Projeto Político Pedagógico: Belmonte, SC 2010
Projeto Político Pedagógico: Belmonte, SC 2010
Projeto Político Pedagógico: Belmonte, SC 2010
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Belmonte, SC
2010
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Belmonte, SC
2010
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................6
2 EDUCAÇÃO INFANTIL....................................................................................................12
2.2 INCLUSÃO.....................................................................................................................14
2.3 EDUCAR........................................................................................................................19
2.5 BRINCAR/JOGAR.........................................................................................................22
2.6 CUIDAR..........................................................................................................................24
2.7 AFETIVIDADE..............................................................................................................26
2.8 DISCIPLINA...................................................................................................................27
2.9 SEXUALIDADE.............................................................................................................28
2.10 ESPAÇOS.....................................................................................................................30
3 CRECHE..............................................................................................................................31
3.4 METAS...........................................................................................................................40
4 PRÉ-ESCOLAR...................................................................................................................41
4.2.2 Metas...................................................................................................................47
4.3.2 Metas...................................................................................................................53
6 ENSINO FUNDAMENTAL................................................................................................56
6.9 PORTFÓLIO.................................................................................................................106
8.1 METAS.........................................................................................................................110
8.2 REGISTROS.................................................................................................................111
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INTRODUÇÃO
A educação, num sentido mais amplo, não deixa dúvida da sua função social, sendo
um fator decisivo da hominização e, em especial, da humanização do homem. Os grupos
humanos, constituídos culturalmente como tal, elaboraram, ao longo do tempo, instrumentos,
artefatos, costumes, normas, códigos de comunicação e convivência como mecanismos
imprescindíveis para sua sobrevivência. Esses mecanismos não se fixam biologicamente nem
se transmitem através da herança genética. Os grupos humanos põem em andamento
processos externos de transmissão para garantir a sobrevivência das novas gerações e de suas
conquistas sociais. Esse processo costuma ser genericamente denominado de educação.
A educação não pode ser considerada como um processo linear, mecânico. Pelo
contrário, é um processo complexo e sutil, marcado por profundas contradições e por
processos coletivos, contínuos e permanentes de formação de cada indivíduo, o que se dá na
relação entre os indivíduos e entre estes e a natureza.
A escola é o local privilegiado dessa formação porque realiza um trabalho sistemático
e planejado com o conhecimento, com valores, com atitudes e com a formação de hábitos. É
uma instituição extremamente complexa, na qual sua função tradicional é a de facilitar a
inserção do indivíduo no mundo social. O indivíduo necessita aprender as formas de conduta
social, os rituais e as técnicas para sobreviver.
A escola promove, ainda, ritos de iniciação de um nível escolar para outro, que às
vezes submetem os indivíduos “a provas que servem de seleção para a vida social, que
estabelecem discriminações entre elas, pois só as que adquirem as competências estabelecidas
pela sociedade serão aceitas” (FREITAG, 1980, p. 32).
A instituição de ensino tem mais funções do que parece, sendo que o atendimento a
tantas e tão diversificadas funções, faz com que as crianças acabem permanecendo mais
tempo na escola do que em companhia de seus pais. Portanto, as escolas contribuem para que
as sociedades se perpetuem, pois transmitem valores morais que integram estas sociedades.
Mas elas também podem exercer um papel decisivo nas mudanças sociais.
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permeiam tais expectativas favorecem o entendimento entre ambos, uma vez que a escola e a
família são duas instâncias nas quais os jovens passam a maior parte de suas vidas.
O papel do professor é importante não como figura central, mas como coordenador do
processo educativo, já que, usando de autoridade democrática, cria, em conjunto com os
alunos, espaços pedagógicos interessantes, estimulantes e desafiadores, para que neles ocorra
a construção de um conhecimento escolar significativo.
É necessário que entre os pares estabeleça-se a forma de comunicação necessária para
que a aprendizagem significativa ocorra realmente.
Em suma, o ofício docente exige a negociação constante, quer com relação à definição
de objetivos e às estratégias de ensino e de avaliação, quer com relação à disciplina, pois esta,
se imposta autoritariamente, jamais será aceita pelos alunos.
A indisciplina na escola pode ter relação com o fraco rendimento escolar dos alunos.
O seu insucesso pode levá-los a investir pouco nas tarefas escolares e a desinteressarem-se
pela escola, desencadeando, eventualmente, emoções negativas, traduzidas em
comportamentos inadequados. O jovem que não se desenvolveu normalmente, manifesta (na
escola ou fora dela) comportamentos inadequados, que são muitas vezes julgados como sendo
comportamentos indisciplinados. Isso indica, então, a correlação entre indisciplina e
moralidade.
A importância da colaboração escola-família é notória, pois, quando as famílias
participam da vida escolar, torna-se mais fácil a integração dos alunos e melhora a qualidade
do processo de ensino aprendizagem.
O envolvimento dos familiares melhora a imagem da escola e o seu vínculo com a
comunidade. Tal envolvimento significa uma educação de sucesso apoiada no binômio
escola-família, já que não se aprende só na escola. Nesta, aprende-se a aprender, mas, para
aprender, o indivíduo necessitará ser estimulado por um meio ambiente favorável, sendo que é
na família que os alunos adquirem os modelos de comportamentos que exteriorizam na sala
de aula.
