Mina Uruguai

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL

CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG


ENGENHARIA GEOLÓGICA

MODELO GEOLÓGICO DE OCORRÊNCIA DE MINÉRIO NA MINA URUGUAI

Resumo:

A região das Minas do Camaquã, no município de Caçapava do Sul, situada na


porção sudeste do estado do Rio Grande do Sul, já foi bastante conhecida pela sua
importância econômica em relação a mineração de cobre no país, A ocorrência do
distrito mineralizante Cu-Pb-Zn com Au e Ag associados, possui jazimentos
denominados de Mina Uruguai, Mina São Luiz e Jazida Santa Maria.O minério de
Cu(Au) é constituído de calcopirita, bornita e calcosita,com pirita associada,
dispostos em uma ganga composta de quartzo, hematita, clorita, carbonato e
barita.

A origem dessa mineralização é bastante controversa,justificando assim a finalidade


deste trabalho que é a criação de um modelo geológico para a Mina Uruguai, com
base em revisões bibliográficas e análise de lâminas delgadas,geoquímica,inclusões
fluidas e amostras de sondagem.
A Mina Uruguai lavrada a céu aberto, teve grande parte de seus minérios
encontrados próximos a superfícies , dispostos na forma filoniana encaixada em
falhas com direção noroeste ou disseminada em conglomerados e arenitos do
Membro Vargas.
Com base em outros trabalhos exploratórios na Mina Uruguai, já foram propostos 3
modelos metalogenéticos para origem das mineralizações, entre eles um modelo
hidrotermal-magmático, um modelo sedimentar-singenético e por fim o modelo
Hidrotermal do tipo epitermal.Fundamentado nos dados geoquímicos e petrológicos
da região fica evidente a existência de duas fases de evolução: Primeiramente
ocorre uma oxidação manchando de vermelho o arenito e o minério, devido à
presença de óxidos forma pirita e ouro, e , em segundo lugar, um fluido percorre as
fraturas, depositando a calcita com inclusões fluidas bifásicas e monofásicas há
ocorrência também de sulfetos de cobre associado à prata, substituindo a pirita.
Observa-se temperaturas mais baixas indicadas pelas inclusões fluidas localizadas
no quartzo e na calcita, que constituem a ganga do minério, sugerindo um sistema
hidrotermal em resfriamento. A ocorrência de exsolução também pode ser
relacionada a esse resfriamento geral do sistema.Conclui-se que um modelo mais
se adapta a formação das minas do Camaquã é o epitermal, visto que os minérios
estão dispostos em baixa profundidade e também encontram-se em temperaturas
menores. As falhas e brechas indicam que a região sofreu com a tectônica e
falhamento, colaborando com a formação das piritas que posteriormente foi
precipitada e substituída formando a calcopirita. E através de eventos geológicos fez
o aparecimento dos minérios de calcocita, bornita e hematita.

1. Introdução:
Localizada no Município de Caçapava do Sul (RS), no antigo distrito mineiro
conhecido como Minas do Camaquã, a Mina Uruguai,alvo do presente estudo,
encontra-se a 12 km do centro da cidade e a cerca de 300 km da capital do Estado
Porto Alegre. Suas coordenadas de referência são 30°54’34” Sul e 53°26’37” Oeste
e seu acesso final é através da BR- 153 e estradas vicinais (figura 1).
Esta região é caracterizada por abrigar grandes depósitos de minério de cobre,
zinco, chumbo em associação com ouro e prata, foram descobertas em 1865 por
mineiros ingleses que garimpavam ouro na região (TEIXEIRA; GONZALEZ, 1988) e
estiveram ativas por praticamente um século, tendo sido objeto de intensas
pesquisas e explorações minerais.
Pesquisadores elaboraram várias hipóteses e modelos geológicos para a
compreensão gênese das mineralizações na Mina do Uruguai, na qual, resultaram
em três diferentes modelos: modelo epitermal associado ao hidrotermal, modelo de
percolação de fluidos hidrotermais magmáticos vinculados a atividade vulcânica e/ou
plutônica e o sedimentar, singenético.

