MANUAL. Cosac Naify
MANUAL. Cosac Naify
MANUAL. Cosac Naify
1
MANUAL
DE EDIÇÃO
1.0
2 3
FUNDAMENTOS
7 Principais etapas
8 Tarefas do preparador
15 Tarefas do revisor
PADRONIZAÇÃO
18 Estilos
itálico, versalete, aspas, maiúsculas e minúsculas
28 Elementos extratextuais
falso rosto, folha de rosto, sumário, dedicatória, epígrafe,
legendas, notas, textos complementares, referências bibliográficas,
índice, créditos, página de créditos e ficha catalográfica, lista de
títulos da coleção, colofon
77 Texto principal
citações, abreviaturas, numerais, nomes próprios, diálogos e falas,
obras de arte, filmes
FERRAMENTAS DE TRABALHO
4
Principais etapas
PREPARAÇÃO
• Estilo
• Padronização editorial
• Antecipação de problemas
• Correção
PRIMEIRA PROVA
SEGUNDA PROVA
• Batida de emendas
• Problemas tipográficos e gralhas
• Correção
• Leitura de orelha e 4a. capa
• Índice onomástico/ remissivo
6 7
ANTES DA LEITURA
Corrigir e padronizar o texto, zelando pelo estilo e pela clareza, 1 Certifique-se de que recebeu o arquivo correto e a edição original
resolvendo problemas de tradução e de edição, de modo que o recomendada. O livro deve estar completo, reunido num único
texto preparado e todos os elementos do livro estejam conforme arquivo, com exceção das legendas.
este manual. O arquivo de Word preparado deve prefigurar o livro
pronto em todos os detalhes (padronização, hierarquia e 2 Verifique se a editora executou a macro de limpeza de arquivo, sem
qualidade do texto). controlar alterações, para eliminar espaços duplos, substituir os
Esta etapa da edição deve ser feita em diferentes leituras, travessões e corrigir outras sujeiras tipográficas. Jamais faça
para trabalhar o texto em camadas e da maneira mais isso durante a leitura.
aprofundada possível, de modo que os revisores de prova se
ocupem sobretudo de pastéis, gralhas e questões tipográficas. 3 Verifique se a editora executou a macro do Novo Acordo
O preparador tem como interlocutor direto o editor; seus Ortográfico, sem controlar alterações. Fique atento para
interlocutores indiretos são o autor e o tradutor. possíveis alterações em nomes próprios e palavras
Um relatório deve ser enviado ao editor no final do trabalho. estrangeiras.
A seguir estão listados alguns pontos fundamentais.
Aprenda a usar atalhos do Word para agilizar
o trabalho.
8 9
DURANTE A LEITURA
10 11
DURANTE A LEITURA
Quebras de página [ Ctrl + Enter ] ou quebra de seção 8 Procure observar o registro do autor (vocabulário, sintaxe,
[ Inserir/ Quebra/ Tipos de quebra de seção/ Próxima página ] pontuação etc.). Antes de condenar determinada construção,
grafia ou uso, considere obras de grandes autores brasileiros
da mesma época, usando ferramentas como o GBooks.
5 Consulte pelo menos os três dicionários recomendados pela 12 Esteja atento à linguagem usada nos comentários e
editora: Caldas Aulete, Houaiss e Aurélio, além do Volp e na comunicação com a editora; tenha em mente que seus
outros livros de referência. Se for o caso, peça à editora comentários poderão ser encaminhados ao autor, tradutor,
dicionários específicos. Quando necessário, copie trechos de organizador etc.
verbetes nos comentários, para justificar uma troca de
palavra ou uma nuance de significado; privilegie obras de 13 Inclua nos comentários a numeração de página do trecho original
referência impressas e consagradas. Use fontes na internet, que está comentando, para facilitar a localização.
especialmente o Google e a Wikipedia, com extremo critério.
14 Elimine os recados deixados pelo autor ou tradutor no corpo do
6 No primeiro comentário, mencione quais foram os principais livros texto; se não puder resolvê-los, passe-os para comentários,
de referência utilizados. inseridos com a ferramenta do Word.
7 Evite jargão de gramática e tom professoral nos comentários; 15 Não faça diretamente no texto emendas que alterem o sentido e
o autor ou o tradutor não têm a obrigação de saber o que é que não tenham respaldo no original. Se a emenda altera o
um “objeto direto preposicionado” ou uma “oração sentido e foi feita diretamente no texto, sem comentários,
subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerúndio”. parte-se do pressuposto de que ela tem respaldo no original.
12 13
TAREFAS DO REVISOR
veja o guia de
16 Exponha sua dificuldade em comentário em vez de dar soluções Tarefas do revisor marcas de revisão
improvisadas, mesmo que soem plausíveis.
Assim como na preparação de texto, a revisão de provas precisa
17 Não polua o arquivo com marcas de revisão inúteis. ser dividida em diferentes etapas. Um relatório final com dúvidas
Por exemplo: ao trocar apenas uma ou duas letras e pendências deve acompanhar a prova.
numa palavra, não delete e redigite a palavra inteira
(“as construções feitosfeitas”); faça apenas as alterações Antes da leitura
necessárias (“as construções feitaos”).
1 Cheque o sumário, corrigindo a numeração de páginas e
18 Ao encontrar um erro, faça buscas para verificar se ele se alterações no título dos textos. O sumário deve indicar a página
repete em outras passagens: muitas vezes o mesmo erro de abertura, onde consta o título. Se houver textos faltantes,
aparece mais de uma vez. marque-os no relatório.
19 Marque repetições com marca-texto verde, e sugira alterações 2 Confira, um por um e de uma só vez, todos os títulos de capítulo; os
quando for pertinente. intertítulos; as páginas de abertura de parte; as epígrafes; os
cabeços; os números de páginas; as legendas etc., – todos
os elementos do livro que não pertencem ao texto principal.
14 15
Durante a leitura
4 O lápis pode ser usado para justificar ou comentar uma emenda feita
a caneta.
16 17
ITÁLICO
1 ITÁLICO
O itálico é utilizado para dar destaque aos seguintes elementos
do texto:
Viena fin-de-siècle
e não Viena fin-de-siècle;
18 19
ESTILOS IITÁLICO
20 21
ESTILOS VERSALETE
Cromossomo Y. Raios X.
“O assassino havia deixado um A sangrento na parede.”
2 VERSALETE
Versaletes são letras em maiúscula, em redondo, com altura
de minúscula. 2.3 Trechos no corpo do texto grafados
exclusivamente em maiúsculas.
Ele abriu o jornal e leu uma manchete chocante: “ fidel castro
morreu”. Logo abaixo “Fulgêncio Batista é o novo presidente”.
22 23
ESTILOS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
[Ironweed ]
4 MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
XXIX Bienal Internacional de Arte de São Paulo Há grande variedade de critérios adotados por autores, editores,
manuais e livros de referência no que diz respeito ao uso
E não das maiúsculas. No dicionário Houaiss, por exemplo, diversos
verbetes (como “estado”, “carnaval”, “renascença”) trazem a
���� Bienal Internacional de Arte de São Paulo indicação: “Obs.: inicial maiúsc.” ou “obs.: inicial por vezes maiúsc.”,
ou “Obs.: inicial freq. maiúsc.”. Nesses casos, o preparador deve
ponderar, se necessário junto ao editor, sobre a conveniência de
3 ASPAS seguir à risca o padrão do Houaiss, ou algum uso idiossincrático
Usam-se aspas para: do autor (“igreja” em cb, por exemplo). Para todos os efeitos,
- Título de artigo, poema, seção, que faça parte de um todo; valem os padrões listados abaixo, exceto orientação em contrário.
- Citação de livro, poema etc. quando no corpo do texto, não
importa o tamanho (uma palavra, três frases…); Notação em provas:
- Sugerir mudança de significado, trocadilho, expressão, cb – caixa baixa
neologismo; cA – caixa Alta;
cAb – caixa Alta e baixa
24 25
PADRONIZAÇÃO MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
26 27
Elementos Tanto o revisor como o preparador devem checar os elementos
extratextuais antes de começar a leitura, um de cada vez: primeiro,
28 29
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS SUMÁRIO
1 FALSO ROSTO
Entra apenas o título do livro.
