Projeto Político Pedagógico: Belmonte, SC 2010

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PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO

Belmonte, SC
2010
2

ESTADO DE SANTA CATARINA


MUNICÍPIO DE BELMONTE

PREFEITO: Mauri Scaranti

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: Iliane Dall’ Agnol

GESTÃO: 2009 a 2012

EXCLUSIVAÇÃO ASSESSORIA E CONSULTORIA LTDA

COORDENAÇÃO: Professora Mestre Elaine Schuck Rambo

AUTORES: Professores e gestores da Rede Municipal de Ensino de Belmonte

Belmonte, SC
2010
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................6

1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO..............................7

1.1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO...............................................................................7

2 EDUCAÇÃO INFANTIL....................................................................................................12

2.1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO SÉCULO XXI............................................................12

2.2 INCLUSÃO.....................................................................................................................14

2.3 EDUCAR........................................................................................................................19

2.3.1 Socialização da criança......................................................................................20

2.4 LITERATURA INFANTIL............................................................................................21

2.5 BRINCAR/JOGAR.........................................................................................................22

2.6 CUIDAR..........................................................................................................................24

2.6.1 O cuidar da saúde, higiene e alimentação........................................................25

2.7 AFETIVIDADE..............................................................................................................26

2.8 DISCIPLINA...................................................................................................................27

2.9 SEXUALIDADE.............................................................................................................28

2.10 ESPAÇOS.....................................................................................................................30

3 CRECHE..............................................................................................................................31

3.1 ORGANIZAÇÃO ETÁRIA............................................................................................31

3.2 CONHECENDO AS CRIANÇAS DA CRECHE..........................................................31

3.3 GRADE CURRICULAR................................................................................................33

3.4 METAS...........................................................................................................................40

4 PRÉ-ESCOLAR...................................................................................................................41

4.1 ORGANIZAÇÃO ETÁRIA............................................................................................41

4.2 CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DO PRÉ I.....................................................41


4

4.2.1 Grade curricular................................................................................................42

4.2.2 Metas...................................................................................................................47

4.3 CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DO PRÉ II...................................................47

4.3.1 Grade curricular................................................................................................48

4.3.2 Metas...................................................................................................................53

5 PROCESSO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 53

6 ENSINO FUNDAMENTAL................................................................................................56

6.1 CONHECENDO OS ALUNOS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL................................................................................................................56

6.1.1 Crianças de 6 e 7 anos........................................................................................56

6.1.2 Crianças de 8 - 9 e 10 anos................................................................................58

6.2 GRADE CURRICULAR................................................................................................60

6.2.1 Objetivos do 1º ano.............................................................................................61

6.2.2 Grade curricular do 1º ano................................................................................61

6.2.3 Metas para o 1º ano............................................................................................70

6.2.4 Objetivos do 2º ano.............................................................................................70

6.2.5 Grade curricular do 2º ano................................................................................70

6.2.6 Metas para o 2º ano............................................................................................75

6.2.7 Objetivos do 3º ano.............................................................................................76

6.2.8 Grade curricular do 3º ano................................................................................76

6.2.9 Metas para o 3º ano............................................................................................83

6.2.10 Objetivos do 4º ano...........................................................................................84

6.2.11 Grade curricular do 4º ano..............................................................................84

6.2.12 Metas para o 4º ano..........................................................................................89


5

6.2.13 Objetivos do 5º ano...........................................................................................90

6.2.14 Grade curricular do 5º ano..............................................................................90

6.2.15 Metas para o 5º ano..........................................................................................98

6.3 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.............................................................................98

6.4 FAMÍLIA E ESCOLA..................................................................................................101

6.5 CUIDAR E EDUCAR...................................................................................................102

6.6 RELACIONAMENTO PESSOAL E INTERPESSOAL..............................................104

6.7 TEMPO E ESPAÇO......................................................................................................104

6.8 METODOLOGIAS DE ENSINO.................................................................................106

6.9 PORTFÓLIO.................................................................................................................106

7 ORIENTAÇÕES PARA CLASSES BISERIADAS E MULTISERIADAS.................107

7.1 ESCOLAS MULTISERIADAS....................................................................................107

7.2 AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL.........................................................109

8 PROJETO DE RECUPERAÇÃO ESCOLAR................................................................110

8.1 METAS.........................................................................................................................110

8.2 REGISTROS.................................................................................................................111
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INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico da Rede Municipal de Ensino de Belmonte/SC


apresenta-se como resposta a uma série de leituras, pesquisas, discussões, debates e reflexões
individuais e coletivas de um grupo de profissionais preparados para desempenhar seu papel
de educadores com sucesso e ousadia. Foram necessários muitos encontros para propor e
promover um ideal de diferença para as crianças, pré-adolescentes e adolescentes deste
município, concretizando uma proposta que atenda a multiplicidade de sonhos, desejos e
perspectivas daqueles que desejam da educação um mundo melhor e promissor. A qualidade
que tanto se espera na educação, torna-se possível apenas com um time de docentes
motivados em fazer da escola um espaço onde o ensino e aprendizagem realmente aconteçam.
A presença do professor e a sua autoria, portanto, foi fundamental para o processo de
construção e o resultado final deste documento, que orienta o trabalho pedagógico da nossa
rede de ensino. Coletivamente, elaboramos os princípios norteadores e definimos conteúdos,
habilidades e competências, que atendam as demandas educacionais do início deste século.
Objetivamos, com o trabalho do cotidiano, alcançar as metas estabelecidas e qualificar, ainda
mais, o ensino oferecido aos nossos alunos. Deseja-se que o Projeto Político Pedagógico
atenda os interesses e as necessidades do corpo docente, discente e da comunidade escolar,
construindo e reconstruindo o cotidiano da creche e das escolas municipais.
7

1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1.1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO

A educação, num sentido mais amplo, não deixa dúvida da sua função social, sendo
um fator decisivo da hominização e, em especial, da humanização do homem. Os grupos
humanos, constituídos culturalmente como tal, elaboraram, ao longo do tempo, instrumentos,
artefatos, costumes, normas, códigos de comunicação e convivência como mecanismos
imprescindíveis para sua sobrevivência. Esses mecanismos não se fixam biologicamente nem
se transmitem através da herança genética. Os grupos humanos põem em andamento
processos externos de transmissão para garantir a sobrevivência das novas gerações e de suas
conquistas sociais. Esse processo costuma ser genericamente denominado de educação.
A educação não pode ser considerada como um processo linear, mecânico. Pelo
contrário, é um processo complexo e sutil, marcado por profundas contradições e por
processos coletivos, contínuos e permanentes de formação de cada indivíduo, o que se dá na
relação entre os indivíduos e entre estes e a natureza.
A escola é o local privilegiado dessa formação porque realiza um trabalho sistemático
e planejado com o conhecimento, com valores, com atitudes e com a formação de hábitos. É
uma instituição extremamente complexa, na qual sua função tradicional é a de facilitar a
inserção do indivíduo no mundo social. O indivíduo necessita aprender as formas de conduta
social, os rituais e as técnicas para sobreviver.
A escola promove, ainda, ritos de iniciação de um nível escolar para outro, que às
vezes submetem os indivíduos “a provas que servem de seleção para a vida social, que
estabelecem discriminações entre elas, pois só as que adquirem as competências estabelecidas
pela sociedade serão aceitas” (FREITAG, 1980, p. 32).
A instituição de ensino tem mais funções do que parece, sendo que o atendimento a
tantas e tão diversificadas funções, faz com que as crianças acabem permanecendo mais
tempo na escola do que em companhia de seus pais. Portanto, as escolas contribuem para que
as sociedades se perpetuem, pois transmitem valores morais que integram estas sociedades.
Mas elas também podem exercer um papel decisivo nas mudanças sociais.
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Integra o conceito social da escola, um conjunto de imagens e representações que a


revelam como uma pequena comunidade realiza o trânsito entre o aconchego do núcleo
familiar e a vida “lá fora”.

A educação moderna vai se configurando nos confrontos sociais e políticos, ora


como um dos instrumentos de conquista da liberdade, da participação e da
cidadania, ora como um dos mecanismos para controlar e dosar os graus de
liberdade, de civilização, de racionalidade e de submissão suportáveis pelas novas
relações sociais entre os homens (ARROYO, 1995, p.36).

Neste contexto, a escola, como espaço de operacionalização da educação, revela-se um


campo privilegiado de produção/difusão de novas práticas/tecnologias.
O aluno desenvolve-se em um ambiente familiar em que personalidades diferentes
encontram-se interligadas, na busca da satisfação de suas necessidades, sejam materiais ou
afetivas. Como lembra Buscaglia (1993, p. 79), “a família é definida como um sistema social
pequeno e interdependente, dentro do qual podem ser encontrados subsistemas ainda menores,
dependendo do tamanho da família e das definições de papéis”.
Os membros da família exercem forte influência no comportamento dos indivíduos em
fase de amadurecimento emocional, pois este dependerá, em grande escala, de suas
experiências emocionais anteriores, ou seja, aquilo que foi experimentado na infância
desempenha importante papel durante os anos de adolescência.
É significativa a influência familiar sobre as atitudes e metas dos jovens. Cada família,
como todo sistema, possui uma estrutura determinada, que se organiza a partir das demandas,
interações e comunicações que ocorrem em seu interior e com o exterior. Esta estrutura
forma-se a partir das normas transacionais da família, que informam sobre o modo e com
quem necessita relacionar-se cada um dos seus membros. Até hoje a família transmite, avalia
e interpreta a cultura para a criança.
Diante disso, a família não transmite todos os valores sociais, pois a formação de um
jovem é fortemente influenciada pela estrutura das escolas e por uma sociedade conflituosa,
instável, atingida por constantes mudanças. Nesse cenário, a família precisa assumir sua
responsabilidade educativa, pois é nela que cada jovem aprende a desenvolver a
individualidade, a tornar-se pessoa criativa em busca da auto-realização e a manifestar as
qualidades fundamentais para o convívio social.
É importante que a família defina que tipo de escola deseja para seu filho, no que
concerne a aspectos como filosofia, métodos e regras disciplinares. A escola também precisa
conhecer quais os valores e expectativas dos pais, para que possa saber se as concepções que
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permeiam tais expectativas favorecem o entendimento entre ambos, uma vez que a escola e a
família são duas instâncias nas quais os jovens passam a maior parte de suas vidas.
O papel do professor é importante não como figura central, mas como coordenador do
processo educativo, já que, usando de autoridade democrática, cria, em conjunto com os
alunos, espaços pedagógicos interessantes, estimulantes e desafiadores, para que neles ocorra
a construção de um conhecimento escolar significativo.
É necessário que entre os pares estabeleça-se a forma de comunicação necessária para
que a aprendizagem significativa ocorra realmente.

O professor desempenha neste processo o papel de modelo, guia, referência (seja


para ser seguido ou contestado); mas os alunos podem aprender a lidar com o
conhecimento também com os colegas. Uma coisa é o conhecimento “pronto”,
sistematizado, outro, bem diferente, é este conhecimento em movimento, tencionado
pelas questões da existência, sendo montado e desmontado (engenharia conceitual).
Aprende-se a pensar, ou, se quiserem, aprende-se a aprender (VASCONCELLOS,
2003, p.58).

Em suma, o ofício docente exige a negociação constante, quer com relação à definição
de objetivos e às estratégias de ensino e de avaliação, quer com relação à disciplina, pois esta,
se imposta autoritariamente, jamais será aceita pelos alunos.
A indisciplina na escola pode ter relação com o fraco rendimento escolar dos alunos.
O seu insucesso pode levá-los a investir pouco nas tarefas escolares e a desinteressarem-se
pela escola, desencadeando, eventualmente, emoções negativas, traduzidas em
comportamentos inadequados. O jovem que não se desenvolveu normalmente, manifesta (na
escola ou fora dela) comportamentos inadequados, que são muitas vezes julgados como sendo
comportamentos indisciplinados. Isso indica, então, a correlação entre indisciplina e
moralidade.
A importância da colaboração escola-família é notória, pois, quando as famílias
participam da vida escolar, torna-se mais fácil a integração dos alunos e melhora a qualidade
do processo de ensino aprendizagem.
O envolvimento dos familiares melhora a imagem da escola e o seu vínculo com a
comunidade. Tal envolvimento significa uma educação de sucesso apoiada no binômio
escola-família, já que não se aprende só na escola. Nesta, aprende-se a aprender, mas, para
aprender, o indivíduo necessitará ser estimulado por um meio ambiente favorável, sendo que é
na família que os alunos adquirem os modelos de comportamentos que exteriorizam na sala
de aula.
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Ao começar sua vida escolar a criança vai iniciar um intenso processo de socialização,
deparando-se com uma organização escolar que lhe é desconhecida e com uma série de regras
que serão interiorizadas e cumpridas a fim de possibilitar uma relação de convivência. Assim,
o aluno terá que aprender as novas regras da organização em que acaba de entrar a fim de se
comportar adequadamente nas diversas situações. Contudo, nem todos os alunos que passam
pela escola se comportam conforme as normas estabelecidas. Muitos alunos rejeitam os
objetivos ou os procedimentos valorizados pela escola e pela sociedade, sendo o seu
comportamento visto como indisciplinado. Desse modo, a escola, ao não conseguir realizar a
socialização comportamental, cria situações de indisciplina nos seus alunos.
Para Freire (1997), um projeto de escola que busque a formação da cidadania precisa
ter como objetivos: tratar todos os indivíduos com dignidade, com respeito à divergência,
valorizando o que cada um tem de bom; fazer com que a escola se torne mais atualizada para
que os alunos gostem dela; e, ainda, garantir espaço para a construção de conhecimentos
científicos significativos, que contribuam para uma análise crítica da realidade.
Antunes (2002a, p. 25) salienta que “ensinar não é fácil e educar mais difícil ainda;
mas não ensina quem não constrói democraticamente as linhas do que é e do que não é
permitido”. Os encaminhamentos disciplinares preventivos em nível de escola têm se
mostrado efetivos, de acordo com a literatura especializada. Estudos indicam que uma diretriz
disciplinar ampla, de base preventiva, é o melhor posicionamento que uma escola pode
desenvolver para garantir a disciplina.
Se o que se deseja é uma escola disciplinada, é importante compartilhar com os
estudantes expectativas que reflitam uma apreciação quanto as suas potencialidades e que
expressem a visão de que eles devem assumir suas próprias responsabilidades junto à escola.
Deseja-se que a escola seja um espaço humanizado, democrático, onde se cultiva o
diálogo e a afetividade, onde se pratica a observação e a garantia dos direitos humanos. Na
prática, o que se espera é que a escola assuma um papel educativo e proporcione, através de
uma visão sistêmica, a integração de todos os agentes envolvidos no processo, bem como o
acesso das novas gerações à herança cultural acumulada, vista como instrumento para
desenvolver competências, aguçar sensibilidades e transformar o ser humano. Para que essa
educação represente mudança deve-se cultivar, sobretudo entre os professores, uma postura de
interesse pelas metas, realizações e problemas dos estudantes. Para Montoan (2003, p. 16),
“nosso modelo educacional mostra há algum tempo sinais de esgotamento e nesse vazio de
idéias que acompanha a crise paradigmática é que surge o momento oportuno das
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transformações”. Essas transformações na escola não ocorrem por acaso ou por decreto, mas
pela postura reflexiva e pela vontade coletiva da sua comunidade.
É importante que a direção escolar atue de modo a oferecer apoio aos professores e aos
alunos, tendo uma presença constante nos diversos espaços escolares, onde necessita manter o
relacionamento informal com professores e alunos. Espera-se que a direção escolar expresse
interesse pelas suas atividades, adotando uma postura de administrador-gestor que busca
parcerias com outros espaços educativos; implemente inovações educacionais que melhor
qualifiquem alunos e professores; desenvolva novas habilidades de estudo nos alunos; e
introduza estratégias de aprendizagem cooperativas. Além disso, é importante gerar
modificações no clima e na imagem da escola, através de atividades extracurriculares
envolventes que valorizem o papel da escola diante dos seus alunos.
É necessário que o professor desenvolva e conquiste maior autonomia para lidar com a
indisciplina na sala de aula. Isso não significa deixar o professor sozinho com a indisciplina,
mas fomentar um trabalho em parceria, baseado em responsabilidades claramente definidas e
no auxílio estratégico da equipe de apoio pedagógico em situações que requerem intervenção.
Assim, se no início do ano letivo há um encontro de desconhecidos, que se comportam
com apreensão e que fazem avaliações mútuas, com o tempo, ocorre uma evolução educativa
do indivíduo e do grupo, já que são realidades inacabadas que se constroem no processo de
desenvolvimento e intervenção.

A disciplina escolar não consiste em um receituário de propostas para enfrentar os


problemas de comportamentos dos alunos, mas em um enfoque global da
organização e da dinâmica do comportamento na escola e na sala de aula, coerente
com os propósitos de ensino. [...] Para isso é preciso, sempre que possível,
antecipar-se ao aparecimento de problemas e só em último caso reparar os que
inevitavelmente tiverem surgidos, seja por causa da própria situação de ensino, seja
por fatores alheios à dinâmica escolar (GOTIZENS, 2003, p. 22).

As escolas precisam desenvolver políticas internas para lidar de forma preventiva com
a indisciplina, havendo também a necessidade de programas de formação de professores em
serviço, voltados para a discussão de problemas vivenciados nas rotinas das escolas para a
idealização de soluções e para sua implementação.

A educação sem esperança não é educação. Enquanto necessidade ontológica a


esperança precisa da prática para se tornar concretude histórica. É por isso que não
há esperança na pura esperança, nem tampouco se alcança o que se espera na
esperança pura, que vira, assim, esperança vã (FREIRE, 1998b, p. 11).
12

Embora seja difícil e complexo lidar com o problema da indisciplina, o professor não
pode desistir e nem se acomodar. Não pode deixar que a educação silencie e limite os alunos e
que impeça seu desenvolvimento criativo e participativo em sala de aula. Precisa-se de uma
educação que valorize as organizações coletivas e que contribua para a construção da
autonomia e para o desenvolvimento intelectual dos alunos, a fim de que se conquiste uma
sociedade democrática.

2 EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO SÉCULO XXI

As creches e pré-escolas tem vivido um amplo processo de expansão qualitativa,


sendo um elemento fundamental que sustenta a dinâmica transformadora do que pode ser
definido como um novo momento na Educação Infantil.
A expressão Educação Infantil, foi adotada recentemente em nosso país, consagrada
nas disposições expressas na Constituição de 1988, assim como na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (1996), para caracterizar as instituições educacionais pré-escolares,
abrangendo o atendimento dos 0 (zero) aos 5 (cinco) anos de idade.
A história da infância assume uma dimensão significativa de alongamento de
horizontes, o que se torna mais nítido com o aprofundamento de pesquisas sobre a história da
Educação Infantil. A história das creches, por sua vez, liga-se a modificação do papel da
mulher na sociedade e suas repercussões no âmbito da família, e, em especial, no que diz
respeito à educação dos filhos.
Essas modificações inserem-se no conjunto de fatores contraditórios presentes na
organização social, com suas características econômicas, políticas e culturais. A creche
precisa ser compreendida dentro de um contexto social que inclui a expansão da
industrialização e do setor de serviços, ao mesmo tempo em que a urbanização se torna cada
vez maior.
Com o avanço da industrialização no país a partir da década de 50 do século XX,
novos elementos se acresceram à discussão sobre a creche. Ocorreu um aumento do número
de mulheres da classe média no mercado de trabalho, bem como a redução do espaço e tempo
de brincar com as crianças. Com o aumento da demanda por tal serviço, professores,
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operárias, funcionárias públicas e domésticas começaram a procurar um lugar para deixar seus
filhos.
A década de 80 passou por um momento de ampliação do debate a respeito das
funções das creches para a sociedade moderna, que teve início com os movimentos populares
dos anos 70. A partir desse período, as creches passaram a ser pensadas e reivindicadas como
um lugar de educação e cuidados coletivos das crianças. Todavia, o cuidado com a Educação
Infantil precisa ser pensado como estratégia para favorecer a formação das crianças.
A creche é um direito de toda criança, porém a mesma não é obrigada a freqüentar
uma instituição de ensino antes dos 4 (quatro) anos de idade; no entanto, sempre que sua
família desejar ou necessitar, o Poder Público tem o dever de atendê-la. Em vista dos efeitos
positivos da Educação Infantil sobre o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, o
atendimento da criança em estabelecimento de Educação Infantil é uma das mais sábias
estratégias de desenvolvimento humano, de formação da inteligência e da personalidade, com
reflexos positivos sobre todo o processo de aprendizagem.
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Ela estabelece as bases da
personalidade humana, da vida emocional, da socialização. As primeiras experiências da vida
são as que marcam com maior intensidade o sujeito. Quando positivas, tendem a reforçar, ao
longo da vida, as atitudes de autoconfiança, cooperação, solidariedade, responsabilidade. As
ciências que estudam as crianças nos últimos cinqüenta anos, investigando como se processa
o seu desenvolvimento, coincidem em afirmar a importância dos primeiros anos de vida para
o desenvolvimento e as aprendizagens posteriores.

Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contextos


familiares, valores e níveis de conhecimentos de cada criança (e do professor)
imprimem ao cotidiano escolar a possibilidade de troca de repertórios, de visão de
mundo, confrontos, ajuda e conseqüentemente ampliação das capacidades
individuais (REGO, 1995, p.110).

A educação se dá na família, na comunidade e nas instituições de ensino. As


instituições de Educação Infantil vêm se tornando cada vez mais necessárias, como
complementares à ação da família.
A formação de profissionais de Educação Infantil necessita merecer uma atenção
especial, dada a relevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento
e aprendizagem. Além de formação acadêmica na área, é de extrema importância a formação
permanente inserida no trabalho pedagógico, nutrindo-se dele e renovando-o constantemente.
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Atualmente a educação é voltada para conceitos novos, hiperativos e de produção, que


até a década de 90 não eram considerados por pedagogos. A infância retratada até aquela
época era diferenciada pelo ato de brincar e sentir-se criança. Computadores e aulas
complementares eram introduzidas somente na adolescência.

Brincar é de fato a coisa mais importante na vida da criança especialmente na


primeira infância. É tão vital, que do jogo e da forma como é conduzido depende,
em grande parte, o desenvolvimento do futuro ser humano. Em princípio, jogar, é
uma necessidade instrutiva, em algumas crianças mais forte do que comer e dormir,
de que seja plena e adequadamente satisfeita essa necessidade, vai depender a futura
coordenação motora, o espírito de equipe e a cooperação. É respeitando as regras do
jogo que a criança aprende as primeiras noções sobre os direitos alheios e a
sociabilidade (ADRADOS, 1985, p. 304).

Entretanto, a aparência da criança no século atual já é uma réplica da fase adulta. A


violência provavelmente tenha agravado a falta de liberdade na infância. Então, este mini-
adulto começa a projetar as suas expectativas na tela de computadores, em filmes de ação. As
escolas hoje, também estão cada vez mais inserindo a criança no universo dos adultos. Surge a
preocupação com a criança cidadã, e encurta-se o período de infância.
Ao brincar a criança adquire um conhecimento muito mais amplo sobre o mundo. Pela
quantidade de informações que a ela é exposta, tudo que a cerca vira modelo de imitação,
refletindo diretamente na sua maneira de brincar, estimulando sua percepção.
Acredita-se que, um dos papéis mais importantes da Educação Infantil, atualmente, é
mediar de forma orientada e consciente as relações das crianças entre si e entre as crianças e
os adultos. Nessa mediação se formam (e por isso podem ser trabalhados) os diversos
aspectos das respostas emocionais do indivíduo, como autoconfiança, a noção de limites e o
autocontrole diante de situações adversas. Em linhas gerais, é um trabalho que promove o
desenvolvimento de pessoas que se gostam, se aceitam e se integram de maneira produtiva
com o outro, compreendendo-o e aceitando-o como uma pessoa única.

