Cad C1 6ano 1bim Ciencias
Cad C1 6ano 1bim Ciencias
Cad C1 6ano 1bim Ciencias
Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
Orientacao_C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2019_PROF.qxp 14/12/2018 08:51 Página III
Caderno do Professor
A coleção didática do Sistema de Ensino Objetivo
(6.o a 9.o ano)
A coleção didática composta pelo conjunto dos Cadernos de Atividades do Sistema de Ensino Objetivo
para os anos finais do ensino fundamental é o resultado de uma longa experiência na elaboração de materiais
didáticos e sua utilização efetiva em sala de aula.
Os Cadernos de Atividades são elaborados por professores da equipe pedagógica do Centro Educacional
Objetivo, com comprovada experiência na área educacional, atuantes em sala de aula. Isso torna possível
oferecer um material didático com alto grau de aplicabilidade, na medida em que resulta de um efetivo diálogo
entre a teoria e a prática na construção das aulas e das propostas de atividades. Dessa forma, garante-se que
este material seja, de fato, um suporte eficiente para o trabalho do professor e para o aprendizado dos alunos.
Do ponto de vista teórico-metodológico, parte-se da concepção de que, nos dias atuais, não é possível
mais conceber o processo de ensino-aprendizagem apenas como transferência de informação. É preciso ir
além, buscando criar condições para uma aprendizagem efetiva e enriquecedora, em que o aluno seja a figura
central e assuma o papel de protagonista na construção do conhecimento. A atuação do professor assume
novos contornos no sentido do favorecimento desse processo. Isso se realiza por meio de uma pedagogia
ativa, dialógica e interativa, a qual busca a emancipação intelectual do aluno, que se pretende capaz de viver
em uma sociedade em constante processo de transformação.
Como lastro e suporte ao conhecimento a ser construído, é oferecido um conteúdo informativo ao mesmo
tempo denso e adequado às possibilidades de apreensão pelos alunos, de acordo com sua faixa etária.
Cumpre ressaltar que não se trata do conteúdo pelo conteúdo. Este não tem um fim em si mesmo, mas está
vinculado à construção de saberes necessários para a formação de indivíduos capazes de compreender o
mundo que os cerca e nele se situarem de forma crítica e responsável.
Assume-se, sobretudo, um essencial respeito ao aluno, concebido como sujeito livre, pensante, capaz,
potente, criativo, crítico e apto a novas descobertas. Visa-se contribuir para formar indivíduos autônomos,
com consciência crítica, sentido de cidadania e capacidade de interagir no mundo tecnológico e globalizado,
modificando-o de forma responsável, com respeito por si e pelos outros, reconhecendo-se como um ser
social.
Parte-se do entendimento de que o conhecimento escolar tem dupla função, como destacam as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica: “desenvolver habilidades intelectuais e criar atitudes e compor-
tamentos necessários para a vida em sociedade”1. Ainda de acordo com esse documento, considera-se que
“a educação escolar deve fundamentar-se na ética e nos valores de liberdade, na justiça social, na pluralidade,
na solidariedade e na sustentabilidade, cuja finalidade é o pleno desenvolvimento de seus sujeitos, nas
dimensões individual e social de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, compromissados com a
transformação social”2.
1 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. In: Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica.
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 112.
2 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 16.
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Atendendo a esses objetivos, nesta coleção didática busca-se contribuir para o trabalho escolar de forma
a promover a colaboração, o respeito, a valorização da diversidade cultural, a cultura da paz, a preservação do
meio ambiente e o combate aos preconceitos. Visa-se garantir o respeito à natureza, à liberdade e à dignidade
humana.
Pretende-se fornecer um material didático que permita assegurar ao aluno o acesso ao conhecimento
socialmente acumulado e o desenvolvimento das habilidades cognitivas necessárias para sua plena inserção
social. Dominar a leitura, a escrita, fazer cálculos e resolver problemas, lidar com dados, com diferentes
signos e linguagens compõem um conjunto de saberes essenciais. A eles se juntam a capacidade de
pesquisar, colocada em destaque nos dias atuais, a qual compreende não apenas buscar informações, mas,
sobretudo, selecioná-las. O estímulo ao pensamento crítico, à imaginação e à criação também faz parte das
intenções que nortearam esta proposta de trabalho. O trecho a seguir das Diretrizes Curriculares confirma sua
adequação:
A leitura e a escrita, a História, as Ciências, a Arte, propiciam aos alunos o encontro com um mundo que
é diferente, mais amplo e diverso que o seu. Ao não se restringir à transmissão de conhecimentos
apresentados como verdades acabadas e levar os alunos a perceberem que essas formas de entender e de
expressar a realidade possibilitam outras interpretações, a escola também oferece lugar para que os próprios
educandos reinventem o conhecimento e criem e recriem cultura.3
Os Cadernos de Atividades compõem um conjunto coerente e integrado. Foram construídos a partir das
mesmas premissas teórico-metodológicas e de acordo com uma visão educacional comum. A programação
prevista para as diferentes áreas do conhecimento foi definida considerando-se a progressão da aprendizagem
a ser conduzida nas séries iniciais do ensino fundamental e no ensino médio. Também foi observada a relação
dos conteúdos programáticos em cada série. Sua organização previne redundâncias, mas em alguns casos
reforça o estudo de certos temas, oferecendo ângulos de visão complementares sobre assuntos correlatos.
3 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 16.
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2. Proposta didático-metodológica
A proposta didático-metodológica desta coleção é dar suporte ao desenvolvimento de um processo de
ensino-aprendizagem em que haja o predomínio da experimentação, da descoberta e da coautoria na
construção do conhecimento.
Procurou-se organizar, nas diferentes disciplinas, sequências didáticas que favoreçam nos alunos o
exercício da reflexão e a mobilização de recursos cognitivos, saberes e informações a serem aplicados em
situações de aprendizagem.
A ênfase desta coleção didática está no percurso de aprendizagem a ser empreendido pelos alunos, e não
apenas nos seus resultados. Abandonou-se o formato mais corriqueiro de apresentação do conteúdo no início
dos módulos, seguido de exercícios, em favor de atividades nas quais os alunos são envolvidos de fato no
processo de aprendizagem. Considera-se que a aprendizagem é mais significativa quando o aluno atua como
protagonista, ou seja, assume um papel ativo e mobiliza habilidades cognitivas para explorar e descobrir novos
conhecimentos. Nisto se dá a incorporação de novos saberes e também se amplia o conhecimento que ele
tem de si próprio e da realidade como um todo, criando-se condições para uma atuação social mais
consciente. Espera-se que o aluno, ao assumir um papel ativo na própria aprendizagem, desenvolva a
metacognição, isto é, adquira domínio progressivo sobre suas habilidades cognitivas, sobre seu processo de
aprendizagem.
Como hoje se considera que há diferentes estilos de aprendizagem, elaboramos atividades bastante
diversificadas, de modo a atender a diferentes formas de aprender. Assim, garante-se também que os alunos
participem ativa e efetivamente da construção de sua aprendizagem, envolvendo-se em aulas mais dinâmicas,
de forma a ampliar a motivação e estimular o interesse desses aprendentes pelos assuntos tratados.
Sabe-se que os conceitos são interiorizados na medida do significado de que são revestidos no processo
de sua apreensão pelos alunos. Importa, pois, a sua contextualização e o quanto os alunos estão envolvidos
e são desafiados a se integrar na construção coletiva do conhecimento. Com isso em vista, são oferecidas
situações-problema e atividades desafiantes a serem solucionadas pelos alunos, como forma de garantir seu
envolvimento e a mobilização dos conhecimentos e das habilidades requeridas. O objetivo é que o aluno não
apenas tenha acesso às informações, mas também aprenda a lidar com elas para aplicá-las em situações
concretas.
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O ponto de partida se dá na valorização do conhecimento prévio do aluno como alicerce importante para
a construção do conhecimento de registro acadêmico e científico. Para tanto, criam-se condições para que
as novas informações possam se articular com o conhecimento preexistente, desestabilizá-lo e assim
possibilitar aos alunos a construção de novos saberes, promovendo situações de aprendizagem que os levem
a ampliar seus conhecimentos.
Exposto a uma situação-problema, o aluno mobiliza novos saberes, pois um problema é uma situação
possível de ser resolvida, mas o indivíduo não dispõe, de antemão, de uma estratégia ou procedimento já
estruturado para solucioná-la. Com frequência, é possível chegar à solução por meio de mais de uma
estratégia ou procedimento. A situação-problema, por sua complexidade, geralmente se constitui em um
desafio instigante, mas com grau de dificuldade compatível com o repertório do aluno, quando etapas
anteriores foram consolidadas. Dar oportunidade ao surgimento de uma diversidade de posições encaminha
a possibilidade de haver um conflito cognitivo e, em consequência, promover o desenvolvimento intelectual
e a aprendizagem. Para solucionar situações-problema com pertinência e eficácia, dá-se a mobilização de um
conjunto de recursos, tais como conceitos, habilidades e atitudes. Trata-se de uma estratégia para a qual é
necessário e conveniente recorrer a procedimentos multíplices, como levantar hipóteses, analisar dados,
buscar recursos para a resolução e estabelecer relações, assumindo a complexidade da questão em estudo.
Isso implica também o comprometimento com valores éticos e sociais.
Ainda que a resposta certa não seja o único objetivo a ser alcançado, o compromisso com o saber
acadêmico e científico encaminha a necessidade da validação do conhecimento construído pelos alunos. Para
isso, este deve ser relacionado com os conhecimentos estabelecidos e nesse processo se dá a ampliação e
a reorganização dos seus saberes.
Algumas atividades de aprendizagem das sequências didáticas foram elaboradas para serem
necessariamente feitas em grupo e isso deve ser respeitado. Considera-se que trabalhar em grupo não seja
apenas importante, mas sim fundamental. Na realização de atividades em duplas, ou em grupos, é favorecida
a interação entre os alunos, o que possibilita o confronto de pontos de vista e a troca de ideias entre eles.
Nelas os alunos são solicitados a planejar trabalhos, expor suas ideias, ouvir e analisar as dos outros, elaborar
sínteses, formular conceitos, percorrendo assim um enriquecedor percurso de aprendizagem. Enfatiza-se,
nesse caso, a aprendizagem colaborativa. Além de ser uma estratégia pedagógica, é também caminho de
preparação para o exercício responsável da cidadania ao dar ao aluno a oportunidade de se posicionar
socialmente, no contexto escolar, de forma ativa.
Sugerimos formas diferenciadas para organizar os agrupamentos de alunos, a fim de enriquecer os
processos de aprendizagem e também superar as suas dificuldades. Podem-se organizar duplas, trios,
quartetos e grandes grupos em círculo ou meia-lua e combinar essas formas de organização em momentos
diferentes.
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e a descoberta por parte do aluno e o estimula para a construção do seu saber. É dinâmica e não comporta
receitas ou fórmulas – a ligação que o professor promove entre o aprendiz e o objeto de aprendizagem deve
estruturar-se e reestruturar-se em decorrência do processo individual do aluno, impossível de ser totalmente
previsto, antecipado. Há de se considerar os processos individuais, os estilos de aprendizagem particulares,
os momentos em que se faz necessária uma atuação mais ou menos diretiva. Sem dúvida, atuar como
mediador é muito mais difícil, requer muito mais preparo e envolvimento do que fazer exposições totalmente
planejadas de conteúdos e aplicar exercícios com gabarito único.
O Caderno do Professor traz orientações didáticas que acompanham todas as propostas de trabalho,
funcionando como guia para a utilização adequada e eficiente do material didático. Ao mesmo tempo, não
restringe as opções do professor para atender às necessidades surgidas na dinâmica da sala de aula,
oferecendo, inclusive, sugestões alternativas para esse fim.
3. Avaliação
Para adequar-se à proposta de trabalho desta coleção, deve-se entender a avaliação como parte do
processo de aprendizagem. Durante todo o tempo, o aluno deve ser acompanhado, observado, questionado
e estimulado a buscar respostas. Nesse percurso, é possível identificar avanços ou resultados nos vários
processos de aprendizagem em questão, como também fazer levantamento de novas necessidades, planejar
e executar ações, melhorando o atendimento aos alunos. Nesse sentido, a função principal da avaliação não
é atribuir uma nota ou um conceito de acordo com a quantidade de conteúdos aprendidos, mas reorientar a
aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o ato de avaliar não pode ser mecânico; deve ser processual e
reflexivo, voltado para identificar os níveis de aprendizagem alcançados nos conteúdos curriculares em
desenvolvimento ou já finalizados, a fim de, se necessário, ajustarem-se ou alterarem-se os processos em
curso. Avaliar é reorientar a prática docente, sempre que necessário, é oferecer ao professor subsídios
concretos para saber como prosseguir com sua ação educativa. Nessa visão, os erros se tornam objetos de
estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo estudante em seu
percurso de aprendizagem.