Tradução manuel bandeira
NELA
Tradução
O arquivo preparado já deve conter o falso rosto.
Fábio de Souza Andrade QUI
Herman Melville
Fotografias EU PRI
Vicente de Mello
Billy Budd Billy Budd
Ilustrações Guazelli
Prefácio
Bernardo Carvalho
TRADUÇÃO MARIA APARECIDA BARBOSA
Ensaio ILUSTRAÇÕES DANIEL BUENO POSFÁCIO MARCUS MAZZARI
Cesare Pavese
Tradução
Alexandre Hubner
[A janela de esquina do meu primo ]
2 .a edição, revista
3 SUMÁRIO
Deve oferecer uma visão do conteúdo e da hierarquia do livro.
ioloBILLY 1indd.indd 1
[Falso rosto]
1 /16/0 6:30 P ioloBILLY1indd.indd 1 /16/0 6:30P ioloBILLY 1indd.indd 3
Observe a padronização da coleção quanto a itálicos, negritos etc. 103 Criaturas híbridas
���� ����
12 Agradecimentos
12 Sobre osautores
[Maria]
30 31
• a ri a
_ i o lo
- e dti e d i.i
t n dd 1 1 :
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS DEDICATÓRIA
O sumário deve ser elaborado pelo preparador, que antes da Em uma obra de ficção, os títulos dos capítulos podem não figurar
leitura deve conferi-lo com as aberturas de cada capítulo. no sumário; consulte o editor.
Ao final da leitura, deve ser feita nova batida. Os revisores
de primeira e segunda prova devem atualizar a numeração das
páginas. O número de página no sumário deve corresponder O objeto do desejo por Bernardo Carvalho,
à página de abertura, onde consta o título.
billy budd,
129 Semiótica e arquitetura: consumo ideológico ou trabalho teórico ( ) divisor de janelas do Word. O uso dos estilos e índice do Word
diana agrest e mario gandelsonas
141 Um guia pessoal descomplicado da teoria dos signos na arquitetura ( ) também é uma opção na confecção do sumário.
geoffrey broadbent
32 33
1 . 1
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS EPÍGRAFE
Texto em itálico, corpo 9, entrelinha simples, sem aspas . Texto em itálico, corpo 9, sem aspas, entrelinha simples, alinhado à
Crédito em redondo, alinhado à direita esquerda.
Crédito em redondo, alinhado à direita
Les yeux voient seulement ce que l’esprit
est preparé à comprendre. Kennst du das Land, wo die Citronen blühen,
Henri Bergson Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühen,
Kennst du es wohl? – Dahin, dahin!
Möcht ich… ziehn!
34 35
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS LEGENDAS
nota de rodapé. Sarmiento, por exemplo, cita Shakespeare em e cada vez mais elásticos e
resistentes. Elas também embalam
O trecho da Epístolas morais a Lucílio, de Sêneca As legendas devem seguir para o preparador num arquivo à parte,
(p. 91) foi traduzido por João Angelo Oliva Neto. para checagem com as informações do corpo de texto.
O preparador também deve ter, quando possível, acesso à
[Suicídios exemplares ] imagem para bater a legenda com o conteúdo da figura.
_ . 1 : 1
36 37
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS LEGENDAS
Apenas quando necessário, inclua orientações para leitura da Song of an Irish Blacksmith
[Blackburn, canção de um ferreiro
imagem entre parênteses ou colchetes, cuidando para que o irlandês], 1949-50, aço e bronze
sobre base de mármore, 117 × 103,5
padrão adotado seja coerente em todo o livro: × 58,1 cm, espólio David Smith.
[Maria]
_ - . 1 17 1
38 39
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS NOTAS
7 NOTAS
Antes da leitura, o preparador deverá conversar com o editor
para fixar os critérios de supressão/ inclusão de notas.
Procure sempre avaliar a pertinência das notas. Notas do
editor e do tradutor só devem entrar para esclarecer
informações essenciais para a compreensão, às quais o leitor não
teria fácil acesso.
Notas para apontar problemas de tradução, expressões
“intraduzíveis” etc. só devem ser incluídas em último caso: é
desejável resolver os problemas todos no corpo do texto. Havendo
necessidade de incluir uma nota, ela deverá ser sucinta.
Simples notas do tradutor não justificam o crédito “Tradução
e notas” na página de rosto. O crédito autoral para as notas
só entra na página de rosto se constituírem um aparato editorial
encomendado pela editora.
40 41
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS NOTAS
42 43
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS NOTAS
7.4 Numeração das notas Ao identificar as notas, não abrevie nomes: procure utilizar
A numeração das notas deve reiniciar a cada novo capítulo. apenas as abreviaturas em versalete e colchete, com espaço
Para isso, ao abrir página é preciso usar quebras de seção entre as letras: [ n. t.], [n. e.] e [n. o.] . O designer substituirá o
(e não de página). espaço por espaço fino. Em princípio as notas do autor não
devem ser identificadas. Se as notas do tradutor forem
como fazer numerosas, a identificação pode ser feita apenas na primeira,
Clique em [Inserir/ Referência/ sobretudo em textos de ficção:
Notas/Opções/ Reiniciar
a cada seção/Aplicar].
bebido muito chá taberna, aproximou-se dela, fez o sinal da cruz e deu-lhe um
Em provas, anote no início de copeque. A prisioneira ruborizou-se, inclinou a cabeça e falou alguma coisa.
cada capítulo: “Renumerar notas”. 1
[Ressurreição]
[Antropologia estrutural ]
44 45
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS TEXTOS COMPLEMENTARES
com esse conjunto: to os esses e ementos estão no primeiro ece uma nova re e
livro de González Lanuza. 14 sia. Inaugura a virada Para a batida de provas, uma folha com a nota impressa deve ser
representação da líng
13 “Há lonjuras a cinquenta metros”; “paisagens deslocadas/ fogem pe- pelas imagens ultraíst anexada à página, com clipe.
las esquinas”; “Se penduram as palavras nos fios/ buzinas, chiados, vo- Os poemas reunid
zes”. E. González Lanuza, “Instantánea”, in A. Hidalgo (org.), Índice, op.
renovadoras dos ano
cit., pp. 98-99.
funcionamento o sist
14 Trechos de “Apocalipsis” resumem esse movimento: “Cuando/ el
jazz-band de los ángeles/ toque el fox-trot del juicio final/ y llegue Dios al
galope tendido/ de sus tanques de hierro/ estallen los soles/ hechos dina- ≠æ n o g al op e v el oz / d e s eu s t 8 TEXTOS COMPLEMENTARES
mita viviente/ y por los espacios,/ rueden oleadas de odios dispersos/ se
enhebrarán las chimeneas y las torres/ en el agujero de la luna”. [“Quan-
m it e v iv en te / e , p e lo s e sp
m in és e a s t o rr es s e e nfi ”. .
[Prefácio, prólogo, apresentação, introdução etc.]
do/ o jazz-band dos anjos/ tocar o fox-trot do juízo final/ e Deus chegar ≠æ “Apocalipsis”, in A. Hidal . . . . .
xix equivalia a 5572,7 metros; era a “légua de 20 mil pés” decretada […]”. “Eu mesmo o ouvi narrar os pormenores horríveis” […]
pelo rei da Espanha Carlos iv em 1801, a partir do “caminho que [p. <completar>].
regularmente se anda em uma hora”). [ n. e.]
[Facundo ]
[Facundo ] Escreva sempre a palavra “completar”, assim, o designer poderá
fazer buscas e marcar as remissões internas de maneira segura.
46 47
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Deve ser evitado o uso de ponto final para separar título e
O preparador deve observar o padrão de referências subtítulo. Conforme a orientação do editor, deverá ser adotado
bibliográficas da coleção, ou definir, com o editor, o padrão a ser um padrão unificado em cada livro; será empregado
adotado. As referências podem ser feitas em nota ou em preferencialmente o travessão.
remissão americana e bibliografia.
9.1 Título
9.1.1 Estilo
* Em todos os casos, a primeira letra do subtítulo
deverá estar em cA.