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Ao começar sua vida escolar a criança vai iniciar um intenso processo de socialização,
deparando-se com uma organização escolar que lhe é desconhecida e com uma série de regras
que serão interiorizadas e cumpridas a fim de possibilitar uma relação de convivência. Assim,
o aluno terá que aprender as novas regras da organização em que acaba de entrar a fim de se
comportar adequadamente nas diversas situações. Contudo, nem todos os alunos que passam
pela escola se comportam conforme as normas estabelecidas. Muitos alunos rejeitam os
objetivos ou os procedimentos valorizados pela escola e pela sociedade, sendo o seu
comportamento visto como indisciplinado. Desse modo, a escola, ao não conseguir realizar a
socialização comportamental, cria situações de indisciplina nos seus alunos.
Para Freire (1997), um projeto de escola que busque a formação da cidadania precisa
ter como objetivos: tratar todos os indivíduos com dignidade, com respeito à divergência,
valorizando o que cada um tem de bom; fazer com que a escola se torne mais atualizada para
que os alunos gostem dela; e, ainda, garantir espaço para a construção de conhecimentos
científicos significativos, que contribuam para uma análise crítica da realidade.
Antunes (2002a, p. 25) salienta que “ensinar não é fácil e educar mais difícil ainda;
mas não ensina quem não constrói democraticamente as linhas do que é e do que não é
permitido”. Os encaminhamentos disciplinares preventivos em nível de escola têm se
mostrado efetivos, de acordo com a literatura especializada. Estudos indicam que uma diretriz
disciplinar ampla, de base preventiva, é o melhor posicionamento que uma escola pode
desenvolver para garantir a disciplina.
Se o que se deseja é uma escola disciplinada, é importante compartilhar com os
estudantes expectativas que reflitam uma apreciação quanto as suas potencialidades e que
expressem a visão de que eles devem assumir suas próprias responsabilidades junto à escola.
Deseja-se que a escola seja um espaço humanizado, democrático, onde se cultiva o
diálogo e a afetividade, onde se pratica a observação e a garantia dos direitos humanos. Na
prática, o que se espera é que a escola assuma um papel educativo e proporcione, através de
uma visão sistêmica, a integração de todos os agentes envolvidos no processo, bem como o
acesso das novas gerações à herança cultural acumulada, vista como instrumento para
desenvolver competências, aguçar sensibilidades e transformar o ser humano. Para que essa
educação represente mudança deve-se cultivar, sobretudo entre os professores, uma postura de
interesse pelas metas, realizações e problemas dos estudantes. Para Montoan (2003, p. 16),
“nosso modelo educacional mostra há algum tempo sinais de esgotamento e nesse vazio de
idéias que acompanha a crise paradigmática é que surge o momento oportuno das
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transformações”. Essas transformações na escola não ocorrem por acaso ou por decreto, mas
pela postura reflexiva e pela vontade coletiva da sua comunidade.
É importante que a direção escolar atue de modo a oferecer apoio aos professores e aos
alunos, tendo uma presença constante nos diversos espaços escolares, onde necessita manter o
relacionamento informal com professores e alunos. Espera-se que a direção escolar expresse
interesse pelas suas atividades, adotando uma postura de administrador-gestor que busca
parcerias com outros espaços educativos; implemente inovações educacionais que melhor
qualifiquem alunos e professores; desenvolva novas habilidades de estudo nos alunos; e
introduza estratégias de aprendizagem cooperativas. Além disso, é importante gerar
modificações no clima e na imagem da escola, através de atividades extracurriculares
envolventes que valorizem o papel da escola diante dos seus alunos.
É necessário que o professor desenvolva e conquiste maior autonomia para lidar com a
indisciplina na sala de aula. Isso não significa deixar o professor sozinho com a indisciplina,
mas fomentar um trabalho em parceria, baseado em responsabilidades claramente definidas e
no auxílio estratégico da equipe de apoio pedagógico em situações que requerem intervenção.
Assim, se no início do ano letivo há um encontro de desconhecidos, que se comportam
com apreensão e que fazem avaliações mútuas, com o tempo, ocorre uma evolução educativa
do indivíduo e do grupo, já que são realidades inacabadas que se constroem no processo de
desenvolvimento e intervenção.
As escolas precisam desenvolver políticas internas para lidar de forma preventiva com
a indisciplina, havendo também a necessidade de programas de formação de professores em
serviço, voltados para a discussão de problemas vivenciados nas rotinas das escolas para a
idealização de soluções e para sua implementação.
Embora seja difícil e complexo lidar com o problema da indisciplina, o professor não
pode desistir e nem se acomodar. Não pode deixar que a educação silencie e limite os alunos e
que impeça seu desenvolvimento criativo e participativo em sala de aula. Precisa-se de uma
educação que valorize as organizações coletivas e que contribua para a construção da
autonomia e para o desenvolvimento intelectual dos alunos, a fim de que se conquiste uma
sociedade democrática.
2 EDUCAÇÃO INFANTIL
operárias, funcionárias públicas e domésticas começaram a procurar um lugar para deixar seus
filhos.
A década de 80 passou por um momento de ampliação do debate a respeito das
funções das creches para a sociedade moderna, que teve início com os movimentos populares
dos anos 70. A partir desse período, as creches passaram a ser pensadas e reivindicadas como
um lugar de educação e cuidados coletivos das crianças. Todavia, o cuidado com a Educação
Infantil precisa ser pensado como estratégia para favorecer a formação das crianças.
A creche é um direito de toda criança, porém a mesma não é obrigada a freqüentar
uma instituição de ensino antes dos 4 (quatro) anos de idade; no entanto, sempre que sua
família desejar ou necessitar, o Poder Público tem o dever de atendê-la. Em vista dos efeitos
positivos da Educação Infantil sobre o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, o
atendimento da criança em estabelecimento de Educação Infantil é uma das mais sábias
estratégias de desenvolvimento humano, de formação da inteligência e da personalidade, com
reflexos positivos sobre todo o processo de aprendizagem.