2.2 INCLUSÃO

O processo de inclusão escolar tem como pressuposto a mobilização da sociedade para


um novo olhar frente às diferenças humanas, elegendo-as como um valor a ser assumido por
todos, partindo do princípio de que a principal característica do ser humano é a pluralidade, e
não a igualdade ou a uniformidade.
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Podemos conceituar inclusão, antes de tudo, como um processo educacional gradual e


interativo. É um movimento que respeita às singularidades de cada ser humano, oferecendo
respostas às suas necessidades e particularidades. A perspectiva primordial da inclusão é a
certeza de que não existem pessoas iguais e são exatamente as diferenças entre os seres
humanos, que os caracterizam. O aluno é então compreendido como um ser único e social,
que tem sua própria história de vida, constituindo-se então um ser histórico diferente.
A Inclusão, de fato, é muito mais que estar no mesmo espaço, trocar experiências,
socializar-se. É ser respeitado nas suas diferenças e não ter de submeter a uma cultura, a uma
forma de aprender, a uma língua que não é a sua; é também sentir-se parte do grupo,
identificando-se com ele.
A medida que tivermos uma posição de respeito frente as diferenças humanas, vamos
delineando espaços em que as posturas de segregação vão perdendo campo de atuação e
deixando de influenciar as práticas pedagógicas discriminatórias. Decorre deste pensamento
que “o respeito, a autonomia e a dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor
que podemos ou não conceder aos outros” (FREIRE, 2002, p. 66).
O conceito de inclusão escolar que ainda é uma dificuldade a ser enfrentada pelos
professores das escolas regulares, necessita de tempo para ser implementado, da mudança de
paradigmas e concepções de educadores. Precisa de um projeto que seja tomado como de toda
a escola e concomitante a isso, fazem-se necessárias mudanças das práticas escolares,
permitindo o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais, buscando garantir
sua permanência nos espaços regulares de ensino.
Corroborando com estas ideias, Rosseto (2005) nos diz que a inclusão é um programa
a ser instalado no estabelecimento de ensino em longo prazo. Não corresponde a simples
transferência de alunos de uma escola especial para uma escola regular, de um professor
especializado para um professor de ensino regular. O programa de inclusão vai impulsionar a
escola para uma reorganização. A escola necessitará ser diversificada o suficiente para que
possa maximizar as oportunidades de aprendizagem dos alunos com necessidades educativas
especiais.
  As dificuldades no processo de inclusão escolar formam uma rede de situações que
vão influenciando umas às outras, gerando, ao final, novos processos de exclusão dos alunos.
Esta rede de situações se origina, pois, cada participante, com suas atitudes e pensamentos,
vão interferindo no processo educacional, cristalizando idéias, reafirmando conceitos e pré-
conceitos, que por sua vez, são manifestos de forma subjetiva e/ou concretamente.
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É possível afirmar que algumas escolas encontram-se (des)orientadas frente às


perspectivas de inclusão no ensino regular de alunos com necessidades especiais,
principalmente porque este novo paradigma exige um repensar sobre o fazer pedagógico, uma
transformação da escola atual para uma escola para todos, permeada pelo respeito ao sujeito
singular e social.
Assim, inclusão não é ‘modismo’, mas um movimento educacional que precisa ser
encarado com responsabilidade e compromisso social. Na contemporaneidade, podemos
afirmar que existem diretrizes e princípios definidos internacionalmente e nacionalmente para
a efetivação das políticas de inclusão a serem assumidas pelas escolas.
Dessa forma, para que se construa, de fato, um sistema educacional brasileiro
inclusivo, faz-se urgente superar a ideia – recorrente na nossa realidade - de copiar ‘modelos
prontos’, que “funcionam ou deram certo” em outros países, também alcançaram êxito no
sistema brasileiro. É preciso construir aqui, no coletivo de cada região, de cada cidade, de
cada escola, propostas inclusivas, sem medo de errar, mas com vontade de acertar, porque o
desejo de assumir uma prática educacional inclusiva é o primeiro passo dessa importante
caminhada. Noutras palavras, não há fórmulas prontas, não há receitas, não há protocolos,
nem mesmo uma forma certa de inclusão escolar. É preciso construir coletivamente novos
caminhos para que ela se consolide.
Na proposta escolar inclusiva, a avaliação de alunos, professores, do processo ensino-
aprendizagem é uma constante. Os êxitos e as dificuldades de todos são analisados pela ótica
do coletivo, do processo educacional, sendo assim não se estabelecem culpados neste
caminhar, descobrem-se as dificuldades, procura-se refletir sobre elas e antes de tudo
aprender com todo o processo. Nesta caminhada, o olhar do professor precisa deslocar-se da
patologia do sujeito, buscando conhecer sua modalidade de aprendizagem, sua forma de
comunicação, seus desejos e também suas dificuldades. Não é possível que o professor limite
sua atuação pedagógica porque o aluno tem “esta ou aquela deficiência”.
Nesta perspectiva Beyer (2006, p.9) já afirmava que “a deficiência é uma situação de
vida que, ainda que constituindo um estado permanente, não deve definir os atributos
individuais”. Ou seja, é importante sim, saber o que apresenta o aluno em termos de
necessidades especiais. Contudo, este conhecimento não precisa servir para o engessamento
das práticas pedagógicas e nem levar o professor a esquecer que por trás de uma necessidade
especial há um sujeito capaz de aprender.
É necessário refletir sobre o fato de que, na tentativa de inclusão, muitas vezes, se
coloca todos os alunos numa mesma categoria de aprendizagem, generalizando o processo,
17

em detrimento das necessidades educacionais especiais de cada indivíduo. Portanto, incluí-los


não significa igualá-los, mas dar a eles o direito de ter ingresso e permanência no ensino
regular para uma educação com qualidade, atendendo suas necessidades, desafiando suas
possibilidades e desenvolvendo suas potencialidades.
A legislação argumenta a favor da igualdade, porém, na realidade escolar, pratica-se a
desigualdade, ao se pensar que todos vão ter sucesso na escola regular, sem que haja
atendimento especializado. É importante sinalizar a importância para os alunos com
necessidades especiais, bem como para os professores que os atendem nas salas de aula
regular, de um apoio especializado, sistemático e qualificado. Prega-se a educação como o
futuro da nação, mas se continua a investir pouco, desprestigiando ações diferenciadas que
possibilitem aos sujeitos que apresentam deficiências usufruírem de uma educação de
qualidade.
O apoio a professores e alunos no processo inclusivo faz parte das ações necessárias
ao sucesso da proposta. Como nos afirma Carvalho (2004), pensar na inclusão dos alunos com
deficiência(s) nas classes regulares sem oferecer-lhes a ajuda e apoio de educadores que
acumularam conhecimentos e experiências específicas, podendo dar suporte ao trabalho dos
professores e aos familiares, parece-me o mesmo que fazê-los contar seja como número de
matrícula, seja como mais uma carteira na sala de aula.
Dessa maneira, o apoio a ser oferecido precisa ser dado, fundamentalmente, por um
profissional habilitado em educação especial, que é especializado em conhecimentos teóricos
e práticos sobre a pessoa com deficiência mental. É conhecedor da realidade do processo
inclusivo e do papel importante da qualificação dos espaços escolares, da formação
qualificada dos profissionais da educação e do necessário apoio aos professores, alunos,
famílias e comunidade.
O profissional com formação em educação especial, necessita apresentar seus serviços
à comunidade para auxiliar à formação de professores. Os espaços de educação especial
precisam ser vistos como um “lócus” de construção de aprendizagens, como espaços de
constituição de novos saberes. Não um lugar onde se “treina” e trabalha com base nas
dificuldades, norteando-se por um paradigma médico-clínico. Hoje os profissionais de
educação especial assumem um paradigma inclusivo, acreditando que é possível tomar para
si, ainda, outras funções, tais como o apoio ao ensino regular, a formação dos profissionais da
educação ou áreas afins, além da educação de alunos com necessidades educacionais especiais
que ainda não encontraram seu espaço no ensino regular.
18

É reconhecido que a educação especial e suas diferentes alternativas de atendimento


também precisam se modificar, assim como já vem acontecendo em muitas instituições
escolares. Por isso mesmo, é preciso rever posturas, engajar-se na formação de professores,
discutir sobre os conhecimentos construídos durante o tempo em que, “sozinha”, atendeu os
alunos com necessidades especiais e, fundamentalmente, avaliar e ser avaliada nos aspectos
positivos e/ou que mereça renovação frente aos paradigmas que a sustentaram em diferentes
momentos históricos.
Um sistema escolar inclusivo precisa investir na capacitação contínua dos professores
e funcionários das escolas, realizando o chamamento dos que ainda não se consideram
envolvidos, num contínuo processo de sensibilização e atualização constante de toda escola e
comunidade. Nesse aspecto a assessoria ao professor é fundamental para orientação e análise
na busca de soluções para os problemas surgidos na sala de aula, no aprofundamento das
questões teóricas, na construção de intervenções pedagógicas, na seleção de recursos
materiais e tecnológicos para a aprendizagem dos alunos, no processo de avaliação, na inter-
relação com as famílias, bem como na mediação entre escola e serviços especializados para
atendimento ao aluno com necessidades educacionais, na área da saúde, da assistência social,
do trabalho, entre outros. Como afirma Beyer, não há como propor uma educação inclusiva,
onde literalmente se jogue crianças com necessidades especiais nas salas de aula regulares,
quando o professor não tem uma formação que lhe possibilite lidar com tais alunos (2005,
p.56).
  A formação aqui discutida, não pode se ater somente a cursos breves oferecidos aos
professores para atualização ou capacitação, mas também deve contemplar encontros e
reuniões de estudos no micro-sistema que é a escola, para análise da realidade daquele
conjunto de alunos matriculados, de suas necessidades e potencialidades.
Acredito, então, que seja necessária uma forte articulação entre o sistema regular e o
sistema especial, objetivando a efetiva inclusão escolar dos alunos com necessidades
educacionais especiais para que as escolas regulares e especiais possam se adaptar à realidade
dos novos tempos. É importante destacar também aqui, a questão sobre o caráter financeiro da
educação inclusiva já que ela representa expressiva demanda de recursos humanos
especializados, materiais e equipamentos de alto custo, que, bem utilizados, poderão significar
em longo prazo ganhos econômicos e pessoais representados pela integração de pessoas com
necessidades especiais na sociedade.
As mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de todos
possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento,
19

deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para isso, a educação deverá ter
um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida, e todo aluno,
independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que
sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades.
Isso exige do professor uma mudança de postura além da redefinição de papéis que possam
assim favorecer o processo de inclusão.
Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de barreiras,
além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. É necessário conhecer o
desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino aprendizagem, levando
em conta como se dá este processo para cada aluno. Precisamos utilizar novas tecnologias e
investir em capacitação, atualização e sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar.
Focar na formação profissional do professor é relevantes para aprofundar as
discussões teóricas práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo
ensino aprendizagem. Valorização maior das metas e não dos obstáculos encontrados pelo
caminho, priorizando as questões pedagógicas e não apenas a questão biológica, com
expectativa de que tudo será resolvido pela saúde.
Não temos nenhuma proposta de inclusão que possa ser generalizada ou multiplicada,
pois ainda é incipiente, no entanto é de consenso que esse processo é de responsabilidade de
toda a sociedade e por tanto é preciso que a escola esteja aberta para a "escuta", favorecendo
assim, as trocas para a construção do processo de inclusão escolar.
Concluímos que para o processo de inclusão escolar é preciso que haja uma
transformação no sistema de ensino que vem beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em
conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações.

2.3 EDUCAR

Educar apresenta-se como acepção de cuidar, proporcionar situações de brincadeiras e


aprendizagens, contribuindo para o desenvolvimento de competências e habilidades, relações
interpessoais, ser e estar com o outro em uma atitude de aceitação, de respeito e de confiança,
oportunizando às crianças os conhecimentos mais amplos de realidade social e cultural.
Através do educar o aluno conhece, aprende, relaciona-se e se prepara para o mundo
adulto. Irá socializar-se e interagir com pessoas diferentes do seu convívio familiar e,
20

consequentemente, desenvolverá sua criatividade nas áreas em que se concentram as suas


habilidades.
Integrar as funções do educar exige compreender como se dá o crescimento e o
desenvolvimento do aluno, e incluir a família neste processo contribuirá com o
desenvolvimento integral do educando. Rego (1996, p. 58), relata que, para Vygotsky, “O
desenvolvimento está intimamente relacionado ao contexto sócio-cultural em que a pessoa se
insere, e se processa de forma dinâmica (e dialética), através de rupturas e desequilíbrio
provocadores de continuas reorganizações por parte do indivíduo”.
O aluno é um sujeito que se transforma e é transformado nas relações produzidas em
uma determinada cultura. Ao interagir com o seu grupo social e com os objetos de sua cultura,
o educando passa a governar o comportamento e o desenvolvimento do seu pensamento. Em
muitos casos, a escola é um complemento na vida de uma criança, sendo a principal fonte de
atenção, cuidado e carinho. A escola caracteriza-se, por muitas vezes, em um refúgio e
aconchego, permeando, na vida do educando, momentos que levam a esquecer o ambiente
triste e desmotivador onde vivem.
O educar é propor uma ação pedagógica consciente, fixando uma visão integrada do
desenvolvimento do aluno, com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento
e a realidade da infância, onde refletem seu significado no auxílio ao educando para
desenvolver sua capacidade de conhecer-se e valorizar-se, compreendendo a importância do
“eu”, em uma dimensão tanto afetiva quanto biológica, e, também, aprender a respeitar o
diferente, o outro, cultivando valores de solidariedade, compreensão e amizade. Portanto, o
biológico e o social estão associados, constituindo a criança como tal através de suas
interações sociais.
Por mais que cuidar e educar não se dissociem, jamais podem ser confundidos. O que
precisa ser pensado não são os cuidados que as crianças recebem, mas a forma como elas
recebem, e isto caracteriza o educar.

2.3.1 Socialização da criança

2.4 LITERATURA INFANTIL


21

A literatura infantil é um instrumento de suma importância na construção do


conhecimento do educando, fazendo com que ele desperte para o mundo da leitura não só
como uma aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.

A literatura é a arte da palavra, e como tal, tem na linguagem verbal sua matéria-
prima. Os efeitos causados pelos textos literários, tal como emoções, reflexões e
percepções em geral, só podem tornar-se acessíveis aos leitores por intermédio das
palavras escritas ou orais (no caso da literatura não escrita e da poesia popular, da
contação de histórias e de outras formas orais) - (COSTA, 2009).

Através da leitura, a criança se apropria de culturas e saberes historicamente


acumulados pelo homem, adquirindo informações que o ajudarão na construção de seus
conhecimentos. A literatura é consequentemente a leitura, e é um dos caminhos mais viáveis
para desenvolver e estimular a formação de idéias, que habitará o educando para uma escrita
melhor. Segundo Culler (1999, p.65), “estudar a literatura [...] é olhar, sobre tudo a
organização de sua linguagem, não tê-la como expressão da psique de seu autor ou como
reflexo da sociedade que a produziu”. Já para Senna (2009, p. 90), “o desenvolvimento do
pensamento é determinado pela linguagem, isto é, pelos instrumentos lingüísticos do
pensamento e pela experiência sociocultural da criança.”
Nessa perspectiva, o educador precisará adotar em suas aulas atividades que
favoreçam o ler e o escrever, visando, dessa maneira, aproximar os alunos pelo prazeroso ato
de ler e de construir seus próprios textos. Para isso, o professor pode trabalhar com intuito de
tornar as aulas mais significativas e prazerosas para o desenvolvimento da leitura como
aprendizagem, através dos vários tipos de textos, pois a literatura infantil, devido a sua
diversidade de linguagem artística, possibilita muitos momentos de prazer na complexa tarefa
de ensino e aprendizagem da linguagem escrita.
Cabe a escola utilizar vários textos de forma lúdica para estabelecer uma relação
harmoniosa entre professores e alunos, possibilitando que o contato da criança com a
linguagem oral e escrita seja melhor. Para isso, será de suma importância, a troca de
informação e a organização do espaço, dando a todos a oportunidade de observar, falar, ouvir,
criticar, sugerir, pensar para fazer, compreender e ser compreendido.
Com esses propósitos e para alcançar esses objetivos, o professor pode utilizar alguns
procedimentos metodológicos como:
-Propor jogos relacionados com conteúdos desenvolvidos de formas lúdicas;
-Criar situações para o desenvolvimento da autonomia;
-Criar possibilidades de discussão e debates sobre temas das atividades propostas;
22

-Estar atendendo aos interesses do grupo;


-Hora do conto: dramatizações, contação e criação de histórias, fantoches;
-Festivais (da canção, teatro, sarau da poesia);
-Biblioteca bem equipada com livros e materiais diversos para empréstimos;
-Uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, opiniões,
sentimentos, relatar suas vivências, ideias;
-Cantinho da leitura: com livros de diversos gêneros, revistas, gibis, charges, trava-línguas,
parlendas, livros de receitas, poemas;
-Hora da leitura (envolvendo toda a escola);
-Leitura compartilhada: o professor lerá uma história em partes... ;
-Leitura individual: cada aluno escolhe outro colega para ler conforme sua imaginação;
-Leitura familiar.
Dessa maneira, as atividades desenvolvidas em sala de aula estarão voltadas ao
desenvolvimento do senso crítico, da tomada de decisões e do respeito mútuo dos alunos.
Assim, com relação a leitura infantil, pais e professores necessitam explorar a função
educacional do texto: ficção e poesia por meio da seleção e análise de livros infantis, do
desenvolvimento do lúdico e do domínio da linguagem, do trabalho com projetos de literatura
infantil em sala de aula, utilizando as histórias infantis como caminho para o ensino
multidisciplinar.
Estratégias para uso de textos infantis no aprendizado da leitura, interpretação de
textos também são explorados com intuito final de promover um ensino de qualidade,
prazeroso e direcionado a criança. Somente dessa forma, transformaremos o Brasil num país
de leitores (SOUZA, 2003).

2.5 BRINCAR/JOGAR

As crianças se sentem satisfeitas através do jogo, pelo fato da ação proposta pelo
mesmo. O jogo é considerado fator de desenvolvimento, porque estimula a criatividade da
criança, ajudando para que a mesma pense antes agir.
Friedmann (1996), baseado em Piaget, afirma que jogo pode ser utilizado como incentivo
para o desenvolvimento humano por diferentes dimensões:
-O desenvolvimento da linguagem: jogo é canal de comunicação entre pensamento e
sentimento.
23

-O desenvolvimento moral: processo de construção de regras numa relação de confiança e


respeito.
-O desenvolvimento cognitivo: dá acesso ao maior número de informações para ele, de modo
diferente, novas situações.
-O desenvolvimento afetivo: onde facilitem a expressão de seus afetos e emoções.
-O desenvolvimento físico – motor: explorando o corpo e o espaço a fim de interagir no seu
meio integral.
Nesse contexto, o jogo não fica ‘’focalizado’’ no rendimento esportivo, mas vai além,
pois constrói momentos de prazer onde todos os aspectos, físico, intelectual e cognitivo são
afetados, e trabalham para o desenvolvimento da criança. O jogo, para tanto, satisfaz as
necessidades das crianças, especialmente as de “ação’’.
Para entender o avanço da criança no seu desenvolvimento, o professor precisa
conhecer quais as motivações, tendências e incentivos que a colocam em ação. Não sendo o
jogo aspecto dominante da infância, ele necessita ser entendido como “fator de
desenvolvimento’’ por estimular a criança no exercício do pensamento, que pode desvincular-
se das situações reais e levá-la a agir independentemente do que ela vê (COLETIVO DE
AUTORES, 1992).
Através do jogo, que não pode ser visto apenas como uma forma de divertimento ou
brincadeira para desgastar energia corpórea, se processa a construção do conhecimento,
principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as
crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvem a noção de
casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica.
Os jogos e as brincadeiras infantis são atividades prazerosas e essenciais para a
criança. Possibilitam revivê-los através de uma adaptação às condições contemporâneas
(espaços e materiais diferentes, jogos diversos) e através dos diferentes veículos de
comunicação. Os jogos tradicionais podem ser utilizados porque dão prazer à criança; fazem
parte da Cultura Infantil, e utilizá-los é mais uma forma de resgatá-los; podem servir de
recursos pedagógicos destinados a diagnosticar necessidades e interesses dos diferentes
grupos de crianças e a contribuir para o desenvolvimento da inteligência e de aprendizagens
específicas.
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e
sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a
criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima,
24

preparando–se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de


um mundo melhor.

2.6 CUIDAR

Quando falamos da educação infantil, o cuidar remete-se como uma parte integrante
da educação, exigindo conhecimentos, habilidades e instrumentos que embasam-se na
dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança requer um vasto campo de aprendizagens e uma
integração com os mais distintos conhecimentos acerca deste sujeito.
O cuidar é um ato sério e que exige muita responsabilidade. Ao contrário do que
muitos pensam, o cuidar não dissocia-se, em momento algum, do educar. Para que o cuidado
realmente aconteça, estará incutido o educar das ações estabelecidas. Portanto, o cuidar
precisa ser planejado, sistematizado e, inclusive, organizado. O cuidar e educar, inseparáveis,
buscam a autonomia física, intelectual e emocional da criança.
O cuidar apresenta-se como sinônimo de valorização, desejo de ajudar o outro a
desenvolver suas capacidades, e a desenvolver-se enquanto ser humano. Relaciona-se aos
cuidados afetivos, biológicos, psicológicos, sociais, emocionais, etc. É, sobretudo, o cuidado
para com os cuidados que são oferecidos e das oportunidades de acesso aos mais
diversificados conhecimentos.
A maneira de cuidar, geralmente, é influenciada por crenças e valores, por mais que as
necessidades básicas humanas sejam comuns. Portanto, o cuidado, suas valorizações e
atendimentos, são construídos socialmente.

O cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que


quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a
qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam
seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados
com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é
necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseadas em conhecimentos
específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças,
levando em conta diferentes realidades sócio-culturais (REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p. 25).

O ato de cuidar, e a sua respectiva qualidade, direciona e dá sentido a vida dos


sujeitos. O bom desenvolvimento da criança depende dos cuidados que recebeu em sua
infância. Cuidar é comprometer-se com o outro, com suas particularidades, sendo solidário
com as suas necessidades, confiando nas suas potencialidades e capacidades. Quanto maior o
vínculo existente entre aquele que cuida e aquele que é cuidado, mais valoroso se torna o ato.
25

2.6.1 O cuidar da saúde, higiene e alimentação

A saúde, alimentação e a higiene são temas complementares, ou seja, a saúde de uma


pessoa é garantida através da alimentação adequada a sua faixa etária. Ainda sobre saúde,
temos que considerar, não somente o estar bem nutrido, mas também os aspectos de higiene
pessoal, manuseio e armazenamento dos alimentos.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral
à saúde da criança, propiciando o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, de
hábitos de vida saudável, prevenção de problemas e agravos à saúde, e cuidados em tempo
oportuno.
A escola é um espaço educativo e formador. Além de alfabetizar e construir
conhecimentos, ela também tem como objetivo formar cidadãos capazes de viver nessa
sociedade repleta de novas tecnologias e consumismo exagerado. Então, uma das metas a
serem atingidas pela escola é a formação de valores e hábitos, como a consolidação dos
hábitos de higiene e alimentação, a qual deveria já vir formada pela família e que muitas
vezes não acontece.
As experiências mostram que transmitir informações a respeito do funcionamento do
corpo e descrição das características das doenças, bem como um elenco de hábitos de higiene,
não é suficiente para que os alunos desenvolvam atitudes de vida saudável. É preciso educar
para a saúde e autonomia, levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de
hábitos e atitudes que acontecem no dia a dia da escola e da família. Tratando-se em educar
para higiene corporal e hábitos alimentares, precisa-se buscar uma prática participativa, de
modo que as orientações para os alunos sejam coerentes com a linguagem dos familiares, da
escola e do próprio corpo.
Orientar a família para uma rotina de hábitos de higiene e alimentação se torna
imprescindível e fundamental, pois é preciso que o “saber” seja extensivo a todos; é
necessário facilitar para que o aluno e os pais se apropriem do conhecimento científico a
respeito do próprio corpo e sobre sua importância de colocar em prática certos hábitos que
contribuirão decisivamente no cuidado com o mesmo.
É imprescindível ao professor manter o aluno em contato com informações, de
preferência de forma lúdica, sobre os alimentos, a higiene com o corpo e com o ambiente.
Além disso, também é importante orientar os alunos sobre o exagero que a mídia transmite
26

através de propagandas, desenhos e programas de televisão para aumentar o consumo de


muitos alimentos que não são saudáveis, podendo prejudicar a saúde.
A escola tem papel importante no momento seguinte, ao oferecer uma alimentação
correta e fornecer à criança informações sobre o valor dos alimentos e sobre como obter uma
boa alimentação. Assim, o aprendizado alimentar se inicia no seio da família e prossegue na
escola, ao longo de toda a infância.
Com uma compreensão ampla de higiene (incluindo não só a limpeza pessoal e do
ambiente, mas igualmente as formações de hábitos corretos de alimentação e proteção), pode-
se dar às crianças uma infância saudável e garantir que, ao longo da vida, possam se alimentar
melhor. Esta compreensão ultrapassa os limites da família, pois em muitos casos, a higiene
depende de ações da escola, zelando pela saúde e bem estar de todas as crianças.