Se o título contiver uma palavra que normalmente seria 9.1.3 Maiúsculas e minúsculas
padronizada em itálico, o destaque deverá ser transposto para Alguns títulos de livros e textos menores contêm palavras que,
aspas, ou então simplesmente retirado, de modo que o itálico seja por intenção do autor ou por s erem nomes próprios, devem
empregado exclusivamente para demarcar o título em questão. ser padronizados em cAb.
Assim, escreveremos
As flores do Mal e não As flores do mal ;
Viena fin-de-siècle O Exército de Cavalaria e não O exército de cavalaria .
e não Viena fin-de-siècle;
Editar “Guerra e paz” ou Editar Guerra e paz
,
e não Editar Guerra e paz. 9.1.4 Títulos em idiomas estrangeiros
Devem seguir a regra da língua original.
48 49
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9.2 Abreviaturas bibliográficas * Os endereços eletrônicos foram consultados em outubro de 2005. [n. e.]
Id., ibid., op. cit., apud: ver Abreviaturas.
– “Cf.” ou “Ver”, “ver também” podem preceder a referência.
9.6 Referência em nota
9.3 Editora Usada quando o livro tem poucas citações, em que uma
O nome da editora deve ser simplificado, mas de maneira bibliografia é dispensável.
inconfundível: Paulinas (e não Ed. Paulinas); puf (e não Presses
Universitaires de France); Penguin (e não Penguin Press); Eduerj 9.6.1 Livro
(em vez de Ed. da uerj).
Nome Sobrenome, Título da obra [data da edição original], 2ª. ed.,
9.4 Cidade trad. Fulano de Tal. Cidade/ Cidade: Editora/ Editora, data da
As cidades de publicação devem preferencialmente ser edição, p. xx ou pp. xxx-xx.
mencionadas em português. Ver “Nomes de lugares”.
Na primeira ocorrência, o nome do autor deve entrar completo:
9.5 Citações da internet
Devido ao caráter dinâmico da internet, deve-se evitar citar Maurice Merleau-Ponty, A prosa do mundo [1969], trad. Paulo
páginas e sites como referências informativas. Caso seja Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2002, p. 223.
necessário, a citação deve seguir o seguinte padrão:
Thomas Ewbank, Vida no Brasil, ou Diário de uma visita ao país
No corpo do texto: do cacau e das palmeiras [1856], trad. Jamil A. Haddad. São Paulo/
Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia, 1976, pp. 98-102.
<www.beatles.com/#/films>
50 51
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
52 53
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nome Sobrenome, “Prefácio”, in Nome Sobrenome, Título do livro. 9.7.1 Citação no corpo do texto
Cidade: Editora, data, p. xx. Especialmente na área de antropologia, adota-se a padronização
entre parênteses, com sobrenome do autor, ano de publicação
Jorge Luis Borges, “Prólogo”, in Adolfo Bioy Casares, original e, quando citação pontual, número de página.
A invenção de Morel [1940]. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
Citação no corpo do texto (entre aspas) ou em recuo:
(Sobrenome data) ou (Sobrenome data: XX) − número ou
textos em periódico e jornais intervalos de páginas.
Em referências de textos em periódico, não entra a palavra “in”, e
todas as palavras do título do periódico entram em cAb. (Lévi-Strauss 1957: 32-38)
Nome Sobrenome, “Título do artigo”. Nome do Periódico, n. x, v. x, Para dar a referência de diversos autores que tratam do mesmo
Cidade, ano, pp. xx-xx. assunto, citados sem aspas: (Sobrenome data; Sobrenome data;
Sobrenome data)
Eduardo Viveiros de Castro, “O mármore e a murta”. Novos
Estudos Cebrap, n. 3, v. 1, São Paulo, 1998. (Lévi-Strauss 1957; Dumont 1960; Viveiros de Castro 2002)
Valbene Bezerra, “Cores da cidade”. O Popular , 2o.
Caderno, Goiânia, 14/07/1996. Quando a citação é de segunda mão:
Gioia, Mario, “Kossoy passeia pelo fantástico em exposição”. Folha de
S. Paulo, Ilustrada, p. e7, 26/01/2008. (Lévi-Strauss 1957: 56 apud Viveiros de Castro 2002: 102)
9.7 Remissão a bibliografia tradução sobrenome, Nome. Título da obra [data original], nº de volumes, edição
Conhecida como “citação americana”, é usada quando o livro (se relevante), trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data.
contém muitas citações. Neste caso, as notas de rodapé são de
texto, nunca de referência bibliográfica. Este padrão é empregado hobsbawm, Eric J. (org.) et alii
. História do marxismo, 12 vols.,
especialmente nos livros científicos e de antropologia. trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
54 55
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2 ou + sobrenome, Nome; Nome sobrenome & Nome sobrenome. Título artigo ou ensaio parte de obra
autores da obra [data original], trad. Nome do Tradutor. Cidade/ Cidade:
2 editoras
Editora/ Editora, data. sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título da obra [data original],
trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data.
journet, Réne & Guy robert. Le Manuscrit des Misérables. Paris:
sobrenome, Nome. “Título do artigo”, in N. Sobrenome (org.).
Les Belles Lettres, 1962.
Título da coletânea [data original], trad. Nome do Tradutor .
martius, Karl Friedrich Philipp von. O Estado do direito entre os
Cidade: Editora, data.
autóctones do Brasil [1832], trad. Alberto Löfgren. São Paulo/
Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia. sobrenome, Nome. “Prefácio/ Introdução etc.” a Nome
petrônio. Satíricon [séc. i d. C.], trad. Cláudio Aquati. São Paulo:
Sobrenome, Título da obra [data original], trad. Nome do
Cosac Naify, 2008. Tradutor. Cidade: Editora, data.
tese sobrenome, Nome. Título da tese. Dissertação de mestrado/ Tese viveiros de castro , Eduardo. “O perspectivismo ameríndio”, in
de doutoramento. Cidade: Depto. – Universidade, data. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia.
São Paulo: Cosac Naify, 2002.
viveiros de castro, Eduardo. Araweté: Uma visão da cosmologia e xavier, Ismail. “Cinema: revelação e engano”, in A. Novaes (org.).
. Tese de doutoramento, Departamento de
da pessoa tupi-guarani O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1984. carneiro da cunha, Manuela. “Introdução” a Marianno Carneiro da
Cunha, Da senzala ao sobrado: Arquitetura brasileira na Nigéria e
ed. bras. sobrenome, Nome. Título da obra no original . Cidade: Editora, data na República Popular do Benim. São Paulo: Edusp/ Nobel, 1986.
[ed. bras.: Título da obra em português, trad. Nome do Tradutor. ________. “Lógica do mito e de ação”, in Cultura com aspas . São
Cidade: Editora, data]. Paulo: Cosac Naify, 2009.
56 57
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS ÍNDICE
58 59
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS ÍNDICE
60 61
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS ÍNDICE
o Google), com ajuda do editor e/ou do organizador ou autor do 10.6 Nomes de obras (quadro, livro, peça, filme etc.),
livro e incluir a entrada “Agache, Alfred”. Artigos e conjunções devem ser colocados depois do nome,
A Cosac Naify mantém um banco de nomes próprios (brasileiros separado por vírgula:
e estrangeiros) que o indexador deverá utilizar para tirar dúvidas de
grafia, transliteração (sobretudo de nomes flores do Mal, As <entra na letra F>
russos) e padronização de sobrenomes compostos. Ver verbete Economist, The <entra na letra E>
“Nomes próprios”. vento levou, E o <entra na letra V>
Nomes mencionados de maneira episódica, claramente não
ligados à pessoa real, não devem ser indexados. Por exemplo, se o
autor de uma biografia disser que em determinada sala havia um 10.7 Padronização do índice
retrato de Machado de Assis, essa passagem não deve ser indexada. O índice remissivo deve ser checado, padronizado e finalizado
Da mesma forma, a menção ao Instituto Fernand Braudel não deve pelo indexador, que deve entregá-lo pronto para composição ao
gerar uma entrada para Fernand Braudel. editor. As entradas devem ser padronizadas da seguinte forma:
Nomes de tradutores, organizadores e outros incluídos em
referências bibliográficas não devem ser indexados. • Sem vírgula de separação entre o nome e as páginas:
62 63
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS CRÉDITOS
Pré-rafaelitas 19-20, 32, 51, 53, 170, 294 ou como uma assinatura, no final do texto.