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Ela estabelece as bases da
personalidade humana, da vida emocional, da socialização. As primeiras experiências da vida
são as que marcam com maior intensidade o sujeito. Quando positivas, tendem a reforçar, ao
longo da vida, as atitudes de autoconfiança, cooperação, solidariedade, responsabilidade. As
ciências que estudam as crianças nos últimos cinqüenta anos, investigando como se processa
o seu desenvolvimento, coincidem em afirmar a importância dos primeiros anos de vida para
o desenvolvimento e as aprendizagens posteriores.
2.2 INCLUSÃO
deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para isso, a educação deverá ter
um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida, e todo aluno,
independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que
sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades.
Isso exige do professor uma mudança de postura além da redefinição de papéis que possam
assim favorecer o processo de inclusão.
Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de barreiras,
além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. É necessário conhecer o
desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino aprendizagem, levando
em conta como se dá este processo para cada aluno. Precisamos utilizar novas tecnologias e
investir em capacitação, atualização e sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar.
Focar na formação profissional do professor é relevantes para aprofundar as
discussões teóricas práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo
ensino aprendizagem. Valorização maior das metas e não dos obstáculos encontrados pelo
caminho, priorizando as questões pedagógicas e não apenas a questão biológica, com
expectativa de que tudo será resolvido pela saúde.
Não temos nenhuma proposta de inclusão que possa ser generalizada ou multiplicada,
pois ainda é incipiente, no entanto é de consenso que esse processo é de responsabilidade de
toda a sociedade e por tanto é preciso que a escola esteja aberta para a "escuta", favorecendo
assim, as trocas para a construção do processo de inclusão escolar.
Concluímos que para o processo de inclusão escolar é preciso que haja uma
transformação no sistema de ensino que vem beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em
conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações.
2.3 EDUCAR
A literatura é a arte da palavra, e como tal, tem na linguagem verbal sua matéria-
prima. Os efeitos causados pelos textos literários, tal como emoções, reflexões e
percepções em geral, só podem tornar-se acessíveis aos leitores por intermédio das
palavras escritas ou orais (no caso da literatura não escrita e da poesia popular, da
contação de histórias e de outras formas orais) - (COSTA, 2009).
2.5 BRINCAR/JOGAR
As crianças se sentem satisfeitas através do jogo, pelo fato da ação proposta pelo
mesmo. O jogo é considerado fator de desenvolvimento, porque estimula a criatividade da
criança, ajudando para que a mesma pense antes agir.
Friedmann (1996), baseado em Piaget, afirma que jogo pode ser utilizado como incentivo
para o desenvolvimento humano por diferentes dimensões:
-O desenvolvimento da linguagem: jogo é canal de comunicação entre pensamento e
sentimento.
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2.6 CUIDAR
Quando falamos da educação infantil, o cuidar remete-se como uma parte integrante
da educação, exigindo conhecimentos, habilidades e instrumentos que embasam-se na
dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança requer um vasto campo de aprendizagens e uma
integração com os mais distintos conhecimentos acerca deste sujeito.
O cuidar é um ato sério e que exige muita responsabilidade. Ao contrário do que
muitos pensam, o cuidar não dissocia-se, em momento algum, do educar. Para que o cuidado
realmente aconteça, estará incutido o educar das ações estabelecidas. Portanto, o cuidar
precisa ser planejado, sistematizado e, inclusive, organizado. O cuidar e educar, inseparáveis,
buscam a autonomia física, intelectual e emocional da criança.
O cuidar apresenta-se como sinônimo de valorização, desejo de ajudar o outro a
desenvolver suas capacidades, e a desenvolver-se enquanto ser humano. Relaciona-se aos
cuidados afetivos, biológicos, psicológicos, sociais, emocionais, etc. É, sobretudo, o cuidado
para com os cuidados que são oferecidos e das oportunidades de acesso aos mais
diversificados conhecimentos.
A maneira de cuidar, geralmente, é influenciada por crenças e valores, por mais que as
necessidades básicas humanas sejam comuns. Portanto, o cuidado, suas valorizações e
atendimentos, são construídos socialmente.
2.7 AFETIVIDADE
são a inteligência e a vontade. O amor pode vir a ser um talento tanto quanto a
genialidade, quanto a descoberta do cálculo diferencial (VYGOTSKY, 2000, p.146).
2.8 DISCIPLINA
2.9 SEXUALIDADE
Abordar a sexualidade nas creches e pré-escolas, remete ao docente uma tarefa que
exigem métodos adequados e maneiras diversificadas de ensino, uma vez que o tema é de
extrema relevância para a construção da identidade das crianças. Conhecer o corpo é
fundamental para o auto-conhecimento do sujeito, seu desenvolvimento integral nos âmbitos
emocionais, psicológicos e físicos.
A Educação Infantil é uma etapa de aprendizados fundamentais para a criança. O que
se aprende na infância, é conhecimento para toda a vida. Por este motivo, a introdução da
temática sexualidade se faz tão valorosa.
2.10 ESPAÇOS
A escola precisa ser mais do que um lugar agradável de se estar, com espaços
estimulantes, educativos, seguros e afetivos, com professores realmente preparados para
acompanhar as crianças no intenso ritmo cotidiano de descobertas e aprendizagens. Os
ambientes das instituições de ensino carecem promover desafios aos seus educandos, focando
o pleno desenvolvimento das competências e habilidades dos sujeitos com sede de
conhecimento.
