E - BAR e RESTAURANTE
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Introdução
A presente revisão tributária compreendeu a verificação dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional,
quais sejam: ICMS, PIS, COFINS, IRPJ e CSLL declarados pela empresa Contratante na sua DASN – Declaração
da Apuração do Simples Nacional, pagos via DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional.
Além da revisão do cálculo propriamente dito, direcionamos nossos exames para os valores computados nas
bases de cálculo dos tributos citados, com o objetivo de identificar tributação indevida ou a maior.
A legislação tributária brasileira é complexa e muitas vezes o mesmo dispositivo comporta mais de uma
interpretação, de modo que a revisão tributária realizada pela Studio E-fiscal está fundamentada na
observância aos preceitos e orientações da Receita Federal do Brasil no momento de sua elaboração.
A realização do trabalho ocorreu nas dependências da Studio E-fiscal, que esteve em contato com a
Contratante para dirimir as dúvidas e alinhar critérios.
Importante ressaltar que o trabalho foi feito a partir das informações disponibilizadas pelo Contratante,
como: MFD – Memórias Fitas Detalhes, Notas Fiscais e Declarações. Não podemos nos responsabilizar por
eventuais informações não consideradas no trabalho, por não terem sido a nós concedidos.
PLANEJAMENTO E METODOLOGIA
Como resultado do nosso trabalho, apresentamos o Relatório com os pontos que ensejaram direito à
compensação (de pagamento indevido ou a maior), a sua fundamentação teórica, a metodologia aplicada, os
valores, objeto de recuperação, e as instruções para compensação a pedido.
Dados do Cliente
Dados do Trabalho
• Lei nº 10.833/2003.
Base Legal
• Lei nº 13.097/2015.
• Lei Complementar nº 123/2006.
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte comercial, optante
pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação da tabela do Anexo I desta Lei Complementar.
§ 1º Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12
(doze) meses anteriores ao do período de apuração.
(...)
§ 4º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento, as receitas decorrentes da:
I - revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma do Anexo I desta Lei Complementar;
(...)
II - sobre as quais houve retenção de ISS na forma do § 6º deste artigo e § 4º do art. 21 desta Lei
Complementar, ou, na hipótese do § 22-A deste artigo, seja devido em valor fixo ao respectivo município;
III - sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido objeto de isenção ou redução de ISS ou de ICMS na
forma prevista nesta Lei Complementar;
IV - decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial
exportadora ou da sociedade de propósito específico previsto no art. 56 desta Lei Complementar;
V - sobre as quais o ISS seja devido a Município diverso do estabelecimento prestador, quando será recolhido
no Simples Nacional.
(...)
§ 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a cada tributo, para o contribuinte que apure receitas
mencionadas nos incisos I a III e V do § 4º-A deste artigo, no qual serão consideradas as reduções relativas aos
tributos já recolhidos, ou sobre os quais tenha havido tributação monofásica, isenção, redução ou, no caso do
ISS, que o valor tenha sido objeto de retenção, ou seja, devido diretamente ao Município.
A legislação que trata sobre os produtos sujeitos à tributação monofásica de PIS e COFINS, por sua vez, é bastante
esparsa, conforme é possível verificar nas normas abaixo:
Lei nº 10.833/2003
Art. 58-A. A Contribuição para o PIS/Pasep, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins,
a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação, a Cofins-Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados
- IPI devidos pelos importadores e pelas pessoas jurídicas que procedam à industrialização dos produtos
classificados nos códigos 21.06.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 22.02.90.00, e
22.03, da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – Tipi, aprovada pelo Decreto no
6.006, de 28 de dezembro de 2006, serão exigidos na forma dos arts. 58-B a 58-U desta Lei e nos demais
dispositivos pertinentes da legislação em vigor.
(...)
Art. 58-V. O disposto no art. 58-A desta Lei, em relação às posições 22.01 e 22.02 da Tipi, alcança,
exclusivamente, água e refrigerantes, refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos e compostos
líquidos prontos para o consumo que contenham como ingrediente principal inositol, glucoronolactona,
taurina ou cafeína.
Lei 13.097/2015
Art. 14. Observado o disposto nesta Lei, serão exigidos na forma da legislação aplicável à generalidade das
pessoas jurídicas a Contribuição para o PIS/PASEP, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social -
COFINS, a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação, a COFINS-Importação e o Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI devidos pelos importadores e pelas pessoas jurídicas que procedam à industrialização e
comercialização dos produtos classificados nos seguintes códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011:
I - 2106.90.10 Ex 02;
II - 22.01, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 2201.10.00;
III - 22.02, exceto os Ex 01, Ex 02 e Ex 03 do código 2202.90.00; e
IV - 22.02.90.00 Ex 03 e 22.03.
Art. 28. Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
a receita decorrente da venda dos produtos de que trata o art. 14, quando auferida pela pessoa jurídica
varejista definida na forma do art. 17.
§ 1o O disposto no caput:
II - aplica-se inclusive às pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS.
§ 2o O disposto no inciso II do § 1o aplica-se inclusive às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional.
Assim, a receita decorrente da revenda de mercadorias com as classificações fiscais indicadas na legislação acima estão
sujeitas à alíquota zero (0%) de PIS e COFINS, pois, sofrem tributação concentrada na importação e/ou fabricação. Por
esse motivo, as receitas decorrentes de tais operações devem ser destacadas na DASN e não compreenderão a base de
cálculo do tributo.
