Projeto Político Pedagógico 2020

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

E.E. PROFESSOR ANTÔNIO


DIAS MACIEL

1
Sumário
1. APRESENTAÇÂO.................................................................................3

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA..................................................................4

3. FILOSOFIA, PRINCÍPIOS, MISSÃO DA ESCOLA..................................12

4. OBJETIVOS E FINALIDADES DA EDUCAÇÃO....................................15

5. OBJETIVOS E METAS DA ESCOLA......................................................17

6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E DIDÁTICO-PEDAGÓGICA..............18

7. BASES NORTEADORAS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO


PEDAGÓGICO DA ESCOLA.............................................................................27

8. FUNDAMENTOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPATIVA E


COMPARTILHADA.................................................................................................29

9. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE ACESSO, DE


PERMANÊNCIA, FREQUÊNCIA DOS ALUNOS...................................................30

10. PROGRAMA DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA....................31

11. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO


PEDAGÓGICO........................................................................................................33

12. REGIME ESPECIAL DE ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS - REANP34

13. PLANOS DE AÇÃO 2020......................................................................35

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................44

15. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................45

1. APRESENTAÇÂO (Marco Referencial)

2
O Projeto Político Pedagógico é um documento construído
coletivamente, exercendo papel primordial na organização de diretrizes e
vertentes que norteiam o processo docente/discente, assim como tem o papel de
articular coerentemente toda a estrutura organizacional que ampara o
funcionamento de uma instituição.
O texto ressalta as particularidades de cada estabelecimento de ensino
e considera diversas variáveis específicas em sua elaboração. Nas palavras de
Gadotti:
“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas
para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado
confortável para arriscar-se atravessar um período de
instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da
promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o
presente. Um projeto educativo pode ser tomado com
promessa frente a determinadas rupturas. As promessas
tornam visíveis os campos de ação possíveis, comprometendo
seus atores e autores” (Gadotti 2004, p. 579)

A escola sempre revisita seu Projeto Político Pedagógico, porém essa


versão reformulada foi concebida no período de junho de 2017 a agosto de 2020,
totalizando 42 (quarenta e dois) meses de intensa pesquisa, sem contar as
demais incorporações até o ano de 2020. Em todo o período foram realizados
encontros informais e reuniões que contaram com a participação do quadro de
funcionários da escola, pais e representantes da superintendência regional de
ensino.
Tendo vigência incerta, o documento deverá ser reavaliado
constantemente, acrescendo ações relevantes e periódicas conforme a
necessidade.

“Um PPP construído corretamente não vai garantir que Escola


se transforme magicamente em uma instituição de melhor
qualidade, mas pode permitir que os envolvidos tenham
consciência de seu caminhar, interfiram nos limites, aproveitem
as potencialidades e resolvam as dificuldades detectadas com
melhor qualidade e aberto para uma sociedade em constante
mudança”. Veiga, (1997).

A participação ativa de todos os envolvidos tem um papel fundamental na


consecução e andamento de todo processo, pois conta com uma série de
objetivos que devem e só podem ser projetados por quem de fato conhece a

3
realidade escolar. Sendo assim, propor metas e ideais que visam os anseios
dessa comunidade escolar.
“O projeto representa a oportunidade de a direção, a
coordenação pedagógica, os professores e a comunidade,
tomarem sua escola nas mãos, definir seu papel estratégico na
educação das crianças e jovens, organizar suas ações,
visando a atingir os objetivos que se propõem. É o ordenador,
o norteador, da vida escola”. (José Carlos Libâneo)

A LDB (Lei nº 9394/96), em seu art.12 & I, art. 13 & I e no art. 14 & I e II,
estabelece orientação legal de confiar à escola a responsabilidade de elaborar,
executar e avaliar seu projeto pedagógico. A legislação define normas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas
peculiaridades e estabelece os seguintes princípios conforme o disposto no
art.14:
I. participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
equivalentes.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA (Diagnóstico)


2.1. NOME DA ESCOLA
Escola Estadual Professor Antônio Dias Maciel
Código Nacional: 31118982
Código Estadual: 118982

2.2. LOCALIZAÇÃO/ENDEREÇO
Avenida Getúlio Vargas, nº 45, Centro, Patos de Minas, MG, CEP 38
700 126 – Fone (34) 3821 2459.
Email institucional: [email protected]
Blog: http://eenormal.blogspot.com.br/

2.3. ASPECTOS LEGAIS DE SUA CRIAÇÃO

4
A instituição formalizada através do Decreto Número 10. 310 de 02 de Abril
de 1932, assinado pelo então Presidente do Estado de Minas Gerais, Doutor
Olegário Dias Maciel.

2.4. HISTÓRICO DA ESCOLA

O contexto histórico, político e social que data a fundação das primeiras


células da escola, refletem o caráter de uma sociedade agrária exportadora,
extrativista, com ênfase na educação cristã e voltada as elites, atendendo a uma
demanda tanto regional, como nacional.

“Na verdade, a escola que melhor correspondia as


necessidades da elite cafeeira são-carlense, cuja prosperidade
econômica e prestigio político já eram notáveis, era uma escola
humanista tradicional de cultura geral, voltada principalmente a
formação das moças bem-nascidas e destinadas a se
tornarem, esposas e mães cristãs” (NOSALLA e BUFFA,
19994, 21)

Em síntese as características de uma escola “Normal” são advindas de


ideais franceses, tendo a intenção de capacitar professores aptos a formar alunos
com bom domínio da leitura, gramática, sistema de pesos e medidas, aritmética,
canto, bons hábitos morais e intelectuais.
Dentro dos moldes europeus e fortemente influenciada pelo
pensamento advindo da revolução industrial, foi inaugurada no dia 05 (cinco) de
maio de 1932 a instituição “Escola Normal Oficial de Patos”, tendo como
finalidade a formação de professores para o ensino das primeiras letras. De
acordo com a legislação que regia as escolas Normais, a mesma constava de:
Curso Primário (duas turmas, sendo uma de 1º e 2º ano e outra de 3º e 4º ano),
Curso de Adaptação com duração de dois anos e seguindo-se este, o Curso
Normal com duração de três anos.
A primeira escola de segundo grau instalada na cidade, situava-se onde
atualmente está localizado o “Centro Histórico Cultura de Patos de Minas”, sendo
transferida para as atuais instalações em 1933. Em 1.947, a referida Escola foi
adaptada de acordo com Decreto-Lei Estadual nº 1.873, de 28 de outubro de
1.946, de acordo com as exigências da Lei Orgânica do Ensino Normal do país.
Atendendo à referida Lei Orgânica, passou a ser ministrado na
mencionada Escola o Curso Primário (4 classes), sendo uma de cada série, curso

5
ginasial com duração de 4 anos e Curso de Formação de Professores Primário,
com duração de três anos. Com esta nova estrutura e atendendo ainda a citada
Lei Orgânica do Ensino Normal, a Escola passou a se denominar: “ COLÉGIO
NORMAL OFICIAL DE PATOS DE MINAS ".
Em 10 de outubro de 1.968, de acordo com a portaria nº 350, de
"COLÉGIO NORMAL OFICIAL DE PATOS DE MINAS" recebeu a denominação
de COLÉGIO ESTADUAL "PROFESSOR ANTÔNIO DIAS MACIEL", em
homenagem póstuma ao Bacharel, Educador e pai de Olegário Dias Maciel.
Em 09 de maio de 1.974, o Colégio Estadual "Professor Antônio Dias
Maciel" passou a denominar-se: ESCOLA DE 1º E 2º GRAUS "PROFESSOR
ANTÔNIO DIAS MACIEL" - de acordo com o Decreto 16.244/74, continuando a
nível de 2º Grau, o curso profissionalizante para o Magistério das quatro primeiras
séries do 1º Grau. Em 17 de outubro de 1.978, através do Decreto 19.472, passou
este Estabelecimento a chamar-se: ESCOLA ESTADUAL "PROFESSOR
ANTÔNIO DIAS MACIEL" - 0.4.6. B. conforme publicação no MG. de 07/11/78 em
homenagem póstuma ao seu primeiro Diretor e inspirador de sua criação.

2.5. INSTITUIÇÕES ESCOLARES

A escola conta com as seguintes instituições:


 Caixa Escolar: “Professor Antônio Dias Maciel”. CNPJ: 1992 3515 /
0001-91, mantenedora das seguintes atividades financeiras: FNDE,
QUESE e demais Termos de Compromisso/SEE-MG
 Colegiado Escolar que acompanha de forma efetiva as ações
financeiras, administrativas e pedagógicas da escola.

2.6. ESTRUTURA FÍSICA

A edificação eclética apresenta telhado do estilo normando e volumetria


simétrica herdada do neoclassicismo, construída no início da década de 30.
Tombada pelo Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico
de Patos de Minas em 08 de abril de 1999.

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O prédio da escola já passou por diversas reformas, inclusive com a
construção de um anexo. No ano de 2005 / 2007 a escola passou por uma
reforma geral, tendo o término da obra datado em 27/04/2007.
Atualmente o prédio tem 15 salas de aula, o salão nobre que funciona
como biblioteca e sala de audiovisual, secretaria de aluno e pessoal, cantina,
refeitório, sala de direção, sala de coordenação pedagógica, sala dos professores,
sala de reforço, assepsia, laboratório de informática, arquivo morto, depósito de
alimentos, depósito de materiais de limpeza, depósito de materiais esportivo,
banheiros de alunos, banheiros de funcionários, banheiros de professores, galpão
e quadra descoberta.