3 CRECHE
-Reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado;
-Passa boa parte do tempo dormindo;
-Abre e fecha as mãos, leva-as a boca e suga os dedos;
-Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos;
-Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta;
-Fica agitada com brincadeiras e músicas;
-Comunica-se através do choro e ruídos;
-Fica na postura de bruços e se apóia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo
ao seu redor;
-Rola de um lado para o outro;
-Apresenta equilíbrio quando colocada sentada;
-Olha, chacoalha e atira objetos ao chão;
-Engatinha e senta sem apoio;
-Aponta para objetos ou pessoas;
-Consegue ficar em pé com apoio;
-Demonstra raiva quando não é o centro das atenções;
-Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau;
-Balança a cabeça quando não quer alguma coisa;
-Começa a compreender o significado de alguns gestos.
-Tira os sapatos;
-Chuta bola sem perder o equilíbrio;
-Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas;
-Apresenta percepção de quem é;
-Tenta impor suas vontades;
-Prefere companhia para brincar;
-Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo, arrumar a mesa do jantar;
-As frases vão aumentando e surge o plural;
-Tem uma ótima compreensão, entendendo tudo que é dito em sua volta;
-Fala de si mesma na terceira pessoa;
-Chama familiares próximos pelo nome.
FILOSOFIA
RECREAÇÃO – 3 A 5 ANOS
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LÍNGUA INGLESA
família;
-Vídeos relacionados com os conteúdos;
-Atividades orais e escritas;
-Identificar; -Colors (yellow, blue, -Atividades que envolvem cores no
red, green, pink, orange, ambiente, roupas, objetos, brinquedos;
black, white, brown; -Desenhos, imagens, gravuras, pinturas;
-Recorte e colagem;
-Atividades de observação;
-Joguinhos (bingo, jogo da memória);
-Vídeos;
-Saber; -Animals (cat, dog, -Registrar os animais através de gravuras,
rabbit, fish, lion, mouse, cartazes, desenhos;
bee, butterfly, bird, -Trabalhos em grupos através de quebra-
elephant, pig); cabeça sobre animais;
-Brincadeiras de imitar;
-Músicas e cantos;
-Passeios e visitas para conhecer animais;
-Brincar; -Toys (doll, ball, teddy -Brincadeiras com o material disponível em
bear, car); sala;
-Dia do brinquedo (os alunos trarão seu
“toy” de casa e socializarão);
-Desenhos e pinturas;
-Aprender; -Fruits (apple, orange, -Confecção de cartazes;
lemon, grape, -Desenhos, pinturas;
watermelon, banana); -Colagens, recortes de gravuras em revistas;
-Vídeos;
-Preparação de uma salada de frutas coletiva;
-Conhecer. -Holidays (Easter, -Atividades referentes a cada data – orais e
Mother’s Day, escritas;
Halloween, Children’s -Desenhos, gravuras, cartazes, figuras,
Day, Christmas). cartões.
3.4 METAS
4 PRÉ-ESCOLAR
do alfabeto;
-Nomes próprios;
-Instigar o gosto pela -Leitura; -Livros de diversos
leitura; gêneros, revistas, história
em quadrinhos, poemas,
canções;
-Conhecer; -Cantos, rimas, trava- -Falar/repetir,
-Reproduzir. línguas, parlendas. contar/recontar.
FILOSOFIA
4.2.2 Metas
-Ao final desta etapa a criança deverá estar socializada, sabendo resolver pequenos problemas
com autonomia, expressando-se de modo que se faça entender;
-Compartilhar os materiais didáticos, brincadeiras, com participação ativa na organização do
ambiente escolar, sendo responsável por seus pertences;
-Executar vários movimentos do corpo;
-Saber manusear os brinquedos, objetos;
-Fazer movimentos na dança;
-Correr, saltar, arremessar em seu ritmo;
-Coordenar alguns movimentos, rabiscos;
-Brincar e respeitar o colega;
-Expressar seus movimentos.
-Inteiro e metade;
-Usar os instrumentos de
medidas: litro, balança,
metro, relógio;
-Somar, dividir, -Conjuntos, verbalização, -Moeda nacional;
multiplicar, diminuir. sistema monetário. -Estórias matemáticas.
outro; coletivos.
-Danças: folclóricas e
populares.
4.3.2 Metas
-Ao final desta etapa, é imprescindível que a criança seja capaz de conhecer e reconhecer
letras, bem como seus sons, uma vez que terá contato diariamente como o mundo da escrita;
-Deverá ter noções de quantidade e números, pois através das atividades desenvolvidas ao
longo do processo, poderá ser capaz de manifestar conhecimento;
-Espera-se que haja noções básicas para que a criança inicie-se no processo de alfabetização;
-Domínio das motricidades finas e amplas;
-Constatação da socialização e inclusão das diversidades.
O planejamento e a avaliação são atos que devem ser encarados com muita seriedade
pelo educador. Ambas precisam passar por reflexões profundas e incorporar os contextos nos
quais as crianças se encontram. Planejar é, antes de tudo, um ato de muita responsabilidade,
uma atitude que resulta no aprendizado e que influencia a vida escolar dos alunos de maneira
direta.
Dentro do planejar não está apenas o ato do que se vai realizar, pois o planejamento
requer revisão do que fora planejado e executado, de acordo com os interesses, as condições
de desenvolvimento e as necessidades das crianças. Planejar é uma atitude de projetar, de
buscar um melhor desenvolvimento psicológico e motor, que pense no educando enquanto
sujeito. Portanto, o planejamento não é um modelo a ser seguido, pronto e imutável. Pelo
contrário, o planejamento precisa ser flexível, o que realmente permite ao educador repensar
e, caso necessário, buscar novos significados à sua prática pedagógica.