1.1 Objetivo específico

A finalidade deste trabalho é contribuir para um melhor entendimento da


mineralização das minas do Camaquã, através de uma revisão bibliográfica, de
análises petrográficas das lâminas delgadas retiradas dos furos de sondagem, além
de análises geoquímicas e de inclusões fluidas, determinar e discutir um modelo
geológico que melhor se adapte para a Mina do Uruguai.
Figura 1. Localização da área de estudo .

1.2 Geologia Regional:


Bacia do Camaquã

As Minas do Camaquã (MC) situa-se na Bacia do Camaquã (BC) está sob a porção
central do Escudo sul-rio-grandense.A BC é de grande importância para esclarecer a
evolução geotectônica do Rio Grande do Sul.Esta unidade assenta-se sobre
terrenos ígneos e metamórficos e tem idade que varia de 620-540Ma (Paim et al.,
2000; Almeida et al., 2009, Oliveira, 2010).
Composta por diferentes associações vulcano-sedimentares representativas do
estágio de transição da Plataforma SulAmericana (Almeida, 1969).A Bacia do
Camaquã está relacionada aos processos tectono-magmáticos tardios do Cinturão
Granítico-Gnáissico Dom Feliciano, e possui uma coluna estratigráfica que vai do
pré- Cambriano ao eo-Paleozóico , definindo suas formações da mais antiga a mais
jovem obtém-se:Fm. Maricá, Grupo Bom Jardim subdividido em Fm. Arroio dos
Nobres (Mb. Mangueirão e Vargas), e Fm. Crespos (Mb. Hilário e Rodeio Velho), e
Grupo Camaquã subdividido em Fm.Santa Bárbara, Guaritas e conglomerado
Coxilha.
Segundo Paim et al.(1999),a sedimentação essencialmente clástica da Bacia
do Camaquã foi contemporânea a uma importante atividade magmática, que
acompanhou o desenvolvimento da bacia, do qual, é registrada no seu interior por
rochas vulcânicas a vulcâno-clásticas de composição básica a ácida. Ela é limitada
por duas grandes falhas de expressão regional (figura 2). Uma dessas falhas, a de
direção N50° - 70°W está associada às mineralizações.

Figura 2. Mapa geológico da região das minas do Camaquã (Ronchi et al.2000)

A deposição ocorreu nas fases tardias do Cinturão Dom Feliciano, e é caracterizada


por episódios de subsidência, sedimentação, soerguimento e erosão alternados.
Trata-se de uma bacia molássica, com rochas sedimentares de origem marinha,
aluvial e eólica, na qual, encontra-se preservado o registro da superposição de
diversos tipos de bacias relacionadas geneticamente. Hartmann et al. (1998),
consideram a Bacia do Camaquã como bacia de foreland gerada a partir de 600
Ma., deformada após a etapa inicial da sua geração e cratonizada há 470 Ma.
A Bacia é margeada pelos cinturões Tijucas e Dom Feliciano a leste, e está
posicionada sobre o Terreno São Gabriel e Cráton Rio de La Plata, a oeste.
Segundo alguns autores, as unidades aflorantes na região das minas do Camaquã
incluem o registro geológico parcial das bacias transcorrentes de retroarco Bom
Jardim (590-573 Ma) e Acampamento Velho (573- 559 Ma), da Bacia Transcorrente
Santa Bárbara (559-540 Ma) e do hemi-graben Guaritas (470-450 Ma).
O Grupo Bom Jardim, de acordo com Salomão et al. (1988), é a unidade
estratigráfica mais antiga da área, supostamente como de idade proterozóica
superior a cambriana composto por duas formações: Crespos, superior; e Arroio
dos Nobres, inferior, com dois membros denominados Vargas e Mangueirão. O
membro Vargas, é formado por mais de 600m de espessura de arenitos e
conglomerados, caracterizados por imaturidade mineralógica e textural e
angulosidade dos clastos. Em geral considerado como encaixante das
mineralizações metálicas.
Lavina et al. (1985), afirma de que se trata de leques costeiros que transicionam
para as fácies marinhas do Membro Mangueirão, no qual são descritos, além dos
depósitos marinhos (turbiditos), depósitos praiais e costeiros, destacando-se na
região das minas um arenito vermelho, red bed, com gretas de contração.
A Formação Crespos, de acordo com Teixeira & Gonzales (1988), é composta por
rochas vulcânicas do Membro Hilário, andesíticas e amigdalóides que ocorrem
intercaladas no topo do Membro Vargas, ou associadas à falhamentos de direção
nordeste.
O Grupo Guaritas é a unidade mais recente, disposta horizontalmente sobre as
demais sucessões. Com cerca de 800m de espessura, esta unidade pode ser
dividida em duas formações, Pedra Pintada e Varzinha (Paim et al. 1999).
Na formação Pedra Pintada, predominam arenitos finos-médios com estratificação
cruzada acanalada de grande porte, seguido de arenitos grossos, pelitos e arenitos
finos por laminação cruzada por corrente e por onda (Paim et al. 1999). Na formação
Varzinha, predominam os arenitos finos a muito grossos com estratificação cruzada
acanalada e estratificação plano paralela. Na base da Formação Guaritas
encontram-se derrames de rochas basálticas alcalinas denominadas Membro
Rodeio Velho (Ribeiro, 1966) (figura 3).

