TCC Formatado 02-12-2020
TCC Formatado 02-12-2020
TCC Formatado 02-12-2020
Resende, RJ
2020.
Estela Teixeira Passos
Nathalie Alvarenga de Macedo Machado
Rodrigo Whately de Carvalho
Resende, RJ
2020.
Autorizo, apenas, para fins acadêmicos e científicos a reprodução total ou parcial
deste projeto final de graduação, desde que citada a fonte.
_____________________________________________ ___________________
Assinatura Data
_____________________________________________ ___________________
Assinatura Data
_____________________________________________ ___________________
Assinatura Data
Estela Teixeira Passos
Nathalie Alvarenga de Macedo Machado
Rodrigo Whately de Carvalho
_________________________________
Prof. Dr. José Glênio Medeiros de Barros
UERJ/Faculdade de Tecnologia
_________________________________
Prof. Dr. Bernardo Bastos da Fonseca
UERJ/Faculdade de Tecnologia
Resende, RJ
2020.
RESUMO
O comércio de material de construção é uma atividade que exige muito esforço físico
no setor de carga e descarga. Por isso, gera muitas penalizações em relação as más
condições de segurança e saúde ocupacional. Com o decorrer do tempo, podem
aparecer lesões, sendo reversíveis ou não, podendo ocasionar o afastamento do
funcionário, afetando sua capacidade de continuar trabalhando. O objetivo desta
pesquisa foi realizar uma análise ergonômica do posto de trabalho de carga e
descarga de um comércio a do segmento de material da construção civil, localizado
na cidade de Resende, RJ. As ferramentas ergonômicas aplicadas para a análise
desse caso foram RULA, REBA, OCRA, NIOSH e Checklist de Couto. Como
consequência do estudo, alguns pontos e situações não conformes foram observados,
de acordo com o estabelecido pela norma regulamentadora NR-17. Desta maneira,
foram criadas recomendações de melhorias, reduzindo o esforço físico, demanda
cognitiva, riscos acidentários e subsequentes lesões, visando o aumento da
produtividade da empresa.
The construction material market is an activity that requires a lot of physical effort in
the loading and unloading sector. Therefore, it generates many penalties in relation to
poor conditions of occupational health and safety. Over time, injuries can appear,
whether reversible or not, which can cause the employee to leave, affecting his ability
to continue working. The objective of this research is to carry out an ergonomic analysis
of the loading and unloading workstation of a market in the civil construction material
segment, located in the city of Resende, RJ. The appropriate ergonomic tools for the
analysis of this case were RULA, REBA, OCRA, NIOSH and Checklist do Couto. As
consequence of the study, some non-compliant points and situations were observed,
in accordance with the established by the regulatory standard NR-17. In this way,
recommendations for improvements were created, reducing physical and cognitive
effort, reducing the risks of accidents and subsequent injuries and, finally, aiming at
increasing the company's productivity.
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12
1. Natureza do Problema ................................................................................. 13
2. Objetivos ...................................................................................................... 13
2.1. Objetivo Geral ......................................................................................... 13
2.2. Objetivo Específico ................................................................................. 13
3. Delimitação do Estudo ................................................................................. 14
4. Relevância do Estudo .................................................................................. 14
5. Organização do Trabalho ............................................................................. 14
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 15
2.1. Ergonomia ............................................................................................... 15
2.2. Análise Ergonômica do Trabalho (AET) .................................................. 16
2.3. Métodos e Ferramentas de Avaliação Ergonômica ................................. 17
2.4. Norma Regulamentadora – NR ............................................................... 19
2.5. Transporte de carga ................................................................................ 20
2.6. Estudo de Caso ....................................................................................... 20
2.7. Definições Relacionadas à Acidentes de Trabalho ................................. 21
2.8. Problemas de Saúde que Afetam aos Trabalhadores ............................. 22
3. MÉTODO ........................................................................................................ 23
3.1. Etapas do Estudo ....................................................................................... 25
3.1.1. Introdução .................................................................................................. 25
3.1.2. Revisão Bibliográfica .................................................................................. 25
3.1.3. Método ....................................................................................................... 25
3.1.4. Aplicação.................................................................................................... 25
3.1.5. Discussão dos Resultados ......................................................................... 26
3.1.6. Conclusão .................................................................................................. 26
3.1.7. Referência Bibliográfica ............................................................................. 26
4. APLICAÇÕES.................................................................................................. 27
4.1. Problematização Geral ............................................................................... 27
4.2. Aplicação do Método RULA........................................................................ 32
4.3. Aplicação do Método REBA ....................................................................... 39
4.4. Aplicação do Método NIOSH ...................................................................... 45
4.5. Aplicação do Método OCRA ....................................................................... 48
4.5.1. Frenquência de Ações Técnicas (F) .......................................................... 50
4.5.2. Multiplicador para Força (MF) .................................................................... 50
4.5.3. Multiplicador de Repetitividade (MR) ......................................................... 50
4.5.4. Multiplicador para Postura (MP) ................................................................. 51
4.5.5. Multiplicador de Fatores Complementares (MFC)...................................... 53
4.5.6. Multiplicador para Fatores de Período de Recuperação (MPR) ................. 54
4.5.7. Multiplicador para Duração Total do Trabalho Repetitivo no Turno (MDR) 54
4.5.8. Cálculo de Ferramenta OCRA ................................................................... 54
4.6. Aplicação do Método Checklist de Couto ................................................... 56
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS ...................................................................... 61
6. CONCLUSÃO ................................................................................................. 63
Referências ............................................................................................................... 64
12
1. INTRODUÇÃO
1. Natureza do Problema
2. Objetivos
3. Delimitação do Estudo
4. Relevância do Estudo
5. Organização do Trabalho
O projeto tem a Introdução como Capítulo 1, em que ficou definido o tema e foi
apresentado o contexto que será abordado ao decorrer do estudo. A descrição da
natureza do problema visa entender o trabalho do início ao fim de forma que fique
claro os objetivos principais e específicos, delimitações e relevância.
