Resumo Capítulo 4 Do Livro Da Psicometria Trata Dos Modelos Da Psicometria TCT e TRI

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FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

MARILANDE BATISTA DA SILVA

RESUMO DOS MODELOS DA PSICOMETRIA TCT E TRI

Trabalho acadêmico apresentado da


disciplina Medidas em Psicologia do
Curso de Psicologia da Faculdade Anísio
Teixeira (FAT) solicitado pela docente
Roberta Lima Machado de Souza Araújo,
como requisito para obtenção de nota
parcial na unidade I, do 4º semestre.

FEIRA DE SANTANA – BA
2020
PASQUALI, L. Psicometria: Teoria dos testes na Psicologia e na Educação. Petrópolis, RJ.
Vozes, 2003. P 67 a 84

INTRODUÇÃO

O capítulo 4 do livro da psicometria trata dos modelos da psicometria TCT e


TRI, o objetivo da psicometria é explicar o sentido das respostas dadas pelo
sujeito a uma séria de tarefas, chamadas de itens. A teoria clássica dos Testes
(TCT) se preocupa em explicar o resultado final total, ou seja, a soma das
respostas dadas a uma quantidade de itens. Que chamamos de escore Total(T).
Por outro lado o TRI se preocupa com itens de boa qualidade e não tem interesse
no escore total em um teste, na verdade a TRI se interessa especificamente por
cada um dos itens, assim querendo saber a probabilidade de erros e acertos de
um teste de aptidão (personalidade, interesse e atitudes). Desta forma, vemos
que a TCT tem interesse em produzir testes de qualidades, enquanto a TRI se
interessa por produzir tarefas (itens) de qualidade.

MODELO DA PSICOMETRIA CLÁSSICA: TCT

A psicometria foi desenvolvida de dados obtidos exclusivamente da medida


das aptidões humanas (inteligência). Elaborada por psicólogos de preocupação
predominante estatísticas e tendo interesse dentro da visão materialista que
dominava as ciências na época. Com referência a aplicação do modelo a medida
de outros traços latentes do ser humano que não sejam as aptidões, onde não
existem respostas (comportamentos) certas e erradas. Na TCT o sujeito
responde a uma série de itens (tarefas) que se propôs, um ponto por cada
resposta correta, assim no final obterá um escore total, a soma dos pontos ou
respostas corretas. O foco da TCT não é o traço latente e sim o comportamento
o escore em um teste, sendo o teste um conjunto de comportamento. Seu
enfoque está no tau(t) e não no teta (o), entendendo como tau o escore num
teste e o teta como o traço latente.
MODELO

O modelo foi desenvolvido por Sperman implica em alguns postulados


básicos podendo ser considerado as regras do jogo. Seguindo a clássica síntese
de Gulleksen (1950), é preciso, primeiramente, distinguir três componentes
nesse jogo sendo o escore bruto(T), escore verdadeiro (V) e o erro (E).

T = escore bruto ou empírico do sujeito, que é a soma dos pontos obtidos


no teste.

V = escore verdadeiro, que seria a magnitude real daquilo que o teste


quer medir do sujeito, seria o próprio T caso não houvesse o erro de medida

E = é erro cometido nesta medida.

O modelo fundamental da Psicometria Clássica, é de que o escore bruto do


sujeito é a soma do escore verdadeiro e do erro, ou seja, T = V + E.

O escore tau – t é constituído por dois componentes, o escore real ou


verdadeiro (V), naquilo que o teste pretende medir o erro (E) de medida. A TCT
consiste em elaborar estratégias (estatísticas) para controlar ou avaliar a
magnitude do E. não tendo como fazer medição do escore verdadeiro do sujeito
no teste, se não houvesse o erro na medida. O escore verdadeiro o (V) e a
esperança matemática do escore empírico(T), o conceito significa se o sujeito
responde infinitas vezes o mesmo teste, ele teria infinitos diferentes escores
empíricos, assim sendo diferentes por causa do erro, presente nas infinitas
medidas e como o erro não é sempre da mesma magnitude (pode ser maior ou
menor cada vez que o sujeito se submete aos testes). Assim a correlação entre
o escore verdadeiro e erro é zero. Não há correlação entre os erros cometidos
num teste qualquer (teste i) e um teste paralelo (teste j). Como se supõe que os
erros são aleatórios, não a razão para suspeitar que eles dependem uns dos
outros. Assim se fala de dois testes T¹ e T², sendo paralelos, quando estão
medindo mesma coisa, porém com itens (tarefas) diferentes.

1. Os escores verdadeiros em ambos os testes são iguais (V¹=V²).


2. A distribuição dos erros (variância) em ambos os testes igual, isto é Var(E¹) e Var(E²).
Os escorres verdadeiros são iguais em ambos os testes, mas as variâncias
dos erros são diferentes, chamando de tau-equivalentes, os testes estão
medindo a mesma, mas produzindo diferente variabilidade, assim tendo testes
paralelos quando, os escores verdadeiros de testes paralelos são iguais ou a
variância de um teste e igual a variância de um teste paralelo.