2.7. ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO OFERECIDAS PELA


ESCOLA

Atualmente, a Escola Estadual “Professor Antônio Dias Maciel” oferece em


03 (três) turnos as seguintes etapas e modalidades de ensino:
 Ciclo da Alfabetização com duração de 3 (três) anos de escolaridade,
1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental.
 Ciclo complementar com duração de 2 (dois) anos de escolaridade, 4º e
5º ano do Ensino Fundamental.
 Ciclo Intermediário com duração de 2 (dois) anos de escolaridade, 6º e
7º ano do Ensino Fundamental.
 Ciclo de Consolidação com duração de 2 (dois) anos, 8º e 9º ano do
Ensino Fundamental.
 Ensino Médio Regular com duração de 3 (três) anos.
 Educação de Jovens e Adultos (EJA)- com duração de 6 (seis) meses
para cada período de escolaridade.
 APAC Anexo - Educação de Jovens e Adultos (EJA) - anos finais do
Ensino Fundamental, com duração de 02 (dois) anos letivos,
organizados em 04(quatro) períodos semestrais
 Curso Normal - nível médio - Professor de Educação Infantil com
duração de 1 (um) ano e 6 (seis) meses e Ensino Médio, com duração
de 01 (um) ano e meio, organizado em 03 (três) períodos semestrais.

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 Administração – Nível Técnico – com duração de 1 (um) ano e 6 (seis)
meses.

2.8. PERFIL DOS ALUNOS, PAIS OU RESPONSÁVEIS


CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE

Para se determinar o perfil social, econômico e cultural das famílias e


dos alunos da Escola Estadual “Professor Antônio Dias Maciel”, foram utilizadas,
consulta às fichas de matrícula dos alunos, observações do cotidiano da escola,
reuniões informais, reuniões formais, análise de registros arquivados na Escola e
dados retirados do sistema de monitoramento CAED/UFJF.
A grande maioria dos pais são casados, naturais de Patos de Minas,
possuem casa própria, com renda familiar de 01 a 10 salários mínimos.
Os pais demonstram grande apreço pela escola, muito solícitos,
presentes e preocupados com a educação dos filhos. Em relação ao grau de
escolaridade, constatamos que grande parte dos pais ou responsáveis, possui o
nível médio ou superior.
A maioria dos alunos moram com pais e irmãos em casa própria, com
mais de 4 pessoas, tendo como responsáveis principais pai, mãe e avós. Têm
como lazer predileto a prática de esportes, computador/tablet/smartphone com
acesso à internet, passeio com amigos e videogame.

2.9. PERFIL DOS PROFESSORES E DOS DEMAIS SERVIDORES DA


ESCOLA

A equipe de profissionais da escola é formada por profissionais


competentes, dedicados e maleáveis na resolução de conflitos, o que torna o
ambiente bastante harmonioso. Práticas e valores diários como “Bom-Dia”, “Boa-
Tarde”, “Boa-Noite”, “Por Favor” e “Obrigado” são frequentemente vistas e muito
valorizadas no cotidiano.
Pode se dizer que muitos dos professores não temem a exploração,
sendo cientes da mutabilidade social e conceitual sujeita ao tempo. Nesse

8
sentido, buscam desenvolver estratégias contextualizadas a diferentes
ferramentas, migrando/adaptando o ensino para uma linguagem que seja
acessível ao aluno. São abertos a novos conhecimentos, visto que a grande
maioria do quadro funcional da instituição, possui diploma de pós-graduação.
Os demais servidores, pertencentes ao quadro técnico-administrativo,
têm formação adequada ao cargo/função que ocupam, são educados e bastante
prestativos.

2.10. DIAGNÓSTICO DA ESCOLA (Marco situacional)

A escola de maneira geral, não tem problemas gritantes em qualquer das


quatro dimensões (pedagógica, administrativa, financeira e jurídica), as relações
são pautadas no diálogo e na medida do possível são resolvidas de maneira
concisa. Contudo, através de observações do cotidiano, plenárias, reuniões
formais e informais, alguns tópicos relevantes mesmo que infrequentes podem ser
evidenciados como pontos que necessitam de maior atenção:

 Indisciplina por parte de alguns alunos;


 Alunos com dificuldades de aprendizagem;
 Desinteresse/descompromisso de alunos;
 Falta de cuidado com equipamentos eletrônicos;
 Atribuição/transferência da educação dos alunos somente para a escola
(falta de participação dos pais);
 Descaso com o planejamento e cumprimento de datas e normas.
 Falta de espaço físico adequado para execução de alguns projetos.

Nas relações interpessoais foi identificado que há necessidade em reforçar


diálogo e espírito de equipe entre os turnos. Quanto ao currículo/conteúdo, nota-
se que carece de maior abrangência, integração e transversalidade. Em relação à
organização do tempo e do espaço escolar, o número elevado de alunos por
turma é um desafio recorrente.

9
2.10.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES INTERNAS
EXTERNAS

O “feedback” é um conceito importantíssimo tanto nas relações pessoais


como em âmbito educacional, visando corrigir e implementar novas formas de
abordagem caso a caso. Nesse sentido, avaliações internas e externas realizadas
pelos educandos servem de subsídio para o direcionamento de algumas práticas
pedagógicas, lembrando que são apenas alguns dos parâmetros possíveis e que
devem ser considerados dentro do contexto.
Diferentemente da visão de muitos educandos e até educadores, a
avaliação pode ser concebida construtivamente, ou seja, priorizando a abordagem
crítica (no sentido amplo da palavra) em antagonismo a aspectos punitivos e/ou
classificatórios.
Contudo, a tomada de ação é um procedimento complexo, tendo o cuidado
de não se restringir a um único ponto de vista, ou seja, livre de rótulos, estigmas e
“soluções prontas”. Sendo assim, somente entendendo e enfatizando o
diagnóstico holístico, por meio de investigação etiológica, ética e bem
fundamentada, é possível desenvolver potencialidades e sanar possíveis falhas
ao longo do processo.

2.10.2 A VISÃO DA ESCOLA MEDIANTE OS RESULTADOS

Considerando que na realidade escolar, a cada ano são avaliados


alunos com diferentes especificidades e que não é possível estabelecer um
parâmetro científico sem variáveis, - ainda que os descritores sejam parecidos -
não é possível mensurar de forma consistente baseando-se apenas na média de
proficiência. Diante disso, os dados obtidos como comparativo entre escolas,
passa pelo crivo tempo-espacial, considerando-se também outras variáveis
subjetivas. Nesse quesito, tendo como base os anos 2017, 2018 e 2019 a escola
apresentou resultado satisfatório em maior parte das avaliações, ficando na
maioria dos casos acima das medias estaduais, municipais, regionais e federais.
Ano/Avaliação 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

10
PROEB /9°ANO
PROEB /5°ANO
PROALFA/ 3º ANO
PROALFA/ 2º ANO

PROEB /3°ANO E.M.


293,7 269,7 241,2
Português Português Português

293,4 276,2 258,5


Matemática Matemática Matemática

300,2 - -
Português Português Português

311,1 - -
Matemática Matemática Matemática

298,7 258,7 243,9


Português Português Português

304,3 270,4 251,2


Matemática Matemática
628,3 646,3 632,9

Matemática
-
Português Português - Português 648,0 Português
-
Matemática Matemática - Matemática 625,4 Matemática

Português 241,5 Português 261,6 Português 632,3 Português 535,4 Português

615,4 Matemática
276,8 Matemática 269,2 Matemática 242,7 Matemática 559,7 Matemática
756,6 Escrita

275,0 Português 258,7 Português 238,1 Português Português 561,8 Português

maior parte dos alunos teve nota média superior a 70%.


267,5 244,8 Matemática
Matemática Matemática Matemática 555,8 Matemática
Escrita

Português
Português Português Português Português

Matemática
Matemática Matemática Matemática Matemática
Escrita

* Diante dos indicativos de 2019 será redobrada atenção na turma de 2º ano alfabetização, assim como na
Português Português Português Português Português

matemática 3º ano EM. Percentualmente, poucos alunos com nota abaixo de 40% acabaram comprometendo o

onde vários critérios devem ser considerados para uma análise crítica. Sendo

reelaboração conceitual visando a adaptação proposta pelas demandas sociais.


Entende-se que educação é um campo de estudo e atuação complexo,

assim, a identificação e resolução de possíveis falhas, assim como o


desenvolvimento de pontos fortes são partes importantíssimas no processo de
dado percentual médio diante pequena amostragem. Desconsiderando tal excepcionalidade (2 alunos por turma), a

11
Matemática
Matemática Matemática Matemática Matemática
Escrita
Dentro dessa perspectiva, alguns indicativos como avaliações mensais,
bimestrais, observações do cotidiano e atividades rotineiras, conversas formais e
informais, relatórios de outros profissionais, resultados anuais, apresentação de
trabalhos entre outros tópicos, são referências locais de maior relevância para
estudo e diagnóstico da situação particular da escola.

3. FILOSOFIA, PRINCÍPIOS, MISSÃO DA ESCOLA


3.1. FILOSOFIA .(Marco Filosófico)

Partindo do princípio que a função primordial da educação é transformar


alunos em cidadãos críticos, ativos e preparados para uma sociedade que está
em constante evolução, podemos notar a urgente necessidade de uma postura
pedagógica atualizada e que tenha como preceito a criação de situações
interessantes de aprendizagem. Nesse sentido a orientação sobre as
possibilidades ofertadas por diferentes setores da tecnologia, incluindo as
ferramentas digitais, é uma urgente necessidade.