O aluno desenvolve uma atividade inicial que deve permitir-lhe identificar e organizar seus
conhecimentos prévios sobre o tema, bem como aguçar sua curiosidade e interesse por eles.
Pode constituir parâmetro para que se autoavalie e monitore os próprios progressos.
Para o professor, ter noção clara dos conhecimentos prévios dos alunos permite-lhe planejar
as aulas de maneira a aprofundar e ampliar conceitos, esclarecer aspectos mal compreen-
didos e desfazer imprecisões conceituais preconcebidas pelos alunos.
O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de um raciocínio
e, por meio da exploração (como questões a responder, hipóteses a testar), chegar à
descoberta, ou seja, a novos saberes. É importante que o professor não elimine questões
nem junte aspectos tratados isoladamente em uma única pergunta com o intuito de encurtar
o processo.
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Exposto a uma situação que exige dele uma resposta nova, original, diferente do exercício de
simples compreensão ou de aplicação reprodutiva de algo já dado, o aluno é solicitado a
mobilizar os novos conhecimentos, habilidades e atitudes.
No Portal Objetivo, são oferecidas orientações aos alunos para todas as tarefas. As
marcadas com o ícone “tarefanet” são construídas de forma a permitir a autocorreção por
parte deles.
Cabe salientar que as seções didáticas apresentadas, embora tenham propósitos centrais diferentes umas
das outras, não são estanques nem se esgotam em si mesmas. Por exemplo, as atividades propostas em
“Suas experiências”, embora tenham como foco central a identificação e a organização dos saberes prévios,
já podem criar condições para alguma nova descoberta; da mesma forma, o desenvolvimento das atividades
de “Sua criação” ou a “Ampliação dos saberes” dão continuidade ao processo de exploração e descoberta,
possibilitando a construção de novos saberes.
Além das seções estruturantes do processo de aprendizagem, há outras marcações de atividades que
sinalizam de que formas estas se integram nas sequências didáticas organizadas. Algumas se repetem nas
diferentes disciplinas (“Pense no assunto”, “Atividade em grupo”, “Sua contribuição ao grupo” etc.) e outras
são específicas de algumas disciplinas.
O professor pode planejar seu trabalho e organizar a duração de cada sequência didática, acompanhando
as sugestões de número de aulas previstas que são apresentadas em tabela no fim de cada caderno de
orientação do professor. É certo que acompanhar o processo de aprendizagem impõe alguma flexibilidade a
partir das reações dos alunos às atividades, demandando do professor uma atenção constante. Respeitando-
se os interesses dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem, o tempo destinado a cada atividade e a duração
da sequência podem ser encurtados ou ampliados.
5. Sugestões de leitura
CASTRO, Amélia Domingues de. Piaget e a didática: ensaios. São Paulo: Saraiva, 1974.
MOREIRA, M. C.; MASINI, E. F. S. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo:
Moraes, 1982.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.
______. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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• Fazer com que o aluno perceba a existência e a ocorrência do método científico como um processo
dinâmico na produção tecnológica e nas condições de vida da sociedade.
• Fornecer condições de observação, para que o aluno possa registrar características do ambiente e dos
seres que nele vivem.
• Desenvolver experimentos simples que permitam a visualização, a observação, a análise e a conclusão
das propriedades e dos fenômenos físicos/químicos dos diversos elementos formadores do ambiente.
• Favorecer a construção de conhecimentos que possibilitem ao aluno diagnosticar e formular questões
sobre a saúde, integrada às condições sociais, de forma a ampliar o pensamento crítico e assim permitir
que avalie riscos e benefícios.
• Introduzir no cotidiano do aluno o uso dos conceitos científicos básicos, capacitando-o a participar de
discussões de temas importantes que auxiliem nas decisões relativas aos rumos de nossa sociedade.
3. Atividades de Aprendizagem
A metodologia do ensino de Ciências sofreu modificações ao longo do tempo. Entre o século XIX e a
década de 1950, predominou a linha tradicional ou conteudista, que, apesar de não ser reconhecidamente a
mais adequada, se mantém até os dias atuais. Caracteriza-se pela transmissão de conhecimentos já
existentes, sendo o professor o detentor dos saberes. O aluno é apenas reprodutor das informações.
Em contraponto à linha tradicional, surgiu, em meados da década de 1950, a linha tecnicista, valorizando
e reproduzindo o método científico, dando ênfase às aulas experimentais que apenas reproduziam o
conhecimento já existente.
A tendência atual é chamada de Ciência Investigativa e insere o aluno no centro do processo, fazendo com
que ele aprenda a partir do que lhe é significativo e do conhecimento já adquirido.
Para que o aluno possa desenvolver explicações sobre o que acontece dentro e fora da escola, sobre
fenômenos naturais e conhecimentos tecnológicos, é necessário aguçar sua curiosidade.
A Ciência deve servir como meio de o aluno aperfeiçoar os conhecimentos que já possui, ajudando-o a
ampliá-lo.
A ideia é criar uma situação-problema a partir da qual o aluno formulará hipóteses valendo-se de seus
conhecimentos prévios ou intuitivos, a fim de que se sinta estimulado a buscar explicações para o fenômeno
analisado.
O professor deve estimular o aluno e conscientizá-lo de que, se seu conhecimento não é suficiente para
explicação de um problema, deve investigar o assunto e então criar um novo modelo por meio do qual se
apropriará de tal conhecimento.
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Quando o experimento é realizado pelos próprios alunos, o desafio se torna maior para o professor, pois
há necessidade de mais atuação e atenção em relação aos grupos formados pelos alunos, aos materiais
utilizados, aos procedimentos e resultados. É necessária muita clareza por parte do professor sobre os
procedimentos que serão adotados e eventuais riscos em relação aos materiais. A avaliação dos resultados
obtidos pode ser feita de maneira coletiva, o que gera discussão e argumentação, considerando-se que muitas
vezes os resultados obtidos não são os esperados nem necessariamente os mesmos entre diferentes grupos.
Nas duas possibilidades descritas, muitas vezes os resultados obtidos divergem dos resultados previstos.
Nesse caso, deve-se aproveitar a oportunidade para questionar a razão do ocorrido, o que favorecerá as
discussões sobre o assunto. Independentemente do resultado de uma experimentação, o referido assunto
deve ser discutido, questionado, investigado e, mesmo que não haja uma conclusão exata e final, todo o
processo se torna significativo para o aluno e, dessa forma, há mais possibilidade de aprendizagem.
Em determinados momentos e experimentos, é possível que os alunos tenham ideias e sugestões sobre
alterações de materiais e procedimentos. Nesses casos, deve-se discutir as novas possibilidades e, quando
possível, colocá-las em prática.
Descrevemos a seguir algumas medidas que devem ser tomadas no ambiente de laboratório e algumas
sugestões de como trabalhar nesse ambiente. Ressaltamos que muitas vezes as atividades práticas poderão
ser realizadas em outros espaços, tais como quadra esportiva, pátio, jardim etc. Nesses casos, as medidas,
principalmente em relação à segurança, poderão ser alteradas.
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4. Avaliação
O processo de avaliação deve estar presente em todos os momentos, desde o preparo do conteúdo a ser
aplicado até o objetivo a ser alcançado. A avaliação deve ser usada como resposta para que saibamos se o
objetivo programado foi atingido e, a partir desse resultado, se a estratégia utilizada foi adequada ou deve ser
modificada.
As atividades apresentadas ao longo das unidades/módulos possibilitam verificações da forma oral, escrita,
individual ou em grupo.
A partir dessas verificações, podemos observar se o aluno consegue aplicar o que aprendeu e transferir
seu conhecimento para as diversas situações do dia a dia. É importante observar e registrar se ele não apenas
detém o conhecimento de forma individual, mas também sabe compartilhá-lo com o grupo.
Em relação às aulas práticas, a avaliação não deve ser baseada nos resultados obtidos pelos alunos, mas
sim em sua participação, seus questionamentos, suas hipóteses e nas conexões feitas por eles entre o que
está sendo proposto e o que foi discutido em sala de aula.
A avaliação deve ser realizada de forma gradual e contínua, e não somente no final do curso ou do caderno.
5. Referências Bibliográficas
ATAIDE, MCES; SILVA, BVC. As metodologias de Ensino de Ciências: contribuições da experimentação
e da História e Filosofia da Ciência.
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Brasília: MEC/SEF, 1998.
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CARVALHO, Anna Maria Pessoa (org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez,
1994.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais. Ática, 2010.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A docência em ciências naturais: construindo um currículo para o aluno e para
a vida. Erechim: Edelbra, 2012.
NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de
Ciências no Brasil: História, formação de professores e desafios atuais.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/busca-pelo-saber-cientifico-ciencias-observacao-
experiencia-pesquisa-542856.shtml>.
<http://portal.inep.gov.br/pisa-em-foco>.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br>.
<http://www.ufpa.br/eduquim/metodocientifico.htm>.
Jornal de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo; 13 set. 2010. Texto de Susana Lage.
Revista eletrônica de ensino de ciências, v. 4, n. 3, 2005.
Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 39, p. 225-249, set. 2010 – ISSN: 1676-2584 225.
Revista Nova Escola – On-line – O que ensinar em Ciências.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/curiosidade-pesquisador-425977.shtml?page=4>.
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Orientações Didáticas
Entendemos que o professor deve atuar como mediador da aprendizagem. A maneira como irá propor
desafios e estimular o aluno a investigar é bastante individual, principalmente quando levamos em
consideração que cada aluno é um ser único que age e interfere, caracterizando o grupo ao qual pertence.
Considerando todas essas situações, o professor poderá:
• solicitar a participação de cada aluno na leitura dos textos e também na elucidação da ideia exposta por
ele;
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• em atividades em que seja possível que os alunos tragam informações, quantitativas ou qualitativas,
úteis ou essenciais para o desenvolvimento da atividade, coletar os dados oferecidos pelos alunos e
com eles montar esquemas, que serão utilizados para discutir e esclarecer as dúvidas e formações de
novos conceitos;
• estimular os alunos a fazerem atividades em dupla, nas quais a troca de informações seja facilitada
pelo uso de vocabulário mais simples e compreensível;
• promover um debate após as diferentes respostas serem colocadas na resolução de exercícios. Deve-
mos considerar que a heterogeneidade entre os alunos da mesma turma pode servir como ferramenta
para induzi-los a uma ideia comum;
• assegurar e concretizar a aquisição do conhecimento e do assunto abordado por meio de aulas práticas
ou aulas de laboratório, lembrando-se, porém, de que a prática pode e deve estar adequada à realidade
da escola e do aluno;
• usar vídeos, filmes e documentários para a visualização de atividades e experiências como estratégia
muito significativa e conclusiva para o reconhecimento do assunto.
Sugestões de filmes
Espera-se que o professor saiba e possa incluir os títulos indicados de acordo com a realidade de sua
escola. Cada um dos filmes indicados desenvolve temas que serão trabalhados ao longo do ano, portanto é
prudente que sejam assistidos antecipadamente para que se tenha certeza do momento e da relação que será
estabelecida.
• Dersu Uzala; 1975, Akira Kurosawwa
Trata-se de um filme que nos leva a refletir sobre as relações entre a natureza e o homem a partir de
dois pontos de vista diferentes: o de um homem com largo conhecimento do mundo moderno; e o de
um caçador das estepes siberianas que tem o conhecimento da vida na natureza sem desrespeito nem
subjugamento.
• Uma Verdade Inconveniente; 2006, Al Gore
Documentário feito pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos sobre os efeitos da emissão de gases
na atmosfera terrestre e o consequente aquecimento global.
• Wall-e; 2008, Pixar Animations Studios
A animação traz conteúdo para discutir/debater com os alunos a questão da produção excessiva de
lixo em nosso planeta e as consequências futuras. Wall-e é um robô que tem como função retirar o lixo
deixado pelos humanos quando estes são obrigados a abandonar o planeta por falta de condições de
sobrevivência.