Figura 3. Mapa geológico da região (modificado a partir de Fambrini, 1998).

1.3 Geologia Local:

As Minas do Camaquã encontram-se no meio de um graben de direção geral NE-


SW, limitado por grandes falhas, de mesma direção, na Janela Bom Jardim
(Ribeiro&Fantinel, 1978). As Minas são formadas por dois setores principais,
Uruguai e São Luiz (figura 4), onde o minério é essencialmente de cobre, as
encaixantes são principalmente conglomerados grosseiros e predomina o minério
filoneano sobre o disseminado (Veigel & Dardenne, 1990).
O Setor Uruguai é dividido em Mina Uruguai (MU) e a zona piritas e, está
posicionada exatamente no cruzamento de duas falhas com direção N60-80W, 70-
80NE e N50-70W, 50-70SW .Segundo Teixeira & Gonzáles (1988), na Mina Uruguai
a exploração foi tanto através de galerias quanto a céu aberto. A cava principal a
céu aberto apresenta aproximadamente 250m de profundidade, 450m de largura e
700m de comprimento segundo direção NW-SE.

Figura 4. Perfil geológico da Mina Uruguai e São Luiz.

A formação Arroio dos Nobres, do Grupo Bom Jardim, representa as rochas


aflorantes desta Mina, ela é dividida em Membro Mangueirão e Membro Vargas;
sendo que nas rochas deste último são encontradas as mineralizações de Cu-Pb-Zn
(Ribeiro, 1966).
O Membro Mangueirão é caracterizado por arenitos finos e siltitos micáceos de
coloração marrom avermelhado intercalados, e apresenta aproximadamente 200m
de espessura; já o Membro Vargas consiste de uma sequência de conglomerados e
arenitos arcoseanos imaturos com aproximadamente 600m de espessura. Ele é
subdividido em cinco unidades litológicas, Teixeira & Gonzáles (1988);
Conglomerado Inferior; Arenito Intermediário; Conglomerado Superior e Arenito
Superior (figura 5).

Figura 5. Coluna estratigráfica para Bacia do Camaquã na região das minas do


Camaquã, proposta por Faccini et al (1987).
 Arenito Inferior: constituído por arenitos finos a médios com intercalações
centimétricas de siltitos e arenitos conglomeráticos. Tanto o contato inferior quanto
superior são gradacionais;
 Conglomerado Inferior: apresenta espessura média de 120m, e é composto
por conglomerados finos a médios intercalados com arenitos médios a
conglomeráticos;
 Arenito intermediário: apresenta espessura média de 20m, sendo
caracterizado por arenitos finos a médios;
 Conglomerado superior: com 200m de espessura, é constituído por
conglomerados grosseiros a médios, mal selecionados. Os clastos variam de
milimétricos a métricos, podendo alcançar 1,5m de diâmetro. Apresentam
composição bastante variada, predominando rochas graníticas, quartzitos, riolitos,
piroclásticas, milonitos, feldspatos, quartzo mono e policristalino, xistos e fragmentos
de rocha sedimentar;
 Arenito superior: representado por arenitos finos a médios com intercalações
milimétricas siltico-argilosas de cor marrom
A unidade litológica estudada neste trabalho é o do arenito inferior.

