
p o OR
A repartição de competência é orientada pelo princípio da predominância de
u H 89
interesses. São 4 os critérios para a distribuição de competências:
S C 41- m
um IZ .7 .co
Campos específicos de competências legislativas e administrativas:
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
a) horizontais: quando não há hierarquia entre as competências, pois não há
concorrência entre os entes federados;
d R 4 3 g
b) vertical: quando há competência legislativa concorrente, pois cabe à União legislar de
A PE D 0 er@
maneira geral, enquanto os Estados e Municípios devem legislar de acordo com o
l i
interesse regional e o local, respeitando as normais gerais da União.
m
p lc
Possibilidade de delegação: art. 22, p.ú, da CF. Delegação da União
aos Estados, através de Lei Complementar.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
76
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
SÚMULAS
io n
normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
c
Súmula 19, STJ: a fixação do horário bancário, para atendimento ao público, e da
a
competência da união.
u c ER
JURISPRUDÊNCIA E M d IL
e
rt RO
o OR
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS: É constitucional lei estadual que preveja a possibilidade de
p
S C 41- m u H 89
empresas patrocinarem bolsas de estudo para professores em curso superior, tendo como
contrapartida a obrigação de que esses docentes ministrem aula de alfabetização ou
um IZ .7 .co
aperfeiçoamento para os empregados da empresa patrocinadora. Essa lei insere-se na
V O er L
. 0
U4 ma4 il
competência legislativa do Estado-Membro para dispor sobre educação e ensino, prevista no
art. 24, IX, da CF/88. STF. (Info 856).
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: É inconstitucional lei estadual que estabelece a obrigatoriedade
l i
de que os rótulos ou embalagens de todos os produtos alimentícios comercializados no
m
p lc
Estado contenham uma série de informações sobre a sua composição, que não são exigidas
pela legislação federal. STF. Plenário. ADI 750/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
3/8/2017.
77
empacotamento nos supermercados é inconstitucional por afrontar o princípio constitucional
da livre inciativa. Lei estadual que exige que o serviço de empacotamento nos supermercados
seja prestado por funcionário do próprio estabelecimento é inconstitucional por violar a
competência privativa da União para legislar sobre Direito do Trabalho. STF. Plenário. ADI
907/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
1º/8/2017 (Info 871).
78
federal, por meio da produção legislativa.
GABARITO: A.
Primeiro, aqui, devemos entender a pergunta.
a l
No entanto, a questão é referente ao que caracteriza todos os entes
n
federados, em sua relação. Sendo assim, os Estados-membros, por
io
c
exemplo, podem se desmembrar e formar outro, ou se unir a outro,
a
sem que isso signifique secessão.
u c ER
E M d IL
c) ERRADO. nem todos os membros da federação possuem uma
e
rt RO
Constituição rígida. Os municípios, por exemplo, se auto organizam
o OR
através de uma lei orgânica.
p
S C 41- m u H 89
d) ERRADO. Esta não é uma característica da Federação e da relação
m Z .7 .co
entre seus membros, uma vez que a autonomia deles deve ser
u I
er L U 4 il
exercida de forma harmônica e equilibrada, e não independente dos
V 0 4 ma
órgãos federais, pois, do contrário, seria uma confederação.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
e) ERRADO. Os Estados-membros participam da formação da vontade
l i
federal através do Senado.
m
p lc
Ano: 2017. Banca: FCC. Cargo: Defensor Público de SC
79
concorrentemente sobre proteção à infância e à juventude.
a l
io n
a c
INTERVENÇÃO
c ER
Vencido o prazo para pagamento de precatório expedido contra
u
E M d IL
determinado Município, pelo Tribunal de Justiça do Estado cujo
território integra, cabe, em tese, a decretação de intervenção,
mediante e
rt RO
p o OR
S C 41- m
República. u H 89
a) requisição do Superior Tribunal de Justiça ao Presidente da
m Z .7 .co
b) provimento de representação pelo próprio Tribunal de Justiça,
u I
V er L U 4
0
il
dispensada a apreciação da decretação pela Assembleia Legislativa do
4 ma
Estado respectivo.
O .
d R 4 3 g
c) provimento de representação pelo Supremo Tribunal Federal,
A PE D 0 er@
dispensada a apreciação da decretação pelo Congresso Nacional.
l i
d) requisição do Tribunal de Justiça ao Governador do Estado
m
p lc
respectivo.
e) requisição do Supremo Tribunal Federal ao Presidente da
República.
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos
consecutivos, a dívida fundada;
80
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D
É um órgão do Congresso Nacional. É uma comissão temporária.
0 er@
Objetivo: auxiliar na função legiferante e investigar os parlamentares. Instrumento de
l
mi
controle do governo, além de servir de informação da opinião pública.
p lc
Investigados: o Poder Executivo, pessoas físicas ou jurídicas, órgãos ou instituições
responsáveis pela gestão da coisa pública.
Requisitos para criação de CPI:
a) 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou Senado Federal;
b) investigar fato determinado;
c) prazo certo de duração.
É norma de observância obrigatória para os Estados e Municípios.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições
previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos
nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
81
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
a c
CPI ESTADUAL: tem poderes simétricos à CPI federal. Não têm competência para
u c ER
investigar autoridades submetidas a foro privilegiado federal.
E M d IL
CPI MUNICIPAL: deve haver previsão do Regimento Interno da Câmara de Vereadores ou
e
rt RO
na Lei Orgânica do Município. Seus poderes são mais restritos porque não há Poder
o OR
Judiciário no âmbito municipal. A CPI municipal pode até pedir que o juiz determine a
p
condução coercitiva.
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
7.1.2 Garantias Do Poder Legislativo
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d 3 g
São as imunidades materiais (absolutas) e as relativas (ao processo, ao foro etc). Desde a
R 4
A PE D 0 er@
diplomação até o término do mandato.
l i
O STF tem entendido que o afastamento do parlamentar suspende as imunidades
m
p lc
material (por suas palavras e opiniões) e formal (em relação ao processo – prisão), mas
não suspende o foro por prerrogativa de função.
82
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva
sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de
2001)
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à
Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado
e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final,
sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 35, de 2001)
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o
estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois
terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a
execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 35, de
2001)
a l
Deputados Estaduais: princípio constitucional extensível. A CF/88 não prevê regras
n
específicas aos deputados estaduais, mas estende a eles as regras previstas para os
io
c
Deputados Federais. Portanto, a prerrogativa de foro destes prevalece sobre a
a
competência do Tribunal do Júri (súmula 721, do STF)
u c ER
E M d IL
Art. 27, da CF - O número de Deputados à Assembléia Legislativa
corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
e
rt RO
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de
o OR
tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
p
S C 41- m u H 89
§1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais,
aplicando- se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral,
83
São eleitos pelo sistema proporcional, para um mandato de 4 anos, sendo de 21 anos a
idade mínima.
SÚMULAS
Súmula 245, STF: A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa prerrogativa.
ATENÇÃO: esta súmula só se aplica à imunidade relativa, pois, quanto à absoluta, como ela
exclui à tipicidade, não pode existir um mesmo fato típico para uma pessoa e atípico para
outra.
Súmula 397, do STF: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em
caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a
prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.
Súmula 704, STF: não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo
a l
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados.
io n
a c
Súmula 721, STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
u c ER
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
E M d IL
Súmula 637, STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que
e
rt RO
defere pedido de intervenção estadual em município.
p o OR
S C 41- m u H 89
JURISPRUDÊNCIA
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
Petição 3825-QO STF: “a iniciativa do procedimento investigatório de autoridades com
V O . 0
prerrogativa de foro no STF deve ser confiada ao MPF com a supervisão do ministro
d R 4 3 g
A PE D
relator do STF. A Polícia Federal não está autorizada a abrir de ofício IPL para investigar
0 er@
l
condutas dessas autoridades”.
mi
p lc
A competência do STF tem início com a diplomação e se encerra com o fim do mandato.
Se o processo ainda não foi submetido a julgamento na ocasião do término do mandato,
deve o STF remeter os autos ao juiz de origem. Contudo, os atos praticados são válidos.
Existem dois casos em que o STF permanece competente para julgamento do processo
mesmo com o término do mandato: (i) quando o julgamento já tiver sido iniciado, (ii)
renúncia com abuso de direito (Ação Penal 396) – INFORMATIVO 741 DO STF.
• Se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado: a perda
do cargo será uma consequência lógica da condenação. Caberá à Mesa da Câmara ou do
Senado apenas declarar que houve a perda (sem poder discordar da decisão do STF), nos
84
termos do art. 55, III e § 3 da CF/88.
p o OR
foram aprovadas até 15/10/2015 serão mantidas como válidas (hígidas) mesmo que tenham
S C 41- m u H 89
sido fruto de contrabando legislativo. Os dispositivos legais aprovados após 15/10/2015 e
que tenham sido resultado de contrabando legislativo deverão ser julgados inconstitucionais.
um IZ .7 .co
Seguindo este raciocínio, o STF reconheceu que os arts. 113 a 126 da Lei nº 12.249/2010
V O er L
. 0
U4 ma4 il
foram fruto de contrabando legislativo (porque inseridos durante a tramitação de uma MP
que tratava sobre assunto diverso), no entanto, declarou que eles deverão ser mantidos
d R 4 3 g
como válidos porque aprovados antes de 15/10/2015. STF. Plenário. ADI 5012/DF, Rel. Min.
A PE D 0 er@
Rosa Weber, julgado em 16/3/2017 (Info 857).
l
m i
IMUNIDADE MATERIAL: Imunidade
(divulgar informação falsa p
lc material alcança o delito do art. 3º da Lei 7.492/86
ou prejudicialmente incompleta sobre instituição financeira).
Deputado Estadual que, ao defender a privatização de banco estadual, presta declarações
supostamente falsas sobre o montante das dívidas dessa instituição financeira não comete o
delito do art. 3º da Lei nº 7.492/86, estando acobertado pela imunidade material. STF. (Info
865).
MEDIDA PROVISÓRIA. TRANCAMENTO DE PAUTA: O art. 62, § 6º da CF/88 afirma que “se a
medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do
Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando”. Apesar de o dispositivo falar
em “todas as demais deliberações”, o STF, ao interpretar esse §6º, não adotou uma exegese
literal e afirmou que ficarão sobrestadas (paralisadas) apenas as votações de projetos de leis
ordinárias que versem sobre temas que possam ser tratados por medida provisória. Assim,
85
por exemplo, mesmo havendo medida provisória trancando a pauta pelo fato de não ter sido
apreciada no prazo de 45 dias (art. 62, § 6º), ainda assim a Câmara ou o Senado poderão
votar normalmente propostas
de emenda constitucional, projetos de lei complementar, projetos de resolução, projetos de
decreto legislativo e até mesmo projetos de lei ordinária que tratem sobre um dos assuntos
do art. 62, § 1º, da CF/88. Isso porque a MP somente pode tratar sobre assuntos próprios de
lei ordinária e desde que não incida em nenhuma das proibições do art. 62, § 1º. STF. (Info
870).
a l
fazer uma ressalva: se a medida cautelar imposta pelo STF impossibilitar, direta ou
n
indiretamente, que o Deputado Federal ou Senador exerça o seu mandato, então, neste caso,
io
c
o Supremo deverá encaminhar a sua decisão, no prazo de 24 horas, à Câmara dos Deputados
a
u c ER
ou ao Senado Federal para que a respectiva Casa delibere se a medida cautelar imposta pela
Corte deverá ou não ser mantida. Assim, o STF pode impor a Deputado Federal ou Senador
E M d IL
qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP. No entanto, se a medida
e
rt RO
imposta impedir, direta ou indiretamente, que esse Deputado ou Senador exerça seu
o OR
mandato, então, neste caso, a Câmara ou o Senado poderá rejeitar (“derrubar”) a medida
p
S C 41- m u H 89
cautelar que havia sido determinada pelo Judiciário. Aplica-se, por analogia, a regra do §2º
do art. 53 da CF/88 também para as medidas cautelares diversas da prisão. STF. (Info 881)
um IZ .7 .co
er L U il
PODER LEGISLATIVO E IMPEDIMENTO PARA ADVOCACIA: O art. 30, II, da Lei nº 8.906/94,
4 ma4
d V R 3 0
prevê que os membros do Poder Legislativo (Vereadores, Deputados e Senadores) são
O . g
impedidos de exercer a advocacia contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público,
4
A PE D 0 er@
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades
l i
paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Essa
m
p lc
proibição abrange a advocacia envolvendo qualquer dos entes federativos (União, Estados,
DF e Municípios). Assim, o desempenho de mandato eletivo no Poder Legislativo impede o
exercício da advocacia a favor ou contra pessoa jurídica de direito público pertencente a
qualquer das esferas de governo – municipal, estadual ou federal. STJ. (Info 607).
PODER LEGISLATIVO: Possibilidade de juiz afastar vereador da função que ocupa. É possível
que o Juiz de primeiro grau, fundamentadamente, imponha a parlamentares municipais as
medidas cautelares de afastamento de suas funções legislativas sem necessidade de remessa
à Casa respectiva para deliberação. STJ. (Info 617).
86
PODER LEGISLATIVO: Se o STF condenar criminalmente um Deputado Federal ou Senador,
haverá a perda automática do mandato ou isso ainda dependerá de uma deliberação
(decisão) da Câmara ou do Senado, respectivamente?
1ª Turma do STF: DEPENDE.
• Se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado: a perda
do cargo será uma consequência lógica da condenação. Neste caso, caberá à Mesa da Câmara
ou do Senado apenas declarar que houve a perda (sem poder discordar da decisão do STF),
nos termos do art. 55, III e § 3º da CF/88.
• Se o Deputado ou Senador for condenado a uma pena em regime aberto ou semiaberto: a
condenação criminal não gera a perda automática do cargo. O Plenário da Câmara ou do
Senado irá deliberar, nos termos do art. 55, § 2º, da CF/88, se o condenado deverá ou não
perder o mandato.
STF. 1ª Turma. AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 2/5/2017 (Info 863).
STF. 1ª Turma. AP 968/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/5/2018 (Info 903).
2ª Turma do STF: NÃO. A perda não é automática. A Casa é que irá deliberar.
a l
O STF apenas comunica, por meio de ofício, à Mesa da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal informando sobre a condenação do parlamentar.
io n
c
A Mesa da Câmara ou do Senado irá, então, deliberar (decidir) como entender de direito
a
55, VI, § 2º, da CF/88. u c ER
(como quiser) se o parlamentar irá perder ou não o mandato eletivo, conforme prevê o art.
E M d IL
Assim, mesmo com a condenação criminal, quem decide se haverá a perda do mandato é a
Câmara dos Deputados ou o Senado Federal.
e
rt RO
o OR
STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 (Info 904) (obs: o
p
S C 41- m u H 89
Relator Edson Fachin ficou vencido neste ponto).
Atenção: em caso de condenação criminal transitada em julgado, haverá a perda imediata do
m Z .7 .co
mandato eletivo no caso de Vereadores, Prefeitos, Governadores e Presidente da República.
u I
V er L U
0
4
4 ma il
SIGILO BANCÁRIO: Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário, telefônico e
O .
d R 3 g
fiscal devem ser mantidos sob reserva.
4
A PE D 0 er@
Assim, a página do Senado Federal na internet não pode divulgar os dados obtidos por meio
l i
da quebra de sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI). STF. Plenário.
m
lc
MS 25940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/4/2018 (Info 899).
p
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO: Marco para o fim do foro: término da instrução. As
normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de
função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que
tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Se o crime foi
praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a
competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de
parlamentar federal.
Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o
delito não apresentar relação direta com as funções exercidas, também não haverá foro
privilegiado.
Foi fixada, portanto, a seguinte tese:
O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício
do cargo e relacionados às funções desempenhadas.
87
Marco para o fim do foro: término da instrução
Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não
será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo
que ocupava, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900).
a l
io n
PODER
a c
Ano: 2018. Banca: Cespe. Cargo: Defensor Público de Pernambuco.
LEGISLATIVO
u c ER
de inquérito E M d IL
No âmbito do Poder Legislativo Federal, as comissões parlamentares
e
rt RO
p o OR
a) podem investigar fatos referentes a questões de interesse de um
S C 41- m u H 89
estado-membro, ou seja, sem relevância nacional.
b) podem determinar medida de arresto e sequestro de bens de
um IZ .7 .co
investigados.
V O er L U 4
4 ma il
c) têm poderes para determinar medida de busca e apreensão
. 0
domiciliar e interceptação telefônica.
d R 4 3 g
A PE D d) podem determinar que um investigado não se ausente do país.
0 er@
e) têm poderes para quebrar sigilo de dados telefônicos.
l
m i
lc E. Atenção para o comentário abaixo que responde
GABARITO:
p
todas as alternativas. Retirado do site QCONCURSO:
Pode:
a) Convocar investigados e testemunhas;
b) Investigar negócios realizados entre particulares;
c) Determinar condução coercitiva de testemunha, no caso de
recusa de comparecimento;
d) Determinar quebra de sigilos bancários, fiscal e telefônico;
e) Investigar fatos que já sejam objeto de inquéritos policiais ou
de processos judiciais;
f) Convocar indígena para depor, desde que na respectiva
88
comunidade e com a presença de representante da FUNAI e de
antropólogo;
g) Convocar magistrados para depor sobre a prática de atos
administrativos;
h) Convocar membros do Ministério Público para depor;
i) Determinar diligências que entender necessárias;
j) Utilizar da polícia judiciária para localizar testemunhas;
k) Requisitar de repartições públicas informações e documentos
de seu interesse.
Não Pode:
a) Desrespeitar o direito ao silêncio e ao sigilo profissional dos
depoentes;
b) Conferir publicidade irrestrita aos dados sigilosos obtidos em
razão de sua investigação;
c)
a l
Convocar magistrados para depor sobre a prática de ato de
natureza jurisdicional;
io n
c
d) Impedir acesso dos advogados dos depoentes em suas
a
reuniões;
u c ER
e) Decretar a busca e apreensão domiciliar de documentos;
f)
E M d IL
Decretar medidas cautelares de natureza patrimonial;
e
rt RO
g) Proibir o direito de ir e vir do investigado;
o OR
h) Decretar a prisão do depoente, salvo em situação de flagrante
p
i)
S C 41- m u H 89
(qualquer do povo pode);
Autorizar interceptação telefônica;
j)
um Z .7 .co
Oferecer denúncia ao Poder Judiciário;
I
er L U 4 il
k) Processar, julgar, condenar, apurar a responsabilidade civil ou
V 0 4 ma
penal do investigado
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-MA
A. probatória.
B. testemunhal.
C. foro especial.
D. prisional.
E. processual.
89
GABARITO COMENTADO: A
l
Executivo monocrático/ unipessoal. Sistema de Governo Presidencialista, desde a
a
Constituição de 1891. Responsável pela aplicação da lei no caso concreto na
administração da coisa pública.
io n
a c
O Presidente acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo.
u c ER
Art. 76, da CF - O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da
d IL
República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
E M
Requisitos para ser Presidente da República: e
rt RO
-
p o OR
Ser brasileiro nato (art. 12, §3º, da CF);
-
S C 41- m u H 89
Idade mínima de 35 anos (art. 14, §2º, da CF) – José Afonso da Silva: capacidade política
absoluta nesta idade. Essa capacidade política começa aos 16 anos.
- Alistamento eleitoral.
um IZ .7 .co
-
-
V O er L
.
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4
4 ma il
Filiação partidária (art. 14, §3º, da CF).
Plenitude do exercício dos direitos políticos.
- d R 4 3 g
Não ser inelegível (inalistável, analfabeto, mais de uma reeleição para um 3º mandato
A PE D 0 er@
subsequente e inexigibilidade por parentesco, art. 14, §§ 4º, 5º e 7º)
l
mi
p lc
Da data fixada para a posse do Presidente e do Vice-Presidente, este terá 10 dias para
ocupar o cargo, sob pena de este ser declarado vago, salvo impossibilidade por motivo de
força maior (art. 78, parágrafo único).
3
Mandato tampão: no caso de vacância do cargo de Presidente, o Vice ou os novos eleitos
apenas complementarão o período restante.
90
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
forma da lei. (Essa lei ainda não existe!)
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus
antecessores.
E M d IL
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos
e
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
rt RO
representantes diplomáticos;
p o OR
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
S C 41- m u H 89
referendo do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
um IZ .7 .co
X - decretar e executar a intervenção federal;
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por
ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e
d R 4 3 g
solicitando as providências que julgar necessárias;
A PE D 0 er@
l
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,
i
dos órgãos instituídos em lei;
m
p lc
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são
privativos;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores
de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em
lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal
de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o
Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art.
89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de
Defesa Nacional;
91
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no
intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar,
total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso
Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei
de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta
Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta
dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao
exercício anterior;
l
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
a
io n
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
a c
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as
c ER
atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos
u
E M d IL
Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Crimes Comuns e de Responsabilidade do Presidente: pelo princípio republicano, todos
m Z .7 .co
os que exercem poder são responsáveis por seus atos.
u I
er L U il
1ª fase: autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados.
4 ma4
d V R 3 0
2ª fase: julgamento no Senado (crimes de responsabilidade) ou no STF (crimes comuns).
O . g
Responsabilidade política: infração com natureza jurídica político-administrativa. Esta
4
A PE D 0 er@
responsabilidade é também chamada de impedimento ou “impeachment” (art. 85, da CF
l
e Lei 1079/50).
mi
p lc
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
92
nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo
Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente
da República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
SÚMULAS
a l
n
Súmulas 6, STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou
io
c
qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de aprovada
a
u c ER
por aquele Tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.
SV 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
E M d IL
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
e
rt RO
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
o OR
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública
p
S C 41- m u H 89
direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.
um IZ .7 .co
er L U il
SV 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
4
4 ma
d V R 3 0
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
O . g
Súmula 451, STF: A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao
4
A PE D 0 er@
crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.
l
mi
JURISPRUDÊNCIA
p lc
MEDIDA PROVISÓRIA: O art. 62 da CF/88 prevê que o Presidente da República somente
poderá editar medidas provisórias em caso de relevância e urgência. A definição do que seja
relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias consiste, em regra, em um
juízo político (escolha política/discricionária) de competência do Presidente da República,
controlado pelo Congresso Nacional. Desse modo, salvo em caso de notório abuso, o Poder
Judiciário não deve se imiscuir na análise dos requisitos da MP. No caso de MP que trate
sobre situação tipicamente financeira e tributária, deve prevalecer, em regra, o juízo do
administrador público, não devendo o STF declarar a norma inconstitucional por afronta ao
art. 62 da CF/88. STF. (Info 851).
93
o Governador do Estado seja processado por crime comum. Se a Constituição Estadual exigir
autorização da ALE para que o Governador seja processado criminalmente, essa previsão é
considerada inconstitucional. Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas que
condicionem a instauração de ação penal contra Governador por crime comum à previa
autorização da Casa Legislativa. Se o STJ receber a denúncia ou queixa-crime contra o
Governador, ele ficará automaticamente suspenso de suas funções no Poder Executivo
estadual? NÃO. O afastamento do cargo não se dá de forma automática. O STJ, no ato de
recebimento da denúncia ou queixa, irá decidir, de forma fundamentada, se há necessidade
de o Governador do Estado ser ou não afastado do cargo. Vale ressaltar que, além do
afastamento do cargo, o STJ poderá aplicar qualquer uma das medidas cautelares penais
(exs.: prisão preventiva, proibição de ausentar-se da comarca, fiança, monitoração eletrônica
etc.). STF. (Info 863).
a l
Deputados exercer o seu juízo político. É possível que, antes desse envio, o STF analise
n
questões jurídicas a respeito desta denúncia, como a validade dos elementos informativos
io
c
(provas) que a embasaram? NÃO. Não há possibilidade de o STF conhecer e julgar qualquer
a
u c ER
questão ou matéria defensiva suscitada pelo Presidente antes que a matéria seja examinada
pela Câmara dos Deputados. O juízo político de admissibilidade exercido pela Câmara dos
E M d IL
Deputados precede a análise jurídica pelo STF para conhecer e julgar qualquer questão ou
e
rt RO
matéria defensiva suscitada pelo denunciado. A discussão sobre o valor probatório dos
o OR
elementos de convicção (“provas”), ou mesmo a respeito da validade desses elementos que
p
S C 41- m u H 89
eventualmente embasarem a denúncia, constitui matéria relacionada com a chamada “justa
causa”, uma das condições da ação penal, cuja constatação ou não se dará por ocasião do
m Z .7 .co
juízo de admissibilidade, a ser levado a efeito pelo Plenário do STF após eventual autorização
u I
er L U il
da Câmara dos Deputados. STF. (Info 878).
4 ma4
d V R O 3 . 0
ATENÇÃO PARA A ATUALIZAÇÃO!
4 g
A PE D 0 er@
l i
PODER EXECUTIVO: Imunidade do art. 51, I, e art. 86 da CF/88 não se estende para
m
p lc
codenunciados que não sejam Presidente da República, Vice ou Ministro de Estado. A
finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão pela qual
não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais funções. (Info 888).
O STF somente poderá decidir se aceita ou não a denúncia (ou queixa) se a Câmara dos
Deputados autorizar. Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I -
autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e
o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
O art. 51, I, e o art. 86 da CF/88 conferem ao Presidente da República (ao Vice-Presidente e
aos Ministros de Estado), portanto, uma imunidade formal em relação ao processo.
94
PODER EXECUTIVO Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-
RS
o OR
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal caso a
p
u H 89
Câmara dos Deputados, por dois terços dos seus
S C 41- m
membros, admita a acusação.
mi
penal, consistentes na imunidade à prisão cautelar e a
GABARITO COMENTADO: E
95
7.3 Poder Judiciário
a l
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
io n
a c
Garante a força normativa da Constituição, através da resolução dos conflitos em
u c ER
substituição às partes, sendo esta decisão apta a se tornar definitiva. Garante também a
E M d IL
força normativa da Constituição pela realização do controle de constitucionalidade, pela
e
rt RO
proteção e promoção dos direitos fundamentais, das minorias em decisões
contramajoritárias.
p o OR
O Judiciário pode agir como um “legislador judicial”, nos casos de sentenças
S C 41- m u H 89
aditivas, súmulas vinculantes, do mandado de injunção etc.
um
O CNJ não exerce jurisdição, nem tem ingerência sobre a atividade jurisdicional
IZ .7 .co
er L U il
do Poder Judiciário. É órgão administrativo do Poder Judiciário. Ele está abaixo do STF e é
4
4 ma
d V
composto, em sua maioria, por membros do Poder Judiciário, sendo presidido pelo
R O 3 . 0 g
Presidente do STF. 15 membros, com mandato de 2 anos + 1 recondução. Exerce o
4
A PE D 0 er@
controle da atuação administrativa e financeira do Judiciário e controla o cumprimento
l i
dos deveres funcionais dos magistrados. Vejamos suas funções e poderes previstos no
m
art. 103-B, da CF/88:
p lc103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze)
Art.
membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução,
sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61,
de 2009)
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais
dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do
Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no
âmbito de sua competência, ou recomendar
providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante
provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por
96
membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-
los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de
Contas da União; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do
Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e
órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por
delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a
administração pública ou de
l
abuso
a
de
autoridade;
45, de 2004) n
(Incluído pela Emenda Constitucional nº
io
a c
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares
c ER
de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um
u
ano;
2004) d IL
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
E M
e
rt RO
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e
p o OR
sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos
do Poder Judiciário; (Incluído pela Emenda
S C 41- m u H 89
Constitucional nº 45, de 2004)
VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar
um IZ .7 .co
er L
necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades
U 4 il
4 ma
do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo
d V R O
4
. 0
Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
3 g
abertura da sessão legislativa. (Incluído pela Emenda
A PE D 0 er@
Constitucional nº 45, de 2004)
l i
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de
m
p lc
Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no
Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas
pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas
aos magistrados e aos serviços judiciários; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição
geral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e
requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados,
Distrito Federal e Territórios. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o
Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
97
Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
SÚMULAS
JURISPRUDÊNCIA
a l
io n
a c
RECLAMAÇÃO: O art. 988, § 5º, II, do CPC/2015 prevê que é possível reclamação
u c ER
dirigida ao Supremo Tribunal Federal contra decisão judicial que tenha descumprido
E M d IL
tese fixada pelo STF em recurso extraordinário julgado sob o rito da repercussão
e
geral. O CPC exige, no entanto, que, antes de a parte apresentar a reclamação, ela
rt RO
tenha esgotado todos os recursos cabíveis nas “instâncias ordinárias”. O STF afirmou
p o OR
que essa hipótese de cabimento prevista no art. 988, § 5º, II, do CPC deve ser
S C 41- m u H 89
interpretada restritivamente, sob pena de o STF assumir, pela via da reclamação, a
um
competência de pelo menos três tribunais superiores (STJ, TST e TSE) para o
IZ .7 .co
er L
julgamento de recursos contra decisões de tribunais de 2º grau de jurisdição. Assim,
U 4
4 ma il
segundo entendeu o STF, quando o CPC exige que se esgotem as instâncias ordinárias,
d V O 3 . 0 g
significa que a parte só poderá apresentar reclamação ao STF depois de ter
R 4
A PE D 0 er@
apresentado todos os recursos cabíveis não apenas nos Tribunais de 2º grau, mas
l
mi
também nos Tribunais Superiores (STJ, TST e TSE). Se ainda tiver algum recurso
pendente no STJ ou no TSE, por exemplo, não caberá reclamação ao STF. Em suma,
p lc
nos casos em que se busca garantir a aplicação de decisão tomada em recurso
extraordinário com repercussão geral, somente é cabível reclamação ao STF quando
esgotados todos os recursos cabíveis nas instâncias antecedentes. STF. (Info 845).
DIREITO DE RESPOSTA: Não cabe reclamação para o STF contra sentença que julgou
improcedente pedido de direito de resposta sob o fundamento de que não houve, no
caso concreto, ofensa. Esta sentença não afronta a autoridade da decisão do STF no
julgamento da ADPF 130/DF. Como a sentença não violou nenhuma decisão do STF
proferida em sede de controle concentrado de constitucionalidade, o que se percebe
é que o autor, por meio da reclamação, deseja que o Supremo examine se a sentença
afrontou, ou não, o art. 5º, V, da CF/88. Para isso, seria necessário reexaminar matéria
de fato, o que não é possível em reclamação, que se presta unicamente a preservar a
autoridade de decisão do STF. Ademais, isso significaria o exame per saltum, ou seja,
"pulando-se" as instâncias recursais do ato impugnado diretamente à luz do art. 5º, V,
CF/88. STF. (Info 851).
98
PODER JUDICIÁRIO: É inconstitucional norma do Tribunal de Justiça que permite a
reeleição de desembargadores para cargos de direção após o intervalo de dois
mandatos. Esta previsão viola o art. 93, caput, da CF/88, segundo o qual a
regulamentação da matéria afeta à elegibilidade para os órgãos diretivos dos tribunais
está reservada a lei complementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. Além
disso, esta norma afronta o tratamento que foi dado à matéria pelo art. 102 da
LOMAN (LC 35/79), que regulamenta o art. 93 da CF/88. STF. Plenário. ADI 5310/RJ,
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 14/12/2016 (Info 851).
CNJ: CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem
concurso público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de
direção, chefia e assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta decisão do
CNJ não configura controle de constitucionalidade, sendo exercício de controle da
validade dos atos administrativos do Poder Judiciário. STF. Plenário. Pet 4656/PB, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851).
a l
io n
c
COMPETÊNCIA: STF. O art. 102, I, ‘n’, da CF/88 determina que a ação em que todos os
a
u c ER
membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados é de
competência originária do STF. Vale ressaltar, no entanto, que a causa não será da
E M d IL
competência originária do STF se a matéria discutida, além de ser do interesse de
e
rt RO
todos os membros da magistratura, for também do interesse de outras carreiras de
o OR
servidores públicos. Além disso, para incidir o dispositivo, o texto constitucional
p
S C 41- m u H 89
preconiza que a matéria discutida deverá interessar a todos os membros da
magistratura e não apenas a parte dela. Com base nesses argumentos, o STF decidiu
m Z .7 .co
que não é competente para julgar originariamente ação intentada por juiz federal
u I
er L U il
postulando a percepção de licença-prêmio com fundamento na simetria existente
4
4 ma
d V R 4 3 0
entre a magistratura e o Ministério Público. STF. (Info 855).
O . g
A PE D 0 er@
COMPETÊNCIA: O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o
l i
julgamento nas hipóteses em que, não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da
m
p lc
Constituição Federal), o desembargador acusado houvesse de responder à ação penal
perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal. QO na APn 878-DF, Rel.
Min. Benedito Gonçalves, por maioria, julgado em 21/11/2018. (Info 639)
99
possível a utilização de dados obtidos por descoberta fortuita em interceptações
telefônicas devidamente autorizadas como prova emprestada em processo
administrativo disciplinar. (Info 875).
CNJ: CNJ pode avocar PAD que tramita no Tribunal se não há quórum suficiente
para se atingir maioria absoluta. O TRF condenou juiz federal à pena de
aposentadoria compulsória. Ocorre que, em virtude de alguns Desembargadores
terem se averbado suspeitos, este juiz foi condenado com um quórum de maioria
simples.
O CNJ reconheceu a irregularidade da proclamação do resultado e anulou o
julgamento de mérito realizado pelo TRF. Isso porque o art. 93, VIII e X, da CF/88
exige quórum de maioria absoluta do tribunal.
Ocorre que o CNJ, após anular o julgamento de mérito realizado pelo TRF, decidiu
avocar o processo administrativo para que o magistrado fosse julgado diretamente
pelo Conselho.
O juiz impetrou MS contra essa avocação, mas o STF afirmou que o CNJ agiu
a l
corretamente.
io n
c
A Constituição, expressamente, confere ao CNJ competência para, a qualquer
a
u c ER
tempo, avocar processos de natureza disciplinar em curso contra membros do
Poder Judiciário. Assim, não há óbice para que o CNJ anule o julgamento do
Tribunal e inicie lá um outro procedimento.
E M d IL
e
rt RO
Uma das causas legítimas de avocação de procedimentos administrativos pelo CNJ é
o OR
justamente a falta do quórum para proferir decisão administrativa por maioria
p
S C 41- m u H 89
absoluta em razão de suspeição, impedimento ou falta de magistrados.
O CNJ poderia ter devolvido o processo ao TRF2, mas optou por exercer sua
m Z .7 .co
competência concorrente, dentro da discricionariedade conferida pela Constituição,
u I
er L U il
para julgar o processo e evitar novas questões de suspeição e impedimento.
4
4 ma
d V R 3 0
STF. 1ª Turma. MS 35100/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min.
O . g
Roberto Barroso, julgado em 8/5/2018 (Info 901).
4
A PE D 0 er@
PODER JUDICIÁRIO: Constitucionalidade da verba “auxílio-voto”, paga aos juízes
l i
convocados para atuar nos processos de 2ª instância do Tribunal. Foi instituído, no
m
p lc
Tribunal de Justiça de São Paulo, o pagamento de uma verba pela atuação em 2ª
instância de magistrados de 1ª instância. Em outras palavras, o juiz era convocado
para atuar nos processos do Tribunal e, em razão disso, recebia uma verba que ficou
conhecida como “auxílio-voto”. O CNJ, em procedimento de controle administrativo
(PCA), considerou a verba irregular, por suposta ofensa ao teto constitucional, e
determinou a devolução dos valores recebidos pelos juízes. O STF cassou a decisão do
CNJ.
Argumentos:
1) A decisão do CNJ violou o devido processo legal administrativo e os princípios do
contraditório e da ampla defesa. Isso porque os magistrados não foram notificados
para apresentação de defesa escrita, além de não terem participado da instrução
processual. A decisão proferida pelo Conselho surpreendeu a todos os envolvidos.
Além disso, o PCA no qual o CNJ decidiu p
ela irregularidade da verba foi instaurado para tratar sobre assunto completamente
diverso.
100
2) A verba paga aos magistrados de 1ª instância que atuaram nos processos do
Tribunal de Justiça foi regular, considerando que baseada no art. 124 da LC 35/79
(LOMAN). Essa convocação de juízes para atuar no Tribunal é válida e não viola a
CF/88. Como essa convocação de juízes é válida (compatível com a CF/88), é natural
que seja devido o pagamento de um valor como forma de “recomposição patrimonial
dos magistrados, dado o exercício extraordinário de atribuições transitórias
desempenhadas acumuladamente com a jurisdição ordinária”. De igual modo, como
se trata de uma verba prevista em lei, fica afastada qualquer alegação de má-fé.
Como a verba em questão servia para pagar os magistrados por um serviço
extraordinário, elas não estavam abrangidas pelo subsídio. STF. 2ª Turma. MS
29002/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 7/8/2018 (Info 910).
a l
n
Lei 13.367, de 5 de dezembro de 2016. Vamos destacar alguns pontos importantes:
io
a c
Art.2o O art.
seguinte redação:
2o
c ER
da Lei nº 1.579, de 18 de março de 1952, passa a vigorar com a
u
E M d IL
e
rt RO
“Art. 2o No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares
o OR
de Inquérito determinar diligências que reputarem necessárias e requerer a
p
S C 41- m u H 89
convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades
federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob
m Z .7 .co
compromisso, requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional
u I
er L U 4 il
informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua
V
presença.” (NR)
O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Art. 3o O § 1o do art. 3o da Lei nº 1.579, de 18 de março de 1952, passa a vigorar
l
com a seguinte redação:
mi
“Art. 3o (...) p lc
§ 1o Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a
sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se
encontre, nos termos dos arts. 218 e 219 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de
1941 - Código de Processo Penal.
101
veementes da proveniência ilícita de bens.”
a l
PODER n
Ano: 2017. Banca: CESPE. Cargo: Juiz de Direito do Paraná
io
JUDICIÁRIO
a c
c ER
Com referência à organização do Poder Judiciário, ao CNJ e às
u
d IL
funções essenciais à justiça, assinale a opção correta.
E M
e
rt RO
a) A competência do STF para processar e julgar demanda contra o
o OR
CNJ restringe-se às ações tipicamente constitucionais.
p
S C 41- m u H 89
b) É admitida a intervenção judicial no processo legislativo de
elaboração da lei orçamentária anual, desde que a decisão seja
m Z .7 .co
relativa à previsão orçamentária destinada ao Poder Judiciário.
u I
V O er L0
U4 ma4 il
c) Segundo o STF, incidirão juros de mora sobre as dívidas da
fazenda pública inscritas em precatórios apresentados até primeiro
.
d R 4 3 g
de julho e pagos até o final do exercício seguinte.
A PE D 0 er@
d) Segundo o STF, o MP tem competência para promover
l i
investigação criminal, hipótese em que seus atos estarão imunes ao
m
lc
controle jurisdicional.
p
GABARITO: A
102
CF. (STF. Plenário. ADI 5468/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado
em 29 e 30/6/2016 - Info 832)
c) ERRADA. Súmula vinculante 17: Durante o período previsto
no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios
que nele sejam pagos.
d) ERRADA. O Ministério Público dispõe de competência para
promover, por autoridade própria, e por prazo razoável,
investigações de natureza penal, desde que respeitados os
direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a
qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas,
sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva
constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas
profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os
Advogados (Lei 8.906/94, artigo 7º, notadamente os incisos I,
a l
II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade –
io n
sempre presente no Estado democrático de Direito – do
permanente controle
c
jurisdicional
a
dos atos,
c ER
necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14),
u
E M d IL
praticados pelos membros dessa instituição”. (STF. Plenário.
RE 593727/MG, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes,
e
rt RO
julgado em 14/5/2015)
p o OR
S C 41- m u H 89
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM -
m Z .7 .co
Defensor Público - Reaplicação
u I
V er L U 4
0
il
4 ma
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou ato regulamentar por
O .
d R 4 3 g
meio do qual institui modelo único de certidão de nascimento a ser
A PE D 0 er@
adotada pelos ofícios de registro civil das pessoas naturais,
l i
estabelecendo procedimento para que se dê o reconhecimento
m
p lc
voluntário e a respectiva averbação da paternidade e maternidade
socioafetiva perante os oficiais de registro. Seguindo referido
procedimento, considere que um filho, em cuja certidão de
nascimento não consta o nome do pai, e sua mãe biológica,
juntamente com o atual marido, que foi e é o responsável desde o
nascimento pela criação do filho, obtêm o reconhecimento da
paternidade socioafetiva, sendo lançada a filiação na certidão
respectiva. Ocorre que o filho pretende, agora, discutir e ver
reconhecida, judicialmente, a paternidade biológica. Nessa hipótese,
à vista da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal,
103
estabelecido em ato do Conselho Nacional de Justiça, que não
possui competência para expedir atos regulamentares em relação
aos serviços notariais e de registro.
l
D) é admissível a discussão judicial da paternidade biológica, cujo
a
n
reconhecimento, contudo, provocará a desconstituição do
io
precedência. a c
reconhecimento da paternidade socioafetiva, sobre a qual tem
u c ER
E M d IL
E) não é admissível a discussão judicial da paternidade biológica,
e
sobre a qual tem precedência a paternidade socioafetiva,
rt RO
p o OR
reconhecida e lançada em certidão em conformidade com
procedimento estabelecido por órgão competente.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V er L U 4
GABARITO: C
O . 0
il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
É pacífica na jurisprudência a possibilidade de multiparentalidade,
l
não havendo preponderância de uma sobre a outra. Ademais, ambas
mi
paternidades podem ser registradas em registro público.
p lc
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM
104
conciliatórias, sem caráter jurisdicional. Nesse caso, foram criados
em conformidade com a disciplina da matéria na Constituição
Federal
a l
GABARITO COMENTADO: D
io n
a c
Estados criarão: u c ER
Art. 98, CF: A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os
E M d IL
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e
e
rt RO
leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução
o OR
de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de
p
S C 41- m u H 89
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral
e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a
m Z .7 .co
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de
u I
er L U 4 il
primeiro grau;
V 0 4 ma
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo
O .
d R 3 g
voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e
4
A PE D 0 er@
competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar,
l i
de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de
m
p lc
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter
jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM
105
C) os servidores receberão delegação para a prática de atos de
administração e atos decisórios, salvo aqueles que põem fim ao
processo.
D) é vedado ao Tribunal autorizar o juiz titular a residir fora da
respectiva comarca.
E) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à
efetiva demanda judicial e ao respectivo número de eleitores.
GABARITO COMENTADO: B
d R 4 3 g
A PE D
O capítulo da CRFB que trata das funções essenciais à justiça aborda o Ministério
0 er@
Público, a Advocacia Pública, a Advocacia Privada e a Defensoria Pública.
l
mi
No ordenamento jurídico brasileiro o Ministério Público passou pelas seguintes
-
fases:
p lc
Constituição de 1824: não houve referencia
- Constituição de 1891: apenas fez referência ao Procurador-Geral da República, sem se
preocupar diretamente com o Ministério Público.
- Constituição de 1934: institucionalizou o Ministério Público
- Constituição de 1937: o Ministério Público sofre um retrocesso, pois o texto se limita a
prever o PGR e no título do Poder Judiciário são abordados alguns temas sobre a
participação do Ministério Público.
- Constituição de 1946: está explícita a independência do Ministério Público em relação aos
Poderes.
- Constituição de 1967: recolocou o Ministério Público dentro do Poder Judiciário
- Constituição de 1988: autônomo e independente em relação aos Poderes da república. É
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa
da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
106
O Ministério abrange:
a) Ministério Público da União: formado pelo Ministério Público da União, Ministério
Público do Trabalho, Ministério Público Militar, Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios;
b) Ministério Público dos Estados.
a l
São princípios institucionais da Defensoria: a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m
u H 89
Ministério Público
Advocacia pública
Funções
um
IZ .7 .co
Advocacia privada
er L U
essenciais à
Justiça
4 ma 4 il
Defensoria Pública
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
FCC – DPE-SC – 2017 - Ao decidir, o Supremo Tribunal Federal,
no julgamento da ADI n° 4.163, que qualquer política pública
que desvie pessoas ou verbas para outra entidade, com o
mesmo objetivo de prestar assistência jurídica gratuita, em
prejuízo da Defensoria, insulta a Constituição da República,
reforçou o modelo
107
Justificativa: Decisão do STF: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação
de descumprimento de preceito fundamental – ADPF. Art. 109
da Constituição do Estado de São Paulo e art. 234 da Lei
Complementar estadual nº 988/2006. Defensoria Pública.
Assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados.
Previsões de obrigatoriedade de celebração de convênio
exclusivo com a seção local da Ordem dos Advogados do Brasil
– OABSP. Inadmissibilidade. Desnaturação do conceito de
convênio. Mutilação da autonomia funcional, administrativa e
financeira da Defensoria. Ofensa consequente ao art. 134, §
2º, cc. art. 5º, LXXIV, da CF. Inconstitucionalidade reconhecida
à norma da lei complementar, ulterior à EC nº 45/2004, que
introduziu o § 2º do art. 134 da CF, e interpretação conforme
atribuída ao dispositivo constitucional estadual, anterior à
a l
emenda. Ação direta de inconstitucionalidade conhecida como
n
ADPF e julgada, em parte, procedente, para esses fins. Voto
io
c
parcialmente vencido, que acolhia o pedido da ação direta. É
a
u c ER
inconstitucional toda norma que, impondo a Defensoria
Pública Estadual, para prestação de serviço jurídico integral e
E M d IL
gratuito aos necessitados, a obrigatoriedade de assinatura de
e
rt RO
convênio exclusivo com a Ordem dos Advogados do Brasil,
o OR
ou com qualquer outra entidade, viola, por conseguinte, a
p
S C 41- m
órgão público. u H 89
autonomia funcional, administrativa e financeira daquele
um IZ .7 .co
V er L
O
U
.
4
0
il
ALTERNATIVA: A
4 ma
d R 4 3 g
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 -
A PE D 0 er@
DPE-MA
l
mi
p lc
A lotação de Defensores Públicos, de forma proporcional para
atender a efetiva demanda, ocorrerá prioritariamente
atendendo as regiões com maiores índices de exclusão social e
de adensamento populacional, por previsão contida na
A) Emenda Constitucional n° 45/2004.
B) Emenda Constitucional n° 80/2014.
C) Constituição Federal já no texto de 1988.
D) Lei Complementar n° 90/1994.
E) Emenda Constitucional n° 41/2003.
GABARITO B.
108
complementar ao Congresso Nacional dispondo sobre a
organização da Defensoria Pública da União e sobre normas
gerais para a organização da Defensoria Pública dos Estados e
do Distrito Federal. A propositura, todavia, sofreu emenda
parlamentar que atribuiu à Defensoria Pública da União a
defesa judicial de servidores públicos federais processados
civil ou criminalmente em razão do regular exercício da função
pública, tendo sido aprovada com essa redação. À luz da
Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal na matéria, referido projeto, caso venha a se tornar
lei, será
a l
n
B)incompatível com a Constituição Federal no ponto que
io
c
atribui à Defensoria Pública da União a defesa dos servidores
a
públicos federais.
u c ER
E M d IL
C) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que não
e
rt RO
poderia dispor sobre normas gerais para a organização da
o OR
Defensoria Pública dos Estados e do Distrito Federal.
p
S C 41- m u H 89
D) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que
projeto de lei de iniciativa privativa do Presidente da
um Z .7 .co
República, como é o caso, não pode ser objeto de emenda
I
er L U 4 il
parlamentar.
V O 0 4 ma
E) compatível com a Constituição Federal.
.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
GABARITO B.
mi
p lc
10. TEORIA GERAL DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
109
Os direitos e garantias fundamentais são gênero e pode ser divido nos seguintes
grupos:
V er L U
0
4
4 ma il
tecnológico e científico).
FUNDAMENTAIS DE 3ª Proteção do meio ambiente, dos consumidores.
O .
DIMENSÃO
d R 4 3 g
Direito de solidariedade e de fraternidade.
A PE D 0 er@
l i
Norberto Bobbio engenharia genética.
m
DIREITOS
p lc
Paulo Bonavides democracia, informação e pluralismo,
FUNDAMENTAIS DE 4ª como decorrência da globalização política.
DIMENSÃO
110
GARANTIAS exercício dos direitos ou os repara, caso sejam violados.
OBS: os remédios constitucionais são espécie do gênero
garantias.
e
rt RO
p o OR
TEORIA DOS QUATRO STATUS
DE JELLINEK S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
O indivíduo está numa posição de subordinação em
d R 4 3 g
A PE
STATUS PASSIVO
D 0 er@
l
relação ao Estado. O indivíduo como detentor de
deveres perante o Estado.
m i
STATUS NEGATIVO p lc O indivíduo como detentor de personalidade, goza
de um espaço de liberdade diante das ingerências do
Estado.
111
Os direitos fundamentais podem ter eficácia horizontal ou vertical. A eficácia
horizontal (privada ou externa) é a aplicação nas relações entre particulares. Já a vertical
é a estabelecida na relação entre particulares e o Estado.
A eficácia irradiante dos direitos fundamentais estabelece a sua observância pelo
Poder Legislativo na elaboração das leis, pala Administração Pública ao governar e pelo
Judiciário ao resolver eventuais conflitos.
É possível que além dos direitos, seja feito um estudo dos deveres fundamentais.
Os autores Dimoulis e Martins esquematizam os deveres fundamentais da seguinte
forma:
JURISPRUDÊNCIA
112
informações. STF. Plenário. ADI 2566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes,
red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 16/5/2018 (Info 902).
a l
n
Direitos fundamentais são os direitos humanos que passam
io
CONCEITO
a c
por um processo de positivação, ou seja, existem no plano
c ER
interno do estado. São produto da constitucionalização dos
u
direitos humanos.
E M d IL
Historicidade
e
rt RO
características p o OR
Universalidade
S C 41- m u H 89
Limitabilidade
Concorrência
um
IZ .7 .co
Irrenunciabilidade
V O er L
.
0
U4 ma4 il
Inalienabilidade
Imprescritibilidade
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
FCC – DPE-SC – 2017 - A respeito do princípio da proibição de
retrocesso, considere:
113
legislador, não alcançando outros poderes ou entes estatais.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
a l
e) I e IV.
io n
Justificativas:
a c
c ER
I – CORRETO. É considerado pela doutrina um princípio
u
implícito.
E M d IL
II – ERRADO. Não é aplicável apenas aos direitos sociais. Para
e
rt RO
Marcelo Novelino, A vedação de retrocesso está diretamente
o OR
relacionada ao princípio da segurança jurídica, tendo em vista
p
S C 41- m u H 89
que os direitos sociais, econômicos e culturais devem implicar
uma certa garantia de estabilidade das situações ou posições
m Z .7 .co
jurídicas criadas pelo legislador ao concretizar as normas
u I
V er L U 4
0
il
respectivas. Pode ser utilizado em um sentido mais amplo,
4 ma
referindo-se a todo o rol de direitos fundamentais.
O .
d R 3 g
III – ERRADO. É destinado ao legislador para a elaboração das
4
A PE D 0 er@
leis. Mas também é destinado ao Poder Público para a
l i
implementação dos direitos sociais.
m
p lc
IV- CORRETO. No ordenamento jurídico brasileiro a proibição
do retrocesso pode ser abstraída, dentre outros, do princípio
da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1°, III), do princípio
da máxima efetividade (CF, art. 5°, § 1°) e do princípio do
Estado democrático e social de direito (CF, art. 1°).
ALTERNATIVA: E
114
deve, em certa medida, à afirmação dos direitos fundamentais
como núcleo de proteção da dignidade da pessoa humana.
Considere:
l
III. A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de
a
seu significado como princípios básicos da ordem
io n
a c
constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais
influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como
u c ER
norte de ação para os poderes constituídos.
E M d IL
e
IV. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se vale do
rt RO
p o OR
preceito fundamental da liberdade de expressão para garantir
a manifestação que contenha discurso racista, desde que
S C 41- m u H 89
observada a vedação ao anonimato e não seja direcionado a
um
um indivíduo específico.
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
V. O Supremo Tribunal Federal considera violadora do direito
O . 0
d 3 g
fundamental da intimidade ato normativo que permita que
R 4
A PE D 0 er@
bancos privados repassem informações sigilosas sobre a
l i
movimentação financeira de seus correntistas ao fisco.
m
plc o que se afirma APENAS em
Está correto
a) I, III e IV.
b) II e V.
c) IV e V.
d) I, II e III.
e) I e II.
GABARITO: E
115
natural, preexiste a qualquer ordem normativa
posta.
II. CERTO. De fato, a inalienabilidade é uma das
características dos direitos fundamentais, de
forma que a referida cláusula contratual está
eivada de nulidade absoluta.
III. ERRADO. O item descreveu a dimensão objetiva
dos direitos fundamentais, e não a subjetiva.
IV. ERRADO. O STF veda o hate speech.
V. ERRADO. Informativo 815, STF: As autoridades e
os agentes fiscais tributários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
podem requisitar diretamente das instituições
financeiras informações sobre as movimentações
bancárias dos contribuintes. Esta possibilidade
a
encontra-se prevista no art. 6º da LC 105/2001,l
n
que foi considerada constitucional pelo STF. Isso
io
c
porque esta previsão não se caracteriza como
a
u c ER
"quebra" de sigilo bancário, ocorrendo apenas a
“transferência de sigilo” dos bancos ao Fisco.
E M d IL
e
rt RO
p o OR
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 -
DPE-AM - Defensor Público - Reaplicação
S C 41- m u H 89
Há muitos anos, circula em edição única, de pequena tiragem
um IZ .7 .co
própria, um livro de autoria de líder de denominação religiosa
V er L
O
U
.
4
0
il
atualmente com poucos praticantes, no qual o autor conclama
4 ma
os que professem da mesma crença a promoverem, por meio
d R 4 3 g
A PE Dda prática de certos atos, o resgate espiritual de adeptos de
0 er@
religiões outras que especifica, por ele consideradas inferiores,
l
mi
de modo a assegurar aos não crentes a expiação de pecados e
p lc
a salvação final. Por considerar que a publicação é
discriminatória, ao incitar os leitores à prática de atos contra
indivíduos determinados, em função de sua religião, o
Ministério Público oferece denúncia contra o autor, pela
prática de crime de racismo. Nesse caso, à luz da Constituição
Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
ação penal
116
as liberdades religiosa e de expressão foram exercidas
abusivamente, de modo a configurar conduta discriminatória
passível de sanção penal ou, diversamente, com observância
dos demais direitos e garantias fundamentais.
a l
E) não é admissível, uma vez que, embora os atos de
io n
a c
discriminação religiosa possam ser considerados prática de
racismo para fins de responsabilização civil e administrativa,
u c ER
sua persecução penal depende de tipificação em lei específica
ainda não editada.
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m
GABARITO: B. u H 89
um IZ .7 .co
er L
A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações
U 4
4 ma il
religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula
d V R O
4 3 . 0 g
constitucional que assegura a liberdade de expressão.
A PE D 0 er@
l
Assim, é possível, a depender do caso concreto, que um líder
mi
religioso seja condenado pelo crime de racismo (art. 20, §2º,
da Lei nº 7.716/81) por ter proferido discursos de ódio público
p lc
contra outras denominações religiosas e seus seguidores. STF.
2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac.
Min. Dias Toffoli, Julgado em 6/3/2018 (Info 893).
Direitos sociais
117
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição”.
Os direitos sociais são desdobramento de um Estado Social de Direito. Segundo
José Afonso da Silva, esses direitos disciplinam situações subjetivas pessoais ou grupais de
caráter concreto, sendo que os direitos econômicos são pressupostos dos direitos sociais,
pois sem uma política econômica orientada para a participação e intervenção do Estado
na economia não se comporão as premissas necessárias para sua instalação.
São direitos de segunda dimensão, manifestando por prestações positivas do
estado, com vistas a concretizar a isonomia substancial e social.
io n
residência, para que o indivíduo fosse atendido em postos de saúde ou hospitais
públicos.
a c
c ER
Mas o que acontece com as pessoas que não possuíssem documentos?
u
E M d IL
Agora, pessoas em situação de vulnerabilidade ou de risco social ou pessoal devem
ser atendidas, mesmo que não tenham documentos ou inscrição no SUS.
Art. 19 (...) e
rt RO
o OR
Parágrafo único. A atenção integral à saúde, inclusive a dispensação de
p
S C 41- m u H 89
medicamentos e produtos de interesse para a saúde, às famílias e indivíduos em
situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, dar-se-á
m Z .7 .co
independentemente da apresentação de documentos que comprovem domicílio ou
u I
V er L
. 0
U4 ma4 il
inscrição no cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com a
diretriz de articulação das ações de assistência social e de saúde a que se refere o
O
d R 4 3 g
inciso XII deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.714/2018)
A PE D 0 er@
Lei 13.716/2018, alterando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
l i
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação,
m
p lc
ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime
hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público
em regulamento, na esfera de sua competência federativa.
Nacionalidade
118
PRIMÁRIA nascimento. Alguns Estados adotam o critério ius
sanguinis (sangue, filiação, ascendência) outros adotam
o critério do iussolis ou da territorialidade (local do
nascimento).
É a que se adquire por vontade própria, depois do
NACIONALIDADE nascimento, normalmente pela naturalização, a qual
SECUNDÁRIA poderá ser requerida por estrangeiros ou por apátridas.
Regra gral, o Brasil adotou o critério do iussolisart. 12, I, a, da CRFB: “os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país”.
Ius sanguinis+ serviço do Brasil art. 12, I, b, da CRFB: “os nascidos na República
a l
Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país”.
io n
a c
c ER
Ius sanguinis+ registro art. 12, I, c, 1ª parte, da CRFB: “os nascidos no estrangeiro
u
brasileira competente”. E M d IL
de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
e
rt RO
o OR
Ius sanguinis+ opção confirmatória art. 12, I, c, 2ª parte, da CRFB: “os nascidos no
p
S C 41- m u H 89
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
m IZ .7 .co
maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
u
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A CRFB estabeleceu como forma de aquisição da nacionalidade secundária a
A PE D 0 er@
naturalização, a qual pode ser de dois tipos:
l
mi
NATURALIZAÇÃO p lc
Art. 12, II, a: “os que, na forma da lei (Estatuto do
Estrangeiro), adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas
ORDINÁRIA aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral”.
Art. 12, II, b: “os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
NATURALIZAÇÃO residentes na República Federativa do Brasil há mais de
EXTRAORDINÁRIA quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira”.
A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
os casos previstos na própria Constituição. Assim, no art. 12,§ 3º, a CRFB diz que são
119
privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;II -
de Presidente da Câmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;IV - de
Ministro do Supremo Tribunal Federal;V - da carreira diplomática;VI - de oficial das Forças
Armadas.VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Direitos políticos
Os direitos políticos são os instrumentos por meio dos quais a CRFB garante o
exercício da soberania popular. A constituição adotou a democracia semidireta ou
a l
n
participativa, caracterizada pela participação popular no poder por meio de um processo
io
c
(plebiscito, referendo, iniciativa popular e por meio da ação popular).
a
eleitoral ativa (direito de votar) e passiva (ser votado).
u c ER
O núcleo dos direitos políticos é o direito de sufrágio, ou seja, pela capacidade
E M d IL
e
rt RO
O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito)
p o OR
anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de 70 (setenta) anos e para os
maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos.
S C 41- m u H 89
um
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
IZ .7 .co
er L
serviço militar obrigatório, os conscritos.
U
4 ma 4 il
d V O 3 . 0 g
São condições de elegibilidade a nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos
R 4
A PE D 0 er@
direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação
l
condição de elegibilidade: mi
partidária. Além disso, a constituição estabelece as seguintes idades mínimas como
p lc
35 (trinta e cinco) anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador.
30 (trinta) anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal.
21 (vinte e um) anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz.
18 (dezoito) anos para Vereador.
120
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
l
Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
a
n
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
io
a c
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo
ou emprego na administração direta ou indireta.
u c ER
E M d IL
e
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
rt RO
p o OR
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
S C 41- m u H 89
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
DIREITOS previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
SOCIAIS assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
121
FCC – DPE-SC – 2017 -Sobre o tema da nacionalidade na
Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
ALTERNATIVA: D
122
2018 - DPE-MA
l
D) ausência de prestação de contas à Justiça Eleitoral.
a
E) incapacidade civil absoluta.
io n
a c
u c ER
GABARITO COMENTADO: E
E M d IL
e
rt RO
p o OR
Art. 15, CF: É vedada a cassação de direitos políticos,
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
S C 41- m u H 89
II - incapacidade civil absoluta;
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
12. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISmi
p lc
Os princípios fundamentais encontram-se no início da CRFB, entre os artigos 1º e o
4º. São normas jurídicas dotadas de vinculação. Os princípios estruturantes podem ser
divididos da seguinte forma:
Art. 1º: definem a forma, a estrutura e o fundamento do estado brasileiro;
Art. 2º: princípio da separação dos poderes;
Art. 3º: fixa os objetivos primordiais a serem perseguidos;
Art. 4º: estabelece os princípios a serem observados nas relações
internacionais
123
Estado Democrático de Direito: conexão interna entre direito e democracia. A CRFB de
1988 articulou tanto a democracia direta como a indireta, estabelecendo o que a doutrina
chama de semidireta ou de cunho participativo.
V O er L.
U
0
4
4 ma il
quaisquer outras formas de discriminação.
d R 4 3 g
Princípios a serem observados pelo Brasil nas suas relações internacionais:
A PE D 0 er@
l
Independência nacional;
mi
p lc
Prevalência dos direitos humanos;
Autodeterminação dos povos;
Não-intervenção;
Igualdade entre os Estados;
Defesa da paz;
Solução pacífica dos conflitos;
Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
Concessão de asilo político.
124
ATENÇÃO! NOVIDADE LEGISLATIVA!
a l
ORDEM ECONÔMICA: É constitucional lei estadual que concede o desconto de
io n
50% no valor dos ingressos em casas de diversões, praças desportivas e similares
a c
aos jovens de até 21 anos de idade. STF. Plenário. ADI 2163/RJ, rel. orig. Min.
u c ER
Eros Grau, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 12/4/2018 (Info
897).
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
U 4
4 ma il
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
d V
Princípios
R O
4 3 . 0 g
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
A PE D
fundamentais
0 er@
l
como fundamentos:
Arts. 1º ao 4º
mi
I - a soberania;
da CRFB lc
pII - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
V - o pluralismo político.
125
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
a l
io
relações internacionais pelos seguintes princípios: n
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
a c
I - independência nacional;
u c ER
E M d IL
e
II - prevalência dos direitos humanos;
rt RO
p o OR
III - autodeterminação dos povos;
S C 41- m u H 89
IV - não-intervenção;
um IZ .7 .co
V er L
O
U 4 il
4 ma
V - igualdade entre os Estados;
. 0
d R 4 3 g
A PE D VI - defesa da paz;
0 er@
l
mi
VII - solução pacífica dos conflitos;
lc
pVIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade;
126
FCC – DPE-BA – 2016 - De acordo com disposição expressa da
Constituição Federal, a República Federativa do Brasil tem
como fundamento
a) desenvolvimento nacional.
b) estado social de direito.
c) defesa da paz.
d) soberania.
e) prevalência dos direitos humanos.
a l
io n
Justificativa: Art. 1º,I, da CRFB: “A República Federativa
do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
a c
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
u c ER
Democrático de Direito e tem como fundamentos a soberania.
E M d IL
ALTERNATIVA: D
e
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p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V er L
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U
.
4
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d R 4 3 g
A PE D 0 er@
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mi
p lc
127
LENZA, PEDRO. Direito constitucional esquematizado. 19. Ed. rev., atual. e ampl. São
Paulo: Saraiva, 2015.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
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S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L.
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4
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A PE D 0 er@
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p lc
128
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u c ER
d IL
E M
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4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
l
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em
a
n
consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que
io
c
possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da
a
c ER
economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de
u
certames públicos. E M d IL
projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes
e
rt RO
o OR
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
p
S C 41- m u H 89
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
um IZ .7 .co
er L
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
U 4
4 ma il
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
d V R O 3 . 0 g
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para
4
A PE D 0 er@
carreiras públicas.
l
mi
obsessão. p lc
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma
Bom estudo!
Francisco Penante
l
3.1 ELEMENTO SUBJETIVO .........................................................................................9
a
io n
3.2 ELEMENTO OBJETIVO...........................................................................................10
4. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR .....................................14
a c
u c ER
4.1 SERVIÇO PÚBLICO .................................................................................................. 14
5. E M d IL
RESPONSABILIDADE (arts. 12 a 23, do CDC) ......................................................23
6. e
rt RO
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ..........................................33
p o OR
7.
8. S C 41- m u H 89
OFERTA E PUBLICIDADE ....................................................................................37
CADASTRO EM BANCO DE DADOS ....................................................................44
um IZ .7 .co
er L U il
9. PROTEÇÃO CONTRATUAL .................................................................................49
4 ma 4
9.1 V O . 0
CLÁUSULAS ABUSIVAS ...................................................................................... 52
d R 4 3 g
10.
A PE D 0 er@
DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO .............................................................54
l i
11. JURISPRUDÊNCIAS............................................................................................55
m
lc
12. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................66
p
a l
Por fim, o artigo 170 da CF/88 também expõe que o direito do consumidor é um
princípio da ordem econômica, tendo em vista que busca harmonizar as relações entre
consumidor e fornecedor, evitando desgastes e danos desnecessários.
io n
a c
c ER
O CDC é norma de ordem pública e de interesse social, que forma o
u
E M d IL
microssistema legislativo de proteção aos direitos coletivos, tendo aplicabilidade em
todas as normas que tratam sobre o tema, em um verdadeiro diálogo de fontes.
e
rt RO
O STJ já reconheceu a aplicação da teoria do “diálogo de fontes”: o
p o OR
microssistema introduzido pelo CDC não pode ser desvinculado dos demais princípios e
S C 41- m u H 89
normas que orientam o direito pátrio, notadamente o CC (EREsp 702524).
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
m i
plc2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-RS
ANO:
A)I e III.
B)II e IV.
C)III e IV.
D)I, II e III.
E)I, II e IV.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
a l
io n
I. CERTO Na técnica dos conceitos legais indeterminados e
a c
das cláusulas gerais, a lei traz normas mais abertas (sistema
QUESTÃO:
u c ER
aberto e flexível), permitindo maiores duração da lei e
MICROSSITEMA justiça no caso concreto.
E M d IL
LEGISLATIVO
e
rt RO
II. CERTO O legislador constituinte originário erigiu o
p o OR
direito do consumidor ao altiplano dos direitos
S C 41- m u H 89
constitucionais fundamentais, ao fazer inserir, de forma
incisiva, no Título II da Constituição Federal (Direitos e
um IZ .7 .co
Garantias Fundamentais), a obrigação de o Estado
V O er L U4 ma4 il
promover a defesa do consumidor.
. 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
III. CERTO Para a aplicação da teoria do diálogo das fontes
as leis surgem para ser aplicadas e não excluídas umas
mi
pelas outras, mormente quando possuem campos de
p lc
aplicação convergentes. Não é possível que as relações
jurídicas de consumo sejam regidas unicamente pelo
Código de Defesa do Consumidor com a exclusão da
aplicação do Código Civil. Segundo a lição de Flávio Tartuce,
pela tese do diálogo das fontes, “supera-se a ideia de que o
Código Consumerista seria um microssistema
jurídico,totalmente isolado do Código Civil de 2002”.
2. PRINCÍPIOS
Deve haver sempre a busca pela relação equilibrada. Para alcançar esse
objetivo, são vedadas obrigações abusivas.
a l
io n
Segundo o STJ: “Se a economia globalizada não tem mais fronteiras rígidas e
a c
estimula e favorece a livre concorrência, imprescindível que as leis de proteção ao
u c ER
consumidor ganhem maior expressão em sua exegese, na busca do equilíbrio que deve
reger as relações de consumo.” 1 d IL
E M
e
rt RO
p o OR
2.3 REPARAÇÃO INTEGRAL
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Conforme disposição do Código Civil, todo aquele que causa um dano é obrigado
u I
V er L
0
U
4 ma 4 il
a repará-lo. Causado um dano ao consumidor, a reparação deve englobar todo o
prejuízo, abrangendo todas as espécies de dano: material, moral, estético, coletivos (em
O .
d R
sentido amplo), social.
4 3 g
A PE D 0 er@
l
2.4
i
INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR (Artigo 47 do CDC)
m
p
Todos os contratos lcserão interpretados de maneira mais favorável ao
consumidor. No mesmo sentido, se houver cláusula ambígua nos contratos de adesão,
devem ser interpretadas de forma mais favorável ao aderente.
1
REsp. 63.981, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
www.adverum.com.br
O princípio da informação tem duas projeções: a primeira diz respeito ao acesso
à informação e a segunda à compreensão da informação, pois de nada adianta cumprir
o requisito inicial, se o consumidor não dispõe de conhecimentos técnicos para
compreender o que buscou esclarecer o fornecedor.
a l
Foi acrescentado, ainda, ao mesmo artigo, o §2º, segundo o qual:
io n
a c
O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios no
u c ER
fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição
d IL
do consumidor, e informar de maneira ostensiva e adequada,
E M
e
quando for o caso, sobre o risco de contaminação.
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
2.6 DA VINCULAÇÃO CONTRATUAL DA PUBLICIDADE
um IZ .7 .co
er L U il
A publicidade é uma oferta, assim como a informação. Sendo elas precisas,
4 ma4
d V R 3 0
vinculam o fornecedor. Elas integram o contrato de consumo, bastando que o
O . g
consumidor aceite. Este princípio está previsto no Art. 30 do CDC.
4
A PE D 0 er@
l
mi
2.7
lc
PRINCÍPIO DA VERACIDADE DA PUBLICIDADE
p
É a vedação à publicidade falsa ou enganosa (art. 37, §1º).
Previsão no art. 37, §2º, do CDC. Veda a publicidade discriminatória, ou que incite
a violência.
E M d IL
fatos probandos, o ônus probatório em relação a todos os
benefício. e
outros fatos será invertido automaticamente em seu
rt RO
p o OR
u H 89
GABARITO COMENTADO:
S C 41- m
um Z .7 .co
CORRETA: Letra C. Não há restrição quanto à matéria em
I
V O er L.
U
0
4
4 ma il
que é permitida a inversão do ônus da prova. Se refere à
norma de conteúdo processual, analisada com base na
d R 4 3 g
capacidade de a parte produzir a prova, não se relacionando
A PE D 0 er@
l
ao direito material, que está ligados a vulnerabilidade,
i
inerente a todo consumidor.
m
plc
INCORRETAS:
3. RELAÇÃO DE CONSUMO
a l
io n
Para que uma relação jurídica seja identificada como de consumo, devem estar presentes
os seguintes elementos: 2
a c
u c ER
subjetivo: são os sujeitos da relação, isto é, consumidor e fornecedor;
E M d IL
objetivo: diz respeito ao objeto sobre o qual recai a relação jurídica, isto é,
produto ou serviço; e
rt RO
o OR
finalístico: refere-se à finalidade com a qual o consumidor adquire produto ou
p
u H 89
contrata serviço, isto é, como destinatário final.
S C 41- m
um IZ .7 .co
V O er L
3.1 ELEMENTO SUBJETIVO:
. 0
U
4 ma 4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
CONSUMIDOR é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
mi
serviço como destinatário final (artigo 2º do CDC). Inicialmente, o Código limitou a figura
p lc
do consumidor à última pessoa na cadeia de consumo, a destinatária final,
caracterizando a teoria finalista de consumidor.
A expressão destinatário final trouxe uma severa dúvida na interpretação do CDC.
Diante disso, a doutrina desenvolve três teorias explicativas sobre o tema:
2
GOMES, Nathália Stivalle. Direito do Consumidor. Juspodvum: 2019.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
www.adverum.com.br
Teoria finalista aprofundada (mista/híbrida): adotada pelo STJ e consiste na
possibilidade de se admitir que, em determinadas situações, a pessoa, mesmo
sem ter adquirido o produto ou serviço como destinatária final, possa ser
equiparada a consumidora, por apresentar, frente ao fornecedor alguma
vulnerabilidade, seja ela técnica, jurídica ou econômica3.
Foi nesse sentido que o STJ considerou existir relação de consumo quando uma
empresa imobiliária adquiriu um avião para ser utilizado como meio de transporte dos
seus funcionários. A Corte entendeu que o avião não seria utilizado na atividade fim da
empresa, mas como facilitadora do deslocamento dos funcionários, havendo
vulnerabilidade técnica do comprador, que, mesmo sendo uma grande empresa, não
tinha conhecimentos sobre aviação. 4
A remuneração, a que se refere o §2º do artigo 3º, de acordo com o STJ, pode
ser tanto direta ou indireta, em espécie ou in natura.
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
IV. O início da contagem do prazo de decadência para a reclamação
de vícios do produto (art. 26 do CDC) se dá após o encerramento da
d R 4 3 g
garantia contratual.
A PE D 0 er@
l i
Está correto o que se afirma em
m
p lc
a) I, III e IV, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
GABARITO: B.
a l
QUESTÃO:
io n
RELAÇÃO DE ANO: 2017. BANCA: 2017. ÓRGÃO: DPE-AL
a c
CONSUMO
u c ER
d IL
A necessidade de proteção dos destinatários finais dos produtos e
E M
e
serviços ofertados no mercado de consumo abarca as pessoas
rt RO
humana e jurídica, com o objetivo de tutelar a vulnerabilidade e a
p o OR
hipossuficiência dos consumidores. A partir dessa informação,
S C 41- m u H 89
assinale a opção correta, a respeito dos integrantes e do objeto da
relação de consumo.
um IZ .7 .co
V er L U 4
4 ma il
A)Aplica-se o CDC para a relação entre condômino e condomínio no
O . 0
que diz respeito à cobrança de taxas, em decorrência da
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
vulnerabilidade do condômino em relação ao condomínio.
l
mi
B)Em circunstâncias específicas, pessoas que não firmaram qualquer
p lc
contrato de consumo podem ser equiparadas a consumidores, para
fins de proteção.
COMENTÁRIOS:
A)Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211 /STJ. RECURSO ESPECIAL
FUNDADO NA ALÍNEA A DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL.
INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO SUPOSTAMENTE VIOLADO. AUSÊNCIA.
SÚMULA 284 /STF. RELAÇÃO ENTRE CONDOMÍNIO E CONDÔMINOS.
INAPLICABILIDADE DO CDC . 1. "Inadmissível recurso especial quanto
à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios,
QUESTÃO: não foi apreciada pelo Tribunal a quo". Súmula 211 /STJ. 2. O recurso
RELAÇÃO DE especial é apelo de fundamentação vinculada e, por não se aplicar
CONSUMO nesse instância o brocardo iura novit curia, não cabe ao Relator, por
esforço hermenêutico, identificar o dispositivo supostamente
violado para suprir deficiência na fundamentação do recurso.
l
Incidência da Súmula n.º 284 /STF. 3. Não se aplicam as normas do
a
io n
Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas estabelecidas
entre condomínio e condôminos. 4. Agravo regimental improvido.
a c
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO AgRg no
u c ER
Ag 1122191 SP 2008/0253112-9 (STJ) 01/07/2010
E M d IL
e
B) CORRETA - CDC, Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-
rt RO
se aos consumidores todas as vítimas do evento.
p o OR
S C 41- m u H 89
C) CDC, Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
um IZ .7 .co
er L
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
U 4
4 ma il
montagem, criação, construção, transformação, importação,
d V R O
4 3 . 0
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
g
A PE D 0 er@
prestação de serviços,§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no
l
mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
mi
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
p lc
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Certo
Errado
GABARITO: CERTO
a l
COMENTÁRIOS:
io n
a c
O Camelô é considerado ente despersonalizado, estando
u c ER
enquadrado no conceito de Fornecedor previsto no art. 3º do CDC:
E M d IL
e
“Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
rt RO
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
p o OR
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
S C 41- m u H 89
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
um IZ .7 .co
er L
prestação de serviços.”
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
4. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
O serviço público está sujeito a uma regra bifronte, pois o usuário, a depender na
natureza do serviço, pode ser considerado consumidor ou estar sujeito ao regime
administrativo.
Aplica-se do CDC aos serviços públicos sempre que o Estado estiver exercendo
atividade econômica no mercado de consumo e seja pago por tarifa ou preço público,
pois, se remunerado por tributo, não aplica o CDC.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Porém, excepcionalmente, é admitida a interrupção dos serviços públicos
essenciais, nos termos do artigo 6º, § 3º, da Lei 8.987/95, que não considera
d R 4 3 g
descontinuidade do serviço público, a interrupção:
A PE D 0 er@
l
i
Motivada por razões de ordem técnica ou de segurança;
m
p lc
Por inadimplemento do usuário, considerando o interesse da coletividade.
l
Súmula 469 do STJ: aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
a
de saúde.
io n
a c
Súmula 356 do STJ: é permitida a cobrança de tarifa básica pelos serviços de telefonia.
u c ER
acordo com a categoria de usuário. E M d IL
Súmula 407 do STJ: é possível a cobrança de tarifa de água de maneira progressiva, de
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Apesar de ser norma de ordem pública, o CDC não se aplica aos contratos celebrados
l
mi
antes de sua vigência (ato jurídico perfeito). EXCEÇÃO: contratos de execução
lc
diferida e prazo indeterminado. (REsp 331860 STJ)
p
5AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 484.166 – RS. Min. Rel. Napoleão Nunes
Maia Filho
a l
io
O STJ entende que, se os contratos de plano de saúde forem constituídos sob an
c
modalidade de autogestão, não há incidência do CDC. O plano de saúde sob
a
c ER
autogestão é assim caracterizado: “A operadora de plano privado de assistência à
u
E M d IL
saúde na modalidade de autogestão é pessoa jurídica de direito privado sem
finalidades lucrativas que, vinculada ou não à entidade pública ou privada, opera
e
rt RO
plano de assistência à saúde com exclusividade para um público determinado de
beneficiários.”. 6
p o OR
S C 41- m u H 89
Por ser restrito a um público específico e não visar ao lucro, o STJ entendeu pela
um
inaplicabilidade da legislação do consumidor.
IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
O CDC é aplicável aos contratos de aplicação em fundos de investimento
O .
d R 4 3 g
firmados entre as instituições financeiras e seus clientes, pessoas físicas e
A PE D 0 er@
destinatárias finais, que contratam o serviço público da instituição financeira
l i
para investir economias amealhadas ao longo da vida. 7
m
p lc
É possível aplicar o CDC à relação entre proprietário de imóvel e a imobiliária
contratada por ele para administrar o bem. 8
A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a
possibilidade de aplicação das normas protetivas do CDC. 9
6
http://www.dizerodireito.com.br/2017/01/retrospectiva-10-principais-julgados-de_15.html
7
REsp. 656.932 - SP
8
REsp. 509.304 - PR
9
REsp. 611. 872 - RJ
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www.adverum.com.br
ATENÇÃO! O CDC NÃO se aplica nas relações de condomínio e condôminos, porém, a
situação descrita no informativo é entre condôminos e terceiros; diferindo, portanto,
da relação interna de condomínio.
10
REsp. 1.560.728 - MG
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
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ANO: 2018. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPE-PE
GABARITO: C
a l
COMENTÁRIOS:
io n
APLICA-SE O CDC:
a c
u c ER
563, STJ) E M d IL
-Entidades ABERTAS de previdência complementar (súmula
e
rt RO
o OR
- Contratos de plano de saúde (EXCETO de autogestão)
p
u H 89
(súmula 469, STJ)
S C 41- m
um
- Sistema Financeiro de Habitação (EXCETO se tiver cláusula
IZ .7 .co
er L U
de FCVS)
4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
- Pessoa natural x Sociedades que prestam de forma habitual
g
A PE D 0 er@
l
e profissional serviço de corretagem de valores e títulos
mobiliários (info 600, STJ)
mi
lc
- Instituições financeiras (súmula 297, STJ)
p
- relação jurídica entre a entidade de previdência privada e
seus participantes (súmula 321, STJ)
- Contrato de franquia
- Relação tributária
- Crédito educativo
um IZ .7 .co
dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o
V O er L U 4
4 ma il
direito de solicitar esclarecimentos sobre informações
. 0
pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
respectivo cálculo.
i
Súmula 297/STJ. O Código de Defesa do Consumidor é
m
lc
aplicável às instituições financeiras.
p
ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-BA
a l
CORRETA: Letra E. O comentário será feito de forma ampla,
n
tendo em vista que a questão apenas mistura os mesmos
io
c
conceitos, com o objetivo de saber se o candidato conhece
a
todos eles.
u c ER
E M d IL
A questão se refere à cumulação dos entendimentos
e
expressos na Súmula 563 do STJ e a hipótese em que é
rt RO
permitida a aplicação do CDC. Com relação às entidades de
p o OR
previdência complementar, o STJ entende que é aplicado o
S C 41- m u H 89
CDC às entidades abertas de previdência, conforme Súmula
um
563:
IZ .7 .co
V Oer L U
. 0
4
4 mail
“O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades
abertas de previdência complementar, não incidindo nos
d R 4 3 g
A PE D contratos previdenciários celebrados com entidades
0 er@
fechadas.”
l
mi
p lc
Por outro lado, a Corte Cidadã entende inaplicável o CDC às
entidades de previdência complementar fechadas, já que são
utilizadas como forma de regular interesse de um grupo
específico, sem objetivo de lucro.
a l
io
pagos, autorizam a suspensão do serviço, sob pena den
B) Débitos pretéritos, ainda que os mais recentes estejam
p o OR
obrigação de Joana quitar os débitos pretéritos.
S C 41- m u H 89
D) A suspensão do fornecimento de energia elétrica por
um IZ .7 .co
débitos pretéritos é ilícita, porém é juridicamente admissível
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
a cobrança judicial e extrajudicial da integralidade do débito
contra Joana.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l E) A suspensão do abastecimento e a cobrança do período
i
anterior a julho de 2017 constituem práticas ilícitas, que
m
lc
ensejam indenização por dano moral in re ipsa.
p
GABARITO: E.
l
Não é lícito à concessionária interromper o fornecimento do
a
serviço de fornecimento de água pressupõe o
io n
serviço em razão de débito pretérito; de modo que o corte do
a c
inadimplemento de dívida atual, relativa ao mês do consumo,
u c ER
sendo inviável a suspensão do abastecimento em razão de
E M d IL
débitos antigos. Entendimento pacificado no STJ.
Precedentes. Reexame necessário desprovido. (TJ-MS -
e
rt RO
Remessa Necessária: 08001636020128120019 MS 0800163-
p o OR
60.2012.8.12.0019, Relator: Des. Vladimir Abreu da Silva,
S C 41- m u H 89
Data de Julgamento: 07/02/2017, 5ª Câmara Cível, Data de
Publicação: 08/02/2017)
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
5.
A PE D
RESPONSABILIDADE (arts. 12 a 23, do CDC)
0 er@
l
mi
p lc
É direito básico do consumidor a prevenção e a reparação dos danos causados,
sejam eles patrimoniais, morais, individuais, difusos ou coletivos. A responsabilidade
prevista no Código de Defesa do Consumidor é OBJETIVA (art. 14 do CDC), salvo no caso
de prestação de serviço por profissional liberal, pois será necessário demonstrar a culpa
para aferir a responsabilidade (artigo 14, §4º). Além de objetiva, a responsabilidade nas
relações de consumo é SOLIDÁRIA, englobando todos os sujeitos que integraram a
cadeia de consumo.
S C 41- m
quando se tratar de produto essencial. u H 89
um IZ .7 .co
Suspendem a decadência: a reclamação comprovadamente formulada pelo
V O er L
. 0
U4 ma4 il
consumidor perante o fornecedor, até a data da negativa correspondente; a instauração
de inquérito civil, até o seu encerramento.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
l
prestação de contas para obter esclarecimento sobre cobrança de taxas, tarifas
a
e encargos bancários.
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
O §2º, do artigo 18 do CDC, estabelece que o prazo o prazo de 30 dias,
o OR
inicialmente estabelecido para a reparação dos danos, poderá ser aumentado ou
p
nem superior a 180 dias.
S C 41- m u H 89
diminuído em convenção específica das partes, desde que não seja inferior a sete dias
um IZ .7 .co
er L
FATO DO PRODUTO (acidente de consumo): defeitos ligados à segurança do
U4 ma4 il
produto ou serviço, causando dano à saúde do consumidor. O fato do serviço ocorre
V O 3 . 0
sempre que este é prestado com defeitos ou informações insuficientes.
d R 4 g
A PE D 0 er@
l Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
mi
estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da
p lc
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação
ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
Esta é uma das hipóteses de inversão do ônus da prova ope legis, prevista no
CDC. Assim, a comprovação da inexistência de defeito é ônus do fornecedor, cabendo
a l
ao consumidor a prova do dano sofrido e do nexo causal entre dano e produto.
io n
a c
- Comprovação de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
A instituição financeira é responsável pelos danos ou fraudes sofridas por seus
V O . 0
correntistas ou delitos praticados por terceiros, por se tratar de fortuito interno. É
d R 4 3 g
A PE D
dever de o banco estabelecer um sistema de segurança que assegure a integridade
0 er@
dos valores depositados, não podendo, portanto, ser alegada a culpa exclusiva de
l
mi
terceiro, como forma de exclusão da responsabilidade.
p lc
11
REsp 1.634.851
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O aparecimento de grave vício em revestimento (piso e azulejos), quando já se
encontrava devidamente instalado na residência do consumidor, configura fato do
produto; sendo, portanto, de cinco anos o prazo prescricional da pretensão reparatória
(artigo 27 CDC). 13
a l
n
O restaurante que ofereça serviço de manobrista (valet parking) prestado em via
io
c
pública não poderá ser civilmente responsabilizado na hipótese de roubo de veículo de
a
c ER
cliente deixado sob a sua responsabilidade, caso não tenha concorrido para o evento
u
danoso. 16
E M d IL
e
rt RO
Ainda que haja abatimento no preço do produto, o fornecedor responderá por
o OR
vício de quantidade na hipótese em que reduzir o volume da mercadoria para
p
S C 41- m u H 89
quantidade diversa da que habitualmente fornecia no mercado, sem informar na
embalagem, de forma clara, precisa e ostensiva, a diminuição do conteúdo. 17
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
O correntista tem direito subjetivo a informações acerca de lançamentos
realizados unilateralmente pelo banco em sua conta. O STJ entende que o CDC não se
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
aplica à ação de exigir contas, ajuizada pelo correntista. Sendo assim, no que tange a
l
mi
informações sobre os lançamentos, por não haver previsão específica, aplica-se o prazo
p lc
geral de prescrição do CC, qual seja: 10 anos.
12
REsp. 1.411.136
13
REsp. 1.176.323 - SP
14
REsp. 1.254.883 - PR
15
REsp. 1.161.941 - DF
16
REsp. 1.321.739 - SP
17
REsp. 1.364.915 - MG
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ANO: 2018 BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AM
um IZ .7 .co
E) desconsideração maior da pessoa jurídica.
V O er L.
U
0
4
4 ma
GABARITO: A
il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
COMENTÁRIOS:
l
mi
A - TEORIA DO DESVIO PRODUTIVO DO CONSUMIDOR = A
p lc
teoria do Desvio Produtivo do Consumidor, criada pelo
advogado Marcos Dessaune, defende que todo tempo
desperdiçado pelo consumidor para a solução de problemas
gerados por maus fornecedores constitui dano indenizável. O
livro está na 2ª edição, revista e ampliada em 2017, e agora é
intitulado Teoria ‘aprofundada’ do Desvio Produtivo do
Consumidor.
a l
consumidor a “facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
n
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
io
c
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
a
experiências”. u c ER
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
E M d IL
e
D - DANO MORAL IN RE IPSA = No caso do dano in re ipsa, não
rt RO
é necessária a apresentação de provas que demonstrem a
p o OR
ofensa moral da pessoa. O próprio fato já configura o dano.
S C 41- m u H 89
Uma das hipóteses é o dano provocado pela inserção de nome
de forma indevida em cadastro de inadimplentes.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
No STJ, é consolidado o entendimento de que "a própria
inclusão ou manutenção equivocada configura o dano moral in
d R 4 3 g
re ipsa, ou seja, dano vinculado à própria existência do fato
A PE D 0 er@
ilícito, cujos resultados são presumidos" (Ag 1.379.761).
l
mi
p lc
E - DESCONSIDERAÇÃO MAIOR DA PESSOA JURÍDICA = Art.
50, CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou
sócios da pessoa jurídica.
p o OR
S C 41- m u H 89
II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade
poderá chamar ao processo o segurador... vedada a
m Z .7 .co
denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.
d R 4 3 g
O art. 88 apenas veda a denunciação da lide no caso de
A PE D 0 er@
indenização por fato do produto.
l
mi
C) Art. 6º São direitos básicos do consumidor: V - a modificação
p lc
das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
l
c) a inclusão indevida do nome de consumidor em cadastro de
a
comprove efetivo prejuízo extrapatrimonial. io n
proteção ao crédito gera dano moral indenizável, desde que se
a c
QUESTÃO:
u c ER
d) as instituições financeiras respondem objetivamente pelos
RESPONSABILIDAD
E M d IL
danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos
praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
E
e
rt RO
o OR
e) a falta de pagamento do prêmio do seguro obrigatório de
p
S C 41- m u H 89
Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias
Terrestres (DPVAT) justifica a recusa do pagamento da
m Z .7 .co
indenização.
u I
V O er L U 4
4 ma il
GABARITO COMENTADO:
. 0
d R 4 3 g
A PE D CORRETA: D. S. 479 do STJ: As instituições financeiras
0 er@
respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito
l
mi
interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no
lc
âmbito de operações bancárias.
p
INCORRETAS:
io n
c
b) sujeita-se a prescrição a pretensão por danos causados por
a
c ER
fato do produto ou do serviço e a decadência somente a
u
d IL
reclamação por vício oculto de serviço ou de produto.
E M
e
c) sujeita-se a decadência a pretensão à reparação por danos
rt RO
p o OR
causados por fato do produto ou do serviço e a prescrição o
direito de reclamar por vícios aparentes ou de fácil constatação
S C 41- m u H 89
no fornecimento de serviços e produtos.
um IZ .7 .co
d) sujeita-se à prescrição a pretensão à reparação pelos danos
er L U il
QUESTÃO :
4
4 ma
causados por fato do produto ou do serviço e a decadência o
d V
PRESCRIÇÃO E
DECADÊNCIA
R O
4 3 . 0
direito de reclamar por vícios aparentes ou de fácil
g
A PE D constatação, no fornecimento de serviços e de produtos.