• Erin Brockovich, uma mulher de talento; 2000, Steven Soderbergh
É a história de uma mulher solteira, mãe de três filhos, que inicia um trabalho fora de sua área em uma
investigação sobre uma empresa de gás e eletricidade que vem cometendo inúmeros crimes
ambientais, levando à morte moradores locais.
• Waterworld, o segredo das águas; 1995, Kevin Reynolds e Kevin Costner
Ficção que se passa em meados do terceiro milênio e tem como tema um mundo que sofreu as
consequências do derretimento das calotas polares, criando-se uma guerra permanente pela posse de
terra seca e a busca pela terra firme.
• Lixo Extraordinário; 2010, Vik Muniz
O documentário retrata um trabalho do artista plástico Vik Muniz e seu envolvimento com catadores
do lixão de Jardim Gramacho – RJ. Vik realiza um trabalho que estimula a criatividade dos catadores de
lixo, transformando a vida dos moradores locais.
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36 Tipos de lixo
5
37 Reutilização ou reúso
38 Reutilização ou reúso
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39 Laboratório 6 – Reúso de materiais
44 Os vírus
45 As bactérias
46 As bactérias
12
6 47 Os protozoários
48 Os vermes
2
49 Laboratório 7 – Jogos educativos sobre doenças
52 Os fungos
54 Cuidando da saúde
14
55 Cuidando da saúde
56 A nutrição
57 A nutrição
58 Higiene pessoal
15
7 59 Atividade física
60 Soros e vacinas
61 Soros e vacinas
62 Saneamento básico
16
63 Saneamento básico
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65 Átomos e Moléculas
66 Composição da Matéria
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67 Estrutura da Matéria
68 Elementos Químicos
72 Propriedades da Matéria
77 Renovação da Atmosfera
9 80 Camadas da Atmosfera
84 As Correntes de Convecção
86 Efeito Estufa
22
87 Noções de Meteorologia
88 Meteorologia
89 Tempo e Clima
10
90 Estações e Satélites Meteorológicos
23
91 Laboratório 14 – Construção de Instrumentos Meteorológicos
XIX
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Sumário
Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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Módulo
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1 Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico
Uma atitude frequente dos jovens é a indagação. Querem saber o porquê das coisas e nem sempre
aceitam as explicações dadas, por considerá-las incompletas ou erradas. São essas curiosidades que
podem gerar um futuro cientista.
Professor, a atividade a seguir tem como objetivo elucidar as etapas do método científico. Os alunos podem realizar
a atividade em grupo ou em duplas, mas é importante que você organize as etapas.
a) Utilizando sua intuição e seu bom senso, imagine o que deve acontecer quando dois objetos de
“pesos” diferentes caem da mesma altura.
Professor, deixe que os alunos desenvolvam suas ideias sem interferência.
b) Relate a seu professor qual(is) seria(m) a(s) possível(is) resposta(s) para essa questão.
Professor, registre na lousa as sugestões dos alunos.
c) Analisando as possibilidades sugeridas, o que você poderia fazer para responder essa questão com
absoluta certeza?
Professor, espera-se que o aluno relate o experimento que pretende realizar.
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f) O que você observou e concluiu está de acordo com as ideias do item b dessa atividade?
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Figura 1
repetirem a mesma experiência, chegarão aos
mesmos resultados. Por isso, relatórios científicos
devem ser impecáveis!
Figura 2
Conclusão:
O mosquito Aedes precisa estar infectado Esse é um exemplo que mostra como funcio-
com o agente causador da febre amarela (um na o método científico por meio da eliminação de
vírus) para transmiti-la. Portanto, não é o hipóteses.
mosquito que causa a doença: ele apenas a Além disso, o cientista precisa conhecer em de-
transmite. Mas, ao eliminar o mosquito, talhes o mosquito a ser eliminado, isto é, o trans-
impedimos a transmissão da doença. missor da febre amarela e também da dengue.
Aproveite a oportunidade para comentar com os alunos a necessidade de os insetos vetores terem primeiramente que se contaminar para se
tornarem transmissores. Também é importante salientar que os agentes causadores não vivem em qualquer vetor transmissor. Ex.: borrachudo x
HIV. Procure fazer analogias referentes às varias profissões que utilizam o método científico sem
formalizar o seu uso. Ex.: o engenheiro que precisa testar diferentes tipos de materiais para
Um pouco de História aplicá-los em construções civis, mecânicas e outras. O médico que estuda o quadro de seu
paciente para poder aplicar-lhe um ou outro tratamento. O chefe de cozinha que “testa” seus
ingredientes para atingir a melhor receita.
a) Problema: d) Resultado:
Por que as mulheres que ordenhavam as vacas não contraim a O garoto teve febre e pequenas lesões mas se recuperou.
varíola humana?
b) Hipóteses: e) Conclusão:
As pessoas que entram em contato com a doença de uma forma
Após o contato com o vírus enfraquecido a pessoa fica imune.
branda tornam-se imunes.
c) Experimento:
No Portal Objetivo
Inoculou pus extraído das mãos feridas de uma mulher com varíola
Para saber mais sobre o
bovina em um menino de oito anos. assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.objetivo.br) e, em
“localizar”, digite CIEN6F101.
6 Ao concluir o item anterior, você já pode realizar em casa a tarefa 1, “Método Científico”.
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A3 DATA: _____/_____/_____
Módulo
5
2 Ecologia Geral
Professor, para desenvolver esse assunto é interessante a exibição de um vídeo no qual o aluno visualize o
ambiente além do espaço físico e consiga relacionar as questões sociais e políticas com esse conceito. Para isso,
seguem as indicações: Ilha das Flores
Lixo Extraordinário
Muitas vezes, convivemos com situações, objetos, sensações, entre outras coisas, mas não sabemos
que há nomes específicos para tudo isso. Por exemplo: você sabe o nome daquele aparelho que o médico
utiliza para ouvir seus batimentos cardíacos? E daquele outro para medir a pressão? Você sabe como se
chama aquele objeto do lado da porta de entrada onde colocamos as chaves? E aquele outro que fica
sobre o fogão?
Pois é, tudo tem um nome. Então, vamos iniciar o estudo de ecologia geral resgatando um pouco
daquilo que você já aprendeu sobre o assunto.
Professor, a atividade a seguir fará os alunos definirem alguns conceitos de ecologia a serem desenvolvidos. A cada
questão respondida por eles, você deve inserir os conceitos que se revelam: a) ecossistema, b) comunidade, c) fatores
ecológicos, d) população, e) nicho ecológico, f) habitat.
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A 4e5
DATA: _____/_____/_____
2.1. Conceitos Fundamentais de Ecologia
a) Ecossistema
É o conjunto formado por certo ambiente físico e pelos seres vivos que nele vivem em equilíbrio
permanente. Exs.: floresta, deserto, lago.
b) População
É o conjunto dos indivíduos da mesma espécie que vivem no mesmo ecossistema. Ex.: uma
população de garças no Pantanal.
c) Comunidade
É o conjunto de todas as populações que compõem um ecossistema. Em outras palavras, a
totalidade dos organismos vivos que interagem no ecossistema.
Figura 4
Figura 3
Figura 5
8
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d) Habitat
É o lugar específico onde vive certo organismo. Exs.: o habitat do leão é a savana (pradaria com
árvores e arbustos); o habitat dos moluscos bivalves é a areia coberta pelas águas; o habitat do papagaio
é a copa das árvores.
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e) Nicho Ecológico
Figura 7
Significa o papel que o organismo exerce no
ecossistema. Por exemplo, quanto ao nicho
ecológico, o leão é um predador (alimenta-se de
uma presa); já o nicho ecológico de um vegetal é
o de produtor (ser vivo que produz seu próprio
alimento).
Figura 6
g) Biosfera
Significa a “esfera da vida”. É o conjunto de
todos os ecossistemas da Terra.
1. Que ações você e a comunidade em que vive adotam para melhorar nossa situação ambiental?
Provavelmente, o aluno citará ações simples, como separação do lixo para coleta seletiva, economia de água, adesão a campanha de con-
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(wwwl.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F102.
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2. Os ecossistemas são formados pelos seres vivos em permanente equilíbrio com o ambiente que
habitam. Tente explicar como a relação entre os seres humanos e o ambiente modifica o ecossistema
em que vivem.
Comente alguns problemas envolvendo questões sociais, tecnológicas, desenvolvimento urbano e saneamento básico que interferem no
ecossistema.
4. Por definição, “Ecologia é a ciência que estuda a relação entre os seres vivos e o ambiente”.
Considerando as várias ideias abordadas em aula, você concorda com a simplicidade dessa definição?
Que outros fatores podem ser considerados?
A ecologia inclui também estudos sobre saúde pública, mudanças sociais, tecnológicas, econômicas e política ambiental.
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mentos, havia algum tipo de vegetal? Vá conduzindo-o até o ponto em que ele perceba que não pode haver fluxo de energia sem que
haja vegetais. É comum os alunos enfatizarem apenas a produção de oxigênio pelos vegetais.
Toda a produção de alimentos e de oxigênio no planeta Terra depende exclusivamente das plantas
e algas – que os fabricam através da fotossíntese.
Os alimentos sustentam todos os organismos consumidores (homens e animais); e sem oxigênio
não poderíamos respirar nem viver.
Portanto, a defesa dos vegetais – plantas e árvores, continuamente ameaçadas pelo homem – é
fundamental para a preservação de todas as outras espécies.
Para Lembrar:
• A fotossíntese é a fonte da vida na Terra: ela produz glicose (alimento carregado de energia) e oxigênio.
• São os vegetais e as algas que sustentam todos os ecossistemas do planeta.
As plantas produzem seu alimento por meio de um processo chamado fotossíntese, palavra que
significa “fabricação com luz”. A cor verde das plantas é devida a uma substância chamada clorofila,
que tem um papel importante nesse processo. A fotossíntese acontece assim:
1. A clorofila das folhas absorve a luz do Sol (energia luminosa ou solar), que será usada na
fabricação de alimento, a glicose.
2. O gás carbônico, existente no ar, é absorvido pelas folhas através de pequenos poros, os
estômatos.
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3. A água do solo é absorvida pelas raízes e, através de pequenos tubos, atinge o caule e as folhas.
Observe uma folha e você verá que ela é percorrida por nervuras. É no interior dessas nervuras
que existem os tubos que conduzem a água necessária à planta.
4. Usando a energia solar (luz) absorvida pela clorofila, a planta realiza uma reação química na qual
consome o gás carbônico e a água e produz glicose e oxigênio.
Figura 9
Figura 10
Estômato fechado. Estômato aberto.
A glicose é um açúcar, alimento que fornece a energia química necessária aos vegetais e animais. E
o oxigênio, descartado pela planta, incorpora-se à atmosfera. A única fonte de oxigênio no planeta é a
fotossíntese das plantas e algas.
Você voltará a estudar a fotossíntese em vários momentos de sua trajetória escolar, porque ela está
relacionada à produção da imensa maioria dos alimentos em nosso planeta. Faça um esquema (desenho)
dessa reação química tão importante.
Professor, o aluno do 6.° ano ainda não precisa saber a reação da fotossíntese utilizando as fórmulas moleculares de seus compostos.
O importante é que o aluno saiba que os vegetais absorvem o CO2 e a água e produzem o O2 e a glicose.
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Um pouco de História
A descoberta da fotossíntese
No século IV antes de Cristo, o filósofo grego Aristóteles afirmou que a planta tira seu alimento do solo. Não era
uma opinião absurda. As plantas, afinal, tiram a água e os sais minerais do solo. Todavia, ele nem sequer desconfiou
da fotossíntese. Devido ao enorme prestígio de Aristóteles, essa ideia perdurou por muito tempo.
Mais de dois mil anos depois, no século XVIII, Joseph Priestley, um dos fundadores da Química científica, fazia
uma experiência: colocava velas debaixo de um vidro bem fechado e, em seguida, acendia as velas através do vidro,
usando uma lente.
As velas logo se apagavam, porque a chama consumia todo o “ar respirável” do frasco (esse “ar respirável” era
o oxigênio). Certa vez, por acidente, antes de fechar um desses frascos de vidro, Priestley deixou cair uma folha de
hortelã junto à vela. Como sempre, depois de certo tempo o “ar respirável” acabou, consumido pela chama. Dias
depois, entretanto, Priestley pôde acender de novo a vela.
Só a folha viva de hortelã poderia ter produzido o novo “ar respirável” no frasco, concluiu ele. Apesar de os
animais (e do fogo) “gastarem” o oxigênio do ar, as plantas não param de produzir novo oxigênio (O2).