2. Mineralizações:

Na região das minas do Camaquã ocorrem dois corpos de minério denominados de


mina Uruguai (minas a céu aberto e subterrânea) e mina São Luiz (subterrânea). O
minério das minas do Camaquã aparecem de duas maneiras, em filões e
disseminações. Os filões preenchem falhas, apresentando os sulfetos sob forma
maciça ou em massas irregulares no interior de ganga de quartzo, hematita,clorita,
calcita e barita. Enquanto o minério disseminado ocorre nos conglomerados e
arenitos (Leinz & Almeida, 1941; Bettencourt, 1972; Gonzalez & Teixeira, 1980;
Teixeira & Gonzalez, 1988; Veigel, 1989; Veigel & Dardenne, 1990; Beckel,
1990;Ribeiro, 1991). Na porção mais superficial há uma zona de oxidação, onde o
minério conta com pequenas quantidades de ouro e prata (Bettencourt, 1972;
Teixeira, 1978; Ribeiro, 1991)A paragênese da mineralização das minas do
Camaquã é constituída principalmente por sulfetos de cobre – calcopirita, bornita,
calcocita, pirita, magnetita e hematita. O minério de Cu (Au+Ag) é encontrado
disseminado nos sedimentos arenosos e conglomeráticos, e em filões na forma de
sulfetos maciços preenchendo pequenas fraturas e brechas (Teixeira & Gonzáles,
1988). O minério filoneado, está condicionado por falhamentos que possuem direção
variando entre N50°W e N80°W com mergulho tendendo a vertical está presente no
interior de ganga de quartzo, hematita, clorita, calcita e barita.As falhas formam
zonas brechadas e juntas, originando, na parte central do corpo mineralizado, uma
zona de stockwork com fraturas e brechas interligadas (Bettencourt, 1972; Teixeira
et al., 1978ª; Teixeira & Gonzalez, 1978; Ribeiro, 1991). Desse modo os filões são
discordantes em relação às rochas sedimentares, cuja direção das camadas é N20°-
30°E com mergulhos médios de 30°-40° NW. As mineralizações de Pb e Zn com
prata e cobre subordinados, onde as encaixantes são arenitos e conglomerados
finos, apresentam-se tanto disseminados quanto em filões (Veigel & Dardenne,
1990); Metais preciosos como ouro e prata são encontrados em pequenas
quantidades em uma zona de oxidação próximo da superfície (Bettencourt, 1972;
Teixeira, 1978; Ribeiro, 1991). No sudeste das zonas dos filões, e a Falha do
Cemitério, a qual marca o final da zona mineralizada da mina Uruguai, há o minério
disseminado (stratabound), observado principalmente no topo do conglomerado
inferior e no arenito intermediário (Leinz& Almeida 1941, Bettencourt 1972, Gonzalez
& Teixeira 1980, Teixeira & Gonzalez 1988, Veigel 1989, Veigel&Dardenne 1990,
Beckel 1990, Ribeiro 1991).O minério disseminado é interpretado por diversos
autores como parte das zonas de alteração hidrotermal que se desenvolveram ao
redor dos veios, representando a manifestação lateral do controle estrutural da
mineralização, com os sulfetos ocupando a porosidade secundária da rocha
encaixante (Troian, 2009 apud Ronchi et al., 2000).

3. Distribuição do Minério
Foram determinadas ao menos cinco zonas mineralógicas metálicas distintas na
região de direção NE-SW (Ronchi, 2000). Estas zonas evidenciam a ocorrência de
ação fluida hidrotermal. As cinco zonas são: Zona de ocorrência da calcocita e/ou
hematita recristalizada; Zona de predominância da bornita; Zona de igual
predominância da bornita – calcopirita; Zona de predominância da calcopirita e Zona
de predominância da pirita (figura 6).