“Ninguém aprende sozinho. Tampouco ninguém ensina


ninguém. Educadores (as) educandos (as) aprendem em
comunhão, mediatizados (as) pelos conhecimentos e saberes.”
Paulo Freire

Atualmente, várias possibilidades se abriram com a acessibilização e


contato às novas tecnologias digitais, sendo possível notar um rompimento cada
vez mais acentuado com o mundo conhecido por nossos pais e avós. Essa
mudança de estrutura envolve um novo olhar diante das relações pessoais, assim
como uma evidente transformação na troca de informações e produção de
conteúdo.

12
"Na nova sociedade, tem poder quem agrega pessoas e faz
isso quem tem alguma coisa a dizer, quem tem algum tipo de
conteúdo e quem compartilha. É em torno do saber que as
pessoas se colocam, especialmente em torno das pessoas que
produzem saber. E um saber é um olhar, um conceito, uma
interpretação. Diante do turbilhão de informação, diante da
crise de valores que vivemos, as pessoas estão em busca de
um modo de ver, de uma perspectiva." [MOSÉ, 2013]

Vivemos em um mundo que se inter-relaciona, onde não há mais barreiras


físicas ou geográficas para a comunicação. Todos podem tornar-se produtores e
difusores de conteúdo, o que nos leva a refletir sobre as novas habilidades
requeridas socialmente.

"[...] a revolução natural do homem acabou. O que vivemos


agora é a revolução artificial do homem, que deriva do impacto
das tecnologias de informação sobre a natureza humana”
(SANTOS, 2007, p. 19)
Valendo-se da premissa que o ser humano é fruto daquilo que é capaz de
conhecer, interpretar e consequentemente produzir, nota-se que tanto a qualidade
da informação como o contexto, são fatores que podem determinar o sucesso ou
fracasso de toda uma situação ou corrente de aprendizagem. Sabendo que
ninguém pode ensinar o que não sabe e que os objetivos se atualizam conforme
as exigências e movimentos sociais, é grande a demanda por profissionais
capacitados a ler, mediatizar e orientar quanto as três capacidades básicas
(conhecer, interpretar, produzir).
Estamos em um período de transição, momento em que uma nova postura
ideológica deve se fazer presente para a efetividade do novo plano educativo,
lugar comum a conceitos como flexibilidade, criatividade, envolvimento, interesse
e abertura a diferentes opiniões.

3.2 PRINCÍPIOS

A Escola Estadual “Professor Antônio Dias Maciel”, tem como propósito a


formação de seres humanos que independentemente da recompensa, busquem a
excelência naquilo a que se propõe (entender como o presente o próprio
vivenciar/conhecer/experimentar) e consequentemente preparar novas gerações
para participarem ativa e criticamente nos cenários econômico, social e político.

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Para tanto, é adotado um currículo em consonância a realidade de nossa
comunidade: flexível, dinâmico, contextualizado e que engloba tanto a aquisição
de competências/habilidades cognitivas, quanto motoras/afetivas.
Com metodologias e recursos didáticos atualizados, se espera motivar
professores, alunos, pais, funcionários e sociedade em geral, favorecendo uma
aprendizagem de qualidade sem perder de vista os princípios fundamentais da
educação e a formação integral do ser:

Aprender a conhecer não se restringe a aquisição de um vasto


repertório de saberes, mas no domínio dos próprios instrumentos do
conhecimento. Supõe aprender a aprender, exercitando processos e habilidades
cognitivas: atenção, memória e o pensamento mais complexo (comparação,
análise, argumentação, avaliação e crítica).
Aprender a fazer não se refere essencialmente a formação técnico-
profissional do educando, mas de competências que tornem a pessoa apta a
enfrentar variadas situações e trabalhar em equipe. Aprender a fazer envolve,
assim, o âmbito das diferentes experiências sociais e de trabalho.
Aprender a conviver quer dizer tanto a direção da descoberta
progressiva do outro e da interdependência quanto a participação em projetos
comuns. Atua no campo das Atitudes e Valores.
Aprender a ser significa entender seu papel no mundo, contribuindo
para o desenvolvimento de uma espécie como um todo, trazendo à tona valores
como: sensibilidade, sentido estético, responsabilidade, empatia.

3.3 MISSÃO

14
Sem dúvidas é importante aprender a técnica, profissionalizar-se e
buscar eficiência, porém a existência não pode resumir-se a isso. Na sociedade
atual, há uma forte tendência que evidencia grande carência em valores perenes,
ótica que reforça demasiadamente conceitos como individualidade, inflexibilidade,
realização material e consequentemente perpetuação do status quo.

“A educação correta, não descurando do cultivo da técnica,


deve realizar algo de importância muito maior e que consiste
em levar o homem a experimentar o processo integral da vida.
Tal experiência colocará a capacidade e a técnica nos seus
devidos lugares. Quem tem realmente alguma coisa para
dizer, com o mesmo ato de externá-la cria seu estilo
próprio; mas aprender um estilo sem ter a capacidade de
experimentar interiormente só pode resultar em
superficialidade”. (KRISHNAMURTI)

Ainda sobre a mesma perspectiva, a mera formação de mão de obra


letrada, subserviente e estritamente técnica, reforça uma geração de fazedores de
provas, caçadores de emprego e ganhadores de salário, ignorando qualidades
indispensáveis à manutenção da vida, tal como a precarização na aquisição de
valores intrínsecos.
Assim sendo, o desenvolvimento de valores para a vida e a
compreensão sobre natureza de todo e qualquer trabalho, - servir, assim como
gostaria de ser servido - perpassam pela implementação de um currículo crítico
com ênfase na formação humana em seu sentido mais amplo, priorizando os
processos de autoconhecimento, estimulação intelectual através de processos
artísticos/criativos e desenvolvimento de valores coletivos.
Desse modo, entender seu papel na humanidade é tão importante
quanto ganhar o pão e adquirir algum conforto, compreendendo que a vida não se
resume a aquilo que acumulamos e sim sobre o que deixamos como contribuição.

4. OBJETIVOS E FINALIDADES DA EDUCAÇÃO (Marco Operativo)

Diariamente somos bombardeados com informações em diferentes


formatos, isso nos mais variados gêneros e em diversos contextos. Após breve
análise e mesmo que superficial leitura da ordem contemporânea, é praticamente
impossível não notar a forte influência de conceitos como conectividade,

15
democratização da informação, rapidez e facilidade de acesso em diversas áreas
do conhecimento.
“as tecnologias de comunicação não mudam necessariamente
a relação pedagógica. As tecnologias tanto servem para
reforçar uma visão conservadora, individualista como uma
visão progressista. A pessoa autoritária utilizará o computador
para reforçar ainda mais seu controle sobre os outros. Por
outro lado, uma mente aberta, interativa, participativa
encontrará nas tecnologias ferramentas maravilhosas de
ampliar a interação” Moran

Nesse sentido, ferramentas e objetos que mediam as relações humanas


passaram por diversas transformações, alterando principalmente as demandas
educativas, fato que evidencia e levanta o questionamento acerca de aspectos
importantes sobre o profissional da educação em sua missão de preparar futuras
gerações, assim como o papel das instituições “formadoras”.

O desenvolvimento humano é muito mais que informação e,


sobretudo, muito mais que o tipo de informação que agora
ocupa os educadores, que não é nem sequer para a vida,
senão, como dizia, para obter um papel que indique que se
tem direito de entrada para o próximo curso. Ao dizê-lo não
pretendo que se despreze a evolução da aprendizagem ou se
deixe de lado o processo de seleção nas universidades ou no
mercado de trabalho. Só quero chamar a atenção ao aberrante
que se tornou a educação já que a aprendizagem se faz mais a
partir da consideração das boas ou más qualificações do que a
partir do interesse em aprender.
NARANJO, C. Mudar a educação para mudar o mundo

A educação tendo como premissas a evolução pessoal, consciência


planetária, além de se referenciar em habilidades/valores amplos
(autoconhecimento, inteligência emocional, criatividade, respeito as diferenças,
desenvolvimento da afetividade, consciência ambiental, consciência política,
fortalecimento do trabalho coletivo, empatia, maiêutica, resiliência, entre outros),
nos faz pensar de maneira menos robotizada, onde o desenvolvimento de
estratégias na resolução de problemas talvez seja mais importante que a
informação pura e descontextualizada

“Respostas corretas”, especialização, estandardização,


competência estreita, aquisição ávida, agressão, desapego.
Sem elas, nos pareceu que a máquina social não poderia
funcionar. Não devemos culpar as escolas de crueldade
quando só cumpriram o que a sociedade lhes pediu. Porém a

16
razão pela qual necessitamos de uma reforma radical da
educação é que as demandas da sociedade estão mudando
radicalmente. Não cabe dúvida de que as características
humanas que hoje em dia se inculcam deixarão de ser
funcionais. Já se tornaram inapropriadas e destrutivas. Se a
educação continua sendo como é, a humanidade acabará se
destruindo cedo ou tarde.”
G. Leonard, Op. cit.

Entendemos que o desenvolvimento de um repertório voltado a valores e


habilidades, tendo como premissa a contribuição social por parte de cada
indivíduo (aluno, professor, membro da sociedade), além do estabelecimento de
um filtro de utilidade/criticidade no consumo e produção de conteúdo, deve ser
meta não só para fins educacionais, mas reverberando na construção de um
mundo melhor.
5. OBJETIVOS E METAS DA ESCOLA

“É melhor ser um Guerreiro em um Jardim, do que um


Jardineiro em uma Guerra”

A escola como instituição hierarquizada tem a função de simular as


nuanças de uma organização social na prática, fazendo com que o aluno entenda
seu papel em uma estrutura organizada, trabalhando em conjunto com colegas e
superiores hierárquicos (assim como em um esporte coletivo). Dentro de um
ambiente controlado, com espaço para erros e eventuais correções, tem-se o
intuito de oferecer o suporte necessário para entender e questionar sobre
instrumentos/situações que nos cercam na vida cotidiana, além
conhecer/experimentar diferentes áreas do conhecimento humano.

“Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A


satisfação é a morte” - George Bernard Shaw

Entender que a vida é um bem limitado, constitui um passo importante e


inerente ao educar, consolidando/compondo a noção de propósito, além fornecer
atributos importantes para a condição humana, tais como: o desenvolvimento da
criatividade, autonomia, sensibilidade, responsabilidade, solidariedade, respeito
diferenças individuais, consciência/postura ética e moral, concomitantemente ao
domínio dos processos de leitura, escrita e aspectos fundamentais das operações
matemáticas; possibilitando ao educando condições para prosseguimento aos
estudos em grau superior e preparando para o trabalho e vida em sociedade.

Recursos humanos – assim como abertura ao


aperfeiçoamento, confiança e respeito, professores com
conhecimento e habilidade, líderes que assessoram,
socialização – são mais importantes para o desenvolvimento
de uma comunidade profissional que condições estruturais ... A
necessidade de melhora no nível cultural, clima e relações

17
interpessoais nas escolas tem recebido muito pouca atenção
(Kruse, Louis, & Bryk, 1994, p. 8; see also Louis & Kruse,
1995; Newmann & Associates, 1996

É extremamente importante entender que os feitos realizados (positivos ou


negativos) não são responsabilidade de terceiros, e que o sucesso é fruto de uma
mentalidade voltada ao crescimento, tendo como fundamento: aprender a todo
tempo e a todo custo, tendo erros e limitações como etapas naturais. Nesse
contexto, utilizando ao máximo os recursos oferecidos (mesmo que limitados), a
finalidade é encorajar a querer/realizar, e parar de atribuir justificativas a fatores
externos (professor, aluno, colega, material, estrutura física). Extraindo assim, o
potencial máximo do aparato disponível, elevando a qualidade no processo de
ensino-aprendizagem e nas condições do ambiente.

"[...]Se você não está falhando, você não está aprendendo. Se


você não está aprendendo, você não está melhorando. Se
você não está melhorando, você não está fazendo isso
direito[...] ” - Janelle Maiocco ( FORBES Magazine, 2017)

6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

6.1 CURRÍCULO ESCOLAR


A compreensão sobre o currículo é comumente difusa e por muitas vezes
equivocada quanto sua função prática, sendo constantemente relacionada apenas
ao encadeamento de conteúdos explícitos e divisão de disciplinas escolares.

O currículo, portanto, implica processos relativos ao


conhecimento escolar que atuam no âmbito axiológico
(referente aos valores), no âmbito epistemológico (referente
aos conhecimentos), ou, ainda, no âmbito dos procedimentos:
tudo o que diz respeito ao que se ensina, como se ensina, para
que e para quem se ensina, mantém relação com os estudos
sobre currículo. (FETZNER, PG 28)

O cotidiano, propõe diversos campos além dos apontados em manuais e


cartilhas como CBC, BNCC, entre outros. Dialoga com tópicos relacionados a vida
em sociedade, formação do caráter e temas complexos de âmbito geral que não
podem ser compartimentados ou separados de maneira impositiva.
Desta forma, as práticas, metodologias e/ou vertentes que
privilegiam/classificam/definem/separam como ‘isto’ ou “aquilo”, não enfatizam
questões de fato relevantes para o entendimento das relações de uma forma mais
integral.
As adaptações presumem as diferentes variáveis no fluxo humano, o que
supõe complexidade e volatilidade. Tal balanço, aprecia tanto o perfil dos

18
profissionais quanto a individualidade dos educandos, tomando uma diversidade
de ações e metodologias tão somente como um sólido repertório de medidas,
ficando assim, afastado de qualquer rótulo.

6.2. OS PLANOS: DE ENSINO/APRENDIZAGEM, DE AULA, DE


INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E DOS DEMAIS SERVIDORES DA ESCOLA

A principal função na elaboração de planos é materializar algo que ainda


não existe, mas para isso é preciso primeiramente conhecer a realidade para qual
se planeja. Diante desta perspectiva devemos observar alguns tópicos relevantes
para o planejamento participativo:

a) processo: enquanto tal, a participação se constrói e se


desenvolve através de um sem-número de pequenas ações,
no cotidiano educacional, não podendo ser adquirida de
repente por um ato jurídico ou decreto
b) objetivo: precisamente para poder ser caracterizado como
participativo, um processo deve ter como propósito, como fim a
participação plena, irrestrita, de todos os agentes desse
processo
c) meio: constrói-se a participação precisamente participando;
ela é, portanto, seu próprio método
d) práxis: se a participação é entendida como processo que os
seres humanos constroem conscientemente, tendo como
finalidade a participação plena (leia-se democracia real), então,
podemos entendê-la como uma prática cujo caráter é político
(PINTO, 1994).

A busca de unidade entre teoria e prática, utilizando do processo educativo


como meio para mudanças conceituais, visa inter-relacionar os saberes cotidianos
com o conhecimento escolar. Dentro desta estrutura, o planejamento participativo
tem papel fundamental, contando com várias etapas que subsidiam o alcance de
objetivos específicos.
A diretriz dos planos elaborados na escola, andam em conjunto com as
necessidades identificadas dentro de cada setor/etapa, reelaborando as ações
sempre que conveniente. O prognóstico é quase sempre inexato, visto que lida
com o fator humano e demanda contextualização, mas ainda assim a procura
pelos resultados é incessante.

19
“Mire a lua. Mesmo que erre, ficará entre as estrelas. ” Les
Srown

Cabe ressaltar que a maioria dos diagnósticos e ações promovidas na


escola, vem da informalidade (seja em conversa com alunos, pais, professores,
especialistas, direção e demais setores da escola), principalmente as de caráter
mais individual e relativas a intervenções mais diretas.
Os planos de ensino/aprendizagem, projetos, articulação entre conteúdos,
geralmente são concebidos em núcleos e passam por algumas etapas que
envolvem pesquisa e discussão, tanto em reuniões extraclasse como de maneira
informal. Destaca-se que os esboços das aulas nascem e são fruto de
planejamentos anuais/projetos transversais, agindo sempre em conformidade as
necessidades identificadas cotidianamente.
Nesse sentido, podemos descrever encontros periódicos de duas
categorias, onde ambos estabelecem rumos acerca de assuntos específicos. O
primeiro tipo, de caráter mais coletivo, objetiva decisões amplas: tópicos relativos
a turmas, anos escolares, reunião de pais, colegiado escolar, calendário e
decisões sobre propostas aplicáveis ao contexto educacional - ou medidas
organizacionais - (sempre em extra turno). Já o segundo tipo, acontece em
grupos menores, preferencialmente nos horários vagos presentes dentro da carga
horária, onde são delineadas propostas de aula, correção e produção de material,
atendimento de casos, além de debates destinados a resolução de situações
cotidianas.

6.3. METODOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS


PRIVILEGIADOS PELA ESCOLA

“Etimologicamente, considerando a sua origem grega, a


palavra metodologia advem de methodos, que significa META
(objetivo, finalidade) e HODOS (caminho, intermediação), isto
é caminho para se atingir um objetivo. Por sua vez, LOGIA
quer dizer conhecimento, estudo. Assim, metodologia
significaria o estudo dos métodos, dos caminhos a percorrer,
tendo em vista o alcance de uma meta, objetivo ou finalidade.”
(MANFREDI, Sílvia Maria. Metodologia  do ensino:
diferentes concepções. Campinas, 1993)

20
Sabendo da distinção de cada ser humano e consequentemente sua forma
particular de ensinar/aprender, não é possível obter apenas um modelo ou
metodologia generalista tida como a solução de toda e qualquer condição, mas é
indispensável o conhecimento de diferentes formas e circunstancias possíveis de
trabalho.
Diante desta perspectiva, podemos elencar algumas, vertentes, quadrantes
e possibilidades que nos auxiliam na percepção de um plano mais completo.

Modos de Aprendizagem

Hierarquizado e Individual Partilhado e Individual

Hierarquizado e Coletivo Partilhado e Coletivo

GSE2x: Leaders of Learning 1. Disponível em:


https://prod-edxapp.edx-cdn.org/assets/courseware/v1/389c3d3543c441a8482a43cd7a9f60f7/asset-
v1:HarvardX+GSE2x+1T2016+type@asset+block/Modes_of_Learning_Framework.pdf

O professor Richard Elmore, pesquisador da Universidade de Harvard, nos


expõe quatro grandes perfis de aprendizagem, onde a estrutura ou fonte
apresentada tem maior ou menor vínculo com a cada indivíduo em particular.
Resumidamente, podemos elencar os quadrantes como:
 Aprendizagem Hierarquizada - advinda de uma estrutura formal,
organizada em níveis, com papeis bem definidos.
 Aprendizagem Partilhada - Informal e difusa, com dados não lineares,
extremamente dependente da ação do agente aprendiz, se adaptando
as necessidades específicas do estudante.

21
 Aprendizagem Coletiva - Seja de maneira hierarquizada ou partilhada
envolve vários agentes.
 Aprendizagem Individual - Seja em aulas particulares, cursos online,
ou de maneira totalmente autônoma, o sucesso é determinado pelo
aprendiz.