Para que o planejamento seja significativo, a avaliação necessita ser crítica por parte
dos profissionais que atuam na Educação Infantil. Esta, por sua vez, exige dos educadores
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muita observação, reflexão e registros diários. Tudo o que uma criança aprende e a forma pelo
qual ela aprende, demonstra muito sobre ela. Ter sensibilidade é fundamental para que se
avalie de maneira correta, levando em conta os distintos ritmos de aprendizagem das crianças.
A avaliação se torna, contudo, um ato constante de acompanhamento de desenvolvimento e
evolução.
Tanto para o planejamento quanto para a avaliação, a presença e a interação
adulto/criança são fundamentais. Não há como planejar sem conhecer e não há como aprender
e evoluir sem socializar-se. Ter uma relação afetuosa se faz essencial para o bom resultado do
planejamento e da avaliação, uma vez que cada criança é única e possui necessidades
diferentes para que a aprendizagem ocorra.
Dentro do planejamento e da avaliação encontramos a rotina, primordial para o
descobrimento das regras e limites para as crianças. As rotinas necessitam ser flexíveis,
focando aprendizagens significativas, promovendo a independência e a autonomia nas
crianças.
ROTINA DA CRECHE
Matutino
7h e 30m às 7h e 45m: Recepção das crianças
7h e 45m: Banheiro/ higiene
8h: Desjejum (leite,bolachinha, fruta, suco)
8h e 15m: Atividades pedagógicas
9h e 15m: Lanche
9h e 30m: Lanche das professoras
9h e 45m: Lanche das estagiárias
10h: Banheiro, troca, higiene
Atividades dirigidas, parque, atividades livres...
11h: Preparação para saída (banheiro, higiene, troca)
11h e 15m às 11h e 30m: Saída
Vespertino
13h e 15m às 13h e 30m: Recepção
13h e 30m: Desjejum (bolachinha, fruta, suco)
13h e 45m: Banheiro/ higiene
14h: Atividades pedagógicas
15h: Lanche
15h e 15m: Lanche das professoras
15h e 30m: Lanche das estagiárias
15h e 45m: Banheiro, troca, higiene
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PROJETO DO PRÉ-ESCOLAR
No pré-escolar, os projetos são planejados por turma (s), por escola, ou por eventual
solicitação da rede de ensino. Para que ocorra uma compreensão didática, o planejamento
envolve, a partir da pesquisa-diagnóstica, a seguinte construção:
Rotina da pré-escola
-Chegada (acolhida);
-Brinquedo livre;
-Rodinha;
-Atividade criadora;
-Banheiro;
-Lanche;
-Parque;
-Hora do jogo;
-Despedida.
6 ENSINO FUNDAMENTAL
-Possui um grande afã de crescer e manifesta interesse pela sua anatomia interna;
-A sua personalidade é mais expressiva, os seus gestos são mais seus;
-Sente-se consciente de si mesma como pessoa, reconhece algumas das diferenças em relação
aos outros e expõe-nas. Pensa muitas vezes em “si mesma”;
-Costuma sentir-se centro de qualquer cena e dramatizar-se;
-Quer que o adulto seja parte do seu mundo, com o qual apresenta exigências e quer que se
atue de acordo com as formas que ela determina;
-Procura viver, no entanto, segundo as normas dos demais;
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-Sente-se mais identificada com a família e necessita dela, porque esta exerce, sobre ela, uma
influência preponderante;
-É sensível aos desacordos e antagonismos entre os membros familiares;
-Necessita que as relações recíprocas com as outras pessoas se encontrem em equilíbrio;
-O seu comportamento é mais acessível e responsável;
-É ativa, tem numerosos interesses, como trabalho escolar, alcançar êxitos em qualquer tarefa,
fazer sempre coisas…;
-Costuma estar atarefada com as suas preocupações;
-Planeja com pormenor o seu futuro;
-É muito sensível e afetam-na os problemas, especialmente os que provêm da amizade,
preocupando-se, às vezes, vários dias;
-Vai-se afirmando na sua personalidade e individualidade, o que as torna diferentes umas das
outras;
-O seu mundo imaginário é mais real que o verdadeiro;
-É a idade dos tesouros pessoais, muitos cuidados e muito próprios das coleções, embora não
sejam organizadas;
-Emocionalmente, sente necessidade de pedir perdão;
-Possuem um grande sentido da retidão e da justiça, e querem que a culpa se distribua
equitativamente;
-Sente inclinação para entrar em conflito com os outros. Procura desculpas para justificar a
sua atitude;
-Precisa de ajuda nas suas relações pessoais;
-A mãe continua a desempenhar um papel muito importante na sua vida, embora o pai receba
uma dose cada vez maior de afeto;
-Sabe trabalhar com maior independência, mas precisa que lhe repitam as coisas com bastante
freqüência;
-Convém ter certas restrições quando realizam atividades, especialmente lúdicas, pois a sua
propensão é para entrar em demanda com freqüência;
-Às vezes basta um olhar para corrigir a sua atuação, mas trabalha melhor com estímulos e
motivações.
ARTES
CIÊNCIAS
filmes, etc.
local;
-Atividades que auxiliam
na aprendizagem das
habilidades: dentro/fora,
direita/esquerda,
frente/atrás, perto/longe,
alto/baixo;
-Jogos dramáticos;
-Jogos de regras simples e
negociáveis;
-Movimento livre com
diferentes materiais;
-Jogos de cooperação;
-Brincadeiras tradicionais;
-Brincadeiras antigas;
-Alongamento;
-Trabalhos com o corpo,
higiene e saúde;
-Jogos de: campo, correr,
com bola, habilidade,
salão, simbólicos e
sensoriais;
-Corrida;
-Salto;
-Dramatização.