Figura 6. Zonação dos sulfetos e localização das amostras estudadas. Cada zona
indica o sulfeto predominante, o que não exclui a ocorrência de outros sulfetos.

Ribeiro (1991), em sua tese de doutorado descreve uma distribuição regular dos
sulfetos disseminados na mina Uruguai, em faixas grosseiramente verticalizadas,
discordantes da estratificação, com predominância de calcocita (Cu2S) passando
gradativa e sucessivamente para bornita (Cu5FeS4), calcopirita (CuFeS2) e pirita
(FeS2).
Mostrando a passagem transicional e a coexistência de calcocita com bornita,
bornita com calcopirita e de calcopirita com pirita, o que é uma zonação
classicamente descrita em depósitos minerais de cobre. Essa “zonalidade
mineralógica” de acordo com Ribeiro (1991), é do tipo regressivo onde a base ligada
aos níveis mais finos da sequencia, é predominada por calcocita-pirita e o topo do
conglomerado superior por calcocita, no qual, está associado aos horizontes mais
grosseiros.

 Zona da calcosita
Apresenta matriz fina com constituída predominantemente de minerais de quartzo e
feldspato, com grande volume de piritas e calcopiritas. Estes sulfetos algumas vezes
estão preenchendo as fraturas da rocha hospedeira, formando filões.

 Zona da Calcopirita
Apresenta uma matriz composta basicamente por minerais de quartzos, pirita e
calcopirita. As piritas apresentam corrosão e alto grau de alteração, e estão em
processo de substituição ou já substituídas pela calcopirita.

 Zona da Bornita e calcopirita


Os minerais presentes predominantes nesta zona são; quartzo, feldspato, pirita,
calcopirita e bornita, algumas apresentam calcita e pequenas quantidades de
hematita. As bornitas estão disseminadas em toda lamina em altas concentrações,
ocorrendo em forma de aglomerados e cimentando brechas, e ocorre uma
substituição da pirita pela calcopirita e a calcopirita pela bornita.
 Zona da Bornita
Apresenta minerais de quartzo, feldspato, pirita, bornita e calcopirita. A calcopitita e
a bornita mostram contato erosivo, e a matriz dessa zona, encontra-se em regiões
de brecha e falhas.

4. Metodologia

A metodologia empregada no presente trabalho foi descrever lâminas delgadas


pertencentes aos furos de sondagem da Mina Uruguai, efetuando análise
Microscópica e Macroscópica, atentando para dados geoquímicos como as
inclusões fluidas e anomalias dos ETR’s, o trabalho tornou-se possível através de
uma boa base de referências bibliográficas a cerca da mina e de conhecimentos de
modelos genéticos para comparação.

5. Descrição macroscópica e microscópica

Lâmina U27 – Zona da Pirita:

Testemunho de sondagem com profundidade entre 122,25m – 122,50m. Matriz fina


composta por quartzo e feldspato, trata-se de um arenito brechado de coloração
cinza-avermelhado. Há muitas fraturas, algumas preenchidas por quartzo com
bordas de bandamento crustiforme e outras, preenchidas com calcitas. Pequenas
piritas corroídas e calcopiritas, com cristais maiores, apresentam-se disseminados,
assim como, cristais de coloração branca com um leve brilho prata que não foi
identificado. A cor avermelhada presente na rocha é devido à oxidação de
ferro(figura 7).

Figura 7- Amostra Macroscópica do Furo de sondagem U27, mostra fraturas


preenchidas.