O entendimento acima é embasado pelo art. 25-A, §§ 6º e 7º, da Resolução CGSN nº 94/2011, conforme segue:
Art. 25-A. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será determinado
mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a V e V-A sobre a base de cálculo de que
tratam os arts. 16 a 18.
II - venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte, que serão tributadas na forma do Anexo II;
§ 7º Na hipótese do § 6º:
I - a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deverá obedecer à legislação específica da União,
na forma estabelecida pela RFB;
II – os valores relativos aos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional serão calculados tendo como
base de cálculo a receita total decorrente da venda dos referidos produtos sujeitos à tributação concentrada
ou à substituição tributária das mencionadas contribuições.
Podemos, portanto, afirmar ser ponto pacífico a legislação determinar a segregação das receitas sujeitas à tributação
concentrada em uma única etapa (monofásica). No caso do comerciante, atacadista ou varejista, não haverá
recolhimento relativo à PIS e COFINS para optantes da sistemática do Simples Nacional, pois a alíquota prevista para
essas contribuições é zero.
Assim, a pessoa jurídica comerciante atacadista ou varejista, desde 1º.01.2009, deverá aplicar a redução da
contribuição para o PIS e da Cofins do valor a ser recolhido mensalmente, decorrente dos produtos sujeitos à tributação
monofásica, nos termos do art. 18, § 4º, inciso IV, e §§ 12 a 14, da Lei Complementar nº 123/2006.
Dispositivos Legais: Lei Complementar n.º 123, de 2006 (na redação atualizada pela Lei
Complementar n.º 128, de 2008), artigo 18, parágrafos 4º, inciso IV, 12 a 14, inciso I, e 15.
Dispositivos Legais: Lei Complementar n.º 123, de 2006 (na redação atualizada pela Lei
Complementar n.º 128, de 2008), artigo 18, parágrafos 4º, inciso IV, 12 a 14, inciso I, e 15.
Metodologia Aplicada
Com o objetivo de demonstrar nossa metodologia de análise do ponto, destacamos os cruzamentos para identificação
do crédito em relação à base documental. Para se ter veracidade nas informações, relacionamos tais cruzamentos com
as planilhas de cálculo.
1 – Análise Memória Fita Detalhe e Notas Fiscais x Receita Declarada no Portal do Simples Nacional (DAS)
2016 jun
Revenda de Produtos 62016
Tributado 148.890,22
Cliente Monofásico -
Alíquota 1,56%
Tributado 102.913,42
Studio E-Fiscal Monofásico 45.976,80
Alíquota SF 1,56%
Cliente Valor Pago - DAS 2.322,68
Monofásico x Alíquota 717,24
Conforme se pode extrair da relação de Junho de 2016, a empresa incluiu na base de cálculo do Simples Nacional, a
receita decorrente da revenda de mercadorias sujeitas à Tributação Monofásica de PIS/COFINS. Dessa forma, ofereceu
à tributação o valor total da receita do período, de R$ 148.890,22, sendo que R$ 45.976,80 de sua receita estava sujeito
à tributação monofásica de PIS/COFINS.
Para as análises foram considerados as Notas Fiscais Eletrônicas e os cupons fiscais obtidos da seguinte impressora:
BE050872800000009601
Os valores pagos a maior a serem recuperados apresentados na tabela abaixo são a diferença entre receitas tributadas
a maior e o valor pago em DAS.
Análise Quantitativa – PIS/COFINS
Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar, deverão
ser pagos:
(...)
§ 10. Os créditos apurados no Simples Nacional não poderão ser utilizados para extinção de outros
débitos para com as Fazendas Públicas, salvo por ocasião da compensação de ofício oriunda de
deferimento em processo de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples Nacional.
(Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 )
§ 11. No Simples Nacional, é permitida a compensação tão somente de créditos para extinção de
débitos para com o mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo. (Incluído pela Lei
Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 )
b) Certificado digital:
Informar o Período de Apuração (PA) em que houve pagamento indevido ou em montante superior ao
devido (Deverá ser informado o mês e o ano do período de apuração no formato MM/AAAA).
OBS.: Caso não exista pagamento de Simples Nacional com valor disponível para o PA, será exibida a
mensagem “Não há pagamentos com valores disponíveis nesse PA”.
Havendo pagamento com valor disponível para o PA selecionado, serão exibidos os dados do pagamento.
Selecionar o débito que deseja compensar, clicando na bolinha ao lado do PA. Após a seleção do débito,
clicar no botão “utilizar Débito”.
Ao selecionar um dos débitos da lista e clicar no botão “Utilizar Débito”, será mostrado o detalhamento do
débito por tributo, ou seja, somente serão exibidos os tributos com saldo devedor, discriminando o valor do
débito.
O Aplicativo compensa somente o(s) tributo(s) que tenha(m) saldo devedor com o respectivo crédito
disponível desse(s) tributo(s).
Após a compensação, o botão “Compensar” ficará inibido. Assim, para voltar ao menu inicial clicar no botão
“voltar”.
CONSULTA COMPENSAÇÕES
Para consultar as compensações efetuadas clicar no item “Consulta Compensações” do menu inicial. Será
exibida uma tela com todas as compensações transmitidas.
CANCELAMENTO DE COMPENSAÇÃO
Para cancelar uma compensação, clicar no item “Cancelamento da Compensação”. Serão apresentadas
todas as compensações existentes.
Será aberta uma caixa na tela, solicitando a confirmação do cancelamento da compensação, conforme
abaixo.
Para continuar, clicar em “OK”. Será mostrada a mensagem “Cancelamento efetuado!” e o pagamento que
estava utilizado ficará disponível para ser usado em outra compensação.