Poucos anos depois, Jan Ingenhouz e Jean Senebier provaram que, sob o efeito da luz solar, as plantas – além
de produzir oxigênio – também absorviam gás carbônico (CO2).
A descoberta final foi realizada por Theodore de Saussure. Ele demonstrou que as plantas reuniam CO2 e H2O
para aumentar de peso, isto é, as plantas produziam seus alimentos a partir de H2O e CO2 quando na presença
da luz. O nome fotossíntese surgiu bem depois.
Figura 11
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Figura 14
Produtores
São seres vivos capazes de produzir seu
alimento através de reações químicas complexas,
como a fotossíntese. São os vegetais, as algas,
cianobactérias (antes chamadas de algas azuis ou
cianofíceas) e algumas bactérias que possuem
clorofila.
Figura 12
Decompositores
São os fungos e bactérias que se alimentam
e obtêm energia de matéria morta proveniente de
outros níveis tróficos. Esses organismos transfor-
mam substâncias orgânicas em substâncias
minerais, fazendo com que se feche o ciclo da
utilização da matéria, ou seja, elas são novamente
utilizadas pelas plantas verdes (produtores).
Produtores: um mamoeiro carregado de frutos.
Figura 15
Consumidores
São seres que não produzem o próprio ali-
mento e obtêm energia de substâncias orgânicas
de outros seres, ou seja, são os animais herbí-
voros, carnívoros ou onívoros.
Figura 13
15
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a) Crie uma cadeia alimentar terrestre completa, até o consumidor terciário (você pode desenhar ou
escrever); e classifique seus componentes.
Desenhos do aluno.
Professor, incentive os alunos a não usarem os exemplos do caderno.
Essa atividade pode ser desenvolvida utilizando outros recursos, como cartazes montados com desenhos ou imagens de revistas,
seres vivos feitos com massa de modelar e apoiados sobre uma base de papelão ou madeira, miniaturas de plástico. Nessa faixa
etária, é comum possuírem animais de plástico que possam ser usados nessa situação.
b) Faça o mesmo para uma cadeia alimentar aquática (marinha ou de água doce).
Desenhos do aluno.
Professor, incentive os alunos a não usarem os exemplos do caderno.
As sugestões da atividade anterior são válidas para essa situação também.
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c) Lembrando que fungos e bactérias são seres decompositores, capazes de transformar matéria orgânica
em substâncias minerais que serão reutilizadas pelas plantas, como seriam os ecossistemas se não
existissem decompositores?
Como os decompositores reciclam a matéria orgânica dentro do ecossistema, as substâncias retornam ao solo, onde são reutilizadas
pelos produtores (as plantas). Se não houvesse os seres decompositores, haveria um acúmulo de dejetos não aproveitáveis e faltaria
d) O que aconteceria, inclusive com você, se fossem retiradas todas as plantas do planeta?
Aconteceria um desequilíbrio nos percentuais dos gases atmosféricos e falta de alimento, levando os outros seres vivos, inclusive nós, à
morte.
A 9 e 10
DATA: _____/_____/_____
2.4. As Teias Alimentares
Teias alimentares são os conjuntos de cadeias alimentares que estão interligadas.
As teias alimentares dão uma noção mais realista do que acontece nos diversos ecossistemas, porque
a relação entre dois organismos (o alimento e seu consumidor) não é sempre a mesma. Os consumidores
variam de alimento conforme sua disponibilidade no ambiente.
Um gavião pode alimentar-se de ratos em certo momento e, em outro, de cobras que comem ratos.
O gavião ocupa o nível de consumidor secundário no primeiro caso e de consumidor terciário no
segundo.
Isso nos faz perceber como as populações de um ecossistema estão constantemente se adaptando
às variações das condições ambientais.
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Leões são os tubarões da savana africana: Para caçar excelentes corredores como os órix, os leões
caçam todos os animais e não são caçados por nenhum. precisam ocultar-se entre a grama alta e atacar de surpresa.
Figura 17
Figura 16
Figura 17-a
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Agora você vai montar uma teia alimentar. Para isso, utilize as imagens dos seres vivos que estão no
final do caderno. Tente fazer com que os organismos ocupem diversos níveis da teia alimentar. Seja
criativo, mas não deixe os animais saírem da dieta deles.
Professor, essa atividade é individual. Oriente os alunos a iniciar a teia pelo produtor e deixe-os à vontade para a montagem da
teia. Após o término da atividade, alguns alunos podem expor aos demais sua criação.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F103.
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A 12 DATA: _____/_____/_____
Módulo
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3 Ecologia das Populações
Temos vivido sob permanentes ameaças ambientais, muitas vezes consequentes da ação do homem.
Pensando nisso, que atividades ou comportamentos humanos podem ameaçar a qualidade de vida no
planeta?
Registre as suas ideias e as de sua classe sobre esse assunto no espaço abaixo.
Professor, essa atividade deve ser feita com a participação oral efetiva dos alunos. Para isso, devemos registrar na lousa todas as ideias/su-
gestões que a classe criar. É esperado que sejam citadas não só ações humanas, mas também naturais; por isso, após o registro, você deve
A 13 e 14 DATA: _____/_____/_____
3.1. Regulação Populacional x Desequilíbrio Ecológico
Figura 18
Em biologia, estudamos a dinâmica popula-
cional, que se ocupa das variações de populações
de seres vivos. O estudo das populações é
importante para entender como os ecossistemas
permanecem em equilíbrio.
Em todos os ecossistemas (rios, mares,
campos, florestas etc.), plantas, animais e micro-
organismos estabelecem entre si e o ambiente
uma relação que garante a preservação dos
recursos naturais e a sobrevivência de todos os
seres. Chamamos de desequilíbrio ecológico
qualquer interferência no harmonioso sistema de Superpopulação de algas vermelhas cobre a superfície de
vida em nosso planeta. Existem vários fatores um lago africano. Essa explosão numérica de uma espécie
capazes de gerar esse desequilíbrio. é causada por um fenômeno natural: a alteração química
da água por gases vulcânicos.
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Os fatores naturais são bastante esporádicos, Lembre-se: nas cadeias alimentares dos
como furacões, terremotos, maremotos etc. ecossistemas, todas as populações são limitadas
Dependendo do ecossistema, pode levar anos para pela quantidade de alimento e abrigo disponíveis.
plena recuperação e, em alguns casos, pode até Por isso, quando a população de uma espécie
mesmo ocorrer alteração total da comunidade. cresce, ela tira alimento e abrigo de todas as
O mais comum dos desequilíbrios é aquele outras.
induzido pelo homem, como poluição, desmata-
mento, depredação e captura de espécies etc. Exemplos de desequilíbrios ecológicos
Figura 19
a redução de outra.
Figura 20
reprodução desordenada, e a falta de controle fez essa espécie se espalhar por todo o Brasil,
atacando plantações inteiras de leguminosas. Além de causar prejuízo para os agricultores, o
caramujo se mostrou um ótimo hospedeiro para transmissão de doenças.
Figura 22
1. Vimos dois casos de animais que sofreram 2. Como a falta de uma espécie interfere nas
modificações populacionais drásticas (os jacarés e cadeias alimentares?
os caramujos africanos), afetando todo o seu A falta de uma espécie determina a diminuição na quantidade e na
ecossistema. Relacione a interferência humana
variedade nutricional da espécie consumidora e, consequentemen-
com o desequilíbrio ecológico ocorrido.
te, de todos os outros níveis tróficos.
No caso dos jacarés do Pantanal, a matança desenfreada desses
No caso dos caramujos, ocorreu o contrário. Sua introdução sem 3. Nos últimos anos, temos observado uma série
de fenômenos climáticos agindo de forma
controle causou tal crescimento da população que eles se tornaram
trágica nos diversos continentes. Você acha que
uma “praga” para os agricultores. Além disso, são perigosos trans-
isso interfere na dinâmica populacional dos
missores de doenças. ecossistemas? Discuta essa questão com seus
colegas e registre os exemplos que lembrarem.
Procure lembrar o aluno de que os fenômenos climáticos podem
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4. Discuta com seu professor e com seus colegas alguns casos de desequilíbrio ecológico causados
por interferência humana e anote-os a seguir.
Ajude os alunos a perceberem em quais situações a interferência do homem causa desequilíbrio ecológico. Por exemplo, no desmatamento
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3.2. As Subdivisões da Biosfera
O conjunto de todos os seres vivos do planeta compõe a Biosfera. Esta, por sua vez, divide-se em
três enormes Biociclos.
Os biociclos são as três formas fundamentais de viver em nosso planeta.
Estamos falando do imenso biociclo marinho, do pequeno biociclo de água doce e do grande biociclo
terrestre.
Os três Biociclos
1. Biociclo Marinho
É o maior dos três. Os 4 fatores não vivos (chamados ABIÓTICOS) mais importantes nesse ambiente
são a salinidade, a luminosidade, a temperatura e a pressão.
As comunidades de seres vivos marinhos dividem-se em três grupos.
• Plâncton: São seres vivos microscópicos (ou quase) que vivem flutuando nas camadas superficiais
dos mares. As algas microscópicas flutuantes formam o fitoplâncton. O conjunto dos animaizinhos
flutuantes é chamado zooplâncton.
Fitoplâncton Zooplâncton
• Nécton: São os animais que nadam livremente, como os peixes, as baleias, as medusas etc.
Figura 28
Figura 29
26
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• Bentos: São os seres que vivem aderidos às Os ambientes de água doce são divididos em:
rochas, rastejando ou enterrados nos sedimentos – LÓTICOS, de águas correntes; e
do mar. Incluem-se esponjas, corais, equino- – LÊNTICOS, de águas paradas.
dermos (ouriços e estrelas-do-mar), moluscos
(polvos etc.), entre outros. Suas comunidades também se dividem em
Figura 30
Figura 33
Rio = água corrente (ambiente lótico).
Polvo.
Figura 34
Figura 31
Estrela-do-mar.
Lago = água parada (ambiente lêntico).
Figura 32
3. Biociclo Terrestre
Abrange a superfície dos continentes, que
cobre apenas 28% da área total do globo. O
biociclo terrestre divide-se em biomas, compostos
por animais e vegetais adaptados a certo clima.
Os biomas são enormes áreas do planeta
recobertas por tipos de vegetação dominante.
Exemplos de biomas são o Pantanal, a Floresta
Ouriço-do-mar.
Amazônica ou o Pampa gaúcho. Na África, na
Indonésia, na Índia e na América do Norte,
2. Biociclo de Água Doce (Rios e lagos) existem biomas parecidos com os brasileiros.
Esse é o menor dos biociclos porque apenas Entretanto, seus vegetais e animais são de outras
1% da água do planeta contém pouco sal espécies.
dissolvido. Ao contrário do biociclo marinho, o Os biomas, por sua vez, subdividem-se nos
biociclo das águas continentais é descontínuo e ecossistemas, de que já falamos.
menos profundo.
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A 19 e 20
DATA: _____/_____/_____
3.3. A Diversidade dos Biomas
Você já parou para pensar por que alguns animais vivem em determinados lugares e não existem
em outros? Por que não há elefantes no Ártico, sapos nos desertos ou ursos na Mata Atlântica?
Figura 35
Figura 36
Para começar a descobrir as respostas, esque- b) O nosso Pantanal, com algum ser vivo
matize nos espaços a seguir: característico.
a) O deserto do Saara com algum ser vivo
característico.
A atividade em grupo tem como objetivo a troca de informações entre os alunos sem que haja interferência imediata do professor,
pois é comum que o aluno faça essas perguntas e receba respostas imediatas sem usar o raciocínio lógico.
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Os principais tipos de biomas dos diversos continentes distribuem-se, sucessivamente, como grandes
“faixas”, que vão dos polos ao equador.
GELO: os dois polos estão recobertos de água congelada. Como as plantas não podem crescer no
gelo, praticamente não há vida nos polos, exceto nas beiradas oceânicas, onde, por exemplo, focas,
ursos-polares e pinguins caçam peixes.
TUNDRA: é a faixa que vem depois das geleiras. As temperaturas são baixas o ano todo e o solo
fica congelado durante a maior parte do tempo. Não há árvores, apenas liquens, musgos e alguns
arbustos. No inverno, os animais dormem enterrados, como os ursos (que hibernam), ou migram da
tundra para a taiga.