0 er@
l i
e) os prazos prescricionais e decadenciais se identificam quanto
m
lc
à incidência de causas suspensivas e interruptivas.
p
GABARITO COMENTADO:
INCORRETAS:
a l
io n
a c
6. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
u c ER
E M d IL
e
Diferente do Direito Civil (teoria maior), ao CDC, é aplicada a TEORIA MENOR
rt RO
acerca da desconsideração da personalidade jurídica. Neste sentido, a personalidade
p o OR
jurídica será afastada, para atingir o patrimônio do sócio, sempre que for constatado
S C 41- m u H 89
abuso de direito, excesso de poder, infração a lei, fato ou ato ilícito ou violação a
estatutos ou contrato social (art. 28 do CDC). Também, sempre que houver falência,
um IZ .7 .co
er L
estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica, provocados por
má administração. U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
Por fim, como forma de maximizar a proteção ao consumidor, será autorizada a
A PE D 0 er@
desconsideração, sempre que a personalidade jurídica for, de alguma forma, obstáculo
l i
ao ressarcimento de prejuízos causados ao consumidor.
m
p lc
e
desconsideração da personalidade jurídica, e o Código Civil
rt RO
adotou a teoria Maior. Segundo a teoria maior, adotada
p o OR
pelo art. 50, do CC, para efeito de desconsideração, exige-se
S C 41- m u H 89
o requisito especí-fico do abuso caracterizado pelo desvio
de finalidade ou confusão patrimonial. Já a teoria menor,
um IZ .7 .co
er L
mais fácil de ser aplicada, adotada pelo CDC e pela legislação
U 4
4 ma il
ambiental, não exige a demonstração de tal requisito
d V R O
4 3 . 0 g
(Confira: REsp. 279273 SP).
A PE D 0 er@
l
mi
IV - CORRETO. Art. 51 CDC. São nulas de pleno direito, entre
outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
p lc
produtos e serviços que: XVI - possibilitem a renúncia do
direito de indenização por benfeitorias necessárias.
QUESTÃO: A) I e II.
DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE B) I e III.
JURÍDICA
a l
C) II e IV.
io n
D) I, III e IV.
a c
u c ER
E) II, III e IV.
E M d IL
e
rt RO
GABARITO: C
p o OR
S C 41- m
COMENTÁRIOS: u H 89
um IZ .7 .co
er L U il
I) ERRADO - Art. 105, CDC. Integram o Sistema Nacional de
4
4 ma
d V R O
4 3 .
Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos federais,
0 g
estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades
A PE D 0 er@
l
privadas de defesa do consumidor.
mi
p lc
II) CERTO - Art. 80, CDC. No processo penal atinente aos
crimes previstos neste código, bem como a outros crimes e
contravenções que envolvam relações de consumo, poderão
intervir, como assistentes do Ministério Público, os
legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais
também é facultado propor ação penal subsidiária, se a
denúncia não for oferecida no prazo legal.
E M d IL
Antes, tratava-se de instituto já amplamente aceito pela
e
doutrina e jurisprudência, que estendia sua abrangência não
rt RO
apenas às relações cíveis, mas, também, ao âmbito
consumerista.
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
7. OFERTA E PUBLICIDADE
V O .
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D
A oferta (art. 30 do CDC), correspondente a um conjunto de informações sobre
0 er@
l
produtos e serviços, com o fim de angariar clientes, abrange também a publicidade.
mi
Possui força vinculante, de maneira que, realizada a oferta, ela deverá cumprida.
p lc
Os instrumentos de tutela da oferta estão previstos no artigo 35 do CDC, que
determina quem se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à
oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua
livre escolha:
a l
PUBLICIDADE (artigos 36 a 38 CDC) é elemento estrutural da oferta, sendo uma
io
técnica informatizada de caráter econômico, cujo objetivo é a veiculação de n
a c
características objetivas e subjetivas sobre os produtos ou serviços, sendo irrelevante o
u
meio de informação utilizado para caracterizar a publicidade.c ER
E M
Algumas formas publicitárias são proibidas pelo CDC: d IL
e
rt RO
o OR
PUBLICIDADE CLANDESTINA (art. 36): aquela em que o consumidor não
p
u H 89
identifica e, portanto, interfere de maneira ilícita no seu poder de decisão.
S C 41- m
um IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
PUBLICIDADE ENGANOSA (art. 37, §2º): viola os princípios e valores tutelados
V O . 0
d R 3 g
pelo CDC, como valores ambientais ou publicidade que explora a fragilidade de
4
A PE D 0 er@
julgamento das crianças.
l
mi
lc
Existem três sanções aplicadas ao uso indevido da publicidade:
p
Civis: obrigação de indenizar e tutela inibitória, aplicada tanto no prisma
individual, quanto no coletivo.
d R 3 g
Venda casada: o fornecedor vincula a compra de um produto a outro. Não
4
A PE D 0 er@
confundir com coligação contratual, que ocorre quando contratos distintos são
l i
agrupados para facilitar o consumidor, mas é permitida a compra separada.
m
p lc
O envio de produtos e serviços não solicitados.
18
REsp. 1.428.801 - RJ
19
REsp. 1.300.418 - SC
20
REsp. 1.274.629 - AP
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A Lei nº 13.425/2017 acrescentou o inciso XIV ao art. 39, do CDC, trazendo como
mais um exemplo de prática abusiva o seguinte:
a l
A) I e II.
io n
QUESTÃO:
B) I e III.
a c
PRÁTICAS C) II e III.
u c ER
COMERCIAIS
E M d IL
ABUSIVAS D) II e IV.
e
rt RO
E) III e IV.
p o OR
S C 41- m
GABARITO: A u H 89
um IZ .7 .co
er L
COMENTÁRIOS:
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
I) CERTO - "O Código de Defesa do Consumidor traz rol
g
meramente exemplificativo de práticas abusivas (art. 39), cabendo
A PE D 0 er@
ao juiz identificar, no caso concreto, hipóteses de violação dos
l i
princípios que orientam o microssistema".(REsp 1539165/MG, Rel.
m
lc
Ministro HUMBERTO MARTINS,DJe 16/11/2016)
p
II) CERTO - Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
serviços, dentre outras práticas abusivas: III - enviar ou entregar
ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou
fornecer qualquer serviço;
Certo
Errado
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
a l
APROFUNDANDO...
io n
a c
u c ER
Haverá prática abusiva mesmo se o cartão de crédito que for
enviado estiver bloqueado?
E M d IL
e
rt RO
SIM. Não importa que o cartão de crédito esteja bloqueado. Se ele
p o OR
foi enviado ao consumidor sem que este tenha feito pedido
QUESTÃO:
S C 41- m u H 89
pretérito e expresso isso já caracteriza prática comercial abusiva,
violando frontalmente o disposto no art. 39, III, do CDC (STJ REsp
PRÁTICAS
um IZ .7 .co
1199117/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
er L U il
COMERCIAIS
4
4 ma
18/12/2012).
d V
ABUSIVAS
R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l i
ANO: 2017. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPU
m
Com baselcem informações do sistema de escore de crédito,
métodopestatístico de avaliação de risco, determinada instituição
financeira recusou pedido de empréstimo em dinheiro feito por
João. Em razão da recusa, João ajuizou ação contra a instituição
financeira, alegando prática comercial ilegal por parte dela, e
requereu a aplicação do CDC.
Certo
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
E M d IL
para fins diversos daqueles que motivaram seu armazenamento,
e
rt RO
registro ou uso, salvo com autorização do titular
p o OR
QUESTÃO:
S C 41- m u H 89
ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPNE-ES
PRÁTICAS
um IZ .7 .co
er L U il
COMERCIAIS
4
O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à
4 ma
d V
ABUSIVAS
R O . 0
repetição
4 3 g
A PE D 0 er@
a) do valor indevidamente pago, independentemente da prova de
l i
erro, mas o valor será devolvido em dobro, se provar lesão.
m
p lc por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
b) do indébito,
acrescido de correção monetária e juros, salvo hipótese de engano
justificado.
GABARITO COMENTADO:
p o OR
cobrado indevidamente do consumidor, salvo no caso de engano
S C 41- m u H 89
justificável (...) STJ. 4ª Turma. AgRg no REsp 1427535/RS, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgado em 03/02/2015.
um IZ .7 .co
V er L U
0
4
4 ma il
8. CADASTRO EM BANCO DE DADOS ( Artigos 43 e 44 do CDC)
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Arquivos de consumo é o gênero, do qual são espécies o banco de dados e o
l i
cadastro de consumidores (feitos pela própria empresa).
m
p lc por entidades de caráter público, que têm como
O banco de dados é constituído
objetivo a coleta, a armazenagem e a organização de informações, de comportamentos
e de atos e negócios praticados por consumidores e fornecedores.
S C 41- m u H 89
responsabilidade pelos danos causados ao consumidor.
um IZ .7 .co
Por fim, se o próprio consumidor teve a cautela de informar ao recorrente o
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
endereço ao qual deveriam ser enviadas as futuras notificações, não há que se constatar
dano, pois não é plausível exigir que o órgão mantenha pesquisa de todos os endereços
d R 4 3 g
A PE
informados.
D 0 er@
l
mi
Súmula 385 do STJ: da anotação irregular em cadastro
p lc
de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado
o direito de cancelamento.
S C 41- m u H 89
decorrentes de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, promovida por
instituição financeira ou assemelhada, por se tratar de responsabilidade extracontratual,
um IZ .7 .co
er L
incide o prazo de três anos previsto no artigo 206, §3º do CC, contados da data em que
U 4
4 ma il
o indivíduo toma conhecimento da inscrição incorreta.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AM
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
a l
io n
A) Art.43 § 5°. Consumada a prescrição relativa à cobrança de
a c
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos
u c ER
Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que
E M d IL
possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos
fornecedores.
e
rt RO
p o OR
B) Art.43, § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão
S C 41- m u H 89
nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata
correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis,
um IZ .7 .co
comunicar a alteração aos eventuais destinatários das
V O er L.
U
0
4
4 ma il
informações incorretas.
d R 4 3 g
C) Art.43, § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
A PE D 0 er@
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres
l i
são considerados entidades de caráter público.
m
p lc § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem
D) Art.43,
ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
compreensão, não podendo conter informações negativas
referentes a período superior a cinco anos.
QUESTÃO: BANCO
DE DADOS E) Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor
manterão cadastros atualizados de reclamações
fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços,
devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará
se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.
a l
e) Os bancos de dados de órgão de proteção ao crédito não
n
podem manter informações dos cartórios de distribuição
io
judicial sem o consentimento do consumidor.
a c
GABARITO COMENTADO:
u c ER
E M d IL
CORRETA: C. Fundamento: Lei 12.414, art. 16: " O banco de
e
rt RO
dados, a fonte e o consulente são responsáveis objetiva e
p o OR
solidariamente pelos danos materiais e morais que causarem
u H 89
ao cadastrado. ".
S C 41- m
m Z .7 .co
INCORRETAS:
u I
V O er L U 4
4 ma il
A) Súmula 404 do STJ: "é dispensável o Aviso de Recebimento
. 0
d R 4 3 g
(AR) na carta de comunicação ao consumidor sobre a
A PE D 0 er@
negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros ".
l
mi
B) O STJ entendeu que essa prática comercial o “credit scoring”
QUESTÃO: BANCO p lc
pode ser utilizado no Brasil como sistema de avaliação do risco
de concessão de crédito.
DE DADOS
D) Não é sempre cabível a indenização por danos morais
quando inserida anotação irregular indevida, tendo em vista
que se preexistente outra anotação, o cliente tem direito
apenas à correção da informação incorreta.
a l
É possível que haja limitação a direitos do consumidor, desde que previamente
io n
combinado entre as partes e que seja razoável, sob pena de serem consideradas
c
abusivas. Se as restrições forem previstas em contrato de adesão, é essencial que haja
a
destaque com adesão específica à cláusula restritiva.
u c ER
E M d IL
As declarações de vontade decorrentes de escritos particulares, recibos e pré-
e
rt RO
contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive
o OR
execução específica, conforme artigo 84 do CDC.
p
S C 41- m u H 89
Quando os contratos forem firmados fora do estabelecimento comercial, é
m Z .7 .co
assegurado ao consumidor o direito de desistência, independente de motivação, no
u I
er L U 4 il
prazo de sete dias, contados da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
produto (art. 49). Manifestado o direito de arrependimento, devem ser imediatamente
m
lc
devolvidos todos os valores pagos pelo consumidor.
p
a l
E)estipula os juros de mora, cumulativos aos juros remuneratórios,
no patamar de um por cento ao mês.
io n
GABARITO: D
a c
u c ER
COMENTÁRIOS: E M d IL
e
rt RO
o OR
Como funciona o Seguro Prestamista?
p
S C 41- m u H 89
O seguro prestamista é uma modalidade de seguro de vida em
um
grupo. Isso quer dizer que um grupo de pessoas está exposto a
IZ .7 .co
er L
uma série de riscos, mas nem todo risco se concretizará para todas
U 4
4 ma il
elas. Por isso, elas contribuem para uma espécie de fundo comum,
d V R O 3 . 0 g
de onde as indenizações são pagas em caso de um sinistro.
4
A PE D 0 er@
No entanto, diferente de um seguro de vida, além da vida do
l
mi
segurado, também é considerado a sua impossibilidade de
p lc
continuar a realizar os pagamentos. Por isso, além da cobertura
contra morte, essa modalidade costuma incluir também cobertura
QUESTÃO: contra desemprego involuntário, perda de renda e invalidez que
PROTEÇÃO impossibilite de trabalhar.
CONTRATUAL Segundo a jurisprudência dos Tribunais:
Certo
Errado
GABARITO: ERRADO a l
io n
COMENTÁRIOS:
a c
u c ER
Art. 54, § 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula
E M d IL
resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao
e
consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
ANO: 2016. BANCA: UFMT. ÓRGÃO: DPE-MT
um IZ .7 .co
er L U
Quanto à defesa do consumidor em juízo, assinale a afirmativa
correta. 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D a) Em contraposição a princípios de direito civil, as cláusulas
0 er@
l
contratuais de contratos levados a juízo serão interpretadas da
mi
maneira mais favorável ao consumidor.
p lc
b) As cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos
e serviços que estabeleçam inversão do ônus da prova são nulas.
QUESTÃO:
PROTEÇÃO c) As cláusulas contratuais que possibilitem a renúncia do direito
CONTRATUAL de indenização por benfeitorias devem ser rediscutidas em juízo
quando estas forem o objeto de ajuizamento.
GABARITO COMENTADO:
INCORRETAS:
a l
D) Tendo em vista a essência do CPC em respeito ao contraditório
io
antes de qualquer decisão, salvo exceções legais, a n
c
desconsideração da personalidade jurídica (art. 133 a 137 do
a
c ER
CPC/15) não mais poderá se dar de ofício pelo juiz.
u
E M d IL
E) O conceito de contrato de adesão foi apresentado de forma
e
rt RO
equivocada, tendo em vista que não se permite a discussão acerca
o OR
do conteúdo, as cláusulas são previamente estabelecidas, de
p
S C 41- m u H 89
forma unilateral. "Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas
cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
m Z .7 .co
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
u I
V O er L0
U4 ma4 il
serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo."
.
d
QUESTÃO:
R 4 3 g
A PE
PROTEÇÃO D 0 er@
l
CONTRATUAL
mi
p lc
Teoria da base objetiva do negócio jurídico: disposição diversa do Código Civil acerca
da possibilidade de modificação ou resolução do contrato. Adotada pelo CDC, à teoria
da base objetiva permite que haja a modificação das cláusulas contratuais, sempre que
determinada situação alterar de maneira objetiva as bases nas quais as partes
a l
contrataram, de maneira a modificar o ambiente econômico inicialmente existente,
io
independentemente de ser imprevisível ou não. Neste sentido, dispõe o CDC: n
a c
u c ER
(...) E M d IL
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
e
rt RO
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
o OR
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
p
u H 89
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
S C 41- m
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-AM PROVA: FCC - 2018 -
p lc
DPE-AM - DEFENSOR PÚBLICO - REAPLICAÇÃO
a l
10. DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
io n
a c
c ER
O CPC/2015 prevê que compete ao juiz, quando se deparar com diversas
u
d IL
demandas individuais repetidas, oficiar o Ministério Público e a Defensoria Pública, para
E M
e
rt RO
que proponham as ações coletivas. Tal norma visa a efetivar o acesso à justiça, sendo
p o OR
que as demandas coletivas proporcionam maior abrangência nos sujeitos protegidos e,
S C 41- m u H 89
ao mesmo tempo, um desafogamento do judiciário.
um IZ .7 .co
dispondo: V O er L
. 0
U4 ma4 il
O artigo 81 do CDC cuida de caracterizar as espécies de direitos coletivos, assim
d R 4 3 g
A PE
D 0 er@
l i
Direitos difusos: são direitos transindividuais, de natureza indivisível, de
m
lc
que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas entre si por uma
p
circunstância de fato;
Segundo o STJ:
S C 41- m u H 89
aplicável também nas demais hipóteses de responsabilidade por
acidentes de consumo (arts. 12 e 14 do CDC). Precedentes.
um IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
4. Agravo interno não provido. (STJ - Acórdão Agint no Aresp 997269 / Ba,
V O . 0
Relator(a): Min. Lázaro Guimarães, data de julgamento: 23/08/2018, data de
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
publicação: 29/08/2018, 4ª Turma)” grifos acrescidos.
l
mi
p lc
O Chamamento ao Processo é cabível nas ações consumeristas, conforme
preceitua o Art. 101, II, da Lei 8.078/90. O STJ, no REsp 925130 consagrou que “a
seguradora denunciada pode ser condenada direta e solidariamente com o causador do
dano”.
11. JURISPRUDÊNCIAS:
DANO MORAL: Não configura dano moral in re ipsa a simples remessa de fatura de
cartão de crédito para a residência do consumidor com cobrança indevida. Para
configurar a existência do dano extrapatrimonial, é necessário que se demonstre
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que a operadora de cartão de crédito, além de ter incluído a cobrança na fatura,
praticou outras condutas que configurem dano moral, como por exemplo: a)
reiteração da cobrança indevida mesmo após o consumidor ter reclamado; b)
inscrição do cliente em cadastro de inadimplentes; c) protesto da dívida; d)
publicidade negativa do nome do suposto devedor; ou e) cobrança que exponha o
consumidor, o submeta à ameaça, coação ou constrangimento. STJ. (Info 579).
a l
PLANO DE SAÚDE: É nula a cláusula inserta por operadora de plano privado de
assistência à saúde em formulário de Declaração de Doenças ou Lesões
io n
a c
Preexistentes (Declaração de Saúde) prevendo a renúncia pelo consumidor contra-
u c ER
tante à entrevista qualificada orientada por um médico, seguida apenas de espaço
d IL
para aposição de assinatura, sem qualquer menção ao fato de tal entrevista se
E M
e
tratar de faculdade do beneficiário. A inserção de cláusula de renúncia em
rt RO
declaração de saúde é abusiva por induzir o segurado a abrir mão do direito ao
p o OR
exercício livre da opção de ser orientado por um médico por ocasião do
S C 41- m u H 89
preenchimento daquela declaração, notadamente porque se trata de documento
que tem o condão de viabilizar futura negativa de cobertura de procedimento ou
um IZ .7 .co
er L
tratamento. STJ. (Info 578).
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
PLANO DE SAÚDE: A migração de beneficiário de plano de saúde coletivo
g
A PE D 0 er@
empresarial extinto para plano individual ou familiar não enseja a manutenção dos
l
valores das mensalidades previstos no plano primitivo. STJ. (Info 578).
m i
p lcde saúde deve reembolsar o segurado pelas despesas
PLANO DE SAÚDE O plano
que pagou com tratamento médico realizado em situação de urgência ou
emergência por hospital não credenciado, ainda que o referido hospital integre
expressamente tabela contratual que exclui da cobertura os hospitais de alto custo,
limitando-se o reembolso, no mínimo, ao valor da tabela de referência de preços
de serviços médicos e hospitalares praticados pelo plano de saúde. STJ. (Info 580).
PROTEÇÃO EM JUÍZO: Como regra, para que uma associação possa propor ACP, ela
deverá estar constituída há pelo menos 1 ano. Exceção. Este requisito da pré-
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constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse
social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do
bem jurídico a ser protegido (§ 4º do art. 5º da Lei nº 7.347/85). Neste caso, a ACP,
mesmo tendo sido proposta por uma associação com menos de 1 ano, poderá ser
conhecida e julgada. Como exemplo da situação descrita no § 4º do art. 5º, o STJ
decidiu que: É dispensável o requisito temporal (pré-constituição há mais de um
ano) para associação ajuizar ação civil pública quando o bem jurídico tutelado for a
prestação de informações ao consumidor sobre a existência de glúten em
alimentos. STJ. (Info 591).
a c
franqueadora, mas sim a pessoa que os comercializa junto a terceiros, estes sim, os
destinatários finais. STJ. (Info 591).
u c ER
E M d IL
e
PLANO DE SAÚDE. Não é abusiva cláusula contratual de plano privado de
rt RO
assistência à saúde que estabeleça a coparticipação do usuário nas despesas
p o OR
médico-hospitalares em percentual sobre o custo de tratamento médico realizado
S C 41- m u H 89
sem internação, desde que a coparticipação não caracterize financiamento integral
do procedimento por parte do usuário, ou fator restritor severo ao acesso aos
um IZ .7 .co
er L
serviços. STJ. (Info 586).
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0
PLANO DE SAÚDE. Não se aplica o CDC às relações entre as operadoras de planos
g
A PE D 0 er@
de saúde constituídas sob a modalidade de autogestão e seus filiados. Assim, os
l
planos de saúde de autogestão podem ser considerados como uma exceção à
mi
Súmula 469 do STJ: “Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de
p lc
plano de saúde.” A operadora de plano privado de assistência à saúde na
modalidade de autogestão é pessoa jurídica de direito privado sem finalidades
lucrativas que, vinculada ou não à entidade pública ou privada, opera plano de
assistência à saúde com exclusividade para um público determinado de
beneficiários. A constituição dos planos sob a modalidade de autogestão diferencia,
sensivelmente, essas pessoas jurídicas quanto à administração, forma de
associação, obtenção e repartição de receitas, dos contratos firmados com
empresas que exploram essa atividade no mercado e visam ao lucro. Em razão
disso, não se aplica o CDC ao contrato de plano de saúde administrado por
entidade de autogestão, por inexistência de relação de consumo. STJ. (Info 588).
S C 41- m u H 89
vencida e não paga a obrigação, inicia-se no dia seguinte a contagem do prazo de 5
anos previsto no §1º do art. 43, do CDC, não importando a data em que o nome do
um IZ .7 .co
er L
consumidor foi negativado. STJ. (Info 588).
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0
PLANO DE SAÚDE: No caso em que, nas informações divulgadas por plano de
g
A PE D 0 er@
saúde aos seus usuários, determinado hospital particular figure como instituição
l
credenciada sem ressalvas, se o usuário optar pela realização de tratamento
mi
contratado e disponibilizado pelo aludido hospital, a operadora do plano será
p lc
obrigada a custeá-lo, ainda que o serviço seja prestado em parceria com instituição
não credenciada, cuja unidade de atendimento funcione nas dependências do
hospital, sendo irrelevante o fato de haver, na mesma localidade, outras
instituições credenciadas para o mesmo tipo de tratamento de saúde. Ex: João,
cliente do plano de saúde, precisava fazer quimioterapia. Na página do plano na
internet consta que o Hospital São Carlos integra a rede credenciada. Dentro deste
hospital, no setor de oncologia, funciona o Instituto Santa Marta. Diante disso, ele
pediu as guias de serviço para fazer a quimioterapia lá. O plano de saúde não
autorizou alegando que o Instituto Santa Marta, apesar de funcionar dentro do
Hospital São Carlos, é uma instituição diferente e que apenas o Hospital é
credenciado. João terá direito de fazer o tratamento lá. Quando um hospital
credenciado não prestar determinados serviços para os usuários do plano, este
deverá informar ao consumidor, de forma clara, qual é a restrição existente e quais
as especialidades oferecidas pela entidade que não estão cobertas, sob pena de
todas elas estarem incluídas no credenciamento. STJ. (Info 590)
u c ER
necessária, tal como prevista no art. 19 da Lei nº 4.717/65, nas ações coletivas que
versem sobre direitos individuais homogêneos.
E M d IL
e
rt RO
CONCEITO DE CONSUMIDOR: Aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de
p o OR
edifício em construção, nas hipóteses em que atua na defesa dos interesses dos
S C 41- m u H 89
seus condôminos frente a construtora ou incorporadora. STJ. (Info 592).
um IZ .7 .co
er L
VÍCIO DO PRODUTO: Não existe obrigação legal de se inserir nos rótulos dos vinhos
U4 ma4 il
informações acerca da quantidade de sódio e de calorias (valor energético)
d V R O
4 3 . 0
existentes no produto. STJ. (Info 592).
g
A PE D 0 er@
l
PLANO DE SAÚDE: É ilícita a exigência de cumprimento de carência de ex-
mi
dependente de plano coletivo empresarial, extinto em razão da demissão sem justa
p lc
causa do titular, ao contratar novo plano de saúde, na mesma operadora, mas em
categoria diversa (plano coletivo por adesão). Nos termos do art. 7º- C da RN nº
186/2009 da ANS, o ex-empregado demitido ou exonerado sem justa causa ou
aposentado ou seus dependentes ficam dispensados do cumprimento de novos
períodos de carência na contratação de novo plano individual ou familiar ou
coletivo por adesão, seja na mesma operadora, seja em outra, desde que peçam a
transferência durante o período de manutenção da condição de beneficiário
garantida pelos arts. 30 e 31 da Lei nº 9.656/98. STJ. (Info 592).
CONTRATOS BANCÁRIOS: O cliente paga alguma tarifa bancária quando ele saca
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dinheiro de sua conta? Os bancos adotam a seguinte prática contratual: o cliente
pode fazer até quatro saques por mês sem pagar nada. A partir do quinto saque, é
cobrada uma tarifa bancária. Esta prática bancária é válida? SIM. É legítima a
cobrança, pelas instituições financeiras, de tarifas relativas a saques quando estes
excederem o quantitativo de quatro realizações por mês. STJ. (Info 596).
a l
PLANO DE SAÚDE: Em 1999, João aposentou-se pelo INSS. Em 2000, voltou a
io
trabalhar para uma empresa e passou a usufruir do plano de saúde coletivon
a c
empresarial no qual a empregadora pagava metade e ele a outra metade das
u c ER
mensalidades. Em 2009, João foi demitido sem justa causa, mas continuou no
d IL
plano, assumindo o pagamento integral das mensalidades. Em 2015, João faleceu e
E M
e
Maria continuou no plano, não mais na condição de dependente, mas sim na de
rt RO
beneficiária principal. Em 2017, contudo, o plano enviou uma carta para Maria
p o OR
comunicando que havia cessado a sua condição de segurada no plano de saúde
S C 41- m u H 89
coletivo. O argumento utilizado pelo plano de saúde para cessar a condição de
segurada de Maria foi o de que a sua situação se enquadrava no art. 30 da Lei nº
um IZ .7 .co
er L
9.656/98. Maria não concordou e afirmou que, quando João faleceu, ele estava
U4 ma4 il
aposentado, de forma que deveria incidir a regra do art. 31 da Lei nº 9.656/98. A
d V R O
4 3 . 0
manutenção de Maria no plano ocorreu com base no art. 30 ou no art. 31 da Lei nº
g
A PE D 0 er@
9.656/98? Aplica-se o disposto no art. 31 da Lei nº 9.656/98 ao aposentado – e ao
l
grupo familiar inscrito, na hipótese de seu falecimento – que é contratado por
mi
empresa e, posteriormente, demitido sem justa causa. No caso concreto, Maria
p lc
terá direito de continuar no plano por tempo indeterminado (regra do caput do art.
31) ou por prazo determinado (regra do § 1º do art. 31)? Por prazo determinado. A
lei somente assegura ao aposentado a sua manutenção como beneficiário, sem
qualquer restrição temporal, quando houver contribuído para os planos de
assistência à saúde pelo prazo mínimo de 10 anos (regra do caput do art. 31). A
vigência do contrato de seguro saúde iniciou-se em 2000, quando João foi
contratado pela empresa X. Em 2009 João foi demitido sem justa causa e continuou
como beneficiário do plano de saúde, assumindo oônus integral do pagamento das
mensalidades, o que fez até a data de seu óbito, em 2015. Desta feita, tem-se que
o tempo de filiação original ao plano foi de 9 anos (2000 a 2009), mostrando-se,
impossível, portanto, a aplicação do art. 31, caput, da Lei, que exige tempo de
contribuição mínimo de 10 anos. Maria alegou que, com a morte de João, ela o
teria sucedido no plano de saúde, devendo, portanto, somar o tempo que João
contribuiu (9 anos) com o tempo que ela também pagou o plano (2 anos, ou seja,
de 2015 a 2017). Logo, somando esses dois períodos, haveria mais que 10 anos de
contribuição ao plano. Essa tese foi aceita pelo STJ? NÃO. O art. 31 da Lei
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expressamente exige que o APOSENTADO tenha contribuído por prazo mínimo de
10 anos, não prevendo a possibilidade de haver a soma do período de contribuição
do aposentado com seus eventuais sucessores. João contribuiu por 9 anos para o
plano coletivo de assistência à saúde. Logo, a manutenção do contrato em favor de
Maria deve se dar por 9 anos. O termo inicial para a contagem desses 9 anos de
manutenção do contrato não pode ser considerado a data do óbito de João (2015)
mas sim a data em que ocorreu a cessação do vínculo empregatício (2009),
considerando que foi neste momento que nasceu o direito à manutenção do
titular, bem como de sua dependente no plano de saúde. STJ. (Info 597).
a c
transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e
u c ER
Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. Art.
d IL
178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre,
E M
e
devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos
rt RO
firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade. STF. Plenário. RE
p o OR
636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso,
S C 41- m u H 89
julgados em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866). Três importantes
observações: 1) as Convenções de Varsóvia e de Montreal regulam apenas o
um IZ .7 .co
er L
transporte internacional (art. 178 da CF/88). Em caso de transporte nacional,
U4 ma4 il
aplica-se o CDC; 2) a limitação indenizatória prevista nas Convenções de Varsóvia e
d V R O
4 3 . 0
de Montreal abrange apenas a reparação por danos materiais, não se aplicando
g
A PE D 0 er@
para indenizações por danos morais. 3) as Convenções de Varsóvia e de Montreal
l
devem ser aplicadas não apenas na hipótese de extravio de bagagem, mas também
mi
em outras questões envolvendo o transporte aéreo internacional.
p lc
RESPONSABILIDADE CIVIL E TRANSPORTE AÉREO: Qual é o prazo prescricional da
ação de responsabilidade civil no caso de acidente aéreo em voo doméstico? 5
anos, segundo entendimento do STJ, aplicando-se o CDC. Qual é o prazo
prescricional da ação de responsabilidade civil no caso de acidente aéreo em voo
internacional? 2 anos, com base no art. 29 da Convenção de Varsóvia. Nos termos
do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais
limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros,
especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação
ao Código de Defesa do Consumidor. STF. (repercussão geral) (Info 866).
a l
CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICO. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
io n
PRAZO PRESCRICIONAL: Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de tarifas
a c
de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil. O
u c ER
prazo prescricional para as ações de repetição de indébito relativo às tarifas de
d IL
serviços de água e esgoto cobradas indevidamente é de: a) 20 (vinte) anos, na
E M
e
forma do art. 177 do Código Civil de 1916; ou b) 10 (dez) anos, tal como previsto no
rt RO
art. 205 do Código Civil de 2002, observando-se a regra de direito intertemporal,
p o OR
estabelecida no art. 2.028 do Código Civil de 2002. STJ. (recurso repetitivo) (Info
603).
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
PLANO DE SAÚDE: Não é abusiva a exigência de indicação da CID (Classificação
U4 ma4 il
Internacional de Doenças), como condição de deferimento, nas requisições de
d V R O
4 3 . 0
exames e serviços oferecidos pelas prestadoras de plano de saúde, bem como para
g
A PE D 0 er@
o pagamento de honorários médicos. A exigência de menção da CID nas requisições
l
de exames e demais serviços de saúde decorre do fato de que as operadoras de
mi
planos de saúde estão obrigadas a prestar apenas os serviços previstos no contrato.
p lc
Logo, é importante essa informação para que os pagamentos e as requisições de
exames não se voltem para tratamentos que ultrapassem as obrigações contratuais
do plano de saúde. STJ. (Info 610).
S C 41- m u H 89
quantidade em imóvel adquirido por consumidor A ação de indenização por danos
materiais proposta por consumidor contra construtora em virtude de vícios de
um IZ .7 .co
er L
qualidade e de quantidade do imóvel adquirido tem prazo prescricional de 10 anos,
U4 ma4 il
com fundamento no art. 205 do CC/2002.
d V R O
4 3 . 0
Não se aplica o prazo decadencial do art. 26 do CDC. O art. 26 trata do prazo que o
g
A PE D 0 er@
consumidor possui para exigir uma das alternativas previstas no art. 20 do CDC.
l
Não se trata de prazo prescricional.
mi
Não se aplica o prazo do art. 27 do CDC porque este se refere apenas a fato do
p lc
produto. STJ. 3ª Turma. REsp 1.534.831-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel.
Acd. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/02/2018 (Info 620).
u c ER
STJ. 3ª Turma. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
15/05/2018 (Info 626).
E M d IL
e
rt RO
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO: Alteração do transporte aéreo para
p o OR
terrestre e ocorrência de roubo: dever de indenizar. A alteração substancial e
S C 41- m u H 89
unilateral do contrato firmado de transporte aéreo para terrestre impede a
utilização da excludente de fortuito externo para eximir a empresa de transporte
um IZ .7 .co
er L
aéreo da responsabilidade civil por danos causados por roubo ao ônibus. STJ. 3ª
U4 ma4 il
Turma. REsp 1.728.068-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 05/06/2018
d V
(Info 627).
R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO: Concessionária de transporte
mi
ferroviário deve pagar indenização à passageira que sofreu assédio sexual
p lc
praticado por outro usuário no interior do trem. A concessionária de transporte
ferroviário pode responder por dano moral sofrido por passageira, vítima de
assédio sexual, praticado por outro usuário no interior do trem. STJ. 1ª Turma. REsp
1.662.551-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 628).
MINISTÉRIO PÚBLICO: Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil
pública na defesa de consumidores que adquiriram imóvel com cláusulas abusivas
O Ministério Público possui legitimidade ativa para postular em juízo a defesa de
direitos transindividuais de consumidores que celebram contratos de compra e
venda de imóveis com cláusulas pretensamente abusivas. STJ. Corte Especial. EREsp
1.378.938-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 20/06/2018 (Info 629).
Vale a pena relembrar: Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa
para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos
consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público.
SÚMULAS NOVAS:
u c ER
urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas
contado da data da contratação.
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
a l
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a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se
em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre
a l
io n
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
a c
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos
mais diferentes certames públicos.
u c ER
E M d IL
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
e
rt RO
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
o OR
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
p
S C 41- m u H 89
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
m IZ .7 .co
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
u
V O er L
para carreiras públicas.
. 0
U
4 ma 4 il
d R 3 g
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
4
A PE D
uma obsessão. 0 er@
l
mi
Bom estudo! p lc
Francisco Penante
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2. EVOLUÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL (FASES) .................................................. 4
3. OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL......................................................................2
a l
11. PREPOSTOS ...................................................................................................... 13
io n
12. ESCRITURAÇÃO ................................................................................................ 14
a c
c ER
13. NOME EMPRESARIAL ....................................................................................... 15
u
d IL
14. MARCA..............................................................................................................16
E M
e
rt RO
15. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (teoria da penetração, teoria
o OR
da superação e disregard of legal entity doctrine).................................................. 207
p
1. u H 89
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 21
S C 41- m
2.
um
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E SOCIEDADES SIMPLES ........................................ 21
IZ .7 .co
3.
4. V O . er L
0
U
4 ma 4 il
TIPOS SOCIETÁRIOS EMPRESÁRIOS .................................................................. 22
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS ................................................................. 30
d R 4 3 g
5. A PE D 0 er@
DA CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES ............................................................... 32
l
1. i
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 34
m
p lc DE CRÉDITO ........................................................... 34
2. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS
3 TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE ..................................................................... 36
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 43
2. DISPOSIÇÕES COMUNS..................................................................................... 44
3. DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL ............................................................................. 47
4. RECUPERAÇÃO JUDICIAL ESPECIAL ................................................................... 49
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL ........................................................................ 50
6. FALÊNCIA ......................................................................................................... 51
7. JURISPRUDÊNCIA ................................................................................................. 62
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 62
1. INTRODUÇÃO
2.1. a l
io n
Fase das corporações de ofício: Antes da fase das corporações de ofício
(entidades de classe dos comerciantes), não era feita divisão entre o direito
a c
empresarial e o direito civil.1 Esta fase, na idade média (segunda metade do século
u c ER
XII), é o marco inicial do direito comercial, em decorrência da expansão marítima. As
E M d IL
corporações de ofício regulamentavam a atuação comercial com base nos seus usos e
e
rt RO
costumes.2 Vislumbra-se, aqui, três subfases/características: a) Sistema subjetivo:
p o OR
para ser comerciante, era necessário o registro nas corporações de ofício, de natureza
u H 89
constitutiva. Sistema fechado e protetivo do registrado.3b) Ascensão da burguesia:
S C 41- m
um
as leis comerciais eram aplicadas a outras pessoas, ainda que não registrados. c)
IZ .7 .co
er L U il
Início da idade moderna: surgiram leis estatais e Tribunais próprios a incidir sobre as
44 ma
d V
relações de comércio.
R O
4 3 . 0 g
A2.2. PE D 0 er@
Fase da teoria dos atos de comércio ou sistema francês: início na
l i
Revolução Francesa; Código Comercial Francês de 1808 (Código Comercial
m
p lc
Napoleônico). Sistema objetivo, o indivíduo era comerciante não em razão de seu
registro, mas da atividade exercida (se exercer ato de comércio, a pessoa será
comerciante, independentemente de ser registrado em determinada corporação).4
Por se basear em um rol de atividades distintas que a lei quis considerar como atos
de comércio, REQUIÃO diz que a teoria dos atos de comércio não se reveste de
consistência científica.
1
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 1: direito de empresa. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2016. pp. 33.
2
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p.14.
3
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 1: direito de empresa. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2016. pp. 33.
4
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. São Paulo: Atlas, 2017. pp. 2-3.
l
Empresarial). Código Civil de 2002. Surgem as ideias de empresa e de empresário.
a
io n
Contam com a proteção das normas de direito empresarial aqueles que praticarem
empresa (atividade econômica, exercida profissionalmente e organizada para a
a c
produção ou circulação de bens ou de serviços), mediante a organização dos fatores
u c ER
de produção (força de trabalho/mão de obra, matéria-prima, capital e tecnologia).
E M d IL
3. OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Essencialmente, o objeto do Direito Empresarial é disciplinar as relações entre
empresários e regular as sociedades empresariais. Enquanto antes o objeto do Direito
um IZ .7 .co
Empresarial era tido a partir da teoria dos atos de comércio, com o Código Civil de
er L U 4
4 ma il
2002 o objeto foi ampliado, abrangendo toda e qualquer atividade econômica (cf. art.
V O .
966 do Código Civil). 0
d R 4 3 g
A PE D
O Direito Empresarial chegou à atualidade promovendo o desenvolvimento dos
0 er@
negócios, em virtude dos diversos instrumentos que coloca à disposição para as
l
mi
operações, com suas normas e diversos tipos de contratos, atendendo às necessidades
dos empresários.
p lc
3.1. Comércio e atividade negocial: o comércio é a atividade com fins
lucrativos, sendo de grande importância para o movimento de mercadorias, e cada
elemento pertencente ao comércio é chamado de matéria de comércio. Já a
atividade negocial pode ser entendida como qualquer atividade que tenha por
finalidade o lucro, ou seja, desde a atividade extrativa de matéria-prima, a indústria,
o comércio e a prestação de serviços. Assim, a atividade negocial é mais ampla do
que comércio, visto que inclui qualquer atividade de prestação de serviços, que
também faz parte do escopo do Direito Empresarial.
3.2. Comércio eletrônico: o comércio chegou ao final do século XX
impulsionado pelo sistema eletrônico denominado internet. A prática de comércio
por esse meio foi denominada por “comércio eletrônico” ou e-commerce,
4. EMPRESÁRIO E EMPRESA
S C 41- m u H 89
sociedade é empresária, e não os seus sócios. Sócio de sociedade empresária não é
considerado empresário.
um IZ .7 .co
er L
Certas pessoas, como membros do MP e magistrados, não podem ser
U 4
4 ma il
empresários individuais, mas podem ser sócias de sociedade empresária, desde que
V O 3 . 0
não exerçam administração. Se exercerem, apesar da proibição, serão
d R 4 g
A PE D 0 er@
responsabilizados pelas obrigações. No mesmo sentido, as pessoas impedidas de ser
l
empresários podem ser titulares de EIRELI, desde que não a administrem.
mi
p lc
5. EXCEÇÕES À CARACTERIZAÇÃO COMO EMPRESÁRIO
Pode-se resumir os principais sujeitos que não são empresários. São eles:
5
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. pp. 18-19.
a l
produção de algo extraordinário com a utilização de habilidades e certos métodos). O
io n
p.ú., do art. 966 do CC/02 afirma que, em regra, não são empresários os que exercem
atividade intelectual, ainda que com o concurso de auxiliares.
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um
A profissão intelectual será considerada empresária se o seu exercício constituir
IZ .7 .co
er L U
elemento de empresa (quando a atividade intelectual for absorvida pela organização
4
4 ma il
dos fatores de produção, sendo apenas mais um dos elementos da empresa). Essa
d V R O 3 . 0 g
ideia não se aplica, contudo, à advocacia, que será sempre atividade civil por força
4
A PE D 0 er@
do art. 15 do Estatuto da OAB, sendo a sociedade de advogados sempre simples.
l
mi
p lc
6. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
IDADE MÍNIMA
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 16 anos para iniciar (causa de emancipação). Não há
idade mínima para continuar. Deve estar representado
ou assistido
a l
Não há idade mínima. O menor deve estar
io n
SÓCIO OU TITULAR DE
c
representado ou assistido, não pode ser administrador,
a
EIRELI
c ER
todo o capital da sociedade deve ser integralizado. Se o
u
sócio.
E M d IL
menor for emancipado, tem plena capacidade de ser
e
rt RO
o OR
Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da
p
S C 41- m u H 89
capacidade civil [os que não forem incapazes] e não forem legalmente impedidos
[falido não reabilitado, magistrados, membros do MP, etc.]. A pessoa legalmente
m Z .7 .co
impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas
u I
V er L
obrigações contraídas.U
0
4
4 ma il
Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de
O .
d R 4 3 g
lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um
A PE D 0 er@
ou mais gerentes. Por exemplo, caso um menor de 16 anos herde a empresa antes
l i
exercida por seus pais e o seu tutor seja impedido de exercer empresa (por ser ele um
m
p lc
Promotor de Justiça, por exemplo), ele deverá, com aprovação do juiz, nomear
gerente. Do mesmo modo, será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz
entender ser conveniente. Contudo, a aprovação do juiz não exime o representante ou
assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes
nomeados. A prova da emancipação e da autorização do incapaz e a de eventual
revogação desta serão INSCRITAS OU AVERBADAS NO REGISTRO PÚBLICO DE
EMPRESAS MERCANTIS.
O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante
do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.
Corrente majoritária entende que o art. 978 é especial em relação ao art. 1.647,
I, do CC/02, podendo o empresário individual casado, sem necessidade de outorga
a l
8. EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
io n
a c
c ER
A EIRELI não é uma sociedade, mas sim pessoa jurídica de direito privado
u
E M d IL
diversa (art. 44, VI, do CC/02). No Direito Brasileiro, as únicas sociedades unipessoais
existentes são a Sociedade Unipessoal de Advogado e a Subsidiária Integral da
Sociedade Anônima. A EIRELI não é sociedade. e
rt RO
p o OR
A EIRELI será constituída por uma única pessoa, física ou jurídica, titular da
S C 41- m u H 89
totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100
(cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. A pessoa natural que constituir
um IZ .7 .co
EIRELI, contudo, somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
V O er L
. 0
U4 ma4 il
O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI"
após a firma ou a denominação social
d R 4 3 g
A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da
A PE D 0 er@
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio,
l i
independentemente das razões que motivaram tal concentração. Em regra, uma
m
p lc
sociedade se dissolve quando ocorrer a falta de pluralidade de sócios, não
reconstituída no prazo de 180 dias. Não ocorrerá a dissolução, contudo, se o sócio
remanescente requerer a transformação para empresário individual ou para EIRELI.
Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada
constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração
decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou
voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade
profissional.
Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber,
as regras previstas para as sociedades limitadas.
a l
8.934/94. 1. Matrícula: os auxiliares do comércio (leiloeiros, trapicheiros) devem ser
matriculados para que possam exercer a sua atividade.
io n
c
2. Arquivamento: nome dado ao registro requerimento do empresário individual e do
a
u c ER
ato constitutivo da sociedade empresária, da EIRELI e da cooperativa nas Juntas
Comerciais, bem como as posteriores alterações, dissoluções ou mesmo extinção
E M d IL
destes. Averbação: espécie de arquivamento das alterações anotadas à margem do
registro do empresário. e
rt RO
o OR
Somente serão arquivados os atos constitutivos visados por um advogado,
p
S C 41- m u H 89
conforme art. 1º, §2º, da Lei 8.906/94 – Estatuto da OAB. Não se aplica às
microempresas e às empresas de pequeno porte o §2º do art. 1º da Lei nº 8.906/94. O
m Z .7 .co
requerimento do empresário individual e os atos constitutivos das pessoas jurídicas
u I
er L U 4 il
devem ser arquivados no órgão competente dentro do prazo de 30 dias, a contar de
V 0 4 ma
sua lavratura (elaboração e assinatura). Se apresentado tempestivamente, o registro
O .
d R 3 g
retroage à data da sua lavratura (efeitos ex tunc); se apresentado fora do prazo, o
4
A PE D 0 er@
registro não retroagirá (efeitos ex nunc). Há sociedade desde o momento em que os
l i
sócios assinam o ato constitutivo, mas a personalidade jurídica será adquirida apenas
m
com o registro.
p lc
3. Autenticação, que é o registro dos instrumentos de escrituração contábil da
empresa, como livros empresariais e cópias de documentos.
Algumas sociedades dependem de autorização do Poder Público para
funcionar. Assim, as Juntas Comerciais só poderão registrá-las uma vez apresentada a
respectiva autorização (sobre o tema, vale analisar os arts. 1.123 a 1.141 do CC/02).
6
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p.31.
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
A microempresa e a empresa de pequeno porte, nos termos do art. 71 da Lei
societário. S C 41- m u H 89
Complementar nº 123/06, ficam dispensadas da publicação de qualquer ato
um IZ .7 .co
er L U
4 ma 4 il
No trespasse, se não restarem bens suficientes para solver o passivo do
V O . 0
empresário, só terá eficácia com o consentimento dos credores, de modo expresso ou
d R 4 3 g
A PE D
tácito (credores permanecem em silêncio por 30 dias depois de notificados). A falência
0 er@
l
pode ser decretada se o empresário transfere o estabelecimento a terceiro, credor ou
mi
não, sem o consentimento de todos os credores e sem bens suficientes para solver seu
p lc
passivo (art. 94, III, c, Lei de Falências). A referida conduta se constitui, pois, em ato de
falência.
Quanto à sucessão das obrigações do alienante, o adquirente do
estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência,
desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. A mudança na
propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados (art. 448 da CLT). No caso de trespasse na falência, o
objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do
arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária.
um IZ .7 .co
maneira:
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Em síntese, pode-se diferenciar os conceitos trabalhados acima da seguinte
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l Complexo de bens corpóreos
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL mi (mercadorias, instalações, etc.) e
7
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. São Paulo: Atlas, 2017. p. 240.
8
PENANTE JR, Francisco. LAURINDO, Felipe. Prática empresarial. Recife: Armador, 2016. p.54.
9
PENANTE JR, Francisco. LAURINDO, Felipe. Prática empresarial. Recife: Armador, 2016. p.55.
10
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. São Paulo: Atlas, 2017. p. 242.
11. PREPOSTOS
a l
io
Dirige ou pratica negócio empresarial por incumbência de outrem, que é o n
a c
preponente.11 Não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho
u c ER
da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas
E M d IL
obrigações por ele contraídas. O preposto, salvo autorização expressa, não pode
negociar por conta própria ou de terceiros, nem participar, embora indiretamente, de
e
rt RO
OPERAÇÃO DO MESMO GÊNERO DA QUE LHE FOI COMETIDA, sob pena de responder
p o OR
por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
S C 41- m u H 89
Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto,
encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que
um
haja prazo para reclamação. IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos
V O . 0
prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver má-fé, os
d R 4 3 g
A PE D
mesmos efeitos como se o fossem por aquele. No exercício de suas funções, os
0 er@
l
prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos
mi
culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
p lc
Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos,
praticados NOS SEUS ESTABELECIMENTOS E RELATIVOS À ATIVIDADE DA EMPRESA,
ainda que não autorizados por escrito. Quando tais atos forem praticados fora do
estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos
por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu
teor.
Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede
ou em sucursal, filial ou agência. O gerente pode estar em juízo em nome do
preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.
Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a
praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.
Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos
a dois ou mais gerentes. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem
11
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. São Paulo: Atlas, 2017. p. 289.
12. ESCRITURAÇÃO
p o OR
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de
resultado econômico.
S C 41- m u H 89
Os livros empresariais podem ser facultativos ou obrigatórios. Os livros
um IZ .7 .co
obrigatórios podem ser comuns (obrigatórios a todos os empresários, sendo que
V O er L
. 0
U4 ma4 il
atualmente o único livro obrigatório comum é o livro diário) ou especiais (obrigatórios
apenas para determinada atividade ou tipo societário.
d R 4 3 g
O empresário não sofrerá sanção pela não escrituração dos livros facultativos,
A PE D 0 er@
uma vez que funcionam apenas como instrumentos para auxílio daqueles que exercem
l i
atividade empresária. Os livros empresariais autenticados servem como instrumento
m
p lc
de defesa do empresário, servindo como meio de prova. Nesse sentido, o art. 418 do
Código de Processo Civil, ao prever que os livros empresariais que preencham os
requisitos exigidos por lei provam a favor de seu autor no litígio entre empresários.
Contudo, o CPC prevê, no art. 487, que os livros empresariais também provam
contra seu autor, sendo lícito ao empresário, todavia, demonstrar, por todos os meios
permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade. Apesar da
importância, os livros empresariais não foram considerados pelo art. 784 do CPC como
títulos executivos.
12
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. São Paulo: Atlas, 2017. p. 209.
a c
que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social,
c ER
devendo esta ser alterada, sob pena de o espólio ou o ex-sócio continuar a ter a
u
E M d IL
mesma responsabilidade pelas obrigações sociais que tinha quando era membro do
quadro social. Se a sociedade for formada por irmãos ou parentes com o mesmo
e
rt RO
sobrenome, e a forma social contiver tal patronímico (sobrenome), o óbito de um
p o OR
deles não obriga a sua modificação, salvo se o de cujus deixou manifestação expressa
em contrário.
S C 41- m u H 89
Nas hipóteses de óbito, exclusão ou retirada do fundador de uma sociedade
um IZ .7 .co
anônima, seu nome não precisará ser suprimido da firma social, desde que ele não
denominação.14V er L
O
U
. 0
4 il
tenha oferecido oposição e que a sociedade resolva manter inalterada a
4 ma
d R 4 3 g
A PE D
A proteção do nome empresarial decorre do registro do ato constitutivo na
0 er@
Junta Comercial, pelo que fica restrita ao respectivo Estado-membro. Para se conferir
l
mi
proteção do nome a nível nacional, é preciso fazer o registro nas demais Juntas
p lc
Comerciais. Diferentemente, a proteção à marca para determinado ramo de atividade,
a nível nacional, se dá com o seu registro no Instituto Nacional da Propriedade
Industrial - INPI.
O art. 1.166, p.ú., do CC/02, prevê a proteção nacional ao nome empresarial se
registrado nos termos da lei especial. Esta lei ainda não foi editada, razão pela qual o
empresário que desejar ter proteção a nível nacional do seu nome empresarial deve
registrá-lo em todas as Juntas Comerciais do país.
O nome empresarial não se confunde com o título do estabelecimento/nome
fantasia. Por exemplo, Banco Santander S.A. é o nome empresarial, ao passo que
“Banco Santander” é o título do estabelecimento/nome fantasia. Equipara-se ao nome
empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples,
associações e fundações.
13
PENANTE JR, Francisco. LAURINDO, Felipe. Prática empresarial. Recife: Armador, 2016. p.70.
14
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p. 68.
um
firma, e não seu nome civil.15
IZ .7 .co
er L U
4 ma 4 il
13.2. Denominação: nome empresarial construído a partir de elemento
V O . 0
d R 3 g
fantasia, podendo formar-se por qualquer palavra ou expressão fantasia, desde que
4
A PE D 0 er@
atenda ao princípio da novidade, não contrarie ordem pública ou gere confusão.
l i
Diferentemente da firma, a denominação tem obrigatoriamente que vir acompanhada
m
lc
do gênero ou ramo da atividade desenvolvida, como “Valmed Cosméticos” e o
p
administrador deve assinar utilizando o seu nome civil.
15
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. pp. 56-58.
Exemplo (firma): “Francisco Penante [sócio diretor] & Cia [sócios comuns] em
comandita por ações” ou “Penante & Companhia C/A”. Exemplo (denominação):
“Astral Confecções em comandita por ações”.
e
rt RO
j) Sociedades em conta de participação: diante de sua natureza secreta, está
p o OR
proibida de adotar nome empresarial. A atividade desenvolvida pela
S C 41- m u H 89
sociedade em conta de participação é realizada pelo sócio ostensivo, em
um
seu nome próprio e sob sua própria e exclusiva responsabilidade (art. 1.162,
IZ .7 .co
V
CC/02).
O er L
. 0
U
4 ma 4 il
d R 4 3 g
A PE
TIPOS D 0 er@
l
RESPONSABILIDADE NOME EMPRESARIAL
m i
Empresário
Individual p c
lIlimitada Firma
16
PENANTE JR, Francisco. LAURINDO, Felipe. Prática empresarial. Recife: Armador, 2016. p.68.
a
8.934/94). Para que isso não ocorra, a sociedade deve averbar a prorrogação do atol
constitutivo na junta comercial antes do término do prazo anteriormente
io n
convencionado.
a c
c ER
A ausência de qualquer arquivamento pelo período de 10 anos consecutivos,
u
E M d IL
sem qualquer comunicação à Junta Comercial do interesse de continuidade da
empresa, levará à presunção de sua inatividade. Nesses casos, deve a junta promover
e
rt RO
o cancelamento do registro, o que implicará na perda da proteção do nome
o OR
empresarial, conforme prevê o art. 60, §3º, da Lei nº 8;934/94.
p
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
14. Marca
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D
Marca é o meio pelo qual as pessoas identificam e diferenciam o produto ou
0 er@
serviço, sendo um dos bens mais relevantes para uma empresa, principalmente
l
mi
quanto ao aspecto financeiro. A marca deve ser registrada no INPI – Instituto
p lc
Nacional da Propriedade Industrial, valendo, em regra, para determinado ramo de
atividade (princípio da especialidade). Assim, uma mesma palavra ou expressão pode
ser registrada mais de uma vez por pessoas diferentes, desde que seja para utilização
em atividades econômicas diversas.
17
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p. 67.
io n
a c
Busca afastar, temporariamente, a personalidade da pessoa jurídica para atingir
u c ER
o patrimônio das pessoas físicas que a integram. Existem duas teorias para sua
aplicação: a teoria maior e a teoria menor.
E M d IL
e
A Teoria Maior (art. 50 do CC), dispõe ser possível a desconsideração quando
rt RO
houver abuso da personalidade jurídica, seja pelo desvio de finalidade (teoria maior
p o OR
subjetiva, como quando a personalidade jurídica tem sido utilizada para fins diversos,
S C 41- m u H 89
como para esconder patrimônio dos sócios), seja pela confusão patrimonial (teoria
um
maior objetiva, como quando os sócios utilizam os bens sociais como se seus fossem).
IZ .7 .co
er L
A Teoria Menor (art. 28 do CDC), pelo art. 4º da Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes
U 4
4 ma il
Ambientais) e pelo art. 34 da Lei nº 12.529/2011 (Lei de Defesa da Concorrência e da
d V O 3 . 0 g
Ordem Econômica), prevê que a desconsideração pode ocorrer bastando a simples
R 4
A PE D 0 er@
inexistência de ativos.
l
mi
Fala-se, ainda, em desconsideração inversa, que ocorre quando a pessoa física
passa os seus bens para a pessoa jurídica para se livrar de dívidas particulares, sendo
p lc
possível desconsiderar a personalidade da pessoa jurídica de forma inversa, para
buscar os bens integrantes da pessoa jurídica.
1. INTRODUÇÃO
As sociedades são pessoas jurídicas de direito privado, nos termos do art. 44, II,
do CC/02. Conforme o art. 981 do CC/02, celebram contrato de sociedade as pessoas
que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
As sociedades podem ter ou não personalidade jurídica. As sociedades dotadas
de personalidade jurídica (sociedades personificadas) são aquelas cujos atos
constitutivos foram objeto de registro nos órgãos competentes e, por força de lei, são
consideradas pessoas jurídicas. A sociedade existe desde o momento em que há o
acordo de vontades, mas a personalidade jurídica é adquirida apenas com o registro
dos atos constitutivos da sociedade no respectivo órgão.
Às sociedades, com personalidade jurídica, são atribuídas as autonomias
negocial (capacidade da sociedade para, em nome próprio, celebrar os negócios
a l
io n
jurídicos necessários ao desenvolvimento de seu objeto social), processual (capacidade
c
da sociedade para, em nome próprio, defender seus interesses em juízo) e patrimonial
a
c ER
(capacidade da sociedade para, em nome próprio, ser titular de patrimônio. Permite a
u
d IL
separação entre o patrimônio da sociedade e o patrimônio pessoal dos sócios.).
E M
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
A sociedade em conta de participação, ainda que tenha seu ato constitutivo levado a
um IZ .7 .co
er L
registro, não terá personalidade jurídica (art. 993 do Código Civil).
U 4
4 mail
1.
d V R O 3 . 0 g
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E SOCIEDADES SIMPLES
4
A PE D 0 er@
l i
Sociedade empresária: desenvolve empresa (atividade empresária). As
m
p lc
sociedades simples são personificadas para o exercício de atividades civis (não
empresárias), como no caso, por exemplo, de uma sociedade de advogados.
As sociedades simples têm como ato constitutivo um contrato social (art. 997
do CC) e têm a sua inscrição requerida ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas (RCPJ) nos
trinta dias subsequentes a sua celebração (art. 998 do CC), com vistas ao nascimento
de sua personalidade jurídica. Embora contem com regime próprio (arts. 997-1.038, do
CC), as sociedades simples podem adotar tipos societários empresários, exceto os tipos
por ações (conforme arts. 983 e 982, p.ú., do CC). As sociedades simples, regidas por
suas normas próprias, são doutrinariamente conhecidas como sociedades simples
puras, ao passo que aquelas que optam por um dos tipos societários empresários
possíveis (nome coletivo, em comandita simples ou limitada), são nominadas
sociedades simples impuras e serão regidas pelas regras do tipo societário adotado,
havendo a aplicação subsidiária das normas da sociedade simples. 18 Ressalta-se que a
18
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p. 80.
As cooperativas, por previsão em lei específica, são registradas nas juntas comerciais,
a l
mas são consideradas sociedades simples. As sociedades por ações (sociedade anônima
e sociedade em comandita por ações) são consideradas sempre empresárias, conforme
art. 982, parágrafo único, do Código Civil.
io n
2. TIPOS SOCIETÁRIOS EMPRESÁRIOS
a c
u c ER
2.1.
E M d IL
Sociedade em nome coletivo (art. 1.039 ao 1.044): aplica-se
e
rt RO
subsidiariamente as normas da sociedade simples (art. 997 ao 1.038). Sociedade de
o OR
pessoas físicas, que tem como ato constitutivo um contrato social. Conta com o
p
S C 41- m u H 89
benefício de ordem (art. 1.024, do CC), respondendo primeira e ilimitadamente o
patrimônio social. Depois, poderá ser acionado o patrimônio pessoal dos sócios, que
um IZ .7 .co
responderá subsidiária e ilimitadamente. Sua administração pode ser exercida apenas
er L
por quem for sócio.
V O . 0
U4 ma4 il
d R 3 g
No caso de falecimento de sócio, se o contrato social da sociedade não dispuser
4
A PE D 0 er@
a respeito, opera-se a liquidação das quotas do de cujus. Para que os sucessores do
l i
sócio falecido possam ingressar na sociedade, ainda que contra a vontade dos
m
lc
sobreviventes, será indispensável expressa previsão no contrato social.
p
2.2. Sociedade em comandita simples (art. 1.045 ao 1.051): aplica-se
subsidiariamente as normas da sociedade em nome coletivo (1.039 ao 1.044).
Sociedade de pessoas, que tem como ato constitutivo um contrato social, sendo
formada por duas classes de sócios: a dos sócios comanditados (respondem
ilimitadamente pelas obrigações sociais) e a dos sócios comanditários (respondem
limitadamente pelas obrigações sociais).
Os sócios comanditados devem ser pessoas físicas, entrando com trabalho e
capital, assumindo a administração da sociedade e, portanto, respondendo de forma
ilimitada pelas obrigações sociais. Os sócios comanditários podem ser pessoas físicas
ou jurídicas, não exercendo função de administração e, portanto, respondendo apenas
pela integralização das quotas adquiridas (ou seja, de forma limitada). Apenas os
sócios comanditados podem ser administradores das sociedades em comandita
simples. Não obstante, os sócios comanditários poderão receber poderes especiais por
l
de pessoas ou de capital (natureza híbrida), circunstância que deverá ser aclarada por
a
n
seu contrato social. Na ausência de qualquer indicativo no contrato social que permita
io
c
qualificá-la como sociedade de pessoas ou de capital, deve considerar-se a limitada
a
c ER
como sociedade de pessoas, afinal, trata-se de sociedade contratual e é da essência
u
E M d IL
das sociedades contratuais a forma das sociedades de pessoas.
Na sociedade limitada, via de regra, apenas o patrimônio social responde pelas
e
rt RO
dívidas da pessoa jurídica. O patrimônio dos sócios poderá ser atingido nos casos de
p o OR
desconsideração da personalidade jurídica e pela integralização do capital restante.
S C 41- m u H 89
Ainda, deliberando de modo contrário ao disposto em lei ou no contrato, responderão
de forma ilimitada os sócios que a aprovaram (os sócios dissidentes ou ausentes,
um IZ .7 .co
apenas vincular-se-ão às decisões tomadas de acordo com a lei e o contrato social).
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Cada sócio responde pelo capital que subscrever. Entretanto, haverá
solidariedade entre os sócios até o limite do capital total subscrito e não integralizado.
d R 4 3 g
Sendo assim, caso o total subscrito já tenha sido integralizado, a princípio, o
A PE D 0 er@
patrimônio pessoal dos sócios da sociedade limitada não poderá ser alcançado.
l i
O capital social da sociedade limitada é dividido em quotas, iguais ou
m
p lc
desiguais, devendo todos os sócios contribuir para a sua formação com bens,
dinheiro ou crédito, não sendo admitida a contribuição que consista exclusivamente
em prestação de serviços.
Havendo contribuição com bens, será necessária uma avaliação dos sócios ou
de terceiros, para que possam ser valorados. Nesse caso, pela exata estimação
atribuída aos bens entregues para a formação do capital social, responderão
solidariamente todos os sócios, pelo prazo de 5 anos, a contar da data do registro da
sociedade.
Como os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital
social, não integralizada a quota por um sócio (sócio remisso), os outros podem, sem
prejuízo da responsabilização pelo dano emergente da mora e da possibilidade de
optar a maioria dos demais sócios pela redução da quota ao montante integralizado,
tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-
lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no
contrato mais as despesas.
a l
integralizadas. Até trinta dias após a deliberação pelo aumento do capital, terão os
n
sócios preferência para participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam
io
c
titulares. A redução do capital social restringe-se às hipóteses de perdas irreparáveis
a
u c ER
uma vez integralizado o capital social ou se excessivo em relação ao objeto social.
Na sociedade limitada, o controle ou poder de decisão da sociedade é daquele
E M d IL
que detiver o maior número de quotas. No empate, a definição se dará a partir da
e
rt RO
quantidade de sócios. Persistindo o empate, caberá ao juiz resolver.
o OR
A sociedade limitada pode ser administrada por uma ou mais pessoas, sócios
p
S C 41- m u H 89
ou não sócios, constantes do contrato social ou de ato em separado. O
administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da
m Z .7 .co
inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação,
u I
er L U 4 il
responde pessoal e solidariamente com a sociedade. Os poderes conferidos a
V 0 4 ma
administrador sócio são irrevogáveis (desde que previstos no contrato social,
O .
d R 3 g
excetuada a justa causa); mas os atribuídos a administrador não sócio, são revogáveis
4
A PE D 0 er@
(art. 1.019, CC).
l i
A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação de
m
p lc
todos os sócios (enquanto o capital não estiver integralizado) e de, no mínimo, 2/3 dos
sócios após a integralização. Importante destacar que, se a administração da sociedade
limitada for atribuída no contrato social a todos os sócios, a condição de administrador
não se estenderá aos que posteriormente adquirirem essa qualidade (quem ingressar
depois na sociedade).
No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos
pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a
venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir.
O administrador deve atuar na medida dos interesses da sociedade, pautando
a sua conduta no cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma
empregar na administração de seus próprios negócios (art. 1.011, CC). Nesse sentido,
ao respeitar o limite dos poderes que lhe foram regularmente conferidos, os atos do
administrador obrigam a pessoa jurídica (art. 47, CC). No entanto, se contrariamente,
ao praticar atos de gestão, o administrador vier a violar os poderes a ele conferidos
pelo contrato social, tais atos não poderão ser imputados à sociedade. É a “teoria ultra
io n
razão da existência de regra específica traçada pelo art. 158, II da Lei 6.404/76.
a c
u c ER
Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial,
E M d IL
os condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão,
e
rt RO
peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra
p o OR
as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a
S C 41- m u H 89
propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
Se o contrato for silente quanto ao administrador da sociedade limitada, suas
um IZ .7 .co
funções serão exercidas por cada um dos sócios separadamente. Sem embargo, o
er L U4 ma4 il
administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo
V O . 0
em desacordo com a maioria, responderá por perdas e danos perante a sociedade. As
d R 4 3 g
A PE D
decisões em uma sociedade limitada serão tomadas em reunião ou em assembleia, as
0 er@
quais serão convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no
l
mi
contrato. Nas sociedades limitadas compostas por mais de dez sócios, as deliberações
p lc
deverão ocorrer obrigatoriamente através de assembleia. Quando os administradores
retardarem a convocação por mais de sessenta dias, a reunião ou assembleia poderá
também ser convocada por sócio, ou por titulares de mais de 20% do capital social,
quando não atendido, no prazo de oito dias, pedido de convocação fundamentado.
Ordinariamente, nas sociedades limitadas, as decisões devem ser tomadas a
partir da maioria de votos considerado o capital social do qual detém cada sócio.
Contudo, só poderão ser tomadas havendo unanimidade (1) a decisão sobre a
dissolução da sociedade com prazo determinado e (2) a decisão sobre a designação de
administrador não sócio, enquanto o capital social não estiver integralizado.
Será necessária a aceitação de 3/4 do capital social para (1) a alteração do
contrato social e (2) a aprovação de fusão, incorporação e dissolução.
Será necessária a concordância de 2/3 do capital social para (1) a destituição de
sócio administrador designado pelo contrato social e (2) para designação de
administrador não sócio se o capital social estiver totalmente integralizado.
e
rt RO
o OR
Aos sócios da sociedade limitada é garantido o direito de fiscalizar a sua
p
S C 41- m u H 89
administração. Nesse sentido, o conselho fiscal, órgão de formação facultativa,
composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes
m IZ .7 .co
no país e eleitos em assembleia, uma vez constituído, tem como atribuições as
u
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
previstas no art. 1.069 do Código Civil, que se indica uma leitura atenta e minuciosa.
A dissolução da sociedade pode ser total ou parcial. A total implica a
d R 4 3 g
desconstituição da sociedade, culminando na desvinculação de todos os sócios. Já na
A PE D 0 er@
parcial, há desvinculação de algum sócio do quadro social, sem desconstituição da
l i
sociedade, que prossegue com suas atividades. Assim, na dissolução parcial, a
m
lc
sociedade não se extingue, nem mesmo perde a sua personalidade.19
p
DISSOLUÇÃO TOTAL DISSOLUÇÃO PARCIAL
Consenso unânime dos sócios; Morte de sócio;
Fim do prazo de duração; Exclusão de sócio;
Deliberação dos sócios, por maioria Retirada de sócio.
absoluta, se de prazo indeterminado;
Falência;
Impossibilidade de execução do objeto
social;
Falta de pluralidade de sócios, não
reconstituída no prazo legal de 180 dias;
Extinção da autorização para funcionar;
19
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p. 91.
a l
do CC/02), mas é possível que ela ocorra judicialmente uma vez demonstrada a prática
io n
de ato de inegável gravidade de que fala o art. 1.030 do CC/02. O simples rompimento
c
da affectio societatis (vontade de permanecer em sociedade) não é razão capaz de
a
ensejar a exclusão de sócio.
u c ER
2.4.
d IL
Sociedade em Comandita por Ações (Lei 6.404/76, arts. 280 a 284 e
E M
arts. 1.090 a 1.092 do CC). Trata-se de uma sociedade empresária personificada, com
e
rt RO
capital social dividido em ações. É uma sociedade de capital, sendo livre o ingresso de
p o OR
terceiros estranhos ao seu quadro social (livre circulação de ações).
S C 41- m u H 89
Tem como ato constitutivo um estatuto social, sendo formada por duas classes
de sócios. Os sócios diretores exercem cargo de administração, respondendo de forma
um IZ .7 .co
er L
subsidiária (benefício de ordem) e ilimitada. Os sócios comuns não exercem cargo de
U4 ma4 il
administração e respondem de forma limitada pelas obrigações sociais.
d V O 3 . 0
Somente sócio ou acionista podem ocupar cargo de administração nas
R 4 g
A PE D 0 er@
sociedades em comandita por ações. Os diretores serão nomeados no ato constitutivo
l
da sociedade, sem limitação de tempo e somente poderão ser destituídos por
mi
deliberação dos acionistas que representem no mínimo 2/3 do capital social. O diretor
p lc
destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações
sociais contraídas sob sua administração.
Os acionistas, reunidos em Assembleia geral, não podem (mesmo com
aprovação assemblear), sem o consentimento dos diretores da sociedade, mudar o
objeto social, prorrogar o prazo de duração da sociedade, aumentar ou diminuir o
capital social nem criar debêntures ou partes beneficiárias.
Em que pese as sociedades em comandita por ações seguirem as disposições
concernentes às sociedades anônimas, a elas não se aplicam as regras sobre o
Conselho de Administração, a autorização estatutária de aumento de capital, e a
emissão de bônus de subscrição.
a c
debêntures, bônus de subscrição, comercial papper, etc. Desse modo, ela atrai os
u c ER
recursos necessários à realização do seu objeto social. São os principais valores
mobiliários:
E M d IL
e
rt RO
Título que confere ao seu titular direito a
DEBÊNTURES
p o OR
crédito contra a S.A. Debenturista não é
S C 41- m u H 89
sócio, mas sim credor da S.A. Operação a
médio e longo prazo.
um IZ .7 .co
er L
Títulos negociáveis, sem valor nominal e
U4 ma
PARTES BENEFICIÁRIAS 4 il estranhos ao capital social. Assegura ao seu
d V R O
4 3 . 0 g titular direito de crédito contra a S.A., pela
A PE D 0 er@
l
participação nos lucros anuais.
a l
no mercado. A constituição da S/A por subscrição pública depende do prévio registro
n
da emissão na CVM e a subscrição somente poderá ser efetuada com a intermediação
io
de instituição financeira.
a c
u c ER
Quanto ao capital social das sociedades anônimas, este é dividido em ações, as
quais também correspondem a valores mobiliários. Ou seja, as ações representam
E M d IL
parcelas do capital social da companhia, que conferem ao seu titular a condição de
acionista. e
rt RO
o OR
O valor das ações pode ser conferido das seguintes formas: valor nominal,
p
S C 41- m u H 89
valor de negociação, ou valor patrimonial.
Quanto à natureza dos direitos ou vantagens que conferem a seus titulares, as
m Z .7 .co
ações podem ser classificadas como: ações ordinárias ou comuns, ações preferenciais
u I
er L U 4 il
ações de gozo ou fruição. As ações são conversíveis em um ou outro tipo, a depender
V 0 4 ma
do que estipular o estatuto social da companhia.
O .
d R 3 g
No que concerne à forma de circulação, as ações podem ser: ações
4
A PE D 0 er@
nominativas, ou ações escriturais.
l i
Quantos aos órgãos de administração, as sociedades anônimas ou companhias
m
lc
possuem, como regra geral, quatro órgãos principais. São eles:
p
Órgão máximo da companhia, com poderes
para decidir todos os negócios relativos ao
ASSEMBLEIA GERAL objeto da companhia e tomar as resoluções
que julgar convenientes à sua defesa e
desenvolvimento.
Órgão colegiado, de formação facultativa, que
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO responde pela orientação geral dos negócios,
selecionando as matérias que serão objeto de
deliberação pela assembleia geral.
Órgão executivo das companhias (executa as
DIRETORIA deliberações da Assembleia Geral e do
Conselho de Administração), responsável pela
representação legal da companhia.
A dissolução das companhias (arts. 206 e 207 da Lei nº 6.404/76) pode ser total
ou parcial. A total pode ocorrer nos casos de fim do prazo de duração, por decisão
judicial (na falência) ou por decisão de autoridade administrativa. Na cisão total, na
incorporação (em relação à empresa incorporada) e na fusão (em relação às duas
empresas fundidas).
A parcial nas sociedades anônimas, a priori, ocorreria apenas na hipótese de
reembolso de acionista dissidente. Entretanto, a jurisprudência do STJ tem entendido
possível a dissolução parcial de sociedades de capital, uma vez presentes nestes
atributos próprios das sociedades de pessoas. É o que ocorre com as sociedades
anônimas de capital fechado de cunho familiar. A companhia dissolvida conserva a sua
personalidade jurídica até a sua extinção, com fim de proceder à liquidação (art. 207,
Lei 6.404/76).
Finalmente, importante destacar a possibilidade de realização de operações
a l
societárias envolvendo a sociedade anônima (arts. 220 e 227 – 229, Lei 6.404/76). São
elas:
io n
a c
c ER
Uma sociedade é absorvida pela outra, restando apenas a
u
INCORPORAÇÃO
d IL
primeira, que assume o passivo e o ativo da que foi extinta.
E M
Duas ou mais sociedades se fundem para formar uma
FUSÃO e
rt RO
terceira sociedade, que as sucederá em direitos e
obrigações.
p o OR
CISÃO S C 41- m u H 89
Uma sociedade transfere parcela do seu capital para outra
sociedade, se extinguindo (se a cisão for total) ou dividindo
um IZ .7 .co
o capital (se a cisão for parcial).
V O er L.
U
0
4
4 ma il
A mudança de um tipo societário para outro,
independentemente de dissolução e liquidação (art. 220,
d R
TRANSFORMAÇÃO
4 3 g
Lei 6.404/76). Ex.: A S/A pode transformar-se em LTDA.
A PE D 0 er@
l
Depende do consentimento unânime dos sócios ou
i
acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no contrato
m
p lc
social.
a l
Sócio ostensivo aporta capital e administra. O Sócio participante somente
n
aporta capital, permanecendo oculto. Responderão frente a terceiros apenas os sócios
io
c
ostensivos, respondendo os sócios participantes se praticarem ato de gestão.
a
u
embargo, os sócios ostensivos e participantes podem falir.c ER
A sociedade em conta de participação não pode ser declarada falida, sem
E M d IL
A sociedade em conta de participação não possui autonomia patrimonial.
e
rt RO
Interessante notar que, ainda que conte com um ato constitutivo e este seja levado a
o OR
registro, ainda assim não irá contar com personalidade jurídica. O registro da
p
S C 41- m u H 89
sociedade em conta de participação terá o condão de, unicamente, formalizar a sua
constituição e dirimir eventuais dúvidas em relação ao conteúdo da convenção social.
m Z .7 .co
Ademais, a existência de um contrato social da sociedade em conta de participação
u I
er L U 4 il
produzirá efeitos unicamente entre os seus signatários.
V 0 4 ma
A sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade para
O .
d R 3 g
sua constituição, bastando a existência da affectio societatis (vontade de formar
4
A PE D 0 er@
sociedade), podendo provar-se por todos os meios de direito.
l i
A sociedade em conta de participação é integrada por duas classes de sócios: a
m
por pessoa jurídica. p lc
dos sócios ostensivos e dos sócios participantes (ou ocultos), podendo ser constituída
a l
4. DA CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
io n
a c
c ER
5.1. Quanto ao ato constitutivo: As sociedades podem ser contratuais ou
u
E M d IL
estatutárias (também conhecidas como institucionais). São contratuais as sociedades
constituídas por contrato social, o qual se caracteriza pela existência de um duplo
e
rt RO
vínculo (um vínculo dos sócios entre si e outro vínculo dos sócios para com a
p o OR
sociedade). Seu capital social é dividido em quotas, sendo os titulares cotistas. São
S C 41- m u H 89
sociedades contratuais as sociedades em nome coletivo, em comandita simples e
limitada. São estatutárias as sociedades constituídas por estatuto social, que se
um IZ .7 .co
caracteriza pela existência de um único vínculo (dos sócios para com a sociedade), não
V O er L
. 0
U4 ma4 il
havendo vínculos dos sócios entre si. Seu capital social está dividido em ações, sendo
os titulares denominados acionistas. São sociedades estatutárias as sociedades
d R 4 3 g
anônimas e as em comandita simples.
A PE D 0 er@
l i
5.2. Quanto às condições para alienação da participação societária:
m
p lc
SOCIEDADES DE PESSOAS SOCIEDADES DE CAPITAL
Foco nos atributos pessoais dos sócios Foco na contribuição financeira dos sócios
(Foco nas pessoas) (Foco no capital)
São sociedades de pessoas: N/C e C/S São sociedades de capital: C/A e S/A
io n
estar refletida no contrato social. Sem embargo, na ausência de cláusula contratual
a c
expressa indicando tratar-se de uma sociedade de pessoas ou de capital, algumas
u c ER
cláusulas poderão indicar se a LTDA assumiu uma ou outra forma. Na hipótese de
E M d IL
silêncio do contrato sobre a questão, a limitada deverá ser tratada como uma
sociedade de pessoas, afinal, é da essência das sociedades contratuais a condição de
sociedade de pessoas. e
rt RO
p o OR
Embora, como regra geral, o ingresso de terceiro estranho nas sociedades de
S C 41- m u H 89
pessoas dependa de autorização unânime dos sócios, nas sociedades limitadas, diante
da omissão do contrato, poderá o sócio ceder sua quota a outro sócio sem a anuência
um IZ .7 .co
dos demais ou a terceiro estranho, se não houver oposição de titulares de mais de ¼
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
(ou seja, de mais de 25%) do capital social (art. 1.057, caput do CC). 20
d R 4 3 g
A PE D
5.3. Quanto à responsabilidade dos sócios: os sócios podem responder de
0 er@
forma limitada ou ilimitada, a depender do tipo societário empresário adotado. É de
l
mi
destacar-se também que, em relação às sociedades personificadas, como regra, o
p lc
patrimônio pessoal será alcançado apenas diante da impossibilidade do patrimônio
social solver as obrigações sociais, respondendo de forma subsidiária, respeitados os
parâmetros legais. Sendo ilimitada a responsabilidade, o patrimônio pessoal dos sócios
responde subsidiária. Sendo limitada a responsabilidade, o patrimônio pessoal dos
sócios não será atingido, salvo hipótese excepcional de desconsideração da
personalidade jurídica e na integralização das quotas do sócio remisso na sociedade
limitada.
Há ainda sociedades nas quais parte dos sócios responde LIMITADAMENTE pelas
20
FAZZIO JUNIOR, WALDO. Manual de direito comercial. São Paulo: Atlas, 2017. p. 147.
1. INTRODUÇÃO
V O er L.
U
0
4
4 ma il
circular sem qualquer vinculação com a causa que lhe deu origem) e da
Inoponibilidade de exceções pessoais aos terceiros de boa-fé (eventual vício que
d R 4 3 g
tenha atingido a relação jurídica que deu causa ao título não pode ser oposta a
A PE D 0 er@
terceiro de boa-fé, como um endossatário de um cheque, já que exerce direito
l i
próprio, embora a ele possam ser opostos vícios formais).
m
p lc
2. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
2.1 Quanto ao modelo
Livre – sem padrão predefinido. Ex.: letra de câmbio e a nota promissória.
Vinculado – tem padrão previamente fixado em lei, do que depende a sua
válida produção de efeitos, como o cheque.
io n
sua transferência não está subordinada a escrituração, dependendo apenas do
endosso.
a c
c ER
Não à ordem: embora emitidos em favor de pessoa determinada, em razão da
u
E M d IL
existência de cláusula “não à ordem”, não podem ser endossados, sendo
transferidos apenas através de cessão civil de crédito.
e
rt RO
2.4 Quanto à emissão
p o OR
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Causais: só podem ser emitidos quando da ocorrência de fatos determinados
u I
V er L U
0
4
4 ma il
por lei como causas à emissão. Ex.: a duplicata, que se trata de título causal,
uma vez que só pode ser emitida a partir de uma compra e venda mercantil ou
O .
d R 3 g
prestação de serviço.
4
A PE D 0 er@
Não causais: podem ser emitidos a partir de qualquer evento, considerando
l i
que a lei não determina causas específicas ensejadoras de sua emissão. É o
m
lc
caso da letra de câmbio, da nota promissória e do cheque.
p
QUANTO AO LIVRE Não tem um padrão definido em lei.
MODELO VINCULADO Deve seguir um padrão definido em lei.
AO PORTADOR Não indica a pessoa a quem se transfere.
QUANTO À NOMINATIVO Indica o credor. Transfere-se por escrituração.
CIRCULAÇÃO À ORDEM Indica a quem se transfere. Cabe endosso.
NÃO À ORDEM Indica a quem se transfere. Não cabe endosso.
QUANTO À ORDEM Dá uma ordem para que outrem pague.
ESTRUTURA PROMESSA Caracteriza uma promessa de pagamento.
QUANTO À CAUSAL Só pode ser emitido em determinada hipótese.
EMISSÃO NÃO CAUSAL Pode ser emitido a partir de qualquer evento.
io n
mais de uma vez, quer por extenso, quer por algarismo, e houver divergência entre as
c
diversas indicações, prevalecerá a que se achar feita pela quantia inferior.
a
c ER
Segundo a Súmula 387 do STF que “A cambial emitida ou aceita com omissões,
u
E M
protesto”. No mesmo sentido o art. 891 do Código Civil.d IL
ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do
e
rt RO
o OR
3.1.2. Aceite: Ao receber das mãos do sacador a letra de câmbio, o tomador
p
S C 41- m u H 89
deve procurar o sacado para apresentar-lhe o título e consultá-lo sobre a aceitação da
ordem. Aceitando a letra, o sacado se compromete a pagar o valor constante do título
m Z .7 .co
ao seu beneficiário na data do vencimento. Assim, a declaração do aceite torna o
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
sacado/aceitante devedor principal. O sacado não se encontra obrigado a pagar o
título contra a sua vontade. Ao contrário, enquanto aquele (sacado) não manifestar a
d R 4 3 g
sua concordância por meio do aceite, não terá qualquer obrigação cambial. Sendo
A PE D 0 er@
assim, a letra de câmbio é passível de aceite, mas é um ato facultativo. A recusa do
l i
aceite na letra de câmbio pode ensejar o vencimento antecipado do título contra o
m
sacador (emitente).
p lc
AVAL FIANÇA
p o OR
ambos os casos o mesmo efeito. A simples assinatura do dador aposta na face anterior
aval. S C 41- m u H 89
da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador, considera-se como
um IZ .7 .co
A menos que o regime matrimonial seja o de separação total de bens, a
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
constituição do aval dependerá de outorga conjugal.
d R 4 3 g
3.1.4. Endosso: forma de transferência do direito ao valor constante do título, a
A PE D 0 er@
partir da assinatura do seu possuidor no próprio título (embora na letra de câmbio o
l
mi
endosso possa ser lançado no próprio título ou em uma declaração anexa, quando
p lc
falte espaço na cártula). O endosso responde pela formação de duas posições jurídicas:
a do endossante (pessoa que transfere o título) e a do endossatário (pessoa para a
qual o título é transferido).
É vedado o endosso parcial, ou seja, aquele que diga respeito apenas a uma
parte do valor constante do título. Se lançada cláusula nesse sentido, será nula. Com o
endosso, ocorre a transferência integral do crédito contido no título.
Toda letra de câmbio, ainda que não traga expressa a cláusula “à ordem”, é
endossável, uma vez que é da própria natureza da letra a capacidade de circulação. Se
houver a intenção de impedir o endosso, deve ser lançada no título a cláusula “não à
ordem”. Nesta hipótese, a letra só será transmissível pela forma e com os efeitos de
uma cessão civil de créditos, não estando sua circulação sujeita ao regime jurídico-
cambial, mas sim ao Direito Civil.21
21
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p. 155.
a c
O endosso-mandato é aquele através do qual o credor do título pode constituir um
u c ER
representante (endossatário-mandatário) para o exercício dos direitos que dele
E M d IL
emanam, ou seja, para que este possa realizar a cobrança do título em nome do
endossante (credor). O endosso-caução, por sua vez, é aquele no qual o título é usado
e
rt RO
como garantia de uma obrigação assumida pelo endossante.22
p o OR
u H 89
3.1.5. Prescrição: Os prazos prescricionais na letra de câmbio são:
S C 41- m
um IZ .7 .co
As ações contra o aceitante da letra de câmbio prescrevem em 3 (três) anos, a
V O er L.
U
0
4 il
contar do seu vencimento;
4 ma
As ações contra os endossantes e contra o sacador prescrevem em 1 (um) ano,
d R 4 3 g
a contar da data do protesto tempestivo ou da data do vencimento (letra com
A PE D 0 er@
cláusula “sem protesto”).
l
mi
As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem
p lc
em 6 (seis) meses, a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em
que ele próprio foi acionado (ação de regresso).
e
rt RO
Seu saque gera duas posições jurídicas: a do sacador (emitente, subscritor,
p o OR
promitente), que se compromete a pagar quantia determinada ao tomador
S C 41- m u H 89
(beneficiário, favorecido do título, também chamado “sacado”).
Não é passível de aceite, afinal, não se emite a nota promissória para o
um IZ .7 .co
pagamento por um terceiro. No que concerne ao endosso, direito de ação por falta de
er L U4 ma4 il
pagamento, aval, prescrição, e demais elementos apontados pelo art. 77 da Lei
V O . 0
Uniforme, são aplicáveis à nota promissória, desde que compatíveis com sua natureza,
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
às disposições relativas às letras de câmbio.
l
Prescrição da nota promissória: do portador contra emitente e avalista
mi
prescreve em 3 anos a contar do vencimento; do portador contra endossantes e
p lc
respectivos avalistas prescreve em 1 ano, a contar da data do protesto tempestivo ou
da data do vencimento (nota com cláusula “sem protesto”); e dos endossantes, uns
contra os outros, ou seus avalistas prescreve em 6 meses, a contar do dia em que o
endossante pagou o título ou em que ele foi acionado.
3.3 Cheque
a l
Portanto, fica patente que a apresentação futura do cheque, decorrente de
n
acordo neste sentido (cheque pós-datado), dependerá sempre do cumprimento do
io
acordo pelo portador do cheque.
a c
u c ER
A Súmula 370 do STJ reconhece a ocorrência de dano moral quando da
apresentação de cheque em data anterior a data convencionada pelas partes. A
E M d IL
Súmula 388 do STJ aduz que a simples devolução indevida de cheque caracteriza dano
e
rt RO
moral, independentemente de prova do prejuízo sofrido pela vítima (dano in re ipsa).
o OR
- Cheque cruzado: o emitente, mediante a colocação de dois traços paralelos e
p
S C 41- m
mediante crédito em conta. u H 89
transversais no anverso (frente) do título, faz com que o cheque só possa ser pago
m Z .7 .co
- Cheque visado é aquele cuja suficiência de fundos para cobertura foi atestada
u I
er L U 4 il
pelo banco sacado.
V 0 4 ma
- Cheque administrativo é o emitido e liquidado pelo próprio banco sacado.
O .
d R 3 g
Os cheques são transmitidos por endosso, que pode ser feito pelo próprio
4
A PE D 0 er@
sacador (emitente) ou por terceiro. Poderá ser feito em preto ou em branco. O cheque
l i
também poderá ser garantido, no todo ou em parte, por aval. O único que não pode
m
p lc
ser avalista é o sacado. O aval poderá ser em branco ou em preto. O aval em preto
indica o avalizado. O aval em branco não o indica e, neste caso, considerar-se-á
avalizado o emitente.
A execução fundada em cheque prescreve no prazo de 6 meses, do portador
contra o sacador, endossantes e respectivos avalistas, contados da expiração do seu
prazo de apresentação, que poderá ser de 30 dias (quando o cheque houver de ser
pago na mesma cidade em que foi emitido) ou 60 dias (quando o cheque houver de ser
pago em cidade diferente daquela de emissão).
A ação de enriquecimento ilícito contra o emitente ou outros obrigados, que se
locupletaram injustamente com o não pagamento do cheque prescreve em 2 anos,
contados do dia em que se consumar o prazo prescricional da execução fundada em
cheque.