Lâmina U55 – Zona da Calcopirita:


Testemunho de sondagem com profundidade entre 97,15m - 97,30m. É um arenito
com matriz fina composta por quartzo, feldspato, biotita e argilominerais em
pouquíssima quantidade a rocha está bastante alterada devido a oxidação do
ferro;contém piritas e calcopiritas estão disseminadas pela matriz. Trata-se de Uma
brecha que tem fraturas preenchidas por óxido de ferro e, algumas piritas e
calcopiritas estão concentradas em suas bordas. As piritas se encontram com hábito
cúbico, bem formado,com elevada alteração, alguns grãos estão em processo de
substituição transformando-se em calcopirita; sendo que algumas já estão
completamente substituídas, É possível observar também um mineral claro
disseminado com bastante brilho , que causou dúvidas entre hematita e ouro nativo
(Au) (figura 8).
Figura 8- Observa-se amostra macroscópica pertencente ao furo U55,Uma brecha
preenchida por Óxido de ferro.

Figuras 9-10- Respectivamente, è possível ver calcopirita e pirita na preenchendo


fraturas , e um mineral claro de brilho alto , (possivelmente Au).

Lâmina U58 – Rocha Encaixante:


Testemunho de sondagem com profundidade de 107m. Matriz composta
basicamente por quartzo ondulante , feldspato e muscovita paralelas indicando uma
possível ação diagenética. Há uma fratura preenchida por quartzo, na borda externa
da fratura encontram-se piritas e calcopiritas disseminadas,além de conter minerais
de hematita tabulares. (figura 11 e 12).

Figuras 11-12- Respectivamente, è possível ver na luz polarizada transmitida


muscovitas com forte alinhamento,e na Luz Refletida:hematitas de cor clara .

Lâmina U120-Minério disseminado


Testemunho de sondagem com profundidade entre 22,15m - 22,25m. Um siltito, de
matriz composta por quartzo, fedspato, muscovita e argilominerais em abundância.
Bornitas e hematitas bem pequenas estão disseminadas pela lâmina; algumas
bornitas apresentam-se oxidadas com coloração azul. As muscovitas e as hematitas
encontram-se alinhadas, devido à diagênese. Devido também a este processo, as
muscovitas formam a estratificação da rocha, e as hematitas são resultados da
transformação das magnetita depositada em hematita (figura 13).
Figuras 13 -Amostra Microscópica da rocha com minério de bornita disseminado
assinalado.

Observa-se uma sequência de eventos diagenéticos e paragenéticos descrita por


Veigel e Dardenne (1990) para as zonas superiores da mina Uruguai indicando uma
uma deposição do feldspato-quartzo-arenito rosado a cinza claro,muito fino com
mica branca e zircão aparentemente detríticos, níveis de minerais pesados e finas
intercalações de leitos de argila avermelhada. Seguido de uma infiltração mecânica
de argilas descrita por Veigele Dardenne(1990).predominante.
Num segundo momento a magnetita é quase transformada em hematita, durante a
diagênese, formando finos cristais tabulares e apesar de marcarem a estratificação
da rocha não são dendríticos.
Na terceira etapa ocorre fraturação e brechação do arenito com circulação de
diversos fluidos hidrotermais,Gerando simultaneamente:a)Formação da pirita
disseminada e em fraturas,deposição simultânea dos sulfetos de cobre substituindo
a pirita,Exsolução eventual de calcocita e calcopirita em bornita,Crescimento de
alguns cristais de hematita preferencialmente nas bordas das brechas e um
processo de oxidação extrai seletiva e prioritariamente o ferro, com maior eficácia
que o cobre, transformando localizadamente a calcopirita em covelita.
Por fim, há ocorrência de uma nova fase de fraturação, Que corta a rocha já oxidada
descrita acima e permite a circulação de um fluido que deposita uma calcita tardia
como mostra a figura 14, em fraturas, eventualmente com pouco quartzo, e sem
sulfetos associados.

Figura 15- Calcita bem formada em luz transmitida.

6. Inclusões fluidas
Figura 15 - Histograma com as temperaturas de homogeneização total na fase
líquida das inclusões fluidas bifásicas presentes na calcita tardia. (Modificado de
Ronchi, 2000).