TAIGA: é a faixa logo abaixo da tundra. Como, mesmo durante o inverno, existe água não
congelada, aparecem as primeiras árvores. São as florestas de pinheiros, com folhas em forma de agulha
para não reter neve. Muitos insetos servem de alimento às aves migratórias para alimentar os filhotes.
Há também aves predadoras, cervos, ursos, lobos, raposas, felinos etc.
FLORESTAS TEMPERADAS: aparecem logo depois da taiga. Nelas, o inverno é menos rigoroso,
boa parte da água nunca congela e as árvores não são apenas pinheiros. Existem desde árvores enormes,
como carvalhos, cedros e sequoias, até pequenos arbustos. A fauna também é variada, com muitos
insetos, ursos, felinos, cervos, aves, esquilos, cobras etc. Durante o inverno, muitos desses animais
migram para regiões mais quentes enquanto outros ficam hibernando.
CAMPOS DE GRAMÍNEAS: são os pampas, pradarias e estepes, com alguns arbustos e poucas
árvores. Neles, a água nunca congela e as gramas precisam de muita água. É o paraíso das grandes
manadas de herbívoros, como bois, cavalos ou elefantes; dos grandes carnívoros, como o leão; dos que
se escondem na grama, como as lebres ou galinhas; das aves corredoras, como emas e avestruzes; e
também dos animais cavadores, como tatus e ratos. Quando há um razoável número de árvores na
pradaria, ela é chamada savana.
FLORESTA TROPICAL: grandes rios, muita chuva e muito calor. Árvores grandes e pequenas,
arbustos, cipós, bromélias, orquídeas, bem como imensa variedade de animais arborícolas: insetos,
papagaios, harpias, araras, beija-flores, tucanos, macacos, preguiças, cobras. No chão, trotam e se
esgueiram lagartos, sapos, jabutis, onças, capivaras, jaguatiricas, porcos-do-mato, tamanduás. Nas águas,
nadam piranhas, pirarucus, tambaquis, tucunarés, lontras etc. Há mais espécies animais, vegetais, de
fungos, algas e bactérias por metro quadrado de floresta tropical do que em qualquer outro ambiente,
exceto nos recifes de corais marinhos.
DESERTOS: ao contrário da floresta tropical, há muito calor, mas pouca água. Por isso, falta vegeta-
ção. Nos desertos norte-americanos e mexicanos, há cactos e suculentas. Nos africanos, encontram-se
palmeiras apenas nos oásis. Os poucos animais (répteis, mamíferos e aves) escondem-se do sol durante
o dia e caçam à noite. É o paraíso dos escorpiões.
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Quando queremos conhecer algum animal ou alguma planta de perto, podemos ir a zoológicos,
parques, jardins botânicos ou aquários de nossa cidade, que abrigam muitas espécies animais e vegetais
e delas cuidam. Por essa razão, muitas vezes, as pessoas se confundem com o habitat natural de
determinadas espécies. Quando fazemos uma visita a um local como esses, devemos sempre estar
atentos para as informações oferecidas, como a origem daquele ser vivo.
O parque zoológico de São Paulo, o maior da América Latina e o sétimo do mundo, fica localizado em
uma área de 824.529 m2 de Mata Atlântica original. O parque aloja nascentes do histórico riacho do Ipiranga,
cujas águas formam um lago que acolhe exemplares de aves de várias espécies, além de aves migratórias.
Assim como o lago, a mata abriga animais nativos de vida livre, formando maravilhosa fauna paralela.
É muito comum esquecermos os vegetais quando falamos sobre os seres vivos que habitam nosso
planeta, quando falamos sobre extinção de algumas espécies, preservação das florestas e outros
ambientes. Devemos sempre lembrar que os vegetais também são seres vivos que precisam de cuidados
e que sua preservação é essencial para o equilíbrio da vida na Terra.
Muitos parques e jardins de muitas cidades tentam manter uma variedade de espécies vegetais,
algumas economicamente importantes, outras apenas ornamentais, mas com funções importantes
dentro do ecossistema natural que habitam.
1 2
1
3
3
3 4
5
2
2
5
5 6 6
7 3 Cerrado
4 Caatinga
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Degradação da Biosfera
Com o avanço da ocupação humana sobre os mais
diversos ecossistemas, várias têm sido as formas de impacto
sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente
estabelecem uma interação dinâmica, porém frágil. O grande
dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento
tecnológico e a carência cada vez maior de recursos naturais
com o equilíbrio da natureza. A 17 e 18
Realização do Laboratório 2,
“Montagem de Biomas”. 31
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Você já ouviu falar em desenvolvimento sustentável? Utilize o espaço a seguir para expor seu
conhecimento e suas ideias sobre o assunto.
Desenvolvimento sustentável significa orientar os investimentos econômicos, as pesquisas tecnológicas e a exploração de matéria-prima,
levando em consideração não só os resultados imediatos, mas também as consequências futuras. Todas as nações precisam unir-se para
implantar técnicas de produzir energia, bens e alimentos sem destruir os ecossistemas, a atmosfera, o solo e a água. A ciência, as institui-
ções e os estados podem e devem tratar disso. Isso terá um custo, mas é melhor pagá-lo agora do que quando a situação se tornar irreme-
A 21 DATA: _____/_____/_____
3.4. A Diversidade dos Seres Vivos
A palavra biodiversidade (ou diversidade biológica) designa a variedade dos seres vivos. Este é um
conceito importante, muito usado por biólogos, ambientalistas, políticos e cidadãos de todas as nações,
que se preocupam com a espantosa diminuição do número de espécies animais e vegetais ocorrida nos
últimos dois séculos.
Figura 38
Os ambientes controlados pelos homens
se caracterizam, justamente, pela enorme
redução no número de espécies, isto é, pela
diminuição de sua biodiversidade.
A biodiversidade natural das floras e
faunas varia entre as diferentes regiões.
Como vimos, ela é maior nas regiões tropicais
do que nas tundras e nos desertos.
Entretanto, onde chegam os homens, logo a
riqueza da variedade genética das populações
e espécies decai, isto é, sua biodiversidade
diminui drasticamente.
32
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Note-se que, apesar da grande diversidade de espécies vegetais nativas sul-americanas, aquelas
que são hoje as mais cultivadas foram trazidas de fora: o trigo, a cevada e a uva vieram da Europa;
o arroz, a soja e a manga provieram do Oriente; a cana-de-açúcar, da Nova Guiné; o café foi trazido
da Etiópia; e as laranjas foram desenvolvidas na China.
As plantas genuinamente sul-americanas mais conhecidas são o abacaxi, o amendoim, a castanha-
do-pará e, especialmente, a mandioca e o milho – desenvolvidos pelos índios.
A biodiversidade de toda a América do Sul está sendo rapidamente reduzida pelas monoculturas
da agroindústria e pelas mudanças climáticas induzidas pelo homem e por suas cidades.
É bom saber que essa perda de espécies não constitui apenas uma agressão aos ecossistemas, mas
também a perda de um potencial econômico ainda inexplorado por nossa biotecnologia. Infelizmente,
os registros existentes no Brasil sobre o risco de extinção de espécies de nossa flora são poucos e
imprecisos.
Exatamente por causa dos interesses que envolvem a biotecnologia – tanto dos países desenvolvidos,
que possuem o conhecimento tecnológico, quanto dos países em desenvolvimento, que possuem
grandes reservas biológicas –, foi criada a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB; 1992).
Essa convenção é importantíssima, porque trata a biodiversidade em todos os níveis, o que não
acontecia com as convenções anteriores. Estabelece, também, regras justas sobre a divisão dos benefícios
obtidos com a venda de produtos biotecnológicos. Estes serão repartidos entre os países detentores dos
recursos genéticos e aqueles que desenvolveram o produto.
classificando a espécie em pauta e o respectivo valor a ela atribuído (ex.: criação de gado = valor econômico direto).
• VALOR NATURAL – não há espécies sem função no ecossistema em que vivem. Predadores regulam a população de presas, plantas que
fazem a fotossíntese regulam o equilíbrio de gás carbônico na atmosfera, decompositores reciclam os recursos minerais etc.
• VALOR ECONÔMICO DIRETO – muitas espécies são necessárias ao homem como alimento ou como matéria-prima.
33
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• VALOR ECONÔMICO INDIRETO – várias espécies são usadas indiretamente pelos homens. Por exemplo, criar abelhas em laranjais favorece
• VALOR POTENCIAL – com o avanço das biotecnologias, inúmeras espécies que hoje não são utilizadas poderão futuramente ter usos im-
portantes. A humanidade nunca deixou de descobrir novos medicamentos e produtos úteis a partir de plantas e animais aos quais, até então,
A 22
Realização do Laboratório 3, Ao concluir o item anterior,
“Biociclo de Água Doce: você já pode realizar em casa
observação de micro-organismos”. a tarefa 7, “Biosfera, suas Divisões e a Diversidade”.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F104.
Figura 39
“Nossos destinos
estão ligados.
Proteja a
Biodiversidade.”
Cartaz da
Fundação Nicolas
Hulot – Para a
Natureza e para a
Humanidade.
34
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A 23 DATA: _____/_____/_____
Módulo
5
4 Solo, o Alicerce da Vida
Nesse módulo, estudaremos o solo. Nos continentes o solo é o alicerce da vida. As plantas, que
sustentam toda a vida no planeta, lançam suas raízes no solo. E é do solo que elas extraem a água e os
sais minerais. Vamos verificar o que você já sabe sobre esse assunto. Procure responder às questões com
o máximo de informações que conseguir.
de solo é a terra.
Escreva o que você conhece sobre a formação do solo ao longo dos tempos.
A formação do solo é um processo lento e contínuo, que ocorre pela desagregação e a decomposição das rochas. Sofre a ação do intem-
Para que as plantas possam viver no solo, ele deve ser adequado a suas necessidades. Nesse caso,
dizemos que o solo é fértil. Se, entretanto, faltar algum dos elementos necessários às plantas, ou ele for
insuficiente, esse solo será infértil e deverá ser corrigido artificialmente.
Os solos estão constantemente sofrendo alterações naturais, às vezes bem rápidas. Boa parte das
vezes, entretanto, é o próprio homem que estraga o solo e o torna infértil devido a um uso inadequado.
Nas metrópoles, o solo quase desapareceu. Grande parte do chão está impermeabilizado,
dificultando a infiltração e o escoamento da água no período das chuvas. Essa é uma das principais
causas das enchentes urbanas. Daí a importância de manter muitos parques e áreas não
impermeabilizadas nas cidades.
35
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O solo organiza-se em camadas. Essas camadas superpostas variam bastante com os tipos de solo,
mas existem quatro camadas principais:
Figura 41
Figura 40
a) Sedimento
O solo é rocha (isto é, pedra) triturada pelo clima e pelos seres vivos. Veja como:
– o gelo e o Sol racham as rochas;
– os ventos carregados de areia as desgastam;
– os rios e as ondas atritam as pedras entre si;
– os fungos e os liquens soltam líquidos ácidos que as corroem;
– a chuva, acidificada pelo CO2 da atmosfera, ajuda nessa corrosão;
– as raízes das plantas penetram pelas fendas e ajudam a esfarelá-las.
36
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Com isso, as rochas viram pedras, as pedras •O terceiro são os insetos, grandes
viram pedregulhos, os pedregulhos viram areia devoradores de matéria morta e produtores de
grossa, esta vira areia fina e a areia fina vira lodo. húmus.
O conjunto resultante de toda essa trituração • O quarto são os fungos microscópicos,
é o sedimento, um material mais ou menos solto que também funcionam como ativos produtores
e macio, que é a parte mineral do solo. de húmus.
c) Seres Vivos
Quatro tipos de seres vivos são muito impor-
tantes para o solo:
• O primeiro são as bactérias, que não só
decompõem os restos orgânicos para criar húmus,
Figura 42
37
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A 26 DATA: _____/_____/_____
4.3. Tipos de Solo
Figura 44
Existem vários tipos de solo. Cada tipo possui
características próprias. Os solos podem diferir em
densidade, granulação, cor, consistência e com-
posição química.
a) Solo Argiloso
Suas partículas são muito finas, invisíveis a
olho nu. Ele é quase impermeável à água. Um dos
principais tipos de solo argiloso é a terra roxa,
encontrada principalmente nos estados de São
Paulo, Paraná e Santa Catarina.
c) Solo Humoso
Contém grande concentração de material
orgânico em decomposição (húmus). É ótimo para
Figura 46
a agricultura, pois é extremamente fértil (rico em
nutrientes para as plantas).
d) Solo Calcário
As partículas de rochas são bem evidentes. É
um solo seco que esquenta muito ao receber os
raios solares. Inadequado para a agricultura. Solo Arenoso Solo Argiloso
Esse tipo de solo é muito comum em regiões
desérticas.