2.7 AFETIVIDADE

A afetividade é fator fundamental na constituição do sujeito,sendo entendida como


instrumento de sobrevivência do ser humano, pois corresponde à primeira manifestação do
psiquismo. Propulsiona o desenvolvimento cognitivo ao instaurar vínculos imediatos com o
meio social, abstraindo deste o seu universo simbólico, culturalmente elaborado e
historicamente acumulado pela humanidade. Por conseguinte, os instrumentos mediante os
quais se desenvolverá o aprimoramento intelectual são, irremediavelmente, garantidos por
estes vínculos, estabelecidos pela consciência afetiva.
Desde o nascimento, o ser humano utiliza a emoção para comunicar-se com o
mundo. O bebê, antes mesmo da aquisição da linguagem, consegue estabelecer relação com a
mãe, ou pessoa que dele cuida, através de movimentos de expressão, primeiramente
fisiológicos.
Dantas (1992) enfatiza que, além de ser uma das dimensões da pessoa, afetividade é
também a mais arcaica fase do desenvolvimento. Afirma que, no início da vida, afetividade e
inteligência estão sincreticamente misturadas com predomínio da primeira. O ser humano, é
um ser afetivo, e, gradativamente, esta afetividade inicial vai diferenciando-se em vida
racional.

O aspecto emocional do indivíduo não tem menos importância do que os outros


aspectos e é objeto de preocupação da educação nas mesmas proporções em que o
27

são a inteligência e a vontade. O amor pode vir a ser um talento tanto quanto a
genialidade, quanto a descoberta do cálculo diferencial (VYGOTSKY, 2000, p.146).

   A brincadeira e o jogo são privilegiados instrumentos para a evolução


afetiva/psicológica e social de uma criança. O jogo pode assumir um efeito catártico, ou seja,
através dele a criança pode resolver conflitos pessoais, tornando a brincadeira uma via de
escape das tensões que acontecimentos da vida real geram nela.
  Garaigordobil (apud Caveda e Garófano, 2002) lista uma séria de contribuições do
jogo/brincadeira para o desenvolvimento afetivo social da criança: A brincadeira é um
instrumento de socialização por excelência; Através da brincadeira descobre-se a vida social
dos adultos e as regras que regem estas relações; A brincadeira favorece a superação do
egocentrismo; A brincadeira fomenta a cooperação e a interação entre iguais; Através da
brincadeira são educados o autodomínio e a vontade; A brincadeira educa atitudes e valores;
A brincadeira fomenta o desenvolvimento da consciência pessoal, o que facilita a
convivência.

2.8 DISCIPLINA

A disciplina caracteriza-se por um conjunto de regras que necessitam ser obedecidas


para o sucesso do aprendizado. Ela designa, portanto, uma qualidade de relacionamento
humano entre docente e discentes em uma sala de aula e, consequentemente, na Instituição de
Ensino. “Quanto maior o número de “fios invisíveis” tecidos entre o professor e os alunos,
maior a integração dele com a classe” (TIBA, 1996, p. 103). No entanto, como em qualquer
forma de relacionamento humano, na disciplina é preciso considerar as características
próprias de cada envolvido.
Estabelecer regras e limites às crianças faz-se uma tarefa essencial em busca da
disciplina na Educação Infantil. Percebendo a indisciplina como uma das maiores dificuldades
nas escolas atuais, analisa-se como necessário construir as regras com as crianças, que
desempenham um papel primordial para o bom funcionamento da classe.
O comportamento da criança é fundamental para a disciplina escolar e seu
aprendizado. Contemporaneamente, a maior responsável pela indisciplina escolar é a falta de
motivação no aprendizado. Desta maneira, a atuação dinâmica do educador faz-se essencial
para o desenvolvimento e interesse dos alunos em sala de aula.
O ambiente escolar é outro fator relevante para que a disciplina escolar aconteça. Salas
de aula barulhentas, com calor intenso, sem atrativos ou sem quaisquer condições de
28

acomodar crianças também causam indisciplina. Ao mesmo se remete às escolas em crise,


greves ou outros tipos de conflitos, por não transmitirem segurança, dificultando o
aprendizado.
Culpar os alunos pela indisciplina na sala de aula não faz-se um ato de mérito. É
preciso analisar todo o contexto escolar e a atuação docente, na tentativa de buscar possíveis
soluções para o encantamento ao aprendizado. Crianças apaixonadas e motivadas pelo desejo
de aprender tornam-se educandos disciplinados para seguir as regras escolares.

2.9 SEXUALIDADE

É na família que a sexualidade é educada em primeira instância. No entanto, muitas


famílias têm dificuldades em tratar o tema com as crianças, repassando para as escolas a
tarefa de educar a sexualidade, tão comum na vida dos sujeitos.
A sexualidade infantil se desenvolve desde os primeiros dias de vida e segue se
manifestando de forma diferente em cada momento da infância. A sua vivência
saudável é fundamental na medida em que é um dos aspectos essenciais de
desenvolvimento global dos seres humanos (PCN, 1997, p. 117).

Abordar a sexualidade nas creches e pré-escolas, remete ao docente uma tarefa que
exigem métodos adequados e maneiras diversificadas de ensino, uma vez que o tema é de
extrema relevância para a construção da identidade das crianças. Conhecer o corpo é
fundamental para o auto-conhecimento do sujeito, seu desenvolvimento integral nos âmbitos
emocionais, psicológicos e físicos.
A Educação Infantil é uma etapa de aprendizados fundamentais para a criança. O que
se aprende na infância, é conhecimento para toda a vida. Por este motivo, a introdução da
temática sexualidade se faz tão valorosa.

Os conhecimentos sobre o corpo, seu processo de crescimento e desenvolvimento,


que são construídos concomitantemente com o desenvolvimento de práticas
corporais, ao mesmo tempo que dão subsídios para o cultivo de bons hábitos de
alimentação, higiene e atividade corporal e para o desenvolvimento das
potencialidades corporais do indivíduo, permitem compreendê-los como direitos
humanos fundamentais. A formação de hábitos de auto cuidado e de construção de
relações interpessoais colaboram para que a dimensão da sexualidade seja integrada
de maneira prazerosa e segura (PCN, 2000, p. 29-30).

A disciplina de Educação Física encontra-se propícia para trabalhar a sexualidade.


Embora a disciplina desponte como "ambiente prazeroso" de convívio com o corpo e de
29

desabrochar de relações de gênero, mantém-se um discurso autoritário e conservador que põe


ênfase no auto cuidado, na disciplinarização dos sujeitos e na conseqüente regulação de sua
sexualidade de acordo com normas de prevenção de doenças e de manutenção da saúde.
Considera-se que a sexualidade precisa ser entendida como construção social que parte
da práxis e, consequentemente, é condicionada pelos diferentes momentos históricos e
políticos. Corroborando esta assertiva, busca-se nos escritos de Michel Foucault (1997) a
compreensão de que a sexualidade coloca-se não apenas no palpável, mas sim, no discurso
que o sustenta, na ideologia subjacente aos padrões de "normalidade" impostos na
convivência social.
A sexualidade é, contudo, constituída por processos sociais/culturais, sofrendo
transformações que oportunizam novos valores, atitudes e padrões, próprios de cada época.
Cabe ao educador perceber valores e concepções para serem trabalhadas, evitando imposições
de valores pessoais ou julgamentos moralistas.

2.10 ESPAÇOS

A escola precisa ser mais do que um lugar agradável de se estar, com espaços
estimulantes, educativos, seguros e afetivos, com professores realmente preparados para
acompanhar as crianças no intenso ritmo cotidiano de descobertas e aprendizagens. Os
ambientes das instituições de ensino carecem promover desafios aos seus educandos, focando
o pleno desenvolvimento das competências e habilidades dos sujeitos com sede de
conhecimento.

É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as


pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções [...].
Nessa dimensão o espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice-
versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se constitui de forma
linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a
semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação
que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado (HORN, 2004, p. 28).

São diversas as possibilidades de espaços que promovem a aprendizagem nas escolas.


Todos os ambientes, sejam externos ou internos, possuem uma gigante gama de
probabilidades de construção do conhecimento aos alunos. Para tanto, todos os ambientes
escolares precisam ser cuidadosamente pensados e organizados, possibilitando a diversidade
de aprendizagens.
30

Os espaços externos apresentam-se como ambientes de grande preferência e interação


dos discentes. Pátios, áreas cobertas, gramados, quadras, corredores e parques recebem
intensa movimentação em momentos de intervalos, ou em atividades propostas pelo professor.
Socializações, brincadeiras, jogos, aprendizagens, e desenvolvimento de competências e
habilidades fazem-se muito presentes nestes espaços.
A organização do espaço da sala de aula também se faz de extrema relevância para o
maior e melhor aprendizado das crianças. O espaço precisa ser discutido e, em seguida,
construído de maneira apropriada pelos educadores, de forma humanizadora, pensando
exclusivamente naqueles que se ocupam destes ambientes.
O que realmente importa é que a sala de aula seja um espaço acolhedor, onde os
alunos tenham intimidade; um espaço que, ao longo do ano letivo, vai sendo transformado
com a sua participação e cooperação.
A sala de aula pode explicitar o processo de aprendizagem dos discentes, na medida
em que ali se encontram informações sobre o trabalho que estão desenvolvendo. Um lugar
com o qual os alunos se identificam juntamente, que possam por ela circular livremente, ter
acesso a materiais, adquirir sabedoria e aprender regras. Um espaço assim utilizado, além de
limpo, agradável, iluminado e bonito, precisa ser, principalmente, educativo.
Quanto mais investir-se nos espaços escolares, maior será a motivação dos alunos para
estar e aprender nestes ambientes. O luxo é superado pela organização. Um ambiente rico em
aprendizagem não é aquele que oferece materiais de altos custos financeiros, mas aquele que
foi pensado e estruturado para a criança.

3 CRECHE

3.1 ORGANIZAÇÃO ETÁRIA

Berçário: 4 (quatro) meses a 1 (um) ano


Maternal I: 1 (um) a 2 (dois) anos
Maternal II: 2 (dois) a 3 (três) anos
Maternal III: 3(três) anos

3.2 CONHECENDO AS CRIANÇAS DA CRECHE

CARACTERISTICAS DAS CRIANÇAS DE 4 MESES A 1 ANO


31

-Reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado;
-Passa boa parte do tempo dormindo;
-Abre e fecha as mãos, leva-as a boca e suga os dedos;
-Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos;
-Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta;
-Fica agitada com brincadeiras e músicas;
-Comunica-se através do choro e ruídos;
-Fica na postura de bruços e se apóia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo
ao seu redor;
-Rola de um lado para o outro;
-Apresenta equilíbrio quando colocada sentada;
-Olha, chacoalha e atira objetos ao chão;
-Engatinha e senta sem apoio;
-Aponta para objetos ou pessoas;
-Consegue ficar em pé com apoio;
-Demonstra raiva quando não é o centro das atenções;
-Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau;
-Balança a cabeça quando não quer alguma coisa;
-Começa a compreender o significado  de alguns gestos.

CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS

-Anda sem apoio;


-Vira páginas de livros ou revistas (várias ao mesmo tempo);
-Gosta de rabiscar no papel;
-Mostra senso de humor;
-Reconhece o próprio nome;
-Quando está brava, pode atirar objetos ou brinquedos;
-Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças;
-Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas;
-Fala pequenas frases;
-Apresenta atenção para histórias pequenas.
32

CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DE 2 A 3 ANOS

-Tira os sapatos;
-Chuta bola sem perder o equilíbrio;
-Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas;
-Apresenta percepção de quem é;
-Tenta impor suas vontades;
-Prefere companhia para brincar;
-Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo, arrumar a mesa do jantar;
-As frases vão aumentando e surge o plural;
-Tem uma ótima compreensão, entendendo tudo que é dito em sua volta;
-Fala de si mesma na terceira pessoa;
-Chama familiares próximos pelo nome.

3.3 GRADE CURRICULAR

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA (4 meses a 3 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ouvir; -Literatura Infantil; -Contar e recontar histórias;
-Interpretar; -Representar através de
-Visualizar; desenhos;
-Manusear; -Conversas Informais; -Cantos, hora da novidade,
-Narrar; -Explorar o balbucio dos troca de experiências;
-Conversar; bebês; -Visualização de filmes,
-Balbuciar; -Linguagem oral e gestual; sons, ritmos, transmitir
-Falar; -Ampliação do vocabulário, pequenos recados;
-Dialogar; gestos e movimentos -Diálogo;
-Nomear; corporais; -Repetição correta das
-Cantar; -Descrever pessoas, objetos, palavras;
cenas e situações;
-Interagir; -Socializar através da -Exploração do nome de
linguagem com crianças e
-Concentrar; diversas formas;
adultos;
-Imaginar; -Trabalhar as modalidades de -Interagir em atividades e
-Participar; linguagem: jogos de faz-de-conta;
-Representar; .Histórias (faz de conta); -Dramatização;
-Dramatizar; .Poesias; -Teatro;
-Desenhar; .Quadrinhas; -Mímica;
.Rimas;
33

.Adivinhas; -Brincadeiras cantadas;


-Brincadeiras cantadas: -Atividades em grupo;
.Música; -Momento do conto;
.Dança;
-Diferentes formas de
.Parlendas;
manuseio de jornais e
-Explorar a oralidade em
revistas;
situações do cotidiano
-Perceber os diferentes tipos
(pronuncia relatos de
de sons produzidos na
experiências, verbalização de
natureza, na própria sala de
ideias);
aula e do corpo;
-Concentrar para ouvir
-Reconhecer os seus próprios
(receber) a mensagem;
materiais através do nome;
-Desenvolver brinquedos
-Representação do desenho
cantados;
de diferentes formas;
-Organizar ideias;
-Produzir histórias
oralmente;
-Reconhecer; -Partes do corpo humano -Hora do banho/troca de
-Conhecer; (cabeça, tronco e membros); fraldas;
-Identificar; -Os cinco sentidos; -Jogos/brincar;
-Observar; -Conhecer nome e -Degustar alimentos;
-Analisar; sobrenome, apelidos; -Copiar o nome;
-Explorar; -Trava línguas, poesia, -História, poesia, trava-
desenhos (garatujas); línguas, rimas e contos;
-Conhecer diferentes jogos; -Letras móveis, material
-Diferenciar desenhos de concreto, seqüência das
letras e números; letras, classificação por
-Leitura feita pelo professor; cores, textura;
-Exploração do alfabeto;
-Movimentar; -Coordenação motora fina; -Rasgar, amassar, recortar e
-Saltar; -Força na mão e no anti- colar papel;
-Caminhar. braço. -Observação e manuseio de
materiais impressos e visuais;
-Elaborar painéis, registro de
combinados, produção de
livros e histórias;
-Organizar e reorganizar
materiais.

LINGUAGEM MATEMÁTICA (4 meses a 3 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Manusear; -Formas geométricas: -Subir e descer escadas;
-Conhecer; círculo, quadrado, triângulo, -Brincar na sala, na pracinha,
-Seriar; retângulo; no parque...;
34

-Contar; -Cores; -Utilizar cadeiras, mesas,


-Classificar; -Temperatura; pneus...;
-Montar circuitos de -Tamanhos; -Usar idade, peso, altura;
obstáculos: construir; -Sabor; -Torres, pistas para carrinhos,
-Reconhecer, explorar; -Formas; circuitos, obstáculos...;
-Ordenar; -Espessuras; -Cantigas;
-Identificar; -Noções de grande/pequeno, -Linha de tempo;
-Somar, diminuir, Estreito/fino, Comprido; -Narrar fatos;
multiplicar, dividir; -Seriação; -Empurrar, arrastar, amassar,
-Quantificar; -Contagem oral (até 05); girar, jogar, congelar,
-Visualizar; -Noção de número (até 05); misturar, aquecer;
-Compartilhar; -Lateralidade: Posição, -Relato de fatos acontecidos,
-Jogar; tamanhos, grandezas, em datas...;
-Manipular; cima, embaixo, lado; -Gráfico de pesos dos alunos;
-Explorar. -Noções de tempo (dia, hora, -Valores moeda nacional,
mês, ano, antes, depois); utilizar objetos concretos
-Mudanças na forma dos dentro e fora da sala de aula,
objetos; estórias matemáticas;
-Ordem crescente, -Utilizar materiais concretos
decrescente, maior, menor; variados;
-Sistema de medidas; -Socializar entre os alunos,
-Conjuntos, verbalização, dentro e fora da sala;
sistema monetário; -Empilhar, montar,
-Quantidades; transpassar, seriar (utilizar os
-Objetos em movimento instrumentos usados na
(Móbile...); alimentação: mamadeira,
-Brinquedos. colher, copo... .

LINGUAGEM DA NATUREZA E SOCIEDADE (4 meses a 3 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Adaptar; -Conhecer o espaço, as -Combinados;
-Socializar; pessoas, regras, hábitos, -Conhecer a história de cada
-Perceber; rotina, etc; criança;
-Conhecer o nome -Explorar os diferentes
(identidade pessoal) das ambientes da creche;
crianças, professores e -Organizar com a turma
funcionários; rotina a ser seguida;
-Importância do nome -Passeios e exposição ao sol
(apelido); em horários adequados;
-Importância do banho de sol
(solário);
-Observar; -Importância de experimentar -Degustação de vários
-Manipular; vários alimentos; alimentos (doce, salgado,
35

-Experimentar; -Estimular os hábitos de azedo, amargo....);


-Estimular; higiene pessoal; -Conversa com a(o)
nutricionista, merendeira,
etc;
-Preparação da mesa e do
alimento;
-Troca da fralda, banho,
escovação, etc;
-Organizar; -Aprender organizar o espaço -Estabelecer regras para que
-Compartilhar; escolar e dividir o material todos brinquem e juntos
disponível; organizem o material
utilizado;
-Ouvir; -Recursos naturais e -Dialogar sobre os recursos
-Balbuciar; fenômenos da natureza; naturais e observar os
-Falar; fenômenos da natureza;
-Imitar; -Desenhar, pintar, recortar,
colar, relacionar e modelar;
-Dramatizações de histórias;
-Vídeos;
-Contar; -Cinco sentidos; -Contação de histórias;
-Recontar; -Tempo e espaço; -Cantigas de roda;
-Cantar; -Cores. -Músicas;
-Dançar; -Brincadeiras;
-Brincar. -Repouso.

LINGUAGEM DO MOVIMENTO (4 meses a 3 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Experimentar; -Comunicação e expressão -Brincadeiras coletivas,
-Familiarizar; de seus desejos, desagrados, cantigas de roda, gestos,
-Explorar; necessidades, preferências e mímicas;
-Relacionar; vontades em brincadeiras e -Atividades com diferentes
-Identificar; nas atividades cotidianas; partes do corpo (boca, mãos,
-Estimular; -Reconhecimento do próprio pés) e instrumentos diversos
-Reconhecer; corpo e das diferentes (espelho, bolhas);
-Desenvolver; sensações e ritmos que -Jogos de percepção e
-Valorizar; produz; observação do seu corpo e o
-Interagir; -Identificação progressiva de corpo dos seus colegas;
-Participar; algumas singularidades -Oportunizar por meio de
-Movimentar. próprias e das pessoas com brincadeiras e jogos,
as quais convive no seu atividades que envolvam:
cotidiano em situações de mamar, dormir, rastejar,
interação; sentar, engatinhar, caminhar,
-Iniciativa para pedir ajuda deitar, rolar, balançar, correr,
36

nas situações em que isso se pular, subir, descer, pedalar,


fizer necessário; cavar...;
-Realização de pequenas -Explorar os cinco sentidos:
ações cotidianas ao seu tato, olfato, audição, visão e
alcance para que adquira gustação/paladar;
maior independência; -Separar objetos, cores e
-Interesse pelas brincadeiras formas.
e pela exploração de
diferentes brinquedos;
-Participação em brincadeiras
de “esconder e achar” e em
brincadeiras de imitação;
-Escolha de brinquedos,
objetos e espaços para
brincar;
-Participação e interesse em
situações que envolvam a
relação com o outro;
-Respeito às regras simples
de convívio social;
-Higiene das mãos, com
ajuda;
-Expressão e manifestação de
desconforto relativo à
presença de urina e fezes nas
fraldas;
-Interesse em desprender-se
das fraldas e utilizar o penico
e o vaso sanitário;
-Interesse em experimentar
novos alimentos e comer sem
ajuda;
-Identificação de situações de
risco no seu ambiente mais
próximo.

LINGUAGEM ARTÍSTICA (4 meses a 3 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Desenvolver a imaginação -Conhecimento de diferentes -Pinturas diversas;
criadora, expressão, materiais concretos. Ex: -Perfuração;
desenhos; papeis, caixas, pinceis, areia, -Rasgadura;
-Identificar diferentes cores; argila, sucatas; -Dobraduras;
-Observar e imitar posturas e -Modelagem; -Modelagens;
37

movimentos; -Recorte e colagem;


-Leitura de imagens (figuras,
fotografias, quadros);
-Atividades individuais e
coletivas;
-Oportunizar, por meio de -Vivência da organização dos -Bater palmas, cantar em
brincadeiras, atividades que sons e silêncios; diferentes ritmos e
envolvem os cinco sentidos. -Linguagem musical, pelo entonações, cantiga de
Ex: ouvir, falar; contato com brinquedos rodas...;
-Expressar; sonoros e obras musicais -Brincar com objetos sonoros
-Sentir; diversas; (reproduzir sons: fortes,
-Pensar desejos e -Leitura de imagem; fracos, alto, baixo);
necessidades; -Desenhos variados; -Danças, concentração,
reflexão lateralidade,
equilíbrio, movimento,
imitação, comunicação;
-Adivinhas do barulho da
sucata construída;
-Ouvir, perceber e -Produções de materiais com -Teatro, dramatização
discriminar eventos sonoros sucatas. Ex: tambor, utilizando música, fantoches,
diversos, fontes sonoras chocalho; máscaras, teatro de sombra,
reproduções musicais; -Uso da expressão corporal; maquete;
-Ouvir histórias contadas, -Exploração dos espaços -Construção de brinquedos;
lidas e dramatizadas. lúdicos: casinha, carrinho, -Noção de espaço, início,
pátio. meio e fim.

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Pensar; -Regras de convivência; -Música/canções;
-Refletir; -Socialização; -Teatros;
-Dialogar; -Descoberta do outro e de si -Histórias;
-Compreender; mesmo; -Rasgadura;
-Valorizar; -Respeito pelas diferenças; -Modelagem;
-Descobrir; -Desenvolvimento da -Filmes;
-Ouvir; curiosidade a partir do lúdico -Desenhos;
-Imaginar; e do imaginário; -Diálogo.
-Estimular; -Valores;
-Respeitar. -Ética;
-Limite.

RECREAÇÃO – 3 A 5 ANOS
38

CONTEÚDOS /HABILIDADES ATIVIDADES


-Expressão corporal; -Jogos de ocupação de espaço (posição e
-Saúde corporal; deslocamento);
-Brincadeiras; -Explicação e demonstração de
-Jogos recreativos e cooperativos; brincadeiras aprendidas em contexto
-Dança; extra-escolares;
-Ginástica. -Participação e apreciação de brincadeiras
ensinadas pelos colegas;
-Manipular materiais e objetos diferentes
para aperfeiçoamento das habilidades
manuais;
-Atividades de correr, saltar, arremessar,
receber, equilibrar objetos, equilibrar-se,
desequilibrar-se, pendurar-se, arrastar,
rolar, escalar, quicar bolas, bater e rebater;
-Construção de brinquedos;
-Conhecer através da dança a cultura
popular, local e brasileira;
-Movimentar-se, adaptando-se a diferentes
ritmos;
-Dramatizar por meio do movimento,
fatos, histórias e fantasias.

LÍNGUA INGLESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ouvir; -Greetings: Hi, Hello, -Atividades de ouvir e repetir as palavras
-Falar; Good Bye, Good aprendidas;
Morning, Good -Ouvir e cantar músicas;
Afternoon, Good Night; -Atividades orais e escritas;
-Conhecer; -Numbers (0-10); -Atividades que envolvam números
(ambiente escolar, corpo humano e objetos);
-Atividades de recorte e colagem;
-Reconhecer; -The family – father, -Atividades de desenhos, pinturas e fotos;
mother, brother, sister; -Pesquisas orais sobre os membros da
39

família;
-Vídeos relacionados com os conteúdos;
-Atividades orais e escritas;
-Identificar; -Colors (yellow, blue, -Atividades que envolvem cores no
red, green, pink, orange, ambiente, roupas, objetos, brinquedos;
black, white, brown; -Desenhos, imagens, gravuras, pinturas;
-Recorte e colagem;
-Atividades de observação;
-Joguinhos (bingo, jogo da memória);
-Vídeos;
-Saber; -Animals (cat, dog, -Registrar os animais através de gravuras,
rabbit, fish, lion, mouse, cartazes, desenhos;
bee, butterfly, bird, -Trabalhos em grupos através de quebra-
elephant, pig); cabeça sobre animais;
-Brincadeiras de imitar;
-Músicas e cantos;
-Passeios e visitas para conhecer animais;
-Brincar; -Toys (doll, ball, teddy -Brincadeiras com o material disponível em
bear, car); sala;
-Dia do brinquedo (os alunos trarão seu
“toy” de casa e socializarão);
-Desenhos e pinturas;
-Aprender; -Fruits (apple, orange, -Confecção de cartazes;
lemon, grape, -Desenhos, pinturas;
watermelon, banana); -Colagens, recortes de gravuras em revistas;
-Vídeos;
-Preparação de uma salada de frutas coletiva;
-Conhecer. -Holidays (Easter, -Atividades referentes a cada data – orais e
Mother’s Day, escritas;
Halloween, Children’s -Desenhos, gravuras, cartazes, figuras,
Day, Christmas). cartões.