Prescritas a ação executiva e de enriquecimento ilícito, é possível ainda o
oferecimento de ação monitória, cabível para cobrança de documentos que perderam
a sua força executiva. Nesse sentido, a Súmula 299 do STJ estabelece que caberá ação
3.4 Duplicata
e
rt RO
Extraída a duplicata, esta deverá ser apresentada ao devedor no prazo de 30
p o OR
dias a contar de sua emissão, devendo o devedor, quando a duplicata não for à vista,
S C 41- m u H 89
devolvê-la ao apresentante no interregno de 10 dias, contados da data de sua
apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito,
um IZ .7 .co
er L
contendo as razões da falta do aceite (art. 7º, Lei 5.474/68).
U
4 ma 4 il
Na grande maioria dos casos, o sacador negocia suas duplicatas com
d V R O
4 3 . 0
instituições financeiras, recebendo adiantado uma quantia um pouco menor. Na data
g
A PE D 0 er@
do vencimento das duplicatas, as instituições financeiras recebem o valor do sacado
l
(considerando a pontualidade no pagamento).
mi
A duplicata está submetida às disciplinas do endosso, aceite e aval, na medida
p lc
em que se transmite pelo endosso, completa-se pelo aceite e garante-se pelo aval.
Como regra, o aceite na duplicata é obrigatório, de modo que a sua falta sem justo
motivo enseja no credor o direito de protestá-la (art. 2º, §1º, VIII, Lei das Duplicatas).
Neste sentido, para que seja possível a sua execução, deverá estar acompanhada do
comprovante de entrega das mercadorias ou da prestação dos serviços (art. 15, Lei
5.474/68).
Não obstante a regra da obrigatoriedade do aceite, o comprador pode deixar
de aceitar a duplicata por motivo de (art. 8º, Lei 5.474/68) avaria ou não recebimento
das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; vícios,
defeitos, e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente
comprovados; ou divergências nos prazos ou nos preços ajustados.
Súmula 248 do STJ “Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não
aceita, mas protestada, é título hábil para instruir pedido de falência”.
A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento. A
falta de devolução do título pelo devedor permite que o credor emita triplicata e
TÓPICO-SÍNTESE
LETRA DE NOTA
CHEQUE DUPLICATA
CÂMBIO PROMISSÓRIA
ACEITE X - -
a
X l
io n
ENDOSSO X X X
a c X
AVAL X X
u c ER
X X
TÍTULO À E M d IL
ORDEM
X X
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p o OR
ORDEM
PAGAMENT S C 41- m
X
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um IZ .7 .co
ABSTRAÇÃ
V O er L.
U
X0
4
4 ma il
X X -
O
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
IV – DIREITO RECUPERACIONAL E FALIMENTAR
p lc
1. INTRODUÇÃO
a l
2. DISPOSIÇÕES COMUNS
io n
a c
c ER
O Ministério Público pode atuar como parte em legitimação extraordinária
u
E M d IL
(substituto processual, defendendo interesse de terceiro em nome próprio) ou como
fiscal da lei (custos legis). Não há vedação à inclusão do crédito alimentício nos
e
rt RO
processos falimentares (se eram descontados em folha, por exemplo).
p o OR
São 3 os órgãos auxiliares do Juízo: o Administrador Judicial, a Assembleia Geral
de Credores e o Comitê de Credores.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
2.1. Administrador Judicial: a antiga figura do síndico foi substituída pelo
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
administrador judicial. Função eminentemente executória, servindo como elo entre o
juízo e a massa falida (na falência) e o juízo e a empresa em recuperação (na
d R 4 3 g
recuperação judicial), zelando pelo cumprimento da LREF e apoiando o juízo na prática
A PE D 0 er@
de uma série de procedimentos administrativos, tais como os previstos no art. 22 da
l
LREF.
mi
p lc
Decretada a falência, todas as ações sobre bens, interesses ou negócios do
falido prosseguirão com o administrador judicial, que será intimado para representar a
massa. Nomeado pelo juiz, o administrador judicial pode ser pessoa física idônea,
preferencialmente, advogado, economista, administrador ou contador, ou pessoa
jurídica especializada, devendo ser informado o nome do profissional por ela
responsável, que não poderá ser substituído senão por autorização judicial.
Na recuperação judicial, o administrador judicial é nomeado no despacho de
processamento, mas na falência a nomeação se dá na sentença que a decretar. Uma
vez nomeado, o administrador será intimado pessoalmente para, em 48h, assinar, na
sede do juízo, termo de compromisso para o bom e fiel desempenho da função,
assumindo todas as responsabilidades a ela inerentes. A função de administrador é
23
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª edição. São
Paulo: Editora jus podivm, 2017. p. 192.
Não poderá exercer a função de administrador judicial a pessoa que, nos últimos 5
anos, no exercício do cargo de administrador judicial em Falência ou Recuperação
Judicial anterior, houver sido destituída, deixado de prestar contas dentro dos
prazos legais ou tido a prestação de contas desaprovada. Também estarão
impedidos de serem de administrador judicial aqueles que tiverem relação de
parentesco ou afinidade até o terceiro grau com o devedor, seus administradores,
controladores ou representantes legais, ou deles for amigo, inimigo ou dependente.
a l
Qualquer interessado, qualquer credor ou mesmo o MP poderão requerer ao
juiz a sua substituição se a nomeação foi contrária à lei, o qual deverá decidir a
io n
questão no prazo de 24h do recebimento do requerimento. Por outro lado, a lei não
define prazo para apresentação do pedido de substituição.
a c
u c ER
A substituição do administrador judicial, uma vez não possuir caráter
E M d IL
sancionatório, não impede que aquele receba a remuneração correspondente ao
período anterior à substituição, assim como não implica impedimento ao exercício da
e
rt RO
função em outro processo. Não obstante, o administrador que for substituído em
p o OR
razão de renúncia injustificada da função, não terá direito a remuneração.
S C 41- m u H 89
A destituição poderá ser requerida por qualquer interessado, qualquer credor
ou pelo Ministério Público. O juiz poderá destituir o administrador que descumprir os
um IZ .7 .co
seus deveres, for omisso ou negligente, ou praticar atos lesivos ao devedor ou a
er L U 4
4 ma il
terceiros, como na hipótese da não apresentação, dentro do prazo legal, das contas ou
V O . 0
relatórios a que está obrigado. Logo, diferentemente da substituição, a destituição
d R 4 3 g
A PE D
possui caráter sancionatório, aplicando-se àqueles administradores que não agirem de
0 er@
forma diligente. Em razão de seu caráter, traz como consequências a vedação para
l
mi
novo exercício da função de administrador judicial pelo período de 5 anos e a perda do
p lc
direito a remuneração. A lei também não define prazo para o pedido de destituição.
O administrador também pode renunciar, ainda que sem motivo, mas neste
caso não terá direito a remuneração. Responderá pelos prejuízos eventualmente
causados ao devedor, à massa falida ou aos credores sempre que atuar com dolo ou
culpa. A remuneração do administrador levará em conta a capacidade de pagamento
do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado
para atividades afins. Na recuperação judicial, o valor da remuneração do
administrador judicial fixada pelo juiz não poderá ultrapassar a 5% do montante
devido aos credores, pago a critério do juiz. Na falência, o valor da remuneração do
administrador judicial fixada pelo juiz não poderá ultrapassar a 5% do valor dos bens
vendidos, pago 60% da remuneração fixada pelo juiz por ocasião da venda dos bens do
falido e os 40% restantes deverão ser pagos ao final, após a prestação de contas pelo
administrador judicial e a sua aprovação (não fará jus à remuneração o administrador
judicial que tiver as suas contas desaprovadas. Tratando-se de microempresa ou
empresa de pequeno porte, a remuneração fica restrita a 2%.
io
credores, assim como sobre qualquer matéria de interesse dos credores. n
c
Presidida pelo administrador judicial e convocada pelo juiz, será instalada, em
a
c ER
primeira convocação, a partir da presença de credores que sejam titulares de mais da
u
qualquer número. E M d IL
metade dos valores dos créditos de cada classe, e em segunda convocação, com
e
rt RO
Via de regra, o voto do credor será proporcional ao valor de seu crédito, mas
o OR
em relação à classe dos titulares de créditos trabalhistas e decorrentes de acidente do
p
S C 41- m u H 89
trabalho a proposta deverá ser aprovada por maioria simples dos credores presentes,
independentemente do valor de seus créditos. Nas deliberações sobre o plano de
m IZ .7 .co
recuperação judicial, todas as classes da assembleia geral de credores deverão aprovar
u
V Oer L U
. 0
4
4 mail
a proposta, sob pena de inviabilizar a recuperação.
d
2.3. R 4 3 g
Comitê de Credores: órgão facultativo que atua no dia a dia do
A PE D 0 er@
processo, na proteção dos interesses da assembleia geral de credores, sendo dotado
l
mi
de natureza fiscalizatória. É composto por apenas quatro membros, cada qual com
p lc
direito a dois suplentes, sendo um membro indicado pela classe dos credores
trabalhistas, um membro indicado pela classe dos credores com garantia real ou
privilégios especiais e um membro indicado pela classe de credores quirografários e
com privilégios gerais e um membro indicado pela classe de credores representantes
de microempresas e empresas de pequeno porte. São atribuições do comitê de
credores, entre outras, fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador
judicial, zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei, requerer
ao juiz a convocação da assembleia geral de credores e fiscalizar a execução do plano
de recuperação judicial.
A falta de indicação de representante por qualquer classe não prejudicará a
constituição do Comitê, o qual poderá funcionar mesmo com número inferior.
Se o Comitê não for formado, suas funções serão exercidas pelo administrador
judicial ou pelo juiz, em caso de incompatibilidade daquele. Os membros do comitê de
3. DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
a l
io n
c
Trata-se de medida excepcional, que tem por objetivo viabilizar a superação da
a
c ER
crise econômico-financeira do empresário individual, da sociedade empresária e da
u
E M d IL
EIRELI ao prever um verdadeiro plano de reestruturação, com diversas medidas de
ordem financeira, jurídica e econômica, conferindo assim efetivas chances de
superação do quadro de crise. e
rt RO
p o OR
A recuperação judicial tem por objetivos a manutenção da fonte produtora, a
S C 41- m u H 89
manutenção do emprego dos trabalhadores e a garantia dos interesses dos credores.
Têm legitimidade ad causam ativa ordinária o empresário individual, a sociedade
um IZ .7 .co
empresária e a EIRELI. Têm legitimidade ativa extraordinária o cônjuge supérstite,
V
empresária.
O er L
.
U
0
4
4 ma il
herdeiros do devedor, inventariante, ou ainda pelo sócio remanescente da sociedade
d R 4 3 g
A recuperação judicial poderá ser pedida diretamente, diante de quadro de
A PE D 0 er@
crise econômico-financeira do devedor, ou ainda no prazo da defesa/contestação
l
contra pedido de falência.
mi
p lc
O art. 48 da LREF traz os requisitos para a recuperação judicial, cuja leitura
atenta deve ser realizada, uma vez que tende a ser bastante cobrado.
Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do
pedido, tanto vencidos quanto vincendos (a vencer). Como exceção à regra geral, não
são exigível do devedor as obrigações a título gratuito, as despesas com habilitação ou
impugnação do crédito (salvo as custas judiciais decorrentes de litígio do qual o
devedor saiu vencido) e também não se submetem aos efeitos da recuperação judicial
os credores titulares de posição de proprietários fiduciários de bens móveis ou
imóveis, arrendadores mercantis (credores no contrato de leasing), proprietários ou
promitentes vendedores de bens imóveis, cujos contratos contenham cláusula de
irrevogabilidade ou irretratabilidade (inclusive em incorporações imobiliárias),
proprietários em contrato de venda com reserva de domínio, credor no adiantamento
de contrato de câmbio para exportação (ACC), desde que o prazo total da operação,
inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da
autoridade responsável.
a l
Estando tudo certo na petição inicial, restará ao juiz deferir o processamento.
n
O despacho de processamento é um despacho de mero prosseguimento, que
io
c
permite que as demais fases sejam realizadas. No despacho, o juiz também nomeará o
a
u c ER
administrador judicial, determinará a dispensa da apresentação das certidões
negativas para que o devedor exerça as suas atividades (exceto para a contratação
E M d IL
com o Poder Público ou para o recebimento de benefícios fiscais ou creditícios),
e
rt RO
ordenará a suspensão de todas as ações e execuções contra o devedor, pelo prazo
o OR
improrrogável de 180 dias, contado do deferimento do processamento, ressalvadas as
p
S C 41- m u H 89
ações que demandarem quantia ilíquida, de natureza trabalhista, de execuções fiscais
e as promovidas por credores não sujeitos à recuperação. Determinará ao devedor a
m Z .7 .co
apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação e
u I
er L U 4 il
ordenará a intimação do MP e comunicação por cartas às Fazendas.
V 0 4 ma
Ainda que não sujeitos à recuperação, se os bens objeto da constrição forem
O .
d R 3 g
essenciais à atividade empresarial do devedor, não poderão ser retirados ou vendidos
4
A PE D 0 er@
no prazo de 180 dias a contar do deferimento do processamento.
l i
O devedor não poderá desistir do pedido após o deferimento do seu
m
p lc
processamento, salvo se obtiver a aprovação da desistência na assembleia geral de
credores. O plano de recuperação judicial é o projeto desenvolvido pelo devedor para
superação da crise econômico-financeira. Poderá ser baseado em uma ou várias das
medidas previstas no rol do art. 50 da LREF, que se aconselha a leitura atenta.
O plano deve ser apresentado pelo devedor ao juízo no prazo improrrogável de
60 dias, a contar da publicação da decisão que deferiu o seu processamento, sob pena
de convolação em falência. O plano não poderá prever prazo superior a 1(um) ano
para pagamento dos créditos derivados da legislação trabalhista ou decorrentes de
acidente de trabalho, vencidos até a data do pedido. Não poderá prever, ainda, prazo
superior a 30 dias para pagamento, até o limite de 5 salários mínimos por trabalhador,
dos créditos de natureza estritamente salarial, vencidos nos 3 meses anteriores ao
pedido.
Aprovado o plano pela assembleia geral de credores (anuência expressa ao
plano), ou não tendo havido votação em razão da ausência de objeções por parte dos
a
credores ao plano apresentado pelo devedor e d) pelo descumprimento de qualquerl
obrigação assumida no plano durante o período de 2 anos.
io n
a c
u c ER
4. RECUPERAÇÃO JUDICIAL ESPECIAL
E M d IL
e
rt RO
As microempresas e as empresas de pequeno porte têm tratamento favorecido
p o OR
através do plano especial de recuperação judicial da ME e da EPP. Estão legitimados a
S C 41- m u H 89
requerer a recuperação judicial com base no plano especial empresário individual, a
sociedade empresária e a EIRELI que se encaixem na definição de ME e EPP e estejam
um IZ .7 .co
devidamente registrados como tal. Trata-se de faculdade, podendo a ME ou EPP optar
V O er L
. 0
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escolhido o plano especial.
4 il
pelo procedimento comum, devendo haver a opção expressa, na petição inicial, se
d R 4 3 g
A decisão que defere o processamento da recuperação especial estabiliza o
A PE D 0 er@
processo, não podendo, a partir daquele momento, haver a desistência do pedido ou
l i
mesmo a alteração do pedido da forma comum para a forma especial ou vice-versa.
m
p lc
Portanto, antes do despacho de processamento, poderá haver a desistência. O plano
especial deve ser apresentado pelo devedor, informando os meios através dos quais
pretende suplantar a crise. O prazo para a apresentação do plano especial é de 60 dias
a contar da publicação da decisão que deferir o processamento.
A inicial deverá ser instruída com os documentos arrolados pelo art. 51 da LRE,
com a exceção daqueles apontados pelo inciso II (balanço patrimonial, relatório de
fluxo de caixa, etc.), podendo assim apresentar livros e escrituração contábil
simplificados, nos termos da legislação específica. Os requisitos são os da recuperação
ordinária, previstos no art. 48 da LREF.
Estão sujeitos à recuperação judicial com base no plano especial todos os
créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados os
decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais, e os previstos nos §§ 3º e 4º do
art. 49 (crédito do proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis; o crédito do
arrendador mercantil; o crédito do proprietário ou promitente vendedor de bem
imóvel cujo contrato esteja gravado com cláusula de irrevogabilidade ou
a l
credores titulares de créditos quirografários, o juiz julgará improcedente o pedido e
decretará a falência.
io n
a c
5. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
u c ER
E M d IL
Possibilidade de o devedor convocar os seus credores para apresentar proposta
e
rt RO
de renegociação. Os credores são chamados para acordar, podendo o Estado ser
p o OR
chamado apenas acessoriamente para aferir se estão presentes os requisitos legais
S C 41- m u H 89
para a concessão do benefício e para chancelar a posição a que chegaram as partes,
garantindo assim a executividade do que foi deliberado (com a homologação).
um IZ .7 .co
As regras pertinentes à recuperação extrajudicial não impedem a realização de
V O er L
.
U
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4
4 ma il
outras formas de acordos privados entre o devedor e os seus credores, fato que
representa um importante diferencial. A legitimidade é a mesma.
d R 4 3 g
Os requisitos para homologação são os mesmos da recuperação judicial,
A PE D 0 er@
acrescidos de o devedor não poder ter pendente pedido de recuperação judicial, ou
l i
haver obtido a concessão de recuperação judicial ou a homologação de outro plano de
m
p lc
recuperação extrajudicial há menos de 2 anos (art. 161, §3º, LRE). A sentença de
homologação do plano de recuperação extrajudicial constitui título executivo judicial.
Não estão sujeitos à recuperação extrajudicial os titulares de créditos
tributários, trabalhistas ou decorrentes de acidente do trabalho, assim como aqueles
relacionados no art. 49, parágrafos 3º e 4º da LRE (proprietários fiduciários de bens
móveis ou imóveis; arrendadores mercantis; proprietários ou promitentes vendedores
de bens imóveis, cujos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou
irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias; proprietários nos contratos
de venda com reserva de domínio, assim como os credores em contrato de
adiantamento de câmbio – ACC). Podem, contudo, voluntariamente aderir a ele.
O pedido de homologação não acarreta a suspensão de direitos, ações ou
execuções em face do devedor, nem a impossibilidade do pedido de decretação da
falência para os credores que não estejam sujeitos à recuperação extrajudicial
Quanto à adesão dos credores ao plano, a RE pode apresentar-se por duas
perspectivas diferentes. A recuperação extrajudicial ordinária (REO) traduz a adesão
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Não estão sujeitos à recuperação extrajudicial os seguintes créditos:
d R 4 3 g
Trabalhistas e acidentários;
A PE D 0 er@
Tributários;
l
mi
Do arrendador mercantil (contrato de leasing), do proprietário fiduciário, do
p lc
promitente vendedor de imóvel cujos contratos contenham cláusula de
irrevogabilidade ou irretratabilidade, do proprietário em contrato de venda
com reserva de domínio;
Decorrentes de importâncias entregues ao devedor como; adiantamento em
contrato de câmbio para exportação.
6. FALÊNCIA
c.
io n
Prática de atos de falência: normalmente praticados por devedor
a c
insolvente e deverão ser demonstrados por aqueles que requerem a decretação da
u c ER
falência durante a instrução do processo. Assim, comete ato de falência o devedor que
E M d IL
cometer qualquer dos atos constantes do art. 94, inciso III, da LREF. Na hipótese de
e
rt RO
pedido com base na prática de atos de falência, a petição inicial deve descrever os
o OR
fatos que o caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que
p
serão produzidas.
S C 41- m u H 89
Na impontualidade injustificada e na execução frustrada, as provas são pré-
um IZ .7 .co
constituídas, bastando juntar os documentos comprobatórios do alegado, ou seja, os
V O er L
.
U
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títulos executivos acompanhados dos respectivos instrumentos de protesto, no caso
da impontualidade; e os títulos executivos, assim como as certidões do juízo da
d R 4 3 g
A PE
execução, na execução frustrada. Já na hipótese de decretação da falência com base
D 0 er@
na prática de ato falimentar, a situação modifica-se profundamente, haja vista que,
l i
nela, o pedido de falência é apresentado a partir de fatos que dependem da dilação
m
p lc
probatória regular, ou seja, a petição inicial deverá estar instruída com todos os
documentos necessários a comprovação do fato que está sendo alegado.
a l
relacionados, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias. Incumbirá
ao administrador judicial a consolidação do quadro-geral de credores, a ser
io n
c
homologado pelo juiz, com base na relação de credores do novo edital e nas decisões
a
proferidas nas impugnações oferecidas.
u c ER
Requerida a falência, o devedor será citado para apresentar a sua defesa
E M d IL
(contestação no prazo de 10 dias a contar da citação, podendo, nos casos de pedido
e
rt RO
fundamentado na impontualidade injustificada e na execução frustrada, depositar a
o OR
quantia devida atualizada (é o chamado depósito elisivo).
p
S C 41- m u H 89
A sentença que decretar a falência responderá também, dentre outros, pela
fixação do termo legal da falência (período de até 90 dias, contados do pedido ou do
m Z .7 .co
primeiro protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os
u I
er L U 4 il
protestos que tenham sido cancelados), nomeação do administrador judicial, ordem
V 0 4 ma
para que o falido apresente, dentro de 5 dias, a relação dos credores, explicitação do
O .
d R 3 g
prazo para habilitação dos credores, determinação da suspensão de todas as ações
4
A PE D 0 er@
execuções contra o falido e determinação para a convocação da assembleia geral de
l i
credores, quando conveniente, a fim de formar o Comitê de Credores.
m
p lc
Da decisão que decreta a falência (chamada sentença) cabe agravo de
instrumento, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação.
Através da ação revocatória, pode-se pleitear a ineficácia de certas transações.
São ineficazes em relação à massa falida (ineficácia objetiva), tenha ou não o
contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja
ou não intenção deste fraudar credores, as condutas descritas no art. 129 da LREF, cuja
leitura se remete.
São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores,
provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar
e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida (revocatória por fraude ou subjetiva).
As classes na falência são as seguintes I. Dos créditos trabalhistas e decorrentes
de acidente do trabalho; II. Dos créditos com garantia real; III. Dos créditos tributários;
IV. Dos créditos com privilégio especial; V. Dos créditos com privilégio geral; VI. Dos
créditos quirografários; VII. Dos créditos decorrentes de multas contratuais e penas
pecuniárias; e VIII. Dos créditos subordinados.
um IZ .7 .co
a) exige apenas autorização judicial, após a concordância do
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Ministério Público, mas em nenhuma hipótese seus bens
ficarão sujeitos ao resultado da empresa.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
b) não é permitido, mesmo que esteja representado ou
assistido, salvo se adquirir cotas, em razão de sucessão
mi
hereditária.
p lc
c) exige que o capital social esteja totalmente integralizado.
d) é permitido, bastando que esteja representado ou
assistido.
e) é permitido, desde que o respectivo instrumento seja
firmado por quem o represente ou assista, devendo apenas
constar a vedação do exercício da administração da
sociedade por ele.
GABARITO COMENTADO:
E M d IL
pelas obrigações contraídas, mas somente Maurício está
e
rt RO
excluído do benefício de ordem.
o OR
d) ambos os sócios respondem solidária e ilimitadamente
p
S C 41- mu H 89
pelas obrigações sociais e ambos têm assegurado o
benefício de ordem.
um IZ .7 .co
er L
e) ambos os sócios respondem solidária e ilimitadamente
U 4
4 ma il
pelas obrigações sociais, mas nenhum deles tem
d V R O
4 3 . 0 g
assegurado o benefício de ordem.
A PE D 0 er@
l i
GABARITO COMENTADO:
m
p lc correta é a letra C, conforme Art. 990 do CC:
A alternativa
todos respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem aquele
que contratou pela sociedade.
GABARITO COMENTADO:
GABARITO COMENTADO:
l
proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo
a
io n
pagamento ou por despesas, a que dispense a observância
de termos e formalidades prescritas, e a que, além dos
a c
limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e
obrigações.
u c ER
E M d IL
c) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a
e
rt RO
sua validade como título de crédito, implica a invalidade do
o OR
negócio jurídico que lhe deu origem.
p
S C 41- m u H 89
d) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, tanto
ele poderá ser dado em garantia e ser objeto de medidas
um IZ .7 .co
judiciais, como também, em conjunto, os direitos ou
V er L
O
U
.
4
0
il
mercadorias que representa.
4 ma
d R 3 g
e) O pagamento de título de crédito, que contenha
4
A PE D 0 er@
obrigação de pagar soma determinada, não admite garantia
l i
por aval, embora possa ser concedido aval parcial.
m
p lc
GABARITO COMENTADO:
GABARITO COMENTADO:
GABARITO COMENTADO:
A alternativa correta é a letra C, conforme Art. 73, Lei
11.101/05: O juiz decretará a falência durante o processo de
E M d IL
há apenas 90 (noventa) dias, propôs contra Antônio ação de
falência. Nesse caso,
e
rt RO
o OR
a) no prazo de contestação, Antônio poderá formular pedido
p
S C 41- m u H 89
de recuperação judicial fundado no plano especial para
microempresas, que deverá prever parcelamento da dívida
um
em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, podendo incluir
IZ .7 .co
er L U il
proposta de abatimento do valor das dívidas.
4 4 ma
d V R
b) Antônio não tem direito de requerer recuperação judicial,
O 3 . 0 g
benefício somente deferido a empresas em atividade há
4
A PE D 0 er@
pelo menos 05 (cinco) anos.
l i
c) não é admissível pedido de falência contra empresário
m
p
civil.lc
individual, que se sujeita apenas à declaração da insolvência
GABARITO COMENTADO:
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público - Reaplicação
a l
A) e relativos à atividade da empresa, desde que autorizados
por escrito.
io n
a c
c ER
B) mesmo que não sejam relativos à atividade da empresa ou
u
d IL
que não tenham sido autorizados por escrito.
E M
e
rt RO
C) e relativos à atividade da empresa, ainda que não
o OR
autorizados por escrito.
p
S C 41- m u H 89
D) ou fora deles, desde que relativos à atividade da empresa,
um
ainda que não autorizados por escrito.
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
E) ou fora deles, ainda que não relativos à atividade da
O . 0
d R 3 g
empresa ou que não autorizados por escrito.
4
A PE D 0 er@
l
GABARITO: C.
m i
p
Art. c Os preponentes são responsáveis pelos atos de
l1.178.
quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e
relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados
por escrito.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: FCC - 2018 - DPE-
AP - Defensor Público
Quanto ao estabelecimento:
a l
sacasse o cheque). O termo inicial do prazo de apresentação do cheque é o dia
n
20/07. STJ. 2a Seção. REsp 1.423.464-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
io
c
27/4/2016 (recurso repetitivo) (Info 584). 2) Pós-datação extracartular (feita em
a
c ER
campo diverso do campo específico): NÃO. A pós-datação extracartular do cheque
u
E M d IL
não modifica o prazo de apresentação nem o prazo de prescrição do título. A pós-
datação extracartular tem existência jurídica, mas apenas com natureza obrigacional
e
rt RO
entre as partes (Súmula 370). Esta pactuação extracartular, contudo, é ineficaz em
o OR
relação à contagem do prazo de apresentação e, por conseguinte, não tem o condão
p
S C 41- m u H 89
de operar o efeito de ampliar o prazo de presentação do cheque. Ex: João emitiu o
cheque no dia 20/05 e o entregou a Pedro. No campo reservado para a data de
m Z .7 .co
emissão, ele colocou 20/05 (dia atual). No entanto, no verso do cheque escreveu o
u I
V er L U
0
4
4 ma il
seguinte: “bom para o dia 20/07” (que foi a data combinada para que Pedro sacasse
o dinheiro). O termo inicial do prazo de apresentação do cheque continua sendo o
O .
d R 3 g
dia 20/05. STJ. (Info 528).
4
A PE D 0 er@
l i
FRANQUIA: A franquia não é um contrato de consumo (regido pelo CDC), mas,
m
p lc
mesmo assim, é um contrato de adesão. Segundo o art. 4º, § 2º da Lei nº 9.307/96,
nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente: •
tomar a iniciativa de instituir a arbitragem; ou • concordar, expressamente, com a
sua instituição, por escrito, em documento anexo ou em negrito, com a assinatura
ou visto especialmente para essa cláusula. Todos os contratos de adesão, mesmo
aqueles que não consubstanciam relações de consumo, como os contratos de
franquia, devem observar o disposto no art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96. Assim, é
possível a instituição de cláusula compromissória em contrato de franquia, desde
que observados os requisitos do art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96. STJ. (Info 591).
e
rt RO
o OR
DISSOLUÇÃO PARCIAL DA SOCIEDADE: Momento em que se considera dissolvida a
p
S C 41- m u H 89
sociedade empresária para fins de apuração de haveres. Na hipótese em que o sócio
de sociedade limitada constituída por tempo indeterminado exerce o direito de
m Z .7 .co
retirada por meio de inequívoca e incontroversa notificação
u I
V er L0
U4 ma4 il
aos demais sócios, a data-base para apuração de haveres é o termo final do prazo de
60 dias, estabelecido pelo art. 1.029 do CC/02. STJ. (Info 595).
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL: É possível presumir a existência de exclusividade em
l i
zona de atuação de representante comercial quando: a) não houver previsão
m
p lc
expressa em sentido contrário; e b) houver demonstração por outros meios da
existência da exclusividade. STJ. (Info 601).
TÍTULOS DE CRÉDITO: O art. 1.647, III, do Código Civil de 2002 previu que uma
pessoa casada somente pode prestar aval se houver autorização do seu cônjuge
(exceção: se o regime de bens for da separação absoluta). Essa norma exige uma
interpretação razoável e restritiva, sob pena de descaracterizar o aval como instituto
cambiário. Diante disso, o STJ afirmou que esse art. 1.647, III, do CC somente é
aplicado para os títulos de créditos inominados, considerando que eles são regidos
pelo Código Civil. Por outro lado, os títulos de créditos nominados (típicos), que são
regidos por leis especiais, não precisam obedecer essa regra do art. 1.647, III, do CC.
Em suma, o aval dado aos títulos de créditos nominados (típicos) prescinde de
outorga uxória ou marital. Exemplos de títulos de créditos nominados: letra de
câmbio, nota promissória, cheque, duplicata, cédulas e notas de crédito. STJ. 3ª
Turma.REsp 1.526.560-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
a l
n
PLÁGIO: O termo inicial da pretensão de ressarcimento nas hipóteses de plágio se dá
io
c
quando o autor originário tem comprovada ciência da lesão a seu direito subjetivo e
a
c ER
de sua extensão, não servindo a data da publicação da obra plagiária, por si só, como
u
presunção de conhecimento do dano. STJ. (Info 609).
E M d IL
e
rt RO
PROTESTO: Não cabem danos morais se houve protesto de cheque prescrito, mas
o OR
cuja dívida ainda poderia ser cobrada por outros meios. (Info 616)
p
S C 41- m u H 89
SOCIEDADES Quórum para exclusão judicial do sócio majoritário não inclui as suas
m Z .7 .co
quotas. Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode
u I
V er L U
0
4
4 ma il
o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios,
por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade
O .
d R 3 g
superveniente. Consideram-se apenas as quotas dos demais sócios, excluídas
4
A PE D 0 er@
aquelas pertencentes ao sócio que se pretende excluir. (616)
l
mi
p lc
FALÊNCIA: A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos
ilíquidos contra massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica
de direito público, é do juízo cível no qual for proposta a ação de conhecimento,
competente para julgar ações contra a Fazenda Pública, de acordo as respectivas
normas de organização judiciária. (Info 617).
a l
Turma. REsp 1.608.048-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 22/05/2018
(Info 627).
io n
a c
c ER
RECUPERAÇÃO JUDICIAL: Ação de indenização por danos morais contra empresa em
u
E M d IL
recuperação judicial A ação de compensação por danos morais movida contra
empresa em recuperação judicial não deve permanecer suspensa até o trânsito em
e
rt RO
julgado da decisão final proferida no processo de soerguimento. STJ. 3ª Turma. REsp
o OR
1.710.750-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 627).
p
S C 41- m u H 89
RECUPERAÇÃO JUDICIAL: No intuito de dar maior concretude às finalidades da Lei
m Z .7 .co
de Falência e Recuperação, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
u I
V er L U
0
4
4 ma il
decidiu que a contagem dos prazos de suspensão das execuções e para
apresentação do plano de recuperação judicial deve ser feita em dias corridos e
O .
d R 3 g
ininterruptos. STJ. 4º Turma. REsp. 1.699.528, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
4
A PE D
em 13/06/2018. 0 er@
l
mi
p lc
RECUPERAÇÃO JUDICIAL: Sociedade empresária em recuperação judicial pode
participar de licitação, desde que demonstre, na fase de habilitação, a sua
viabilidade econômica. A apresentação de certidão positiva de recuperação não
implica a imediata inabilitação, cabendo ao pregoeiro ou à comissão de licitação
diligenciar a fim de avaliar a real situação de capacidade econômico-financeira da
empresa licitante. STJ. 1º Turma. AREsp 309.867-ES, Rel. Min. Gurgel de Faria, por
unanimidade, julgado em 26/06/2018.. (Info 631)
a
Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 05/02/2019, (Info 641)l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 1: direito de empresa. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.
FAZZIO JUNIOR, WALDO. Manual de direito comercial. São Paulo: Atlas, 2017.
PENANTE JR, Francisco. Resumos para concursos, vol. 37, Direito Empresarial, 2ª
edição. São Paulo: Editora jus podivm, 2017.
a l
PENANTE JR, Francisco. LAURINDO, Felipe. Prática empresarial. Recife: Armador, 2016.
io n
c
TEIXEIRA, TARCISIO. Direito empresarial sistematizado: DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA
a
E PRÁTICA. 7ª ed. [S.L.]: SARAIVA, 2018.
u c ER
E M d IL
e
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p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se
em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre
l
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
a
io n
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil
dos mais diferentes certames públicos.
a c
u c ER
E M d IL
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
e
rt RO
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
p o OR
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
S C 41- m u H 89
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
um
para carreiras públicas. IZ .7 .co
V er L
0
U
4 ma 4 il
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
O .
d R
uma obsessão.
4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
Bom estudo!
p lc
Francisco Penante
l
6.1 HOMICÍDIO ............................................................................................................. 100
a
io n
6.2 ABORTO .................................................................................................................... 70
a c
7. LESÃO CORPORAL ................................................................................................ 73
u c ER
8. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ......................................................................... 80
E M d IL
8.1. Furto ........................................................................................................................ 80
e
rt RO
9.ROUBO ................................................................................................................. 88
p o OR
10.EXTORSÃO .......................................................................................................... 95
S C 41- m u H 89
11. EXTORSÃO MEDIANTE EQUESTRO....................................................................96
m Z .7 .co
12.LEI DE DROGAS ................................................................................................... 98
u I
V O . 0 er L
4 ma U 4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Direito criminal enfatiza o crime, sendo conceito mais amplo do que o direito
penal. Direito Criminal: Código Criminal do Império de 1830.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
FUNÇÕES DO DIREITO PENAL: diversas são as funções expressas ao direito penal.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Entre elas, destacamos algumas como:
l
mi
p lc
a) proteção de Bens Jurídicos: Para Roxin, é a função exclusiva do DP, não
sendo valorativo, ético ou moralista.
f) A função simbólica possui uma perspectiva mais crítica, indicando que é uma
função sem efeitos externos. Há, apenas, uma falsa percepção de ação dos
governantes e segurança. Em curto prazo essa função simbólica dá ao DP um
ENCICLOPÉDIA PENAL
Seleção de bens tutelados pelo Direito
Penal e as penas.
a l
io n
Determina a missão, conteúdo e alcance
POLÍTICA CRIMINAL
a c
dos institutos jurídicos-penais, e a
c ER
aplicação ao caso concreto.
u
E M d IL
Decide sobre criminalização ou não de
e
rt RO
determinadas condutas, considerando a
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il Questão criminal do ponto de vista
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
biopsicossocial, ou seja, integra-se com
as ciências da conduta aplicadas às
mi condutas criminais (Zaffaroni).
p lc Estuda os fenômenos e as causas da
CRIMINOLOGIA criminalidade, a personalidade do
delinquente e sua conduta delituosa e a
maneira de ressocializá-lo.
a) primária: decorrente
a l das
io n
consequências do próprio crime;
a c
VITIMOLOGIA
c ER
b) secundária ou sobrevitimização:
u
causada
E M d IL
pelos órgãos oficiais
responsáveis pela persecução criminal. É
e
rt RO
uma das causas das cifras negras;
p o OR
S C 41- m u H 89 c) terciária: causada pelo próprio meio
social ou familiar. Trata-se da
V O er L
. 0
U4 ma4 il machismo, discriminação, da própria
sociedade. Também é uma das causas das
d R 4 3 g cifras negras.
A PE D 0 er@
l
CRIMINALIZAÇÃO:
mi
a) Primária: legal;
p lc
b) Secundária: real – persecução do indivíduo.
c) Seletividade e Vulnerabilidade: tende a ser aplicado aos vulneráveis.
FONTES:
a) Material/substanciais/de produção: é aquele órgão com competência para
crimar a norma penal.
b) Formal/cognitivas/de conhecimento:
p o OR
cominação de penas, veda-se, portanto, Medidas Provisórias
S C 41- m u H 89
Art. 62 § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I -
um Z .7 .co
relativa a: b) direito penal, processual penal e processual civil;
I
V O er L.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Código Penal foi criado por Decreto-Lei por Decurso de Prazo, mas entende-se que
não se admite alegação de inconstitucionalidade formal superveniente, já que foi
recepcionado como Lei.
Fundamentos:
a) Jurídico: taxatividade – lei prescreve o conteúdo mínimo da conduta. Não
exige conteúdo total, caso contrário, não seria possível admitir lei penal
em branco e crime culposo;
b) Político: proteção do indivíduo contra o arbítrio do Estado, exigindo Lei;
c) Democrático: Povo, pelos representantes, determina o que é crime/pena
(STF);
a l
ATENÇÃO! AXIOMAS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
io n
1) c
Não há crime sem lei (lei formal/reserva legal): estrita legalidade,
a
c ER
decorrentes da função típica do Poder Legislativo (lei ordinária/complementar).
u
OBS.: NÃO é cabível MP/Lei Delegada!
2) E M d IL
Não há crime sem lei anterior (anterioridade): a lei penal deve ser anterior
ao fato e
rt RO
3) o OR
Não há crime sem lei escrita: no Brasil, veda-se o costume criador e
p
S C 41- m
(costume praeter legem).
u H 89
abolicionista (desuetudo), assim, o costume terá caráter meramente interpretativo
um IZ .7 .co
OBS.: O STF não admite a analogia para caracterizar crime o “furto de TV à cabo”,
4)
V O er L
.
U
pois não é uma energia.
0
4
4 ma il
Não há crime sem lei estrita: no Brasil, a analogia tem caráter integrativo,
d R 4 3 g
sendo admitido apenas a analogia in bonam partem. Ex.: art. 182, CPC → isenção de
A PE D 0 er@
pena ao cônjuge na constância da sociedade conjugal, que é aplicável, também, à
l
União Estável.
mi
5)
penal.
lc
Não há crime sem lei certa (taxatividade): determinação específica pelo tipo
p
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
mi
Não há crime e não se instaura ação
Há crime e instauração da ação penal
penal
p lc
- Desnecessidade de pena.
CRIMES TRIBUTÁRIOS:
a l
Art. 20 da Lei 10.522/2001: Serão arquivados, sem baixa na distribuição
io n
(significa que essa dívida não é excluída. Se passar de dez mil ele ajuíza a
ação), mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os
a c
autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da
c ER
União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados,
u
d IL
de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00.
E M
e
Atenção! Apesar de a lei prever que o valor é igual ou inferior a R$ 10.000,00,
rt RO
esse valor não permanece mais hoje.
p o OR
S C 41- m u H 89
Esse valor de 10 mil reais permanece ainda hoje? 1
um
NÃO. Recentemente, foi publicada a Portaria MF nº 75, de 29/03/2012, na
IZ .7 .co
er L U il
qual o Ministro da Fazenda determinou, em seu art. 1º, inciso II, “o não ajuizamento
4 ma 4
d V
de execuções fiscais de débitos com a Fazenda Nacional, cujo valor consolidado seja
R O 3 . 0 g
igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). ”
4
A PE D 0 er@
l i
Desse modo, o Poder Executivo “atualizou” o valor previsto no art. 20 da Lei
m
até 20 mil reais. p lc
n.º 10.522/2002 e passou a dizer que não mais deveriam ser executadas as dívidas de
Esse valor tem como base o custo de uma execução fiscal para os cofres
públicos. O STF usou esse parâmetro para aplicar o princípio da insignificância aos
1
https://www.dizerodireito.com.br/2018/04/principio-da-insignificancia-nos-crimes.html
Furto insignificante (fato atípico) x Furto privilegiado (há crime art. 155,
§2º): se o criminoso é primário, e é de pequeno valor (até um salário mínimo –
jurisprudência) a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
ATENÇÃO! Não se aplica ao: Furto durante o repouso noturno; furto de água potável
mediante ligação clandestina; furto de coisas para trocá-las por drogas; a restituição
do bem à vítima não afasta o crime; Furto qualificado.
V 0 4 ma
por crime ambiental, consistente na prática de pesca em local proibido. O ministro
O .
d R 3 g
rejeitou a aplicação do princípio insignificância ao caso: “o uso de rede de arrasto
4
A PE D 0 er@
pode causar impactos ambientais relevantes na medida em que implica a captura de
l i
grandes quantidades de espécies – visadas e não visadas pelo agente –, bem como na
m
p lc
destruição de vegetação aquática submersa, principalmente em se tratando de leitos
de águas rasas, como é o caso do Estuário Lagoa dos Patos”, avaliou”.
PARA LEMBRAR
CARÁTER FRAGMENTÁRIO ABSTRATO = LEGISLADOR
CARÁTER SUBSIDIÁRIO CONCRETO = APLICADOR DO
DIREITO
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
um
Penal é Pública Incondicionada.
IZ .7 .co
er L
Manifestação:
V O .
U
0
4
4 ma il
d R 3 g
1) Legislativo: proporcionalidade abstrata – cominação da pena;
4
A PE D 0 er@
2) Jurisdicional: proporcionalidade concreta – dosimetria;
l i
3) Administrativa: proporcionalidade executória – cumprimento da pena.
m
p lc
Assim, “entendeu-se não ser aplicável aos crimes glosados pela lei discutida o
que disposto na Lei 9.099/95, de maneira que, em se tratando de lesões corporais,
mesmo que de natureza leve ou culposa, praticadas contra a mulher em âmbito
doméstico, a ação penal cabível seria pública incondicionada. Acentuou-se,
entretanto, permanecer a necessidade de representação para crimes dispostos em
leis diversas da 9.099/95, como o de ameaça e os cometidos contra a dignidade
sexual. Consignou-se que o Tribunal, ao julgar o HC 106212/MS (DJe de 13.6.2011),
declarara, em processo subjetivo, a constitucionalidade do art. 41 da Lei
11.340/2006, no que afastaria a aplicação da Lei dos Juizados Especiais relativamente
aos crimes cometidos com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista. ADI 4424/DF, rel. Min. Marco Aurélio,
9.2.2012. (ADI-4424)”.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DO BEM JURÍDICO
d 3 g
Possui a função de proteção dos bens jurídicos constitucionais (Teoria
R 4
A PE D 0 er@
Constitucional do Direito Penal): O DP só é legítimo quando protege valores
l
consagrados na CF.
mi
Espiritualização, desmaterialização ou liquefação de bens jurídicos:
p lc
antecipação da tutela com tipificação de crimes de perigo.
io n
disciplinada pelo Contran, alteração da
capacidade psicomotora.
a c
u c ER
§ 2o A verificação do disposto neste artigo
poderá ser obtida mediante teste de
E M d IL
alcoolemia ou toxicológico, exame clínico,
perícia, vídeo, prova testemunhal ou
e
rt RO
outros meios de prova em direito
S C 41- m u H 89 contraprova.
§ 3o O Contran disporá sobre a
equivalência entre os distintos testes de
V O er L
.
U
0
4
4 ma il caracterização do crime tipificado neste
artigo.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
PRINCÍPIOS DIVERSOS
mi
p lc
1) Princípio da Individualização da pena: incide nas 03 fases (legal, judicial e
execução);
6) Princípio da proibição do bis in idem: Veda a dupla punição pelo mesmo fato.
Súmula 241 do STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como
a l
n
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
io
a c
7) Princípio da Responsabilidade Subjetiva (Direito Penal da Culpa/princípio da
imputação pessoal – nulla poena
u c ER
sine culpa/princípio da
d IL
culpabilidad/princípio da personalidade ou intranscendência): em Direito
E M
e
Penal, proíbe-se a responsabilidade objetiva. Assim, não há presunção de culpa.
rt RO
É necessário comprovar a conduta do agente, seja ela dolo ou culpa, se prevista
em lei.
p o OR
S C 41- m u H 89
A doutrina explica alguns resquícios da responsabilidade objetiva:
um IZ .7 .co
er L
a) rixa qualificada;
U4 ma4 il
V O 3 . 0
b) crime em estado de embriaguez voluntária ou culposa (actio libera in causa):
d R 4 g
A PE D 0 er@
A teoria da actio libera in causa é aquela em que o agente, conscientemente, põe-se
l
em estado de inimputabilidade, sendo desejável ou previsível o cometimento de uma
mi
ação ou omissão punível em nosso ordenamento jurídico, não se podendo alegar
p lc
inconsciência do ilícito no momento fatídico, visto que a consciência do agente
existia antes de se colocar em estado de inimputabilidade.
JURISPRUDÊNCIA
O princípio da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c
parágrafo único, II, da L 9.605/98: Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja
proibida ou em lugares interditados por órgã competente: Pena - detenção de um
a l
ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágra único.
io n
c
Incorre nas mesmas penas quem: II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou
a
c ER
mediante utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
u
E M d IL
Caso concreto: realização de pesca d 7kg de camarão em período de defeso com o
uso de método não permitido. STF. 1ª Turma. HC 122560/SC, Re Min. Marco Aurélio,
julgado em 8/5/2018 (Info 891). e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Em regra, a habitualidade delitiva específica (ou seja, o fato de o réu já responder a
outra ação pena pelo mesmo delito) é um parâmetro (critério) que afasta o princípio
m Z .7 .co
da insignificância mesmo em se tratando de bem de reduzido valor.
u I
V er L0
U4 ma4 il
Excepcionalmente, no entanto, as peculiaridades do caso concreto podem justificaro
afastamento dessa regra e a aplicação do princípio, com base na ideia da
O .
d R 3 g
proporcionalidade. É o caso, por exemplo, do furto de um galo, quatro galinhas
4
A PE D 0 er@
caipiras, uma galinha garnizé e três quilos de feijão, bens avaliados em pouco mais
l i
de cem reais. O valor dos bens é inexpressivo e não houve emprego de violência
m
p lc
Enfim, é caso de mínima ofensividade, ausência de periculosidade social, reduzido
grau de reprovabilidade e inexpressividade da lesão jurídica. Mesmo que conste em
desfavor do réu outra ação penal instaurada por igual conduta, ainda em trâmite, a
hipótese é de típico crime famélico. A excepcionalidade também se justificapor se
tratar de hipossuficiente. Não é razoável que o Direito Penal e todo o aparelho do
Estado-polícia e do Estado-juiz movimente-se no sentido de atribuir relevância a
estas situações. STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 14/8/2018 (Info 911).
a l
clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico
n
previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 11/04/2018,
io
DJe 17/04/2018.
a c
u c ER
E M d IL
Apesar de existir um recente julgado em sentido contrário (STF. 1ª Turma. HC
127978, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/10/2017. Info 883), o entendimento
e
rt RO
que prevalece no STF é o mesmo do STJ. Veja: O desenvolvimento clandestino de
o OR
atividade de transmissão de sinal de internet, via rádio, comunicação multimídia,
p
S C 41- m u H 89
sem a autorização do órgão regulador, caracteriza, por si só, o tipo descrito no artigo
183 da Lei nº 9.472/97, pois se trata de crime formal, inexigindo, destarte, a
m Z .7 .co
necessidade de comprovação de efetivo prejuízo. STF. 1ª Turma. HC 152118 AgR,
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 07/05/2018.
d R 4 3 g
1.3. A PE D 0 er@
Escolas do direito penal
l
mi
p lc Influência Jusnaturalista
Conceito de crime: crime é um conceito
meramente jurídico
Responsabidade em razão do Livre
CLÁSSICA Arbítrio
Pena possui caráter de retribuição
(retributivo, castigo)
Influências: em decorrência do
iluminismo, reduziu as penas corporais e
permitiu a passagem do caráter de
vingança real/religiosa para a resposta
estatal.
Fase Antropológica: Lombroso – homem
POSITIVISTA não é livre na vontade (criminoso nato)
Fase Sociológica: Enrico Ferri –
a c
Origem da ressocialização como
u c ER
finalidade da pena.
RoccoE M d IL
e
rt RO
Método Positivista
TECNICISMO JURÍDICO-PENAL p o OR
Conteúdo dogmático
S C 41- m u H 89
Princípio da legalidade estrita
Influenciou o CP de 1940
V Oer L U
. 0
4
4 mail pena com índole retributiva.
Influência do Positivismo e contra a
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Escola Clássica
Direito Penal combate a Periculosidade
mi Uso de Penas Indeterminadas e
p lc Medidas de Segurança
Profilaxia Criminal: assistência educativa
DEFESA SOCIAL Eclosão de regimes ditatoriais: nova fase
da Escola da Defesa Social
Prevenção do Crime e tratamento do
Menor Delinquente
Reforma Penitenciária
Função da pena é “melhorar o
indivíduo” (antissocialidade).
Binding
Cientificidade: conceito jurídico de
DOUTRINA DO POSITIVISMO JURÍDICO
crime
Surge o conceito clássico de delito: a
conduta é meramente objetiva
Stammler e Radbruch
Introduz elementos axiológicos e
materiais (dever ser)
Possível graduar o injusto de acordo
DOUTRINA DO NEOKANTISMO PENAL com a lesão produzida
Conduta: passou a ter um significado
social
Ilicitude passa a ter uma concepção
material (lesividade social) e proteção
ao bem jurídico
a l
Teoria
io n
psicológico-normativa:
culpabilidade é
a c o juízo de
c ER
reprovabilidade.
u
Ferrajoli
E M d IL
e
Modelo Universal: meta a ser alcançada
rt RO
– “modelo-limite”
p o OR
10 regras
S C 41- m u H 89
P. Retributividade: pena em razão de
crime
um IZ .7 .co
er L
P. Reserva Legal: crime previsto em Lei
U 4
4 mail P. Necessidade: Lei se necessário (P. da
d V R O
4 3 . 0 g economia do direito penal)
A PE D 0 er@
GARANTISMO PENAL (COGNITIVO)
l
P. Lesividade: necessidade se lesão
mi P. Materialidade:
exterioridade da ação
Lesão se
p o OR
Penal
S C 41- m u H 89
Monista: Direito Penal é um sistema
próprio de regras e valores, autônomo
um IZ .7 .co
ESCOLA DE BONN (JAKOBS): Sistêmico: Direito Penal é autônomo,
V O er L.
U
0
4
4 ma il autorreferente e autopoiético (renova
sozinho)
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Função do Direito Penal é aplicar a
norma punitivista. Sociedade que deve
mi se ajustar ao Direito Penal
p lc Teoria da Imputação Normativa: norma
é o objeto de proteção.
Redução do Direito Penal ao seu núcleo:
Bens jurídicos individuais e sua
colocação concreta em perigo
Bens jurídicos “universais”: outro
tratamento – direito intervencionista
Menos garantias
DIREITO INTERVENCIONISTA Sanções menos “graves” e mais eficazes
(HASSAMER) Próximo ao Direito Administrativo
Sancionador
Critério é o bem jurídico protegido
Crítica: Retira do DP justamente as
infrações que mais ofendem a
S C 41- m u H 89
Moderado: o direito penal tem limites Radical: o DP só reconhece os limites
um IZ .7 .co
impostos pelo próprio direito penal e impostos pelo próprio DP
V O er L
. 0
U4 ma4
demais ramos do direito.
il
d R 3 g
Dualista: o DP convive em harmonia com
4 Monista: o DP é um sistema próprio de
A PE D 0 er@
os demais ramos do Direito. Reconhece
l
regras e de valores que independe dos
mi
o sistema jurídico em geral. demais.
p lc Sistêmico: o DP é autônomo
(independe dos demais ramos),
Racional teleológico: movido pela razão autorreferente (todas as referências e
e em busca de sua finalidade. conceitos que precisa busca do próprio
direito penal) e autopoético (o DP se
renova sozinho).
um IZ .7 .co
er L U
Vdo Cidadão
4 il
Direito Penal do Cidadão
4
.0 gO m
O é Garantista, a Direito Penal do Inimigo
d R 4 3
A
O Direito Penal
D 0 @ Direito Penal do Inimigo é Autoritário,
lerdo porque
porque respeitaEos Direitos e Garantias
P Este Direito Penal suprime e ignora direitos e
do ser humano.
m i garantias do ser humano (o Inimigo não
Cidadão é Retrospectivo,
p l c porque se tem direito à ampla defesa, ao duplo grau
baseia na Culpabilidade do Agente. de jurisdição, e pode ficar
incomunicável).
É aquele que olha para o Passado: o
agente é punido por aquilo que fez ou O Direito Penal do Inimigo é Prospectivo,
deixou de fazer. porque olha para o Futuro, amparando-
se na Periculosidade, de modo que o
O Direito Penal do Cidadão é, também, Inimigo é Punido não somente por aquilo
“Do Fato”, porque julga o Fato Típico e que Fez, mas, inclusive, por aquilo que
Ilícito praticado pelo agente. As pode Vir a Fazer.
condições do agente vão interferir na
dosimetria da pena, mas não Por essa razão, é um Direito Penal do
caracterizarão o crime. Autor, que vai estereotipar determinadas
pessoas como indesejáveis para o
convívio social. O que importa, na
Tem duas exceções: (1) abolitio criminis (2) anistia. Pois alcança fatos pretéritos
e concretos.
Su CH 41-89 m
caso concreto concreto caso concreto
Amplia-se o alcance O legislador previu uma Juiz aplica a lei prevista
um IZ .7 co
na palavra “arma” – fórmula genérica, permitindo para outro caso no caso
e r LU 44 ail.
art. 157, § 2° do CP ao juiz encontrar outros em que há lacuna.
d V RO 43.0 gm
A PED 0 ler@
DIREITO PENAL INTERTEMPORAL (APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO)
m
Exceções: extra-atividade.
i
Define qual a norma será aplicada – Regra: tempus regit acto.
p lc
o retroatividade benéfica – ates da vigência da norma
o ultra-atividade – mesmo após a cessação de efeitos da norma
Efeitos:
o Análise da imputabilidade no momento da conduta;
o Análise das condições da vítima no momento da conduta;
e
rt RO
c) Continuidade normativo típica:
V O er L
. 0
U4 ma4 il ao pudor – não houve abolitio. O
que antes era atentado violento
d R 4 3 g ao pudor agora é estupro.
A PE D 0 er@
l
mi Nesse caso ocorreu a revogação
CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA
Formal + material
Abolitio criminis Revogação do tipo penal (o Estado deixa de
considerar como
criminosa)
VACACIO LEGIS
Não se aplica a lei, ainda que mais favorável (sem retroatividade) –
(Majoritário);
Retroage, mas não automaticamente (é preciso pedido nesse sentido).
CONTINUIDADE DELITIVA:
ATENÇÃO! CAI MUITO! Súmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência.
a l
lesão corporal; o furto em casa habitada, a violação de
domicílio.
io n
a c
c ER
II) Casos de antefato e pós-fato impuníveis.
u
E M d IL
Aplica-se nos casos de crimes de ação múltipla ou de
e
rt RO
conteúdo variado. Aqui o tipo penal prevê mais de uma
PRINCÍPIO DA
o OR
conduta em seus vários núcleos.
p
ALTERNATIVIDADE
S C 41- m u H 89
Ex.: Receptação: Art. 180 - Adquirir, receber, transportar,
um Z .7 .co
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro,
de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
d R 4 3 g
A PE D
JURISPRUDÊNCIA 0 er@
l
mi
p lc
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: STF INF 756: o STF concluiu que poderia ser
aplicado o princípio da insignificância, considerando a chamada “teoria da reiteração
não cumulativa de condutas de gêneros distintos”. É possível aplicar o princípio da
insignificância mesmo havendo condenação anterior, porque a contumácia de
infrações penais que não têm o mesmo patrimônio como bem jurídico tutelado pela
norma penal não pode ser valorada como fator impeditivo à aplicação do princípio
da insignificância.
SÚMULAS
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
Apesar de existir um recente julgado em sentido contrário (STF. 1ª Turma. HC
127978, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/10/2017. Info 883), o entendimento
O .
d R 3 g
que prevalece no STF é o mesmo do STJ. Veja: O desenvolvimento clandestino de
4
A PE D 0 er@
atividade de transmissão de sinal de internet, via rádio, comunicação multimídia,
l i
sem a autorização do órgão regulador, caracteriza, por si só, o tipo descrito no artigo
m
p lc
183 da Lei nº 9.472/97, pois se trata de crime formal, inexigindo, destarte, a
necessidade de comprovação de efetivo prejuízo. STF. 1ª Turma. HC 152118 AgR,
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 07/05/2018.
a l
de maior valor. Já o princípio da subsidiariedade leva em conta
n
que o direito penal só atua quando os outros ramos do direito
io
não colocaram fim ao conflito.
a c
c ER
d) e e) ERRADAS. O erro das alternativas está em considerar o
u
E M d IL
funcionalismo sistêmico de Jakobs como algo correlacionado
com a intervenção mínima. Pelo contrário, o funcionalismo
e
rt RO
sistêmico tem como função, não a proteção de bens jurídicos,
o OR
mas a proteção da Norma. Neste sentido, a proteção da norma
p
u H 89
é fator estabilização social.
S C 41- m
um IZ .7 .co
V O er L
0
U
4 ma 4
O princípio
.
il
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AP. Prova: Defensor Público
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
a) da proporcionalidade é garantido pela Lei de Execução
Penal ao punir da mesma forma a falta disciplinar tentada e
consumada.
mi
p lc
b) da taxatividade é observado na previsão legal das faltas
disciplinares de natureza grave, uma vez que a Lei de Execução
Penal não prevê tipos de faltas abertas.
c) da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei
que agrave o lapso temporal para a progressão de regime, que
só passa a valer para os crimes cometidos a partir de sua
vigência.
d) da humanidade das penas é plenamente cumprido na
execução das penas no Brasil, a despeito da superlotação das
unidades prisionais.
e) da ampla defesa é garantido pela Lei de Execução Penal
ao prever a possibilidade de indicação de testemunhas e todos
os meios de prova em juízo na apuração de falta disciplinar.
p o OR
S C 41- m u H 89
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-
m Z .7 .co
RS - Defensor Público
u I
V er L U 4
0
il
4 ma
O afastamento da tipicidade, quando verificada lesão
O .
d R 4 3 g
penalmente irrelevante decorrente de conduta formalmente
A PE D 0 er@
incriminada, dá-se por:
l i
A) princípio da adequação social.
m
p lc
B) princípio da intervenção mínima.
C) princípio da humanidade das sanções.
D) princípio da insignificância.
E) ineficácia absoluta do meio ou absoluta impropriedade do
objeto (crime impossível).
GABARITO: D.
a l
io n
c
ATENÇÃO! Artigo 28 da Lei 11.343/06: apesar de não prever pena de reclusão,
a
c ER
detenção, prisão simples ou multa (apenas sanções administrativas), é pacífico
u
E M d IL
para o STF que esse artigo é crime. Na verdade, não houve a descriminalização
da conduta pela nova Lei De Drogas, ocorrendo apenas a despenalização no
e
rt RO
tocante à pena privativa de liberdade.
p o OR
S C 41- m u H 89
ATENÇÃO! JULGADO RECENTÍSSIMO! ART. 28 DA LEI DE DROGAS NÃO GERA
um IZ .7 .co
er L
REINCIDÊNCIA. O porte de droga para consumo próprio, previsto no art. 28 da Lei nº
U4 ma4 il
11.343/2006, possui natureza jurídica de crime. O porte de droga para consumo
d V R O
4 3 . 0
próprio foi somente despenalizado pela Lei nº 11.343/2006, mas não
g
A PE D 0 er@
descriminalizado. Obs: despenalizar é a medida que tem por objetivo afastar a pena
l
como tradicionalmente conhecemos, em especial a privativa de liberdade.
mi
Descriminalizar significa deixar de considerar uma conduta como crime.
p lc
Mesmo sendo crime, o STJ entende que a condenação anterior pelo art. 28 da Lei nº
11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) NÃO configura reincidência.
Argumento principal: se a contravenção penal, que é punível com pena de prisão
simples, não configura reincidência, mostra-se desproporcional utilizar o art. 28 da LD
para fins de reincidência considerando que este delito é punida apenas com
“advertência”, “prestação de serviços à comunidade” e “medida educativa”, ou, seja,
sanções menos graves e nas quais não há qualquer possibilidade de conversão em
pena privativa de liberdade pelo descumprimento.
a l
io n
Contudo, Claus Roxin adota uma teoria bipartida diferente = injusto penal
(fato típico + ilicitude) + responsabilidade penal (entra no lugar da
a c
culpabilidade. É a o grau de reprovabilidade + necessidade de pena).
u c ER
Resquícios dessa teoria no CP: Título II: Do Crime. Título III: Da imputabilidade
d IL
penal. Art. 24, excludente de ilicitude afirma que “não há crime”, enquanto no art.
E M
e
26, por exemplo, quando exclui a culpabilidade afirma que “é isento de pena”.
rt RO
p o OR
Crime acessório: ainda que o fato principal tenha autor desconhecido ou “isento de
S C 41- m u H 89
pena” (excludente de culpabilidade), não há prejuízo. Mas, se houver excludente de
tipicidade/ilicitude, em regra, prejudica o crime acessório.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
RESUMO: Divisão e Corrente
d R 4 3
Tripatite g Clássico: dolo ou culpa na culpabilidade
A PE D 0 er@
l Finalista: dolo ou culpa no fato típico
mi Finalista: dolo e culpa no fato típico.
p lc Caso fosse clássico, o dolo e a culpa
Bipartite estariam na culpabilidade, que não
integra o crime. Assim, seria admitir a
responsabilidade objetiva.
a) Sujeito ativo: autor ou coautor são aqueles que realizam o crime de forma
direta (ação). Partícipe ou autor mediato é aquele que atua de forma
indireta.
S C 41- m u H 89consumidor.
V er L U
0
CRIMES COMPLEXOS
O .
4
4 ma il (famulativos).
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Sentido lato: Crime + irrelevante penal.
CRIME MATERIAL
mi Prevê e exige o resultado para
p lc consumar
Prevê o resultado, mas dispensa este
CRIME FORMAL (CONSUMAÇÃO para a consumação
ANTECIPADA/ RESULTADO CORTADO):
V O er L.
U
0
4
4 ma il extensão)
d R 4 3 g Materiais
A PE D 0 er@
l
mi Admitem tentativa (plurisubsistentes)
p lc Motivo desconhecido.
CRIME PLURISUBJETIVO
Coletivos (convergência): 03 ou mais
agentes -
Condutas contrapostas (ex.: rixa)
Ante ou pós-falimentar -
d V R O 3 . 0 g
(apenas conduta e tipicidade).
4
A PE D 0 er@
l
2.4.1 Conduta mi
p lc
TEORIAS DA CONDUTA
Dolo normativo
u
ou tripartite. c ER
E M d IL
Código Penal: Art. 20 - O erro sobre
e
rt RO
elemento constitutivo do tipo legal de
p o OR
crime exclui o dolo, mas permite a
S C 41- m u H 89
punição por crime culposo, se previsto
em lei.
um IZ .7 .co
V O er L U
. 0
4
4 il a
O erro de tipo exclui o dolo. A ausência
de m
dolo exclui o fato típico.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@Crítica: crimes culposos – resultado
mil involuntário.
pl c Conduta afeta o relacionamento do
agente com o meio social.
TEORIA SOCIAL (WESSELS)
Conduta finalista + relevância social com
intenção do agente
Comportamento humano
(ação/omissão)
Domínio da vontade
OMISSÃO
TEORIA NATURALÍSTICA Omissão é forma de ação
Norma impõe o dever jurídico de agir –
TEORIA NORMATIVA Relação de Impedimento (adotada no
Brasil)
Omissão é descrita no próprio tipo penal
S C 41- m u H 89
O tipo penal descreve uma ação, mas a
inércia do agente, que descumpre o seu
um IZ .7 .co
er L
dever de agir (art. 13, §2º, CP), leva à
U 4 il
4 ma produção do resultado naturalístico.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
Omissão é irrelevante, salvo presente o
dever de agir
mi
p lc Agente atinge o resultado naturalístico
por uma omissão
3) Ingerência (situação
precedente): comportamento
anterior gerou a situação de
perigo, deve impedir o resultado
a l
Crime ambiental (art. 2º, Lei 9.605/98):
n
Pessoa com relativo “poder” na empresa
io
c
sabe da conduta criminosa e deixa de
a
c ER
impedir quando podia evita-la.
u
E M
CAUSAS EXCLUDENTES DA CONDUTA d IL
e
rt RO
CASO FORTUITO (HUMANO) OU FORÇA São acontecimentos imprevisíveis e
MAIOR (FENÔMENO)
o OR
inevitáveis, que escapam ao controle da
p
S C 41- m
ATOS REFLEXOS
u H 89
vontade
São reações fisiológicas, decorrentes da
V O er L.
U
0
4
4 ma il É uma força física externa que
impossibilita determinar movimentos de
d R 4 3 g acordo com sua vontade
A PE D 0 er@
l
mi
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL ATENÇÃO! COAÇÃO MORAL
(VIS ABSOLUTA)
p lc IRRESISTÍVEL/VIS COMPULSIVA (PARA
NÃO CONFUNDIR): é uma situação de
inexigibilidade de conduta diversa. Há
vontade (o agente pode escolher se
obedece ou não), porém, viciada.
Exclui a culpabilidade.
SONAMBULISMO/HIPNOSE São atos praticados em estado de
inconsciência
≠ ATENÇÃO PARA AS AS AÇÕES EM CURTO-CIRCUITO E AÇÕES HABITUAIS!
É o impulso por emoção: explosão
AÇÕES EM CURTO CIRCUITO emocional repentina, portanto, existe
conduta e crime (voluntariedade)
São aqueles realizados pela pessoa em
AÇÕES HABITUAIS razão de um vício qualquer. Os atos
habituais são dominados pela vontade.
um IZ .7 .co ilicitude
V O er L
. 0
U
DA ILICITUDE (MAYER)
4
TEORIA DA TIPICIDADE COMO INDÍCIO
4 ma il Cede com a prova em contrário: provar
d R 4 3 g a causa excludente da ilicitude
A PE D 0 er@
l
mi Ratio cognoscendi (majoritária)
a l
garante, proibindo as condutas que a
perturbam
io n
a c
u c ER
ADEQUAÇÃO TÍPICA
E M d IL
e
rt RO
A adequação típica é a tipicidade formal colocada em prática. Essa adequação
o OR
pode ser de duas espécies: imediata ou mediata.
p
penal S C 41- m u H 89
a. Imediata: perfeita, ou seja, o fato se encaixa perfeitamente no tipo
m Z .7 .co
b. Mediata (ampliada; por extensão; tipo incongruente): não há o
u I
V er L U
0
4
4 ma il
encaixe perfeito da norma, sendo necessário uma outra norma,
chamada de extensão.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Ex.: Tentativa: art. 14, II (ampliação temporal)
l i
Participação: art. 29 (ampliação espacial, pessoal)
m
lc
Omissivo Impróprio: art. 13, §2º (ampliação da conduta)
p
2.6. Nexo causal (relação de causalidade)
a l
quando, por si só, produziu o resultado,
io n
os fatos anteriores, entretanto,
TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA
c
imputam-se a quem os praticou.
a
u c ER
E M d IL
Regulação das Concausas exige que a
conduta seja idônea ao resultado.
e
rt RO
p o OR Concausas: causa externa que influi na
Su H -89
produção do resultado (vide tabela
abaixo)
m Z C 41 om Na teoria finalista, verifica-se na
r u U I 4 .7 il.c
conduta o tipo subjetivo (dolo/culpa) e
e
V RO 43. gm L 4 a
0 o objetivo (relação de causalidade),
d
A ED 0 r@
sendo seu único componente a
causalidade natural.
TEORIA DAPIMPUTAÇÃO OBJETIVA
i le
l m
(KARL LARENZ, HORIG,cROXIN) Imputação Objetiva: aumenta 02
p elementares no tipo objetivo: criação do
risco + realização do risco no resultado
(juntos: causalidade normativa).
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE:
a l
io n
- 1º Teoria da Equivalência dos Antecedentes (relação de causalidade natural);
- 2º Imputação Objetiva (relação de causalidade normativa);
a c
- 3º Dolo ou Culpa (tipo subjetivo).
u c ER
(tranformei em tabela)
E M d IL
ATENÇÃO!
e
rt RO
p o OR EXCLUI:
CRIAÇÃO OU AUMENTO DE UM RISCO:
VERIFICADO POR PROGNOSE Su H -89
C 41 om
Risco Juridicamente Irrelevante
um
PÓSTUMA OBJETIVA
r U IZ .7 il.c
Diminuição do Risco antes da Ação do
e L 44 a
Agente.
d V RO 43.0 gm EXCLUI:
Danos Tardios
Su H -89
objetiva- Se não houver imputação
objetiva, afasta o fato típico
m Z C 41 om
r u U I 4 .7 il.c
Princípio da Adequação Social: passa a
e
V RO 43. gm L 40 a excluir o fato típico
d
A ED 0 r@ Direito Penal Quântico: não se limita à
P i le ação e reação (causa e efeito)
2.7. Resultado
É o desdobramento da conduta.
Normativos:
Extrajurídicos
io n
o permissivo, permite condutas.
TIPO FUNDAMENTAL
a
Derivado é autônomo c
(SIMPLES)
u c ER
X
TIPO DERIVADO E M d IL
(EX.: QUALIFICADO) e
rt RO
p o OR Tipo normal é o que contém
V O er L
.
U
0
4
4 ma
TIPO NORMAL il
(NEUTRO, ACROMÁTICO OU AVALORADO) Tipo anormal é o que contém
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
X
TIPO ANORMAL:
elementos subjetivos
normativos: No finalismo penal,
e/ou
a l
STJ ao falar de tipo preventivo se
n
referia ao porte ilegal de arma de
io
c
fogo (o legislador antecipa a tutela
a
penal).
u c ER
E Md IL
Tipo simples é aquele que contém
somente um núcleo.
e
rt RO
p o ORTipo misto é aquele que contém
Su H -89
dois ou mais verbos, dois ou mais
núcleos.
m Z C 41 om
r u U I 4 .7 il.c
Tipo misto alternativo são os
e L
V RO 43. gm 4 0 a crimes de ação múltipla ou de
d
A ED 0 r@
conteúdo variado. Se o agente
praticar dois ou mais deles contra
P i le o mesmo objeto material, só vai
l c
TIPO SIMPLES m responder por um crime. São
Xp ações sucessivas. Ex.: adquirir
TIPO MISTO veículo roubado e levar para sua
casa (art. 33, caput, da Lei nº
11.343/2006).
ou de má vida;
p o OR
I - frequente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa
S C 41- m u H 89
II - frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor,
ou participe de representação de igual natureza;
um IZ .7 .co
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
er L U 4 il
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública
V O . 0 4 ma
2.9.
d R 3 g
Dolo, culpa e preterdolo
4
A PE D 0 er@
l
CONCEITO DE DOLO
mi
p lc
É a vontade consciente, dirigida a realizar a conduta prevista no tipo penal (ou
aceitar realizar). Pelo art.18, I, CP, diz-se crime doloso quando o agente quis o
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
ELEMENTOS DO DOLO
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
de desdobramento. Ex.: primeiro quer lesionar e depois
resolve matar a vítima.
d R
DOLO DE DANO
4 3 g Vontade consciente de causar um dano a um bem
A PE D 0 er@
l
jurídico tutelado.
DOLO DE PERIGO i
Vontade consciente de causar um perigo de dano a um
m
DOLO DE PRIMEIRO p lc
bem jurídico tutelado.
Sinônimo de dolo direto.
GRAU
O agente aceita a produção de outro resultado, que é
consequência inevitável da conduta que se pratica para
DOLO DE SEGUNDO alcançar o resultado principal. Refere-se a um resultado
GRAU não diretamente querido, mas tido como certo e
necessário. Ex.: João deseja matar sua esposa grávida e
aceita o aborto do bebê como consequência natural da
morte da mãe.
e
rt RO
c) o resultado lesivo não querido, nem assumido;
o OR
d) nexo de causalidade entre a conduta do agente que deixa de observar o
p
S C 41- m
e) previsibilidade; u H 89
seu dever de cuidado e o resultado lesivo dela advindo;
f) tipicidade.
um IZ .7 .co
V er L
0
U
4 ma
Espécies da culpa2:
O .
4 il
d R 4 3 g
a) Culpa consciente, com previsão ou ex lascivia: o agente prevê o resultado,
A PE D 0 er@
mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com a sua
l i
habilidade (há previsão).
m
p lc
b) Culpa inconsciente, sem previsão ou ex ignorantia: o agente não prevê o
resultado, que, era previsível. Qualquer outra pessoa, naquelas
circunstâncias, poderia prever a ocorrência daquele resultado.
2
SANCHES, Rogério – Manual de Direito Penal – Parte Geral (2015)
Art. 20, § 1º, do CP: “Discriminantes putativas: É isento de pena quem, por
erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando
o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo”.
ATENÇÃO!
COMPENSAÇÃO DE CULPAS: Não há compensação de culpas no Direito Penal, de
modo que pouco importa se a vítima teve culpa. A culpa da vítima somente poderá
ser utilizada na dosimetria da pena base, conforme o art. 59, caput, do CP. Assim, só
há compensação no âmbito privado. Contudo, a culpa é exclusiva da vítima, o
agente não responderá por crime algum.
V O er L
. 0
U4 ma4
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR
il inevitáveis, que escapam ao controle da
vontade
d R 4 3 g a culpa não é do agente, mas da própria
A PE D 0 er@
ERRO PROFISSIONAL
l
ciência, dizendo respeito à falibilidade
p lc culpa
quem respeita as regras jurídicas e da
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA vida em coletividade pode confiar que
os outros também respeitarão.
RISCO TOLERADO atividades perigosas imprescindíveis
para o desenvolvimento da sociedade.
CRIME PRETERDOLOSO
a c
c) Sim, pois em ambas o elemento subjetivo da conduta é o
dolo.
u c ER
d IL
d) Não, pois a aceitação do resultado na culpa consciente é
E M
e
elemento normativo da conduta.
rt RO
e) Sim, pois, tanto na culpa consciente quanto no dolo eventual,
p o OR
o agente prevê o resultado.
S C 41- m
Comentários: u H 89
O dolo eventual se aproxima da culpa consciente e vice-versa no
um IZ .7 .co
er L
ponto em que o agente prevê o resultado, todavia, o
U 4
4 ma il
distanciamento ocorre na reação a esta previsão. No primeiro o
d V R O
4 3 . 0
agente prevendo o resultado o aceita, assumindo o risco de
g
A PE D 0 er@
produzi-lo, dando prosseguimento na realização da conduta. Já
l
na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas acredita
mi
que pode evitar sua ocorrência, não aceita a sua realização.
p lc
GABARITO: E.
Wezel: finalismo.
Roxin: funcionalismo teleológico/dualista.
Liszt: causalista.
Jakobs: funcionalismo sistêmico.
Beccaria: tratado em criminologia escreveu “Dos delitos e das
penas”.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-
RS - Defensor Público
a l
Arquimedes dirigia seu caminhão à noite, por uma estrada de
io n
serra, com muitas curvas, péssima sinalização e sob forte chuva.
c
Ele estava sonolento e apenas aguardava o próximo posto de
a
c ER
combustíveis para estacionar e dormir. Motorista experiente
u
E M d IL
que era, observava as regras de tráfego no local, imprimindo ao
veículo a velocidade permitida no trecho.
e
rt RO
o OR
Entretanto, a 50 Km do posto de combustíveis mais próximo,
p
S C 41- m u H 89
após uma curva, Arquimedes assustou-se com um vulto que de
súbito adentrou a via, imediatamente acionando os freios, sem,
m IZ .7 .co
contudo, evitar o choque.
u
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
Inicialmente, pensou tratar-se de um animal, mas quando
d R 4 3 g
desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um
A PE D 0 er@
homem. Desesperado ao vê-lo perdendo muito sangue,
l i
Arquimedes logo acionou o serviço de socorro e emergências
m
p lc
médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito
do homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de
despedida. Era um suicida.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: FCC - 2018 - DPE-
AP - Defensor Público
A imputação como ferramenta da teoria do delito,
io n
atravessando importantes altos e baixos em seu uso, ou no
c
espaço ocupado como centro das diferentes doutrinas.
a
c ER
C) tem por pressuposto a menor relevância do nexo de
u
ou o resultado como típicos.E M d IL
causalidade natural em relação a quem se deve atribuir a ação
e
rt RO
D) ainda é vista majoritariamente como nebulosa, e constitui
p o OR
uma categoria na qual se procuram reunir todos aqueles
S C 41- m u H 89
problemas que carecem de uma posição sistemática clara.
E) possui aplicação nos delitos denominados pela doutrina
um IZ .7 .co
brasileira como de mera conduta, nos moldes desenvolvidos por
V er L
O
U
.
4
0
il
Claus Roxin, por configurar uma teoria funcional sem vinculação
4 ma
ao aspecto subjetivo.
d R 4 3 g
A PE DGABARITO: C.
0 er@
l
mi
a) A imputação objetiva não se restringe ao estudo dos delitos
p lc
culposos, porque abrange quaisquer delitos.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: FCC - 2018 - DPE-
AP - Defensor Público
u c ER
D) são delitos de mera atividade, que se consumam com a
simples inatividade.
E M d IL
do dano ou lesão. e
E) o caso de ingerência, a conduta anterior deve ser a produtora
rt RO
GABARITO: C. p o OR
S C 41- m u H 89
um
É o que se exsurge da leitura do art. 13, §2, do Código Penal: “A
IZ .7 .co
er L U
omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
4 il
4 ma
podia agir para evitar o resultado”. Sobre o poder de agir como
d V R O 3 . 0 g
pressuposto fundamental para a caracterização de omissão
4
A PE D 0 er@
imprópria, Cezar Roberto Bitencourt doutrina que “o poder de
l i
agir é um pressuposto básico de todo comportamento humano.
m
p lc
Também na omissão, evidentemente, é necessário que o sujeito
tenha a possibilidade física de agir, para que se possa afirmar
que não agiu voluntariamente. É insuficiente, pois, o dever de
agir. É necessário que, além do dever, haja também a
possibilidade física de agir, ainda que com risco pessoal”
(BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, Parte
Geral 1. 14ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2009. p. 251).
(Comentários do Profº Maiko Cristhyan).
a l
3. ERRO DE TIPO. TENTATIVA. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO
io n
EFICAZ E ARREPENDIMENTO POSTERIOR. CRIME IMPOSSÍVEL
a c
u c ER
3.1. Erro de tipo
E M d IL
e
rt RO
o OR
É a falsa percepção da realidade, ignorância ou erro que recai sobre uma
p
u H 89
elementar, circunstância ou qualquer dado agregado ao tipo penal.
S C 41- m
um IZ .7 .co
er L
Erro de tipo inevitável/escusável
U 4
4 ma il
a) Exclui o dolo – pois o agente não tem consciência do que faz (a
d V O 3 . 0 g
consciência é um dos elementos do dolo; sem consciência não há dolo);
R 4
A PE D 0 er@
b) Exclui culpa – pois o resultado é imprevisível (a previsibilidade é elemento
l
da culpa).
m i
p lc inescusável
Erro de tipo evitável/
a) Exclui o dolo – pois o agente ainda não tem consciência do que faz
b) NÃO exclui culpa – se prevista em lei. Isto porque o resultado era
previsível, caso em que se pode punir a culpa.
Erro de tipo essencial x Erro de tipo acidental: o primeiro é o erro que recai
sobre dados relevantes do tipo penal, já o segundo é o erro dados
irrelevantes do tipo. Somente o erro de tipo essencial pode afastar o dolo e a
culpa.
E M d IL
O agente, por acidente ou erro nos meios de
e
execução, atinge pessoa diversa da pretendida.
rt RO
p o OR
ATENÇÃO! O agente não comete o erro
ERRO NA EXECUÇÃO
S C 41- m u H 89
representação/identidade da vítima, mas sim executa
um
(aberratio ictus)
I
mal a ação e ao invés de atingir determinada pessoa
Z .7 .co
er L U acaba atingindo outra. Consequência: o agente
4
4 ma il
responde pelo crime considerando as qualidades da
d V R O
4 3 . 0 g vítima pretendida. Caso atinja a vítima pretendida e
A PE D 0 er@
l
a pessoa diversa se aplica a regra do concurso formal
i
(art. 71, do CP).
m
p lcFora dos casos de erro de tipo acidental sobre a
pessoa e erro na execução, ocorre quando o agente,
por acidente ou erro no uso dos meios de execução,
RESULTADO DIVERSO DO provoca lesão jurídica em bem jurídico diverso do
PRETENDIDO pretendido.
(aberratio criminis) O agente será responsabilizado pelo resultado
produzido (diverso do pretendido), a título de culpa,
desde que o resultado atingido seja menos grave, do
contrário responderá pela tentativa do resultado
pretendido.
ERRO SOBRE O NEXO O agente produz o resultado desejado, mas com nexo
CAUSAL causal diverso do pretendido (não exclui dolo nem
(aberratio causae) culpa).
p o OR
(consumação). S C 41- m u H 89
CRIME EXAURIDO: são acontecimentos posteriores ao término do iter criminis
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma
com o comportamento do agente.
4 il
CRIME PERMANENTE: protrai-se no tempo a consumação, cessando conjuntamente
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Segundo o STF há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que
não realize o agente a subtração de bens da vítima (Súmula 610).
3.3. Tentativa:
um IZ .7 .co Habituais
V O er L.
U
0
4
4 ma il
Omissivos próprios/puros
Unissubistente
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Preterdolosos
mi
3.4. p lc
Desistência voluntária e o arrependimento eficaz
ARREPENDIMENTO POSTERIOR:
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
O artigo 16 do Código Penal não elencou como requisito para o reconhecimento do
e
arrependimento posterior a aceitação da vítima. Entende-se, desta maneira, que se
rt RO
houver voluntariedade na reparação deverá ser reconhecido o benefício. Neste caso,
p o OR
o infrator deverá restituir o bem à autoridade policial ou, em último caso, depositá-lo
em juízo.3
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
Dispositivos especiais acerca da reparação do dano:
m
p lc
a) estelionato mediante emissão de cheque sem fundos: extingue a punibilidade,
nos termos da Súmula 554 STF.
b) peculato culposo: extingue a pena e a punibilidade.
c) crimes contra a ordem tributária, o pagamento integral do débito tributário:
extingue a punibilidade.
d) crimes de menor potencial ofensivo: extingue a punibilidade, a composição dos
danos civis entre o autor do fato e o ofendido, em se tratando de crimes de ação
penal privada ou ação penal pública condicionada à representação, acarreta na
renúncia ao direito de queixa ou de representação, com a consequente extinção da
punibilidade, nos termos do art. 74, parágrafo único, da Lei 9.099/95.
3
http://meusitejuridico.com.br/2017/09/22/se-vitima-nao-aceita-reparacao-dano-impede-se-o-
arrependimento-posterior/
JURISPRUDÊNCIA
a l
io n
HOMICÍDIO. DOLO EVENTUAL: A qualificadora do motivo fútil (art. 121, § 2º, II, do
c
CP) é compatível com o homicídio praticado com dolo eventual? A pessoa que
a
c ER
cometeu homicídio com dolo eventual pode responder pela qualificadora de
u
E M d IL
motivo fútil? 1ª corrente: SIM. O fato de o réu ter assumido o risco de produzir o
resultado morte, aspecto caracterizador do dolo eventual, não exclui a
e
rt RO
possibilidade de o crime ter sido praticado por motivo fútil, uma vez que o dolo do
o OR
agente, direto ou indireto, não se confunde com o motivo que ensejou a conduta,
p
u H 89
mostrando-se, em princípio, compatíveis entre si. STJ.
S C 41- m
m Z .7 .co
HOMICÍDIO CULPOSO: O fato de o autor de homicídio culposo na direção de
u I
V er L U
0
4
4 ma il
veículo automotor estar com a CNH vencida não justifica a aplicação da causa
especial de aumento de pena descrita no inciso I do § 1º do art. 302 do CTB. O
O .
d R 4 3 g
inciso I do § 1º do art. 302 pune o condutor que “não possuir Permissão para
A PE D 0 er@
Dirigir ou Carteira de Habilitação”. O fato de o condutor estar com a CNH vencida
l i
não se amolda a essa previsão não se podendo aplicá-lo por analogia in malam
m
partem. STJ. (Info 581).
p lc
O réu ingressou clandestinamente em uma Usina Hidrelétrica e alterou a posição
da chave da bomba de alta pressão de óleo. O MPF denunciou o agente pela
prática do delito de sabotagem, previsto no art. 15 da Lei de Segurança Nacional
(Lei nº 7.170/83), que consiste em crime político. O STF entendeu que não houve
crime político considerando que: • não houve lesão real ou potencial a um dos
bens jurídicos listados no art. 1º da Lei nº 7.170/83 (requisito objetivo); e • o
agente não tinha motivação política (requisito subjetivo). Além disso, o Tribunal
entendeu que se tratava de crime impossível, considerando que essa alteração da
posição da chave não tinha condão de provocar qualquer embaraço ao
funcionamento da Usina. STF. 1ª Turma. RC 1473/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
14/11/2017 (Info 885).
SÚMULAS
Súmulas 145, STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação.
Súmulas 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
a l
io n
CESPE – DPE- ES – 2012 - Os efeitos da desistência voluntária e
a c
do arrependimento eficaz ficam condicionados à presença dos
c ER
requisitos objetivos e subjetivos, aliados à espontaneidade do
u
Questões
delito. E M d IL
comportamento do agente, evitando-se a consumação do
Certo ou errado? e
rt RO
p o OR
Explicação: A desistência voluntária e o arrependimento eficaz
S C 41- m u H 89
estão condicionados a requisitos objetivos e subjetivos, porém a
espontaneidade do comportamento do agente não é uma
um IZ .7 .co
condição, bastando apenas que sua conduta seja voluntária.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Admite-se que a ideia de desistência ou de arrependimento seja
incutida por terceiro.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Afirmação ERRADA.
FCC – DPE- RS – 2016 - Miro, em mera discussão com Geraldo a
mi
respeito de um terreno disputado por ambos, com a intenção
p lc
de matá-lo, efetuou três golpes de martelo que atingiram seu
desafeto. Imediatamente após o ocorrido, no entanto, quando
encerrados os atos executórios do delito, Miro, ao ver Geraldo
desmaiado e perdendo sangue, com remorso, passou a socorrer
o agredido, levando-o ao hospital, sendo que sua postura foi
fundamental para que a morte do ofendido fosse evitada, pois
foi providenciada a devida transfusão de sangue. Geraldo sofreu
lesões graves, uma vez que correu perigo de vida, segundo auto
de exame de corpo de delito. Nesse caso, é correto afirmar:
a) Miro responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima
previsto no art.129, § 2º, do Código Penal, em vista da sua
vontade inicial de matar a vítima e da quantidade de golpes,
circunstâncias que afastam a validade do auto de exame de
corpo de delito.
b) Incidirá a figura do arrependimento eficaz e Miro responderá
e
rt RO
Com relação à tentativa, à desistência voluntária e ao
o OR
arrependimento, assinale a opção correta.
p
S C 41- m u H 89
a) No arrependimento eficaz, o agente interrompe a
execução do crime; na desistência voluntária, o resultado é
um IZ .7 .co
impedido após o agente ter praticado todos os atos.
V er L
O
U 4 il
4 ma
b) O arrependimento posterior pode ser aplicado aos
. 0
d R 3 g
crimes cometidos com violência ou grave ameaça.
4
A PE D 0 er@
c) Em se tratando de tentativa branca ou incruenta, a vítima
l i
não é atingida e não sofre ferimentos; se tratar-se de tentativa
m
lc
cruenta, a vítima é atingida e é lesionada.
pd) A diferença entre a tentativa e a tentativa abandonada é
que, no primeiro caso, o agente diz “eu consigo, mas não
quero” e, no segundo, o agente diz “eu quero, mas não
consigo”.
e) A desistência voluntária e a tentativa abandonada são
espécies de arrependimento eficaz.
GABARITO: C.
a) ERRADO. É o contrário.
b) ERRADO. Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência
ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será
c) CERTO.
l
vítima é atingida e sofre lesão. A tentativa cruenta, assim como
a
a branca, pode ser perfeita ou imperfeita.
io n
a c
d) ERRADO. Tentativa abandonada é a desistência
u c ER
voluntária (eu consigo, mas não quero).
E M d IL
e) ERRADO: tentativa abandonada e desistência voluntária
são sinônimos e são diferentes do arrependimento
e
rt RO
eficaz, vez que, neste último, o agente consegue impedir
p o OR
o resultado, depois de ter praticado os atos executórios.
S C 41- m u H 89
ATENÇÃO: não confundam com o arrependimento
posterior, que é outra causa de diminuição de pena.
um IZ .7 .co
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
d R 4 3 g
AM - Defensor Público
A PE D 0 er@
No Direito Penal brasileiro, o erro
l i
A) sobre os elementos do tipo impede a punição do agente, pois
m
p lc
exclui a tipicidade subjetiva em todas as suas formas
B) determinado por terceiro faz com que este responda pelo
crime.
C) sobre a pessoa leva em consideração as condições e
qualidades da vítima para fins de aplicação da pena.
D) de proibição exclui o dolo, tornando a conduta atípica.
E) sobre a ilicitude do fato isenta o agente de pena quando
evitável.
GABARITO: B.
