Teste S. Mill
Teste S. Mill
Teste S. Mill
8 A objeção da máquina de experiências sugere que a ética de Mill comete o erro de não dar
valor:
a) ao prazer.
b) à bondade.
c) à liberdade.
d) à autonomia.
GRUPO II
1 Imagine os seguintes mundos de três pessoas, cuja felicidade é medida segundo uma escala
que vai de 1 a 10.
Mundo 1: 8, 6 e 4.
Mundo 2: 10, 7 e 2.
1.1 Qual deles seria aprovado pela teoria utilitarista de Mill? Porquê? Que objeção se pode
fazer a esse resultado da teoria?
«A única coisa que é desejável como fim último para cada pessoa é a sua própria felicidade.
Logo, cada pessoa deve realizar as ações que promovem a maior felicidade.»
2.1 Este argumento é válido? Porquê?
3 Recorde o caso da cidade em pânico. O que o chefe da polícia tentou fazer — condenar um
inocente para acalmar a multidão — pode ser correto segundo a ética de Mill ou não? Porquê?
Será que daí resulta alguma objeção a essa ética? Se sim, diga em que consiste.
5 Um mundo em que é bom sentir dor pela perda de um amigo é favorável à teoria hedonista
de Mill? Justifique.
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GRUPO III
Este grupo é constituído por uma questão de resposta extensa e orientada.
TEXTO 1
De dois prazeres, se houver um ao qual todos ou quase todos os que tiveram experiência
de ambos dão uma preferência determinada, à margem de qualquer sentimento de obrigação
moral para o preferirem, esse é o prazer mais desejável. Se um dos dois é colocado, por aqueles
que estão completamente familiarizados com ambos, tão acima do outro que seriam capazes de
preferi-lo mesmo sabendo que seria acompanhado por uma maior quantidade de insatisfação, e
não abdicariam dele por quantidade alguma do outro prazer de que a sua natureza é capaz,
temos justificação para atribuir ao prazer preferido uma superioridade em qualidade que
ultrapassa de tal maneira a quantidade que a torna, por comparação, de escasso interesse.
John Stuart Mill, Utilitarismo, ed. gradiva, 2005, p. 53 (adaptado).
TEXTO 2
Os críticos do utilitarismo […] encontram por vezes defeito no seu padrão, considerando-o
demasiado elevado para a humanidade. Afirmam que exigir que as pessoas ajam sempre com o
intuito de promover os interesses gerais da sociedade é pedir de mais. Mas isto é não entender
o próprio significado de um padrão de moralidade e confundir a regra de ação com o seu
motivo. O objeto da ética é dizer-nos quais são os nossos deveres, ou por que meios podemos
conhecê-los; mas nenhum sistema de ética exige que o motivo de tudo o que façamos seja um
sentimento de dever. Pelo contrário, noventa e nove por cento das nossas ações são realizadas
por outros motivos, e está muito bem assim, se a regra do dever não as condena.
John Stuart Mill, Utilitarismo [1861], Lisboa, gradiva, 2005, p. 65.