3.4 METAS

-A criança necessitará demonstrar prazer e gosto em vir à creche,


-Envolver-se em diferentes atividades corporais, sempre respeitando os limites de
coordenação, como um todo;
-Estar socializado ao ambiente escolar;
-Ter convivência harmoniosa com os grupos do seu meio;
-Estar habituado às rotinas escolares: higiene, horários (lanche, soninho...);
-Ter iniciativa para as coisas básicas: pedir para ir ao banheiro, fome, sede...;
40

-Realizar pequenas ações que demonstrem sua independência: comer sozinho...;


-Perceber, ter noção de situações de risco;
-Ter interesse em participar de atividades de grupo;
-Saber interagir com o grupo, socializando os brinquedos;
-Iniciativa para resolver pequenos problemas do cotidiano;
-Usar o diálogo como forma de lidar como os conflitos e limites;
-Ser capaz de realizar pequenas tarefas do dia a dia, que envolvam ações de cooperação,
solidariedade e ajuda na relação com os outros;
-Ter autonomia para resolver pequenos problemas;
-Saber socializar-se, ser capaz de dar sua opinião através do diálogo, sendo criativa e
acreditando no seu potencial;
-Envolver-se em atividades que integram música, movimentos corporais, emoções,
sentimentos, pensamentos, desejos, necessidades, observação, comunicação e expressão dos
seus desejos e imitações;
-Adotar hábitos de higiene e saúde como forma de prevenção de doenças, para ter uma vida
saudável;
-Adaptar-se e socializar-se com o meio escolar (espaço – pessoas), construindo coletivamente
regras para um bom convívio em grupo;
-Construir uma imagem positiva do eu e do outro, através da valorização e do respeito mútuo
como ser humano capaz, pertencendo a diferentes grupos sociais;
-Respeitar e adequar-se as rotinas propostas pelo professor, estabelecendo relações de
amizade;
-Gostar do ambiente escolar.

4 PRÉ-ESCOLAR

4.1 ORGANIZAÇÃO ETÁRIA

Pré I: 4 (quatro) anos


Pré II: 5 (cinco) anos

4.2 CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DO PRÉ I


41

-Imaginação viva e em fluir contínuo;


-Capta todas as coisas através da observação;
-Egocêntrica;
-Chama continuamente a atenção dos outros sobre si própria;
-Gradativo desenvolvimento muscular;
-Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;
-Consegue escovar os dentes, pentear-se, vestir-se, porém necessita de ajuda;
-Tem uma confiança crescente em si próprio e no mundo;
-Apresenta noções de números e de espaço: “mais”, “menos”;
-Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;
-Reconta textos;
-Utiliza movimentos finos de atividades diversas;
-Os pesadelos são comuns nesta fase;
-Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
-Procura freqüentemente testar o poder e limite dos outros;
-Adquire já um vocabulário mais amplo, apresentando às vezes dificuldades nas expressões
verbais;
-Manifesta grande interesse pela linguagem, falando incessantemente.

4.2.1 Grade curricular

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA (4 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Falar; -Expressão Oral; -Expressar desenhos,
necessidades, preferências,
sentimentos e opiniões
oralmente;
-Ampliar as noções da -Escrita (letra); -Jogos de memória,
escrita; -Letra caixa alta; dominó, bingo ilustrado,
-Som da letra; letras móveis, tapete
mágico, alfabeto vivo,
desenho;
-Conto de fada, história
com fantoches, teatro,
mímicas;
-Visualização e manuseio
42

do alfabeto;
-Nomes próprios;
-Instigar o gosto pela -Leitura; -Livros de diversos
leitura; gêneros, revistas, história
em quadrinhos, poemas,
canções;
-Conhecer; -Cantos, rimas, trava- -Falar/repetir,
-Reproduzir. línguas, parlendas. contar/recontar.

LINGUAGEM MATEMÁTICA (4 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Relacionar quantidade; -Números (0 a 5); -Contagem de objetos,
brinquedos, alunos, partes
do corpo, idade, peso,
altura, carteiras, figuras,
etc;
-Identificar e nomear -Tempo; -Atividades de rotina,
questões relacionadas ao utilização do calendário;
tempo; -Brincadeiras com:
dia/noite, antes/depois,
mês/ano;
-Situar-se no tempo;
-Observações reais à cerca
das situações ocorridas;
-Situar-se no espaço físico; -Espaço; -Brincadeiras livres, no
parque, jogos de montar,
manipular, maquetes,
bingos e mosaicos;
-Exploração do espaço
escolar, linha do
movimento;
-Observar, comparar e -Noção de seriação; -Formação da fila,
seriar; brinquedos, letras, números
e cores;
-Explorar diferentes -Figuras geométricas. -Trabalhar em grupos;
objetos, nomeando as -Atividades com desenhos
figuras geométricas. e figuras concretas, em
livros, revistas e materiais
diversos;
-Formação de conjuntos;
-Relacionar as figuras
geométricas aos objetos da
sala e do ambiente.
43

LINGUAGEM DA NATUREZA E SOCIEDADE (4 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Reconhecer; -Meio em que se vive; -Conhecer e diferenciar os
-Limites, regras; meios em que vive (casa,
-Diferentes culturas; escola, sociedade);
-Visitas as casas dos
alunos;
-Maquete, histórias,
conversas, jogos, desenhos,
brincadeiras, relatos de
experiências (com pessoas
“mais velhas”);
-Observar; -Natureza/transformação; -Observar a germinação de
-Meio ambiente; uma planta, com cuidados
-Plantas; (água, terra boa...) e sem
cuidados;
-A utilidade das plantas: na
alimentação, remédios,
construção...;
-Conscientização de
reflorestamento, separação
do lixo, cuidado com água;
-Transformação de barro
em utensílios (tijolo,
panela, etc.);
-Identificar; -Animais; -Diferenciar os animais por
-Adaptar; -Eu/família; espécie, habitat, e sua
-Promover; -Casa/comunidade; classificação;
-Desenvolver; -Escola; -Visitar uma propriedade
-Adquirir; -Meios de transporte/ rural com várias espécies
-Compreender. comunicação; de animais;
-Datas comemorativas; -Relato oral da visita;
-Hábitos; -Desenho, pintura,
-Boas maneiras; modelagem, etc.
-Socialização;
-Profissões.

LINGUAGEM DO MOVIMENTO (4 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


44

-Corporeidade; -Lateralidade: em -Brincadeiras;


-Movimentar; cima/embaixo, frente/atrás, -Cantigas de roda;
-Ginástica; dentro/fora, perto/longe, -Dramatização;
-Dançar; direita/esquerda; -Imitação;
-Brincar; -Coordenação motora: fina -Desenho;
e ampla; -Linguagem gestual;
-Equilíbrio: dinâmico e -Exercícios de
estático (postura corporal, coordenação: força,
agilidade, força, alongamento, andar, correr,
velocidade); saltar, arremessar,
-Ritmo: sons, movimentos, formação de círculos;
cadência...; -Seqüência pedagógica:
-Higiene e saúde: asseio simples para complexo/ do
corporal, cuidado com os espontâneo para o
espaços físicos, com o específico;
meio ambiente e com o -Trabalhos individuais e
outro; coletivos;
-Danças: folclóricas e
populares;
-Relacionar. -Relações pessoais e -Atitudes;
interpessoais. -Manipular materiais para
aperfeiçoamento das
habilidades manuais.

LINGUAGEM ARTÍSTICA (4 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ouvir (diferentes sons); -Músicas; -Exploração de materiais
-Cantar; (diferenciar sons dos
instrumentos musicais);
-Brincar; -Cantigas de roda; -Expressar emoções,
sentimentos, pensamentos,
desejos, regras e
necessidades;
-Ampliar o -Literatura infantil; -Ateliê ou oficinas de
desenvolvimento da histórias e desenhos (teatro
atenção; de fantoches), contação de
histórias;
-Utilizar informações; -Brincadeiras dirigidas; -Jogos e brincadeiras de
socialização;
-Valorizar e respeitar o -Corpo humano; -Atividades de
corpo; representação da figura
45

humana por meio do


desenho;
-Aprimorar; -Motricidade fina; -Modelagem, recorte,
pintura, rasgadura, punção,
fazer nó, tope, alinhavo,
etc;
-Desenvolver e Aprimorar; -Força; -Mímicas, técnica do
espelho, exercícios com as
mãos, dedos e braços;
-Imaginar. -Faz-de-conta. -Reproduzir histórias,
brincar livre, exploração
dos recantos da sala de
aula;
-Reproduzir cenas do
cotidiano.

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Pensar; -Regras de convivência; -Estabelecer regras de
-Refletir; -Saber perguntar; convivência;
-Argumentar; -Reforço da noção ética de -Recordar as atividades
-Investigar; bem e mal e da conduta trabalhadas anteriormente;
-Desenvolver; humana; -Estimular o espírito de
-Compreender; -Expressão das emoções; responsabilidade com
-Construir; -Desenvolvimento da pequenas tarefas;
-Perguntar; criticidade, através da -Interpretação de texto (oral);
-Relatar; reflexão e do diálogo; -Trabalhos em grupo;
-Dialogar; -Leitura de imagens; -Construção de texto
-Despertar; -Respeito pelas diferenças; coletivo;
-Ouvir; -Socialização; -Tempestade de idéias;
-Contar/Recontar; -Valores; -Diálogos;
-Observar; -Limites; -Músicas /canções;
-Compartilhar. -Responsabilidade. -Teatros/dramatizações/
mímicas;
-Histórias;
-Filmes;
-Desenhos.

RECREAÇÃO: Verificar na Creche

LÍNGUA INGLESA : Verificar na Creche


46

4.2.2 Metas

-Ao final desta etapa a criança deverá estar socializada, sabendo resolver pequenos problemas
com autonomia, expressando-se de modo que se faça entender;
-Compartilhar os materiais didáticos, brincadeiras, com participação ativa na organização do
ambiente escolar, sendo responsável por seus pertences;
-Executar vários movimentos do corpo;
-Saber manusear os brinquedos, objetos;
-Fazer movimentos na dança;
-Correr, saltar, arremessar em seu ritmo;
-Coordenar alguns movimentos, rabiscos;
-Brincar e respeitar o colega;
-Expressar seus movimentos.

4.3 CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DO PRÉ II

-É capaz de se vestir e despir sozinha;


-Mostra interesse pelas palavras e a linguagem;
-Gosta da rotina porque faz sempre o mesmo;
-É séria a respeito de si mesma e impressiona-a muito a capacidade de assumir
responsabilidades;
-Gosta de imitar os outros;
-Pratica sua higiene com autonomia;
-Segue instruções e aceita supervisão;
-Sabe classificar, seriar, observar;
-Tem um grande apego a mãe;
-Manifesta preferência pelas crianças do mesmo sexo;
-Tem noção das cores, dos números;
-Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos verbais;
-Capacidade para memorizar histórias e repetí-las.
47

4.3.1 Grade curricular

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA (5 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Falar; -Expressão Oral; -Expressar desenhos,
necessidades, preferências,
sentimentos e opiniões
oralmente;
-Ampliar as noções da -Escrita (letra); -Jogos de memória,
escrita; -Letra caixa alta; dominó, bingo ilustrado,
-Som da letra; letras móveis, tapete
-Traçado correto das letras; mágico, alfabeto vivo,
-Uso correto do espaço desenho;
(linha); -Conto de fada, histórias
com fantoches, teatro,
mímicas;
-Visualização e manuseio
do alfabeto;
-Nomes próprios;
-Instigar o gosto pela -Leitura; -Livros de diversos
leitura; gêneros, revistas, histórias
em quadrinhos, poemas,
canções;
-Conhecer; -Cantos, rimas, trava- -Falar/repetir,
-Reproduzir; línguas, parlendas; contar/recontar;
-Ampliar; -Coordenação viso-motora; -Traçar linhas (retas,
-Desenvolver; -Vocabulário e linguagem; curvas, sinuosas e mistas),
-Identificar. -Estudo das vogais; desenho livre, pintura,
-Estudo do alfabeto. labirinto, pontilhado,
atividades gráficas e no
caderno;
-Reconhecer, ler, traçar e
escrever as vogais;
-Diferenciar visual e
auditivamente as letras do
alfabeto, cobrir e copiar as
letras maiúsculas e
minúsculas;
-Atividades com sucata.
48

LINGUAGEM MATEMÁTICA (5 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Relacionar quantidade; -Números (0 a 5 e 0 a 9); -Contagem de objetos,
brinquedos, alunos, partes
do corpo, idade, peso,
altura, carteiras, figuras,
etc;
-Identificar e nomear -Tempo; -Atividades de rotina,
questões relacionadas ao utilização do calendário;
tempo; -Brincadeiras com:
dia/noite, antes/depois,
mês/ano;
-Situar-se no tempo;
-Observações reais à cerca
das situações ocorridas;
-Situar-se no espaço físico; -Espaço e forma; -Brincadeiras livres, no
parque, jogos de montar,
manipular, maquetes,
bingos e mosaicos;
-Exploração do espaço
escolar, linha do
movimento;
-Traçado de linha:
curvas(aberto/fechado), de
posicionamento frente/trás,
em cima/embaixo,
dentro/fora, longe/perto,
primeiro/último,
direito/esquerdo;
-Observar, comparar e -Noção de seriação; -Formação da fila,
seriar; brinquedos, letras, números
e cores;
-Explorar diferentes -Figuras geométricas; -Trabalhar em grupos;
objetos, nomeando as -Medidas (sistema de -Atividades com desenhos
figuras geométricas; medidas); e figuras concretas, em
-Identificar; -Frações; livros, revistas e materiais
diversos;
-Formação de conjuntos;
-Relacionar as figuras
geométricas aos objetos da
sala e do ambiente;
-Tamanho: maior/menor;
grande/pequeno, espessura;
49

-Inteiro e metade;
-Usar os instrumentos de
medidas: litro, balança,
metro, relógio;
-Somar, dividir, -Conjuntos, verbalização, -Moeda nacional;
multiplicar, diminuir. sistema monetário. -Estórias matemáticas.

LINGUAGEM DA NATUREZA E SOCIEDADE (5 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Reconhecer; -Meio em que se vive; -Conhecer e diferenciar os
meios em que vive (casa,
escola, sociedade);
-Visitas as casas dos
alunos;
-Maquetes, histórias,
conversas, jogos, desenhos,
brincadeiras, relatos de
experiências (com pessoas
“mais velhas”);
-Observar; -Natureza/transformação; -Observar a germinação de
uma planta, com cuidados
(água, terra boa...) e sem
cuidados;
-A utilidade das plantas: na
alimentação, remédios,
construção...;
-Conscientização de
reflorestamento, a
separação do lixo, cuidado
com água;
-Transformação de barros
em utensílios (tijolo,
panela, etc.);
-Identificar; -Animais; -Diferenciar os animais por
-Adaptar; -Eu/família; espécie, habitat e sua
-Promover; -Casa/comunidade; classificação;
-Desenvolver; -Escola; -Visitar uma propriedade
-Adquirir; -Meios de rural com varias espécies
-Compreender. transporte/comunicação; de animais;
-Datas comemorativas; -Relato oral da visita;
-Hábitos; -Desenho, pintura,
-Boas maneiras; modelagem, etc;
50

-Socialização. -Desenhos, cartazes,


músicas, murais, jogos,
atividades com sucata,
folhas, brincadeiras,
pinturas, recortes e
colagens;
-Festas, bailes, exposição,
excursão, passeios;
-Desenvolver hábitos de
asseio: pedir para ir ao
banheiro, lavar as mãos,
etc;
-Habituá-los a usar os
clichês sociais;
-Deixá-los explorar ao
máximo os brinquedos;
-Levar as crianças para
brincar com outros grupos;
-Fazer com que a criança
não fixe um único colega;
-Mantê-los ocupados;
-Atividades de grupos.

LINGUAGEM DO MOVIMENTO (5 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Corporeidade; -Lateralidade: em -Brincadeiras;
-Movimentar; cima/embaixo, frente/atrás, -Cantigas de roda;
-Ginástica; dentro/fora, perto/longe, -Dramatização;
-Dançar. direita/esquerda; -Imitação;
-Coordenação motora: fina -Desenho;
e ampla; -Linguagem gestual;
-Equilíbrio: dinâmico e -Exercícios de
estático (postura corporal, coordenação: força,
agilidade, força, alongamento, andar, correr,
velocidade); saltar, arremessar,
-Ritmo: sons, movimentos, formação de círculos;
cadência...; -Sequencia pedagógica: do
-Higiene e saúde: asseio simples para o complexo/
corporal, cuidado com os do espontâneo para o
espaços físicos, com o específico;
meio ambiente e com o -Trabalhos individuais e
51

outro; coletivos.
-Danças: folclóricas e
populares.

LINGUAGEM ARTÍSTICA (5 anos)

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ouvir (diferentes sons); -Músicas; -Exploração de materiais
-Cantar; (diferenciar sons dos
instrumentos musicais);
-Brincar; -Cantigas de roda; -Expressar emoções,
sentimentos, pensamentos,
desejos, regras e
necessidades;
-Ampliar o -Literatura infantil; -Ateliê ou oficinas de
desenvolvimento da histórias e desenhos (teatro
atenção; de fantoches), contação de
histórias;
-Utilizar informações; -Brincadeiras dirigidas; -Jogos e brincadeiras de
socialização;
-Valorizar e respeitar o -Corpo humano; -Atividades de
corpo; representação da figura
humana por meio do
desenho;
-Aprimorar; -Motricidade fina; -Modelagem, recorte,
pintura, rasgadura, punção,
fazer nó, tope, alinhavo,
etc;
-Desenvolver e Aprimorar; -Força; -Mímicas, técnica do
espelho, exercícios com as
mãos, dedos e braços;
-Imaginar; -Faz-de-conta; -Reproduzir histórias,
brincar livremente,
exploração dos recantos da
sala de aula;
-Reproduzir cenas do
cotidiano;
-Ler. -Leitura de imagem -Observação de imagens,
(gravuras, fotografias, cenas, paisagens, pessoas...
mapas). e relatar;
-Reprodução de desenhos.
52

FILOSOFIA: Verificar no Pré I

RECREAÇÃO: Verificar na Creche

LÍNGUA INGLESA : Verificar na Creche

4.3.2 Metas

-Ao final desta etapa, é imprescindível que a criança seja capaz de conhecer e reconhecer
letras, bem como seus sons, uma vez que terá contato diariamente como o mundo da escrita;
-Deverá ter noções de quantidade e números, pois através das atividades desenvolvidas ao
longo do processo, poderá ser capaz de manifestar conhecimento;
-Espera-se que haja noções básicas para que a criança inicie-se no processo de alfabetização;
-Domínio das motricidades finas e amplas;
-Constatação da socialização e inclusão das diversidades.

5 PROCESSO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O planejamento e a avaliação são atos que devem ser encarados com muita seriedade
pelo educador. Ambas precisam passar por reflexões profundas e incorporar os contextos nos
quais as crianças se encontram. Planejar é, antes de tudo, um ato de muita responsabilidade,
uma atitude que resulta no aprendizado e que influencia a vida escolar dos alunos de maneira
direta.
Dentro do planejar não está apenas o ato do que se vai realizar, pois o planejamento
requer revisão do que fora planejado e executado, de acordo com os interesses, as condições
de desenvolvimento e as necessidades das crianças. Planejar é uma atitude de projetar, de
buscar um melhor desenvolvimento psicológico e motor, que pense no educando enquanto
sujeito. Portanto, o planejamento não é um modelo a ser seguido, pronto e imutável. Pelo
contrário, o planejamento precisa ser flexível, o que realmente permite ao educador repensar
e, caso necessário, buscar novos significados à sua prática pedagógica.
Para que o planejamento seja significativo, a avaliação necessita ser crítica por parte
dos profissionais que atuam na Educação Infantil. Esta, por sua vez, exige dos educadores
53

muita observação, reflexão e registros diários. Tudo o que uma criança aprende e a forma pelo
qual ela aprende, demonstra muito sobre ela. Ter sensibilidade é fundamental para que se
avalie de maneira correta, levando em conta os distintos ritmos de aprendizagem das crianças.
A avaliação se torna, contudo, um ato constante de acompanhamento de desenvolvimento e
evolução.
Tanto para o planejamento quanto para a avaliação, a presença e a interação
adulto/criança são fundamentais. Não há como planejar sem conhecer e não há como aprender
e evoluir sem socializar-se. Ter uma relação afetuosa se faz essencial para o bom resultado do
planejamento e da avaliação, uma vez que cada criança é única e possui necessidades
diferentes para que a aprendizagem ocorra.
Dentro do planejamento e da avaliação encontramos a rotina, primordial para o
descobrimento das regras e limites para as crianças. As rotinas necessitam ser flexíveis,
focando aprendizagens significativas, promovendo a independência e a autonomia nas
crianças.

ROTINA DA CRECHE
Matutino
7h e 30m às 7h e 45m: Recepção das crianças
7h e 45m: Banheiro/ higiene
8h: Desjejum (leite,bolachinha, fruta, suco)
8h e 15m: Atividades pedagógicas
9h e 15m: Lanche
9h e 30m: Lanche das professoras
9h e 45m: Lanche das estagiárias
10h: Banheiro, troca, higiene
Atividades dirigidas, parque, atividades livres...
11h: Preparação para saída (banheiro, higiene, troca)
11h e 15m às 11h e 30m: Saída

Vespertino
13h e 15m às 13h e 30m: Recepção
13h e 30m: Desjejum (bolachinha, fruta, suco)
13h e 45m: Banheiro/ higiene
14h: Atividades pedagógicas
15h: Lanche
15h e 15m: Lanche das professoras
15h e 30m: Lanche das estagiárias
15h e 45m: Banheiro, troca, higiene
54

Atividades dirigidas, parque, atividades livres...


16h e 40m: Preparação para saída (banheiro, higiene, troca)
17h às 17h e15m: Saída

ORIENTAÇÕES para a Rotina


Recepção: é feita por uma professora e uma estagiária, disponíveis para conversar com quem
traz a criança.
Refeições (desjejum, lanche/almoço): mais importante que o “dar de comer” é a relação
afetuosa que se cria nas refeições. O respeito pelo horário das refeições, pela introdução de
novos alimentos, pelo ritmo individual de cada criança e, ainda, por uma alimentação
adequada e rica, são elementos a não esquecer.
Higiene: os momentos de higiene e trocas de fraldas são momentos privilegiados da relação
adulto/criança, momentos de brincadeira com o corpo, pés, mãos, barriga, momentos de
contato físico e diálogos.
Repouso (soninho): quanto mais pequena a criança, maior é a sua necessidade biológica de
dormir. Adormecer num espaço calmo e silencioso é muito importante, de modo que o sono
proporcione um momento agradável à criança.
Saída: no final do dia, a criança é entregue pela professora da sala, complementando as
informações que são fornecidas às famílias pela agenda. É importante esta
complementaridade entre a escola e a família, que contribui para a construção de relações de
confiança.

PROJETO DO PRÉ-ESCOLAR

No pré-escolar, os projetos são planejados por turma (s), por escola, ou por eventual
solicitação da rede de ensino. Para que ocorra uma compreensão didática, o planejamento
envolve, a partir da pesquisa-diagnóstica, a seguinte construção:

1. Tema/problema: Definir a partir do levantamento das questões significativas que


aparecem na pesquisa-diagnóstica.
2. Objetivos

3. Proposta de estudo: Planejamento dos conteúdos, habilidades e competências a serem


desenvolvidas e aprimoradas em determinado período.

4. Metodologia: Planejamento de propostas de estudo/atividades.

5. Avaliação: Considerado como processo individual e coletivo, destacamos a


observação como instrumento de avaliação mais utilizado.
55

Rotina da pré-escola

-Chegada (acolhida);

-Brinquedo livre;

-Rodinha;

-Atividade criadora;

-Banheiro;

-Lanche;

-Parque;

-Hora do jogo;

-Despedida.

