Decreto-Lei N.º 10-B - 2021
Decreto-Lei N.º 10-B - 2021
Decreto-Lei N.º 10-B - 2021
ª série
de 4 de fevereiro
Desde novembro de 2020 que tem vindo a ser sucessivamente renovada a declaração do
estado de emergência com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública
provocada pela pandemia da doença COVID-19. Findo mais um período de 15 dias em que vigorou
o Decreto do Presidente da República n.º 6-B/2021, de 13 de janeiro, a situação epidemiológica
verificada em Portugal justificava que o mesmo fosse novamente renovado, o que ocorreu por via
do Decreto do Presidente da República n.º 9-A/2021, de 28 de janeiro.
Esta situação de calamidade pública tem exigido do Governo a aprovação de medidas
excecionais, temporárias e de caráter urgente, com vista a reduzir o risco de contágio e executar
as medidas de prevenção e combate à epidemia.
Pese embora seja consensual que as escolas são locais seguros, não sendo focos privilegiados
de propagação da doença COVID-19, o Governo aprovou o Decreto n.º 3-C/2021, de 22 de janeiro,
que alterou o Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro, determinando a suspensão das atividades
educativas e letivas dos estabelecimentos de ensino públicos, particulares e cooperativos e do setor
social e solidário, de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, a partir do dia 22
de janeiro, e, posteriormente, através do Decreto n.º 3-D/2021, de 29 de janeiro, a retoma dessas
atividades, a partir do dia 8 de fevereiro, em regime não presencial.
Esta suspensão insere-se no esforço global de alteração de comportamentos e de promoção
do respeito pelo dever geral de recolhimento domiciliário, reduzindo ainda a circulação inerente ao
normal funcionamento das escolas. Esta opção assenta ainda no facto de estarmos no início do
segundo período letivo, sendo possível compensar estes dias de suspensão no calendário escolar.
Neste contexto, existindo situações que carecem de regulamentação, o Governo, à semelhança
do que ocorreu em abril de 2020, decide aprovar um conjunto de medidas excecionais e temporárias
na área da educação, para 2021, relativo à realização das aprendizagens, ao adiamento, alteração
ou prolongamento de períodos letivos, e ao pessoal docente, de modo a assegurar a continuidade
das atividades educativas e letivas, de uma forma justa, equitativa e de forma mais normalizada
possível. Ainda na esteira do previsto no Decreto do Presidente da República n.º 9-A/2021, de 28 de
janeiro, dispõe-se que pode haver lugar ao tratamento de dados pessoais em caso de ensino não
presencial e na medida do indispensável à realização das aprendizagens por meios telemáticos.
Foi ouvido o Conselho das Escolas.
Foram observados os procedimentos de negociação coletiva decorrentes da Lei Geral do Tra-
balho em Funções Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua redação atual.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
ção pré-escolar regulada pelo Decreto-Lei n.º 147/97, de 11 de junho, e às ofertas educativas e
formativas dos ensinos básico e secundário, ministradas em estabelecimentos de ensino público,
particular e cooperativo de nível não superior, incluindo escolas profissionais, públicas e privadas,
sem prejuízo do previsto no Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior,
aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro.
2 — O disposto no presente decreto-lei aplica-se ainda, com as necessárias adaptações, ao
ensino a distância, regulado pela Portaria n.º 359/2019, de 8 de outubro, e aos ensinos individual
e doméstico, regulados pela Portaria n.º 69/2019, de 26 de fevereiro.
Artigo 3.º
Calendário escolar e atividades educativas e letivas
Artigo 6.º
Entrada em vigor
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