Figura 47
Figura 48
Figura 43
38
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(como chuvas escassas e mal distribuídas durante o ano e as difíceis condições econômicas da população local) somam-se às queimadas
aplicadas para a criação de bovinos e caprinos, além do desmatamento para obtenção de lenha para uso doméstico.
A 28 DATA: _____/_____/_____
4.4. Formas de Desgaste do Solo
O solo sofre desgaste quando suas características físicas, químicas e biológicas não são preservadas.
Pode sofrer erosão, compactação, salinização e desertificação.
A derrubada da vegetação e as queimadas deixam os terrenos sujeitos à ação direta da água da
chuva. Em pouco tempo, o solo torna-se seco e pobre em nutrientes.
O que você acredita que aconteceria com uma vegetação (cultura) num solo logo após a derrubada de
uma floresta?
Professor, após a derrubada da mata, o solo se tornaria seco e pobre – o que não favoreceria o desenvolvimento de qualquer cultura.
39
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a) Erosão
Erosão é a perda das camadas da parte externa da terra, podendo ser normal ou acelerada. A erosão
normal resulta da ação da própria natureza. A erosão acelerada significa perda rápida do solo, de forma
que a natureza não possa mais reconstruí-lo.
A erosão age de maneira diferente de uma região para outra, dependendo dos tipos de solo e rocha,
do relevo, do clima e da cobertura.
Figura 49
Figura 51
A água das chuvas desagrega o solo. Voçorocas: grandes valas causadas pelo escoamento da água
das chuvas.
Figura 50
Figura 52
40
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A compactação diminui a infiltração de água e a aeração do solo. Com isso, dificulta ou impede o
crescimento das raízes dos vegetais, e a água das chuvas – que não pode penetrar no solo – acumula-
se na superfície. Isso reduz a quantidade de águas subterrâneas que alimentam os mananciais. Por isso,
em época de estiagem, falta água nos rios e lagos.
Figura 53
Compactação.
Você acha que existe solução para o problema da compactação do solo? Indique essa solução
se a resposta for positiva.
Professor, o ideal é evitar a compactação. E, se ela ocorrer, é preciso proceder à aeração. A aeração permite uma renovação do ar no interior
do solo, facilitando a entrada de O2 necessário às raízes e plantas, assim como a saída de gases, como o CO2. Na ausência da aeração, ocorre
a produção de gases tóxicos, como metano, gás sulfídrico, óxido nitroso, entre outros.
c) Salinização
Se a quantidade de sais solúveis no solo aumentar demais, eles prejudicarão a germinação das
plantas. Nesse caso, elas começarão a escassear, ficarão mirradas e poderão morrer.
As principais causas da salinização são as irrigações artificiais (sua água acrescenta mais sais ao solo
cultivado) e o uso excessivo da água dos lençóis freáticos (também carregados de sais).
41
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d) Desertificação
Figura 54
É a transformação de solos férteis em de-
sertos. Isso pode ser causado pela natureza ou
pelos homens. Na desertificação, a vegetação se
reduz total ou parcialmente e o solo vai se
tornando infértil.
A salinização é uma das causas da deser-
tificação, mas não a única. O calor, associado a
ventos excessivos, pode eliminar a água do solo
e, assim, desertificá-lo.
A formação de regiões áridas provoca falta
de água e escassez de alimento. Sem alimento, os
animais morrem, fogem ou invadem novos es-
paços, desequilibrando esses ambientes. Podem,
inclusive, levar doenças para lugares onde elas
não existiam.
Os organismos causadores de doenças já existiam no espaço mencionado. Por que, então, eles
não causavam doenças nos animais com os quais conviviam?
Professor, porque havia um equilíbrio entre os seres originais da região e os organismos causadores de doenças.
Orientação: esse é um ótimo momento para levantar uma discussão sobre o aparecimento e a disseminação de doenças causadas por vírus
que vivem sem causar prejuízos em vários animais, mas que, quando entram em contato com o ser humano, se tornam verdadeiras ameaças.
e) Assoreamento
Assoreamento é a obstrução de um rio ou de um estuário, provocada pela contínua e prolongada
deposição de sedimentos, areia ou detritos.
Na natureza, o assoreamento de um rio é causado pelas partículas do solo carregadas pelas chuvas
e pelos ventos, isto é, pelos resultados da erosão e da desertificação.
Nas grandes cidades, o assoreamento é provocado também pelo lixo caseiro ou industrial jogado
nos rios.
O assoreamento diminui a profundidade do rio. Com isso, em época de chuvas fortes, o rio acaba
transbordando e causando as enchentes.
A 27
Realização do Laboratório 4,
“Assoreamento e Erosão”.
42
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O Rio Tietê
As marginais do Tietê formam um importante conjunto de avenidas da cidade de São Paulo, que
correm pelas margens do rio. Até o começo do século XXI, as enchentes de verão eram muito comuns.
Além de causar transtornos ao trânsito, elas inundavam casas, indústrias e estabelecimentos comerciais.
As águas contaminadas do rio provocavam doenças (leptospirose, tifo, diarreias, entre outras) nas
pessoas que entravam em contato com elas.
A partir de 2002, o governo do estado de São Paulo iniciou o rebaixamento da calha do rio (isto é,
de seu leito). Finalizadas em 2006, essas obras reduziram significativamente as enchentes nas marginais
do Tietê, mas não o processo de assoreamento, porque a erosão continua acrescentando solo ao fundo
do rio e a cidade prossegue despejando nele seu lixo.
Figura 55
Você sabia?
Que em 15 de abril é comemorado oficialmente o Dia Nacional da Conservação do Solo? E que essa data foi
instituída por uma lei federal? Trata-se da Lei n.º 7.876, de 13 de novembro de 1989.
O dia 15 de abril foi escolhido em homenagem ao nascimento de Hugh Hammond Bennett (15/4/1881 – 7/7/1960),
considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos. Ele foi o primeiro responsável pelo Serviço de
Conservação de Solos daquele país. Seus estudos e experiências sobre os efeitos dos diversos tipos de solo na
agricultura, nacional e internacional, fizeram dele um conservacionista dedicado. Além disso, publicou textos de
divulgação sobre o assunto que conquistaram muitos adeptos para a causa mundial da conservação.
Como sabemos, o solo é extremamente importante para todos, pois é dele que obtemos os alimentos, roupas,
móveis, antibióticos e tantas outras coisas. É sobre ele que crescem as florestas, onde vivem os animais e muitos seres
que mantêm o equilíbrio da natureza. Sem o solo, não sobreviveríamos.
Você tem ideia de quanto tempo o solo leva para se formar? Pois bem, para formar uns 30 cm de solo, pode levar
cerca de 3 mil anos ou até mais. Portanto, não podemos desperdiçar esse recurso natural.
Por esses motivos todos, achou-se adequado criar o Dia Nacional da Conservação do Solo, para possibilitar a
discussão sobre sua importância e ressaltar sua função na natureza.
(Disponível em: <http://www.escola.agrarias.ufpr.br>/
<http://www.ibge.gov.br>. Adaptado.)
43
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Figura 56
a) Adubação Verde
Os princípios da agricultura orgânica são
proibir as queimadas e os agrotóxicos, assim como
restringir o uso de adubos artificiais.
A agricultura orgânica aduba o solo com
restos de vegetais, esterco animal, minhocas e
Um corredor de mata nativa entre duas plantações. Manter bactérias. Esse método, além de fornecer ao solo
esses corredores – que ligam entre si vários trechos de mata
– é importante para sua preservação. tudo o que ele precisa – como nitrogênio, potás-
sio, fósforo, enxofre, cálcio e micronutrientes –,
A 29 e 30 DATA: _____/_____/_____
também estrutura a camada superficial do solo e
4.5. Técnicas Agroecológicas facilita sua aeração. Figura 58
Figura 61
Defensivos naturais são produtos que com-
batem as pragas (bioinseticidas) e estimulam o
metabolismo das plantas (cinzas, soro de leite etc.)
sem agredir o ambiente.
Figura 59
Café + seringueiras.
45
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Figura 63
e) Plantio Direto
Consiste em revolver o solo o mínimo
possível. Para isso, abre-se apenas um sulco,
colocando nele adubo e semente, dispensando
arar o solo e mantendo os restos da cultura
anterior.
Essa técnica evita o uso de máquinas pesadas
e a consequente compactação, além de não
interferir na atividade microbiana.
Plantio direto.
f) Terraceamento
Terraços são estruturas hidráulicas compostas por um canal construído transversalmente ao plano
de declive do terreno. Essas estruturas conduzem a enxurrada, fazendo-a ser absorvida ou levando-a
para fora da lavoura.
Essa técnica também tem como objetivo reduzir os riscos de erosão hídrica e evitar o assoreamento.
Em 1972, aconteceu em Estocolmo, Suécia, a 1.ª Conferência Mundial sobre Homem e Meio Ambiente. Já nessa
época, os países mais desenvolvidos começavam a se preocupar com as consequências ambientais futuras, quando o
homem, em sua ganância pelo desenvolvimento industrial, pensava a natureza como recurso inesgotável. Alguns
acordos foram então estabelecidos.
Vinte anos mais tarde, em 1992, representantes de quase todos os países do mundo reuniram-se no Rio de Janeiro
para decidir que medidas tomar para diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de gerações futuras.
Nesse encontro, houve a presença de um grande número de Chefes de Estado, indicando a importância e a
preocupação com a questão ambiental; e, assim, todos os países se comprometeram a seguir:
– a Carta da Terra;
– as convenções sobre Biodiversidade e Mudanças Climáticas;
– a declaração de princípios sobre as florestas;
– a Agenda 21 (plano de preservação ambiental de cada país).
Em 2012, uma nova reunião aconteceu no Rio de Janeiro e ficou conhecida como Rio+20. A Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável contribuiu para redefinir as agendas para as próximas décadas.
Foram acordados inúmeros projetos nas áreas de transporte, energia, economia verde, redução de desastres e
proteção ambiental, desertificação, mudanças climáticas, moradias, entre outras.
46
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A 31 e 32
Ao concluir o item anterior,
Realização do Laboratório 5,
você já pode realizar em casa
“Boneco Ecológico”.
a tarefa 9, “Importância do Solo”.
Agora, você vai trabalhar em casa e trazer para a escola uma pesquisa informando quais
métodos de conservação do solo são aplicados na cidade ou no estado em que você mora.
Aproveite para ver como o aprendizado escolar trata de coisas importantes para sua vida e
a de sua família.
Professor, existem projetos de fiscalização do uso, da conservação e da preservação do solo agrícola, visando o monitoramento das
áreas e a minimização dos processos erosivos. A aplicação da lei resulta em aumento da fertilidade dos solos recuperados e elevação
da produtividade. O programa implantado em São Paulo pela Defesa Agropecuária do Estado e justificado pelo fato de que o solo
agrícola é considerado pela ONU “patrimônio da humanidade” (<www.cda.sp.gov.br>) também foi desenvolvido em outros estados
do Brasil. Assim, oriente seus alunos a desenvolverem pesquisas dirigidas ao estado/local de residência deles.
47
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Professor, após a leitura do texto discuta com seus alunos a importância da criação de projetos de prevenção da fome e da miséria mundial.
Oriente-os também a desenvolver a pesquisa solicitada na tarefa 10. Ela deve conter dados do local/estado/cidade em que o aluno mora,
e deve-se tomar cuidado para que o aluno identifique as sementes nativas de sua região, pois é muito comum utilizarmos sementes
provenientes de outras regiões em nossa alimentação.
Assim é chamado o projeto desenvolvido em um dos lugares mais estranhos e curiosos do planeta: um
banco de sementes no Mar Barents, perto do Oceano Ártico, a 1.100 quilômetros do Polo Norte, onde Bill
Gates investiu milhões de dólares para estocar, proteger e conservar todos os saldos de sementes já produzidos
em todos os países do mundo.
O banco de sementes, cujo nome oficial é Caverna Global de Sementes Svalbard (Svalbard Global Seed
Vault), na ilha norueguesa de Spitsbergen, no arquipélago de Svalbard, foi construído no interior de uma
montanha, tem portas duplas, com sensores de movimento e paredes de concreto e aço que podem resistir a
explosões e inundações. Algumas pessoas chamam o lugar de “arca de Noé” das sementes.