Estudos micro termométricos das inclusões fluidas bifásicas aquosas determinaram


temperaturas de homogeneização variáveis entre 70 e150ºC (Figura 15) , e
temperaturas de fusão do gelo entre -4 e -20ºC (Figura 8).O comportamento
acentuadamente metaestável dessas inclusões, cuja fase vapor, muitas vezes, não
retornava após o seu congelamento, dificultou sobremaneira, mas não impediu, a
obtenção de temperaturas de fusão do gelo confiáveis. No conjunto, os resultados
das temperaturas de homogeneização e salinidades agrupam-se de maneira
consistente sob a forma de uma correlação negativa observada na figura 9. O que
significa que ocorreu um aumento de salinidade à medida que o fluido resfriado e a
calcita era depositada. Esta correlação negativa é normalmente ligada ao fenômeno
de ebulição (boiling). A ocorrência de inclusões monofásicas gasosas é outro indício
favorável, porém não conclusivo, ao fenômeno de imiscibilidade (boiling). Entretanto,
a não ocorrência de variação significativa no grau de preenchimento das inclusões
bifásicas testemunha contra essa possibilidade de ebulição (boiling) para deposição
da calcita tardia.
Em conclusão, os geotermômetros citados indicam que a cloritização, associada
com a deposição dos sulfetos de cobre disseminados, teria ocorrido em
temperaturas no mínimo superiores a 220ºC, enquanto que a ganga de quartzo e
calcita do minério filoneano e/ou brechóide poderia ter-se depositado em
temperaturas inferiores a 50-60ºC, em um quadro de um sistema de circulação de
fluidos hidrotermais em resfriamento dentro das porosidades secundárias (fraturas e
brechas) do arenito inferior encaixante. A calcita tardia ter-se-ia depositado em
temperaturas decrescentes entre 140 e 80ºC, possivelmente com ocorrência de
ebulição (boiling) e relacionada a uma circulação de fluidos posteriores àqueles que
teriam depositado os sulfetos de cobre.

7. Análise geoquímicas

As análises químicas usadas neste relatório foram retiradas de Ronchi et al.(2000),


efetuado no Laboratório GEOLAB – GEOSOL – Belo Horizonte (MG). Com base
nesses dados, foram realizados diagrama de correlação para melhorar o
entendimento na ocorrência do minério. Os Os diagramas (figura 8 e 9) foram
construídos no Excel 2010, em parte por milhão (PPM).
Tabela 1 – resultado da análise geoquímicas de metais de minério e encaixantes.

Coluna1 Au ppm Cu ppm Mo ppm Pb ppm Zn ppm


U2 0,05 2920 5 40 473

U3 0,05 768 5 27 101

U9 0,05 8000 5 40 25

U18 0,75 96000 33 27 24

U20 0,05 386 5 27 65

U25 0,17 78000 23 20 15

U26 0,17 5300 5 20 14


U27 0,1 386 5 13 21

U28 0,1 8700 5 13 15

U31 0,1 61 5 27 54

U32 0,05 8400 5 27 39

U44 0,05 38000 5 33 45

U50 0,05 3685 37 20 14

U52 0,05 46 6 27 45
U55 0,05 38 6 20 53

U59 0,05 3772 5 13 23

U62 0,05 1076 5 20 19

U64 0,05 634 6 33 74

U71 0,05 22 5 30 128

U74 0,05 58 5 30 19

U83 0,1 1944 5 16 28


U84 0,07 1159 6 16 21

U85 0,1 276 5 20 28

U88 0,1 46000 13 43 68

U91 0,11 25000 24 33 43

U94 0,1 62 5 23 45

U96 0,7 43000 475 37 20

U97 0,1 786 47 20 35


U103 0,1 2847 5 20 57

U110 0,1 1503 37 13 24

U111 0,1 57 5 20 65

U114 0,1 43000 13 23 24

U117 0,17 10000 146 23 32


Figura 17- diagrama cobre versus ouro (ppm).

8. ETR’S
Os elementos terras raras podem ser considerados como um bom indicador gênese
da rocha fonte, por isso é acabam tornando-se indispensáveis para entender a sua
formação.
A partir dos dados disponíveis Ronchi et al.(2000), foi possível realizar a
normalização pelo condrito como mostra a tabela 2, e como resultado obtém-se um
gráfico para verificação das anomalias de ETR gerado a partir do Excel 2016
(Tabela 2).
Tabela 2- Valores já normalizados pelo condrito.