ENSINO RELIGIOSO
FILOSOFIA
GEOGRAFIA E HISTÓRIA
INFORMÁTICA
LÍNGUA PORTUGUESA
-Brincadeiras; -Criação do
-Conto; livro/dicionário do
-Trava línguas; alfabeto;
-Poesia; -Exposição dos alfabetos
-Leitura; legíveis na sala de aula;
-Escrita; -Hora do conto;
-Introdução da: -Hora da novidade;
.Entrevista; -Visita a biblioteca;
.Anúncio; -Montagem do cantinho da
.Bilhete; leitura;
.Placas; -Temas de casa (pais ler
-Símbolos; para os filhos);
-Leitura de diferentes -Atividades como
portadores de texto cruzadinhas, caça palavras,
(rótulos, embalagens...); frases enigmáticas,
-Gramática na oralidade; acróstico, ditados,
-Aprimorar a ortografia carimbos...).
gradativamente;
-Produção de palavras e
frases.
MATEMÁTICA
-No final dessa etapa propõe-se que o aluno esteja socializado com o ambiente escolar, com
os colegas, professores e demais funcionários;
-Saiba respeitar a si mesmo e aos outros;
-Desenvolva a atenção concentrada;
-Domine as habilidades para falar, escutar, ler, produzir, calcular e manifestar suas opiniões
com clareza;
-Desenvolva o gosto e o hábito pela leitura;
-Evidencie que a alfabetização esteja em processo.
ARTES
CIÊNCIAS
ENSINO RELIGIOSO
FILOSOFIA
GEOGRAFIA E HISTÓRIA
INFORMÁTICA - 2º e 3º ANO
LÍNGUA PORTUGUESA
-Leitura, compreensão e
interpretação de textos;
-Poesias;
-Diálogo (narrador,
personagens,...);
-Histórias em quadrinhos;
-Produção textual;
-Reconstrução textual;
-Uso do dicionário.
MATEMÁTICA
-Ao final desta etapa o aluno deverá saber comunicar-se por meio da fala, ouvindo com
atenção e adequando a linguagem à situação;
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-Atenção concentrada;
-Desenvolver o gosto pela leitura e escrita;
-Expressar sentimentos, idéias e opiniões através da fala e escrita;
-Relatar acontecimentos e expor o que sabe sobre temas estudados;
-Formular e responder a perguntas e intervir sem sair do assunto;
-Explicar e compreender explicações, manifestando opiniões;
-Fazer os movimentos corretos na lateralidade;
-Saber perto ou longe;
-Coordenar movimentos básicos;
-Saber respeitar as regras do jogo;
-Ter desenvolvido os princípios da alfabetização;
-Evidenciar que a alfabetização está em processo;
-Apresentar domínio dos princípios matemáticos estudados.
ARTES
CIÊNCIAS
ENSINO RELIGIOSO
FILOSOFIA
GEOGRAFIA E HISTÓRIA
-Entender; temporais;
-Diferenciar; -Confeccionar o próprio
-Ouvir; relógio;
-Falar; -Uso prático do relógio;
-Trabalho com figuras;
-Desenhos de relógios
marcando as horas;
-Localizar; -Days of the week (Dias da -Usar o vocabulário no dia-a-
-Saber; Semana); dia;
-Interpretar; -Months of the year (Meses -Leituras individuais e
-Usar (o vocabulário); do ano); coletivas;
-Seasons of the year -Dramatizações;
(Estações do ano); -Elaboração de histórias em
quadrinhos;
-Usar o calendário;
-Confecção de calendário;
-Identificar; -Numbers (0-100); -Atividades que envolvam
-Memorizar; -Professions and jobs (doctor, números;
-Reconhecer; teacher, dentist, policeman, -Desenhos envolvendo
-Ouvir; nurse, fire, students, etc); quantidades solicitadas;
-Falar; -Teatros com imitações sobre
as profissões;
-Trabalhos com figuras;
-Produção de teatro;
-Atividades - analogias das
profissões;
-Registrar escrita e oralmente;
-Comparar; -Meals, foods (comidas); -Produção de receitas;
-Sentir; -Exploração de vocabulários
-Conhecer; através de gostos individuais;
-Ouvir; -“Dia da Cozinha” (Produzir a
-Falar; própria comida);
-Trabalhos e atividades
escritas e orais;
-Gincana – alimentos;
-Aprender; -Parts of de house (Partes da -Atividades orais, escritas e
-Identificar; Casa) – Kitchen, bedroom, individuais;
-Situar; living room, dining room, -Desenhar;
-Nomear; garage, bathroom); -Coleta de informações sobre
a “house” dos colegas – oral;
-Pintar;
-Projetar casas com material
reciclado;
-Colorir;
80
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
ARTES
CIÊNCIAS
respiratório;
.Excreção e sistema urinário;
.Os alimentos e sua
importância para o
organismo;
-Saúde;
-Descobrindo o mundo
(eletricidade e as formas de
se obter energia elétrica,
calor).
ENSINO RELIGIOSO
FILOSOFIA
GEOGRAFIA E HISTÓRIA
INFORMÁTICA – 4º e 5º ANO
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
87
ARTES
coletivos;
-Expressão corporal;
-Danças;
-Mosaicos;
-Desenhos prontos (mapas,
figuras geométricas,
brasão,...);
-Hinos;
-Canções;
-Paródias;
-Desenhos com luz e
sombras;
-Teatro;
-Mímicas.