A ideia do projeto é conservar a imensa variedade de sementes até hoje cultivadas e melhoradas para que
a humanidade não precise recomeçar do zero em caso de uma hecatombe mundial. Se uma colheita for
perdida, essa reserva pode significar a sobrevivência diante da fome.
Em 1992, os talibãs destruíram a coleção nacional de sementes do Afeganistão, em Cabul. Variedades
milenares de trigo foram perdidas. O banco de sementes iraquiano, localizado em Abu Ghraib, foi arrasado
por vândalos em 2003, durante a invasão americana. Amostras de espécies raras de uva, trigo, lentilha, centeio
e cevada sumiram. (Revista Veja, Editora Abril, 28 fev. 2008.)
De modo geral, os países possuem, cada um, seu próprio banco de sementes. No Brasil, o Banco de
sementes da Embrapa, no Distrito Federal, guarda quase 700 espécies, como arroz, feijão, soja e trigo.
Torna-se necessário saber que entre os patrocinadores da construção da caverna de sementes do fim do
mundo estão a Fundação Bill & Melinda Gates; a grande empresa de agronegócios DuPont/Pioneer Hi-Bred,
um dos maiores proprietários mundiais de patentes de sementes de organismos geneticamente modificados
(OGM); a Syngenta, uma companhia suíça de sementes geneticamente modificadas; e a Fundação Rockefeller,
um grupo responsável pela criação de sementes com “ideal de pureza”.
É importante salientar que há muitas controvérsias e discussões sobre a legitimidade das intenções de
todos os envolvidos. Caberiam aqui alguns comentários de ordem sociopolítica, já que o conceito de pureza
de uma espécie, bem como o monopólio da proteção dessas sementes, não é ideia compartilhada pelos
governos de todos os países do mundo.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F105.
48
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1. Em relação à queda dos corpos, Galileu contrariou Aristóteles, pois este afirmava que
a) corpos de dimensões diferentes caíam com velocidades diferentes.
b) corpos mais leves caíam mais rápido que corpos mais pesados.
c) corpos de materiais diferentes caíam com a mesma velocidade.
d) corpos mais pesados caíam mais rápido que corpos mais leves.
e) todos os corpos, independentemente de seus pesos, caíam com a mesma velocidade.
Resposta: D
Resposta: B
Resposta: 5, 2, 3, 1 e 4.
4. “Uma cultura de determinada bactéria exposta a uma dose fraca de antibiótico indicou um pequeno
número de sobreviventes. Quando seus descendentes foram expostos a uma dose duas vezes mais forte,
quase todos morreram.” Nesse trecho, está descrito(a)
a) um problema. b) uma teoria.
c) o resultado de um experimento. d) uma lei.
e) uma hipótese.
Resposta: C
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Resposta: A
7. “Depositei sobre meu vaso de margaridas uma boa porção de adubo orgânico para que elas
mantenham sua vitalidade.” A frase anterior sugere qual das etapas do método científico?
a) O problema. b) Uma hipótese.
c) Um experimento. d) Uma conclusão.
e) A aplicação.
Resposta: C
8. “Percebi que as plantas do meu jardim cresceram vigorosamente após a aplicação do adubo
orgânico.” Esta frase indica
a) um problema. b) uma hipótese.
c) um experimento. d) uma conclusão.
e) uma aplicação.
Resposta: D
50
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Escolha um local para fazer uma breve pesquisa. Pode ser o jardim de sua casa, um parque ou mesmo
alguma praça próxima a sua residência. Professor, a tarefa 2 só deverá ser recolhida
após a solicitação da tarefa 3.
3. É possível observar alguma ação humana que interfira na vida desses seres vivos?
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1. Para a Ecologia, uma população é o conjunto 3. Explique com suas palavras como ocorre a
de indivíduos de uma mesma espécie que habita transferência de energia em uma cadeia alimentar.
um Ecossistema; já comunidade é o conjunto de A energia é fornecida pelo alimento; portanto, passa de um
todos os seres vivos (inter-relacionados) que
nível trófico ao outro da cadeia alimentar.
habitam um Ecossistema. Nas sociedades
humanas, a cidade é um ecossistema composto
por várias populações: a dos homens é apenas
uma delas. Que outras populações animais in-
teragem conosco?
Outras populações animais que interagem conosco: de camundon-
2. Identifique o nicho ecológico dos seres desta- da cadeia alimentar) e fonte de oxigênio. Economicamente, as
cados no texto abaixo: plantas (seres produtores) são a base da alimentação dos animais
Na floresta, entre as árvores, conversavam o sapo e dos homens. Por isso, plantamos, distribuímos e vendemos
e o urubu anunciando um ao outro que haveria
vegetais: para serem consumidos.
festa no céu. Foram convidados sabiás, águias e
outros animais voadores...
Árvores (produtores); sapo (consumidor; também pode ser presa
(consumidores e presas).
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1. Relacione os itens:
Resposta: B
a) Conjunto formado pelo ambiente físico e os
4. Ao conjunto de indivíduos de diferentes
seres vivos que o habitam.
espécies que habitam a mesma área, dá-se o
b) Conjunto de indivíduos da mesma espécie,
nome de
vivendo juntos no tempo e no espaço.
a) ecossistema.
c) Conjunto de populações.
b) comunidade.
d) Lugar específico onde o organismo vive.
c) população.
d) bioma.
( ) Comunidade.
e) biosfera.
( ) Habitat.
Resposta: B
( ) Ecossistema.
( ) População.
5. Lembrando-se dos conceitos de Habitat e
Reposta: C, D, A, B
Nicho Ecológico, marque as opções corretas
2. Das alternativas abaixo, qual apresenta a relacionadas abaixo:
sequência correta em relação aos níveis de a) Cobra e gavião vivem no mesmo habitat.
organização biológica? b) Preá e cobra ocupam o mesmo nicho ecológico.
a) Células, tecidos, população, sistemas e c) Gavião, cobra e preá estão no mesmo nicho
biosfera. ecológico.
b) Biosfera, ecossistemas, células, tecidos, órgãos d) Gavião e preá ocupam o mesmo nicho
e macromoléculas. ecológico.
c) Células, tecidos, órgãos, sistemas, organismo, e) Preás podem ocupar o mesmo habitat da cobra
populações, comunidade, ecossistema e e do gavião, mas têm nicho ecológico diferente
biosfera. do deles.
d) População, comunidade, tecidos, células, bios-
Resposta: A e E
fera e ecossistemas.
e) Células, tecidos, população, biosfera e
sistemas.
Resposta: C
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A Austrália é um país localizado na Oceania, um continente isolado de todos os outros há milhões de anos. Até
cerca de 220 anos atrás, não possuía qualquer dos mamíferos que conhecemos: gatos, cavalos, coelhos, ratos, bois,
porcos, pacas, elefantes, cotias, veados ou onças. Esses animais eram completamente desconhecidos no continente.
Apenas um dos mamíferos comuns a todos os outros continentes era conhecido pelos aborígenes australianos: o
cachorro. Eles próprios o tinham trazido para a Austrália há 40 mil anos. Aliás, além dos aborígenes, não havia qualquer
outra raça de homens na Austrália.
Quando os primeiros ingleses chegaram àquele continente, descobriram uma terra coberta por florestas de
eucaliptos e bichos estranhíssimos para os europeus, como o coala, o canguru, o ornitorrinco, ratos e tigres-marsupiais
(que não eram nem ratos nem tigres).
As espécies vegetais e animais da Austrália eram diferentes e únicas. Apenas uma delas, a dos cães, fora trazida
pelo homem e dera origem a um cão selvagem local – o dingo.
A partir de 1788, os europeus começaram a trazer todos os tipos de mamíferos para a Austrália. Os animais recém-
chegados, quando conseguiam escapar das fazendas, começavam a competir por alimento com as espécies nativas
ou caçá-las para se alimentar. Em pouco mais de cem anos, um número enorme de espécies nativas (animais e vegetais)
havia sucumbido à concorrência das recém-chegadas.
O que aconteceu na Austrália acontece em qualquer ambiente que for invadido por espécies não nativas
(fatalmente, elas concorrerão com as espécies locais, isto é, as nativas).
Os ratos (que são distribuídos pelo mundo através dos navios que atracam nos vários portos) estão entre os
maiores colonizadores e transformadores de ambientes naturais do planeta.
Os ecossistemas nativos do Alasca e do Canadá foram sendo radicalmente alterados pelos ratos vindos da Noruega
e do Pacífico (a bordo de navios). Se, por um lado, esses ratos comem qualquer coisa (são onívoros), por outro eles se
reproduzem... como ratos.
Os puffins, os auklets e os kittiwakes – aves há muito tempo familiares para os esquimós – estão em perigo de
extinção porque os ratos comem seus ovos.
Os ratos, aliás, constituem os principais predadores de aves e répteis em quase todos os ecossistemas.
Figura 64
55
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da página anterior.
tema.)
acima.
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1. Como os fatores naturais (terremotos, fura- 4. As condições físicas e biológicas dos biociclos
cões etc.) podem contribuir para a criação de um marinho e terrestre são as mesmas? Justifique sua
desequilíbrio ecológico? resposta.
Alterando o solo, destruindo a vegetação, matando os animais, Não, os seres vivos não são os mesmos e os fatores abióticos tam-
Sim. Com o desmatamento, com o assoreamento dos rios etc. parte superficial da água.
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6. Existe um bioma no Brasil com uma enorme 8. A luz do Sol é fundamental para o cresci-
variedade de espécies vegetais e animais: árvores mento das várias espécies vegetais. A taiga é um
pequenas e grandes, arbustos e bromélias. Nas bioma que se caracteriza por grande número de
árvores, vive uma grande diversidade de aves e pinheiros. Procure concluir, então, por que a
macacos. No solo, lagartos, sapos, jabutis e onças vegetação rasteira é reduzida na taiga.
disputam o espaço. Sabe de qual bioma estamos Porque a cobertura de pinheiros (coníferas) dificulta a iluminação
falando? Descreva outras características dele.
solar e impede o crescimento desse tipo de vegetação.
O bioma é a Floresta Tropical. Nela, correm grandes rios,
sidade local.
adversas.
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1. São mamíferos típicos da fauna dos Cerrados 5. Em uma discussão sobre a necessidade de
do Brasil: preservar a Floresta Amazônica, surgiram as se-
a) ema, lobo-guará, onça-pintada. guintes afirmações:
b) tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-canastra. I. A Floresta Amazônica é o “pulmão do
c) veado-campeiro, zebra, tamanduá-bandeira. mundo”, uma vez que produz a maior parte do
d) onça-pintada, ema, tamanduá-bandeira. oxigênio que os seres vivos consomem em sua
e) veado-campeiro, avestruz, tatu-canastra. respiração.
Resposta: B II. A fertilidade do solo dessa floresta é mantida
pela atividade constante dos decompositores,
2. Complete as lacunas: que, devido à abundância de restos de vegetais
Nas ________________, a população é limitada e de animais, contam com bastante alimento,
pela quantidade de _______________ disponível. além de encontrarem no ambiente umidade e
O aumento de uma população gera uma com- temperatura favoráveis para sua atividade.
petição intensa por alimento e ______________ e III. A Floresta Amazônica é uma comunidade es-
esse mesmo aumento em dada população tável; portanto, todo o CO2 que produz é
determina a ______________ de outra.
usado na fotossíntese que os produtores
Resposta: comunidades; alimento; espaço; diminuição. realizam.
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7. Coloque (V) para Verdadeiro e (F) para Falso: característica genética desaparece. Pode
( ) A Terra é formada por grandes ecossis- ocorrer com espécies, como aconteceu com
temas. o mamute (Mammuthus primigenius);
( ) Plâncton é o conjunto de seres que vivem raças; variedades; ou genes. Extinção é
na superfície da água. parte natural do processo de evolução.
( ) O biociclo terrestre representa 28% da área III – Quando as mudanças ambientais são gran-
total do globo. des, ou quando a variação genética dentro
( ) O menor biociclo é o de água doce. de uma população é pequena, restarão
Resposta: V, V, V, V poucos indivíduos cuja constituição genética
lhes permita sobreviver no novo meio. Nesse
caso, a espécie irá desaparecer: ocorre uma
extinção.