64 65
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS CRÉDITOS
11.3 Imagens
Os créditos das imagens normalmente vão no final do volume,
em uma página separada ou na página de créditos.
A página de créditos das imagens reúne as informações
fornecidas por bancos de imagens, museus e outras instituições.
Essas informações devem ser adaptadas à padronização dos
livros da Cosac Naify.
O crédito deve estar sempre em português, inclusive menções
como “todos os direitos reservados”, “publicado mediante
autorização” etc., exceto nomes de instituições.
Deve-se evitar o recurso jornalístico de deixá-lo na lateral da
imagem. No entanto, em folhetos, anúncios e outros impressos
produzidos pela editora, o crédito deve ser incluído na lateral da
imagem, aplicado no alto, à direita, com leitura de baixo para cima.
[O outono da Idade Média ]
66 67
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA
Em inglês
68 69
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA
Créditos editoriais
Coordenaçãoeditorial florencia ferrari
Revisão danilo nikolaidis e raul drewnick
Projetográfico maria carolina sampaio
Créditos de imagem Produçãográfica lilia goes
Tratamento de imagens wagner fernandes
Dados da editora
Coedição
Atendimento ao professor
70 71
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA
72 73
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA
No final dos livros de coleção deve haver uma página com uma . Eduardo Viveiros de Castro A inconstância da alma selvagem
lista numerada de todos os títulos da coleção, inclusive o que está . Davi Arrigucci Jr. Coração partido: uma análise da poesia reflexiva de Drummond
sendo publicado. . Maurice Merleau-Ponty A prosa do mundo
. Marcel Mauss Sociologia e antropologia
. Pierre Clastres A sociedade contra o Estado
. Ismail Xavier O olhar e a cena
. Pierre Clastres Arqueologia da violência
. Maurice Merleau-Ponty O olho e o espírito
. Franklin de Mattos A cadeia secreta: Diderot e o romance filosófico
. Antonio Arnoni Prado Trincheira, palco e letras
. Eunice Ribeiro Durham A dinâmica da cultura: ensaios de antropologia
Coleção Cinema, teatro e modernidade . Otília Beatriz Fiori Arantes Mário Pedrosa: itinerário crítico
Coordenação editorial Ismail Xavier . Eduardo Escorel Adivinhadores de água
. Ronaldo Brito Experiência crítica
1. O cinema e a invenção da vida moderna 11. Teatro pós-dra mático
Leo Charney e Vanessa R. Schwartz (orgs.) Hans-Thies Lehmann . Fernando A. Novais Aproximações: estudos de história e historiografia
2. Teoria do drama moderno [1880-1950] 12. O ornamento da massa . Jean-Paul Sartre Situações : crítica literária
Peter Szondi Siegfried Kracauer . Alcides Villaça Passos de Drummond
3. Eisenstein e o construtivismo russo 13. Drama em cena . Gérard Lebrun A filosofia e sua história
François Albera Raymond Williams
. Lúcia Nagib A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopias
4. Tragédia moderna 14. Cinefilia: invenção de um olhar,
Raymond Williams história de uma cultura 1944-1968 . Alfonso Berardinelli Da poesia à prosa
5. Shakespeare nosso contemporâneo Antoine de Baecque . Ismail Xavier Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome
Jan Kott . Marthe Robert Romance das origens, origens do romance
6. O olho interminável [cinema e pintura] . Leopoldo Waizbort A passagem do três ao um: crítica literária, sociologia, filologia
Jacques Aumont
. Michael Hamburger A verdade da poesia
7. Cinema, vídeo, Godard
Philippe Dubois . Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau e outros ensaios
8. Teoria do drama burguês . Claude Lévi-Strauss Antropologia estrutural
Peter Szondi . Manuela Carneiro da Cunha Cultura com aspas e outros ensaios
9. Discurso sobre a poesia dramática . Jorge de Almeida e Wolfgang Bader (orgs.) Pensamento alemão no século -
Denis Diderot
. Roy Wagner A invenção da cultura
10. Crítica da imagem eurocêntrica
Ella Shohat e Robert Stam . Jorge Coli O corpo da liberdade
74 75
ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS
14 COLOFON
colofon simples em português
This book was printed in April 2010 at Ipsis, in São Paulo, Brazil,
with Garda and Pollen papers. For this edition of 3 000 copies,
1 500 were produced with special binder, and a briefcase coated
with Saphir tissue.
76 77
TEXTO PRINCIPAL CITAÇÕES
78 79
TEXTO PRINCIPAL CITAÇÕES
original em inglês
Marlow, in Heart of Darkness, recalls a man dying at his feet, with a spear in
his stomach, and how ‘my feet felt so very warm and wet that I had to look
down … my shoes were full; a pool of blood lay very still, gleaming dark-red
under the wheel.
[A invenção da cultura ]
*
correspondência em português
Se um autor italiano cita um escritor francês, o título do
Marlow, em O coração das trevas, relembra um homem agonizando a livro entra em francês ou em português no corpo do texto,
seus pés, com uma lança no estômago, e como “a sensação de calor e não em italiano. Em notas ou na bibliografia, no entanto,
e umidade nos meus pés era tamanha que precisei olhar para baixo. a referência deverá seguir a edição utilizada pelo autor
[…] meus sapatos estavam encharcados; havia uma poça de sangue italiano, mesmo que não seja a edição francesa original.
muito parada, cintilando num tom escuro de vermelho bem debaixo
do timão”. Títulos de obras conhecidas e com tradução para o português
só devem ser mantidos no original se a informação for relevante
[Como funciona a ficção ] para o estilo ou o conteúdo do texto do autor.
1.2 Citações de edições estrangeiras Citações em prosa de modo geral entram diretamente em
Títulos de livros que nunca tiveram edição brasileira devem ser português no corpo do texto (mas com o título do livro no idioma
citados na língua original, se necessário com a tradução entre original). Caso a citação em prosa seja feita em língua estrangeira,
colchetes, em redondo. Cuidado ao traduzir sistematicamente todos ela deverá ser padronizada em itálico e entre aspas e sua
os títulos em língua estrangeira: pode soar hipercorreto e burocrático, tradução deve constar em nota.
sobretudo em títulos de fácil compreensão mesmo para o leitor
brasileiro. Esse tipo de tradução tende a ser mais útil em títulos
capciosos, de difícil compreensão ou que possam levar o leitor
a engano.
80 81
TEXTO PRINCIPAL CITAÇÕES
1.3 Citações de livros estrangeiros publicados no Brasil O preparador deve zelar para que as citações bíblicas sejam
Quando houver tradução, a referência deverá seguir a edição extraídas de edições recomendadas e não traduzidas pelo
brasileira, a menos que sua qualidade seja notoriamente tradutor do original inglês, francês etc. que está sendo editado.
contestada. O preparador deve pesquisar a eventual existência Citações do Alcorão, da Torá e de outros livros sagrados devem
dessa edição, localizar o trecho citado e substituí-lo na tradução, ser feitas conforme orientação do editor.
mantendo, no entanto, a referência à edição citada pelo autor.
A edição brasileira deve ser mencionada em nota de rodapé, entre 1.5 Versos
colchetes, precedida de “ed. bras.:”. Citações de poesia podem ser padronizadas de duas formas: no
corpo do texto, com barras de s eparação dos versos; ou em recuo
de citação, quebrando a linha em cada verso. Citações de poesia
entram no idioma original, com a tradução em nota de rodapé. Se
os versos não tiverem boa tradução no Brasil, a nota deve indicar
que a tradução é literal. Ver também “Citações de edições
estrangeiras”.
82 83
TEXTO PRINCIPAL NUMERAIS
[O amante]
*
[O outono da Idade Média ]
Em falas, os numerais devem ser grafados sempre
por extenso.
84 85
TEXTO PRINCIPAL NUMERAIS
86 87
TEXTO PRINCIPAL NUMERAIS
c. 1450
[Anna Kariênina ]
2.4 Milhares
Use um espaço, e não um ponto, para separar a casa dos
milhares, milhões etc. (ver exemplo , na página anterior) * Em livros de arte, design e arquitetura em que há muitas
referências a medidas, as unidades devem ser abreviadas.