Cabe ressaltar que, os mapeamentos são utilizados como diretrizes


didáticas e metodológicas, servindo como estratégias para sanar vícios,
desenvolver potencialidades e traçar paralelos, da mesma maneira como as
diferentes inteligências identificadas pelo pesquisador americano Howard
Gardner:

22
Portanto, mesmo que a princípio não haja maior predisposição em qualquer
inteligência ou quadrante de aprendizagem, salienta-se que habilidades podem
ser desenvolvidas através de estímulos.

Por intermédio das tecnologias educacionais, o estudante entra


em contato com o mundo através das sensações, tocando,
cheirando, degustando, vendo, ouvindo os fenômenos que
estão a sua volta (RAYES e PAIROL, 1988).

Desse modo, Anastasiou e Alves (2003), sugerem várias táticas a serem


utilizadas conscientemente e de maneira criativa/sensitiva, estimulando a
percepção e enriquecendo a interação dos aprendizes com a matéria de
conhecimento:

23
Valendo-se do tato na capacidade de contextualização e utilização didática
das tecnologias é possível extrair o melhor de cada recurso disponível, desde que
seja clara a identificação do objetivo, dos recursos pedagógicos e que se tenha
domínio tanto da ferramenta a ser utilizada, como do conteúdo em questão.
A situação determina a ação, prevalecendo a funcionalidade sobre
método, visto que há pontos fortes e fracos que não podem ser ignorados dentro
cada teoria/período:

A Didática da oralidade ( -1844) – A etapa estende-se desde a


origem da escola até 1844 aproximadamente. Está

24
caracterizada pela exposição do professor, pelo livro, pela
leitura e pela lição.
• A didática da escrita (1844-1920) - A etapa estende-se entre
1844, com o surgimento do caderno de papel celulose, bem
como o manual escolar de papel celulose (o lápis existe como
tecnologia desde 1565). Esse é o tempo em que o quadro-
negro adquiriu centralidade na escola.
• A Didática da imagem – A etapa estende-se entre 1920 e a
atualidade. Surge com a aparição de um conjunto diverso de
aparelhos e ferramentas, tais como, cinematógrafo (na forma
de filme) e o projeto de slider (1920), o retroprojetor (1940), o
monitor de TV, o videocassete, data show, o computador.
ARAÚJO (2006, 2008)

O mais importante é desenvolver a capacidade de compreensão crítica,


análise e síntese de maneira fundamentada. Os exercícios de repetição,
memorização e rotina são essenciais para a consolidação de certos tópicos, mas
devemos lembrar que os “métodos” devem ser utilizados inteligentemente,
considerando que os mesmos servem sempre a individualidades e ocasiões
especificas.

6.4. AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Hoje não se deve identificar a qualidade só com a quantidade,


é necessário valorar os processos que acontecem no ato
educativo; nesse caso não apenas no instrutivo em termos de
rendimento, mas também o desenvolvimento de habilidades,
capacidades, motivações, os sentimentos que gera o processo
de ensino e aprendizagem ZILBERSTEIN, SILVESTRE, 200,
p.4. apud PUENTES. Pg 21)

O processo avaliativo trata de questões amplas, tendo papel de


direcionamento no processo de ensino-aprendizagem, não se restringindo a
classificar, certificar, humilhar e medir mecanicamente a capacidade do aluno na
operacionalização ou instrumentalização do conteúdo, como é frequentemente
visto por intermédio dos métodos avaliativos que privilegiam a memorização e
reprodução meramente técnica. Além disso, intrinsicamente há funções referentes
a procedimentos, que tratam de questões significativas para todo o progresso das
atividades que virão a ser desenvolvidas:

a) Conhecer se os alunos estão ou não aprendendo

25
b) Encontrar razões pedagógicas e éticas para garantir
aprendizagem.
c) Saber a distância entre o lugar que o estudante ocupa num
determinado momento e onde deveria estar.
d) Descobrir os possíveis motivos pelos quais os estudantes
não aprendem.
e) Estabelecer uma estratégia didática mais adequada para
que os alunos deixem a posição desfavorável em que se
encontra e caminhem para outra muito mais favorável. (DEMO,
1999 apud PUENTES. Pg 37)

Dada a complexidade, natureza instável e importante implicação do


procedimento avaliativo, temos uma variedade de dados que devem ser cruzados
para melhor fundamentação e sustentação de práticas dirigidas ao ato educativo,
das quais podemos citar: o nível de conhecimento, de desenvolvimento das
operações mentais (análise, síntese, abstração, generalização), habilidades
intelectuais (modelação, comparação, aplicação, observação), habilidades de
orientação, execução, controle, valoração; além dos tópicos de caráter social,
individual, ativo, comunicativo, motivador, significativo, cooperativo, consciente,
afetivo, moral, físico, espiritual e outros aspectos da personalidade.
Logicamente, tal variedade de questões com extrema relevância dentro do
segmento, não podem passar pelo crivo de somente um método, tendo como
pressuposto a apreciação por profissionais de diferentes áreas. Desse modo, a
apuração da informação/tomada de decisão/ação segue obrigatoriamente os
preceitos de:

 Objetividade e imparcialidade
 Participação dos atores implicados
 Coerência com os projetos educativos da escola
 Contextualização e adaptação a realidade

Dentro da mesma vertente, depreende-se, que o contexto é a matéria de


maior peso, sendo contemplada a nível individual, setorial e global (qualidade >
quantidade). Ou seja, objetividade, eficiência e aproveitamento do tempo hábil
sobrepõe ao burocrático cumprimento de obrigações na mera tentativa de
autoafirmação.

A escola é um lugar onde se aprende sobre a totalidade e a


plenitude da vida. A excelência acadêmica é absolutamente

26
necessária, mas uma escola inclui muito mais do que isso. É
um lugar onde tanto o professor quanto o aluno exploram, não
só o mundo exterior, o mundo do conhecimento, mas também
seu próprio pensamento, seu próprio comportamento. 
J. Krishnamurti

Nesse sentido, algumas ferramentas podem ser utilizadas como medidas


providenciais tanto para o entendimento, como para melhor gerenciamento de
formas avaliativas, tais como:

*Transparência (Definição e exposição dos critérios dentro do


contrato didático).
*Co-responsabilização/consciência do aluno no processo
avaliativo.
*Regulação e autoavaliação (analisar, sintetizar, avaliar,
relacionar, integrar, selecionar).
*Relação transversal dos conteúdos (socioafetiva, relacional,
resolução de problemas).
*Diversificação dos métodos e atividades (não se restringir
apenas a testes escritos/psicométricos).
*Foco em desenvolvimento de habilidades e atitudes.
*Exploração dos espaços e tempos além da sala de aula.
*Exigir a colaboração entre pares.
*Incluir tarefas contextualizadas e conhecimentos funcionais
dos conteúdos
*Utilizar problemas complexos envolvendo situações
cotidianas.
*Considerar as estratégias cognitivas e metacognitivas
utilizadas. (FERNANDES, 2009. Apud PUENTES. Pg 54)

Da mesma maneira que “caderno cheio não é garantia de aprendizado”,


trabalhar muito não é necessariamente trabalhar bem, já que dessa maneira o
foco está contrariamente no processo e não nas competências. De modo
assertivo, cabe ainda considerar o diálogo como fator de mediação e feedback,
onde individualmente ou coletivamente são equalizadas as relações.

Convém equilibrar a proporção de feedback oral, escrito ou


não verbal, a oportunidade para o fazer em público ou em
privado, dentro ou fora da sala de aula ou de o focar
exclusivamente nos aspectos referentes a conteúdos
disciplinares específicos ou também em outros aspectos como,
por exemplo, nas aprendizagens de natureza transversal
(FERNANDES, 2009, p. 100 apud PUENTES. Pg 69)

27
7. BASES NORTEADORAS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO DA ESCOLA

“The way you do anything is the way you do everything” T Harv


Eker1

Questionar sempre, não aceitando as situações como prontas e acabadas


diz muito sobre o conceito de excelência, pois enfatiza prioritariamente a ideia de
sensibilidade ao (re)adaptar-se as necessidades ao invés de impor-se por
comodidade, medo de mudar ou “demonstrar fraqueza” como figura de
autoridade. É essencial tratar das situações com cordialidade, levando em
consideração as necessidades trazidas pelo meio físico, social e cultural,
prioritariamente em razão da funcionalidade.
A nível social, o desenvolvimento de autonomia na busca de novos saberes
está atrelado a concepção de propósito, já que o processo de aprendizagem só
pode ser interrompido com a morte. Compreender e valorizar o esforço na
conquista de qualquer objetivo, traz a reflexão de “como gasta seu tempo? ”,
levando-nos a pensar sobre qual papel desempenhamos no mundo e sobre a
utilidade dos conhecimentos e habilidades que estamos desenvolvendo em
nossas rotinas.

“se ainda não decidiu o que deseja fazer, faça com excelência o que
tem de ser feito, não perca tempo.”

É clara a visão de que todos sem exceção, mas de maneira particular,


vivemos para contribuir com o bem comum, servindo inevitavelmente a outro ser
humano. Sempre alertas, devemos cultivar a empatia e o respeito as diferenças
levantando o debate a despeito de questões de gênero, raça, classe e poder.

"O senso comum  é coleção de  preconceitos adquiridos até os


dezoito anos" Albert Einstein

Socialmente queremos ser aceitos, elogiados, acolhidos, o que por muitas


vezes dificulta admitir as próprias imperfeições. Como forma de autoafirmação,

1
A maneira como faz qualquer coisa é a maneira como faz todas as coisas

28
são comuns práticas voltadas a diminuição, exposição de deméritos e fragilidades
na falsa ilusão de superioridade (queremos sempre parecer espertos, fazendo
apenas tarefas que não demonstram a própria limitação). No entanto, ninguém é
a prova de falhas, ou seja, valorizar o processo ao invés de pregar inteligência
como uma habilidade fixa e imutável é sinal de verdadeira sabedoria.