4. ILICITUDE E CUPABILIDADE
a l
4.1. Ilicitude
io n
a c
c ER
É relação de contrariedade entre o fato típico penal e o ordenamento jurídico
u
permitindo a conduta típica também será ILÍCITA. E M d IL
como um todo, inexistindo qualquer exceção determinando, incentivando ou
e
rt RO
p o OR
Causas de Exclusão da Ilicitude (Descriminantes ou Justificantes): as causas
S C 41- m u H 89
podem ser legais (previstas em lei) ou supralegal (não prevista em lei).
a) Causas legais de exclusão da ilicitude estão na parte geral do Código
um IZ .7 .co
Penal, mais especificamente no art. 23, do CP, ou na parte especial, bem
V O er L
. 0
U4 ma4 il
como na legislação penal extravagante.
d R 4 3 g
Art. 23, CP - Não há crime quando o agente pratica o fato:
A PE D 0 er@
l
I - em estado de necessidade;
mi
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
p lc
direito.
Requisitos Objetivos:
ESTADO DE NECESSIDADE a) perigo atual;
p o OR
S C 41- m u H 89
Requisito Subjetivo: conhecimento da situação de fato
justificante.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
ATENÇÃO! Não é possível legítima defesa presumida,
real contra culposa (putativa), contra estado de
d R 4 3 g necessidade ou outra excludente de ilicitude real.
A PE D 0 er@
l
Art.23, III, CP
mi
ESTRITO CUMPRIMENTO p lc
Os agentes públicos, no desempenho de suas
atividades, não raras vezes, devem agir interferindo na
DO DEVER LEGAL esfera privada dos cidadãos, exatamente para
assegurar o cumprimento da lei. Essa intervenção
redunda em agressão a bens jurídicos como a
liberdade, a integridade física ou a própria vida. Dentro
de limites aceitáveis, tal intervenção é justificada pelo
estrito cumprimento de um dever legal4.
4
Rogério Sanches
um IZ .7 .co
h) o consentimento deve ser expresso (há doutrina que
V O er L.
U
0
4
4 ma il
admite o consentimento tácito).
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
O agente, em qualquer das hipóteses de excludentes de ilicitude, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
DISCRIMINANTES PUTATIVAS
4.2. Culpabilidade:
d R 4 3 g
c) em razão de embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior (art.
A PE D 0 er@
28, §1º, do CP).
l
mi
lc
Potencial Consciência da Ilicitude: possibilidade de o agente conhecer o
p
caráter ilícito da sua conduta. Em resumo, a capacidade de o agente saber
que age de forma contrária ao ordenamento jurídico.
Erro de proibição: O agente sabe exatamente o que faz, mas desconhece sua
ilicitude. Ex.: Holandês que fuma maconha no Brasil pensando que aqui sua
conduta também não é ilícita.
um IZ .7 .co
V Oer L U
0
4
4 mail
II. As fontes das causas de justificação são a lei, a necessidade e
a falta de interesse.
.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
III. Os efeitos das causas excludentes de antijuridicidade se
l i
estendem à esfera extrapenal.
m
p lc
IV. O consentimento do ofendido é causa de exclusão de
ilicitude expressa no CP.
a) I e III.
b) I e IV
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
GABARITO: C
a l
io n
a c
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-
MA - Defensor Público
u c ER
E M d IL
A legítima defesa: e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
A) é meio de exclusão da ilicitude em face de qualquer injusta
agressão, desde que os bens jurídicos atacados sejam o
um IZ .7 .co
patrimônio, a vida ou a integridade corporal.
V er L
O
U
.
4
0
il
B) é cabível ainda que o bem agredido esteja submetido a outra
4 ma
forma de especial proteção, como o proprietário que ameaça o
d R 4 3 g
inquilino para que preserve o imóvel.
A PE D 0 er@
C) se legitima como forma de exclusão da antijuridicidade diante
l i
de agressão injusta, entendida como aquela realizada mediante
m
p lc
comportamento do agressor que implique em crime doloso.
D) quando praticada em excesso, após cessada a agressão,
implica em punição na modalidade culposa.
E) exclui a antijuridicidade da conduta quando repele agressão
injusta que esteja ocorrendo ou em vias de ocorrer, desde que a
ação defensiva seja moderada e utilize os meios necessários.
GABARITO: E.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-
RS - Defensor Público
u c ER
cerca de 5 metros da esquina de sua casa, Jorge assustou-se
d IL
com dois homens que dobraram a esquina correndo, os quais,
E M
e
ao vê-lo, apontaram-lhe as armas que portavam. Diante da
rt RO
situação sinistra em que se via, Jorge não titubeou e agiu
p o OR
conforme seus treinamentos: sacou seu revólver com extrema
S C 41- m u H 89
rapidez e habilidade e, com disparos certeiros, atingiu
letalmente os dois homens que lhe apontavam as armas.
um IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
Jorge, então, acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro
O . 0
d R 4 3
médico de emergência, que compareceram ao local, tendo os
g
A PE D 0 er@
agentes militares constatado que os homens atingidos eram
l
dois policiais civis que participavam de uma operação contra o
mi
tráfico no bairro e se preparavam para prender alguns suspeitos
p lc
em flagrante.
E M d IL
(enquanto não se tiver certeza que a
pena vai evitar a reincidência, essa pena
e
rt RO
continuará a sendo executada).
p o OR
S C 41- m u H 89 Essa teoria trabalha mais com o agente
do que com o fato.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il prevenção.
d R 3 g
TEORIA ECLÉTICA OU UNIFICADORA OU A pena é retribuição proporcional ao
4
A PE D 0 er@
MISTA
l
mal culpável do delito, mas também
Preconizada por Nilo Batista e Eugenio Raúl Zaffaroni, parte da confrontação entre a l
os modelos ideais de estado de polícia e de direito para melhor compreender a
io n
a
função política do Direito Penal e precisar o conceito e as implicações da pena.c
u c ER
E M d IL
A teoria negativa/ agnóstica da pena refuta as funções positivas declaradas ou
manifestas da pena (retribuição e prevenção geral e especial), asseverando que as
e
rt RO
teorias positivas da pena são legitimantes do estado de polícia, sociologicamente
p o OR
falsas por serem baseadas em generalizações arbitrárias e carentes de comprovação
u H 89
empírica e acobertadoras do real exercício do poder punitivo.
S C 41- m
um IZ .7 .co
A teoria agnóstica estabelece um conceito de pena que é negativo por duas razões:
V O er L.
U
0
4
4 ma il
a) não concede qualquer função positiva a pena; b) é obtido por exclusão (trata-se
de coerção estatal que não entra no modelo reparador nem no administrativo
d R 4 3 g
direto). E agnóstico quanto a sua função, pois confessa não a conhecer 7.
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
5.2. Espécies de Pena:
6
Masson. Cléber Rogério. Op. Cit.
7
Roig, Rodrigo Duque Estrada. Aplicação da pena: limites, princípios e novos parâmetros - 2. ed.
- São Paulo : Saraiva, 2015.
1ª FASE: o juiz fixa a Pena Base (circunstâncias judiciais do art. 59, CP) sobre a pena
simples ou qualificada.
a c
c ER
2ª FASE: Pena Intermediária / Provisória – o juiz considera agravantes (arts. 61 e 62,
u
CP) e atenuantes (arts. 65 e 66, CP).
E M d IL
e
rt RO
3ª FASE: Pena Definitiva – causas de aumento e diminuição da pena.
p o OR
S C 41- m u H 89
Calculada a pena privativa de liberdade, o juiz, em seguida, deve anunciar o
Regime Inicial de cumprimento de pena.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Depois de fixado o regime inicial, o magistrado deve analisar a possibilidade
de Substituição da Pena Privativa de Liberdade por Penas Alternativas ou conceder
d
o “Sursis”. R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
Agravantes: em regra, as agravantes sempre agravam a pena, SALVO:
m
idem”. p lc
a) Quando constituem ou qualificam o crime. Isso se dá para evitar “bis in
a l
io n
a c
u c ER
d IL
Na terceira fase, o juiz não está adstrito aos limites mínimos e máximos previstos
E M
e
no preceito secundário, isto é, ao aplicar as causas de aumento ou de diminuição de
rt RO
pena, o juiz pode ultrapassar o limite máximo da pena em abstrato ou reduzir aquém
do mínimo.
p o OR
S C 41- m u H 89
Concurso de atenuantes e agravantes:
um IZ .7 .co
V O er L.
U 4
4 ma il
Art. 67, CP - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve
0
aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes,
d R 4 3 g
entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do
A PE D 0 er@
l
crime, da personalidade do agente e da reincidência.
mi
p lc
ATENÇÃO! A jurisprudência estabeleceu uma ordem de preponderância:
1) 1ª Atenuantes da MENORIDADE /SENILIDADE;
2) 2ª Agravante da REINCIDÊNCIA;
3) 3ª ATENUANTES / AGRAVANTES SUBJETIVAS;
4) 4ª ATENUANTES / AGRAVANTES OBJETIVAS.
Agravante da Reincidência:
Art. 63, CP - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo
crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Requisitos da Reincidência:
a) Trânsito em julgado de sentença penal condenatória por crime anterior;
+
b) Cometimento de novo crime: Basta o cometimento de novo crime para a
reincidência. Assim, a sentença que condena nesse novo crime apenas
Em síntese:
SENTENÇA COMETIMENTO DE NOVA RESULTADO
CONDENATÓRIA INFRAÇÃO
DEFINITIVA
Crime Crime Reincidência
(praticado no Brasil ou no (art. 63, do CP)
estrangeiro)
Crime Contravenção Penal
a l
Reincidência
(praticado no Brasil ou no n
(art. 7º, do LCP)
io
estrangeiro)
a c
Contravenção Penal Contravenção Penal
u c ER Reincidência
(no Brasil)
Contravenção Penal Crime
E M d IL (art. 7º, do LCP)
Não configura
(no Brasil) e
rt RO Reincidência
p o OR
Contravenção Penal
(estrangeiro) S C 41- m u H 89
Contravenção Penal (Brasil)
Não configura
Reincidência
um IZ .7 .co
V er L
. 0
U
4 ma 4 il
Art. 120, do CP - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
O
d R 4 3
efeitos de reincidência. g
A PE D 0 er@
l
i
Para efeito de reincidência:
m
p lc
a) não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou
extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou
do livramento condicional, se não ocorrer revogação (prazo depurador). É
o sistema da temporariedade
b) não se consideram os crimes militares próprios e políticos. (CAI MUITO!!)
c) prova-se com a certidão cartorária (Entendimento pacificado no STJ)
ATENÇÃO! DIVERGÊNCIA
STF Basta a folha de
antecedentes
STJ Indispensável a certidão
cartorária
V O er L
.
U
0
4
CONCURSO DE 02 CAUSAS DE
4 ma il
DIMINUIÇÃO PREVISTAS NA PARTE Obs.: a segunda diminuição recai sobre
d R 4 3
GERAL DO CPg a pena já diminuída (p. da incidência
A PE D 0 er@
l cumulativa).
CONCURSO DE 02 CAUSAS DE
mi Aplicação de ambas.
p lc
DIMINUIÇÃO, UMA PREVISTA NA
PARTE GERAL E OUTRA NA PARTE Obs.: a segunda diminuição recai sobre
ESPECIAL DO CP a pena já diminuída (p. da incidência
cumulativa).
o magistrado escolhe se aplica as 2
CONCURSO DE 02 CAUSAS DE causas de diminuição (observando o
DIMINUIÇÃO PREVISTAS NA PARTE princípio da incidência cumulativa) ou
ESPECIAL DO CP se aplica somente a que mais diminui
a pena, incide o art. 68, parágrafo
único, do CP.
a c
5.4. Fixação do Regime Inicial de Cumprimento de Pena:
u c ER
E M d IL
e
rt RO
Após fixar o quantum da pena, o magistrado deve estabelecer o regime inicial
o OR
e posterior analisar se é caso se substituição da pena privativa de liberdade por
p
S C 41- m u H 89
restritivas de direito ou de SURSIS da pena.
Art. 33, do CP - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado,
um Z .7 .co
semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto,
I
er L U il
salvo necessidade de transferência a regime fechado.
4
4 ma
§ 1º - Considera-se:
d V R O
4 3 . 0
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança
g
A PE D 0 er@
l
máxima ou média;
b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial
i
ou estabelecimento similar;
m
p lc
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais
rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la
em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos
e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime
semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4
(quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
§3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á
com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.
(CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS)
Espécies:
a) Prestação de Serviços à Comunidade;
b) Limitação de Fim de Semana;
c) Interdição Temporária de Direitos;
a l
d)
e)
Prestação Pecuniária;
Perda de Bens e Valores.
io n
a c
u c ER
Características: há autonomia e substutividade em relação as penas privativas
d IL
de liberdade, todavia há exceções. Ex.: O Art. 28 da Lei de Drogas prevê
E M
principal. e
sanções restritivas de direito não em substituição, mas sim como medida
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
As restritivas de direitos têm, em regra, a mesma duração das penas
privativas de liberdade substituídas, conforme o art. 55, do CP. Excepcionalmente, há
um IZ .7 .co
er L
restritivas de direitos (de natureza real) com duração diferente da pena privativa de
U 4
4 ma il
liberdade substituída. (Perda de Bens e Valores e Prestação Pecuniária). Ademais, a
d V R O
4 3 . 0
Prestação de Serviços à Comunidade pode ser cumprida em menor tempo do que a
g
A PE D 0 er@
pena privativa de liberdade substituída, conforme art. 46, §4º, do CP.
l
mi
Art. 46, CP - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é
(...) p lc
aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
b) o condenado não seja reincidente em crime doloso;
c) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do
d R 4 3 g
agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão
A PE D 0 er@
do benefício;
l i
d) não seja indicada ou cabível a substituição por restritivas de direito.
m
p lc
Sursis etário e humanitário: cabível na execução de penas privativas de
liberdade não superior a 4 ANOS poderá ser suspensa, por um período
QUATRO A SEIS ANOS, desde que o condenado seja maior de setenta anos de
idade (ETÁRIO), ou razões de saúde justifiquem a suspensão (HUMANITÁRIO).
Imposições:
Art. 78, do CP - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito
à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz.
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à
comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art.
48).
§ 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de
fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem
inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo
8
GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral - v. 1. 17. ed. Niterói: Impetus, 2016.
V O er L.
U
0
4
4 ma il do sursis significa converter o benefício
em prisão).
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l Art. 81, II, 2ª parte, CP - Não efetuar,
mi sem motivo justificado, a reparação do
p lc dano. Se a reparação do dano ocorre
antes da sentença, deve ser concedido
sursis especial para o agente.
a l
io n
a c
c ER
Obs: O não pagamento da pena de multa não admite revogação, sequer facultativa.
u
E M d IL
e
rt RO
Prorrogação do Sursis (art. 81, §2º, do CP):
p o OR
Prorrogação do período de prova
S C 41- m u H 89
Art. 81, do CP – (...)
um IZ .7 .co
§2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o
julgamento definitivo.
d R 4 3 g
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la,
A PE D 0 er@
l
prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.
No Brasil, essa teoria foi aplicada na Lei 11.340/06 (o legislador quis evitar as
lesões mais graves) – Lei Maria da Penha: combate com rigor todo e qualquer tipo de
violência doméstica contra a mulher.
a l
io n
Ex. lesão corporal leve contra a mulher: não cabe transação, suspensão condicional.
Etc.
a c
u c ER
JURISPRUDÊNCIA E M d IL
e
rt RO
p o OR
LEI DE DROGAS: O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da
S C 41- m u H 89
pena. De acordo com a Lei nº 11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a
quantidade da droga apreendida para o cálculo da dosimetria da pena. STF. (Info
818).
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
TEORIA GERAL DA PENA: É legítima a fixação de regime inicial semiaberto, tendo em
d R 4 3 g
A PE D
conta a quantidade e a natureza do entorpecente, na hipótese em que ao
0 er@
condenado por tráfico de entorpecentes tenha sido aplicada pena inferior a 4 anos
l
de reclusão. STF (Info 819).
mi
p lc
LEI DE DROGAS. MAUS ANTECEDENTES: Possibilidade de, no caso concreto,
desconsiderar condenações anteriores datadas há mais de 5 anos para fins de maus
antecedentes. Para o entendimento pacificado no STJ, mesmo ultrapassado o lapso
temporal de cinco anos, a condenação anterior transitada em julgado é considerada
como maus antecedentes. Apesar disso, em um caso concreto, o STJ decidiu rela-
tivizar esse entendimento e afirmou que era possível a aplicação da minorante
prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 em relação a réu que, apesar de ser
tecnicamente primário ao praticar o crime de tráfico, ostentava duas condenações (a
primeira por receptação culposa e a segunda em razão de furto qualificado pelo
concurso de pessoas) cujas penas foram aplicadas no mínimo legal para ambos os
delitos anteriores (respectivamente, 1 mês em regime fechado e 2 anos em regime
aberto, havendo sido concedido sursis por 2 anos), os quais foram perpetrados sem
violência ou grave ameaça contra pessoa, considerando-se ainda, para afastar os
maus antecedentes, o fato de que, até a data da prática do crime de tráfico de
TEORIA GERAL DA PENA: Se o réu, não reincidente, for condenado, por tráfico de
drogas, a pena de até 4 anos, e se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP forem
positivas (favoráveis), o juiz deverá fixar o regime aberto e deverá conceder a
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, preenchidos os
requisitos do art. 44 do CP. A gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para justificar a fixação do regime mais gravoso. STF. (Info 821).
p o OR
S C 41- m u H 89
DOSIMETRIA DA PENA: É possível compensar a atenuante da confissão espontânea
(art. 65, III, “d”, do CP) com a agravante da promessa de recompensa (art. 62, IV).
m Z .7 .co
STJ. 5ª Turma. HC 318.594-SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 16/2/2016 (Info
u I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
577). ATENÇÃO! TESE IMPORTANTE PARA DEFENSORIAS!!
d R 3 g
O réu praticou o crime com violência contra a mulher. Isso configura uma agravante
4
A PE D 0 er@
(art. 61, I, "f", do CP). No entanto, ele confessou a prática do crime, o que é uma
l i
atenuante (art. 65, III, "d"). Diante disso, qual dessas circunstâncias irá prevalecer?
m
p lc
Nenhuma delas. Elas irão se compensar. Segundo decidiu o STJ, compensa-se a
atenuante da confissão espontânea (art. 65, III, "d", do CP) com a agravante de ter
sido o crime praticado com violência contra a mulher (art. 61, II, "f", do CP). STJ. 6ª
Turma. AgRg no AREsp 689.064-RJ, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado
em 6/8/2015 (Info 568). ATENÇÃO! TESE IMPORTANTE PARA DEFENSORIAS!!
Caso o réu tenha confessado a prática do crime (o que é uma atenuante), mas seja
reincidente (o que configura uma agravante), qual dessas circunstâncias irá
prevalecer?
1ª) Posição do STJ: em regra, reincidência e confissão se COMPENSAM. Exceção: se o
réu for multirreincidente, prevalece a reincidência.
2ª) Posição do STF: a agravante da REINCIDÊNCIA prevalece.
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1.424.247-DF, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
3/2/2015 (Info 555). ATENÇÃO! TESE IMPORTANTE PARA DEFENSORIAS!!
a l
da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade depende da ocorrência
n
dos requisitos legais (descumprimento das condições impostas pelo juiz da conde-
io
c
nação), não cabendo ao condenado, que nem sequer iniciou o cumprimento da
a
c ER
pena, escolher ou decidir a forma como pretende cumprir a sanção, pleiteando
u
d IL
aquela que lhe parece mais cômoda ou conveniente. STJ. (Info 584).
E M
e
rt RO
DOSIMETRIA. CUSTO DA INVESTIGAÇÃO: Os elevados custos da atuação estatal
o OR
para apuração da conduta criminosa e o enriquecimento ilícito obtido pelo agente
p
S C 41- m u H 89
não constituem motivação idônea para a valoração negativa do vetor
“consequências do crime” na 1ª fase da dosimetria da pena. Em outras palavras, o
m Z .7 .co
fato de o Estado ter gasto muitos recursos para investigar os crimes (no caso, era
u I
V er L0
U4 ma4 il
uma grande operação policial) e de o réu ter obtido enriquecimento ilícito com as
práticas delituosas não servem como motivo para aumentar a pena-base. STF. (Info
O .
845)
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
LEI DE DROGAS. Se o réu, não reincidente, for condenado, por tráfico de drogas, a
m
p lc
pena de até 4 anos, e se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP forem positivas
(favoráveis), o juiz deverá fixar o regime aberto e deverá conceder a substituição da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, preenchidos os requisitos do
art. 44 do CP. A gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para
justificar a fixação do regime mais gravoso. STF. 1ª Turma. HC 129714/SP, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgado em 11/10/2016 (Info 843). STF. 1ª Turma. HC 130411/SP, red.
p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 12/4/2016 (Info 821). STF. 2ª Turma. HC
133028/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 12/4/2016 (Info 821).
a l
FURTO: O pagamento do débito oriundo de furto de energia elétrica (art. 155, § 3º
n
do CP) antes do oferecimento da denúncia é causa de extinção da punibilidade, nos
io
termos do art. 9º da Lei nº 10.684/2003?
a c
6ª Turma do STJ: SIM
u c ER
E M d IL
O valor fixado como contraprestação de serviços públicos essenciais como a energia
elétrica e a água, conquanto não seja tributo, possui natureza jurídica de preço
e
rt RO
público, aplicando-se, por analogia, as causas extintivas da punibilidade previstas
para os crimes tributários.
p o OR
26/09/2017. S C 41- m u H 89
STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 796.250/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
Prefeito que, ao sancionar lei aprovada pela Câmara dos Vereadores, inclui artigo
que não constava originalmente no projeto votado pratica o crime de falsificação de
documento público (art. 297, § 1º do CP). No momento da dosimetria, o fato de o
réu ser Prefeito não pode ser utilizado como circunstância desfavorável para
aumentar a pena-base na primeira fase e, em seguida, ser empregado como causa
de aumento do § 1º do art. 297 do CP. Se ele for utilizado duas vezes, haverá bis in
idem. Assim, essa circunstância (condição de Prefeito) deve ser considerada apenas
uma vez, na terceira fase da pena, como majorante (causa de aumento). STF. 1a
turma. AP 971/RJ, Rel. Min. Edson Fachin, j. em 18/6/2016.
Aumento de pena pelo fato de a corrupção ter sido praticada por Promotor ou
O fato de o réu ter bons antecedentes pode ser considerado como uma atenuante
inominada do art. 66 do CP? NÃO. Não caracteriza circunstância relevante anterior
a l
ao crime (art. 66 do CP) o fato de o condenado possuir bons antecedentes criminais.
n
Isso porque os antecedentes criminais são analisados na 1ª fase da dosimetria da
io
c
pena, na fixação da pena-base, considerando que se trata de uma circunstância
a
c ER
judicial do art. 59 do CP. STJ. 6ª Turma. REsp 1405989/SP, Rel. Min. Sebastião Reis
u
d IL
Júnior, Rel. p/ Acórdão Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/08/2015 (Info 569).
E M
e
rt RO
João, reincidente, foi condenado a uma pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em
o OR
regime inicial fechado, pela prática do crime de furto simples (art. 155, caput, do
p
S C 41- m u H 89
CP). A defesa postulou a aplicação do regime aberto com base no princípio da
insignificância, considerado o objeto furtado ter sido apenas uma garrafa de licor. O
m Z .7 .co
STF decidiu impor o regime semiaberto. Entendeu-se que, de um lado, o regime
u I
V er L0
U4 ma4 il
fechado deve ser afastado. Por outro, não se pode conferir o regime aberto para um
condenado reincidente, uma vez que isso poderia se tornar um incentivo à
O .
d R 3 g
criminalidade, ainda mais em cidades menores, onde o furto é, via de regra,
4
A PE D 0 er@
perpetrado no mesmo estabelecimento. A reincidência delitiva do paciente, que
l i
praticou o quinto furto em pequeno município, eleva a gravidade subjetiva de sua
m
p lc
conduta. STF. 1ª Turma. HC 136385/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 7/8/2018 (Info 910).
e
rt RO
SÚMULAS
p o OR
S C 41- m u H 89
um
SV 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do
IZ .7 .co
er L U il
condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese,
4
4 ma
os parâmetros fixados no RE 641.320/RS
d V R O
4 3 . 0 g
Súmula 171 do STJ: Cominadas cumulativamente, em lei especial, penas privativas
A PE D 0 er@
de liberdade e pecuniária, é defeso a substituição da prisão por multa.
l
mi
Súmula 231 STJ – a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à
p lc
redução da pena abaixo do mínimo legal.
Súmula 241 STJ: a reincidência penal não pode ser considerada como circunstância
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
Súmula 269, STJ: É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judiciais (CAI MUITO!!!)
Súmula 440, do STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da
sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.
Súmula 443, STJ - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de
roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a
sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.
Súmula 444, STJ – é vedada a utilização de inquéritos policias e ações penais em
E M d IL
Súmula 526-STJ: O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de
e
rt RO
fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde – DISPENSA –
p o OR
do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal
instaurado para apuração do fato.
S C 41- m u H 89
um
Súmula 587, do STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei
IZ .7 .co
er L
11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da
U4 ma4 il
federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o
d V O 3 .
tráfico interestadual.
R 4
0 g
A PE D 0 er@
Súmula 588, do STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com
l i
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da
m
p lc
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos
Súmula 698, STF: Não se estende aos demais crimes hediondos a admissibilidade de
progressão no regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
Súmula 715/STF: a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de
cumprimento, determinado pelo art. 75 do código penal, não é considerada para a
concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais
favorável de execução.
Súmula 718, do STJ: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime
não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o
permitido segundo a pena aplicada.
Súmula 716, STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena ou a
aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em
julgado da sentença condenatória.
Súmula 717, STF: Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada
ALTERNATIVA: D
um
reconhecida pela jurisprudência, tem como fundamento maior a
IZ .7 .co
er L
prevenção geral e especial, afastado o caráter retributivo por
U 4 il
4 ma
expressa definição legal, e permite ao juiz, em qualquer fase da
d V O 3 . 0 g
dosimetria, aumentar ou diminuir a pena aquém e além dos marcos
R 4
A PE D 0 er@
da pena prevista no tipo.
l i
e) a base da teoria unificadora dialética da pena é a de que o
m
p lc
direito penal enfrenta o indivíduo de três maneiras: ameaçando com
penas, impondo-as e executando-as, e que cada uma dessas três
esferas de atividade necessita de justificação em separado, sempre
alternando entre retribuição, prevenção geral e especial.
GABARITO: B
Teoria Absoluta da Pena: a seria teria caráter utilitário de retribuição
do mal causado.
Teoria Relativa: a pena teria um objetivo, o de prevenir a ocorrência
de novos crimes.
- prevenção geral: é um controle geral da violência, destinando-se a
toda a sociedade. Pode ser negativa ou positiva: a) negativa: a pena
serve para desestimular a prática criminosa; b) positiva: demonstra a
possibilidade de incidência da norma penal.
- prevenção especial: destinada diretamente ao apenado. Também
p o OR
S C 41- m u H 89
um
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-MA -
IZ .7 .co
er L U
Defensor Público
4 il
4 ma
d V R O
4 3 . 0 g
Sobre a prescrição é correto afirmar que:
A PE D 0 er@
l
m i
plc penal que absolve o réu é causa de interrupção da
A) a sentença
prescrição.
B) ainda que seja causa que interrompe a prescrição, o início do
cumprimento da pena não faz com que o prazo volte a correr da
data dessa interrupção.
C) com a concessão do livramento condicional volta a correr o prazo
para a prescrição da pretensão executória.
D) o acórdão meramente confirmatório da decisão de pronúncia não
interrompe a prescrição da pretensão punitiva.
E) entre a data do fato e o recebimento da denúncia a prescrição
pode ocorrer de forma retroativa com base na pena aplicada na
sentença.
GABARITO: B ATENÇÃO! QUESTÃO COM ALTO NÍVEL DE ERROS!
A - ERRADA, uma vez que se o réu foi absolvido, não faz sentido
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-MA -
l
E) se a pena aplicada for superior a oito anos o regime inicial será
a
obrigatoriamente o fechado.
io
GABARITO: A ATENÇÃO! QUESTÃO COM ALTO NÍVEL DE ERROS! n
a c
u c ER
B - Previsão é inconstitucional (Recurso Extraordinário com Agravo
E Md IL
(ARE) 1052700, de relatoria do ministro Edson Fachin).
e
rt RO
C - Art. 33 § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento
p o OR
da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59
S C 41- m u H 89
deste Código. Cód Penal
um IZ .7 .co
V O er L U
4 ma 4 il
D - Não existe tal previsão.
. 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
E - A pena superior a 8 anos somente inicirará no regime fechado se
l i
for de reclusão, se for detenção será regime semi-aberto.
m
plccrimes.
Agora, vamos estudar alguns
6.1 Homicídio
HOMICÍDIO SIMPLES (art. 121, do CP): Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte
anos.
Só é hediondo quando praticado por grupo de extermínio (art. 1º, I, Lei
8.092/90).
TRANSFORMEI EM TABELA
e
rt RO
p
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (art. 121, §1º): o OR
S C 41- m u H 89
Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
um IZ .7 .co
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação
er L U 4
4 ma il
da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
V O . 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
m i
Causa de diminuição dap lc precisa ser reconhecida pelos jurados (Júri);
pena:
Sob o domínio de violenta emoção x sob influência de emoção: a 1ª é
privilegiadora, já a 2ª é mera atuante.
Art. 30, do CP - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter
pessoal, salvo quando elementares do crime. Como o privilégio só altera a pena, e
não o crime, trata-se de mera circunstância, e não de elementar. Logo, não se
comunica.
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
(...)
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o
crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
(...)
Aumento de pena
l
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
a
ou com deficiência;
io n
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos
c
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.” (NR)
a
com a seguinte alteração:
u c ER
Art. 2o O art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar
“Art. 1o (...)
E M d IL
e
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de
rt RO
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado
o OR
(art. 121, § 2o, I, II, III, IV, V e VI);
p
S C 41- m u H 89
Homicídio e lesão corporal qualificados: VII – contra autoridade ou agente
V O er L.
U
0
4
4 ma il
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Pena -
d R 4 3 g
reclusão, de doze a trinta anos.
A PE D 0 er@
l i
RESUMO: QUALIFICADORAS
m
p lc “Paga recompensa”: o recebimento é
prévio. Ele recebe a recompensa e,
após, comete o crime.
“Promessa de recompensa”: o
pagamento é convencionado a um
momento posterior ao crime. Deve ter
natureza econômica.
ATENÇÃO!
Informativo 452, STJ: Depende do que
fundamenta essa vingança. Se você se
vinga de algo torpe, a vingança será
torpe. Se você se vinga de algo que não
é torpe, a vingança não será torpe.
Su H -89
não é motivo fútil.
Atenção! Um motivo não pode ao
m Z C 41 om mesmo tempo ser torpe e fútil.
r u U I 4 .7 il.c São meios de execução
e
V RO 43. gm L 4 0a
d
III - com emprego de veneno
A ED 0 r@
(veneficídio – a vítima deve desconhecer
Qualificadora de caráter objetivo
P i le
que está sendo envenenado), fogo, “Meio insidioso”: é meio fraudulento.
p lcm
explosivo, asfixia (mecânia/tóxica),
tortura (exemplos) ou outro meio “Meio cruel”: é aquele que causa à
insidioso ou cruel, ou de que possa vítima um intenso e desnecessário
resultar perigo comum (encerramento sofrimento físico e/ou moral.
genérico)
“Meio de que possa resultar perigo
comum”: Perigo comum é a
probabilidade de dano a um número
indeterminado de pessoas. Basta a
possibilidade de ocorrer o perigo
comum.
IV - à traição (física/moral: aproveita de São modos de execução.
uma confiança preexistente), de
emboscada (tocaia), ou mediante Qualificadora de caráter objetivo
dissimulação (o agente faz surgir uma
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
ATENÇÃO PARA A NOVIDADE LEGISLATIVA:
m
Lei 13.681/181,
lc
que altera a Lei Maria da Penha e torna crime o
p
descumprimento das medidas protetivas de urgência impostas pelo juiz.
§6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de extermínio.
a l
HOMICÍDIO CULPOSO (art. 121, §3º):
io n
a c
c ER
Se o homicídio é culposo: Pena – detenção, de um a três anos.
u
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Homicídio culposo: infração de médio potencial ofensivo, admitindo a suspensão
m
condicional do processo.
u IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
Art. 302, Lei 9.503/97 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor
O .
d R 3 g
(especializante): Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição
4
A PE D 0 er@
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
l
mi
p lc Homicídio culposo
Art. 121, §3º, do CP Art. 302, do CTB
Pena de 1 a 3 anos Pena de 2 a 4 anos
Admite-se suspro Não se admite suspro
a l
io n
a c
Bagatela própria x bagatela imprópria: a própria é sinônimo de princípio da
u c ER
insignificância, ou seja, o fato já nasce insignificante, atingindo a tipicidade material.
d IL
Já na imprópria, há relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico, mas a pena
E M
e
será desnecessária. Trata-se de um ato unilateral, que extingue a punibilidade.
rt RO
o OR
Súmula 18 do STJ: a sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da
p
u H 89
extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
S C 41- m
m Z .7 .co
Art. 120, do CP - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
u I
V O er L
efeitos de reincidência.
. 0
U
4 ma 4 il
d R
JURISPRUDÊNCIA
4 3 g
A PE D 0 er@
l i
HOMICÍDIO CULPOSO: O fato de o autor de homicídio culposo na direção de veículo
m
p lc
automotor estar com a CNH vencida não justifica a aplicação da causa especial de
aumento de pena descrita no inciso I do § 1º do art. 302 do CTB. O inciso I do § 1º do
art. 302 pune o condutor que “não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
Habilitação”. O fato de o condutor estar com a CNH vencida não se amolda a essa
previsão não se podendo aplicá-lo por analogia in malam partem. STJ. (Info 581).
HOMICÍDIO. DOLO EVENTUAL. A qualificadora do motivo fútil (art. 121, § 2º, II, do
CP) é compatível com o homicídio praticado com dolo eventual? 1ª corrente: SIM. O
fato de o réu ter assumido o risco de produzir o resultado morte, aspecto
caracterizador do dolo eventual, não exclui a possibilidade de o crime ter sido
praticado por motivo fútil, uma vez que o dolo do agente, direto ou indireto, não se
confunde com o motivo que ensejou a conduta, mostrando-se, em princípio, compa-
tíveis entre si. STJ. 5ª Turma. REsp 912.904/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
06/03/2012. 2ª corrente: NÃO. A qualificadora de motivo fútil é incompatível com o
dolo, tendo em vista a ausência do elemento volitivo. STJ. 6ª Turma. HC 307.617-SP,
HOMICÍDIO. MOTIVO FÚTIL: Não incide a qualificadora de motivo fútil (art. 121, §
2º, II, do CP), na hipótese de homicídio supostamente praticado por agente que
disputava “racha”, quando o veículo por ele conduzido - em razão de choque com
outro automóvel também participante do “racha” - tenha atingido o veículo da
vítima, terceiro estranho à disputa automobilística. STJ. (Info 583).
E M d IL
delito de homicídio, pode ser levada em consideração para agravar
e
a pena, funcionando como circunstância judicial.
rt RO
No tocante ao crime de homicídio, é correto afirmar que
p o OR
S C 41- m u H 89
a) inadmissível a continuidade delitiva, por ser a vida um bem
m Z .7 .co
personalíssimo.
u I
V er L
O
U
. 0
4 il
b) possível o reconhecimento da chamada figura privilegiada
4 ma
do delito na decisão de pronúncia.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
c) a ausência de motivos e a embriaguez completa são
l i
incompatíveis com a qualificadora do motivo fútil, consoante
m
p lc
entendimento jurisprudencial.
d) possível a coexistência entre as qualificadoras dos motivos
torpe e fútil, segundo entendimento sumulado.
e) a chamada figura privilegiada é incompatível com as
qualificadoras do emprego de meio cruel e do motivo torpe.
GABARITO: C.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-RS -
Defensor Público
Nesse caso, é correto afirmar:
p o OR
do art. 70 (acréscimo de 1/6 até metade), já que excederia a
S C 41- m u H 89
determinação do § único mesmo artigo, no sentido da
impossibilidade das penas ultrapssarem aquelas que seriam
um IZ .7 .co
aplicadas pelo concurso material.
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: DPE-ES Prova: FCC - 2016 - DPE-ES -
0 er@
l
Defensor Público
mi
p lc
No tocante ao crime de homicídio, é correto afirmar que
A) inadmissível a continuidade delitiva, por ser a vida um bem
personalíssimo.
B) possível o reconhecimento da chamada figura privilegiada do
delito na decisão de pronúncia.
C) a ausência de motivos e a embriaguez completa são
incompatíveis com a qualificadora do motivo fútil, consoante
entendimento jurisprudencial.
D) possível a coexistência entre as qualificadoras dos motivos torpe
e fútil, segundo entendimento sumulado.
E) a chamada figura privilegiada é incompatível com as
qualificadoras do emprego de meio cruel e do motivo torpe.
GABARITO: C.
a l
io n
a c
c ER
Letra B) É impossível tal reconhecimento na decisão de pronúncia,
u
d IL
porque esse reconhecimento será feito pelo Júri.
E M
e
rt RO
Letra C) (CORRETA, consoante entendimento jurisprudencial.
o OR
Motivos já expostos acima.
p
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Letra D) Possível a coexistência entre as qualificadoras dos motivos
u I
V Oer L U
0
4
4 mail
torpe e fútil, segundo entendimento sumulado. Além de não haver
entendimento sumulado sobre o assunto, alguns tribunais de
.
d R 3 g
Justiça entendem que "Tratando-se de homicídio supostamente
4
A PE D 0 er@
cometido contra uma só vítima, é incompatível a incidência
l i
concomitante das qualificadoras do motivo fútil e torpe, porquanto
m
p lc
são antagônicas e de caráter subjetivo." obs: não encontrei nada
sobre tribunias superiores, se alguém puder complementar.
6.2 Aborto
Aborto eugenésico ou eugênico: feto com risco de nascer com alguma anomalia
física ou psíquica (anencéfalo).
- Dissenso presumido (art. 126, p.ú): a vontade das pessoas elencadas no dispositivo
é desconsiderada, uma vez que que a lei presumiu que elas não poderiam consentir,
sendo irresponsáveis. Neste caso, aplica-se o art. 125 ao terceiro e a gestante fica
isenta de sanção.
Segundo Sanches (2016, p. 102), “em qualquer dos casos, está presente a
figura do preterdolo”. No entanto, se o agente quis ou assumiu o risco quanto ao
resultado mais grave, responderá pelos dois crimes, em concurso formal (art. 70, CP).
a l
e)
n
Aborto legal: exclusão do crime (art. 128): Não se pune o aborto praticado
io
por médico: (Vide ADPF 54)
a c
u c ER
1) Aborto necessário: I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante.
E M d IL
e
Aborto necessário ou terapêutico. É necessário o preenchimento de 3
rt RO
meio capaz de salvar a gestante. p o OR
condições: a) ser praticado por médico; b) perigo de vida da gestante; c) ser o único
S C 41- m u H 89
um
2) Aborto no caso de gravidez resultante de estupro: II - se a gravidez
IZ .7 .co
er L
resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante
U 4
4 ma il
ou, quando incapaz, de seu representante legal.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Aborto sentimental, humanitário ou ético. Igualmente, exige 3 condições:
l
mi
a) ser praticado por médico; b) gravidez decorrente de estupro; c) prévio
consentimento da gestante ou de seu representante legal.
p lc
f) Aborto de anencéfalo.
ADPF 54: não existe crime de aborto de fetos anencéfalos. Decisão com
eficácia erga omnes e efeito vinculante, devendo retroagir. Decidiu-se que a conduta
a l
io n
a c
Ano: 2015. Banca: CESPE. Órgão: DPE-RN.
u c ER
E M d IL
Dalva, em período gestacional, foi informada de que seu bebê
QUESTÃO: e
rt RO
sofria de anencefalia, diagnóstico confirmado por laudos médicos.
ABORTO
p o OR
Após ter certeza da irreversibilidade da situação, Dalva, mesmo
S C 41- m u H 89
sem estar correndo risco de morte, pediu aos médicos que
interrompessem sua gravidez, o que foi feito logo em seguida.
um IZ .7 .co
er L U il
Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do STF,
4 ma 4
d V R O
4 3 0
a interrupção da gravidez
. g
A PE D 0 er@
l a) deve ser interpretada como conduta atípica e, portanto, não
criminosa.
m i
b)p lc ter sido autorizada pela justiça para não configurar
deveria
crime.
c) é isenta de punição por ter ocorrido em situação de aborto
necessário.
d) configurou crime de aborto praticado por Dalva.
e) configurou crime de aborto praticado pelos médicos com
consentimento da gestante.
GABARITO COMENTADO:
9
http://www.dizerodireito.com.br/2016/12/a-interrupcao-da-gravidez-no-primeiro.html
8. LESÃO CORPORAL
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Lesão dolosa leve (Art. 129, caput, do CP):
d R 4 3 g
Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
A PE D 0 er@
l
Pena - detenção, de três meses a um ano.
mi
p lc
Infração penal de menor potencial ofensivo (Lei 9.099/95).
Ação penal será pública condicionada à representação da vítima (art. 88, da Lei
9.099/95).
Art. 88, Lei 9.099/95 - Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial,
dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais
leves e lesões culposas. (NÃO SE APLICA NO CASO DA LEI MARIA DA PENHA)
COEXISTÊNCIA DE QUALIFICADORA
a l
O crime permanece único, aplicando-se as penas do parágrafo mais grave
io n
(SANCHES, 2016), sendo consideradas as demais como circunstâncias a serem
a c
c ER
valoradas quando da fixação da pena-base (1ª fase da dosimetria).
u
E M d IL
Art. 129, §1º, do CP – Lesão dolosa grave (ou lesão preterdolosa grave);
e
rt RO
p o OR
Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem
S C 41- m u H 89
§1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
um II - perigo de vida;
IZ .7 .co
er L
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
U 4
4 ma il
IV - aceleração de parto:
d V R O
4 3 . 0
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
g
A PE D 0 er@
Admite a suspensão condicional do processo e a ação é pública
l
incondicionada.
mi
p lc
Art. 129, §2º, do CP – Lesão dolosa gravíssima (ou lesão preterdolosa gravíssima):
Art. 1º, Lei 9.455/97 - Constitui crime de tortura: §3º Se resulta lesão
corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
A morte, aqui, é culposa. O autor não tem a intenção de matar, mas apenas
de ofender a integridade corporal ou a saúde da vítima.
Elementos da conduta:
a) conduta dolosa para ofender a integridade corporal ou a saúde da vítima;
b) morte culposa;
c) nexo causal entre a conduta e o resultado.
a l
Art. 129, §§4º e 5º, do CP – Privilégio e benefícios
io n
Diminuição de pena a c
u c ER
d IL
Art. 129, do CP - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
E M
e
rt RO
§4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor
p o OR
social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um
terço.
S C 41- m u H 89
m IZ .7 .co
Substituição da pena
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Art. 129, do CP - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
d R 4 3 g
§5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de
A PE D 0 er@
l
detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
mi
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
p lc
Art. 129, §6º, do CP – Lesão corporal culposa:
1) S C 41- m u H 89
contra ascendente, descendente ou irmão;
2) m IZ .7 .co
contra cônjuge ou companheiro;
u
3)
4)
V O er L
. 0
U 4 il
contra quem conviva ou tenha convivido;
4 ma
prevalecendo-se das relações domésticas, de coabitação ou de
d R 4 3
hospitalidade.g
A PE D 0 er@
l i
§9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão,
m
p lc
cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou,
ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação
ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas. www.adverum.com.br
a l
io n
a c
Ação Penal na violência doméstica e familiar do CP:
u c ER
E M d IL
Vítima homem: ação penal pública condicionada à representação, nos casos dos §§
e
rt RO
9º e 11º. Não é crime de menor potencial ofensivo, mas sua natureza é leve. No caso
o OR
de lesão corporal grave ou seguida de morte (§10º), a ação será pública
p
incondicionada.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
Vítima mulher: no §10, a ação será incondicionada. Mas há discussão nos casos dos
V O er L
§§ 9º e 11º (leves):
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A Lei 9.0099/95 modificou o tipo de ação penal nos casos de lesões leves e culposas,
A PE D 0 er@
que agora devem ser processadas por ação penal pública condicionada. No entanto,
l i
a Lei 11.340/06 proíbe a aplicação daquela lei aos crimes domésticos e em ambiente
m
lc
familiar, contra a mulher, sendo a ação pública incondicionada, nestes casos.
p
O STF, na ADI 4424, pacificou a questão e decidiu pela constitucionalidade do art. 41
da Lei 11.340, afirmando que a ação deverá ser pública incondicionada, ainda que a
lesão seja leve ou culposa.
Súmula 540, do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
p o OR
seja, uma dificuldade maior da mastigação, mas não configura deformidade
S C 41- m u H 89
permanente (§ 2º, IV). § 1º Se resulta: III - debilidade permanente de membro, senti-
do ou função; § 2º Se resulta: IV - deformidade permanente; STJ. (Info 590)
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
LESÃO CORPORAL: Não é inepta a denúncia que se fundamenta no art. 129, § 9º, do
CP – lesão corporal leve –, qualificada pela violência doméstica, tão somente em
d R 4 3 g
razão de o crime não ter ocorrido no ambiente familiar. Ex: João agrediu fisicamente
A PE D 0 er@
seu irmão na sede da empresa onde trabalham, causando-lhe lesão corporal leve. O
l i
agente deverá responder pelo art. 129, § 9º do CP. Sendo a lesão corporal praticada
m
p lc
contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, deverá incidir a
qualificadora do § 9º não importando onde a agressão tenha ocorrido. STJ. (Info
609).
LEI MARIA DA PENHA: Fixação do valor mínimo para reparação dos danos prevista
no art. 387, IV, do CPP. Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito
doméstico e familiar, é possível a fixação de valor mínimo indenizatório a título de
dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da parte ofendida,
ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução
probatória. CPP/Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos
sofridos pelo ofendido. STJ. 3ª Seção. REsp 1.643.051-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti
Cruz, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 621).
10
http://www.dizerodireito.com.br/2015/07/comentarios-sobre-lei-131422015-que.html
e
rt RO
e) a prática de lesão corporal leve em situação de lesões
p o OR
recíprocas pode ensejar a substituição da pena de detenção pela
de multa.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
R: E.
U 4 il
4 ma
d V R O 3 . 0
GABARITO COMENTADO:
4 g
A PE D 0 er@
l
a) 129,§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
mi
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta
p lc
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
b) o princípio da insignificância é aplicado às lesões levíssimas
(beliscões, arranhões etc)
c) ofensa à saúde é crime de lesão corporal, crime material;
necessitando, portanto, de resultado.
E M
função reprodutora da paciente. d IL
e
rt RO
e) dolosa gravíssima, já que causou a perda da função
o OR
reprodutora da paciente.
p
R: A
S C 41- m u H 89
Lesão corporal culposa majorada (art. 129, §7º): mesma
um IZ .7 .co
sistemática do homicídio culposo. Aumenta a pena de 1/3,
V O er L.
U
0
4
4 ma il
ocorrendo as hipóteses do art. 121, §4º: o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o
d R 4 3 g
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura
A PE D 0 er@
diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão
l
em flagrante.
mi
p lc
8. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
8.1. Furto
Bem jurídico tutelado: propriedade/posse.
FURTO FAMÉLICO12
Jurisprudência: estado de necessidade (art. 24, do CP), desde que:
a) praticado para saciar a fome;
b) único recurso capaz de saciá-la;
11
http://www.dizerodireito.com.br/2015/02/consumacao-do-furto.html
12
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: parte especial (arts. 121 a 361).
repouso noturno.
a l
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o
io n
A definição de repouso noturno depende do caso concreto.
a c
u c ER
E M d IL
De acordo com o STJ, é possível a aplicação da majorante tanto no furto
simples, quanto no furto qualificado. Ainda, é possível aplicar o privilégio do §2º ao
furto qualificado. e
rt RO
p o OR
c. Furto privilegiado ou mínimo:
S C 41- m u H 89
um Z .7 .co
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o
I
er L U
juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um
4 ma4 il
a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D
Requisitos: a) primariedade do agente e b) coisa de pequeno valor (se for
0 er@
insignificante, é atípico).
l
mi
p lc
PRIMARIEDADE: para a maioria, trata-se do não reincidente, ainda que tenha várias
condenações no passado.
d. Cláusula de Equiparação:
Rompimento de obstáculo:
O obstáculo deve ser externo à coisa subtraída. A violência contra o próprio
objeto não qualifica o furto. Assim, a jurisprudência considera que o
rompimento do quebra-vento dos veículos é violência contra a própria coisa,
a l
quando se busca furtar o aparelho de som do carro, por exemplo;
io n
A violência deve ser empregada antes da consumação, senão haverá
a c
concurso material de furto com dano;
u c ER
E M d IL
A “ligação direta” de veículo é considerada qualificadora pelo rompimento de
obstáculo. (CRÍTICA: Este entendimento absurdo deve ser criticado numa 2ª
e
rt RO
fase, ou numa oral, visto que viola o princípio da legalidade, da taxatividade)
o OR
Princípio da insignificância: apesar de o STF ter decisões nos dois sentidos,
p
S C 41- m
rompimento de obstáculo.
u H 89
prevalece que não cabe sua incidência no caso de furto qualificado pelo
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
Abuso de confiança: circunstância subjetiva.
Exige-se especial vínculo de lealdade ou fidelidade, sendo irrelevante a
d R 4 3 g
simples relação de emprego ou hospitalidade (RT 571/391) 14;
A PE D 0 er@
O agente deve se aproveitar desta relação;
l i
Também não se aplica o princípio da insignificância.
m
p
Furto qualificado pelo abuso de
lc Apropriação indébita
confiança
O dolo é anterior à posse. O dolo é posterior à posse.
Agente tem mero contato com a O agente tem a posse da coisa - posse
coisa, mas não a posse. A posse, nesse desvigiada.
caso, demanda a subtração.
13
Julgado citado por Rogério Sanches.
14
CUNHA, Rogério Sanches.
a c
anormal. Exige-se, para sua configuração, que o esforço do agente seja fora do
u c ER
comum para ele. Sendo assim, em provas da Defensoria especialmente, ainda que
E M d IL
existam posicionamentos contrários, devemos defender a imprescindibilidade da
perícia, para atestar a dificuldade superada pelo agente15.
e
rt RO
p o OR
Destreza: peculiar habilidade física ou manual para que a vítima não perceba o furto
S C 41- m u H 89
(ex.: batedores de carteira). A jurisprudência exige, para que se configure esta
qualificadora, que a vítima leve o bem junto ao seu corpo. Destarte, se a vítima sente
um IZ .7 .co
o furto, haverá apenas tentativa de furto simples, mas, se o agente for impedido por
er L U
4 ma 4 il
terceiro, haverá furto qualificado (Criticar este entendimento numa 2ª fase, ou oral.
V O . 0
Sangue verde sempre). Segundo o STJ, trata-se de excepcional habilidade.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Chave falsa: todo instrumento, ainda que sem forma de chave, que seja apto a abrir
l
mi
fechaduras (grampos, pregos, arames etc).
p lc
ATENÇÃO! A ligação direta não foi prevista como chave falsa, nem como
rompimento de obstáculo, de forma que, como, no Direito Penal, é vedada a
aplicação da analogia in malam partem, ela não poderia ser equiparada à chave
falsa, nem ao rompimento de obstáculo.
15
CUNHA, Rogério Sanches.
S C 41- m u H 89
CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade
um
do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
IZ .7 .co
er L U
4 ma 4 il
S. 567, STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por
V O . 0
d R 4 3
existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, por si só, não
g
A PE D 0 er@
torna impossível a configuração do crime de furto.
l
mi
S. 442, STJ: É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a
majorante do roubo.
p lc
JURISPRUDÊNCIA
Se o valor do bem é acima de 10% do salário mínimo vigente na época, o STJ tem
negado a aplicação do princípio da insignificância. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp
1558547/MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 19/11/2015.
Como regra, a aplicação do princípio da insignificância tem sido rechaçada nas
hipóteses de furto qualificado, tendo em vista que tal circunstância denota, em tese,
maior ofensividade e reprovabilidade da conduta. Deve-se, todavia, considerar as
16
Além destes, Rogério Sanches, através da citação de Hungria, condiciona a configuração do concurso
de agentes a presença in loco dos concorrentes.
17
Teoria Monista adotada pelo CP: a infração praticada pelos concorrentes é única, mas o CP tempera
essa teoria, considerando algumas exceções, como a participação através de conduta menos grave,
desde que não se preveja o resultado lesivo mais grave.
Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve
espaço de tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse
mansa e pacífica ou desvigiada. STJ. (Info 572).
E M d IL
Estatuto do Idoso. STJ. 6ª Turma. REsp 1358865-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior,
julgado em ...
e
rt RO
p o OR
Nos delitos patrimoniais, como é o caso do furto, não é válido o juiz aumentar a
S C 41- m u H 89
pena alegando que o motivo do crime era a obtenção de "ganho fácil" ("lucro fácil")
um
uma vez que esta circunstância é inerente ao aos crimes patrimoniais. STJ. 6ª Turma.
IZ .7 .co
er L U il
AgRg no REsp 1413263/MG, Rel. p/ Acórdão Min. Assusete Magalhães, julgado em
06/02/2014. 4 ma4
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
A conduta de violar o automóvel, mediante a destruição do vidro para que seja
l
mi
subtraído bem que se encontre em seu interior — no caso, um aparelho de som
automotivo — configura o tipo penal de furto qualificado pelo rompimento de
p lc
obstáculo à subtração da coisa, previsto no art. 155, § 4º, inciso I, do CP. STJ. 5ª
Turma. AgRg no REsp ... (ATENÇÃO: há controvérsia, defensores, e vocês vão
explorar nas fases subjetiva e oral)
a l
io n
a c
Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: DPE-ES
u c ER
E M d IL
No que concerne aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar
que e
rt RO
p o OR
a) há pluralidade de latrocínios, se diversas as vítimas fatais,
S C 41- m u H 89
ainda que único o patrimônio visado e lesado, conforme
entendimento pacificado dos tribunais superiores.
um IZ .7 .co
er L U il
b) possível o reconhecimento da figura privilegiada do delito
4
4 ma
d V R O
4
nos casos de furto qualificado, se primário o agente e de pequeno
3 . 0 g
valor a coisa subtraída, independentemente da natureza da
A PE D 0 er@
qualificadora, segundo entendimento sumulado do Superior
l
QUESTÕES:
FURTO
i
Tribunal de Justiça.
m
c) a lc
indispensabilidade do comportamento da vítima não
p critério
constitui de diferenciação entre o roubo e a extorsão.
d) a receptação própria não prevê modalidade de crime
permanente.
e) não constitui furto de energia a subtração de sinal de TV a
cabo, consoante já decidido pelo Supremo Tribunal Federal.
R: E.
GABARITO COMENTADO:
a) a pluralidade de vítimas no latrocínio é crime único, pois se
trata de crime contra o patrimônio. As mortes serão consideradas
na dosimetria da pena.
a l
e) vedação de analogia in mallam partem.
io n
Ano: 2015. Banca: CESPE. Órgão: DPE-RN
a c
u c ER
E M d IL
João, imputável, foi preso em flagrante no momento em que
e
subtraía para si, com a ajuda de um adolescente de dezesseis anos
rt RO
p o OR
de idade, cabos de telefonia avaliados em cem reais. Ao ser
interrogado na delegacia, João, apesar de ser primário, disse ser
S C 41- m u H 89
Pedro, seu irmão, para tentar ocultar seus maus antecedentes
um
criminais. Por sua vez, o adolescente foi ouvido na delegacia
IZ .7 .co
er L
especializada, continuou sua participação nos fatos e afirmou que
U 4 il
4 ma
já havia sido internado anteriormente pela prática de ato
d V O 3 . 0 g
infracional análogo ao furto.
R 4
A PE D 0 er@
l
mi
Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência dominante
dos tribunais superiores, em tese, João praticou os crimes de
p lc
a) furto qualificado privilegiado, corrupção de menores e falsa
identidade.
b) corrupção de menores e falsidade ideológica.
c) furto simples, falsa identidade e corrupção de menores.
d) furto qualificado e falsidade ideológica.
e) furto simples e corrupção de menores.
R: A
GABARITO COMENTADO:
a l
n
Falsa identidade: art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa
io
para causar dano a outrem. a c
identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou
u c ER
E M d IL
Súmula 546 STJ - A conduta de atribuir-se falsa identidade perante
e
autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada
rt RO
autodefesa.
p o OR
S C 41- m u H 89
falsidade ideológica” se encontra tipificado no art. 299 do Código
um
Penal, que assim determina:
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração
O . 0
d 3 g
que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração
R 4
A PE D 0 er@
falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
l
mi
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante
p lc
Ano: 2015. Banca: CESPE. Órgão: DPE-PE
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2017 - DPU -
Defensor Público Federal
O item a seguir, a respeito de crimes contra o patrimônio,
apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada à luz da doutrina e da jurisprudência pertinentes.
GABARITO: CORRETO.
8.2. Roubo
Bem jurídico tutelado: patrimônio e a liberdade individual da vítima.
O latrocínio é tipificado como crime hediondo (art. 1º, II, Lei 8.072/90).
a l
io n
c
A violência do roubo são as lesões leves ou as vias de fato, por a lesão grave e
a
a morte qualificam o roubo.
u c ER
E M
A simulação do uso de arma configura grave ameaça. d IL
e
rt RO
o OR
A superioridade numérica de agentes não caracteriza grave ameaça, tratando
p
de furto qualificado.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V er L U
0
4
4 ma il
Violência imprópria: qualquer outro meio, que não a violência ou a grave
ameaça, que limite ou impeça a defesa da vítima (boa noite cinderela).
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Roubo impróprio ou roubo por aproximação: a violência ou a grave ameaça
l i
não são usadas para subtrair a coisa, e sim para assegurar o sucesso do crime.
m
lc
Deve ser empregada após a efetiva subtração patrimonial.
p
Não se aplica o princípio da insignificância.
Art. 157: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer
meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de
quatro a dez anos, e multa.
a l
io n
a c
ARMA: há muita controvérsia na doutrina sobre o que seja arma. No entanto,
u c ER
prevalece, tanto na doutrina, quanto na jurisprudência, o sentido amplo do conceito,
d IL
abrangendo qualquer material, com ou sem finalidade bélica, desde que capaz de
E M
ferir alguém.
e
rt RO
p o OR
Sendo assim, para configurar a grave ameaça e, consequentemente, o crime de
S C 41- m u H 89
roubo, qualquer arma, ou simulacro de arma (de brinquedo), ainda que ineficiente,
serve. No entanto, para caracterizar a majorante do uso de arma, esta deve ser
um IZ .7 .co
er L
verdadeira, sendo dispensável a apreensão da arma para realização de perícia, desde
U 4
4 ma il
que sua utilização seja demonstrada por outros meios de prova. (outro ponto
criticável)
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
ATENÇÃO, DEFENSORES: numa peça ou numa questão da 2ª fase, importante que
mi
vocês demonstrem o conhecimento da corrente majoritária e da jurisprudência dos
p lc
tribunais superiores, mas sejam combativos e críticos. Neste caso, defendam o
sentido restrito, depois de demonstrarem conhecimento.
c
de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de
a
c ER
vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
u
E M
Crime contra o patrimônio qualificado pela morte. d IL
e
rt RO
p o OR
Deve-se avaliar o dolo do agente. Se sua intenção era apenas violar o
patrimônio da vítima e a morte era um meio, tem-se o latrocínio. No entanto,
S C 41- m u H 89
se a intenção inicial era a morte e, depois da consumação, o agente decidiu
um
subtrair os bens da vítima, haverá homicídio em concurso com furto.
IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
d
Subtração
R 4 3 g Morte Latrocínio
A PE D
Consumada0 er@
l
Consumada Consumado
Tentada
mi Tentada Tentado
Consumada
Tentada p lc Tentada
Consumada
Tentado (Prevalece)
Consumado (Súmula 610, STF)
18
ATENÇÃO, DEFENSORES: agentes não identificados? Isso deve ter feito ferver o sangue verde de
vocês. Numa 2ª fase e na oral, critiquem, mas demonstrem o conhecimento do que prevalece. Se não
se identificaram os agentes e eles são computados, deve haver, no mínimo, prova incontestável da
atuação destes, cujo ônus é exclusivo do Ministério Público. Sendo assim, não se desincumbindo deste
ônus, deve prevalecer o princípio da presunção de inocência, o in dubio pro reo, senão qualquer fofoca
é capaz de fundamentar uma condenação, o que não se admite num Estado Democrático de Direito.
a
• STJ: ocorrendo uma única subtração, porém com duas ou mais mortes, haverá l
concurso formal impróprio de latrocínios.
io n
c
• STF: sendo atingido um único patrimônio, haverá apenas um crime de latrocínio,
a
c ER
independentemente do número de pessoas mortas. O número de vítimas deve ser
u
também da doutrina majoritária.
E M d IL
levado em consideração na fixação da pena-base (art. 59 do CP). É a posição
e
rt RO
A prostituta maior de idade e não vulnerável que, considerando estar exercendo
o OR
pretensão legítima, arranca cordão do pescoço de seu cliente pelo fato de ele não
p
S C 41- m u H 89
ter pago pelo serviço sexual combinado e praticado consensualmente, pratica o
crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP) e não roubo (art.
m Z .7 .co
157 do CP). STJ. (Info 584).
u I
V er L
SÚMULAS SOBRE ROUBO
O .
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Súmula 582, STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem
l i
mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
m
p lc
seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. STJ. 3ª Seção. Aprovada em
14/09/2016, DJe 19/09/2016 (Info 590).
Súmula 610, STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que
não se realize o agente a subtração de bens da vítima.
a l
desvirtuar a finalidade dessa garantia constitucional, exceto quando a ilegalidade é
flagrante, hipótese em que se concede a ordem de ofício.
io n
c
2. A aplicação da atenuante da confissão espontânea (art. 65, III, "d", do Código
a
c ER
Penal) pressupõe que o réu reconheça a autoria do fato típico que lhe é imputado.
u
E M d IL
3. Hipótese em que o réu não admitiu a prática do roubo denunciado, pois negou o
emprego de violência ou de grave ameaça para subtrair o bem da vítima, numa clara
e
rt RO
tentativa de desclassificar a sua conduta para o crime de furto.
4. Habeas
o OR
corpus
p
não conhecido.
S C 41- m
03/09/2015, DJe 18/09/2015) u H 89
(HC 301.063/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em
m Z .7 .co
As causas de aumento de pena do § 2º do art. 157 do CP não se aplicam para o
u I
V er L0
U4 ma4 il
roubo qualificado pela lesão corporal grave nem para o latrocínio, previstos no § 3º
do art. 157. STJ. 6ª Turma. HC 330.831/RO, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
O .
d R 3
julgado em 03/09/2015.
4 g
A PE D 0 er@
No delito de roubo, se a intenção do agente é direcionada à subtração de um único
l i
patrimônio, estará configurado apenas um crime, ainda que, no modus operandi
m
p lc
(modo de execução), seja utilizada violência ou grave ameaça contra mais de uma
pessoa para a obtenção do resultado pretendido. Ex: Maria estava saindo do banco,
acompanhada de seu segurança. João, de arma em punho, deu uma coronhada no
segurança, causando lesão leve, e subtraiu a mala que pertencia a Maria. O agente
praticou um único roubo majorado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º, I
do CP), considerando que somente um patrimônio foi atingido. STJ. 6ª Turma. AgRg
no REsp 1490894-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 10/2/2015 (Info
556).
O sujeito entra no ônibus e, com arma em punho, subtrai apenas os bens que
estavam na posse do cobrador de ônibus: R$ 30,00 e um aparelho celular,
pertencentes ao funcionário, e R$ 70,00 que eram da empresa de transporte
coletivo. Quantos crimes ele terá praticado? Um único crime (art. 157, § 2º, I, do CP).
Em caso de roubo praticado no interior de ônibus, o fato de a conduta ter
ocasionado violação de patrimônios distintos (o da empresa de transporte coletivo e
o do cobrador) não descaracteriza a ocorrência de crime único se todos os bens
a l
n
CONTINUIDADE DELITIVA: Inexistência de continuidade delitiva entre roubo e
io
c
extorsão Não há continuidade delitiva entre os crimes de roubo e extorsão, ainda
a
c ER
que praticados em conjunto. Isso porque, os referidos crimes, apesar de serem da
u
E M d IL
mesma natureza, são de espécies diversas. STJ. 5ª Turma. HC 435.792/SP, Rel. Min.
Ribeiro Dantas, julgado em 24/05/2018. STF. 1ª Turma. HC 114667/SP, rel. org. Min.
e
rt RO
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 24/4/2018 (Info 899).
o OR
Não há como reconhecer a continuidade delitiva entre os crimes de roubo e o de
p
diferentes. S C 41- m u H 89
latrocínio porquanto são delitos de espécies diversas, já que tutelam bens jurídicos
m Z .7 .co
STJ. 5ª Turma. AgInt no AREsp 908.786/PB, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em
u I
06/12/2016.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 3 g
ROUBO. O emprego de arma branca deixou de ser majorante do crime de roubo
4
A PE D 0 er@
com a modificação operada pela Lei nº 13.654/2018, que revogou o inciso I do § 2º
l i
do art. 157 do Código Penal. Diante disso, constata-se que houve abolitio criminis,
m
p lc
devendo a Lei nº 13.654/2018 ser aplicada retroativamente para excluir a referida
causa de aumento da pena imposta aos réus condenados por roubo majorado pelo
emprego de arma branca. Trata-se da aplicação da novatio legis in mellius, prevista
no art. 5º, XL, da Constituição Federal. STJ. 5ª Turma. REsp 1519860/RJ, Rel. Min.
Jorge Mussi, julgado em 17/05/2018 (Info 626). STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp
1.249.427/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 19/06/2018.
um IZ .7 .co
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo
V er L U 4 il
4 ma
sua liberdade.
O . 0
d R 4 3 g
A PE D Ano: 2014. Banca: UFMG. Órgão: DPE-MG
0 er@
l
mi
Após terem subtraído significativa quantia de dinheiro de um
p lc
estabelecimento comercial, mediante grave ameaça, objetivando
a detenção da res furtiva e a impunidade do crime, os agentes
efetuaram disparos de arma de fogo contra policiais militares que
os aguardavam na porta do estabelecimento. Embora não
tenham conseguido fugir da ação policial e nem atingir nenhum
dos milicianos, os agentes atuaram com evidente animus necandi
em relação aos policiais militares.
a l
c) Falso, critério mais explícito e preciso na diferenciação
io n
entre a extorsão e o roubo é o da prescindibilidade ou não do
c
comportamento da vítima. Isto significa que, à medida que possa
a
c ER
o agente obter a vantagem patrimonial independentemente da
u
E M d IL
participação da vítima ameaçada, o que se tem é o crime de
roubo. Ao contrário, será extorsão o ato de se exigir que saque a
e
rt RO
vítima determinada importância de sua conta bancária, para
o OR
entregá-la ao agente, sob promessa de violência para o caso de
p
S C 41- m u H 89
não atendimento, já que, aqui, a participação daquela era
pormenor indispensável à obtenção da vantagem econômica pelo
m IZ .7 .co
delinqüente, que nada conseguiria sem a adesão e a colaboração
u
V O er L.
U
0
80/269)
4
4 ma il
do ofendido” (TACRIM-SP AC Rel. Canguçu de Almeida JUTACRIM
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
d) Falso, pois o crime de receptação própria é um crime
i
permanente, pois os efeitos dele se protraem no tempo.
m
8.3. Extorsão p lc
Protege-se o patrimônio e a inviolabilidade pessoal da vítima.
Extorsão simples
Majorantes da pena:
p o OR
se que o resultado deve ter sido causado ao menos culposamente.
d R 4 3 g
pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se
A PE D 0 er@
l
resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no
art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
m i
p c a restrição da liberdade da vítima é condição
Qualifica o crime lquando
necessária à obtenção da vantagem econômica.
Se ocorre lesão corporal grave ou morte, aplicam-se os §§2º e 3º, do art. 159,
do CP.
Discute-se na doutrina se o art. 158, §3º seria hediondo ou não. Nucci defende que
não, uma vez que não há previsão no rol taxativo do art. 1º, da Lei 8.072/90.
Simples:
Art. 159: Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão,
de oito a quinze anos.
Qualificadoras:
a l
seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou
se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Pena - reclusão, de doze a
vinte anos.
io n
a c
Quando se fala em quadrilha ou bando, leia-se associação criminosa (art. 288,
do CP).
u c ER
E M d IL
e
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão,
rt RO
de dezesseis a vinte e quatro anos.
p o OR
u H 89
§ 3º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
S C 41- m
Delação premiada:
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar
d R 4 3 g
à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena
A PE D 0 er@
l
reduzida de um a dois terços.
mi
Causa obrigatória de redução de pena: direito subjetivo do réu.
p lc
SÚMULA SOBRE EXTORSÃO
JURISPRUDÊNCIA DE EXTORSÃO
a l
pelo agente. Nesse caso, haverá tentativa de extorsão. STJ. 6ª Turma. REsp 1094888-
SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 21/8/2012 (Info 502).
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Ano: 2012. Banca: CESPE. Órgão: DPE-ES
um IZ .7 .co
er L U il
Para a configuração do denominado crime de sequestro-relâmpago, a restrição da
4 ma4
d V
liberdade da vítima é condição necessária para a obtenção da vantagem econômica,
R O 3 . 0 g
independentemente da ocorrência desta. (CORRETO).
4
A PE D 0 er@
l
ATENÇÃO: SEMPRE será hediondo.
mi
9. LEI DE DROGAS p lc
A Lei 11.343/06 sucedeu a Lei. 6.368/76, sendo mais benéfica em algumas
partes e mais prejudicial ao réu em outras. Neste sentido, algumas discussões
surgiram, por isso vejamos:
Consumo pessoal:
c
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar
a
dependência física ou psíquica.
u c ER
§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o
E M d IL
juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local
e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e
e
rt RO
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
o OR
§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo
p
S C 41- m u H 89
serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III
do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez)
um IZ .7 .co
meses.
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il§ 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em
programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais,
mi
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que
p lc
se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o
agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação
verbal; II - multa.
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição
do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente
ambulatorial, para tratamento especializado.
MEDIDA EDUCATIVA DE
ADVERTÊNCIA SOBRE OS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMPARECIMENTO A
EFEITOS DAS DROGAS À COMUNIDADE PROGRAMA OU CURSO
EDUCATIVO
Exaure-se em si mesma. Prazo máximo: 5 meses Prazo máximo: 5 meses
19
Tabelas retiradas do Foca no Resumo, sobre a Lei de Drogas.
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D
TRÁFICO DE DROGAS: 0 er@
l
mi
p lc
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15
(quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
dias-multa.
EQUIPARADO a hediondo
Competência: da Justiça Estadual, salvo se o tráfico for internacional (Justiça
Federal).
4 requisitos CUMULATIVOS:
a) Primário
b) Bons antecedentes
c) Não se dedicar a atividades criminosas
d) Não integrar organização criminosa
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
e
rt RO
p o OR
Esta Corte Superior, na esteira do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal
S C 41- m u H 89
Federal em sede de repercussão geral (ARE 666.334/MG, Rel. Min. GILMAR MENDES,
DJ 6/5/2014), pacificou entendimento de que a natureza e a quantidade da droga
um IZ .7 .co
não podem ser utilizadas, concomitantemente, na primeira e na terceira fase da
V O er L
. 0
U4 ma4 il
dosimetria da pena, sob pena de bis in idem. STJ. HABEAS CORPUS Nº 305.627
d R 4 3 g
A PE D
Causa de diminuição da pena 2 (delação premiada):
0 er@
l i
art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a
m
p lc
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-
autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do
produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço
a dois terços.
SÚMULAS DE DROGAS
JURISPRUDÊNCIA DE DROGAS20
(...)
a l
REGIME FECHADO FIXADO COM BASE NA HEDIONDEZ E GRAVIDADE ABSTRATA DO
DELITO. TRÁFICO PRIVILEGIADO. DELITO NÃO HEDIONDO. NOVO ENTENDIMENTO
io n
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HC Nº 118.533/MS. MUDANÇA DE
a c
u c ER
POSICIONAMENTO DA QUINTA E SEXTA TURMAS. REVISÃO DO ENTENDIMENTO
E M d IL
ANTERIORMENTE CONSOLIDADO PELA TERCEIRA SEÇÃO. CANCELAMENTO DO
PARCIAL CONCESSÃO e
ENUNCIADO SUMULAR Nº 512/STJ. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. OCORRÊNCIA. 6.
rt RO DA ORDEM.
p o OR
1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC n. 127.900/AM, deu nova
S C 41- m u H 89
conformidade à norma contida no art. 400 do CPP (com redação dada pela Lei n.
um
11.719/08), à luz do sistema constitucional acusatório e dos princípios do
IZ .7 .co
er L
contraditório e da ampla defesa. O interrogatório passa a ser sempre o último ato da
U
4 ma 4 il
instrução, mesmo nos procedimentos regidos por lei especial, caindo por terra a
d V O 3 . 0 g
solução de antinomias com arrimo no princípio da especialidade.
R 4
A PE D 0 er@
l
Segundo o entendimento que prevalece no STF é possível aplicar o § 4º do art. 33 da
mi
LD às “mulas”. STF. 1ª Turma. RHC 118008/SP, rel. Min. Rosa Weber, julgado em
p lc
24/9/2013 (Info 721). STF. 1ª Turma. HC 124107/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 4/11/2014 (Info 766). STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 606431/SP, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, julgado em 01/06/2017.
Se o réu é primário e possui bons antecedentes, o juiz pode, mesmo assim, negar o
benefício do art. 33, § 4º da LD argumentando que a quantidade de drogas
encontrada com ele foi muito elevada? O tema é polêmico. 1ª Turma do STF:
encontramos precedentes afirmando que a grande quantidade de droga pode ser
utilizada como circunstância para afastar o benefício. Nesse sentido: não é crível que
o réu, surpreendido com mais de 500 kg de maconha, não esteja integrado, de
alguma forma, a organização criminosa, circunstância que justifica o afastamento da
causa de diminuição prevista no art. 33, §4º, da Lei de Drogas (HC 130981/MS, Rel.
Min. Marco Aurélio, julgado em 18/10/2016. Info 844). 2ª Turma do STF: a
20
Buscador do Dizer o Direito
O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8
a l
anos, tem o direito de cumprir a pena corporal em regime semiaberto (art. 33, § 2°,
n
b, do CP), caso as circunstâncias judiciais do art. 59 lhe forem favoráveis. Obs: não
io
c
importa que a condenação tenha sido por tráfico de drogas. A imposição de regime
a
u c ER
de cumprimento de pena mais gravoso deve ser fundamentada, atendendo à
culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos
E M d IL
motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento
e
rt RO
da vítima (art. 33, § 3°, do CP) A gravidade em abstrato do crime não constitui
o OR
motivação idônea para justificar a fixação do regime mais gravoso. STF. 2ª Turma.
p
u H 89
HC 140441/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 28/3/2017 (Info 859).
S C 41- m
um
Se o agente vende a droga nas imediações de um presídio, mas o comprador não era
IZ .7 .co
er L U il
um dos detentos nem qualquer pessoa que estava frequentando o presídio, ainda
4 ma4
d V
assim deverá incidir a causa de aumento do art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006? SIM.
R O 3 . 0 g
A aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006 se
4
A PE D 0 er@
justifica quando constatada a comercialização de drogas nas dependências ou
l i
imediações de estabelecimentos prisionais, sendo irrelevante se o agente infrator
m
p lc
visa ou não aos frequentadores daquele local. Assim, se o tráfico de drogas ocorrer
nas imediações de um estabelecimento prisional, incidirá a causa de aumento, não
importando quem seja o comprador do entorpecente. STF. 2ª Turma. HC 138944/SC,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 21/3/2017 (Info 858).
a l
n
LEI DE DROGAS: Decisão que reconhece detração penal analógica virtual não serve
io
c
para fins de reincidência. É inviável o reconhecimento de reincidência com base em
a
u c ER
único processo anterior em desfavor do réu, no qual - após desclassificar o delito de
tráfico para porte de substância entorpecente para consumo próprio - o juízo
E M d IL
extinguiu a punibilidade por considerar que o tempo da prisão provisória seria mais
e
rt RO
que suficiente para compensar eventual condenação.
o OR
Situação concreta: João foi preso em flagrante por tráfico de drogas (art. 33 da LD).
p
S C 41- m u H 89
Após 6 meses preso cautelarmente, ele foi julgado. O juiz proferiu sentença
desclassificando o delito de tráfico para o art. 28 da LD. Na própria sentença, o
m Z .7 .co
magistrado declarou a extinção da punibilidade do réu alegando que o art. 28 não
u I
er L U 4 il
prevê pena privativa de liberdade e que o condenado já ficou 6 meses preso. Logo,
V 0 4 ma
na visão do juiz, deve ser aplicada a detração penal analógica virtual, pois qualquer
O .
d R 3 g
pena que seria aplicável ao caso em tela estaria fatalmente cumprida, nem havendo
4
A PE D 0 er@
justa causa ou interesse processual para o prosseguimento do feito. Essa sentença
l i
não vale para fins de reincidência. Isso significa que, se João cometer um segundo
m
p lc
delito, esse primeiro processo não poderá ser considerado para caracterização de
reincidência. STJ. 6ª Turma. HC 390.038-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado
em 06/02/2018 (Info 619).
LEI DE DROGAS: Não incide a causa de aumento de pena do art. 40, III, da LD se o
crime foi praticado em dia e horário no qual a escola estava fechada e não havia
pessoas lá. A prática do delito de tráfico de drogas nas proximidades de
estabelecimentos de ensino (art. 40, III, da Lei 11.343/06) enseja a aplicação da
majorante, sendo desnecessária a prova de que o ilícito visava atingir os
frequentadores desse local.
Para a incidência da majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/2006 é
desnecessária a efetiva comprovação de que a mercancia tinha por objetivo atingir
os estudantes, sendo suficiente que a prática ilícita tenha ocorrido em locais
próximos, ou seja, nas imediações de tais estabelecimentos, diante da exposição de
pessoas ao risco inerente à atividade criminosa da narcotraficância.
a l
desnecessária a prova de que o ilícito visava atingir os frequentadores desse local.
n
Para a incidência da majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/2006 é
io
c
desnecessária a efetiva comprovação de que a mercancia tinha por objetivo atingir
a
c ER
os estudantes, sendo suficiente que a prática ilícita tenha ocorrido em locais
u
E M d IL
próximos, ou seja, nas imediações de tais estabelecimentos, diante da exposição de
pessoas ao risco inerente à atividade criminosa danarcotraficância. STJ. 6ª Turma.
e
rt RO
AgRg no REsp 1558551/MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 12/09/2017. STJ. 6ª
o OR
Turma. HC 359.088/SP. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 04/10/2016. Não
p
S C 41- m u H 89
incide a causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº
11.343/2006, se a prática de narcotraficância ocorrer em dia e horário em que não
m Z .7 .co
facilite a prática criminosa e a disseminação de drogas em área de maior
u I
V er L0
U4 ma4 il
aglomeração de pessoas. Ex: se o tráfico de drogas é praticado no domingo de
madrugada, dia e horário em que o estabelecimento de ensino não estava
O .
d R 3 g
funcionando, não deve incidir a majorante. STJ. 6ª Turma. REsp1.719.792-MG, Rel.
4
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Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/03/2018 (Info 622).
l
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Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de
maconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
11/9/2018 (Info 915).
SÚMULAS
Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida
a l
do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.
io n
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ATENÇÃO: NOVA SÚMULA. Súmula 607-STJ: A majorante do tráfico transnacional de
a
c ER
drogas (art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação
u
E M
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 11/04/2018, DJe 17/04/2018. d IL
internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Sabemos que o estudo de informativos é importantíssimo para aprovação em
concurso público. Portanto, abaixo, colacionamos todas as jurisprudências
um IZ .7 .co
recentes (2018-2019) já publicadas em forma de Informativo. Importante
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você se atualizar constantemente!
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A PE D 0 er@
CRIMES AMBIENTAIS
l
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p lc
O delito previsto na primeira parte do art. 54 da Lei nº 9.605/98 possui natureza
formal, sendo suficiente a potencialidade de dano à saúde humana para configuração
da conduta delitiva, não se exigindo portanto, a realização de perícia. Art. 54. Causar
poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em
danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora. Pena — reclusão, de um a quatro anos, e multa. STJ. 3ª Seção.
EREsp 1.417.279-SC, Rel Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/04/2018 (Info 624).
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. Para o início da ação penal, basta a prova
da constituição definitiva do crédito tributário (Súmula Vinculante 24), sendo
a l
proposta ação penal por descaminho não é necessária a prévia constituição definitiva
n
do crédito tributário. Não se aplica a Súmula Vinculante 24 do STF. O crime se
io
c
consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto ao pagamento dos tributos
a
1.343.463-BA, Rel. u c ER
devidos quando da importação ou exportação de mercadorias. STJ. 6ª Turma. REsp
E M d IL
para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/3/2014 (Info 548). STF. 2ª
e
rt RO
Turma. HC 122325, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 27/05/2014. É dispensada a
o OR
existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior constituição do
p
S C 41- m u H 89
crédito tributário para a configuração do crime de descaminho (art. 334 do CP),
tendo em conta sua natureza formal. STF. 1ª Turma. HC 121798/BA, Rel. Min. Marco
m Z .7 .co
Aurélio, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
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LAVAGEM DE DINHEIRO. Simples fato de ter recebido a propina em espécie não
O .
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configura lavagem de dinheiro: O mero recebimento de valores em dinheiro não
4
A PE D 0 er@
tipifica o delito de lavagem, seja quando recebido pelo próprio agente público, seja
l i
quando recebido por interposta pessoa. STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson
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Fachin, julgado em 29/5/2018 (Info 904). Recebimento de propina em depósitos
bancários fracionados pode configurar lavagem: Pratica lavagem de dinheiro o sujeito
que recebe propina por meio de depósitos bancários fracionados, em valores que
não atingem os limites estabelecidos pelas autoridades monetárias à comunicação
compulsória dessas operações. Ex: suponhamos que, na época, a autoridade bancária
dizia que todo depósito acima de R$ 20 mil deveria ser comunicado ao COAF; diante
disso, um Deputado recebia depósitos periódicos de R$ 19 mil para burlar essa regra.
Para o STF, isso configura o crime de lavagem. Tratase de uma forma de ocultação da
origem e da localização da vantagem pecuniária recebida pela prática do crime
antecedente. STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
29/5/2018 (Info 904).
PECULATO. O depositário judicial que vende os bens sob sua guarda não comete o
crime de peculato (art. 312 do CP). O crime de peculato exige, para a sua
consumação, que o funcionário público se aproprie de dinheiro, valor ou outro bem
ESTUPRO. A Súmula 608 do STF prevê que “no crime de estupro, praticado mediante
violência real, a ação penal é pública incondicionada.” O entendimento dessa súmula
pode ser aplicado independentemente da existência da ocorrência de lesões
corporais nas vítimas de estupro. A violência real se caracteriza não apenas nas
situações em que se verificam lesões corporais, mas sempre que é empregada força
física contra a vítima, cerceando-lhe a liberdade de agir segundo a sua vontade.
Assim, se os atos foram praticados sob grave ameaça, com imobilização de vítimas,
uso de força física e, em alguns casos, com mulheres sedadas, trata-se de crime de
estupro que se enquadra na Súmula 608 do STF e que, portanto, a ação é pública
incondicionada. STF. 2ª Turma. RHC 117978, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
05/06/2018 (Info 905). A Súmula 608 do STF permanece válida mesmo após o
a l
n
advento da Lei nº 12.015/2009. Assim, em caso de estupro praticado mediante
io
c
violência real, a ação penal é pública incondicionada mesmo após a Lei nº
a
u
Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/2/2018 (Info 892). c ER
12.015/2009. STF. 1ª Turma. HC 125360/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
E M d IL
e
rt RO
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL. A Súmula 608 do STF permanece válida
o OR
mesmo após o advento da Lei nº 12.015/2009. Assim, em caso de estupro praticado
p
S C 41- m u H 89
mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada mesmo após a Lei nº
12.015/2009. STF. 1ª Turma. HC 125360/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
m Z .7 .co
Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/2/2018 (Info 892).
u I
V er L0
U4 ma4 il
RACISMO. A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e
O .
d R 3 g
seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a
4
A PE D 0 er@
liberdade de expressão. Assim, é possível, a depender do caso concreto, que um líder
l i
religioso seja condenado pelo crime de racismo (art. 20, §2º, da Lei nº 7.716/81) por
m
p lc
ter proferido discursos de ódio público contra outras denominações religiosas e seus
seguidores. STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.
Dias Toffoli, julgado em 6/3/2018 (Info 893).
a l
CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. O que acontece se o réu de um crime contra a
io n
c
ordem tributária aderir ao parcelamento da dívida? Haverá a suspensão do processo
a
u c ER
penal. Nos crimes contra a ordem tributária, quando o agente ingressa no regime de
parcelamento dos débitos tributários, fica suspensa a pretensão punitiva penal do
E M d IL
Estado (o processo criminal fica suspenso). Durante o parcelamento o que ocorre
e
rt RO
com o prazo prescricional? Também fica suspenso. O prazo prescricional não corre
o OR
enquanto estiverem sendo cumpridas as condições do parcelamento do débito fiscal.
p
S C 41- m u H 89
É o que prevê o art. 9º, § 1º da Lei nº 10.684/2003. Se, ao final, o réu pagar
integralmente os débitos, haverá a extinção da punibilidade. STF. 2ª Turma. ARE
m Z .7 .co
1037087 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/8/2018 (Info 911).
u I
V er L0
U4 ma4 il
CRIMES FUNCIONAIS. O diretor de organização social pode ser considerado
O .
d R 3 g
funcionário público por equiparação para fins penais (art. 327, § 1º do CP). Isso
4
A PE D 0 er@
porque as organizações sociais que celebram contratos de gestão com o Poder
l i
Público devem ser consideradas “entidades paraestatais”, nos termos do art. 327, §
m
11/9/2018 (Info 915). p lc
1º do CP. STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
a l
atrelado ao de sonegação fiscal. Ex: João, sócio de uma empresa, ofereceu e pagou
n
propina ao fiscal para que pudesse recolher um valor menor de imposto. Assim, em
io
c
vez de pagar R$ 400 mil de imposto, João pagou apenas R$ 100 mil. Os fatos foram
a
u c ER
descobertos. João praticou, em tese, corrupção ativa (art. 333 do CP) e sonegação
fiscal (art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90). Antes que a denúncia fosse oferecida, João pagou
E M d IL
a diferença do imposto devido acrescido de multa, juros e correção monetária. Esse
e
rt RO
pagamento irá gerar a extinção do crime de sonegação fiscal, mas não da corrução
o OR
ativa que deverá ser julgada normalmente. STJ. 6ª Turma. RHC 95.557-GO, Rel. Min.
p
u H 89
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/06/2018 (Info 631).
S C 41- m
m Z .7 .co
INJÚRIA. A esposa tem legitimidade para propor queixa-crime contra autor de
u I
er L U 4 il
mensagem que insinua que o seu marido tem uma relação extraconjugal com outro
V 0 4 ma
homem. Se alguém alega que um indivíduo casado mantém relação homossexual
O .
d R 3 g
extraconjugal com outro homem, a esposa deste indivíduo tem legitimidade para
4
A PE D 0 er@
ajuizar queixa-crime por injúria, alegando que também é ofendida. Caso concreto:
l i
Roberto insinuou que Weverton teria um relacionamento homossexual extraconjugal
m
p lc
com outro homem. A mulher de Weverton tem legitimidade para ajuizar queixacrime
contra Roberto pela prática do crime de injúria. STF. 1ª Turma. Pet 7417 AgR/DF, Rel.
Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/10/2018 (Info 919).
LEI MARIA DA PENHA. Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito
doméstico e familiar, é possível a fixação de valor mínimo indenizatório a título de
dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da parte ofendida,
ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução probatória.
CPP/Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo
ofendido. STJ. 3ª Seção. REsp 1.643.051-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado
a l
em 28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 621). A prática de contravenção penal, no
n
âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo para justificar a prisão
io
c
preventiva do réu. O inciso III do art. 313 do CPP prevê que será admitida a
a
u c ER
decretação da prisão preventiva “se o CRIME envolver violência doméstica e familiar
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência,
E M d IL
para garantir a execução das medidas protetivas de urgência”. Assim, a redação do
e
rt RO
inciso III do art. 313 do CPP fala em CRIME (não abarcando contravenção penal).
o OR
Logo, não há previsão legal que autorize a prisão preventiva contra o autor de uma
p
S C 41- m u H 89
contravenção penal. Decretar a prisão preventiva nesta hipótese representa ofensa
ao princípio da legalidade estrita. STJ. 6ª Turma. HC 437.535-SP, Rel. Min. Maria
m Z .7 .co
Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018
u I
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(Info 632).
V O . 0 4 ma
d R 3 g
PRESCRIÇÃO. Se o Ministério Público não recorreu contra a sentença condenatória,
4
A PE D 0 er@
tendo havido apenas recurso da defesa, qual deverá ser o termo inicial da prescrição
l i
da pretensão executiva? O início do prazo da prescrição executória deve ser o
m
p lc
momento em que ocorre o trânsito em julgado para o MP? Ou o início do prazo
deverá ser o instante em que se dá o trânsito em julgado para ambas as partes, ou
seja, tanto para aacusação como para a defesa?
• Posicionamento pacífico do STJ: o termo inicial da prescrição da
pretensãoexecutória é a data do trânsito em julgado da sentença condenatória para
a acusação, ainda que a defesa tenha recorrido e que se esteja aguardando o
julgamento desse recurso. Aplica-se a interpretação literal do art. 112, I, do CP,
considerando que ela é mais benéfica ao condenado.
• Entendimento da 1ª Turma do STF: o início da contagem do prazo de prescrição
somente se dá quando a pretensão executória pode ser exercida. Se o Estado não
pode executar a pena, não se pode dizer que o prazo prescricional já está correndo.