2.5 Unidades de medidas, números e operações Em legendas, títulos, notas e textos “isolados”, abrevie as
matemáticas unidades de medidas, mas em texto corrido prefira a grafia por
O preparador deve bater com o original todos os números que extenso. No entanto, se na mesma passagem ou no mesmo
constem do livro, para checar se não houve erro de digitação e/ parágrafo há repetidas vezes “quilômetro quadrado”, use “km 2”:
ou tradução – por distração, é comum “ fifty ” virar “quinze”.
As unidades de medidas deverão ser convertidas para o 3. O território francês tem uma superfície de 543 965 km2,
sistema métrico (na bibliografia básica indica-se um conversor de comparável à do estado de Minas Gerais ( 587 172 km2). [n. t.]
medidas na internet). Tradutores já costumam fazer esse tipo de
conversão, que no entanto deve ser checada pelo preparador. [Antropologia estrutural ]
88 89
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRIOS
Textos assinados apenas por iniciais, como uma “Nota sobre esta
nomes de pessoas com marca-texto amarelo. Em traduções, a edição”, feita por um organizador, segue o mesmo padrão, adequado
edição original pode ser usada na checagem, mas recomenda-se ao padrão para assinaturas de textos.
utilizar uma segunda fonte.
90 91
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRIOS
Mas, quando se escreve apenas o sobrenome, a primeira letra da 3.1.7 Derivação de antropônimos em língua estrangeira
partícula vai em cAb: Manter as características do nome estrangeiro, com acréscimo de
iano, ismo, ino ou ista.
De la Madrid, Della Francesca, De Gaulle, Van Gogh.
bachianas, behaviorista, brechtiano, byroniano, comtiano, darwinista,
na bibliografia goethiano, hobbesiano, littreano (Littré) , mallarmeano, sardo (natural
Não separar os sobrenomes ligados por hífen e os que da Sardenha), shakespeariano, steinberguiano, taylorismo, voltairiano,
contenham elemento adjetivado. weberiano.
• No chinês, não há inversão, o sobrenome já antecede o nome: * Atenção aos nomes muito próximos de nomes existentes
em português, que por distração tendem a ser
aportuguesados, como os italianos Antonio (e não
mao, Tsé-tung Antônio), Italo (e não Ítalo), Emilio (e não Emílio) etc.
92 93
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRIOS
3.1.9 Nomes e fórmulas de tratamento, títulos etc. frei Vicente do Salvador, presidente Lula, visconde de Cairú,
As fórmulas de tratamento e títulos seguem uma padronização dom Pedro ii, prof. Celso, d. João vi, papa João Paulo ii.
específica que deve ser observada pelo preparador. Exceto quando faz parte de um nome: avenida Papa João Paulo ii
O mutilado espanhol senhor que me fiava cigarros foi um santo Durante meio século, as burguesas de Pont-l’ Évêque invejaram
senhor e uma figura celestial que não encontrarei mais na vida. à sra. Aubain sua criada Félicité.
94 95
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRIOS
No entanto, evitar formas dicionarizadas que soem muito lusas Wall Street, 5th Avenue, Times Square, 42th Street, Boulevard
ou antiquadas, como Bordéus (Bordeaux), Moscovo (Moscou), du Montparnasse, Rue Delambre, Place de l’Hôtel de Ville,
Amsterdão (Amsterdã), São Francisco (San Francisco) ou Nova Calle Relator, Avenida de Mayo, Piazza San Marco, Via Veneto.
Iorque:
96 97
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRRIOS
98 99
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRRIOS
100
100 101
101
TEXTO PRINCIPAL NOMES PRÓPRRIOS
3.6.1 Santos; cargos e títulos religiosos Gerais”, “o estado de Nova York”; no entanto, se a palavra integrar
“São”, “Santo”, “Santa”, “Madre” não são “cargos” ou títulos, um nome próprio, naturalmente será grafada em cAb: Pinacoteca
mas parte do nome de personagens históricos; por isso devem do Estado de São Paulo.
ser padronizados em cAb, sobretudo aqueles que são autores Os órgãos e instituições do governo devem ter o mesmo
de obras: Santo Agostinho, Santo Isidoro de S evilha, Santo tratamento dado aos nomes próprios, ou seja, cAb: Ministério da
Tomás de Aquino. Justiça, Casa Civil, Secretaria de Negócios Jurídicos etc.
Cargos e títulos eclesiásticos deverão seguir o padrão usual: Os cargos públicos, no entanto devem ir sempre em cb: “o
padre, papa, cardeal, frei, irmã, rabino, mulá, etc., exceto se o ministro da Justiça”, “a ministra-chefe da Casa Civil”, “o ministro
designativo já se incorporou historicamente ao nome, como o do Planejamento”, “o procurador-geral da República”.
Padre Cícero ou o Padre Amaro (essa decisão deve ter respaldo Os nomes de palácios e edifícios que por metonímia
em referências bibliográficas). Ver “Nomes e fórmulas de representem a instituição que abrigam devem igualmente ir em
tratamento”. cAb: “Palácio da Alvorada”, “Palácio do Itamaraty”, “Palácio do
Planalto”, “Embaixada do Brasil”.
3.6.2 Festas sagradas
Festas e datas sagradas costumam ser padronizadas em cAb: 3.8 Termos militares
Natal, Páscoa, Ramadã, Yom Kippur, Quaresma. Festas profanas Apenas as Forças Armadas e outras corporações militares
devem ser padronizadas em cb: carnaval, ano-novo. brasileiras devem ser grafadas em cAb: Exército, Marinha,
Aeronáutica, Polícia Militar, Guarda Civil. As corporações
3.6.3 Igrejas estrangeiras vão sempre em cb: o exército americano, a marinha
Para designar qualquer uma das comunidades cristãs inglesa, a aeronáutica russa, a gendarmeria francesa.
organizadas, será adotada a cAb tanto na palavra Igreja como na
denominação: Igreja Católica, Igreja Batista, Igreja Universal do
Reino de Deus. “Igreja” na acepção de “edifício” permanece em
cb: igreja de São Francisco de Assis.
* Exceção: quando o exército em questão é conhecido
historicamente por um nome próprio, como Luftwaffe,
Exército Vermelho, Exército dos Andes, Exército de
Cavalaria etc.
3.7 Termos governamentais
Algumas palavras ligadas à teoria do Estado, como a própria palavra 3.9 Disciplinas e campos do conhecimento
Estado, República, os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo Não se adota a cAb para nomes de disciplinas e cursos
(bem como o antigo Moderador), e as principais leis do país – universitários quando coincidem com campos do conhecimento
Constituição, Código Civil, Código Penal – são grafados em cAb. mais amplos: medicina, engenharia, história, letras, ciências sociais,
A palavra “estado” como divisão territorial de um país irá jornalismo etc., exceto se fazem parte de um nome próprio (de um
sempre em cb: “o estado de São Paulo”, “o estado de Minas departamento ou faculdade).
102
102 103
103
TEXTO PRINCIPAL
No entanto, caso se trate de um curso, disciplina ou cátedra 3.12 Tabela de padronização de nomes próprios
com nomes específicos, deve-se padronizar em cAb: Letras redondo cAb em todas
Nome de redondo itálico + aspas as palavras exemplo
Modernas, Comunicação e Artes do Corpo, Introdução aos
artigo de jornal
Estudos Literários I etc ou revista • “J’accuse”
Devem entrar em cb, a menos que façam parte do nome da coleção de livros • • Coleção Espaços
instituição. Universidades, museus e outras instituições coluna de jornal • • Painel do Leitor
estrangeiras ligadas a lugares devem preferencialmente ser curso • • Comunicação e Artes
do Corpo
traduzidas para o português, e mantidas no original em
referências bibliográficas, legendas e créditos. disciplina • letras, antropologia
drinks tradicionais • dry martini, brandy
discurso direto – aspas Cabe ao preparador zelar para que o padrão escolhido pelo
autor seja seguido, mas ele pode ser discutido com o editor.