“Culturalmente, passamos tanto tempo celebrando o fácil e


repentino sucesso, mas em diferentes maneiras o sucesso
fortuito é a pior coisa que poderia acontecer a alguém. “

Antes de tudo é importante destacar que erros e limitações são partes


naturais do processo de ensino-aprendizagem e consequentemente da vida, logo,
qualquer habilidade é desenvolvida invariavelmente através do esforço, sendo
somente lapidada ao longo de diversas falhas.

29
8. FUNDAMENTOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPATIVA
E COMPARTILHADA

É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto a


consecução eficaz da política educacional do sistema e
desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais,
organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços
nesse sentido, e controlando todos os recursos para tal.
Devido a sua posição central na escola, o desempenho de seu
papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa)
sobre todos os setores e pessoas da escola. É do seu
desempenho e da sua habilidade em influenciar o ambiente
que depende, em grande parte a qualidade do ambiente e
clima escolar, o desempenho do seu pessoal e a qualidade do
processo ensino-aprendizagem (LUCK, 2005, p.56 apud
FRANÇA, pg 50)

A função de chefia embora muito difundida/utilizada em tempos e modelos


antiquados de organização, não mais cabe em um ambiente diverso e distinto
como o da a escola atual. Levando em consideração a demanda por flexibilidade
em uma realidade de atualizações tão rápidas, o gestor preparado/inteirado das
exigências do mundo moderno, traz consigo as habilidades de liderança,
fomentando também o protagonismo e representatividade de outros núcleos
escolares.
Nesse sentido, há de se ter certa coerência e atenção quanto a alguns
tópicos específicos da gestão democrática, tais como:
 Participações, sugestões e solicitações, devem obrigatoriamente ser
pautadas em fundamentação sólida (fontes confiáveis).
 Fortalecimento do trabalho em equipe, decisões por área.
 Paralelo entre decisões coletivas x decisões setoriais.
 Quando necessário, debates e plenárias devem ter foco apenas em
sugestões cabíveis e soluções possíveis do problema em questão.
 Nunca deixar de consultar o parecer dos profissionais que vivem o
cotidiano das relações.
Dentro deste contexto, o líder além de gerir adequadamente os recursos
(humanos/materiais), atribuir funções e gerenciar todos os setores em conjunto,
ainda tem o dever de acolher, estabelecendo empatia com a dedicação e maneira
particular de cada profissional/aluno/familiar (valorização de potencialidades),

30
estas são medidas tão importantes quanto a sanções disciplinares em caso de
omissão/falta grave, ou qualquer ação que comprometa o trabalho em equipe.
“Quem poupa o lobo  sacrifica as ovelhas”. Victor Hugo. 
9. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE ACESSO, DE
PERMANÊNCIA, FREQUÊNCIA DOS ALUNOS.

“Nosso mundo vive contrastes paradoxais, pois, se uma parte


dele tem uma hipertecnologia que nos permite falar em pós-
humanidade, outra parte está numa miséria tão grande que
não é possível falar nem mesmo em humanidade. ” (FRANCO
& NETO, pg 12)

Em nosso dia-a-dia escolar trabalhamos com a modalidade de ensino cuja


especificidade é marcada pela diversidade: dos perfis dos alunos, da idade, da
história de vidas e também aqueles que trazem consigo experiências e
conhecimentos acumulados historicamente. Esta bagagem cultural deve ser
aproveitada pelo professor, uma vez que é necessário fazer uma ponte entre o
interesse de seus educandos e suas experiências com o conhecimento científico,
formal, para que haja uma educação que esteja a serviço desse perfil de aluno.

“Todo mestre já falhou mais vezes que um iniciante sequer


tentou"

O EJA é destinado a pessoas com 15 anos ou mais que não completaram


o ensino fundamental ou médio. Têm prioridade no atendimento os egressos do
Programa Brasil Alfabetizado (PBA), as populações do campo, as comunidades
quilombolas, os povos indígenas e as pessoas em cumprimento de pena em
unidades prisionais. Oferecemos um ensino diferenciado na APAC pois, os
recuperandos necessitam não apenas de conteúdo, precisam de formação
humana. Os profissionais são orientados a trabalhar os conteúdos de forma
diversa, objetivando auxiliar o recuperando na sua inserção na sociedade e no
mercado de trabalho.
As Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos em
sua versão preliminar destacam como ponto preponderante a compreensão sobre
o perfil de seus educados:

31
“Compreender o perfil do educando da EJA requer conhecer a
sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um
sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum
momento afastou-se da escola devido a fatores sociais
econômicos políticos e ou culturais”. (DCEs, 2005, p 33)

10. PROGRAMA DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA.

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas


o que melhor se adapta às mudanças” Leon C. Megginson

Seja na utilização do fogo, invenção da roda ou em novas formas de


comunicação há sempre os que preferem “conservar-se” inertes e em
descompasso a evolução, visto que é difícil romper com a visão tradicionalmente
passada por nossos pais, avós e professores do passado. Porém, rumos e
anseios mudam continuamente, mediados pela interação com os acontecimentos
que nos cercam, demandando soluções criativas e contextualizadas.

“Reconhecer, desconstruir e reconstruir criativamente o próprio


caminho profissional, de acordo com as necessidades de cada
momento histórico, é algo fundamental para o trabalho
docente” (FRANCO & NETO, pg 22)

Na vertente educacional, há sempre a preocupação acerca do preparo de


novas gerações, mais especificamente sobre as necessidades incógnitas de uma
sociedade futura (quem imaginaria a profissão “youtuber” anos atrás?). Diante
desta perspectiva são preceitos essenciais: a utilização criativa das melhores
ferramentas/estratégias possíveis, além da abertura para mudanças e
aceitação de novas ideias/pontos de vista.

“Não se ensina aquilo que se quer; ensina-se e só se pode


ensinar aquilo que se é.” Jean Jaurès

Diante das novas narrativas do mundo moderno, a capacidade de


leitura/interpretação crítica e o desenvolvimento de habilidades/competências
úteis no mundo prático, se antagonizam a formação estritamente
técnica/conteudista/tradicional voltada mais especificamente a memorização e
realização de testes.

32
As questões formativas exigem grande reflexão, principalmente no que se
refere a novos recursos e demandas do mundo contemporâneo, pois envolvem
discussões amplas, imprescindíveis e que devem estar em frequente
pesquisa/desenvolvimento, sendo guiadas por tópicos como:
*Cultura visual.
*Autoconhecimento\ Reflexão sobre a prática.
*Cibercultura.
*Domínio de novas linguagens/Arte e tecnologia.
*Capacidade de inter-relacionar informações.
*Empatia /Relações interpessoais/ ações coletivas.
Com intuito de alimentar o sentimento de realização pessoal, alinhado ao
ideal de crescimento/evolução, ocasionalmente, diversos assuntos são revisados
direta e indiretamente em situações tanto formais como informais.

33
11. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO

“O processo avaliativo tende a nortear todo o processo


educativo, não significando, portanto um ponto final”.

O Projeto Político Pedagógico representa a identidade da escola, o retrato


da comunidade onde está inserida, estabelece ações e caminhos possíveis.
Desse modo, cada meta a ser idealizada, demanda um plano de ação, com
descritivo de custos, a viabilização de recursos e o mais importante: pessoas
com o ideal de participação, envolvimento, co-responsabilização, curadoria
e bom senso.
Justamente pelo fato de não ser um documento centralizador/inflexível,
algumas ações são sugeridas tanto para acompanhar o desenvolvimento do
Projeto Político Pedagógico, quanto para implementar soluções de acordo com os
dados coletados:
 Acompanhamento periódico dos Planos de Ensino Anuais e Conteúdos
Lecionados
 Proximidade, contato direto, troca de informações e vivências de todos os
envolvidos pela escola (alunos, pais, professores, funcionários);
 Encontros, observação sistemática e reuniões formais/informais com a
comunidade;
 Reuniões pedagógicas com discussão de temas pertinentes a realidade
escolar;
 Acompanhamento/análise/intervenção de avaliações internas e externas;
 Monitoramento/ Elaboração de Projetos, incentivo as atividades lúdicas e
culturais.
 Registros fixos temporais para posterior análise e tabulação.

Por ser heterogêneo, o coletivo da escola lida com desafios múltiplos e


diários que estimulam a própria (re)organização em busca de soluções. Nesse

34
sentido, sensibilidade, flexibilidade e bom senso são condutas
requeridas/esperadas diante de situações problema.