Assim,
mesmo que tenha havido trânsito em julgado para a acusação, se o Estado ainda não
pode executar a pena (ex: está pendente uma apelação da defesa), não teve ainda
início a contagem do prazo para a prescrição executória. É preciso fazer uma
a l
Dourado Paulista, você compra arame farpado, você compra enxada pá, picareta por
n
metade do preço vendido em outra cidade vizinha. Por que? Porque eles revendem
io
c
tudo baratinho lá. Não querem nada com nada.” O STF entendeu que a conduta de
a
u c ER
Bolsonaro não configurou o crime de racismo (art. 20 da Lei nº 7.716/89). As palavras
por ele proferidas estão dentro da liberdade de expressão prevista no art. 5º, IV, da
E M d IL
CF/88, além de também estarem cobertas pela imunidade parlamentar (art. 53 da
e
rt RO
CF/88). O objetivo de seu discurso não foi o de repressão, dominação, supressão ou
o OR
eliminação dos quilombolas ou dos estrangeiros. O pronunciamento do parlamentar
p
S C 41- m u H 89
estava vinculado ao contexto de demarcação e proveito econômico das terras e
configuram manifestação política que não extrapola os limites da liberdade de
m Z .7 .co
expressão. Além disso, as manifestações de Bolsonaro estavam relacionadas com a
u I
er L U 4 il
sua função de parlamentar. Inclusive, o convite para a palestra se deu em razão do
V 0 4 ma
exercício do cargo de Deputado Federal a fim de dar a sua visão geopolítica e
O .
d R 3 g
econômica do País. Assim, havia uma vinculação das manifestações apresentadas na
4
A PE D 0 er@
palestra com os seu pronunciamentos na Câmara dos Deputados, de sorte que incide
l i
a imunidade parlamentar. STF. 1ª Turma. Inq 4694/DF, Rel. Min. Marco Aurélio,
m
lc
julgado em 11/9/2018 (Info 915).
p
A circunstância judicial “conduta social”, prevista no art. 59 do Código Penal,
representa o comportamento do agente no meio familiar, no ambiente de trabalho e
no relacionamento com outros indivíduos. Os antecedentes sociais do réu não se
confundem com os seus antecedentes criminais. São circunstâncias distintas, com
regramentos próprios. Assim, não se mostra correto o magistrado utilizar as
condenações anteriores transitadas em julgado como “conduta social desfavorável”.
Não é possível a utilização de condenações anteriores com trânsito em julgado como
fundamento para negativar a conduta social. STF. 2ª Turma. RHC 130132, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 10/5/2016 (Info 825). STJ. 5ª Turma. HC 475.436/PE, Rel.
Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/12/2018. STJ. 6ª Turma. REsp 1.760.972-MG, Rel.
Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 08/11/2018 (Info 639).
É atípica a conduta de agente público que procede à prévia correção quanto aos
a l
constitui título hábil para imediata cobrança e, em caso de inadimplemento, passível
n
de decretação de prisão civil. STJ. 3ª Turma. RHC 100.446-MG, Rel. Min. Marco
io
Aurélio Bellizze, julgado em 27/11/2018 (Info 640).
a c
u c ER
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de
E M d IL
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de
restrição e
rt RO
o OR
administrativa. A conduta de violar decisão administrativa que suspendeu a
p
S C 41- m u H 89
habilitação para dirigir veículo automotor não configura o crime do art. 307, caput,
do CTB, embora possa constituir outra espécie de infração administrativa, a depender
m Z .7 .co
do caso concreto. STJ. 6ª Turma.HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
u I
er L U 4 il
Moura, julgado em 23/08/2018 (Info 641).
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: DPE-ES
GABARITO COMENTADO
a
a) Errado. Art. 43, Parágrafo único. As multas, que em l
io
caso de concurso de crimes serão impostas sempren
a c
cumulativamente, podem ser aumentadas até o
c ER
décuplo se, em virtude da situação econômica do
u
aplicadas no máximo. E M d IL
acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que
e
rt RO
b) Errado. Art. 35, Parágrafo único. Nas mesmas penas do
p o OR
caput deste artigo incorre quem se associa para a
S C 41- m u H 89
prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
c) Errado. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37
um IZ .7 .co
desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
V er L
O
U
.
4
0
il
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
4 ma
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino
d R 4 3 g
ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis,
A PE D 0 er@
sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou
l i
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos
m
p lc
onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer
natureza, de serviços de tratamento de dependentes
de drogas ou de reinserção social, de unidades militares
ou policiais ou em transportes públicos;
d) Correto. Julgado recente, consoante quadro abaixo.
e) Errado. Súmula 501, do STJ.
f)
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-
RS - Defensor Público
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público
a c
c ER
Portanto, a “natureza e a quantidade da droga apreendida”
u
E M d IL
não pode impedir o reconhecimento, mas pode ser valorada
pelo Juiz para definir o patamar da redução (que varia de 1/6 a
e
rt RO
2/3). Nesse sentido: RHC 122684, j. 16/09/2014, DJe 30-09-
2014.
p o OR
S C 41- m u H 89
Nesse mesmo julgado, o STF, visando compatibilizar os arts.
m IZ .7 .co
33, § 4º (tráfico privilegiado) e 42 (fixação da pena-base),
u
V er L
O
U
.
4
0
il
entendeu que o Juízo só poderá valorar a “natureza e a
4 ma
quantidade da droga apreendida” ou na fixação da pena base
d R 4 3 g
(art. 42) ou na valoração do patamar de redução do art. 33, §
A PE D 0 er@
4º, nunca nos dois ao mesmo tempo, sob pena de configurar
l i
bis in idem.
m
p lc
Letra B: CERTO: Art. 42. O juiz, na fixação das penas,
considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59
do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou
do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
e
rt RO
o OR
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são
p
S C 41- m u H 89
aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a
procedência da substância ou do produto apreendido e as
m Z .7 .co
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do
u I
V O er L U
0
4
4 ma il
delito; (...) V - caracterizado o tráfico entre Estados da
Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Letra E: ERRADO: é um tipo penal autônomo, previsto no art.
i
33, § 3º, embora também sejam aplicadas as penas do art. 28:
m
p lc
detenção 6 meses a 1 ano + multa 700 a 1500 dias-multa +
penas do art 28.
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 5ª Edição. Editora
Jus Podivm: Salvador, 2017.
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Parte Especial (arts. 121 ao 361).
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
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p o OR
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um IZ .7 .co
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. 0
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d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em
consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que
a l
possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da
economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção
io n
nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames
públicos.
a c
u c ER
E M d IL
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
e
rt RO
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
o OR
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
p
S C 41- m u H 89
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para
carreiras públicas.
um IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma
V O . 0
obsessão.
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A PE D 0 er@
l
mi
Bom estudo!
p lc
Francisco Penante
io
5.
a c
TUTELA ANTECIPADA ................................................................................................. 20
6.
u c ER
SENTENÇA E COISA JULGADA ..................................................................................... 21
6.1 ALCANCE DA COISA JULGADA EM PROCESSO COLETIVO................... 26
E M d IL
6.2
e
LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA COLETIVA .................................................... 29
rt RO
o OR
BIBLIOGRAFIA ............................................................................ Erro! Indicador não definido.
p
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um IZ .7 .co
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4 maU 4 il
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l
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1. INTRODUÇÃO
a l
Ação Civil Pública - Lei 7347/85
io n
Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92
a c
u c ER
d IL
Código de Defesa do Consumidor – Lei 8.078/90: artigos 81 e seguintes
E M
e
Estatuto da Criança e Adolescente – Lei 8.069/90: normalmente, é disciplina
rt RO
p o OR
isolada no edital, mas compete ao candidato saber que os artigos 208 a 224
tratam da proteção judicial dos direitos e interesses individuais, difusos e
S C 41- m u H 89
coletivos da criança e do adolescente;
um IZ .7 .co
Sistema Único de Saúde – Lei 8.080/90
V O er L
.
U
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4
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Habeas Data – Lei 9.507/97
il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96
l
mi
Transtornos mentais – Lei 10.216/01
p lc
Estatuto da Cidade – Lei 10.257/01
Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03: atenção especial aos artigos 78 a 92, por
tratarem especificamente sobre o processo coletivo.
Por isso, pessoal, é bom vocês estudarem também as leis acimas, porque elas vêm
previstas em todos os editais de Defensoria, podendo ser cobradas tanto na parte de
difusos e coletivos, quanto em direitos humanos. Não vamos perder pontos bobos.
Vamos lá.
a l
especial), através das ações de controle, como ADI, ADPF, ADO. Pode, ainda, ser concreto,
n
cujo objetivo é efetivar materialmente o Estado Democrático de Direito, os direitos
io
c
transindividuais1, metaindividuais e coletivos em sentido estrito, através do processo
a
coletivo comum (ACP, MS coletivo, AP, Habeas Data etc).
u c ER
E M d IL
e
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p o OR
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um IZ .7 .co
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Pessoal, atenção às ondas renovatórias de acesso à justiça, de Mauro
U4 ma
Cappelletti e Bryant Garth: 4 il
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4 3 . 0 g
A PE
pobres.
D
1ª onda: tutela dos necessitados. Possibilidade de acesso à justiça pelos
0 er@
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mi
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2ª onda: coletivização (molecularização) do processo. Necessidade diante
de direitos e interesses de titularidade indeterminada, como o meio
ambiente e o patrimônio público.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2018 - DPE-RS - Defensor Público
1
Os interesses transindividuais podem ser essencialmente coletivos, ou acidentalmente coletivos.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
www.adverum.com.br
Com relação à defesa do consumidor em juízo, é correto afirmar:
A) É incabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos.
B) A estipulação de multa diária pelo juiz depende de pedido expresso do autor, sob
pena de nulidade por configurar decisão ultra petita.
GABARITO: A. a l
io n
c
a) CERTO. Art. 1º da LACP. Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública
a
c ER
para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições
u
E M d IL
previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros
fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser
individualmente determinados. e
rt RO
p o OR
b) ERRADO. Art. 84 do CDC. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da
S C 41- m u H 89
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da
obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático
um IZ .7 .co
equivalente ao do adimplemento.
V O er L
. 0
U4 ma4 il
c) ERRADO. Art. 4º, VII da LC 80/94– promover ação civil pública e todas as
espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos
d R 4 3 g
difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o resultado da
A PE D 0 er@
demanda puder beneficiar grupo de pessoas hipossuficientes;
l i
d) ERRADO. Art. 97 do CDC. A liquidação e a execução de sentença poderão ser
m
que trata o art. 82.p lc
promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de
Ainda não foi aprovado um código de processo coletivo que abranja toda a
normatividade processual desta disciplina. Um dos principais examinadores da banca
Fundação Carlos Chagas para provas de Defensoria Pública, Leonardo Scofano, dissertou,
em seu doutorado, sobre a importância de um código de processo coletivo como forma
de ampliar a maximização da garantia dos direitos humanos e fundamentais 2.
Assim, mesmo que a legislação coletiva esteja em diversas leis esparsas, entende-
se que há um microssistema que promove um diálogo entre as diversas fontes legais,
a l
quando da aplicação do direito.
io n
a c
u c ER
Neste sentido, quando há lacuna em determinada norma, compete ao aplicador
da lei a análise de todo o microssistema, que é autoreferencial ao processo coletivo,
E M d IL
sendo o Direito Processual Civil subsidiário a todas as normas, aplicando-se, apenas, se
e
rt RO
não houver dispositivo que trate sobre o tema no microssistema.
p o OR
PRINCÍPIO DA NÃO-TAXATIVIDADE OU DA ATIPICIDADE3
S C 41- m u H 89
É também chamado de princípio da atipicidade da ação e consiste na proteção de
m Z .7 .co
todo e qualquer direito difuso ou coletivo, independente de previsão expressa na norma.
u I
V er L U
0
4
4 ma il
Há, neste caso, a prevalência do conteúdo do direito protegido, e não somente do direito
formal, avaliando-se a natureza da tutela para a adequada efetivação.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Tal princípio está garantido no art. 5, XXXV, da Constituição Federal, no art. 83 do
l i
Código de Defesa do Consumidor e no art. 21 da Lei da Ação Civil Pública.
m
l
Art. 5º,
p c XXXV, da Constituição Federal: A lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Art. 83 do Código de Defesa do Consumidor: Para a defesa dos
direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis
todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e
efetiva tutela.
Art. 21 da Lei da Ação Civil Pública: Aplicam-se à defesa dos
direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for
cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de
Defesa do Consumidor.
2
PEIXOTO, Leonardo Scofano DAMASCENO – O DIREITO PROCESSUAL E A EFETIVIDADE
DOS DIREITOS HUMANOS. Lúmen Júris: Rio de Janeiro, 2017
3 Art. 83, CDC: Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis
todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.
a l
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DA DEMANDA COLETIVA
io n
Quando proposta uma demanda coletiva, o direito não se refere a uma vontade
a c
individual, há um interesse social na apreciação do que se discute. Assim, independente
u c ER
da vontade das partes será dado prosseguimento ao processo, cabendo a qualquer dos
E M d IL
legitimados darem continuidade à ação, quando da desistência do autor originário.
Fase de conhecimento: e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Art. 5º. §3°, LACP: Em caso de desistência infundada ou abandono
da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro
m Z .7 .co
legitimado assumirá a titularidade ativa.
u I
V O er L U 4
4 ma il
Art. 9º, LAP: Se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvição
. 0
d R 4 3 g
da instância, serão publicados editais nos prazos e condições
A PE D 0 er@
l
previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer
i
cidadão, bem como ao representante do Ministério Público,
m
p lc
dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita,
promover o prosseguimento da ação.
Fase de execução:
um IZ .7 .co
no prazo de 30 dias, exerça seu direito de optar (right to opt) pela suspensão de sua ação
individual;
3. V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
Optando pela demanda coletiva, o resultado desta só poderá beneficiar o autor
d R 4 3 g
A PE D
da individual suspensa. É o transporte in utilibus da coisa julgada;
0 er@
l
Art. 94, do CDC:
mi
4. lc
Fair notice: necessidade de publicação de edital para possibilitar a intervenção
p
dos interessados nas ações acidentalmente coletivas;
5. O entendimento majoritário é o de que esta intervenção só pode acontecer nas
ações acidentalmente coletivas (interesses individuais homogêneos).
6. Trata-se de litisconsórcio assistencial superveniente;
7. A intervenção deverá se dar até a sentença.
4
É possível ao juízo, de ofício, reconhecer a inidoneidade de associação regularmente constituída
para propositura de ação coletiva? SIM. Quando houver sintomas de que a legitimação coletiva
vem sendo utilizada de forma indevida ou abusiva, o magistrado poderá, de ofício, afastar a
presunção legal de legitimação de associação regularmente constituída para propositura de ação
coletiva. A legitimidade de uma associação para a propositura de ACP pode ser afastada pelo fato
de o estatuto da associação ser exageradamente genérico? SIM. O argumento de que o estatuto
da associação é desmesuradamente genérico tem respaldo na jurisprudência do STJ. Embora a
finalidade da associação, prevista no estatuto, possa ser razoavelmente genérica, não pode ser,
entretanto, desarrazoada, sob pena de admitirmos a criação de uma associação civil para a
defesa de qualquer interesse, o que desnaturaria a exigência de representatividade adequada do
grupo lesado. STJ. 4ª Turma. REsp 1213614-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
1º/10/2015 (Info 572).
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2. LEGITIMIDADE
Conforme expressado no tópico anterior, o Brasil adotou o sistema ope legis para
estabelecer quais órgãos são legítimos para a propositura de ações coletivas, que é
previsto no artigo 5º da Lei 7347/85, que são:
Ministério Público;
Defensoria Pública;
a c
órgãos legalmente autorizados para tanto. Além disso, é considerada disjuntiva, já não há
u c ER
necessidade de atuação conjunta dos órgãos na composição do polo ativo. Assim, cada
E M d IL
legitimado poderá propor individualmente a ação coletiva, independente do outro, sem
prevalência entre si, o que não impede que figurem juntos no polo ativo, para a defesa da
coletividade. e
rt RO
p o OR
b. LEGITIMIDADE DOS ENTES FEDERADOS
S C 41- m u H 89
A União, os Estados, os Municípios ou o Distrito Federal podem ser tanto
um IZ .7 .co
er L
legitimados ativos, quanto passivos nas tutelas coletivas. A legitimação passiva se justifica
U 4
4 ma il
pelo fato de que ou os entes públicos são causadores do ato lesivo ou, muitas vezes,
d V R O
4 3 . 0
concorrem com a responsabilidade.
g
A PE D 0 er@
Isto porque, como são competentes para a concessão de licença, fiscalização,
l i
sanção, a omissão em algum dos deveres pode ter como consequência o dano. Dessa
m
p lc
forma, a depender do objeto da demanda, poderão figurar em qualquer dos polos na
defesa do que consideram adequado.
E M d IL
legitimidade da instituição advém da Constituição da República de
e
1988, quando foi criada. Isto porque já havia previsão na Lei de Ação
rt RO
Civil Pública reconhecendo aos órgãos dos Estados e da União, a
p o OR
competência para tanto; incluindo, portanto, a Defensoria Pública.
S C 41- m u H 89
O STF entendeu que é de extrema relevância a ampliação do
um IZ .7 .co
rol de legitimados, para a defesa da coletividade, já que vivemos em
V O er L
. 0
U4 ma4 il
um país extremamente desigual e violador dos direitos e garantias
fundamentais, de forma que - a estes órgãos - compete a
d R 3 g
materialização do princípio da dignidade humana, não fazendo
4
A PE D 0 er@
nenhum sentido a alegação a restrição de legitimidade.
l
mi
p lc
MARCOS IMPORTANTES SOBRE A LEGITIMIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA:
a l
direitos coletivos de seus associados. O fundamento do tribunal foi de que o
artigo 8º, III da CR, conferiu aos sindicatos esta qualidade; sendo desnecessária,
io n
portanto, a autorização de seus membros para sua atuação. A Súmula 629 do STF
corrobora o entendimento.
a c
u c ER
E M d IL
As associações são consideradas representantes processuais dos associados e,
regra geral, precisam de autorização expressa de seus membros para a proteção
e
rt RO
dos seus direitos, salvo no caso de mandado de segurança coletivo, pois a
o OR
legitimidade decorre do artigo 5º, LXX, b, que é hipótese de substituição
p
S C 41- m
aplica ao Mandado de Injunção.
u H 89
processual, não exigindo o requisito para tanto. Entende-se que o mesmo se
um IZ .7 .co
er L
U il
A autorização conferida à associação para a defesa dos direitos coletivos não
4
4 ma
d V
pode ser genérica. Assim, deverá ser específica para a ação a ser ajuizada, de
R O 3 . 0 g
forma individual ou em assembleia geral.
4
A PE D 0 er@
l
Só serão beneficiários da decisão coletiva promovida pela associação, os
mi
membros que já eram associados a época da propositura da ação, não se
p lc
estendendo, portanto, aos que se filiaram após.
Para ser beneficiada pela sentença favorável é necessário que a pessoa esteja
filiada no momento da propositura e seja residente no âmbito da jurisdição do
órgão julgador. (associação civil e associados).
Caso haja a dissolução da associação que ajuizou a ação civil pública, não é
possível sua substituição no polo ativo por outra associação, ainda que os
interesses discutidos na ação coletiva sejam comum a ambas.
É possível que haja a atuação conjunta entre órgão estadual e federal da mesma carreira.
No julgamento, o STJ entendeu possível a atuação conjunta entre o Ministério Público
Estadual e o Ministério Público Federal, mas destacou ser necessária a demonstração de
razões específicas que justifiquem a atuação de ambos na lide.
p o OR
No caso em análise, as duas instituições possuem legitimidade
S C 41- m u H 89
ativa para a propositura da ação, sendo permitido, nessa ação
coletiva, o litisconsórcio ativo entre DP e MP.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
GABARITO COMENTADO: ALTERNATIVA CORRETA. O rol de
legitimados para a propositura de demanda coletiva é
d R 4 3 g
concorrente e disjuntivo, o que permite que todos os legitimados
A PE D 0 er@
possam sozinhos ou conjuntamente propor as ações em defesa
l i
dos direitos coletivos. Importante destacar, que mesmo o rol de
m
p lc
legitimados sendo amplo, há restrição aos legitimados quanto ao
conteúdo material a ser defendido.
e
extraordinária, é substituta processual, e não
rt RO
representante, como as associações, não necessitando
p o OR
de autorização para atuar em nome dos titulares do
S C 41- m
direito.u H 89
um b) ERRADA. O único legitimado a instaurar o inquérito
IZ .7 .co
er L
civil é o Ministério Público.
U 4 il
4 ma
c) ERRADA. Completamente errada. A Defensoria é
d V R O
4 3 . 0 g
legitimada nesses casos e é uma legitimidade
A PE D 0 er@
l
chamada de típica, pela doutrina tradicional.
mi
d) CERTA. Foi o que a Ministra Laurita Vaz chamou de
hipervulneráveis.
p lc
e) ERRADA. A Defensoria tem legitimidade para firmar
TAC.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público - Reaplicação
a c
no que se refere ao restabelecimento dos serviços de
u c ER
saneamento básico, que estão relacionados ao direito à
necessitados. E M d IL
habitação, no caso de titularidade dos economicamente
e
rt RO
p o OR
D) não está legitimada para a propositura da ação civil pública,
S C 41- m u H 89
apenas no que se refere aos prejuízos causados ao meio
ambiente e correspondente indenização, por se tratar de direito
um IZ .7 .co
transindividual cuja titularidade é difusa, não estando sua defesa
V er L
O
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.
4
0
il
abrangida pela missão institucional do órgão.
4 ma
d R 4 3 g
A PE D
E) não está legitimada para a propositura da ação civil pública,
0 er@
apenas no que se refere ao pedido de indenização por danos
l
mi
materiais e morais causados aos moradores, que devem ser
p lc
demonstrados e defendidos em juízo individualmente, por quem
efetivamente prejudicado.
GABARITO: A.
a l
b) entidades públicas ou privadas destinadas à defesa dos direitos
io n
dos consumidores, as associações de fornecedores e os sindicatos
de categoria econômica.
a c
u c ER
d IL
c) entidades civis de consumidores e seus respectivos filiados.
E M
e
rt RO
d) entidades civis representativas de consumidores e as
p o OR
associações de fornecedores ou sindicatos de categoria
econômica.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
e) associações de fornecedores ou sindicatos de categoria
V O er L
.
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4
4 ma il
econômica, o Ministério Público e a Defensoria Pública.
d R 4 3 g
GABARITO COMENTADO: ALTERNATIVA CORRETA D
A PE D 0 er@
l i
Art. 107, CDC: As entidades civis de consumidores e as
m
p lc
associações de fornecedores ou sindicatos de categoria
econômica podem regular, por convenção escrita, relações de
consumo que tenham por objeto estabelecer condições relativas
ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características
de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do
conflito de consumo.
4. COMPETÊNCIA
Dano regional: ocorre quando há dano em comarcas distintas, mas que pertencem
ao mesmo Estado da federação. A competência será, portanto, da capital do Estado
(Artigo 93, II do CDC).
Dano nacional: é aquele que atinge mais de um Estado da federação, sendo
competente, portanto, a capital do Estado ou o Distrito Federal (artigo 93, II do CDC).
No que se refere à concorrência entre justiça estadual e federal, o STJ, por meio da
súmula 489 assim expõe: “Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça
Federal as ações civis públicas propostas nesta e na Justiça Estadual.”
a l
io n
a c
u c ER
Na eventualidade de haver continência entre ações coletivas que
E M d IL
tenham sido propostas em juízos distintos, com o mesmo objeto e em
e
face do mesmo réu, o juízo competente para o julgamento da ação
rt RO
de objeto mais amplo deverá julgar as duas demandas, ainda que
p o OR
tenham sido propostas por entidades distintas.
S C 41- m u H 89
ATENÇÃO: A prevenção ocorre com o registro ou com a distribuição
da ação, conforme o CPC/2015. NO ENTANTO, nos processos
um IZ .7 .co
coletivos, a prevenção se dá com a propositura da ação (LAP, LACP,
LIA).
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
No entanto, é preciso ter atenção às leis específicas que preveem outros juízos
l
mi
como competente, como o Estatuto do Idoso e o Estatuto da Criança e do Adolescente,
vejamos:
p lc
Art. 209, ECA: As ações previstas neste capítulo serão propostas
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão,
cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa,
ressalvadas a competência da Justiça Federal e a competência
originária dos Tribunais Superiores.
io n
para o julgamento conjunto e, não sendo possível, deverá ser determinada a suspensão
de uma delas.
a c
u c ER
A corrente minoritária defende a extinção da última demanda proposta, mas com a
E M d IL
possibilidade de a parte prejudicada pela extinção ingressas no processo como
e
rt RO
litisconsorte facultativo na ação que continua tramitando.
Identidade TOTAL
p o OR Identidade PARCIAL (conexão ou
S C 41- m
(litispendência)u H 89 continência)
Ação coletiva
um
NUNCA haverá litispendência
IZ .7 .co SUSPENSÃO da individual
er L
x individual
Ação coletiva U 4
4 ma il
Discussão (prevalece a REUNIÃO, se possível.
d
x coletivaV R O
4 3 . 0 g
REUNIÃO)
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AL. Prova: Defensor
Público
a) I e II.
b) I e III.
a l
io n
c) II e III.
a c
d) II e IV.
u c ER
e) III e IV. E M d IL
e
rt RO
p o OR
GABARITO: E.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0 I.4
4 ma ilERRADO. Nenhum legitimado é universal, nem
lc
p II.
ainda que beneficie quem não o seja.
ERRADO. Este item pode confundir, porque, se
estivesse se referindo às ações coletivas em
sentido estrito, estaria correto, mas, ao falar
em interesses coletivos, de forma genérica, está
errado, uma vez que, nos casos de direitos
individuais homogêneos, a coisa julgada se
forma secundum eventum litis.
III. CERTO. Art. 104, do CDC. As ações coletivas,
previstas nos incisos I e II e do parágrafo único
do art. 81, não induzem litispendência para as
ações individuais, mas os efeitos da coisa
julgada erga omnes ou ultra partes a que
aludem os incisos II e III do artigo anterior não
beneficiarão os autores das ações individuais,
se não for requerida sua suspensão no prazo de
trinta dias, a contar da ciência nos autos do
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ajuizamento da ação coletiva.
IV. CERTO. Art. 2º- A - Lei 9.494/97: A sentença
civil prolatada em ação de caráter coletivo
proposta por entidade associativa, na defesa
dos interesses e direitos dos seus associados,
abrangerá apenas os substituídos que tenham,
na data da propositura da ação, domicílio no
âmbito da competência territorial do órgão
prolator.
l
inciso VIII, do artigo 6º do CDC, que compõe o microssistema de direitos coletivos.
a
io n
5. TUTELA ANTECIPADA a c
u c ER
E M d IL
e
O regramento das tutelas provisórias previsto no CPC/2015 aplica-se às ações
rt RO
coletivas.
p o OR
ATENÇÃO!!
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
O Defensor Público do Estado de São Paulo Tiago Fensterseifer, que já foi
V O er L
.
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0
4
4 ma il
examinador de provas da defensoria pública em diversas oportunidades, defende que,
em demandas coletivas que protegem os direitos ambientais, além do Código de Defesa
d R 4 3 g
A PE
do Consumidor, a inversão do ônus da prova se justifica pelo princípio da precaução.
D 0 er@
l i
O fundamento do autor é de que, na dúvida quanto à possibilidade do dano, diante
m
p lc
da preservação do indubio pro natura, o possível causador possui mais possibilidades
técnicas de comprovar sua atividade não é danosa. Referido princípio, portanto, tem um
papel de manter o equilíbrio nos pólos litigantes, protegendo a posição de
vulnerabilidade da parte, assegurando a preservação do estado de direito socioambiental.
5
5
FENSTERSEIFER, Tiago. SARLET, Ingo Wolfgang: DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E
PARTICIPAÇÃO COMO PRINCÍPIOS DO ESTADO SOCIOAMBIENTAL DE DIREITO. Revista de
Direito Ambiental – Volume 73/2014.
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execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá
agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias
a partir da publicação do ato.
u c ER
E M d IL
Para o STJ, o caráter de bem de família de imóvel não tem a força de obstar a
determinação de sua indisponibilidade nos autos de ação civil pública, pois tal
e
rt RO
medida não implica em expropriação do bem (REsp 1204794/SP).
p o OR
S C 41- m u H 89
6. m IZ .7 .co
SENTENÇA E COISA JULGADA
u
V er L U
0
4
4 ma il
Trata-se de um dos principais temas abordados em prova, devendo o candidato
O .
d R 4 3 g
ficar atento tanto ao conteúdo de direito quanto à jurisprudência, diante das constantes
A PE D 0 er@
alterações de entendimento dos Tribunais Superiores, acerca da matéria.
l i
O Código de Defesa do Consumidor estabelece a base sobre a sentença e os seus
m
p
artigo 103 do referido código.
lc
efeitos quando se trata de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, conforme
a. Direitos difusos (artigo 81, I c/c 103, I do CDC): são direitos difusos os
indivisíveis de natureza transindividual, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por uma situação de fato. Neste caso, a sentença
será erga omnes, salvo se julgada improcedente por insuficiência de provas,
quando poderá ser novamente proposta, desde que fundamentada em novas
provas.
b. Direitos coletivos strictu sensu (artigo 81, II c/c artigo 103, II do CDC): são
coletivos os direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
titulares grupo, categoria ou classe de pessoas, ligadas entre si, por uma
relação jurídica base. A sentença terá efeitos ultra partes, mas limitada ao
grupo, categoria ou classe, observando as mesmas regras do direito coletivo
quanto à sentença. Assim, se improcedente por insuficiência de provas,
poderá ser proposta nova demanda, desde que fundamentada em prova
diversa.
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c. Direitos individuais homogêneos (artigo 81, III do CDC c/c 103, III): os direitos
individuais homogêneos são considerados como direitos acidentalmente
coletivos. Isto porque se trata de direito que tem plena possibilidade de ser
objeto de ação individual, mas, pela qualidade do objeto da demanda, há mais
eficiência em sua proteção coletiva. Dessa forma, são caracterizados como
direitos ou interesses individuais ou homogêneos, os decorrentes de origem
comum, em que são titulares sujeitos determinados unidos por uma situação
de fato comum.
Neste caso, poderá o interessado propor ação individual para garantir a efetivação
de seu direito.
a l
n
Nas ações que envolvem direitos difusos e coletivos, entende-se que a coisa julgada
io
c
possui efeito secundum eventum probationes. Isto porque, tanto na hipótese de
a
u c ER
procedência, quanto na de improcedência da demanda, haverá formação de coisa julgada
material, excepcionada no caso de improcedência por insuficiência de provas, em que há
E M d IL
permissão para que se proponha nova ação, com base em prova diversa.
e
rt RO
Por outro lado, nas decisões sobre direitos individuais homogêneos, o efeito da
o OR
coisa julgada é secundum eventus litis, já que não haverá prejuízo da demanda individual,
p
S C 41- m u H 89
quando julgado improcedente o pedido coletivo. O efeito material da sentença será erga
omnes apenas na hipótese de decisão procedente ao direito.
um IZ .7 .co
V O er L
.
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4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
Ano:lc
p 2016. Banca: FCC. Órgão: DPE-ES
No que diz respeito aos Direitos Difusos e Coletivos, a
doutrina especializada criou uma nova terminologia,
chamada coisa julgada secundum eventum litis, erga omnes
ou ultra partes. Neste sentido, a sentença fará coisa julgada
GABARITO COMENTADO:
E M d IL
processo coletivo, independente de sua natureza, o que não
e
é correto. A abrangência de cada uma das decisões é distinta
rt RO
(erga omnes e ultra partes), além do que há tratamento
p o OR
diferenciado à sentença de improcedência de direitos
S C 41- m u H 89
individuais homogêneos, quando é fundamentada em falta
um
de provas. Isto porque, o entendimento é de que neste caso
IZ .7 .co
er L
não será possível a propositura de nova ação coletiva,
U 4 il
4 ma
preservando, apenas, o direito individual.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D B) A alternativa está incorreta, pois efeitos ultra partes da
0 er@
decisão são aplicados aos direitos coletivos em sentido
l
mi
estrito. Com relação aos direitos difusos, conforme artigo
lc
103, I do CDC, a decisão faz coisa julgada erga omnes.
p
D) Nas decisões proferidas em processo coletivo, a decisão
tem eficácia ultra partes, abrangendo o grupo, categoria ou
classe de pessoas protegidas. Assim, terão eficácia erga
omnes as sentenças proferidas em âmbito de ação que
protege direitos difusos e individuais homogêneos,
lembrando que, no último caso, o benefício apenas se dará
aos sujeitos que optaram pela demanda coletiva em
detrimento da individual.
a c
c ER
b) A ação civil pública seria viável se o autor fosse o
u
E M d IL
Ministério Público, na medida em que a Defensoria Pública
não é legitimada para ações previstas no Estatuto da Criança
e
rt RO
e do Adolescente para responsabilização por ofensa aos
o OR
direitos assegurados à criança e ao adolescente referentes
p
S C 41- m u H 89
ao não oferecimento ou oferta irregular do ensino
obrigatório e de atendimento em creche e pré-escola às
m IZ .7 .co
crianças de zero a cinco anos de idade.
u
V er L U 4 il
4 ma
c) A medida intentada pela Defensoria Pública é descabida: a
O . 0
d R 3 g
ação civil pública destina-se a tutelar interesses difusos ou
4
A PE D 0 er@
coletivos, não sendo instrumento jurídico-processual hábil a
l i
tutelar interesses individuais indisponíveis de apenas uma
m
p lc
criança, de modo que o processo deve ser extinto sem
resolução de mérito.
p o OR
S C 41- m u H 89
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: CESPE - 2017
m Z .7 .co
- DPE-AC - Defensor Público
u I
V er L U 4 il
4 ma
Se a DPE/AC propuser ação coletiva em defesa de interesses
O . 0
d R 4 3
individuais homogêneos, a sentença que deverá ser
g
A PE D 0 er@
proferida fará coisa julgada
l i
a) ultra partes, se a ação for julgada improcedente por falta
m
lc
de provas, sendo vedada nova ação por outro legitimado.
p
b) erga omnes, se a ação for julgada improcedente por falta
de provas, sendo vedada nova ação por outro legitimado.
GABARITO COMENTADO: C
Art. 103, CDC: Nas ações coletivas de que trata este código,
Determina o artigo 16 da Lei de Ação Civil Pública que a sentença fará coisa julgada
nos limites da competência territorial do órgão que a prolatou. Neste sentido, muito se
discute acerca da amplitude dos efeitos formados pela decisão sobre direitos coletivos.
O Superior Tribunal de Justiça reconhece que não se pode caracterizar a coisa
julgada como efeito da sentença judicial, já que esta é qualidade agregada a decisão, a
tornando imutável.
Dessa forma, entende o STJ que a limitação a que se refere o artigo 16 diz respeito à
jurisdição do órgão julgador, nada tendo relação com os efeitos decorrentes da decisão. 6
a l
O entendimento do STJ, portanto, é que a eficácia das decisões proferidas em ações
io n
civis públicas coletivas não deve ficar limitada ao território da competência do órgão
c
jurisdicional que prolatou a decisão, tendo abrangência em todo o território nacional.
a
c ER
O tema merece atenção especial, já que diversos doutrinadores entendem de forma
u
E M d IL
contrária à decisão do STJ. Em que pese ainda não ter se manifestado especificamente
sobre o tema, em recente decisão o STF pode ter demonstrado tendência a se opor ao
e
rt RO
entendimento do STJ. Isto porque, decidiu que nas hipóteses de tutela antecipada contra
o OR
a Fazenda Pública (Artigo 2º-A da Lei 9494/97) para a parte ser beneficiada com os efeitos
p
u H 89
da decisão deverá ser residente no âmbito de jurisdição do órgão prolator.
S C 41- m
um IZ .7 .co
er L U4 ma
TÓPICOS SOBRE SENTENÇA COLETIVA:
V O . 0
4 il
d R 4 3 g
A PE D
FAIR NOTICE: trata-se da obrigação que os polos passivos possuem de divulgar a
0 er@
existência de demanda coletiva, com o intuito de notificar os grupos possíveis de
l
mi
serem atingidos pela decisão para que, querendo, participem. Caso a parte seja
p lc
omissa no dever previsto no artigo 94 do CDC, todos os atingidos pela decisão,
mesmo que não tenham participado do processo, serão beneficiados.
RIGHT TO OPT OUT: Possui origem no class action do direito norte americano e
consiste no direito de a parte decidir por não participar da demanda coletiva,
também chamado de direito à auto-exclusão. Exercendo o referido direito, a
parte não é prejudicada nem tampouco beneficiada com os efeitos da decisão
coletiva, que também não interferem em sua ação individual. Porém, se a parte
não se manifestar no prazo adequado, entende-se pela presunção de aceite, de
forma que será atingida pelo resultado da demanda coletiva.
6
STJ. Corte Especial. EREsp 1134957/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/10/2016 (não
divulgado em Informativo).
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coletivo, materializando o princípio do transporte in utilibus da sentença coletiva (
utilizar o resultado da sentença coletiva em processos individuais).
Assim, há de se observar que tanto a Lei de Ação Civil Pública, quanto o CDC
determinam que o sujeito faça o pedido de suspensão ação individual, em um prazo de
30 dias do conhecimento. Por outro lado, a lei do Mandado de Segurança e a Lei do
Mandado de Injunção exigem a desistência da ação individual, para que o interessado se
beneficie com a decisão coletiva.
Aprofundando o tema:
a
optar por ficar de fora do raio de ação do julgado), por força do qual é possível al
n
qualquer interessado requerer, tempestivamente, não ser atingido pelos efeitos da
io
c
futura sentença. Funciona da seguinte maneira: caso a ação seja admitida na forma de
a
notificados sobre a existência do processo. u c ER
uma class action, ou seja, obtenha a certificação (certification), os interessados devem ser
E M d IL
e
Essa notificação é denominada fair notice. Uma vez cientificados, se não se opuserem
rt RO
expressamente, estarão sujeitos aos efeitos da futura sentença e de sua coisa julgada,
p o OR
tendo adotado, tacitamente, uma postura de opt-in. Poderão, em vez disso,
S C 41- m u H 89
tempestivamente requerer sua exclusão desses efeitos, exercendo o direito de opt-out,
ou, ainda, integrar a lide como litisconsortes. Outra oportunidade de opt-out deve ser
um IZ .7 .co
er L
concedida aos interessados na hipótese de ser celebrado um acordo durante o processo,
U 4
4 ma il
mas antes de sua homologação judicial.7
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: DPE-PR
Considere:
I. Em termos de direitos individuais homogêneos, representa
maior abrangência da tutela o sistema de exclusão (opt-out), em
que os interessados são automaticamente atrelados à decisão
coletiva, se não houver manifestação.
7
MASSON, ANDRADE e ANDRADE. Ed. 2015.
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www.adverum.com.br
COLETIVO processo coletivo, por se entender o processo individual mais
célere.
III. Atualmente, com o recrudescimento das relações de massa,
multiplicando-se as lesões sofridas pelas pessoas, as ações
coletivas cumprem o papel de propiciar que a totalidade, ou, pelo
menos, uma quantidade significativa da população, alcance seus
direitos.
IV. Ainda hoje, no ordenamento jurídico brasileiro, as ações
coletivas permanecem sendo tratadas apenas por leis
extravagantes desprovidas de unidade orgânica.
a) III e IV.
b) II e III.
c) I e II.
a l
io n
d) I e IV.
a c
e) I, III e IV.
u c ER
GABARITO COMENTADO: E M d IL
e
rt RO
o OR
CORRETA: Letra E, intens I, III e IV -
p
S C 41- m u H 89
I - O sistema do rigth to opt out possui base o class action do
direito norte americano. Neste sistema, após a notificação sobre a
um IZ .7 .co
existência da demanda coletiva o sujeito se manifesta, sendo que
V er L U 4
4 ma il
se decidir por sua autoexclusão não se beneficiará do resultado
O . 0
coletivo. Porém, se mantiver inerte à notificação, entende-se pela
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
presunção do aceite, ou seja, que pretende ser beneficiado pelo
l
processo coletivo. Neste sentido, o sistema do Rigth to opt out se
mi
torna mais abrangente, já que a regra é a prevalência do processo
coletivo.
p lc
III - O processo coletivo, como expressão da segunda onda dos
direitos fundamentais, são a forma de superação do modelo
individual de processo, como prmoção da maximização da
proteção e preservação dos direitos fundamentais. Neste sentido,
correta a alternativa que epôs justamente o sentido que se busca
com o processo coletivo.
IV - Conforme descrito no tópico sobre os princípios, não há,
ainda, um código de processo coletivo. Dessa forma, a previsão
legal se encontra em legislações esparsas que juntas materializam
o microssistema de direitos coletivos.
INCORRETA:
A sentença coletiva será liquidada pelos titulares dos direitos individuais, devendo
ser observado o prazo de 01 ano, sob pena de decadência do direito. No direito coletivo,
a liquidação é denominada imprópria, já que o objeto do procedimento é mais amplo.
Isto porque, antes de se apurar o quantum debeatur caberá ao interessado demonstrar
que é detentor da qualidade de beneficiário do resultado obtido.
a l
feita por um legitimado coletivo (processo sincrético, mero incidente), enquanto a
io n
execução individual cabe à vítima ou ao seu sucessor, através de um processo autônomo
c
de execução. Nas ações essencialmente coletivas, a execução será uma fase processual, e
a
c ER
não um mero incidente, ocorrendo dentro de um processo já existente, uma vez que os
u
direitos transindividuais são insuscetíveis de divisão.
E M d IL
e
- Vítimas e sucessores;
rt RO
p o OR
- Legitimação ordinária;
S C 41- m u H 89
- Na liquidação por legitimado coletivo, trata-se de uma
um Z .7 .co
legitimação extraordinária e subsidiária (art. 97, do CDC);
I
er L U il
Liquidação individual
4
4 ma
- Liquidação imprópria: deve-se comprovar a causa de
d V R O
4 3 . 0 g
pedir comum, bem como o dano individual suportado, o
A PE D 0 er@
l
quantum debeatur e o nexo causal;
mi
Interesses individuais homogêneos: preferencialmente
p lc
individual e, subsidiariamente, pelos legitimados
coletivos.
JURISPRUDÊNCIA
a c
u c ER
IMPROBIDADE: A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de
d IL
ação de improbidade administrativa está sujeita ao reexame necessário, com base
E M
e
na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da primeira parte do art.
rt RO
19 da Lei nº 4.717/65. Assim, quando a sentença da ação popular for procedente,
p o OR
não haverá reexame necessário. Perceba, portanto, que o art. 19 inverte a lógica da
S C 41- m u H 89
remessa necessária do CPC. Pelo CPC, se a Fazenda “perde”, haverá reexame. Na
ação popular, o reexame necessário ocorre se o cidadão perde. Em virtude disso,
um IZ .7 .co
er L
podemos dizer que esse art. 19 traz uma hipótese de duplo grau de jurisdição
U 4
4 ma il
invertido, ou seja, um duplo grau que ocorre em favor do cidadão (e não
V O 3 . 0
necessariamente da Fazenda Pública). STJ. (Info 607).
d R 4 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
IMPROBIDADE: É possível a abertura de inquérito civil pelo Ministério Público
objetivando a apuração de ato ímprobo atribuído a magistrado mesmo que já exista
concomitante procedimento disciplinar na Corregedoria do Tribunal acerca dos
mesmos fatos, não havendo usurpação das atribuições da Corregedoria pelo órgão
ministerial investigante. A mera solicitação para que o juiz preste depoimento
pessoal nos autos de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público para apuração
de suposta conduta ímproba não viola o disposto no art. 33, IV, da LC nº 35/79
(LOMAN). STJ. (Info 609).
e
habeas corpus de ofício. O art. 580 do CPP, por sua vez, permite que a ordem
rt RO
concedida em determinado habeas corpus seja estendida para todos que se
encontram na mesma situação.
p o OR
S C 41- m u H 89
Assim, conclui-se que os juízes ou Tribunais podem estender para todos que se
um IZ .7 .co
encontrem na mesma situação a ordem de habeas corpus concedida
V O er L
. 0
U4 ma4 il
individualmente em favor de uma pessoa.
d R 3 g
Existem mais de 100 milhões de processos no Poder Judiciário, a cargo de pouco
4
A PE D 0 er@
mais de 16 mil juízes, exigindo do STF que prestigie remédios processuais de
l i
natureza coletiva com o objetivo de emprestar a máxima eficácia ao mandamento
m
p lc
constitucional da razoável duração do processo e ao princípio universal da
efetividade da prestação jurisdicional.
Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por
analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor
mandado de injunção coletivo.
1) o Ministério Público;
4) a Defensoria Pública.
a l
AÇÃO CIVIL PÚBLICA: legitimidade do MP para pleitear tratamento médico ou
io n
c
entrega de medicamentos. O Ministério Público é parte legítima para pleitear
a
c ER
tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas
u
E M d IL
contra os entes federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo
beneficiários individualizados, porque se refere a direitos individuais indisponíveis,
e
rt RO
na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério
p o OR
Público). STJ. 1ª Seção. REsp 1.682.836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
u H 89
25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).
S C 41- m
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
AÇÃO CIVIL PÚBLICA: Legitimidade do MP para ajuizar ação pedindo o fornecimento
V O . 0
d 3 g
de medicamento O Ministério Público é parte legítima para ajuizamento de ação civil
R 4
A PE D 0 er@
pública que vise o fornecimento de remédios a portadores de certa doença. STF.
l
(repercussão geral) (Info 911). mi
Plenário. RE 605533/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/8/2018
p lc
O Ministério Público é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de
medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos,
mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque
se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993
(Lei Orgânica Nacional do Ministério Público). STJ. 1ª Seção. REsp 1.682.836-SP, Rel.
Min. Og Fernandes, julgado em 25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).
AÇÃO CIVIL PÚBLICA: A Segunda Seção, por maioria, vencido o relator, ministro
Marco Buzzi, entendeu que a associação com fins específicos de proteção ao
consumidor não possui legitimidade para o ajuizamento de ação civil pública com a
finalidade de tutelar interesses coletivos de beneficiários do seguro DPVAT.
a l
Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ação civil pública em defesa de
direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas bancárias.
io n
a c
Em relação ao Ministério Público e aos entes políticos, que têm como finalidades
u c ER
institucionais a proteção de valores fundamentais, como a defesa coletiva dos
d IL
consumidores, não se exige pertinência temática e representatividade adequada.
E M
(Info 626). e
STJ. 3ª Turma. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
SÚMULAS NOVAS
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d 3 g
Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa
R 4
A PE D 0 er@
de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda
l i
que decorrentes da prestação de serviço público.
m
p
Súmula 602-STJ: O Código lc de Defesa do Consumidor é aplicável aos
empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.
Súmula 613 – STJ: Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema
de Direito Ambiental.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
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p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
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4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
io n
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
a c
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
c ER
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos
u
mais diferentes certames públicos.
E M d IL
e
rt RO
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
o OR
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
p
S C 41- m u H 89
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
m Z .7 .co
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
u I
V er L
para carreiras públicas.
O .
U
0
4
4 ma il
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
l
uma obsessão.
mi
p lc
Bom estudo!
Francisco Penante
um IZ .7 .co
er L
8.8 CONVENÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS DOS DEFICIENTES FÍSICOS E SEU
4 maU 4 il
PROTOCOLO FACULTATIVO ......................................................................................... 40
8.9
d V R O 3 . 0 g
CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE DESAPARECIMENTO FORÇADO ........... 41
4
A PE D 0 er@
8.10 CONVENÇÃO PARA PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO ..... 42
l
mi
8.11 CONVENÇÃO RELATIVA AO ESTUTO DOS REFUGIADOS E SEU PROTOCOLO
p lc
FACULTATIVO............................................................................................................... 42
8.12 ESTATUTO DE ROMA ........................................................................................ 45
9 SISTEMA REGIONAL AMERICANO DE DIREITOS HUMANOS ...............................51
9.1 CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE OS DIREITOS HUMANOS (PACTO DE SÃO
JOSÉ DA COSTA RICA) .................................................................................................. 52
9.2 PROTOCOLO DE SÃO SALVADOR ...................................................................... 69
10 PROTEÇÃO AOS REFUGIADOS ...........................................................................70
11. DEFENSOR PÚBLICO INTERAMERICANO ..............................................................70
12. CONFLITOS ENTRE OS DIREITOS HUMANOS ........................................................70
13. PROTEÇÃO DO CONTEÚDO ESSENCIAL E A DUPLA GARANTIA .............................71
14. JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL .....................................................................72
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................80
Trata-se de ramo de Direito Internacional Público, que tem como base o direito
natural, protegendo a espécie humana e aquilo que a cerca em suas liberdades
clássicas. Leva-se em conta a dignidade da pessoa humana que é o mais importante
dos Direitos Humanos, pois ela só será integralmente garantida se preenchidas as três
dimensões de direitos fundamentais: liberais, sociais e de solidariedade. Os Direitos
Humanos consistem nos direitos essenciais para que o ser humano seja tratado com
dignidade, e é inerente a toda espécie humana, sem distinção.
O princípio basilar dos Direitos Humanos é o in dubio pro homine, que se aplica
quando há dúvida sobre qual direito prevalecerá em determinada situação. Assim,
sempre que houver conflito entre direitos, prevalecerá o que traz maiores benefícios
ao ser humano.
Onde não há democracia não há Direitos Humanos e, sendo alcançado algum
direito, é vedada a sua revogação. A vedação ao retrocesso garante que um direito
adquirido apenas será ampliado, como forma de melhorar o que está garantido.
a l
Identidade: No Brasil os direitos humanos são referenciados como direito dos
io n
c
presos, limitação essa incompleta, pois já se fala em direitos humanos além dos
a
c ER
humanos, garantidos, por exemplo, aos animais. Tal equívoco pode ter sido fruto do
u
E M d IL
período ditatorial, do golpe militar onde o governo sustentou que os direitos humanos
eram os direitos dos comunistas, fazendo com que os ativistas fossem perseguidos
como infratores da lei. e
rt RO
o OR
Há uma pequena distinção entre Direitos Humanos e Diretos Fundamentais.
p
S C 41- m u H 89
Isto porque os Direitos Fundamentais ficam reservados ao plano de positivação do
direito interno, enquanto os Direitos Humanos se estabelecem em uma ordem
internacional.
um IZ .7 .co
V er L U
0
4
4 ma il
Em âmbito interno, os Direitos Fundamentais têm ênfase aos artigos 1º a 6º da
Constituição da República, bem como a legislação protetivas dos vulneráveis clássicos,
O .
d R 3 g
que são: crianças, idosos, mulheres, negros, índios, deficientes físicos e LGBTs, entre
4
A PE D 0 er@
outros grupos que, diante de suas características, demandam proteção especial do
l
Estado.
m i
c no artigo 1º, da CR, é um dos cinco fundamentos
A Dignidade Humana,lprevista
p
da República Federativa do Brasil e por isso mesmo, seu alcance se dá por todo o
ordenamento jurídico brasileiro. Talvez, por causa dessa amplitude, parte da doutrina
referenciou a dignidade da pessoa humana com o chamado piso mínimo existencial,
que por sua vez corresponderia aos direitos sociais elencados no artigo 6º da CR. Cita-
se:
E M d IL
haver discriminação e nem preterição ao assegurar o direito a determinado
indivíduo. O ser humano deve ser tratado de forma igualitária e a inerência só
e
rt RO
será efetivada se toda a população mundial dispuser das garantias que
proporcionem uma vida digna.
p o OR
S C 41- m u H 89
Universalidade: pode ser considerada em dois sentidos: o primeiro é no
m Z .7 .co
sentido de que os Direitos Humanos se destinam a todas as pessoas sem
u I
er L U 4 il
qualquer tipo de discriminação. O outro sentido se refere a abrangência
V 0 4 ma
territorial universal, pois são válidos em todos os lugares do mundo. Está ligada
O .
d R 3 g
ao processo de internacionalização dos direitos humanos e com a barbárie do
4
A PE D 0 er@
nazismo na II Guerra. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, é
l i
o marco da internacionalização.
m
l c importa o local em que esteja o ser humano, o seu
Transnacionalidade: não
p
direito sempre estará assegurado no território de qualquer Estado. O
reconhecimento dos direitos humanos não depende mais de um vínculo de
nacionalidade.
1
Trata-se de uma teoria importada do Tribunal Constitucional Alemão, segundo o qual, baseando-se na
proporcionalidade, ultrapassadas as prestações razoavelmente exigíveis do Estado, bem como não
havendo orçamento, ele não estaria obrigado a atender o pleito social além de suas forças e
responsabilidade. No entanto, no Brasil, não há sequer a prestação do mínimo, de forma que a reserva do
possível é inoponível ao mínimo existencial, podendo o Poder Judiciário obrigar a Administração cumprir
suas obrigações, sem que isso signifique violação à separação dos poderes (ADPF 45). A Administração,
para usar este argumento defensivo, deve provar objetivamente a falta de orçamento e desde que esta não
tenha de alguma irresponsabilidade do Poder Público.
2
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
www.adverum.com.br
interdependente. – o direito protegido é uma unidade incindível em suas
dimensões (individual, social, ambiental etc), bem como a proteção de um
direito colabora com a promoção de outro.
a l
Historicidade: é a evolução histórica que traz novos direitos humanos, não
io n
surgem ao mesmo tempo, mas, sim, gradativamente, em diferentes momentos
históricos.
a c
u c ER
Abertura dos direitos humanos, não exaustividade e fundamentalidade:
E M d IL
constante expansão do rol de direitos humanos. Art. 5º, §2º, da CF/88 consagra
a não exaustividade.
e
rt RO
p o OR
Proibição de retrocesso social: entrincheiramento, efeito cliquet, princípio do
S C 41- m u H 89
não retorno da concretização. O retrocesso pode ser realizado pela supressão
normativa, amesquinhamento ou diminuição das prestações à coletividade.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
Fundamentos da vedação do retrocesso:
p lc
- Estado Democrático de Direito;
E M d IL
e
A) A irrenunciabilidade dos direitos humanos deve ser
rt RO
harmonizada com a autonomia da vontade, donde se conclui
QUESTÕES:
p o OR
que a pessoa civilmente capaz pode se despojar da proteção
PRINCÍPIOS E
CARACTERÍSTICAS
S C 41- m u H 89
de faceta de sua dignidade, a exemplo do famoso caso francês
do “arremesso de anões”.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
B) Admite-se a relatividade dos direitos humanos, pois estes
colidem entre si e podem sofrer restrições por ato estatal ou
d R 4 3 g
de seu próprio titular, a exemplo da vedação de associação
A PE D 0 er@
para fins paramilitares previsto pelo poder constituinte
l
originário.
mi
p lc
C) Tendo em vista que as normas de proteção aos direitos
humanos não integram o chamado jus cogens, a universalidade
dos direitos humanos é relativizada, prevalecendo uma forte
ideia de respeito ao relativismo cultural, ainda que o Estado
seja parte formal da comunidade internacional.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
a l
io n
b) A característica da indivisibilidade dos direitos humanos
decorre da constatação de que a condição de pessoa é o único
a c
requisito para a sua titularidade de direitos e das necessidades
humanas universais.
u c ER
E M d IL
e
c) A superioridade das normas de direitos humanos
rt RO
p o OR
caracteriza-se pela aferição de idoneidade, necessidade e
equilíbrio da intervenção do Estado em determinado direito
S C 41- m
fundamental. u H 89
um IZ .7 .co
er L U il
d) O princípio da proibição do retrocesso social é uma
4
4 ma
d V R O
4
cláusula de defesa do cidadão em face de possíveis arbítrios
3 . 0 g
impostos pelo legislador no sentido de desconstituir as normas
A PE D 0 er@
de direitos fundamentais.
l
mi
p lc
e) Com a inclusão dos direitos sociais no rol dos direitos do
homem, antes composto apenas de direitos de liberdade, os
direitos do homem passaram a constituir uma categoria
homogênea.
l
b) sintetiza as garantias universais aptas a sustentar uma
a
teoria dos direitos humanos intercultural.
io n
a c
c) opõe-se às ideias do relativismo cultural e aproxima-se
das do universalismo de partida.
u c ER
E M d IL
e
rt RO
d) associa-se à ideia de humanidade em sua indistinta
o OR
integralidade cultural e social.
p
S C 41- m u H 89
e) está associado ao desenvolvimento de uma teoria de
m Z .7 .co
direitos humanos alheia às peculiaridades culturais de cada
u I
er L U 4 il
sociedade.
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
R: B. Boaventura de Souza Santos e Herrera Flores são dois
l
mi
nomes importantes em Direitos Humanos. Este último,
professor espanhol, explica que não deve acreditar num
p lc
universalismo de partida, uma vez que este desconsidera todas
as particularidades das diferentes culturas. Neste sentido,
defende o universalismo de chegada, isto é, consideradas e
dialogadas, os direitos humanos são concebidos à luz das
diferenças e particularidades de todos os povos.
3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
a l
io n
c
● 1945: criação da ONU (foi criada em junho e começou a funcionar em outubro).
a
EUA, Rússia, França, China e Reino Unido.
u c ER
d IL
● 1948: (10 de dezembro): Declaração Universal dos Direitos Humanos.
E M
●1950: convenção Européia de Direitos Humanos. e
rt RO
p o OR
S C 41- m
Direitos Civis e Políticos u H 89
●1966: Pactos Internacionais de Direitos Humanos: Pactos Internacionais de
um IZ .7 .co
er L
● 1966: Pactos internacionais dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
U 4
4 ma il
Rica d V R O
4 3 . 0
●1969: Convenção Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de São José da Costa
g
A PE D 0 er@
l i
● 1981: Convenção Africana de Direitos Humanos e carta dos povos.
m
p lc
a l
Humanos − International Bill of Rights:
io n
Integram a denominada Carta Internacional dos Direitos
a c
DOCUMENTOS
INTERNACIONAIS u c ER
d IL
E M
I. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
II. Carta da Organização das Nações Unidas − ONU.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 III. Declaração Universal de Direitos Humanos.
g
A PE D 0 er@
l
mi
lc
IV. Convenção Americana de Direitos Humanos.
p
Está correto o que se afirma em
a) II e IV, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
a l
▪ Sistema universal: também conhecido como sistema global ou internacional.
io n
Carta da ONU (1945); Declaração Universal (1948) e pactos internacionais (1966);
-
a c
- Principal órgão: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos
Humanos;
u c ER
d IL
- Princípios da Declaração Universal de Direitos Humanos: universalidade,
E M
igualdade e não-discriminação.
e
rt RO
▪ Sistemas regionais: Europeu (1950), Americano (1969) e Africano (1981);
p o OR
S C 41- m u H 89
Não há nenhuma hierarquia entre os sistemas, qualquer tratado que decorra das
nações unidas faz parte do sistema universal. A ideia é sempre de complementação
dos sistemas.
um IZ .7 .co
V er L0
U4 ma4 il
5. DIMENSÕES/GERAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
A Teoria das Geração foi proposta por Karel Vasak, com base nos princípios da
l
mi
Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Nesta senda, entende-se que
os direitos foram apresentados de forma fragmentada, em clara ofensa à característica
p lc
da indivisibilidade. Na prática, segundo ACR, esta divisão serve de justificativa para a
“diferenciação no regime de implementação”.
A doutrina fala que a ideia geracional seria algo linear, estanque e não
contínuo, enquanto a dimensão é algo que tem parte comum, sendo contínua. Por
esse motivo, é que atualmente se fala em dimensões e não em gerações de direitos
humanos.
Logo, o termo geração foi abolido pela doutrina moderna por entender que o
mesmo induzia a intervalos inexistentes na evolução histórica dos direitos humanos.
Diante da inexauribilidade, unidade e interdependência, portanto, esta teoria consiste
apenas em instrumento didático.
Norberto Bobbio, tendo como base os ideais da revolução francesa afirmou
existir trem gerações de direitos humanos:
▪ Primeira: Liberdade, alcançando os direitos civis e políticos;
Estes direitos também são classificados de acordo com suas funções: direitos de
defesa (civis), direitos à prestação (sociais) e direitos a procedimentos e organizações
(indispensáveis à efetivação dos DH, como a Defensoria Pública.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
o OR
ANO: 2018 BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-MA
p
S C 41- m u H 89
Podem ser considerados exemplos de direitos humanos de
um
terceira geração o direito
IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
A) à imigração e refúgio, à participação na economia
globalizada e à segurança.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
B) ao trabalho, à paz mundial e à indivisibilidade entre os
l
direitos.
m i
DIMENSÕES E plc imaterial, à privacidade e ao pluralismo.
C) à propriedade
CARACTERÍSTICA D) à bioética, o direito do consumidor e os direitos culturais
S DOS DIREITOS
HUMANOS E) ao meio ambiente, ao desenvolvimento e à
autodeterminação dos povos
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
a l
io n
ANO: 2018. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPE-PE. PROVA:
a c
DEFENSOR PÚBLICO
u c ER
E M d IL
Os direitos humanos são concebidos como indivisíveis e
e
rt RO
universais: basta ser pessoa para ser titular de direitos e dotado
o OR
de dignidade. Por sua vez, o conceito de cidadania representa
p
S C 41- m u H 89
ponto fulcral na realização da democracia e na titularidade dos
direitos humanos. Na evolução dos direitos humanos, observa-
m Z .7 .co
se o desenvolvimento de, pelo menos, três dimensões da
u I
er L U 4 il
cidadania, assim como três gerações de direitos humanos, todos
V 0 4 ma
interconectados.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
l
m i
cBrasil, a garantia das três primeiras gerações de
plhumanos
a) No
direitos deu-se na seguinte ordem sequencial e
sucessiva: direitos civis, direitos políticos e direitos sociais.
GABARITO: C
(...)
u c ER
IDC 2/DF: assassinato de Manoel Bezerra de Mattos Neto. Advogado, vereador e
d IL
defensor dos direitos humanos, ele foi assassinado depois de várias ameaças e
E M
e
atentados, por um grupo de extermínio que atuava na divisa entre os estados de
rt RO
Pernambuco e da Paraíba. O STJ determinou o deslocamento para a Justiça Federal,
vez que preenchidos os requisitos.
p o OR
S C 41- m u H 89
IDC 3/GO: atuação de grupo de extermínio em Goiânia com a participação de
policiais militares, praticando os crimes de homicídio e tortura. O STJ determinou o
deslocamento.
um IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
IDC 5/PE: assassinato do promotor Thiago Faria Soares. Havia indícios da atuação
V O . 0
de grupos de extermínio. A falta de entendimento entre a polícia militar e o MP causou
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
um conflito institucional e um conjunto de falhas na investigação criminal, o que levou
l
ao deslocamento da competência.
mi
p lc
a l
io
Justiça, com a finalidade de assegurar o cumprimento de n
E) cabe ao Procurador-Geral da República e ao Ministro da
a c
obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos
u c ER
humanos dos quais o Brasil seja parte, suscitar, perante o
d IL
Superior Tribunal de Justiça, incidente de deslocamento de
E M
e
competência para a Justiça Federal.
rt RO
GABARITO: A
p o OR
S C 41- m
COMENTÁRIO: u H 89
um IZ .7 .co
er L
Por unanimidade, a Terceira Turma do Tribunal Regional
U 4
4 ma il
Federal da 5ª Região – TRF5 negou provimento, nesta quinta-
d V
QUESTÕES: IDC
R O
4 3 . 0 g
feira (10/08/2017), às apelações do Ministério Público Federal
A PE D 0 er@
(MPF) e da defesa dos acusados pelo assassinato do advogado
l
mi
e ativista dos direitos humanos Manoel Mattos. A vítima foi
executada em janeiro de 2009, na praia de Pitimbu/PB. As
p lc
partes apelaram contra sentença da 36ª Vara Federal de
Pernambuco, após Júri Popular realizado no Recife/PE, em
2015, que condenou José da Silva Martins e Flávio Inácio
Pereira pelo crime, e absolveu outros três réus.
p o OR
interessado, pelo Procurador Geral da República e por
u H 89
qualquer Procurador Geral de Justiça.
S C 41- m
um IZ .7 .co
er L
e) O incidente de federalização será processado perante o
U 4
4 ma il
Supremo Tribunal Federal e terá cabimento em caso de grave
d V R O
4 3 . 0
violação de direitos humanos.
g
A PE D
QUESTÕES: IDC 0 er@
R: C. Previsão legal: Art. 109. V-A, § 5º, da CF/88.
l
mi
p lc
IDC 1: Caso Dorothy Stang. Missionária norte-america
assassinada no Pará. Não houve o deslocamento da
competência, pois as autoridades desempenharam suas
funções, demonstrando que não havia justificativa com base na
morosidade intencional do sistema, ou na falta de vontade de
resolver o caso, nem havia fraqueza das instituições
responsáveis.
IDC 2: Caso Manoel Mattos. Defensor de direitos humanos,
que denunciava a atuação de grupos de extermínio na divisa
entre Pernambuco e Paraíba. Este foi o 1º caso a ser
federalizado, em virtude de condutas irregulares pelas
autoridades locais.
Requisitos para o IDC:
- grave violação de direitos humanos; finalidade de assegurar o
cumprimento de obrigações previstas em tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja
e
rt RO
p o OR
c) o primeiro Incidente de Deslocamento de Competência
S C 41- m u H 89
suscitado perante o STJ refere-se ao caso envolvendo o
homicídio de Dorothy Stang, religiosa norte-americana
um IZ .7 .co
naturalizada brasileira, ocorrido no Estado do Pará, tendo o
V O er L U 4
4 ma il
mesmo sido julgado improcedente na ocasião sob o argumento
. 0
da inconstitucionalidade do instituto.
d R 4 3 g
A PE
QUESTÕES: IDCD 0 er@
l d) segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça,
mi
o deslocamento da competência para a Justiça Federal deverá
p lc
ser deferido ante a verificação de situação de grave violação
aos direitos humanos, dispensando-se a demonstração
concreta da inércia, negligência, falta de vontade política ou de
condições reais do Estado-membro, por suas instituições, em
proceder à devida persecução penal.
3
STF no IDC n. 2.
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referente ao assassinato de Manoel Bezerra de Mattos Neto.
a l
io n
(CESPE, 2013. DPE-DF) Considerando as disposições constitucionais relativas aos
a c
direitos humanos e aos tratados que versam sobre o tema, julgue os itens
subsequentes.
u c ER
E M d IL
O procurador-geral da República poderá, ouvido o Conselho Nacional do Ministério
e
Público, suscitar, perante o STF, incidente de deslocamento de competência para a
rt RO
p o OR
justiça federal quando julgar que o processo envolve grave violação de direitos
humanos e exige o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
S C 41- m u H 89
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte. (ERRADA)
m Z .7 .co
- O IDC é analisado pelo STJ, sendo prescindível (dispensável) a oitiva do CNMP
u I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
(Conselho Nacional do Ministério Público).
d R 3 g
(CESPE, 2007. DPU) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o
4
A PE D 0 er@
Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar cumprimento de
l i
obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o
m
p lc
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a justiça federal.
(CORRETA)
4
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
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Como exemplo, temos o Pacto de São José da Costa Rica de 1969, incorporado
ao ordenamento jurídico brasileiro, em 1992, cuja proibição tácita da prisão civil do
depositário infiel nunca prevaleceu em relação à previsão expressa no inciso LXVII,
artigo quinto da CR.
Após a EC/45, criou-se o parágrafo 3º, do artigo 5 º, que nada mais é do que
uma cópia do parágrafo segundo do artigo 60 da CR/88. Assim, terão status de
Emenda à Constituição, os tratados internacionais de direitos humanos que sejam
incorporados pelo Brasil, pelo procedimento definido para a aprovação de emendas.
Vejamos:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.
um IZ .7 .co
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
d R 4 3 g
respectivos membros.
A PE D 0 er@
l i
Atualmente, temos três tratados internacionais de Direitos Humanos
m
p lc
incorporados pelo Brasil com status de Emenda à Constituição: a convenção
internacional dos deficientes físicos - março de 2007, convenção de Nova York e o seu
protocolo facultativo e, o mais recente, o Tratado de Mahakesh, que trata sobre
normas para facilitar o acesso às pessoas cegas de obras publicadas.
O STF, através de sua jurisprudência inovou ao criar a chamada posição
supralegal, ou seja, os tratados internacionais sobre direitos humanos incorporados
antes da regra nova ocuparão posição superior às demais normas infraconstitucionais.
Assim, possuem posição mais relevante às normas infraconstitucionais, porém não
possuem status de emenda à constituição.
- 2 turnos;
A partir da EC 45/2004 - Quórum de 3/5.
um IZ .7 .co
er L U 4 il
Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os
V O 0 4 ma
tratados de direitos humanos serão incorporados pela ordem
.
QUESTÕES:
d R 3 g
jurídica brasileira a partir da
4
A PE
INCORPORAÇÃO
DOS TRATADOS.
D 0 er@
l i
a) ratificação e depósito do tratado pelo Presidente da
m
República
p lc
b) publicação de decreto legislativo, de forma conjunta, pelo
Presidente da República e pelo Presidente do Congresso
Nacional.
V O . 0 4 ma
Considerando o entendimento do Supremo Tribunal Federal
d R 4 3 g
A PE (STF) acerca dos tratados internacionais de direitos humanos,
D 0 er@
julgue os seguintes itens.
l
mi
I Os tratados e as convenções sobre direitos humanos aprovados
p lc
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos, são equivalentes às emendas constitucionais
e não podem ser ulteriormente declarados inconstitucionais.
II O STF entende que a subscrição, pelo Brasil, do Pacto de São
José da Costa Rica conduziu à inexistência de balizas a
determinados comandos constitucionais, tendo, por isso,
indicado a derrogação das normas legais definidoras da custódia
de depositário infiel, tornando-se ilegal a sua prisão.
III Tratados de direitos humanos firmados antes da Emenda
Constitucional n.º 45/2004 continuam a valer como normas
infraconstitucionais e não poderão passar por novo processo
legislativo para alterar seu status no ordenamento jurídico.
GABARITO: B.
a l
constitucional referente à prisão do depositário infiel
n
precisava de regulamentação e a CADH tem status
io
c
supralegal, as normas meramente legais foram
a
III. u c ER
derrogadas. Portanto, correta a afirmativa.
Os tratados de direitos humanos têm caráter de
E M d IL
supralegalidade, ainda que anteriores à EC 45/2004.
e
rt RO
o OR
ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-AM PROVA: FCC - 2018 -
p
u H 89
DPE-AM - DEFENSOR PÚBLICO - REAPLICAÇÃO
S C 41- m
m Z .7 .co
Sobre o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações
u I
V er L
O
U
.
4
0
il
Unidas, é correto afirmar:
4 ma
A) Foi criado pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos,
d R 4 3 g
A PE D
Sociais e Culturais (PIDESC).
0 er@
l i
B) É composto de oito membros, os quais deverão ser pessoas
m
p lc
de elevada reputação moral e reconhecida competência em
matéria de direitos humanos.
C) Seus membros serão eleitos para um mandato de dois anos.
D) Seus membros não poderão ser reeleitos.
GABARITO: E.
PRINCÍPIOS:
um IZ .7 .co
da paz e da segurança internacional;
V er L U
0
4
4 ma il
▪ Nenhum preceito da carta autoriza as nações unidas a intervir em assuntos
O .
d R 3 g
que são essencialmente da alçada nacional de cada país. Há a preservação da
4
A PE D 0 er@
autodeterminação dos povos, pois é considerado um sistema subsidiário.
l
mi
p
MEMBROS DAS NAÇÕES UNIDAS
lc
As Nações Unidas são abertas a todos os Estados amantes da paz, que
aceitarem as obrigações contidas na carta. A admissão será efetuada por decisão da
assembleia geral, depois da indicação do Conselho de Segurança.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
ATENÇÃO! mi
É possível que uma pessoa cumpra no Brasil pena de
p lc
caráter perpétuo, se assim foi condenado pelo Tribunal
Penal Internacional.
Isto porque a vedação à prisão perpétua é norma de direito interno do
ordenamento jurídico brasileiro. Porém, ao assinar um tratado, o Brasil se
compromete a cumprir suas determinações, neste caso, possibilitando que a pena
perpétua aqui seja cumprida, se a condenação vier do TPI.
a c
dos direitos do homem o que não é um termo adequado, levando-se em consideração
que caracteriza um gênero, sendo correto o termo "humanos".
u c ER
E M d IL
Tem por base a Carta de São Francisco, sendo que dispõe que as nações unidas
favorecerão: e
rt RO
p o OR
▪Níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condição de progresso e
S C 41- m u H 89
Desenvolvimento Econômico e Social.
um IZ .7 .co
▪A solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários,
er L U4 ma4 il
conexos à cooperação internacional de caráter cultural educacional.
V O . 0
d R 4 3 g
▪ O respeito universal e efetiva dos direitos humanos e das liberdades
A PE D 0 er@
fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
l
mi
PRINCÍPIOS:
p lc
▪ Fundamento da Liberdade, da justiça e da paz no mundo.
▪ Ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações: vai
ocorrer mediante a propagação do ensino e da educação.
▪ Proibição da tortura.
▪Princípio da igualdade;
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
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▪Princípio supremo dos direitos humanos: direito de ter direito.
▪ Regime democrático;
▪ Direito à educação;
▪ Direito da busca da felicidade: vai ser feliz quem tiver retorno ao que foi
explícito nos artigos anteriores.
u c ER
06 de julho de 1995, ou seja, menos de quatro anos após a instauração da nova ordem
constitucional brasileira.
E M d IL
e
rt RO
O pacto impõe aos Estados o dever de respeitar e garantir os direitos nele
p o OR
enunciados a todos os indivíduos que estejam em seu território e sujeitos à sua
S C 41- m u H 89
jurisdição. É vedada qualquer forma de discriminação por motivo de raça, cor, sexo,
religião, opinião política ou outra natureza, origem nacional ou social, situação
um IZ .7 .co
econômica, nascimento ou qualquer outra condição.
V er L0
U4 ma4 il
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos POSSUI APLICAÇÃO
O .
d R 3 g
IMEDIATA, o que significa dizer que os direitos nele previstos podem ser exigidos
4
A PE D 0 er@
imediatamente. São eles:
l
mi
• Igualdade entre homens e mulheres;
• Vida; p lc
• Proibição de tortura ou de penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes;
• Integridade do preso;
• Direito de circulação;
• Juízo natural;
• Presunção de inocência;
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
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• Tipicidade penal, princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade;
• Personalidade jurídica;
• Vida privada;
• Liberdade de expressão;
• Direito de reunião;
• Proteção à família;
• Proteção à criança;
E M d IL
trabalho forçado, por serem pontos que exigem uma atenção especial para as provas.
um IZ .7 .co
er L
U il
Apenas para os crimes mais graves;
4 ma4
d V O . 0
direito de solicitar o perdão ou a comutação da pena;
R 4 3 g
A PE D 0 er@
vedação aos menores 18 anos e às mulheres grávidas.
l
mi
p lc
Posteriormente, convictos de que a abolição da pena de morte contribuiu para
a promoção da dignidade humana e para o desenvolvimento progressivo dos direitos
do homem, os Estados instituíram o “Segundo Protocolo Facultativo ao Pacto
Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, com vistas à abolição da pena de
morte, em 15 de dezembro de 1989”.
O protocolo dispõe que nenhum indivíduo sujeito à jurisdição de um Estado
signatário será executado. Porém, de outro modo, admite que os Estados reservem a
aplicação da pena de morte, em tempo de guerra, em virtude de condenação por
infração penal de natureza militar de gravidade extrema cometida em tempos de
guerra. O Brasil aderiu ao protocolo em 25 de setembro de 2009 e fez a reserva
mencionada, admitindo a pena de morte em caso de guerra declarada, em sintonia
com o artigo 5º, XLII, “a” da CR.
TRABALHO FORÇADO:
e
rt RO
p o OR
Qualquer serviço exigido em casos de emergência ou de calamidade que
ameacem o bem-estar da comunidade;
S C 41- m u H 89
Qualquer trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
Suspensão das obrigações decorrentes do pacto
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
O artigo 4º do Pacto autoriza os Estados a, ante situações excepcionais que
l i
ameacem a existência da nação e sejam proclamadas oficialmente, adotar medidas
m
p lc
que suspendam as obrigações decorrentes do instrumento internacional. Porém, as
medidas não podem ser incompatíveis com as demais obrigações que lhe sejam
impostas pelo Direito Internacional.
Ainda, mesmo ante tal hipótese, não será possível suspender os seguintes
direitos: vida; proibição de tortura; proibição de escravidão e de servidão; proibição de
prisão por descumprimento de obrigação contratual; tipicidade penal; personalidade
jurídica; liberdade de pensamento, de consciência e de religião.
Monitoramento
a
pela ONU juntamente com o Pacto dos Direitos Civis e Políticos, em 19 de dezembro l
n
de 1966. O Brasil o incorporou pelo Decreto 591 em de 6 de julho de 1992, ou seja,
io
c
menos de 4 anos após a instauração da nova ordem constitucional brasileira.
a
u c ER
O Pacto impõe aos Estados partes o dever de garantir o exercício dos direitos
nele enunciados, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma,
E M d IL
religião, opinião política ou de qualquer outra índole, origem nacional ou social,
e
rt RO
posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
o OR
Aspecto muito importante é que a aplicação desse pacto deve ser feita de
p
recursos de que disponha.
S C 41- m u H 89
maneira progressiva, na medida das possibilidades de cada Estado, até o máximo de
um IZ .7 .co
er L
Art. 2.1 do Pacto, os Estados signatários se comprometem a
U 4
4 ma il
adotar medidas, “até o máximo dos recursos de que disponha,
d V R O
4 3 . 0
para progressividade obter, por todos os meios apropriados,
g
A PE D 0 er@
l
inclusive a adoção de medidas legislativas em particular, plena
efetivamente dos direitos aqui reconhecidos”.
mi
p lc
O que se pode exigir de imediato é o comprometimento do Estado no sentido
de adotar medidas que, gradativamente, procriassem a efetivação dos direitos ali
enunciados.
Ilustra bem o tema a previsão sobre o direito à educação, segundo a qual todo
Estado que, no momento em que se tornar parte, não tiver condições de instituir o
ensino primário obrigatório e gratuito, deve apresentar, num prazo de dois anos, um
plano detalhando as medidas que pretende adotar num prazo razoável de anos.
Em sentido mais favorável aos direitos fundamentais, o Brasil se diferenciou do
pacto, ao estabelecer, no artigo 5º, §1º, que as normas relativas aos direitos
fundamentais, incluídos os sociais, possuem aplicabilidade imediata.
Direitos reconhecidos
• Direito ao trabalho
• Direito à educação
Monitoramento
a l
O Pacto previu apenas os relatórios como mecanismo de monitoramento.
io n
Mas, em 10 de dezembro de 2008, foi aprovado o Protocolo Facultativo, que
a c
ampliou o sistema de fiscalização para permitir as comunicações individuais,
u c ER
as comunicações interestatais e um procedimento de investigação das
graves violações aos direitos humanos.
E M d IL
e
rt RO
O pacto não previu nenhum Comitê como forma de monitoramento, mas o
o OR
Conselho Econômico, Social, Cultural e Educacional da ONU, que criou o
p
S C 41- m u H 89
Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, atribuindo-lhes
competência para fiscalizar a aplicação do pacto.
um IZ .7 .co
er L
Pelas comunicações interestatais, um Estado poderá apresentar comunicação
U4 ma4 il
perante o comitê denunciando outro Estado por descumprir as obrigações decorrentes
do Pacto.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Pelo procedimento de investigação, o Comitê pode deflagrar uma
l
investigação quando receber informação fidedigna indicando a existência de violações
mi
graves ou sistemáticas dos direitos estabelecidos no Pacto.
p lc
O mecanismo de comunicações individuais foi adotado de maneira
obrigatória e os outros dois de maneira facultativa, o que significa dizer que o comitê
somente poderá atuar quanto a eles em relação a Estados que tenham declarado
aceitar da competência do Comitê para tais mecanismos.
Originariamente, o mecanismo de monitoramento comum aos dois grandes
Pactos da ONU é o mecanismo dos relatórios; mas, atualmente, considerando os
Protocolos Facultativos, ambos os pactos apresentam em comum também as
comunicações individuais e as comunicações interestatais.
a l
O fato de a mesma questão ser repetida em diversos tratados internacionais tem
io n
como objetivo fazer com que o maior número de países ratifique a questão, de
c
uma forma ou de outra. Sendo assim, se não ratificou determinado tratado que
a
c ER
continha norma importante, mas ratificou outro que continha a mesma regra, no
u
humanos. E M d IL
fim ele acaba incluindo ao seu direito interno a obrigação visada pelos direitos
e
rt RO
p o OR
Discriminação positiva: possibilidade da edição de medidas especiais para
S C 41- m u H 89
assegurar o progresso adequado de grupos étnicos ou raciais, a fim de criar as
condições para o pleno exercício, em situação de igualdade dos direitos humanos.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
As discriminações positivas devem ser temporárias, devendo ser suspensas
quando alcançarem seu fim, qual seja: a igualdade ao grupo “discriminado”. Isso
d R 4 3 g
porque, caso não sejam temporárias pode desequilibrar de maneira que seja
A PE D 0 er@
necessário fazer uma discriminação positiva para o outro grupo.
l
mi
Comitê: deve ser criado um comitê para fiscalizar a discriminação. Sempre quando
p lc
for ter a escolha dos membros que serão eleitos será levada em consideração uma
equidade geográfica. O comitê é o órgão que fiscaliza o cumprimento do tratado
Os Estados podem criar um comitê interno para filtrar as comunicações que serão
passadas ao comitê internacional.
a l
n
Os Estados devem buscar eliminar todas as formas de tráfico de mulheres e de
io
prostituição.
a c
u c ER
Comitê: Sobre a eliminação da discriminação contra a mulher. Trata-se de um
d IL
órgão de fiscalização com competência para receber as queixas e as denúncias que se
E M
e
referem ao descumprimento do tratado, sendo Protocolo de natureza facultativa. O
rt RO
comitê entrou em vigor em 2000 e o Brasil ratificou em 2002.
p o OR
u H 89
Relatórios, Comitê e petições individuais (facultativas).
S C 41- m
m Z .7 .co
Protocolo Facultativo: princípios da não seletividade, imparcialidade e
u I
er L U 4 il
objetividade. – Competência do Comitê para receber petições individuais.
V O . 0 4 ma
d R 4 3
O Comitê declarará inadmissível toda comunicação que:
g
A PE D 0 er@
(a) assunto já examinado pelo Comitê ou tiver sido ou estiver sendo examinado sob
l
outro procedimento internacional de investigação ou solução de controvérsias;
mi
(b) for incompatível com as disposições da Convenção;
p lc
(c) manifestamente mal fundamentada ou não suficientemente consubstanciada;
(d) abuso do direito de submeter comunicação;
(c) fatos ocorridos antes da entrada em vigor do presente Protocolo para o Estado
Parte, a não ser no caso de tais fatos terem tido continuidade após aquela data.
Pela assembleia geral da ONU em 1985. Foi ratificada pelo Brasil em 1989 e
promulgada em 1991.
Tortura: é qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou
mentais são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de se obter, dela ou de
terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-las por ato que ela ou uma
terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou
coagir esta ou outras pessoas.
um IZ .7 .co
er L
Preenchidos os requisitos da extradição, deportação ou expulsão e visando que
U 4
4 ma il
com a concretização desse ato há uma possibilidade real de a pessoa que o sofrerá ser
V O 3 . 0
torturada no país a que serão encaminhados, não deve ser tomada a medida. Tal
d R 4 g
A PE D 0 er@
atitude visa o princípio da reciprocidade.
l
i
Comitê: o comitê contra a tortura é órgão de fiscalização e destinado a receber
m
p lc
as queixas sobre o descumprimento do tratado. O Protocolo Facultativo é relativo às
visitas regulares, em sistema penitenciário, bem como prevê o Subcomitê de
Prevenção da Tortura.
Princípios do Protocolo Facultativo: confidencialidade, imparcialidade, não
seletividade, universalidade e objetividade.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
TORTURA NA CONVENÇÃO DAS NAÇÕES e
rt RO
TORTURA NA CONVENÇÃO
UNIDAS
p o OR INTERAMERICANA DE DIREITOS
S C 41- m u H 89 HUMANOS
um
Conceito mais amplo, possui o
IZ .7 .co Tem conceito mais restrito que a
V er L0
U4 ma4 il
elemento dolo como essencial ao
crime. Logo, a tortura culposa não
O .
Convenção das Nações Unidas e
também constitui o dolo como elemento
d R
é punível.
4 3 g essencial ao crime.
A PE D 0 er@
l
A finalidade específica do ato é
mi Não estabelece finalidade específica
praticar o p
ato lc
obter a confissão, a informação ou
com fim
para caracterizar o ato, sendo que
qualquer ato que cause
discriminatório. intencionalmente sofrimento físico ou
mental a outro, como forma de castigo,
Pode ser praticada por qualquer intimidação ou medida preventiva, é
agente público ou particular que considerado tortura.
esteja prestando serviço público
ou que tenha sido influenciado Pode ser praticada tanto por servidor
por um agente público a cometer público, prevendo a omissão como
o ato. forma de tipicidade, quanto por
particulares.
Não prevê a figura culposa ao
crime.
E M d IL
reunião. Saúde e educação (educação primária obrigatória). Combate ao tráfico
e
rt RO
de crianças, maus tratos e exploração sexual, pornográfica e econômica. Jornada
p o OR
e condições de trabalho compatíveis com a idade, vedando-se o trabalho
perigoso ou que coloque em risco a saúde e seu desenvolvimento educacional
S C 41- m u H 89
Comitê: o comitê para os direitos da criança e do adolescente é órgão de
um IZ .7 .co
fiscalização e recebimento de comunicações.
er L U4 ma4 il
Protocolo Facultativo: é relativo ao envolvimento de crianças em conflitos
V O . 0
d 3 g
armados – 25 de maio de 2000. O Brasil assina em 2000 e ratifica em 2004.
R 4
A PE D 0 er@
Os Estados-partes adotarão todas as medidas possíveis para assegurar que
l i
membros de suas forças armadas menores de 18 anos não participem
m
p lc
diretamente de hostilidade. Menores de 18 anos não serão recrutados de
maneira compulsória para as forças armadas. Os menores de 15 anos não
poderão se envolver diretamente em hostilidades armadas.
E M d IL
igualdade com os demais. A ideia é sempre a inclusão da pessoa com deficiência.
e
rt RO
Discriminação por motivos de deficiência: significa qualquer diferenciação,
p o OR
exclusão ou restrição baseada em deficiência, com o fim de impedir ou
S C 41- m u H 89
efetivamente impossibilitar o reconhecimento, gozo ou exercício, em base de
igualdade com as demais pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades
um IZ .7 .co
fundamentais na esfera política, econômica, social, cultural, civil ou em qualquer
er L U4 ma4 il
outra esfera. Abrange todas as formas de discriminação, inclusive a recusa de
V O
adaptação razoável.. 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Adaptação razoável: significa uma adaptação necessária, adequada a ajustes que
l i
não acarretem ônus desproporcional ou indevido, a fim de assegurar o gozo e
m
p lc
acesso às pessoas com deficiência, em base de igualdade com os demais. É feita na
medida do possível, de forma proporcional e adequada. Logo, caso a adaptação
não seja viável devido a pouca utilidade o Estado pode buscar alternativas para o
pleno acesso do deficiente, sem que tenha que realizar obras para tanto.
Exemplo: prédio público que comparecem pouquíssimos deficientes. Nesse caso, pode
o poder público colocar um segurança que ajude o deficiente a se locomover. Dessa
forma, supre a necessidade sem ter que fazer obras desnecessárias.
Comitê: o comitê das pessoas com deficiência. A cada dois anos o comitê
apresenta a assembleia geral um relatório com suas atividades.
a l
io n
a c
u c ER
E M
ATENÇÃO! NOVIDADE LEGISLATIVA! d IL
e
rt RO
o OR
No dia 09.10.2018, foi publicado o Decreto 9.522.2018, promulgando o Tratado de
p
Marraqueche.
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
Trata-se de mais um tratado aprovado conforme o rito do art. 5º, §3º da
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Constituição Federal, isto é, foi incorporado como norma constitucional.
d R 3 g
Além deste tratado, temos a Convenção de Nova Iorque e seu Protocolo Facultativo,
4
A PE D 0 er@
que foram também incorporados como normas constitucionais.
l
mi
Princípios e Direitos previstos: dignidade da pessoa com deficiência, autonomia,
p lc
liberdade, independência, não discriminação, plena e efetiva participação e inclusão na
sociedade, respeito pela diferença, aceitação da pessoa com deficiência como parte da
diversidade humana, igualdade, acessibilidade, desenvolvimento das capacidades das
crianças com deficiência, identidade. Mobilidade, habilitação e reabilitação. Educação,
saúde e trabalho.
Art. II genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir, no
todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tal como:
a l
(a) assassinato de membros do grupo;
io n
a c
c ER
(b) dano grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
u
E M d IL
(c) submissão intencional do grupo a condições de existência que lhe ocasionem a
destruição física total ou parcial;
e
rt RO
p o OR
(d) medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
S C 41- m u H 89
(e) transferência forçada de menores do grupo para outro grupo;
um IZ .7 .co
er L
(a) o genocídio;
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0
(b) o conluio para cometer o genocídio;
g
A PE D 0 er@
(c) a incitação direta e pública a cometer o genocídio;
l
(d) a tentativa de genocídio; mi
p lc
(e) a cumplicidade no genocídio;
a c
c ER
I - já desfrutem de proteção ou assistência por parte de organismo ou instituição
u
- ACNUR;
E M d IL
das Nações Unidas que não o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
e
rt RO
II - sejam residentes no território nacional e tenham direitos e obrigações
o OR
relacionados com a condição de nacional brasileiro;
p
S C 41- m u H 89
III - tenham cometido crime contra a paz, crime de guerra, crime contra a
humanidade, crime hediondo, participado de atos terroristas ou tráfico de drogas;
m Z .7 .co
IV - sejam considerados culpados de atos contrários aos fins e princípios das
u I
Nações Unidas.