No Capítulo 2.1 e 2.2 foi apresentado todo o embasamento teórico usado como
referência sobre os assuntos de ergonomia do trabalho para melhor compreensão dos
autores desse projeto na execução do mesmo.
No Capítulo 3 explicou-se a metodologia utilizada para obtenção das
informações a serem analisadas por determinadas ferramentas de adequadas em
relação ao contexto.
No Capítulo 4 foi realizada a descrição do posto de trabalho, quantidade de
funcionários envolvidos, condições de trabalho. Em cima dessas informações foram
aplicadas ferramentas ergonômicas, tais como: REBA, NIOSH, OCRA, RULA e
Checklist do Couto.
No Capítulo 5 discutimos os resultados e identificamos os pontos a serem
melhorados devido a problemas encontrados.
No Capítulo 6 foram feitas recomendações ao estabelecimento como o objetivo
de impor melhorias no processo para uma maior segurança e melhores condições no
trabalho.
15
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Ergonomia
Inicialmente, a atividade é
observada durante diversos ciclos
de trabalho. Utiliza-se tabelas de
pontuação e diagramas de
A ferramenta foi elaborada por Lynn
posturas a fim de auxiliar na
McAtamney e E. Nigel Corlett da
avaliação de como o trabalhador
Universidade de Ohio e seu objetivo era
está em relação aos riscos. Tais
determinar uma avaliação da exposição de
fatores são: Força, trabalho
funcionáros a fatores de riscos que
muscular estático, posturas de
pudessem gerar lesões
trabalho, trabalhos repetitivos e
RULA - Rapid musculoesqueléticas nas atividades. Tem
quantidade de movimentos
Upper Limb como objetivo a avaliação geral para
(MATEUS JUNIOR, 2009; SHIDA,
Assessment ênfase de membros superiores (MATEUS
BENTO, 2012).
JUNIOR, 2009; SHIDA, BENTO, 2012).
De acordo com
Esta ferramenta também considera a
MCATAMNEY e CORLETT
análise do posto de trabalho para
(1993, apud PAIM, PERAÇA,
verificação de maior desenvolvimento de
SAPPER, MOREIRA, 2016, p.3),
lesões e de movimentos repetitivos
a ferramenta não necessita de
(DOCKRELL, 2012).
equipamentos diferentes ou
especiais e consegue identificar
de forma eficaz e ágil, como
pescoço, tronco e membros
superiores.
O estudo de caso busca determinar ou testar uma teoria, e tem como uma das
fontes de informações mais importantes, as entrevistas. Através delas o entrevistado
vai expressar sua opinião sobre determinado assunto, utilizando suas próprias
interpretações. A tendência do Estudo de Caso é tentar esclarecer decisões a serem
tomadas.
“O estudo de caso é caracterizado pelo aprofundamento exaustivo de um ou
de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado,
tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos
considerados. ” (GIL, 2008, p. 58).
De acordo com Yin (2005, p. 32), o estudo de caso é um estudo empírico que
investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as
fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são
utilizadas várias fontes de evidência.
Segundo Moreno, (2006, apud Dias, 2008, p. 51) “A utilização do estudo de
caso justifica-se, ainda, tendo em vista a necessidade de uma análise mais profunda
dos dados a serem pesquisados”.
21
3. MÉTODO
PARTE 1
Natureza do Delimitação
Introdução problema
Objetivos
do estudo
Fluxo das
Método Atividades
PARTE 2
Aplicação
Aplicações dos Métodos
e
Ferramentas
Sugestões de
Conclusão Melhorias
Referências
Referências aos Livros,
Bibliográficas Artigos e
Sites
3.1.1. Introdução
Identificar a situação a ser analisada no setor de carga e descarga de materiais
de uma empresa de serviços e vendas de construção civil. Definir os objetivos gerais
e específicos e fazer a delimitação do caso a ser estudado.
3.1.3. Método
O fluxo de atividades foi gerado a partir da detecção da necessidade de
aplicação de uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET), visto que foram utilizadas
ferramentas ergonômicas para a validação das análises. Este projeto foi abordado
como um estudo de caso, pois houve uma visita ao local para coleta das informações
usadas como base de dados para a aplicação das ferramentas, obtendo as respostas
desejada, para enfim elaborar um plano determinando o que deve ser feito, quando e
como.
