Sangramento Uterino Anormal

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SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

GILSON CORRÊA, MSc


Sangramento Uterino Anormal
(SUA)

1/3 de mulheres no mundo


qualidade
de
vida

custos
econômicos
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

• É um sintoma

PADRÃO
MENSTRUAL

DURAÇÃO FLUXO INTERVALO

ANORMALIDADE
A PERDA MENSTRUAL para as Mulheres
ü 41% das mulheres com PSM superior a 80 mL consideram que seu
sangramento é moderado ou mesmo escasso.
ü Por outro lado, no grupo com PSM menor que 20 mL, 14%
consideram seu sangramento como aumentado
Hallberg L, Högdahl AM, Nilsson L, Rybo G. Menstrual blood loss--a popula=on study. Varia=on at different
ages and a@empts to define normality. Acta Obstet Gynecol Scand. 1966;45(3):320-51.

Estudo global com mais de 6.000 mulheres,


48% -pouco ou nenhum conhecimento sobre SUA

59% consideravam seu sangramento normal,


41% acreditavam que não havia tratamento disponível
35% relataram o seu problema a um profissional de saúde
Bitzer J, Serrani M, Lahav A. Women’s a8tudes towards heavy menstrual bleeding, and
their impact on quality of life. Open Access J ContracepFon, 2013;4:21-8.
IMPACTO SOCIAL na vida das MULHERES

ü EsAlo de vestuário
ü Relação com o (a) parceiro (a)
ü AtraAvidade/insegurança
"Melancolia”
ü Elas evitam eventos sociais Edgar Degas - 18344-1917

ü Afeta: eventos esporAvos, escolares e profissionais no dia a dia.

Bitzer J, Serrani M, Lahav A. Women’s attitudes towards heavy menstrual bleeding,


and their impact on quality of life. Open Access J Contraception, 2013;4:21-8.
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

Padrões normais de sangramento:


- Volume sanguíneo por menstruação: 20 a 80 ml.

Informação di.cil de quan5ficar, avaliar:


üpresença de coágulos
üaumento no número de absorventes u5lizados
üpresença de anemia

Silva Filho AL, Rocha ALL, Ferreira MCF, Celani M, Lamaita R, Cândido
EB, Carneiro MM FEMINA | Julho/Agosto 2015 | vol 43 | no 4
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
(SUA)

§ CONCEITO

SUA é definido como perda menstrual excessiva com


repercussões físicas, emocionais, sociais e materiais na
qualidade de vida da mulher, que podem ocorrer
isoladamente ou em combinação com outros sintomas
NICE. National Collaborating Centre for Women’s and Children’s Health. Heavy Menstrual
Bleeding Clinical Guideline 44. 2007, RCOG Press: London

Termos como hemorragia uterina disfuncional


ou menorragia estão abandonados.
Febrasgo, 2017
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

• PREVALÊNCIA

SUBJETIVA OBJETIVA
(autorrelato da (Perda menstrual >
paciente) 80 ml)

8 a 52% 9 a 14%

Fraser IS, Langham S, Uhl-Hochgraeber K. Health-related quality of life and economic


burden of abnormal uterine bleeding. Expert Review of Obstetrics & Gynecology.
2009;4(2):179-89
CAUSAS

• GESTAÇÃO
Sempre devemos considerar o diagnós1co de
gestação nas pacientes em idade reprodu*va. Uma
gestação não diagnos1cada é a causa mais comum de
um sangramento abrupto e anormal neste grupo.
CAUSAS

• MALIGNIDADE

• CÂNCER DO
COLO DO ÚTERO
CAUSAS

MALIGNIDADE
FATORES DE RISCO PARA CA de ENDOMÉTRIO
Idade (entre 50 a 70 anos)
Terapia estrogênica sistêmica sem progestogênio
Tratamento com tamoxifeno
Menarca precoce
Menopausa tardia (após 55 anos)
Nuliparidade
Síndrome dos Ovários PolicísWcos
Obesidade
Diabetes
História familiar de neoplasia do endométrio, ovário, mama ou cólon
Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2017) adaptado de Chen (2017).
CAUSAS

Causas Estruturais Causas Não Estruturais


(PALM) (COEIN)
Pólipos Coagulopatisas
Adenomiose Ovulação (disfunção)
Leiomiomas Endométrio