12. REGIME ESPECIAL DE ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS -


REANP
Em 2020, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia do
Covid-19, o cenário extraordinário de isolamento social trouxe para o mundo a
necessidade de adotar medidas excepcionais. Tendo em mente a necessidade da
continuidade aos estudos, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
(SEE/MG) elaborou o Regime de Estudo Não Presencial para alunos da rede
estadual de ensino. Instituído pela Resolução SEE nº 4310, de 17 de abril de
2020, o Regime Especial de Atividades Não Presenciais, constitui-se de
procedimentos específicos, meios e formas de organização das atividades
escolares obrigatórias destinadas ao cumprimento das horas letivas legalmente
estabelecidas, à garantia das aprendizagens dos estudantes e ao cumprimento
das Propostas Pedagógicas, durante o período de suspensão das atividades
escolares presenciais. Para o desenvolvimento das atividades não presenciais, foi
ofertado aos estudantes um Plano de Estudos Tutorado (PET), organizado de
acordo com o Currículo Referência de Minas Gerais e com o Plano de Curso da
unidade de ensino. O Plano de Estudos Tutorado (PET) consiste em um
instrumento de aprendizagem que visa permitir ao estudante, mesmo fora da
escola, resolver questões e atividades escolares programadas, de forma
autoinstrucional, buscar informações sobre os conhecimentos desenvolvidos nos
diversos componentes curriculares, de forma tutorada e, possibilitar ainda, o
registro e o cômputo da carga horária semanal de atividade escolar vivida pelo
estudante, em cada componente curricular. Nossa escola, guiando-se pelas
orientações recebidas da SEE/MG desenvolveu as atividades da seguinte forma:
Atividade Objetivo Acompanhamento Início
Estabelecer a comunicação com os
Verificar se todos os
Criação de Turmas e tutoriais de estudantes para resolução de
destinatários receberam
acesso ao Google Classroom dúvidas referentes às atividades 14/05/2020
a informação, ou se resta alguma
(Plataforma EAD da Escola) e repasse de informações
dúvida para o envio de atividades.
relevantes
Estabelecer a comunicação com os
Verificar se todos os
Atendimento personalizado aos estudantes para resolução de
destinatários receberam
alunos através do whatsapp e dúvidas referentes às atividades 14/05/2020
a informação, ou se resta alguma
envio de atividades por email. e repasse de informações
dúvida para o envio de atividades
relevantes

35
Verificar se todos os
Proposição de videoconferências e Utiização de lives e vídeos no
destinatários receberam
outros recursos didáticos através youtube, google formulários e 14/05/2020
a informação, ou se resta alguma
de vídeo tutoriais google docs.
dúvida para o acesso.

13. PLANOS DE AÇÃO 2020


13.1 AVANÇO NOS ÍNDICES E RESOLUÇÃO DA DEFASAGEM DE
APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO XADREZ, PERCUSSÃO CORPORAL E
OUTRAS BOAS PRÁTICAS.
Desenvolver ações pedagógicas de aprendizado significativo e reduzir
Ponto de melhoria
a defasagem dos conteúdos de acordo com o ano de escolaridade.

Nome da ação Vivenciando maneiras diferentes de aprender

OBJETIVO: Aumentar o índice de aproveitamento em relação ao


Objetivo e domínio de habilidades e competências requeridas por ano/ciclo de
resultados escolaridade.
RESULTADOS: melhorar o rendimento escolar dos estudantes.

Como podemos
Por meio de coleta de dados diversos e avaliações sistêmicas sobre o
medir esse
processo de ensino-aprendizagem.
resultado?

Entendendo que o domínio de habilidades/competências e conteúdos


acontece de maneira progressiva, temos como primeiro passo a
identificação de onde o aluno se encontra.
O que será feito? Posteriormente, valendo-se de autores construtivistas como Vigotsky e
sua pesquisa sobre ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal),
podemos elaborar um plano de ação coerente com a realidade
encontrada.
Mobilização de pais, responsáveis e possíveis apoiadores voluntários
Como será feito?
(inclui parceria com outras instituições e projetos sociais).
A depender da procura dos pais na resolução dos problemas, através
Quando será
das soluções oferecidas pela escola, e também no firmamento de
feito?
parcerias. Sem data fixa.
O interesse do próprio aluno e responsável legal na manutenção do
Por quem será identificado problema é o maior fator de sucesso, visto que os demais
feito? profissionais e voluntários envolvidos, são meros mediadores no
processo de ensino-aprendizagem.
Principais riscos O desinteresse dos maiores interessados e recusa na utilização das
para o sucesso ferramentas oferecidas para a resolução do problema.
dessa ação

36
13.1.1 MELHORIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Ponto de melhoria Elaborar ações e práticas voltadas para o avanço da aprendizagem.

Nome da ação Implementando novas ações pedagógicas

OBJETIVO: Propor e explorar diferentes propostas didáticas.


Objetivo e RESULTADOS: visão diferenciada dos autores e ferramentas
resultados implementadas dentro das possibilidades de cada um, novas maneiras
de ver os conteúdos

Como podemos
Através de indicativos internos e externos, tendo em base o modelo de
medir esse
avaliação formativa alternativa
resultado?

A implementação e estudo de quadrantes de aprendizagem de Richard


O que será feito? Elmore, Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, a Didática da
oralidade, da escrita, da imagem e de multisentidos.

O ponto de partida será o estudo e incorporação de novas


metodologias que poderão ser utilizadas ou não pelo professor, visto
que parte da predisposição de cada um. Serão realizadas reuniões
Como será feito? com palestras e aulas expositivas de relatos de boas práticas
executadas pelos próprios docentes. As reuniões acontecerão
periodicamente, com vistas nos feedbacks positivos e negativos dos
profissionais acerca da matéria de estudo.

Quando será
Durante todo o ano letivo
feito?

Por quem será


Por todo corpo docente e pedagógico da escola
feito?

Principais riscos
O não envolvimento dos professores, por puro comodismo ou medo de
para o sucesso
ousar.
dessa ação

37
Descrição Valor total
Data de Data de Classificação
Atividade Responsável dos dos
início fim dos recursos
insumos insumos

Xadrez:
Desenvolvendo
habilidades Professores de Não será Não será
cognitivas e História e 10/02/2020 04/12/2020 necessário necessário Custeio
sócio-afetivas Especialista. insumos insumos
através da
ludicidade

Explicar sobre os
benefícios do Especialista/ Não será Não será
jogo de xadrez na Professores 17/02/2020 21/02/2020 necessário necessário
vida e na prática Voluntários insumos insumos
esportiva

Adquirir e
organizar material
20 jogos de 20 jogos de
para o jogo de Sem data
Direção 03/03/2020 xadrez e 20 xadrez e 20 Custeio
xadrez ou utilizar definida
relógios relógios
ferramentas
digitais
Professor de Não será Não será
Formar monitores
História, 20/08/2020 30/10/2020 necessário necessário
de xadrez
Sociologia e insumos insumos
Especialista
Professor de
Estruturar oficinas Não será Não será
História/ Sem data Sem data
e campeonato de necessário necessário Custeio
Ed.Física/ definida definida
xadrez insumos. insumos.
Especialista

38
13.1.2 PERCUSSÃO CORPORAL
Ponto de melhoria
Desenvolver expertise no domínio de ritmos e o trabalho com temas geradores

Nome da ação
Percussão na ótica da interdisciplinaridade e consciência corporal

Objetivo e resultados
OBJETIVO: Inicialmente orientar professores com conceitos básicos da música e
trabalhar com atividades diferenciadas e interdisciplinares tanto no Regime de
Atividades Não Presenciais, como no regime presencial
RESULTADOS: Incorporar práticas inovadoras em diferentes conteúdos através do
trabalho com a música.

Como podemos medir esse resultado?


Por meio de coleta de dados diversos e avaliações sistêmicas sobre o processo de
ensino-aprendizagem.

O que será feito?


Os professores serão instruídos em dinâmicas de grupo, onde dominem os
princípios básicos de percussão corporal, explorando tanto ritmos regionais,
como globais. Dentro dessa perspectiva, serão sugeridas atividades com temas
geradores para um posterior trabalho com os alunos.

Como será feito?


Não é possível ensinar aquilo que não se sabe, portanto, o domínio dos
conceitos será exigido por parte dos professores em um primeiro momento,
considerando claro que o domínio de habilidades ocorre de maneira gradativa e
que será necessária prática diária para o bom desenvolvimento. Posteriormente
o trabalho será feito com os alunos, de modo que as atividades da área de
domínio de cada professor, sejam desenvolvidas de maneira mais dinâmica e
interessante.

39
Quando será feito?
Durante todo o ano letivo

Por quem será feito?


Alunos, professores e toda equipe pedagógica

Principais riscos para o sucesso dessa ação


O desinteresse e recusa na utilização das ferramentas oferecidas para a resolução do
problema.

Atividade
Responsável
Data de início
Data de fim
Descrição dos insumos
Valor total dos insumos
Classificação dos recursos
Criação de grupo de trabalho, na ótica de Reunião pedagógica para orientação sobre
princípios básicos da percussão corporal
Especialista Giordano
25/06/2020
Sem data definida
Não será necessários insumos
Não será necessários insumos

Pratica semanal das aulas, acompanhamento e intervenção quando necessário.


Especialista, Professores
25/06/2020
Sem dada definida
Não será necessários insumos
Não será necessários insumos

Produção de conteúdo por parte dos professores

40
Professores
25/06/2020
Sem data definida
Não será necessários insumos
Não será necessários insumos

Exposição da produção para a comunidade


Alunos/ Professores/ Equipe Pedagógica
Sem data definida
Sem data definida
Não será necessário insumos
Não será necessário insumos

Avaliação e feedback
Comunidade/ Alunos/ Professores/ Equipe Pedagógica.
Sem data definida
Sem data definida
Não será necessário insumos
Não será necessário insumos

13. 2 USO COERENTE DE ELETRÔNICOS E FERRAMENTAS


DIGITAIS/ANÁLISE CRÍTICA INFORMAÇÕES.(REANP)

Ponto de melhoria
Desenvolver expertise no uso das ferramentas digitas.

Nome da ação
Boas práticas no uso de eletrônicos e análise de dados.

Objetivo e resultados

41
OBJETIVO: Orientar professores e alunos quanto ao correto uso de equipamento
eletrônicos, sobretudo as ferramentas compatíveis ao Regime de Atividades Não
Presenciais.
RESULTADOS: Maior consciência da cultura digital em seus mais variados âmbitos.

Como podemos medir esse resultado?


Por meio de coleta de dados diversos e avaliações sistêmicas sobre o processo de
ensino-aprendizagem.