O MODELO DA PSICOMETRIA MODERNA TRI

1-A TEORIA DA RESPOSTA O ITEM E A TEORIA PSICOMÉTRICA


CLÁSSICA

A teoria da resposta ao item (TRI) já uma longa história. Ela se baseia no


modelo do traço latente, que possui a história, mas longa ainda, dentro do qual
você encontra autores do anos 30, como Guttman(1941,1944) e outros.

A teoria começou a ser formalizada mais tecnicamente com os trabalhos de


Lord(1952-1953), nos Estados Unidos e Rasch (1960) na Dinamarca, utilizavam
a teoria para testes de desempenho e de aptidão. A TRI vem se tornando a
técnica predominante no campo dos testes, conhecida apenas nos anos 90 no
Brasil e vem substituindo grande parte da teoria clássica da Psicometria. O
enorme impacto que a TRI vem tendo em psicometria se deve ao fato de superar
certas limitações, especificamente quadro dessas limitações são

1. Os parâmetros clássicos dos itens (dificuldade e discriminação) depende diretamente da


amostra de sujeitos, representativa de população, os parâmetros dos itens não são
considerados para esta população.
2. A avaliação das aptidões dos testando depende do teste utilizado, sendo assim testes
diferentes que medem a mesma aptidão, reproduziram escores diferentes da mesma aptidão
para sujeitos idênticos. Em formas paralelas, produzindo também o mesmo montante de erro
que afetaria a estimação do escore verdadeiro do sujeito.
3. A definição do conceito de fidedignidade ou precisão na teoria clássica, constitui também uma
fonte de dificuldade, concebida com a correlação entre os escores obtidos de forma paralelas
de um teste ou mais, genericamente como opostos do erro de medida.
4. Outro problema da teoria clássica dos testes consiste em que ela é orientada para o teste total
e não para o item individual a informação do item deriva de considerações do teste geral.
A análise de cada item e feita em função do escore total, ficando um tanto
incongruente avaliar a qualidade do item quando ele próprio contribui para a
mesma. A psicometria procura por alternativas que pudessem permitir
estabelecer,

1. Características do item sem ser dependentes da amostra de sujeitos utilizados


2. Escores dependem dos examinados independente do teste utilizado;
3. Modelo do nível do item em vez do teste, a análise não depende dos demais itens;
4. Modelo que não exija formas rigorosamente para avaliar a fidedignidade;
5. Um modelo que ofereça uma medida de precisão para cada nível de aptidão.

2- CARACTERÍSTICAS DA TRI

1. A teoria da TRI

Diferentemente da teoria clássica de psicometria, a TRI trabalha com traços


latentes tendo dois axiomas fundamentais, sendo o desempenho de um sujeito
em uma tarefa (item do teste) em conjunto de fatores e traços latentes (aptidões,
habilidades e etc.)

Desempenho é o efeito e o traço latente e a causa. A relação desempenho


na tarefa e o conjunto dos traços latentes, que pode se chamar CCI (função
características do item ou curva características do item) equação monotônica.

Concretamente, a TRI está dizendo o seguinte: você apresenta ao sujeito


um estímulo ou uma série de estímulos (tais como itens de um teste) e ele
responde dos mesmos. A partir das respostas dadas pelo sujeito, isto é,
analisando as suas respostas aos itens especificados, pode-se inferir sobre o
traço latente do sujeito, hipotetizando relações entre as respostas observadas
deste sujeito com o nível do seu traço latente.
PRESSUPOSTOS DA TRI

Entre as suposições que a Tri faz, duas são de relevância e precisam ser
descritas: a unidimensionalidade e a independência local.

Unidimensionalidade

A TRI postula que há apenas uma aptidão responsável pela (ou traço
subjacente à) realização de um conjunto de tarefas (itens). Contudo, para
satisfazer o postulado da unidimensionalidade é suficiente admitir que haja uma
aptidão dominante (um fator dominante) responsável pelo conjunto de itens. A
questão da unidimensionalidade de um conjunto de (leia teste) está ainda
produzindo muita dor de cabeça para os pesquisadores da TRI. Contudo a TRI
unidimensional é de longe a mais comumente utilizada no estudo dos testes e,
assim, postulado da unidimensionalidade ainda continua importante,
especialmente porque soluções para modelos multidimensionais levantam ainda
muita celeuma.

CONCLUSÃO

Com estilo claro o autor descreve sobre os modelos da psicometria,


exemplificando, impulsionando as formas utilizadas nas respostas dada
pelo sujeito. A obra tem por objetivo mostrar e discutir os modelos e
características da TCT e da TRI, trazendo uma compreensão mais clara
para estudantes universitários e pesquisadores, a fim de que possam
realizar, planejar e desenvolver as próprias pesquisas, na graduação e
pós-graduação, utilizando-se do rigor necessário à produção de
conhecimentos confiáveis. É de grande auxilio, principalmente, àqueles
que desenvolvem trabalhos acadêmicos no campo da ciência. Não se
trata de uma simples instrução, com passos a serem seguidos, mas um
texto que apresenta fundamentos necessários à compreensão da
natureza dos testes e medidas, nas ciências naturais e sociais, bem como
diretrizes operacionais que contribuem para o desenvolvimento da atitude
crítica necessária ao progresso do conhecimento.

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