6 ENSINO FUNDAMENTAL

6.1 CONHECENDO OS ALUNOS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

6.1.1 Crianças de 6 e 7 anos

-Percebe-se como sujeito integrante de grupos sociais;


-Concretiza e interioriza mais a sua estrutura de espaço e tempo;
-Deseja a companhia de outras crianças;
-No jogo e nos seus companheiros encontra as suas próprias experiências que, unidas ao
ensino e exemplo dos mais velhos, a ajudará a alcançar um maior equilíbrio e maturidade
psicológica;
-Adora jogos, imprimindo a tentação de enganar para vencer;
-Adquiriu já um número considerável de conhecimentos que vão aumentando e variando
constantemente as noções que tem do mundo;
56

-Compreende mais coisas, mas adivinha menos;


-É mais inteligente e menos intuitiva (embora o seja e muito);
-A criança que não tem mãe presente, entra mais tarde na vida sentimental, e a que não tem
pai presente, tem dificuldade em começar a definir o seu caráter;
-Começa a formar-se o caráter, e, sobretudo, define-se já para um sentido determinado.
Projeta-se para o mundo por começar a ter este caráter; Porque começa a ser;
-Toda a vida afetiva da criança começa a ser dirigida, tanto pelos sentimentos como pelas
emoções;
-Quando deseja fazer uma coisa e hesita em fazê-la, chega a pensar que não é capaz. Se a
realizar e, por fim, vencer a feitoria, fica satisfeita. Isto é, quando passa de um sentimento de
incapacidade a um de capacidade, exercita a vontade;
-Tem grande capacidade de adaptação o que a torna apta para a assimilação de hábitos de
conduta. Está em plena adaptação a dois mundos: o de sua casa que lhe exige novas
responsabilidades e o do colégio com todas as suas estruturas, regras, etc.;
-Tem no mundo do colégio o mundo dos seus amigos;
-Passa por um período de seleção profissional, na qual procura o modo de realizar um papel
na vida;
-Atua como se a sua personalidade ocultasse os seus sentimentos, pensamentos e desejos; não
com receio de que os considerem maus, mas antes por vergonha que os conheçam seja como
forem;
-Às vezes mostra-se individualista, interessam-lhe os próprios êxitos, que conta aos outros
esperando a sua estima;
-A criança não deseja que saibam como é, mas quer saber como são as coisas;
-Nem sempre a criança está mentindo quando pensamos que está. A mentira ocorre apenas
como instinto de defesa ou interesses;
-É o centro do seu próprio universo. Egocêntrica;
-Quer fazer tudo à sua maneira;
-Emocionalmente é excitável e desafiadora;
-Aceita a culpa com mais facilidade em coisas grandes do que pequenas;
-Anseia o elogio e a aprovação;
-Possui dificuldade para decidir, vacila entre duas possibilidades;
-Gosta de possuir grande número de coisas, mas não as cuida;
-Tem certa irresponsabilidade;
-Capta mais coisas do que o que na realidade pode manejar;
57

-Toca, mexe e explora todos os materiais;


-Dá verdadeiro interesse ao valor do dinheiro, como ganho e recompensa;
-Tem medo dos ruídos, essencialmente aos elementos da natureza (chuva, trovão), assim
como aos seres humanos e fantasmas;
-Tem noção do bom e do mau, mas rudimentar, pois a relaciona ainda muito com atividades
aprovadas ou desaprovadas pelos pais;
-Gosta do professor e quer agradar-lhe. Quer o seu elogio, a sua atenção e ajuda;
-Instintivamente, identifica-se com tudo o que sucede e está à sua volta, pelo que está
capacitada para interiorizar novos conhecimentos e novas experiências pessoais e culturais;
-Os seus desenhos espontâneos são mais realistas. Capta o simples e o primitivo da natureza
(casa, árvore, etc.);
-Costuma aguentar o choro;
-Teme as situações novas que lhe costumam aparecer na escola;
-Tem menos pesadelos. É a figura central dos seus sonhos;
-Quer responsabilidade, especialmente na escola, mas preocupa-se com a ideia de não poder
portar-se corretamente;
-Deseja acabar uma tarefa já começada, mas não repara na sua capacidade para fazê-lo. Tem
tendência a esperar muito dela própria;
-É boa ouvinte;
-Preocupa-a a ideia de chegar tarde à escola e de não acabar os seus trabalhos;
-Precisa da palavra do professor para começar a mais simples tarefa.

6.1.2 Crianças de 8, 9 e 10 anos

-Possui um grande afã de crescer e manifesta interesse pela sua anatomia interna;
-A sua personalidade é mais expressiva, os seus gestos são mais seus;
-Sente-se consciente de si mesma como pessoa, reconhece algumas das diferenças em relação
aos outros e expõe-nas. Pensa muitas vezes em “si mesma”;
-Costuma sentir-se centro de qualquer cena e dramatizar-se;
-Quer que o adulto seja parte do seu mundo, com o qual apresenta exigências e quer que se
atue de acordo com as formas que ela determina;
-Procura viver, no entanto, segundo as normas dos demais;
58

-Sente-se mais identificada com a família e necessita dela, porque esta exerce, sobre ela, uma
influência preponderante;
-É sensível aos desacordos e antagonismos entre os membros familiares;
-Necessita que as relações recíprocas com as outras pessoas se encontrem em equilíbrio;
-O seu comportamento é mais acessível e responsável;
-É ativa, tem numerosos interesses, como trabalho escolar, alcançar êxitos em qualquer tarefa,
fazer sempre coisas…;
-Costuma estar atarefada com as suas preocupações;
-Planeja com pormenor o seu futuro;
-É muito sensível e afetam-na os problemas, especialmente os que provêm da amizade,
preocupando-se, às vezes, vários dias;
-Vai-se afirmando na sua personalidade e individualidade, o que as torna diferentes umas das
outras;
-O seu mundo imaginário é mais real que o verdadeiro;
-É a idade dos tesouros pessoais, muitos cuidados e muito próprios das coleções, embora não
sejam organizadas;
-Emocionalmente, sente necessidade de pedir perdão;
-Possuem um grande sentido da retidão e da justiça, e querem que a culpa se distribua
equitativamente;
-Sente inclinação para entrar em conflito com os outros. Procura desculpas para justificar a
sua atitude;
-Precisa de ajuda nas suas relações pessoais;
-A mãe continua a desempenhar um papel muito importante na sua vida, embora o pai receba
uma dose cada vez maior de afeto;
-Sabe trabalhar com maior independência, mas precisa que lhe repitam as coisas com bastante
freqüência;
-Convém ter certas restrições quando realizam atividades, especialmente lúdicas, pois a sua
propensão é para entrar em demanda com freqüência;
-Às vezes basta um olhar para corrigir a sua atuação, mas trabalha melhor com estímulos e
motivações.

6.2 GRADE CURRICULAR


Ano letivo: 200 dias.
Turno diurno – duração: 48 min. – Horas aula/ano: 800
59

DISCIPLINA 1 º ANO 2 º ANO 3 º ANO 4 º ANO 5 º ANO


Artes 1 1 1 1 1
Ciências 2 2 2 2 2
Educação Física 3 3 3 3 3
Ensino Religioso 1 1 1 1 1
Filosofia 2 2 2 2 2
Geografia 2 2 2 2 2
História 2 2 2 2 2
Informática 1 1 2 2 2
Língua Estrangeira (Inglês) 2 2 2 2 2
Língua Portuguesa 5 5 4 4 4
Matemática 4 4 4 4 4
TOTAL 25 25 25 25 25

6.2.1 Objetivos do 1º ano


-Socializar o (a) aluno (a) no ambiente escolar;
-Respeitar as regras da escola e da sala;
-Estimular o aluno para que o mesmo adquira o gosto e o hábito pela leitura, bem como a
atenção concentrada;
-Aprimorar as habilidades de falar e ouvir;
-Conhecer e aplicar os conhecimentos matemáticos.
-Aprender a copiar, ler e escrever.

6.2.2 Grade curricular do 1º ano

ARTES

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Desenvolver; -Coordenação motora -Colagens;
-Representar; ampla; -Pinturas;
-Conhecer; -Coordenação motora fina; -Texturas;
-Cantar; -Teatro -Recortes;
-Dançar; /dramatizações/mímicas; -Rasgaduras;
-Pensar; -Danças variadas; -Modelagens com argila e
-Criar; -Rodas cantadas; massas;
-Expressar; -Diferentes gêneros da -Fazer anelinas;
-Recortar; música; -Releituras de obras de
-Modelar; -Músicas clássicas; arte;
-Colar; -Desenho (criação); -Ouvir e Cantar os hinos;
-Desenhar; -Desenho da figura -Fazer mímicas, teatros,
60

-Pintar; humana; dramatizações;


-Rasgar; -Expressões faciais; -Explorar os instrumentos
-Teatralizar; -Desenhos prontos (mapas, da bandinha;
-Dramatizar; cópias, formas -Explorar sons, ritmos,
-Dobrar; geométricas, brasão, melodias;
-Ouvir; bandeiras,... ; -Desenhos;
-Reconhecer; -Canções; -Fazer mosaicos;
-Conhecer; -Leitura e releitura de -Rodas cantadas;
-Apreciar; imagens, fotografias, -Técnicas;
-Recriar; gravuras, obras de arte,...; -Músicas movimentadas.
-Analisar; -Cores primárias e
-Memorizar. secundárias (cores frias e
quentes);
-Mosaico;
-Pinturas;
-Fotografias;
-Gravuras;
-Rasgaduras;
-Hinos (nacional, estadual,
municipal, bandeira,...).

CIÊNCIAS

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Respeitar; -Ser humano e saúde -Troca de ideias sobre
-Relacionar; (identidade, diversidade e gostos e percepções,
-Valorizar; gênero; identificação de envolvendo os cinco
-Dialogar; partes do corpo; higiene sentidos;
-Mudar; pessoal e dos alimentos; -Observação dos elementos
-Interessar; vacinas); da natureza;
-Investigar; -Nossa alimentação; -Comparação dos modos de
-Participar; -Ambiente (paisagem local, como os diferentes seres
-Conhecer; elementos naturais e suas vivos fazem sua
-Preservar; importâncias, tempo e alimentação, locomoção,
-Identificar. clima, preservação e reprodução, etc.;
conservação do ambiente, -Resolução de pequenos
lixo e sua separação); problemas com ajuda
-Animais; quando for necessário;
-Plantas; -Registros escritos;
-Transformação da -Cultivo de plantas;
natureza; -Pesquisas em diferentes
-Sentidos. fontes;
-Desenhos, dramatizações,
músicas, entrevistas,
61

filmes, etc.

EDUCAÇÃO FÍSICA – 1º e 2º ANO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Correr; -Higiene e saúde: asseio -Linguagem gestual;
-Saltar; corporal, cuidado com os -Exercícios de:
-Pular; espaços físicos, com o meio coordenação, resistência,
-Rastejar; ambiente e com o outro; acrobáticos, força,
-Subir; -Jogos: tradicionais, faz de agilidade e elasticidade
-Descer; conta, de construção; (alongamento);
-Arremessar; -Dança; -Desenvolver as
-Rolar; -Atividades rítmicas e capacidades físicas
-Agilidade; expressivas; naturais: andar, correr,
-Velocidade; -Ginástica; saltar, quadrupedar,
-Força; -Movimento; arremessar, receptar, rolar,
-Respeitar; -Corporeidade; escalar, formação de
-Lateralidade: em -Danças: folclóricas e círculos, colunas,
cima/embaixo, populares; fileiras...;
direita/esquerda, -Cantigas; -Sequência pedagógica: do
frente/atrás, dentro/fora, -Brincadeiras de roda; simples para o complexo /
perto/longe; -Atletismo; do espontâneo para o
-Coordenações motora -Trabalhar com materiais específico;
fina e ampla; alternativos. -Músicas;
-Equilíbrio: dinâmico e -Movimento livre por meio
estático (postura corporal, de diferentes sons;
agilidade, força física, -Trabalhos individuais e
resistência, velocidade); coletivos;
-Ritmo: sons, -Expressão corporal
movimentos, cadência...; (sessão historiada, mímica,
-Esquema e expressão dramatização, coreografia,
corporal. atividades rítmicas...);
-Cantigas;
-Brincadeiras cantadas ou
não;
-Imitação;
-Dramatização;
-Desenho;
-Danças;
-Circuitos recreativos com
bola, corda, arco, cama
elástica, colchonetes e
materiais disponíveis no
62

local;
-Atividades que auxiliam
na aprendizagem das
habilidades: dentro/fora,
direita/esquerda,
frente/atrás, perto/longe,
alto/baixo;
-Jogos dramáticos;
-Jogos de regras simples e
negociáveis;
-Movimento livre com
diferentes materiais;
-Jogos de cooperação;
-Brincadeiras tradicionais;
-Brincadeiras antigas;
-Alongamento;
-Trabalhos com o corpo,
higiene e saúde;
-Jogos de: campo, correr,
com bola, habilidade,
salão, simbólicos e
sensoriais;
-Corrida;
-Salto;
-Dramatização.

ENSINO RELIGIOSO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Propor; -Regras de convivência; -Resgate histórico das
-Agradecer; -Valores; famílias;
-Crer; -Saber perguntar e -Conhecimento e reflexão
-Valorizar; justificar; sobre as origens;
-Meditar; -Auto-estima; -Valorização da sua própria
-Resgatar; -Histórias bíblicas; história;
-Ler; -Valores humanos; -Atividades de estimular a
-Cantar; -Fé; comunicação e a
-Cumprir. -Oração; compreensão de fatos;
-Diálogos; -Trabalhos coletivos;
-Comparação. -Leitura;
-Interpretação de textos
bíblicos;
-Filmes, mensagens;
-Orações espontâneas.
63

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Pensar; -Memória; -Leitura das cenas;
-Desenvolver; -Origens; -Desenhos;
-Descobrir; -Objetos de valores culturais; -Tempestade de ideias;
-Refletir; -Brinquedos; -Exposição dos objetos
-Dialogar; -História de vida (individual, coletados;
-Argumentar; familiar e escolar). -Relatos orais das
-Crescer; experiências vivenciadas.
-Perguntar;
-Investigar;
-Despertar;
-Estimular;
-Ouvir;
-Compreender;
-Construir;
-Relatar.

GEOGRAFIA E HISTÓRIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Respeitar; -O nome como algo -Pesquisa em várias fontes
-Participar; individual; (fotos, jornais, internet,
-Apreciar; -Nomes e origens livros, entrevistas,...);
-Desenvolver; diferentes; -Troca de informações;
-Organizar; -Semelhanças e diferenças -Confronto de opiniões;
-Utilizar; nas histórias de vida; -História da escrita;
-Mapear; -Aprender a conviver na -Uso das diferentes formas
-Adotar; escola e na família; de medir o tempo
-Preservar; -Formas de medir o tempo; (calendário);
-Conservar; -Diferentes rotinas dos -Planejamento de ações
-Valorizar; alunos (oralidade); positivas em relação a
-Conhecer; -Diversidade dos modos de família e a escola;
-Reconhecer; ser criança: hoje/ontem, -Leitura de mapas, roteiros
-Localizar-se. outros tempos e lugares; e plantas variadas;
-Organizações familiares; -Localizar espaços
-Cuidar do meio familiar e conhecidos;
escolar; -Elaborar símbolos que
-Compreender a relação representam locais
entre espaço corporal e (maquetes);
64

espaço a sua volta -Filmes, pinturas, fotos,


(frente/atrás, em entrevistas e outros, como
cima/embaixo fonte de informação;
direita/esquerda,...); -Registro individual de
-Descrição dos elementos informações coletadas
da paisagem local; através de desenhos;
-Reconhecimento das -Linha do tempo.
transformações realizadas
ao longo do tempo pelo
homem;
-Percepção da importância
da legenda para identificar
objetos e lugares;
-Noção do tempo;
-Tipos de moradia;
-Localização do espaço que
vive.

INFORMÁTICA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Conhecer; -Jogos; -Desenho;
-Digitar; -Desenho; -Pintura;
-Atenção; -Pintura; -Jogos variados;
-Percepção; -Componentes de um -Cópias de palavras e
-Coordenação motora fina. computador; frases;
-Textos diversificados; -Identificação das letras e
-Salvar; pontuação no teclado;
-Internet. -Frases;
-Pequenos textos para
digitação.

LÍNGUA INGLESA – 1º e 2º ANO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ouvir; -Greetings: Hi, Hello, -Atividades de ouvir e repetir as palavras
-Falar; Good Bye, Good aprendidas;
-Comunicar; Morning, Good -Cumprimentar-se na língua inglesa;
-Conhecer; Afternoon, Good -Atividades orais e escritas;
-Perceber; Evening, Good Night, -Registrar atividades no caderno;
-Diferenciar; How are you?, What is -Participar escrita e oralmente;
your name?; -Contextualizar oralmente os conteúdos
65

-Where do you live?; propostos;


-Leituras e exemplos sobre o conteúdo;
-Identificar; -Numbers (0-20); -Atividades que envolvam números - contas;
-Conhecer; -School items (book, pen, -Expressar oralmente a quantidade de
-Contar; pencil, cryon, notebook, números estudados em língua inglesa;
-Cantar; school bag, eraser, ruller, -Ouvir e repetir o vocabulário em estudo;
-Nomear itens glue, colored pencil, -Atividades com mímicas, músicas, cantos;
utilizados em sala case, sharpener); -Desenhos envolvendo quantidades
na língua inglesa; solicitadas;
-Socializar -Atividades de pintura, gravuras, desenhos;
experiências do -Desenhos usando o próprio material
cotidiano com escolar;
itens estudados; -Nomear objetos escrita e verbalmente na
língua inglesa;
-Atividades de socialização dos materiais;
-Atividades escritas – cruzadinhas;
-Joguinhos – memory games;
-Reconhecer; -The family – father, -Atividades de desenhos, pinturas e fotos;
-Identificar; mother, brother, sister, -Desenhos usando o seu próprio material
-Memorizar; grandmother, escolar;
-Situar-se na grandfather; -Atividades de socialização dos materiais;
família e -Pronomes pessoais – He -Atividades escritas – cruzadinhas;
sociedade; is, She is …; -Joguinhos – memory games;
-Conversar; -Usar a nomenclatura em situações
-Entender oportunas;
(composição da
família);
-Aprender; -Colors (yellow, blue, -Atividades orais, escritas e individuais;
-Diferenciar; red, green, pink, orange, -Atividades de ouvir e repetir o vocabulário
-Reconhecer; black, white, brown, estudado;
-Identificar; pink, gray, purple, -Confecção de cartões (for friends);
-Comparar; orange); -Recorte e colagem (figuras, papéis);
-Agrupar; -Joguinhos (caça-palavras);
-Perceber; -Dramatizações usando as cores;
-Comparar; -Animals (cat, dog, -Atividades orais;
-Reconhecer; rabbit, fish, lion, mouse, -Jogos de memória;
-Diferenciar; bee, butterfly, bird, -Colagem e pintura;
-Perceber; elephant, pig, tiger, ant, -Produção do “Crazy animal”;
-Agrupar; cow); -Atividades de comparações (cores,
tamanhos, habitat);
-Brincar; -Toys (doll, ball, teddy -Atividades de ouvir e repetir as palavras
-Socializar; bear, car, bike, kite, aprendidas;
-Valorizar; skate, video game); -Confecção de brinquedos com materiais
-Respeitar; alternativos;
66

-Atividades escritas com desenhos;


-Dia do brinquedo;
-Desenhar;
-Conhecer; -Holidays (Easter, -Atividades referentes a cada data – orais e
-Saber; Mother’s Day, Father’s escritas;
-Reconhecer. Day, Halloween, -Desenhos, gravuras, cartazes, figuras,
Children’s Day, cartões;
Christmas). -Pesquisas sobre as datas.

LÍNGUA PORTUGUESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Respeitar; -Continuidade do processo -Uso da linguagem em
-Contribuir; de alfabetização; situações de comunicação
-Valorizar; -Expressão Oral; (expor opiniões, explicar,
-Habituar; -Ampliação do argumentar, perguntar,
-Ampliar; vocabulário; solicitar,...);
-Socializar; -Ensinar as letras, som das -Interpretação de textos,
-Produzir; letras associação letra fatos e histórias;
-Construir; /som; -Narração de fatos orais;
-Desenvolver; -Uso da letra script -Produção e revisão de
-Pesquisar; maiúscula; palavras, frases e pequenos
-Falar; -Introdução da letra script textos;
-Ouvir; minúscula; -Recontar histórias e
-Conhecer; -Leitura de imagens, criação oral de novas
-Reconhecer; fotografias, objetos, ...; versões;
-Ler; -Leitura oral de histórias e -Produção de textos
-Escrever; textos pelos professores coletivos;
-Opinar; para os alunos; -Manuseio de livros, gibis,
-Perguntar; -Aprender o que é letra, jornais, etc.;
-Argumentar. sílaba, palavra, frase e -Uso do dicionário;
texto; -Compreensão e
-Ensinar espaçamento entre interpretação da leitura;
palavras; -Análise e discussão das
-Introduzir o caderno de ideias do texto;
desenho e a régua para -Sistematização da escrita
registro das atividades de (identificação de frases e
aula; palavras nos textos);
-Introduzir o caderno com -Socialização de
linhas; experiências de leituras;
-Textos coletivos; -Reconhecer intenções e
-Literatura infantil; objetivos na fala dos outros
-Jogos; e nos textos.
67

-Brincadeiras; -Criação do
-Conto; livro/dicionário do
-Trava línguas; alfabeto;
-Poesia; -Exposição dos alfabetos
-Leitura; legíveis na sala de aula;
-Escrita; -Hora do conto;
-Introdução da: -Hora da novidade;
.Entrevista; -Visita a biblioteca;
.Anúncio; -Montagem do cantinho da
.Bilhete; leitura;
.Placas; -Temas de casa (pais ler
-Símbolos; para os filhos);
-Leitura de diferentes -Atividades como
portadores de texto cruzadinhas, caça palavras,
(rótulos, embalagens...); frases enigmáticas,
-Gramática na oralidade; acróstico, ditados,
-Aprimorar a ortografia carimbos...).
gradativamente;
-Produção de palavras e
frases.

MATEMÁTICA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Confiar; -Números e operações; -Usar a contagem oral nas
-Solucionar; -Conjuntos (vazios, brincadeiras, jogos,
-Respeitar; unitários, finito, infinito); cantigas de roda e em
-Valorizar; -Números por extenso; situações que se reconheça
-Questionar; -Ordem crescente, ser necessário;
-Explorar; decrescente; -Leitura, escrita
-Interpretar; -Espaço e forma comparação e ordenação de
-Persistir; (quadrado, retângulo, números;
-Verbalizar; triângulo, círculo, -Observação e verbalização
-Observar; pequenos percursos e da posição de objetos, para
-Comparar; trajetos com ponto de verificar antecessor e
-Resolver; referência); sucessor;
-Nomear; -Grandezas e medidas (uso -Uso do dinheiro em certas
-Concentrar. dos dedos, passos, etc; situações de interesse;
estratégias pessoais de -Noções de cálculos
medidas, tendo como mentais e registros
referência o corpo; numéricos para resolver
medidas de tempo, espaço, situações problemas;
capacidade, monetária); -Explorar as formas
68

-Antecessor e sucessor; geométricas dos objetos;


-Tratamento de -Registro de posição de
informações (dados em objetos e pessoas nas
listas, tabelas, gráficos brincadeiras e jogos;
simples e legendas); -Uso de diferentes formas
-Respeitar as regras do para comparar as
jogo e desafios; grandezas;
-Maior/menor = / ; -Marcação do tempo em
-Histórias matemáticas calendários;
envolvendo as quatro -Experimentação de noções
operações; de medidas de tempo,
-Números pares/ímpares; comprimento, peso,
-Meia dezena, dezena, volume utilizando medidas
meia dúzia, dúzia; convencionais;
-Número e quantidade. -Registro pessoal das
informações;
-Elaboração e
problematização de listas e
tabelas simples
(aniversariantes, nome,
resultados de jogos, etc).

6.2.3 Metas para o 1º ano

-No final dessa etapa propõe-se que o aluno esteja socializado com o ambiente escolar, com
os colegas, professores e demais funcionários;
-Saiba respeitar a si mesmo e aos outros;
-Desenvolva a atenção concentrada;
-Domine as habilidades para falar, escutar, ler, produzir, calcular e manifestar suas opiniões
com clareza;
-Desenvolva o gosto e o hábito pela leitura;
-Evidencie que a alfabetização esteja em processo.