V er L0
U4 ma4 il
Art. 6º § 1º Em hipótese alguma será efetuada sua deportação para fronteira de
O .
d R 3 g
território em que sua vida ou liberdade esteja ameaçada, em virtude de raça, religião,
4
A PE D 0 er@
nacionalidade, grupo social ou opinião política.
l i
§ 2º O benefício previsto neste artigo não poderá ser invocado por refugiado
m
p lc
considerado perigoso para a segurança do Brasil.
Art. 8º O ingresso irregular no território nacional não constitui impedimento para
o estrangeiro solicitar refúgio às autoridades competentes.
Art. 10. A solicitação, apresentada nas condições previstas nos artigos anteriores,
suspenderá qualquer procedimento administrativo ou criminal pela entrada irregular,
instaurado contra o peticionário e pessoas de seu grupo familiar que o acompanhem.
Art. 12. Compete ao CONARE, em consonância com a Convenção sobre o Estatuto
dos Refugiados de 1951, com o Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de 1967 e
com as demais fontes de direito internacional dos refugiados:
I - analisar o pedido e declarar o reconhecimento, em primeira instância, da
condição de refugiado;
II - decidir a cessação, em primeira instância, ex officio ou mediante
requerimento das autoridades competentes, da condição de refugiado;
III - determinar a perda, em primeira instância, da condição de refugiado;
IV - orientar e coordenar as ações necessárias à eficácia da proteção, assistência e
apoio jurídico aos refugiados;
Quanto ao procedimento:
um IZ .7 .co
nacionalidade ou de residência habitual, enquanto permanecerem as circunstâncias
V O er L
. 0
U4 ma4 il
que põem em risco sua vida, integridade física e liberdade, salvo nas situações
determinadas nos incisos III e IV do art. 3º desta Lei.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Cessação e perda da condição de refugiado:
l
mi
lc
Art. 38. Cessará a condição de refugiado nas hipóteses em que o estrangeiro:
p
I - voltar a valer-se da proteção do país de que é nacional;
II - recuperar voluntariamente a nacionalidade outrora perdida;
III - adquirir nova nacionalidade e gozar da proteção do país cuja nacionalidade
adquiriu;
IV - estabelecer-se novamente, de maneira voluntária, no país que abandonou ou
fora do qual permaneceu por medo de ser perseguido;
V - não puder mais continuar a recusar a proteção do país de que é nacional por
terem deixado de existir as circunstâncias em consequência das quais foi reconhecido
como refugiado;
VI - sendo apátrida, estiver em condições de voltar ao país no qual tinha sua
residência habitual, uma vez que tenham deixado de existir as circunstâncias em
consequência das quais foi reconhecido como refugiado.
a. Homicídio;
c. Escravidão;
f. Tortura;
g. Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez
forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência no
campo sexual de gravidade comparável;
h. Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identificado, por
motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de
gênero, tal como definido no parágrafo 3o, ou em função de outros
critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito
a l
internacional, relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou
com qualquer crime da competência do Tribunal;
io n
i. Desaparecimento forçado de pessoas;
a c
u c ER
j. Crime de apartheid;
E M d IL
e
rt RO
k. Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem
o OR
intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a
p
S C 41- m u H 89
integridade física ou a saúde física ou mental.
Crime de guerra: recrutar menor de 15 anos.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
m i
lc sobre os menores de 18 anos.
O tribunal não tem jurisdição
p
Os crimes de competência do Tribunal não prescrevem.
um
nacionais para promoção e proteção dos direitos humanos. Nela,
IZ .7 .co
er L
foram estabelecidos os princípios das instituições nacionais, que são:
U 4
4 ma il
- deve ser órgão público, de alcance nacional;
d V O 3 . 0 g
- com previsão na Constituição ou em Lei;
R 4
A PE D 0 er@
- independência e orçamento próprio, não podendo ser comandado
l
pelo governo;
mi
- representação pluralista;
p lc
- prevenção e repressão das violações;
Cumpridos os requisitos, o órgão poderá se credenciar no Alto
Comissariado da ONU, no Comitê Internacional de Coordenação das
Instituições Nacionais de Direitos Humanos. No Brasil, há divergência
quanto à possibilidade de enquadramento da instituição brasileira,
uma vez que ela não cumpre todos os requisitos simultaneamente.
Art. 5o Para a realização de procedimentos apuratórios de
situações ou condutas contrárias aos direitos humanos, o CNDH goza
das seguintes prerrogativas:
II - requisitar informações, documentos e provas necessárias às
suas atividades;
III - requisitar o auxílio da Polícia Federal ou de força policial,
quando necessário ao exercício de suas atribuições;
V - requerer aos órgãos públicos os serviços necessários ao
cumprimento de diligências ou à realização de vistorias, exames ou
inspeções e ter acesso a bancos de dados de caráter público ou
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relativo a serviços de relevância pública.
Ano: 2015. Banca: FMP. Órgão: DPE-PA
Sobre a evolução do reconhecimento de direitos ao grupo vulnerável
constituído por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais,
travestis e transgêneros (LGBT), é CORRETO afirmar que:
a) considerando o âmbito dos sistemas global e regional de
proteção aos direitos humanos de que o Brasil é parte, ainda não
existe qualquer espécie de instrumento que contemple
especificamente princípios sobre a aplicação da legislação
internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e
identidade de gênero.
b) o Supremo Tribunal Federal brasileiro reconhece como válida
e com os efeitos de entidade familiar a união estável entre pessoas
do mesmo sexo, diante do que os cartórios do Brasil não poderão
recusar a celebração de casamentos civis de casais do mesmo sexo,
ou deixar de converter em casamento união estável homoafetiva.
a l
c) no caso Atala Riffo y ninas versus Chile, a Corte
io n
c
Interamericana de Direitos Humanos, declarou que, na ponderação
a
u c ER
entre direitos dos guardiões e das crianças, a orientação sexual é
fator determinante para avaliação do direito à guarda, considerando
E M d IL
que a exposição à discriminação afeta o crescimento e o
e
rt RO
desenvolvimento emocional das crianças filhas de casais
homossexuais.
p o OR
S C 41- m u H 89
d) ainda não é possível a apresentação de reclamações
individuais perante o sistema de proteção aos direitos humanos da
um IZ .7 .co
ONU sobre violações a direitos humanos desse grupo, havendo, no
V er L
O
U
.
4
0
il
entanto, tratativas em andamento junto ao Comitê de Direitos
4 ma
Humanos, vinculado ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e
d R 4 3 g
A PE D
Políticos.
0 er@
l i
e) segundo a jurisprudência dominante, o reconhecimento do
m
p lc
princípio constitucional da igualdade impede a expedição de
documentos oficiais às pessoas transexuais contemplando prenome
que esteja em desacordo com seu sexo biológico.
R: B
a) Os Princípios de Yogyakarta proíbem a discriminação de gênero ou
preferência sexual;
b) Com a Resolução n. 175 de 2013, do CNJ, dispõe exatamente o
que consta da alternativa.
c) é justamente o contrário. No caso Atala Riffo vs Chile, a Corte IDH
entendeu que a orientação sexual não poderia ser justificativa para
afastar as filhas da mãe, tendo inclusive condenado o Chile pelo
dano ao projeto de vida, por ter frustrado o direito do
desenvolvimento regular, individual e livre da personalidade da mãe.
d) Errada, pois as petições individuais são meios de monitoramento
do Pacto, consoante o 1º Protocolo Facultativo ao PIDCP.
Art. 1º. Os Estados partes no Pacto que se tornem partes no
Presente Protocolo reconhecem que o Comitê tem competência para
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receber e examinar comunicações provenientes de particulares
sujeitos à sua jurisdição que aleguem ser vítimas de uma violação,
por esses Estados Partes de qualquer dos direitos enunciados no
Pacto.
e) Está muito errada esta alternativa, pois já é entendimento
pacífico a possibilidade de mudança do nome,
independentemente da mudança de sexo.
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AM. Prova: Defensor Público
O dever ou obrigação dos Estados-Partes de realização progressiva
dos direitos humanos foi consagrado expressamente nos seguintes
tratados internacionais:
I. Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
II. Protocolo de São Salvador.
III. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
IV. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a l
io n
a) I, III e IV.
a c
b) II e III.
u c ER
c) I, II e III.
E M d IL
d) I e IV. e
rt RO
e) II, III e IV.
p o OR
S C 41- m u H 89
GABARITO: C. Estes tratados preveem a obrigação de concretização
um IZ .7 .co
er L
progressiva dos direitos sociais neles previstos. Como o Pacto
U 4 il
4 ma
Internacional de Direitos Políticos não tem muita preocupação com
d V R O
4 3 . 0 g
estes direitos, não traz essa determinação.
A PE D 0 er@
l
PÚBLICO mi
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AM. PROVA: DEFENSOR
p lc
A respeito do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos −
PIDCP, é correto afirmar:
a c
adotar todas as medidas adequadas para abolir a pena de morte no
u c ER
âmbito de sua jurisdição. Ainda, o Protocolo somente admite esta
d IL
pena em tempo de guerra e em virtude de condenação por infração
E M
e
de natureza militar de extrema gravidade.
rt RO
o OR
c) ERRADO. O Brasil estabeleceu a reserva sobre a possibilidade de
p
S C 41- m
d) ERRADO.
u H 89
aplicação da pena de morte em caso de guerra.
um IZ .7 .co
er L U
e) ERRADO.
4
4 mail
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-AM PROVA: FCC - 2018 - DPE-
l i
AM - DEFENSOR PÚBLICO - REAPLICAÇÃO
m
p lc
A respeito do Tribunal Penal Internacional, considere:
A) I, III e IV.
GABARITO:D.
I. ERRADO. Artigo 11: Competência Ratione Temporis: O
Tribunal só terá competência relativamente aos crimes
cometidos após a entrada em vigor do presente Estatuto.
u c ER
Tribunal: 1. O Tribunal terá personalidade jurídica
internacional. Possuirá, igualmente, a capacidade jurídica
E M d IL
necessária ao desempenho das suas funções e à
e
rt RO
prossecução dos seus objetivos.
IV.
p o OR
CERTO. Artigo 4º: Regime Jurídico e Poderes do Tribunal.
S C 41- m u H 89
1. O Tribunal terá personalidade jurídica internacional.
Possuirá, igualmente, a capacidade jurídica necessária ao
um IZ .7 .co
desempenho das suas funções e à prossecução dos seus
er L U 4 il
objetivos. 2. O Tribunal poderá exercer os seus poderes e
m i
9
plc DE DIREITOS HUMANOS
SISTEMA REGIONAL AMERICANO
Um dos primeiros documentos foi a Carta da OEA, em 1948, mas esta não consagra
expressamente a promoção de direitos humanos, abordando o tema apenas de forma
genérica.
a l
▪ Promover a universalização dos direitos humanos;
io n
▪ Pessoa é todo ser humano e aquilo que o cerca;
a c
u c ER
▪ Caso os direitos e liberdades não estejam no ordenamento jurídico, devem
E M d IL
os Estados parte adotá-los de acordo com suas normas constitucionais. Deve estar no
maior patamar do ordenamento jurídico;
e
rt RO
p o OR
▪ Reconhecimento da personalidade jurídica.
▪ Não pode executar pena de morte em: gestantes, menores de 18 anos e maiores de
70 anos. Vale lembrar que a maioridade é apurada no momento da prática do ato.
Toda pessoa condenada à morte pode pedir indulto ou anistia ou, ainda,
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comutação da pena, não se pode executar a pena enquanto pendente o pedido;
p o OR
u H 89
▪ Presunção de inocência ou não culpabilidade;
S C 41- m
um
▪ Direito de ser assistido gratuitamente por intérprete ou tradutor;
IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
▪ Comunicação prévia da acusação;
d R 4 3 g
▪ Concessão do tempo e meios para preparar sua defesa;
A PE D 0 er@
l
mi
▪ Defender-se pessoalmente ou ser assistido por defensor público e de
comunicar-se em particular com seu defensor;
p lc
▪ Direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo
Estado;
▪A pessoa não pode ser censurada, ela apenas poderá ser responsabilizada por suas
manifestações.
▪Os espetáculos públicos podem ter censura relativa à idade, com o objetivo prévio de
proteção à criança e ao adolescente;
d 3 g
▪ Direito a propriedade privada;
R 4
A PE D 0 er@
▪ Direito de circulação e residência;
l
mi
lc
Comissão interamericana de direitos humanos (CIDH):
p
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é uma das entidades do
Sistema Interamericano, sendo também o principal órgão da OEA, encarregado por
zelar pelos Direitos Humanos. É órgão AUTÔNOMO, uma vez que seus membros
atuam com independência e imparcialidade, sem influência do Estado de origem.
Foi criada com a promulgação da Carta da OEA, com o objetivo inicial de
desenvolvimento e promoção dos Direitos Humanos. Após a Convenção Americana
de Direitos Humanos, a Comissão passou papel dúplice, pois, além da competência
inicial, foi-lhe conferido o papel de processar as petições individuais e realizar
recomendações aos Estados.
É composta por sete membros, que são eleitos para um mandato de quatro
anos, admitida apenas uma reeleição. Para se candidatar ao cargo, é essencial que a
pessoa tenha alta autoridade moral e conhecimento acerca das matérias de Direitos
Humanos. Consoante explica André de Carvalho Ramos, os membros da Comissão:
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
Qualquer pessoa - não só a vítima - pode peticionar à Comissão, alegando violação de
direitos humanos de terceiro. e
rt RO
p o OR
JUS STANDI: trata-se do acesso direto à Corte. Perante a Corte IDH, só os
S C 41- m u H 89
Estados e a Comissão possuem, pois só eles podem acioná-la. A Comissão exerce
papel analógico ao do Ministério Público na Corte.
um IZ .7 .co
V er L U
0
4
4 ma il
As vítimas ou seus representantes possuem apenas legitimidade para peticionar
perante a Comissão, que analisa tanto a admissibilidade, quanto o mérito.
O .
d R 4 3 g
A PE D
ATENÇÃO: Segundo Cançado Trindade, desde o Regulamento de 24/10/2000, a Corte
0 er@
permite a participação direta dos demandantes em todas as etapas do procedimento.
l
mi
p lc
LOCUS STANDI: permissão às partes, familiares, representantes ou organizações não
governamentais de participarem do processo perante a Corte, após peticionamento
na Comissão, apresentando argumentos, provas etc.
- Se a Comissão arquivar o processo, não há recurso.
ACTIO POPULARIS: é a ação por meio da qual um Estado demanda, perante a Corte,
contra outro. Este processo também se inicia perante a Comissão.
a l
io n
a c
u c ER
No entanto, no caso da exigência de esgotamento dos meios internos, como o Estado
E M d IL
tem a obrigação de prover todos os meios para reparação dos danos e acesso à
e
justiça, os Estado poderá ser responsabilizado tanto pela violação do Direito, quanto
rt RO
p o OR
pela não disponibilização dos recursos internos suficientes, ou pela má (ou falta de)
vontade política para resolver o caso. É a doutrina VELÁSQUEZ RODRIGUEZ X
S C 41- m u H 89
HONDURAS. Trata-se da obrigação do Estado de reprimir penalmente as violações de
um
direitos humanos, respondendo também pela impunidade. Estas obrigações são
IZ .7 .co
er L U
normas de jus cogens.
4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0
Casos de dispensa da exigência do prévio esgotamento6:
g
A PE D 0 er@
o não existir o devido processo legal para a proteção do direito violado;
l
mi
p lc
o não se houver permitido à vítima o acesso aos recursos da jurisdição
interna, ou houver sido ele impedido de esgotá-los;
5
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos.
6
RAMOS, André de Carvalho Ramos. Curso de Direitos Humanos.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
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A Corte entende que a defesa consistente no não esgotamento deverá ser alegada
ainda no procedimento perante a Comissão, pois, superada esta etapa do processo,
resta configurada a preclusão.
Trata do princípio do stoppel, isto é, proibição de se comportar de forma
contraditória.
a l
Medidas Cautelares da Comissão: io n
a c
c ER
o Novo Regulamento, de 2013: necessidade de prévia oitiva do Estado. No
u
ouvir o Estado, adotar cautelares. E M d IL
entanto, verificadas a urgência e a gravidade, a Comissão poderá, sem
e
rt RO
o Medida Cautelar no Caso Belo Monte x Brasil: a Comissão, através de
p o OR
cautelar, requereu a suspensão a construção da Usina Hidrelétrica de
S C 41- m u H 89
Belo Monte. O Brasil, contudo, descumpriu. E a Comissão mudou seu
posicionamento, determinando apenas que fossem tomadas as devidas
um IZ .7 .co
medidas para preservar os direitos da comunidade indígena.
V er L U 4
4 ma il
o Primeiro Informe ou Primeiro Relatório: recebida, admitida e analisada
O . 0
d R 3 g
a petição, a Comissão enviará, ao Estado acusado, o Primeiro Informe
4
A PE D 0 er@
(confidencial), devendo o Estado cumprir suas recomendações e,
l i
solucionar o caso, terá o prazo de 3 meses, inclusive para reparar o
m
p lc
dano. Não tendo solucionado, a Comissão tem duas opções: submeter à
Corte (se o Estado tiver se submetido a sua jurisdição obrigatória e a
Comissão achar conveniente) ou, com anuência do Estado e da
Comissão, o prazo poderá ser prorrogado por mais 3 meses.
o Caso o Estado não tenha reconhecido a jurisdição da Corte, ou ainda se
o fato e suas repercussões tiverem ocorrido em momento anterior a
este reconhecimento, a Comissão pode elaborar um 2º Informe, sendo
este público, contendo novas recomendações ao Estado infrator, como
novo prazo para solução do caso. Descumprido o 2º Informe, a
Comissão, em seu relatório anual encaminha à Assembleia Geral da OEA
o descumprimento do Estado.
a l
n
d) se não houver conciliação o caso será submetido, em
io
até 3 meses, à Corte interamericana.
a c
u c ER
E M d IL
e) superada a fase de admissibilidade, terá início a fase
conciliatória em que se buscará a solução amigável ao litígio,
e
rt RO
sendo um exemplo concreto o caso Emasculados do
Maranhão.
p o OR
S C 41- m u H 89
R: E. Conforme vimos, depois da admissibilidade, é possível a
um
conciliação, o que se verificou no mencionado caso.
IZ .7 .co
er L U il
a) o 1º informe é confidencial.
4 ma4
d V R O
4
b) as medidas cautelares só dispensam a oitiva do Estado
3 . 0 g
quando em casos de gravidade e urgência.
A PE D 0 er@
c) não. Primeiro, tem o 1º informe, depois o 2º, depois
l i
relatório à Assembleia Geral da OEA.
m
lc
d) não existe esse prazo de 3 meses.
p
Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: DPE-ES.
R: B.
p o OR
devidas cautelas em relação ao povo indígena. Em claro
S C 41- m u H 89
descumprimento do Diálogo das Cortes, pois a Corte IDH, com
base na Convenção 169, da OIT, determina a obrigação de
um IZ .7 .co
consulta às comunidades.
V O er L0
U4 ma4 il
c) os membros da Corte são 7, mas para um mandato de 6
.
d R 4 3 g
anos, admitida apenas uma reeleição.
A PE D 0 er@
l
QUESTÕES: CADH E mi
d) o indivíduo possui apenas o locus standi e só pode
COMISSÃO
p lc
peticionar à Comissão.
e) a competência consultiva é da Corte.
p o OR
humanos, elabora o denominado Primeiro Informe (ou
S C 41- m u H 89
Primeiro Relatório), que possui natureza pública,
oportunizando ao Estado Parte cumprir as recomendações
um IZ .7 .co
expedidas (por exemplo, reparação dos danos à vítima) e
V O er L
. 0
U4 ma
Humanos.
4 il
evitar o acionamento da Corte Interamericana de Direitos
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l c) em situações de gravidade e urgência, poderá, por
mi
iniciativa própria ou a pedido da parte, solicitar que um
p lc
Estado Parte adote medidas cautelares para prevenir danos
irreparáveis às pessoas ou ao objeto do processo relativo a
uma petição ou caso pendente, sendo sempre obrigatório,
QUESTÕES: CADH E em tais situações, a oitiva prévia do Estado Parte.
COMISSÃO
d) na hipótese de decidir pelo arquivamento de
determinado caso por ausência das condições de
admissibilidade, não há recurso disponibilizado à vítima.
GABARITO: D.
io n
privadas de liberdade, inclusive em relação àquelas com
c
enfermidades graves e com deficiências, no caso
a
u c ER
E M d IL
A) Comunidades Afrodescendentes deslocadas da Bacia do
Rio Cacarica (Operação Gênesis) vs. Colômbia.
e
rt RO
o OR
B) Chinchilla Sandoval vs. Guatemala.
p
S C 41- m u H 89
C) Ruano Torres e Outros vs. El Salvador.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
D) Velásquez Paiz e Outros vs. Guatemala.
d R 4 3 g
E) Palamara Iribarne vs. Chile.
A PE D 0 er@
l i
GABARITO: B.
m
p lc
a) Comunidades Afrodescendentes deslocadas da Bacia
do Rio Cacarica (Operação Gênesis) vs. Colômbia:
morte e deslocamento forçado e arbitrário das
comunidades quilombolas; violação da propriedade
comunal (território ancestral).
b) Chinchilla Sandoval vs. Guatemala: a senhora María
Inés Chinchilla foi condenada em 1995 a 30 anos de
prisão pelos delitos de assassinato e furto qualificado.
Enquanto esteve presa, a senhora Chinchilla
QUESTÕES: CADH E
sofreu diversas enfermidades, cardíacas e
COMISSÃO
ginecológicas, além de diabetes, utilizando cadeira de
rodas, para se locomover, pois teve suas pernas
amputadas. Entre 2002 e 2004, o defensor público que
acompanhava a execução da pena promoveu diversos
incidentes de liberdade antecipada, demonstrando
que as enfermidades (terminais) impossibilitavam a
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permanência dela no estabelecimento penal. Todos os
incidentes foram julgados improcedentes pelo
Judiciário guatemalteco. Após o processamento do
caso, a Corte IDH concluiu que a Guatemala foi
responsável pela violação dos direitos humanos da
Sra. Chinchilla, em relação à integridade pessoal, à
vida e à proteção judicial.
c) Ruano Torres e Outros vs. El Salvador: violação da
presunção de inocência e do direito de defesa. A
persecução penal contra Ruano Torres teve início com
base na declaração de um corréu, que celebrou com o
MP, um acordo de colaboração premiada.
d) Velásquez Paiz e Outros vs. Guatemala: A jovem
Claudina Velásquez Paiz foi para uma festa e não
voltou para casa. Os pais dela entraram em contato
com a polícia local que informou que somente
poderiam reportar como desaparecimento, 24 horas
a l
com sinais de violência e agressão sexual.
io n
após o ocorrido. O corpo foi encontrado após um dia,
a c
e) Palamara Iribarne vs. Chile: violação da liberdade de
u c ER
expressão e de pensamento; dupla dimensão do
QUESTÕES: CADH E
E M d IL
direito à informação (individual e social);
COMISSÃO
e
inconvencionalidade do crime de desacato.
rt RO
p o OR
ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-AM PROVA: FCC - 2018
S C 41- m u H 89
- DPE-AM - DEFENSOR PÚBLICO - REAPLICAÇÃO
um IZ .7 .co
Acerca da Corte Interamericana de Direitos Humanos, é
V O er L
. 0
U4 ma4 il
correto afirmar:
d R 4 3 g
A) A Corte é composta por sete juízes, nacionais dos Estados
A PE D 0 er@
membros da Organização, os quais são eleitos, em votação
l i
aberta e pelo voto da maioria absoluta dos Estados-Partes na
m
QUESTÕES: CADH E p lc
Convenção, na Assembleia Geral da Organização, a partir de
lista de candidatos sugeridos pelos mesmos Estados.
COMISSÃO
B) A sentença da Corte é definitiva e inapelável.
Sendo assim, os juízes ad hoc atuam apenas nos processos decorrentes de denúncias
estatais.
Sua jurisdição não é permanente, devendo ser convocada pelo seu Presidente, ou
pela maioria dos juízes. O quórum para deliberação é de 5 juízes, sendo as decisões
tomadas pela maioria dos juízes presentes. O Presidente tem voto de qualidade em
caso de empate.
Como visto anteriormente, somente os Estados podem processar outros
a l
io n
Estados na Corte (jus standi + actio popularis). Só os Estados possuem legitimidade
c
passiva, pois a Corte não julga pessoas, por meio da Ação de responsabilidade
a
internacional do Estado por violação de direitos humanos.
u c ER
E M d IL
O objetivo da Corte é fazer uma interpretação da Convenção Interamericana de
Direitos Humanos e dos outros tratados interamericanos, sendo que não se trata de uma
quarta instância recursal. e
rt RO
o OR
A Corte não tem a competência de revisar as decisões dos países que
p
S C 41- m u H 89
justificaram o encaminhamento do caso à jurisdição internacional. A sua função é
apenas de analisar se, no caso, foram observadas as normas internacionais a que o
Estado se obrigou.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
As medidas provisórias são também instrumentos através dos quais a Corte
protege os direitos humanos. Estas podem ser tomadas nos casos de extrema
d R 4 3 g
gravidade e urgência. Nos casos em que já atua, a Corte pode tomar medidas
A PE D 0 er@
provisórias de ofício, ou por provocação. Se o caso ainda está na Comissão, a Corte só
l
atua por provocação desta.
mi
p lc
As sentenças proferidas pela Corte não se sujeitam a recurso, salvo um
pedido de esclarecimento (similar aos embargos de declaração), que deverá ser
formulado em um prazo de 90 dias, a contar da data da notificação da sentença.
a l
io n
a c 8
u c ER
O controle de convencionalidade, ainda, pode ser de dois tipos: construtivo ou
E M d IL
destrutivo (saneador). O primeiro visa a compatibilizar a norma interna com as
internacionais, através da interpretação, enquanto o segundo invalida a norma
e
rt RO
interna contrária aos tratados e convenções internacionais.
p o OR
Chile). S C 41- m u H 89
Para o ius gentium, as normas internas são meros fatos (Caso Olmedo Bustos x
um IZ .7 .co
er L U il
Bloco de convencionalidade: tratados internacionais de DH, costumes
4 ma4
internacionais, princípios gerais de Direitos, atos unilaterais e resoluções
d
vinculantes.V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
Na análise dos casos submetidos à Corte, observa-se não só a CADH, mas também
mi
todos os tratados internacionais aplicáveis ao continente americano (caso Furlán x
Argentina).
p lc
Dois efeitos do controle: paralisante e de afastamento. Como a norma não pode ser
retirada do ordenamento jurídico por esse controle, ela é afastada, mas permanece
viva, com a eficácia paralisada.
7
PAIVA, Caio. HEEMANN, Aragon Thimotie – JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
– CEI: São Paulo, 2017. Página: 331
8
Idem.
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Caso não cumprida a decisão da Corte IDH, o art. 65, da CADH, a inclusão do
descumprimento no relatório anual da OEA. Ademais, a Corte exige a apresentação de
relatórios do Estado, relativos ao cumprimento da sentença.
l
b) a gravidade, a plausibilidade e o pedido da parte interessada.
a
io n
c) o perigo da demora e a fumaça do bom direito.
a c
u c ER
QUESTÃO: E M d IL
d) extrema gravidade, urgência e irreparabilidade do dano.
CORTE IDH e
rt RO
e) a reversibilidade da decisão tomada e a urgência.
p o OR
S C 41- m u H 89
R: D. Art. 25, do Regulamento da Corte IDH
Em qualquer fase do processo, sempre que se tratar de casos de
m Z .7 .co
extrema gravidade e urgência e quando for necessário para evitar
u I
er L U 4 il
prejuízos irreparáveis às pessoas, a Corte, ex officio ou a pedido de
V 0 4 ma
qualquer das partes, poderá ordenar as medidas provisórias que
O .
d R 3 g
considerar pertinentes, nos termos do artigo 63.2, da Convenção.
4
A PE D 0 er@
l
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AP. Prova: Defensor Público
mi
Sobre a figuralc
p do Defensor Interamericano, é correto afirmar:
a) O Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos
autoriza o seu acionamento diretamente pelo Defensor
Interamericano nas hipóteses de grave violação a direitos humanos
em que a vítima encontra-se impossibilitada de fazê-lo.
GABARITO: D.
p o OR
S C 41- m u H 89
um
9.2 PROTOCOLO DE SÃO SALVADOR IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
O Protocolo de São Salvador foi criado com o objetivo de proteção aos direitos
d R 4 3 g
econômicos, sociais e culturais, tendo em vista que, no Pacto de São José da Costa
A PE D 0 er@
Rica, eles foram abordados apenas superficialmente.
l i
No mesmo sentido do Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, o
m
de forma progressiva. p lc
protocolo de São Salvador previu que a aplicação dos direitos nele previstos será feita
S C 41- m u H 89
país de acolhida, após receber o refugiado, entregue-o a outro Estado e este venha a
violar os direitos protegidos do indivíduo. Trata-se do non-refoulement indireto.
um IZ .7 .co
er L
No que tange à possibilidade de controle judicial das decisões sobre refúgio,
U 4
4 ma il
tanto o Supremo Tribunal Federal, quando o Superior Tribunal de Justiça, entendem
V O 3 . 0
que, em que pese ser do órgão do poder executivo, é possível controle judicial acerca
d R 4 g
A PE D 0 er@
da legalidade do ato que concedeu o refúgio. Entendem não violar a separação dos
l
poderes, pois os direitos estabelecidos na Constituição não excluem os previstos nas
mi
Convenções Internacionais, de forma que, pela vulnerabilidade inerente aos
p lc
refugiados, é essencial a garantia da legalidade do procedimento.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
PROPORCIONALIDADE:
m Z .7 .co
Princípio que se subdivide em outros princípios, a adequação, necessidade e
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
proporcionalidade em sentido estrito. Segundo ACR é uma ferramenta de aplicação
dos direitos humanos.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Também era chamada de limite dos limites ou proibição de excesso, uma que vez
l i
que muito usada para limitar o excesso de restrição dos direitos.
m
p lc Fundamentos:
- Estado Democrático de Direito;
- Devido processo legal;
- Dignidade humana e direitos fundamentais;
- Princípio da Isonomia;
- Direitos e princípios decorrentes do Regime e dos Princípios da
u c ER
pela censura prévia ao filme. Determinada a
d IL
adequação da legislação doméstica do Chile
E M
2. Caso La Ultima Tentacion de e
(reforma da Constituição).
rt RO
Cristo (Olmedo Bustos y otros x
p o OR
- Dupla dimensão da liberdade de
Chile)
S C 41- m u H 89
pensamento e expressão:
V O er L
. 0
U4 ma4 il Democrática, livre competição no mercado de
ideias)
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
* social: liberdade de buscar e disseminar
mi informação.
p lc pelo Poder
independente,
Judiciário,
uma vez
que
que
seria
a
responsabilidade é do Estado como um todo.
a
Retirada da declaração de reconhecimento dal
io
competência contenciosa da Corte, com n
a c
efeitos imediatos pelo Estado peruano é
inadmissível.
u c ER
Caráter facultativo da
p o OR
da boa-fé parece impor o tratamento previsto
S C 41- m u H 89
pelo direito dos tratados, que requer um
prazo razoável para a retirada ou denúncia de
um IZ .7 .co tratados.
V O er L
. 0
U4 ma4 il Condenação do México por violação dos
d R 4 3 g direitos de liberdade pessoal, integridade
A PE D 0 er@
l
física e garantias judiciais dos senhores Garcia
mi
12. Caso Garcia e Flores vs México: e Flores, assim como por ter descumprido sua
a
asilo territorial e asilo diplomático: na l
io n
América Latina, cabe ao Estado asilante a
c
determinação da natureza do delito.
a
u c ER
No entanto, a CIJ decidiu que apesar, de o
(Colombia vs Peru): e
Colômbia não estava obrigada a entregar a
rt RO
p o OR
pessoa asilada ao país territorial: o Estado em
cuja embaixada a pessoa se encontra pode
S C 41- m u H 89
por fim ao asilo sem a entrega (obtendo, por
er L
outro país).
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0 g Extraterritorialidade da lei penal. Colisão em
A PE D 0 er@
l
alto-mar entre uma embarcação francesa
(Lótus) e um navio turco. A França alegou
mi que os fatos teriam ocorrido em alto-mar, em
p lc embarcação francesa, havendo norma
18. Caso Lótus: costumeira pela qual o Estado da
nacionalidade do acusado (França) teria
competência exclusiva, aduzindo que não há
ações semelhantes. CPJI: não havia costume,
pois a abstenção teria que ser baseada na
consciência dos Estados do dever de abster-
se (faltou a opinio juris). A lei penal turca
alcançava os fatos, pois a Turquia possui
extraterritorialidade em sua legislação penal
para aquela hipótese, e a embarcação não
era militar.
a l
“endosso”, o ato transcendeu a esfera do dos
21. Caso da Fábrica de
io n
interesses de seus nacionais e foi para a
Chorzov (CPJI, 1928):
a c
responsabilidade internacional. CPJI: o direito
c ER
interno é mero fato, o DIP não reconhece
u
E M d IL
caráter jurídico ao direito interno; os alemães
proprietários da fábrica de Chorzov possuíam
e
rt RO
direito adquirido da propriedade, oponíveis
o OR
mesmo em caso de sucessão de Estados; toda
p
S C 41- m u H 89
violação de um compromisso envolve a
obrigação de reparar = uma concepção geral
V O er L
. 0
U4 ma4 il direito, como fonte do direito internacional).
1970):
mi sofridos por seus nacionais acionistas da Cia
Barcelona Traction, uma empresa canadense
p lc prestadora de serviços na Espanha. O
governo espanhol criou dificuldades para
operações internacionais de captação de
recursos, o que gerou falência à Cia,
decretada na Espanha, tendo seus ativos
expropriados para que os serviços de
iluminação pudessem ser desenvolvidos pelo
Estado espanhol. A CIJ entendeu que a
Bélgica não possuía jus standi para propor a
ação pleiteando em defesa dos interesses dos
acionistas. O Canadá é quem poderia pleitear
proteção diplomática da empresa canadense.
Somente se o Canadá não tivesse capacidade
de prestar proteção diplomática à empresa é
que seria possível considerar a legitimidade
da Bélgica. A CIJ decidiu também que um
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Estado poderia prestar proteção diplomática
a investimentos estrangeiros que se
encontrassem em seu território desde que
haja um acordo de proteção de
investimentos.
E M d IL
rogatória, descumpriu sua obrigação
e
internacional contida no artigo 17 da
rt RO
25. Caso Djibuti vs França: p o OR
Convenção de 1986 relativa ao Auxílio
Judiciário Mútuo em Matéria Penal. O
S C 41- m u H 89
Tribunal também observa que não foram os
er L
Governo de Djibuti de que os atos imputados
U4 ma4 il pela França foram seus “próprios atos" e
d V R O
4 3 . 0 g que os dois funcionários "eram seus órgãos,
A PE D 0 er@
l
organismos ou instrumentos na execução dos
u c ER
seu papel seria apenas o definido no acordo,
d IL
que dizia que a pena seria cumprida na
E M
e
Escócia e nada estabelecia sobre a
rt RO
possibilidade da pena ser reduzida, comutada
p o OR
a partir de decisões da própria justiça
S C 41- m u H 89
escocesa.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il em face de sua conduta omissiva. Transfusão
de sangue, por meio da qual a menina Talia
d R 4 3 g Gonzales LLUY (3 anos) contraiu HIV. A
A PE D 0 er@
27. CASO GONZALES LLUY E
l transfusão foi proveniente de um banco de
OUTROS X EQUADOR:
mi sangue da Cruz Vermelha e efetuada em uma
E M d IL
Interamericana, que foi designada porque o
e
pai do menino chegou à Comissão sem
rt RO
o OR
assistência técnica.
p
S C 41- m u H 89
Respeito à identidade cultural e específica de
uma comunidade tradicional.
m Z .7 .co
32. Caso Moiwana vs Suriname
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il Teoria do Indigenato: ocupação de terras
ancestrais. A posse da terá deveria bastar
d R 4 3 g para o reconhecimento oficial e o registro.
A PE D 0 er@
l
mi Direitos comunais à propriedade: nexo com o
E M d IL
35. Comunidades afrodescendentes Violação à propriedade comunal.
deslocadas da Bacia do Rio Cacarica e
rt RO
vs Colômbia (Operação Gênesis)
p o OR
Para capturar membros das Forças Armadas
S C 41- m u H 89
Revolucionárias da Colômbia (FARC), muitos
quilombolas foram mortos.
um IZ .7 .co
er L U il Convenção 169, da OIT.
4 ma4
d V R O
4 3 . 0 g Violação ao direito de propriedade coletiva
A PE D 0 er@
l
do povo indígena Xucuru, devido à demora do
processo de demarcação de suas terras
mi (território ancestral). Ocorreram também
do Brasil. p lc
36. Caso Povo Xucuru. Condenação
ameaças, assassinatos e prisões arbitrárias.
a
ocupavam uma fazenda no município de Querência do Norte, l
no Paraná.
io n
a c
e) um indivíduo faleceu após maus tratos recebidos em
c ER
uma clínica de tratamento em Sobral, no Ceará.
u
R: C
E M d IL
a) Caso das Comunidades Afrodescendentes deslocadas da
e
rt RO
bacia do Rio Cacarica x Colômbia.
p o OR
S C 41- m u H 89
b) Fazenda Brasil Verde x Brasil.
c) Caso Cosme Rosa Genoveva x Brasil (Favela Nova Brasil)
um IZ .7 .co
er L
d) Caso Guaribaldi x Brasil
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 0
e) Caso Damião Ximenes Lopes x Brasil.
. g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se
em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre
a l
io n
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
a c
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos
mais diferentes certames públicos.
u c ER
E M d IL
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
e
rt RO
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
o OR
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
p
S C 41- m u H 89
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
m IZ .7 .co
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
u
V O er L
para carreiras públicas.
. 0
U
4 ma 4 il
d R 3 g
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
4
A PE D
uma obsessão. 0 er@
l
mi
Bom estudo! p lc
Francisco Penante
io n
ou repressão de ilícitos causados pelos sujeitos menores de idade. Não havia um
a c
viés protetivo como objetivo legislativo, mas apenas sancionatório.
u c ER
Marcos: ordenações filipinas e afonsinas.
E M d IL
e
rt RO
DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR/ DOUTRINA DO DIREITO DO MENOR: o
p o OR
Estado começou a perceber que a proteção dos menores deveria ser valorizada.
S C 41- m u H 89
- Código Mello de Matos (1927): 1º Código Sistemático de Menores do País e da
m Z .7 .co
América Latina. O Estado assume a responsabilidade legal pela tutela da criança órfã
u I
V er L0
U4 ma4 il
e abandonada. A criança desamparada fica institucionalizada e recebe orientação e
oportunidade para trabalhar. Marco referencial e papel histórico. Apesar de
O .
d R 3 g
apresentar certa evolução, por buscar proteger o menor, mostrou-se insuficiente;
4
A PE D 0 er@
sendo criado, portanto, o Código de Menores de 1979.
l
mi
- Código de Menores (1979): baseada no mesmo paradigma do menor em situação
p lc
irregular da legislação anterior. As crianças eram objeto de tutela/proteção, voltado
à assistência, proteção e vigilância. Porém, a preocupação era restrita aos menores
que se encontravam em situação irregular, incentivando a internação como
“solução”, tanto para os problemas de menores carentes, quanto para os de
menores delinquentes. A segregação era vista como única forma de proteção.
um IZ .7 .co
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à
er L U4 ma4 il
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
V O . 0
d R 3 g
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
4
A PE D 0 er@
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
l i
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”.
m
p
Estatuto da Criançalc e do Adolescente (1990): modelo da proteção integral e
princípio da prioridade absoluta. É superada a ideia de crianças como objeto de
tutela, sendo consideradas sujeitos de direitos, com previsão de direitos e
deveres, conferidos ao Estado e a toda a sociedade.
a l
io n
Devemos tomar muito cuidado quanto ao princípio do maior interesse, pois, no
código de menores, a proteção integral era fundamento para a institucionalização e
a c
segregação dos infantes desamparados. Assim, o maior interesse dos infantes deve
u c ER
prevalecer, mas de forma a proteger os direitos, e não para justificar sua restrição.
d IL
Sempre cumular a aplicação do princípio ao direito de convivência familiar e
E M
comunitária.
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
Ano: 2013. Banca: FCC. Órgão: DPE-SP
A PE D 0 er@
l Analisando-se os paradigmas legislativos em matéria de infância
mi
e juventude, pode-se afirmar que antes da edição do Código de
p lc
Mello Mattos, em 1927, vigorava o modelo.
QUESTÃO 1: a) higienista
PARADIGMAS
DO DIREITO DA b) da situação irregular.
CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE. c) penal indiferenciado.
d) da proteção integral.
GABARITO COMENTADO
FASES
a l
quando não havia diferença de tratamento entre os adultos e as
io n
crianças, as fases mais mencionadas em provas são as do menor
em situação irregular e a proteção integral.
a c
u c ER
a e b)A característica higienista não é bem um modelo do
E M d IL
direito da criança, e sim como se dava tutela do menor em
e
situação irregular, pois, à época, a criança era vista como objeto
rt RO
p o OR
de intervenção do Estado e, sob a desculpa de proteção, era
possível prender a criança, para interna-la, retirá-la do poder
S C 41- m u H 89
familiar, dando amplo poder ao juiz. No entanto, havia um
um
tratamento para as crianças mais pobres (em situação irregular)
IZ .7 .co
er L
e outro para mais abastadas. Estas últimas não eram internadas
U 4 il
4 ma
junto com outros, promíscuos, prostitutas, pessoas em situação
d V R O 3
de rua.
4
. 0 g
A PE D 0 er@
d) o modelo da proteção integral começou com a Convenção de
l
mi
Direitos da Criança e do Adolescente, de 1989. No entanto, as
lc
sementes deste novo modelo foram lançadas desde a
p
Declaração dos Direitos da Criança, em 1959. No Brasil, este
modelo foi adotado pela CF/88 e pelo ECA.
e) quanto à institucionalização para a proteção, este era um dos
instrumentos do paradigma do menor em situação irregular e
consiste na internação e acolhimento institucional das crianças
e adolescentes. No entanto, o ECA visa a romper com a
institucionalização, prevendo o direito à convivência familiar e
seu desenvolvimento no seio de sua comunidade.
GABARITO COMENTADO
E M d IL
diversões e espetáculos públicos classificados como adequados
à sua
e
rt RO
faixa etária.
p o OR
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente
poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou
S C 41- m u H 89
exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
um IZ .7 .co
a) família extensa inclui todas as pessoas ligadas por um vínculo
V er L
O
U
.
4
0
il
de afeto, com as quais as crianças convivam.
4 ma
d R 4 3 g
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada
A PE D 0 er@
pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Parágrafo
l i
único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que
m
p lc
se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do
casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e
afetividade.
2. NORMAS INTERNACIONAIS
Em âmbito internacional, diversos tratados e convenções, apresentam
normas de proteção às crianças. A Convenção sobre os Direitos da Criança e do
adolescente é o tratado internacional com maior número de ratificações no mundo. Os
principais diplomas internacionais sobre os direitos da criança são:
Convenções da OIT – 1919: quanto à utilização de mão de obra infantil. Criada no
auge da revolução industrial, as indústrias se valiam do menor preço para justificar a
contratação de crianças, que eram tratadas da mesma forma que os adultos, com
mesma jornada de trabalho, sem análise das peculiaridades limitativas de idade.
Assim, a Convenção da Organização Internacional do Trabalho, criou convenções sobre
a regulação de jornada de trabalho, limite de idade e proibições sobre a contratação
a l
de trabalho infantil.
io n
a c
Declaração de Genebra de 1924: soft law. Proteção das crianças órfãs da guerra.
u c ER
E M d IL
Declaração dos Direitos da Criança de 1959: foi com este documento que a criança
deixou de ser objeto de tutela, para se tornar sujeito de direitos. Com forte influência
na Declaração Universal dos Direitos do Homem. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Convenção sobre os direitos da criança da ONU (Convenção de NY - 1989):
documento internacional com maior aderência no mundo. Traz diversas regras e
um IZ .7 .co
er L
compromissos a serem adotados pelos países que a ratificarem. Levam em conta a
U4 ma4 il
d V R 3 0
dignidade da criança, o direito a um ambiente familiar saudável como essencial ao seu
O . g
desenvolvimento, humano e intelectual. Não fez distinção entre criança e adolescente,
4
A PE D 0 er@
sendo criança toda pessoa até os 18 anos, salvo se, pela lei do país, a maioridade seja
l
alcançada antes.
mi
p lc
Protocolo facultativo sobre os direitos da criança referente à venda de criança, à
prostituição infantil e à propaganda infantil (2000): compromisso dos Estados em
garantir a proteção contra a venda de crianças, a prostituição infantil e a pornografia
infantil e a exploração econômica de trabalhos infantis que possam comprometer o
desenvolvimento digno e saudável da criança.
a l
io n
a c
u c ER
E M
Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: DPE-PR
d IL
e
rt RO
o OR
Dentre diversas novidades, o Estatuto da Criança e do
p
S C 41- m u H 89
Adolescente passou a prever a possibilidade de remissão ao
adolescente que viesse a praticar ato infracional. Esta previsão
m Z .7 .co
decorreu de compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito
u I
V O er L U
0
4
4 ma
remissão
.
il
internacional, havendo expressa recomendação para adoção da
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
a) no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos.
QUESTÃO 1:
mi
b) na Declaração dos Direitos da Criança − Assembleia das
NORMAS
INTERNACIONAIS p lc
Nações Unidas, 1959.
GABARITO COMENTADO
E M d IL
CUNHA, Rogério Sanches. Estatuto da Criança e do Adolescente.
e
Comentado artigo por artigo. 6. ed. São Paulo: RT, 2014, p. 385).
rt RO
p o OR
3. PRINCÍPIOS E DIREITOS
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
3.1 PRINCÍPIOS
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D
PROTEÇÃO INTEGRAL (artigos 1 e 3 do ECA, art. 3º, 2 da Convenção sobre os Direitos
0 er@
l
da Criança e art. 227 da CF/88): com a CR/88 e o Estatuto da Criança e do
mi
Adolescente, o infante passou a ser sujeito de direitos, superando qualquer conotação
p lc
de interpretação legislativa que limita os direitos à esfera penal. A proteção integral,
portanto, abrange, sem discriminação, todas as normas protetivas de âmbito interno e
internacional.
io n
muito precoce, levando em conta as circunstâncias que acompanham a maturidade
emocional, mental e intelectual.
a c
u c ER
As crianças e adolescentes são sujeitos hipervulneráveis, devendo receber de
E M d IL
uma especial tutela do Estado em consideração ao seu sistema evolutivo (artigo 2º,
100 Regras de Brasília).
e
rt RO
p o OR
3.2 DIREITOS S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
Do direito à vida e à saúde (artigos 7 a 14 do ECA): recente alteração legislativa
V O . 0
modificou diversos dispositivos dos referidos artigos, incluindo novos parágrafos que
d R 4 3 g
A PE D
merecem atenção especial, pela possibilidade de serem cobrados em prova. Quanto à
0 er@
l
vida e à saúde, os principais direitos são:
mi
lc
Proteção desde a concepção, sendo garantido à gestante o acesso a
p
programas de políticas públicas de saúde e planejamento reprodutivo,
com atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal.
1
GOMES, Marcos Vinícius Manso Lopes – PONTO A PONTO – Direitos da Criança e
Adolescente. Saraiva: São Paulo, página:26
e
rt RO
o OR
Toda criança com deficiência tem direito à garantia, pelo Poder Público,
p
S C 41- m u H 89
dos medicamentos, órteses, próteses e tratamentos, que possibilitem
sua recuperação, vedada qualquer forma de discriminação ou
um IZ .7 .co
er L
segregação.
U 4
4 mail
d
V O . 0
Quando houver necessidade de internação de criança ou adolescente, é
R 4 3 g
A PE D 0 er@
direito que ela seja acompanhada por um dos pais ou responsável, em
l
tempo integral.
m i
As mães p c manifestem
lque interesse em entregar o filho para
adoção,serão encaminhadas ao juízo da infância e juventude, vedado
qualquer constrangimento.
a l
io n
c
Direito à liberdade e respeito à dignidade (artigos 15 a 18-B do ECA): garante às
a
não contrarie as normas sociais. É permitido: u c ER
crianças e adolescentes a faculdade de agir da forma como melhor entenda, desde que
E M d IL
e
Direito de ir e vir nos logradouros públicos, ressalvadas as restrições
rt RO
legais.
p o OR
S C 41- m u H 89
Direito de expressão e opinião;
um IZ .7 .co
er L
Direito de crença e culto religioso;
U
4 ma 4 il
d V
R O
4 3 . 0
Direito de brincar, praticar esporte e divertir-se;
g
A PE D 0 er@
lDireito de participar da vida política, na forma da lei;
mi
lc
Direito de buscar refúgio, auxílio e orientação.
p
A dignidade humana está ligada ao respeito aos direitos fundamentais. Assim, é
vedada qualquer forma de educação que utilize de castigos cruéis, seja de caráter físico
ou moral. A proteção, como já mencionada, se dá também em âmbito externo, quando
os atos cruéis são praticados por quem deva fornecer cuidado e amparo. Para tanto,
caracteriza:
Castigo físico (artigo 18-A, parágrafo único, inciso I do ECA ): toda ação de
natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física, que resulte em
sofrimento físico ou lesão;
Tratamento cruel ou degradante (artigo 18-A, parágrafo único, inciso II do
ECA): conduta ou forma de tratamento em relação à criança ou
adolescente que: a humilhe, a ameace gravemente ou a ridicularize.
O STJ entendeu ser proibida a atuação judicial que limita a permanência em ambientes
públicos de crianças e adolescentes a determinado horário. A Corte entendeu que o
ECA vedou a atuação judicial para editar portarias de caráter geral e abstrato, cabendo
aos pais, detentores do poder familiar, decidir a forma como vão educar os filhos,
estabelecendo as restrições que entenderem necessárias à educação, desde que não
violem a lei.
Conforme autoriza o artigo 149, do ECA, o juiz pode disciplinar, por portaria, a entrada
e permanência de crianças ou adolescentes desacompanhados dos pais ou
a l
responsáveis, em estádios, bailes, boates, teatros etc. No entanto, essa portaria deverá
ser fundamentada caso a caso, sendo vedadas determinações de caráter geral (artigo
149, §2º, do ECA). 2
io n
a c
u c ER
E M d IL
Direito à convivência familiar ou comunitária (artigos 19 a 24 do ECA): É direito da
criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
e
rt RO
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
p o OR
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
S C 41- m u H 89
O poder familiar será exercido em igualdade de condições pelos pais, salvo
um IZ .7 .co
decisão judicial em contrário.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g NOVIDADE LEGISLATIVA
A PE D 0 er@
A permanência da criança ou do adolescente em programa de acolhimento
l i
institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada
m
autoridade judiciária. p lc
necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
2
REsp. 1.292.146 - SP
NOVIDADE LEGISLATIVA
a l
A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder
io n
familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de
c
reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra
a
filho, filha ou outro descendente.
u c ER
E M d IL
A falta ou carência de recursos materiais não é motivo suficiente para a perda ou
e
rt RO
suspensão do poder familiar. Assim, não existindo outro motivo para justificar a
p o OR
medida, a família deverá ser incluída em programas oficiais de proteção, apoio e
promoção.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g NOVIDADE LEGISLATIVA
A PE D 0 er@
l
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua
mi
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
p lc
familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
um IZ .7 .co
familiar poderão participar de programa de apadrinhamento. (Incluído pela
V O er L
Lei nº 13.509, de 2017)
.
U
0
4
4 ma il
§ 1o d R 4 3 g
O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao
A PE D 0 er@
adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e
l i
comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral,
m
2017) p lc
físico, cognitivo, educacional e financeiro. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
l
O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. De acordo
a
n
com o Supremo Tribunal Federal, o poder judiciário pode obrigar Município a
io
fornecer vaga em creche.
a c
u c ER
infante. E M d IL
É direito o acesso à escola pública e gratuita mais próxima à residência do
e
rt RO
p o OR
u H 89
Direito à profissionalização e à proteção ao trabalho (artigo 60 a 69 do ECA).
S C 41- m
É proibido qualquer trabalho a menor de quatorze anos de idade, salvo
um IZ .7 .co
er L U il
na condição de aprendiz.
4 ma4
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
JURISPRUDÊNCIA
mi
DIREITO À EDUCAÇÃO: Constitucionalidade das idades mínimas para ingresso na
p lc
educação infantil e no ensino fundamental. É constitucional a exigência de idade
mínima de quatro e seis anos para ingresso, respectivamente, na educação infantil e
no ensino fundamental, bem como a fixação da data limite de 31 de março para que
referidas idades estejam completas. STF. Plenário. ADPF 292/DF, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 1º/8/2018 (Info 909).
É constitucional a exigência de 6 (seis) anos de idade para o ingresso no ensino
fundamental, cabendo ao Ministério da Educação a definição do momento em que o
aluno deverá preencher o critério etário. STF. Plenário. ADC 17/DF, Rel. Min. Edson
Fachin, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, jugado em 1º/8/2018 (Info 909).
a l
direitos dos jovens, e o Plano Nacional de Juventude, que deve
articular as várias esferas do poder público para a execução de
políticas públicas.
io n
a c
c ER
c) O poder público é obrigado a proporcionar assistência
u
E M d IL
psicológica à gestante e à mãe nos períodos pré-natal e pós-
parto exceto se houver manifestação expressa em entregar o
e
rt RO
filho para adoção, caso em que a proteção estatal recai sobre
os adotantes.
p o OR
S C 41- m u H 89
d) Enumerados taxativamente no ECA, os direitos
a l
n
e) é obrigação de todos, vide novamente o art. 22, CF/88.
io
Ano: 2013. Banca: FCC. Órgão: DPE-SP
a c
u c ER
E M d IL
Na linha da Política do Ministério da Saúde para a atenção
integral a usuários de álcool e drogas, incluindo o atendimento
e
rt RO
a crianças e adolescentes, o serviço CAPS AD III (Centro de
QUESTÃO 2:
p o OR
Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas)
DIREITOS E
PRINCÍPIOS DA S C 41- m u H 89
a) garante visitas e atendimentos domiciliares a seus usuários,
CRIANÇA E DO
um
após o comparecimento espontâneo a três agendamentos.
IZ .7 .co
ADOLESCENTE
V O er L U
4 ma 4 il
b) oferece atividade de oficinas terapêuticas executadas por
. 0
profissionais de nível universitário ou de nível médio
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
c) não presta atendimento a crianças e adolescentes, que
i
serão sempre acolhidos em CAPS Infantil.
m
p lc
d) tem disponibilidade para atender somente casos já
vinculados, mediante agendamento prévio, em razão da
especialidade do serviço
GABARITO COMENTADO
Portaria n. 130/2012
m Z .7 .co
Art. 8º O CAPS AD III terá a seguinte estrutura física mínima: VI
u I
V er L U 4
0
il
- no mínimo 8 (oito) e no máximo 12 (doze) leitos de
4 ma
acolhimento noturno.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
a l
n
c) Isenção de multas, custas e emolumentos nos registros e
io
c
certidões necessários à inclusão, a qualquer tempo, do nome
a
c ER
do pai no assento de nascimento da criança.
u
E M d IL
d) Possibilidade de destituição sumária do poder familiar em
e
rt RO
caso de abuso sexual praticado ou facilitado pelos genitores
o OR
contra criança de até 6 anos de idade.
p
S C 41- m u H 89
e) Criação de serviços de acolhimento institucional
um Z .7 .co
especializados para a faixa etária da primeira infância, sem
I
V Oer L U
0
4
4 ma
maiores.
.
il
prejuízo da preservação de eventuais vínculos com irmãos
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
GABARITO COMENTADO
i
A alternativa correta é a letra C.
m
p lc
a) ERRADO. NÃO é crime. Art. 14. O Sistema Único de Saúde
promoverá programas de assistência médica e odontológica
para a prevenção das enfermidades que ordinariamente
afetam a população infantil, e campanhas de educação
sanitária para pais, educadores e alunos.
p lc
exceção feita àquelas que abandonarem as consultas de pré-
natal.
c) será garantida a convivência da criança e do adolescente
com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas
periódicas, promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de
acolhimento institucional, pela entidade responsável, que
dependerá de autorização judicial.
d) o Conselho Tutelar poderá aplicar a medida de
encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico aos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas que
utilizarem tratamento degradante como formas de educação.
e) a gestante tem direito a acompanhamento saudável
durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
estabelecendo-se a aplicação de cesariana quando desejar.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
4. COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA: GUARDA, TUTELA E ADOÇÃO
p o OR
S C 41- m u H 89
A colocação em família substituta é medida excepcional, apenas permitida
quando superadas as tentativas de manutenção da criança ou adolescente no seio da
m IZ .7 .co
família natural e será feita por meio de guarda, tutela ou adoção.
u
er L U 4
4 ma il
Sempre que possível, será garantido o direito à criança ou adolescente de ser
V O . 0
d R 4 3
previamente ouvido sobre a medida, sendo levado em consideração o seu grau de
g
A PE D 0 er@
desenvolvimento. Nos casos de maiores de 12 anos, será essencial o seu
l
consentimento, colhido em audiência, para que seja aplicada a medida.
m i
plc deediminuir
A afinidade, afetividade
conta pelo juiz, como maneira
o grau de parentesco serão critérios levados em
as consequências decorrentes da medida.
Família extensa ou família ampliada: conceito trazido pela Lei 12.010/09 – vai além da
unidade de pais e filhos para englobar também outros parentes com quem a criança
tenha um vínculo de afinidade ou afetividade (avó, tio, primo);
um IZ .7 .co
confere à criança ou adolescente a proteção previdenciária, como dependentes do
er L U4 ma4 il
guardião. Porém, a redação do § 2º do art. 16, da Lei nº 8.213/91, excluiu o menor
V O . 0
d R 3 g
sob guarda do rol de dependentes.
4
A PE D 0 er@
l
Para solucionar a controvérsia, o STJ assim decidiu que: “Ao menor sob guarda deve
mi
ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento
p lc
se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei nº. 9.528/97 na Lei nº.
8.213/91. O artigo 33, § 3º do ECA deve prevalecer sobre a modificação legislativa
promovida na lei geral da previdência, em homenagem ao princípio da proteção
integral e preferência da criança e do adolescente (artigo 227 da CF/88).”.
O detentor da guarda pode opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Porém, regra
geral, o fato de a criança ou o adolescente estar sob guarda não impede o convívio
com os pais. Este será vedado toda vez que houver expressa determinação judicial o
proibindo ou quando a medida for aplicada como preparação para a adoção.
a l
Aos pais, é conferido o direito de dispor em testamento sobre quem
io n
c
gostariam que fosse o tutor de seus filhos, na eventualidade de morte. Nesses
a
c ER
casos, o tutor indicado deverá, no prazo de 30 dias, ingressar com o pedido de
u
E M d IL
formalização. O juiz irá avaliar o ato e, se restar comprovado que a nomeação é
mais vantajosa ao menor, não existindo outra pessoa em melhores condições,
formalizará a tutela. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
ADOÇÃO (artigos 39 a 52 – D)
mi
Adoção é um ato jurídico solene e que importará no rompimento dos vínculos
p lc
familiares existentes, salvo impedimentos matrimoniais, com a inserção do
adotado em família substituta. Tem natureza jurídica de medida de proteção
e ato jurídico em sentido estrito.
a l
Esta vedação serve para preservar as crianças de eventual confusão mental e
n
material. Porém, no caso relatado, não havia risco de confusão, pois por toda
io
a vida o tratamento foi de filha e irmãs. 3
a c
NOVIDADES LEGISLATIVAS
u c ER
E M d IL
Estágio de convivência pelo prazo máximo de 90 dias, podendo ser
prorrogado por até igual período; e
rt RO
p o OR
Estágio de convivência em adoção internacional: prazo mínimo de 30 dias e
S C 41- m u H 89
máximo de 45, prorrogável por até igual período apenas uma vez;
m Z .7 .co
O estágio de convivência deverá ser cumprido no território nacional, de
u I
V O er L.
U
0
4
4 ma il
preferência, na comarca de residência da criança ou adolescente, ou em
cidade limítrofe, respeitada a competência do juízo da comarca de residência
d R 4 3 g
A PE D
da criança;
0 er@
l i
Prazo máximo de 120 dias para a conclusão da ação de adoção, prorrogável
m
p lc
uma única vez por igual período;
Prioridade no cadastro a pessoas interessadas em adotar criança ou
adolescente com deficiência, doença crônica ou com necessidades específicas
de saúde, além de grupos de irmãos.
Modalidades de adoção:
Conjunta: é indispensável (regra geral) que seja realizada por pessoas casadas
ou em união estável, independente de se tratar de casal hétero ou
homossexual4. Porém, excepcionando a regra do art. 42, o STJ já autorizou
que dois irmãos adotassem conjuntamente uma criança, levando em conta as
peculiaridades do caso e o melhor interesse da criança. 5
3
REsp 1.421.409 - DF
4
REsp. 1.540.814 - PR
5
REsp. 1.217.415 -RS
Outra exceção foi quanto ao maior de idade, que sofreu abandono afetivo e
assim entendeu o STJ: Ante o abandono do adotando pelo pai biológico e o
estabelecimento de relação paterno-filial (vínculo afetivo) entre adotante e
adotando, a adoção de pessoa maior de idade não pode ser refutada sem
apresentação de justa causa por parte do pai biológico.
E M d IL
que forem domiciliados no Brasil, a adoção será nacional. O estágio é
e
rt RO
obrigatório pelo prazo máximo de 90 dias, prorrogável por até igual período.
o OR
O estágio poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou
p
S C 41- m u H 89
guarda legal por tempo suficiente para que seja possível avaliar a existência
de laços de afinidade e afetividade. A guarda de fato não dispensa o estágio
um
de convivência. IZ .7 .co
er L U4 ma4 il
Adoção internacional: quando os adotantes são domiciliados no exterior. O
V O . 0
d R 3 g
estágio não pode ser dispensado pelo juiz. O seu prazo mínimo será de 30 dias
4
A PE D 0 er@
e máximo de 45. O estágio necessariamente deve ser cumprido em território
l
nacional.
mi
p lc NOVIDADE LEGISLATIVA
Art. 51, do ECA, sobre a definição de adoção internacional e seu §1º, sobre
seus requisitos, que são:
I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso
concreto; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Adoção à brasileira: quando a pessoa registra filho que não é seu, como se o
fosse, tendo plana consciência do ato. Normalmente, era utilizada como
forma de proteção, diante das peculiaridades da gravidez. Sobre o tema,
decidiu o STJ que: É possível o reconhecimento da paternidade biológica e a
anulação do registro de nascimento na hipótese em que isso for pleiteado
pelo filho que foi registrado conforme prática conhecida como “adoção a
brasileira”. Caracteriza violação da dignidade humana cercear o direito de
conhecimento da origem genética, respeitando-se, por conseguinte, a
necessidade psicológica de se conhecer a verdade biológica. 6
a l
io n
a c
5. PERDA E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR
u c ER
E M d IL
e
rt RO
Início do procedimento para a perda ou a suspensão: provocação do MP ou de
p o OR
S C 41- m u H 89
quem tenha legítimo interesse;
Suspensão: havendo motivo grave, poderá ser decretada liminar ou
m IZ .7 .co
incidentalmente, pela autoridade judiciária, ouvido o MP, até o julgamento
u
V O er L.
U
0
4
4 ma il
definitivo da causa, ficando a criança ou o adolescente com pessoa idônea,
mediante termo de responsabilidade;
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
A sentença que decretar a perda ou a suspensão do poder familiar será
l i
averbada à margem do registro de nascimento da criança ou do adolescente.
m
p lc
Novidades legislativas quanto ao procedimento
Art. 161 do ECA. Se não for contestado o pedido e tiver sido concluído o estudo social
ou a perícia realizada por equipe interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade
judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, salvo quando
este for o requerente, e decidirá em igual prazo.
a l
(Redação dada pela Lei nº
13.509, de 2017)
io n
a c
o
c ER
§ 2 Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público, serão ouvidas as
u
E M d IL
testemunhas, colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo quando apresentado
por escrito, manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e o Ministério
e
rt RO
Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos cada um, prorrogável por mais 10 (dez)
minutos.
o OR
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
p
S C 41- m u H 89
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem identificados e estiverem
m Z .7 .co
em local conhecido, ressalvados os casos de não comparecimento perante a Justiça
u I
V O er L
.
U
quando devidamente citados.
0
4
4 ma il (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
d R 3 g
Art. 163 do ECA. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento
4
A PE D 0 er@
e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção do
l i
poder familiar, dirigir esforços para preparar a criança ou o adolescente com vistas à
m
2017) p lc
colocação em família substituta. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
JURISPRUDÊNCIA
Adoção à brasileira e realização de perícia para constatar situação de risco Para que
haja a decretação da perda do poder familiar da mãe biológica em razão da suposta
entrega da filha para adoção irregular (“adoção à brasileira”), é indispensável a
realização do estudo social e avaliação psicológica das partes litigantes. Por envolver
interesse de criança, a questão deve ser solucionada com observância dos princípios
da proteção integral e do melhor interesse dela e do adolescente, previstos na CF e
no ECA. Para constatação da “adoção à brasileira”, em princípio, o estudo
io
e após o trânsito em julgado da decisão que a tenha n
concedido.
a c
u c ER
b) A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e
E M d IL
educacional à criança ou ao adolescente, podendo ser
e
deferida, de forma excepcional, fora dos casos de tutela e
rt RO
p o OR
adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta
eventual dos pais ou responsável.
S C 41- m u H 89
c) A guarda, quando deferida como medida preparatória para
um IZ .7 .co
adoção, confere a seu detentor o direito de opor-se a
V O er L
.
U4 ma4 il
terceiros, inclusive aos pais, e obsta o direito de visita destes.
0
d R 4 3 g
d) É vedada a efetivação da guarda por meio de procuração,
A PE D 0 er@
l
ante a necessidade de convivência prévia para a concessão da
i
medida, conforme preceito expresso da norma de regência.
m
p lc
e) A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo
ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos
de tutela e adoção, incluindo-se os realizados por estrangeiros.
a l
criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). STJ. Corte
io n
Especial. EREsp 1141788/RS, Min. Rel. João Otávio de
Noronha, julgado em 07/12/2016.
a c
u c ER
d) não se defere a guarda por procuração, visto que se exige
E M d IL
decisão judicial para colocação de criança em família
e
substituta, e não pela exigência de convivência prévia.
rt RO
p o OR
e) § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,
S C 41- m u H 89
podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
um IZ .7 .co
estrangeiros
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Ano: 2012. Banca: Cespe. Órgão: DPE-RO
l
mi
Em relação a guarda, tutela e adoção, previstas no ECA,
lc
assinale a opção correta.
p
a) A pessoa ou o casal que recebe criança ou adolescente em
programa de acolhimento familiar torna-se automaticamente
tutor do infante.
E M d IL
sejam casados civilmente ou mantenham união estável,
e
comprovada a estabilidade da família;
rt RO
p o OR
a) art. 34. § 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou
S C 41- m u H 89
casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado
um IZ .7 .co
o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.
V er L U 4
0
il
4 ma
b) Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a
O .
d R 4 3 g
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.
A PE D 0 er@
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia
l
mi
decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica
lc
necessariamente o dever de guarda.
p
d) talvez, à época ainda não se autorizasse adoção por casal
homossexual, pois, durante muito tempo, isto gerou muita
polêmica.
e) § 4o Salvo expressa e fundamentada determinação em
contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
medida for aplicada em preparação para adoção, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros
não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim
como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do
Ministério Público.
a c
que os pais biológicos concordem com a adoção, o que torna
u c ER
necessária a propositura de ação de destituição do poder
desconhecidos. E M d IL
familiar caso os pais biológicos do adotante sejam
e
rt RO
o OR
e) Apesar de a lei exigir o cadastro e a habilitação para a
p
S C 41- m u H 89
adoção, é possível que pessoas não cadastradas tenham
preferência para a adoção de determinada criança ou
m Z .7 .co
adolescente, a exemplo do que ocorre no caso de adoção
u I
V er L
O
U
.
4
0
il
intuitu personae.
4 ma
d R 3 g
GABARITO COMENTADO
4
A PE D 0 er@
A alternativa correta é a letra E.
l
mi
p lc
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de
candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente
nos termos desta Lei quando:
a l
É possível a inscrição de pessoa homoafetiva no registro de
io
pessoas interessadas na adoção art. 50 do ECA), n
c
independentemente da idade da criança a ser adotada. STJ. 3ª
a
c ER
Turma. REsp 1.540.814- PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
u
d IL
Cueva, julgado em 18/8/2015 (Info 567)
E M
e
d) Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do
rt RO
p o OR
representante legal do adotando. § 1º. O consentimento será
dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais
S C 41- m u H 89
sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder
um
familiar.
IZ .7 .co
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
d R 4 3 g
Ano: 2015. Banca: Cespe. Órgão: DPE-PE
A PE D 0 er@
l
mi
Considere que João e Lúcia, após o ajuizamento do pedido de
adoção de uma criança, tenham deixado de viver em união
p lc
estável. Nesse caso, João e Lúcia ainda podem adotar
conjuntamente, se comprovado o vínculo de afinidade e
afetividade de ambos com a criança, desde que em regime de
guarda compartilhada e que o estágio de convivência da
criança com ambos os adotantes tenham sido iniciado no
período em que estavam juntos.
p o OR
credenciados, encarregados de intermediar pedidos de
habilitação à adoção internacional.
S C 41- m u H 89
e) a guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa do estágio de
um IZ .7 .co
convivência.
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
GABARITO COMENTADO
l
mi
A alternativa correta é a letra B.
p lc
ART. 42. § 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os
adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união
estável, comprovada a estabilidade da família. (...)
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-
companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do
período de convivência e que seja comprovada a existência de
vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor
da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
a) art. 42, § 6º, ECA. A adoção poderá ser deferida ao
adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier
a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a
a
a) O deferimento da tutela deve anteceder a decretação dal
perda ou suspensão do poder familiar e implica
io n
necessariamente o dever de guarda.
a c
u c ER
b) É vedada a adoção por procuração de criança ou
adolescente.
E M d IL
e
rt RO
c) O adotante de criança ou adolescente há de ser, pelo
o OR
menos, dez anos mais velho do que o adotando.
p
S C 41- m u H 89
d) A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro
ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar
um IZ .7 .co
comprovado se tratar de pedido de adoção unilateral.
V er L U 4 il
4 ma
e) A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e
O . 0
d R 3 g
educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu
4
A PE D 0 er@
detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais,
l
mi
não podendo ser revogada, sob pena de prejuízo à criança ou
ao adolescente.
p lc
GABARITO COMENTADO
GABARITO COMENTADO
a c
u c ER
A alternativa correta é a letra E.
E M d IL
e
rt RO
a) Art. 49 do ECA A morte dos adotantes não restabelece
o OR
o poder familiar dos pais naturais.
p
S C 41- m u H 89
b) Art. 37 do ECA O tutor nomeado por testamento ou
um
qualquer documento autêntico, conforme previsto no
IZ .7 .co
er L U
parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de
4 il
4 ma
janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta)
d V R O 3 . 0 g
dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido
4
A PE D 0 er@
destinado ao controle judicial do ato, observando o
l i
procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei.
m
lc 46 do ECA A adoção será precedida de estágio de
c) Art.
p
convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo
de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou
adolescente e as peculiaridades do caso.§ 3º Em caso de
adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do
País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta)
dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por
até igual período, uma única vez, mediante decisão
fundamentada da autoridade judiciária.
E M d IL
B) é dispensada a oitiva dos pais sempre que eles forem
e
rt RO
identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados os
p o OR
casos de comparecimento espontâneo perante a Justiça.
S C 41- m u H 89
C) se o pedido resultar em colocação em família substituta, a
m Z .7 .co
criança poderá e o adolescente deverá, desde que possível e
u I
V er L
O
U
.
4
0
il
razoável, ser ouvido em juízo.
4 ma
d R 3 g
D) quando o procedimento de destituição de poder familiar for
4
A PE D 0 er@
iniciado pelo Ministério Público, haverá necessidade de
l
mi
nomeação de curador especial em favor da criança ou
adolescente.
p lc
E) na hipótese de os genitores encontrarem-se em local
incerto ou não sabido, serão citados por edital no prazo de 10
dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios para a
localização.
GABARITO COMENTADO
a l
io n
e) CERTO. ECA, Art. 158, § 4º Na hipótese de os genitores
encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão citados
a c
por edital no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única,
u c ER
dispensado o envio de ofícios para a localização.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D b) fica dispensado nas hipóteses em que o adotante já detenha
0 er@
a guarda de fato do adotando.
l
mi
p lc
c) em caso de adoção por pessoa domiciliada fora do Brasil,
terá duração de no mínimo quarenta e cinco dias, facultado,
em casos excepcionais, seu término no país de domicílio do
adotante.
GABARITO COMENTADO
e
rt RO
p o OR
d) O deferimento da guarda de criança ou adolescente a
terceiros impossibilita o exercício do direito de visita dos pais e
S C 41- m u H 89
extingue o dever de prestar alimentos.
um IZ .7 .co
e) Divorciados podem adotar conjuntamente, desde que haja
V er L U 4 il
4 ma
acordo sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
O . 0
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do
d R 4 3 g
A PE D casamento e seja comprovada a existência de vínculos de
0 er@
afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda.
l
mi
lc
GABARITO COMENTADO
p
A alternativa correta é a letra E.
a l
deve levar em conta a maturidade deles para assimilar as informações.
io n
Assim, cabe ao Poder Público qualificar a natureza dos eventos de
entretenimento, bem como a faixa etária, os locais e horários de
exibição.
a c
u c ER
E M d IL
Porém, não cabe ao Estado impedir a exibição dos programas, pois a indicação
e a qualificação da faixa etária possuem natureza de recomendação. Neste sentido, foi
e
rt RO
considerada inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado”, do artigo
254 do ECA:
p o OR
S C 41- m u H 89
O Estado não pode determinar que os programas somente possam ser
exibidos em determinado horário. Isso seria uma imposição, o que é
um IZ .7 .co
vedado pelo texto constitucional por configurar censura. O poder público
V Oer L U
. 0
4
4 mail
apenas pode recomendar os horários adequados. A classificação dos
programas é indicativa (e não obrigatória). 7
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
É dever do responsável pelo espetáculo ou evento exibir de forma clara na
mi
entrada do evento a informação sobre a natureza e a faixa etária indicada
p lc
(artigo 74, p.ú do ECA).
7
ADI 2404/DF
NOVIDADE LEGISLATIVA:
A Lei 13.509/17 acrescentou o inciso X, ao parágrafo único, do art. 100, do ECA,
que dispõe sobre os princípios que regem a aplicação das medidas de proteção.
Vejamos:
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do
adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem
na sua família natural ou extensa ou, se- isso não for possível, que promovam a sua
integração em família adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
a l
io n
Autorização para viagem (artigo 83 a 85 do ECA):
a c
u c ER
d IL
Crianças e adolescentes menores de 16 anos: é vedada a viagem para fora
E M
e
da comarca onde residem, sem estarem acompanhadas dos pais ou
rt RO
o OR
responsável, sem expressa autorização judicial. A regra é excepcionada
p
quando:
S C 41- m u H 89
-
um
tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do
IZ .7 .co
er L U il
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da
4 ma4
d V R O
-
4 3 . 0
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
g
a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver
A PE D 0 er@
acompanhado de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
l
mi
comprovado documentalmente o parentesco; ou de pessoa maior,
p lc
expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
NOVIDADE LEGISLATIVA
Art. 83 do ECA:
Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora
da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa
autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor
de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma
região metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver
acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
E M d IL
acompanhado de estrangeiro, residente ou domiciliada no exterior.
e
rt RO
p o OR
u H 89
NOVIDADE LEGISLATIVA
S C 41- m
m IZ .7 .co
Destituição do poder familiar, art. 101, §10º, do ECA:
u
V O er L
. 0
U4 ma4 il
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o
ingresso com a ação de destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a
d R 4 3 g
realização de estudos complementares ou de outras providências indispensáveis ao
A PE D 0 er@
ajuizamento da demanda. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
l
mi
p lc
a l
GABARITO COMENTADO
io n
A alternativa correta é a letra D.
a c
u c ER
d IL
Provimento 32 da Corregedoria Nacional de Justiça:
E M
e
Art. 1º. O Juiz da Infância e Juventude, sem prejuízo do
rt RO
p o OR
andamento regular, permanente e prioritário dos processos
sob sua condução, deverá realizar, em cada semestre,
S C 41- m u H 89
preferencialmente nos meses de abril e outubro, os eventos
um
denominados "Audiências Concentradas", a se realizarem,
IZ .7 .co
er L
sempre que possível, nas dependências das entidades de
U 4 il
4 ma
acolhimento, com a presença dos atores do sistema de
d V R O 3 . 0 g
garantia dos direitos da criança e do adolescente, para
4
A PE D 0 er@
reavaliação de cada uma das medidas protetivas de
l
mi
acolhimento, diante de seu caráter excepcional e provisório,
com a subsequente confecção de atas individualizadas para
p lc
juntada em cada um dos processos.
um
intervir indevidamente na vida da criança.
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
b) art. 100, p. ú, VIII - proporcionalidade e atualidade: a
O . 0
intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de
d R 4 3 g
A PE D perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no
0 er@
momento em que a decisão é tomada;
l
mi
p lc
c) art. 100, XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o
adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e
capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem
ser informados dos seus direitos, dos motivos que
determinaram a intervenção e da forma como esta se
processa.
u c ER
proteção que podem ser aplicadas pela autoridade
competente.
E M d IL
e
rt RO
e) Ao contrário do acolhimento institucional, a provisoriedade
o OR
não configura critério a ser observado no tocante à medida de
p
u H 89
acolhimento familiar.
S C 41- m
um
GABARITO COMENTADO
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
A alternativa correta é a letra B.
O . 0
d R 4 3 g
Art. 101 do ECA: Verificada qualquer das hipóteses previstas
A PE D 0 er@
no art. 98, a autoridade competente poderá determinar,
l i
dentre outras, as seguintes medidas: (...)
m
c em programa de acolhimento familiar;
p-linclusão
VIII
a l
io n
A medida de acolhimento institucional está prevista no inciso
VII do art. 101, ou seja, fora das hipóteses previstas no artigo
112.
a c
u c ER
E M d IL
Art.101, do ECA: Verificada qualquer das hipóteses previstas
no art. 98, a autoridade competente poderá determinar,
e
rt RO
dentre outras, as seguintes medidas: (...).
p o OR
S C 41- m u H 89
e) art. 101, § 1º do ECA: O acolhimento institucional e o
acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais,
m Z .7 .co
utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar
u I
V er L U 4
0
il
ou, não sendo esta possível, para colocação em família
4 ma
substituta, não implicando privação de liberdade.
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AM. Prova: Defensor
l
Público
m i
lc do que vem definido em lei, o princípio da oitiva
Dentro
p
obrigatória e participação, que rege a aplicação de medidas de
proteção a crianças e adolescentes, refere-se à ideia de que
GABARITO COMENTADO
p o OR
c) CERTO. Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em
S C 41- m u H 89
conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que
um
visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e
IZ .7 .co
er L U
comunitários. Parágrafo único. São também princípios que
4 il
4 ma
regem a aplicação das medidas: XII - oitiva obrigatória e
d V R O 3 . 0 g
participação: a criança e o adolescente, em separado ou na
4
A PE D 0 er@
companhia dos pais, de responsável ou de pessoa por si
l
mi
indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a
ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de
p lc
promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião
devidamente considerada pela autoridade judiciária
competente, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28
desta Lei.
mi
Art. 101, §11º do ECA:
p lc
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou
foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas
sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento
familiar e institucional sob sua responsabilidade, com
informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada
um, bem como as providências tomadas para sua reintegração
familiar ou colocação em família substituta, em qualquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
io n
desde que não prejudique a frequência à escola ou jornada de trabalho.
a c
c ER
Liberdade assistida: sempre que for a melhor medida aplicável, oferecendo
u
d IL
ao adolescente liberdade, mas acompanhada de orientação, apoio e auxílio,
E M
e
pelo prazo mínimo de 6 meses. Sua essência promover a evolução e
rt RO
o OR
desenvolvimento do adolescente, sem que, para tanto, ele precise ser
p
u H 89
submetido a regras limitadoras de direitos.
S C 41- m
um
Semiliberdade: poderá ser determinada desde o início da medida ou como
IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4
4 ma il
forma de transição para o meio aberto. É conferido o direito a atividades em
ambiente externo, sem necessidade de autorização judicial. É indispensável a
d R 4 3 g
escolarização e a profissionalização do adolescente.
A PE D 0 er@
l i
Não há prazo para o cumprimento da medida, mas deverá ser reavaliada no
m
p lc
máximo a cada seis meses, devendo o magistrado justificar a continuidade da
medida, se assim entender necessário.
S C 41- m u H 89
anteriormente imposta. O prazo máximo da medida é de 3 meses.
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2017. Banca: FCC. Orgão: DPE-PR
a l
e) continua a ser contado em dias corridos, pois o Estatuto da
io n
Criança e do Adolescente possui previsão própria de contagem
c
de prazos e, pela antinomia com o Novo Código de Processo
a
c ER
Civil, deverá prevalecer a previsão do Estatuto, uma vez que o
u
d IL
critério da especialidade prevalece sobre o cronológico.
E M
GABARITO COMENTADO
e
rt RO
p o OR
A alternativa correta é a letra A
S C 41- m u H 89
Art. 152 do ECA: Aos procedimentos regulados nesta Lei
m Z .7 .co
aplicam-se subsidiariamente as normas gerais previstas na
u I
V er L
O
U
.
4
0
il
legislação processual pertinente.
4 ma
d R 3 g
Art. 798 do CPP: Todos os prazos correrão em cartório e serão
4
A PE D 0 er@
contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias,
l i
domingo ou dia feriado.
m
c do ECA: Nos procedimentos afetos à Justiça da
art. l198
p
Infância e juventude, inclusive os relativos à execução das
medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei
nº 5.869/73 - Código de Processo Civil -, com as seguintes
adaptações: (...)
a l
io n
e) Para a imposição judicial, ao adolescente, da medida
socioeducativa de advertência e da medida de proteção de
a c
matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial
u c ER
de ensino, não se exige a existência de prova suficiente da
E M
autoria do ato infracional. d IL
e
rt RO
R: E Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a
p o OR
VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes da
S C 41- m u H 89
autoria e da materialidade da infração, ressalvada a hipótese
de remissão, nos termos do art. 127. Parágrafo único. A
um IZ .7 .co
advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da
V er L
O
U
.
4
0
il
materialidade e indícios suficientes da autoria.
4 ma
d R 3 g
a) Art. 121. A internação constitui medida privativa da
4
A PE D 0 er@
liberdade,
l
sujeita aos princípios de brevidade,
mi
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento. § 1º Será permitida a realização de
p lc
atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade,
salvo expressa determinação judicial em contrário.
b) Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
corresponderão as medidas previstas no art. 101.
E M d IL
provisória e, depois, medida socioeducativa de internação em
e
estabelecimento educacional. Ambas as medidas devem ser
rt RO
o OR
reavaliadas, no máximo, a cada seis meses.
p
u H 89
Nessa situação hipotética,
S C 41- m
m Z .7 .co
a) a internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo
u I
V er L U 4
0
il
prazo máximo de quarenta e cinco dias, contados a partir da
4 ma
data da decisão judicial e, no caso de liberação e posterior
O .
d R 4 3 g
renovação da internação provisória, será iniciada nova
A PE D 0 er@
contagem por igual período.
l
mi
p lc
b) a realização da entrevista pessoal feita pela defesa técnica
com o socioeducando para o exercício das suas garantias
individuais e processuais será assegurada apenas durante o
processo de execução das medidas socioeducativas privativas
de liberdade.
GABARITO COMENTADO
a l
considerando-se, ainda, eventual tempo de prisão cautelar que
io n
não se tenha convertido em pena privativa de liberdade (§ 2º
c
do art. 46 da Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012).
a
u c ER
Parágrafo único. Independentemente do escoamento do prazo
E M d IL
previsto no caput, a reavaliação pode ser processada
e
imediatamente após a remessa do relatório enviado pela
rt RO
p o OR
unidade de internação ou semiliberdade, ou serviço que
execute a medida socioeducativa de liberdade assistida.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V
QUESTÕES:
Oer L U
. 0
4
4 mail
Ano: 2015. Banca: Cespe. Órgão: DPE-RN
d
MEDIDAR 4 3 g
À luz da Lei n.º 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os
A PE D 0 er@
SOCIOEDUCATIVA
l
direitos das crianças e adolescentes portadores de transtornos
i
mentais, assinale a opção correta.
m
p lc a realização de pesquisas científicas para fins
a) Para
diagnósticos ou terapêuticos com a participação de criança
portadora de distúrbio psiquiátrico, exige-se o consentimento
expresso do representante legal da criança, o qual torna
dispensável a comunicação aos conselhos profissionais
competentes.
GABARITO COMENTADO
Lei 10.216/2011:
a l
a) Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou
io n
terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento
c
expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a
a
c ER
devida comunicação aos conselhos profissionais competentes
u
e ao Conselho Nacional de Saúde.
E M d IL
e
b) O médico registrado deverá autorizar a internação, que é
rt RO
o OR
determinada pelo juiz. (arts. 8º e 9º).
p
S C 41- m u H 89
c) Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só
será indicada quando os recursos extra-hospitalares se
um IZ .7 .co
mostrarem insuficientes.
V er L U 4
0
il
4 ma
d) art. 8º. § 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá,
O .
d R 4 3 g
no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao
A PE D 0 er@
Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do
l i
estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo
m
lc
procedimento ser adotado quando da respectiva alta.
p
Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: DPE-SC
GABARITO COMENTADO
io
independentemente de autorização judicial. § 1º São n
a c
obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo,
c ER
sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na
u
E M d IL
comunidade. § 2º A medida não comporta prazo determinado
aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
e
rt RO
internação. Art. 121, § 2º - A medida não comporta prazo
p o OR
determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,
S C 41- m
meses.
u H 89
mediante decisão fundamentada, no máximo, a cada seis
um IZ .7 .co
V er L U 4
0
il
a) Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se
4 ma
afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,
O .
d R 4 3 g
auxiliar e orientar o adolescente.
A PE D 0 er@
l
mi
c) Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem
p lc
prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas
em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a
internação.
p o OR
S C 41- m u H 89
C) fique em prisão cautelar e seja absolvido, deverá ter o
tempo de privação de liberdade descontado do prazo de
m IZ .7 .co
cumprimento da medida socioeducativa.
u
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
D) seja condenado à pena privativa de liberdade, a ser
d R 4 3 g
executada, provisória ou definitivamente, em regime fechado,
A PE D 0 er@
semiaberto ou aberto, deverá ter a medida socioeducativa
l i
declarada extinta.
m
p lc
E) haja flagrante ou não, deverá aguardar o julgamento no
sistema socioeducativo, onde já se encontra privado de
liberdade por força de sentença.
GABARITO COMENTADO
e
rt RO
o OR
b) terão sua execução acompanhada pelas comissões
p
u H 89
temáticas pertinentes da Câmara Municipal.
S C 41- m
m Z .7 .co
c) serão submetidos à deliberação do poder legislativo
u I
V er L
O
U
.
4
0
il
municipal, por iniciativa do poder executivo municipal.
4 ma
d R 3 g
d) conterão as normas gerais de funcionamento do Sistema
4
A PE D 0 er@
Municipal de Atendimento Socioeducativo para os cinco anos
l i
seguintes.
m
p lc
e) incluirão as diretrizes, os objetivos, as metas, as prioridades
e as formas de financiamento dos programas socioeducativos
de internação e semiliberdade.
GABARITO COMENTADO
S C 41- m u H 89
prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e
responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no
um IZ .7 .co
mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela
er L U 4
4 ma il
gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer
V O . 0
sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem
d R 4 3 g
A PE
pública.