O que será feito?


Utilização coerente de ferramentas digitais e ações concernentes a checagem de fatos,
assim como interpretação e avaliação crítica da informação, especialmente nos
seguintes temas:
• Análise de imagens, vídeo, textos e conteúdo digital.
• Identificação de notícias.
• Pseudo ciência.
• Relatório partidário.
• Histórias descrevendo eventos que nunca aconteceram/erros não
intencionais/fatos.
• Clickbait.
• Teorias da conspiração.

Como será feito?


Pedi-los para escrever notícias reais e falsas sobre eles mesmos diante de uma
situação contextualizada e direcionada, além do trabalho com temas geradores
incluindo indagações como: Quem produziu a informação e com qual motivação?
/*Onde foi publicada? *O que ela realmente diz? *A quem se destina? *Está baseada
em quê? *Tem alguma evidencia, ou é apenas a opinião de alguém? *Pode ser
verificada em algum outro lugar?

42
Quando será feito?
Durante todo o ano letivo

Por quem será feito?


Alunos professores e toda equipe pedagógica

Principais riscos para o sucesso dessa ação


O desinteresse e recusa na utilização das ferramentas oferecidas para a resolução do
problema.

Atividade
Responsável
Data de início
Data de fim
Descrição dos insumos
Valor total dos insumos
Classificação dos recursos
Reunião pedagógica com orientação sobre princípios básicos do uso de eletrônicos e
filtro de informação
Professora Letícia. Especialista Giordano
03/03/2020
27/03/2020
Não será necessários insumos
Não será necessários insumos

Acompanhamento e intervenção na reprodução das boas práticas no contexto escolar,


Professores, Especialistas
08/05/2020
15/12/2020
Não será necessários insumos

43
Não será necessários insumos

Produção de conteúdo (em diversas mídias) que orientam a comunidade


Professores
18/05/2020
31/10/2020
Não será necessários insumos
Não será necessários insumos
Custeio
Exposição da produção para a comunidade
Alunos/ Professores/ Equipe Pedagógica
24/05/2020
30/11/2020
Não será necessário insumos
Não será necessário insumos

Avaliação e feedback
Comunidade/ Alunos/ Professores/ Equipe Pedagógica.
01/12/2020
04/12/2020
Não será necessário insumos
Não será necessário insumos

13. 3 PROJETO DE VIDA

Ponto de melhoria Valorizar a diversidade de saberes adquiridos pelos estudantes ao longo da vida.

Nome da ação Projeto de Vida

44
OBJETIVO: O trabalho com os temas propostos no plano de curso do Projeto de
Vida pode ser uma forma de pensar e refletir sobre si mesmo, sua trajetória de vida,
Objetivo e resultados suas escolhas e sobre a realidade à sua volta.
RESULTADOS: ressocialização dos estudantes que se encontram em privação de
liberdade.
Como podemos Por meio de coleta de dados diversos expressos pelos alunos através de discussões
medir esse sobre temas transversais, relevantes para a vida melhoria e direcionamento na vida
resultado? profissional e pessoal dos educandos.

Abordagem de temas transversais, relevantes para melhoria e


O que será feito?
direcionamento na vida profissional e pessoal dos educandos.

Oficina de artes com valorização de talentos, através de plataformas digitais


* Oficina de produção textual explicitando as técnicas de cada gênero textual
* Estudo de textos sobre temas diversos com discussões acerca da
Como será feito?
diversidade cultural e relevantes para o conhecimento e convivência social.
* Mostra de talentos para valorização e direcionamento na vida profissional e
pessoal dos educandos.

Quando será feito? Durante todo o ano letivo

Por quem será feito? Alunos professores e toda equipe pedagógica

Principais riscos para


o sucesso dessa O desinteresse e recusa na utilização das ferramentas oferecidas.
ação
Descrição Valor total
Data de Classificação
Atividade Responsável Data de fim dos dos
início dos recursos
insumos insumos

45
Professor do Não será Não será
Oficinas de
Projeto de 25/05/2020 30/09/2020 necessário necessários
artes
vida s insumos insumos

Professor do
Não será Não será
Oficina de Projeto de
01/06/2020 30/11/2020 necessário necessários
produção textual vida/
s insumos insumos
Especialista

Professor do
Estudo de Não será Não será
Projeto de
textos sobre 01/06/2020 30/11/2020 necessário necessários
vida/
temas diversos s insumos insumos
Especialista

Professor do
Projeto de Não será Não será
Mostra de Sem data Sem data
vida/ necessário necessário
talentos definida definida
Especialista/ insumos insumos

Equipe
Diretiva

Não será Não será


necessário necessário
insumos insumos

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS

46
Ao longo da atividade docente e todos os seus desdobramentos,
percebemos as peculiaridades de cada entidade em suas configurações. Ação
que abrange delicada percepção envolvendo importantes fatores, tal como:
tempo, convívio e amadurecimento nas relações de todos os âmbitos (longe da
superficialidade de visitas esporádicas). A construção é gradual e, portanto,
cultivada através de etapas não pressagiadas, sendo logicamente concebida ao
salgar de muitos equívocos e adaptações necessárias.
Portanto entender caso a caso as demandas, o ideário do grupo e maneira
de organização, vai muito além da interpretação fria de leis e resoluções. Tal
identidade, deve ser entendida e respeitada, visto que as diligências do cotidiano
são bastante específicas em cada comunidade. Dito isso, as ações aqui previstas
apenas norteiam a ação habitual, estas que adquiridas mediante própria
implementação no exercício prático e coletadas por intermédio de observação
sistemática. Ressaltando que os procedimentos aqui elencados servem
especialmente aos interesses desta comunidade (sendo de caráter identitário, não
se aplica a outras realidades).

"Essa é uma decisão importante demais para deixar para eles",


dizemos sobre aqueles que têm menos poder. O que essa
visão da democracia diz sobre seu valor? O que as crianças
pensam da idéia de que deixamos para elas apenas aquelas
decisões - se houver - que são triviais e com as quais nós
mesmos pouco nos importamos? O mesmo acontece quando,
por exemplo, o governo intervém e diz a uma comunidade
escolar - diretores, professores, pais - que em relação a escola
não se pode confiar a eles qualquer decisão, excetuando-se as
mais triviais. (MEIER 2009 p. 24)

Dada natureza mutável, porém consensual, seu desenvolvimento e


articulação consideram a ação coletiva em antagonismo a práticas
tradicionalmente enrijecidas/totalmente hierarquizadas e justamente por não se
tratar de um arquivo a ser esquecido na gaveta ou uma produção “pronta” da
Secretaria da Educação, está sempre aberto a revisões e novas incorporações.
Assim, as necessidades quando identificadas, perpassam prioritariamente pelo
filtro contextual do corpo social da instituição, já que a realidade é mandatária
(diferentemente da utopia ou verdades prontas advindas de outros cenários).
15. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

47
GADOTTI, Moacir. "Pressupostos do projeto pedagógico". In: MEC, Anais
da Conferência Nacional de Educação para Todos. Brasília, 28/8 a 2/9/94.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro.Inovações e projeto político-pedagógico:
uma relação regulatória ou emancipatória? Cad.Cedes, Campinas, v.n.61,p.267-
281, dezembro 2003.Disponível em HTTP://www.cedes.unicamp.br
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz
e Terra. 1981, p.79.
MOSÉ, Viviane. A escola e os desafios contemporâneos. Editora:
Civilização Brasileira. 1ª edição. 2013.
FRANCO, Edgar Silveira & NETO, Elydio dos santos. Os professores e os
desafios pedagógicos diante das novas gerações: considerações sobre o
presente e o futuro. Revista de Educação do Cogeime – Ano 19 – n. 36 –
janeiro/junho 2010. Disponível em:
http://www.cogeime.org.br/revista/36Artigo01.pdf Acesso em: 14/04/2015.
MEIER, Deborah. Educating for what? The struggle for Democacy in

Education. New York University. 2009. Disponível em:


https://deborahmeier.files.wordpress.com/2012/02/2009_educatingforwhat.pdf
Acesso em: 25/06/2019
KRISHNAMURTI, Jiddu. A Educação E O Significado Da Vida. Editora
Cultrix. Disponível em:
https://archive.org/details/AEducacaoEOSignificadoDaVidaJidduKrishnamurti
Acesso em: 22/06/2018
MORAN, Jose. Novas tecnologias e o reencantamento do mundo.
Publicado na revista Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, n.126,
setembro-outubro 1995, p. 24-26. Disponível em: :
http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/novtec.pdf.
Acesso em: 14/04/2015
BRASIL. Lei n.9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes
e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília,
DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833.
MANFREDI, Sílvia Maria. Metodologia do ensino: diferentes concepções.
Campinas, 1993
FETZNER, Andréa Rosana. Currículo. v.1 / Andréa Rosana Fetzner. – Rio
de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2009.

48
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo, Cortez, 1995.
GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto
Alegre, Artes Médicas, 1995.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro.
Brasília, Cortês, 2000.
PUENTES, Roberto Valdez. Didática IV. Universidade Federal de
Uberlândia.
FERNANDES, D. Avaliar para aprender: Fundamentos, praticas e politicas.
São Paulo: Editora Unesp, 2009.
Resoluções do Conselho Nacional de Educação nº 4, de 13 de julho de
2010, nº 7, de 14 de dezembro de 2010 e nº 2, de 30 de janeiro de 2012, nos
Pareceres do Conselho Estadual de Educação nº 1132, de 12 de dezembro de
1997, e nº 1158, de 11 de dezembro de 1998,resolução SEE nº 2.197/2012.

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