6.2.4 Objetivos do 2º ano

- Dê continuidade ao processo de alfabetização e letramento;


-Desenvolver o gosto pela leitura e escrita;
-Oportunizar a comunicação oral e escrita;
-Estimular expressões de sentimentos, ideias e opiniões em uma sequência lógica;
-Desenvolver habilidades e competências;
-Aprimorar os princípios da alfabetização.
69

6.2.5 Grade curricular do 2º ano

ARTES

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Manusear; -Apropriação de técnicas -Mistura de cores;
-Criar; artísticas; -Recorte;
-Recriar; -Obras de arte; -Colagem,
-Expressar; -Pinturas; -Pinturas;
-Desenhar; -Mosaico; -Texturas;
-Produzir; -Canções; -Explorar diferentes
-Observar; -Gêneros da música; materiais como isopor,
-Pintar; -Formas geométricas lixa,...;
-Imaginar; (tangram); -Leitura e releitura (fotos,
-Cantar; -História em quadrinhos; figuras, obras de arte,...);
-Pensar; -Folclore (lendas, jogos e -Pintura usando cores
-Jogar; brincadeiras e brinquedos); primárias e secundárias;
-Brincar; -Exploração de materiais -Rasgaduras;
-Teatralizar; alternativos (construção de -Criação de maquetes;
-Modelar; brinquedos e jogos); -Confecção de jogos e
-Contar; -Esculturas em areia, brinquedos;
-Confeccionar; argila, massas, verduras e -Relaxamento;
-Medir; legumes; -Mímica;
-Copiar; -Desenhos prontos -Cantos;
-Colorir; (bandeiras, mapas, brasão, -Imitação;
-Observar; figuras geométricas, ...; -Expressão corporal;
-Construir; -Cores (variadas); -Exploração do tangram;
-Dobrar. -Música clássica; -Produção de desenhos.
-Desenhos;
-Linhas e formas;
-Danças folclóricas;
-Maquetes;
-Dobraduras (toalhas,
papéis,...);
-Painéis coletivos e
individuais;
-Mosaicos.

CIÊNCIAS

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Identificar; -Higiene corporal (órgãos -Identificar as partes do
70

-Desenvolver; dos sentidos); corpo e suas funções;


-Classificar; -Alimentação e o equilíbrio -Desenvolver hábitos de
-Explorar; ecológico; higiene e saúde;
-Observar; -Doenças; -Classificar o valor
-Descobrir; -Recursos naturais: ar, nutritivo e a procedência
-Experimentar; água, solo, sol, vegetais; dos alimentos;
-Analisar; -Observação, análise, -Experiências do processo
-Descrever; descrição, classificação e de germinação e
-Comparar. medida dos recursos crescimento das plantas;
naturais; -Identificar, distinguir e
-Animais (classificação e caracterizar os animais
características). através de vídeos, filmes,
passeios, gravuras,
revistas...;
-Observação, análise,
descrição, classificação e
medida dos recursos
naturais;
-Explorar o meio em que
vive.

EDUCAÇÃO FÍSICA: Verificar no 1º ano

ENSINO RELIGIOSO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Refletir; -Limites; -Diálogos;
-Pensar; -Direitos e deveres; -Entrevistas;
-Interpretar; -Histórias bíblicas; -Músicas;
-Valorizar; -Valores humanos; -Filmes, mensagens;
-Comunicar; -Família; -Estudo do Estatuto da
-Comparar; -Escola; Criança e do adolescente;
-Respeitar; -Amizade; -Textos;
-Conhecer; -Respeito. -Cruzadinhas;
-Dialogar. -Frases;
-Caça-palavras;
-Desenhos;
-Regras de convivência,
trabalho, segurança,
educação.
71

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Pensar; -Auto estima; -Refletir sobre si mesmo;
-Desenvolver; -Valores; -Estabelecer regras de
-Argumentar; -Regras de convivência; convivência;
-Descobrir; -Saber perguntar e -Trabalhos em grupo;
-Crescer; justificar. -Interpretação de textos;
-Perguntar; -Diálogos;
-Refletir; -Tempestade de ideias.
-Investigar;
-Dialogar;
-Despertar;
-Ouvir;
-Compreender;
-Construir.

GEOGRAFIA E HISTÓRIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Observar; -Família; -Árvore genealógica,
-Conhecer; -Moradia; confecção da identidade,
-Identificar; -Escola; entrevistas, pesquisas e
-Reconhecer; -Comunidade; passeios;
-Valorizar; -Meios de transporte; -Diferenciar os tipos de
-Compreender; -Meios de comunicação; moradias existentes;
-Desenhar; -Profissões; -Identificação, localização,
-Dialogar; -Datas comemorativas. história, desenhos e
-Pesquisar; pequenos textos;
-Localizar; -Origem do nome das
-Perguntar. comunidades dos alunos,
localização, zona rural e
urbana;
-Classificação: terrestre,
aquática e aérea;
-Palestras, pesquisas,
desenhos, jogos,
brincadeiras, teatro,
concurso, festas e músicas.

INFORMÁTICA - 2º e 3º ANO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


72

-Conhecer; -Internet; -Pesquisa na Internet;


-Digitar; -Jogos; -Desenho;
-Atenção; -Desenho; -Pintura;
-Percepção; -Pintura; -Frases;
-Coordenação Motora fina; -Salvar e imprimir; -Pequenos textos para
-Ler; -Componentes de um digitação;
-Compreender; computador; -Digitação de trabalhos em
-Criar; -Diversidade textual; sala de aula;
-Calcular. -Histórias em quadrinhos; -Acentuação;
-Calcular. -Quatro operações.

LÍNGUA INGLESA: Verificar no 1º ano

LÍNGUA PORTUGUESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Conhecer; -Dar continuidade ao -Elaborar Frases;
-Produzir; processo de alfabetização; -Ordem alfabética
-Ampliar; -Seguir com o Alfabeto (diferentes sequências);
-Ler; SCRIPT -Produção de textos
-Compreender; (maiúscula/minúscula); (avisos, convites, poemas,
-Escrever; -Traçado correto das letras; bilhetes, etc);
-Interpretar; -Leitura; -Oralidade;
-Aplicar; -Escrita; -Cruzadinhas;
-Ouvir; -Aprimorar a Ortografia; -Caça-palavras;
-Falar; -Explorar a gramática -Cartas enigmáticas;
-Perceber; oralmente; -Relatos de experiências
-Observar; -Introduzir gradativamente: cotidianas;
-Reescrever; .Translineação; -Leitura, compreensão e
-Resolver; .Substantivo; interpretação de diferentes
-Perguntar. .Acentuação; textos;
.Pontuação; -Fábulas;
.Verbos; -Pesquisas;
.Tipos de frases; -Ditados;
.Sinônimos e antônimos; -Hora do conto;
-Introduzir a letra cursiva; -Hora da leitura;
-Ampliar o Vocabulário; -Leitura coletiva;
-Literatura infantil; -Sarau de poesias;
-Expressão Oral; -Pesquisas;
-Textos coletivos; -Entrevistas.
-Textos individuais;
-Leitura informativa;
73

-Leitura, compreensão e
interpretação de textos;
-Poesias;
-Diálogo (narrador,
personagens,...);
-Histórias em quadrinhos;
-Produção textual;
-Reconstrução textual;
-Uso do dicionário.

MATEMÁTICA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Elaborar; -Números e sistema de -Compreender a tabuada
-Interpretar; numeração; até o 5;
-Calcular; -Leitura e escrita dos -Interpretar situações
-Identificar; numerais; problemas envolvendo as
-Transformar; -Unidade, dezena, centena, quatro operações;
-Compreender; dúzia; -Jogos e desafios
-Classificar; -Adição (UDC); matemáticos;
-Seriar; -Subtração (UDC); -Cálculos com material
-Adicionar; -Antecessor e sucessor; concreto;
-Subtrair; -Sistema de numeração -Desenvolvimento de
-Multiplicar; romana até 30; atividades favoráveis para a
-Dividir; -Divisão; aprendizagem de
-Desenvolver; -Multiplicação; matemática;
-Concentrar. -Sistema de medidas -Ditado de numerais.
(massa, comprimento,
tempo, capacidade);
-Sistema monetário;
-Geometria;
-Ordem crescente e
decrescente;
-Números ordinais;
-Par e ímpar;
-Tabuada até o 4.

6.2.6 Metas para o 2º ano

-Ao final desta etapa o aluno deverá saber comunicar-se por meio da fala, ouvindo com
atenção e adequando a linguagem à situação;
74

-Atenção concentrada;
-Desenvolver o gosto pela leitura e escrita;
-Expressar sentimentos, idéias e opiniões através da fala e escrita;
-Relatar acontecimentos e expor o que sabe sobre temas estudados;
-Formular e responder a perguntas e intervir sem sair do assunto;
-Explicar e compreender explicações, manifestando opiniões;
-Fazer os movimentos corretos na lateralidade;
-Saber perto ou longe;
-Coordenar movimentos básicos;
-Saber respeitar as regras do jogo;
-Ter desenvolvido os princípios da alfabetização;
-Evidenciar que a alfabetização está em processo;
-Apresentar domínio dos princípios matemáticos estudados.

6.2.7 Objetivos do 3º ano

- Dar continuidade ao processo de alfabetização e letramento;


- Saber conviver em grupo com respeito;
-Respeitar as regras combinadas no ambiente escolar;
-Desenvolver o gosto pela leitura, escrita, compreensão e interpretação da tipologia textual;
-Compreender e saber resolver as quatro operações, envolvendo situações problemas e
raciocínio lógico;
-Saber situar-se no espaço e no tempo.

6.2.8 Grade curricular do 3º ano

ARTES

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Manusear; -Expressão corporal e oral; -Teatro;
-Interpretar; -Desenho: imaginativo, -Desenhos;
-Criar; observativo, expressivo e -Confecção de brinquedos e
-Recriar; recriação de desenhos; jogos com material
-Cantar; -Oralidade; alternativo;
-Expressar; -Cartões; -Produção de Cartões;
-Desenhar; -Músicas; -Observação, cópia e
-Produzir; -Canções; recriação de obras de arte;
75

-Imaginar; -Pinturas; -Recortes;


-Improvisar; -História da arte; -Colagens;
-Observar; -Cores (diversas); -Pinturas;
-Pintar; -Ensinar a elaboração de -Mosaicos;
-Resgatar; cartazes; -Festival da canção;
-Dançar. -Desenho quadriculado; -Quadrilhas;
-Uso da régua; -Apresentações artísticas;
-Desenhos prontos (mapas, -Exposição;
brasão, figuras -Exposição dos trabalhos
geométricas,...); artísticos.
-Recorte;
-Modelagem;
-Mosaicos;
-Desenhos com sombra;
-Exploração de diferentes
texturas e materiais;
-Exploração de materiais
alternativos;
-Introdução do pirógrafo;
-Criação de anelinas;
-Teatro;
-Danças.

CIÊNCIAS

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Comparar; -Higiene e saúde (mental -Palestra;
-Classificar; social e física); -Textos informativos;
-Reconhecer; -Alimentação; -Cuidados com os alimentos;
-Conservar; -Recursos naturais (água, -Higiene corporal e
-Perceber; terra, sol, ar, plantas e alimentar;
-Conhecer; animais); -Desenvolver hábitos básicos
-Identificar; -Meio ambiente: lixo e de higiene;
-Aprender; saneamento básico; -Preservação do meio
-Observar; -Relação dos seres vivos com ambiente em que se vive.
-Ampliar; o ambiente;
-Relacionar. -Transformação no ambiente
e na natureza.

EDUCAÇÃO FÍSICA – 3º e 4º ANO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Lateralidade; -Higiene e Saúde: asseio -Brincadeiras cantadas ou não;
76

-Coordenações motoras: fina e corporal, cuidado com os -Cantigas;


ampla; espaços físicos, com o meio -Imitação;
-Equilíbrio: dinâmico e estático ambiente e com o outro; -Dramatização;
(postura corporal, agilidade, -Jogos: tradicionais, faz de -Brincadeira de roda;
força física, resistência, conta, de construção, pré- -Linguagem gestual;
velocidade); esportivos; -Pequenos jogos:
-Ritmo: sons, movimentos, -Danças: folclóricas, populares, .Adaptados, cooperativos e pré-
cadência...; modernas, clássicas, de salão; desportivos;
-Esquema e expressão corporal; -Atividades rítmicas e .De regras, de construção e
-Correr; expressivas; dramáticos;
-Saltar; -Ginástica: formativa, olímpica, .De baixa organização: de linha,
-Pular; rítmica; em círculo, imitativos e de
-Rastejar; -Movimento; corridas variadas;
-Descer; -Corporeidade; .Sensoriais e sensitivos;
-Subir; -Esporte; .Lúdicos;
-Arremessar; -Atletismo: saltos, corridas e .Populares (tradicionais);
-Chutar; arremessos; .Individuais e coletivos;
-Velocidade; -Trabalho com materiais -Salto, rolamento, corrida,
-Ritmo; alternativos. arremesso, recepção, escalada,
-Força; chute, posse, domínio;
-Respeitar. -Músicas;
-Alongamento;
-Danças diversas;
-Sessão historiada, mímica e
dramatização;
-Atividades que desenvolvam as
aptidões físicas: ginástica de
solo, com arco, com bola, com
fita e com corda;
-Trabalhos individuais e em
grupos;
-Atividades diversificadas e
dirigidas;
-Trabalhos com corpo, higiene e
saúde;
-Introdução de pequenos jogos
que irão auxiliar no aprendizado
das capacidades dos esportes
(exemplo: voleibol com
toalhas);
-Materiais adaptados a alunos
com diferentes faixas etárias e a
alunos com necessidades
educativas especiais.
-Confecção de brinquedos com
materiais alternativos.

ENSINO RELIGIOSO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Respeitar; -Eu e a escola; -Leitura;
-Valorizar; -Função social da escola e -Escrita;
77

-Conhecer; comunidade; -Cantos;


-Reconhecer; -Família; -Desenhos;
-Orar; -Valores; -Pesquisas;
-Agradecer; -Virtudes. -Produção;
-Refletir; -Filmes;
-Desenvolver; -Visitas;
-Cantar. -Leitura do livro Sagrado.

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Pensar; -O “eu”; -Refletir sobre si mesmo;
-Desenvolver; -Auto-estima; -Estabelecer regras de
-Argumentar; -Valores; convivência;
-Descobrir; -Regras de convivência; -Debates;
-Crescer; -Valorização das idéias e -Trabalhos em grupo;
-Perguntar; experiências; -Leitura das cenas;
-Refletir; -Saber perguntar e justificar. -Interpretação de textos;
-Investigar; -Diálogos;
-Despertar; -Tempestades de ideias.
-Estimular;
-Valorizar;
-Ouvir;
-Compreender;
-Construir;
-Motivar.

GEOGRAFIA E HISTÓRIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Identificar; -Eu e os outros; -Produção de regras e
-Valorizar; -Família; combinados;
-Utilizar; -Modo de viver; -Linha de tempo;
-Observar; -Escola; -Árvore genealógica;
-Conhecer; -Município: localização, -Família: ontem e hoje;
-Identificar; organização social e política; -Entrevistas;
-Reconhecer; -Organizações sociais locais; -Pesquisas;
-Ampliar. -Símbolos municipais; -Produção textual e outros;
-Município: Limites, relevo, -Os três poderes na esfera
agricultura, pecuária, municipal;
hidrografia, vegetação, -Visitas;
indústria e comércio; -Viagens de estudos;
78

-Mapas; -Leitura elaboração e


-Datas comemorativas. interpretação de mapas;
-Leitura de imagens diversas
(fotografias, paisagens
naturais...);
-Passeios.

INFORMÁTICA: Verificar no 2º ano

LÍNGUA INGLESA – 3º e 4º ANO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Conhecer; -Personal Pronouns ( I, He, -Atividades de ouvir, falar,
-Ampliar; She, You, It, We, You, registrar, usando o conteúdo
-Reconhecer; They); estudado;
-Expressar; -Jogos de memória;
-Identificar; -Tradução de textos;
-Listen and repeat;
-Desenhar as pessoas
referentes aos pronomes;
-Registros escritos;
-Produções textuais (little
texts);
-Memorizar; -The alphabet; -Atividades com música;
-Cantar; -Soletração;
-Dançar; -Produção de cartazes;
-Relacionar; -Ampliar o vocabulário;
-Usar (cotidiano); -Usar as letras para soletrar
nomes conhecidos;
-Usar o dicionário;
-Saber; -Cultura dos países onde o -Atividades com livros,
-Conhecer; inglês é idioma oficial; gravuras, fotos;
-Perceber; -Pesquisa dos países;
-Atividades de apresentação
oral;
-Observação da língua inglesa
presente no dia-a-dia;
-Localização geográfica;
-Pesquisa: a presença da
língua inglesa no dia a dia;
-Reconhecer; -Horas (What time is it?); -Atividades orais e escritas;
-Saber; -Comparar questões
79

-Entender; temporais;
-Diferenciar; -Confeccionar o próprio
-Ouvir; relógio;
-Falar; -Uso prático do relógio;
-Trabalho com figuras;
-Desenhos de relógios
marcando as horas;
-Localizar; -Days of the week (Dias da -Usar o vocabulário no dia-a-
-Saber; Semana); dia;
-Interpretar; -Months of the year (Meses -Leituras individuais e
-Usar (o vocabulário); do ano); coletivas;
-Seasons of the year -Dramatizações;
(Estações do ano); -Elaboração de histórias em
quadrinhos;
-Usar o calendário;
-Confecção de calendário;
-Identificar; -Numbers (0-100); -Atividades que envolvam
-Memorizar; -Professions and jobs (doctor, números;
-Reconhecer; teacher, dentist, policeman, -Desenhos envolvendo
-Ouvir; nurse, fire, students, etc); quantidades solicitadas;
-Falar; -Teatros com imitações sobre
as profissões;
-Trabalhos com figuras;
-Produção de teatro;
-Atividades - analogias das
profissões;
-Registrar escrita e oralmente;
-Comparar; -Meals, foods (comidas); -Produção de receitas;
-Sentir; -Exploração de vocabulários
-Conhecer; através de gostos individuais;
-Ouvir; -“Dia da Cozinha” (Produzir a
-Falar; própria comida);
-Trabalhos e atividades
escritas e orais;
-Gincana – alimentos;
-Aprender; -Parts of de house (Partes da -Atividades orais, escritas e
-Identificar; Casa) – Kitchen, bedroom, individuais;
-Situar; living room, dining room, -Desenhar;
-Nomear; garage, bathroom); -Coleta de informações sobre
a “house” dos colegas – oral;
-Pintar;
-Projetar casas com material
reciclado;
-Colorir;
80

-Conhecer; -Holidays (Easter, Mother’s -Atividades referentes a cada


-Participar; Day, Father’s Day, data – orais e escritas;
-Saber. Halloween, Children’s Day, -Produção de cartões e
Christmas, Halloween). convites (holidays);
-Confecções de desenhos e
cartazes;
-Organização da festa do
halloween;
-Pesquisar a história e origens
das festas (halloween).

LÍNGUA PORTUGUESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Conhecer; -Dar continuidade ao processo -Interpretação textual;
-Produzir; de alfabetização; -Linguagem oral e escrita:
-Ampliar; -Tipologias textuais (frases, narrativas pessoais, debates,
-Compreender; diálogos, bilhetes, textos, cartas, contação de histórias...;
-Criar; convites, poesias, fábulas, -Uso do dicionário;
-Ler; contos de fada, histórias em -Produção de textos a partir de
-Escrever; quadrinhos); figuras, de passeios, de
-Interpretar; -Produção individual e coletiva experiências científicas e de
-Aplicar; de textos; palavras-chaves;
-Falar; -Oralidade, compreensão e -Confecção de murais, painéis
-Ouvir; interpretação; informativos e ilustrativos;
-Perguntar; -Análise linguística: alfabeto, -Elaboração de síntese a partir
-Argumentar; sílabas, sinônimos e antônimos, de histórias, de filmes;
-Questionar; encontros vocálicos e -Reestruturação de textos;
-Reescrever; consonantais, dígrafos, sinais de -Exercícios de fixação;
-Perceber; pontuação, tipos de frases, -Hora da leitura;
-Pesquisar. substantivos comuns, próprios, -Hora do conto;
simples e compostos, coletivos, -Exploração de diferentes
gêneros masculino e feminino, portadores de texto;
singular e plural, aumentativo e -Ditados;
diminutivo, adjetivos -Leitura individual e coletiva;
(privilegiar a oralidade e -Desafios.
contextualizar os conteúdos);
-Translineação;
-Aprimorar a Ortografia;
-Uso do dicionário;
-Leitura: individual, coletiva,
silenciosa e oral;
-Literatura infantil;
-Textos coletivos e individuais.
81

MATEMÁTICA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Elaborar; -Números e sistemas de -Compreender a tabuada;
-Interpretar; numeração; -Criar, interpretar situações
-Calcular; -Leitura e escrita de problemas envolvendo as 4
-Identificar; numerais; operações;
-Transformar; -Classe das unidades simples -Persistência na resolução de
-Compreender; e de milhares; problemas e na construção de
-Questionar; -Valor absoluto e relativo; suas próprias ideias;
-Classificar; -Ordem crescente e -Jogos e desafios
-Seriar; decrescente; matemáticos;
-Adicionar; -Números pares e ímpares; -Cálculos mentais;
-Subtrair; -Adição e subtração até a -Uso de material concreto
-Multiplicar; classe de milhares; (ábaco, material dourado,
-Dividir; -Prova real; cartaz de prega, materiais
-Resgatar; -Multiplicação e divisão; recicláveis (sistema
-Incentivar; -Nome dos termos; monetário));
-Desenvolver; -Dúzia, dezena; -Identificar produtos
-Concentrar. -Antecessor e sucessor; vendidos em litro, quilo,
-Números ordinais; metro e dúzia;
-Problemas envolvendo as 4 -Desenvolvimento de
operações; atividades favoráveis para a
-Sistema de numeração aprendizagem de matemática;
romana até 300...; -Construção de gráfico e
-Sistema monetário; tabelas;
-Sistema de medidas -Jogos diversos.
(comprimento, capacidade,
massa, tempo);
-Geometria;
-Tabuada até o 6.

6.2.9 Metas para o 3º ano

-Evidenciar o gosto e hábito pela leitura;


-Desenvolver a atenção concentrada;
-Saber as diferentes linguagens e tipologias textuais;
-Ler fluentemente;
-Dominar os conhecimentos matemáticos fundamentais;
-Ter noções do desenvolvimento sustentável;
82

-Saber situar-se nos diferentes espaços e tempos, convivendo em harmonia, respeitando as


diferenças e incluindo as diversidades.

6.2.10 Objetivos do 4º ano

-Compreender, interpretar e escrever diversos tipos de textos;


-Saber interagir de forma inteligente com o meio ambiente, posicionando-se criticamente
frente a diferentes situações contribuindo para a construção de um mundo melhor;
-Diferenciar os movimentos de lateralidade;
-Localizar-se no tempo e no espaço;
-Saber ouvir;
-Desenvolver o gosto pela leitura e escrita;
-Respeitar os movimentos (colegas);
-Desenvolver a atenção concentrada;
-Saber, pensar e aplicar os conhecimentos construídos.

6.2.11 Grade curricular do 4º ano

ARTES

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Manusear; -Expressão corporal e oral; -Teatro;
-Interpretar; -Desenho: imaginativo, -Desenhos;
-Criar; observativo, expressivo e -Confecção de jogos,
-Recriar; recriar e completar desenhos; brinquedos, instrumentos
-Cantar; -Técnicas artísticas; musicais, móveis,... com
-Expressar; -Oralidade; materiais alternativos;
-Desenhar; -Mosaicos; -Criação de Cartões;
-Produzir; -Maquetes; -Observação, cópia e
-Imaginar; -Cartazes; releitura de obras de artes;
-Improvisar; -Convites; -Recortes;
-Observar; -Cartões; -Colagens;
-Pintar; -Músicas, -Pinturas;
-Resgatar. -Canções; -Mosaicos;
-Pinturas; -Exposição dos trabalhos;
-Danças; -Festival da canção;
-Diferentes gêneros da -Exposição dos trabalhos
música; artísticos;
83

-História da arte; -Quadrilhas;


-Cores (variadas); -Apresentações (bandinha).
-Móbiles;
-Desenhos prontos (mapas,
figuras geométricas,...);
-Rodas cantadas;
-Jogos folclóricos;
-Dança do pau de fita;
-Quadrilhas;
-Cenários;
-Maquetes;
-Esculturas;
-Carimbos (folhas, moedas,
legumes,...);
-Colagens;
-Recortes (picote);
-Dobraduras;
-Pirógrafo;
-Exploração de pedras,
bolitas, vidros, madeiras,
isopor, linhas, lãs;
-Confecção dos instrumentos
musicais para a criação da
bandinha.