D 0 er@
l i
Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o
m
p lc
adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto
de apreensão ou boletim de ocorrência.
l
A remissão não significa o reconhecimento de que o adolescente praticou aquela
a
conduta nem serve para efeito de antecedentes.
io n
a c
Poderá ser concedida cumulada com qualquer outra medida socioeducativa,
c ER
exceto colocação em regime de semiliberdade e internação.
u
E M d IL
c) O prazo máximo de conclusão do procedimento de apuração de medida
socioeducativa é de 45 dias. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
d) Ao adolescente é garantido o direito de peticionar diretamente a qualquer
autoridade e de se reunir, reservadamente, com seu advogado.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
e) Súmula 342 do STJ: No procedimento para aplicação de medida
socioeducativa, é nula a desistência de outras provas em face da confissão do
d R
adolescente. 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde que reconheça na
m
p lc
sentença: estar provada a inexistência do fato; não haver prova da existência do fato;
não constituir o fato ato infracional; não existir prova de ter o adolescente concorrido
para o ato infracional.
i) A sentença que deferir a adoção produz efeito desde logo, embora sujeita à
apelação, que será recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se tratar de
adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de difícil
reparação ao adotando.
a l
io n
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AP
a c
u c ER
E M d IL
Célio tem 17 anos e, na companhia de outro adolescente, foi
apreendido em flagrante por suposta prática de ato infracional
e
rt RO
equiparado a roubo qualificado por concurso de agentes e uso de
QUESTÕES: p o OR
arma. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente,
APURAÇÃO DE
S C 41- m u H 89
a) se não houver entidade destinada à custódia de adolescentes
ATO
um IZ .7 .co
na comarca, Célio pode, excepcionalmente, aguardar a sentença
er L U il
INFRACIONAL
4 ma4
em estabelecimento prisional, desde que em cela isolada dos
d V R O
4 3 . 0
adultos e observado o prazo máximo de 45 dias.
g
A PE D 0 er@
lb) tendo em vista a gravidade do ato infracional, provadas
mi
autoria e materialidade da infração, Célio deverá receber medida
p lc
socioeducativa de internação pelo prazo mínimo de 6 meses.
l
autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106,
a
parágrafo único, e 107, deverá:
io n
c
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o
a
adolescente;
u c ER
d IL
II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
E M
e
III - requisitar os exames ou perícias necessários à
rt RO
o OR
comprovação da materialidade e autoria da infração.
p
S C 41- m u H 89
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a
lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de
m Z .7 .co
ocorrência circunstanciada.
u I
V er L U 4 il
4 ma
Art. 174 do ECA. Comparecendo qualquer dos pais ou
O . 0
responsável, o adolescente será prontamente liberado pela
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
autoridade policial, sob termo de compromisso e
l
responsabilidade de sua apresentação ao representante do
mi
Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no
p lc
primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato
infracional e sua repercussão social, deva o adolescente
permanecer sob internação para garantia de sua segurança
pessoal ou manutenção da ordem pública.
a l
io
c) O Ministério Público poderá oferecer representação à n
a c
autoridade judiciária propondo a instauração de procedimento
u c ER
para a aplicação da medida socioeducativa que se afigurar a mais
d IL
adequada, devendo a representação ser oferecida por petição,
E M
e
que conterá obrigatoriamente breve resumo dos fatos, a
rt RO
classificação do ato infracional, prova pré-constituída da autoria e
p o OR
materialidade e, quando necessário, o rol de testemunhas.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
d) Oferecida a representação, a autoridade judiciária designará
V er L U 4 il
4 ma
audiência de apresentação do adolescente e o adolescente e seus
O . 0
pais ou responsável serão cientificados do teor da representação,
d R 4 3 g
A PE De notificados a comparecer à audiência, acompanhados de
0 er@
advogado, devendo a autoridade judiciária determinar a
l
mi
condução coercitiva dos pais ou do responsável se eles não forem
lc
localizados.
p
e) Com o comparecimento de qualquer dos pais ou do
responsável, o adolescente será prontamente liberado pela
autoridade policial, sob termo de compromisso e
responsabilidade de sua apresentação ao Ministério Público, no
mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato,
exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua
repercussão social, deva o adolescente permanecer sob
internação para a garantia de sua segurança pessoal ou da
manutenção da ordem pública.
a l
8. CONSLEHO TUTELAR (artigos 131 a 140 do ECA)
io n
a c
u c ER
É órgão integrante do Poder Executivo municipal, não possui natureza
jurisdicional, e tem como função a proteção integral das crianças e adolescentes. Não
E M d IL
se confunde com o Conselho de Direitos da Criança e adolescente, pois este tem
e
rt RO
função principal deliberar, e não promover, as ações protetivas.
p o OR
O Conselho Tutelar é composto por cinco membros, escolhidos pela sociedade
S C 41- m u H 89
civil, com mandato de quatro anos, sendo permitida uma recondução, mediante novo
processo de escolha. São requisitos para ser conselheiro tutelar:
um IZ .7 .co
V
O er L
.
U
0
4
4 ma il
Idade mínima de 21 anos;
Residir no município;
d R 4 3 g
A PED 0 er@
Possuir idoneidade moral.
l
mi
Importante!
p lc
Não podem funcionar no mesmo conselho tutelar: marido e mulher;
ascendente e descendente; sogro e genro ou nora; irmãos; cunhados,
durante o cunhadio; tio e sobrinho; padrasto, madrasta e enteado.
Cada município deve ter, ao menos, um Conselho Tutelar.
Aos conselheiros tutelares são garantidos direito a: cobertura
previdenciária, férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3; licença
maternidade; gratificação natalina.
As decisões proferidas pelo Conselho Tutelar poderão ser revistas pela
autoridade judiciária, sendo cabível apelação.
S C 41- m u H 89
suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de
um
manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural.
IZ .7 .co
er L
U il
Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais,
4
4 ma
d V R 4 3 0
ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas
O . g
de maus-tratos em crianças e adolescentes.
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: DPE-PE. Prova: Defensor
Público
QUESTÕES:
CONSELHO TUTELAR A respeito do conselho tutelar, assinale a opção correta.
GABARITO COMENTADO
a l
io
conselheiro constituirá serviço público relevante e n
A) CERTO. Art. 135 do ECA: O exercício efetivo da função de
S C 41- m u H 89
membros, escolhidos pela população local para mandato de
4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante
um IZ .7 .co
er L
novo processo de escolha.
U 4 il
4 ma
d V R O
4 3 . 0
C) ERRADO. Art. 133 do ECA. Para a candidatura a membro
g
A PE D 0 er@
do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
l
mi
I - reconhecida idoneidade moral;
p lc
II - idade superior a vinte e um anos;
E M
mediante termo de responsabilidade. d IL
e
rt RO
p o OR
u H 89
GABARITO COMENTADO
S C 41- m
um Z .7 .co
A alternativa correta é a letra E
I
V O er L.
U
0
4
4 ma il
Art. 136 do ECA: São atribuições do Conselho Tutelar:
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
i
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art.
m
lc
101, I a VII;
pArt. 101 do ECA. Verificada qualquer das hipóteses previstas
no art. 98, a autoridade competente poderá determinar,
dentre outras, as seguintes medidas:
a l
É vedada a instituição de unidades socioeducativas em espaços contíguos,
io n
anexos ou de qualquer forma integrados a estabelecimentos penais.
a c
c ER
O SINASE será organizado pela União e integrado pelos sistemas estaduais,
u
d IL
distritais e municipais, que serão responsáveis pela implementação dos
E M
programas de atendimento.
e
rt RO
p o OR
É vedado o desenvolvimento e a oferta de programas próprios de
atendimento.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L.
U
0
4 il
EXECUÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS:
4 ma
Será regida pelo princípio da legalidade. Não poderá o adolescente receber
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
tratamento mais gravoso que o conferido ao adulto.
l
mi
É obrigatória a atuação da defesa e do Ministério Público em todo o
p lc
procedimento de execução de medida socioeducativa, sob pena de nulidade.
No PIA, haverá a participação dos pais, que têm o dever de contribuir com o
l
processo de ressocialização do adolescente. O plano é elaborado com a
a
n
participação do adolescente e de sua família, representados por seus pais ou
io
responsáveis.
a c
u c ER
É vedado à autoridade judiciária determinar o reinício de cumprimento de
E M d IL
medida socioeducativa ou deixar de considerar os prazos máximos e de
e
rt RO
liberdade compulsória. Excepcionalmente, será admitido o reinício da medida
o OR
se aplicada a ato infracional praticado no curso da execução de outra já em
p
andamento.
S C 41- m u H 89
m IZ .7 .co
Em se tratando de ato infracional praticado antes do início da execução do
u
V O er L.
U
0
4
4 ma il
procedimento que está em curso, a autoridade judiciária não poderá aplicar
nova medida de internação. Entende-se que os atos anteriores foram
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
absolvidos pelo já em curso.
l
m i
plc Banca: FCC. Órgão: DPE-AM. Prova: Defensor Público
Ano: 2018.
GABARITO COMENTADO
S C 41- m u H 89
um
V - brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em
IZ .7 .co
er L
especial o respeito ao que dispõe o art. 122 da Lei no 8.069, de 13
U4 ma4 il
de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
VI - individualização, considerando-se a idade, capacidades e
l
circunstâncias pessoais do adolescente;
m i
p lc intervenção, restrita ao necessário para a realização
VII - mínima
dos objetivos da medida;
JURISPRUDÊNCIA
a l
(reiteração no cometimento de outras infrações graves). Logo, cabe ao magistrado
n
analisar as peculiaridades de cada caso e as condições específicas do adolescente a
io
c
fim de aplicar ou não a internação. A depender das particularidades e circunstâncias
a
c ER
do caso concreto, pode ser aplicada, com fundamento no art. 122, II, do ECA,
u
E M d IL
medida de internação ao adolescente infrator que antes tenha cometido apenas
uma outra infração grave. Está superado o entendimento de que a internação com
e
rt RO
base nesse dispositivo somente seria permitida com a prática de no mínimo 3
o OR
infrações. STF. 1ª Turma. HC 94447, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 12/04/2011. STJ.
p
S C 41- m
24/11/2015. STJ. (Info 591). u H 89
5ª Turma. HC 332.440/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
um IZ .7 .co
V er L U
0
4
4 ma il
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA. É inconstitucional a expressão “em horário diverso do
autorizado” contida no art. 254 do ECA. “Art. 254. Transmitir, através de rádio ou
O .
d R 3 g
televisão, espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua
4
A PE D 0 er@
classificação: Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada em caso
l i
de reincidência a autoridade judiciária poderá determinar a suspensão da progra-
m
p lc
mação da emissora por até dois dias.” O Estado não pode determinar que os
programas somente possam ser exibidos em determinados horários. Isso seria uma
imposição, o que é vedado pelo texto constitucional por configurar censura. O Poder
Público pode apenas recomendar os horários adequados. A classificação dos
programas é indicativa (e não obrigatória). STF. (Info 837).
LEI 13.436/2017: Altera o art. 10, IV, da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), para garantir o direito a acompanhamento e
orientação à mãe com relação à amamentação (VI - acompanhar a prática do
processo de amamentação, prestando orientações quanto à técnica adequada,
enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já
existente).
LEI 13.438/2017: Altera o ECA e prevê que: Nas consultas pediátricas de crianças até
os primeiros 18 meses de vida é obrigatório que os profissionais de saúde adotem
protocolos clínicos para investigar e identificar se existe risco para o
desenvolvimento psíquico da criança (art. 14 (...) § 5º É obrigatória a aplicação a
todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro
a
instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em consulta l
n
pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento
io
psíquico).
a c
u c ER
E M d IL
LEI 13.441/2017: Altera o ECA (acrescentando art. 190-A e seguintes), prevendo a
infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar crimes contra a
e
rt RO
dignidade sexual de criança e de adolescente.
p o OR
S C 41- m u H 89
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: A decisão judicial que impõe à
Administração Pública o restabelecimento do plantão de 24 horas em Delegacia
m Z .7 .co
Especializada de Atendimento à Infância e à Juventude não constitui abuso de
u I
V er L0
U4 ma4 il
poder, tampouco extrapola o controle do mérito administrativo pelo Poder
Judiciário. STJ. 1ª Turma. REsp 1.612.931-MS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
O .
d R 3 g
julgado em 20/6/2017 (Info 609). Assim, o STJ considerou que, ao não se oferecer
4
A PE D 0 er@
plantão 24 horas na Delegacia especializada de apuração dos atos infracionais,
l i
houve violação à CF/88, ao art. 172 do ECA e também ao item 12.1 das Regras de
m
p lc
Beijing considerando que, fora do horário de funcionamento da Delegacia, os jovens
infratores serão submetidos às unidades policiais comuns, onde estarão expostos ao
contato com presos maiores de idade. A decisão governamental de encerrar o
plantão na Delegacia não é uma escolha aceitável do Estado sob os aspectos moral e
ético, representando induvidosa preterição de uma prioridade imposta pela
Constituição Federal, além de conduta contrária à lei e ao tratado internacional,
constituindo, portanto, hipótese na qual se admite que o Poder Judiciário intervenha
legitimamente no caso mesmo em se tratando de um ato discricionário.
a l
se pode admitir a técnica do art. 942 do CPC se o acórdão não unânime foi favorável
n
ao adolescente infrator. STJ. 6ª Turma. 6ª Turma. REsp 1.694.248-RJ, Rel. Min. Maria
io
Thereza de Assis Moura, julgado em 03/05/2018 (Info 626).
a c
u c ER
E M d IL
EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: Defensoria pode ter acesso a
procedimento instaurado pela Justiça para apurar irregularidades em unidade de
e
rt RO
internação. A Defensoria Pública pode ter acesso aos autos de procedimento
o OR
verificatório instaurado para inspeção judicial e atividade correicional de unidade de
p
S C 41- m u H 89
execução de medidas socioeducativas. STJ. 6ª Turma. RMS 52.271-SP, Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 19/06/2018 (Info 629).
um IZ .7 .co
SÚMULAS
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 3 g
Súmula 594-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de
4
A PE D 0 er@
alimentos em proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício
l i
do poder familiar dos pais, ou do fato de o menor se encontrar nas situações de
m
p lc
risco descritas no art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer
outros questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na
comarca.
Súmula 383, STJ: A competência para processar e julgar as ações conexas de
interesse do menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
Súmula 265, STJ: É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a
regressão da medida socioeducativa.
Súmula 338, STJ: A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas.
Súmula 605, STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração
de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso,
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
Súmula 342, STJ: No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula
a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
Súmula 492, STJ:
O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V Oer L U
. 0
4
4 mail
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
a l
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a c
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E M d IL
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p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
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4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se
em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre
a l
io n
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina,
c
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de
a
c ER
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos
u
mais diferentes certames públicos.
E M d IL
e
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
rt RO
p o OR
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
S C 41- m u H 89
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
um
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
IZ .7 .co
er L U
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação
para carreiras públicas. 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE
uma obsessão.
D
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de
0 er@
l
mi
p lc
Bom estudo!
Francisco Penante
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................4
2. DO ACESSO À JUSTIÇA ........................................................................................4
2.1 GRATUIDADE DE JUSTIÇA, ASSISTÊNCIA JURÍDICA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA ...4
2.2 INSTRUMENTOS DE ACESSO À JUSTIÇA .............................................................5
3. MODELOS DE PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA ............................8
4. HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA NO BRASIL ................................................10
5. FORTALECIMENTO DA DEFENSORIA PÚBLICA NO BRASIL ......................................11
6. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ................................................................................18
7. GARANTIAS E PRERROGATIVAS DOS MEMBROS DA DEFENSORIA PÚBLICA ..........20
a l
8. ORGANIZAÇÃO DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS .......................................................22
io n
a c
8.1 DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS DOS ESTADOS....................................................22
u c ER
E M d IL
8.2 DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO...............................................................25
9. DAS FORMAS DE ATUAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA ..........................................26
e
rt RO
o OR
10. JURISPRUDÊNCIA SOBRE A DEFENSORIA PÚBLICA ..............................................29
p
u H 89
BIBLOGRAFIA..........................................................................................................32
S C 41- m
um IZ .7 .co
V O .er L
0
U
4 ma 4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Dessa forma, talvez seja -de todas as instituições, a que mais precisa de agentes
vocacionados, dispostos a lutar pela promoção da alteridade dos sujeitos que,
conforme definição da ministra do STJ Laurita Vaz, precisam da mão protetora do
Estado. 2
1
PASSADORE, Bruno de Almeida - A DEFENSORIA PÚBLICA ENQUANTO CUSTUS VULNERABILIS.
Disponível em: http://adepar.com.br/a-defensoria-publica-enquanto-custus-vulnerabilis-por-bruno-de-
almeida-passadore/
2
REsp 1.192.577 RS, Relatoria da Ministra Laurita Vaz
3
MEDEIROS, Isabela – ACESSO À JUSTIÇA COM ALTERIDADE? O direito à assistência jurídica integral e
gratuita entre o assistencialismo e a emancipação.
Estude inteligente, Estude Ad Verum!
www.adverum.com.br
parte economicamente necessitada tem de ser isenta do pagamento das custas e
despesas processuais, bem como das decorrentes desta atuação, como por exemplo,
as
O direito ganhou força no Brasil com a edição da Lei 1.060/50, seguido da LC 80/94,
que estabeleceu as regras gerais sobre a atuação da Defensoria Pública e, atualmente,
após a edição do novo Código de Processo Civil, houve uma preocupação em
intensificar o direito, com previsões específicas sobre a forma de garanti-lo.
S C 41- m u H 89
que consistia na indicação, pelo Estado, de advogados
particulares que atuavam sem receber remuneração para
um IZ .7 .co
representar judicialmente as pessoas mais pobres.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
c) O sistema judicare incentivava e permitia que o advogado
particular auxiliasse os pobres a compreender seus direitos e a
d R 4 3 g
A PE D identificar áreas em que podiam valer-se de remédios jurídicos.
0 er@
d) A segunda onda estava fundamentada em uma visão
l
mi
individualista, que buscava promover um aumento da qualidade
p lc
da representação dos interesses individuais dos mais pobres.
e) Na terceira onda, buscou-se um novo paradigma de
assistência jurídica, com base em um modelo misto de
assistência que abandonava as técnicas utilizadas nas duas
primeiras ondas de reformas, agora consideradas obsoletas.
GABARITO COMENTADO:
CORRETA: Letra A. A terceira onda é denominada como "O
enfoque no acesso à justiça" e prioriza instituir técnicas
processuais adequadas e melhor preparar estudantes e
aplicadores do direito, para a promoção de métodos que
possibilitem a resolução extrajudicial dos litígios.
INCORRETAS:
B - A primeira onda diz respeito à assistência judiciária aos
pobres e está relacionada ao obstáculo econômico do acesso à
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justiça.
C - O sistema judicare consiste na prestação de assistência
jurídica por advogados liberais remunerados pelo Estado para
tanto. Neste sentido, o conceito apresentado na alternativa não
diz respeito ao modelo citado, estando, portanto, errada.
D - Contradizendo o texto da alternativa, o enfoque da segunda
onda foi justamente promover a representação de direitos
difusos, coletivos e individuais homogêneos, como forma de
minorar a grande massa processual do judiciário.
E - A alternativa correta já apresenta o erro da letra E, pois a
terceira onda buscava prevenir disputas sociais, com a
implementação de métodos de autocomposição dos conflitos.
l
Ao garantir a gratuidade judiciária aos pobres, o Estado está efetivando o acesso
a
n
à justiça. Dessa maneira, o necessitado, que não teria condições de arcar com os
io
c
custos de um procedimento judicial, têm seu direito constitucional ao acesso à justiça
a
garantido por meios que o proporcionem exercê-lo.
u c ER
E M d IL
Porém, não basta que haja a gratuidade judiciária, deve, ainda, ser
e
rt RO
proporcionado um agente que tenha capacidade postulatória para executar o ato. São
quatro modelos de assistência pelo mundo:
p o OR
S C 41- m u H 89
PRO BONO: se materializa na prestação da assistência judiciária caritativa, sendo
um
que advogados prestam referido serviço com fins filantrópicos, humanitários, sem
IZ .7 .co
er L U il
nenhuma espécie de contraprestação do Estado.
4
4 ma
d V R O 3 . 0 g
Neste modelo, há três subdivisões:
4
A PE D 0 er@
l i
1) Pro Bono Liberal: advogados e profissionais liberais atuam em regime
m
p lc
assistencial de caridade, sem receber contraprestação estatal ou do cliente no
conhecido sistema de “contingency fee” ou “condicional fee”;
1) Salaried Staff Model direto: o poder público cria organismos estatais que irão
prestar os serviços de forma direta, auxiliados por profissionais que farão parte
da própria estrutura do poder público. Ex: Defensoria Pública.
a l
io n
2) Salaried Staff Model indireto: a assistência será realizada por entidades não
a c
estatais, geralmente, sem fins lucrativos, que recebem subsídios do poder
u c ER
público para o custeio de suas despesas. O vínculo empregatício dos
profissionais não será estabelecido com o Estado.
E M d IL
e
rt RO
3) Salaried Staff Model universitário: o serviço é prestado por advogados
p o OR
vinculados a universidades públicas.
S C 41- m u H 89
MODELO MISTO: combina as fórmulas trazidas no sistema público e judicare. Há
um IZ .7 .co
er L
quem entenda que, embora o nosso sistema seja exclusivamente público, na
U4 ma4 il
prática há a incidência deste modelo, pois diante da insuficiência de defensores
V O 3 . 0
público capaz de atender toda a parcela da população necessitada, ainda existe a
d R 4 g
A PE D 0 er@
figura do advogado dativo.
l
mi
p lc
GABARITO: B
p o OR
que foi a primeira vez em que uma Constituição do Brasil
CONSTITUIÇÃO
DE 1934: S C 41- m u H 89
consagrou a assistência judiciária como obrigação do Estado.
Não havia distinção precisa entre assistência judiciária e
um IZ .7 .co
gratuidade judiciária, mas os dois estavam expressos na
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
Constituição de 1934.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
ANO DE 1935: lc
O Estado de São Paulo, de forma pioneira, cria um sistema
p
público de assistência judiciária, por meio de advogados
assalariados pelo Estado.
u c ER
expressamente às Defensorias Públicas Estaduais:
1) Autonomia Institucional;
E M d IL
2) Autonomia Financeira;
e
rt RO
3) Autonomia Administrativa; e
p o OR
4) Autonomia Financeiro-Orçamentária.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 3 g
Após a Constituição de 1934, a única constituição que não consagrou o direito à
4
A PE D 0 er@
assistência judiciária foi a Constituição de 1937.
l i
Lembrem dessa informação: A CONSTITUIÇÃO DE 1937 FOI OMISSA QUANTO AO
m
TEMA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
p lc
Mesmo sendo custeada por recursos públicos, a Defensoria Pública não se
encontra vinculada a nenhum Poder.
fazer com que seja, se não a mais importante, uma das maiores instituições do Brasil.
a l
Constituição de 1988: criação da instituição;
io n
a c
u c ER
Lei Complementar 80/94: institui a Defensoria Pública da União, estabelecendo as
d IL
normas que a organizam, bem como prescreve as normas gerais que devem ser
E M
e
observadas pelas defensorias públicas dos Estados e do Distrito Federal;
rt RO
p o OR
Emenda Constitucional 45/04: confere autônima funcional e administrativa às
S C 41- m u H 89
Defensorias Públicas Estaduais, bem como a iniciativa de proposta orçamentária.
um IZ .7 .co
er L
Lei 11.448/07: inclui a Defensoria Pública no rol das instituições com legitimidade
U4 ma4 il
para propor ação civil pública, conforme inciso II do artigo 5º da Lei 7347/85.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Lei Complementar 132/09: trouxe diversas inovações à LC 80/94, dando redação
l
mi
aos incisos I a XI do artigo 4º, prevendo expressamente a competência da
instituição para promover a defesa dos direitos coletivos dos sujeitos assistidos
p lc
pela instituição. Deu mais importância, portanto, à previsão da Lei 11.448/07. A LC
132/09 ainda teve destaque ao conferir a qualidade de título executivo
extrajudicial aos instrumentos de transação referendados pelos Defensores
Públicos.As previsões da LC 132/09, também cuidaram dos assistidos, já que incluiu
ao corpo da lei o artigo 4º-A, que traz rol com os direitos garantidos aos assistidos
pela instituição.
a c
u c ER
Artigo 98 do ADCT: estabelece as regras para a instituição da Defensoria Pública nas
d IL
unidades jurisdicionais, que deve ser proporcional à demanda do serviço e à
E M
contados da promulgação da EC 80/14. e
respectiva população. O prazo para a efetivação do determinado é de oito anos,
rt RO
p o OR
u H 89
Lei 13.105/15 (Código de Processo Civil): o NCPC deixa claro o objetivo de
S C 41- m
um
fortalecer a Defensoria Pública, havendo capítulo específico acerca da instituição
IZ .7 .co
er L
(artigos 185 a 187), bem como a previsão em diversos artigos no corpo do código que
U4 ma4 il
preservam a competência e as prerrogativas da Defensoria Pública. Vale a pena a
leitura:
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
mi
“Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos
direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados,
p lc
em todos os graus, de forma integral e gratuita.
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais.
§ 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do
art. 183, § 1º.
§ 2º A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal
da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou
informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada.
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades
de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência
jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
§ 4º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de
forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
4
PAIVA, Caio – EC 80/14 DÁ NOVO PERFIL CONSTITUCIONAL À DEFENSORIA PÚBLICA- Tribuna da
Defensoria pública
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Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável
quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
a c
u c ER
Lei 13.105/15 (Código de Processo Civil): o NCPC deixa claro o objetivo de
E M d IL
fortalecer a Defensoria Pública, havendo capítulo específico acerca da instituição
e
(artigos 185 a 187), bem como a previsão em diversos artigos no corpo do código que
rt RO
preservam a competência e as prerrogativas da Defensoria Pública.
p o OR
S C 41- m u H 89
Lei 13.300/16 (Mandado de Injunção): confere à Defensoria Pública legitimidade
um
para a impetração de mandado de injunção coletivo, nos termos do artigo 12, IV.
IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
u c ER
legitimidade da Defensoria Pública para a defesa de direitos
d IL
coletivos das pessoas necessitadas também se encontra
E M
e
positivada em sede constitucional.
rt RO
p o OR
IV. A Emenda Constitucional nº 45/2004 − Reforma do Poder
S C 41- m u H 89
Judiciário, entre outros aspectos inovadores incorporados ao
regime constitucional da Defensoria Pública, tratou de separar a
um IZ .7 .co
Advocacia e a Defensoria Pública em seções distintas no Capítulo
V O er L U 4
4 ma il
IV − Das Funções Essenciais à Justiça.
. 0
d R 4 3 g
A PE D V. O direito fundamental à assistência jurídica é reconhecido,
0 er@
l
por parte da doutrina, como integrante do direito ao mínimo
mi
existencial, tornando-o passível de controle judicial na hipótese
p lc
de omissão ou atuação insuficiente do Estado para efetivar o seu
pleno exercício por parte das pessoas necessitadas.
Está correto o que se afirma APENAS em:
GABARITO COMENTADO:
INCORRETAS:
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QUESTÃO: I - Incorreta, pois não há previsão de Defensorias Públicas
ALTERAÇÕES municipais. O entendimento é de é que não faz sentido a criação
LEGISLATIVAS de um Estado-defesa municipal, se não há estado-juiz e estado-
SOBRE A acusador no mesmo âmbito. Assim, não há previsão
DEFENSORIA constitucional que autorize a criação da instituição em âmbito
PÚBLICA municipal, motivo pelo qual é errada a alternativa.
a l
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AM
io n
a c
u c ER
Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, a
d IL
Constituição Federal passou a prever a autonomia funcional,
E M
e
administrativa e a iniciativa de proposta orçamentária dentro
rt RO
dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias:
p o OR
S C 41- m u H 89
A) apenas para a Defensoria Pública da União.
um IZ .7 .co
B) apenas para as Defensorias Públicas Estaduais.
V O er L.
U
0
4
4 ma il
C) apenas para as Defensorias Públicas Estaduais e do Distrito
d R 4 3 g
A PE D Federal.
0 er@
l
mi
D) para as Defensorias Públicas Estaduais, do Distrito Federal e
p
da União.lc
E) apenas para as Defensorias Públicas Estaduais e da União.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Conforme se extrai da leitura do §2° do art. 134 da CRFB/88,
transcrito abaixo, a autonomia funcional, administrativa e a
iniciativa de proposta orçamentária somente foram deferidas a
priori, pela EC n° 45/2004, às Defensorias Públicas Estaduais. Até
a EC 45/2004, as Defensorias Públicas Estaduais não tinham
qualquer autonomia. Eram tratadas como órgãos integrantes do
UESTÃO: Poder Executivo.
ALTERAÇÕES A Defensoria Pública do Distrito Federal e a DPU ganharam
LEGISLATIVAS autonomia constitucional, respectivamente, com as Emendas
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SOBRE A Constitucionais n° 69/2012 e 74/2013.
DEFENSORIA Art. 134, CF/88:
PÚBLICA § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, §
2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da
União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 74, de 2013).
u c ER
Pública a iniciativa legislativa para temas de sua organização e
funcionamento.
E M d IL
e
rt RO
B) A Emenda Constitucional n° 80/2014 tornou a Defensoria
p o OR
Pública instituição autônoma em termos funcionais e
administrativos.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
C) A Defensoria Pública não se sujeita aos Poderes Legislativo e
V Oer L U 4
4 mail
Judiciário, mas ao Executivo, em alguns aspectos, haja vista ser
. 0
órgão público de prestação de serviço público essencial.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
D) A Defensoria Pública passou a contar com Seção própria na
mi
Constituição Federal a partir da Emenda Constitucional n°
p
80/2014. lc
E) A lei complementar organizará as Defensorias Públicas dos
Estados, segundo previsão do art. 134 da Constituição Federal.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
A) EC 45/2004: Autonomia funcional e administrativa às
Defensorias Públicas ESTADUAIS apenas.
B) EC 80/2014 Trouxe iniciativa de lei e extensão das garantias
dos magistrados, Art. 93 CF.
C) A Defensoria pública é uma instituição independente, não se
sujeita ao legislativa, ao executivo e ao judiciário
E) Art. 134, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria
Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e
prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em
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cargos de carreira.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
6. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS
e
rt RO
p o OR
Com previsão constitucional (artigo 134, §4º), bem como na Lei Complementar
u H 89
80/94 (artigo 3º), são princípios institucionais que regem a Defensoria Pública:
S C 41- m
m Z .7 .co
Unidade: a Defensoria Pública funciona como um todo orgânico, sob uma
u I
er L U 4 il
mesma direção, mesmos fundamentos e mesmas finalidades. Permite aos
V 0 4 ma
membros da defensoria substituírem um ao outro, pois cada um deles é parte
O .
d R 3 g
de um todo, sob mesma direção, atuando com base nos mesmos fundamentos.
4
A PE D 0 er@
Indivisibilidade: os membros da Defensoria Pública podem substituir uns aos
l i
outros sem que haja prejuízo ao exercício das funções do órgão. A instituição
m
p lc
não está sujeita a ruptura ou fracionamentos. Assim, na impossibilidade de o
defensor natural atuar, é garantido ao assistido a continuidade da prestação,
por meio da atuação de outro defensor.
Independência funcional: a independência funcional assegura aos defensores a
plena liberdade de ação perante todos os órgãos da administração pública,
especialmente o judiciário. Dessa forma, eliminam qualquer tipo de hierarquia
diante dos demais agentes políticos.
O princípio pode ser analisado sob dois aspectos: em âmbito externo não se
sujeita à interferência de outros poderes em sua atuação, sendo vedada a
vinculação da Defensoria Pública a qualquer outro órgão, mesmo que do poder
executivo. 5 Por outro lado, também compete ao defensor público
independência funcional em âmbito interno, já que tem autonomia para decidir
as teses que fundamentarão sua decisão, não se obrigando a seguir
entendimento de qualquer outro defensor, mesmo que seja seu superior.
A subordinação da Defensoria Pública apenas se materializa no aspecto
5
ADI 3569
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administrativo, com respeito à organização, hierarquia e normas do órgão.
E M d IL
subordinação a quaisquer poderes estatais.
e
rt RO
e) o preenchimento de seus órgãos de administração superior
QUESTÃO:
o OR
e de atuação, definindo a respectiva contraprestação.
p
PRINCÍPIOS E
AUTONOMIA
S C 41- m u H 89
GABARITO COMENTADO:
INSTITUCIONAL.
um IZ .7 .co
er L U il
CORRETA: Letra A. A questão exigiu do candidato atenção e
4 ma4
d V R O
4 3
conhecimentos sob as distinções dos aspectos relativos à
. 0 g
autonomia da Defensoria Pública. Nenhuma das alternativas
A PE D 0 er@
l
apresenta erro, quando analisada a autonomia em um sentido
i
amplo, mas a questão exigia o exercício da autonomia
m
p lc
administrativa, correta, portanto a letra A, pois a abertura de
concurso público e provimento de cargos é ato administrativo,
sobre o preenchimento de vagas na carreira.
INCORRETAS:
B e D: As alternativas referem-se à independência funcional da
Defensoria Pública, já que o órgão não se subordina a nenhum
outro, sendo vedada a sua vinculação a qualquer outro órgão.
C) Trata-se da autonomia financeira, que consiste na
possibilidade de elaboração da proposta orçamentária da
instituição, desde que dentro dos limites da Lei de Diretrizes
orçamentárias.
E) A autonomia administrativa não se confunde com a
independência administrativa. Assim, nas palavras de Caio
Paiva: "(...)os defensores estão vinculados a uma estrutura
hierárquica administrativa, sujeitos, portanto, de uma divisão
de tarefa, fixação de atribuições, expedientes organizações
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internos (...)" Paiva, Caio - Pratica Penal para a Defensoria
Pública.
p o OR
autonomia funcional, protegendo a consciência profissional
contra ingerências externas.
S C 41- m u H 89
um
GABARITO: D.
IZ .7 .co
V O er L U 4
4 ma il
a) ERRADO. Alternativa sem qualquer fundamento, a primeira
. 0
d R 4 3a
g ser excluída.
A PE D 0 er@
l
b) ERRADO. O próprio nome do princípio já indica o erro da
questão.
mi
p lc
c)ERRADO. Os defensores são independentes no exercício de
suas funções institucionais, não estando vinculado à atuação
de nenhum outro defensor.
d) CERTO. Segundo o princípio da independência funcional, o
defensor atua exclusivamente de acordo com sua consciência
e seu próprio conhecimento técnico, obedecendo, é claro, a
proporcionalidade e sempre visando ao melhor interesse do
assistido.
um IZ .7 .co
- Manifestação por meio de cotas; haver influência pessoal na transferência
V er L U
0
4
4 ma il
- Requisitar de autoridades públicas atos
que garantam o cumprimento de suas
O .
do Defensor Público, para núcleo diverso
do que normalmente atua, o que também
funções;
d R 4 3 g é violador.
A PE D 0 er@
- Representar a parte, independente de
l
- Estabilidade: característica pessoal do
mi
mandado, salvo hipóteses que a lei exija Defensor Público que permite sua
de poderes especiais;
p lc
- Autonomia para deixar de patrocinar
manutenção no exercício de suas
funções. É adquirida após o prazo de três
ação, quando entender que é anos e, depois de adquirida, a perda do
manifestamente incabível ou contrária cargo somente se dará por:
aos interesses da parte. Neste caso, deve *Sentença judicial transitada em julgado;
comunicar imediatamente a decisão ao * processo administrativo em que seja
Defensor Público Geral; garantido o contraditório;
- Ter o mesmo tratamento destinado aos * procedimento de avaliação periódica de
magistrados e demais titulares dos cargos desempenho, na forma da Lei
de função essencial à justiça; Complementar, assegurada a ampla
- Ser ouvido como testemunha em dia, defesa.
hora e local previamente ajustado; -Irredutibilidade de vencimentos: deve
- Usar vestes talares. haver a preservação do valor real do
subsídio do Defensor Público, sendo
vedada sua redução;
o OR
orçamentária, que será encaminhada ao chefe do Poder Executivo, para a
p
S C 41- m u H 89
consolidação e encaminhamento ao chefe do legislativo. A fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da DP será exercida pelo poder
um
legislativo, mediante controle externo.
IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
A composição da Defensoria Pública Estadual tem regras gerais estabelecidas
pela LC 80/94, que possuem a base dos órgãos que devem necessariamente compor a
d R 4 3 g
instituição, mas é permitido que, com base na autonomia administrativa, sejam
A PE D 0 er@
incluídos novos órgãos. Assim, devem ser órgãos das Defensorias Públicas Estaduais:
l
m i
Defensoria pública p
lc
Órgãos superiores de administração:
geral do Estado;
Subdefensoria pública geral dos Estados;
Conselho superior da Defensoria Pública do Estado;
Corregedoria geral da defensoria pública do Estado.
Órgãos de atuação:
Defensorias públicas dos Estados;
Núcleos da Defensoria Pública dos Estados.
Órgãos de execução:
Os defensores públicos estaduais.
Órgão auxiliar:
E M d IL
O Presidente da entidade de classe de maior representatividade será membro do
conselho e terá somente direito a voz.
e
rt RO
o OR
•A corregedoria Geral é órgão de fiscalização da atividade funcional e da conduta
p
S C 41- m u H 89
dos membros. O Corregedor Geral será eleito entre os membros da mais elevada carreira
em lista tríplice formada pelo Conselho Superior, e nomeado pelo Defensor Público-Geral
um
para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
IZ .7 .co
er L U il
A lei estadual poderá criar um ou mais cargos de subcorregedor.
4 ma4
d V R 3 0
• A ouvidoria geral é órgão auxiliar, de promoção da qualidade dos serviços
O . g
prestados pela instituição. O ouvidor é escolhido pelo Conselho Superior, dentre
4
A PE D 0 er@
cidadãos de reputação ilibada, não integrantes da carreira, em lista tríplice formada pela
l i
sociedade civil, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
m
p lc
• O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de
reputação ilibada, não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela
sociedade civil, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
•A Defensoria estadual poderá atuar por intermédio de núcleo ou núcleos
especializados, dando prioridade às regiões com maiores índices de exclusão social e
adensamento populacional.
• O ingresso nos cargos iniciais da carreira ocorrerá mediante aprovação prévia em
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil.
e
civil pública postulatória de direitos difusos e coletivos de
rt RO
interesse das pessoas necessitadas.
p o OR
S C 41- m u H 89
IV. A substituição de defensor público em atuação no processo
QUESTÃO SOBRE A por defensor dativo na realização de ato processual gera
um IZ .7 .co
er L
nulidade absoluta.
DEFENSORIA
U 4
4 ma il
PÚBLICA
ESTADUAL
d V R O
4 3 . 0
Estão certos apenas os itens
g
A PE D 0 er@
l a) I e III.
m i
b) lI c
e IV.
p
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
GABARITO: C.
l
As Defensorias Públicas da União possuem campo de atuação definido pelo artigo
a
io n
14 da LC 80/94, que também define a composição nos Estados, no Distrito Federal e
nos Territórios, exercendo as funções junto à Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral,
a
Militar, Tribunais Superiores e instâncias administrativas da União. c
u c ER
Órgãos de administração superior:
E M d IL
Defensoria Público-Geral da União; e
rt RO
p o OR
Subdefensoria Público-Geral da União;
S C 41- m u H 89
Conselho Superior da Defensoria Pública da União;
Corregedoria-Geral da Defensoria Pública da União;
um IZ .7 .co
Órgãos de atuação:
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Defensorias Públicas da União nos Estados, no Distrito Federal e nos
Territórios;
l
mi
Núcleos da Defensoria Pública da União;
p lc
Órgãos de execução:
função de curador especial. Assim, sempre que se deparar com alguma das
hipóteses de curadoria especial, o juiz deverá intimar a instituição, para que
intervenha no litígio.
u c ER
recursos econômicos ou aquele que, diante das características do grupo que se
d IL
enquadra, possui vulnerabilidade organizacional, como idosos, crianças, LGBT´S,
E M
outros. e
membros de comunidades indígenas e quilombolas, presos, mulheres, dentre tantos
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
O princípio da alteridade tem conotação mais ampla que a solidariedade, já que
esta diz respeito ao cuidado com o outro, englobando toda a sociedade. Por outro
um IZ .7 .co
lado, a alteridade se preocupa com o sujeito vulnerável, que, por algum contexto
er L U4 ma4 il
social, é excluído da proteção social. Neste sentido, fica claro o papel que você, futuro
V O . 0
Defensor Público, terá para que a cada dia possa promover a garantida do respeito aos
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
direitos humanos e fundamentais dos necessitados, garantindo a inclusão destes no
l
centro da população, em equidade, dirimindo as distâncias que separam cada dia mais
a nossa sociedade.
mi
p lc
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
A curadoria especial atua quando o réu for preso, ou, citado por
edital ou hora certa, não constitua advogado nem apresente
defesa. Nos dois últimos casos, a citação é ficta.
Contudo, doutrina e jurisprudência entendem que se o réu for
pessoa incerta, indeterminada não há necessidade de atuação
l
do curador especial. Só há curador especial se o réu for pessoa
a
determinada.
io n
Assim, se o réu for pessoa indeterminada, não há atuação da
curadoria especial.
a c
Segundo o CPC/15:
u c ER
d IL
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
E M
e
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses
rt RO
deste colidirem com os daquele, enquanto durar a
incapacidade;
p o OR
S C 41- m u H 89
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou
com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
um IZ .7 .co
er L
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela
U 4
4 mail
Defensoria Pública, nos termos da lei.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D
QUESTÃO:
0 er@
ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-ES
l
FORMAS DE mi
No que tange à amplitude do conceito de necessitado:
ATUAÇÃO.
p lc
a) A Lei nº 1.060/1950, LAJ − Lei de Assistência Judiciária,
revogada parcialmente pelo Novo Código de Processo Civil (Lei
nº 13.105/2015), está assentada em um conceito amplo de
necessitado, para além do aspecto econômico.
b) A Lei Complementar nº 80/1994 apresenta rol taxativo
acerca dos grupos sociais vulneráveis beneficiários da
assistência jurídica prestada pela Defensoria Pública.
c) Em que pese entendimento doutrinário favorável ao conceito
amplo de necessitado, tem prevalecido na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça o
conceito limitado de necessitado, restringindo-o ao aspecto
econômico.
d) A Lei “Maria da Penha” de Proteção à Mulher Vítima de
Violência Doméstica e Familiar (Lei nº 11.340/2006), muito
embora reconheça o direito à assistência jurídica da mulher em
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situação de violência doméstica e familiar, exige expressamente
a comprovação da condição econômica de necessitado da
mesma para ter acesso aos serviços da Defensoria Pública.
e) De acordo com a doutrina, existem os necessitados no plano
econômico e também os necessitados do ponto de vista
organizacional, ou seja, todos aqueles que são socialmente
vulneráveis, como os consumidores, os usuários de serviços
públicos, entre outros grupos sociais.
GABARITO COMENTADO:
CORRETA: Letra E. A alternativa traz os exatos termos
apresentados pela ministra Laurita Vaz para definir os sujeitos
hipervulneráveis, que abrange o conceito de necessitados,
expresso no artigo 134 da CF/88. Assim, deve-se superar o
entendimento de que necessitado se limita ao aspecto
econômico, já que a instituição promove a defesa de todos os
l
sujeitos que possuam alguma vulnerabilidade organizacional.
a
INCORRETAS:
io n
a c
A - A Lei 1.060/50 é um marco no que tange à preocupação com
u c ER
a promoção do acesso à justiça. Porém, quando de sua
d IL
promulgação, a preocupação se deu de forma restritiva,
E M
QUESTÃO: e
abrangendo necessitados apenas no aspecto econômico.
rt RO
B - A vulnerabilidade não pode ser concebida em um rol
FORMAS DE
p o OR
taxativo, diante da impossibilidade de se restringir o grupo
ATUAÇÃO.
S C 41- m u H 89
protegido, pois a violação pode se dar em caso específico não
abrangido pela lei. Neste sentido, a própria LC80/94 cita os
um IZ .7 .co
er L
grupos protegidos pela instituição, mas deixa claro que a função
U 4
4 mail
abrange "outros grupos vulneráveis", que merecem proteção
d V R O
4 3 . 0
do Estado (artigo 4, º, XI).
g
A PE D 0 er@
C - A alternativa é incorreta, pois tanto o Superior Tribunal de
l
Justiça, quanto o Supremo Tribunal Federal, defendem a
mi
concepção ampla do conceito de necessitados, previsto no
p lc
artigo 134 da CF/88, para abranger todo e qualquer grupo
vulnerável, independente da situação econômica.
D - A mulher pertence a grupo vulnerável, em razão de gênero,
conforme artigo 8 das 100 Regras de Brasília, item 17. De
acordo com referida norma, a mulher sofre em determinados
âmbitos discriminação, que pressupõe um obstáculo ao acesso
à justiça, sendo, portanto, vulnerável. Neste sentido, está
abrangida no âmbito de proteção da Defensoria Pública,
independente das condições financeiras que possui,
notadamente no que se refere à violência doméstica, pois é
demonstração clara de vitimização em todos os seus aspectos.
um
obrigatório entre a defensoria pública do Estado de São Paulo e a seccional
IZ .7 .co
er L U il
local da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB-SP ofende a autonomia
4 ma4
d V R 3 0
funcional, administrativa e financeira daquela. Essa a conclusão do Plenário ao,
O . g
por maioria, conhecer, em parte, de ação direta de inconstitucionalidade como
4
A PE D 0 er@
arguição de descumprimento de preceito fundamental - ADPF e julgar o pleito
l i
parcialmente procedente, a fim de declarar a ilegitimidade ou não recepção do
m
p lc
art. 234, e seus parágrafos, da Lei Complementar paulista 988/2006, assim
como assentar a constitucionalidade do art. 109 da Constituição desse mesmo
ente federativo, desde que interpretado conforme a Constituição Federal, no
sentido de apenas autorizar, sem obrigatoriedade nem exclusividade, a
defensoria a celebrar convênio com a OAB-SP. Tratava-se, na espécie, de ação
direta ajuizada pelo Procurador-Geral da República contra o art. 109 da referida
Constituição estadual e o art. 234 e parágrafos da LC paulista 988/2006, que
tratam da instituição de convênio entre a defensoria pública paulista e a OAB-
SP, para a prestação de assistência judiciária a necessitados, a cargo da
primeira.
ADI 4163/SP, rel. Min. Cezar Peluso, 29.2.2012. (ADI-4163)
S C 41- m u H 89
Gratuita” de Santa Catarina deve durar, no máximo, por mais um ano, quando
então os dispositivos contestados [artigo 104 da Constituição de Santa Catarina
um IZ .7 .co
e Lei Complementar Estadual 155/97] perderão eficácia no ordenamento
er L U4 ma4 il
jurídico. Em suma, como efeito prático, o Estado de Santa Catarina tem o prazo
V O . 0
máximo de um ano para organizar e estruturar a Defensoria Pública, nos
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
moldes do art. 134 da CF/88.
l
mi
A Defensoria Pública tem legitimidade para propor Ação Civil Pública em defesa
p lc
de interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram
plano de saúde reajustado em razão da mudança da faixa etária, ainda que os
titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A atuação primordial da
Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos
necessitados econômicos. Entretanto, também exerce sua atividade em auxílio
a necessitados jurídicos, não necessariamente carentes de recursos
econômicos.
p o OR
à Instituição. Aplica-se às Defensorias Públicas o disposto no § 2º do art. 99 da
CF/88. STF. (Info 826).
S C 41- m u H 89
m IZ .7 .co
O STF e o STJ entendem que a defesa prejudicada pela ausência de intimação
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
pessoal deverá manifestar sua irresignação na primeira oportunidade que falar
nos autos. “Postergar tal irresignação processual, mesmo estando
d R 4 3 g
compreendida dentre as matérias de ordem pública, implica verdadeira
A PE D 0 er@
contradição ao próprio interesse da parte em exercer sua defesa de forma
l i
efetiva e em momento oportuno”. STF. (Info 830).
m
p lc
A Defensoria Pública Estadual pode atuar no STJ, no entanto, para isso, é
necessário que possua escritório de representação em Brasília. Se a Defensoria
Pública estadual não tiver representação na capital federal, as intimações das
decisões do STJ nos processos de interesse da DPE serão feitas para a DPU.
Assim, enquanto os Estados, mediante lei específica, não organizarem suas
Defensorias Públicas para atuarem continuamente nesta Capital Federal,
inclusive com sede própria, o acompanhamento dos processos no STJ constitui
prerrogativa da DPU. A DPU foi estruturada sob o pálio dos princípios da
unidade e da indivisibilidade para dar suporte às Defensorias Públicas estaduais
e fazer as vezes daquelas de Estados-Membros longínquos, que não podem
exercer o múnus a cada recurso endereçado aos tribunais superiores. STJ. (Info
856).
O art. 93, I, da CF/88 exige três anos de atividade jurídica para os candidatos
nos concursos da Magistratura. Essa exigência pode ser estendida para os
concursos da Defensoria Pública. No entanto, é indispensável a edição de uma
lei complementar prevendo isso (art. 37, I e art. 134, § 1º, da CF/88). Enquanto
a l
não for editada lei complementar estendendo a exigência dos três anos para a
Defensoria Pública, continua válida a regra do art. 26 da LC 80/94, que exige do
io n
candidato ao cargo de Defensor Público apenas dois anos de prática forense,
a c
computadas, inclusive as atividades realizadas antes da graduação em Direito.
u c ER
Desse modo, não é possível que Resolução do Conselho Superior da Defensoria
E M d IL
e
rt RO
o OR
Pública (ato infralegal) exija três anos de atividade jurídica depois da graduação
p
u H 89
para os concursos de Defensor Público. STJ. (Info 611)
S C 41- m
um IZ .7 .co
V O er L
.
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A PE D 0 er@
l i
Todas as decisões citadas foram extraídas do site DIZER O DIREITO
m
p lc
(http://www.dizerodireito.com.br/), que é uma importante fonte de conhecimento
para quem deseja prestar concurso público. O juiz federal Márcio André, faz um
trabalho detalhado e extremamente didático sobre os informativos do STF e do STJ,
bem como das inovações legislativas sobre o tema. Vale a pena o acompanhamento
periódico do site.
a l
n
2. MEDEIROS, Isabela – ACESSO À JUSTIÇA COM ALTERIDADE? O direito à
io
c
assistência jurídica integral e gratuita entre o assistencialismo e a
a
emancipação. Disponível
u c ER em:
d IL
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=479b4864e55e12e0.
E M
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rt RO
3. PAIVA, Caio – EC 80/14 DÁ NOVO PERFIL CONSTITUCIONAL À DEFENSORIA
PÚBLICA- Tribuna da
p o OR
Defensoria pública. Disponível em:
S C 41- m u H 89
http://www.conjur.com.br/2015-out-06/tribuna-defensoria-ec-802014-perfil-
constitucional-defensoria-publica.
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V O er L.
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l
mi
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Caro(a) Aluno(a),
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em
consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que
l
possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da
a
io n
economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção
nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames
públicos.
a c
u c ER
E M d IL
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
e
rt RO
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
p o OR
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
S C 41- m u H 89
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para
carreiras públicas.
um IZ .7 .co
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0
4
4 ma il
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma
O .
obsessão.
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l
mi
Bom estudo!
p lc
Francisco Penante
1. DIREITO INTERTEMPORAL...................................................................................5
2. PRINCÍPIOS .........................................................................................................7
2.1 Princípio da Efetividade..........................................................................................8
2.2 Princípio da Boa-fé e da Cooperação.....................................................................8
2.3 Princípio da Isonomia e do Contraditório..............................................................8
2.4 Princípio da Não-Surpresa ou das Decisões de terceira via...................................9
2.5 Princípio das decisões fundamentadas..................................................................9
3. COMPETÊNCIA............................................................................................................ 14
3.1 Competência territorial ........................................................................................ 14
3.2 Derrogação de competência e declaração de incompetência ............................. 20
4. DEVERES DAS PARTES E LITIGANTES DE MÁ-FÉ .................................................25
a l
5. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ..........................................................................28
io n
c
5.1 Condenações contra a fazenda pública ................................................................ 29
a
6. c ER
GRATUIDADE DE JUSTIÇA .................................................................................32
u
7. d IL
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ...........................................................................35
E M
e
rt RO
7.1 Litisconsórcio (artigos 113 e seguintes do CPC) .................................................... 35
p o OR
7.2 Assistência (artigo 119 a 124 do CPC) ................................................................... 36
S C 41- m u H 89
7.3 Denunciação da lide............................................................................................... 37
m Z .7 .co
7.4 Chamamento ao processo....................................................................................37
u I
V 0 er L
4 ma U 4 il
7.5 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (Artigos 133 a 137
CPC)............................................................................................................................ 37
O .
d R 4 3 g
7.6 Amicus Curiae (art. 138) ........................................................................................ 38
A PE D 0 er@
l
8.
i
NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL (artigo 190) ..................................................43
m
9.
10. p lc
PRAZOS (arts. 218 a 235) ..................................................................................45
DOS JUÍZES E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA ....................................................49
10.1 Do Juiz...................................................................................................................... 50
10.2 Dos conciliadores e mediadores ............................................................................. 51
11. DA DEFENSORIA PÚBLICA ..............................................................................52
12. DA CITAÇÃO (artigo 283 a 259 do CPC) ...........................................................57
13. TUTELA PROVISÓRIA.......................................................................................59
13.1 Da tutela provisória de urgência ............................................................................. 60
13.2 Tutela provisória antecipada antecedente e sua estabilização ....................... 60
13.3 Tutela provisória cautelar ................................................................................. 61
14. PROCEDIMENTO COMUM ..............................................................................66
15. IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO ..........................................................67
a c
23. 1 Teoria geral dos recursos ............................................................................... 105
u c ER
E M d IL
23.2 Da técnica de julgamento em acórdão não unânime .................................... 106
23.3 Recursos em espécie ...................................................................................... 108
24. e
rt RO
AÇÃO RESCISÓRIA (artigos 966 a 975 do CPC) .............................................. 125
p o OR
S C 41- m u H 89
25. INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (artigo 976 e seguintes
do CPC). ................................................................................................................. 130
26.
um IZ .7 .co
RECLAMAÇÃO (Artigos 988 a 993) ................................................................ 135
27. er L
4 ma U 4 il
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ................................................................. 138
V O . 0
d R 3 g
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................144
4
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
Após a vigência do Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/15), por se tratar de
inovação legislativa recente, sem amparo jurisprudencial com grandes enfoques, a
maioria das provas, incluídas as de Defensoria Pública, limitavam-se a cobrar o texto da
lei. Ocorre que, como será demonstrado no decorrer do material, passados mais de dois
anos da entrada em vigor da Lei 13.105/15, as bancas já estão mudando o perfil.
Neste sentido, foi feito um estudo das últimas provas de Defensoria Pública, de
forma que serão expostos os principais temas cobrados, bem como a profundidade das
demandas na prova.
1. DIREITO INTERTEMPORAL
O começo do estudo de um novo código deve ser feito sempre de trás para frente,
pois é essencial saber as disposições finais e transitórias. Sendo assim, abaixo serão
expostos os principais artigos marcos à aplicação do Novo Código.
a l
Atualmente, não há mais divisão entre procedimento sumário e ordinário, sendo
io
o procedimento do CPC/15 denominado de comum. Porém, de acordo com o §1º, don
a c
artigo 1.046, as ações que foram distribuídas antes da vigência do novo código, sob o rito
c ER
sumário ou dos procedimentos especiais, tramitarão sob esses procedimentos, até que
u
seja proferida da sentença.
E M d IL
e
rt RO
Porém, quando da abertura do prazo para a interposição de recurso, surge
o OR
um novo direito para a parte – o direito subjetivo ao recurso-, e por isso é
p
S C 41- m u H 89
perfeitamente possível, a partir daí, sejam impostas as regras do CPC sobre
recursos e seu processamento.
um IZ .7 .co
V er L
procedimentos cautelares:
O .
U
0
4
4 ma il
O Fórum de Processualistas Civis entende que o mesmo se aplica aos
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
En. 568 FPPC – Também se proposta cautelar antes da vigência do novo
l
do artigo 1046. mi
código esta ação também se enquadra na hipótese do parágrafo primeiro
p lc
Artigo 1046. A norma processual quando entra em vigor atinge todos os atos
vigentes.
§ 1º - Nas ações de procedimento sumário e procedimentos especiais que
forem revogadas, serão aplicadas ás ações propostas e não sentenciadas
até o início da vigência do novo código, as regras dos procedimentos
previstas no antigo CPC.
a l
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u c ER
E M d IL
e
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ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-BA
p o OR
S C 41- m
Processo Civil: u H 89
Sobre o direito processual intertemporal, o novo Código de
um IZ .7 .co
a) retroage porque a norma processual é de natureza cogente.
V O er L U 4
4 ma il
b) torna aplicáveis a todas as provas as disposições de direito
. 0
d R 3 g
probatório adotadas, ainda que requeridas antes do início de sua
4
A PE D 0 er@
vigência.
l i
c) vige desde o dia de sua publicação, porque a lei processual é
m
lc
de natureza cogente e possui efeito imediato.
p
QUESTÃO: d) extinguiu o procedimento sumário, impondo a extinção de
DIREITO todas as ações ajuizadas sob este procedimento, incluindo as
INTERTEMPORA anteriores à sua entrada em vigor.
L e) não possui efeito retroativo e se aplica, em regra, aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e
as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma
revogada.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
Correta: letra e, nos termos do artigo 14 do CPC/15.
Incorretas:
a) Art. 14. A norma processual não retroagirá e será
aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados
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os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada.
b) Incorreta, pois nos termos do artigo 1047, às provas
requeridas antes da entrada em vigor do NCPC, será aplicado o
CPC/73.
c) Nos termos do artigo 1045, houve vacatio legis de um ano, a
QUESTÃO: partir da publicação da Lei 13.105/15. Neste sentido, o novo
DIREITO código entrou em vigor no dia 18 de março de 2016.
INTERTEMPORA
d) Conforme o §1º, do artigo 1.046, houve a extinção do
L
procedimento sumário e ordinário, porém, às ações distribuídas
antes da entrada em vigor da Lei 13.105/15, aplica-se o
procedimento sumário até a prolação da sentença.
2. PRINCÍPIOS
a l
io n
O NCPC foi estruturado para ser aplicado à luz da Constituição da República de
1988, em uma verdadeira filtragem constitucional. Sendo assim, os artigos iniciais tratam
a c
sobre os direitos fundamentais processuais, a serem observados por todas as partes do
u c ER
processo, sendo muito cobrados em prova, notadamente, por haver previsão expressa
d IL
sobre a Defensoria Pública, sendo essencial a leitura dos artigos 1 a 12 do NCPC.
E M
e
rt RO
Da autocomposição: No artigo 3º, o código deixa claro que deve ser reavaliado o
o OR
conceito de resolução de conflito, sendo objetivo a superação do modelo de processo
p
S C 41- m u H 89
como litígio. Para tanto, foi dada às partes plena autonomia para conciliar a qualquer
momento, sendo o juiz incentivado a promovê-la (artigo 139). Corroborando tal objetivo,
um
aos mediadores e conciliadores foi conferido o status de auxiliares da justiça (artigo 165 a
IZ .7 .co
er L U il
175), bem como foi permitida a autocomposição em qualquer grau de jurisdição.
4 ma4
d V R O 3 . 0 g
ARTIGOS QUE INCENTIVAM A AUTOCOMPOSIÇÃO DOS CONFLITOS
4
A PE D 0 er@
l
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
mi
p lc
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do
Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe: V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição,
preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu
com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência
de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as
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disposições da lei de organização judiciária.
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro
meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de
ação.
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a
solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de
profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do
processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a
atendimento multidisciplinar.
a l
io n
Art. 90, §3º: se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas
do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
a c
u c ER
§4º: se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir
d IL
integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade.
E M
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rt RO
2.1
p o OR
Princípio da efetividade (artigo 4º):
S C 41- m u H 89
Dá-se tanto na fase de conhecimento, quanto na execução. Uma das formas pela
qual o NCPC busca dar essa efetividade é por meio da jurisprudencialização. De acordo
um IZ .7 .co
er L
com o referido princípio, as partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução
U 4
4 ma il
integral do mérito, de maneira satisfativa.
d V R O
4 3 . 0 g
Sobre o tema, assunto interessante é a disciplina judiciária do magistrado: o
A PE D 0 er@
magistrado deve aplicar a jurisprudência dos tribunais superiores, de maneira que o juiz
l i
que não cumpre tal determinação é institucionalmente indisciplinado.
m
p lc
Dessa forma, de acordo com esse novo sentido de jurisprudencialização trazido
pelo novo código, o nosso sistema passa a ser um hibridismo entre o civil law e o common
law.
a l
io
Decisão prevista no artigo 701 do CPC (trata de ação monitória). n
a c
Na eventualidade de o ato beneficiar a parte que ainda não se manifestou, há
u c ER
dispensa do contraditório, por ser inútil. Neste sentido, quando houver indeferimento da
E M d IL
petição inicial ou improcedência liminar do pedido, o juiz extinguirá o processo sem a
e
oitiva da parte beneficiada, que será posteriormente comunicada por ato pelo escrivão
rt RO
o OR
ou pelo chefe da secretaria, conforme artigos 239 e 241.
p
S C 41- m u H 89
2.4 Princípio da não surpresa ou da decisão de terceira via (artigo 10):
Na exposição de motivos, o legislador deixou claro que, mesmo em decisões de
um IZ .7 .co
ordem pública, o juiz não as pode proferir sem que seja conferido à parte o direito ao
er L U 4
4 ma il
contraditório. Esse contraditório deve ser substancial, ou seja, capaz de influir no
V O
conhecimento do juiz. . 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
ATENÇÃO! p lc
Importante distinguir duas modalidades de decisão: a decisão
surpresa é aquela proferida sem a observância do contraditório.
Por outro lado, é chamada de decisão de terceira via a proferida
com base em fundamento não discutido pelas partes.
Dever de consulta: o juiz tem o dever de ouvir as partes antes de uma decisão.
a l
capaz de infirmar a conclusão adotada pelo órgão julgador.
io n
En. 40 EFAM: incumbe ao recorrente demonstrar que o argumento reputado omitido é
a c
u c ER
En. 7 EJEF: considera-se suficientemente fundamentada a decisão em que o juiz se
manifesta sobre os argumentos relevantes e pertinentes alegados pelas partes.
E M d IL
En. 306 FPPC: o precedente vinculante não será seguido quando o juiz ou tribunal
e
rt RO
distinguir no caso concreto sob julgamento, demonstrando fundamentadamente, trata-se
p o OR
de situação particularizada por hipótese fática distinta, a impor a solução jurídica diversa.
Distinguishing
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
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l
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p lc
O artigo 12, do CPC, foi alterado após a edição da Lei 13.256/16, pois, na
resolução original, os juízes deveriam obedecer a ordem cronológica para proferir
decisão. No que tange à alteração, o que se expõe é que os juízes e tribunais
obedecerão preferencialmente à ordem cronológica, sendo essencial que o aluno
saiba, para as provas de primeira fase, todas as hipóteses incluídas na ordem
cronológica do artigo 12.
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente,
à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou
acórdão.
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar
permanentemente à disposição para consulta pública em
cartório e na rede mundial de computadores.
a) Acessibilidade;
b) Operosidade;
c) Proporcionalidade;
d) Utilidade.
S C 41- m
tardia transforma-se em injustiça. u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AP. PROVA: DEFENSOR
PÚBLICO
1
CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro Carneiro. Acesso à justiça: juizados especiais cíveis e ação cível
pública: uma nova sistematização da teoria geral do processo. Rio de Janeiro : Forense, 2000.
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se apenas de princípio constitucional do processo civil.
c) legalidade ou obrigatoriedade da jurisdição, tratando-se
apenas de princípio infraconstitucional do processo civil.
d) reparação integral do prejuízo, tratando-se de princípio
constitucional e também infraconstitucional do processo civil.
e) inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um
só tempo, princípio constitucional e infraconstitucional do
processo civil.
a l
CPC: Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e
io n
c
interpretado conforme os valores e as normas fundamentais
a
observando-se as disposições deste Código. u c ER
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil,
E M d IL
e
rt RO
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou
lesão a direito.
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L U
ANO: 2018. BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-MA
4
4 ma il
d V R O 3 . 0 g
São considerados subprincípios do acesso à justiça, dentre outros:
4
A PE D 0 er@
l i
A) a publicidade e a proporcionalidade
m
QUESTÃO:
PRINCÍPIOS
plc e a utilidade
B) a operosidade
C) a operosidade e a publicidade.
D) a acessibilidade e a razoabilidade.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
l
orientar por privilegiar aquele mais valioso, ou seja, o que satisfaz
a
um maior número de pessoas. Outro método atinente á
io n
proporcionalidade, é aplicar aquele direito que menos restringe o
a c
outro direito conflitante, assim como no método hermenêutico
constitucional".
u c ER
ANO:2017 BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPU.E M d IL
e
rt RO
p o OR
Voltado para a concepção democrática atual do processo justo, o
S C 41- m u H 89
CPC promoveu a evolução do contraditório, que passou a ser
considerado efetivo apenas quando vai além da simples
um IZ .7 .co
possibilidade formal de oitiva das partes.
V O er L
Certo
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3
Errado g
A PE D 0 er@
l
QUESTÃO: GABARITO: CERTO
mi
PRINCÍPIOS
p
COMENTÁRIOS:
lc
Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação
ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de
defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções
processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
(Contraditório efetivo ou substancial)
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela
seja previamente ouvida. (Contraditório prévio)
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com
base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às
partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de
matéria sobre a qual deva decidir de ofício. (Contraditório real e
3. COMPETÊNCIA
• Situação da coisa;
• Distrito Federal.
• Domicílio do autor;
• Situação da coisa;
V O er L
. 0
U4 ma4 il d) onde a obrigação deve ser satisfeita,
para a ação em que se lhe exigir o
d R 4 3 g cumprimento;
A PE D 0 er@
l e) de residência do idoso, para a causa
mi que verse sobre direito previsto no respectivo
p lc estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de
registro, para a ação de reparação de dano
por ato praticado em razão do ofício;
a) de reparação de dano;
Do lugar do ato ou fato para a ação
( Artigo 53, IV): b) em que for réu administrador ou
gestor de negócios alheios.
De domicílio do autor ou do local do fato,
para a ação de reparação de dano sofrido em
ARTIGO 53, V: razão de delito ou acidente de veículos,
inclusive aeronaves.
a l
io n
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AM
a c
u c ER
Carlos e Vitória se casaram na cidade de Tabatinga (AM), onde
d IL
residiram por cerca de três anos e tiveram dois filhos. Há
E M
e
cerca de dois anos se mudaram para Tefé (AM). Em razão de
rt RO
desentendimentos entre o casal, acabaram rompendo o
p o OR
relacionamento e, após a separação de fato, Vitória se mudou
S C 41- m u H 89
para Parintins (AM), enquanto Carlos voltou com as crianças
para a sua cidade natal, Eurunepé (AM). O único imóvel do
um IZ .7 .co
er L
casal está situado na cidade de Manaus (AM). Caso Carlos
U 4
4 ma il
venha a ajuizar ação de divórcio, a competência territorial
d V R O
4 3 . 0
neste caso será da Comarca de
g
A PE D 0 er@
l
A) Tabatinga.
QUESTÃO:
mi
B) Parintins.
COMPETÊNCIA
p lc
C) Manaus.
D) Eurunepé.
E) Tefé.
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
CPC, Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento
e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no
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antigo domicílio do casal;
e
rt RO
o OR
GABARITO COMENTADO:
p
S C 41- m u H 89
CORRETA: D, conforme artigo 53, I.
um IZ .7 .co
INCORRETAS:
V O er L U
0
4
4 ma il
A) A ação de reconhecimento de paternidade segue a regra
.
d R 3 g
geral e deve ser proposta no foro do domicílio do réu (art. 46,
4
A PE D 0 er@
caput,
l
CPC/15).
i
B) A exceção de incompetência foi revogada pelo CPC/15, que
m
p lc
passou a prever que tanto a incompetência relativa quanto a
absoluta devem ser arguidas em preliminar de contestação
(art. 64, caput, CPC/15).
C) Dispõe o art. 48, caput, do CPC/15, que "o foro de domicílio
QUESTÃO: do autor da herança, no Brasil, é o competente para o
COMPETÊNCIA inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de
disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de
partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro".
E) Dispõe o art. 47, §2º, do CPC/15, que "a ação possessória
imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo
juízo tem competência absoluta". Tratando-se de
competência absoluta, não há que se falar em prorrogação,
ainda que não suscitada no momento oportuno. Ela poderá
ser alegada ou declara de ofício a qualquer tempo e em
qualquer grau de jurisdição.
um
de divórcio, anulação de casamento e reconhecimento ou
IZ .7 .co
er L
dissolução de união estável.
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
GABARITO COMENTADO:
g
A PE D 0 er@
INCORRETA: E, nos termos do artigo 53, I.
l
mi
a) Art. 47, § 2o A ação possessória imobiliária será proposta
p lc
no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
b) Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será
QUESTÃO: alegada como questão preliminar de contestação.
COMPETÊNCIA
c) Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna
prevento o juízo.
d) Art. 63. § 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de
foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz,
que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de
domicílio do réu. § 4o Citado, incumbe ao réu alegar a
abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação,
sob pena de preclusão.
SÚMULA 235:
A conexão não determina a reunião dos
processos, se um deles já foi julgado.
l
Novidade trazida pela Lei 13.105/15 se refere à possibilidade de aplicação das
a
quando forem relativas ao mesmo título.
io n
regras de conexão entre execução de título extrajudicial e ação de conhecimentos,
a c
Outra inovação importante é possibilidade de reunião para julgamento conjunto de
u c ER
processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias,
d IL
caso decididas separadamente, mesmo que não haja conexão entre elas, é a conexão por
E M
prejudicialidade.
e
rt RO
No artigo 57, há uma novidade sem correspondente com o antigo CPC, pois, de
p o OR
acordo com referido artigo, quando houver continência e a ação continente (mais ampla)
S C 41- m u H 89
tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida (menos ampla),
será proferida sentença sem resolução do mérito. Por outro lado, se a ação contida tiver
um IZ .7 .co
sido primeiramente distribuída, as ações serão necessariamente reunidas.
er L U 4
4 ma il
A lógica de tal regra é o fato de que, se a ação contida foi proposta após a
V O . 0
continente, seu objeto principal já está sendo discutido na continente, motivo porque
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
poderá ser extinta sem o julgamento do mérito.
l
Aplica-se a regra da prevenção (artigo 58), devendo as ações serem reunidas no
mi
juízo prevento que, conforme as regras trazidas pela nova legislação processual, será
p lc
aquele em que houve o primeiro registro ou distribuição da ação.
c) da função.
b) do território.
um
de acordo com o artigo, salvo decisão judicial em contrário, serão
IZ .7 .co
er L U il
conservadas as decisões proferidas pelo juízo incompetente até que outra
4 ma4
d V R 4 3 0
seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
O . g
A PE D 0 er@
l
Enunciado recente da II Jornada de Processo Civil do CJF/STJ:
ATENÇÃO! mi
Enunciado 108: A competência prevista nas alíneas do art. 53, I, do
p lc
CPC não é de foros concorrentes, mas de foros subsidiários.
JURISPRUDÊNCIA:
d V R O
4 3 . 0
recebeu autorização expressa do jogador para ceder o direito de uso de sua imagem
g
A PE D 0 er@
no período de vigência do contrato de trabalho. Na ementa oficial do julgado, restou
l
assim consignado: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ação
mi
indenizatória movida contra editora, por suposto uso indevido de imagem de atleta
p lc
de futebol, caracterizado por publicação, sem autorização, do autor de sua
fotografia em álbum de figurinhas, na hipótese de denunciação da lide pela ré ao
clube empregador. STJ. (Info 587).
u c ER
conheça a existência deste precedente para a eventualidade de ele ser cobrado; vale
d IL
ressaltar que você somente deverá adotar o entendimento excepcional se isso for
E M
expressamente perguntado. STF. (Info 851).
e
rt RO
p o OR
COMPETÊNCIA: O pedido cumulado de indenização, quando mediato e dependente
S C 41- m u H 89
do reconhecimento do pedido antecedente de declaração da autoria da obra, não
afasta a regra geral de competência do foro do domicílio do réu. Ex: João lançou um
um IZ .7 .co
er L
livro. Pedro, alegando que o conteúdo da obra é uma cópia de um livro escrito por
U4 ma4 il
ele anos atrás, ajuíza ação de indenização contra João. A competência, neste caso,
d V R O
4 3 . 0
será do domicílio do réu, nos termos do art. 46 do CPC. A análise do pedido de
g
A PE D 0 er@
reparação de danos pressupõe o anterior acolhimento do pedido declaratório de
l
reconhecimento de autoria da obra. Este é o objeto principal da lide. Em outras
mi
palavras, não se pode condenar o réu a indenizar o autor por violação a direito
p lc
autoral se, antes, não for demonstrado que o requerente é o verdadeiro autor da
obra. Nesse contexto, a competência deve ser definida levando-se em conta o
pedido principal, de índole declaratória, de modo que deve incidir a regra geral do
art. 46 do CPC. STJ. (Info 599).
a l
io n
COMPETÊNCIA: Compete à Justiça Estadual julgar ação proposta por ex-empregado
para continuar no plano de saúde de autogestão que era oferecido pela empresa.
a c
Compete à Justiça Comum Estadual o exame e o julgamento de feito que discute
u c ER
direitos de ex-empregado aposentado ou demitido sem justa causa de permanecer
d IL
em plano de saúde coletivo oferecido pela própria empresa empregadora aos
E M
e
trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão. STJ. 3ª Turma. REsp 1.695.986-
rt RO
SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 27/02/2018 (Info 620).
p o OR
S C 41- m u H 89
COMPETÊNCIA: Demanda contra as operadoras de plano de saúde de autogestão:
Justiça comum Compete à Justiça Comum Estadual o julgamento de demanda com
um IZ .7 .co
er L
natureza predominantemente civil entre ex-empregado aposentado ou demitido
U 4
4 ma il
sem justa causa e operadoras de plano de saúde na modalidade autogestão
d V R O
4 3 .
vinculadas ao empregador.0 g
A PE D 0 er@
STJ. 2ª Seção. CC 157.664-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/05/2018 (Info
627).
l
mi
Compete à Justiça Comum Estadual o exame e o julgamento de feito que discute
p lc
direitos de ex-empregado aposentado ou demitido sem justa causa de permanecer
em plano de saúde coletivo oferecido pela própria empresa empregadora aos
trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.695.986-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
27/02/2018 (Info 620).
SÚMULAS
a l
io n
Súmula 33, STJ: A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício. (Atenção
a c
para a exceção trazida pelo CPC/15 no art. 63, §3º, do CPC, que diz que, antes da
u c ER
citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
d IL
ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio
E M
do réu).
e
rt RO
p o OR
Súmula 206, STJ: A existência de vara privativa, instituída por lei estadual, não altera
S C 41- m u H 89
a competência territorial resultante das leis de processo.
um IZ .7 .co
er L
Súmula 11, STJ: A presença da União ou de qualquer de seus entes, na ação de
U4 ma4 il
usucapião especial, não afasta a competência do foro da situação do imóvel.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Súmula 376, STJ: Compete à turma recursal processar e julgar o mandado de
l
segurança contra ato de juizado especial.
m i
p lc a Justiça Comum para julgar as causas em que é
Súmula 556, STF: É competente
parte sociedade de economia mista.
Com relação a este tema, é importante que o candidato conheça o texto legal,
notadamente, os artigos que tratam sobre a litigância de má-fé, bem como do ato
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do
processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que
são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à
declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou
final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o
a l
io n
endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando
c
essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou
a
definitiva;
u c ER
d IL
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
E M
e
rt RO
O artigo supra pode ser reunnido em três deveres básicos:
p o OR
S C 41- m u H 89
DEVER DE VERACIDADE;
V O er L
.
U
0
4
4 ma il DEVER DE BOA-FÉ
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
Enunciado recente da II Jornada de Processo Civil do CJF/STJ:
ATENÇÃO! mi
Enunciado 121: Não cabe aplicar multa a quem, comparecendo à
p lc
audiência do art. 334 do CPC, apenas manifesta desinteresse na
realização de acordo, salvo se a sessão foi designada unicamente por
requerimento seu e não houver justificativa para a alteração de posição.
Ainda, sobre os deveres das partes, há de se ter atenção à hipótese do artigo 77,
IV, que determina a obrigação de a parte comunicar - na primeira oportunidade em que
lhe couber falar nos autos, sobre o endereço residencial ou profissional, onde receberá
intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação
temporária ou definitiva.
razoável do processo, os advogados poderão intimar o patrono da outra parte por meio
de carta com aviso de recebimento. O objetivo é minorar o “período morto” em que o
processo fica parado em secretaria para realização de atos oficiais, nos termos do artigo
269, §1º do CPC.
JURISPRUDÊNCIA
a l
5. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (Artigos 85 a 97 )
io n
a c
c ER
A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, no
u
juízo. E M d IL
montante de dez a vinte por cento sobre o valor da condenação, a ser arbitrado pelo
e
rt RO
Se não houver condenação em dinheiro, será levado em conta o proveito
p o OR
econômico auferido, de maneira que, quando não houver proveito econômico, os
S C 41- m u H 89
honorários serão fixados por apreciação equitativa do juiz.
um IZ .7 .co
er L
São devidos honorários na reconvenção, no cumprimento de sentença (provisório
U 4
4 ma il
ou definitivo), na execução (resistida ou não) e nos recursos.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l
Súmula 517 STJ: São devidos honorários
advocatícios no cumprimento de
mi
sentença, haja ou não impugnação,
p lc
depois de escoado o prazo para
pagamento voluntário, que se inicia
após a intimação do advogado da
parte executada.
io n
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000
c
(vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-
a
mínimos;
u c ER
E M d IL
V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000
e
rt RO
(cem mil) salários-mínimos.
p o OR
S C 41- m u H 89
Cálculo escalonado por fatias: § 5º do artigo 85 CPC:
um IZ .7 .co
er L U il
§ 5o Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda
4
4 ma
d V R O
4 3 0
Pública ou o benefício econômico obtido pelo vencedor ou o
. g
valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3 o, a
A PE D 0 er@
l
fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial
i
e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim
m
lc
sucessivamente.
p
Ação contra a Fazenda Pública
A: (inciso I, do §3º do artigo 85): 200 B: (inciso II, do §3º do artigo 85): Com
salários mínimos (aproximadamente 180 relação ao restante do valor calculado
mil reais) X 10% = 18 mil. acima será feito novo cálculo:
l
Se a execução contra a Fazenda Pública ensejar a expedição de precatório, não
a
io n
haverá fixação de honorários de sucumbência, pois o reexame necessário decorre da lei.
Contudo, se a execução enseja a expedição de RPV e a Fazenda Pública não se apresenta
a c
para o pagamento voluntário, será cabível a condenação em honorários sucumbenciais.
u c ER
E M d IL
A distinção se explica pelo fato de que, quando há condenação em valor sujeito a
precatório, não há possibilidade do cumprimento voluntário. Logo, o não pagamento não
e
rt RO
é feito com base em inércia, mas sim por necessidade do reexame necessário, conforme
determinação legal.
p o OR
S C 41- m u H 89
STJ: a corte especial do STJ entende ser possível cumular os
um
honorários da fase de execução, bem como os fixados na
IZ .7 .co
er L U il
impugnação ao cumprimento de sentença. Todavia, entende que
4
4 ma
d V R O
4 3
a soma das duas verbas não poderá ultrapassar o teto máximo de
. 0
20%.
g
A PE D 0 er@
l i
Em função do princípio da causalidade, nas hipóteses de extinção do processo sem
m
p lc
resolução de mérito, decorrente da perda do objeto superveniente ao ajuizamento da
ação, a parte que deu causa à instauração deverá suportar o pagamento de honorários.
STJ: O princípio da sucumbência deve ser tomado apenas como
um primeiro parâmetro para a distribuição das despesas do
processo, sendo necessária a sua articulação com o princípio da
causalidade.
a l
Não confundir essa situação com a situação da ação de arbitramento de
io n
honorários, que ocorre quando a parte revoga, no curso do processo, o mandato
a c
conferido ao advogado e se recusa a fazer o pagamento dos honorários. Nessa
u c ER
situação, os juros serão contados da data da citação na ação de arbitramento de
honorários.
E M d IL
e
rt RO
- O parágrafo 18, do artigo 85, do Código de Processo Civil, trouxe uma alteração
p o OR
importante. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos
u H 89
honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.
S C 41- m
m Z .7 .co
Dessa forma, encontra-se superado o enunciado da Súmula 453 do STJ: Os
u I
V er L U
0
4
4 ma il
honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, não
podem ser cobrados em execução ou em ação própria
O .
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
JURISPRUDÊNCIA
m
p lc
RECURSOS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS: É
possível condenar a parte sucumbente em honorários advocatícios na hipótese de o
recurso de embargos de declaração, interposto perante Tribunal, não atender os
requisitos previstos no art. 1.022 e tampouco se enquadrar em situações
excepcionais que autorizem a concessão de efeitos infringentes. Obs: a doutrina
entende que, mesmo com o novo CPC, não cabem honorários advocatícios no
julgamento de embargos de declaração, seja em 1ª instância, seja nos Tribunais STF.
(Info 829).
E M d IL
honorários são verbas alimentares. O princípio da irrepetibilidade das verbas de
e
rt RO
natureza alimentar não proíbe, neste caso, a devolução? NÃO. O princípio da
p o OR
irrepetibilidade das verbas de natureza alimentar não é absoluto e, no caso, deve ser
flexibilizado para viabilizar a restituição dos honorários de sucumbência já
S C 41- m u H 89
levantados, tendo em vista que, com o provimento parcial da ação rescisória, não
um
mais subsiste a decisão que lhes deu causa. Devem ser aplicados os princípios da
IZ .7 .co
er L U il
vedação ao enriquecimento sem causa, da razoabilidade e da máxima efetividade
4 ma4
das decisões judiciais. STJ. (Info 589).
d V R O
4 3 . 0 g
SÚMULAS A PE D 0 er@
l
mi
p lc
SV 27: Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do
montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar
cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno
valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
Súmula 201, STJ: Os honorários advocatícios não podem ser fixados em salários-
mínimos.
Súmula 14, STJ: Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor
da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento.
V 0 4 ma
autos do processo e não suspenderá o seu curso normal.
O .
d R 4 3 g
No caso da hipótese do artigo 98, inciso IX, se houver dúvida do notário, ele,
A PE D 0 er@
após praticar o ato, poderá requerer ao juízo a revogação total ou parcial do
l i
benefício ou a substituição pelo parcelamento.
m
p lc indeferir o pedido da parte se nos próprios autos
O juiz somente poderá
houver elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais. Porém,
importante frisar que, de acordo com o parágrafo terceiro do artigo 99,
presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente
por pessoa natural.
A assistência do requerente por advogado particular não impede a
concessão da gratuidade judiciária.
O direito à gratuidade de justiça é pessoal, não se estende ao litisconsorte
ou a sucessor do beneficiário, salvo se a parte interessada fizer requerimento
e houver deferimento expresso em benefício dela.
O recurso que verse exclusivamente sobre o valor dos honorários de
sucumbência fixado em favor de advogado do beneficiário estará sujeito ao
preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à
gratuidade.
Logo, diante da análise conjunta do parágrafo terceiro, bem como da súmula 483 do
STJ, a conclusão a que se chega é que, quanto à pessoa física, a mera declaração faz
presumir o direito ao benefício. No entanto, no que concerne à Pessoa Jurídica, para
que faça jus, deverá comprovar a necessidade.
JUSTIÇA GRATUITA: Qual é o recurso cabível contra a decisão que acolhe ou rejeita a
impugnação à gratuidade de justiça? • Antes do CPC/2015: apelação. • Depois do
CPC/2015: agravo de instrumento.
Se a parte ingressou com a impugnação antes do CPC/2015, mas esta somente foi
julgada após a vigência do novo Código, qual é o recurso que deverá ser interposto
contra essa decisão que rejeitou ou acolheu a impugnação? Agravo de instrumento.
Princípio do tempus regit actum, no qual se fundamenta a teoria do isolamento dos
atos processuais. (Info 615). É vedada a concessão “ex officio” do benefício de
assistência judiciária gratuita pelo magistrado. Assim, é indispensável que haja
pedido expresso da parte (AgRg nos EDcl no AREsp 167.623/SP, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, Quarta Turma, julgado em 05/02/2013).
GABARITO COMENTADO:
7. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
a l
io n
O artigo 113 aborda as hipóteses de litisconsortes facultativos. Assim, duas ou
mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente
quando:
a c
u c ER
a) Entre eles houver comunhão de direitos e de obrigações relativos à LIDE;
E M d IL
e
b) Entre elas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
rt RO
p o OR
c) Houver afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
S C 41- m u H 89
• Litisconsórcio facultativo multitudinário (plúrimo): número excessivo de
m Z .7 .co
litisconsórcios. Assim, o juiz pode determinar o desmembramento de ofício ou a
u I
V er L0
U4 ma4 il
requerimento das partes. Caso seja requerido, poderá ser suscitado tanto na fase de
conhecimento, quanto na liquidação de sentença ou, ainda, na execução, sendo que o
O .
d R 3 g
requerimento interrompe o prazo para manifestação ou resposta.
4
A PE D 0 er@
l
mi
Enunciado. 10 FPPC: Em caso de desmembramento do
litisconsórcio multitudinário, a interrupção da prescrição
p lc
retroagirá à data de propositura da demanda original.
- Assistência simples: atua, por não estar defendendo direito próprio, como um
simples assistente da parte. Se o assistido for revel ou de qualquer modo omisso, o
assistente será considerado seu substituto processual.
l
- Assistente litisconsorcial: está em juízo defendendo direito próprio. Será
a
jurídica entre ele e o adversário do assistido.
io n
considerado assistente litisconsorcial sempre que a sentença puder inferir na relação
a c
7.3 DENUNCIAÇÃO DA LIDE
u c ER
E M d IL
A denunciação da lide deixa de ser obrigatória, sendo admissível nas hipóteses
previstas no artigo 125, quais sejam: e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi
transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da
m Z .7 .co
evicção lhe resulta.
u I
er L U 4
4 mail
Aquele que estiver obrigado por lei ou por contrato a indenizar em ação
V O . 0
d R 4 3 g
regressiva o prejuízo.
A PE D 0 er@
A alteração quanto à desnecessidade da denunciação fica mais clara no parágrafo
l i
primeiro do artigo 125, que expõe que o direito regressivo será exercido em ação
m
p lc
autônoma quando a denunciação for indeferida.
Outra modificação expressiva é quanto à proibição da denunciação sucessiva,
permitida apenas uma denunciação da lide quanto ao sucessor imediato; proibida,
portanto, a denunciação “per saltum”.
a c
134, do CPC, e é cabível, inclusive, nos juizados especiais (artigo 1.062); sendo, portanto,
u c ER
exceção à regra de impossibilidade de intervenção de terceiros nos procedimentos
previstos na lei 9099/95.
E M d IL
e
O pedido de desconsideração da personalidade jurídica deve observar os
rt RO
requisitos previstos em lei, levando-se em conta as regras do Código Civil, notadamente o
p o OR
artigo 50, bem como as regras consumeristas, que, segundo estas últimas, nessas
S C 41- m u H 89
relações, a mera situação de insolvência autoriza a desconsideração.
É autorizada a desconsideração inversa da personalidade jurídica, conforme o
um IZ .7 .co
parágrafo segundo do artigo 133, do CPC. Nesses casos, uma pessoa transfere bens
er L U4 ma4 il
particulares à pessoa jurídica a fim de fraudar uma relação pessoal.
V O . 0
Ao decidir o incidente, será proferida decisão interlocutória, sujeita a agravo de
d R 4 3 g
A PE D
instrumento (artigo 1.015, IV). Porém, se decidido por relator, o recurso cabível é o
agravo interno. 0 er@
l
mi
p lc
O CPC passou a prever expressamente a desconsideração inversa e
indireta. E o Enunciado 11 da CJF permite a aplicação do
ATENÇÃO! procedimento também para as modalidades indireta e expansiva.
ENUNCIADO 11, da I Jornada de Direito Processual Civil: Aplica-se o
disposto nos arts. 133 a 137 do CPC às hipóteses de
desconsideração indireta e expansiva da personalidade jurídica.
E M d IL
solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
e
rt RO
especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua
intimação.
p o OR
S C 41- m u H 89
Ao amicus curiae é permitido a oposição de embargos de declaração e a
interposição de recurso de decisão que julgar o incidente de resolução de demandas
repetitivas.
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
STF: a admissão de terceiro, na condição de “amicus curiae”, no
d R 4 3 g
processo objetivo de controle normativo abstrato, qualifica-se
A PE D 0 er@
l
como fator de legitimação social das decisões da suprema corte,
i
enquanto tribunal constitucional, pois viabiliza, em obsequio ao
m
p lc
postulado democrático a abertura do processo de fiscalização
concentrada de constitucionalidade, em ordem a permitir que
nele se realiza, sempre sob uma perspectiva eminentemente
pluralista, a possibilidade de participação formal de entidades e
de instituições que efetivamente representam os interesses
gerais da coletividade ou que expressem os valores essenciais e
relevantes de grupos, classes ou extratos sociais.
No que tange à oposição, esta deixou de ser intervenção de terceiros e passa a ser
uma ação de procedimento especial, corroborando entendimento antigo da
doutrina e jurisprudência, que sempre a reconheceram como ação autônoma.
a l
io n
a c
u c ER
JURISPRUDÊNCIA
E M d IL
e
rt RO
DENUNCIAÇÃO DA LIDE. CAUSA DE CONSUMIDOR:O art. 88 do CDC proíbe que o
o OR
fornecedor que foi acionado judicialmente pelo consumidor faça a denunciação da
p
S C 41- m u H 89
lide, chamando para o processo outros corresponsáveis pelo evento. Esta norma é
uma regra prevista em benefício do consumidor, atuando em prol da brevidade do
m Z .7 .co
processo de ressarcimento de seus prejuízos devendo, por esse motivo, ser arguida
u I
er L U 4 il
pelo próprio consumidor, em seu próprio benefício. Assim, se o fornecedor/réu faz a
V 0 4 ma
denunciação da lide ao corresponsável e o consumidor não se insurge contra isso,
O .
d R 3 g
haverá preclusão, sendo descabido ao denunciado invocar em seu benefício a regra
4
A PE D 0 er@
do art. 88. Em outras palavras, não pode o denunciado à lide invocar em seu benefício
l i
a regra de afastamento da denunciação (art. 88) para eximir-se de suas
m
lc
responsabilidades perante o denunciante. STJ. (Info 592).
p
DENUNCIAÇÃO DA LIDE. MOMENTO POSTERIOR. POSSIBILIDADE: Não é extinta a
denunciação da lide apresentada intempestivamente pelo réu nas hipóteses em que o
denunciado contesta apenas a pretensão de mérito da demanda principal. STJ. (Info
606).
d V R O
4 3 0
procedimentos dos Juizados Especiais, nos termos do artigo
.
1.062.g
A PE D 0 er@
l
mi
C) Trata-se da exata previsão do artigo 128, parágrafo único,
do CPC, buscando a maior efetividade do processo, pois já
p lc
garante ao autor a satisfação de seu direito e evita,
eventualmente, uma ação de regresso.
a l
io n
e) diz respeito à situação em que um sócio da pessoa
jurídica dela se utiliza para ocultar ou desviar bens
particulares.
a c
u c ER
GABARITO: E.
E M d IL
e
rt RO
a) ERRADO. Há previsão expressa no NCPC.
p o OR
b) ERRADO. Esta é a desconsideração direta.
S C 41- m u H 89
c) ERRADO. Trata-se de hipótese de fraude contra
credores.
INTERVENÇÃO DE
um IZ .7 .co
er L
d) ERRADO. É o caso de fraude à execução.
TERCEIROS
U 4
4 mail
d V R O
4 3 . 0 g
ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-RS PROVA: FCC - 2018 -
A PE D 0 er@
l
DPE-RS - DEFENSOR PÚBLICO
mi
No que se refere ao instituto do litisconsórcio é correto
lc
afirmar:
p
A) A vontade de duas ou mais pessoas é elemento suficiente
para que figurem juntos no mesmo polo processual, caso em
que se tem litisconsórcio facultativo.