“Quem estará aqui embaixo?”, perguntou Francis. Deverá ser preservada a escolha que o autor fez em sua língua
“Deve ser alguém católico”, disse Rudy. original. Em textos brasileiros inéditos, é comum que o autor, por
“Claro que deve ser católico, sua besta, o cemitério é católico.” desatenção, utilize ora travessão, ora aspas num mesmo livro, iss o
“Mas às vezes também enterram protestantes”, disse Rudy. deve ser padronizado pelo preparador, conforme a orientação do
editor. Num livro de contos, por exemplo, o mesmo sistema de
[Ironweed ] diálogos deve ser adotado em todos os textos; num romance, o
mesmo sistema em todos os capítulos.
106
106 107
107
TEXTO PRINCIPAL DIÁLOGOS E FALAS
4.1.1 Travessão
O uso de travessões nos diálogos e falas é o mais tradicional na “Attaway, Billy,” said his backer, Morrie Berman, clapping twice.
literatura brasileira e foi herdado dos escritores franceses. Em Lotta mix, lotta mix.”
geral, abre-se parágrafo a cada fala destacada com travessão: “Ball is working all right,” Billy said.
Depois, ao largar a traquitana, pela grande estrada, que ali subia, toda
em encostas, José Ernesto perguntou: Mas a mulher da Agência de Empregos havia dito: “É melhor
– Como é o nome todo do senhor Dom Gaspar? tomar o navio da tarde e, se conseguir uma cabine ‘só para mulheres’
– Dom Gaspar Maria Alcoforado de Menezes e Telles. no trem, vai se sentir muito mais segura do que se fosse dormir em
um hotel estrangeiro. […]”.
[Um dia de chuva ]
[contos K. Mansfield ]
108
108 109
109
TEXTO PRINCIPAL DIÁLOGOS E FALAS
travessão, pontuação e verbo dicendi Em outro padrão tipográfico francês, todo o diálogo vai entre
Manter o sistema de padronização dos diálogos escolhido pelo aspas, mas as falas são marcadas por travessões:
autor não significa seguir à risca a padronização editorial do
original. Cada tradição tipográfica padroniza os diálogos de « Qu’est-ce que tu fais là ? demanda l’homme, la main tapotant
maneira diferente, que não deve ser seguida à risca. sur le mur mais ne trouvant pas l’interrupteur.
A padronização com travessão tem um funcionamento específico – Mais j’étais en train de ranger le seau, c’est tout », répondis-je
em língua portuguesa, sobretudo no que se refere à pontuação e avec une assurance hargneuse qui m’étonna moi-même.
os verbos dicendi (“dizer” e sinônimos). Nos livros da Cosac Naify,
a oração que contém o verbo dicendi deve sempre estar entre
travessões:
110
110 111
111
TEXTO PRINCIPAL DIÁLOGOS E FALAS
Le surveillant, toujours dans la pénombre, renifla l’air, mas sa Se entre o primeiro e o segundo elemento da fala houver vírgula,
supposition lui parut tellement fantaisiste qu’il se retira en ela será obrigatoriamente colocada após o terceiro travessão, e a
bougonnant : oração que contém o verbo dicendi fica sem pontuação:
« Bon, range donc tout ça et vite au lit. » Coincé derrière la
porte, Village levait son pouce : « Bien joué ! » – Eu já te disse – insistiu ele –, não vamos encontrar nunca.
Neste caso, emprega-se a mesma padronização, com travessões Uma opção para a frase acima é interrompê-la com um ponto
ou aspas: final – que nesse caso, no entanto, deverá ser colocado no final
da oração do verbo dicendi. Essa opção enfatiza a pausa na frase,
“O que é que você está fazendo aí?”, perguntou o homem, marcada pela intervenção do narrador, e pode ajudar a dar mais
tateando a parede com a mão sem encontrar o interruptor. força e/ou oralidade a determinados diálogos:
“Eu estava guardando o balde, só isso”, respondi com uma
confiança impertinente que até a mim espantou. – Eu já te disse – insistiu ele. – Não vamos encontrar nunca.
O inspetor, sempre na penumbra, farejou, mas sua suposição lhe
pareceu tão fantástica que se afastou resmungando. “Bom, então
guarde tudo e vá logo para a cama.” Escondido atrás da porta, 5 OBRAS DE ARTE
Caipira levantou o polegar: “Positivo!”. As informações relativas a obras de arte podem ter maior ou
menor detalhamento, conforme o tipo de livro. Livros sobre arte
[A terra e o céu de Jacques Dorme ] costumam ser mais detalhados.
O crédito fornecido por museus e bancos de imagens deve
A frase deve ser pontuada normalmente, como se não tivesse ser adaptado segundo os modelos e situações abaixo. Procure
sido interrompida pela intervenção do narrador, marcada pelos traduzir o nome da obra, técnica, cidade e todas as informações,
travessões. O erro mais comum é a colocação dos travessões no exceto o nome de instituições.
ponto errado da frase. Eles devem estar sempre antes da
pontuação que em geral separa (ou, quando não há, que poderia 5.1 Título da obra
separar) o primeiro e o segundo elementos da fala. Somente alguns títulos consagrados na língua original devem ser
mantidos sem tradução, como Les Demoiselles d’ Avignon, Pietà.
fala af irmativa Não convém descaracterizar o título de certas obras
Quando o primeiro elemento da fala é afirmativo, o ponto final vai contemporâneas que, traduzido, perderia a força, como A Bigger
sempre na oração que contém o verbo dicendi: Splash, de Hockney, em vez de “ Um espirro maior ”.
112
112 113
113
TEXTO PRINCIPAL DIÁLOGOS E FALAS
Napoleão após a abdicação [1845], óleo sobre tela de Paul 5.4 Estilos, escolas e movimentos
Delaroche. Paris, Musée de l’Armée/ Bridgeman Photo Li brary Vão em cb e redondo os nomes de estilos e movimentos:
114
114 115
115
TEXTO PRINCIPAL OBRAS DE ARTE
O Cavaleiro Azul e não Der Blaue Reiter). Termos híbridos, como catálogo sem título
arte pop e arte op, permanecem em redondo.
“Eduardo Sued”, in xvi Bienal Internacional de Arte de São Paulo
5.6 Título de exposição (catálogo). São Paulo: Fundação Bienal, 1981.
Quando se trata de uma mostra regular de uma instituição, em
cAb e redondo; quando se trata de um evento único, usa-se cAb
e itálico: 6 FILMES
catálogo com título A referência completa acima deve ser indicada quando o filme
aparece pela primeira vez no capítulo do livro. Nos demais,
“Título do artigo”, in Nome do catálogo (catálogo). Cidade: Galeria/ entra apenas o título, ou parte dele.
Fundação/ Centro Cultural, data. No caso de ensaios ou de títulos com capítulos muito
extensos, a referência completa aparece a cada novo ensaio ou
“O gratuito sistemático”, in Barrio: registro de trabalho (catálogo). capítulo. Por ex., os livros de Glauber Rocha ou de Paulo Emílio.
Rio de Janeiro: mec/ Funarte, 1982. É importante observar que às vezes no texto são
encontrados os nomes do filme e do diretor, ou apenas do filme.
116
116 117
117
TEXTO PRINCIPAL FILMES
Assim sendo, deve-se completar a referência na primeira 6.2 Termos, expressões e movimentos
ocorrência. cinematográficos
• em itálico e cb (termos estrangeiros): fade in, fade out , script ,
“[…] Glauber Rocha […] em seu filme Deus e o diabo na terra do mise-en-scène, camera-stylo, nouvelle vague, cinema noir , film
[1964]”.
sol noir , noir etc.
“Filmes como Corisco e Dadá [Rosemberg Cariry, 1996], • em redondo e cb (termos estrangeiros de uso frequente em
Baile perfumado [Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1997]”. livros de cinema): casting, close, close-up, flashback, flashback,
“Walter Salles, cineasta […] no filme inteiramente programático off, set, slow motion, storyboard, take, travelling, zoom, zoom-in,
que é Terra estrangeira [co-direção de Daniela Thomas, 1995]”. zoom-out.
• em redondo e cb (em português): cinema novo, cinema moderno,
cinema realista, neorealismo.