CIÊNCIAS

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Comparar; -Universo e Planeta; -Palestra;
-Classificar; -A Via Lactea e o nosso -Pesquisas, viagens de
-Reconhecer; sistema solar (diferenças de estudo, coleta de dados,
-Conservar; temperatura e duração dos observações;
-Perceber; dias, movimento de rotação -Classificações;
-Conhecer; na terra); -Leituras e interpretações;
-Identificar; -Ciências naturais; -Identificação de ambientes;
-Aprender; -Estações do ano; -Prática dos hábitos de
-Observar; -Ambiente (relações entre higiene;
-Ampliar; seres vivos e alimentos para -Compreender como
-Relacionar. todos); funciona o corpo humano
-Corpo humano: através do estudo dos
.Órgãos e sistema (digestão e sistemas;
sistema digestório); -Filmes.
.Respiração e sistema
84

respiratório;
.Excreção e sistema urinário;
.Os alimentos e sua
importância para o
organismo;
-Saúde;
-Descobrindo o mundo
(eletricidade e as formas de
se obter energia elétrica,
calor).

EDUCAÇÃO FÍSICA: Verificar no 3º ano

ENSINO RELIGIOSO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Respeitar; -Respeito mútuo; -Respeito ao ser humano;
-Valorizar; -Convivência escolar; -Respeito as manifestações
-Conhecer; -Justiça; culturais;
-Reconhecer; -Diálogo; -Convívio social
-Orar; -Solidariedade; democrático;
-Agradecer; -Amizade; -Zelar patrimônio público e
-Refletir. -Preconceito; da escola.
-Comunidades.

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Pensar; -Guerra; -Narração;
-Desenvolver; -Violência; -Discussão;
-Argumentar; -Loucura; -Leitura das cenas;
-Descobrir; -Lógica da dominação; -Levantamento de ideias;
-Perguntar; -Identidade; -Tempestades de ideias;
-Refletir; -Sentimentos; -Desenhos;
-Investigar; -Pesquisas e descobertas; -Filmes;
-Despertar; -Habilidades; -Registro escrito:
-Estimular; -Ética das relações; .Cruzadinhas;
-Ouvir; -Encaminhamento político .Frases;
-Compreender; das questões do poder. -Brincadeiras;
-Construir. -Jogos.
85

GEOGRAFIA E HISTÓRIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Realizar; -História geral de Santa -Textos informativos;
-Elaborar; Catarina (ontem e hoje); -Leituras;
-Pesquisar; -Localização e organização -Pesquisas;
-Coletar; social e política do estado; -Entrevistas;
-Representar; -Formação inicial das -Atividades de grupos;
-Conhecer; cidades; -Produção textual;
-Entender; -Fundação de Santa Catarina; -Os três poderes na esfera
-Observar; -Desenvolvimento estadual;
-Identificar; econômico, industrial e -Visitas;
-Reconhecer; turístico; -Viagens de estudo;
-Ampliar; -Acontecimentos políticos, -Leitura;
-Utilizar; sociais, econômicos e -Exploração de mapas;
-Valorizar. culturais do estado; -Leitura de imagens;
-Datas comemorativas; -Produção textual;
-Estado: limites, orientações, -Passeios;
recursos naturais, clima, -Construção de maquetes;
vegetação, hidrografia, -Pesquisas;
economia, pecuária, indústria -Linha do tempo;
e comércio. -Representações teatrais e
-Meios de transporte; musicais.
-Meios de Comunicação.

INFORMÁTICA – 4º e 5º ANO

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ler; -História do computador; -Pesquisas sobre a história do
-Escrever; -Partes do computador; computador;
-Compreender; -Componentes e funções de -Pesquisa na internet;
-Pesquisar; um computador (Word, -Explicar a função de cada
-Conhecer; Excel, Paint...); aplicativo;
-Criar; -Salvar e imprimir; -Desenhos, cartões, frases e
-Digitar; -Diversidade textual; textos diversificados;
-Calcular; -Internet; -Pesquisa diversificada
-Aplicar. -Jogos; integrando os conteúdos da sala
-Acentuação; de aula;
-Ortografia; -Pintura;
-Cálculos. -Digitação;
-Produção textual;
-Elaboração de cartazes;
86

-Organização de murais com os


trabalhos impressos;
-Trabalhos em grupo;
-Quatro operações.

LÍNGUA INGLESA: Verificar no 3º ano

LÍNGUA PORTUGUESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Redigir; -Expressão Oral obedecendo -Produção e reescrita de
-Copiar; às regras da linguagem culta; textos;
-Reproduzir; -Tipos de textos: narrativos, -Leituras;
-Ler; dissertativos, informativos, -Visualização de Filmes;
-Compreender; descritivos,...; -Registro diário das
-Interpretar; -Uso correto do dicionário; atividades no caderno;
-Escrever; -Leitura, compreensão e -Contação de histórias;
-Organizar; interpretação de textos -Cruzadinhas;
-Criar; coletivos e individuais; -Desafios;
-Aplicar; -Aprimorar a Ortografia; -Montagem de murais;
-Compreender; -Dificuldades ortográficas: -Ditados;
-Ampliar; (s/z, v/f, d/p, x, ch, lh, g/j, -Exercícios;
-Produzir; m/n,...); -Hora da leitura;
-Conhecer. -Literatura infantil e infanto- -Hora do conto;
juvenil; -Uso do dicionário;
-Escrita; -Uso de jornais e revistas;
-Leitura; -Visitas a biblioteca;
-Resumos orais e escritos; -Estruturação e uso do
-Translineação; cantinho da leitura;
-Textos coletivos; -Temas de casa (leituras com
-Reescrita de textos; a família;
-Acentuação, (sílaba tônica); -Fichas de leitura.
-Pontuação;
-Tempos verbais;
-Substantivos;
-Uso dos porquês;
-Apresentação de um texto
(estética, dados de
identificação,...).

MATEMÁTICA
87

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Elaborar; -A quatro operações; -Situações problemas;
-Interpretar; -Números: cardinais, -Criar, compreender e
-Calcular; ordinais, fracionários, interpretar as situações
-Identificar; multiplicativos e decimais, problemas envolvendo as
-Transformar; romanos até 500; quatro operações;
-Compreender; -Cálculo mental; -Usar instrumentos de
-Questionar; -Sistema de medidas: medida como o metro,
-Classificar; comprimento, massa, balança, litro, etc.;
-Seriar; capacidade, tempo; -Pesquisas de preços e depois
-Adicionar; -Sistema monetário; formulação de problemas;
-Subtrair; -Geometria; -Fixar as operações
-Multiplicar; -Porcentagem; resolvendo os cálculos
-Dividir; -Situações problemas (4 matemáticos;
-Resgatar; operações); -Jogos diversos;
-Incentivar; -Sentenças matemáticas; -Gráficos;
-Desenvolver; -Tabuada (até 10); -Legendas.
-Pesquisar; -Valor absoluto e relativo;
-Jogar; -Classe das unidades e de
-Concentrar. milhar;
-Ordem crescente e
decrescente;
-Pares e ímpares;
-As 4 operações;
-Prova real;
-Nome dos termos;
-Leitura e escrita de
números.

6.2.12 Metas para o 4º ano

-Saber ouvir e falar;


-Ler com fluência;
-Escrever corretamente;
-Pensar e aplicar os conhecimentos construídos.
- Dominar as operações matemáticas trabalhadas.
88

6.2.13 Objetivos do 5º ano

-Desenvolver o espírito crítico e uma formação voltada para a compreensão e transformação


de realidade visando a formação do cidadão;
-Desenvolver a capacidade de questionar a realidade, formular hipóteses acerca de problemas,
planejar e executar investigações (experimentais ou não) por meio de observações, coletas e
análises de dados, fazer críticas e chegar a conclusões;
-Levar o aluno a aquisição de conhecimentos específicos permitindo ampliar
progressivamente seus conceitos e vocabulário científico, assim como reformular seus
próprios conceitos;
-Desenvolver o gosto e hábito pela leitura e escrita;
-Desenvolver a atenção concentrada.

6.2.14 Grade curricular do 5º ano

ARTES

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Compreender; -O ser humano como -Desenvolvimento do
-Participar; produtor da arte; sentimento de valorização e
-Conhecer; -Pintura primitiva respeito do ser humano;
-Reconhecer; indígena; -Colaboração em
-Identificar; -Arte brasileira; atividades coletivas;
-Oportunizar; -Tatuagens; -Atividades em grupo;
-Utilizar; -Formas e cores na pintura -Respeito às diferentes
-Estabelecer; corporal; opiniões dos alunos;
-Explorar; -Linhas, formas e cores; -Desenhos e pinturas;
-Compartilhar; -Desenhos e pinturas com -Experimentos;
-Elaborar. cores quentes e frias; -Organização e registro de
-Atividade interdisciplinar informações através de
geografia, vegetação do desenhos, colagens,
cerrado; pinturas...;
-Paisagens, tipos -Canções;
característicos e culturais; -Músicas;
-Esculturas, desenhos e -Tatuagens;
gravuras; -Desenho da figura
-Observação, memorização humana.
e criação de painéis
89

coletivos;
-Expressão corporal;
-Danças;
-Mosaicos;
-Desenhos prontos (mapas,
figuras geométricas,
brasão,...);
-Hinos;
-Canções;
-Paródias;
-Desenhos com luz e
sombras;
-Teatro;
-Mímicas.

CIÊNCIAS

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Compreender; -Reprodução humana; -Interpretar situações cuja
-Identificar; -Homem, mulher e compreensão dependa dos
-Pesquisar; puberdade; conceitos em estudo;
-Analisar; -Sistema nervoso; -Interpretação de histórias,
-Reconhecer; -Coordenação nervosa e os imagens, experimentos que
-Aplicar; sentidos; induzam comparações;
-Realizar; -Evolução; -Responder questões que
-Desenvolver. -A vida nem sempre foi reportem a situações
assim; vivenciadas em sala de
-Os biomas do Brasil; aula;
-Florestas; -Elaborar textos individuais
-Desenvolvimento e em duplas;
sustentável; -Elaborar trabalhos usando
-Recursos naturais e o técnicas diversificadas
desequilíbrio ecológico; (desenho, colagem);
-Matéria e energia; -Discutir em grupos
-Eletricidade e diferentes temas;
magnetismo; -Pesquisa em várias fontes.
-Tecnologias e
comunicação (telégrafos,
telefone, rádio, TV,
satélites e internet);
-Descobrindo o mundo
(combustão e magnetismo).
90

EDUCAÇÃO FÍSICA

CONTEÚDOS HABILIDADES ATIVIDADES


-Corporeidade; -Lateralidade; -Brincadeiras de roda;
-Movimento; -Coordenações motoras: fina -Brincadeiras antigas;
-Jogos; e ampla; -Imitação;
-Ginástica; -Equilíbrio; -Desenho do corpo, higiene e
-Dança; -Força; saúde;
-Atletismo; -Velocidade; -Salto, arremesso;
-Esporte. -Ritmo; -Corrida;
-Jogos: -Recepção;
.Tradicionais; -Chute;
.Faz de conta; -Cantigas;
.De construção; -Atividades de ritmo e
-Dramatização; expressão;
-Dançar; -Vivencias de atividades de
-Domínio corporal; danças;
-Percepção espacial; -Participação em jogos pré-
-Jogos internos e gincanas, desportivos, populares,
de mesa e pré-desportivos; brincadeiras e atividades
-Iniciar o ensino dos corporais;
esportes: -Jogos coletivos;
.Futebol; -Jogos adaptados e
.Voleibol; cooperativos;
.Handebol; -Construção e discussão de
.Basquete; novas regras e de novas
-Possibilitar através das estruturas de jogos;
capacidades naturais (saltar, -Observação dos limites
arremessar, correr,...) o impostos pelas regras dos
aperfeiçoamento na iniciação jogos e brincadeiras.
ao atletismo;
-Respeitar.

ENSINO RELIGIOSO
HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES

-Promover; -Cultura religiosa; -Entrevistas;


-Cantar; -Linguagem religiosa; -Pesquisas;
-Questionar; -Expressões religiosas; -Relatos;
-Interpretar; -Ritos das igrejas; -Questionários;
91

-Diferenciar; -Magia; -Teatro;


-Crer; -Superstição; -Desenhos;
-Pesquisar; -Folclore; -Músicas;
-Reconhecer; -Origem da vida; -Cantos;
-Comunicar; -Concepção de morte. -Orações;
-Manifestar; -Vídeos;
-Compreender; -Produções textuais.
-Relatar;
-Respeitar.

FILOSOFIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Despertar; -Novelas filosóficas Irmãos -Construir com sucatas,
-Estimular; de Sangue; maquetes, bonecos
-Oportunizar; -Conceitos; representando personagens
-Desenvolver; -Comparações; da novela filosófica;
-Conhecer; -Contra-exemplos; -Contornar o corpo dos
-Descobrir; -Analogias; alunos representando os
-Respeitar; -Contradições e seriações; personagens;
-Pensar; -Amizade; -Registro das aulas;
-Imaginar; -Cultura dos povos -Leitura das cenas das
-Comparar; indígenas; novelas;
-Questionar; -Linguagem. -Exposição de trabalhos
-Generalizar; realizados;
-Raciocinar; -Despertar o interesse pela
-Refletir; reflexão na escola como
-Construir. um todo;
-Jogos;
-Refletir sobre a influência
das emoções na nossa
maneira de pensar e nos
relacionamentos;
-Exposição da arte
indígena;
-Visitação a museu da
região.

GEOGRAFIA E HISTÓRIA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Valorizar; -O que é história?; -Pesquisa sobre a própria
92

-Desenvolver; -História pessoal; história e da família através


-Integrar; -Medições de tempo; de entrevistas;
-Respeitar; -O Brasil Indígena; -Pesquisas na localidade;
-Adotar; -Os colonizadores; -Trocas de informações
-Expor; -Primeiras viagens e com os demais colegas;
-Coletar; colonização do Brasil; -Uso de diferentes fontes
-Reconhecer; -Capitanias hereditárias; históricas;
-Aceitar; -Inserção do negro na -Coletas de dados sobre os
-Conhecer; economia; índios;
-Empenhar; -Ser escravo no Brasil: -Pinturas, textos, poesias,
-Identificar; quilombos e líderes negros; etc.;
-Elaborar; -O negro na sociedade -Discussão sobre as
-Planejar; atual; diferentes culturas e formas
-Escrever; -Substituição do negro pelo da dominação portuguesa.
-Interpretar; trabalhador assalariado; -Leitura de textos de fontes
-Produzir; -Os imigrantes; diversas: músicas, poesias,
-Compreender; -Brasil república: ontem e etc.;
-Pesquisar; hoje: Organização político- -Mapas geográficos e
-Construir; administrativa; históricos;
-Observar; -Desenvolvimento da -Desenhos, quadros,
-Diferenciar; indústria; tabelas, listas e maquetes;
-Vivenciar. -Direitos e deveres do -Diálogos;
cidadão; -Planejamentos de estudos;
-Principais acontecimentos -Contextualização dos
políticos e sociais na principais acontecimentos;
atualidade; -Estabelecimentos de
-Diferentes tipos de mapas; diferenças entre o hoje e o
-Ocupação do espaço físico ontem;
do Brasil, zonas rurais e -Discussão sobre o papel
urbanas; do negro na sociedade atual
-Aspectos físicos do Brasil: e outras formas de
relevo, clima, hidrografia e preconceito;
recursos naturais; -Leitura, interpretação e
-Consequências da elaboração de mapas e
transformação da natureza plantas com escala, legenda
pelo homem; e título;
-Papel do trabalho e da -Pesquisas em diversas
tecnologia na fontes bibliográficas:
transformação dos espaços; jornais, revistas, etc.;
-Símbolos. -Pesquisas na internet;
-Registros por meio de
listas, gráficos, tabelas,
textos, desenhos,
fotografias, mapas, etc.;
93

-Confecção de maquetes
com escala.

INFORMÁTICA: Verificar no 4º ano

LÍNGUA INGLESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ler; -Greetings – review; -Atividades de comunicação
-Escrever; -How are you? (I AM oral e escrita;
-Ouvir; fine/well/happy/bad/sad/furious); -Memorização/repetição de
-Falar; -Questões pessoais (What is your frases e palavras;
-Participar; name? Where do you live? -Exercícios escritos
-Contextualizar; Where are you from?...); (caderno);
-Desenvolver autonomia; -Family; -Músicas (ouvir, cantar,
-Memorizar; -Easter Day; dançar);
-Vivenciar; -Personal Pronouns (I, you, he, -Joguinhos (memória,
-Expor; she, it, we, they); cruzadinhas, acrósticos);
-Integrar; -Verb To Be – Present – -Brincadeiras (usando
-Reconhecer. Affirmative, Negative, músicas, canções, mímicas);
Interrogative and Contracted -Vídeos/DVDs;
Forms; -Produções individuais e
-Numbers (1 – 100); coletivas (frases e textos);
-Mother’s Day; -Revisão dos conteúdos
-Colors (review); estudados no 4º ano.
-Professions;
-Demonstrative Pronouns (this, Obs: As aulas de inglês irão
these, that, those); acompanhar os projetos
-Articles (The, a, na); pedagógicos da escola.
-Father’s Day;
-Possessive Pronouns (me, your,
his, her, its, our, their);
-Months of the year, seasons,
days of the week;
-Food (Verb To eat);
-Breakfast, lunch, dinner;
-Sports (Verb To Play);
-Hours;
-School Objects;
-Halloween;
-Christmas Day.
94

LÍNGUA PORTUGUESA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Ler; -Leitura de textos de -Respeito a diferentes formas de
-Escrever; diversos gêneros; expressão oral (regionalismo,
-Interpretar; -Leitura como instrumento sotaques, etc.);
-Produzir; de pesquisa; -Hábito da leitura em fontes
-Compreender; -Uso de diferentes recursos diversas;
-Aplicar; em situações de -Preservação do patrimônio
-Pesquisar; comunicação escrita; cultural e coletivo em língua
-Construir; -Produção, interpretação, escrita;
-Valorizar; compreensão e construção -Adoção de espírito investigativo
-Conhecer; de diferentes tipos de (pesquisa);
-Observar; textos; -Autonomia e criticidade sobre as
-Identificar; -Aplicação e valorização produções escritas;
-Diferenciar; gramatical em situação de -Pesquisa em dicionário;
-Aprofundar; comunicação escrita oral; -Exercícios da cidadania reflexiva
-Atenção; -Observação e e crítica, a partir do domínio
-Concentrar. identificação do uso da crescente da língua;
língua oral em situações -Hora da leitura;
sociais de comunicação; -Hora do conto;
-Aprofundamento e -Visitas a biblioteca;
diferenciação das classes -Leitura, compreensão e
de palavras e seus interpretação de textos;
significados; -Ditados.
-Translineção;
-Dificuldades ortográficas
(s/ss; r/rr, nh, lh,...);
-Uso do dicionário;
-Literatura infantil e
infanto-juvenil;
-Notícias;
-Gramática
contextualizada:
.Sujeito e predicado;
.Acentuação;
.Pontuação;
.Grau;
.Substantivo;
.Pronomes;
.Verbos.
95

MATEMÁTICA

HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES


-Calcular; -Sistema de medidas -História dos números;
-Introduzir; (revisão); -Identificação de símbolos
-Desenvolver; -Geometria; e regras;
-Revisar; -As 4 operações; -Medidas de comprimento,
-Dividir; -Simetria; capacidade, massa,
-Subtrair; -Frações; superfície, volume;
-Somar; -Porcentagem e -Formas geométricas;
-Elaborar; probabilidade; -Sistema de numeração
-Multiplicar; -Estatística; decimal;
-Sistematizar; -Números decimais; -Números naturais;
-Identificar; -Área; -Operações com números
-Compartilhar; -Perímetro; naturais;
-Compreender; -Números romanos até -Expressões numéricas e
-Relacionar; 1000; resolução de problemas;
-Fazer; -Antecessor e sucessor; -Situações problemas:
-Explorar; -Sistema monetário; cálculos mentais;
-Reconhecer; -Juros; -Dobraduras, recortes,
-Utilizar; -Introduzir o uso da decalques e simetria;
-Participar; calculadora. -Idéias de frações;
-Esquematizar; -Comparação de frações;
-Concentrar; -Situações problemas;
-Promover; -Jogos diversos;
-Estabelecer; -Problemas com
-Conhecer; porcentagem e
-Administrar; probabilidade;
-Trabalhar. -Construção de tabelas e
gráficos;
-Uso da calculadora.

6.2.15 Metas para o 5º ano

-Seja capaz de questionar o que está posto;


-Seja capaz de criar e recriar;
-Domine as habilidades básicas da Educação Física;
-Saiba o básico da matemática para iniciar operações maiores;
-Escreva e leia corretamente.
96

6.3 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

O planejamento é resultado de uma ação coletiva, na qual toda comunidade escolar


participa (mesmo que ocultamente) da sua construção, concretização e ressignificação do
processo educativo. O ponto de partida para um planejamento e uma conseqüente avaliação, é
a realidade sociocultural da comunidade escolar. Enquanto o planejamento é o ato pelo qual
decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como
estamos construindo o nosso projeto.
A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar, por isso contribui em todo o
percurso da ação. A avaliação se faz presente não só na identificação da perspectiva político-
social, como também na seleção de meios alternativos e na execução do projeto, tendo em
vista a sua construção, ou seja, a avaliação como crítica de percurso, é uma ferramenta
necessária ao ser humano no processo de construção dos resultados que planificou produzir,
assim, como é no redimensionamento da direção da ação; Ela faz parte de seu modo de agir e
por isso, é necessário que seja usada da melhor forma possível.
Segundo Libâneo (1994), a avaliação é uma tarefa complexa, que não se resume a
realização de provas e atribuição de notas. Ela cumpre o papel de diagnosticar as relações às
quais se recorrem instrumentos de verificação do rendimento escolar.

A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino aprendizagem. Através dela os resultados
vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, são
comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e
reorientar o trabalho para as correções necessárias (LIBÂNEO, 1994, p. 195).