Figura 18- Gráfico dos ETR normalizados pelo condrito.

9. Concusões
Os depósitos de Camaquã podem ser comparados aos depósitos sedimentares
detríticos do tipo Red Bed, que ocorrem em sucessões de conglomerados e arenitos
arcoseanos de ambientes continentais ou transicionais, e do tipo Kupferschiefer,
associado a camadas de folhelhos lagunares e marinhos. No Brasil, o depósito de
cobre-ouro da chapada, do noroeste do estado de Goiás é semelhante aos
depósitos de Camaquã, onde se encontra inserido no Arco Magmático de Goiás, na
porção mais ocidental da faixa brasiliana.
Os padrões presentes nos elementos terras raras dos diversos tipos de minério são
caracteristicamente similares aos normalmente descritos para rochas sedimentares,
sugerindo que que a alteração hidrotermal não foi suficientemente relevante para
mudar de maneira significativa o padrão original da rocha sedimentar
encaixante.havendo, portanto, diversas hipoteses aventadas para a fonte dos
metais.
O modelo mais aceito da sua formação está associado a processos magmáticos
hidrotermais descritos em depósitos de Cu-Au porfirítico, responsáveis por
mineralização singenética, entre 890 e 860 Ma; e outra parte integre a classe dos
depósitos auríferos orogênicos (orogenic gold deposits) (Bredan, 2009). A
mineralização também apresenta características que se aproximam mais daquelas
que são relacionadas aos depósitos controlados por intrusões (intrusion-related Cu-
Au deposits) (Kuyumjiam et. al. 2010). Porém, a mina de Camaquã é um processo
epirogênico.
A deposição dos minerais foi de acordo com a tectônica local, pois as falhas e
brechas presentes nas rochas provavelmente proporcionaram um local de baixa
pressão para uma fácil percolação de fluidos. Supõe-se que houve dois eventos
hidrotermais atuantes nesta região, o primeiro responsável pela precipitação do
sulfeto de ferro; e segundo substituiu o sulfeto de ferro pelo sulfeto de cobre, que
ocasionou a precipitação da bornita e calcosita. A precipitação de minerais de
minério, tanto nas brechas e falhas, como disseminado nos poros das rochas é
devido às zonas de baixa pressão que podem ter facilitado a sua precipitação.
No entanto, não há um consenso comum sobre a origem do fluido hidrotermal
mineralizante rico em cobre, segundo diversos autores, existem duas teorias sobre a
origem do mesmo. Uma defende a circulação de fluidos mineralizantes de filiação
magmática que poderiam ter trazido o cobre ou lixiviá-lo das rochas sedimentares
subjacentes; a outra defende que houve a lixiviação dos sedimentos subjacentes
(Membro Mangueirão) por fluidos diagenéticos ou metamórficos.
De acordo com Ronchi et al.(2000), durante a diagênese a magnetita é quase toda
martirizada e transformada em hematita, com processo de oxidação, na qual, deram
origem a massa avermelhada. Após esse processo, há percolação de um fluído
hidrotermal nas falhas e fraturas do arenito formando a zona da pirita. A zona da
calcopirita é formada com a substituição da pirita pelo sulfeto de cobre, a zona de
bornita formou-se pela mudança de temperatura e alteração da calcopirita com
calcocita. As porosidades do arenito favoreceram a circulação dos fluidos
mineralizada e posteriormente foram preenchidas, formando depósitos de minérios
epigenéticos.Em algumas lâminas é possível observar que houve um movimento
tectônico-magmático, onde fluidos hidrotermais penetraram pelas falhas e brechas,
depositando minério ao longo do caminho. Comprovando a teoria da percolação de
fluidos. Nota-se nas lâminas delgada suma substituição de pirita pela calcopirita
indicando a ocorrência de um evento hidrotermal.Uma possível salinidade do fluido e
posteriormente um resfriamento do sistema póstero, é notório a presença da calcita
nas lâminas.
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