3.1.4. Aplicação
Nesta etapa, as ferramentas e os métodos ergonômicos identificados e
explorados na revisão literária são aplicados à atividade em estudo.
26
3.1.6. Conclusão
A conclusão de acordo com o desenvolvimento é realizada. Elabora-se também
sugestão de melhoria para a atividade estudada.
4. APLICAÇÕES
Ao realizar a primeira etapa do estudo, foi feita uma visita ao local para coletar
todas informações sobre o funcionamento das atividades realizadas pelos
colaboradores, no setor de carga e descarga de materiais.
Pode-se concluir que o locar apresenta condições inseguras quanto aos
aspectos ergonômicos e físico-ambientais. Como o objetivo deste estudo de caso é
analisar somente a ergonomia dos colaboradores, as condições físico-ambientais não
serão abordadas, embora sejam existentes, tais como os ruídos de outros caminhões
e máquinas presentes no ambiente, e estarem expostos ao tempo durante o
carregamento da carga. Foi observado que não há paleteira, apesar de ter
empilhadeiras, e quando acabam os produtos que estão em cada pallet, os mesmos
são guardados em um lugar específico onde não atrapalhe o fluxo de passagem, até
que a empresa fornecedora os recolham.
As atividades de manuseio e transporte de cargas identificadas no setor de
armazenamento do comércio de materiais de construção, alvo desta pesquisa, serão
apresentadas passo-a-passo.
28
Devem ser
Pegar o saco de
A 7 introduzidas mudanças
cimento do pallet
imediatamente
Devem ser
Colocando o saco na
B 7 introduzidas mudanças
carroceria
imediatamente
Carregando os sacos Devem ser
C de argamassa até o 7 introduzidas mudanças
caminhão imediatamente
Devem ser
Carregando caixa de
E 7 introduzidas mudanças
piso
imediatamente
Figura 17 – REBA aplicado para a situação C (Carregando os sacos de argamassa até o caminhão).
Colocando o saco na
B 6 Necessária intervenção
carroceria
Carregando os sacos
C de argamassa até o 5 Necessária intervenção
caminhão
Finalizando o
F 5 Necessária intervenção
carregamento
25 4,5
LPR = 23 x x (1 – 0,003 x |V-75|) x [0,82 + ] x (1 – 0,0032 x A) x F x C (1)
𝐻 𝐷
𝑃𝑒𝑠𝑜𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎
IL = (2)
𝐿𝑃𝑅
Assim:
LPR = Limite de Peso Recomendável;
H = Distância Horizontal entre o Indivíduo e a Carga (em cm);
V = Distância Vertical na Origem da Carga (em cm);
D = Deslocamento Vertical, entre a Origem e o Destino (em cm);
A = Ângulo de Assimetria, medido a partir do Plano Sagital, em graus;
F = Frequência Média de Levantamento, em levantamentos / minuto;
46
C = Qualidade da Pega;
IL = Índice de Levantamento.
Em seguida, apresentamos as aplicações do método NIOSH em cima das
situações selecionadas:
Verificar a situação e
Amarelo Entre 2,3 e 3,5 Risco muito baixo
implementar
Redesenhar o posto de
Vermelho Maior 3,5 Risco Presente trabalho e avaliar a
saúde do pessoal
Nível de Força 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% ≥50%
em MCV %
Escala Borg
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Multiplicador
1 0,85 0,75 0,65 0,55 0,45 0,35 0,20 0,1 0,01
Pinça pulpar 3
Pinça palmar 4
Pegada em gancho 4
Valor da
pontuação
0-3 4-7 8-11 12-15 16-19 20-23 24-27 ≥28
do Empenho
Postural
Multiplicador 1,00 0,70 0,60 0,50 0,33 0,10 0,07 0,03
Risco ocupacional
Tempo de duração no ciclo
Vibração Demais Riscos
Valor
“pontuação”
0-3 4-7 8-11 12-15 ≥16
fatores
complementares
Número de
horas sem
0 1 2 3 4 5 6 7 8
recuperação
adequada
Minutos
gastos no
turno om ≤120 121-180 181-240 241-300 301-360 361-420 421-480 ›481
tarefas
repetitivas
Posto de Trabalho
Frequência (F) 30
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS
6. CONCLUSÃO
Referências
LAPERUTA, D. G., OLIVEIRA, G. A., PESSA, S. L., & LUZ, R. P. (2018). Revisão
de Ferramentas para Avaliação Ergonômica. pp. 665-690.
SANTOS, M. H., JUNIOR, G. d., SOARES, A. L., XAVIER, A. A., & SANTOS, B. S.
(08 de Outubro de 2013). Análise de Postura e Carga através dos Métodos Owas
e Niosh em uma Fábrica de Sorvetes no Sul do Brasil. pp. 1-16.
PAIM, C.; PERAÇA, D.; SAPPER, F.; MOREIRA, I.; MOREIRA, T, 2016.
Análise Ergonômica: Métodos Rula e Owas aplicados em uma Instituição de
ensino superior. Revista Eletrônica Espacios - P. 22