Neste sentido afirma-se que a avaliação é uma análise a respeito da forma pela qual
está se dando a efetivação da aprendizagem, envolvendo assim, todo o trabalho escolar tanto
do professor quanto do aluno.
A avaliação um processo contínuo e sistemático, não podendo ser esporádica nem
improvisada, mas constante e planejada. É funcional, porque se realiza em função dos
objetivos.
Avaliar o processo de ensino aprendizagem consiste em verificar em que medidas os
alunos estão atingindo os objetivos previstos. Por isso, os objetivos constituem o processo
norteador da avaliação. Ela é orientadora, pois não visa eliminar alunos, mas orientar seu
processo de aprendizagem para que possam atingir os objetivos previstos.
97

Nesse sentido, a avaliação permite ao aluno conhecer seus erros e acertos, auxiliando-
o a fixar as respostas corretas e corrigir as falhas; É integral porque analisa e julga todas as
dimensões do comportamento considerando o aluno como um todo. Desse modo, ela incide
não apenas sobre os elementos cognitivos, mas também sobre o aspecto afetivo e o domínio
do psicomotor. Assim, o ato de avaliar não serve como pausa para pensar a prática e retomar a
ela, mas sim como um meio de julgar a prática e torná-la estratificante.
A avaliação poderia ser compreendida como uma crítica do percurso de uma ação, seja
ela curta, seja prolongada. Enquanto o planejamento dimensiona o que se vai construir, a
avaliação subsidia essa construção, porque fundamenta novas decisões. Para tanto, a escola
necessita de um bom planejamento que organize o seu trabalho e sua prática pedagógica. Se
acreditarmos na possibilidade de mudança da realidade, vamos estar abertos para encontrar os
caminhos de intervenção para poder realizar o planejamento de uma forma mais significativa.
Sempre há algo possível de ser feito, em função da autonomia relativa que se tem. Isso
significa que o professor não perde sua capacidade de pensar, de criar, de buscar alternativas
praticas, através de sua experiência cotidiana. Além de executar as ordens estabelecidas ele
conserva uma liberdade que lhe é inerente: ele pode criar inventar, construir. Nesta
perspectiva, entendemos que o planejamento precisa ser, antes de qualquer coisa, um
instrumento de trabalho para o próprio sujeito do grupo, correspondendo ao seu projeto de
intervenção na realidade.
Antes de qualquer coisa, fazer planejamento é refletir sobre os desafios da realidade da
escola e da sala de aula, perceber as necessidades, ressignificar o trabalho, buscar formas de
enfrentamento e comprometer-se com a transformação da prática. Segundo Padilha (2001),
planejamento é processo de busca do equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos,
visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações
grupais e outras atividades humanas. Planejar é sempre processo de reflexão de tomada de
decisão sobre a ação.
A atividade de planejar como um modo de dimensionar política, científica e
tecnicamente a atividade escolar, necessita ser resultado da contribuição de todos aqueles que
compõem o corpo profissional da escola. É preciso que todos decidam conjuntamente o que
fazer e como fazer. Na medida em que o conjunto de profissionais da escola constitui seu
corpo de trabalho, o planejamento das atividades também precisa ser um ato seu, portanto
coletivo. Decisões individuais e isoladas não são suficientes para construir resultados de uma
atividade que é coletiva. As atividades individuais e isoladas não são inócuos, mas são
98

insuficientes para produzir resultados significativos no coletivo. Para isso, tornam-se


necessárias ações individuais e coletivas ao mesmo tempo.
O planejamento de sala de aula, nesta perspectiva em que é abordado, é apto para
resgatar o sentido social do trabalho escolar. O tipo de planejamento é instrumento
metodológico da realização de ideias que superam o mero domínio cognitivo da informação.
Se compreendermos que muito conteúdo preestabelecido é completamente inútil e até,
anti-educativo, então precisaremos muito de planejamento. Não de qualquer planejamento,
mas de um planejamento que tenha como perspectiva a contribuição na construção de uma
nova realidade, através da participação na transformação da realidade existente.
A existência de projetos na escola é extremamente fundamental para o bom andamento
e funcionamento da Instituição de ensino, fazendo parte do planejamento. Eles são planejados
por turma, por escola ou rede de ensino. O planejamento envolve, a partir da pesquisa-
diagnóstica, a seguinte construção:
Projeto de aprendizagem:
1. Tema/problema: Definir a partir do levantamento das questões significativas que
aparecem na pesquisa-diagnóstica.
2. Objetivos
3. Proposta de estudo: Planejamento dos conteúdos, habilidades e competências a serem
desenvolvidas e aprimoradas em determinado período.
4. Metodologia: Planejamento de propostas de estudo/atividades.
5. Avaliação: Considerado como processo individual e coletivo, destacando os diferentes
instrumentos a serem utilizados ao longo deste projeto.
O objetivo principal de todo planejamento é possibilitar um trabalho mais significativo
e transformador, e, consequentemente, mais realizador na sala de aula, na escola e na
sociedade. Ele só tem sentido se o sujeito coloca-se numa perspectiva de mudança; querer,
fazer e poder. O planejar participativo permite coordenar ideias, ações e preocupações, em
vez de priorizar instâncias formais e estáticas, é precioso analisar a realidade particular de
cada escola e sala de aula.
Contudo, importa estar de olhos voltados para o futuro e não para o passado. O
passado serve para o reconhecimento de como foi a vida e para fundamentar nossas decisões
de mudança de rota. A construção está para o futuro; Há que se estar aberto para ele. Nesse
sentido, reconhecer o mundo contemporâneo, suas necessidades e suas aberturas para o futuro
são importantes. A compreensão e a assunção do presente em função do futuro é que nos
darão à dimensão política social do nosso ato de planejar.
99

O Plano de aula ou Plano diário, parte do Projeto de aprendizagem e é elaborado para


um tempo determinado, que é flexível em sua duração e nas possibilidades que oferece como
processo de ensinar, dando continuidade ao desenvolvimento individual e coletivo da turma.
O Plano deve conter os seguintes passos: data, o que e como ensinar, avaliação como processo
diário registrado pela professora (o) em instrumento próprio. Cada professora (o) é
responsável pela elaboração e administração competente do seu trabalho pedagógico.

6.4 FAMÍLIA E ESCOLA

A família e a escola necessitam andar juntas. É de grande importância que as duas


sigam o mesmo caminho, princípios e critérios para se alcançar o mesmo objetivo, mas cada
uma deve fazer sua parte para se chegar ao sucesso, conduzindo os educandos a um futuro
melhor.
Juntas, a família e a escola propiciaram ao aluno uma segurança maior na
aprendizagem, tornando-o capaz de enfrentar suas dificuldades perante a sociedade. Pensar na
parceria família e escola é necessário para uma conscientização muito grande, onde todos se
sintam envolvidos nesse processo de educar os educandos.
Sabemos que muitas funções têm sido transferidas da família para a escola. Com
isso, a escola vai abandonando seu foco de aprendizagem e a família a sua função, o que
demonstra a necessidade de se construir urgentemente uma ponte entre a escola e a família
para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o aluno tenha uma
educação com qualidade tanto na escola quanto em casa.

6.5 CUIDAR E EDUCAR

Entende-se que o cuidar e educar são necessidades fundamentais da infância, pois


através do educar que a criança conhece, aprende, se relaciona e se prepara para o  mundo 
adulto. Além disso, a criança irá socializar-se e interagir com pessoas diferentes do seu
convívio familiar e, consequentemente desenvolverá sua criatividade nas áreas em que se
concentram suas habilidades.
A criança faz parte da história, é um sujeito que possui necessidades, direitos e
deveres, independentes da etnia, posição social ou nação a que pertence. Para que fossem
100

respeitadas essas necessidades, estabeleceu-se a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da


Criança e do Adolescente de 1990. Criam uma legislação específica para a infância e falam de
uma criança cidadã com direito a proteção integral e com direitos à Educação Infantil como
um nível de educação básica.
Rego (1996, p. 58), relata que para Vygotsky: "O desenvolvimento está intimamente
relacionado ao contexto sócio-cultural em que a pessoa se insere e se processa de forma
dinâmica (e dialética) através de rupturas e desequilíbrios provocadores de contínuas
reorganizações por parte do indivíduo".
A criança está inserida numa sociedade falante, portanto é normal que desde seus
primeiros meses de vida, ela comece a imitar o mundo adulto, começando por linguagens não
bem deferidas, depois por pequenas palavras e mais tarde, frases inteiras. Referindo-se a
linguagem, Rego (1996, p.63) relata que para Vygotsky:

A conquista da linguagem representa um marco no desenvolvimento do homem: a


capacitação especificamente humana para a linguagem habilita as crianças a
providenciarem instrumentos auxiliares na solução de tarefas difíceis, a superarem a
ação impulsiva, a planejarem a solução para um problema antes de sua execução e a
controlarem seu próprio comportamento. Signos e palavras constituem para as
crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas.

Segundo a perspectiva histórico-cultural proposta, dentre outros, por Vygotsky (1998)


e Wallon (1998), o desenvolvimento da criança, sua construção como sujeito, ocorreu em
determinados ambientes físico-sociais historicamente elaborados. Nestes ambientes, os
membros adultos de uma cultura ou pessoas mais experientes (pais, avós, educadores, irmãos
mais velhos e outros) fazem com que ela participe de diferentes atividades promovendo
diferentes ações.
Na medida em que a criança interage com os objetos e com outras pessoas, construirá
relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive. Aos poucos, os espaços
educativos, a família, em conjunto, necessitarão favorecer uma ação de liberdade para a
criança, uma socialização que se dará gradativamente, através das relações que ela irá
estabelecer com seus colegas, professores e outras pessoas. Para que isso aconteça, a criança
não deve sentir-se bloqueada, nem tão pouco oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas
diferenças e experiências individuais precisam ter um espaço relevante, sendo respeitadas nas
relações com o adulto e com outras crianças.
No entanto, de acordo com Vygotsky (1998), desenvolvimento e aprendizagem têm
suas implicações pedagógicas. Concordamos com o autor quando coloca que o indivíduo
101

constrói-se culturalmente desde o início da sua vida, através do diálogo com outras pessoas,
através do tato quando ela toca os objetos, enfim através das relações que estabelece no
ambiente que vive. Quanto ao desenvolvimento e aprendizagem o autor chama a atenção para
os níveis de desenvolvimento que serão indispensáveis para a aprendizagem da criança. O
nível de desenvolvimento real compreende o que ela já consegue fazer sozinha. No  nível de
desenvolvimento potencial é analisado o problema que as crianças conseguem resolver com o
auxílio de adultos.
Vygotsky (1998) e Wallon (1998) enfatizaram os aspectos sociais e emocionais como
essenciais ao desenvolvimento cognitivo da criança. Sugerem pensar a criança como
interativa e construtora da própria subjetividade, considerando-se primeiramente as interações
sociais e depois as ações intrapessoais.
No momento atual, o grande desafio do profissional da educação, é trabalhar os
conteúdos propostos pelos programas curriculares, e recriá-los de maneira a torná-los mais
significativos e prazerosos para as crianças. Através disso acreditamos que os educadores com
intuito de sanar suas dificuldades, necessitam buscar tanto na teorização como na prática o
embasamento para o seu trabalho, desta forma unindo teoria e prática. As educadoras serão
capazes de utilizar o brincar nas suas práticas pedagógicas, fazendo com que as crianças
desenvolvam-se cognitivamente e psicologicamente de uma forma mais prazerosa, crítica e
principalmente criativa.

6.6 RELACIONAMENTO PESSOAL E INTERPESSOAL

A afetividade e educação estão diretamente ligadas a aprendizagem. Ela influencia de


maneira significativa a forma pela qual os seres humanos resolvem os conflitos; perpassa o
funcionamento psíquico, assumindo papel organizativo nas ações e reações.
Temos que pensar em uma escola que trabalhe o estado emocional de todos os
envolvidos. Trabalhar de forma positiva, baseada na confiança, respeito e satisfação interna
para cada um desenvolver o seu papel de forma eficiente e democrática.
Para que os alunos criem um bom relacionamento com seus mestres, necessitam de
compreensão afetiva quando atravessam o difícil caminho da dependência para a
independência. O que o aluno sente em relação a si mesmo, afeta o seu modo de vida.
102

É fundamental valorizar a atividade docente como um ato de amor e competência. A


formação pela vida e para a vida perpassa caminhos complexos, conduzindo-os a vencer
desafios da afetividade e educação na conquista da aprendizagem significativa.
Para Briggs (2000, p.27) “a chave da paz interior e da vida feliz é a auto-estima
elevada, pois é ela que esta por trás de todo relacionamento bem sucedido com os outros”.

6.7 TEMPO E ESPAÇO

A imagem concebida historicamente da escola, na qual crianças de determinadas


idades freqüentariam um espaço projetado para ensinar em períodos fixos de tempo, não
corresponde à imagem, tampouco à realidade hoje difundida. Quem conhece a escola de
ensino fundamental sabe muito bem como cada dia se configura. Tanto alunos como
professores não são apenas sujeitos contemplativos na instituição. No cotidiano, os
professores se deparam com muitos desafios advindos de aspectos administrativos, políticos,
pedagógicos.
Por isso, falar de tempo e espaço escolar exige uma definição do que se entende por
tais conceitos e que concepções estão aí envolvidas. Tanto o termo “tempo” quanto o termo
“espaço” têm definições diversas e os profissionais de várias áreas, como historiadores,
psicólogos, sociólogos, antropólogos, pedagogos, arquitetos etc., ocuparam-se em definir e
dar-lhes sentido.
Conforme Vinão Frago (1998), o que qualifica o espaço físico e o constitui como lugar
é a sua ocupação, sua utilização.

A ocupação do espaço, sua utilização, supõe sua constituição como lugar. O “salto
qualitativo” que leva do espaço ao lugar é, pois, uma construção. O espaço se
projeta ou se imagina; o lugar se constrói. Constrói-se “a partir do fluir da vida” e a
partir do espaço como suporte; o espaço, portanto, está sempre disponível e disposto
para converter-se em lugar, para ser construído (VIÑAO FRAGO, 1998, p.61).

Nesta perspectiva, o espaço, assim como o tempo, não podem ser entendidos como
neutros, pois, sendo uma construção social expressam as relações sociais que neles se
desenvolvem.
Se entendermos que a organização do tempo e do espaço escolar é construção humana
que foi elaborada no decorrer da história e que, portanto, expressa as relações sociais que aí se
estabelecem, podemos vislumbrar a possibilidade de mudanças na estrutura espaço-temporal
103

das escolas de modo a se tornarem espaços que favoreçam o processo de desenvolvimento e


formação das crianças, respeitando-as como sujeitos de direitos.
Mayumi de Souza Lima (1989), também defende a importância da qualidade do
espaço na educação das crianças, no sentido de proporcionar um espaço que, ao invés de
confinar a infância no interior da escola, proporcione as condições mais favoráveis para o
processo de desenvolvimento da criança.

Assim, se defendemos a escola como lugar privilegiado da infância em nossa


sociedade precisou repensar a construção, organização e ocupação dos edifícios
escolares, para que possamos permitir que seus usuários se apropriem e vivenciem o
espaço e as práticas ali desenvolvidas de modo a transformá-lo em lugar. Um lugar
cheio de sentido, que desperte o gosto pelo saber e que permita as crianças
vivenciarem sua infância juntamente com seus pares.
É claro que a busca pela superação do modelo escolar atual não é simples, pois esta
é fruto de uma tradição secular e encontra-se enraizado dentro de cada um de nós.
Serão necessárias mudanças profundas, tanto na concepção de infância quanto no
modelo de sociedade atual, já que os traços burocráticos, hierárquicos e de relações
de poder próprios da escola, nada mais são do que o reflexo das relações que se
estabelecem nesta sociedade. Contudo, é importante acreditarmos que tais mudanças
podem partir de micro-estruturas como a escola, e estarmos conscientes de que será
necessário muito tempo para desconstruir uma tradição que é secular (PINTO, [S.I.],
p.14-15).

Já para Lima (1999, p.8), o mesmo apresenta uma questão muito relevante sobre a
aprendizagem e a relação com o tempo, quando afirma que o planejamento não deve antever
apenas situações de aprendizagem, mas deve também prever o planejamento do tempo
necessário à execução e reflexão no que concerne às referidas situações. O aluno poderá então
estabelecer relações elaboradas, processar a informação, reformular a ação.
A organização e distribuição dos tempos e espaços escolares representam o poder
exercido pelo adulto sobre a criança. À primeira vista, não é possibilitado à criança o
exercício de participação e proposição de alternativas para a organização do seu próprio
espaço, de modo que possa ocupá-lo e transformá-lo em lugar.
De acordo com Libâneo (2003), a Escola está precisando rever os processos, os
métodos e as formas de educar, de ensinar e de aprender. Os professores e professoras
precisam compreender que a Escola não é mais, na atualidade, a única forma de transmissão
do saber, o qual pode ser obtido em vários lugares, tais como, nos meios de comunicação, nas
empresas, nos clubes, no dia-a-dia de qualquer pessoa.
Portanto, refletir sobre a questão do tempo e do espaço no planejamento das atividades
escolares traduz-se em um eixo muito importante para o desenvolvimento de ações que
auxiliem tanto professores quanto alunos.
104

6.8 METODOLOGIAS DE ENSINO


A rede de ensino se propõe a planejar e mediar o processo de ensinar e aprender de
forma dinâmica e significativa. Utilizará diferentes metodologias de ensino para garantir aos
alunos o acesso, permanência e possibilidade de aprendizagem. Além de “formas”
diferenciadas lançará mão de materiais e recursos de ensino que auxiliarão na compreensão e
interpretação dos conteúdos propostos e o desenvolvimento das habilidades e competências
previstas no Plano de estudos para cada ano. Neste contexto será co-responsabilidade dos
professores alcançar as metas traçadas objetivando o sucesso escolar de todos os alunos.

6.9 PORTFÓLIO

Um portfólio é uma coleção organizada e devidamente planejada de trabalhos


produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo. Constitui uma seleção, feita pelo
estudante, dos melhores trabalhos ou produtos por si realizados, de forma a poder
proporcionar uma visão alargada e pormenorizada dos diferentes componentes do
desenvolvimento do aluno (cognitivo afetivo e moral). Em geral, consiste num dossiê onde
são colocados trabalhos realizados ao longo do ano letivo, no âmbito de uma disciplina.
O portfólio é uma construção contínua, progressiva e dinâmica, para que o seu
conteúdo possa ser melhorado, alterado ou aumentado. Os trabalhos inseridos necessitam ser
selecionados de forma a revelar as aprendizagens mais significativas do percurso escolar do
aluno.
Poderá conter diversos tipos de trabalho, quer feitos na sala, quer fora dela. Poderá
incluir relatórios, composições, pequenos comentários sobre uma visita de estudos ou um
filme educativo que passou na televisão, testes, trabalhos individuais ou de grupos, trabalho
de casa, registro, desenhos, diagramas, reflexões do aluno (acerca da disciplina, duma
situação problema ou qualquer tarefa de aprendizagem ou acontecimento), ou resolução de
exercícios ou problemas.
Todos os trabalhos devem ser devidamente datados de forma a fornecerem
informações sobre os progressos, as aprendizagens e as experiências do aluno.
No portfólio precisam ser incluídos os registros das várias etapas a desenvolver no
trabalho, textos relativos ao tema, notícias de jornal, revista ou internet, além de atividades
que enriquecem os estudos em questão. Todos os trabalhos necessitam ser acompanhados de
um comentário que justifique a escolha realizada.
105

O Portfólio serve para avaliar continuamente a trajetória de cada aluno e de uma


turma, dentro de um projeto específico ou ao longo do ano letivo. Ele é um importante
instrumento para analisar os problemas de ensino que aparecem nas produções da turma e
procurar maneiras de resolvê-los; é um importante elo de comunicação entre a família e a
escola, na qual a montagem dele pode ser trimestral.

7 ORIENTAÇÕES PARA CLASSES BISERIADAS E MULTISERIADAS

7.1 ESCOLAS MULTISERIADAS

A estrutura escolar brasileira tem passado por uma série de desgastes, na qual um dos
problemas em destaque são as escolas multiseriadas que permeiam o cenário rural brasileiro.
O surgimento da escola rural no Brasil foi resultado histórico da sociedade agrária, com o
oferecimento de cursos profissionalizantes, voltados principalmente para o meio agrícola. A
escola técnica de segundo grau, por sua vez, surge para atender esta população. Contudo,
mesmo que atrasada e desconectada, surge a escola no campo. Para tanto, somente em 1930
as populações do meio rural foram beneficiadas com programas de escolarização realmente a
eles valorosos.
Manter a escola rural não foi nada fácil durante todas estas décadas, surgindo
inúmeros problemas na sua atuação, organização e efetivação. A partir da Lei nº 9394/96,
portanto, foram estabelecidas adaptações muito importantes na estrutura curricular e na
maneira de conduzir-se a educação rural, destacando a preservação da identidade cultural e o
direito perante o exercício político, tendo a educação como ponto de partida.

Porém, mesmo com novas políticas que contemplavam a educação rural, essa
continua apresentando uma série de aspectos negativos que permeiam a prática
dessas escolas. Destaca-se os aspectos sócio-políticos e nestes a inferiorização da
cultura rural frente a urbana, sendo transportadas para o interior das salas de aulas de
várias formas como a presença de professor leigo, ou formação voltada para atuação
em áreas urbanas, tríplice função exercida nas escolas, a condição do aluno como
trabalhador e a distância entre escolas e clientela, as salas multisseriadas, agravante
problemática da ação didático-pedagógica e outros que impossibilitam o progresso
da educação rural (NICÁCIO et all., [S.I.], p. 6-7).

Para compreender-se hoje o que é ensino multiseriado e porque ele é característico do


meio rural, faz-se preciso compreender o processo histórico da educação do campo.
Compreende-se, com isto, que a educação rural não surgiu como resultado da evolução social,
106

mas como uma forma de promoção da prática agrícola, que sempre sustentou a economia
brasileira.
Mesmo que a escola multiseriada apresente-se com maiores carências, é uma realidade
que não pode ser desprezada por ainda ser muito constante. Desta forma, é muito importante
refletir-se sobre a melhor maneira de se desenvolver esta educação, sem que, para isto, sejam
pregados grandes abismos entre o ensino multiseriado e o seriado. O importante é estabelecer
um ambiente agradável, organizado e atraente ao aprendizado, para que os alunos inseridos
nestas classes multiseriadas desejem realmente aprender e sintam-se capazes para isso.

O único bom ensino é aquele que se adianta ao


desenvolvimento. Os procedimentos regulares
que ocorrem na escola – demonstração,
assistência, fornecimento de pistas, instruções
são fundamentais na promoção do “bom
ensino”. Isto é, a criança não tem condições de
percorrer sozinho o caminho do aprendizado.
A intervenção de outras pessoas no caso
específico da escola, são o professor e as
demais crianças – é fundamental para a
promoção do desenvolvimento do indivíduo
(OLIVEIRA, 1997, p. 62).

A rede de ensino de Belmonte vive a realidade de turmas multiseriadas. Para tanto os


professores necessitam planejar as aulas de forma muito personalizada e propor, quando
possível, atividades coletivas nas quais os alunos, indiferente da idade, participam e
desenvolvem as suas habilidades e competências. Alunos com diferentes idades numa mesma
sala de aula exigem do professor muito envolvimento, percepção e auxilio individualizado. A
mediação pedagógica deverá ser muito ágil contemplando o atendimento diferenciado que a
turma exige. O professor além de planejar e mediar deverá avaliar a turma e cada aluno
individualmente. Intercalar atividades movimentadas com atividades mais calmantes auxilia
na organização e na motivação dos alunos que necessitam desenvolver a atenção concentrada
para deter o foco na atividade proposta pela professora.

7.2 AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

A avaliação é concebida com a finalidade de oferecer ao aluno e ao professor


informações sobre o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem em relação aos
objetivos selecionados. Essas informações beneficiam o aluno, oferecendo dados sobre os
seus avanços, dificuldades e possibilidades e subsidiam o professor em uma reflexão sobre
sua prática em sala de aula e no aperfeiçoamento de seu desempenho.
107

De acordo com essa concepção, a avaliação deixa de centrar-se nos resultados e na


classificação e torna-se prioritária, uma avaliação continua ou formativa. Isso significa
considerar como os alunos estão aprendendo em todos os momentos da vida escolar.
No entanto, o acompanhamento avaliativo, sistemático, ao longo do processo não
dispensa uma avaliação no início de um período letivo, de uma etapa de trabalho, de um novo
conteúdo. Essa avaliação inicial é aplicada para serem obtidas informações sobre o que o
aluno já sabe, auxiliando o professor na elaboração de um planejamento mais adequado e o
aluno a sentir-se mais seguro para iniciar uma nova etapa de aprendizagem.
Verificar o desempenho do aluno ao final de um período letivo ou no enceramento de
um assunto ou trabalho também é importante. A avaliação final permite ao professor e aos
alunos certificarem- se de que forma estão se aproximando dos objetivos propostos.
Vimos que as avaliações possuem múltiplas funções que se completam e se integram.
Tanto a avaliação inicial quanto a final podem se realizar dentro do processo de ensino-
aprendizagem a serem alimentados pela avaliação contínua, que é prioritária para nosso
trabalho.
É preciso compreender que a avaliação é um elemento pedagógico precioso para o re-
planejamento do ensino e para sugerir ao aluno com dificuldade de aprendizagem. É bom
lembrar Freire, quando declara que “a avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o ato por
meio do qual A e B avaliam juntos uma prática, em lugar de ser instrumento de fiscalização, a
avaliação é a problematização da própria ação” (1982, p. 26).
A avaliação necessita incluir os alunos no processo de ensino aprendizagem, cada vez
mais com melhor qualidade.

8 PROJETO DE RECUPERAÇÃO ESCOLAR

Objetivos Proposta Procedimentos Contato com a Cronograma


Família
-Criar condições -Utilizar jogos -Jogos; -Reunião para -O cronograma
para que os didáticos; -Desafios; comunicar a de trabalho será
alunos que -Brincadeiras; necessidade de realizado
-Desenvolver o -Livros;
frequentam a aprendizagem conforme a
gosto pela -Alfabeto
atividade de leitura e escrita; móvel; do aluno; realidade escolar
recuperação, -Rótulos; e no contra turno
completem seu -Conscientizar -Frases; -Recados orais e que o aluno
processo de sobre a -Cálculos; escritos para a estuda.
alfabetização e importância do -Carimbos. família;
aprendam os estudo para o
108

conteúdos e crescimento -Fichas de


desenvolvam as interior, auto- leitura e tema de
habilidades realização e a casa que
necessidade de
necessárias para auxiliem na
aprender
superar suas constantemente. aprendizagem.
dificuldades de
aprendizagem.

8.1 METAS

-Desenvolver as habilidades e competências para superar as dificuldades de aprendizagemdo


possível, de cada aluno inscrito no programa;
-Perceber as dificuldades de cada aluno dando suporte a cada um, atendendo as necessidades
de aprendizagem;
-Verificar o progresso de cada aluno e manter a família como parceira no desenvolvimento do
trabalho realizado;
-Comunicar os avanços para a escola e a família;
-Ensinar focado nas dificuldades de aprendizagem, utilizando diferentes materiais e recursos
de ensino.

8.2 REGISTROS

-Todo o processo de recuperação será registrado em material próprio e arquivado na escola;


-Os encontros com as famílias serão registrados e assinados em ata;
-Será arquivado todo bilhete enviado as famílias.
109

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