6.1.2 Filmes estrangeiros • em redondo e cb (plano-sequência, ruído, plano integral, luz,
O título de filmes estrangeiros deve vir primeiro na versão em imagem, som, cenas, fotografia, cenografia, sonoplastia, casting,
português seguido do título original, além do nome do(s) efeitos visuais, decupagem, montagem, câmera, roteiro,
diretor(es), em cAb, e data da produção entre colchetes. narrativas monologadas, diálogo, drama fílmico, direção de arte,
edição de som, som, som direto, produção executiva, direção,
“[…] James Dean como Jett Rink – um personagem de absoluta maquiagem, figurino, cor, pb (versalete).
fragilidade no roteiro de Assim caminha a humanidade [Giant ,
de George Stevens, 1956] – é um exemplo correlato”. Prefira termos de uso corrente em português:
“
Alemanha, ano zero [Germania anno zero, 1947], de Roberto script – “roteiro”
Rossellini […] escreve Bernardi, ‘constitui uma jornada ao plot – “roteiro”
mundo da morte e das ruínas’”. freeze – “congelar”
118
118 119
119
TEXTO PRINCIPAL FILMES
ficha técnica de filmes analisados no livro Conforme o tipo de livro, outros dados podem ser incluídos na
ficha técnica
120
120 121
121
TEXTO PRINCIPAL FILMES
Ferramentas
de trabalho
122
122 123
123
TEXTO PRINCIPAL
1 O USO DO WORD
1.1 Configurações
1.1.1 Nome de usuário
Configure um só “Nome de Usuário” [guia Ferramentas/Opções/
Usuário] para que a ferramenta de marcas de revisão reconheça
o preparador como autor das emendas feitas em diferentes
computadores.
Na guia Ferramentas/AutoCorreção/AutoCorreção,
DESABILITAR “Substituir texto ao digitar”
124
124 125
125
FERRAMENTAS DE TRABALHO O USO DO WORD
Personalize sua barra Para gravar nova macro de limpeza, siga as instruções:
de ferramentas com os
comandos mais usados.
[Exibir/
Barras de ferramentas/
Personalizar/
(Guia) Comandos] Uma vez ativada a macro, inicie as substituições de limpeza de
caracteres.
Para usar uma macro já gravada, selecione Ferramentas/ Macro/
Macros, e então selecione a macro gravada.
126
126 127
127
FERRAMENTAS DE TRABALHO O USO DO WORD
128
12 8 129
129
FERRAMENTAS DE TRABALHO O USO DO WORD
5. Quando finalizar, localize ^? (qualquer caractere) + cor 2. Solicite um pdf do livro de página simples (não spread ),),
diferente e substitua por “texto a ser localizado” + preto, com uma marcação no cabeçalho: ex. tititi
ou cor para chamada de nota.
130
13 0 131
13 1
FERRAMENTAS DE TRABALHO O USO DO WORD
132
13 2 133
133
FERRAMENTAS DE TRABALHO ATALHOS
1.9 Atalhos
DOCUMENTO NAVEGAÇÃO E SELEÇÃO
Nome do comando Modificadores Tecla Menu Nome do comando Modificador es Tecla Menu
Abrir Ctrl+ O Diminuir seleção Shift+ F8
Colar Ctrl+ V Estender caractere direita Shift+ Direita
Contar palavras listar Ctrl+Shift+ G Ferramentas Estender caractere esquerda Shift+ Esquerda
Contar palavras recontar Ctrl+Shift+ R Ferramentas Estender início documento Ctrl+Shift+ Home
Copiar Ctrl+ C Estender início janela Alt+Ctrl+Shift+ Page Up
Copiar Texto Shift+ F2 Estender início linha Shift+ Home
Desfazer Ctrl+ Z Estender linha abaixo Shift+ Abaixo
Dicionário de sinônimos RR Shift+ F7 Sinônimo Estender linha acima Shift+ Acima
Excluir palavra Ctrl+ Del Estender página abaixo Shift+ Page Down
Excluir palavra anterior Ctrl+ Backspace Estender página acima Shift+ Page Up
Excluir todos comentários mostrados Rejeitar Estender palavra direita Ctrl+Shift+ Direita
Excluir todos comentários no documento Rejeitar Estender palavra esquerda Ctrl+Shift+ Esquerda
Fechar doc Ctrl+ W Estender parágrafo abaixo Ctrl+Shift+ Abaixo
Imprimir Ctrl+ P Estender parágrafo acima Ctrl+Shift+ Acima
Localizar Ctrl+ L Fim coluna Alt+ Page Down
Marcar entrada índice remissivo Alt+Shift+ X Fim documento Ctrl+ End
Maximizar doc Ctrl+ F10 Fim estender documento Ctrl+Shift+ End
Nota fim agora Alt+Ctrl+ D Inserir Fim estender janela Alt+Ctrl+Shift+ Page Down
Nota rodapé agora Alt+Ctrl+ F Inserir Fim estender linha Shift+ End
Próximo erro ortográfico Alt+ F7 Fim janela Alt+Ctrl+ Page Down
Quebra coluna Ctrl+Shift+ Return Inserir Fim linha End
Quebra página Ctrl+ Return Inserir Fim linha tabela Alt+ End
Recortar Ctrl+ X Início coluna Alt+ Page Up
Refazer ou repetir Ctrl+ R Editar Início documento Ctrl+ Home
Repetir localizar Alt+Ctrl+ Y Início janela Alt+Ctrl+ Page Up
Salvar Ctrl+ B Início linha Home
Salvar como F12 Arquivo Início linha tabela Alt+ Home
Substituir Ctrl+ U Editar Ir para Ctrl+ Y Editar
Visualizar impressão Ctrl+ F2 Ir para trás Shift+ F5
Visualizar impressão Alt+Ctrl+ I Outro painel F6
Palavra direita Ctrl+ Direita
134
134 135
135
FERRAMENTAS DE TRABALHO GUIA DE MARCAS DE REVISÃO
Diminuir fonte um ponto Ctrl+ [ caixa-alta paris mover p/ próx. linha mover p/ próx. linha
Recuo Ctrl+ M
redondo design
Sobrescrito Ctrl+Shift+ =
Marcas de revisão derivadas do The Chicago
Sublinhado Ctrl+ S verificar fonte fonte errada
Manual of Style e David Jury, About Face:
Reviving the Rules of Typography (East Sussex:
Subscrito Ctrl+ = abrir abrir Rotovision, 2001). As convenções variam
um pouco de fonte para fonte.
Todas maiúsculas Ctrl+Shift+ A
[Aqui as marcas foram adaptadas para
Versalete Ctrl+Shift+ K fechar fechar o uso mais recorrente nas editoras brasileiras. ]
[Ellen Lupton, Pensar com tipos . São Paulo: Cosac Naify, 2006, p.170 ]
136
136 137
137
FERRAMENTAS DE TRABALHO GUIA DE MARCAS DE REVISÃO
138
138 139
139
FERRAMENTAS DE TRABALHO GUIA DE MARCAS DE REVISÃO
1
2
140
140 141
141
FERRAMENTAS DE TRABALHO BIBLIOGRAFIA BÁSICA
142
142 143
143
FERRAMENTAS DE TRABALHO BIBLIOGRAFIA BÁSICA
explicadas de maneira clara e sintética, em tabelas de plural de Os dicionários de português podem ser encontrados na
substantivos compostos, por exemplo. No entanto, não os utilize Brasiliana usp:
para efeito de padronização. Os critérios dos jornais para uso de <www.brasiliana.usp.br/dicionario>. Dicionários de francês
cA e cb, itálico, numerais, siglas etc. difere muito da tradição antigo, como o célebre Godefroy (mais de dez vols.) , podem ser
editorial de livros brasileiros. O texto de jornal também é mais encontrados em <www.lexilogos.com>.
permeável a modismos, neologismos e transliterações
estrangeiras (por exemplo no caso de nomes árabes). Obras de grandes autores Machado de Assis, Nelson
Rodrigues, Camilo Castelo Branco, Manuel Bandeira, Vinicius
Manuais de bibliologia e edição Elementos de bibliologia, de Moraes, Rubem Braga etc. Tenha à mão os grandes clássicos
Antonio Houaiss; A construção do livro, Emanuel Araújo. Clássicos da língua portuguesa para observar usos literários muitas vezes
brasileiros da era pré-eletrônica, são úteis para tirar dúvidas sobre ausentes dos livros de referência (ou até mesmo condenados
estrutura do livro, padronização e outros critérios editoriais por eles).
tradicionais. Elementos do estilo tipográfico , Robert Bringhurst,
bastante detalhista, é uma das principais referências modernas. Cinema Dicionário de filmes brasileiros , Antonio Leão da Silva
Pensar com tipos, Ellen Lupton. Mais atual que o livro de Neto; Dicionário de cineastas , Rubens Ewald Filho; Dicionário
Bringhurst, reúne princípios básicos de tipografia e edição teórico e crítico de cinema , Jacques Aumont;
de livros. Chicago Manual of Style, Chicago University Press, Sites: imdb <www.imdb.com>; Movies.com <www.movies.com>;
a grande e exaustiva referência mundial. Embora siga uma Bibliothèque du film: <www.bifi.fr/public/ index.php>.
padronização diferente da nossa, é útil pois descreve em minúcias Nacionais: Cinemateca brasileira: <www.guiademidia.com.br/
situações comuns durante a edição de originais de todo tipo. acessar-site.htm>; <www.cinemateca.com.br>.