Malignidade e hiperplasia Iatrogênica


Não classificada

Munro MG, Critchley HO, Broder MS, Fraser IS; FIGO Working Group on Menstrual Disorders.
FIGO classificaSon system (PALM-COEIN) for causes of abnormal uterine bleeding in
nongravid women of reproducSve age. Int J Gynaecol Obstet. 2011;113(1):3-13.
DIAGNÓSTICO

Barreiras para o Profissional de Saúde

ü A informação é baseada no relato da paciente

ü Dificuldade para medir perda menstrual

ü Nomenclatura confusa

ü Falta de padronização para abordagem


diagnóstica e terapêutica

NICE. National Collaborating Centre for Women’s and Children’s Health.


Heavy Menstrual Bleeding Clinical Guideline 44. 2007, RCOG Press: London.
Diagnóstico
DIAGNÓSTICO

INFÂNCIA vulvovaginite é a causa mais comum. Alterações dermatológicas e trauma


(acidente, abuso ou corpo estranho) também devem ser considerados

ADOLESCÊNCIA predominam o sangramento uterino disfuncional (anovulação) e as


coagulopa3as. Não ignorar gravidez, abuso sexual e Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs) nesta população.

IDADE prevalecem sangramentos relacionados à gravidez e às ISTs. Com o avanço da


idade, aumenta a chance de neoplasias benignas (leiomiomas e pólipos
REPRODUTIVA endometriais).

PERIMENOPAUSA novamente, o sangramento uterino disfuncional se torna o achado mais


prevalente, seguido das neoplasias benignas e malignas.

MENOPAUSA atrofia endometrial é a causa mais prevalente, seguido dos pólipos


endometriais e neoplasia maligna do endométrio.

FONTE: Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2017).


DIAGNÓSTICO

Determinação Avaliação Suspeita de Diagnóstico Cirurgia/


do impacto do clínica patologia orgânica patologia outros TTO
sangramento inicial ou fatores de risco orgânica
Aspectos História clínica
• impactos na • Realizar exame Exames e propedêutica
vida [sico • Exames sanguíneos
• Impacto asico • Hemograma adicionais
completo • Estudos de imagem
• Quan]dade do
• Perguntar fatores • Biópsia endometrial
sangramento
de risco

Não suspeita de patologia Sim


orgânica sem fatores de Não se detecta
risco ou como conduta patologia
provisória enquanto Falha terapêutica
orgânica
aguarda propedêu]ca Desenvolvimento
adicional de fatores de risco

Tratamento Farmacológico

Figura 1 - Fluxograma Heavy Menstrual Bleeding: Evidence-Based Learning for Best PracSce para diagnós]co do sangramento uterino anormal
DIAGNÓSTICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• Tipagem sanguínea
• Hemograma completo USG
• Coagulograma + TAP endométrio ≥ 5 mm na
menopausa ou ≥ 12 mm na
• Hormônios Areoidianos perimenopausa, quando ecografia
• USG, TC, RNM realizada na primeira fase do ciclo
• Biópsia de Endométrio
• Curetagem uterina semióAca
• Histeroscopia
TRATAMENTO

• A ESCOLHA DA OPÇÃO TERAPÊUTICA

üefeAvidade no alívio dos sintomas


ütolerância aos efeitos colaterais
üpresença de condições clínicas e/ou comorbidades subjacentes
ürisco de complicações,
üduração do tratamento
ücompaAbilidade com ferAlidade e/ou concepção futura
üaceitabilidade do método pela paciente.
TRATAMENTO

NÃO HORMONAIS HORMONAIS CIRÚRGICAS

Anti-inflamatórios não Progestagênios (orais, Ablação Endometrial


esteroides (AINES) injetáveis, SIU)

Ácido tranexâmico Anticoncepcionais orais Histerectomia


combinados

AnálogHs de GnRH Miomectomia/


Polipectomia
(histeroscópica)
Acetato de ulipristal Embolização da Artéria
Uterina

Silva Filho AL, Rocha ALL, Ferreira MCF, Celani M, Lamaita R, Cândido
EB, Carneiro MM FEMINA | Julho/Agosto 2015 | vol 43 | no 4

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