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
HABILIDADES CONTEÚDOS ATIVIDADES
FILOSOFIA
GEOGRAFIA E HISTÓRIA
-Confecção de maquetes
com escala.
LÍNGUA INGLESA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino aprendizagem. Através dela os resultados
vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, são
comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e
reorientar o trabalho para as correções necessárias (LIBÂNEO, 1994, p. 195).
Neste sentido afirma-se que a avaliação é uma análise a respeito da forma pela qual
está se dando a efetivação da aprendizagem, envolvendo assim, todo o trabalho escolar tanto
do professor quanto do aluno.
A avaliação um processo contínuo e sistemático, não podendo ser esporádica nem
improvisada, mas constante e planejada. É funcional, porque se realiza em função dos
objetivos.
Avaliar o processo de ensino aprendizagem consiste em verificar em que medidas os
alunos estão atingindo os objetivos previstos. Por isso, os objetivos constituem o processo
norteador da avaliação. Ela é orientadora, pois não visa eliminar alunos, mas orientar seu
processo de aprendizagem para que possam atingir os objetivos previstos.
97
Nesse sentido, a avaliação permite ao aluno conhecer seus erros e acertos, auxiliando-
o a fixar as respostas corretas e corrigir as falhas; É integral porque analisa e julga todas as
dimensões do comportamento considerando o aluno como um todo. Desse modo, ela incide
não apenas sobre os elementos cognitivos, mas também sobre o aspecto afetivo e o domínio
do psicomotor. Assim, o ato de avaliar não serve como pausa para pensar a prática e retomar a
ela, mas sim como um meio de julgar a prática e torná-la estratificante.
A avaliação poderia ser compreendida como uma crítica do percurso de uma ação, seja
ela curta, seja prolongada. Enquanto o planejamento dimensiona o que se vai construir, a
avaliação subsidia essa construção, porque fundamenta novas decisões. Para tanto, a escola
necessita de um bom planejamento que organize o seu trabalho e sua prática pedagógica. Se
acreditarmos na possibilidade de mudança da realidade, vamos estar abertos para encontrar os
caminhos de intervenção para poder realizar o planejamento de uma forma mais significativa.
Sempre há algo possível de ser feito, em função da autonomia relativa que se tem. Isso
significa que o professor não perde sua capacidade de pensar, de criar, de buscar alternativas
praticas, através de sua experiência cotidiana. Além de executar as ordens estabelecidas ele
conserva uma liberdade que lhe é inerente: ele pode criar inventar, construir. Nesta
perspectiva, entendemos que o planejamento precisa ser, antes de qualquer coisa, um
instrumento de trabalho para o próprio sujeito do grupo, correspondendo ao seu projeto de
intervenção na realidade.
Antes de qualquer coisa, fazer planejamento é refletir sobre os desafios da realidade da
escola e da sala de aula, perceber as necessidades, ressignificar o trabalho, buscar formas de
enfrentamento e comprometer-se com a transformação da prática. Segundo Padilha (2001),
planejamento é processo de busca do equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos,
visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações
grupais e outras atividades humanas. Planejar é sempre processo de reflexão de tomada de
decisão sobre a ação.
A atividade de planejar como um modo de dimensionar política, científica e
tecnicamente a atividade escolar, necessita ser resultado da contribuição de todos aqueles que
compõem o corpo profissional da escola. É preciso que todos decidam conjuntamente o que
fazer e como fazer. Na medida em que o conjunto de profissionais da escola constitui seu
corpo de trabalho, o planejamento das atividades também precisa ser um ato seu, portanto
coletivo. Decisões individuais e isoladas não são suficientes para construir resultados de uma
atividade que é coletiva. As atividades individuais e isoladas não são inócuos, mas são
98
constrói-se culturalmente desde o início da sua vida, através do diálogo com outras pessoas,
através do tato quando ela toca os objetos, enfim através das relações que estabelece no
ambiente que vive. Quanto ao desenvolvimento e aprendizagem o autor chama a atenção para
os níveis de desenvolvimento que serão indispensáveis para a aprendizagem da criança. O
nível de desenvolvimento real compreende o que ela já consegue fazer sozinha. No nível de
desenvolvimento potencial é analisado o problema que as crianças conseguem resolver com o
auxílio de adultos.
Vygotsky (1998) e Wallon (1998) enfatizaram os aspectos sociais e emocionais como
essenciais ao desenvolvimento cognitivo da criança. Sugerem pensar a criança como
interativa e construtora da própria subjetividade, considerando-se primeiramente as interações
sociais e depois as ações intrapessoais.
No momento atual, o grande desafio do profissional da educação, é trabalhar os
conteúdos propostos pelos programas curriculares, e recriá-los de maneira a torná-los mais
significativos e prazerosos para as crianças. Através disso acreditamos que os educadores com
intuito de sanar suas dificuldades, necessitam buscar tanto na teorização como na prática o
embasamento para o seu trabalho, desta forma unindo teoria e prática. As educadoras serão
capazes de utilizar o brincar nas suas práticas pedagógicas, fazendo com que as crianças
desenvolvam-se cognitivamente e psicologicamente de uma forma mais prazerosa, crítica e
principalmente criativa.
A ocupação do espaço, sua utilização, supõe sua constituição como lugar. O “salto
qualitativo” que leva do espaço ao lugar é, pois, uma construção. O espaço se
projeta ou se imagina; o lugar se constrói. Constrói-se “a partir do fluir da vida” e a
partir do espaço como suporte; o espaço, portanto, está sempre disponível e disposto
para converter-se em lugar, para ser construído (VIÑAO FRAGO, 1998, p.61).