144
144 145
145
FERRAMENTAS DE TRABALHO ETIQUETA TIPOGRÁFICA
4 ETIQUETA TIPOGRÁFICA uma página são chamadas de órfãs. Elas não têm passado, mas
fonte: Elementos do estilo tipográfico, Robert Bringhurst têm um futuro, e não precisam preocupar o tipógrafo. Já as réstias
dos parágrafos que terminam na primeira linha de uma página são
Princípio geral chamadas de viúvas. Elas têm passado mas não têm futuro.
É tarefa do revisor de provas zelar por uma boa composição. Parecem escorçadas e desoladas. Na maioria das culturas
Uma composição bem feita tem como princípio básico uma tipográficas do mundo, é costume dar a elas a companhia de
mancha de texto com textura o mais uniforme possível, para que uma linha adicional. Essa regra é aplicada em íntima conjunção
o olhar do leitor possa fluir de uma linha à outra sem distrações, com o texto.
concentrando-se exclusivamente no conteúdo. No meio editorial brasileiro, o termo viúva também é usado
Para tanto as linhas não podem ficar nem abertas nem para indicar a palavra que sobra sozinha na última linha de um
espremidas. Num texto justificado (alinhado à direita e à parágrafo e os termos linha enforcada ou forca são usados para
esquerda) a hifenização é o instrumento para se obter uma indicar linhas isoladas que enfeiam uma página. ( Elementos do
boa textura. estilo tipográfico, p. 52)
O revisor deve prestar atenção em ocorrências que se A última linha do parágrafo não deve ter menos que 1/5 da
particularizem visualmente desviando a atenção do leitor, como largura da mancha de texto preenchida.
espaços brancos ou paralelismos. Em um livro apenas de texto,
Que mistura mais assombrosamente blasfema! A frase é real-
a cada página a composição deve aparecer como um tecido mente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de
“sujeira”− algoque nãocabe ali,o que porsua vez éa própria defi-
(textus em latim) bem urdido pelo tecelão. niçãoda mistura de registroelevado e registrovulgar. Mas porque
Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que
escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e
deixarmos tudonodevido lugar− istoé, se tirarmos amistura de
registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples sairia as-
Recuos sim: “Ultimamente,quando Sabbathchupava os seios de Drenka,
era possuídopeloardente desejo de sua falecidamãe”. Ainda éen-
O recuo na primeira linha de um parágrafo tem a função de graçado,por causa da transferênciada amante para a mãe,mas não
é exuberante . Assim, a primeira coisa que a complexidade conse-
marcar o início de um parágrafo. Eles devem ser dispensados nos gueé representaraexuberância,o gozoimpacientee odesejocaó-
tico,do sexo. Em segundolugar,a longa sentença entre travessões,
de Tintoretto (elevado), “da teta dela” (vulgar), “frenesi insanciá -
com seu pedantismo cômico, sobre a origem latina de úbere e a
primeiros parágrafos de cada texto e após títulos, subtítulos e pintura de Juno de Tintoretto, funciona, como num teatro de va-
vel” (registro elevado, bastante formal), “como Juno pode outrora
riedades,paraadiareprepararachegadadoclímaxcom“eleestava
citações, exceto no caso de a primeira linha iniciar com um gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito vulgar), “pene-
possuídopelomaisardentedesejodesuafalecidamãe”.(Também
prepara e torna mais chocante e inesperada a entrada de “boceta”.)
trado pela mais aguda das saudades” (de novo registro elevado
travessão, nesse caso o recuo deve ser mantido. Em terceiro lugar, como o cômico da frase inclui essa passagem
de um registro para outro − do peito da amante para o peito da
e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o
−, encaixa bem que o estilo imite essa mudança escandalosa, en-
Em alguns projetos o início de um novo parágrafo pode ser estilo da frase funciona como deveria, encarnando o significado.
tregando-se a suas oscilações estilísticas, subindo e descendo
como um eletrocardiograma alucinado: assim temos “sugava”
indicado de outras maneiras, nesses casos o revisor deve zelar Mas as analogias e metáforas, pelo menos as visuais, moldam o
(registro elevado), “peitos” (médio), uberare (elevado), quadro
de Tintoretto (elevado), “da teta dela” (vulgar), “frenesi insanciá-
146
146 147
147
FERRAMENTAS DE TRABALHO ETIQUETA TIPOGRÁFICA
Hifenização
Nos textos justificados os hifens são indispensáveis para garantir
um bom espaçamento entre as palavras, evitando linhas abertas
ou fechadas demais. Quanto mais estreita for a coluna de texto
mais frequentes se tornam os hifens. Em alguns casos mesmo
textos não justificados podem ser hifenizados.
Os manuais de estilo às vezes insistem que ambas as partes
de uma palavra hifenizada precisam estar na mesma página (em
outras palavras, que a última linha de uma página nunca deve
terminar com um hífen). Virar a página, no entanto, não é um ato de
interrupção do texto em si mesmo. No entanto, é importante evitar Paralelismos
quebras de palavra em locais onde o leitor tende a ser facilmente A partir da segunda prova o revisor e o designer devem atentar
distraído por outras informações, por exemplo, sempre que um a ocorrências de paralelismos indesejáveis, isto é quando uma
mapa, um gráfico, uma fotografia, um olho de texto, uma barra lateral mesma palavra ou sequência de palavras se repete em linhas
ou outra interrupção qualquer se intrometer. (Elementos do estilo consecutivas formando desenhos que saltam da mancha.
tipográfico p. 53) Sequências de mais de três letras repetidas no início de linhas
consecutivas também devem ser evitadas para que o leitor não
parâmetros de hifenizacão pule ou repita uma linha.
O designer deve configurar as preferências de hifenização do
documento antes de compor o texto. O revisor deve zelar por Que mistura mais assombrosamente blasfema! A frase é real-
esse padrão. mente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de
“sujeira” − algo que não cabe ali, o que por sua vez é a própria defi-
• Apenas palavras com cinco ou mais letras podem ser nição da mistura de registro elevado e registro vulgar. Mas por que
Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que
hifenizadas, deixando ao menos duas letras no início e três no
escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e
final.
deixarmos tudo no devido lugar − isto é, se tirarmos a mistura de
• Não se deve hifenizar mais do que 3 linhas consecutivas. registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples sairia as-
• Normalmente não se hifenizam nomes próprios.
• Em palavras estrangeiras a hifenização deve respeitar as
convenções da respectiva língua. gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito vulgar), “pene-
trado pela mais aguda das saudades” (de novo registro elevado
• O hífen nunca pode separar duas vogais , mesmo que
e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o
estejam em sílabas diferentes. Ou seja, por convenção, não se
estilo da frase funciona como deveria, encarnando o significado.
separam hiatos.
148
148 149
149
FERRAMENTAS DE TRABALHO
150
150 151
151
FERRAMENTAS DE TRABALHO ABREVIATURAS
5 ABREVIATURAS
152
152 153
153
concepção Florencia Ferrari e Paulo Werneck
coordenação editorial Florencia Ferrari
projeto gráfico Elisa von Randow e Gabriela Castro
154