8. A continuidade dos investimentos econô-
micos, das pesquisas tecnológicas e da exploração Assinale:
de matéria-prima – de tal forma que se leve em a) Nenhuma é correta.
consideração não só a presente, mas também as b) Apenas II e III são corretas.
gerações futuras – é a definição de c) Apenas I e II são corretas.
a) diversidade. d) Apenas I e III são corretas.
b) desenvolvimento sustentável. e) As três são corretas.
c) degradação. Resposta: E
d) valor econômico.
e) regulação populacional.
Resposta: B 10. “Muitas espécies são utilizadas diretamente
pela sociedade humana, como alimento ou como
matéria-prima para produção de bens.” Os va-
9. Em relação às espécies em extinção, leia lores econômicos da Biodiversidade são clas-
atentamente as afirmações: sificados de algumas formas. A frase acima se
I – A extinção de espécies ocorre naturalmente refere
quando existe desequilíbrio em um ecos- a) ao valor da própria espécie.
sistema ou habitat. Esses desequilíbrios b) ao valor funcional.
podem ser causados por mudanças climá- c) ao valor de uso direto.
ticas (temperatura, ventos e precipitação); d) ao valor de uso indireto.
mudanças no comportamento dos preda- e) ao valor potencial.
dores, parasitas e vetores de doenças; Resposta: C
II – É feita usando resíduos diversos, como b) São estruturas hidráulicas compostas por um
esterco, restos vegetais, minhocas e biofer- canal construído transversalmente ao plano de
tilizantes. declive do terreno. Essas estruturas funcionam
III – São produtos que não prejudicam o ambien- conduzindo a enxurrada, fazendo-a ser
te, combatem as pragas (bioinseticidas) e absorvida ou levando-a para longe da lavoura.
podem estimular o metabolismo das plantas c) É a técnica que consiste em revolver o solo o
(cinzas, soro de leite etc.), fortalecendo-as. mínimo possível. Para tanto, abre-se
IV – Consiste em cultivar, no mesmo terreno, um sulco, incorporando adubo e semente.
plantas com necessidades nutricionais Dispensa-se a tarefa de arar a terra e se mantêm
diferentes (ex.: feijão e milho) para que o os restos da cultura anterior. Essa técnica evita
solo não fique desgastado em um único o uso de máquinas pesadas e a consequente
nutriente. compactação, além de não interferir na
( ) Adubação orgânica. atividade microbiana.
( ) Defensivos naturais. d) É feito utilizando resíduos diversos, tais como
( ) Adubação verde. esterco, restos vegetais, minhocas e biofer-
( ) Consórcio e rotação de culturas. tilizantes.
Resposta: II, III, I, IV Resposta: C
Refletindo sobre a falta de alimentos para a atual população mundial (e a futura), faça uma breve
pesquisa sobre as novas técnicas agrícolas e genéticas que permitirão aumentar a produção mundial de
alimentos. Lembre-se de colocar a fonte da pesquisa.
Professor, novamente a internet é a principal fonte de pesquisa. Aproveite o tema para fazer uma discussão sobre alimentos transgênicos.
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No texto da página 48, Banco de sementes no fim do mundo, você pode ver que é de grande
importância que todos os países se preocupem em proteger e conservar sementes que possam oferecer
condições de sobrevivência no caso da ocorrência de uma catástrofe regional ou mundial. Com base
nessas informações, faça uma pesquisa sobre sementes que representam a flora nativa da região em
que você mora e dos principais alimentos utilizados na alimentação da população local.
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Figura 65
Introdução ao Uso do Laboratório
Figura 66
Você, aluno do 6.o ano, deve estar ansioso para dar início ao uso do laboratório, não é mesmo?
Afinal de contas, você começará a usar aquele avental branco, irá acompanhar seu professor naquelas
inéditas e fascinantes experiências com líquidos coloridos, fumaça, explosões... E, quem sabe, até fará
alguma descoberta ou inventará algo de que irá se lembrar para o resto de seus dias.
Esperamos mesmo que você se dedique e vibre com todo o conhecimento que pretendemos
transmitir. Mas não se esqueça de que sua própria vida é um constante “laboratório” e que cada
momento de aprendizado e observação é uma experiência que estará presente em sua memória,
podendo fazer de você uma pessoa de destaque.
Cada vez que seu professor propuser uma atividade prática que exija observação, raciocínio lógico
e questionamentos, você estará praticando uma experiência de laboratório.
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Objetivo
A atividade deve envolver todos os alunos da classe, a fim de que compreendam o conceito de
cadeia alimentar e como ocorre a transferência de energia de um nível trófico a outro. Trata-se de uma
atividade prática pela qual os alunos poderão ter uma noção mais concreta da dinâmica populacional
nos ecossistemas e assim diferenciar cadeias e teias alimentares.
Material
– Papel-cartão de várias cores (sugestão: cinco cores).
– Um rolo grande de barbante.
– Tesoura.
– Furador de papel.
– Pincel atômico.
– Saco de lixo preto.
Procedimento
1.º) O professor deve montar na lousa, junto com os alunos, várias cadeias alimentares diferentes (o
número de cadeias dependerá do número de alunos da classe em questão).
2.º) Cortar retângulos de papel-cartão de 20cm x 20cm onde serão escritos os nomes de cada ser
da cadeia. Cada nível trófico tem uma cor (ex.: produtores, verde; consumidores primários, azul; e assim
sucessivamente).
3.º) Fazer dois furos na parte superior dos retângulos para amarrar um pedaço de barbante. Cada
aluno receberá uma placa, que deverá ser colocada no pescoço e ficar clara e visível para os participantes.
4.º) O professor coloca os alunos em círculo e se posiciona no meio, com o rolo de barbante em
mãos, e pergunta à classe qual deve ser o primeiro nível trófico. Assim, um dos produtores, que pode
ser escolhido pela classe ou pelo professor, recebe a ponta do barbante.
5.º) O professor volta ao centro e pergunta à classe qual seria o próximo nível, entregando agora a
continuação do barbante, e assim sucessivamente, até que todos os níveis recebam o barbante. Ao
chegar ao decompositor, o professor corta o barbante, encerrando a primeira cadeia.
6.º) Seguindo o mesmo modelo, todas as cadeias se formam. Em seguida, o professor estimula a
“mudança de cardápio”, a fim de formar alguns entrelaçamentos e mostrar como se forma uma teia
alimentar.
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Sugestões de cadeias
Cons. Cons. Cons. Cons.
Produtor Decompositor
Primário Secundário Terciário Quartenário
peixes peixes
fitoplâncton zooplâncton pelicano fungos
pequenos grandes
pequenos
algas crustáceo peixe garça bactérias
moluscos
Para estimular o raciocínio do aluno, o professor coloca um saco de lixo preto aberto nos ombros daquele que representa o produtor. Nesse
momento, o indivíduo larga o barbante e o restante da cadeia perde o elo, representando uma interferência na cadeia e a ocorrência de um
desequilíbrio populacional.
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Objetivo
Fazer com que os alunos tenham uma explicação visual sobre a diferença entre os vários biomas e
possam entender que as diferentes espécies estão adaptadas ao ambiente, de acordo com as condições
físicas oferecidas pelo local.
Material
Os grupos poderão escolher o material com o qual julgam ter mais habilidade para trabalhar.
Poderão criar uma maquete ou um cartaz de fotos, fazer desenhos ou desenvolver qualquer outra ideia.
Vale tudo... desde que executem a tarefa com prazer.
Figura 67
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Objetivo
Conhecer espécies de seres microscópicos (tão próximos de nossa realidade, embora invisíveis) e
entender como eles participam da formação e da manutenção dos ecossistemas aquáticos, bem como
do fluxo de energia e de sua dinâmica populacional.
Material
• Lâminas. • Lamínulas. • Microscópio.
• Conta-gotas. • Papel de filtro. • Água de um laguinho*.
* Essa água pode ser previamente “preparada”, fazendo-se a coleta de uma porção de água doce de
um lago. Acrescentam-se algumas folhas de verdura (adquiridas na feira ou no mercado) que não estejam
lavadas, para garantir a presença de micro-organismos. Esses seres, nessas condições, poderão se
multiplicar, contribuindo assim para o sucesso da atividade.
Procedimento
O professor deve orientar os alunos na montagem das lâminas. Em seguida, os seres vivos
observados ao microscópio deverão ser desenhados no espaço a seguir – reservado para essa finalidade.
Professor, no laboratório 3:
a) pode-se, também, utilizar a água do aquário de algum aluno;
b) orientar os alunos a evitar a coleta em locais poluídos.
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Objetivo Observação
Demonstrar a diferença entre a manutenção a) Anote o que observou na margem com o solo
de um rio que conserva sua mata ciliar – evitando nu:
assim a erosão e o consequente processo de Anotações, desenho e conclusão do aluno.
assoreamento – e a de outro rio, que não
conserva essa mata.
Material
• 2 garrafas PET (2 litros). b) Anote o que observou na margem com a
• Terra vegetal (1 saco de 1 kg). “mata ciliar” (vegetal)
• Sementes de alpiste (1 saquinho).
• Cola quente ou fita adesiva.
Procedimento
1.a Aula:
• Cortar as garrafas longitudinalmente. c) Desenhe o que você viu:
• Colar suas bordas com cola quente ou fita
adesiva, usando 3 partes, que correspon-
dem:
– ao rio (no meio);
– às 2 margens (nas laterais).
• Preencher as 2 garrafas laterais com terra.
• Em uma delas, colocar as sementes e cobri-
las com terra, umedecendo-as.
• Aguardar 1 semana, regando diariamente.
2.a Aula:
• Colocar água na garrafa do meio (rio). Conclusão
• Regar as margens, simulando a chuva, e A partir do que observou sobre a erosão nas
observar a erosão e o assoreamento. margens de um rio, escreva sua conclusão:
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Objetivo
Observar o crescimento de gramíneas, que • Vá a uma torneira e molhe totalmente o
podem ser usadas na conservação do solo e na boneco, até que ele fique encharcado.
manutenção de encostas. • Depois, basta molhar o boneco uma vez por
dia, apenas na região da cabeça, para garantir o
Observação crescimento do “cabelo verde”.
Vamos fazer seu conhecimento valer uma
boa brincadeira! CAPRICHE E PEÇA A SEU PROFESSOR
PARA FAZER DESSE LABORATÓRIO
Material UMA EXPOSIÇÃO!
Figura 68
• Meia-calça “usada”. • Húmus. •
Alpiste.
• Serragem. • Barbante.
• Lã (da cor vermelha, de preferência).
• Bolinhas de plástico ou lantejoulas.
• Cola quente.
Procedimento
• Misture o alpiste com um pouco de húmus,
para começar a encher a meia até onde você
quiser que nasça o cabelo do boneco. Desenhe os 2 melhores momentos dessa expe-
• Preencha o restante da meia com serragem riência de “Crescimento de Gramíneas”.
pura.
• Ao terminar, amarre com barbante e corte
o que sobrar da meia.
• Comece a dar um rosto a seu boneco. Na
altura do nariz, puxe um pouco a meia e amarre
com uma linha.
• Se quiser colocar orelhas, basta repetir a
ação.
• Utilizando cola quente, aplique os olhos de
seu boneco (bolinhas de plástico ou lantejoulas).
• Com um pedaço de fio de lã, você pode
dar formatos diferentes à boca, criando expres-
sões engraçadas. Cole ou costure.
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74
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Figura 2 Figura 23
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aedes_aegypti_CDC- Disponível em: <http://egyptianstreets.com/2014/03/17/10-photos-from-egypt-that-
Gathany.jpg>. Acesso em: jun. 2011. will-make-you-smile/>. Acesso em: out 2009.
Figura 3 Figura 24
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Figura 4
Foto – Objetivo Mídia Figura 25
Disponível em: <http://www.descopera.ro/eticheta/cyanophora-paradoxa>. Acesso
Figura 5 em: fev. 2007.
Foto – Objetivo Mídia
Figura 26
Figura 6 Disponível em: <http://www.sahfos.ac.uk/pil/Anomura_Galathea%20_zoea.htm>.
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Figura 27
Figura 7 Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Eudistylia>. Acesso em: jun. 2014.
Foto – Objetivo Mídia
Figura 28
Figura 8 Disponível em: <http://www.firsthdwallpapers.com/jellyfish-wallpapers.html>. Acesso
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Figura 31
Figura 11 Disponível em: <http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/15629668/Estrellas-
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Figura 12 Figura 32
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Figura 14 Figura 34
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Figura 35
Figura 15 Foto – Objetivo Mídia
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Foto – Objetivo Mídia
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