GABARITO: D.
a c
b) ERRADO. Art. 114. O litisconsórcio será necessário por
u c ER
disposição de lei ou quando, pela natureza da relação
E M d IL
jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender
da citação de todos que devam ser litisconsortes.
e
rt RO
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza
p o OR
da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo
u H 89
uniforme para todos os litisconsortes.
S C 41- m
um IZ .7 .co
c) ERRADO. Art. 113, § 1o O juiz poderá limitar o
V O er L.
U
0
4
4 ma il
litisconsórcio facultativo quanto ao número de
litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
sentença ou na execução, quando este comprometer a
rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o
mi
cumprimento da sentença.
p lc
d) CERTO. Art. 117. Os litisconsortes serão considerados,
em suas relações com a parte adversa, como litigantes
INTERVENÇÃO DE distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em
TERCEIROS que os atos e as omissões de um não prejudicarão os
outros, mas os poderão beneficiar.
e) ERRADO. Art. 115. A sentença de mérito, quando
proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos
que deveriam ter integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram
citados.
V er L
O
U
. 0
4 il
quando expressamente exigido em norma jurídica, admitindo-se, em todo caso, o
4 ma
controle de validade da convenção.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Enunciado 127: O juiz pode homologar parcialmente a delimitação consensual das
l i
questões de fato e de direito, após consulta às partes, na forma do art. 10 do CPC.
m
p lc dos bens, observados os critérios do art. 190 do CPC,
Enunciado 153: A penhorabilidade
pode ser objeto de convenção processual das partes.
Calendário processual:
Trata-se de inovação absoluta no novo código, podendo as partes e o juiz
estabelecer um calendário próprio para a prática de atos processuais (artigo 191).
Formalizado o calendário, será desnecessária a intimação das partes para o cumprimento
do ato, evitando, assim, o tempo morto que o processo fica na secretaria no decorrer dos
atos processuais.
E M d IL
tal vocábulo aparece no diploma em dispositivo que versa sobre
e
a possibilidade de o juiz controlar a convenção das partes acerca
rt RO
o OR
de alteração em procedimento.
p
S C 41- m u H 89
d) verificada a suscetibilidade de umas das partes em face da
outra, não poderá o magistrado dilatar os prazos processuais em
m Z .7 .co
benefício dela, pois deve assegurar às partes igualdade de
u I
V Oer L U
. 0
4
tratamento.
4 mail
e) há regra específica para a superação da vulnerabilidade
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
geográfica a qual prevê que na comarca, seção ou subseção
l
judiciária, onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os
mi
prazos por até um mês.
p lc
GABARITO COMENTADO:
CORRETA: Letra C, conforme expressa previsão do artigo 190, que
permite ao juiz controlar a validade das convenções, recusando a
sua aplicação quando entender que há abusividade no acordo,
QUESTÃO: respeitando a vulnerabilidade da parte.
NEGÓCIO
JURÍDICO INCORRETAS:
PROCESSUAL
A) A cláusula de eleição de foro somente poderá ser afastada pelo
magistrado, quando abusiva, antes da citação. Após, a
competência somente será alterada se houver preliminar de
incompetência relativa na contestação, conforme artigo 63, §3º.
Uma das mais importantes inovações trazidas pelo NCPC diz respeito à contagem
de prazos processuais. De acordo com o artigo 219, os prazos serão contados em dias
a l
úteis, permanecendo a contagem em dias corridos apenas quando se tratar de prazo
io n
material, como, por exemplo, o prazo para interposição de mandado de segurança.
c
Superando jurisprudência anterior, atualmente é permitida a interposição de
a
c ER
peças antes do início do prazo legal. Assim, não é extemporâneo o recurso apresentado
u
antes do início do prazo.
E M d IL
As intimações dos processos físicos, bem como as dos processos eletrônicos serão
e
rt RO
disponibilizados no Diário da Justiça Eletrônica. Porém, importante destacar que o DJE
não
p o OR
S C 41- m u H 89
faz a intimação do processo judicial eletrônico, ele apenas comunica ao advogado uma
m IZ .7 .co
movimentação eletrônica. A partir dessa notícia, o advogado tem o prazo de 10 dias para
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
acessar o sistema e, caso não acesse nesse período, será considerado intimado,
começando o prazo a fluir a partir deste momento.
d R 4 3 g
O artigo 229 mantém a dobra do prazo para litisconsortes com diferentes
A PE D 0 er@
procuradores, porém, essa contagem só será em dobro se os advogados dos litisconsortes
l i
forem de escritórios diferentes. Importante é que essa regra só se aplica aos processos
m
lc
físicos, em processos eletrônicos não há prazo em dobro para litisconsortes.
p
Caso haja em evento alheio à vontade dos sujeitos, a parte poderá ser justificar o
descumprimento do prazo e provar que não o realizou por justa causa.
u c ER
d IL
A) de Pedro e se encerra no dia 22 de maio de 2018.
E M
e
B) de Pedro e se encerra no dia 25 de maio de 2018.
rt RO
o OR
C) de Pedro e se encerra no dia 14 de junho de 2018, em razão da
p
S C 41- m
advogados diferentes. u H 89
dobra do prazo por serem litisconsortes passivos representados por
um IZ .7 .co
D) de Tiago e se encerra no dia 20 de junho de 2018, em razão da
V er L U 4
4 ma il
dobra do prazo por serem litisconsortes passivos representados por
O . 0
advogados diferentes.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
E) de Pedro e se encerra no dia 23 de maio de 2018.
l
GABARITO: E
mi
plc
COMENTÁRIOS:
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de
15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
QUESTÃO: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de
PRAZOS conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou,
comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de
conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a
hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a
citação, nos demais casos.
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art.
334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos
réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de
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cancelamento da audiência.
Art. 334. § 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da
audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
a
d) Considera-se dia do começo do prazo o dia subsequente à data eml
io n
que efetivamente o oficial de justiça realizou a citação com hora certa.
a c
u c ER
e) O prazo para cada um dos executados embargar, quando houver
mais de um, conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante
E M d IL
de citação, ainda que cônjuges ou companheiros.
GABARITO COMENTADO: e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
CORRETA: Letra B, conforme artigo 229 do CPC. O prazo em dobro
conferido aos litisconsortes que possuem diferentes procuradores, visa
um IZ .7 .co
a oportunizar o efetivo contraditório, garantindo que os
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
representantes das partes tenham acesso aos autos em tempo
razoável para defesa. Dessa forma, quando os autos são eletrônicos, a
d R 4 3 g
prerrogativa se mostra desnecessária, já que o acesso é amplo e
A PE D 0 er@
disponibilizado a todos ao mesmo tempo.
l
mi
INCORRETAS:
p lc
A) Esta questão foi extremamente detalhista e buscou o conhecimento
QUESTÃO: do candidato, não apenas sobre o texto da lei, mas sobre a capacidade
PRAZOS de distinguir quando o prazo é material ou processual. O único erro da
afirmativa está no termo “útil”, já que o artigo 523 afirma que o
pagamento deverá ser feito em 15 dias, apenas.
um IZ .7 .co
e) Apenas com autorização judicial as citações poderão ser
V er L U 4
4 ma il
realizadas durante as férias forenses.
O . 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
GABARITO: A. Apesar de a banca ser CESPE, cobrou-se a letra pura da
lei.
l
mi
p lc
a) CERTO. Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode
ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do
último dia do prazo.
b) ERRADO. Art. 213. Parágrafo único. O horário vigente no juízo
QUESTÃO: perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para
PRAZOS fins de atendimento do prazo.
c) ERRADO. Não é a tutela de evidência, e sim a de urgência (art.
214, II)
d) ERRADO. Art. 212, § 1o Serão concluídos após as 20 (vinte)
horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a
diligência ou causar grave dano.
e) ERRADO. Não há esta previsão legal.
10.1 DO JUIZ
V O er L
. 0
U 4
Quando qualquer das partes for
4 ma
sua credora ou devedora, de seu
il Quando for parte no processo ele
d R 4 3 g
cônjuge ou companheiro ou de próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou
A PE D 0 er@
parentes destes, em linha reta até o
l parente, consanguíneo ou afim, em linha
terceiro grau, inclusive;
mi reta ou colateral, até o terceiro grau,
p lc
Interessado no julgamento do
inclusive;
l
O pedido de suspeição será negado se a parte que a alegar provocou o motivo de
a
forma consciente, a fim de burlar o sistema de distribuição do juízo.
io n
a c
10.2 DOS CONCILIADORES E MEDIADORES
u c ER
E M d IL
e
rt RO
É importante que o candidato saiba qual o método de autocomposição será
o OR
usado, diante de cada demanda apresentada em juízo, devendo saber diferenciar a forma
p
S C 41- m u H 89
de atuação de cada um dos auxiliares da justiça.
A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da
m Z .7 .co
imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da
u I
V er L U
0
4
4 ma il
informalidade e da decisão informada.
Na conciliação (artigo 165, §2º), há uma atuação mais presente do conciliador
O .
d R 3 g
junto às partes, sendo autorizado que este proponha soluções para o litígio; vedado,
4
A PE D 0 er@
porém, qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para conciliar. Por envolver
l i
uma dinâmica entre partes e conciliador, entende-se que deve ser usada,
m
anterior. p lc
preferencialmente, quando o litígio envolver sujeitos que não possuam um vínculo
JURISPRUDÊNCIA
p o OR
porque, nos termos do art. 8º, parágrafo único, da Lei nº 9.307/96, a alegação de
S C 41- m u H 89
nulidade da cláusula arbitral, bem como do contrato que a contém, deve ser
submetida, em primeiro lugar, à decisão do próprio árbitro, sendo prematura a
um IZ .7 .co
apreciação pelo Poder Judiciário. Trata-se da aplicação do princípio da kompetenz-
V O er L
. 0
U4 ma4 il
kompetenz, que confere ao árbitro o poder de decidir sobre a própria competência.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.550.260-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. Acd. Min.
d R 4 3 g
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/12/2017 (Info 622).
A PE D 0 er@
l i
O Poder Judiciário pode, nos casos em que prima facie é identificado um
m
p lc
compromisso arbitral "patológico", isto é, claramente ilegal, declarar a nulidade dessa
cláusula, independentemente do estado em que se encontre o procedimento arbitral.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.602.076-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/9/2016
(Info 591).
Artigo 72, parágrafo único: determina que a curadoria especial seja exercida pela
Defensoria Pública;
Artigos 185 a 187;
a l
io n
Artigo 230: início da contagem do prazo, lembrando que a defensoria pública tem a
prerrogativa de intimação pessoal;
a c
u c ER
Artigo 287, parágrafo único, inciso II: desnecessidade de juntada de mandado para
d IL
atuação em juízo (prerrogativa da Defensoria Pública, conforme artigo 128, XI da
E M
LC80/94).
e
rt RO
o OR
Artigo 455, §4º, IV – O novo CPC prevê que compete ao procurador da parte a
p
S C 41- m u H 89
intimação das testemunhas para o comparecimento em audiência. Tal regra não se
aplica quando a parte é representada pela Defensoria Pública, sendo a intimação,
um IZ .7 .co
neste caso, realizada pelo juízo;
er L U4 ma4 il
Artigo 513, §2º, II – Quando a parte for representada pela Defensoria Pública, a
V O . 0
d 3 g
intimação para o cumprimento de sentença será feita na pessoa do devedor, por
R 4
A PE D 0 er@
carta com aviso de recebimento.
l
mi
Artigo 554, § 1º: atuação da defensoria pública, como custus vulnerabilis, na
p lc
hipótese de conflito possessório em que envolva grande número de pessoas, que
sejam hipossuficientes econômicas.
Artigo 565, §2º: muita atenção a este artigo! Isto porque, por um equívoco do
legislador, este trouxe a previsão de que nas ações possessórias a defensoria
pública será intimada sempre que houver beneficiário da justiça gratuita. Referido
termo é equivocado, tendo em vista que a atuação da instituição se volta à defesa
dos sujeitos hipervulneráveis. Assim, pode haver situação em que determinada
pessoa é beneficiária da gratuidade de justiça, porém não se enquadra nas
hipóteses em que se confere legitimidade de atuação à defensoria. Portanto, muita
atenção à prova, pois, se cobrar a literalidade do texto legal, o termo será justiça
gratuita. No entanto, saibam ter uma visão crítica, já que o examinador pode
querer justamente saber se o candidato tem conhecimento acerca do erro citado.
Artigo 784, IV – confere a qualidade de título executivo extrajudicial ao
instrumento de transação referendado pela defensoria pública.
a l
io n
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
Ano: 2016. Banca: UFMT. Órgão: DPE-MT
p o OR
Sobre o curador especial, assinale a afirmativa INCORRETA.
S C 41- m u H 89
a) Nas ações em que réu preso for revel, caberá à Defensoria
m Z .7 .co
Pública exercer o múnus de curador especial, enquanto não for
u I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
constituído advogado.
d R 3 g
b) Nos casos em que o réu revel foi citado por edital ou com hora
4
A PE D 0 er@
certa, caberá à Defensoria Pública exercer o múnus de curador
l i
especial, enquanto não for constituído advogado.
m
DEFENSORIA p lc a intervenção da Defensoria Pública como curadora
c) É necessária
especial do menor na ação de destituição de poder familiar ajuizada
PÚBLICA pelo Ministério Público.
GABARITO COMENTADO:
l
I. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas
a
n
manifestações processuais, não se aplicando esse benefício quando
io
c
a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para ela.
a
u c ER
II. De ofício ou a requerimento da Defensoria Pública, o juiz
E M d IL
determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o
e
rt RO
ato processual depender de providência ou informação que
o OR
somente por ela ou pelo Juízo possa ser realizada ou prestada.
p
S C 41- m u H 89
III. O prazo em dobro para as manifestações processuais aplica-se
um
aos escritórios de prática jurídica das Faculdades de Direito
IZ .7 .co
er L U
reconhecidos na forma da lei e às entidades que prestam
4 il
4 ma
assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a
d V R O 3 . 0 g
Defensoria Pública.
4
A PE D 0 er@
l
mi
IV. O membro da Defensoria Pública será civil e diretamente
responsável quando agir com dolo ou culpa no exercício de suas
funções.p lc
V. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos
dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita.
a) I, III e V.
b) I, II, IV e V.
c) II, IV e V.
e) II, III e IV
GABARITO: A
E M d IL
para todas as suas manifestações processuais. § 3o O disposto no
e
caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de
rt RO
Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam
p o OR
assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a
S C 41- m
Defensoria Pública. u H 89
um IZ .7 .co
er L
IV. ERRADO. Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e
U 4
4 mail
regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no
d V R O 3 . 0 g
exercício de suas funções.
4
A PE D 0 er@
l
V.
i
CERTO. Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação
m
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos
p lc
individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de
forma integral e gratuita.
GABARITTO: E
COMENTÁRIOS:
"Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para
todas as suas manifestações processuais.
u c ER
intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual
d IL
depender de providência ou informação que somente por ela possa
E M
ser realizada ou prestada.
e
rt RO
p o OR
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica
S C 41- m u H 89
das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às
entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de
um IZ .7 .co
er L
convênios firmados com a Defensoria Pública.
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0
§ 4º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei
g
A PE D 0 er@
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria
l
Pública."
mi
p lc
12. DA CITAÇÃO (artigo 283 a 259 do CPC)
O candidato deve ter atenção especial à alteração trazida pelo artigo 252, pois
houve uma mudança quanto ao número de tentativas que o oficial de justiça deve fazer
para que promova a citação por hora certa, de forma que, quando por duas vezes, houver
a tentativa de citação, com suspeita de ocultação, poderá o oficial de justiça informá-la.
u c ER
entrega do mandado ao funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
E M d IL
correspondência. O porteiro poderá recusar ao recebimento do mandado se, por
escrito, declarar, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está
ausente. e
rt RO
p o OR
Realizada a citação por hora certa, cabe ao escrivão encaminhar, no prazo de dez dias,
S C 41- m
por carta, telegrama ou e-mail.
u H 89
uma comunicação ao citando para informá-lo do ato. A comunicação poderá ser feita
um IZ .7 .co
De acordo com o STJ, é indispensável o esgotamento de todos os meios de localização
er L U4 ma4 il
do réu, para que seja realizada a citação por edital, sendo que, se não for observado tal
V O . 0
procedimento, a citação será considerada nula.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
A publicação dos editais será feita exclusivamente pela internet, com prazo de 20 a 60
l
dias, que, depois de transcorrido, inicia o prazo para o cumprimento do ato.
mi
p lc
CAI EM
PROVA!
JURISPRUDÊNCIA:
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
13. TUTELA PROVISÓRIA
Este assunto é um dos mais cobrados em provas objetivas, sendo indispensável que
o candidato saiba todas as modalidades de tutelas provisórias, bem como tenha
conhecimento sobre o direito comparado, levando em conta as mudanças trazidas pelo
NCPC.
A tutela provisória é gênero, da qual são espécies as tutelas de evidência e as
tutelas de urgência, sendo que estas últimas se dividem em tutelas de urgência
antecipada (de caráter antecedente ou incidental) e tutela de urgência cautelar (de
caráter antecedente ou incidental).
d R 3 g
Sobre o tema, expõe o enunciado 25 da EFAM: “A vedação de tutela de urgência cujos
4
A PE D 0 er@
efeitos possam ser irreversíveis (artigo 300, §3º) pode ser afastada no caso concreto, com
l i
base na garantia do acesso à justiça.”
m
lc a tutela de urgência é objetivamente responsável
A parte a quem for concedida
p
pelos danos que, porventura, vier a causar com a sua efetivação, de forma que a
indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida.
Concedida a tutela, será conferido ao autor o prazo de 15 dias (ou outro maior que
o juiz determinar), para que adite sua petição (não incidindo novas custas) com a
complementação de sua argumentação e a juntada dos documentos que acompanharão
o processo. O descumprimento acarretará a extinção do processo sem apreciação do
mérito.
Feita a complementação, o réu é citado para comparecer à audiência de conciliação
e é intimado da decisão interlocutória que concedeu a tutela, para que, caso queira,
interponha o agravo de instrumento.
Na eventualidade de o juízo entender que não é hipótese de concessão da tutela
antecipada antecedente, será o autor intimado, no prazo de cinco dias, para
complementar sua petição com a tutela final requerida, sob pena de extinção do
processo.
Para abordar o presente tema, é importante que o candidato atente que o presente
tópico não se confunde com o processo cautelar que era previsto no CPC/73. A nova
legislação extinguiu a divisão em espécie dos procedimentos cautelares, prevendo ainda
como novidade a possibilidade do requerimento de tutela antecipada cautelar
antecedente.
Dessa forma, são formas de efetivação da tutela cautelar, o arresto, o sequestro, o
arrolamento de bens, o registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra
medida idônea para asseguração do direito (artigo 301).
A tutela de evidência é uma modalidade de tutela provisória, sendo que, para sua
concessão, não é dever da parte a comprovação do perigo de dano ou risco ao resultado
útil do processo. A tutela de evidência é cabível nas seguintes hipóteses, previstas no
artigo 311, do CPC:
JURISPRUDÊNCIA:
Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio e
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sequestro de verbas públicas em caso de descumprimento da decisão. Tratando-se de
fornecimento de medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de
suas decisões, podendo, se necessário, determinar, até mesmo, o sequestro de
valores do devedor (bloqueio), segundo o seu prudente arbítrio, e sempre com
adequada fundamentação. STJ. 1ª Seção. REsp 1069810-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes
Maia Filho, julgado em 23/10/2013 (recurso repetitivo) (Info 532).
O autor ingressa com uma ação e pede a tutela de urgência. O juiz defere. Na
sentença, o juiz julga improcedente a demanda e revoga a tutela de urgência. Ocorre
que a tutela de urgência causou danos morais e materiais ao réu. O autor da ação tem
a responsabilidade objetiva de indenizar o réu quanto a esses prejuízos,
independentemente de pronunciamento judicial e pedido específico da parte
interessada. STJ. 4ª Turma. REsp 1191262-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
em 25/9/2012.
a l
io n
a c
u c ER
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-RS
E M d IL
e
rt RO
Acerca da tutela provisória no Código de Processo Civil, é
INCORRETO:
p o OR
S C 41- m u H 89
A) A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 do Código
m IZ .7 .co
de Processo Civil, torna-se estável se da decisão que a conceder não
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
for interposto o respectivo recurso, mas qualquer das partes poderá
demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a
d R 4 3 g
tutela antecipada estabilizada.
A PE D 0 er@
B) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
l i
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
m
p lc
ao resultado útil do processo.
C) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.
D) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do
processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
QUESTÃO: E) Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos
TUTELA processuais, excetuando-se, dentre outros, as tutelas provisórias.
PROVISÓRIA GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
S C 41- m u H 89
o pedido principal, nem influi em seu julgamento, qualquer que seja o
motivo do indeferimento.
um IZ .7 .co
er L U 4 il
4 ma
B)o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e
V O . 0
indicar as provas a serem produzidas; se não contestar, presumir-se-ão
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
os fatos alegados pelo autor como ocorridos.
l
mi
C) cessada a eficácia da tutela cautelar, poderá a parte renovar o
p lc
pedido, mesmo sob igual fundamento, pois na hipótese não haverá a
formação de coisa julgada.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
C) Dispõe o art. 309, parágrafo único, do CPC/15, que "se por qualquer
motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o
pedido, salvo sob novo fundamento". Afirmativa incorreta.
l
Alternativa D) É o que dispõe, expressamente, o art. 308, caput, do
a
io n
CPC/15, senão vejamos: "Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal
terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em
a c
que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido
u c ER
de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas
processuais". Afirmativa correta.
E M d IL
e
rt RO
E) Ao contrário do que se afirma, dispõe o art. 308, §1º, do CPC/15,
p o OR
que "o pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o
u H 89
pedido de tutela cautelar". Afirmativa incorreta.
S C 41- m
um IZ .7 .co
ANO: 2017. BANCA CESPE. ÓRGÃO: DPE-AL
V er L
O
U
. 0
4 il
4 ma
De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), é passível de
d R 4 3 g
A PE D
estabilização a tutela:
0 er@
l
mi
A) cautelar de urgência requerida em caráter antecedente, mediante a
lc
negociação expressa entre as partes.
p
B) antecipada concedida em caráter antecedente, se da decisão
houver interposição de recurso por assistente simples e o réu não se
manifestar.
GABARITO: D
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COMENTÁRIOS:
S C 41- m u H 89
Na petição inicial, o autor deverá informar se deseja ou não que seja realizada
um IZ .7 .co
audiência de conciliação ou de mediação (artigo 334).
V O er L
. 0
U4 ma4 il
Quando não preenchidos os requisitos da petição inicial, ou apresentando
d R 4 3 g
irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, o juiz intimará o autor
A PE D 0 er@
para que emende a petição inicial, em um prazo de 15 dias, conforme artigo 321,
l i
sendo o descumprimento causa de indeferimento da inicial. É dever do juiz, ao proferir
m
lc
o despacho de intimação, especificar o que deve ser emendado.
p
Nas ações que tenham por objeto revisão de obrigação decorrente de empréstimo de
financiamento ou de alienação do bem, é dever do autor, sob pena de inépcia da
petição inicial, quantificar o valor incontroverso.
A petição inicial será indeferida quando: for inepta; faltar-lhe pedido ou causa de pedir;
quando o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite
pedido genérico; quando da narração dos fatos não decorrer conclusão lógica; quando
tiver pedidos incompatíveis entre si.
E M d IL
Da decisão de rejeição liminar do pedido é cabível apelação, no prazo de 15 dias,
e
rt RO
com efeito regressivo. Sendo assim, poderá o juiz em cinco dias retratar-se da decisão
proferida.
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l i
ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-BA
m
p lc a petição inicial e seu indeferimento
Sobre e a
improcedência liminar do pedido é correto:
GABARITO COMENTADO:
INCORRETAS:
a l
de saneamento, conforme menciona o artigo 329, II do CPC;
io n
C) De fato, não preenchidos os requisitos da petição inicial, o
a c
juiz intimará o autor para que a emende ou complete. O erro
u c ER
da questão foi informar que o prazo para o aditamento será
E M d IL
de 10 dias, já que, conforme o artigo 321 do CPC, o prazo é
de 15 dias.
e
rt RO
p o OR
D) A fixação dos honorários será determinada, independente
S C 41- m u H 89
de pedido expresso na petição inicial, nos termos do §1º, do
artigo 322, do CPC.
um IZ .7 .co
V er L U 4
0
il
E) Do indeferimento da petição inicial é cabível o recurso de
4 ma
apelação, por se tratar de sentença terminativa, expressa no
O .
d R 3 g
inciso I, do artigo 485 do CPC, que deve ser lido
4
A PE D 0 er@
conjuntamente com o artigo 331, do mesmo código.
l
mi
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO:DPE-MA
p lc
A improcedência liminar do pedido:
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
p o OR
(art. 203, § 1º), passível de apelação, com base no arts.332,
u H 89
§§ 2º e 3º, e 1.009 do CPC.
S C 41- m
um IZ .7 .co
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
16. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO (artigo 334 do CPC)
A PE D 0 er@
l i
Seguindo o objetivo primordial de promover a resolução extrajudicial dos
m
p lc
conflitos, a audiência de conciliação ou mediação surge como instrumento de efetivação
da autocomposição. Recebida a petição inicial, será designada audiência de conciliação ou
mediação, com antecedência mínima de trinta dias, devendo o réu ser citado em, no
máximo, vinte dias antes do ato.
Conforme exposto em tópico anterior, ao instruir a petição inicial o autor
informará se tem interesse na realização da audiência. Isto ocorre porque, na
eventualidade de o réu também manifestar o desinteresse na audiência, ela não se
realizará. Neste caso, com antecedência de dez dias da realização da audiência, deverá o
réu se manifestar sobre o seu desinteresse, contando, a partir do protocolo desta
manifestação, o início do prazo para a contestação.
a l
io n
ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-ES
a c
u c ER
Sobre conciliação e mediação, diante dos conceitos e regras do
novo Código de Processo Civil:
E M d IL
e
rt RO
a) No procedimento comum, o não comparecimento injustificado
o OR
do réu à audiência de conciliação ou mediação gera a sua revelia e
p
QUESTÃO 11:
AUDIÊNCIA DE u H 89
impõe o pagamento de multa.
S C 41- m
CONCILIAÇÃO OU
um
b) A audiência prévia de conciliação ou mediação somente não
IZ .7 .co
er L U il
será realizada se o autor ou o réu manifestarem, expressamente,
MEDIAÇÃO
4
4 ma
desinteresse na composição.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D c) A conciliação seria o método mais adequado para a solução
0 er@
l
consensual para uma ação ajuizada como divórcio litigioso.
mi
p lc
d) Na sua atuação, o mediador deverá sugerir soluções para o
litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
GABARITO COMENTADO:
INCORRETAS:
a l
c) A conciliação é o método usado, preferencialmente, quando as
n
partes não possuam um vínculo afetivo anterior ao litígio,
io
c
podendo o conciliador buscar, junto a elas, a melhor solução ao
a
u c ER
caso. Assim, tendo em vista que nas ações de divórcio há vínculo
afetivo anterior entre as partes, o método adequado é o da
E M
mediação (artigos 165, §§ 2º e 3º). d IL
e
rt RO
d) A alternativa trouxe as atribuições conferidas ao conciliador, já
p o OR
que, conforme §3º do artigo 165, ao mediador compete o auxílio
S C 41- m u H 89
às partes para que estas compreendam as questões litigiosas e
busquem juntas uma solução satisfativa. O mediador não propõe
um IZ .7 .co
er L
solução à LIDE.
U 4 il
4 ma
d V R O
4
PÚBLICO3 . 0
ANO: 2018. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-AP. PROVA: DEFENSOR
g
A PE D 0 er@
l i
Em relação à conciliação e à mediação,
m
p lc
a) as partes podem escolher, de comum acordo o conciliador e
o mediador, desde que estejam cadastrados no registro do
tribunal competente.
p o OR
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as
partes conciliem.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
C) ERRADO. Art 166. § 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros
de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos
d R 4 3 g
ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
A PE D 0 er@
l i
D) CERTO. ART. 165 § 3o O mediador, que atuará
m
p lc
preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre
as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e
os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios,
soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
17. CONTESTAÇÃO
Quando o réu apresentar qualquer fato que possa modificar, impedir ou extinguir
o direito do autor, este será intimado para apresentar impugnação à contestação, no
prazo também de 15 dias.
O artigo 337, do CPC, prevê as hipóteses de alegações preliminares à contestação,
sendo que, por ter incluído diversas novas hipóteses, que antes eram alegadas por meio
de
S C 41- m u H 89
retirada da impossibilidade jurídica do pedido, já que não se trata
mais de condição da ação.
um IZ .7 .co
er L U 4 il
XIII - Indevida concessão do benefício da justiça gratuita.
V O . 0 4 ma
d R 4 3 g
As matérias preliminares são de ordem pública, devendo ser
A PE D 0 er@
l
reconhecidas de ofício pelo juiz, salvo as hipóteses de convenção
i
de arbitragem e incompetência relativa.
m
lc consumativa do direito de apresentar contestação, se o
Enunciado 124: Não há preclusão
réu se manifesta, antes dapdata da audiência de conciliação ou de mediação, quanto à
incompetência do juízo.
RECONVENÇÃO:
Independente de contestação.
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Ei futuro defensor, se liga: se o autor for substituto processual, o reconvinte
deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção
deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto
processual.
a l
embargos de terceiro, inclusive para o propósito de veicular pedido típico de ação
pauliana, nas hipóteses de fraude contra credores.
io n
a c
17.1 REVELIA
u c ER
E M d IL
Não apresentada a resposta do réu, este será considerado revel, possuindo o
referido instituto dois efeitos: e
rt RO
p o OR
1) Processual: que consiste na não intimação do réu para os atos seguintes do processo
S C 41- m u H 89
e na preclusão em desfavor do réu do poder de alegar algumas matérias de defesa;
um
2) Material: os prazos contra o réu revel que não tenha advogado fluem a partir da
IZ .7 .co
er L U
publicação da decisão, possibilidade de julgamento antecipado do mérito da causa e
4
4 ma il
a presunção de veracidade aos fatos alegados na inicial.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
É importante sabe que o efeito da presunção de veracidade dos fatos alegados não
l
ocorrerá quando:
mi
p lc
Houver pluralidade de
A petição inicial não
estiver acompanhada de
réus e um deles contestar instrumento que a lei
a ação; considera indispensável à
prova do ato;
As alegações formuladas
pelo autor forem
litígio versar sobre direito inverossímeis ou
indisponível; estiverem em
contradição com a prova
por ele produzida.
e
rt RO
GABARITO COMENTADO:
p o OR
S C 41- m u H 89
CORRETA: Letra d, por previsão expressa do artigo 340. Após o
um
protocolo da petição, o fato será comunicado ao juiz da causa, de
IZ .7 .co
er L U il
forma eletrônica, preferencialmente.
4
4 ma
d V R O
4 3 . 0
INCORRETAS:
g
A PE D 0 er@
1.
l Ao réu é dada a possibilidade de apresentar
i
reconvenção, em tópico específico da contestação, porém a
m
p lc
matéria deve, necessariamente, ter conexão com a ação principal
ou com a matéria de defesa, conforme exposto no artigo 343.
5.
a l
n
III. O juiz não acolhe a contradita de uma testemunha arrolada
io
testemunha. a c
pela parte adversa, toma o compromisso e colhe o depoimento da
u c ER
d IL
E M
IV. O juiz decide antecipadamente o mérito, julgando
e
parcialmente procedente o único pedido feito pelo autor,
rt RO
inicial. p o OR
concedendo a pretensão em menor medida daquela postulada na
S C 41- m u H 89
um
Considere as sistemáticas recursais abaixo:
IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
1. Não há recorribilidade imediata, devendo a questão ser objeto
O . 0
d R 4 3 g
de preliminar de apelação.
A PE D 0 er@
l
2. Cabe apelação, com a possibilidade de juízo de retratação.
m i
plc sem a possibilidade de juízo de retratação.
3. Cabe apelação,
GABARITO: A.
(...)
V er L
O
U
.
4
0
il
agravo de instrumento.
4 ma
d R 4 3 g
III 1. Não há recorribilidade imediata, devendo a questão ser
A PE D 0 er@
objeto de preliminar de apelação.
l
mi
p lc
Trata-se de uma decisão de natureza interlocutória, conforme
disposição dos seguintes artigos artigos:
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-
AM - Defensor Público - Reaplicação
GABARITO: E.
a c
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a
citação, nos demais casos.
u c ER
E M d IL
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese
do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para
e
rt RO
cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo
p o OR
pedido de cancelamento da audiência.
S C 41- m u H 89
m Z .7 .co
18. JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO
u I
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
O juiz julgará antecipadamente o mérito quando não houver necessidade de
d R 4 3 g
A PE D
produção de outras provas ou quando reconhecer os efeitos da revelia ao réu revel e não
0 er@
l
houver requerimento de provas.
mi
Novidade interessante e muito cobrada é a possibilidade de julgamento
p lc
antecipado parcial do mérito. Assim, quando o pedido se mostrar incontroverso ou
quando parcela da decisão estiver em condições de imediato julgamento, o juiz poderá
julgar parcialmente o mérito.
Referida decisão será líquida ou ilíquida, sendo permitida a execução imediata,
podendo ocorrer em autos apartados, independente de caução, por se tratar de decisão
de mérito, ainda que haja recurso. Transitada em julgada a decisão, a execução passa a
ser definitiva.
Da decisão que julga parcialmente o mérito, caberá o recurso de agravo de
instrumento, nos termos do parágrafo 5º, do artigo 356, do CPC, cumulado com o artigo
1.015, II, do mesmo código.
um IZ .7 .co
requerimento de prova. julgamento.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
ANO: 2016. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-ES. PROVA: DEFENSOR
PÚBLICO
GABARITO: B
a
Enunciado 127: O juiz pode homologar parcialmente al
ATENÇÃO!
io n
delimitação consensual das questões de fato e de direito, após
c
consulta às partes, na forma do art. 10 do CPC.
a
u c ER
E M d IL
20. DA PROVA
e
rt RO
p o OR
20.1 ÔNUS DA PROVA
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
O ônus da prova será delimitado na decisão de saneamento, mas, ao fixá-lo, o juiz
V O er L
. 0
U4 ma4 il
deve observar uma peculiaridade trazida no artigo 373. Isto porque, apesar de mantido o
sistema estático de ônus da prova como regra (incumbe ao autor a prova do fato
d R 4 3 g
constitutivo de seu direito e ao réu, a existência de fato impeditivo, modificativo ou
A PE D 0 er@
extintivo do direito do autor), o parágrafo primeiro inovou ao possibilitar a distribuição
l
dinâmica do ônus da prova.
mi
p lc
A exceção (distribuição dinâmica da prova) ocorrerá quando as peculiaridades da
causa impossibilitem ou dificultem excessivamente a produção da prova por aquele quem
em regra deveria fazê-la. Também será possível quando a parte contrária tiver maior
facilidade na obtenção da prova.
O juiz irá avaliar qual parte está em melhores condições de produzir a prova e, por
decisão fundamentada, decidirá o ônus.
Outra possibilidade é a inversão convencional da prova, que será admitida quando
o direito recair sobre direito disponível e que não gere à outra parte uma prova diabólica,
ou seja, excessivamente difícil de ser produzida.
u c ER
existência e o modo de existir de algum fato, a requerimento do interessado.
E M d IL
Não se confunde com a escritura pública e tem ampla utilidade nos dias atuais,
notadamente, para atestar questões expostas na rede mundial de
e
rt RO
computadores, pela efemeridade de sua existência.
p o OR
u H 89
Ao advogado compete a intimação da testemunha para a audiência de
S C 41- m
instrução e julgamento, por meio de carta com aviso de recebimento. A carta
m IZ .7 .co
deverá ser juntada aos autos, em um prazo máximo de três dias antes da
u
V O er L
. 0
U4 ma4 il
audiência. A juntada é importante, pois a intimação da testemunha poderá ser
feita judicialmente quando ela tiver sido intimada nos moldes acima descritos,
d R 4 3 g
mas não compareceu ao ato.
A PE D 0 er@
l
i
O primeiro ato da audiência de instrução e julgamento será a tentativa do
m
p lc
magistrado de promover a conciliação entre as partes, tentativa esta que pode
ser renovada a qualquer tempo.
E M d IL
devendo o juiz, contudo, atribuir a ela o mesmo valor dado no
processo originário.
e
rt RO
GABARITO COMENTADO:
p o OR
S C 41- m u H 89
CORRETA: Letra A, nos termos do §1º, do artigo 373, que
m IZ .7 .co
determina ao juiz a obrigação de possibilitar a parte de se
u
V er L
O
U
. 0
4 il
desincumbir do ônus da prova que lhe foi conferido, sempre que
4 ma
este for atribuído de modo diverso.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
INCORRETAS:
l
mi
B) A distribuição do ônus da prova por convenção das partes não
p lc
possui a obrigatoriedade de ser realizada durante o processo, pois,
de acordo com o artigo 373, §§ 3º e 4º, a convenção poderá ser
realizada tanto antes, quanto durante o processo.
p o OR
A) II e IV.
S C 41- m u H 89
um
B) II, III e V.
IZ .7 .co
V er L U 4
C) I, II e V.
O . 0
il
4 ma
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
D) III, IV e V.
l
E) I, III e IV. mi
p lc
GABARITO: D.
21. SENTENÇA
E M d IL
terminativas). Atenção à previsão dos incisos II e III, já que, nas hipóteses de abandono da
e
causa, antes da extinção do processo sem resolução de mérito, as partes serão intimadas
rt RO
o OR
pessoalmente para suprir a falta, em um prazo de cinco dias.
p
S C 41- m u H 89
Somente após o decurso deste prazo, se mantida a inércia, haverá a extinção do
um
processo sem resolução de mérito.
IZ .7 .co
er L U 4
4 ma il
A apelação da sentença que extingue o processo sem resolução de mérito é dotada
V O . 0
d 3 g
de efeito regressivo; podendo, portanto, o juiz em um prazo de cinco dias retratar-se de
R 4
A PE
sua decisão. D 0 er@
l
mi
No que tange à sentença que resolve o mérito, os examinadores costumam cobrar a
p lc
literalidade do artigo 487, devendo o candidato ter conhecimento de todas as hipóteses.
Atenção especial ao inciso II, pois, para que se reconheça a prescrição ou decadência,
salvo nas hipóteses de rejeição liminar do pedido, deve o juiz conceder à parte
prejudicada o direito ao contraditório, antes de proferir a decisão.
a l
io n
a c
u c ER
ANO: 2017. BANCA: FCC. ÓRGÃO: DPE-SC
E M d IL
e
A respeito da sentença, da fundamentação das decisões judiciais
rt RO
e da coisa julgada na sistemática do atual Código de Processo
Civil,
p o OR
S C 41- m u H 89
A) o atual conceito de sentença é finalístico, pois leva em
QUESTÃO:
m Z .7 .co
consideração exclusivamente o efeito do ato, ou seja, somente
u I
er L
SENTENÇA
U 4 il
pode ser sentença o ato do juiz que coloca fim ao processo ou à
4 ma
d V R O
4 3 0
fase cognitiva do procedimento comum.
. g
A PE D B) denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna
0 er@
imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso
l
m i
ordinário ou extraordinário.
lc
C) apautoridade da coisa julgada somente se estende às
questões decididas no dispositivo de uma decisão de mérito,
não alcançando os motivos que determinaram o julgamento.
D) a decisão que concede tutela de urgência concedida em
caráter antecedente, caso não seja impugnada
tempestivamente, produz coisa julgada e só pode ser afastada
por meio de ação rescisória, no prazo de dois anos.
E) a fundamentação referenciada (per relationem) é autorizada
expressamente pelo novo Código de Processo Civil, desde que
emanada da mesma autoridade julgadora.
QUESTÃO:
SENTENÇA
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
S C 41- m u H 89
proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do §
2o deste artigo.
um IZ .7 .co
V er L U
0
4 il
e) Não foi expressamente autorizada. Inclusive, há controvérsia
4 ma
doutrinária sobre a manutenção do entendimento anterior ao
O .
d R 3 g
NCPC do STF e STJ sobre a possibilidade desse tipo de
4
A PE D 0 er@
manifestação, em razão da suposta vedação trazida no novo
l i
código, face ao disposto no art. 1021, §3º É vedado ao relator
m
p lc
limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno e art. 489, p. 1, V e
VI.
QUESTÃO:
SENTENÇA
Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AC. Prova: Defensor
Público
GABARITO: D.
QUESTÃO:
SENTENÇA Vamos, primeiramente, estudar os conceitos de sentença
abordados na questão.
a c
u c ER
a) ERRADO. Art. 492, Parágrafo único. A decisão deve ser
d IL
certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
E M
e
b) ERRADO. A alternativa definiu a sentença ultra petita.
rt RO
c) ERRADO. A alternativa definiu a extra petita.
p o OR
d) CERTO. O juiz não está vinculado aos fundamentos
S C 41- m u H 89
usados pelo autor.
e) ERRADO. Hipóteses de pedido implícito:
um IZ .7 .co
V O er L U 4
4 ma il
(1) despesas e custas processuais (art. 322, § 1º, CPC);
. 0
(2) honorários advocatícios (art. 322, § 1º, CPC);
d R 4 3 g
A PE D (3) correção monetária (art. 404 do CC e art. 322, § 1º, CPC);
0 er@
l
(3) prestações vincendas e inadimplidas na constância do
mi
processo em caso de contratos de trato sucessivo (art. 323,
CPC);
p lc
(4) os juros legais/moratórios (arts. 404 e 406, CC) – não sendo
considerados pedidos implícitos os juros convencionais ou
compensatórios.
Trata-se de prerrogativa da Fazenda Pública que, com a Lei 13.105/15, foi atenuada,
havendo a modificação dos valores bases para que haja a remessa necessária.
Os ESTADOS, AO DISTRITO
FEDERAL, suas autarquias e
fundações de direito público ao
• 500 SALÁRIOS MÍNIMOS;
pagamento de ATÉ:
MUNICÍPIOS QUE
CONSTITUAM CAPITAL DE • 500 SALÁRIOS MÍNIMOS;
ESTADO ao pagamento de ATÉ :
um IZ .7 .co
er L
- A hipótese prevista no artigo 496, §3º, somente dispensará o reexame necessário se a
U4 ma4 il
decisão tiver valor certo e líquido. Se a questão informar que a decisão foi ilíquida,
d V O 3 . 0 g
necessariamente haverá a remessa.
R 4
A PE D 0 er@
- Também não estará sujeita ao duplo grau de jurisdição, independentemente do
l
mi
valor, se a decisão condenatória estiver em consonância com súmula de tribunal
p lc
superior; acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
assunção de competência; entendimento coincidente com orientação vinculante
firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em
manifestação, parecer ou súmula administrativa.
mérito. Também podem ser prejudiciais, que se materializam quando o réu contesta o
fundamento jurídico do pedido. Neste caso, compete ao juiz apreciá-las e decidir, com
base nestas alegações, como deverá julgar o mérito.
Sobre a questão prejudicial, o candidato deve saber que, mesmo que ela seja
decidida de forma incidental à sentença, haverá a aplicação do artigo 503, do CPC, de
maneira que será julgado o mérito da prejudicial, se:
e
rt RO
o OR
21.3 LIQUIDAÇÃO E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
p
S C 41- m
Liquidação da sentença:u H 89
um IZ .7 .co
er L
A liquidação será feita quando a sentença condenar a parte sucumbente ao
U 4
4 ma il
pagamento de quantia ilíquida, podendo ser requerida tanto pelo credor quanto pelo
devedor.
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
l i
MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO
m
p lc
LIQUIDAÇÃO POR SIMPLES CÁLCULO: quando a apuração depender apenas de cálculo
aritmético, poderá o credor promover, desde logo o cumprimento de sentença, não
sendo necessário um pedido específico de liquidação. O CNJ deverá disponibilizar um
programa de atualização de cálculos, a fim de auxiliar as partes (artigo 509, §3º). Não
consiste mais em uma forma específica de liquidação, sendo simples ato contínuo ao
cumprimento de sentença.
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO (Artigo, 509, I e 510): será utilizada quando for
necessário conhecimento técnico para elaborar a memória de cálculo, se, após a
intimação das partes para apresentação de pareceres ou documentos elucidativos,
persistir a necessidade de nomeação de perito especializado para a quantificação do
valor.
a c
c ER
Quando o juiz decidir relação sujeita a condição ou termo, o cumprimento de
u
condição.
E M d IL
sentença dependerá da demonstração da ocorrência do termo ou do cumprimento da
e
rt RO
p o OR
No artigo 515, há a descrição dos títulos executivos judiciais, trazendo duas
importantes novidades, considerando títulos executivos judiciais: os créditos de
S C 41- m u H 89
auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido
um
aprovados por decisão judicial, bem como a decisão interlocutória estrangeira, após a
IZ .7 .co
er L U
concessão de exequatur à carta rogatória, conferido pelo STJ.
4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0
No cumprimento de sentença, poderá o exequente optar pelo juízo do executado ou
g
A PE D
pelo juízo onde se encontram os bens sujeitos a execução, solicitando a remessa dos
0 er@
l
autos ao juízo de origem.
mi
p lc
Transcorrido o prazo de 15 dias para o pagamento voluntário, poderá o exequente
apresentar em cartório certidão com o teor da decisão e protestar o título. Também
há a possibilidade da inclusão do nome do devedor no cadastro de restrição ao
crédito, que pode ser feito, inclusive, pelo próprio juiz por meio do sistema
SERASAJUD.
O artigo 525 lista o rol de matérias que podem ser arguidas em impugnação ao
cumprimento de sentença, rol bastante amplo que deve ser conhecido pelo
candidato.
Desde que haja garantia do juízo, poderá o juiz conceder efeito suspensivo à
impugnação, desde que o executado demonstre a presença dos requisitos do artigo
a l
300 do CPC (fumus boni iuris e periculum in mora).
io n
a c
u c ER
No cumprimento de decisão que condena o réu ao pagamento de alimentos, é
permitido o protesto do título, de ofício pelo juiz, bem como a inscrição do nome do
E M d IL
devedor no cadastro de restrição ao crédito. Neste caso, a requerimento do
e
rt RO
exequente, o juiz intimará o executado para, no prazo de três dias, pagar o débito,
o OR
provar que o fez ou justificar a impossibilidade.
p
S C 41- m u H 89
O credor poderá optar pelo procedimento do artigo 528, que possibilita a prisão do
devedor, pelo prazo de um a três meses, pelo inadimplemento das três últimas
um IZ .7 .co
parcelas executadas, bem como pelas vincendas durante o procedimento (súmula 309
STJ).
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
Caso não tenha interesse no pedido de prisão, poderá ser requerido o cumprimento
A PE D 0 er@
de sentença pelo procedimento comum de expropriação.
l
mi
p lc
Enunciado 146: O prazo de 3 (três) dias previsto pelo art. 528 do CPC conta-se em dias
úteis e na forma dos incisos do art. 231 do CPC, não se aplicando seu § 3º.
JURISPRUDÊNCIA:
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA: Se o devedor for assistido da Defensoria, o prazo do
art. 475-J do CPC/1973 deverá ser contado em dobro. Se o devedor for assistido da
d R 4 3 g
Defensoria Pública, o prazo do art. 475-J do CPC/1973 deverá ser contado em dobro,
A PE D 0 er@
ou seja, o executado terá 30 dias para o débito. A prerrogativa da contagem em dobro
l i
dos prazos tem por objetivo compensar as peculiares condições enfrentadas pelos
m
p lc
profissionais que atuam nos serviços de assistência judiciária do Estado, que
enfrentam deficiências de material, pessoal e grande volume de processos. A
intimação para o cumprimento da sentença gera ônus para o representante da parte
vencida, que deverá comunicá-la do desfecho
desfavorável da demanda e alertá-la de que a ausência de cumprimento voluntário
implica imposição de sanção processual. Logo, deve ser aplicado o prazo em dobro
nesta situação. STJ. (Info 594).
u c ER
O pacto de impenhorabilidade de título patrimonial contido explicitamente em
d IL
estatuto social de clube desportivo não pode ser oposto contra exequente/credor não
E M
e
sócio. O pacto de impenhorabilidade previsto no art. 833, I, do CPC/2015 está
rt RO
limitado às partes que o convencionaram, não podendo envolver terceiros que não
p o OR
anuíram, salvo exceções previstas em lei. STJ. 3ª Turma. REsp 1.475.745-RJ, Rel. Min.
S C 41- m u H 89
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 24/04/2018 (Info 625).
um IZ .7 .co
er L
TÍTULOS EXECUTIVOS: Contrato eletrônico de mútuo com assinatura digital é título
U4 ma4 il
executivo extrajudicial. O contrato eletrônico de mútuo com assinatura digital pode
d V R O
4 3 . 0
ser considerado título executivo extrajudicial. Neste caso, não será necessária a
g
A PE D 0 er@
assinatura de 2 testemunhas, conforme exige o art. 784, III, do CPC/2015. Na
l
assinatura digital de contrato eletrônico, uma autoridade certificadora (terceiro
mi
desinteressado) atesta que aquele determinado usuário realmente utilizou aquela
p lc
assinatura no documento eletrônico. Como existe esse instrumento de verificação de
autenticidade e presencialidade do contratante, é possível reconhecer esse contrato
como título executivo extrajudicial. STJ. 3ª Turma. REsp 1.495.920-DF, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 15/05/2018 (Info 627).
SÚMULAS
u c ER
cumprido por dois oficiais de justiça, defeso o arrombamento.
E M d IL
c) o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor
e
rt RO
ou a periodicidade da multa vincenda, ou excluí-la, caso verifique
o OR
que se tornou insuficiente ou excessiva e que o obrigado
p
S C 41- m u H 89
demonstrou cumprimento parcial superveniente.
d) a multa depende de requerimento da parte e poderá ser
um IZ .7 .co
aplicada em qualquer fase do processo, de conhecimento, em
V O er L U 4
4 ma il
tutela provisória ou em fase de execução.
. 0
d R 4 3 g
e) a decisão que fixa a multa não é passível de cumprimento
A PE D 0 er@
provisório, só se permitindo sua execução com o trânsito em
l i
julgado da sentença favorável à parte.
m
p lc
GABARITO: C. Letra da lei. A seguir, vocês devem ler os artigos do
CPC que explicam todas as alternativas.
S C 41- m u H 89
provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o
levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença
um IZ .7 .co
favorável à parte.
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
22.
d R 3 g
PROCESSO DE EXECUÇÃO (Artigos 771 e seguintes)
4
A PE D 0 er@
l
mi
p lc
PRINCIPAIS TEMAS SOBRE A EXECUÇÃO
O artigo 784 lista o rol de títulos executivos extrajudiciais, sendo novidades os incisos
X e XI, devendo o candidato ter atenção especial a eles. Neste sentido, também são
considerados títulos executivos extrajudiciais: os créditos referentes às contribuições
ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício e a certidão expedida por
serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais
despesas.
A existência de título executivo extrajudicial não impede que a parte obtenha, por
meio de processo de conhecimento, o título judicial (artigo 785).
Na execução por quantia certa, o executado será citado para pagar a dívida no prazo
de três dias, contados da citação. Do próprio mandado de citação, já constará a ordem
de penhora e avaliação, a ser efetivada se não cumprido o pagamento no prazo legal,
conforme artigo 829.
a l
io n
Arresto executivo: ocorrerá quando o oficial de justiça não encontrar o executado
para que seja promovida a citação, podendo arrestar tantos bens, tantos quanto
a c
forem necessários à garantia da execução. Formalizado o arresto, nos 10 dias
u c ER
subsequentes o oficial procurará o executado por duas vezes e, havendo suspeita de
E M d IL
ocultação, realizará a citação com hora certa. Aperfeiçoada a citação e transcorrido o
e
prazo para pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, independente de termo.
rt RO
p o OR
Nas execuções para a entrega de coisa, o executado será citado, para em 15 dias,
S C 41- m u H 89
satisfazer a obrigação, podendo o juiz fixar multa por dia de descumprimento.
É exceção à impenhorabilidade de verbas salariais (artigo 833) quando a dívida é
um IZ .7 .co
decorrente de natureza alimentar ou quando o montante recebido pelo devedor é
er L U 4
4 ma il
superior a 50 salários mínimos, podendo ser penhorada a importância excedente a
esta. V O . 0
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
Uma importante alteração no NCPC ocorreu sobre a ordem de penhora, pois o §1º, do
l i
artigo 835, estabelece a prioridade da penhora em dinheiro. Neste sentido, havendo
m
p lc
dinheiro a ser penhorado o juiz deve necessariamente formalizá-la, de maneira que
poderá alterar a ordem de preferência apenas com relação às demais espécies de
penhora.
De acordo com o artigo 854, será permitido que o juiz, a requerimento do exequente,
sem dar ciência prévia do ato ao executado, determine que as instituições financeiras
tornem os valores indisponíveis. Trata-se de ato anterior a penhora, que visa à
eficiência da medida, sendo o executado ouvido posteriormente.
Moratória legal: no prazo dos embargos, poderá o executado depositar 30% do valor
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da execução, acrescidos de custas e honorários advocatícios, e requerer que o
restante seja pago em até seis prestações, acrescido de juros de 1% ao mês, bem
como correção monetária. A informação mais importante, com relação ao artigo 916,
é de que a moratória legal apenas é cabível ao processo de execução, de maneira que
não é situação possível quando se tratar de cumprimento de sentença.
Enunciado 150: Aplicam-se ao direito de laje os arts. 791, 804 e 889, III, do CPC.
Enunciado 152: O pacto de impenhorabilidade (arts. 190, 200 e 833, I) produz efeitos
entre as partes, não alcançando terceiros.
um IZ .7 .co
do leilão, nos termos do art. 886, IV, do CPC.
V er L0
U4 ma4 il
Enunciado 158: A sentença de rejeição dos embargos à execução opostos pela
O .
d R 3 g
Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária.
4
A PE D 0 er@
l
mi
p lc JURISPRUDÊNCIA
EXECUÇÃO: Em execução de título extrajudicial, o credor deve ser intimado para opor
fato impeditivo à incidência da prescrição intercorrente antes de sua decretação de
ofício. Esse dever de prévia intimação do credor para decretação da prescrição
intercorrente não era previsto expressamente no CPC/1973, sendo aplicado pelo STJ
com base na incidência analógica do art. 40, §§ 4º e 5º, da Lei no 6.830/80 (Lei de
Execução Fiscal). O CPC/2015, contudo, resolve a questão e prevê expressamente a
prévia oitiva das partes: Art. 921 (...) § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo
de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e
extinguir o processo. STJ. (Info 584)
u c ER
penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente à
d IL
sucessão desta pela União, não devendo a execução prosseguir mediante precatório
E M
(Info 853). e
(art. 100, caput e § 1º, da Constituição Federal). STF. Plenário. (repercussão geral)
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
EXECUÇÃO: O art. 5º, XXVI, da CF/88 e o art. 833, VIII, do CPC preveem que é
impenhorável a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
um IZ .7 .co
er L
trabalhada pela família. Assim, para que o imóvel rural seja impenhorável, são
U 4
4 ma il
necessários dois requisitos: 1) que seja enquadrado como pequena propriedade rural,
d V R O
4 3 . 0
nos termos definidos pela lei; e 2) que seja trabalhado pela família. Quem tem o
g
A PE D 0 er@
encargo de provar esses requisitos? Requisito 1 (pequena propriedade rural): trata-
l
se de ônus do executado (devedor). Requisito 2 (propriedade trabalhada pela
mi
família): não é necessário que o executado faça prova disso. Existe uma presunção
p lc
juris tantum (relativa) de que a pequena propriedade rural é trabalhada pela família.
Tal presunção é relativa e admite prova em sentido contrário. O ônus dessa prova, no
entanto, é do exequente (credor). Resumindo: no que concerne à proteção da
pequena propriedade rural, incumbe ao executado comprovar que a área é
qualificada como pequena, nos termos legais; e ao exequente demonstrar que não há
exploração familiar da terra. STJ. (Info 596).
u c ER
dependente de ex-servidor. STF. (repercussão geral) (Info 866).
E M d IL
e
EXECUÇÃO: É possível a conversão do procedimento de execução para entrega de
rt RO
coisa incerta para execução por quantia certa na hipótese em que o produto
p o OR
perseguido for entregue com atraso, gerando danos ao credor da obrigação. STJ. (Info
614).
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
EXECUÇÃO. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. PENHORA: Não é possível a penhora do
U 4
4 ma il
saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS para o pagamento de
d V R O
4 3 . 0
honorários de sucumbência. STJ. (Info 614).
g
A PE D 0 er@
l
EXECUÇÃO: Requisitos para a impenhorabilidade da pequena propriedade rural. A
mi
pequena propriedade rural é impenhorável (art. 5º, XXVI, da CF/88 e o art. 833, VIII,
p lc
do CPC) mesmo que a dívida executada não seja oriunda da atividade produtiva do
imóvel. De igual modo, a pequena propriedade rural é impenhorável mesmo que o
imóvel não sirva de moradia ao executado e à sua família.
Apenas dois requisitos cumulativos:
1) seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos definidos pela lei;
e
2) seja trabalhado pela família. (Info 616).
SÚMULAS
Súmula 196, STJ: Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer
revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de
embargos.
Súmula 375, STJ: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da
a l
penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
io n
Súmula 417, STJ: Na execução civil, a penhora de dinheiro na ordem de nomeação de
bens não tem caráter absoluto.
a c
u c ER
E M d IL
e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
er L
Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AC. Prova: Defensor Público
U 4
4 ma il
d V R O
4 3 . 0 g
Um juiz, nos autos da execução de sentença de determinado processo
A PE D 0 er@
cível, proferiu despacho determinando que os devedores fossem
l
EXECUÇÃO
mi
intimados a efetuar o pagamento do débito, bem como a adimplir as
custas recolhidas pelo credor para essa fase do processo.
p lc
Foi dado aos executados o prazo de quinze dias úteis, sob pena de
multa de 10% e de honorários advocatícios de 10% sobre o valor do
débito, para que pagassem o débito. Transcorrido esse prazo, caso
não houvesse sido realizado o pagamento voluntário, teria início o
prazo de quinze dias para que, independentemente de penhora ou de
nova intimação, os executados apresentassem, nos próprios autos,
sua impugnação, instrumentalizada com o demonstrativo dos
cálculos.
GABARITO: D.
p o OR
procedimento autônomo, citando a Fazenda para a oposição de
embargos.
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
B) embora o trânsito em julgado não seja requisito legal para início do
er L U 4 il
4 ma
cumprimento de sentença, por força da Constituição antes dele não é
V O . 0
possível expedir ordem de precatório ou requisição de pagamento de
d R 4 3 g
A PE D
pequeno valor mesmo que se trate de verba de natureza alimentar.
0 er@
l
mi
C) caso a Fazenda seja intimada para pagar o débito, no prazo de
p lc
quinze dias, e não realize pagamento voluntário no prazo, o débito
será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários
de advogado de dez por cento.
GABARITO: B.
u c ER
do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e,
d IL
também, de honorários de advogado de dez por cento.
E M
e
rt RO
d) ERRADO. Art. 534, § 3º do CPC. Não impugnada a execução ou
p o OR
rejeitadas as arguições da executada: I - expedir-se-á, por
S C 41- m u H 89
intermédio do presidente do tribunal competente, precatório
em favor do exequente, observando-se o disposto
um IZ .7 .co
na Constituição Federal;
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
e) ERRADO. Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de
d R 4 3 g
A PE D direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas
0 er@
lmanifestações processuais, cuja contagem terá início a partir
mi
da intimação pessoal.
p lc
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público.
Sobre os recursos, o candidato deve saber que, em todas as provas, ao menos uma
questão sobre o tema será cobrada. Para tanto, abaixo serão listadas as informações mais
relevantes e recorrentemente cobradas em concursos da Defensoria Pública pelos
examinadores. Não há muito aprofundamento sobre o tema nas questões objetivas, de
1) Apelação;
2) Agravo de instrumento;
3) Agravo interno;
4) Embargos de declaração;
6) Recurso especial;
7) Recurso ordinário;
E M d IL
a eventual remessa do recurso extraordinário ou especial ao tribunal superior
e
competente, na forma dos arts. 1.030, V, “c”, e 1.041 do CPC. 2
rt RO
23. 1 TEORIA GERAL DOS RECURSOS
p o OR
S C 41- m
• Artigos 995 e seguintes do CPC.
u H 89
um IZ .7 .co
Os recursos não têm efeito suspensivo, como regra geral, salvo disposição legal
V O er L
. 0
U
4 ma 4 il
(ope legis) ou judicial (ope judices) em sentido contrário. Sendo requisitos para a
concessão do efeito suspensivo: o risco de dano grave ou de difícil reparação e a
d R 4 3 g
A PE
probabilidade de provimento do recurso.
D 0 er@
l
mi
2 p lc
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente
ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
(...)
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao
Superior Tribunal de Justiça, desde que:
(...)
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.
Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordinário
será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1o.
§ 1o Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se for o
caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou necessário em
decorrência da alteração.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões,
caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem
e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a
remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões.
a
Compete ao recorrente comprovar a ocorrência de feriado local, no ato del
interposição do recurso.
io n
a c
u c ER
Preparo: A parte deverá comprovar o recolhimento do preparo no momento da
interposição do recurso. Será dispensável o recolhimento de remessa e retorno dos autos
de processo eletrônico.
E M d IL
e
rt RO
o OR
O recorrente que não comprovar o recolhimento do preparo no momento da
p
S C 41- m u H 89
interposição do recurso será intimado para pagá-lo, que, neste caso, será feito em dobro,
sob pena de deserção. Na hipótese de recolhimento insuficiente, a parte será intimada
m Z .7 .co
para completar o preparo, no prazo de 05 dias.
u I
V er L U
0
4
4 ma il
É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive
O .
d R 3 g
de porte de remessa e retorno, no recolhimento realizado após a aplicação da sanção em
4
A PE D 0 er@
dobro pelo não recolhimento do preparo no momento da interposição do recurso.
l
mi
p lc
Há a possibilidade de se provar que o preparo não foi recolhido no momento
oportuno, desde que por motivo justo. Nesse caso, a parte terá que comprovar o preparo
no prazo de 05 dias.
De acordo com o CPC, caso seja possível, poderá, na mesma sessão, ser dado
prosseguimento ao julgamento.
JURISPRUDÊNCIA
u c ER
processuais pelo Tribunal a quo que não sejam de conhecimento obrigatório da
d IL
instância ad quem deve ser comprovada no momento de sua interposição. STF. 1ª
E M
e
Turma. ARE 1109500 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/04/2018.
rt RO
p o OR
A falta de assinatura nos recursos interpostos nas instâncias ordinárias configura vício
S C 41- m u H 89
sanável, devendo ser concedido prazo razoável para o suprimento dessa
irregularidade. STJ. 3ª Turma. REsp 1746047/PA, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em
um IZ .7 .co
er L
21/08/2018. STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 980.664/MG, Rel. Min. Maria Isabel
U4 ma
Gallotti, julgado em 23/5/2017.4 il
d V R O
4 3 . 0 g
A PE D 0 er@
Não é possível conhecer do recurso especial subscrito por advogado sem procuração
l
nos autos caso a parte, depois de intimada para regularizar sua representação
mi
processual, nos termos do art. 932, parágrafo único, do CPC/2015, deixa transcorrer in
p lc
albis o prazo concedido para o saneamento do vício, nos termos do art. 76, § 2º, I, do
CPC/2015.
Isso significa que detectado o vício na representação processual, mesmo que se trate
de recurso especial, deverá ser dado um prazo de 5 dias para que a parte regularize a
situação. Somente se a parte não regularizar, o recurso não será conhecido. STJ. 4ª
Turma. AgInt no AREsp 1219271/SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 23/08/2018.
- APELAÇÃO:
• Previsão legal: artigo 1009 a 1014 do CPC.
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• Prazo de interposição: 15 dias.
• Cabimento: da sentença cabe apelação.
• Efeito: suspensivo ope legis, salvo as hipóteses previstas no §1º do artigo 1.012, sendo a
mais cobrada em prova a decisão que condena ao pagamento de alimentos (inciso II).
II – AGRAVO DE INSTRUMENTO:
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
V O er L
. 0
U4 ma4 il
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
O agravo de instrumento será interposto diretamente ao tribunal, com as peças que
l i
formarão o instrumento, nos termos do artigo 1.017, do CPC, salvo no caso de autos
m
p lc
de processo eletrônico, pois já acompanham o ato.
Interposto o recurso, se não for o caso de processo eletrônico, o agravante deverá
comunicar ao juízo a quo a prática do ato, em um prazo de três dias. Por ser dotado
de efeito regressivo, o juiz poderá rever sua decisão para reforma-la e, reformando,
se tornará prejudicado o agravo.
Enunciado 145: O recurso cabível contra a decisão que julga a liquidação de sentença
é o Agravo de Instrumento.
Por ser recurso cabível contra decisão proferida por relator, alguns artigos passam a
ser muito importantes para a análise do cabimento do referido recurso. Um deles é o
artigo 932, pois especifica os poderes do relator, sendo também relevante o incido I,
do artigo 1.019, diante da competência conferida ao relator de atribuir efeito ao
agravo de instrumento.
• Na decisão de agravo, o recorrente deverá impugnar especificamente os
fundamentos do agravo, materializando o princípio da dialeticidade.
Súmula 181 STJ. Não basta reiterar manifestações anteriores,
a
é indispensável que demonstre o motivo pelo qual está sendol
agravada a decisão.
io n
c
• O agravo interno, a partir de agora, é um recurso que tem o contraditório, devendo
a
c ER
o agravado ser intimado para se manifestar, no prazo de 15 dias, sobre o recurso
u
interposto.
E M d IL
• É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
e
rt RO
para rejeitar o agravo interno. Com a proibição da fundamentação referencial (per
o OR
relatione), há entendimento superado do STJ, que antes defendia a utilização de tal
p
método de decisão.
S C 41- m u H 89
• Quando o agravo interno for manifestamente inadmissível ou manifestamente
m IZ .7 .co
improcedente, o que será reconhecido em votação unânime da câmara, poderá ser
u
V O er L
.
U
0
4
4 ma il
aplicada multa, no valor de 1% a 5% do valor da causa, sendo o depósito da multa
indispensável para a interposição de outros recursos
d R 4 3 g
• De acordo com o STJ, não será aplicável a multa do agravo interno, se esse recurso
A PE D 0 er@
foi utilizado com o objetivo de exaurir a instância ordinária, para fins de interposição
l
de RE e RESP.
mi
p lc
IV – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:
•Previsão legal: artigo 1.022 A 1.026 do CPC.
• Efeitos: os embargos não possuem efeito suspensivo, porém interrompem o prazo para
a interposição de outros recursos, inclusive, em âmbito dos juizados especiais.
a c
c ER
• Prequestionamento: o prequestionamento é extraído da Constituição da República. Os
u
E M d IL
Embargos de declaração, para fins de prequestionamento, têm por objetivo suprir a
omissão de órgão ordinário no que diz respeito a alguma matéria alegada pela parte. Isto
e
rt RO
porque, para fins de interposição de RE e RESP, é necessário que a matéria tenha sido
analisada pela instância ordinária.
p o OR
S C 41- m u H 89
• Multa: quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou
m Z .7 .co
tribunal, por decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar multa não
u I
er L U 4 il
excedente a 2% por cento sobre o valor atualizado da causa. Na reiteração de
V 0 4 ma
interposição de embargos de declaração protelatórios, a multa poderá ser elevada até
O .
d R 3 g
10% sobre o valor atualizado da causa e a interposição de qualquer outro recurso ficará
4
A PE D 0 er@
condicionada ao pagamento da multa.
l
V – EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA:mi
p lc
Previsão legal: ARTIGOS 1.043 e 1.044 do CPC
VI – RECURSO ORDINÁRIO:
a l
Previsão legal: Artigo 1.027 e 1.028 do CPC,
io n
a c
É chamado de recurso ordinário constitucional, pois tem sua previsão expressa na
u c ER
Constituição da República, nos artigos 102, II e 105, II, da CR.
a l
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
io n
c
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face
a
desta Constituição.
u c ER
E M d IL
d) julgar válida lei local contestada em face de lei
federal. e
rt RO
p o OR
S C 41- m u H 89
Compete ao STJ, - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
m Z .7 .co
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
u I
V O er L
. 0
U4 ma4 il
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
l
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei
federal;
mi
p lc
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja
atribuído outro tribunal.
• O recurso será recebido pela secretaria do Tribunal, que intimará o recorrido para
apresentar contrarrazões, no prazo de 15 dias. Percebe-se que houve mitigação à
regra do NCPC acerca da extinção do juízo de admissibilidade pelo órgão a quo,
sendo que, no caso de RESP e RE, permanece a necessidade de duplo juízo de
admissibilidade.
• Recebido o recurso, o presidente ou vice-presidente do tribunal poderá selecionar
o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional,
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nos termos do parágrafo 6º, do artigo 1.036, na hipótese de multiplicidade de ações
sobre o mesmo tema. Nesse caso, o tribunal selecionará um ou dois recursos para
servirem de paradigma representativo e encaminhará para o STF ou STJ para
julgamento do incidente.
O recurso selecionado como paradigma tem que ser admissível e deve conter
abrangente argumentação para apreciação e análise da matéria, ou seja, devem ser
escolhidos os melhores recursos.
• Se interposto Recurso Especial para o STJ e o tribunal entende que a questão é
constitucional, deve ser concedido o prazo de 15 dias ao recorrente para que ajuste
seu recurso às características do recurso extraordinário, abordando as questões da
repercussão geral e, ainda, manifestando-se sobre a questão constitucional que o
STJ entendeu existir, e após, remeterá ao STF.
•Repercussão geral em Recurso Extraordinário: trata-se de requisito específico de
interposição do Recurso Extraordinário, conforme artigo 1.035.
l
transcendência das questões do processo. Deve-se demonstrar a relevância da questão
a
de amicus curiae para a análise da repercussão.
io n
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, sendo permitida a participação
a c
O novo código não exige mais a preliminar formal para suscitar a repercussão
u c ER
geral, podendo a repercussão geral ser deduzida no teor do recurso, sendo dispensável
E M d IL
tópico específico. A repercussão geral é presumida: quando o acórdão impugnado
contrariar súmula ou jurisprudência dominante do STF ou quando o acórdão reconhecer
e
rt RO
a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
p o OR
Reconhecida a repercussão geral, o STF determinará a suspensão de todos os
u H 89
processos pendentes no território nacional que tratam sobre a matéria a ser julgada.
S C 41- m
um IZ .7 .co
RE E RESP REPETITIVOS (artigos 1.036 a 1.041): Existindo no Tribunal de Justiça
er L U 4
4 ma il
multiplicidade de recursos com fundamentos em uma mesma questão de direito esses
V O . 0
recursos serão julgados com base nos recursos repetitivos.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
O Tribunal Local irá selecionar dois ou mais recursos, que serão os recursos
l i
representativos da controvérsia ou paradigmas, para que sejam encaminhados ao STF
m
região. p lc
ou ao STJ, suspendendo todos os processos correspondentes ao tema, no Estado ou na
u c ER
aos recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o
d IL
acórdão recorrido coincidir com a orientação do tribunal superior.
E M
e
rt RO
o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo
p o OR
de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente
u H 89
julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do Tribunal Superior.
S C 41- m
m Z .7 .co
Suspensos em primeiro grau de jurisdição, o processo retomará o seu curso
u I
V O er L.
U
0
4
4 ma il
para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior.
d 3 g
Se os recursos paradigmas versarem sobre questão relativa à prestação de
R 4
A PE D 0 er@
serviços públicos, a decisão deverá ser comunicada ao órgão competente que
l i
fiscalize o cumprimento dessa decisão.
m
p lc
AGRAVO EM RE E RESP (artigo 1.042 do CPC)
JURISPRUDÊNCIA:
AGRAVO. MULTA DO ART. 557, §2º: O § 2º do art. 557 do CPC 1973 (§ 4º do art.
1.021 do CPC 2015) prevê que, quando manifestamente inadmissível ou
improcedente o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa
l
de 1% a 10% do valor corrigido da causa (CPC 1973)• 1% a 5% do valor atualizado da
a
io n
causa (CPC 2015).• Essa multa é aplicada também para o beneficiário da justiça
gratuita? SIM. No entanto, há uma diferença de tratamento no caso: • CPC 1973: a
a c
parte beneficiária da justiça gratuita não está isenta do pagamento da multa do art.
557, § 2º do CPC 1973.
u c ER
d IL
Porém, o recolhimento da multa ficará suspenso por 5 anos para ver se a parte
E M
e
conseguirá melhorar sua condição econômica e auferir recursos para pagar a sanção,
rt RO
conforme prevê o art. 12 da Lei nº 1.060/50. Nesse sentido, decidiu o STF, 1ª Turma.
p o OR
RE 775685 AgR-ED/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/11/2015 (Info 808). Na
S C 41- m u H 89
prática, ela quase nunca irá pagar. • CPC 2015: o novo CPC prevê no art. 98, § 4º que a
concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as
um IZ .7 .co
er L
multas processuais que lhe sejam impostas. STF. (Info 808).
U4 ma4 il
d V R O
4 3 . 0
RECURSOS. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. NOVO CPC: O prazo de 5 dias previsto no
g
A PE D 0 er@
parágrafo único do art. 932 do CPC/2015 só se aplica aos casos em que seja
l
necessário sanar vícios formais, como ausência de procuração ou de assinatura, e não
mi
à complementação da fundamentação. Assim, esse dispositivo não incide nos casos
p lc
em que o recorrente não ataca todos os fundamentos da decisão recorrida. Isso
porque, nesta hipótese, seria necessária a complementação das razões do recurso, o
que não é permitido. STF. (Info 829).
a l
de sustentação oral. STJ. (Info 608).
io n
RECURSOS: É possível o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela em sede
a c
u c ER
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: Determinado indivíduo ingressou com pedido de
d IL
registro para concorrer às eleições de Prefeito sem estar filiado a partido político
E M
e
(candidatura avulsa). O pedido foi indeferido em todas as instâncias e a questão
rt RO
chegou até o STF por meio de recurso extraordinário. Ocorre que, quando o STF foi
p o OR
apreciar o tema, já haviam sido realizadas as eleições municipais. Diante disso,
S C 41- m u H 89
suscitou-se que o recurso estava prejudicado. O STF reconheceu que, na prática,
realmente havia uma prejudicialidade do recurso tendo em vista que as eleições se
um IZ .7 .co
er L
encerraram. No entanto, o Tribunal decidiu superar a rejudicialidade e atribuir
U4 ma4 il
repercussão geral à questão constitucional discutida dos autos. Isso significa que o STF
d V R O
4 3 . 0
admitiu o processamento do recurso e em uma data futura irá examinar o mérito do
g
A PE D 0 er@
pedido, ou seja, se podem ou não existir candidaturas avulsas no Brasil. Entendeu-se
l
que o mérito do recurso deveria ser apreciado tendo em vista sua relevância social e
mi
política. STF. Plenário. ARE 1054490 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
5/10/2017 (Info 880)
p lc
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA: Cabem embargos de divergência no âmbito de agravo
que não admite recurso especial com base na Súmula 83/STJ para dizer que, no
mérito, o acórdão impugnado estaria em sintonia com o entendimento firmado por
esta Corte Superior. STJ. (Info 610).
S C 41- m u H 89
expressamente no rol do art. 1.015 do CPC/2015. A decisão interlocutória que acolhe
ou rejeita a alegação de incompetência desafia recurso de agravo de instrumento, por
um IZ .7 .co
er L
uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III do art. 1.015
U4 ma4 il
do CPC/2015, já que ambas possuem a mesma ratio -, qual seja, afastar o juízo
d V R O
4 3 . 0
incompetente para a causa, permitindo que o juízo natural e adequado julgue a
g
A PE D 0 er@
demanda. STJ. (Info 618)
l
SÚMULAS mi
p lc
SÚMULA 579-STJ: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendên-
cia do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado
anterior. (CORTE ESPECIAL, julgado em 01/07/2016, DJe 01/08/2016)
Súmula 641, STJ: Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos
litisconsortes haja sucumbido.
Súmula 484, STJ: Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil
subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do
expediente bancário.
e
rt RO
GABARITO COMENTADO
p o OR
S C 41- m u H 89
CORRETA: Letra E, nos termos do artigo 1.015, XI. Conforme
exposto, quando do estudo do Agravo de Instrumento, é
um IZ .7 .co
recorrente a cobrança de questões sobre a literalidade do rol de
V er L U 4 il
4 ma
cabimento do recurso, sendo indispensável o conhecimento da
O . 0
integralidade do artigo.
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
INCORRETAS:
l
mi
p lc
A) Nesta alternativa, o examinador tentou confundir o candidato,
pois dispôs da hipótese do artigo 1.015, II, contudo, utilizando
termos que demandam uma interpretação mais ampla. Isto
porque deve o candidato saber que a decisão que diminui
objetivamente a demanda é parcial de mérito, pois, se fosse
integral, haveria a extinção do processo por sentença terminativa,
ou seja, sem resolução de mérito.
e
rt RO
p o OR
e) só é cabível nas decisões interlocutórias que versem sobre
S C 41- m u H 89
tutelas provisórias de urgência ou da evidência.
um IZ .7 .co
GABARITO: E
V er L
O
U
.
4
0
il
4 ma
CPC Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da
d R 4 3 g
causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente,
A PE D 0 er@
ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao
l i
membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15
m
p lc
(quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões,
nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art.
1.021:
I - no recurso de apelação;
II - no recurso ordinário;
IV - no recurso extraordinário;
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM
- Defensor Público - Reaplicação
p o OR
GABARITO: A.
S C 41- m u H 89
um
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-
IZ .7 .co
er L U il
presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso
4 4 ma
d V extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na
R O 3 . 0 g
aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão
4
A PE D 0 er@
geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
l
mi
p lc
ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: DPE-RS PROVA: FCC - 2018 -
DPE-RS - DEFENSOR PÚBLICO
GABARITO: B.
p o OR
convocados nos termos previamente definidos no regimento
S C 41- m u H 89
interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de
inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais
um IZ .7 .co
terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os
V er L
c)
O
U
.
4
0
il
novos julgadores.
4 ma
ERRADO. Art. 1.026. Os embargos de declaração não
d R 4 3 g
possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a
A PE D 0 er@
interposição de recurso.
l
d) i
ERRADO. Art. 1.003, § 6o O recorrente comprovará a
m
e) p lc
ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
ERRADO. Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer
tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir
do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise
de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e
daquele objeto de julgamento de recursos extraordinários ou
especiais repetitivos.
art. 997, § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal,
salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente
fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no
recurso especial;
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III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal
ou se for ele considerado inadmissível.
S C 41- m u H 89
aumentar o valor dos honorários de sucumbência em percentual
superior a 20% do valor da condenação.
um IZ .7 .co
V er L U 4 il
4 ma
E) não poderá majorar o valor da condenação, mas poderá
O . 0
aumentar o valor dos honorários de sucumbência até o máximo
d R 4 3 g
A PE D 0 er@
de 20% do valor da condenação.
l
GABARITO: E mi
p lc
COMENTÁRIOS:
A ação rescisória será cabível contra decisão de mérito, transitada em julgados se:
a c
situação concreta e o padrão decisório que lhe deu fundamento.
u c ER
E M d IL
e
rt RO
Nesses casos, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, de forma
p o OR
fundamentada e particularizada, que a situação concreta é distinta ou que a questão
jurídica não examinada precisa que seja imposta outra situação jurídica.
Essa disposição traz a superação da súmula 401 do STJ, que dizia: o prazo
l
decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for cabível qualquer recurso do
a
último pronunciamento judicial.
io n
a c
u c ER
d IL
Se a ação for fundada em prova nova o termo inicial do prazo será o da descoberta
E M
e
da prova nova, porém, deve-se observar o prazo máximo de 05 anos contados do trânsito
rt RO
em julgado da última decisão proferida no processo, para que se inicie o prazo de dois
anos.
p o OR
S C 41- m u H 89
um IZ .7 .co
Se a ação rescisória se der em virtude de simulação ou colusão das partes, o prazo
V O er L
. 0
U4 ma4 il
começará a contar para o terceiro interessado e ao MP a partir do momento em que têm
ciência da simulação ou da colusão. Nesse caso, não há limite temporal, mas deverá ser
d R 4 3 g
proposta no prazo de 02 anos do descobrimento.
A PE D 0 er@
l
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Dica final, mas não menos importante, hein?!
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO RESCISÓRIA: Ainda existe a figura do revisor na ação rescisória? • Nas
rescisórias julgadas pelo TJ e TRF: NÃO. O CPC/2015 eliminou, como regra geral, a
figura do revisor em caso de ação rescisória. • Nas rescisórias julgadas pelo STJ: SIM.
Nas ações rescisórias processadas e julgadas originariamente no STJ, mesmo após o
advento do CPC/2015, continua existindo a figura do revisor. Isso porque existe
previsão específica no art. 40, I da Lei nº 8.038/90, que continua em vigor. STJ. (Info
SÚMULAS
Súmula 515, STF: Admite-se ação rescisória contra sentença transitada em julgado,
ainda que contra ela não se tenham esgotado todos os recursos.
Súmula 252, STF: Na ação rescisória, não estão impedidos os juízes que participaram
do julgamento rescindendo.
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ANO: 2018: BANCA: FCC. ÓRGÃO DPE- MA
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A ação rescisória:
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A) não é admitida contra sentença terminativa, pois é necessário
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que a decisão seja de mérito para que seja possível a sua rescisão.
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AÇÃO
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B) é cabível, em tese, contra decisão interlocutória e contra
RESCIRÓRIA
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decisão monocrática do relator, desde que referentes ao mérito e
que tenham transitado em julgado.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
GABARITO COMENTADO:
INCORRETAS:
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caso, a alternativa trouxe a regra trazida pelo artigo 975 do CPC,
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mas não mencionou as hipóteses dos parágrafos 2º e 3º, que
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trazem limitação temporal distinta.
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S C 41- m u H 89
Quando a ação rescisória tiver por objeto a descoberta de prova
nova, o limite temporal de dois anos é contado a partir do dia em
um IZ .7 .co
que a prova foi descoberta, porém há de se observar o limite
V O er L
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temporal máximo permitido em lei para que seja possível a
rescisão, qual seja: 5 anos. Assim, se, dentro de cinco anos, for
d R 4 3 g
A PE D descoberta nova prova, poderá ser proposta ação rescisória, em
0 er@
um prazo de dois anos.
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Por fim, vale lembrar que, quando a ação rescisória for baseada
em simulação ou colusão das partes (artigo 966, III), não há limite
temporal para a descoberta das provas que demonstram o ato
fraudulento. Assim, o prazo decadencial de dois anos para a
propositura de ação rescisória, começa a contar da data em que se
teve ciência da simulação ou da colusão.
O Ministério Público será sempre intimado para atuar como fiscal da lei, devendo
assumir a ação em caso de desistência ou abandono.
Não será cabível IRDR, quando o STF ou o STJ já estiver afetado o recurso para
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definição de tese de direito material ou processual repetitiva. Ou seja, se já houver REsp
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ou RE repetitivo sobre o assunto no tribunal superior, NÃO poderá ser instaurado o IRDR!
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A interposição de IRDR dispensa o pagamento de custas.
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para tanto: E M d IL
O pedido é instaurado perante o presidente do tribunal, sendo partes legítimas
Também será aplicada a tese aos casos futuros que versarem sobre idêntica
questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal,
salvo se houver revisão da tese firmada, conforme artigo 986 do CPC. Se a tese não for
observada caberá reclamação.
FIQUE LIGADO:
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tramitam no Estado ou na região prevista no art. 982, I, do CPC não é decorrência
automática e necessária da admissão do IRDR, competindo ao relator ou ao colegiado
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decidir acerca da sua conveniência.
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Enunciado 141: É possível a conversão de Incidente de Assunção de Competência
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em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, se demonstrada a efetiva repetição
A PE D 0 er@
de processos em que se discute a mesma questão de direito.
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Enunciado 142: Determinada a suspensão decorrente da admissão do IRDR (art.
982, I), a alegação de distinção entre a questão jurídica versada em uma demanda em
curso e aquela a ser julgada no incidente será veiculada por meio do requerimento
previsto no art. 1.037, §10.
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IIII. Assim como a parte que sucumbiu parcialmente, o terceiro
prejudicado e o Ministério Público podem interpor recurso
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adesivo quando intimados para apresentar contrarrazões de
apelação.
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IIV. O legislador permite o exercício do juízo de retratação no
recurso de apelação somente nos casos de sentença de
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indeferimento da inicial, de improcedência liminar do pedido e
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da que reconhecer a existência de perempção, de
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litispendência ou de coisa julgada.
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V. Representa violação ao princípio do juízo natural a
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alteração da qualificação jurídica sobre os contornos fáticos
informados na sentença, cuja apelação, se assim interposta,
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não deverá ser conhecida.
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Está correto o que se afirma APENAS em
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a) III e IV.
b) II e V.
c) I e II.
d) I, II, III e IV.
e) I.
GABARITO: C
ITEM I - CORRETO
ITEM II - CORRETO
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Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo
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inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar
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que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
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ITEM III - FALSO - e
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S C 41- m u H 89
Somente a parte adversa que não recorreu pode interpor
recurso adesivo. Igualmente, a parte não pode apresentar
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recurso adesivo ao recurso principal de terceiro interessado e
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do MP como fiscal da lei.
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ITEM IV - FALSO - existem outras hipóteses, seguem abaixo:
A PE D 0 er@
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Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,
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facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
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Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente
improcedente o pedido que contrariar:
ITEM V - FALSO
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Enunciado 138: É cabível reclamação contra acórdão que aplicou indevidamente tese
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jurídica firmada em acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou
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quanto previsto no art. 988, § 4º, do CPC.
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especial repetitivos, após o esgotamento das instâncias ordinárias, por analogia ao
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JURISPRUDÊNCIA E M d IL
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RECLAMAÇÃO: Necessidade de esgotamento das instâncias para alegar violação à
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decisão do STF que decidiu pela constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93.
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S C 41- m u H 89
Em 2017, o STF reafirmou o entendimento de que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 é
constitucional e deve ser aplicado. Isso foi no julgamento do RE 760931/DF,
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submetido à sistemática da repercussão geral.
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O STF afirmou que a sua decisão no RE 760931/DF “substituiu” a eficácia da tese
fixada na ADC 16. Isso significa que agora o Poder Público, se quiser ajuizar
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reclamação discutindo o tema, deverá fazê-lo alegando violação ao RE 760931/DF (e
A PE D 0 er@
não mais à ADC 16).
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Qual a desvantagem disso para o Poder Público:
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• descumprimento de decisão do STF em ADI, ADC, ADPF: reclamação mesmo que a
decisão “rebelde” seja de 1ª instância. Não se exige o esgotamento de instâncias.
• Descumprimento de decisão do STF em recurso extraordinário sob a sistemática da
repercussão geral: reclamação, esgotamento das instâncias ordinárias (art. 988, § 5º,
II, do CPC/2015). (Info 888).
Art. 988 (...) § 5º É inadmissível a reclamação: (...) II – proposta para garantir a
observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida
ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial
repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.
SÚMULAS
Súmula 734, STF: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o
ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
IFORMAÇÕES CONTESTAÇÃO
PETIÇÃO INICIAL VISTAS AO MP
AUTORIDADE BENEFICIÁRIO
DA RECLAMAÇÃO (5 DIAS)
(10 DIAS) (15 DIAS)
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Da decisão que decidir os embargos é cabível apelação, sendo que, caso o juiz
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entenda que o autor propôs indevidamente a ação monitória, o condenará ao
S C 41- m u H 89
pagamento de multa de até 10% sobre o valor da causa, a título de litigância de má-
fé, ocorrendo o mesmo com o réu, na eventualidade de serem interpostos embargos
indevidos.
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p lc Há 3 hipóteses procedimentais da ação
ATENÇÃO!
monitória que são super importantes para a sua prova. Se liga:
PRAZO DE 15 ISENÇÃO DO
PETIÇÃO DECISÃO DIAS PARA O RÉU CUMPRE A PAGAMANTO
INICIAL POSITIVA RÉU CUMPRIR OBRIGAÇÃO DE CUSTAS
OU EMBARGAR PROCESSUAIS
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Súmula 247 STJ: O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, n
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acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento
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da ação monitória.
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Súmula 299 STJ: É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
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Súmula 384 STJ: Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de
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venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia.
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Súmula 503-STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente
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estampada na cártula.
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de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão
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Súmula 504-STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente
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vencimento do título. p lc
de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao
NÃO CONFUNDIR AS SÚMULAS 503 E 504 DO STJ! Uma fala sobre cheque e outra
sobre nota promissória. O que é trazido de diferença entre as duas é o termo inicial da
contagem do prazo prescricional. O do cheque prescrito é contado da data da emissão do
cheque e a da nota promissória é contado do dia seguinte ao vencimento do título.
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Na ação de exigir contas (artigo 550 a 553), o procedimento se divide em duas
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fases, sendo que na primeira o juiz proferirá uma primeira decisão que irá condenar o
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réu a prestar as contas; desafiando, portanto, agravo de instrumento.
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Na segunda fase, o autor será intimado para se manifestar sobre as contas prestadas
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e, no prazo de 15 dias, a impugnação das contas deverá ser fundamentada e
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específica, manifestando-se exatamente sobre o valor que se contesta. Após, o réu
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esta, sujeita a apelação. p lc
será intimado para apresentar documentos e será proferida uma segunda decisão,
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ainda que o contrato não conte com duas testemunhas.
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poderá utilizar-se da ação monitória e, após a citação do
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devedor, caso não pague e não apresente embargos à
monitória, o processo segue pelo rito comum.
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GABARITO: B
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COMENTÁRIOS:
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1) Contrato de abertura de crédito juntamente com os extratos
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e demonstrativos não é título extrajudicial. Súmula 233 do STJ:
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O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de
extrato da conta-corrente, não é título executivo.
BORBA, Mozart. Diálogos sobre o Novo CPC. Recife: Editora Armador, 2016.
CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro Carneiro. Acesso à Justiça: juizados especiais cíveis e
ação cível pública: uma nova sistematização da teoria geral do processo. Rio de Janeiro
Forense, 2000.
JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Forense.
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