Nesta perspectiva, o espaço, assim como o tempo, não podem ser entendidos como
neutros, pois, sendo uma construção social expressam as relações sociais que neles se
desenvolvem.
Se entendermos que a organização do tempo e do espaço escolar é construção humana
que foi elaborada no decorrer da história e que, portanto, expressa as relações sociais que aí se
estabelecem, podemos vislumbrar a possibilidade de mudanças na estrutura espaço-temporal
103
Já para Lima (1999, p.8), o mesmo apresenta uma questão muito relevante sobre a
aprendizagem e a relação com o tempo, quando afirma que o planejamento não deve antever
apenas situações de aprendizagem, mas deve também prever o planejamento do tempo
necessário à execução e reflexão no que concerne às referidas situações. O aluno poderá então
estabelecer relações elaboradas, processar a informação, reformular a ação.
A organização e distribuição dos tempos e espaços escolares representam o poder
exercido pelo adulto sobre a criança. À primeira vista, não é possibilitado à criança o
exercício de participação e proposição de alternativas para a organização do seu próprio
espaço, de modo que possa ocupá-lo e transformá-lo em lugar.
De acordo com Libâneo (2003), a Escola está precisando rever os processos, os
métodos e as formas de educar, de ensinar e de aprender. Os professores e professoras
precisam compreender que a Escola não é mais, na atualidade, a única forma de transmissão
do saber, o qual pode ser obtido em vários lugares, tais como, nos meios de comunicação, nas
empresas, nos clubes, no dia-a-dia de qualquer pessoa.
Portanto, refletir sobre a questão do tempo e do espaço no planejamento das atividades
escolares traduz-se em um eixo muito importante para o desenvolvimento de ações que
auxiliem tanto professores quanto alunos.
104
6.9 PORTFÓLIO
A estrutura escolar brasileira tem passado por uma série de desgastes, na qual um dos
problemas em destaque são as escolas multiseriadas que permeiam o cenário rural brasileiro.
O surgimento da escola rural no Brasil foi resultado histórico da sociedade agrária, com o
oferecimento de cursos profissionalizantes, voltados principalmente para o meio agrícola. A
escola técnica de segundo grau, por sua vez, surge para atender esta população. Contudo,
mesmo que atrasada e desconectada, surge a escola no campo. Para tanto, somente em 1930
as populações do meio rural foram beneficiadas com programas de escolarização realmente a
eles valorosos.
Manter a escola rural não foi nada fácil durante todas estas décadas, surgindo
inúmeros problemas na sua atuação, organização e efetivação. A partir da Lei nº 9394/96,
portanto, foram estabelecidas adaptações muito importantes na estrutura curricular e na
maneira de conduzir-se a educação rural, destacando a preservação da identidade cultural e o
direito perante o exercício político, tendo a educação como ponto de partida.
Porém, mesmo com novas políticas que contemplavam a educação rural, essa
continua apresentando uma série de aspectos negativos que permeiam a prática
dessas escolas. Destaca-se os aspectos sócio-políticos e nestes a inferiorização da
cultura rural frente a urbana, sendo transportadas para o interior das salas de aulas de
várias formas como a presença de professor leigo, ou formação voltada para atuação
em áreas urbanas, tríplice função exercida nas escolas, a condição do aluno como
trabalhador e a distância entre escolas e clientela, as salas multisseriadas, agravante
problemática da ação didático-pedagógica e outros que impossibilitam o progresso
da educação rural (NICÁCIO et all., [S.I.], p. 6-7).
mas como uma forma de promoção da prática agrícola, que sempre sustentou a economia
brasileira.
Mesmo que a escola multiseriada apresente-se com maiores carências, é uma realidade
que não pode ser desprezada por ainda ser muito constante. Desta forma, é muito importante
refletir-se sobre a melhor maneira de se desenvolver esta educação, sem que, para isto, sejam
pregados grandes abismos entre o ensino multiseriado e o seriado. O importante é estabelecer
um ambiente agradável, organizado e atraente ao aprendizado, para que os alunos inseridos
nestas classes multiseriadas desejem realmente aprender e sintam-se capazes para isso.
8.1 METAS
8.2 REGISTROS
REFERÊNCIAS
BRIGGS, Dorothy C. A auto-estima do seu filho. São Paulo: Marthis Fontes, 2000.
BUSCAGLIA, L. Vivendo, amando e aprendendo. 15. ed. Rio de Janeiro: Record, 1993.
CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva com os pingos nos is. Porto Alegre: Editora
Mediação, 2004.
COSTA, Marta Morais da. Metodologia do Ensino da Literatura Infantil. Curitiba: Ibpex,
2009.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a libertadora e outros. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1982.
GARÓFANO, Virginia Virciana. CAVEDA, José Luis Conde. Jogo no currículo infantil. /
Aprendizagem Através do Jogo. Editora Artmed, 2002.
HORN, Maria da Graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços
na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos. A escola com que sonhamos é aquela que assegura a todos a
formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. In: COSTA, Marisa
Vorraber (Org.). A escola tem futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p. 23-52.
LIBÂNEO, José Carlos. A avaliação escolar. In didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MONTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São
Paulo: Moderna, 2003.
SOUZA LIMA, Mayumi W. de. A cidade e a criança. São Paulo: Nobel, 1989.
TIBA, Içami. Disciplina: Limite na medida certa. São Paulo: Editora Gente, 1996.
113
VASCONCELLOS, C. dos S. Para onde vai o Professor? Resgate do professor como sujeito
de transformação. 10. ed. São Paulo: Libertad, 2003.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Edições 70, 1998.